Revista Business Portugal Julho 2020

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Julho 2020

Liderança • Ensino • Saúde • Especial Pets • Municípios

RE/MAX Barcovez ONDE MORA A FELICIDADE Tiago Fernandes, Broker

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ÍNDICE

Revista Business Portugal | Julho 2020 EDITORIAL

Muitos dizem que 2020 está a ser um ano estranho. De facto, está a ser verdadeiramente desafiante. Já ultrapassado metade dele, a Revista Business Portugal está pronta para continuar a perceber o que as empresas continuam a fazer para o superar. Resiliência, reinvenção, adaptação, inovação… estas são as palavras de ordem e que unem o tecido empresarial que lhe trazemos na edição de julho. As empresas já não esperam voltar ao “normal”, mas sim construir o seu próprio “novo normal”. Em destaque nesta edição, temos o sector imobiliário que, ao contrário do que muitos anunciavam, continua com uma forte expressão no mercado e promete não parar por aqui. Por outro lado, espelhamos o trabalho incansável que os municípios têm desenvolvido nos últimos meses, andando de mãos dadas com o turismo e com a promoção do território e com o comércio local. Como já é habitual, fazemos-lhe chegar ainda o especial saúde, tão em voga nestes tempos, e, como chegamos a uma altura do ano especialmente sensível relativamente aos nossos animais, apresentamos a última novidade da Revista Business Portugal: o especial pets. E com o novo ano letivo à espreita, fomos até Coimbra para perceber os desafios que também a Universidade portuguesa enfrenta.

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PORSCHE

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PROCARE HEALTH

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C. M. CANTANHEDE

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C. M. LOURINHÃ

Quem tiver uma capacidade de liderança mais aguçada irá fazer, verdadeiramente, a diferença. E nós comprometemo-nos a continuar a estar atentos a estes exemplos, para os levar até si… Revista Business Portugal

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RE/MAX BARCOVEZ

Tiago Fernandes, Broker

ONDE MORA A FELICIDADE A RE/MAX Barcovez tem assegurado um serviço multifacetado e completo, na expectativa de vender sonhos e não imóveis. Em entrevista à Revista Business Portugal, Tiago Fernandes, broker da agência, dá a garantia de que toda a equipa trabalha sempre no sentido de desenvolver novas soluções para melhorar constantemente o serviço prestado.

Tiago Fernandes é o rosto principal de uma equipa que prova que a dedicação e emprenho na busca de um serviço com a máxima qualidade faz prevalecer em qualquer circunstância. Para o broker da RE/MAX Barcovez, é importante que qualquer empresário, independentemente da área em que se insira, pare para pensar no seu negócio. E, segundo o nosso entrevistado, no sector imobiliário, que tem um peso bastante importante na nossa economia, está-se a demonstrar bastante resistência e dinâmica. “Nós somos constantemente bombardeados por várias alterações que o mercado sofre e há fatores que, efetivamente, não conseguimos controlar, mas em todos os negócios é possível encontrar soluções. Nas dificuldades existem sempre oportunidades”, afirma Tiago Fernandes, acrescentado um pormenor essencial, “o nosso trabalho deve ser sempre em prol da qualidade do nosso serviço. Se trabalharmos de forma dedicada para o nosso consumidor, de certeza que teremos sempre um resultado positivo.” Indo ao encontro disso, o objetivo diário da equipa da RE/ MAX Barcovez é, precisamente, manter um serviço de qualidade, alargando e melhorando, ao mesmo tempo, esse mesmo serviço prestado ao cliente. Para tal e, apesar de ser algo que deixou de ser obrigatório no mercado, a RE/MAX Barcovez continua a apostar na formação contínua dos seus elementos, de forma a estarem aptos para dar a melhor resposta ao mercado. “É importante mantermo-nos atualizados e adaptarmos os nossos serviços. Posso garantir que estamos sempre a desenvolver novas soluções para melhorar os nossos serviços e aquilo que podemos oferecer aos nossos clientes”, assevera Tiago Fernandes.

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Ponte da Barca e Arcos de Valdevez estão na moda e recomendam-se Se no início a pandemia que vivemos trouxe consigo alguma surpresa e receio, posteriormente veio clarificar que o trabalho desenvolvido pela RE/MAX Barcovez podia continuar a ser feito, adaptando as ferramentas tecnológicas já existentes. E o que é certo é que o facto de as pessoas estarem mais tempo em casa, acabou por conduzir ao aumento de leads e da procura. Com toda a comodidade, os clientes podem agora ver os imóveis virtualmente e, partindo para a fase final, onde há uma visita presencial, os clientes já têm uma visão muito mais completa e ampla do imóvel, tornando o processo mais orgânico. “As pessoas começaram a olhar para estas zonas com especial atenção. Eu diria que nunca Ponte da Barca e Arcos de Valdevez estiveram tanto na moda. Estes dois mercados acabaram por ganhar, por se tratarem de meios afastados dos grandes centros urbanos e por representarem um mercado seguro e com bons acessos e facilidades de deslocação.” Também pelo facto de o teletrabalho ser uma realidade que irá perdurar, estes meios passaram a ser procurados, não só para segunda habitação ou investimento para turismo, mas também para primeira habitação. Tiago Fernandes explica que “sabendo que aqui podem encontrar imóveis com outro tipo de características, como espaços exteriores, a preços mais acessíveis do que, por exemplo, no Porto e arredores, as pessoas começam a deslocar-se para aqui”.


RE/MAX BARCOVEZ

“As pessoas começaram a olhar para estas zonas com especial atenção. Eu diria que nunca Ponte da Barca e Arcos de Valdevez estiveram tanto na moda. Estes dois mercados acabaram por ganhar, por se tratarem de meios afastados dos grandes centros urbanos e por representarem um mercado seguro e com bons acessos e facilidades de deslocação.”

Escolha a RE/MAX Barcovez para encontrar a solução ideal para si Como em tantos outros negócios, também na RE/MAX Barcovez se fizeram sentir dificuldades, mas a capacidade de resiliência e adaptação foi maior do que qualquer obstáculo. A equipa reuniu esforços e reinventou-se, sendo que Tiago Fernandes faz um balanço muito positivo do caminho traçado até aqui. “Nós conseguimos, em pleno período de confinamento, realizar alguns negócios e concluir outros que já se tinham iniciado. Conseguimos adaptar-nos e criar soluções e, apesar de tudo, continuar a recrutar e aumentar a nossa equipa. Conseguimos também pôr alguns departamentos da empresa a funcionar de melhor forma, nomeadamente a intermediação de crédito”, explica. Portanto, não podem restar dúvidas na altura de escolher a agência imobiliária ideal. Os motivos para optar pela RE/MAX Barcovez para encontrar uma solução à sua medida são muito simples. “Acima de tudo, na RE/MAX Barcovez vai encontrar profissionais do sector imobiliário dedicados, que vão reunir todos os esforços para perceber e encontrar aquilo que, efetivamente, o cliente procura no mercado”, garante Tiago Fernandes, que conclui dizendo que “aqui temos especialistas do mercado, que conhecem intimamente esta zona e isso, sem dúvida, é uma mais-valia para o cliente final”. Aqui encontra o caminho para a felicidade.

“Nós conseguimos, em pleno período de confinamento, realizar alguns negócios e concluir outros que já se tinham iniciado. Conseguimos adaptar-nos e criar soluções e, apesar de tudo, continuar a recrutar e aumentar a nossa equipa. Conseguimos também pôr alguns departamentos da empresa a funcionar de melhor forma, nomeadamente a intermediação de crédito”

R. Dr. Joaquim Carlos da Cunha Cerqueira 29, 4970-457 Arcos de Valdevez 258 523 101

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LIDERANÇA: DIA INTERNACIONAL NOVOS DESAFIOS DA MULHER | ALEXANDRE | SOMETHING MEIRELES IMAGINARY - ANJE

OS NOVOS DESAFIOS DOS EMPREENDEDORES NA VISÃO DE ALEXANDRE MEIRELES Em entrevista exclusiva à Revista Business Portugal, Alexandre Meireles, o presidente da ANJE – Associação Nacional de Jovens Empresários –, falou dos novos desafios que as empresas e os empresários enfrentam no contexto nacional, face ao novo paradigma que vivemos.

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Chegou à presidência da ANJE no início deste ano, assumindo o compromisso de continuar a apoiar os empreendedores e ajudar a despertar esse espírito entre os jovens, mobilizando-os para uma cultura de risco associada à iniciativa empresarial. Essa tarefa tornou-se agora mais difícil, ou os tempos de crise privilegiam a criação e destaque de negócios inovadores? Os empreendedores são resilientes e estão habituados a enfrentar desafios. Contudo, estou consciente que a crise provocada pela pandemia é algo sem precedentes e que não bastam soluções criativas para enfrentar o contexto atual, precisamos de medidas concretas de apoio. Por isso, a ANJE apresentou ao Governo um conjunto de propostas e recomendações para apoiar a tesouraria das empresas, salvaguardar a produção nacional, proteger o emprego e relançar o investimento durante a atual crise pandémica. Estas medidas visam não apenas preservar as empresas e o emprego, mas também relançar o investimento. Para nós, é fundamental garantir a sobrevivência das empresas sem deixar, em simultâneo, de preparar a recuperação económica após a crise pandémica. Vai ser necessário um grande esforço nacional e europeu de dinamização da economia, pelo que nos parece pertinente criar, já hoje, as bases para a retoma do investimento.

Uma das principais estratégias da ANJE também se prendia com o apoio nos processos da transformação digital das empresas. Essa estratégia foi reforçada com este novo paradigma que vivemos? Claro que sim, a crise pandémica está a acelerar a transformação digital. A sociedade começou a organizar-se de forma a evitar o contacto humano próximo e isso já está a ter repercussões nas atividades económicas, no mercado de trabalho e no relacionamento interpessoal. É por demais evidente a necessidade de as empresas estarem preparadas para produzir e comercializar os seus bens, prestar os seus serviços, interagir com os seus clientes e fornecedores e desenvolver as suas atividades laborais remotamente. Para tanto, há que incorporar tecnologias digitais em toda a cadeia de valor das empresas, o que obriga a mudanças nos modelos de negócio, nos processos internos e na relação com os stakeholders. A aceleração da transformação digital pode ser uma das poucas boas notícias deste contexto atual que estamos a viver. Bem sei que as empresas vão sair muito enfraquecidas desta crise pandémica. Mas a recuperação do tecido empresarial também passa pela digitalização dos modelos de negócio, parecendo-me pertinente haver incentivos públicos para que isso se concretize. Para as empresas portuguesas, a transformação digital é uma oportunidade para 6 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

Alexandre Meireles, Presidente da ANJE

melhorarem a eficiência interna, ganharem maior capacidade de internacionalização, acompanharem os novos hábitos de consumo e estreitarem as relações com os clientes. É inevitável a evolução da nossa economia para o digital e a ANJE quer apoiar os seus associados neste caminho.

Enquanto empresário que já teve vários sucessos, mas que também já lidou com o fecho de uma empresa; e enquanto presidente da ANJE, quais considera serem os maiores desafios e obstáculos que as empresas têm a enfrentar, na sequência da pandemia? O ecossistema empreendedor português continua a revelar dinamismo e inovação, apesar da paralisia quase total da atividade económica, mas os desafios são muitos. Por isso importa não só garantir a sobrevivência das start-ups que compõem o ecossistema, como começar já a pensar na retoma do investimento no empreendedorismo. O Governo já apresentou um pacote de medidas de apoio às start-ups no valor de 25 milhões de euros, reconhecendo deste modo a especificidade dos projetos de empreendedorismo. É um primeiro passo para assegurar a sobrevivência de empresas early stage e relançar o investimento no ecossistema empreendedor. Mas, ultrapassada a crise pandémica, temos de ser mais ambiciosos nos incentivos ao empreendedorismo. A pandemia está a acelerar as tendências da economia digital e Portugal não pode ficar para trás.

Quais as principais apreensões que os empresários têm demonstrado? E o que é que esta pandemia veio exigir deles? No início da pandemia, a maior apreensão dos empresários estava relacionada com a forma como se iriam adaptar a esta nova realidade. As empresas onde os colaboradores já estavam motivados tiveram mais facilidade em encontrar novas soluções e responder às exigências que o contexto exigia. O confinamento trouxe novas exigências: colocar os trabalhadores em teletrabalho e, em muitos casos, reinventar o negócio. Esta realidade veio acelerar a necessidade de digitalização e eu acredito que essa transformação de processos ainda agora começou, porque o contexto irá manter-se ainda por algum tempo. Agora, penso que o que se tornou um desafio, pode rapidamente ser uma oportunidade de crescimento para as empresas.


ALEXANDRE MEIRELES - ANJE | LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS

Fazendo parte de uma Associação que conta com uma visão ampla em vários sectores, como prevê que seja a recuperação do mundo empresarial português? Qual deve ser a estratégia das empresas e por onde deve passar a gestão das mesmas? As empresas vão ter de encontrar novos caminhos, novos públicos e otimizar os seus processos e as suas estruturas para enfrentar os desafios futuros. Essa estratégia passa pela transformação digital, principalmente das PMEs. A transformação digital deve, por isso, ser acompanhada de um esforço de promoção da literacia informática. Ora, isto exige muita formação tecnológica e reconversão profissional, para que as pessoas adaptem as suas competências à vertiginosa evolução das necessidades do mercado de trabalho. Acredito que as tecnologias digitais vão criar oportunidades de emprego, desde que as sociedades saibam qualificar os seus cidadãos de forma a conferir-lhes capacidade de adaptação. Os gestores têm que ser mais flexíveis e encontrar soluções mais criativas para endereçar novos públicos e, nalguns casos, reconquistar os portugueses. Como pode Portugal voltar a ter uma economia competitiva e quais acredita serem os principais motores de crescimento do nosso país? A crise atual não nos pode afastar das mudanças necessárias. Portugal precisa de apostar na sua reindustrialização e deixar de estar tão dependente dos serviços. A ANJE sempre defendeu que a nova geração de empreendedores poderá ter uma palavra a dizer nesta estratégia de trazer valor para o país. Temos de apostar no conhecimento cientifico e tecnológico para investir em novos produtos, em sectores competitivos como energias ou eletrónica. Na sua opinião, que medidas é que o Governo deve tomar para apoiar as empresas? No caso particular da ANJE, como se propõe a ajudar os vossos associados? Como referi anteriormente, a ANJE apresentou ao Governo um conjunto de medidas que visam apoiar os empreendedores e as suas empresas. Após recolhermos contributos dos nossos associados, compilámos um conjunto de medidas que consideramos fundamentais para ultrapassar a crise e pensar no futuro. O pacote de medidas incide em apoios à tesouraria e em incentivos à capitalização, de forma a acudir à quebra de liquidez das empresas resultante da paralisia da atividade económica. Os apoios públicos às empresas afetadas pela pandemia de Covid-19 são muito importantes, mas necessitam de ser agilizados e complementados. Para nós, é fundamental garantir a sobrevivência das empresas sem deixar, em simultâneo, de preparar a recuperação económica após a crise pandémica. Vai ser necessário um grande esforço nacional e europeu de dinamização da economia, pelo que nos parece pertinente criar, já hoje, as bases para a retoma do investimento.

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LIDERANÇA: Os empreendedores têm, intrinsecamente, um espírito resiliente e aventureiro e não são de baixar os braços facilmente, face aos mais variados desafios. Mas o cenário que vivemos neste momento é algo sem precedentes e o desconhecido levanta muitas incertezas e várias apreensões. Atravessamos uma fase onde é fundamental ter um sentido estratégico apurado, num mercado que continua a mexer, e não deixar que o medo ocupe espaço. Numa entrevista exclusiva, contamos com a opinião de Alexandre Meireles, presidente da ANJE – Associação Nacional de Jovens Empresários, que nos elucida sobre os novos desafios que as empresas e empresários enfrentam neste momento. Por outro lado, contamos também com a visão de vários empresários, na primeira pessoa, que nos dão a conhecer a realidade atual do tecido empresarial português em diversos sectores, nomeadamente Investimento, Imobiliário e Turismo.

Os empresários de todo o mundo, habituados aos desafios mais controversos que se atravessam no seu caminho, as mais variadas vezes, seguramente nunca imaginaram um cenário em que quase tudo, em simultâneo, estagnasse. Estamos numa luta contra o tempo e a dúvida mantem-se: quando é que vamos voltar ao “normal”? Não tendo ainda uma resposta, não podem restar dúvidas quanto ao resto… a estratégia tem de passar pela reinvenção e adaptação a este “novo normal”. Alexandre Meireles, presidente da ANJE, assegura que já “não bastam soluções criativas para enfrentar o contexto atual, precisamos de medidas concretas de apoio”. Neste contexto, “a ANJE apresentou ao Governo um conjunto de propostas e recomendações para apoiar a tesouraria das empresas, salvaguardar a produção nacional, proteger o emprego e relançar o investimento”. Mas apesar das medidas de apoio ao emprego e às empresas, os empresários devem, mais do que nunca, ser resilientes e repensar as estratégias. Nas palavras de Alexandre Meireles, “a recuperação do tecido empresarial também passa pela digitalização dos modelos de negócio”, pelo que a aposta na transformação digital é, sem dúvida, uma prioridade nos vários empreendimentos. Aliás, as várias empresas que participam nesta edição da Revista Business Portugal dão o exemplo disso

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mesmo, provando que continuamos a ser dinâmicos e inovadores, mesmo num cenário pandémico. Portugal continua a ser um país atrativo para se investir, quem o garante são os vários empresários que nos deixam o seu testemunho e visão do mercado. O imobiliário continua a estar seguro e engane-se quem julga que este sector perdeu todo o gás. De facto, denota-se uma mudança no perfil do consumidor, que vai passar a valorizar outras valências nas suas casas… tendo em mente um novo confinamento, as pessoas não querem voltar a ficar presas nos seus apartamentos, sem acesso a uma varanda ou escritório, onde possam trabalhar confortável e tranquilamente. No entanto, esta mudança de perfil não afasta os investidores. Por outro lado, o turismo começa a dar passos, ainda que tímidos. Nas ruas já se vêm rostos estrangeiros e os portugueses estão agora a privilegiar o território nacional, partindo à descoberta de locais mais recatados, privilegiando o contacto com a natureza. E o que não falta em Portugal são alternativas… aqui há oferta de experiências únicas, em verdadeiros paraísos, onde se pode usufruir de umas férias ou escapadinhas com toda a segurança e comodidade.


NOVOS DESAFIOS

É tempo de liderar com convicção e resiliência. É tempo de estar pronto para as diversas batalhas que possam aparecer. É tempo de encarar os novos desafios que são impostos todos os dias. Nunca será tempo de baixar os braços… é possível vencer e continuar, quiçá ainda com mais força, e prova disso são as páginas que se seguem.

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S LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS | SITEL

O CONTACT CENTER DO FUTURO: SITEL MAXHUBS

A pandemia da Covid-19 trouxe para a ordem do dia o tema do trabalho à distância, com todas as implicações que este traz para as pessoas, para as empresas e para a sociedade. De um dia para o outro, foi necessário que as empresas encontrassem soluções que lhes permitissem ter as suas equipas a trabalhar de casa com eficácia, segurança e oferecendo aos clientes a mesma qualidade de serviço. O teletrabalho veio, assim, desafiar as empresas a contrariar o seu espírito tipicamente mais “sedentário”, promovendo uma nova mentalidade e formas de relacionamento sustentadas na confiança, na responsabilização e no empowerment. As vantagens de trabalhar a partir de casa para os colaboradores são muitas: horários mais flexíveis, custos de transporte mais baixos, maior disponibilidade para dar assistência à família, um melhor equilíbrio entre vida pessoal e profissional e uma produtividade otimizada. Mas as empresas também ganham porque têm colaboradores mais motivados, qualificados e comprometidos, o que se traduz num aumento da sua produtividade, para além de também representar uma redução de custos. O exemplo da Sitel na área dos serviços de Customer Experience Management (CX) é bastante elucidativo desta tendência e também das vantagens da sua aplicação na prática. A aposta da Sitel na implementação da solução Work@Home quando a pandemia eclodiu em Portugal, foi um sucesso. Em dez dias, 97 por cento

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Benedita Miranda General Manager da Sitel Portugal, Grécia e Itália

dos 3.000 colaboradores foram colocados a trabalhar a partir de casa. Para além disto, permitir oferecer aos clientes soluções mais flexíveis, nomeadamente para lidar com alturas de pico, a solução Work@Home permite manter os custos controlados, trabalhar com os colaboradores mais comprometidos e com melhores competências e maior disponibilidade, uma vez que não existem constrangimentos de tempo, deslocações, espaço de trabalho, equipamentos, ou quaisquer outros. Sem dúvida que o sucesso do teletrabalho se deve muito à inovação tecnológica, mas também à mudança de mentalidades no mundo do trabalho e nos modelos de gestão que esta pandemia tem forçado a mudar de forma radical. Esta mudança, que surgiu num contexto de crise, está a converter-se numa oportunidade de desenvolvimento para as empresas e para o país. A Sitel aproveitou esta oportunidade para revolucionar o setor com o lançamento dos Sitel MAXHubs, um novo conceito de contact center do futuro. Os MAXHubs são centros onde os colaboradores vão poder aprender, conectar-se, partilhar e ter novas experiências, graças a um conjunto de serviços e instalações que aí vão ser disponibilizados. Mais do que espaços para trabalhar, estes centros serão espaços para os colaboradores estarem conectados com o mundo, para aprenderem, para se envolverem com a comunidade e para terem acesso a serviços, como por exemplo ginásio, através do SitelFit, babysitting, refeitório, entre outros. Estes empower centers, cuja designação vem de ‘My Associate Experience’ (MAX), para além de permitirem prestar aos clientes serviços de Customer Experience de forma otimizada, também permitirão à Sitel ser uma empresa ainda mais centrada nas pessoas, contribuindo para a sua formação e bem-estar. Com este novo projeto Sitel MAXHubs os atuais sites serão convertidos em empower centers. Os colaboradores virão passar uma em cada oito semanas ao hub, aproveitando as condições de excelência disponibilizadas para apostarem na sua formação, motivação e novas experiências e para um melhor equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, numa altura em que o contexto atual ainda exige o devido distanciamento social. Este projeto também é amigo do meio ambiente, pois os hubs serão projetados de acordo com os princípios ambientais, onde


SITEL | LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS

materiais reciclados e tecnologia de eficiência energética serão tidos em conta. Para além de que, ao reduzir o percurso dos nossos colaboradores para o trabalho, prevemos reduzir 2,5 mil toneladas de CO2 por pessoa a cada ano. Também se pretende potenciar o envolvimento com a comunidade local, quer ao nível de ações de solidariedade, quer na oferta de formação e postos de trabalho a longo prazo. Com o novo conceito de MaxHub, a Sitel pretende ser uma empresa ainda mais centrada nas pessoas, oferecendo-lhes condições de excelência para fazerem um trabalho de excelência. Os nossos

colaboradores são o espelho da nossa empresa e, por isso, contamos com eles para contribuir para o sucesso dos nossos clientes. Com isto tudo, o Sitel Group está, sem dúvida, a reinventar o mundo dos contact centers e o típico contact center passa agora a fazer parte do passado. O MAXhub é o contact center do futuro, que nos irá permitir continuar a inovar a todos os níveis e a reinventar o mundo dos serviços de Customer Experience. Benedita Miranda General Manager da Sitel Portugal, Grécia e Itália

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P LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS | PORSCHE FARO ISEC ALGARVE | PORSCHE

O ‘MUNDO PORSCHE’ É ÚNICO, TAMBÉM EM FARO!

Centrou a sua vida, desde muito cedo, no setor automóvel e atingiu o pico da carreira ao assumir o comando do Centro Porsche Faro. José Barros Rodrigues descreve como a paixão pelos automóveis se mescla com a promoção da região que o viu crescer a nível pessoal e profissional.

Começava por questioná-lo sobre o seu percurso profissional e sobre a abertura deste Centro Porsche em Faro. Como tudo aconteceu? O meu percurso desenvolveu-se sempre no mundo automóvel. Comecei por trabalhar na SEAT, depois fui para a SIVA – Sociedade de Importação de Veículos Automóveis – onde estive vários anos como Diretor Geral da Volkswagen. Depois assumi a vertente de empresário, mantendo obviamente a necessidade de exercer a gestão, através da distribuição da Kawasaki. Mais tarde, um grupo de amigos, onde me conto, ganhou o concurso para abrir esta concessão em Faro, o que aconteceu em 2008. Desde essa altura, não abriu mais nenhuma concessão em Portugal, existindo mais quatro concessões, no Porto, em Braga, em Lisboa e em Leiria, sendo que a marca entende que o território nacional se encontra com uma boa cobertura com estas cinco centros no ativo.

Abriram A briram portas num ano difícil… Abrimos exatamente no pior ano de todos, que foi o princípio Abrimos daa crise, ainda por cima enfocada em dois setores, que são os d dois d ois pilares do Algarve: o turismo e o imobiliário. Sabíamos, de aantemão, ntemão, que tínhamos à nossa espera uma ‘curva de aprendizzagem’ agem’ difícil e que necessitávamos de ganhar notoriedade para cconquistar onquistar os clientes que se habituaram, durante muitos anos, a iirr a outras concessões para fazer a assistência ou para adquirir o seu aautomóvel. utomóvel. Foi um processo longo, reforçado pela crise e também por p or alguns erros de gestão internos mas, felizmente, desde há três oou u quatro anos a esta parte que a empresa entrou em velocidade dee cruzeiro e neste momento é uma empresa sólida, estável, que d ggera era emprego direto e indireto e muito determinada em reforçar o seu posicionamento no Algarve. Somos muito tribalistas nesse aspeto, ou seja, preocupamo-nos muito em defender a cultura, as tradições e os produtos desta região e quando encomendamos um catering ou promovemos uma qualquer animação, temos sempre como orientação consultar apenas fornecedores do Algarve que sirvam produtos locais. 12 //// REVISTA BUSINESS PORTUGAL 132 REVISTA BUSINESS PORTUGAL

É importante ter esse impacto social, até porque cada um de vocês, concessionários Porsche, abrangem realidades diferentes mediante a zona do país onde se encontram. Exatamente. Quando foquei a questão da “curva de aprendizagem”, era também a isso que me queria referir. Nós não sabíamos sequer qual era o parque circulante da Porsche no Algarve, sobretudo porque havia uma variável sempre desconhecida, que são os Porsche com matrícula estrangeira (que não são contabilizados para efeitos de estatística nacional). A outra questão passava por tipificar o cliente. O cliente português do Algarve tem uma tipificação diferente, que não tem nada que ver com o cliente de Lisboa, nem com o cliente do Porto, por exemplo. Outro aspeto é o incremento notável que se assistiu no número de estrangeiros de diversas origens, residentes no Algarve. Aliás, o estudo das origens daria quase uma tese em sociologia porque nós fomos experienciando os altos e baixos dos países, das suas economias e das suas relações com o mundo. Já tivemos muitos clientes angolanos e russos, britânicos sempre, e agora muitos nórdicos e franceses. Disse-nos que o cliente do Algarve é distinto dos restantes, mas concordamos que o cliente Porsche tem características transversais a todas as regiões, certo? Sim, no entanto, são diferentes porque as pessoas têm culturas e necessidades diferentes. Nós podemos caracterizar academicamente um cliente: tipicamente entre 45 e 65 anos, de classe A, bons rendimentos mensais, perspetiva cultural acima da média, normalmente líderes e empreendedores, pessoas de alguma forma exigentes quer com o produto que adquirem, quer com o serviço que vão usufruir. Isto no fundo é a definição de um cliente premium. Mas, o que se pode associar à Porsche, é o fator emocional de terem o privilégio de usufruir de um produto que foi feito quase em paralelo na competição e numa escola de engenharia, que é o que é no fundo a fábrica da Porsche – um conjunto de pessoas com uma capacidade acima da média e que têm a habilidade de desenvolverem produtos que estão também eles acima da média.


