REVISTA BUSINESS PORTUGAL AGENTES DE EXECUÇÃO E LEILOEIRAS
Um novo panorama para os agentes de execução MÁRCIA DELINDRO RIBEIRO - agente de execução Márcia Delindro Ribeiro iniciou a sua vida enquanto advogada na área do Direito Penal. Em 2008 sentiu ser chegada a altura de agarrar um novo desafio profissional. Depois de ponderar a Magistratura Judicial, Márcia Delindro Ribeiro decidiu optar por agente de execução, um desafio que tem abraçado com dedicação e empenho.
márcia delindro ribeiro Agente de Execução
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uando a profissão de agentes de execução deixou de ser restrita aos solicitadores e, consequentemente, aberta aos advogados, Márcia Delindro Ribeiro, que tem atualmente o seu escritório no centro da cidade de Gondomar, junto aos Paços do Concelho, sentiu ser chegada a hora de uma mudança na sua carreira. “Há uma grande vantagem profissional, uma vez que não temos que suspender a nossa inscrição na Ordem dos Advogados e podemos continuar a exercer, muito embora sem nunca intervir em ações executivas”, começa por nos esclarecer a nossa interlocutora. Atualmente, Márcia Delindro Ribeiro dedica-se quase exclusivamente à profissão de agente
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de execução, estando inscrita no Sistema de Acesso ao Direito e aos Tribunais, exercendo, assim, advocacia através de Apoio Judiciário, em processos relacionados com o Direito Penal, “que é a minha especialidade enquanto advogada, uma vez que optei pelo Direito Jurídico-Criminal”, esclarece. “Consigo conciliar essa parte de que gosto muito”, acrescenta. A agente de execução ingressou no primeiro curso que foi aberto a advogados, em 2010, e passados 18 meses, estava pronta a exercer. Questionada sobre a evolução do papel do agente de execução neste período, Márcia Delindro Ribeiro sente que as pessoas já têm uma noção mais exata do que é o agente de
execução e qual o seu papel. “Penso que já não nos veem como mau da fita, mas acredito que isso também depende da nossa postura durante a diligência”, diz. A nossa interlocutora acredita que para tal tem contribuído em muito a formação que a Câmara dos Solicitadores tem dado aos agentes de execução no que concerne à postura mais correta durante as diligências. “Estamos mais sensibilizados para os direitos dos executados e não apenas para os direitos dos exequentes. Temos que tentar ao máximo salvaguardar os direitos dos executados e, regra geral, os exequentes já vão percebendo isso e que não devemos cobrar a todo o custo”, diz-nos Márcia Delindro Ribeiro. A nossa interlocutora, a cada