Registo Ed97

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15 Mar ‘10

Reportagem

Passeios que não há, respostas que não chegam As andanças das obras públicas não param de surpreender. Beatriz Brito, residente em Estremoz, queixa-se dos mesmos problemas já “lá vão uns seis anos, e de pouco têm valido as queixas”. Chegaram a oferecer-lhe quinze euros. Saiba para quê e o que vai mal neste caso. Reportagem Liliano Pucarinho

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a rua São João de Deus, em Estremoz, vive a discórdia entre o património e a acessibilidade às moradias. Beatriz Brito uma das residentes desta rua, queixa-se do “estado a que isto chegou. Quando comprei esta casa, não imaginava os problemas que viria a ter, a tantos níveis”. Numa rua de sentido único onde parece não haver muitos peões, também não existe um passeio na lateral esquerda da via. “A rua que hoje é de sentido único, mostra espaço suficiente para a construção de um passeio. Você não imagina. Eu saio de casa e arrisco-me que algum carro, que passe mais distraído, me atropele mesmo à porta da minha casa”, argumenta. Passeio São cerca de 70 centímetros a distância que separa Beatriz e os restantes moradores, da via de circulação automóvel. “Estas pedras em frente à porta, que servem de calçada, não servem de passeio”,

explica Beatriz Brito, apontando. Na realidade ,não existe um desnível que possa garantir segurança aos moradores do lado esquerdo da via. O alcatrão, que liga a zona urbanística à via principal, não mantém uma zona de segurança mínima. “Imagine uma pessoa com mais idade, a dificuldade que é sair de casa. Depois de já estar no degrau, tem de estar preparada para correr, à velocidade que pode, para não ser apanhado pelos carros”, exemplifica a moradora. O trânsito é de maior afl uência por volta das 9h e das 17h. A velocidade exagerada dos veículos ligeiros, que REGISTO comprovou , não ajudam a manter os residentes em segurança. “Já fui à Câmara Municipal várias vezes mas ainda não foi resolvido o caso. Só ouvimos que há-de ser arranjado e que há-de ser feito. Pois bem, já lá vão seis anos e continuamos com os mesmos problemas”, diz Beatriz Brito.

O barulho As moradias da faceira esquerda ligam com um campo térreo, junto às portas de Santa Catarina. Aqui o problema é outro. Beatriz Brito conta a REGISTO que “já é difícil por vezes sair de casa, imagine que quando voltamos para nos deitar encontramos mais problemas”... O parque de grandes dimensões, que serve actualmente de estacionamento, coloca mais um obstáculo a estes residentes. De acordo com Dulce André, outra das moradoras, “mal podemos descansar com o barulho dos motores e dos geradores”. A explicação é simples. Vários são os veículos pesados que estacionam neste espaço durante o dia e a noite. Os motores de arranque “e os grandes que trazem arcas frigorificas, estacionam aqui perto e é uma barulheira toda a noite. No verão pior ainda, já que tentamos ter as janelas abertas para arejar as nossas casas e o barulho é ensurdecedor”, conta Beatriz Brito.


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