PORSCHE FARO | LIDERANÇA: NOVOS |DESAFIOS PORSCHE ALGARVE

Porsche único. Por outro lado, a Porsche, sobretudo nos modelos mais carismáticos, foi uma das marcas que mais valorizou quando as pessoas perceberam que as entidades bancárias eram menos

icónicos, históricos, com carisma, para investir. Já é possível saber quantos Porsches existem no Algarve? Temos uma ideia do número de clientes que vêm à nossa concessão e que são cerca de mil sendo que os estrangeiros representam nos valores acumulados, cerca de 20 a 25 por cento do total. Porque é que que o mundo Porsche é único? Porque proporciona esta conjugação impressionante entre a tradição e a inovação. A Porsche tem aspetos que até podem parecer anacrónicos. Eu costumo dar sempre o exemplo que é o facto dos nossos modelos terem o canhão de ignição do lado esquerdo e poucas pessoas sabem porquê. E é uma referência histórica. Hoje em dia, tecnicamente, já não faz sentido. Quando eu digo que já não faz sentido, é porque é indistinto estar do lado esquerdo ou do direito. Mas conservou-se essa posição porque é uma reminis-

Faro é uma boa região para viver e investir? É bom para viver, seguramente. No nosso caso, foi bom para investir, porque este negócio é realmente especial.

pôs-se a ignição do lado esquerdo para que o piloto, ao arrancar, pudesse ter a mão esquerda para dar à chave e a mão direita para engatar logo a primeira velocidade. Hoje pode-se dizer que era um anacronismo. Um detalhe, lá está, para ganhar uns segundos na partida, mas esse detalhe, juntamente com outras dezenas de detalhes, pode fazer a diferença no desenrolar de todo o objetivo que a nossa organização tem de forma global, seja no desenvolvimento do negócio, seja no desenvolvimento de uma corrida. Para além dos fatoress que referiu, a própria máquina é distintiva pela sua durabilidade, uma vez que cerca de 70 por cento dos carros produzidos ainda se encontram em circulação. É evidente. E há uma frase que eu gosto de juntar nesta discussão a propósito do mercado dos usados Porsche, que é um mercado diferente. Um Porsche usado não é um automóvel qualquer. Na verdade – e esta é a frase a que eu me referia – “não há Porsches usados, o que há são novos clientes”. É essa perspetiva que torna um

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www.porsche-faro.com

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ISEC LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS | EUROPREDIAL

PAIXÃO PELO IMOBILIÁRIO Em entrevista à Revista Business Portugal, Teresa Fernandes, Head of PR and Communications na Europredial, apresentou-nos a imobiliária que concretiza sonhos. Aqui há paixão pelo cliente e, consequentemente, um serviço próximo e extremamente competente.

A Europredial está presente no mercado desde 1982, mas, em 2005, aderiu à Rede ComprarCasa. O que vos moveu a abraçar este projeto? A Europredial é, de facto, Rede ComprarCasa, desde 2005, graças ao espírito visionário e ao pragmatismo dos seus sócios fundadores, dois entrepreneurs do imobiliário que, precursores e testemunhas de diferentes tendências de mercado e de diferentes ciclos económicos, abraçam esta atividade com paixão e apostam na evolução da arte de mediar. Com a chegada das redes imobiliárias internacionais a Portugal, novas dinâmicas de mercado e novas necessidades dos consumidores foram percecionadas, exigindo um posicionamento com maior visibilidade também a nível internacional. A Rede ComprarCasa, como Rede Imobiliária da APEMIP, com a sua cobertura ibérica, o seu ideário e a sua proximidade com o cliente, privilegiando a relação, refletem a visão, a missão e os valores da Europredial. Essa proximidade com o cliente é um dos trunfos do serviço por vós prestado? Há, sem dúvida, uma paixão pelo cliente e pela qualidade da relação que se estabelece. O mercado imobiliário e a atividade de mediação tornaram-se altamente competitivos, só abrindo espaço para os melhores. É gratificante recebermos, ao longo de todos estes anos, testemunhos de apreço de clientes com diferentes perfis e distintas proveniências. Perceber as novas famílias que se formam, os novos projetos que têm início, o potencial dos investimentos estrangeiros que nos chegam e contribuir com o nosso know-how para encontrar o imóvel certo não chega. É preciso querer melhorar a experiência do cliente e fazer parte do sonho. Isto estimula a empatia dos nossos clientes pela nossa empresa. Portugal continua a ser um país atrativo para investir? Se é um facto que a futura atividade global de investimento imobiliário enfrenta, de modo imediato, aspetos críticos em termos sociais, ambientais, demográficos e tecnológicos, não é menos verdade que investir em imobiliário é historicamente 14 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

Teresa Fernandes, Head of PR and Communications

seguro. Os investidores imobiliários procuram estabilidade com uma rentabilidade consistente, revelando interesse em explorar o sector das energias renováveis e construir um portfólio de investimentos em torno de clusters de inovação, incluindo ativos imobiliários, incubadoras de start-ups, instalações de pesquisa e desenvolvimento e edifícios de escritórios, por exemplo. Portugal oferece profissionais qualificados no campo do empreendedorismo digital e é visto internacionalmente como um país alegre, com elevada autoestima, uma economia em ordem e uma localização geográfica privilegiada. Apesar da pandemia, os investidores imobiliários estrangeiros vão continuar a expandir os seus negócios, privilegiando novas localizações e não somente Lisboa e Porto. Continuam a existir boas oportunidades de investimento e o investidor estrangeiro quer estar em Portugal, consciente de que, nesta fase de recuperação, o sector imobiliário pode, inclusivamente e, uma vez mais, alavancar a recuperação de outras áreas gravitacionais da atividade económica. O 1º Salão do Imobiliário, Investimento e Turismo Português irá ter lugar na Suíça, nos próximos dias 18 e 19 de setembro. O que pensa deste tipo de iniciativas para a dinamização do mercado imobiliário português? É muito importante reforçar as redes de networking e a nossa visibilidade no exterior, para captar novas oportunidades de investimento. Sou, com orgulho, a primeira mulher


C. M. SERTÃ | TEMA

Realtor portuguesa e acredito verdadeiramente nos princípios da NAR (National Association of Realtors), no que toca à importância de nos conectarmos com profissionais do ramo imobiliário de topo. Eventos como a Realtors Conference & Expo, nos E.U.A., o maior evento do mundo de mediação imobiliária, que contou pela primeira vez com a presença da primeira delegação portuguesa, da qual tive o prazer de fazer parte, o Embraci, este ano de 13 a 19 de setembro, em Foz do Iguaçú, no Brasil e o MIPIM, em Cannes, adiado para 16 a 19 de março de 2021, que conta, nesta edição, com uma forte presença nacional, são eventos que potenciam um elevado retorno financeiro e oportunidades de crescimento pessoal e profissional. O mercado suíço é um mercado com um poder de compra superior à média dos países europeus e a captação de investidores, gestores de grandes fortunas e compradores particulares tem por base a visão internacional de Portugal como uma aposta segura, como um país moderno e empreendedor, capaz de atrair com este evento a comunidade portuguesa e luso descendente, convidando-os a regressar. Será seguramente uma excelente oportunidade para a promoção do sector imobiliário nacional e outros sectores de atividade como o turismo, comércio, indústria e construção, entre outros. Porque devem as pessoas recorrer à Europredial ComprarCasa? É pela proximidade, acredito, que mais nos diferenciamos. Seguramente, o profissionalismo adquirido ao longo de mais de quatro décadas de mediação imobiliária gera referenciações e novos contactos que não podem ser simplesmente contabilizados como meras leads, uma vez que chegam até nós como elos de amizade, como um pouco de conexão, de história pessoal ou profissional, de proximidade geográfica, de reflexo do que fomos semeando e colhendo, não só no contexto do mercado imobiliário, muito específico da Baixa Chiado, onde estamos inseridos, mas também a nível do mercado imobiliário nacional e internacional. É gratificante poder estabelecer parcerias com as principais empresas do sector, numa base de confiança e receber testemunhos de apreço de clientes e diferentes parceiros de negócio. Há assim um espírito de inclusão, de verdadeiro interesse e respeito pela diferença, tornando cada relação única e, por isso mesmo, duradoura, ao longo do tempo.

Rua D. Antão de Almada, Nº 3-2º Andar, Portas 37 a 41 (Sede) Rua D. Duarte, Nº 2 D, 1100-198 Lisboa (Loja) 1100-197 Lisboa (Rossio) Tel: +351 213 243 800 | Tm. +351 965 754 790 Tm. +351 912 584 411 E-mail: europredial@comprarcasa.pt REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 15


ARTIGO DE OPINIÃO | SARA AFONSO

TUDO VAI MUDAR! COMO A COVID-19 NOS AFETA E QUE FUTURO SE PREVÊ PARA O SECTOR ARQUITECTURA | IMOBILIÁRIO Pedro Sequeira, Country Manager

Fiquei em casa desde o dia 12 de março, não é fácil gerir as emoções, o trabalho, a família e as crianças. Tenho as emoções à flor da pele. Estive a gerir e organizar a equipa à distância, a ter conferências e reuniões através das plataformas digitais e por telefone, a fazer almoço e jantar, a acompanhar os filhos em telescola… e a SER LUNÁTICA! Só no dia 19 de junho é que desconfinei e os nossos escritórios, lentamente, estão a retomar a normalidade. Sinto que este tempo de quarentena/isolamento social vai nos marcar para sempre. A mim já marcou! O mundo vai ser diferente: o mindset dos investidores vai mudar. Os negócios vão mudar. O consumo vai mudar. E vamos confiar mais profundamente nas nossas famílias e uns nos outros, para nos mantermos seguros, mas distanciados. No entanto, acredito que a economia vai recuperar rapidamente, ou não fosse eu uma exímia otimista!!! Estamos a presenciar os bancos centrais a avançar, rapidamente, para resolver problemas nos mercados de crédito; e os governos a agir, agora, de forma mais agressiva, decretando estímulos orçamentais de uma forma rápida, influenciados pela experiência mundial adquirida durante a crise financeira global de 2008. Estas ações são, provavelmente, mais eficazes e funcionam mais rapidamente, porque não estão a combater os mesmos desafios estruturais de há uma década, estamos mais confiantes e temos a experiência do passado. E temos a certeza de que nada mudou em Portugal. Continuamos à beira mar plantados, com praias extensas, temperaturas fantásticas, um povo acolhedor e uma cozinha de comer e chorar por mais. A dificuldade vai ser para as empresas que já estavam endividadas. O mundo vai ultrapassar esta crise, só pode. A economia vai recuperar. E para os investidores, que não estão de olhos postos nos pés, mas sim no horizonte que se avizinha, haverá enormes oportunidades nos mercados atuais, como sempre houve numa crise. "Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças." Charles Darwin 16 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

Sara Afonso, CEO

As compras on-line vieram para ficar. Ir ao cinema? Sim, dentro do carro em espaço aberto. Teatro em anfiteatros ao ar livre. Os restaurantes vão ter de se adaptar, antecipando um espaço de, pelo menos, três metros quadrados por pessoa. E será que vai voltar a haver ensino presencial??? Claro que sim, mas com 50 por cento de alunos nas aulas, o que, a meu ver, é uma mais-valia. Só nos resta mudar, levantar a cabeça e arranjar soluções. Como afirmou Zig Ziglar, “you don’t build a business, you build people. And then people build the business” ("você não constrói um negócio, você constrói pessoas. E, então, as pessoas constroem o negócio"). Na SOMETHING IMAGINARY ARCHITECTS e na SOMETHING PERFECT, Investimento Imobiliário, das quais sou sócia fundadora, conseguimos, em 24 horas, colocar a equipa em casa, criar normas de trabalho em teletrabalho, testar softwares e formas inovadoras de nos manter em contacto. Organizámos reuniões, mantivemo-nos próximos, entreajudámo-nos e ficámos pessoas melhores. Melhores, porque não quisemos falhar, porque fomos dando apoio uns aos outros e não perdemos o humor. Melhores, porque procurámos soluções. Melhores, porque quisemos e queremos inovar. Melhores, porque não desistimos da nossa missão: tratar o seu projeto, quer arquitetónico, quer imobiliário, com eficiência, conhecimento técnico e orientado para os resultados pretendidos. Melhores, porque continuamos, ativamente, a responder às solicitações dos clientes, parceiros e fornecedores. Melhores, porque nos sentimos heróis por cada dia que #ficámosemcasa e em cada dia que #saímosdecasaparafazeracontecer.


https://www.something-imaginary.pt/

IMPACTO NO FUTURO IMOBILIÁRIO Neste âmbito, temos de parar e sentir: O ar mais limpo, os canais mais translúcidos, o tempo com a família, o ter tempo, as saudades e, até, a falta do papel higiénico… tudo mudou na nossa vida, a hierarquização que tínhamos deixou de fazer sentido e o que era tão importante, agora, já não o é. Assim, vamos ter: - Mais preocupação com a sustentabilidade dos edifícios/empreendimentos; - Todos vão querer sanitas inteligentes com autolavagem; - Escritórios (negócio) mais pequenos – vai ser implementado o teletrabalho em cerca de 50 por cento dos funcionários em regime part-time (suponho); - Habitação particular com novo layout, nomeadamente inclusão de escritório; a cozinha deixa de ser kitchenette e abre lugar a espaço social e o hall de entrada voltou a ser a grande necessidade; - Habitação particular com sistemas domótica no que respeita à tecnologia e à sofisticação dos espaços; pessoalmente, já não passo sem a minha ALEXA e o meu ROBOT que aspira tudo ao comando da minha voz; - Jardim ou terraço passou a ser imperativo. https://www.something-perfect.pt/

#fiqueiemcasa e #saiaparafazeraconteceremsegurança REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 17


ARTIGO DE OPINIÃO | TÚLIO MACHADO ARAÚJO

É NO NATAL QUE O PICO DA CRISE CHEGARÁ AO TURISMO

Túlio Machado Araújo, Advogado

A importância do sector do turismo era de 52,3 por cento das exportações de serviços, 19,7 por cento das exportações totais e 8,7 por cento do PIB - contra os 1,6 por cento da AutoEuropa, para este mesmo PIB. Mas a AutoEuropa emprega 5600 pessoas, ao passo que o turismo, oficialmente, utiliza 400 000 trabalhadores. E com a economia paralela, como os cafés de estrada, falamos de mais de meio milhão de pessoas. Ou seja, eram precisas 80 fábricas, iguais à de Palmela, para empregar o número de pessoas que trabalha no turismo. Bastariam seis dessas fábricas para garantir o mesmo PIB. Mas, o que importa são as pessoas e não o PIB. Há ainda que considerar o número total de pessoas empregadas, que era de 4 913,000. O turismo empregava 10 por cento da população ativa (um em cada dez portugueses). A pandemia chegou em março. Ainda não tinham começado o trabalho de formiga, num sector que no verão acumula para sobreviver no inverno. Não creio que neste verão, só por si, consiga o necessário para enfrentar o inverno. Alguns pequenos negócios irão soçobrar. Sem vacina, o contágio ameaça a cada esquina. Além da redução dos proventos, os custos inflacionaram: o buffet é proibido nos hotéis (mesmo ao pequeno almoço), o pessoal que recolhe os sujos não é o que coloca os limpos, o número de clientes é restringido nos cafés e restaurantes (para respeitar as distâncias), o investimento intensifica-se, os gastos em desinfeção crescem, o preço não pode ser reduzido (para não dificultar a retoma), as rendas voltam ao seu normal, os seguros e manutenções das viaturas TVDE mantiveram-se (com as viaturas paradas) e, acabado o lay-off simplex, os ordenados retomam ao seu valor, para exemplificar. Mesmo que os trabalhadores acordassem numa redução de ordenados (para conservar postos de trabalho), seria ilegal e revogável por um Juiz laboral.

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Está errado quem pense que no turismo um lay-off simplex de três ou quatro meses (de 18 de março a 30 de junho), acrescido ora de julho, resolve a sangria. Mesmo somando moratórias bancárias, fiscais e do arrendamento e apoios do PEES, o turismo vai asfixiar no pico da sua crise, no Natal, como a cigarra da história, sem as receitas acumuladas, necessárias para fazer face à época baixa. O lay-off é uma redução ou suspensão do contrato de trabalho durante a qual o trabalhador tem direito a auferir um montante, de dois terços da sua retribuição normal ilíquida, ou o valor do salário mínimo nacional, correspondente ao seu período normal de trabalho (o que for mais elevado). Recorrer ao lay-off não proíbe o despedimento. Só dificulta. Se houver um processo de despedimento, seja disciplinar, fim de experiência, caducidade de termo, acordo de resolução do contrato, por mútuo acordo, mas elaborado criteriosamente, o despedimento não será ilícito e o ACT não terá razões para lavrar auto. O mesmo se for despedimento colectivo ou por extinção do posto de trabalho, se se obedecer aos requisitos legais e aos prazos. Só se o processo de despedimento for ilícito é que pode ser denunciado ao ACT. Este notificará o empregador e até à regularização da situação ou ao trânsito em julgado da sentença, o contrato de trabalho não cessa. Recentemente, foi noticiado o primeiro caso a chegar a tribunal, de um alegado despedimento ilícito, derivado da pandemia. Como advogados prevemos que mais se seguirão. Vai ser necessário um lay-off, agora complex, para o turismo sobreviver ao inverno e apoiá-lo com outras medidas, até por gratidão a ter salvo o PIB, nos últimos anos. Serão necessárias negociações e REREs simplificados, apoiados em mediadores de recuperação destas empresas, atribuídos pelo IAPMEI. O turismo não pode descansar.


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LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS | PMR IMOBILIÁRIA

QUEM VEM, VOLTA

A Revista Business Portugal esteve à conversa com Paula Moreira, que lidera a equipa da PMR Imobiliária, à qual é grata, afirma orgulhosa. Com uma capacidade de adaptação e entrega singulares, a equipa marca a diferença por manter um acompanhamento sublime ao cliente, que o faz sempre voltar. Pelo que é marcado o serviço da PMR Imobiliária? Nós damos grande ênfase ao acompanhamento que damos ao cliente, seja ele proprietário ou comprador. Considero que esse é o fator que nos diferencia. Os nossos clientes sentem-se nossos parceiros em todo o processo e esse serviço diferenciador é da responsabilidade das pessoas que fazem parte da nossa equipa. Penso que temos feito um trabalho bastante positivo ao longo dos anos e a prova disso são os números a que temos acesso. Tanto em 2019 como no primeiro semestre deste ano, temos uma percentagem bastante elevada de clientes de venda repetida, ou seja, clientes que compram uma segunda vez connosco; depois temos uma percentagem de 57 por cento de clientes que são referenciados, ou seja, novos clientes que chegam até nós por indicação de clientes que já compraram ou venderam com a PMR Imobiliária. Relativamente ao cliente comprador, fazemos um acompanhamento muito próximo de todo o processo de financiamento bancário, uma vez que somos intermediários de crédito certificados pelo Banco de Portugal. Tendo em conta o panorama atual, de que forma reinventaram o vosso serviço? Nas primeiras duas semanas da pandemia, procurámos estar próximos dos nossos clientes, nem que fosse apenas para saber como estavam e fazer-lhes companhia. Seguidamente, em conjunto com a consultora de marketing que nos acompanha, apostámos muito nas redes sociais, passando a ter uma presença muito mais forte do que até então. Acabámos por estar muito próximos das pessoas, com criação de conteúdos, ou com iniciativas onde o nosso departamento processual ajudou os clientes com e-mails personalizados sobre todos os procedimentos que o seu banco exigia, caso eles pretendessem fazer moratória de crédito, por exemplo. A juntar a isso, ao nível dos imóveis, também começámos a fazer coisas diferentes. A visita virtual ganhou espaço e vendemos o nosso imóvel com maior valor comercial durante a pandemia e após uma visita virtual. Isto significa que as visitas virtuais também funcionam, desde que já haja uma relação de confiança entre nós e os nossos clientes. Ao nível da imagem e divulgação dos imóveis, 20 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

Paula Moreira, Administradora


PMR IMOBILIÁRIA | LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS

introduzimos as visitas virtuais em 3D, que acabam por ser muito reais. Fizemos também um grande investimento nas plataformas on-line, o que nos permitiu duplicar o número de utilizadores a visitar o nosso site. Ao contrário do que se pensou e disse nas últimas semanas, o sector imobiliário não está em risco. Os números não indicam que haja uma crise neste ramo e a verdade é que nós temos um aumento de clientes compradores. Verifica uma mudança no perfil do consumidor? Sim. Como exemplo disso, temos o aumento da procura por moradias, apartamentos com terraço ou varanda e espaços exteriores. A juntar a isso, as pessoas também se preocupam em ter mais uma assoalhada para escritório. O mercado português continua atrativo quer para investidores nacionais, quer para estrangeiros? Sim, inclusivamente poderá haver um aumento da oferta, pois é provável que alguns imóveis que se encontravam em alojamento local entrem no mercado para venda ou arrendamento de longa duração, dado o decréscimo da atividade turística. Portugal continua a ser atrativo para o cliente que quer investir, na perspetiva de ter património e colocá-lo no mercado de arrendamento (que continua muito forte na zona de Lisboa). Quanto aos pequenos investidores estrangeiros, continuamos a ter todos os motivos pelos quais eles nos procuram: bom clima, boa gastronomia ou a hospitalidade dos portugueses e, por isso, essa procura não se irá alterar. A forma como lidámos com a pandemia também transmitiu confiança a esses mesmos investidores. Portanto, o futuro do sector imobiliário e da PMR, em particular, adivinha-se risonho? Acreditamos que sim, mas com muito trabalho. Nós trabalhamos muito mais durante a pandemia e continuamos a trabalhar arduamente para que as coisas aconteçam. Os clientes estão a demorar mais tempo a decidir e estão mais ponderados. Por outro lado, a banca tem respondido muito bem a tudo o que necessitamos sobre a concessão de crédito e isso é muito positivo para o sector. Mas a verdade é que o futuro será risonho se estivermos disponíveis para trabalhar bastante.

Nunca tínhamos feito tanta formação, em tão pouco tempo, de tantas áreas diferentes, como agora. Foi uma excelente reação do sector imobiliário a esta adversidade e há que agradecer também aos formadores que estiveram disponíveis para isso. Nas alturas mais hostis também é fundamental a equipa que temos ao nosso lado e eu sou muito grata às pessoas que tenho comigo nesta jornada. Para rematar, pergunto-lhe porque devem as pessoas escolher a PMR Imobiliária? Desde logo, pelo profissionalismo e seriedade da equipa da PMR Imobiliária. Pelo conhecimento que temos dos mercados em que trabalhamos, pela dedicação a cada cliente, mesmo quando nos pedem para atuar num mercado que não conhecemos tão bem e por todo o acompanhamento que prestamos. Definimo-nos pela constante procura da solução ideal para cada cliente, porque o que vende o imóvel, para além das suas características, localização e valor, é a forma como ele é promovido, como se investe na sua divulgação e é aí que marcamos a diferença.

Av. Rainha D. Amélia, 20 1600-678 Lisboa Telefone: (+351) 217 541 650 Telemóvel: (+351) 915 999 355 Email: info@pmrimobiliaria.pt

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 21


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ISEC LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS | D. S. ALBUFEIRA

“NASCEMOS PARA APOIAR O CLIENTE”

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Sandra Santos e Carlos Rascão, Representantes

No entender dos gestores, para o mercado residencial e derivado à atual pandemia, há uma certa tendência na procura de moradias. As prioridades foram “repensadas”, no dizer de Carlos Rascão. O quintal passou a ter uma utilidade de fruição ao invés de servir apenas e só para o animal de estimação, ou para guardar o automóvel. Como refere Sandra, “são outros tempos, com outras formas de estar na vida, que vão influenciar a escolha dos clientes”. No entanto, para o mercado de segunda habitação, ou para os imóveis para rentabilização, continua a procura de apartamentos. A Decisões e Soluções cumpre à risca, desde a primeira hora, as regras de segurança implementadas pelas autoridades de saúde, no sentido de oferecer garantias de segurança aos parceiros de negócio. Aquando da visita aos imóveis, são seguidas apertadas regras de higiene, evitando que se encontre alguém no interior das habitações quando os clientes se deslocam às residências. A empresa tem por regra fazer a “qualificação do cliente”, por forma a evitar visitas desnecessárias. Com este método, a probabilidade de fecho de negócio com a ida ao local é elevada. Sandra e Carlos mencionam a origem dos seus clientes: suíços, franceses, italianos e do norte da Europa, que vão continuar a procurar os seus serviços, assim como os compradores nacionais, onde estes experientes empreendedores aconselham os seus clientes. Carlos, com vasta experiência na análise de crédito, acompanha e aconselha os seus clientes na gestão dos seus empréstimos, analisando casuisticamente as necessidades dos seus clientes, procurando encontrar as melhores soluções para os seus créditos e ajudando-os a definir, por exemplo, se devem recorrer ou não a moratórias em situação de lay-off. A Decisões e Soluções surge sempre em contra-ciclo, com ofertas que impulsionam a realidade de cada parceiro de negócio e isso pode ser encontrado na história da marca. Carlos Rascão sublinha, “sempre que surgem dificuldades, conseguimos reinventar-nos por forma a apoiar quem estiver com algum tipo de dificuldade”. A formação de topo proporcionada pela “casa mãe”, no entender do gerente, tem apoiado o crescimento do projeto. Isto tem permitido às várias agências DS conseguir enfrentar os vários ciclos económicos, sejam eles favoráveis ou mais delicados, como é o atual cenário face à Covid-19.

22 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

Há três anos que Albufeira pode contar com o apoio de um conceito imobiliário inovador. A marca Decisões e Soluções, representada por Carlos Rascão e Sandra Santos, é transversal a todo o tipo de cliente que a procura. Em tempos de mudança, a confiança e a solidez são fundamentais numa transação imobiliária que proteja todos os intervenientes no processo.

Mais à frente, sublinha que “a regulação por parte do Governo, de alguns sectores da economia, tornaria os preços dos bens de consumo mais acessíveis à nova realidade e permitiria um maior poder de aquisição por parte dos clientes.” Relativamente ao imobiliário, Sandra Santos salienta que “o lucro não pode ser o objetivo central, mas sim o serviço prestado”, afirmando que “o foco deve ser o resultado obtido – leia-se, satisfação do cliente – e não o proveito financial”. Nesta atividade muitos consultores vivem na ânsia de fechar um negócio mas, segundo a gestora, há todo um trabalho a ter em conta antes da conclusão de uma venda. Existem muitos detalhes relacionados com o cliente-comprador e com o cliente-vendedor ao qual as agências imobiliárias têm de ter muita atenção. Os nossos consultores estão cientes deste facto, proporcionando-lhes uma forma de estar diferente na atividade. Carlos Rascão refere, a dado passo, o investimento financeiro e o conhecimento necessários à implementação de um negócio imobiliário, destacando o entendimento a nível legal, económico e nas ligações com a banca, não esquecendo o “break even point” para perceber quando vai surgir o retorno do investimento previamente efetuado. O acompanhamento disponibilizado pela marca foi também referido no sentido da motivação que esta tem prestado aos colaboradores, assim como na elaboração de parcerias e protocolos.


