Prezado Leitor, Neste número, a nossa querida Revista INFOTO está com grandes novidades
A primeira, são as homenagens de mais dois dos nossos Colunistas, Herminio Lopes e Leo Mano, ao inesquecível Fotógrafo Sebastião Salgado, que já havia sido lembrado na edição anterior, de número 21, pelo Colunista Davy Alexandrisky Três olhares destintos sobre uma mesma lenda da fotografia. Cada homenagem é um convite a emoção, a reflexão, e a reverência a esse mestre da luz e da humanidade. Leitura imperdível!!
A segunda novidade é a chegada da nossa Correspondente Internacional nos Estados Unidos da America do Norte, Lily Plouvier. Com vasta experiência no mercado da Fotografia Profissional, Lily vem para somar e enriquecer ainda mais nosso conteúdo. Com seu olhar atento e sensível, ela trará para nossos leitores as novidades sobre equipamentos, acessórios, e tendências internacionais, além de compartilhar vivências e bastidores da cena fotográfica norte-americana Seja muito bem vinda Lily!!
E, não paramos por aí: nesta edição você encontrará também artigos instigantes, ensaios visuais emocionantes, dicas técnicas e reflexões essenciais para quem vive e respira fotografia A cada número, reforçamos o nosso compromisso de valorizar o olhar do fotógrafo, seja ele amador ou profissional, e de fomentar uma comunidade vibrante, plural e apaixonada pela imagem
Neste número contamos com a participação dos Fotógrafos Especialistas, Ana Ribeiro, Dalva Couto, Davy Alexandrisky, Fabiano Cantarino, Fernando Talask, Herminio Lopes, Leny Fontenelle, Leo Mano, Lily Plouvier, Luiz Ferreira, Margarida Moutinho e Ináh Garrantino, Pedro Karp Vasquez, Renato Nabuco Fontes e Thiago Campos
Boa Leitura e até a próxima edição!
A T E N Ç Ã O
A revista INFOTO não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios e classificados de terceiros, e nem por fotografias inseridas nos artigos de nossos colunistas ou suas opiniões.
FOTO DA CAPA
Fotógrafa Lily Plouvier
Sumário Sumário
03 - Editorial e Expediente
08 - Tropa formada diante do Paço Imperial, Louis Comte, Rio de Janeiro, 1840
Historiador e Fotógrafo Pedro Karp Vasquez
11 - Exposição Individual Fotógrafo Ana Ribeiro
18 - Qual é a Mensagem da Sua Fotografia?
A Construção de Imagens com Propósito
Fotógrafa Lily Plouvier
24 - Quando menos é muito mais
Fotógrafo Fernando Talask
28 - Trilhando o Caminho das
Estrelas
Fotógrafa Dalva Couto
34 - Um Tributo ao Grande Mestre da Fotografia
Sebastião Salgado
Fotógrafo Herminio Lopes
38 - Coluna Your Self
Renato Nabuco Fontes
41 - Acontecendo
Fotógrafo Antonio Alberto Mello Simão
04 INFOTO
05 - Galeria do Leitor
10 - História da Minha Fotografia
Fotógrafa Leny Fontenelle
15 - Meio Milhão Em Meio Século
Fotógrafo Leo Mano
21 - Portas
Fotógrafas Margarida Moutinho e Ináh Garritano
27 - Amnésia
Fotógrafo Luiz Ferreira
31 - Técnica primorosa, beleza apurada
Fotógrafo Fabiano Cantarino
36 - Saudosismo carcome!
Saudade alimenta!
Fotógrafo Davy Alexandrisky
39 - A História Chocante de uma
Fotogrfia Icônica
Fotógrafo Thiago Campos
43 - O Leitor Escreve
Fotografia de Everaldo Provalero
Galeria dos Leitores
Amor ao Por do Sol
Fotógrafa Kayala
Niterói - RJ - BR
Quebrando ovos
Fotógrafa Leny Fontenelle
Rio de Janeiro - RJ - BR
Arte de Viver
Fotógrafa Ana Soares
Niterói - RJ - BR
O Céu é o limite
Fotógrafo Ronaldo Muylaert
Niterói - RJ - BR
Mais um dia se vai
Fotógrafo Herminio Lopes
Maricá - RJ - BR
Paraty ... Para nós ..
Fotógrafo Julio Regis
São Gonçalo - RJ - BR
Senhorinha na ilha da Gigoia - RJ - BR
Fotógrafo Alexandre Nicolau
Telêmaco Borba - PR - BR
Apocalipse
Fotógrafo Antonio Alberto Mello Simão Niterói - RJ - BR
Pôr do Sol
Fotógrafo Bartolomeu d’El Rei
Rio de Janeiro - RJ - BR
Hibisco
Fotógrafa Lidia Lopes
Maricá - RJ - BR
Beleza da natureza
Fotógrafo Paulo J. T. de Andrade Niterói - RJ - BR
Casa Norival de Freitas
Fotógrafo A Lucio Silva Niterói - RJ - BR
Sobrevivência
Fotógrafa Thereza Amaral Niterói - RJ - BR
Corpos
Fotógrafa Angela Roumillac Niterói - RJ - BR
RETRATOPÓSTUMODEDOM
PEDROII,PAULNADAR, PARIS,1891
HistoriadoreFotógrafo PedroKarpVasquez
Este retrato do imperador Pedro II em seu leito de morte foi realizado no dia 5 de dezembro de 1891, no Hotel Bedford, situado à rua de l’Arcade, 17, em Paris Um registro simples, feito no hotel modesto em que Dom Pedro II viveu seus últimos dias de exílio, em discreto anonimato Mas que foi sucedido por um funeral apoteótico, organizado com honras de chefe de estado na elegante igreja de la Madeleine, com o carro contendo seu féretro sendo ovacionado por uma multidão de 300 mil pessoas, que parou a capital francesa No cemitério foram contabilizadas mais de 200 coroas de flores e dezenas de autoridades dos mais altos escalões e dos mais variados países, menos do ingrato Brasil republicano
Essa imagem se assemelha em tudo ao retrato póstumo do escritor Victor Hugo (realizado em 22 de maio de 1885), antimonarquista ferrenho, porém grande admirador de Dom Pedro II, que ele chegou a comparar a César Com a diferença de um pequeno detalhe evocativo do amor do imperador pela leitura: um livro foi usado para altear seu travesseiro para a posição desejada pelo fotógrafo, que foi Nadar, porém não Félix, como se tem erroneamente atribuído, e sim seu filho e sucessor, Paul Isso porque, há muito Nadar pai havia se retirado para sua propriedade denominada l’Ermitage, em Sénart, a cerca de 30 quilômetros de Paris, onde se dedicava sobretudo à escrita, tendo deixado Paul como diretor artístico do estúdio Nadar a partir de 1874 e seu diretor-geral, em 1886 A troca de correspondência entre pai e filho ¾ nos dias 17 de setembro de 1890, 2 de maio de 1891 e 27 de julho de 1893 ¾ comprova o total afastamento do Nadar original (Gaspard-Félix Tournachon), das atividades do estúdio que levava seu nome. Em determinado momento, Paul chega, inclusive, a reclamar que o pai não podia entender determinados problemas porque as coisas haviam mudado muito nos últimos 20 anos. Um singelo último registro, do primeiro governante brasileiro a ser retratado pela fotografia, que, além de espelhar seu amor pelos livros, atesta a ingrata indiferença dos primeiros republicanos pelo grande imperador Pedro II.
