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Ao longo dos tempos

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Muitas das celebrações carnavalescas são anteriores à própria religião cristã, tendo sido alvo de diferentes manifestações ao longo da história. Segundo alguns historiadores, o Carnaval começou no princípio da nossa civilização e remonta à antiga Suméria e Egipto. Na origem dos rituais carnavalescos, estão as celebrações da fertilidade e das colheitas nas primeiras lavouras, realizadas nas margens do rio Nilo, há mais de seis mil anos atrás.

Na Grécia antiga, as celebrações faziam-se em homenagem a Dionísio, deus do vinho, da cultura e da transformação.

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Segundo a mitologia, Dionísio foi expulso do Monte Olimpo e sempre que regressava à Grécia, nos primeiros dias da primavera, era saudado pelos seus fiéis com danças exóticas e muitas bebidas.

Na Roma antiga, a festa era celebrada nas ruas pelas sacerdotisas que adoravam Baco (deus do vinho para os Romanos), dançavam e gritavam por toda a cidade, provocando a desordem que contagiava todas as pessoas que passavam nas ruas.

Ao longo da Idade Média, a Europa divide-se em países que encaram o Carnaval como celebração religiosa e países em que o Carnaval é a festa da gula, do vinho, da música e do sexo.

O Carnaval Cristão passa a existir apenas a partir de 590 D. C., quando a Igreja Católica oficializa a festa. Antes, a instituição condenava a festa pelo seu caráter pecaminoso. No entanto, as autoridades eclesiásticas da época viram-se num beco sem saída. Era impossível proibir o Carnaval. Foi então que houve a imposição de cerimónias oficiais sérias com um caráter mais artístico, com bailes e desfiles alegóricos.

É só em 1545, no Concílio de Trento, que o Carnaval é reconhecido como uma manifestação popular de rua. Em 1582, o Papa Gregório XIII transforma o Calendário Juliano em Gregoriano e estabelece as datas do Carnaval.

A palavra “Máscara” é de origem italiana e significava uma criação fantástica, feiticeira e era associada ao mistério. Daí a razão de se ter associado ao Carnaval.

Em Veneza, no século XVIII, o uso da “máscara” tornou-se um hábito diário em homens, mulheres e crianças. Este uso abusivo dificultava, por exemplo, a correta identificação das pessoas. Situação que só terminou com a lei de Doge que veio proibir o uso de máscaras. A partir do século XIX, a “máscara” foi legalizada, mas apenas para eventos sociais. Desta forma, o Carnaval começou a ser festejado estre os dias 17 e 19 de dezembro, ocasião em que as pessoas se mascaravam para essa celebração.

O Carnaval em Veneza era um momento mágico que envolvia toda cidade, onde as pessoas de todas as classes sociais se escondiam por detrás de uma “máscara” e se misturavam nas festas.

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