alentejo: estremoz e elvas | cofre previdência
Instituição centenária aumenta qualidade de vida
Maria do Mar e Tomé Jardim Diretora técnica e presidente
O Cofre é uma instituição de previdência social, de utilidade pública, dotada de personalidade jurídica e autonomia administrativa e financeira destinada a trabalhadores da função pública a exercer funções na Administração Central Regional e Local, das empresas públicas, fundações e institutos públicos que age há 115 anos na criação de melhores condições de vida dos associados, nas áreas da Educação, Saúde, Cultura e Lazer. “Trabalhamos todos os dias para que todos consigam ter conforto”, garante o seu presidente Tomé Jardim, à Revista Business Portugal.
Fundada em 1901, na Praça do Comércio, em Lisboa, o Cofre Previdência nasce num cenário marcado pela luta entre a monarquia, que impunha a sua repressão, e os movimentos republicanos, que agiam na tentativa de instaurarem a Primeira República em Portugal. A função inicial da instituição passava por atribuir às famílias ligadas à fazenda, um subsídio de morte, que auxiliasse nas despesas funerárias do funcionário e da sua família. A partir do ano de 1919, as inscrições no Cofre passam a assumir caráter obrigatório para todos os funcionários do Corpo de Fiscalização de Impostos. No ano anterior à queda da Primeira República, o Cofre alarga, em 1925, a adesão aos funcionários da Direção Geral das Contribuições e Impostos e, por fim, a todos os funcionários e agentes do Estado. Atualmente, a instituição conta com cerca de 50 mil associados de todos os ministérios e empresas do Estado, desenvolvendo ações no âmbito da Cultura, Educação, Saúde e diversas valências de cariz social. Em entrevista à Revista Business Portugal, o presidente Tomé Jardim, explica que apesar de terem “sócios espalhados por todo o país” e de terem inclusive entrado “mais 880 novos sócios” no ano de 2016, a média da “faixa etária é bastante elevada”, rondando os 59 anos de idade. Na tentativa de colmatarem esta problemática e adquirirem associados mais jovens, o presidente, garante que “o núcleo de angariação tem feito um excelente trabalho os trabalhadores do Cofre fazem o seu trabalho junto dos ministérios”, para conseguirem assegurar um futuro sólido e promissor à instituição e beneficiários. Uma associação polivalente Sediada na Rua do Arsenal, em Lisboa, a associação reúne, hoje em dia, um conjunto de seis unidades de valência destinadas a diferentes setores da sociedade. Na área da educação, desde o início do século XXI estão em funcionamento duas residências de estudantes, uma no Porto e outra em Lisboa, destinadas a albergar sócios ou familiares que frequentam o Ensino Superior. Pensando no repouso dos seus sócios, o Cofre investiu na criação de duas unidades de lazer: o Centro de Lazer do Vau (1991), em Portimão
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e o Centro de Lazer da Quinta de Santa Iria (2002), na Covilhã. Acrescenta, o presidente, que o centro de Portimão funciona como um “aparthotel, com 74 apartamentos, situado a 200 metros da praia do Vau”. O espaço tem ao dispor uma ampla piscina, um parque infantil e, mais recentemente, um campo polidesportivo. Situada no Teixoso (Covilhã), a unidade de turismo rural da Quinta de Santa Iria possui uma área de 24 hectares de espaço verde e 35 apartamentos totalmente equipados, para que os associados possam gozar de uns dias calmos, longe da agitação dos grandes centros urbanos. Neste espaço “temos ainda um centro de ciência viva, com um planetário, observatório e auditório”, onde podem ser vistas réplicas de módulos espaciais e a representação do sistema solar. “No ano passado batemos o record de visitas das escolas”, conta o nosso interlocutor, satisfeito com a afluência da visita de alunos pertencentes a agrupamentos escolares, que têm parceria com a associação que preside. Para além das residências universitárias, o Cofre de Previdência, investiu na criação de duas residências sénior em Loures e Vila Fernando destinadas aos sócios, seus conjugues, ascendentes e descendentes. Os dois espaços têm como objetivo basilar a prestação de auxílio e de serviços de qualidade aos seus utentes. Inaugurada no ano de 1998, a Residência Sénior de Loures foi a primeira a ser edificada numa quinta, com cerca de dois hectares, onde se insere uma horta que abastece a cozinha com os mais variados produtos hortícolas adotando, desta forma, uma medida de desenvolvimento sustentável. “Loures tem uma capacidade para 51 residentes, um projeto aprovado para a ampliação de mais 20 camas e um corpo clínico de dois