Fotógrafa Leny Fontenelle
Quando fiz esta fotografia, tive como objetivo fazer uma provocação. Instigar as pessoas a refletirem sobre sua autoimagem A forma como nos vemos não necessariamente condiz com o olhar do outro sobre nós Além disso, muitas vezes, nossa autoimagem é tão negativa e depreciativa que pode até mesmo estar relacionada a doenças psíquicas ou mentais E aí, caro leitor, como você se vê?
Exposição Individual
Fotógrafa Ana Ribeiro
Ana Ribeiro, carioca, jornalista por formação, fotógrafa autodidata.
Principais destaques na fotografia:
Participação no Guia Chic Foto Niterói 2016/2017
Participação no Atlas das Unidades de Conservação do Município de Niterói 2018
Menção Honrosa no Festival Internacional de Fotografia Brasília Photo Show 2018/2019/2022
Destaque na edição comemorativa do livro do festival Photo Show em Brasília 2018/2022
Participação no Anuário de Fotografia II ao Alcance das Nuvens 2019
Participação no Projeto Urbegrafia construído de forma colaborativa, tendo o Rio de Janeiro como tema 2023
Participação na Galeria dos Leitores da Revista INFOTO, números 13,14,15,16,17 - 2024
Participação na Galeria dos Leitores da revista INFOTO, número 21 - 2025
Curador Antonio Alberto Mello Simão
Meio Milhão Em Meio Século
Fotógrafo Leo Mano
Nota do Autor: Este texto foi escrito originalmente em 2024 para a revista INFOTO Pelo fato de manter vários textos arquivados com antecedência, não é raro eu mudar a ordem de publicação Eventualmente, este artigo dedicado ao nosso mestre Sebastião Salgado, permaneceu inédito Com seu falecimento em 23 de maio de 2025, me pareceu imperativo publicar esta homenagem sem mais demora. Apesar desta nova realidade, preferi manter o texto original sem nenhuma modificação Desejo uma boa leitura a todos.
2024 foi o ano em que Sebastião Ribeiro Salgado Júnior, mineiro de Aimorés, nascido em 8 de fevereiro de 1944 e reconhecido internacionalmente como um dos mais importantes fotógrafos do mundo, anunciou sua aposentadoria (logo após completar 80 anos de idade) Encerrou-se, assim, uma carreira de 51 anos onde construiu um acervo com cerca de 500 mil imagens. Numa entrevista ao jornal britânico “The Guardian”, declarou não ter mais as condições físicas necessárias para dar continuidade aos seus projetos fotográficos. Seu corpo já reclama por causa dos anos de trabalho em ambientes hostis (incluindo sequelas decorrentes de uma malária contraída na Indonésia e problemas na coluna causados pelo impacto da detonação de uma mina terrestre em Moçambique).
Seriam necessários vários volumes da revista INFOTO para comportar uma biografia que demonstrasse minimamente o tamanho e a importância da obra de Sebastião Salgado. Por isso, este texto pretende ser apenas uma pequena homenagem (tardia no calendário, porém justa e necessária em tudo o mais). Mas, o que dizer além do que já foi dito em incontáveis artigos e vídeos disponíveis sobre a vida e a obra do grande fotógrafo? Com esse desafio em mente, cometerei a ousadia de expor minhas próprias impressões sobre o mestre
15 INFOTO
Na vida profissional de Sebastião Salgado, foram inúmeras as vezes em que foi comparado com o outro “peso-pesado” da fotografia mundial, o francês Henri CartierBresson Aliás, ambos tinham conhecimento dessa comparação recorrente e, vez ou outra, falavam sobre isso em entrevistas. Muitas pessoas consideram o trabalho destes dois grandes fotógrafos como sendo equiparáveis mas, no programa “Roda Viva” da TV Cultura de São Paulo, em abril de 1996, Sebastião Salgado ponderou: “ temos visões diferentes. Ele (Bresson) sempre achou que o importante na fotografia era o momento decisivo Para mim, tem que ter uma dose muito grande de sentimento” Se eu tivesse de escolher um epíteto para a obra do brasileiro, eu arriscaria dizer que, ao invés do “momento decisivo”, Sebastião Salgado é o especialista em capturar a “história decisiva”.
Não é apenas um jogo de palavras. A questão é que existem várias maneiras diferentes de se contar uma história Se você tentar, por exemplo, retratar a saga dos garimpeiros em “Serra Pelada”, perceberá rapidamente que existe ali uma infinidade de aspectos envolvidos Será necessário selecionar o que é essencial (sob pena da história se tornar confusa). O sonho de riqueza, os perigos da exploração, a brutalidade do dia a dia... Muitas coisas terão de ser combinadas da melhor maneira possível, utilizando uma estética própria para expor a verdade e o drama daquela sociedade (seja numa sequência de imagens, seja num único retrato) O processo de lapidação da “história decisiva” pode custar anos de trabalho envolvendo não apenas as seções fotográficas, mas também o convívio com as pessoas retratadas. A condução de toda esta empreitada é, na minha opinião, a maior habilidade de Sebastião Salgado.
Ao longo de sua carreira, Sebastião Salgado publicou diversos livros temáticos (sempre com a inestimável ajuda de sua esposa, Lélia Wanick Salgado, responsável pela edição e design dos livros e exposições do marido). Todos estes livros são espetaculares e muitos se tornaram “marcos” na fotografia mundial Existe, contudo, um livro que é meu preferido (tenho que admitir) e, por isso mesmo, é também a minha sugestão de “livro de entrada” para quem ainda não se iniciou em sua obra Trata-se de “Gênesis” O diferencial deste livro é que o tema permitiu uma enorme variedade de cenários e
assuntos Os capítulos nos mostram a vida animal, a flora, a neve, as montanhas, o mar, os rios e as pessoas ao redor do mundo.
