Clipping do Varejo - 20/03/2017

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CLIPPING DO VAREJO


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UPER & HIPER

Walmart aposta em hipermercados e quer investir R$ 1 bi no Brasil Diante de vendas desanimadoras no quinto maior mercado consumidor do mundo, o Walmart está fazendo uma aposta às avessas no Brasil, com investimentos pesados para reformular suas grandes lojas de estilo americano, mesmo num momento em que os clientes cada vez mais procuram opções menores e mais baratas, segundo o jornal The Wall Street Journal. O Walmart tem planos de gastar R$ 1 bilhão (cerca de US$ 320 milhões) ao longo de três anos para reformar seus hipermercados no Brasil, basicamente mantendo uma estratégia que vem implementando no País há duas décadas. As vendas líquidas da rede no mercado brasileiro têm sido fracas nos últimos anos em relação às de outras operações

internacionais, com queda de 4,1% no período de três meses encerrado em 31 de janeiro, ante ganhos de 8,9% no México e na América Central e de 5,4% na China. “Desde que chegou ao Brasil, o Walmart tem tido dificuldade de se integrar ao mercado”, comentou Flávio Tayra, professor da USP especializado em varejo de produtos alimentícios. “(O Walmart) ocupa um espaço modesto aqui, em vista do potencial que possui”. Como nos EUA, as grandes lojas do Walmart no Brasil vendem de tudo, de bananas a pneus para automóveis. Esse formato era popular entre os brasileiros no período de hiperinflação dos anos 1980 e do início de década de 1990, quando os preços subiam em ritmo estratosférico. Assim que recebiam

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salários, os clientes corriam aos hipermercados para garantir seus estoques de mantimentos antes que os preços avançassem mais. Hoje, porém, essa forma de fazer compras perdeu o apelo. O trânsito enlouquecedor das cidades em expansão torna mais difícil chegar aos supermercados. Com isso, pequenas lojas de bairro atraem um número crescente de brasileiros. Além disso, um formato mais recente, conhecido como “atacarejo”, ganha cada vez mais popularidade. (Exame – 14/03/2017)

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UPER & HIPER

Cencosud transforma lojas em atacarejo Quarta maior empresa de varejo alimentar no Brasil, o grupo chileno Cencosud completa dez anos de atuação no País ainda enfrentando uma fase de ajustes em sua operação local. Na tentativa de recuperar resultados, mudanças foram feitas no portfólio – foi interrompida a venda de eletroeletrônicos em lojas da rede Bretas, apurou o Valor – e supermercados de maior porte foram transformados em unidades de “atacarejo”, na tentativa de aumentar em 20% as vendas de lojas com baixos resultados. Unidades deficitárias continuam a ser fechadas – pelo menos onze lojas do grupo encerraram as portas nos últimos meses (a maior parte delas pertencia à rede Bretas e uma minoria, à sergipana G. Barbosa), segundo fonte a par do assunto. Também foram feitas mudanças na política

comercial, com promoções mais agressivas especialmente a partir da segunda metade de 2016, no intuito de ampliar o volume vendido, apesar dos efeitos sobre a rentabilidade. De acordo com informações prestadas pela companhia aos analistas estrangeiros em março, parte da tática que vem sendo implementada tem dado resultados, mas nem todas as rede reagem. A rede G.Barbosa, controlada pelo grupo desde 2007, tem respondido bem às ações no segmento alimentar, assim como a Mercantil Rodrigues, a principal cadeia de atacado da empresa. No terceiro trimestre de 2016, as vendas “mesmas lojas” do grupo no País não caíram. O indicador, que compara o desempenho de pontos em funcionamento há mais de um ano, apresentou a primeira variação positiva (0,2%) após seis trimestres.

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Mas a fluminense Prezunic e a mineira Bretas têm registrado um desempenho mais instável. O comando do grupo disse a analistas, semanas atrás, que identificou uma piora maior nas vendas em mercados consumidores afetados pela crise fiscal dos Estados no Brasil. A empresa é uma das maiores varejistas de supermercados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, regiões afetadas pelo atraso no pagamento do funcionalismo público.

