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Timor Leste: Embaixadora portuguesa em Díli defende programas que ajudem a criar emprego
TIMOR-LESTE
EMBAIXADORA PORTUGUESA EM DÍLI DEFENDE PROGRAMAS QUE AJUDEM A CRIAR EMPREGO
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A embaixadora de Portugal em Díli disse que gostaria de ver Portugal, potencialmente em cooperação com outros doadores, apoiar Timor-Leste em iniciativas que ajudem a fomentar a criação de emprego jovem no país.
“Pessoalmente o que gostaria de ver, se Portugal pudesse contribuir, era algum investimento produtivo que desse alguma esperança no sentido de haver empregos para esta juventude.
Vemos é a juventude a continuar a sair do país”, disse Manuela Bairos.
“Os doadores têm de se articular um pouco melhor e aproximar-se do Governo naquelas que são dificuldades estruturais ou enquadramento, e trabalhar para ajudar a criar emprego e perspetivas. Um país não pode ver esta permanente esta sangria da sua juventude a sair à procura de saídas profissionais”
Manuela Bairos, que apresentou credenciais há cerca de um mês, considera que essa poderia ser “a pouco e pouco uma prioridade”, sublinhando áreas em que Portugal, pela sua experiência e valência pode ter um contributo importante.
“Pescas e turismo em que Portugal pode dar contributo por ter experiência. Está longe e pode encontrar parceiros locais e internacionais, cooperação triangular, multilateral para ajudar a criar emprego. Esse é o grande problema em Timor-Leste, encontrar saídas profissionais para os jovens”, afirmou.
Além disso, Manuela Bairos destacada ainda o eventual contributo português para ajudar a preservar o património documental e edificado no país, algum do qual corre riscos de se perder.
A diplomata destaca o carinho que em Timor-Leste ainda se sente por Portugal e a importância que a relação bilateral entre os dois países ainda assume e, neste contexto, sublinha o “entusiasmo” no país com a visita em maio do Presidente Marcelo Rebelo de Sousa.
“Uma visita desta natureza é uma visita histórica. Quem veio a Timor percebe isso, quem vive em Timor percebe isso e, se calhar, para as pessoas em Portugal que nunca vieram cá, talvez não seja tão ostensivo. Acho que o senhor Presidente quando chegar vai perceber isso”.

OPINIÃO
A IMPORTÂNCIA DA COMEMORAÇÃO DO DIA INTERNACIONAL DA LÍNGUA PORTUGUESA NO ÂMBITO DA CPLP
ZACARIAS COSTA SECRETÁRIO EXECUTIVO DA CPLP
ODia Mundial da Língua Portuguesa representa um momento de celebração coletiva do nosso idioma comum; um momento de reafirmação do papel da língua portuguesa enquanto meio privilegiado de difusão da criação cultural entre os povos que a falam.
A data constitui, sobretudo, a oportunidade de refletirmos em conjunto sobre os desafios que a nossa Comunidade tem pela frente, e sobre a forma como podemos aprofundar a nossa concertação e cooperação, através do português.
As questões da língua têm hoje uma crescente expressão nos contextos político-diplomático, dos negócios, da ciência, da inovação e da cultura, extravasando uma abordagem cingida aos domínios da educação e da comunicação. Com efeito, a língua representa a matéria-prima de um conjunto de atividades económicas geradoras de riqueza, que incluem o turismo, a cultura, as artes criativas, entre outras.
E todas as línguas carregam consigo valores, modos de pensar e a herança do universo cultural onde se desenvolveram. A língua portuguesa é assim, acima de tudo, um património comum dos países e dos povos que a usam e que a foram alimentando e valorizando ao longo dos séculos, apropriando-se dela e vivendo-a hoje como elemento central da sua própria identidade nacional.
O mundo globalizado em que vivemos confere ao idioma uma diversidade enriquecedora, que obriga, por sua vez, as organizações de base linguística como a CPLP a desenhar políticas linguísticas eficazes e implementar estratégias de internacionalização concretas e ambiciosas.
O número de falantes do português ascende hoje aos 260 milhões de pessoas, espalhadas por todos os continentes. É a língua mais falada no Hemisfério Sul, a 5ª língua mais falada no mundo e é também uma das línguas mais usadas na internet e nas redes sociais.
De acordo com as mais recentes projeções demográficas das Nações Unidas, o número de falantes de português poderá aumentar para 500 milhões até ao final do século, sobretudo graças ao crescimento demográfico em Angola e em Moçambique, o que conferirá ao Português uma dimensão mais africana, reforçando a sua natureza pluricêntrica. As estimativas sobre a evolução demográfica oferecem assim oportunidades altamente favoráveis à difusão do português. Sabemos, contudo, que os idiomas não se falam por decreto, e porventura reside aqui um dos grandes desafios da CPLP: reforçar os meios para a promoção e difusão do português, em todo o mundo.
No plano internacional, a língua portuguesa alcançou uma importante e merecida conquista, ao ver proclamada pela UNESCO a data de 5 de maio como o Dia Mundial da Língua Portuguesa. Esta consagração concretizou o reconhecimento justo da crescente importância que a Língua Portuguesa tem vindo a adquirir na esfera internacional. O valor geoestratégico e o enorme potencial económico do Português são ainda ampliados pelo contributo insubstituível das diásporas, que levam a língua portuguesa a todo o mundo, agindo como poderosos agentes de divulgação e promoção do nosso idioma.
A CPLP celebrará em breve 26 anos. E a Língua Portuguesa tem permanecido o motor e a matriz identitária da Organização: é o cimento da nossa unidade, o elemento congregador e um dos pilares fundamentais da ação diária da nossa Comunidade. Uma língua que pertence a todos, na diversidade com que a usam e a enriquecem.
COMISSÃO ELEITORAL ANGOLANA AGUARDA “MOMENTO CERTO” PARA CREDENCIAR OBSERVADORES ELEITORAIS