Para terminar, descrevo uma situação embaraçosa pela qual passei em 2013, quando fui visitar (muito animado) a exposição referente ao lançamento do livro “Gênesis” (no Jardim Botânico do Rio de Janeiro) Parei diante de uma das fotos e comentei com minha filha (também fotógrafa): “Olha só! Um auto-retrato”! Sem que eu entendesse o motivo, todos os visitantes ao nosso redor (e ao mesmo tempo) olharam para mim com espanto (alguns até com “cara feia”) Foi quando percebi a associação óbvia que todos fizeram: estávamos diante da foto de um elefante marinho! Mas é claro que jamais pretendi insinuar que o nosso mestre Sebastião Salgado se parecia com uma “foca” que, no jargão jornalístico (pra piorar), seria um profissional novato e sem experiência. Isso não me passou pela cabeça. Na verdade, eu me referia ao reflexo no olho do bicho, onde estava espelhado o próprio autor da foto, de pé, empunhando sua câmera (a única imagem do mestre capturada por ele mesmo em sua obra).
A aposentadoria do mestre mineiro encerra uma carreira de muitos prêmios e reconhecimento Ela mesma, uma “história decisiva” da própria fotografia brasileira e, porque não, mundial. Pensando bem, o auto-retrato no olho da “foca” pode ter sido intencional: uma maneira original para se declarar um eterno aprendiz (uma condição inescapável para todo grande fotógrafo).
Qual é a Mensagem da Sua
Fotografia?
A Construção de Imagens com Propósito
Fotógrafa Lily Plouvier
Nossa Correspondente Nos USA
Lily Plouvier, fotógrafa profissional e fundadora da Plouvier Art em The Woodlands –Texas
Atua, internacionalmente, em diversos segmentos da fotografia Participou de exposições em Portugal, Espanha e Estados Unidos e atualmente é membro da Professional Photographers of America (PPA), e fotógrafa principal da Montgomery Neighbors Magazine. Sua fotografia une ciência, arte e emoção, buscando sempre narrativas autênticas e conectadas Lily iniciou sua trajetória na fotografia em 2014, na Sociedade Fluminense de Fotografia, Niterói - RJ - BR Toda fotografia transmite uma mensagem, consciente ou inconscientemente. A pergunta é: essa mensagem está clara? Ao longo da minha trajetória como fotógrafa, percebi que muitas imagens bonitas não são memoráveis justamente por não terem um propósito definido Para que uma fotografia emocione e permaneça na memória de quem a vê, é preciso mais do que técnica: é necessário entender pessoas, histórias e emoções.
É aqui que entram duas ferramentas poderosas: o Design Thinking e os princípios do Neuromarketing. Quando aplicadas juntas, elas transformam a fotografia em uma experiência criativa e estratégica que conecta o olhar do fotógrafo com o que realmente toca o coração do cliente
As 5 etapas do Design Thinking aplicadas à fotografia
1. Empatia - Conhecer para se conectar
Antes de fotografar, é essencial ouvir e observar Quem é a pessoa ou a marca que estou retratando? Quais são seus valores, seus medos e suas aspirações? A empatia permite acessar histórias que não aparecem à primeira vista
Do ponto de vista do neuromarketing, essa etapa ativa a parte emocional do cérebro, responsável por 95% das decisões humanas Primeiro sentimos e gostamos, e só depois buscamos uma justificativa racional para isso Ao entender a fundo o cliente, criamos imagens que falam diretamente ao subconsciente e não apenas ao olhar.
2. Definição - Traçar um plano com intenção
Nesta fase, organizamos as informações e escolhemos qual mensagem vamos comunicar Definir um conceito visual é alinhar expectativas e direcionar o processo criativo. Tudo – do local ao figurino – precisa estar a serviço dessa mensagem. Esse alinhamento torna a fotografia mais estratégica e ajuda a criar gatilhos emocionais claros na imagem
3. Ideação - Explorar caminhos criativos
A criatividade floresce quando temos clareza. Aqui surgem as ideias: paleta de cores, estilo, composição e detalhes que vão tornar aquela imagem única
Nosso cérebro adora padrões, mas também se encanta com quebras de expectativa. Por isso, nesta etapa, podemos equilibrar referências familiares com elementos inovadores para captar a atenção, gerar impacto e fortalecer a mensagem
4. Protótipo - Ensaiar para ajustar
Muito antes da sessão oficial, testamos ideias. Isso pode ser feito de infinitas formas, de acordo com os recursos disponíveis e as necessidades específicas: visitas técnicas, ajustes de cenário e até pequenos testes de luz e composição Muitas vezes usamos o que temos por perto. Pode ser um boneco estiloso chamado Dedeco, uma simples cadeira ou um amigo colaborativo que, no meu caso, frequentemente é o meu marido Que fique registrado aqui o meu agradecimento!
Essa prática reduz a carga cognitiva: no dia da sessão, tudo flui porque já houve preparação mental
5. Avaliação - Refinar e evoluir
O processo não termina no clique, nem mesmo na edição. Após a entrega, precisamos escutar o feedback do cliente A imagem gerou a resposta planejada? Essa avaliação permite ajustar o resultado quando necessário e também aprender e evoluir para os próximos trabalhos. Isso inclui uma reflexão sobre quais situações evitar e até quais trabalhos não aceitar mas isso é, certamente, uma conversa para outro artigo
Por que unir Design Thinking e Neuromarketing à prática fotográfica?
Design Thinking garante estrutura e propósito Neuromarketing garante conexão emocional. Juntas, essas abordagens permitem criar imagens que não apenas agradam aos olhos, mas que ficam gravadas na memória
Quem ganha com isso? Todos: o cliente, que vive uma experiência única e recebe imagens com significado; e o fotógrafo, que expande sua visão e sua entrega artística
Esse processo pode ser aplicado em qualquer área da fotografia: ensaios de família, retratos individuais, fotografia de moda, publicidade, arquitetura e eventos. Sempre que há uma história a ser contada, há espaço para criar com intenção
No final, a pergunta que guia todo esse processo é: qual é a mensagem da sua fotografia? Quando sabemos a resposta, cada clique deixa de ser apenas uma imagem e passa a ser um elo entre quem cria e quem vê 19 INFOTO
Obrigada por dedicar seu tempo a essa leitura Que possamos seguir juntos contando histórias através da imagem!
