Revista Business Portugal | Agosto '17

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aijm - agentes de execução | braga O alcance é muito maior que isso. A nossa missão é levar o conforto social possível aos deserdados da fortuna nacional, não a defesa stricto sensu mas a informação para que não morra o desejo de satisfazer os credores e não nasça o estigma da culpa. A informação é a melhor defesa. Ao credor, o Direito, ao devedor, a obrigação”, explicação esta proferida por Júlio Reis que, de seguida, mostrou o seu agrado e realização profissional quanto ao caminho que escolheu para a sua vida, pois exerce uma profissão que torna a justiça eficaz e possui humanidade – “às vezes a palavra certa é fundamental ao recomeço da uma vida”. As instalações e o novo anfiteatro – “Da discussão nasce a luz” Chegada às instalações da AIJM, a equipa da Revista Business Portugal deparou-se com um espaço amplo, de cores fortes, onde todos os elementos que compõem esta equipa gozam de condições excelentes. Instalações estas que são o reflexo das pessoas e das mentes que as habitam. “Inicialmente tinham um aspecto mais austero, amplo e impessoal. Depois, reformamos os espaços e pintamo-los com as cores que nos definem, de modo a torna-los uma extensão de nós próprios, do coletivo.” Destaca-se o seu papel interventivo, com opiniões formadas e vincadas sobre a conjuntura sócio-económica e cultural. Assim, projectam a construção brevemente de um anfiteatro que dê corpo a uma ideia já muito antiga de realização de colóquios, reuniões e formações, ou, como diz Isabel Miranda, “para tudo o que caiba no anfiteatro e que gere discussão. A discussão de assuntos é fundamental, para desenvolver o sentido crítico de cada um e fazer com que cada pense individualmente”. Júlio Reis reitera ainda que estão abertos a qualquer tipo de discussão, desde “um livro, a um prato... Somos muito ativos na nossa classe, criticamos, escrevemos, e também o queremos ser na sociedade civil. Um anfiteatro é um espaço que nos dá outra dimensão e nos põe com outro à vontade.” A sociedade bracarense, segundo o nosso interlocutor, é bastante ativa, com muitos grupos de discussão sobre variadíssimos temas e dando às pessoas motivos e espaços próprios para incitar e fomentar o conhecimento, as pessoas acabarão por aderir. A AIJM – “O nosso trabalho falou sempre por nós” A AIJM nasce depois de muito trabalho e de uma visão ampla que se dirigia a todos. “Trabalhávamos 14 a 16 horas por dia, a empresa não nasceu do pé para a mão”, explica Júlio Reis, alicerçou-se na competência e

determinação, investimento humano e financeiro: “tivemos visão estratégica e muita resiliência, sabíamos o que queríamos e acreditámos. Mas mesmo assim todos os dias renovamos e inovamos, porque nada é perfeito. O erro faznos crescer. ” A empresa conta com cerca de 30 elementos, entre agentes de execução, administrativos e advogados. Têm capacidade técnica e humana para trabalhar no país inteiro, incluindo as ilhas, que lhes permite acompanhar o processo do princípio ao fim, sem recurso a delegação de actos. “Agir e trabalhar com total independência, granjeou-nos respeitabilidade e confiança dos agentes económicos”. A comunicação pronta com os intervenientes processuais é outra das características. “É a nossa maneira de estar. Evitam-se problemas e fomenta a confiança. Estas regras que são simples e eficazes fizeram-nos progredir, tornandonos grandes mas não enormes”, diz convicto. Como pessoas informadas, sempre com uma palavra, a entrevista à Revista Business Portugal, passou também por um manancial de temas que surgiram com a conversa, deixando a vontade de voltar e, quem sabe, frequentar o tão aguardado projecto cultural. Esta é uma profissão bastante abrangente e com uma utilidade social incomensurável. Da discussão nasce a luz. As portas da AIJM estão abertas a todos, são um horizonte para lá da execução.

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