D. S. ALBUFEIRA | LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS

Sandra Santos refere a coesão que tanto a marca, como a equipa, manteve durante o confinamento, não parando de trabalhar e de se atualizar, preparando-se para uma nova realidade. A atividade não abrandou o seu ritmo, tendo sido realizadas diversas escrituras notariais. Relativamente à elaboração de processos de aquisição imobiliária, a Decisões e Soluções destaca-se pelo elevado nível de exigência na preparação dos processos, algo que alguns clientes não compreendem, mas que faz toda a diferença na concretização de uma transação segura. Após três anos de sucesso, Carlos e Sandra pretendem expandir o negócio, sendo a curto ou médio prazo a procura de novas instalações, uma vez que a atual loja se revela insuficiente para toda a equipa, mas é, no entanto, geograficamente favorável, pois está próxima de serviços essenciais à atividade. O Algarve e a qualidade de vida que a região proporciona, a par com a família que já se encontrava por lá, a falta de uma oferta numa esfera 360º e independente, contribuíram para a decisão de implementar o modelo de negócio que cada vez mais atrai clientes e colaboradores. Nos tempos que correm, há mudanças no perfil do comprador, que investe numa segunda habitação, ou no emigrante que anteriormente adquiria uma casa no local de origem e hoje prefere a qualidade de vida proporcionada pelo Algarve. A Decisões e Soluções está atenta a esta tendência e acompanha-a. A prova disso é ser considerada a maior rede de consultoria imobiliária e de intermediação de crédito líder de mercado neste segmento de negócio em Portugal, atuando em cinco grandes áreas: mediação de seguros, intermediação de crédito, construção de imóveis, mediação de obras e consultoria imobiliária. Conta com uma vasta rede de cerca de 100 agências, as quais assumem um compromisso de independência e seriedade, apresentando sempre as melhores soluções disponíveis no mercado.

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 23


LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS | FACTORCHAVE

ONDE FAZEM ACONTECER Em entrevista à Revista Business Portugal, Paula Almeida e Vasco Noronha – diretora comercial e diretor-geral e fundador, respetivamente – deram-nos a conhecer a FactorChave, uma agência de marketing integrado, que trabalha exclusivamente no sector da saúde. Com uma equipa jovem e dinâmica, já há 19 anos que a FactorChave faz acontecer.

Foi em 2001 que Vasco Noronha iniciou a caminhada da FactorChave, à qual se juntou, em 2011, Paula Almeida. Ambos os entrevistados têm uma vasta experiência na área da saúde, sendo que, na FactorChave, lideram uma equipa jovem e dinâmica, que está sempre pronta para arregaçar as mangas e fazer acontecer. A empresa de marketing integrado, que trabalha em exclusivo na área da saúde, desenvolve várias atividades, desde soluções de marketing e marketing digital, consultoria e comunicação, novas tecnologias, ou formação comercial e científica, mas é na organização de congressos e eventos onde tem maior visibilidade. Com a chegada da Covid-19, os congressos e eventos estão, até hoje, proibidos e para ultrapassar esta barreira, a FactorChave teve, mais uma vez, de fazer acontecer. “À luz da nossa experiência e com base naquilo que são as necessidades do mercado atualmente, tivemos de parar e reinventarmo-nos, que nem sempre é fácil”, explica Paula Almeida. Mas como empresa resiliente e inovadora que é, a FactorChave conseguiu chegar às soluções. “Orgulha-nos muito dizer que organizamos o primeiro congresso médico totalmente virtual na era Covid”, afirma, alegremente, Paula Almeida. Com o forte impacto sentido, a empresa não poderia optar por outro caminho que não o da reinvenção dos serviços prestados e da reinvenção do seu posicionamento no mercado, tendo, com os resultados obtidos no primeiro congresso médico virtual, elevado a fasquia daquilo que vão ser os congressos no futuro em Portugal. Para além de salientar o facto da FactorChave ter os parceiros ideais do seu lado e o conhecimento do mercado, Paula Almeida não tem dúvidas que o segredo para o sucesso foi, acima de tudo, “não parar e não baixar os braços, indo sempre ao encontro das necessidades dos clientes”. 24 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

Primeira PCO em Portugal com selo de certificação em qualidade pela APECATE Para Paula Almeida, é importante desmistificar que a certificação não é sinónimo de pagar mais caro, mas sim sinónimo de uma maior garantia de qualidade. “O mercado em Portugal ainda precisa de evoluir para perceber que a certificação faz de nós uma empresa mais credível”. A FactorChave, que possui um Sistema de Gestão da Qualidade, de acordo com os requisitos da norma NP EN ISO 9001, é a primeira PCO (Organização Profissional de Congressos) em Portugal a conseguir o selo de certificação em qualidade pela APECATE (Associação Portuguesa de Empresas de Congresso, Animação Turística e Eventos), fator de orgulho para a empresa e de diferenciação no mercado. Segundo Vasco Noronha, “esta conceção do selo qualidade pela APECATE foi uma necessidade sentida, uma vez que não há nenhum registo de empresas de organização de congressos”,acrescentando que para a FactorChave é “fundamental que os clientes e que o mercado, em geral, nos reconheça competência, não só por aquilo que nos vêm fazer, mas também por auditoria completamente externa, que avalia aquilo que nós fazemos”. O parceiro ideal Toda esta resiliência, persistência, vontade de inovar e a constante aposta na qualidade e competência é o que faz da FactorChave o parceiro ideal. Com uma equipa dinâmica e motivada, capaz de elaborar projetos chave-na-mão, onde estão envolvidos em todo o processo, a FactorChave propõe-se a continuar a antecipar as necessidades e a perceber as expectativas dos seus clientes e parceiros. Na esperança de que a Direção Geral de Saúde e o Governo avancem com regras específicas para poderem voltar aos congressos


FACTORCHAVE | LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS

Leonor e Joana Freitas

"A FactorChave, que possui um Sistema de Gestão da Qualidade, de acordo com os requisitos da norma NP EN ISO 9001, é a primeira PCO (Organização Profissional de Congressos) em Portugal a conseguir o selo de certificação em qualidade pela APECATE, fator de orgulho para a empresa e de diferenciação no mercado."

e eventos presencias, sem nunca colocar em causa a segurança de todos, a FactorChave acredita que há todas as condições para um regresso, em formato hibrido. “Contamos que seja estabelecido um limite de pessoas, sendo que contaremos também com presenças via on-line”, explica Vasco Noronha. Até lá e tendo em mente que o grande desafio continuará a ser adaptar-se, dia a dia, ao desconhecido, a FactorChave está confiante de que irá ultrapassar este momento menos positivo da nossa história, como já o fez anteriormente, e continuar a fazer acontecer.

Vasco Noronha, Diretor-geral

Paula Almeida, Diretora comercial

SEDE SOCIAL R: do Menino Jesus, 31, R/C 7000-601 Évora ESCRITÓRIO Avenida das Tulipas nº6 19º andar 1495 161 Linda-A-Velha, Lisboa, Portugal congressos@factorchave.pt http://www.factorchave.pt/ 21 430 7740

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LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS | KEEZAG

DESCOMPLICAR O MERCADO IMOBILIÁRIO Em entrevista à Revista Business Portugal, José Ramos Duarte, CEO da keezag, dá-nos a conhecer uma plataforma pioneira em Portugal, que disponibiliza um serviço inovador e personalizado, através da tecnologia. Com a promessa de revolucionar e descomplicar o mercado imobiliário a nível mundial, a plataforma prepara-se para dar o salto para a internacionalização. qualificado. Tudo on-line, sem sair de casa e com a ajuda da tecnologia e de parâmetros claros de qualificação.

José Ramos Duarte, CEO

Começo por pedir que nos explique o conceito da keezag e com que intuito foi criada. A keezag é uma empresa de tecnologia voltada para o mercado imobiliário que tem uma missão muito simples: descomplicar a experiência de quem precisa comprar, vender ou alugar um imóvel. Todos sabem que comprar ou vender uma casa é um dos momentos mais importantes na vida de uma pessoa e, muitas vezes, essa é uma má experiência, demorada, cheia de frustrações para o proprietário. Eu passei por isso, quando precisei de vender a minha casa. Percebi que o modelo de compra e venda de imóveis precisava passar por uma grande revolução e assim nasceu a keezag. Pesquisámos profundamente o mercado. Descobrimos que o proprietário não deseja vender a casa sozinho, mas quer ter a segurança de que terá um bom consultor nessa jornada. Já o consultor deseja reduzir tempo e custos de angariação. A primeira solução da keezag é o keeselect, que conecta o proprietário ao consultor imobiliário mais

E como funciona a plataforma, para proprietários e para consultores imobiliários? Primeiro, o proprietário regista gratuitamente a casa na keezag.com. Nesse momento, os consultores inscritos na plataforma são informados que um imóvel novo está disponível. Tudo em tempo real e direcionado para suas regiões de interesse. A partir desse momento, o consultor tem sete dias para apresentar um plano de vendas, que deve incluir serviços oferecidos, tempo de exclusividade sugerido, preço do imóvel, comissão de vendas, além de informações pessoais como o tempo de experiência e performance comercial. Com as propostas na mão, o proprietário escolhe o consultor com a qualificação ideal para suas necessidades. O consultor escolhido ganha a exclusividade sobre o imóvel e, para isso, paga à keezag uma taxa que equivale a um pequeno percentual (média de 4 por cento) que incide sobre o valor da comissão sugerida por ele. Um processo simples, rápido, transparente e confiável para todas as partes. Que benefícios é que a keezag traz para os seus diferentes utilizadores? Um dos propósitos da keezag é devolver o poder de escolha e negociação ao proprietário. Com a ferramenta keeselect, o proprietário escolhe o consultor qualificado que

melhor corresponde às suas expectativas e também consegue validar o preço da propriedade. Para o consultor, a ferramenta ajuda a dinamizar o processo de angariação. Outro importante diferencial da keezag é a qualificação. Nós criámos um algoritmo para medir a qualidade de cada consultor. Esse algoritmo leva em conta o histórico de vendas, a área de atuação e até características pessoais para construir a avaliação individual de cada consultor. E isso é uma excelente propaganda para o consultor imobiliário de alta performance e um ótimo instrumento de decisão para o proprietário. Por fim, a keezag é uma excelente ferramenta para o atual momento, em que as pessoas estão a evitar o contato pessoal. Poderem resolver tudo num ambiente virtual, sem precisar sair de casa, é muito útil para proprietários e consultores. Quais acredita serem as mais-valias que acrescentam ao sector imobiliário? O mercado imobiliário movimenta nove trilhões de dólares/ano. É um mercado gigantesco e vai passar por uma grande transformação nos próximos anos. E essa revolução está ainda no início. O keeselect é apenas a primeira de várias soluções que a keezag vai oferecer para o mercado mundial. Ainda este ano, vamos lançar o keevisit, uma solução para visitas autónomas a imóveis. A keezag também se prepara para a internacionalização da plataforma. De Portugal para o mundo. E o Brasil será a nossa próxima paragem.

Praça dos Pescadores, n.º 55 4450-222 Matosinhos Telefone: +351 220 990 684 Site: www.keezag.com Blog: blog.keezag.com www.facebook.com/keezagcom/ www.instagram.com/keezag_/ 26 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL


QUINTA DE SOALHEIRO | LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS

UMA EXPERIÊNCIA DE ENOTURISMO AO RITMO DA NATUREZA Inserida num paraíso natural, a poucos quilómetros do Parque Nacional Peneda-Gerês, a Quinta de Soalheiro, em Melgaço, é o local ideal para desfrutar de momentos em família e entre amigos. Longe do rebuliço citadino, relaxe e tenha uma experiência ímpar e segura, ao sabor do Alvarinho e da gastronomia regional.

A Quinta de Soalheiro é pioneira na criação do vinho Alvarinho em Melgaço, o ponto mais a norte de Portugal, e é uma referência nacional e internacional para os vinhos desta casta. Entre o vale preenchido por vinhas e pequenos aglomerados tipicamente minhotos e as montanhas, está perfeitamente integrada na paisagem que a rodeia, representando um porto seguro nos dias que vivemos. Com um ADN criativo na génese da Quinta de Soalheiro, a equipa de Enoturismo teve a ideia de criar experiências de enoturismo digital, assim que surgiu a pandemia do novo Coronavírus. “Concretizámos a ideia, demos-lhe o nome de Digital Tasting e, rapidamente, demos a possibilidade às pessoas de, na sua casa, poderem receber e experienciar os nossos vinhos e os sabores do nosso território, com o acompanhamento de um vídeo onde as guiamos nessa descoberta”, explica o enólogo da Quinta, António Luís Cerdeira. Mas as visitas já voltaram à Quinta de Soalheiro, com o selo Clean & Safe do Turismo de Portugal. Com um circuito reformulado, onde a experiência é feita, maioritariamente, na parte exterior, com possibilidade de visita às vinhas, o contacto privilegiado com a natureza permite uma descoberta do terroir da origem do Alvarinho – Monção e Melgaço – onde a gastronomia, a natureza e a hospitalidade nunca desiludem. O enólogo garante que “a magnitude da paisagem, o facto das visitas se desenrolarem quase

exclusivamente em espaço aberto, o contacto com a natureza, a possibilidade de visitar a vinha e de sentir proximidade a um ritmo que nos transcende, transmite uma sensação de liberdade que talvez seja ainda mais intensa após um período de confinamento. A tranquilidade de quem nos visita nunca pareceu menor, pelo contrário, é ainda mais percetível.” Do percurso das visitas, faz agora parte a produção das infusões Soalheiro e a recém-inaugurada Casa das Infusões, numa convergência entre o terroir do vinho e das ervas aromáticas que a ele estão perfeitamente adaptadas: as infusões podem ser saboreadas numa prova que inclua vinhos ou num pequeno-almoço com produtos locais. O Enoturismo do Soalheiro dá-lhe a possibilidade de descobrir tudo o que o território tem para ensinar, privilegiando as experiências personalizadas. Desde a descoberta dos encantos da vinha, da preservação da biodiversidade, até aos sistemas de produção, tudo é uma aprendizagem que termina numa prova vínica, onde se podem conhecer as várias dimensões do Vinho Alvarinho. Não deixe de conhecer o ponto mais a norte de Portugal e vivenciar uma experiência que apela aos seus sentidos. Ao visitar a Quinta de Soalheiro estará a conhecer um pouco da história do seu país, através, não só do paladar, mas também do tato, do olfato, da visão e da audição. A oferta de enoturismo permite criar programas para famílias ou amigos, sem limitações de idades. Todas as reservas podem ser feitas, comodamente, através da plataforma www.soalheiro.com/enoturismo.

Alvaredo, Melgaço 251 416 769

enoturismo@soalheiro.com www.soalheiro.com REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 27


LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS | INTERMESUM

UM QUARTO DE SÉCULO NO MAR

A Intermesum, sediada em Leça da Palmeira, celebra 25 anos de existência. Em entrevista à Revista Business Portugal, José Lino Freitas – mentor do projeto – e Rita Freitas – que continua agora o legado –, revelam o segredo para se ser uma referência num sector tão competitivo como o dos serviços aduaneiros e marítimos. A Intermesum atinge este ano a admirável marca de 25 anos no mercado, num sector extremamente competitivo. Que balanço fazem do vosso percurso e como se sentem por terem toda esta experiência acumulada? José Lino Freitas: No meu caso em particular, dado ter sido o fundador, sinto um enorme orgulho pelo reconhecimento dos nossos parceiros, clientes e entidades oficiais, no âmbito da nossa atividade. Rita Freitas: Em primeiro lugar, sinto que devo prestar uma singela homenagem ao meu pai por todo o seu percurso e história de vida alcançados até aqui. Demonstrando-lhe toda a minha gratidão, compreensão, amizade e amor por tudo o que fez e continua a fazer. Em segundo, parabéns por estes 25 anos de vida da empresa. Bom, tendo em conta a longa história da Intermesum, o meu percurso ainda é pequeno, resume-se a oito anos, mas é exaustivo e, apesar de tudo, gratificante. Sinto que ainda tenho muito que aprender e apreender com o meu pai, que me dá todo o apoio e transmite todo o seu conhecimento e sabedoria profissional. Inicialmente, estavam vocacionados para a área marítima, tendo sentido a necessidade de se adaptarem ao mercado. Ao dia de hoje, que serviços disponibilizam e em que áreas de atuações laboram? JLF: Para além de continuarmos a prestar os nossos serviços na área marítima, prestamos também serviços de importação, exportação e trânsitos, bem como consultadoria aduaneira. RF: Continuamos a oferecer serviços na área marítima. Disponibilizamos serviços de despacho aduaneiro de importação, exportação e os trânsitos. Bem como todos os outros serviços e procedimentos inerentes à atividade aduaneira. Há vários anos que se destacam e são uma referência na importação, gestão aduaneira e trânsito de mercadorias. Qual é o segredo para esta consistência? JLF: Profissionalismo, seriedade e acompanhamento constante junto dos nossos clientes, para lhes proporcionar um serviço de qualidade. 28 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

RF: Talvez o segredo esteja na forma como foi transmitido pelo seu fundador, os valores pelos quais se rege a Intermesum. A integridade pessoal e profissional, o brio profissional, a ética e a transparência com que cada trabalhador executa a sua função, em prol e ao serviço do cliente, é primordial para o sucesso de qualquer organização e isso reflete-se, inevitavelmente, na eficácia e eficiência da nossa empresa. Foi Lino Freitas, que já conta 48 anos de experiência no sector, que iniciou este projeto, passando agora o testemunho para a segunda geração da família. Como tem sido transmitir todo o seu conhecimento à sua filha? E, dirigindo-me agora a Rita, como despertou o interesse em seguir as pegadas do pai? JLF: Tem sido gratificante para mim poder deixar todo o conhecimento adquirido ao longo destes anos a alguém como a Rita, que tem demonstrado abraçar este legado de forma exemplar, seguindo, de certa forma, o nosso lema, dando-lhe, naturalmente, o seu cunho pessoal, fruto também da sua capacidade académica nesta área. RF: A minha formação base são as Relações Internacionais, estando eu mais vocacionada para a área da diplomacia política, no entanto, mais tarde, por imperativos da vida, pensando num futuro próximo e por forma a poder dar seguimento ao legado que ia ter, decidi adquirir conhecimento na área aduaneira e optei por tirar o mestrado em Marketing e Comércio Internacional, algo que meu deu imenso prazer e com o qual me identifiquei. A partir daí foi o querer mais e mais conhecimento e o desejar, de facto, abraçar a profissão do meu pai. Neste seguimento, num passado recente, candidatei-me a um estágio profissional de acesso a Despachante Oficial/Representante Aduaneiro, promovido pela Ordem dos Despachantes Oficiais, o qual foi realizado com sucesso, o que contribui para um crescente gosto por esta área profissional. 2019 foi um bom ano para a Intermesum, mas, inevitavelmente, sentiram impacto com a Covid-19. De que forma se reinventaram e adaptaram a este período? Neste momento, como se encontra o mercado? JLF: Inevitavelmente, sentimos o impacto da Covid-19, tal


INTERMESUM | LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS

José Lino Freitas e Rita Freitas, Administradores

como os nossos clientes. No entanto, tivemos sempre algum trabalho e todos os nossos colaboradores estiveram sempre ativos para corresponderem às necessidades, com todo o seu empenho e prontos para resistir, sabendo eles que por parte da gerência é feita uma gestão muito cuidada na salvaguarda dos postos de trabalho. RF: Sim, o ano de 2019 foi um ano feliz para a empresa. No entanto, como é do conhecimento geral, estamos todos a viver momentos complexos e desafiantes. É transversal a todas as áreas de negócio o impacto negativo causado pelo novo Coronavírus (Covid-19). Há uma efetiva redução no volume de negócios. Contudo, a Intermesum acabou por diversificar a oferta, explorando novos segmentos e nichos, bem como na prestação de auxilio às empresas em consultadoria internacional, tendo em conta a fase excecional que o mundo está a viver. Depois de 25 anos de vários sucessos alcançados, o que almejam conquistar no futuro? JLF: Após 25 anos de existência, enquanto fundador da Intermesum, o que me deixará descansado quando entregar, de vez, o comando à Rita, será ver darem seguimento ao que foi conquistado, mantendo sempre uma relação de estima para com os clientes e toda a cadeia que nos envolve e, naturalmente, aumentando o que até agora foi conseguido, com toda a humildade. RF: Podemos dizer que o planeamento estratégico futuro da empresa é um processo contínuo e pretendemos, obviamente, crescer, paulatinamente, a longo prazo, sem perder a eficiência, a humildade e a qualidade que nos caracteriza. Os projetos a curto e médio prazo vão, neste momento, aguardar para serem implementados, uma vez que as relações económicas internacionais atravessam uma fase de incerteza, o que nos obrigada a rever as estratégias e os planos mais imediatos.

Rua Pinto de Araújo nº249 4450-777 Leça da Palmeira, Matosinhos +351 229 997 170 geral@intermesum.pt REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 29


C LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS | CONFIRMINO

CINCO ANOS DE PROXIMIDADE E PROFISSIONALISMO

A Confirmino celebra cinco anos no mercado da construção civil e, para assinalar a data, Diogo Firmino esteve à conversa com a Revista Business Portugal. Com valores assentes na seriedade, dedicação e consideração pelo cliente, o CEO transportou esses princípios para a empresa que lidera, guiando-a para o sucesso.

2020 é o ano que marca o quinto aniversário da Confirmino. Como define o percurso percorrido? O que melhor define o percurso de sucesso da empresa é, no meu entender, a seriedade, a importância, o valor e a consideração para com o cliente, aliado, claro, a um trabalho dedicado, que todos os dias procuro melhorar, juntamente com os colaboradores e parceiros da Confirmino, que são essenciais. A Confirmino preza por prestar um serviço assente num modelo de negócio diferente do da maioria das empresas. Que mais-valias proporcionam aos vossos clientes? Nós não só desenvolvemos projeto, seja ou não de execução, como também acompanhamos a obra aquando da sua execução, mas, principalmente, apoiamos o cliente numa fase anterior à da definição do projeto, esclarecendo possíveis dúvidas, sugerindo diferentes estratégias ou mostrando outras linhas orientavas para uma maior rentabilidade ou economia, em relação ao pretendido, o que, muitas vezes, pode ser a diferença para um bom investimento ou uma melhor qualidade da solução final. Este é, sem dúvida, um fator diferenciador, o que nos orgulha. Damos resposta em todo o território português, ao nível de projeto e pré-projeto e, para já, o acompanhamento assíduo, até ao final das obras, apenas é feito na região do Alto Alentejo e Lisboa, no entanto, procuramos expandir geograficamente a totalidade dos serviços. Os nossos serviços concernem desde a construção de pavilhões agrícolas, habitações, passando pelo turismo até à indústria, damos resposta a todas as especialidades necessárias, através de uma excelente equipa de profissionais. Não fazemos questão ou exigimos ao nosso cliente que intervenhamos no seu projeto em todas as etapas. Costumo dizer que aconselhamos, desenvolvemos e acompanhamos por forma a que o cliente possa tomar decisões da melhor forma.

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Diogo Firmino, CEO

As parcerias também são uma forte aposta da empresa… Não encaro a Confirmino apenas como uma empresa ou como um negócio por si só, a Confirmino tem na sua essência a proximidade com clientes, colaboradores e parceiros. Para mim, só desta forma faz sentido a progressão da empresa e, por isso, tem sido difícil expandi-la. Se os clientes começarem a ser tratados por número ou datas é sinal que a essência não está a ser respeitada e isso não pode acontecer de forma alguma. Os clientes colocam nas nossas mãos os seus projetos, os seus sonhos, muitas vezes os investimentos de uma vida e, por isso, cada projeto é como se fosse meu e é tratado com total dedicação e não apenas como mais um trabalho que se reflete apenas em valores monetários. Para estar o mais próximo possível do cliente final, temos de trabalhar com os mais diferentes tipos de parceiros, nas mais variadas zonas do país ou nas mais variadas vertentes. O Diogo afirma que a Confirmino tem implementado novas formas de trabalhar no sector da construção civil. Essa predisposição veio ajudar na adaptação à nova realidade imposta pela Covid-19? Sim, posso afirmar que, em termos de projeto, não houve dificuldade na continuidade normal do trabalho. Obviamente, tiveram de ser feitos alguns ajustes, mas nada que tenha impacto significativo. O trabalho à distancia é, desde o início da criação da empresa, uma realidade. Em termos de acompanhamento de obra e consultadoria, teve o impacto óbvio do distanciamento social, mas dado o método de trabalho da empresa, a solução foi estender parte desse método de trabalho para minimizar o impacto da Covid-19.


CONFIRMINO | LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS

Podemos, portanto, dizer que o vosso serviço assenta na inovação, criatividade, qualidade, profissionalismo, proximidade e excelência? Sim e muito embora todas as palavras façam sentido, se tivesse de destacar duas seriam a proximidade e o profissionalismo. O profissionalismo é a base de qualquer empresa e é fundamental que esteja presente em todos os elementos que a constituem, seja qual for a função. A proximidade é o valor fundamental da empresa e o que melhor a define. São esses os nossos pilares, mesmo estando em constante formação para inovar e, assim, dar uma melhor resposta. Estamos sempre atentos a novas soluções para aplicar, de forma a acrescentar não só criatividade, como também qualidade. A excelência apenas é conseguida na otimização das anteriores e é para ela que trabalho, não para ser uma empresa de referência nacional, mas para dar a melhor resposta aos clientes. Um dos objetivos traçados para este ano prendia-se com a especialização da empresa em matéria de segurança contra incêndios e medidas de autoproteção para edifícios e espaços de terceira e quarta categorias de risco. Em que ponto de situação está este objetivo? E que outros objetivos esperam alcançar num futuro próximo? É verdade que esse é um dos objetivos para este ano, muito embora a legislação tenha sofrido algumas alterações em relação a esse nível. É objetivo a especialização em matéria de segurança contra incêndios, principalmente no que diz respeito a medidas de autoproteção e sua implementação, uma vez que existe alguma dificuldade na sua implementação pelos responsáveis. Queremos dar resposta nesse sentido, no entanto, e devido à Covid-19, esta formação mais intensiva fará mais sentido ser desenvolvida no final do ano, uma vez que, neste momento, o principal objetivo é conseguir trabalhar em BIM (Building Information Modeling) em todas as especialidades que constituem o projeto. Desde o início do ano que tenho vindo a trabalhar nesse sentido, uma vez que, cada vez mais, os nossos parceiros e clientes o solicitam.