Te convido a se conectar comigo pelas redes sociais!
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Instagram: www instagram com/plouvier art
PORTAS
FotógrafasMargaridaMoutinhoe InáhGarritano
(Nossas correspondentes em Portugal)
"Eu sinto que nós chegamos ao limiar de portas que estavam abertas – e por medo ou pelo que não sei, não atravessamos plenamente essas portas. Que no entanto têm nelas já gravado o nosso nome Cada pessoa tem uma porta com seu nome gravado, e é só através dela que essa pessoa perdida pode entrar e se achar "
Clarice
Lispector
Jornal do Brasil (1971)
Sempre fomos atraídas pelo pensamento:
O que há além das portas?
O que há além do que vemos?
Que histórias contarão?
Como serão as pessoas que as atravessam e se sentem protegidas por elas?
Quantos encontros? Quantos "adeuses"?
Quantos cochichos de amor?
Quantos bêbados amparados por elas?
Quantas crianças ouviram: "não passes da porta para fora!"
E, a criança curiosa, se pergunta o que há do outro lado...
Só não ultrapassa porque não alcança a chave
Mas sua imaginação vai além da porta.
Para uns, é proteção Para outros, liberdade
Para uns é sonho, para outros, trabalho
Para uns é abrigo, para outros, castigo...
Mas para todos, é o que separa o "fora" do "dentro"
Este é o motivo para alguns devaneios por este Portugal tão rico em histórias...
FotógrafoFernandoTalask QUANDOMENOSÉ MUITOMAIS
Recentemente recebi uma notícia bastante intrigante para quem é da fotografia. A Kodak anunciou que fecharia sua fábrica de filmes em Rochester NY Na primeira linha eu cheguei a congelar, afinal o dia do fim dos tempos finalmente chegara. Porém, a noticia continuava e o motivo era de comemoração O fechamento seria para ampliação da linha de produção de filmes, tudo motivado pelo aumento global do consumo de filmes fotográficos. Além do investimento na planta, a empresa vai contratar mais 300 funcionários O memorável filme para slides ou diapositivo, que para aqueles que acompanham mais de perto o mundo analógico, é o filme para cinema tão usada hoje. Vale relembrar que o filme Oppenheimer de 2023 foi todo rodado em película Imax O filme depois de editado, tinha 17,7 quilômetros de comprimento Os inconvenientes REMJET, (revestimento preto a base de carbono que é aplicado para proteção da película e depois retirado no processo de revelação), para nossa felicidade, vai ser removido para o nosso mercado. Enfim, apostas cada dia maiores num mercado que surpreende Meu amigo e guru, vizinho de coluna, Davy Alexandrisk, fica louco comigo quando insisto nesse movimento contrarrevolucionário que é a volta do filme Eu até entendo o certo horror das lembranças do que era esperar a revelação para saber se as fotos tinham saído, se não haveria necessidade de repetir tudo As vantagens do fator econômico, de não haver limite para o uso de clicks, são enormes. Tenho que concordar com meu amigo Davy, o digital era tudo que sonhávamos, e aconteceu com a gente ainda vivo para participar dessa festa Se fosse somente a fotografia que tivesse evoluído estava de bom tamanho, mas junto com ela evoluiu tudo, inclusive o público que já nasceu vendo a mágica dos pixels acontecendo Muitos agora não veem a menor graça nisso, parece que os resultados que o celular entrega sem a menor preocupação técnica são a coisa mais natural do mundo, não imaginam o poder de processamento que essas poderosas máquinas entregam
Só quem viu “2001 uma odisseia no espaço” pode entender. Bom, comentei essa noticia porque acabei de voltar de uma viagem de férias e pude constatar na rua o fenômeno que obrigou a Kodak a investir forte em filmes. Turistas equipados com as mais variadas câmeras analógicas, de descartáveis até as caras e luxuosas Leicas Essa marca alemã hoje investe em lojas super bem localizadas nos grandes centros da Europa e tem seu mercado basicamente voltado para a película fotográfica
Tive a chance de conversar com um proprietário de uma loja conceito para entender um pouco de como esse fotógrafo de hoje entende a fotografia analógica. Ele me explicou que o sucesso de marcas como a Leica acontece porque o digital tem entregado banalidades, porque graças aos avanços tecnológicos, qualquer um produz uma foto de qualidade espetacular sem, necessariamente, fazer um curso de fotografia ou algo similar No analógico o desafio é pensar muito antes de apertar o botão e principalmente ser mais seletivo e ponderado na hora do click. O que percebemos é a valorização do resultado, já que um dia de fotos rende em média 36 fotos para serem reveladas Segundo o proprietário, eles produzem seis fotos que serão admiradas, enquanto o digital ou fotos de celular são 500 por dia, as quais ninguém mais revê no dia seguinte Quem quer ver mais de 500? É uma quantidade absurda de imagens.
Fiquei pensativo com o que meu amigo inglês me disse e logo de súbito lembrei de um fato ocorrido nessa viagem Estávamos comemorando o aniversário de uma sobrinha quando minha prima pediu para que eu filmasse os parabéns. Eu, que já tenho a fama de ser o cameraman da família, peguei o trabalho Todos a postos, sorrisos, acenderam as velinhas. Eu apontei a câmera, mas a falta de óculos não me deixou reparar que o vídeo não tinha entrado Eu fiquei gravando ou pelo menos achando que estava registrando o momento, mas não estava Que vergonha! Só me dei conta depois dos parabéns cantado. Fiquei quieto. Já se passaram duas semanas e ninguém me perguntou pelo vídeo Desconfio, seriamente, que não importa, poucos vão rever. Esse eterno presente no qual um evento sucede a outro, nos dá a impressão de que apenas a intenção do registro já basta Ocorre que aos poucos muitos já perceberam mesmo que na intuição o perigo que esse modo de vida tem trazido para o mundo. O celular ser hoje o foco de atenção constante de todos nós nos impede de viver nossa humanidade plenamente Somos
seres sociáveis, e as nossas memórias dessa vida em grupo são patrimônio que devemos preservar.
O futuro tem se revelado assustador para mim que nasci analógico Minhas memórias estão impressas em papel fotográfico somente até o ano de 2009. Depois disso, toda a minha história de família e hoje do meu neto estão numa nuvem O dia que eu não estiver mais aqui, nada mais vai restar, diferente dos meus antepassados que ainda conservo suas imagens, muitas ainda do século 19.