A Comissão Nacional Eleitoral (CNE) angolana disse que aguarda o “momento certo, à luz da lei”, para credenciar os observadores eleitorais, “elementos importantes que asseguram a transparência do processo eleitoral”, tendo em conta as eleições de agosto.
“Sim, é claro que a observação eleitoral tem a sua importância no processo, assegura a transparência do processo, mas tem prazos em que ela deve ocorrer, portanto nos termos da lei, a observação eleitoral começa com a campanha eleitoral”, afirmou o porta-voz da CNE, Lucas Quilundo.
MARCELO REBELO DE SOUSA EM DÍLI PARA TOMADA DE POSSE DE RAMOS HORTA
José Ramos-Horta toma posse oficialmente no cargo, em 20 de maio, numa cerimónia em que estarão presentes várias individualidades internacionais, com destaque para Marcelo Rebelo de Sousa, esperado em Díli a 18 de maio. Entre outras questões que quer abordar no seu diálogo com Marcelo, o Presidente eleito timorense destaca a questão “concreta, mas que faz muito diferença” da agilização do processo de obtenção de nacionalidade portuguesa pelos timorenses “que a ela têm direito”.

COMPETIÇÃO DE STARTUPS LUSÓFONAS E CHINESAS EM MACAU ALARGADA A EMPRESAS C CPLP VAI ENVIAR MISSÃO DE OBSERVAÇÃO ÀS PRESIDENCIAIS NO BRASIL EM OUTUBRO
A segunda edição do “928 Challenge”, uma competição de ‘startups’ universitárias entre os países de língua portuguesa e a China, vai ser alargada a empresas.
A partir de junho, abrem as inscrições para um ‘bootcamp’ ‘online’ de 15 dias, previsto para outubro, durante os quais as equipas deverão criar planos de negócios orientados para a sustentabilidade. Os melhores planos serão apresentados ao júri e a potenciais investidores na final, prevista para 29 de outubro, durante a Feira Internacional de Macau. A Rede Eleitoral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) confirmou o envio de uma missão de observação eleitoral para acompanhar as eleições presidenciais do Brasil, que acontecem em outubro.
A informação foi divulgada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do Brasil, numa reunião que contou com a participação dos presidentes da justiça eleitoral brasileira, Edson Fachin, da Comissão Nacional Eleitoral de Angola e da Rede Eleitoral da CPLP, Manuel Pereira da Silva, e dos órgãos eleitorais dos países que compõem a organização.