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LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS | MWS

CINCO ANOS DE EXCELÊNCIA E INOVAÇÃO Este ano a MWS celebra o quinto aniversário. Que balanço fazem destes anos de atividade? Sim, é verdade. No passado dia 20 de julho, a MWS celebrou o seu quinto aniversário. Ao longo deste período, a MWS tem-se focado em crescer, consolidar e evoluir no mercado, com base nos seus valores, que mantém desde a sua constituição. As normais dificuldades de uma microempresa no arranque da sua atividade também foram uma realidade na MWS. Contudo, pela nossa perseverança e capacidade em fidelizar os clientes, temos conseguido crescer de forma sustentada, ultrapassando os obstáculos. No presente ano, com toda a realidade que se tem vivido a nível mundial, advindas da pandemia, a MWS tem conseguido crescer, quer em número de postos de trabalho, quer em volume de faturação. Criaram a empresa para, através dos vossos serviços, preencherem uma lacuna que encontraram no mercado da metalomecânica. Têm o sentimento de dever cumprido? O que vieram acrescentar ao mercado? Sim. O propósito da nossa empresa sempre foi apoiar as pequenas e médias empresas do sector, trabalhando em parceria e prestando o apoio técnico para que estas consigam obter a qualidade e rigor nos produtos desenvolvidos. É com grande satisfação que notamos que todos os que se têm mantido a trabalhar com base nestes princípios, têm conseguido crescer a atividade de forma rápida e sustentada, aumentando a sua carteira de clientes. Em que áreas de atividade laboram? Ao dia de hoje, a MWS mantém o foco nas suas três áreas de negócio: - A MWS Engineering – estruturada em duas áreas de atividade: prestação de serviços de consultoria de soldadura e da qualidade e engenharia de processo e estruturas, focada no desenvolvimento de projetos de raiz, que vão desde a indústria química à indústria alimentar; - A MWS Inspections – dedica a sua atividade à inspeção e execução de ensaios não destrutivos; - A MWS Training – promove ações de formação certificada nas áreas da metalomecânica, desenvolvimento pessoal, segurança e saúde no trabalho e programação. 32 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

A MWS – Master Welding Solutions, Lda, sediada em Sever do Vouga, já dá cartas na indústria metalomecânica e energética há cinco anos. Depois de assegurar um crescimento sustentado ao longo destes anos, a empresa promete manter a excelência e inovação, ao mesmo tempo que expande o negócio, nacional e internacionalmente. Quem o garante, são os sócios-gerentes, David Cavaleiro e Pax Rocha, em entrevista à Revista Business Portugal. Afirmam que o que vos move é transformar dificuldades em oportunidades e desafios em projetos exequíveis e economicamente viáveis. Isto ficou ainda mais vincado com a pandemia? De facto, esta pandemia, que nos apanhou a todos de surpresa e que teve um grande impacto a nível mundial, fez com que alguns projetos tivessem de ficar em stand by, levando a um abrandamento das atividades em curso. No entanto, a MWS não baixou os braços e aproveitou este momento para desenvolver novos produtos, que expectamos vir a introduzir brevemente no mercado, permitindo-nos alargar o nosso leque de atividades. Por outro lado, a pandemia veio alterar a vossa estratégia no mercado, ou continuam com a ambição de se tornarem uma referência na Península Ibérica, nas áreas da metalomecânica e energia? A ambição da MWS mantém-se, mas de facto a pandemia levou-nos a abraçar outros projetos, tendo em conta os recursos que tínhamos dentro de portas. Vinculámos um consórcio com um parceiro de longa data, a Articwind – Engenharia Marítima, Lda e, durante este período, já fechámos um projeto de referência nacional no sector frutícola. Além disso, com esta parceria estamos também a ultimar a negociação de uma série de projetos no mercado angolano, o que nos levará ao objetivo inicial de internacionalização, como veículo de crescimento.

Ensaios NDT reservatório


MWS | LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS

Foto realismo de Projeto de Parque Químico

Formação de soldadura – módulo de realidade virtual aumentada

Equipas MWS e Articwind Sócios gerentes da MWS Pax Rocha (esq.) e David Cavaleiro (dir.)

Podemos esperar que o caminho da MWS continue a passar pela excelência, qualidade e inovação, através de um serviço personalizado e próximo? Sim, claro. Todo o caminho percorrido demonstra que os nossos valores nos têm mantido no mercado. Prezamos um sentido de proximidade que se verifica no nosso dia a dia, na medida em que todos os nossos clientes são vistos como parceiros, que nos lançam novos desafios e nos levam a evoluir em conjunto, em busca do crescimento e da melhoria contínua. Além disso, a MWS mantém uma forte aposta na formação da sua equipa, proporcionando-lhes a aquisição de competências técnicas e de novas ferramentas, que consideramos fundamentais no exercício das suas funções, em prol de uma prestação de serviços de maior qualidade. O caminho futuro claramente passa por manter a excelência e inovação como pilares fundamentais de crescimento e diferenciação.

Formação de soldadura – módulo de realidade virtual aumentada

Vougapark – Parque Tecnológico e de Inovação do Vouga Lugar da Estação 3740-070 Paradela / Sever do Vouga (+351) 234 597 294 / (+351) 910 718 462 / (+351) 916 299 745 geral@mws-group.pt https://mws-group.pt/ REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 33


LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS | GANADARIA LUÍS ROCHA

TOIROS… UMA PAIXÃO! Luís Rocha é um lisboeta apaixonado pelos toiros e pelo Alentejo que, em 1977, formou a sua ganadaria, sendo, até aos dias de hoje, uma das mais prestigiadas de Portugal. Agora que a tauromaquia está a pronta para o regresso, Luís Rocha assegura que os espectadores não vão encontrar diferenças e podem continuar a usufruir, da melhor forma, dos espetáculos.

Luís Rocha, Ganadeiro

Nascido e criado em Lisboa, Luís Rocha, que desde muito cedo tem presente uma paixão enorme pelos toiros, licenciou-se em Agronomia e, entre 1949 e 1958, envergou com brilhantismo a jaqueta dos Forcados Amadores de Santarém, tendo pegado cerca de 100 toiros. Mas o Alentejo chamava por Luís Rocha, que acabou por se instalar como agricultor no concelho de Reguengos de Monsaraz. Em 1977, formou a sua ganadaria, tendo a sua estreia ocorrido em 1981, na Praça de Toiros de Vila Nova da Barquinha. A Herdade da Machoa é uma propriedade com cerca de 800 hectares, que funciona há mais de quatro décadas enquanto ganadaria. Com uma paisagem de cortar a respiração, onde sobressai o montado alentejano, a herdade dedica-se à criação do toiro lide. Para Luís Rocha, o toiro bravo representa um sentimento indescritível, por isso, na 34 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

sua ganadaria os animais vivem em total liberdade e comunhão com a natureza, dispondo de um território propício para o exercício físico, essencial para manter a estrutura física necessária para enfrentarem o tempo de lide. O toiro bravo tem de ser permanente acompanhado, ainda antes de ser toiro, no ventre das mães. Estes são animais que requerem muito cuidado e atenção, sendo crucial assegurar uma alimentação equilibrada e água em abundância. Apesar de calcorrearem os terrenos onde são semeados os fenos, os toiros precisam de uma ração suplementar rica em nutrientes, que assegure um bom desenvolvimento durante a fase de crescimento. No momento da seleção dos toiros, o essencial é a bravura, a boa conformação física e a agilidade natural do animal para aguentar o tempo da lide. Por outro lado, o toiro tem de transmitir emoção a quem está a assistir ao espetáculo na praça. Mas parte fundamental de qualquer ganadaria também é o seu maioral, uma vez que é o braço direito do ganadeiro no dia a dia do campo, sendo este o responsável pelo maneio dos animais e pela preservação da propriedade. Carlos Fernandes é o maioral da Ganadaria Luís Rocha, tendo chegado à herdade com apenas 15 anos. Há mais de três décadas a participar ativamente na estrutura da ganadaria, Carlos Fernandes também transmite uma paixão enorme pelo gado bravo e pelos cavalos.

Carlos Fernandes, Maioral

O regresso da tauromaquia Perante o desafio imposto pela pandemia do novo Coronavírus, a grande prioridade da Ganadaria Luís Rocha foi manter o conforto dos animais, que estão sempre em primeiro lugar. E, apesar das novas regras impostas à tauromaquia, Luís Rocha assegura que, no regresso, os espectadores não vão encontrar diferenças e poderão usufruir de bons espetáculos como antes.

966 318 626 / 962 470 788 luisrochamachoa@hotmail.com


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Para além de ser um direito de todos os cidadãos, a Educação contribui para o desenvolvimento dos indivíduos e da sociedade em que se inserem. A importância deste sector é gigantesca, uma vez que tem um impacto muito significativo no nosso futuro, por isso, olhar com a devida atenção para a Educação e encontrar soluções é prioritário. A pandemia do novo Coronavírus veio-nos impor grandes desafios e o impacto sentido na Educação nunca se tinha feito sentir nesta medida. O ensino presencial é insubstituível, no entanto tiveram de se esvaziar os corredores das instituições e tiveram de se adquirir novas aprendizagens, não só por parte dos alunos, mas também dos professores. O ensino português teve de se reinventar em tempo recorde. A necessidade de adaptação a um cenário sem precedentes, de forma célere, empurrou docentes e alunos para o ensino à distância e ficou mais claro que aqueles que apresentam capacidades de liderança vão fazer a diferença. Foram implementadas mudanças e novas estratégias por parte das Universidades, estando elas muito vincadas pelos avanços tecnológicos que fogem ao ensino tradicional. As salas de aulas foram trocadas por encontros no Zoom e teve de se reaprender a comunicar e a partilhar conhecimento e ideias. Mas apesar de nesta fase haver um maior distanciamento, tem de se planear e preparar o regresso aos campus universitários. Tendo na mira um arranque de ano letivo totalmente diferente e mais desafiante, as universidades portuguesas vão precisar de um reforço orçamental, porque a pandemia também traz à tona uma crise económica e uma crise social.

ENSINO

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social. As preocupações não passam apenas por garantir um regresso às aulas presenciais com as devidas medidas de segurança para toda a comunidade académica, mas também por assegurar medidas que evitem o abandono escolar. É necessário repensar a maneira como se lida com os alunos e verificar que apoios lhes devem ser prestados. No berço académico do país, “duas docentes e investigadoras do CeBER (Centro de Investigação em Gestão e Economia da FEUC), Rita Martins e Patrícia Moura e Sá, promoveram um estudo sobre vulnerabilidades económicas dos estudantes da FEUC que permitiu verificar o impacto imediato e contundente da Covid-19 na vida económica dos estudantes e nas suas práticas de inserção na comunidade académica. Como têm dito diversos especialistas, a pandemia expôs como nunca o problema das desigualdades do país e a Universidade é um espelho dessa realidade”, como nos adiantou o Professor Álvaro Garrido, diretor da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra. É necessário combater e colmatar essas desigualdades, sendo objetivo primordial qualificar os nossos jovens e alunos. Os desafios impostos na Educação são colossais e as universidades portuguesas têm de estar prontas para enfrentar qualquer obstáculo que surja. Tendo como principal objetivo e preocupação assegurar um ambiente seguro e saudável, não colocando em causa a saúde pública, as instituições de ensino devem mostrar, como até aqui o têm feito, capacidade de resiliência, inovação e reinvenção. No entanto, não nos podemos esquecer que é extremamente necessário e fulcral prestar o devido apoio e reunir sinergias para salvaguardar a Educação.

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LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS | FEUC

UM ESPAÇO PLURIDISCIPLINAR DE FORMAÇÃO Em entrevista à Revista Business Portugal, o Professor Álvaro Garrido, diretor da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, falounos dos novos desafios que o ensino superior enfrenta, perante uma situação totalmente inédita na história recente da Universidade. Depois de perceber a real ameaça que enfrentamos, como se estruturou a FEUC? Prestes a cumprir cinquenta anos de vida, a FEUC viveu durante os últimos meses uma experiência única, de grande dureza existencial, uma situação distópica. A suspensão das atividades académicas presenciais, decidida, e bem, pelo Reitor da UC a 9 de março, foi o início de um longo caminho cujas circunstâncias persistem em pleno mês de julho, dado que o risco de contágio da pandemia não consente, ainda, um regresso desprevenido ao ensino e avaliações presenciais. A resposta da comunidade FEUC foi muito positiva. Quero destacar a generosidade e capacidade de adaptação dos docentes e dos estudantes a um ensino remoto ditado por condições de emergência para o qual ninguém estava preparado. Todos os professores trabalharam muito durante este semestre, foram mais professores do que investigadores, diversificaram os métodos de ensino, apelaram a metodologias participativas e procuraram garantir as aprendizagens com a solidez possível. Para uns foi uma experiência de empobrecimento pedagógico, para outros foi uma descoberta de métodos alternativos e de novas competências que não deixarão de ficar para o futuro próximo. Devo salientar que a taxa de assiduidade dos estudantes foi muito elevada, confirmando a coesão pedagógica da FEUC e a tradição que tem de oferecer uma qualidade de ensino apurada e bem apoiada pelos Serviços. A FEUC estruturou-se bem, organizando as aulas e demais atividades académicas à distância e limitando ao mínimo os serviços presenciais. O cumprimento rigoroso dos protocolos sanitários e recomendações da UC teve um balanço altamente positivo, mas ficou a memória de uma Faculdade sem alunos. Sem vida, sem ruído. Não gostaríamos de repetir. O que julga ser necessário fazer, no sentido de auxiliar as Universidades portuguesas? A Universidade, enquanto instituição e player fundamental do desenvolvimento do país, foi um pouco esquecida nos debates sobre a contingência que surgiram na sociedade portuguesa e sobre os planos de recuperação a promover daqui em diante, nomeadamente sobre o plano de recuperação que esperamos da União Europeia. Como ponto positivo, destaco a boa resposta reativa e adaptativa que a comunidade académica conseguiu dar, dando prova de uma admirável flexibilidade e voluntarismo, e saliento o regresso, que se saúda, de alguns debates sobre filosofias de ensino e pedagogia universitária. Foi interessante, também, verificar que 38 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

Álvaro Garrido, Diretor

algumas instituições universitárias e do ensino politécnico ajudaram a construir soluções tecnológicas e outras para combater a pandemia. Mas essas foram as faces visíveis do impacto imediato da Covid e dos planos de contingência sobre a Universidade. Menos visíveis e mais silenciosos foram os problemas sociais, económicos e humanos que muitos estudantes experimentam e começaram a viver devido às circunstâncias difíceis que a pandemia gerou. A curto prazo, há um problema grave de ação social – uma crise social, diríamos – nas populações de estudantes das Universidades públicas que exige mais financiamento público, programas de bolsas de estudo e outros dispositivos de combate às desigualdades de forma a combater o abandono escolar, o insucesso e a exclusão. A curto prazo, vamos ter ainda um problema orçamental acrescido, dada a quebra que se regista na procura de cursos de pós-graduação, nomeadamente por parte de estudantes brasileiros, cuja situação económica é muito difícil, sobretudo devido à desvalorização do real relativamente ao euro. Sendo a FEUC uma das unidades orgânicas da UC com maior tradição internacional e tendo a Covid-19 condicionado a mobilidade, como anteveem o próximo ano letivo? Além do que referi, o processo mais ansioso que se vive nas Universidades reside no ansiado regresso ao ensino presencial, ainda que em condições restritivas e salvaguardando a saúde e segurança de todos. Boa parte das universidades portuguesas e a UC em particular, estão organizadas para oferecer e praticar ensino presencial. Em meu entender, devemos ter algum sentido crítico e moderação relativamente a um certo encantamento


FEUC | LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS

com as vantagens do “ensino à distância”. Perde-se muito numa aula de ensino remoto relativamente ao que se ganha, ainda que esse balanço varie consoante as áreas e os interlocutores. Um bom professor, em cujas aulas os alunos gostam de estar e participar, beneficia imenso os estudantes se puder estabelecer um contacto físico na sala de aula. Mas também devemos evitar declarações demagógicas que tendem a reivindicar o regresso imediato ao ensino presencial, tal como antes o fazíamos. A nossa tradição de mobilidade de estudantes, nomeadamente no âmbito do programa Erasmus é efetiva. Em 2019 tivemos estudantes de mais de cinquenta países! Neste momento, as dificuldades de antever a realidade que teremos no próximo ano relativamente à mobilidade de estudantes ainda são significativas, mas os números que temos são mais positivos do que seria de esperar no contexto da pandemia. A FEUC tem ainda uma forte aposta na relação entre o ensino, a investigação e o tecido social e empresarial da região. Que desafios esperam encontrar agora? A FEUC cultiva um projeto de educação pública capaz de equilibrar as vertentes do ensino e da investigação. É fundamental saber manter esse equilíbrio. Temos uma ligação muito forte com dois centros de investigação que nos servem de lastro em matéria de investigação: o Centro de Estudos Sociais, liderado pelo Professor Boaventura de Sousa Santos, e o CeBER, liderado pelo Professor Luís Dias. Neste momento, estamos a robustecer uma série de dispositivos de reforço da nossa intervenção no território (a região centro) e de interação das empresas, nomeadamente através da APEU (Associação para a Extensão Universitária), da rede de parceiros FEUC e dos programas de mentoring. De forma a potenciar a nossa rede de antigos estudantes com posições de destaque no mundo profissional e na atividade económica, vamos lançar o programa “Na Pegada da FEUC”. Estamos a criar dinâmicas interessantes e mais afirmativas.

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ESPECIAL SAÚDE

BENEFÍCIOS DO CHOCOLATE | DIA MUNDIAL DO SONO | DOENÇA VENOSA CRÓNICA SAÚDE FEMININA | TINTAS INOVADORAS AO SERVIÇO DA SAÚDE PSICOLOGIA CLÍNICA E PSICOTERAPIA REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 41


QUALIDADE E INOVAÇÃO NA SAÚDE | NUTRICIONISTA SANDRA ALVES

OS 7 “PECADOS” DO CHOCOLATE QUE AINDA NÃO TEVE O PRAZER DE DESCOBRIR…

Dr.ª Sandra Alves Médica e Nutricionista Membro da Sociedade Portuguesa do AVC

A história do chocolate remonta à civilização maia que produzia uma bebida amarga a partir das sementes de cacau – o xocoatl – à qual se atribuíam propriedades curativas e afrodisíacas. Com a conquista do império asteca pelos espanhóis, a bebida de cacau chegou à Europa. Durante 100 anos, permaneceu no segredo da aristocracia espanhola e só no século XVI chegou ao resto da Europa. Ao cacau se atribuem 7 propriedades benéficas para a saúde, que vamos agora juntos descobrir: 1. Reduz o risco de eventos cerebrovasculares (acidente vascular cerebral) e cardiovasculares Apesar de alguma controvérsia, são vários os estudos que associam o consumo moderado, em homens e mulheres saudáveis, de chocolate negro com mais de 70% de cacau (mais evidência ainda se com mais de 85%) a um menor risco de eventos cerebrocardiovasculares, entre os quais o acidente vascular cerebral que é a primeira causa de morte, em Portugal. 2. Elevada riqueza nutricional O chocolate negro é uma fonte importante de fibra, ferro, magnésio, cobre, manganésio e potássio, tornando-o altamente privilegiado pelos atletas e desportistas na reposição das perdas que decorrem da maioria destes nutrientes durante a atividade física. A sua elevada densidade energética é o seu senão, chegando a fornecer cerca de 600 kcal por 100 g de produto, motivo pelo qual o seu consumo deve ser moderado. 3. Fonte considerável de antioxidantes A sua atividade antioxidante contra os radicais livres, conferida pela sua riqueza em polifenóis, flavonóides, catequinas, entre outros, tornam o cacau num interessante escudo antienvelhecimento. 4. Melhoria do fluxo do sangue e redução da pressão arterial A ação dos flavonóides sobre o endotélio vascular conduz à produção de óxido nítrico, contribuindo para melhorar o fluxo do sangue e reduzir a tensão arterial em pessoas saudáveis. 5. Diminuição do colesterol “mau” Alguns estudos demonstram que o cacau em pó pode ser benéfico na redução do mau colesterol (colesterol-LDL), diminuindo o risco de aterosclerose. 42 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

6. Melhoria da função cerebral Tem prazer a comer chocolate? A sua riqueza em triptofano contribui para a produção de serotonina, um neurotransmissor cerebral relacionado com o bem-estar. Por outro lado, o chocolate causa aumento das endorfinas que melhoram o humor. Além de melhorar o fluxo sanguíneo no cérebro, o chocolate negro e o cacau possuem cafeína e teobromina, importantes estimulantes cerebrais. No entanto, não se engane! O chocolate não é todo igual! O benefício do chocolate para a saúde prende-se com o cacau. Quanto mais cacau na sua constituição tiver o chocolate, mais escuro ele é e, portanto, mais saudável. Dicas? O ideal é usar o cacau em pó por ser 100% cacau, sem adição de açúcar e outros produtos resultantes do processamento. Chocolate branco tecnicamente não é chocolate. Não tem massa de cacau, tem apenas manteiga de cacau. Logo, perde todos estes benefícios. Se prefere chocolate em barra, quanto maior o teor de cacau, melhor. Como escolher? Olhe para a lista de ingredientes e escolha aquele que na lista de ingredientes apresente o cacau como primeiro ingrediente da lista, porque isto quer dizer que esse é o ingrediente que mais abunda nesse chocolate. Evite chocolates que em vez de manteiga de cacau, possuem gordura hidrogenada na sua lista de ingredientes, pois são “fracos” chocolates. Se puder escolher um chocolate sem adição de açúcar, melhor ainda. Regra prática: consumir um ou dois quadradinhos de chocolate por dia são o suficiente para atingir ganhos. Acabou de ler este artigo e ainda procura pelo sétimo benefício? Afrodisíaco, conhecido como o alimento dos deuses!!!


HM SOBRADO | SILVES E A ROTA DA LARANJA

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QUALIDADE E INOVAÇÃO NA SAÚDE | DIA MUNDIAL DO SONO

DIA MUNDIAL DO SONO

Prémio internacional para atividades do Dia Mundial do Sono 2020 A World Sleep Society atribuiu um Distinguished Activity Award, uma das suas mais altas distinções, ao conjunto de atividades promovidas pelo Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra (CNC-UC) e a Associação Portuguesa de Sono (APS) para o Dia Mundial do Sono 2020, que se assinalou no passado mês de março. Destinado às melhores campanhas a nível mundial, o prémio será entregue no Congresso Mundial de Sono, que terá lugar no Rio de Janeiro (Brasil), em setembro de 2021. Subordinado ao tema “Melhor sono, melhor vida, melhor planeta”, o trabalho desenvolvido pelo CNC-UC e a APS destacou-se pelo esforço em sensibilizar a população para a relevância do sono na saúde e bem-estar. Neste âmbito, foi desenvolvida uma campanha nacional de hábitos saudáveis de sono que consistiu na divulgação de infografias relativas a cuidados a ter para um sono saudável, disseminadas em painéis digitais em várias cidades do país, como painéis físicos em Lisboa, Porto, Coimbra e Faro. Segundo o relatório da campanha, estima-se que mais de 1.5 milhões de pessoas 44 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

tenham tido contacto com estas infografias. Foi também produzida uma animação informativa acerca do “Sono ao Longo da Vida”, divulgada nas redes sociais. A campanha foi potenciada pelo projeto no-OSA no-AGEING – financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) -, coordenado por Ana Rita Álvaro, investigadora do CNC-UC, e em colaboração com o Centro de Medicina do Sono do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC). A comemoração do Dia Mundial do Sono incluiu ainda a realização de ações de formação e sensibilização sobre a importância do sono dirigidas a instituições de ensino, grupos profissionais de saúde e meios de comunicação social, bem como o lançamento do livro digital “Bons Sonhos“, gratuito e acessível à população, sobre o sono e os seus problemas mais comuns. É a segunda vez consecutiva que as atividades desenvolvidas pelo CNC-UC e a APS, no âmbito das celebrações do Dia Mundial do Sono, são distinguidas com este galardão internacional. As ações do Dia Mundial de Sono 2020 contaram com o apoio da Câmara Municipal de Coimbra, Gasoxmed e Philips. CNC-UC

10 recomendações para uma melhor noite de sono: - Evite cafeína, álcool e nicotina 4 a 6 horas antes de dormir; - Mantenha a temperatura do quarto a 18/19 graus; - Mantenha o seu quarto escuro e livre de ruídos; - Tenha um colchão e uma almofada confortáveis; - Dê preferência à leitura e não utilize tablets, telemóveis ou outros dispositivos eletrónicos antes de dormir; - Tome um banho de imersão cerca de duas horas antes de ir para a cama; - Pratique exercício físico, mas evite o final do dia (pelo menos 3 horas de intervalo antes de dormir); - Mantenha horários regulares de sono, evitando variações na hora de dormir e acordar; - Mantenha-se à luz solar de manhã, mas evite a exposição à luz intensa durante a noite; - Evite refeições pesadas ou picantes ao jantar.


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ISEC CAPA | CENTURY QUALIDADE E INOVAÇÃO 21 ARQUITETOS NA SAÚDE | DOENÇA VENOSA CRÓNICA

DOENÇA VENOSA CRÓNICA

A

doença venosa é consequência de uma alteração estrutural do sistema venoso dos membros inferiores, em que as veias têm dificuldade em transportar o sangue venoso para o coração. Esta situação inicialmente resulta no aparecimento de sintomas como a sensação de pernas cansadas e pesadas. No entanto, os sinais como os derrames e as varizes, mais cedo ou mais tarde, acabam por aparecer, podendo evoluir para formas mais avançadas da doença (eczemas venosos, várias alterações da pele, flebites, hiperpigmentação e úlcera de perna). A doença também pode ter origem genética ou dever-se a um factor circunstancial. Os factores genéticos são responsáveis pela doença venosa primária, de início insidioso e com evolução relativamente lenta. Os factores circunstanciais podem ser a trombose venosa profunda, traumatismos, terapêuticas hormonais femininas, a gravidez, e ainda um número considerável de factores causais como a obesidade, o ortostatismo prolongado, a exposição excessiva ao calor, a obesidade, a obstipação, entre outros. É desaconselhado o uso de calçado e vestuário apertados e o uso de sapatos rasos ou de saltos superiores a cinco centímetros. Desportos como ténis, voleibol, futebol, aeróbica e equitação também não são recomendáveis, pelo elevado impacto que podem implicar nos membros inferiores. Em qualquer estadio da doença venosa é fundamental o exercício físico adequado, a contenção elástica eficaz, as medidas higieno-dietéticas e a medicação com venoativos. A doença venosa deve ser tratada desde os primeiros sintomas, mesmo quando pensa que são apenas pernas pesadas e cansadas que facilmente desvaloriza. Eliminar os fatores de risco e procurar a ajuda do seu médico são passos essenciais para tratar a doença venosa crónica. O diagnóstico faz-se, normalmente, através do exame clínico e da técnica ecográfica vascular. Os medicamentos venoativos são de grande importância, na escolha do venoativo deve ser tida em conta a capacidade anti-inflamatória específica na veia que só alguns venoativos garantem. Aqui, o conselho do seu médico é essencial. Em relação à contenção elástica, esta deve ser prescrita caso a caso (meia, meia até à raiz da coxa ou collant). A escleroterapia (secagem) e o laser transcutâneo estão indicados no tratamento das telangiectasias e varizes reticulares (varizes de pequeno calibre). Quando a indicação é correcta e a execução efetuada com rigor tem excelentes resultados, não só no que respeita aos sintomas, mas também no que se refere à estética.