Segundo informações que circulam no mercado nos últimos dias, a empresa estaria cogitando devolver lojas deficitárias da rede Bretas, compradas em 2010, para os antigos donos. Um grupo de cerca de dez sócios controlava o negócio quando ele foi vendido. (Supermercado Moderno – 09/03/2017) Notícia completa em varejo.espm.br

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HOPPING CENTER

BR Malls tem prejuízo de R$ 148 milhões no 4ºtrimestre A administradora de shopping centers BR Malls teve prejuízo líquido de 147,7 milhões de reais no quarto trimestre, revertendo resultado positivo de 40,5 milhões obtido um ano antes. A companhia apurou geração de caixa negativa, medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) em 542 milhões de reais no período ante 236 milhões positivos no quarto trimestre de 2015. Em termos ajustados, o Ebitda do quarto trimestre foi positivo em 296,5 milhões de reais, queda de 10,4 por cento na comparação com um ano antes. A empresa teve queda de 3,9 por cento na receita líquida, a 388,6 milhões de reais, enquanto as despesas gerais e administrativas subiram 3,4 por cento, avançando meio ponto percentual enquanto percentual da receita bruta. O indicador de rentabilidade

dos shoppings, “Noi”, ou lucro operacional, caiu 6,2 por cento no quarto trimestre, para 360,7 milhões de reais, e a margem caiu 1,8 ponto percentual, a 90,8 por cento. Porém, por metro quadrado, o Noi dos três últimos meses do ano passado foi o maior desde pelo menos o terceiro trimestre de 2013. A companhia citou no balanço efeitos gerados “pela maior crise do varejo brasileiro” no ano passado, pressionado pela inadimplência, vacância de lojistas e descontos em valores de alugueis de espaços em seus empreendimentos. O indicador de inadimplência líquida no quarto trimestre foi de 5,5 por cento, acima dos 1,9 por cento do mesmo período de 2015. Para 2017, a empresa acredita que poderá ficar entre os grupos do setor “mais beneficiados” pela esperada melhoria da atividade econômica do país.

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A BR Malls afirmou ainda no balanço que “oportunadamente, vamos retomar a nossa trajetória de crescimento, através de aquisições, revitalizações e expansões”. Na semana passada, a rival Multiplan divulgou queda de 38 por cento no lucro líquido do quarto trimestre. (Exame – 16/03/2017)

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CONOMIA

Em SP, 48,5% das famílias estão endividadas Em fevereiro, a proporção de famílias paulistanas endividadas atingiu 48,5%, segundo dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Apesar de alto, o número caiu 0,7 ponto porcentual com relação ao mês passado e essa é a terceira queda consecutiva. No comparativo com o mesmo período do ano passado, quando a proporção era de 51,1%, o recuo foi de 2,6 p.p.. Em números absolutos, o total de famílias endividadas passou de 1,899 milhão, em janeiro, para 1,873 milhão, em fevereiro. Em fevereiro passado, o número era de 1,959 milhão, uma redução de 86 mil famílias endividadas. Na visão da assessoria econômica da Federação, a utilização do 13º salário para

reequilibrar o orçamento é um dos principais fatores. Além disso, os consumidores estão mais resistentes à tomada de crédito diante da situação econômica e do receio do desemprego. Na segmentação por renda, o endividamento é maior entre as famílias que ganham até dez salários mínimos, proporcionalmente às famílias de renda mais elevada. Para o primeiro grupo, o porcentual de endividados em fevereiro foi de 52,8%, queda de 1,2 p.p. em relação ao mês anterior (54,0%). Para as famílias com renda superior a dez salários mínimos, o porcentual de endividados foi de 35,9% em fevereiro, alta de 0,5 p.p. em relação a janeiro (35,4%). Para os consumidores endividados, o prazo médio de comprometimento da renda teve maior incidência nos prazos por mais de um ano (34%) e até três meses (24,7%). O restante divide-se