Nessa minha andança, percebi que o mundo vive um período bastante estranho quando pensamos em identidade. Digo isso como um modo de diferenciação. A globalização aliada à tecnologia está nos fazendo cada vez mais iguais, com uma estética bastante semelhante. Os regionalismos e até mesmo as características pitorescas dos povos estão desaparecendo. Dessa forma, eu acredito que a fotografia tradicional, de ver o foco, regular o diafragma, ver as velocidades, vai nos fazer praticar uma ação que estamos ficando desacostumados: pensar e principalmente observar tudo que nos cerca. Já imaginou que a quantidade de mortes que o self causa no mundo é justamente por colocar o agir na frente do pensar? Então, que você acha de fotografar menos, porém se esforçando mais? Certamente a relevância do seu trabalho vai ser outra, e quem sabe imprimir o que realmente importa, seja fundamental para deixar sua marca para as próximas gerações.
Davy, você pode até achar que eu estou exagerando, mas para o seu espanto a Kodak voltou a produzir filmes de cinema super 8. Para quem não lembra, um cartucho de filme dura 3 minutos e 10 segundos. Pode parecer pouco tempo, mas para se pressionar o gatilho e deixar rodar o filme tem que valer a pena e principalmente ter algo para dizer Aí precisa rever como acontece nos filmes de cinema.
Talvez, como disse o amigo da Leica, com menos fotos se produz muito mais resultado É só a gente prestar mais atenção. O futuro vai agradecer.
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Fotógrafo Luiz Ferreira Amnésia
As tragédias que envolvem a perda de vidas humanas me afetam, assim como a todos que tenham um mínimo de empatia Mas também tem outro tipo de tragédia que me afeta particularmente, aquela que destrói a memória de um indivíduo, de uma família ou de uma comunidade, porque a destruição de uma memória, de qualquer dimensão, é também a destruição irremediável de parte da memória da humanidade. Andei pensado sobre isso quando me lembrei que há muitos anos, no Rio de Janeiro, para ser mais preciso no bairro da Barra da Tijuca, aconteceu um fato trágico que foi o desmoronamento em 2 dias distintos de partes do recém-construído edifício Palace II, o que provocou a destruição de apartamentos e a morte de moradores, além da implosão do que havia restado do imóvel por parte da prefeitura do Rio, no início do ano de 1998. Lembro do depoimento de um dos moradores que, mesmo aliviado por não ter perdido familiares, lamentava profundamente o fato de terem desaparecido em meio aos escombros do prédio, fotografias e documentos de família, além de objetos de valor afetivo inestimáveis Enfim, parte de suas memórias estavam perdidas para sempre Há a compreensão de que perdas materiais sempre poderão ser recuperadas, indenizadas, repostas mas perdas humanas e afetivas não têm como E, nesse caso em particular, além da perda de vidas, houve o desaparecimento das fotografias e objetos que poderiam representar mais uma lembrança dessas vidas que se foram. E, em relação às vidas que ficaram, se apagou um vínculo com suas memórias pessoais
Nada substitui a vida, mas estes pequenos laços materiais que reforçam nossa “memória biológica” quando esta começa a falhar em decorrência do passar do tempo, são importantes como ícones a nos remeter a momentos e pessoas passados, mas sempre presentes. E a fotografia, para mim, é a mais evidente ponte com o que passou. Não para recuperar o passado, mas para afastar toda amnésia, nos permitindo compreender onde estamos e para onde vamos, nos ajudando a resgatar os afetos que nos construíram ao longo da caminhada
Trilhando o Caminho das Estrelas
FotógrafaDalvaCouto
A FORÇA DA FOTOGRAFIA INDIANA
A ÍNDIA é um País fascinante, rico em história, diversidade e tradição, onde a Fotografia é altamente valorizada, tanto cultural quanto socialmente.
A vida cotidiana, a arquitetura, as artes, as festas religiosas, os trajes típicos, a música, a gastronomia e os costumes são cuidadosamente documentados por meio da Fotografia. Em cada imagem, repleta de cores vibrantes e sentimentos, é possível vivenciar a força e a beleza da Cultura desse Povo incrível
A ÍNDIA também se destaca como um dos Países mais bem-sucedidos em Concursos e Salões Internacionais de Fotografia, sendo o premiadíssimo GRUPO INDIANO amplamente reconhecido por suas numerosas conquistas.
Viajar para a ÍNDIA está entre os meus objetivos Quero conhecer Agra e fotografar o magnífico TAJ MAHAL
GNG CLUB – ORGANIZAÇÃO SINÔNIMO DE SUCESSO
GNG CLUB, sediado em Kolkata, Índia, tem como objetivo a realização de Concursos de Fotografia com o reconhecimento de Organizações Internacionais como a FIAP , PSA, GPU e outras, o que torna seus Salões atraentes e relevantes para fotógrafos que buscam a conquista de Distinções Fotográficas.