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Nas varizes mais volumosas, ou nas dependentes dos sistemas das safenas interna ou externa, a cirurgia poderá ser necessária. Nos estadios iniciais, a cirurgia pode ser efectuada em regime ambulatório, sob anestesia local ou loco regional, por procedimento endovascular com laser através de fibra óptica ou por ressecção das varizes com mini-incisões cutâneas. Nas situações mais avançadas e mais graves, a cirurgia é mais complicada, requerendo anestesia geral ou intradural. Cerca de um terço dos portugueses sofre de doença venosa crónica. Não ignore o que as suas pernas lhe dizem e consulte o seu médico!

Dicas recomendadas - Praticar exercício físico, como seja caminhar, nadar, subir as escadas a pé - Moderar o consumo de álcool, café e chá - Não fumar - Ter uma dieta equilibrada - parca em calorias e rica em fibra - Evitar usar sapatos de salto alto ou muito baixo. - Evitar altas temperaturas - Elevar ligeiramente as pernas antes de deitar - Concluir o duche com água fria nas pernas - Evitar cruzar as pernas quando sentada - Em viagens longas, não deixe de movimentar as pernas e os pés


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QUALIDADE E INOVAÇÃO NA SAÚDE | PROCARE HEALTH

PROCARE HEALTH: DOIS ANOS DE SUCESSO EM PORTUGAL

Na posse desses dados, construí a equipa, procurando as pessoas certas, que aceitaram o risco de lançar a Procare Health Portugal. Passados dois anos, é com orgulho que posso afirmar que somos uma referência, quer através do recurso às nossas soluções terapêuticas, quer pela forma como nos posicionamos enquanto empresa biotecnológica, no rigor dos seus processos e na excelência das suas pessoas. Mas, como sempre termino a resposta a esta pergunta, ainda agora chegámos e temos muito para dar. Miguel Coelho, Diretor-geral

A Procare Health assinala o segundo aniversário em território nacional e a Revista Business Portugal esteve à conversa com o seu diretor-geral, Miguel Coelho. Com a missão de continuar a promover a saúde e bem-estar da mulher de hoje, a empresa promete ter muito mais para dar. A Procare Health assinala, em 2020, o segundo aniversário em Portugal. Que balanço faz do percurso no mercado nacional? Iniciei o ano 2020 procurando obter a melhor resposta para dar quando, em março deste ano, essa pergunta me fosse colocada. Lançar uma empresa com as características da Procare Health envolveu um nível de risco que, apesar de muito ponderado, me permitia perceber que os ingredientes do sucesso dependiam das pessoas envolvidas. Apesar de termos no ADN um grande rigor e excelência comerciais, uma startup tem sempre inerente um nível de risco elevado. Com estas certezas e este grau de risco, chegámos a Portugal e a primeira decisão que tomei decorreu da necessidade de aprender. Tive a sorte de conseguir juntar um grupo de alguns dos mais reputados Médicos Especialistas na Saúde da Mulher, a quem apresentámos a empresa, os seus produtos, mas principalmente o nosso objetivo de melhorar a saúde feminina. Foram longas e produtivas as conversas, que me permitiram perceber que havia disponibilidade para colaborar connosco e viram em nós um parceiro com um objetivo comum: tratar as doentes de modo mais eficaz e seguro. 48 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

Em que áreas de investigação é que a Procare Health Portugal se foca? O nosso grande enfoque é a melhoria do bem-estar e saúde da mulher. Com a vasta experiência e conhecimento que trazemos das nossas origens, na Procter & Gamble Pharmaceuticals, alocámos os nossos recursos ao desenvolvimento de um portfólio de produtos que cobrem áreas onde existem lacunas terapêuticas, ou espaço para melhorar a oferta de opções. Estudamos exaustivamente o papel do Papiloma Vírus Humano (HPV), enquanto agente precursor de processos que podem levar ao cancro do colo do útero, o segundo tipo de cancro mais frequente na mulher. Percebemos que existe um espaço terapêutico por preencher e desenvolvemos um produto para dar a médicos e doentes um forte argumento terapêutico nesta área. Um dos nossos motes é encontrar “respostas para a mulher de hoje”. Conhecemos a mulher dos dias de hoje, o seu papel social, nas organizações, nos centros de decisão, mas também como mulher, mãe, companheira. As mulheres são cada vez mais informadas e exigentes quanto à forma como lidam com o seu corpo. As alterações que se operam no ciclo de vida do corpo da mulher ocorrem, atualmente, numa fase da vida em que existem planos para muitos anos, que pretendem executar com qualidade. A menopausa, por exemplo, chega na mesma idade “de antigamente”. Mas essa idade, nos dias de hoje, é a de uma mulher jovem. Por entendermos estas mudanças, desenvolvemos produtos de maior conforto na sua aplicação, com um impacto grande nos sintomas desconfortáveis, até dolorosos, de certas patologias como a atrofia vulvo-vaginal. No fundo, as áreas onde nos continuaremos a superar resultam da exigência das mulheres de hoje.


QUALIDADE E INOVAÇÃO NA SAÚDE | ESPECIAL SAÚDE

Enquanto empresa biotecnológica que investiga os seus próprios produtos, destacam-se na criação de produtos não hormonais, de síntese não química ou de origem natural. O que faz com que estejam na vanguarda da Investigação & Desenvolvimento? Desenvolver produtos com estas características faz parte do nosso eixo estratégico, para o qual alocamos cerca de 40 por cento do nosso turnover. Mas o que nos diferencia verdadeiramente é a forma como gerimos o desenvolvimento clínico destes produtos. Temos um programa de investigação, sustentado por ensaios clínicos, que evidenciam a matéria prima essencial para que os médicos tomem decisões terapêuticas: a Evidência Clínica. Desde os ensaios in vitro até aos estudos de Vida Real, investimos fortemente no desenvolvimento clínico dos nossos produtos. Este é um fator diferenciador, reconhecido pelos médicos que acompanhamos. Tendo como mote a inovação, que iniciativas e eventos podemos esperar da Procare Health para os próximos tempos, no âmbito da saúde feminina? Referi-me ao portfólio de produtos, mas existem outros fatores distintivos na Procare Health, que costumo designar pelos “2P”. São as Pessoas e os Processos. Como referi, ao iniciar este projeto em Portugal, depois de saber muito bem quais os fatores críticos de sucesso, escolhi a equipa para me acompanhar. Procurei pessoas que viessem aportar valor e não cumprir tarefas. Por esse motivo, depois de constituída a equipa, todos partilhámos e definimos de novo os fatores críticos de sucesso na perspetiva da equipa. Foi com muito agrado que registamos um match perfeito entre as duas fontes de informação, os especialistas e as doentes e os colaboradores. O que temos para mostrar e o valor que iremos aportar à Saúde da Mulher será espelhado nos processos que geram um conjunto de estratégias, ações, iniciativas, que têm por base as exigências que o mercado nos coloca. Também por este motivo, não nos assusta enfrentar a nova forma de viver em sociedade. Sempre soubemos adaptar-nos a todas as situações e temos uma estrutura que, desde o primeiro dia, se habituou a implementar estratégias, analisar, corrigir e implementar de novo. O segundo semestre de 2020 e o ano 2021 irão marcar definitivamente a história de sucesso da Procare Health Portugal e no mundo, onde temos hoje presença em 28 países. Para isso, contamos com os profissionais de saúde, a quem nos juntamos desde o primeiro dia, e as doentes que nos contactam com relatos de melhor qualidade de vida.

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QUALIDADE E INOVAÇÃO NA SAÚDE | CIN

SERÁ QUE A TINTA PODE TER INFLUÊNCIA NA SAÚDE DAS PESSOAS? A VERDADE É QUE PODE. Hoje em dia existem inúmeros factores que permitem sustentar a escolha do consumidor no que se refere à melhor tinta para um determinado projeto. Entre a cor, textura, acabamento e finalidade, encontra-se um outro ponto importante: a sua mais-valia na proteção da saúde, conforto e bem-estar. Ao longo dos últimos 50 anos, a CIN tem demonstrado uma preocupação acrescida por este último ponto, aliando a investigação e tecnologia ao bem-estar dos seus clientes. Esta aposta espelha-se na gama de tintas funcionais CIN ARTILIN, que eleva o conforto e higiene de espaços domésticos, comerciais, industriais e laboratoriais. São já várias as certificações que atestam a sua eficácia dos produtos desta gama colocando a alta tecnologia CIN ao serviço da saúde, conforto e bem-estar. Nesta gama, destaca-se uma das tintas mais inovadoras e a única anti-insetos aprovada para venda na União Europeia - ARTILIN 3A Mate - uma tinta aquosa mate, para paredes e tetos, anti-insetos e anti-ácaros que previne a formação de teias de aranha e elimina, simultaneamente, moscas, baratas, mosquitos europeus e tropicais. Num mundo cada vez mais global, esta tinta ganha relevância na proteção de doenças como a febre-amarela, a dengue, a malária e outras de gravidade considerável, responsáveis pela morte de um milhão de pessoas por ano. O modo de vida atual – com viagens de negócios ou de lazer mais ou menos frequentes -, as alterações climáticas, ou a evolução rápida e descontrolada da urbanização têm um grande impacto na transmissão das doenças e constituem, em grande parte, o nosso mote de inovação. É cada vez mais imprescindível que a CIN coloque o seu desenvolvimento em tecnologia ao serviço da saúde dos seus consumidores. Com eficácia comprovada até cinco anos, esta tinta tem uma eficácia anti-ácaros, sendo recomendada pela Associação Portuguesa de Asmáticos uma vez que melhora significativamente a qualidade de vida das pessoas asmáticas, conferindo-lhes uma proteção extra, silenciosa e duradoura. Na sua composição, ARTILIN 3A Mate é formulada com um princípio ativo inseticida que se concentra na superfície da película de tinta sob a forma de cristais microscópicos inertes e a molécula activa só é libertada quando um inseto ou ácaro pousa sobre a superfície pintada sendo, no entanto, não-tóxica para humanos e animais domésticos, como comprovam os testes efetuados pelo Instituto Phycher. Por outro lado, e por sabermos que o ar que respiramos no interior dos edifícios está, em 90% do tempo, pouco ventilado ou com poluentes nocivos à saúde, a gama Artilin também se estende à purificação do ar no interior. Com uma eficácia comprovada até sete anos, ARTILIN Respirae foi pensada para absorver odores domésticos, proveniente do tabaco, cozinhados ou animais de estimação e poluentes libertados por materiais de construção, mobiliário, itens de decoração ou material eletrónico e que são muitas vezes responsáveis por alergias, asma, irritações do nariz e olhos, rinites ou enxaquecas. Esta tinta acetinada é indicada para creches, jardins-de-infância, escolas, hospitais, lares ou outros locais frequentados por utilizadores com maior sensibilidade. A gama CIN ARTILIN destaca-se assim pela apresentação de produtos especificamente concebidos para a melhoria do conforto e bem-estar dos consumidores, e surge como materialização das preocupações da marca sobre a saúde e prevenção dos seus clientes.

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QUALIDADE E INOVAÇÃO NA SAÚDE | DRª MÓNICA SILVA

“É FUNDAMENTAL CONHECERMO-NOS” A Revista Business Portugal dá-lhe a conhecer o Consultório Dr.ª Mónica Silva – Psicologia Clínica e Psicoterapia, localizado no Porto e em Espinho. Movida pela curiosidade e ambição, Mónica Silva enveredou pelo caminho da Psicologia, tendo como motivação ajudar as pessoas a conhecerem-se. Pedia-lhe que começasse por partilhar com os nossos leitores o que a moveu a seguir esta área e pelo que tem sido marcado o seu percurso. Quando decidi seguir Psicologia, estava convencida de que o que me movia era compreender melhor os outros nas suas relações humanas. Hoje, percebo que o real motivo foi compreender-me a mim mesma. Talvez por isso e também pelo meu espírito curioso, crítico e ambicioso, decidi, enquanto ainda era estudante, iniciar a minha análise pessoal. É fundamental conhecermo-nos a nós próprios para podermos ajudar os outros. Mais tarde, especializei-me em psicoterapia psicanalítica, em Lisboa. Tem sido um percurso pautado por muito esforço. Olhando para trás, vejo que todo o investimento pessoal deu frutos. Quais são as suas principais áreas de intervenção e de que forma se propõe a ajudar quem procura os seus serviços? Intervenho como psicoterapeuta individual e de grupo em consultório privado. Atuo também na área da Psicologia do Desporto, sendo a Coordenadora do Departamento de Psicologia do Boavista Futebol Clube. Colaboro, ainda, com o Centro Médico Legal Prof. J. Pinto da Costa. Procuro diminuir o sofrimento das pessoas, mas não só. Cada vez mais, as pessoas desejam conhecer-se melhor, compreender por que apresentam algumas dificuldades na relação com os outros, seja com as figuras de autoridade, os cônjuges, os pais, os filhos… A psicoterapia leva a um maior questionamento sobre si próprio e sobre os outros e ajuda as pessoas a pensarem e a sentirem sem preconceitos, desenvolvendo a liberdade de escolha e a autenticidade. Em última instância, aumenta a qualidade de vida das pessoas.

M S

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Mónica Silva, Psicóloga Clínica e do Desporto

Com a pandemia, a importância da saúde mental tem-se sobressaído. Considera que as pessoas têm despertado essa consciência? A pandemia despoletou muita ansiedade e trouxe ao de cima a vulnerabilidade do ser humano. Por outro lado, penso que desmistificou a saúde mental. Portugal ainda tem algum caminho a percorrer, em relação a outros países em que a terapia é vista com naturalidade. Se as pessoas recorrem a um Personal Trainer para melhorar aspetos físicos que não gostam em si, por que não procurar um psicólogo para desenvolver capacidades mentais? Trata-se de um investimento pessoal. É uma opção acerca de como aplicar melhor o tempo e dar mais valor ao que nos faz crescer. Permite-nos repensar as prioridades, sair das impossibilidades, dos aprisionamentos internos. As pessoas devem ser ambiciosas em relação a si próprias e ao seu bem-estar. Tendo em conta o novo paradigma que vivemos, quais os maiores desafios que tem encontrado enquanto mulher empreendedora? Tem sido um período de grande reinvenção. Na fase do confinamento passei a realizar consultas on-line. Senti que as pessoas, mais do que nunca, precisavam de acompanhamento. Também no Boavista realizámos sessões on-line com as equipas do Futebol de Formação e sessões individuais com os atletas. Tentei aproveitar o tempo ao máximo e apresentei algumas conferências em encontros científicos on-line, no âmbito do meu doutoramento. Já regressei ao consultório, com as devidas medidas de segurança, e tenho sentido uma maior procura por parte das pessoas. Como se motivou de forma a reinventar-se a si própria e a ajudar as pessoas a adaptarem-se a uma realidade completamente diferente daquela a que estávamos habituados? Tem algum conselho para os nossos leitores enfrentarem estes novos desafios? A minha maior motivação é ajudar as pessoas nas suas necessidades e individualidades. Por esse motivo, durante o período de confinamento colaborei com o SNS 24, reforçando a linha de atendimento telefónico. Foi o meu contributo na fase difícil pela qual todos passámos. O conselho que dou às pessoas é não terem medo nem vergonha de procurar ajuda especializada. http://monicasilvapsicologia.pt


PETS ESPECIAL

CONSELHOS ÚTEIS PARA O SEU ANIMAL LEISHMANIOSE | NOVAS SOLUÇÕES PARA O SEU PET | GOLPE DE CALOR SEGURO DE ANIMAIS DOMÉSTICOS | INOVAÇÃO EM INSETICIDAS REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 53


ESPECIAL PETS

CONSELHOS ÚTEIS PARA O SEU ANIMAL Não utilize sedativos antes e durante os voos. Podem ocorrer reações adversas a medicamentos, como dificuldades respiratórias durante a mudança na pressão de ar.

As medidas que são necessárias saber para o transporte do seu cão são: - Comprimento (cm) = Nariz à raiz da cauda – cauda excluídos; - Altura (cm) = Chão ao topo da cabeça em pé; - Largura (cm) = No ponto mais largo; - Não alimente o seu cão imediatamente antes da viagem ou durante o voo; - Não coloque brinquedos no interior da transportadora (devido ao risco de asfixia por ingestão). Também é aconselhável tirar a coleira antes da viagem; - Exercite o seu cão antes da viagem; - Treine o seu cão a estar dentro da transportadora que vai ser utilizada na viagem, pelo menos com um mês de antecedência. Este treino pode consistir em deixar a caixa numa zona acessível, torná-la confortável e deixar a porta aberta para que possa entrar e sair livremente. Qualquer viagem é sempre uma experiência nova para o cão, mas a maioria passa por esta situação sem qualquer dificuldade, pelo que devemos estar calmos e tentar não passar a nossa ansiedade! Carolina Rebelo, Médica Veterinária

Nome do medicamento veterinário Seresto coleira 4,50 g + 2,03 g para cães > 8 kg. Número de autorização: 365/04/11DFVPT. Data da autorização: 8 de Agosto de 2011. Espécies alvo Caninos (cães > 8 kg). Indicações Tratamento e prevenção de infestações por pulgas (Ctenocephalides felis, C. canis) durante 7 a 8 meses. Protege o ambiente envolvente do animal contra o desenvolvimento das larvas de pulga durante 8 meses. O medicamento veterinário pode ser utilizado como parte de uma estratégia de tratamento para o controlo da Dermatite Alérgica a Picada de Pulga (DAPP). O medicamento veterinário tem uma eficácia acaricida (mata) contra infestações por carraças (Ixodes ricinus, Rhipicephalus sanguineus, Dermacentor reticulatus) e uma eficácia repelente (impede a alimentação) persistente contra infestações por carraças (Ixodes ricinus, Rhipicephalus sanguineus) durante 8 meses. É eficaz contra larvas, ninfas e carraças adultas. As carraças já presentes no cão antes do tratamento podem não morrer nas 48 horas após a colocação da coleira, podendo permanecer fixadas e visíveis. Assim, é recomendada a remoção das carraças presentes no cão no momento da colocação. A prevenção de novas infestações por carraças inicia-se nos dois dias após a colocação da coleira. O medicamento veterinário oferece proteção indireta contra a transmissão dos agentes patogénicos Babesia canis vogeli e Ehrlichia canis pela carraça vetor Rhipicephalus sanguineus, reduzindo assim o risco de babesiose canina e erliquiose canina durante 7 meses. Redução do risco de infeção com Leishmania infantum transmitida por flebótomos por um período de até 8 meses. Tratamento de infestação por piolhos mastigadores (Trichodectes canis). Precauções especiais para utilização em animais Não aplicável. Precauções especiais a adotar pela pessoa que administra o medicamento aos animais Manter o saco com a coleira dentro da embalagem exterior até à utilização. Como para qualquer medicamento veterinário, não deixar as crianças pequenas brincar com a coleira ou colocá-la na boca. Os animais que usam a coleira não devem dormir na cama com os seus donos, especialmente as crianças. Enquanto a coleira está colocada, o imidaclopride e a flumetrina são continuamente libertados para a pele e pelo do animal. O medicamento veterinário pode causar reações de hipersensibilidade em algumas pessoas. As pessoas com hipersensibilidade conhecida (alergia) aos componentes do medicamento veterinário devem evitar o contacto como mesmo. Em casos muito raros, o medicamento veterinário pode causar irritação cutânea, ocular e respiratória em algumas pessoas. Em caso de irritação ocular, lavar os olhos abundantemente com água fria. Em caso de irritação da pele, lavar a pele com sabão e água fria. Se os sintomas persistirem, consulte um médico e mostre-lhe o folheto informativo ou o rótulo. Deitar fora imediatamente quaisquer restos ou pedaços cortados da coleira (ver Posologia e via de administração). Lavar as mãos com água fria após a colocação da coleira. Posologia e via de administração Uso cutâneo. Uma coleira por animal que deve ser colocada à volta do pescoço. Para cães com mais de 8 kg utilizar uma coleira de 70 cm de comprimento. Cães pequenos com peso corporal até 8 kg utilizar uma coleira para cães ≤ 8 kg de 38 cm de comprimento. Apenas para uso externo. Antes da utilização, retirar diretamente a coleira do saco. Desenrolar a coleira e verificar que não há restos das tiras de ligação de plástico agarrados à parte interna da coleira. Ajustar a coleira à volta do pescoço do animal sem apertar demasiado (como orientação, deve deixar-se uma folga suficiente de modo a que entre o pescoço e a coleira caibam 2 dedos). Puxar a coleira pela presilha e cortar o excesso do comprimento deixando 2 cm a seguir à presilha. A coleira deve ser usada continuamente durante o período de proteção de 8 meses e deve ser removida após o período de tratamento. Verificar periodicamente e ajustar se necessário, principalmente quando os cachorros crescem rapidamente. Medicamento veterinário não sujeito a receita médico-veterinária. Leia cuidadosamente as informações constantes do acondicionamento secundário e do folheto informativo e, em caso de dúvida ou persistência dos sintomas, consulte o médico veterinário.

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Até 8 meses Inodora Resistente à água de proteçãoREVISTA BUSINESS PORTUGAL // 55


ESPECIAL PETS | PATTA

PATTA, UMA MARCA PRÓPRIA DAS FARMÁCIAS PORTUGUESAS Os animais de estimação fazem parte do dia a dia dos portugueses. Assim como a preocupação com os mesmos. Inúmeros estudos mencionam os benefícios para os tutores, desde a prevenção da depressão, gestão do stress e ansiedade, ou até uma possível ligação com a redução do risco de desenvolvimento de doença cardíaca. Aquilo que temos certeza absoluta é que para quem tem um animal, estes trazem uma grande felicidade e companhia. E com o crescente número de tutores em Portugal surge também uma crescente consciencialização da importância do acompanhamento da sua Saúde. A preocupação com a alimentação, higiene e prevenção de doenças são temas que ganham destaque e despertam preocupação e procura de informação fidedigna, pois os animais, como membros integrantes da família, merecem os melhores cuidados e atenção. Foi a pensar neles e nas suas necessidades diárias que surge a Patta, uma marca própria das Farmácias Portuguesas, apresentando um leque de produtos essenciais que vão ao encontro das necessidades dos animais e das preocupações dos seus tutores. O foco da marca Patta são os cuidados diários, nutrição, saúde e proteção. Com um portfólio alargado e em constante construção, a marca Patta compromete-se com produtos de excelência que dão resposta em várias áreas da saúde animal, acompanhando as necessidades dos animais em todas as fases da sua vida. A Patta conta com o suporte e o apoio de uma alargada equipa de Médicos Veterinários, desde o desenvolvimento dos produtos até à capacitação das equipas das farmácias, oferecendo uma gama de elevada qualidade a um preço acessível. Os produtos Patta estão disponíveis em Farmácias, já com fortes alicerces em saúde animal, através do acesso ao serviço Espaço Animal, um serviço de consultoria técnica prestado por Médicos Veterinários e que permite às Farmácias conhecerem bem os medicamentos e produtos disponíveis no mercado e responderem com eficácia ao desafio da dispensa e do aconselhamento. A farmácia abraça, assim, todos os membros da família, juntando a sua nova marca Patta às restantes marcas próprias das Farmácias Portuguesas já existentes no mercado. Os medicamentos não sujeitos a receita médica e a suplementação alimentar são áreas onde as marcas próprias estão implementadas e onde apresentam uma importante expressão a nível nacional, tendo já conquistado a confiança por parte dos consumidores. Vanessa Diniz Médica Veterinária Patta & Espaço Animal 56 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL


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ESPECIAL PETS | GOLPE DE CALOR

GOLPE DE CALOR Com as temperaturas mais elevadas e apelativas passamos mais tempo fora de casa e queremos que os nossos patudos nos acompanhem, porém devemos ter em atenção alguns aspetos importantes para que não sejam submetidos a situações de

ou com problemas vasculares, cardíacos ou respiratórios são mais suscetíveis a serem afetados pelo golpe de calor. Se o seu animal esteve exposto ao sol, temperaturas elevadas ou fechado num local quente, deve ter em atenção estes sinais

duas vezes ao dia); • Manter a circulação de ar ou ventilação nos locais onde deixa o seu animal de estimação; • Disponibilizar sempre sombra nos locais de descanso;

calor intenso que nos possam passar despercebidas. Devemos lembrar-nos que os animais não transpiram como nós e para manter a temperatura corporal, os cães e os gatos geralmente procuram superfícies frias ou locais à sombra. Quando não é possível, tentam baixar a temperatura através da respiração que se torna ofegante (começam a arfar). No entanto, este mecanismo de arrefecimento não é suficiente, e nos dias de temperatura elevada podem sofrer um golpe de calor. O golpe de calor é uma situação de emergência médica em que há um aumento marcado e prolongado da temperatura corporal, secundário à exposição excessiva ao calor e que pode ser fatal se não for tratada imediatamente. Os animais muito jovens, seniores, raças braquicefálicas (focinho achatado), animais com o pelo comprido ou pelo muito espesso, com excesso de peso

de alerta: . Salivação excessiva . Temperatura corporal elevada (acima dos 39.2º) . Respiração ofegante e ruidosa . Pele muito quente . Frequência cardíaca aumentada . Desorientação . Fraqueza muscular, cansaço ou apatia . À medida que a situação progride podem ocorrer vómitos, diarreia, descoordenação, convulsões e colapso

• Nunca deixar o animal sozinho no carro ao sol ou com as janelas fechadas; • As viagens devem ser realizadas nas horas de menos calor e as janelas devem ir abertas para circular o ar ou manter o ar condicionado ligado (apesar destes cuidados devem efetuar-se paragens no mínimo de 2 em 2 horas para oferecer um pouco de água fresca); • Nunca deixar o animal preso ao sol (sem possibilidade de se deitar à sombra). • Não exercitar o animal nas horas de maior calor (11h às 17h) nem após as refeições; • Reduzir o percurso dos passeios; • Cães que necessitem de açaime, devem usar um que permita ter a boca aberta.