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nos períodos entre três e seis meses (21,2%) e entre seis meses e um ano (17,6%). Consumidores inadimplentes A inadimplência, que em agosto/setembro de 2016 atingiu o maior patamar em quatro anos (19,9%), também apresenta queda (pelo quinto mês consecutivo), passando de 16,9% em janeiro para 16,5% em fevereiro. A proporção de famílias com contas em atraso também caiu (0,6 p.p.) em relação ao mesmo período do ano passado quando registrava 17,1%. Já a proporção de famílias que não terão condições de pagar as contas no próximo mês subiu pelo segundo mês consecutivo, passando de 7,4% em janeiro para 8,4% em fevereiro e também é superior ao registrado em fevereiro de 2016 quando 6,5% das famílias declararam estar nessa situação. (NoVarejo – Raisa Covre – 16/03/2017) Notícia completa em varejo.espm.br

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ERCADO

Vendas do Varejo Caem 3,5% em Fevereiro A receita de vendas do comércio varejista do país caiu 3,5% em fevereiro se comparado ao mesmo mês de 2016, descontada a inflação do período, menor queda desde junho de 2016, segundo o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), divulgado nesta quarta-feira (15). “Podemos interpretar o resultado de fevereiro como positivo para o varejo, dado que esperávamos uma retração maior, por conta do efeito de calendário, já que

o ano passado foi bissexto e teve um dia a mais”, explica Gabriel Mariotto, gerente da área de inteligência da Cielo. O índice é calculado com base nas vendas realizadas nos mais de 1,7 milhão de pontos de vendas ativos credenciados à Cielo. Conforme o levantamento, descontados os efeitos de calendário de fevereiro, o desempenho do varejo em fevereiro teria sido 2,4 p.p maior, com queda de 1,1%. O ICVA do mês passado apontou retração em quase

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todos os setores do varejo na comparação com fevereiro de 2016. A exceção foi o setor de turismo e transportes. Resultado por Regiões Em fevereiro, as regiões Nordeste e Centro-Oeste apresentaram retrações de 4 e 3,6%, respectivamente. O varejo ampliado no Sudeste registrou retração de 3,3% no período, seguido pelas regiões Norte e Sul, com baixas de 2,8 e 2,4%, respectivamente. (Giro News – 16/03/2017)

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ERCADO

Consumidor brasileiro segue pessimista, indica pesquisa Os consumidores brasileiros continuam pessimistas, segundo o Indicador de Confiança do Consumidor (ICC), medido pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) Brasil e pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL). O cálculo mensal é baseado em avaliações da economia e da própria vida financeira quanto ao momento atual e expectativas para os próximos seis meses. Numa escala de zero a cem, foram registrados 41,4 pontos em fevereiro, índice abaixo do nível neutro de 50 pontos, refletindo a má avaliação da economia. O resultado é pouco diferente dos 41,9 pontos de janeiro. O subindicador de Percepção do Cenário Atual, que compõe o Indicador de Confiança, acusou 29,7 pontos em fevereiro de 2017, sendo que a avaliação da vida financeira ficou em 39,8 pontos. Já a avaliação da situação

econômica atual obteve 19,5 pontos. Em termos percentuais, quatro em cada dez consumidores (42%) classificam a própria vida financeira como ruim ou muito ruim. Os que a classificam como regular somaram 41%, enquanto 15% a consideram boa ou muito boa. Os principais motivos para a avaliação negativa são o orçamento apertado e dificuldades para pagar as contas (33%), desemprego (31%) e atraso no pagamento de dívidas (15%). Com relação à economia, 82% dos entrevistados acreditam que a situação está ruim ou muito ruim, contra somente 3% que consideram a situação boa ou muito boa. Para 14%, o quadro econômico atual é regular. Entre os que fazem uma avaliação negativa, a maioria relativa (49%) atribui o resultado à corrupção e ao mau uso dos recursos públicos.