Seu Presidente, Mr NARENDU GHOSH, Artista e Fotógrafo renomado, detentor de inúmeras Premiações e Distinções, vem realizando um excelente trabalho à frente do GNG, demonstrando notável competência na coordenação de eventos fotográficos e exposições O processo de julgamento dos Salões e Circuitos do GNG, se destaca pela avaliação técnica e pela criteriosa seleção de obras, conduzido por Jurados altamente qualificados
O GNG também se sobressai pela seriedade e eficiência no envio das Premiações, bem como pela concessão de Distinções: GNG DISTINCTIONS, NOBEL DISTINCTIONS, VEDIC DISTINCTIONS, VEDANTA DISTINCTIONS e H GNG LEADERSHIP Agradeço imensamente a oportunidade e a honra de integrar a equipe de Jurados do GNG
Site do GNG: https://gng fotosalons in/index html#header2-2
SUGESTÕES DE SALÕES PARA OS PRÓXIMOS MESES:
TRINITY IRELAND - Encerramento: 15/08/2025
http://www photoclubemerald com
ATACAMA INTERNATIONAL SALON 2025
CHILE (GNG) - Encerramento: 20/08/2025
https://andessalon online
GOLD CAMERA 2025
MONTENEGRO - Encerramento: 27/08/2025
https://camera fotolcinium com
BEAUTIFUL LIFE
BANGLADESH - Encerramento: 01/09/2025
https://agilefoto com/
TINY DOTS
INDIA (GNG)- Encerramento: 10/09/25
https://tinydots fotosalons website
COUNTRY OF HEAVEN PHOTO CIRCUIT
2025 (GRATUITO)
MALAYSIA – Encerramento: 15/09/2025
https://www chphotocircuit com/
OTHELLO PHOTO AWARDS
CYPRUS - Encerramento: 16/09/2025
https://cyprus nicosiafoto com/
72ND SINGAPORE INTERNATIONAL PHOTOGRAPHY AWARD
SINGAPORE - Encerramento: 23/09/2025
https://www sipa org sg
NEW YORK PIXEL
USA - Encerramento: 28/09/2025
https://www.nyphotoassociation.org/
SALON INTERNATIONAL D'ART PHOTOGRAPHIQUE DE FLOBECQ
BELGIUM - Encerramento: 03/10/2025
https://flocontest.be/fr/index.html
CAMPINA
ROMANIA - Encerramento: 01/11/2025
https://campinaexhibitions net/ciep
Cascata do Caracol
Divine Holy Spirit
Jangada Dreams
Scarllet Freedom
Um Borbulhante Amanhecer
Waiting for the sun
Técnicaprimorosa, belezaapurada
FotógrafoFabianoCantarino
Este texto contém “spoilers”! Entretanto, no nosso pequeno caso, todos os “spoilers” estão perdoados O título deste texto pode ser misturado, trocando os adjetivos (“técnica apurada, beleza primorosa”) por uma razão simples: o espectador da série Ripley (Netflix, 2024) não é capaz de distinguir qualquer limite nem fronteira entre a ciência e a arte de iluminar, compor e contar uma história com a fotografia
Baseada no romance “O Talentoso Ripley” de Patricia Highsmith, a minissérie de oito episódios é protagonizada por um vigarista de Nova York do início dos anos 1960 – Tom Ripley –, contratado por um homem rico para viajar à Itália e convencer seu pródigo filho Dickie a voltar para casa. Tom viaja para a Itália e daí inicia sua jornada, seu mergulho sinistro rumo a iniciativas mais graves e impactantes
O diretor de fotografia Robert Elswit (Oscar Dir. Fotografia por Sangue Negro de 2008) acredita que a fotografia de um filme, como os espaços e os personagens são iluminados, é uma forma de criar uma conexão direta com as emoções do público No roteiro adaptado, o verdadeiro talento de Ripley parece ser simplesmente o de um vigarista “menor”, um sociopata capaz de manipular, explorar, esconder suas emoções e interpretar qualquer papel. Mas logo após chegar à Itália e ser exposto à vida e à cultura italianas, ele sofre uma metamorfose que a série insinua ser a mesma que ocorreu com o pintor italiano Caravaggio no século XVII
Caravaggio não aparece em nenhum lugar do romance de Highsmith e sua inclusão quase como um fantasma em Ripley é uma invenção do diretor e roteirista Steven Zaillian (Oscar de Roteiro Adaptado por A Lista de Schindler de 1994). A reação inicial do personagem Tom Ripley à obra do pintor é reforçada à medida que ele aprende mais sobre a vida do italiano Daí, Ripley começa a se identificar com ele ao descobrir os muitos eventos paralelos em suas vidas. Enquanto Ripley viaja pela Itália para escapar da polícia, ele procura as pinturas de Caravaggio onde quer que esteja Sua obsessão e identificação com o pintor se tornam um dos temas centrais na segunda metade da história A série toma de empréstimo a biografia tortuosa de Caravaggio e consegue construir uma robusta obra barroca em preto e branco Misturando o “chiaroscuro” com o estilo “noir” americano dos anos 1930 e 1940, cada tomada é uma aula de iluminação e composição
No episódio 4, o personagem principal visita a igreja de São Luís dos Franceses em Roma onde três pinturas de Caravaggio sobre São Mateus estão penduradas juntas em uma das pequenas capelas laterais Há uma pequena janela sobre o altar, mas as pinturas em si são muito escuras. Se você colocar uma moeda em uma pequena caixa na grade da capela, três pequenas lâmpadas se acendem e iluminam as pinturas Para a série, a sequência foi filmada em uma catedral desconsagrada em Nápoles, mas a cena foi inspirada em uma das visitas do diretor à igreja em Roma. Steven conta que, depois de colocar um euro na caixa, as luzes se acenderam e ele ouviu em seguida um padre parado atrás dele dizer: "É a luz, é sempre a luz".
A imagem nº 1 reforça o traço maligno do personagem Tom Ripley ao usar a sombra projetada debaixo para cima, uma referência ao filme de terror clássico Nosferatu de 1922
A imagem nº 2 explora a geometria descendente das escadas do necrotério, convergindo para um ponto central. Lá no fundo, está a vítima – o resultado das intenções subterrâneas do vigarista-assassino
Imagem nº 1
Imagem nº 2
A imagem nº 3 apresenta uma via e as árvores iluminadas por fortes projetores artificiais pendurados do alto por guindastes. Observe como a copa das árvores está iluminada de cima e o efeito das luzes sobre o piso Na série, os pisos de todas as tomadas externas eram propositadamente molhados para aumentar o contraste tonal. Na imagem nº 4, a sombra de Ripley projeta-se sobre Dickie e sua noiva Marge, como um mau presságio das intenções do vilão sobre a vítima
Imagem nº 3
Imagem nº 4
A imagem nº 5 mostra claramente o vilão na sombra e as religiosas na luz, um claro contraste de tons e de objetivos pessoais
A imagem nº 6 expõe o personagem absorvido pelas pinturas de Caravaggio
Imagem nº 5
Imagem nº 6
A imagem nº 7 induz o espectador e entender que Ripley é um falsário, um vigarista que disfarça sua real personalidade na representação real e no reflexo
A imagem nº 8 nos traz os caminhos e as rotas de fuga noturna de Ripley pelas cidades italianas. Quase atemporal, não? Poderia ser no século XVII?