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Se suspeitar que o seu animal está a sofrer um golpe deverá dirigir-se imediatamente ao médico veterinário. Para diminuir o risco do seu animal ser afetado por um golpe de calor, deixamos algumas dicas: • Ter sempre disponível água limpa e fresca (a água deve ser trocada pelo menos

Carolina Rebelo Médica Veterinária


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QUALIDADE E INOVAÇÃO NA SAÚDE | EZALO

PROTEGER A FAMÍLIA E OS SEUS ANIMAIS DOMÉSTICOS DE UMA FORMA EFICAZ E SEM PROBLEMAS

AMBIENTAIS

Quando em 1982 Foi difícil competir contra os líquido, actuallançámos, em Portu- sprays que então imperavam mente, permite uma acção que gal, os difusores eléce eram altamente tóxicos dura 360 horas tricos com pastilhas para repelir os insec- para além de um odor muito (o que é um record) mas, tos voadores (melgas pouco agradável tal como os oue mosquitos) estátros, leva algum vamos a iniciar um tempo para atingir a sua eficácia novo segmento de mercado mais amigo máxima, o que para um ambiente do ambiente e sem problemas para a saúinfestado de melgas e/ou mosquitos de humana. Foi difícil competir contra pode ser desagradável. os sprays que então imperavam e eram A grande vantagem dos proaltamente tóxicos para além de um odor dutos EZALO é a sua qualidade muito pouco agradável. Mas, aos pouque se traduz na eficácia porque, cos, as pessoas foram compreendendo através de uma pesquisa constante, que não era preciso matar, mas sim afasmantemos os melhores níveis de tar e é isso que as nossas pastilhas e, mais matérias primas e de tecnologia dos modernamente, o líquido fazem. Nos nossos difusores e, por essa razão, finais do século passado, os fabricantes não somos os mais baratos, mas de produtos insecticidas, aperceberam-se somos os mais eficazes e podemos de que esta era uma forma mais ecológaranti-la contra os insectos que gica e eficaz e, não nos tendo podido provocam o DENGUE e o ZIKA. vencer com as pastilhas, lançaram uma Só assim se compreende que solução em líquido que denominaram tenhamos mantido, ao longo dos de “longa duração”. anos, uma clientela muito fidelizaNa realidade o líquido dura mais da embora, nem sempre, os comertempo, mas é menos eficaz de início, ciantes, preocupados com os preços como se pode ver no gráfico, enquanto e não com a qualidade, nos tenham as pastilhas têm uma acção imediata que motivado a criar uma loja “on-line” se mantém ao longo de 8 horas. O nosso

para podermos satisfazer os nossos fiéis clientes. A partir do início deste século, a marca e os processos de fabrico, foram adquiridos pela PROCASA que os passou a fabricar em Portugal e alargou a linha de produtos para protecção no exterior: a vela e a pulseira, esta fabricada em França, em parceria com uma importante empresa para a qual vendemos o EZALO com a sua marca. Mais recentemente lançámos um outro produto revolucionário destinado aos insectos rastejantes, baratas, formigas, etc. que denominámos de EZALO Puf Puf. É um insecticida inodoro, sem efeitos nefastos para os animais de sangue quente apresentado em spray natural cuja eficácia se mantém activa durante 8 semanas. Este produto é muito útil, também, para a desinfestação dos parasitas ao redor das camas dos animais domésticos pois é muito eficaz contra pulgas e carraças. Mais recentemente lançámos o EZALO anti traças para a protecção contra as traças que destroem as nossas roupas. É, também, um produto de vanguarda. Todos os produtos EZALO estão devidamente licenciados pela DGS e são fabricados com as melhores matérias primas e as concentrações mais correctas que permitem a melhor eficácia dentro dos parâmetros exigidos pelas leis vigentes. O nosso slogan, que se mantém há muitos anos, tornou-se famoso e identificativo do produto. António Simões dos Santos Administrador da PROCASA Lda.

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Plantado na colina da Foz do Arelho, o Hillside House Suites & Spa, é dotado de uma oferta de caraterísticas únicas e peculiares. Um ambiente descontraído e design sofisticado com os traços originais do edifício renovado. Os espaços amplos e luminosos, numa envolvente de relaxamento, dada a sua estreita proximidade à Lagoa de Óbidos e Praia da Foz do Arelho. Constituído por 5 suites e 5 apartamentos, o nosso espaço apresenta uma conjugação perfeita das comodidades de um empreendimento turístico, unindo o conforto e autenticidade dos espaços, ao relaxamento e charme do Spa, disponível para todos os clientes.

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Dão-Lafões

Dão-Lafões, Vouga e Alto Paiva

Entre Serras e Vales – Um desafio aos sentidos

Dão, Caramulo, Pateira e Aguieira

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ADD

UM DÃO, CINCO DESTINOS O território da ADD abrange os concelhos de Aguiar da Beira, Mangualde, Nelas, Penalva do Castelo e Sátão, situados nos distritos de Viseu e da Guarda, e tem uma área de 886 km2. A rede de acessibilidades envolvente inclui eixos viários, importantes na ligação entre o litoral, o interior beirão e a fronteira com Espanha. É um território de baixa densidade demográfica, marcado por uma ruralidade ainda intensa. O rio Dão configura a paisagem da região, diversificada e rica em linhas de água, com áreas de planalto que contrastam com a paisagem serrana envolvente, onde se destaca o perfil da Serra da Estrela. Os diversos percursos pedestres ou de bicicleta permitem um contacto, em família, com a natureza e a paisagem rural, surpreendendo o visitante a cada curva do caminho. A abundância de águas permite atividades de lazer e a prática de desportos náuticos em locais emblemáticos como a Praia Fluvial do Trabulo (Sátão), e a praia artificial de Mangualde. Existem também águas com valor medicinal que permitem experiências no segmento de saúde e bem-estar em ambiente termal, nas Caldas da Cavaca (Aguiar da Beira) e nas Caldas da Felgueira (Nelas). O Património Arqueológico e Arquitetónico é abundante e presente em todo o território, suscitando roteiros temáticos culturais; é também possível conhecer um pouco da história e das tradições da região em diversos museus e coleções visitáveis. Das origens pré-históricas, destacam-se os monumentos megalíticos como a Anta do Penedo do Com (Penalva do Castelo) ou a Anta da Cunha Alta (Mangualde); do mundo castrejo existem vestígios como o Castro do Barrocal (Sátão), edificado na Idade do Bronze mas que foi reocupado durante a Idade Média. A civilização romana deixou também vestígios, dos quais o mais notável é a Estalagem romana da Raposeira (Mangualde). As vivências da Idade Média estão registadas em diversos vestígios de sepulturas e lagares escavados na rocha e na arquitetura, como o notável Largo dos Monumentos em Aguiar da Beira, com torre, pelourinho e fonte. A arquitetura do século XVIII, presente em solares, igrejas e fontanários, abunda no território, com exemplares notáveis como a Casa da ínsua (Penalva do Castelo), o Palácio dos Condes de Anadia (Mangualde) ou os 64 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL


ADD ADD | LIDERANÇA: OS NOVOS DESAFIOS

solares solares da da Vila Vila de de Santar Santar (Nelas). (Nelas). AA devoção devoção das das gentes gentes da daregião região proporcionou a edificação de imponentes santuários e ermidas como o Santuário do Senhor dos Caminhos e a Ermida de o Santuário do Senhor dos Caminhos (Sátão)(Sátão) e a Ermida de Nossa Nossa Senhora do Castelo (Mangualde), sem esquecer a Capela da Senhora do Castelo (Mangualde), sem esquecer a Capela da Sra. Sra. da Esperança (Sátão), imóvel de Interesse Público. da Esperança (Sátão), imóvel de Interesse Público. AA vocação vocação agrícola agrícola do do território território proporciona proporciona um um conjunto conjunto de de produtos produtosendógenos endógenosde degrande grandequalidade qualidadecomo comooovinho vinhodo doDão, Dão,aa Maçã MaçaBravo Bravode deEsmolfe, Esmolfe,aaMaçã Maçada daBeira BeiraAlta, Alta,aaCastanha CastanhaSouto Soutoda da Lapa ou ainda os produtos da pastorícia, o queijo e o requeijão Serra Lapa ou ainda os produtos da pastorícia, o queijo e o requeijão Serra da daEstrela Estrelaeeooborrego. borrego.Em Emdiversas diversaslocalidades localidadeséépossível possívelcontactar contactar com com as as tradições tradições locais, locais, nomeadamente nomeadamente os os fornos fornos comunitários, comunitários, onde onde se se coze coze oo pão pão de de mistura, mistura, de de centeio centeio e broa de milho. EE ààmesa, mesa,oovisitante visitanteencontrará encontraráuma umagrande grandevariedade variedadede deproprodutos Sãoincontornáveis incontornáveisosospratos pratosdede cabrito assado dutos e sabores. São cabrito assado em em forno de lenha, a vitela na púcara, o arroz de entrecosto os forno de lenha, a vitela na púcara, o arroz de entrecosto ou os ou pratos de míscaros, acompanhados pelos vinhos do Dão. O leite-creme pratos de míscaros, acompanhados pelos vinhos do Dão. O leiteé uma sobremesa sempresempre presente mas a mas doçaria tradicional inclui -creme é uma sobremesa presente a doçaria tradicional uma série pastéis irresistíveis, desdedesde os pastéis de feijão do Painclui uma de série de pastéis irresistíveis, os pastéis de feijão do tronato (Mangualde), Castendo (Penalva (Penalva Patronato (Mangualde),aos aospastéis pastéisde de feijão feijão de Castendo do Castelo), Castelo), sem sem esquecer esquecer as as tradicionais tradicionais cavacas. do Parte do do território território está está no no coração coração da da Região Região Demarcada Demarcada do do Parte Dão, pelo que as experiências ligadas ao enoturismo, desde o conDão, pelo que as experiências ligadas ao enoturismo, desde o contactocom comas aspaisagens paisagensvinhateiras vinhateiraseecom comoociclo ciclode deprodução produçãoaté atéàà tacto degustação dos dos néctares néctares do do Dão Dão vão vão seduzir seduzir oo visitante. visitante. degustação O alojamento alojamento turístico da O da região regiãoéévariado variadoeegarante garanteuma umaimersão imerdas tradições e sabores da região. são nas tradições e sabores da região. presas. e parta descoberta dos tesouros do Dão! Este éAventure-se um território que àdesafia os sentidos e promete surpresas. Aventure-se e parta à descoberta dos tesouros do Dão!

Associação de Desenvolvimento Dão de Utilidade Pública Sede: Apt n.º 17, Rua D. Manuel I, Lote 2cv

Data de constituição: 07 de Abril de 1994 Contactos: 351 232 642 632 add@mail.telepac.pt www.add.pt

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ADDLAP

RURAL-URBANO, ONDE A TRADIÇÃO GERA INOVAÇÃO

O território da ADDLAP, situado no distrito de Viseu, abrange os concelhos de Oliveira de Frades, S. Pedro do Sul, Vila Nova de Paiva, Viseu e Vouzela, tendo uma área de 1.372,00 km2. É um território de tipologia rural e com baixa densidade demográfica. Neste território situa-se a cidade de Viseu, importante núcleo urbano a nível regional e nacional. A rede de acessibilidades envolvente inclui importantes eixos viários de ligação entre o litoral e o interior. A região é marcada pelo relevo das serras da Gralheira (S. Pedro do Sul), de Leomil (Vila Nova de Paiva) e do Caramulo (Oliveira de Frades e Vouzela). As paisagens de montanha e as abundantes linhas de água, com destaque para os rios Vouga, Paiva, Dão, Teixeira e Alfusqueiro, convidam à prática do turismo ativo e de natureza. Entre os espaços que integram a Rede Natura, a icónica Reserva Botânica do Cambarinho (Vouzela) preserva uma importante e rara mancha de loendros, planta protegida que confere à paisagem envolvente um colorido deslumbrante durante a floração. Numa perspetiva de educação ambiental, em Vila Nova de Paiva, o Parque Botânico “Arbutus do Demo”, situado no espaço do antigo Viveiro de Queiriga, reúne mais de mil espécies botânicas diferentes. Para o património geológico, destaca-se o Museu do Quartzo, no Monte de Santa Luzia, próximo de Viseu. Todos os concelhos disponibilizam percursos temáticos que permitem a prática do turismo de natureza e do turismo ativo. Salienta-se ainda, na zona de Viseu, parte do percurso da Ecopista do Dão, a mais extensa do país e que retoma o traçado da extinta Linha do Dão, entre Santa Comba Dão e Viseu e alguns troços da Ecopista do Vouga no traçado da extinta linha do Vouga, entre Viseu e Oliveira de Frades. O percurso do Rio Paiva, que integra também a Rede Natura, proporciona a fruição de praias fluviais, no concelho de Vila Nova de Paiva e São Pedro do Sul; não é difícil encontrar outros espaços de lazer e desportos náuticos nos restantes concelhos como, por exemplo, a Lapa da Meruge (Vouzela), no alto da serra do Caramulo, ou o espelho de água da Barragem de Ribeiradio (Oliveira de Frades), junto ao Vouga. A qualidade das águas da região estende-se à saúde e bem-estar, nas Termas de S. Pedro do Sul, consideradas as mais importantes 66 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

da península ibérica, cujas águas medicinais são utilizadas desde a época romana, ou ainda nas Termas de Alcafache (Viseu), junto ao rio Dão. Ou podemos conhecer, na aldeia de Várzea de Calde (Viseu), as tarefas árduas do ciclo do linho, ainda presente no quotidiano local e explicado no Museu do Linho ali instalado. A região é também rica em património arqueológico e monumental. Salientam-se os monumentos megalíticos, os castros da Idade do Bronze e do Ferro, os troços de via romana, as termas romanas de S. Pedro do Sul, as torres senhoriais medievais, os solares e igrejas barrocas, outras tantas chaves de regresso às nossas raízes. Na gastronomia regional, a Vitela à moda de Lafões é um prato omnipresente mas o cabrito assado, o Rancho à moda de Viseu e as trutas de escabeche de Vila Nova de Paiva são também uma referência, a acompanhar com os vinhos de Lafões e do Dão. A doçaria regional regista alguns saborosos ícones, como as Tigelinhas de Lafões (Oliveira de Frades), as Caçoilinhas do Vouga (S. Pedro do Sul), as Papas de Relão de Vila Nova de Paiva, os Pasteis de Vouzela, as Castanhas de Ovos e os Viriatos de Viseu. E para os amantes do enoturismo, o território oferece um


ADDLAP

interessante leque de experiências na zona que integra a Região Demarcada do Dão. O alojamento turístico do território oferece diversas possibilidades, desde o parque de campismo ao turismo em espaço rural ou sofisticadas unidades hoteleiras no espaço urbano. E há ainda Viseu, autointitulada “cidade jardim” desde os anos 30 do século XX. Os seus jardins, o Parque Aquilino Ribeiro e o Parque do Fontelo, com raízes no século XVI, comprovam o título e irão agradar a toda a família. A cidade possui um valioso património arqueológico e monumental; e mantém um mistério, a Cava de Viriato, a maior fortificação em terra da Península Ibérica. Existe também uma variada oferta museológica, adequada a famílias, desde o Museu Nacional de Grão Vasco à rede municipal de museus, passando pelos museus da Misericórdia e de Arte Sacra da Diocese. Mas novos patrimónios vão surgindo, destacando-se o roteiro de “street art” que anima as ruas da cidade e alguns espaços nas freguesias rurais. Uma agenda cultural com eventos que marcam todos os meses do ano (incluindo a emblemática Feira de São Mateus) e uma oferta gastronómica de excelência constituem também bons motivos para visitar a melhor cidade para viver. Da ruralidade à criatividade, este é, pois, um território a descobrir. Deixe-se surpreender!

Associação de Desenvolvimento Dão Lafões e Alto Paiva Estatuto: Associação privada, sem fins lucrativos Sede: Rua dos Loureiros, nº 16 r/c , 3500-148 Viseu Data de constituição: 22 de Julho de 1994 Contactos: 351 232 421 215 351 232 426682 addlap@mail.telepac.pt

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ADICES

UM TERRITÓRIO O território da ADICES, situado na zona Norte da Região Centro, na confluência dos distritos de Aveiro e Viseu, desperta os sentidos dos visitantes pela sua diversidade. Abrange os concelhos de Águeda, Carregal do Sal, Mortágua, Santa Comba Dão e Tondela, com uma área de 1.186,54 km2 e uma boa rede de acessibilidades. Situado entre o litoral e as terras altas do interior, oferece uma paisagem marcada pelas linhas de água e por vastas áreas de floresta, enquadradas por zonas de montanha, vale e encostas, bem como planalto e planície. Delimitado pelo rio Mondego, pela várzea do Rio Vouga e pelas serras do Buçaco e do Caramulo, proporciona cenários deslumbrantes e um contacto estreito com ambientes naturais e rurais. No concelho de Águeda, em zona de lagoas naturais, a Pateira de Fermentelos, a maior lagoa natural da Península Ibérica, constitui um verdadeiro oásis de biodiversidade, propício à observação da natureza, mas também à pesca e a desportos náuticos. Mais para o interior, junto a Mortágua, aguarda-nos a Barragem da Aguieira, área igualmente privilegiada para a prática de desportos náuticos. As linhas de água dos concelhos em torno da barragem oferecem-nos recantos sedutores, onde não faltam praias fluviais, algumas em estado selvagem. Os percursos pedestres são incontornáveis em todos os concelhos, pelo contacto mais próximo com a natureza, com as tradições rurais e até com o património arqueológico. Mas, tanto para os amantes dos passeios pedestres como para os praticantes do cicloturismo, a Ecopista do Dão é uma experiência a não perder. É a ecopista mais extensa de Portugal, seguindo o percurso de 49 km da desativada Linha do Dão, antiga ligação ferroviária entre Santa Comba Dão e Viseu. A saúde e bem estar em contexto termal tem nas Caldas de Sangemil um marco importante, com a sua água sulfúrea sódica, adequada ao tratamento de várias patologias. Nos núcleos urbanos ou em ambiente rural, podemos apreciar o rico Património Cultural da região, quer sejam a arte rupestre e os monumentos megalíticos, a arquitetura civil como o Solar de Vilar e o Solar do Morgadio ou a arquitetura religiosa como a Capela de Nossa Senhora dos Carvalhais. Merece também uma visita a Casa do Passal, em Cabanas de Viriato, antiga residência do Cônsul Aristides de Sousa Mendes, cuja atuação permitiu salvar milhares de judeus durante a II Guerra Mundial. 68 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL


ADICES

5 SENTIDOS Os museus da região apresentam um leque muito variado de temáticas. Sem esgotar todas as propostas disponíveis, podemos viajar pela história do comboio na Linha do Vouga no Núcleo Museológico de Macinhata do Vouga, conhecer o património histórico e etnográfico local no Museu Municipal de Soares de Albergaria ou no Museu Terras de Besteiros. E, no local da antiga Estância Sanatorial do Caramulo, encontra-se o Museu do Caramulo, um dos primeiros museus de automóveis da Europa. As tradições populares estão bem presentes no artesanato da região, sendo emblemática a louça preta de Molelos, a cuja cozedura tradicional é possível assistir. Por outro lado, a arte urbana contemporânea tornou-se um ícone de Águeda, com o projeto “Umbrella Sky” que enche de cor as ruas, cobertas de chapéus de chuva suspensos, aos quais se associa um roteiro de obras de “street art”, ampliado a cada mês de julho, no decurso do Festival AgitÁgueda. Naturalmente, os sentidos dos visitantes da região não deixarão de ficar ainda mais despertos com a gastronomia local. Os sabores fortes imperam nos concelhos deste território. Mas não podemos esquecer o leitão assado em Águeda, a lampantana em Mortágua, o cabrito assado em Tondela, o ensopado de lampreia de Santa Comba Dão, entre outros manjares. E, para adoçar a boca, os pasteis de Águeda, a regueifa doce de Carregal do Sal, o bolo de páscoa de Mortágua, broinhas de Santa Comba Dão e as papas de mel de Tondela. Entre tantas emoções, as diversas tipologias de alojamento turístico disponíveis na região, em contexto urbano e rural, permitem prolongar a experiência com conforto e qualidade. Este é um território que apela aos seus cinco sentidos. Vai querer voltar!

ADICES – Associação de Desenvolvimento Local Estatuto: Entidade privada sem fins lucrativos / Entidade de utilidade pública Sede: Avenida General Humberto Delgado, n.º 19 3440-325 Santa Comba Dão Data de constituição: 21 de Janeiro de 1991 Objeto estatuário: Promoção do desenvolvimento local e regional integrado. Tel.:(+351) 232 880 080 E-Mail:adices@adices.pt / Site: www.adices.pt REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 69


ADRUSE

SERRA DA ESTRELA, UMA MONTANHA DE OPORTUNIDADES O território da ADRUSE, situado no distrito da Guarda, abrange os concelhos de Celorico da Beira, Fornos de Algodres, Gouveia, Manteigas e Seia, com uma área de 1.237 km2 e uma baixa densidade demográfica. A rede de acessibilidades envolvente permite uma ligação fácil a grandes centros urbanos da região (Guarda, Covilhã e Viseu) e a Espanha, atendendo à proximidade com a fronteira de Vilar Formoso. A Serra da Estrela define a paisagem e os costumes desta região, proporcionando experiências fascinantes para toda a família, particularmente em contexto de turismo ativo e de natureza, mas também no segmento do turismo cultural. A descoberta da natureza em ambiente serrano tem no Parque Natural da Serra da Estrela um ambiente ideal, reconhecido internacionalmente pela recente classificação como Geopark Mundial pela UNESCO. Cascatas, praias fluviais, e trilhos com paisagens deslumbrantes convidam à descoberta da Serra e do seu património geológico durante o verão e não apenas em tempo de neve. Os “Trilhos Verdes” da Serra da Estrela permitem descobrir os segredos da montanha. E, junto a Manteigas, o Vale Glaciar do Zêzere, memória da última glaciação e um dos maiores da Europa, deslumbra-nos ao longo dos seus 13 quilómetros. Aqui encontra-se o berço do rio Zêzere. As quedas de água como o Poço do Inferno são outro dos pontos de interesse da zona. E, em tempo quente, são também incontornáveis as praias fluviais como a de Loriga e da Lapa dos Dinheiros, em Seia, Valhelhas em Manteigas ou, já em Gouveia, a do Vale do Rossim, considerada a mais alta de Portugal. Por ali nasce outro grande rio, o Mondego. Para saber um pouco mais sobre o Património Natural da região estão disponíveis o Centro Interpretativo do Vale do Zêzere, em Manteigas, o Centro de Interpretação do Geopark Estrela e o Centro de Interpretação da Serra da Estrela (CISE), em Seia. Para os mais novos, é também aconselhável uma visita ao Parque Ecológico de Gouveia, espaço onde podemos apreciar o cão Serra da Estrela, o javali, o veado, a raposa, entre outras espécies autóctones da região. O património arqueológico e edificado deste território é também diversificado. Podemos viajar desde os tempos mais antigos, com vestígios como os povoados fortificados da Idade do Bronze da Fraga da Pena ou de São Romão às marcas medievais, como a necrópole de sepulturas escavadas na rocha de Forcadas, em Fornos de Algodres, ao Castelo de Celorico da Beira. E, na rota das aldeias 70 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

históricas, encontramos a ruralidade quase intemporal de Folgosinho ou de Linhares da Beira, que das muralhas do seu castelo faz a ponte para aventuras mais radicais, oferecendo a possibilidade da prática de parapente. Os diversos museus e núcleos museológicos da região são uma janela aberta para os mais diversificados olhares sobre o património e as tradições. Do Centro de Interpretação Histórica e Arqueológica de Fornos de Algodres ou do Museu Municipal de Arte Moderna Abel Manta em Gouveia ao Museu do Brinquedo e ao Museu Natural da Eletricidade, em Seia, não deixarão miúdos e graúdos indiferentes. E, ainda junto a Seia, todos se juntarão em algum momento no Museu do Pão, que nos quer contar tudo sobre a história do pão e do seu fabrico, mas também deixa os mais pequenos “meter a mão na massa”.


THE YELLOW MANAGER | PORTUGAL CRIATIVO

Em terra de pastores, há que conhecer dois ícones da região – o burel, tecido feito a partir da lã da ovelha bordaleira e o Queijo da Serra da Estrela. Na região é possível visitar unidades de produção de ambos os produtos. Mas a viagem gastronómica destas serranias não pode deixar de incluir, entre outras iguarias, os pratos de cabrito, borrego, javali ou as trutas de Manteigas. E, se à sobremesa, o arroz doce e o leite-creme estão habitualmente presentes, o requeijão fresquinho, com mel ou doce de abóbora merece a nossa atenção. Parar e relaxar para o dia seguinte é uma experiência cada vez mais diversificada numa região com excelentes unidades de alojamento turístico, onde o alojamento em espaço rural está cada vez mais presente na oferta local. A neve é naturalmente um dos ex-libris das experiências na Serra da Estrela. E a Torre, o ponto mais alto de Portugal Continental, com 1993 metros de altitude, é um local incontornável.

Associação de Desenvolvimento Rural da Serra da Estrela Sede: Largo Dr. Alípio de Melo 6290-520 GOUVEIA Data de constituição: 1991 Objeto estatutário: Promoção do desenvolvimento rural e a melhoria das condições de vida das populações do território. Contactos: Telefone: +351 238 490 180 Telemóvel: 96 1403352 Email: adruse@adruse.pt

Mas, para além da neve, este vasto território serrano é mesmo uma “montanha de oportunidades”. Vai querer descobri-lo!

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MUNICÍPIOS: NOVOS DESAFIOS De Norte a Sul, no Continente e nas Ilhas, o turismo português encontrou novos desafios e teve de se reinventar. A estratégia de muitos municípios mudou e passou a estar orientada para chamar para os seus territórios, outrora “invadidos” pelas mais diversas nacionalidades, os próprios portugueses. Com uma oferta turística diversificada, que atrai todo o tipo de pessoas e de qualquer idade, Portugal chama pelos portugueses. Em ano que se celebram 75 anos da mítica rota da Estrada Nacional 2, verificamos e enaltecemos o trabalho desenvolvido pelos municípios portugueses, no sentido de promover o território e o comércio local. Mas os esforços não se têm ficado por aí e também se nota um forte apoio às famílias e empresas locais. Uma política próxima da comunidade evidencia-se em alturas de crise. Os municípios têm demonstrado uma importância fulcral na resposta à crise pós-Covid-19, que arrasta consigo vários problemas sociais e económicos. A Revista Business Portugal pôs-se a caminho, desta vez de forma digital, para lhe dar a conhecer e enaltecer o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pelos diferentes municípios de Portugal. Municípios estes que mostraram uma grande capacidade de resposta e rápida reação, de forma a conseguirem assegurar a segurança das suas gentes, ao mesmo tempo que lhes prestaram o devido apoio social e económico.

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Os novos desafios impostos reforçam a importância da promoção do território e do comércio local, bem como a importância de haver uma política de proximidade com o povo, instituições e empresas. Os municípios estão na linha da frente na resposta à atual pandemia e trabalham, diária e afincadamente, em várias frentes e em articulação com os profissionais de saúde, serviços de ação social e forças de segurança, para combater de forma mais eficaz a crise financeira e social nas suas terras. O sector do turismo é a maior atividade económica exportadora do país, sendo que, em 2019, foi responsável por 52,3 por cento das exportações de serviços e por 19,7 por cento das exportações totais, tendo as receitas turísticas registado um contributo de 8,7 para o PIB nacional. Nesse sentido e tendo em conta o impacto sentido, os municípios – muitos deles bastante dependentes deste sector – reúnem agora esforços, junto dos empresários locais, para chamarem os portugueses. Com um poder de compra menor, os portugueses também se sentem mais atraídos a circular dentro de fronteiras e têm todas as condições para o fazerem, de forma cómoda e segura. Estão a ser feitos investimentos no sentido de melhorar vias e infraestruturas, de recuperar património e ter os vários locais aptos para receber os turistas. Portugal chama pelos portugueses. Em ano em que devemos passar férias cá dentro e consumir o que é nacional, pelas mais variadas razões, mostramos-lhe, nas próximas páginas, vários exemplos de territórios que pode descobrir. Seja por estrada, pela icónica rota da Estrada Nacional 2, seja pelo ar ou pelo mar, não deixe de visitar os diferentes municípios que estão prontos para o receber, com a simpatia de sempre e a segurança que se espera.

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ISEC SALÃO IMOBILIÁRIO | INVESTIMENTO E TURISMO

SALÃO DO IMOBILIÁRIO, INVESTIMENTO E TURISMO PORTUGUÊS GENEBRA – SUÍÇA (WWW.SIIT-SUISSE.CH) A CCISSP, sediada em Genebra, já organizou vários eventos bem-sucedidos ao longo destes últimos tempos. Este ano, vai levar a cabo, em setembro de 2020, o Salão do Imobiliário, Investimento e Turismo Português na Suíça, na cidade mais internacional — Genebra.