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Outros 27% creditam ao alto desemprego e 15% disseram que os preços dos produtos aumentaram. “A percepção quase unânime de que a economia vai mal é reflexo de dois anos seguidos de recessão econômica”, afirma a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, em nota. “Mesmo quem não foi atingido diretamente pela crise tem conhecimento das más notícias do cenário econômico e é por isso que a percepção de deterioração da economia é mais acentuada do que a da vida financeira”, explica. Expectativas Com relação às expectativas para a própria vida financeira, a maioria (56%) está otimista. (Eletrolar.com – 16/03/2017)

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ERCADO

JBS e BRF perdem bilhões em um único dia A operação da Polícia Federal Carne Fraca deflagrada na última sexta-feira (17) impactou as ações da JBS e da BRF. Os papéis fecharam em queda de 10,58% e 7,25%, respectivamente. O mau desempenho na Bolsa ontem fez com que as empresas perdessem valor de mercado. Segundo um levantamento realizado pela consultoria Economatica, a pedido de EXAME.com, a empresa dos irmãos Batista perdeu 3,456 bilhões de reais em um único dia, passando de 32,632 bilhões de reais na quintafeira para 29,643 bilhões de reais na sexta-feira. A BRF perdeu 2,31 bilhões de reais no mesmo período e fechou a semana valendo 29,317 bilhões de reais. Sobre a operação A Polícia Federal explicou que operação Carne Fraca tem como objetivo de

desarticular organização criminosa liderada por fiscais agropecuários federais e empresários do agronegócio. Em nota divulgada, a PF afirmou que a operação detectou, em quase dois anos de investigação, que as Superintendências Regionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, do Paraná, Minas Gerais e Goiás atuavam diretamente para proteger grupos empresariais, em detrimento do interesse público. No total, foram 309 mandados judiciais, sendo 27 de prisão preventiva, 11 de prisão temporária, 77 de condução coercitiva e 194 de busca e apreensão, em residências e locais de trabalho dos investigados e em empresas supostamente ligadas ao grupo criminoso. A operação foi a maior já realizada pela Polícia Federal em sua história. O comunicado da PF afirmava ainda que os agentes

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públicos, utilizando-se do poder fiscalizatório do cargo, mediante pagamento de propina, atuavam para facilitar a produção de alimentos adulterados, emitindo certificados sanitários sem qualquer fiscalização efetiva. “Dentre as ilegalidades praticadas no âmbito do setor público, denota-se a remoção de agentes públicos, com desvio de finalidade para atender interesses dos grupos empresariais. Tal conduta permitia a continuidade delitiva de frigoríficos e empresas do ramo alimentício que operavam em total desrespeito à legislação vigente.” (Exame – 18/03/2017)

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-COMMERCE

No Brasil, mais de 50 mil transações são feitas por hora no e-commerce O e-commerce só cresce no Brasil. Não à toa, o número de brasileiros que aderiram às compras online também está cada vez maior. Segundo números do Score Digital, nova ferramenta estatística da Visa, quatro em cada dez brasileiros portadores de cartão de crédito são digitais e mais de 58 mil compras digitais acontecem por hora no país. A empresa realizou um mapeamento para entender quem são esses e-consumidores. “As empresas já estão atentas

à necessidade de serem inovadoras e tecnológicas, mas é importante entender quem é esse consumidor e como ele se comporta, seja para melhorar sua performance, criar produtos ou explorar os canais digitais com mais eficiência”, aponta Fernando Teles, country manager da Visa. O Score Digital utiliza os dados transacionais da rede de pagamentos da empresa e monitora migrações, evoluções e intensidade de consumo. A ideia é antecipar tendências.

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O modelo estatístico analisa uma série de variáveis, como intensidade de uso, variedade de comércios online, amplitude de valores gastos, evolução versus tempo, entre outras. São estudadas pela Visa todas as operações realizadas nas lojas virtuais e nos aplicativos, divididas nas seguintes dimensões: Media Streaming, Social Media, Central de Apps, E-commerces Tradicionais e Inovadores, Apps de Transporte e Turismo. (NoVarejo – Raisa Covre – 16/03/2017)

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CLIPPING DO VAREJO

Este informativo é destinado à comunidade de interesse

sobre varejo, formada por alunos, ex alunos, professores e

funcionários de empresas parceiras do Retail Lab, o laboratório de Varejo do Núcleo de Estudos de Varejo da ESPM. Produzido por: João do Carmo

Coordenação:

Prof. Ricardo Pastore


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