Imagem nº 7
Imagem nº 8
Na imagem nº 9, o clima “noir” de um bar em Nova York, onde o solitário falsário é abordado por um misterioso mensageiro que caminha em sua direção
A imagem nº 10 explora os caminhos curvilíneos e cansativos das cidades costeiras italianas que vão aborrecendo o personagem e intensificando seus maus instintos
https://nofilmschool.com/ripley-cinematography https://www.imdb.com/name/nm0005696/?ref =fn all nme 1 https://www.imdb.com/name/nm0001873/?ref =nmawd ov bk
Sebastião Salgado foi um fotógrafo brasileiro reconhecido internacionalmente por suas obras que capturam a essência humana. Nascido em 1944, em Aimorés, Minas Gerais, Salgado iniciou sua carreira como economista antes de se dedicar à fotografia Salgado era apaixonado pela fotografia e sua paixão o levou a abandonar a carreira e se dedicar totalmente à arte de fotografar Ele trabalhou para agências de fotografia internacionais, como a Magnum Photos. Viajou pelo mundo documentando temas como trabalho, migração, fome e meio ambiente
Algumas de suas obras e fotos mais famosas
Ele fotografou centenas de trabalhadores em várias partes do mundo fazendo destaque a dignidade humana e sua força de trabalho Fotografias que mostram os trabalhadores em diversas partes com destaque a dignidade e a força do trabalho humano
Foto de Sebastião Salgado - Exodos
Fotografou também a migração de pessoas em várias regiões do planeta onde mostra a busca por melhores condições de vida e a "teimosia" (resiliência) humana sob condições adversas.
Ele fotografou uma série de situações onde capturou a diversidade e as belezas intrínsecas do nosso planeta onde destacou a importância de preservarmos o meio ambiente Há uma frase que conheço e que desconheço o autor, mas diz bem o que Salgado quis mostrar - "Quando for jogar algo fora, lembre-se, não existe fora"
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Foto de Sebastião Salgado - Trabalhadores
Foto de Sebastião Salgado
Trabalhadores em Serra Pelada
Dentre as mais famosas, ele fotografou trabalhadores em uma mina em Serra Pelada, destacando a dureza do trabalho no garimpo e a esperança nos olhares cansados dos trabalhadores. Tudo por uma pepita!
Ele também destacou o trabalho agrícola no Brasil capturando os trabalhadores na colheita do café.
Sebastião Salgado é tido como um dos fotógrafos mais importantes do século XX Suas obras não apenas mostram a realidade, mas também nos levam à reflexão e ação. Ele ganhou numerosos prêmios e recebeu honrarias por seu trabalho, incluindo o Prêmio Príncipe de Astúrias de Artes em 1998
Em suas fotografias, Salgado nos lembra da importância de preservar o lado humano, cuidar do meio ambiente e valorizar o trabalho e a resiliência das pessoas em qualquer lugar que seja do planeta.
Deixo aqui neste pequeno resumo minha homenagem àquele que elevou o status da fotografia brasileira e dos profissionais de fotografia
Nos encontramos na próxima edição
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Foto de Sebastião Salgado - Genesis
Foto de Sebastião Salgado - Colheita de café
Saudosismo carcome! Saudade alimenta!
Fotógrafo Davy Alexandrisky
Minutos antes de me sentar aqui, diante do computador, para escrever essas mal traçadas linhas, participei de uma atividade pública que precisava ser documentada para efeito de prestação de contas da sua realização
O jovem que estava comprometido com essa tarefa de fotografar e gravar em vídeo o acontecimento teve algum impedimento de força maior, que ainda não sei exatamente que “força maior” foi, e não pode comparecer Sua “força maior”, no entanto, não aboliu a necessidade de documentarmos o evento para efeito de prestação de contas.
Assim que constatei que ele não viria fiz um sinal com a mão, chamando a primeira jovem que passou mais perto, com seu repinique preso ao talabarte (o evento em questão era uma oficina de percussão de uma Escola de Samba), e eu lhe emprestei meu telefone celular para que, após uma breve instrução, ela registrasse aquele momento. Pedi que ela fizesse umas fotos e um vídeo, onde eu precisava aparecer. E prossegui fazendo o que fazia quando interrompi para chamá-la
Ela fez o que eu tinha pedido e seguiu para sua aula, sem que eu tivesse tido tempo/iniciativa de perguntar-lhe o nome para dar o devido crédito quando fosse usar o material Afinal, era uma emergência, para superar uma falta inesperada do profissional que faria o trabalho, que eu tinha que resolver, sem parar de fazer o que estava fazendo. Repeti essa operação mais duas ou três vezes, com gente de todas as faixas etárias, com os mais diversos instrumentos de percussão presos ao corpo, que passavam próximas a mim nos momentos em que era importante ter os registros. Algo inimaginável antes da fotografia digital
No caminho de volta para casa fiquei pensando, em tempos idos, qual não seria a tragédia causada por essa “força maior” do profissional contratado para uma cobertura fotográfica, numa época em que trazíamos penduradas ao pescoço nossas câmeras, com o mesmo orgulho/vaidade, com que um temente a Deus leva nas mãos sua Bíblia, seguindo em direção ao culto
O paralelo entre a câmera e a Bíblia não é gratuito: sacralizávamos o equipamento fotográfico Na verdade, o primeiro impulso, inclusive, foi digitalizar “câmera” com C maiúsculo, como a Bíblia.
Hoje, muita “gente boa” usa a expressão “fotografar com o celular”, como se o celular servisse para fotografar – os celulares têm acoplados internamente câmeras fotográficas muito pequenas. Ninguém fotografa com celular, mas, sim, com as suas respectivas câmeras acopladas, cada vez menores e com a possibilidade de captar as imagens com uma qualidade cada vez maior.
A luz (foto) continua “escrevendo” (grafia) a imagem, só que agora num sensor ao invés do filme
E daí surge a inquietante discussão de que hoje ninguém precisa mais contratar um fotógrafo profissional, porque todo mundo virou fotógrafo, com um celular na mão
É isso que chamo de saudosismo e que carcome corações e mentes de quem vive da venda da sua força de trabalho como fotógrafo. O que, me perdoem a crueza da expressão, é uma grande bobagem Fosse verdade esse temor, não existiriam Chefes de Cozinha Quantas pessoas cozinham?, até com alguma sofisticação; Ou, nem teria sido criada a profissão de costureira, de desenhista, de escritor, de bailarina
Também não é o caso de imaginar que sempre vai existir o profissional da fotografia enquanto a qualidade for uma exigência. Há fotógrafos amadores, até entre os que usam as câmeras fotográficas dos celulares, que fotografam com mais qualidade do que alguns fotógrafos profissionais com câmeras muito caras Em qualquer profissão é possível encontrar bons e maus profissionais.
O que caracteriza um fotógrafo profissional é o seu compromisso com uma entrega contratada Nesse episódio que inspirou esse texto, por exemplo, eu fui obrigado a “catar” várias pessoas para atender às minhas necessidades, porque nenhuma delas estava ali comprometida com essa entrega Paravam furtivamente suas atividades musicais apenas para me atender de forma efêmera, sem qualquer compromisso
Seria o mesmo caso de você pedir que um amigo pegasse uma bebida numa festa com garçons O fato dessa pessoa ir até onde estavam as bebidas para te servir
não faria dela um garçom Ou seja, nenhum garçom teria seu trabalho ameaçado por isso É verdade que muita gente fotografa tudo hoje. Como é verdade, também, que milhões de fotos se perdem por dia, deletadas intencionalmente ou por acidente. Outras tantas por queima de HDs e, outras mais, até por esquecimento de quem as fotografou.