“Mesmo perante uma situação de pandemia mundial e com muitos dos eventos internacionais a serem cancelados ou adiados, como explica a realização do 1.º Salão do Imobiliário, Investimento e Turismo Português na Suíça?” No contexto atual, a Suíça continua a ser o país do continente europeu com mais potencial e mais reservas para recuperar da crise económica provocada pela Covid-19. Por outro lado, o governo suíço tomou medidas para uma recuperação gradual da economia. Os suíços continuam a investir! No que se refere ao Salão do Imobiliário, Investimento e Turismo Português na Suíça, as datas foram definidas, há quase um ano, para os dias 18 e 19 de setembro de 2020 e, desde o início da pandemia, temos vindo a acompanhar de muito perto a evolução da crise sanitária na Suíça. Apesar de vivermos momentos mundialmente críticos, a CCISSP decidiu manter as datas estipuladas, porque acredita que este momento, se bem aproveitado, será uma alavanca para o relançamento destes setores da economia portuguesa num mercado de excelência, com elevado poder económico. De facto, enquanto Câmara de Comércio (www.ccissp.ch) e enquanto organizadores consideramos ter uma responsabilidade acrescida neste contexto de crise, pois vivemos momentos mundialmente críticos e, por isso, queremos contribuir frutuosamente, através deste Salão, para a retoma económica. Este ano, a CCISSP ocupa o lugar de Vice-Presidente da AICC (Association of International Chambers of Commerce), pelo que decidiu, como entidade organizadora, convidar a participar no SIIT todas as Câmaras de Comércio membros (EUA, Rússia, Brasil, Canadá, França, Suécia, Emirados Árabes, Turquia), cujas sedes se encontrem em Genebra, permitindo, assim, aos expositores desenvolver contactos com potenciais investidores internacionais. Consideramos que tal constitui uma mais-valia para os expositores que irão participar neste Salão, já que terão a oportunidade de estabelecer contactos diretos com um público profissional de negócios internacionais e potenciais investidores.

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Em suma, temos verificado que os suíços, apesar da situação global, continuam a mostrar interesse em investir em Portugal. Por conseguinte, vamos levar a cabo este nosso projeto, divulgando empresas talentosas que pretendam internacionalizar-se. Este Salão, que é muito aguardado pelo público suíço, terá, certamente, uma importância significativa na internacionalização de empresas do ramo imobiliário, da construção, da consultoria, da banca, da arquitetura, do turismo e na promoção das regiões. Relembramos, por fim, que a Suíça é o segundo país que envia mais remessas para Portugal, apesar de ser um pequeno país, com apenas 270 000 imigrantes portugueses. Os suíços têm interesse em investir em Portugal? A CCISSP, entidade organizadora, tem verificado que os Suíços não desistiram de Portugal após a Covid-19, bem pelo contrário; por isso, está a organizar para este mês de julho, a viagem a Portugal de um grupo de investidores que pretendem investir 50M de euros no nosso país. Qual o perfil do investidor suíço que aposta no mercado português? O perfil do investidor suíço face à Câmara de Comércio, Indústria e Serviços Suíça-Portugal, com sede em Genebra, é principalmente o de banqueiros, gestores de fortunas, advogados, fiduciários, empresas multissetoriais, bem como o de alguns particulares (de registar que os residentes suíços possuem um dos maiores poderes de compra da Europa; a título indicativo, o preço médio de um apartamento em Genebra é superior a 1 milhão de euros). Há também lusodescendentes, de dupla nacionalidade, bem como membros da Diáspora Portuguesa. Deste modo, estamos mais do que convencidos de que Portugal é um destino de excelência para os investidores suíços. É por este motivo que seria impensável perder uma tal oportunidade de reunir os expositores do Salão, os quais irão propor investimentos concretos, com investidores suíços interessados em Portugal.


INVESTIMENTO E TURISMO | SALÃO IMOBILIÁRIO

Vantagens de expor no SIIT-SUÍÇA - Desenvolver contactos durante o Internacional Business Networking, que ocorrerá dia 16 de setembro, às 17h30, dedicado aos expositores do Salão e aos profissionais suíços; - Desfrutar da possibilidade de lançamento de empreendimentos e concretização de novas parcerias; - Apresentar as novas tecnologias, tal como imobiliário interativo; - Dar a conhecer os programas de Imobiliário Green; - Lançar novos empreendimentos ou procurar investimento para start-ups promissoras Incubadoras; - Apresentar propostas concretas de investimentos de envergadura; - Promover a oferta imobiliária média/alta e de luxo; - Divulgar regiões e ofertas turísticas (termas, montanha, enoturismo, natureza, iates, turismo religioso, etc.); - Dar a conhecer programas e incentivos regionais, captar investimento nas regiões desfavorecidas; - Promover universidades de ponta para cativar estudantes suíços e lusodescendentes. Acreditamos na capacidade e competência que cada um tem em contribuir para que este Salão seja um dos momentos de um futuro regenerado e o início de uma nova e sólida abordagem socioeconómica. A participação de cada um será sinónimo de resiliência, confiança e competência nacional. 38 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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MUNICÍPIOS: NOVOS DESAFIOS | C. M. LAGOA

UM MUNICÍPIO ATRATIVO PARA INVESTIMENTO NACIONAL E ESTRANGEIRO

Lagoa, no Algarve, concelho de praias e paisagens inesquecíveis, de gente acolhedora e empreendedora, enfrenta solidamente um ano turístico e económico atípico. Um desafio para ganhar, nas palavras do seu presidente, Luís Encarnação que acredita no esforço e na coragem dos lagoenses para que seja ultrapassada a atual situação, projetando Lagoa no futuro promissor. Face ao panorama atual, poderemos afirmar que Lagoa continua a ser atrativa para o investimento? Sem dúvida que sim. Mesmo vivendo uma realidade diferente, neste momento, Lagoa continua a manter as características que fazem deste concelho um destino de excelência. São variadíssimas as razões: uma costa magnífica, a simpatia das nossas gentes, a qualidade das nossas praias, a gastronomia e os vinhos e a qualidade dos nossos campos de golfe. Tudo está intacto, este município continua a ser bastante atrativo quer para o investimento estrangeiro quer para o investimento nacional. Que benefícios trazem as obras de carácter privado para o espaço público? O investimento privado que vá ao encontro da estratégia de desenvolvimento do município, quer do ponto de vista urbanístico, ou até enquadrado no plano de desenvolvimento económico, é de estrema importância e é sempre bem vindo. Um bom exemplo é o investimento a realizar pelo Grupo Pestana que pretende construir um novo campo de golfe, com um projeto imobiliário acoplado, no concelho onde será edificada uma estrada que vai permitir realizar o trajeto entre Lagoa e Ferragudo em cerca de cinco minutos, representando um claro beneficio para a população. Que trabalho tem vindo a ser desenvolvido na requalificação urbana? Temos investido bastante na melhoria da qualidade de vida dos nossos cidadãos, na mobilidade urbana, na requalificação do espaço público, vamos continuar o nosso trabalho no sentido de facilitar, cada vez mais, a vida dos nossos munícipes. É verdade que o compromisso de criar um concelho sustentável foi recentemente assumido? O nosso grande compromisso é com a educação. É por isso que desejamos ser uma cidade educadora, inteligente ativa e saudável. Neste ano de 2020, escolhemos o tema da sustentabilidade nas suas três vertentes, económica, social e ambiental, em linha com os 17 objetivos que criámos. Esse é o objetivo 76 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

C.C. Angra do Herísmo

que queremos atingir para nos afirmarmos como cidade sustentável, elucidando os nossos cidadãos sobre a importância destas matérias. Lagoa é o único município do país que aplicou a norma que concilia a vida profissional e pessoal? Como é que implementam este principio? Já existia um trabalho prévio que estava a ser executado. Começámos em 2018, fomos depois certificados pela norma, somos, até agora, a única autarquia certificada. Renovámos, há pouco tempo, a nossa certificação. Focamos a nossa nossa atenção nos nossos colaboradores e nas suas dificuldades, tentando conciliar a suas vidas pessoais e profissionais, sempre com o objetivo de termos funcionários motivados, ajudando-nos a prestar um serviço público de qualidade. Posso dar alguns exemplos, os colaboradores que celebrem o seu aniversário


#LagoaSeguraParaSi

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MUNICÍPIOS: NOVOS DESAFIOS | C. M. LAGOA

podem ficar em casa com a família e, quando os filhos começam a escola, têm direito a meio dia para os acompanharem, não trabalham um dia por falecimento de um familiar, situação alargada até ao terceiro grau. Celebrámos um conjunto de protocolos que beneficiam os nossos funcionários. Podemos dizer que Lagoa é o local perfeito para se viver? O nosso objetivo é tornar Lagoa num lugar onde se viva, cada vez melhor, onde se trabalhe com qualidade, é essa a nossa missão. Que locais poderão ser visitados em Lagoa? Podemos sugerir as nossas praias, os espaços naturais, como o “Sítio das Fontes”, a simplicidade das nossas gentes, a gastronomia e os vinhos, os nossos estilos de vida, a paisagem, sem construções em altura, permitindo uma certa harmonia urbanística, no fundo é um espaço natural aprazível. Exemplo da qualidade que oferecemos é a preferência pela nossa terra de cidadãos de outros países que somam 20 por cento da nossa população. Não me posso esquecer da aposta cultural que todos os anos pomos em prática, infelizmente não a podemos implementar este ano, pelas razões conhecidas, assim como no cuidado que temos com as nossas ruas, praças e jardins, meticulosamente tratadas para o bem-estar da nossa população. Que novos desafios encontraram este ano com todo este cenário improvável? Lagoa vive, essencialmente, do turismo. O nosso tecido empresarial depende direta ou indiretamente da atividade turística em 90 a 95 por cento. O grande desafio que enfrentamos neste momento é o de nos protegermos, no ponto de vista sanitário, onde tudo está a correr muito bem, e esperemos que assim continue, pois temos tido números muito baixos se compararmos com o panorama nacional ou até mundial. O que pretendemos fazer é tentar resgatar a vida que tínhamos anteriormente, relançar a economia, seguindo as regras sanitárias para, com toda a segurança dar um passo em frente, lembrando que, nesta altura do ano, as nossas unidades hoteleiras tinham uma ocupação de 100 por cento e que agora estão na ordem dos 30 por cento. Vamos seguir o nosso lema de não deixar nenhum lagoense para trás, tentando ajudar as famílias que vão estar economicamente mais fragilizadas, principalmente após os meses de verão, onde se espera que exista menos atividade económica. Quem visita Lagoa tem a preocupação de seguir a regras da DGS e esperamos que não haja qualquer tipo de problema e que as famílias, que são o principal cliente, que procura a nossa terra, tenham umas férias seguras e a qualidade a que estão habituadas.

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MUNICÍPIOS: NOVOS DESAFIOS | C. M. CANTANHEDE

“VISITE CANTANHEDE E DEIXE-SE SURPREENDER”

Helena Teodósio, Presidente

Cantanhede surpreende pela sua atmosfera urbana verdadeiramente envolvente, sendo sem dúvida, um concelho que os portugueses devem visitar este verão. Quem o diz é Helena Teodósio, presidente da Câmara Municipal, que em entrevista à Revista Business Portugal, fala das potencialidades do território e das estratégias desenvolvidas para que Cantanhede continue a ser um destino seguro. Que estratégias foram desenvolvidas pela Câmara Municipal no combate à Covid-19 e de que forma geriram o desconfinamento dos cantanhedenses? Desde o primeiro dia que a Câmara Municipal adotou 40 medidas de combate à pandemia. Desde o pagamento aos fornecedores, no apoio às populações mais vulneráveis, na reativação da economia, na redução dos preços das taxas de água e saneamento, enfim, optámos sempre por ajudar os cidadãos com um trabalho de proximidade. Para além disso, comprámos três mil testes para testar funcionários da câmara, das juntas de freguesia, profissionais de saúde, funcionários das IPSS’s, profissionais de educação, fizemos de tudo para estarmos precavidos contra esta pandemia que nos apanhou a todos de surpresa.

A Feira Quinzenal reabriu no passado mês, contando com uma grande afluência de visitantes. Considera que o impulso que será dado novamente na promoção do comércio local é fundamental para a localidade? Abrimos a Feira Quinzenal, respeitando as normas da DGS e implementando um plano de contingência que fizemos para o efeito. Penso que tomámos algumas medidas para a dinamização do comércio, como aconteceu com a plataforma da terra à mesa, que ajuda os produtores agrícolas e os comerciantes na valorização dos seus produtos. No entanto, estamos a preparar já a época natalícia, onde queremos implementar algumas novidades, na certeza de que o faremos para potenciar o comércio tradicional do Município de Cantanhede.

Em tempo de pandemia, que apoios é que a Câmara Municipal tem prestado à comunidade de Cantanhede? Fizemos algumas medidas de apoio à comunidade. Por exemplo, no caso dos utilizadores domésticos, abrangeu todas as famílias em que qualquer dos elementos do agregado familiar tivesse uma diminuição superior a um terço nos rendimentos. Seriam então isentadas das tarifas fixas de abastecimento de água, águas residuais e resíduos sólidos, e o primeiro escalão alargado de 5m³ para 15m³. No que respeita às empresas, todas as que encerraram por determinação do Estado de Emergência Nacional e todas as que tenham uma quebra da facturação de 40 por cento, foram isentadas das tarifas fixas de abastecimento de água, águas residuais e resíduos sólidos. A economia social tem sido uma das mais afectadas pela pandemia da Covid-19, pelo que o executivo camarário isentou na totalidade as Instituições Particulares de Solidariedade Social e a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede. Penso que temos tido uma postura proativa na defesa dos interesses de todos, fazendo frente a uma pandemia que nos coloca desafios diários.

Por outro lado, estão também a investir na requalificação urbana. Que intervenções estão programadas e de que forma poderão melhorar a vida do povo de Cantanhede? Fizemos uma candidatura ao PEDU, que nos está a possibilitar a requalificação da área urbana de Cantanhede. Para além disso, está previsto, até ao final do mandato, a requalificação da rede viária, onde vamos investir cerca de oito milhões de euros. Temos ainda algumas projetos em andamento e que serão terminados ainda este ano, como é o caso da Casa da Cultura, uma obra de quase dois milhões de euros, para a qual recebemos comparticipação comunitária. Outra obra que está a avançar é a requalificação do bairro vicentino, uma obra adjudicada pelo valor de 1.407.998 euros, a empreitada diz respeito a um investimento em habitação social inserido Programa Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU) e que vai melhorar o conforto de 20 agregados familiares.

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Aliados a estes avanços, apresentaram uma nova Logomarca. O que representa esta mudança de imagem? E pedia-lhe ainda que explicasse aos nossos leitores os seus elementos. Estávamos a precisar de evoluir nessa área e lancei o desafio à


C. M. CANTANHEDE | MUNICÍPIOS: NOVOS DESAFIOS

equipa de comunicação para avançar com uma nova Logomarca. A equipa focou os seus estudos gráficos nas temáticas: água do mar, água da nascente (potável) e terra. A solução obtida resultou da simplificação da ilustração de uma onda, agora representada pelo conjunto do traçado a azul, e a água “pura” das nascentes que brota do solo arenoso e o terreno lavrado, representados pelas linhas horizontais de cor verde. O processo de simplificação da mancha gráfica e tonal reduzindo-os ao mínimo essencial, tornou o conjunto menos ruidoso graficamente e, consequentemente, mais duradouro e multifacetado. Relativamente às cores, é do conhecimento generalizado que as elas têm um papel indiscutível na perceção da mensagem e despertam diferentes emoções no público. A paleta de cores escolhidas, azul e verde, reflete a identidade da marca: o azul é comumente associado a água, confiança, modernidade, tranquilidade e segurança; o verde é associado a saúde, natureza, qualidade de vida, ambiente, fertilidade, entre outros. Esta proposta representa um salto significativo na procura de um logótipo que transmita os “elementos estratégicos da marca Cantanhede”: Inovação; Competência; Credibilidade; Sustentabilidade; Dinâmica; Jovialidade. Com este resultado, é possível identificar os referidos valores na presente solução e o Município de Cantanhede acredita que a proposta transmite uma mensagem indiscutível de modernidade, dinamismo e elegância. A autarquia reconhece que este logótipo contém a essência do sentimento generalizado da população que reside no concelho ou que o visita, como um município moderno, carismático, limpo, cristalino, autêntico, que cuida do seu património natural e transmite esse conceito e compromisso às gerações futuras.

A Praia de Olhos de Fervença foi melhorada e, pelo 30.º ano consecutivo, a Praia da Tocha foi distinguida com Bandeira Azul, tendo ainda sido aberta, nesta última, a Biblioteca da Praia. Isto é um cartão de visita para Cantanhede? Temos feito um trabalho de preservação das nossas praias. O desafio deste ano, com a pandemia, é grande, porque nos coloca à prova. Sabemos que existem sempre coisas por fazer. No que se refere a Olhos da Fervença, temos um projeto que vai melhorar e requalificar aquele espaço, porque o nosso objetivo é que também tenha Bandeira Azul. No que respeita à praia da Tocha, a nossa equipa camarária fez um grande trabalho na preparação do areal para época balnear. Agora, não nos podem pedir para andarmos a controlar as pessoas para manterem o distanciamento social, porque nesse aspeto tem de haver bom senso de cada um. No trabalho que depende de nós, podemos estar todos tranquilos, porque fizemos de tudo para que a praia seja o orgulho de todos os cantanhedenses e que proporcione bons momentos a quem nos visita. Podemos, portanto, concluir que Cantanhede é um Município seguro e que os portugueses devem visitar este verão? Não tenho a menor dúvida disso. Aliás, temos utilizado uma frase que é: “Visite Cantanhede e deixe-se surpreender”, exatamente porque temos uma grande potencialidade turística que deve ser aproveitada. Desde a praia da Tocha ao Palheirão, passando por Olhos da Fervença, Sete Fontes e Ançã, nunca descurando o nosso património histórico e cultural e os nossos percursos pedestres, bem como a nossa gastronomia, temos razões para acreditar que somos um Município seguro e preparado para receber a visita dos portugueses.

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ISEC MUNICÍPIOS: NOVOS DESAFIOS | C. M. SEVER DO VOUGA

SEVER DO VOUGA: UM DESTINO DE EMOÇÕES Terra de contrastes, fruto da simbiose entre o litoral e o interior, onde a magnificência das paisagens, dos rios e quedas de água convidam à aventura, assim é Sever do Vouga. Deixe-se surpreender e encantar por este destino turístico preservado e genuíno.

António Coutinho, Presidente

Sever do Vouga localiza-se nas margens do rio Vouga, um local marcado por uma grande beleza natural, afirmando-se como destino ideal para quem procura sensações únicas. São inúmeras as razões para uma visita, começa por dizer António Coutinho, presidente da Câmara Municipal, salientando desde logo, as paisagens verdejantes e os espelhos de água, entre rios, ribeiros e cascatas - uma marca muito forte do concelho – que proporcionam uma envolvência e um cenário deslumbrante e bucólico. Município verde por excelência, assume-se, nesta fase de pandemia, um destino de eleição, uma vez que as pessoas privilegiam o contacto com a natureza e as atividades ao ar livre. Esta é uma das razões pelas quais o concelho começa novamente a ser procurado pelos visitantes e turistas. Desde logo, pelas características naturais que permitiram a criação de um conjunto de percursos pedonais, considerados por quem visita Sever do Vouga, um desafio onde a natureza se conjuga de forma perfeita. A singularidade do território permite também a realização de inúmeras atividades de desporto e aventura. Por outro lado, o património histórico e arqueológico é também um desafio para os apaixonados pela história, bem como uma das razões para conhecer este deslumbrante concelho. A gastronomia é outra das marcas de Sever do Vouga, sendo celebrada em vários eventos, nomeadamente na Festa da Lampreia e da Vitela, que se realiza todos os anos em março. “Esta festa pretende divulgar os produtos endógenos e dinamizar a restauração, servindo igualmente para criar impacto turístico, uma vez que proporciona um leque de atividades e espaços de alojamento local que os turistas poderão desfrutar. António Coutinho confessa que, depois de um período mais complicado, os principais restaurantes severenses estão a trabalhar, e mostrou-se otimista em relação ao futuro, esperando que os restaurantes locais continuem a fazer as delícias dos visitantes.

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Grande Rota das Montanhas Mágicas Cycling & Walking Montanhas Mágicas é o nome que se dá ao conjunto das Serras de Montemuro, Arestal, Freita e Arada. São sete os municípios que fazem parte deste território encantado e Sever do Vouga é um 82 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

deles, só quem visita o concelho sente a magia e o encanto deste lugar. Em entrevista, o presidente da Câmara Municipal referiu que já é conhecido o traçado final da Grande Rota das Montanhas Mágicas Cycling & Walking, realçando que se trata de um percurso circular, com 230 quilómetros de distância, que une os sete municípios das Montanhas Mágicas, sendo possível percorrê-lo a pé ou em bicicleta de BTT. Segundo o autarca, este projeto tem como principais objetivos: tornar as Montanhas Mágicas® um destino de excelência no contexto da oferta de cycling & walking em Portugal, dotando o território das condições necessárias à prática destas modalidades no contexto desportivo, recreativo e de lazer, de forma ambientalmente responsável e economicamente viável; e promover a união dos sete municípios do território, em torno de um projeto comum, que contribuirá para reforçar e consolidar a marca turística territorial “Montanhas Mágicas”. Município ao serviço da comunidade A importância da participação dos municípios na resposta à crise e o trabalho desenvolvido para enfrentar a pandemia da Covid-19 e assegurar a retoma económica e social do concelho foi outra das notas da entrevista com o presidente de Sever do Vouga, que assumiu como prioridade proteger a sua população através de uma intervenção muito direta, principalmente com as IPSS, mas também numa lógica muito organizada e coordenada com as juntas de freguesia, instituições ligadas à saúde e à proteção civil, bem como com os Bombeiros e a GNR. “Desenvolvemos um conjunto de ações junto da população, desde campanhas de sensibilização, vídeos, comunicados e outdoors, apelando ao confinamento das pessoas e ao cumprimento das regras e recomendações da Direção Geral de Saúde”, revela o autarca, destacando que os esforços do município resultaram muito bem com a ajuda da população. Com o lema de servir a sua comunidade e apoiado por algumas empresas locais, o Município de Sever do Vouga colocou no terreno um conjunto de valências, infraestruturas e equipamentos, nomeadamente um espaço hospitalar de retaguarda, preparado para


C. M. SEVER DO VOUGA | MUNICÍPIOS: NOVOS DESAFIOS

a eventualidade de um surto de grande dimensão, permitindo assim uma resposta capaz, principalmente às instituições de solidariedade social. “Logo no início do problema, optámos pela testagem dos nossos idosos, principalmente nos lares, mas também nos outros espaços dedicados à terceira idade, adquirimos equipamentos de proteção individual e distribuímos pela população, para além de adquirirmos material para desinfeção sistematicamente durante o período mais crítico”, revela António Coutinho, lembrando ainda o trabalho do gabinete de emergência que foi dando as respostas necessárias, inclusivamente a entrega de medicamentos e de refeições.

V Impulsionar a economia local Sever do Vouga é conhecida por ser a Capital do Mirtilo e pela realização da Feira do Mirtilo, evento que atrai milhares de pessoas e impulsiona a economia local, mas que este ano não se realizou. Sentindo esse problema, a autarquia equacionou um apoio aos produtores, porque entendeu que a feira é o local por excelência para fazerem a divulgação e a venda do produto. Assim sendo, o executivo deliberou em reunião de Câmara Municipal apoiar os produtores de pequenos frutos, principalmente o mirtilo, no tratamento imediato da produção, para que pelo menos tivessem uma boa campanha e pudessem escoar os seus produtos através das organizações comercializadoras do concelho. De acordo com o presidente, a não realização do certame anual afetou mais os pequenos produtores, por isso mesmo o Município de Sever do Vouga criou uma dinâmica de apoios e incentivos à comercialização, nomeadamente através de uma “campanha fortíssima de divulgação da marca «Sever do Vouga Capital do Mirtilo», com a colaboração de figuras públicas ligadas ao espetáculo e à gastronomia, que vieram dar a cara pelo mirtilo”, desvenda António Coutinho, destacando a criação de uma plataforma digital (www.capitaldomirtilo.pt), onde os visitantes podem descobrir a história do Mirtilo em Sever do Vouga, os benefícios do consumo do mirtilo, a origem e os objetivos da Feira do Mirtilo, bem como os produtores e os vários pontos de venda, onde podem adquirir o delicioso fruto.

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REAL EDIFÍCIO DE MAFRA É PATRIMÓNIO MUNDIAL DA UNESCO

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MUNICÍPIOS: NOVOS DESAFIOS | C. M. MAFRA

REAL EDIFÍCIO DE MAFRA COMEMOROU PRIMEIRO ANIVERSÁRIO COMO PATRIMÓNIO MUNDIAL O Real Edifício de Mafra é Património Mundial da UNESCO e, para assinalar o primeiro aniversário, o presidente da Câmara Municipal de Mafra, Hélder Sousa Silva, esteve em entrevista com a Revista Business Portugal. No passado dia 7 de julho, foi celebrado o primeiro aniversário da inscrição do Real Edifício de Mafra na lista do Património Mundial da UNESCO. Que sentimento desperta esta ilustre distinção para os mafrenses? A distinção é, ao mesmo tempo, um motivo de orgulho, e um compromisso de futuro: um motivo de orgulho, porque o monumento faz parte da identidade local, além do que constitui a razão pela qual Mafra se encontra incluída, desde a primeira metade do século XVIII, nos principais itinerários culturais, religiosos, turísticos e académicos internacionais; um compromisso de futuro porque, mais do que um ponto de chegada, este é um ponto de partida para a proteção acrescida do bem e para a promoção da sua fruição pública, posicionando-o como um local de (re)encontros, dos mafrenses com a sua história e dos visitantes nacionais e estrangeiros com um conjunto patrimonial excecional. Que balanço faz deste primeiro ano, o qual ficou marcado, em fevereiro, pelo concerto inaugural do restauro dos carrilhões do Palácio Nacional de Mafra? Ao resgatar do silêncio este grandioso conjunto sineiro, Mafra reforçou a sua vocação musical perante o mundo. Não obstante, durantes estes primeiros 365 dias como Património Mundial, o “compromisso de futuro” fez-se presente em muitas outras iniciativas: na abertura de propostas para o projeto de instalação do Museu Nacional da Música em Mafra; no desenvolvimento do projeto de criação do Polo de Ciências Musicais da Universidade Nova de Lisboa, a instalar na ala sul do monumento; no lançamento do concurso para a elaboração do Plano Estratégico do Jardim do Cerco e da Tapada Nacional de Mafra, na ótica da valorização da sua componente paisagística; na nova dinâmica de gestão da Tapada, introduzida pela atual direção; na elaboração do projeto “Mafra, referência nacional e internacional do turismo equestre”, desenvolvido em conjunto com a Escola das Armas; e também na instalação da sinalética do Real Edifício de Mafra, projetada por um artista da terra, reforçando a ligação afetiva com a comunidade local. Ainda fazendo um balanço deste ano, e apesar da diminuição do número de visitantes decorrente da pandemia da Covid-19, apraz registar que, dos monumentos tutelados pela Direção-Geral do Património Cultural, o Palácio Nacional de Mafra foi o mais visitado na fase de desconfinamento, com mais do dobro de visitas do Mosteiros dos Jerónimos. 86 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

Hélder Sousa Silva, Presidente

Na valorização do Real Edifício de Mafra, quais os próximos desafios que se colocam? O primeiro desafio é, sem dúvida, concluir a implementação do modelo de gestão integral do bem, que é uno no seu conceito. Para além desta questão estratégica, impõem-se outros projetos: a promoção das acessibilidades para pessoas com mobilidade reduzida; e a implementação um modelo de visitação global do conjunto patrimonial, ligando o Palácio/Convento ao Jardim do Cerco e à Tapada. Em suma, a ambição é proporcionar, a todos, uma experiência de fruição integral das diferentes valências. Para além do património cultural, Mafra apresenta uma oferta turística diversificada. Podemos concluir que é um destino turístico para todos? Enquanto destino turístico, o grande mérito do concelho de Mafra é reunir, em 300 quilómetros quadrados, uma oferta multifacetada. Para além do conjunto patrimonial distinguido pela UNESCO, evidencia-se pelas condições naturais para a prática de desportos outdoor. Destaque para a singular costa marítima, onde se situam 13 praias e a Reserva Mundial de Surf da Ericeira, única na Europa. Ao mesmo tempo, este é, também, um território que soube perpetuar o modo de vida tradicional das suas gentes, nas artes e ofícios, nas festas e romarias ou na diversidade da gastronomia. Definitivamente, Mafra convida à visita!