Enfim, uma coisa é fotografia, outra coisa é fotografia contratada!
Mas tem o que chamo de saudade, que é mais uma fantasia que alimentava o nosso imaginário de fotógrafo profissional, que envolvia um certo mistério diante da magia do nosso fazer, que nós mesmos só sabíamos efetivamente o que tínhamos feito depois de algum tempo, consumido pelos processos de revelação e cópia do material
Mas, ainda assim, como tínhamos um controle sobre o processo, era um tempo e uma surpresa menor do que o tempo de espera para a surpresa do fotografado, que ia ver o resultado depois de mais algum tempo que nós. Um momento de reviver alguma coisa passada Uma emoção absolutamente distinta da oferecida pelas novas tecnologias, que oferecem ao fotografado um resultado instantâneo, no momento em que está vivendo o acontecimento A emoção da festa
Como eu digo sempre, enquanto o saudosismo é corrosivo, a saudade é construtiva, devolvendo por instantes, emotivamente, perdas irreversíveis: o tempo não volta e nem a história se repete! Vivemos novos tempos e é importante aproveitar o que ele nos oferece. Só vemos o retrovisor quando olhamos para a frente
É olhando para frente que o retrovisor nos mostra o que ficou para trás
E a IA ainda nem chegou pra valer!
Coluna Your Self Renato Nabuco Fontes
Gestor de Desenvolvimento e Performance
A CONFIANÇA VEM DA PREPARAÇÃO
“A confiança que você busca não vem de palavras bonitas. Vem da preparação que você normalmente evita ”
A confiança verdadeira não se improvisa. Ela é resultado daquilo que você fez quando ninguém estava olhando Você quer ter confiança?
Então se pergunte:
Você se preparou o suficiente pra confiar em você, ou só quer acreditar por conveniência?
A mente sabe quando você não se preparou de verdade Ela sente Ela cobra Ela te sabota.
Porque não dá pra mentir pra própria consciência
Confiança não é discurso. É construção. É tijolo por tijolo, treino por treino, escolha por escolha
É abrir mão da desculpa fácil, da comparação inútil, do “não tô no dia”
Você quer confiança? Então mergulha no processo.
Até sua rotina gritar pro mundo: “Eu tô pronto ”
Porque no final, quem confia em si mesmo é o que mais respeitou sua preparação.
E o que mais respeita a própria preparação é o que mais cresce, em silêncio, no sacrifício, no invisível
Então, da próxima vez que duvidar de você
Não reze por confiança
Construa ela Escolha por escolha
E quando chegar o momento, ela vai estar lá Firme Interna Inabalável
E aí, fez sentido?
Vamos pra cima, vamos juntos, por mais e pra mais!
A HISTÓRIA CHOCANTE DE UMA
FOTOGRAFIA
ICÔNICA:
Fotógrafo Thiago Campos
A MENINA, OS SOLDADOS E A FLOR
Em outubro de 1967, Washington, capital dos Estados Unidos, tornou-se palco do maior protesto contra a Guerra do Vietnã, reunindo quase um milhão de pessoas Embora diversas manifestações ocorressem pelo país naquela época, este ato em especial ganhou destaque, não apenas pelo expressivo número de participantes, mas também pelos registros fotográficos marcantes que eternizaram o momento. Entre eles, destacase uma das imagens mais icônicas de todos os tempos, e símbolo do movimento hippie, capturada pelo renomado fotógrafo Marc Riboud
Por meio de seu olhar sensível, Marc eternizou vários momentos simbólicos da vida humana ao redor do mundo Mas essa em especial o deixaria marcado para sempre Nela, a jovem Jane Rose Kasmir, em um gesto pacífico, aproxima-se de um soldado e oferece-lhe uma flor, simbolizando o desejo de paz entre os Estados Unidos e o Vietnã
Em depoimento Riboud disse: "Fiz essa foto no fim do dia" "Passei o dia inteiro fotografando, usei seis ou sete rolos de filme, e a maioria dos fotógrafos já tinham ido embora Mas algo me disse para ficar até o fim Já tinha até guardado a câmera, quando passei mais uma vez em frente ao Pentágono e vi aquela garota com uma flor nas mãos, tentando conversar com os soldados Era uma cena extraordinária: uma menina chamada Jane Rose Kasmir (17) dizendo a eles: ‘Vocês podem esmagar esta flor, mas somos irmãos. Podemos conversar’. Não era ela quem tremia diante das baionetas, eram os soldados "
Fontes:
Sites: Olhar Conceito, La estantería de arriba e google
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O que não pode faltar no kit de um Fotógrafo de casamentos
Os casamentos estão entre os eventos mais celebrados e emocionantes da vida de uma pessoa E, por isso mesmo, exigem fotógrafos experientes e preparados para registrar cada detalhe com sensibilidade e precisão Afinal, ninguém quer correr o risco de perder os melhores momentos de um dia tão inesquecível. Para garantir registros à altura da ocasião, é essencial contar com o kit completo e bem planejado
Para cobrir um casamento com segurança, criatividade e qualidade, o fotógrafo deve estár pronto para qualquer situação Veja os principais itens que não pode faltar:
Dois corpos de câmera;
Duas lentes zoom;
Lentes 50mm e/ou 80mm para fotos com fundos desforcados;
Se a câmera for DSLR, pelo menos duas baterias de reserva;
Se a câmera for mirrorless, pelo menos quatro baterias de reserva;
Duas unidades de flashes, no minímo, com pilhas ou baterias sobressalentes; Kit de limpeza para qualquer eventualidade; Contrato impresso e cronograma do evento, ajudam na organização e profissionalismo;
Dicas Extras:
Tenha sempre um plano B. Imprevistos acontecem! Leve ferramentas, adaptadores extras, lanterna, e até um mini kit de costura, e lenços Pequenos gestos salvam grandes momentos
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O Leitor Escreve
Prezado senhores, É com muito prazer que escrevo para externar minha satisfação em ler a Revista INFOTO. Os artigos são maravilhosos e as colunas sobre técnicas e lançamentos de novos equipamentos fotográficos são excelentes para nos deixar em dia com os avanços tecnológicos.