C. M. MAFRA | MUNICÍPIOS: NOVOS DESAFIOS

Real Edifício de Mafra: uno, único e excecional O Real Edifício de Mafra é formado por um Palácio, uma Basílica, um Convento, um Jardim e uma Tapada, sendo uma das mais magnificentes obras de D. João V. Desde a escolha do arquiteto (Johann Friedrich Ludwig, formado em Roma) que o projeto se instituiu como uma afirmação internacional da casa reinante portuguesa. Aquando da sagração da Basílica, no dia 22 de outubro de 1730, o conjunto não estava ainda concluído, nem todas as obras de arte haviam chegado, mas há muito que o plano estava delineado: um Palácio Real dotado de dois torreões que, funcionando independentemente, eram as câmaras do casal régio; uma Basílica decorada com estátuas dos melhores artistas romanos e com um conjunto inusitado de paramentaria francesa e italiana sem paralelo no país; duas torres na fachada que albergam dois carrilhões mandados construir na Flandres e que constituem um património sineiro único no mundo; uma Biblioteca constituída por obras de grande interesse científico e das poucas que previa a incorporação de “livros proibidos”, bem como um acervo bibliográfico dos séculos XV ao XIX. Das décadas seguintes são os retábulos da Basílica, da autoria de Alessandro Giusti, artista de origem italiana que, em Mafra, iniciou uma verdadeira escola de escultura. Merecem, ainda, destaque os seis órgãos, construídos para tocar em conjunto, o que já estava previsto no plano inicial na Basílica. O projeto foi entregue aos organeiros António de Machado Cerveira e Peres Fontanes. Estes foram cuidadosamente restaurados a partir de 1994, num processo premiado pela Europa Nostra. O Palácio continuou a desempenhar as funções de Paço Real até ao final da monarquia, tendo mesmo sido em Mafra que D. Manuel II, último rei de Portugal, passou a derradeira noite antes de embarcar para o exílio. O Convento foi extinto em 1834 e, desde então, albergou diversas unidades militares que constituem, por si só, outro capítulo da história deste conjunto. O Jardim do Cerco começou por ser a cerca conventual à disposição dos frades, mas, logo em 1718, D. João V mandou ali plantar todo o género de árvores silvestres. O conjunto alberga um grande lago central, para onde confluem águas da Tapada e de um poço anexo associado a uma gigantesca nora. Também ali se conserva um curioso Jogo da Bola. A Real Tapada de Mafra (hoje designada Tapada Nacional de Mafra) foi criada em 1747 para servir as necessidades do Convento e para cenário venatório do monarca e da corte. Hoje, é um espaço vocacionado para a gestão florestal, cinegética, ambiental e turística.

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MUNICÍPIOS: NOVOS DESAFIOS | C. M. LOURINHÃ

CIBV REABRE COM NOVOS RECURSOS TECNOLÓGICOS INCLUSIVOS O Centro de Interpretação da Batalha do Vimeiro, no concelho da Lourinhã, foi totalmente remodelado em virtude de uma candidatura à Linha de Apoio ao Turismo Inclusivo do Turismo de Portugal, pelo que o espaço passa agora a ser um local de referência no que toca ao Turismo Acessível e Inclusivo.

Luís Mário Nunes, diretor-geral

À

entrada, o visitante é acolhido por uma vista panorâmica para o campo onde se deram os confrontos mais emblemáticos da Batalha do Vimeiro. Nesse espaço, recebe um audioguia que lhe permite fazer todo o tour guiado pelo espaço, estando disponíveis conteúdos em português, inglês, francês e espanhol. O audioguia disponibiliza ainda uma versão em audiodescrição, especialmente concebida para os invisuais, disponível nos quatro idiomas anteriormente referidos.

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C.C. Angra do Herísmo


C. M. LOURINHÃ | MUNICÍPIOS: NOVOS DESAFIOS

N

as salas, o visitante pode usufruir de pequenos vídeos interpretativos que têm legendagem em português e integração de Língua Gestual Portuguesa. O audioguia, quando próximo do televisor, sincroniza-se automaticamente. Os vídeos são simples e, na generalidade, começam com uma introdução feita por um boneco modelado que representa a mascote do CIBV: o soldado António Agostinho, o que torna a experiência mais interativa. No piso 0, o visitante pode fazer a visitação de duas salas: sala da Guerra Peninsular e sala dos Exércitos do Período Napoleónico. Depois, pode aceder ao piso – 1 através de escadas ou de elevador. Nesse piso, tem acesso à sala da Batalha do Vimeiro, onde pode interpretar o terreno da Batalha do Vimeiro, através de um mapa em relevo 3D com sequência dinâmica das várias fases da Batalha. Por fim, o visitante pode ainda dirigir-se ao auditório para ver um pequeno documentário sobre a batalha. Outros serviços e recursos disponíveis no espaço são: acesso wi-fi, piso tátil, réplicas 3D, bancos-bengala para descanso e informação multiformato em quatro idiomas, Língua Gestual Portuguesa, Sinais Internacionais e Braille, para consulta no local. Para mais informações: 261988471 batalhadovimeiro.pt Facebook CIBV-Centro de Interpretação da Batalha do Vimeiro.

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MUNICÍPIOS: NOVOS DESAFIOS | C. M. ALBUFEIRA

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MUNICÍPIOS: NOVOS DESAFIOS | C. M. VELAS

VELAS EM SÃO JORGE, UM PARAÍSO NO MEIO DO ATLÂNTICO O presidente da Câmara Municipal de Velas, Luís Silveira, explica, em entrevista à Revista Business Portugal, porque é que a Ilha de São Jorge, situada no coração do Arquipélago, é destino obrigatório ao visitar os Açores.

Luís Silveira, Presidente

Falar dos Açores é falar de um paraíso que todos querem visitar, especialmente quando é considerado pela European Best Destination como Coronavirus Safest Destination. Porque é que São Jorge não deve ficar de fora da rota dos turistas? São Jorge é a Ilha mais central do Arquipélago dos Açores. Deste maravilhoso pedaço de basalto, que emergiu do mar e se fez verde, encantador nas escarpas, deslumbrante nas Fajãs, extraordinário nas suas gentes, valioso nas suas tradições e manifestações culturais, sobram costumes que importam conhecer, oferecendo a todos quantos procuram a Ilha, momentos de paz, harmonia, contacto com a natureza e descanso. É da Ilha do Dragão que se vislumbra, em alguns pontos, as cinco Ilhas do Grupo Central. Ladeada a Sul pelas Ilhas do Pico e Faial, a Norte pela Terceira e Graciosa, é em São Jorge que se sente o verdadeiro significado de Arquipélago, podendo-se visitar, de forma rápida, as Ilhas vizinhas, através da rede de transportes marítimos, com novos e confortáveis barcos. Apresente aos nossos leitores as possibilidades do que podem fazer por aqui… Falar de São Jorge é falar duma Ilha claramente destinada à contemplação da natureza. É um local seguro, onde se podem realizar inúmeras atividades de mar e de terra, para todas as idades, desde passeios de barco e desportos náuticos, como mergulho, pesca, surf, bodyboard, stand up paddle e vela. Onde os mais destemidos podem, igualmente, realizar inúmeras atividades de aventura, desde canyoning, geoturismo, jeep tours, passeio de bicicleta/BTT ou observação de aves. Uma das formas mais populares de conhecer as bonitas paisagens que a Ilha oferece, junto à costa ou no seu interior, é através dos diversos percursos pedestres. Esta é uma das Ilhas dos Açores mais conhecidas para a prática desta modalidade, sobretudo pelos trilhos que levam à descoberta das Fajãs, Reserva da Biosfera por classificação da UNESCO, que contemplam cenários imperdíveis, vislumbrando uma imensa variedade de espécies de fauna e flora, num constante contacto com a biodiversidade caraterística da Ilha. Mas visitar São Jorge e as Velas, em particular, é, para além de toda a mística e beleza com que a natureza nos presenteou, conhecer um povo hospitaleiro, com uma história com mais de 500 anos onde, para além da natureza, se pode degustar boa gastronomia, um património arquitetónico ímpar, muito à base da construção de pedra de basalto, mas também de caraterística diferenciadora como a pedra de tufo, onde se podem vislumbrar edifícios de construção barroca, como é o caso dos Paços do Concelho, datado do séc. 92 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

XVII, ou a Igreja de Santa Bárbara, na Freguesia das Manadas, classificada como Monumento Nacional. Velas também oferece boa comida e, sendo Capital do Queijo, é impossível não falar do famoso Queijo de São Jorge DOP. O que faz dele tão apetecível e tantas vezes galardoado? É nas verdejantes pastagens que são criadas as vacas que dão origem ao leite para aquele que é considerado o “Rei” da nossa gastronomia. O Queijo de São Jorge DOP, com mais de 500 anos de história, feito à base de leite cru, caraterística altamente diferenciadora e que lhe dá um sabor único, é a “joia da coroa”, marca a idiossincrasia da Ilha e das suas gentes, naquele que é um produto de excelência e, continuamente, premiado nos principais certames da especialidade. São Jorge mantém uma forte componente na gastronomia, que está patente também na devoção ao Espírito Santo, onde se destacam as tradicionais sopas e onde a carne, na sua maioria IGP (Identificação Geográfica Protegida), provem de animais que repastam nas verdejantes pastagens, mas também numa clara ligação com o mar, onde se destaca o marisco e peixe fresco, sem esquecer as Ameijoas da Caldeira da Fajã de Santo Cristo, um santuário natural e único para a sua produção, ou até mesmo através do seu solo fértil no cultivo, por exemplo, do Inhame. Não esquecendo a doçaria tradicional e única, que provém da época dos Descobrimentos, como é o caso das “Espécies de São Jorge”. O Município está ainda a investir no melhoramento e reabilitação de vias e estradas. Podemos, portanto, concluir que Velas está na máxima força para receber os portugueses nas suas férias, mantendo os seus habitantes seguros e satisfeitos? O Município de Velas tem tido uma preocupação constante em oferecer condições de segurança aos Munícipes e à População em geral, mas também a quem escolhe a Nossa Terra para seu destino de férias. Temos investido nas mais variadas vertentes de reabilitação urbana e espaços públicos de lazer, não só nas acessibilidades. Temos tido muita preocupação com o melhoramento e embelezamento de jardins, zonas de lazer e zonas balneares, proporcionando a disponibilização de lugares seguros e com condições de se desfrutar das excelentes paisagens e temperaturas da água do mar que circunda este pedaço de terra. Em suma, o Município tem vindo a trabalhar para fazer da Nossa Terra um lugar onde, cada vez mais, se gosta de estar e viver, abraçando quem nos visita, à boa medida deste povo hospitaleiro, que é o Povo Jorgense.


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F

MUNICÍPIOS: NOVOS DESAFIOS | C. M. FUNDÃO

DESCUBRA FUNDÃO

Paulo Fernandes, Presidente

A Revista Business Portugal leva-o numa viagem até à Beira Baixa para descobrir o Fundão, atendendo ao panorama atual. Saiba mais sobre este local “seguro e repleto de encantos, sabores e sensações”, como nos revela o seu presidente Paulo Fernandes. A ação dos municípios é fundamental na batalha contra a pandemia que vivemos. Quais são as armas usadas pelo Município do Fundão nesta luta? Vivemos um tempo complexo, de transformação e de incerteza que levanta junto dos cidadãos e das instituições muitas questões e desafios. O Município do Fundão tem tido um papel extremamente ativo na mitigação do Coronavírus, usando todos os mecanismos de que dispõe no combate aos efeitos nefastos que a pandemia tem provocado junto da população. Esta situação tem exigido o melhor da autarquia, das instituições e dos cidadãos, em que tem sido necessária uma ação serena e firme, com um esforço coletivo enorme. Esta batalha é mais uma etapa que o povo do Fundão irá superar com resiliência, perseverança e sentido de comunidade. Que apoios é que a Câmara Municipal tem assegurado ao povo e empresários do Fundão para prevalecerem nesta época conturbada? A autarquia implementou um Plano de Contingência com um vasto programa de medidas que conjugou esforços para travar, numa primeira linha, a dimensão sanitária, mas que teve também, como sempre, a enorme preocupação social e económica. Acionámos o Plano Municipal de Emergência; criámos linhas de apoio aos cidadãos e às empresas, serviços de apoio domiciliário na entrega de medicamentos e bens alimentares, bolsas de voluntariado, uma plataforma com os serviços abertos no concelho e com indicação de todas as medidas implementadas e um Centro de Isolamento de Campanha; distribuímos equipamentos de proteção 94 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL


C.M. FUNDÃO | MUNICÍPIOS: NOVOS DESAFIOS

individual a todos os intervenientes de primeira linha no combate a esta pandemia; disponibilizámos casas para profissionais da área da saúde, bombeiros, proteção civil e funcionários de lares; promovemos a realização de testes de despistagem à Covid-19; entregámos computadores e serviços de internet aos alunos do concelho que não tinham estes equipamentos; fomos parte ativa, conjuntamente com outras entidades, na criação de Código de Boas Práticas para a Colheita de Produtos Hortofrutícolas e na criação de um Centro de Testes Covid-19; promovemos o comércio e os produtores locais; isentamos os empresários de algumas taxas municipais; garantimos transportes aos alunos; reativámos, conjuntamente com as empresas concessionários, os transportes públicos essenciais e distribuímos máscaras a toda a população. De forma a dinamizar a economia local, o Município do Fundão está a promover uma campanha de ajuda à economia local e uma campanha que pretende evidenciar todas as potencialidades turísticas deste território. Têm começado a reabrir alguns espaços, como as piscinas municipais, tão apetecíveis nesta altura do ano. De que forma têm gerido o regresso da cidade ao ativo? O Município do Fundão esteve sempre presente e ativo em ajudar e assegurar os serviços essenciais a toda a população e continuará, em articulação com as autoridades competentes, a tomar as medidas necessárias na proteção, no apoio e na construção de um futuro auspicioso para este território e para as nossas gentes.

Todos os espaços e serviços disponibilizados à população cumprem todas as normas de utilização impostas pela Direção Geral de Saúde, que deverão ser respeitadas por todos os utentes. Este é um momento fundamental para promover os territórios. Posto isto, que motivos apresenta aos nossos leitores para visitarem o Fundão este verão? O Fundão é um território repleto de potencialidades, constituído por pessoas extremamente empenhadas e capacitadas, que sabem receber como ninguém e que fazem deste território um local único e de eleição. Quem vem ao Fundão poderá encontrar uma geografia diversa, feita de xisto e de granito, povoada de florestas ancestrais onde poderá encher o peito com ar puro. Aqui poderá reencontrar-se com a natureza, mergulhar em águas cristalinas, apreciar paisagens indescritíveis e pedalar por 450 quilómetros de percursos BTT. A Gardunha é um ponto a descobrir e para tal poderá percorrer 250 quilómetros de rotas sinalizadas. A paisagem é sublime. No Fundão poderá encontrar Postos de Turismo com o selo “Clean & Safe”, atribuído pelo Turismo de Portugal, fazer áudio-visitas, realizar passeios de Tuk Tuk ou de Balão de Ar Quente e apadrinhar cerejeiras. Visite o edificado da Aldeia Histórica de Castelo Novo e descubra as Aldeias do Xisto da Barroca e de Janeiro de Cima situadas nas margens do rio Zêzere. O Fundão é um território a descobrir, seguro e repleto de encantos, sabores e sensações.

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MUNICÍPIOS: NOVOS DESAFIOS | C. M. CORUCHE

CORUCHE: PATRIMÓNIO NATURAL E CULTURAL

Álvaro Garrido, Diretor

Francisco Oliveira, Presidente

Em entrevista à Revista Business Portugal, o presidente da Câmara Municipal de Coruche, Francisco Oliveira, fala-nos deste pedaço de terra, património natural e cultural, e de como os coruchenses reagiram à pandemia. Que estratégia foi adotada pelo Município para o sucesso na batalha contra a Covid-19? Tem sido, sobretudo, a atitude do povo coruchense que tem permitido controlar a pandemia no nosso concelho. A estratégia do Município tem passado por uma forte campanha de sensibilização junto da população, salientando e reforçando as medidas que cada um deve adotar para minimizar os efeitos de contágio. Por outro lado, a estreita colaboração com todos os atores na área da saúde e da proteção civil tem permitido um relativo controlo da pandemia. Que medidas de apoio e incentivos foram dadas às empresas da região? A partir do momento, em que foi decretado estado de emergência, definimos um conjunto de medidas de apoio, de modo a minimizar o impacto que a pandemia teve e terá na atividade económica. Desde logo, procedemos à suspensão da cobrança de taxas de ocupação de espaço público e publicidade do ano de 2020 e à suspensão da cobrança das taxas referentes às bancas, lojas do mercado municipal e dos lugares de terrado do mercado mensal. Para aqueles que dispõem de esplanadas, demos a possibilidade de alargar a sua área de implementação, sem qualquer custo adicional. Disponibilizamos, durante o estado de emergência, uma lista de estabelecimentos comerciais em funcionamento com serviços essenciais e em regime de take away/entrega ao domicílio. Mas gostaria de destacar o programa de apoio municipal ao Comércio Local, “Lojas com Gente”, que permite obter um apoio financeiro até 2500€, para a requalificação e adaptação dos estabelecimentos comerciais e outro apoio financeiro de apoio à renda, 25 por cento do valor da renda durante seis 96 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

meses para estabelecimentos, existentes e para novos estabelecimentos o apoio será de 50 por cento do valor da renda. Este programa está a ser revisto, no sentido de incorporar novas atividades económicas, que não estavam previstas no regulamento inicial, dando assim a oportunidade à maioria dos agentes económicos de aceder a este apoio. E que ajudas asseguraram às famílias de Coruche? As ajudas que asseguramos às famílias de Coruche consubstanciaram-se, sobretudo, nas áreas da Educação e Ação Social, destacando desde já a isenção do pagamento dos serviços educativos municipais. Garantimos o serviço de refeições escolares a todas as crianças beneficiárias da ação social escolar, bem como o serviço de impressões a todos os alunos desde o pré-escolar até ao 2.º e 3.º ciclo do Ensino Básico, como medida de apoio à aprendizagem, em regime não presencial. Adquirimos 150 computadores, pen’s drive e equipamentos móveis de serviço de internet, para ceder a título de empréstimo até ao final do ano letivo, a todos os alunos beneficiários de ação social escolar desde o 5.º ao 12.º ano. Criámos a Creche e Escola de Acolhimento, para receber crianças, cujos encarregados de educação integrem a condição de trabalhadores essenciais. Para além destas medidas específicas, gostaria de destacar os programas de apoio que o Município já disponibiliza às famílias, entre os quais o Programa de Apoio a Estratos Sociais Desfavorecidos. Com o programa de apoio “Casas com Gente”, disponibilizamos ainda apoio ao arrendamento ou aquisição de habitação em Áreas de Reabilitação Urbana, sendo uma medida extraordinária de apoio às famílias, mas também à fixação de


C. M. CORUCHE | MUNICÍPIOS: NOVOS DESAFIOS

população nestas áreas. Saliento ainda o papel e o trabalho primordial que as IPSS têm tido junto da população mais idosa e que tem sido preponderante para assegurar qualidade de vida a esta franja da sociedade. Para o efeito, o Município apoiou financeiramente e logisticamente estas instituições que compõem a rede social do concelho. Tendo em conta a proximidade territorial do concelho à Área Metropolitana de Lisboa, que está agora mais fustigada, Coruche não quer baixar a guarda. Que medidas estão a ser tomadas? De facto, a proximidade à AML e o facto de termos muitos coruchenses a trabalhar nessa região, o que leva a movimentos pendulares regulares, é para nós uma preocupação, por isso procuramos estar atentos e em estreita e constante articulação com os serviços de saúde e segurança, de modo a minimizar qualquer efeito de contágio proveniente por esta via. Por exemplo, a proximidade à AML leva a que tenhamos, durante o verão, milhares de visitantes no nosso concelho, sobretudo nas Piscinas Municipais e, este ano, tivemos que limitar o acesso apenas a residentes no nosso concelho. Fazendo Coruche parte da mítica Rota da Estrada Nacional 2, que motivos apresenta aos nossos leitores para não deixarem de fazer uma paragem por aqui? Não faltam motivos para nos visitarem e o que diferencia e distingue Coruche é, sem dúvida alguma, o património

natural e cultural. As cores do montado, os campos agrícolas da lezíria e do rio Sorraia, agora com uma margem esquerda totalmente requalificada, convida à fruição da natureza e à contemplação da nossa maravilhosa vila. Coruche é um vasto concelho onde se poderão perder nas amplas áreas de montado de sobreiro e pinheiro, tendo como pano de fundo a planície agrícola do vale do rio Sorraia, de onde extraímos os aromas e sabores da cozinha tradicional coruchense, as carnes bravas de toiro e vitela, peixes do rio, arroz, pinhões e outros produtos da montado, os cogumelos e espargos, presentes em qualquer ementa da restauração coruchense. Pela vastidão do montado coruchense e pelo que representa para a economia local e nacional, deixamos ainda o convite para visitarem o Observatório do Sobreiro e da Cortiça, edifício icónico. Convidamos ainda a conhecer o artesanato que os artífices da região manufaturam e que se manifesta na cestaria em junco, finalista regional das 7 Maravilhas da Cultura Popular, nos têxteis e nos trabalhos com cortiça e com barro, que poderá encontrar no nosso Posto de Turismo – Loja do Montado. Deixo assim o convite para nos visitar, quer seja por terra, onde poderá encontrar condições excecionais para a prática do BTT, da caminhada ou do trail running; por água, onde poderá praticar canoagem e pesca; e por ar, onde poderá fazer uma viagem de balão, pois temos um dos melhores spot do país para a prática de balonismo.

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MUNICÍPIOS: NOVOS DESAFIOS | C. M. ÁGUEDA

ÁGUEDA É UM CONCELHO EM CONSTANTE MOVIMENTO A par de um território de rara

beleza, Águeda está a mexer não só com atividades como também com obras que prometem impulsionar o concelho.

Quando se fala de Águeda, a primeira imagem que nos afigura são as ruas cheias de cor, “enfeitadas” com os guarda-chuvas coloridos. Uma imagem que corre mundo e até já levou a CNN a considerar a Rua Luís de Camões como “uma das mais bonitas ruas do mundo”. Águeda é muito mais do que ruas coloridas. O concelho tem todo um património – seja cultural, natural, religioso ou industrial – que é diferenciador e merecedor de uma visita. Águeda tem muito para oferecer a quem a visita, como a gastronomia (entre as principais iguarias estão o Leitão à Bairrada, os Pastéis de Águeda, os rojões, o coelho “à moda de Águeda”, entre outros), os vinhos e espumantes regionais, sem esquecer as paisagens naturais e bucólicas, os mais de 100 parques fluviais, os percursos pedestres e cicláveis, a observação de aves, para além de que Águeda faz parte do roteiro dos caminhos de Fátima e de Santiago. O concelho de Águeda abrange um vasto e rico património natural e paisagístico, cujos recursos naturais endógenos se estendem desde nascente (na zona serrana) até poente (junto à Lagoa da Pateira). Nestas zonas prolifera uma elevada biodiversidade e múltiplas paisagens que convidam à descoberta do território (nomeadamente através dos trilhos pedestres e cicláveis) e à prática de atividades desportivas, com destaque para o pedestrianismo, a orientação e o BTT.

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As típicas aldeias serranas, como por exemplo Lourizela, a floresta, os trilhos, parques, rios e ribeiras permitem experiências inesquecíveis, que fazem com que os visitantes sintam vontade de voltar. Águeda é um concelho de fortes tradições. Para além dos espaços museológicos, poderá conhecer o património arquitetónico, que documentam diversas épocas e a história da região. São vários os pontos de interesse a visitar, tais como o Centro Interpretativo do Milho Antigo, localizado em Macieira de Alcôba; o Museu da Fundação Dionísio Pinheiro e Alice Cardoso Pinheiro, no centro da cidade; o Museu Ferroviário de Macinhata do Vouga, em Macinhata do Vouga, que reúne um importante espólio das companhias ferroviárias Nacional e Vale do Vouga; o Museu Etnográfico da Região do Vouga, em Mourisca do Vouga, que todos os anos atrai milhares de visitantes. Roteiro de Arte Urbana Águeda tem um Roteiro de Arte Urbana com dezenas de espaços que podem ser descobertos. Tratam-se de paredes de edifícios, muros ou outras zonas que foram pintadas por diversos artistas de renome nacional e internacional.O roteiro, que tem uma identidade diferenciadora cada vez mais enraizada no concelho e que transforma Águeda numa verdadeira galeria de arte a céu aberto, vai ser este ano aumentado com novas obras de Millo, Dourone e Akacorleone, que vão ser instaladas em julho e agosto e poderão ser prontamente visitadas.

Jorge Almeida, Presidente

Obras impulsionam concelho Para além do Roteiro de Arte Urbana e de todas as atividades que podem ser realizadas no concelho, Águeda está em constante movimento e em qualquer lugar é possível ver o Concelho em transformação, com obras no parque habitacional e uma profunda regeneração urbana que está em curso. Entre as principais intervenções estão as residências universitárias, a “Casa do Adro” (uma zona que está a ser revitalizada e afirmará Águeda no panorama cultural regional e nacional, com os melhorados edifícios do Cancioneiro, da Orquestra Típica e do Conservatório e zona envolvente), o Parque da Alta Vila, a requalificação do Mercado Municipal de Águeda e ainda todo um conjunto de intervenções na melhoria das condições da rede viária de todo o concelho. Porque, apesar das circunstâncias adversas que todos enfrentamos, não podemos parar. E Águeda não sabe parar, é um concelho pujante e dinâmico, empreendedor e persistente e onde a capacidade de lutar faz parte do seu ADN.


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