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Ministério das Obras Públicas garante ferrovia entre Évora e Caia em 2014 Redacção | Registo A construção da nova linha de caminho-de-ferro entre Évora e a fronteira do Caia estará concluída em 2014 representando um investimento de 220 milhões de euros, avança uma fonte do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações (MOPTC). Este troço destinado ao transporte de mercadorias insere-se na ligação ferroviária Sines/Elvas, cujo primeiro passo foi a renovação integral do troço Casa Branca/Évora, concluída em 2006 depois de um investimento de 24 milhões de euros. Dados do MOPTC consultados pelo Registo apontam para um investimento superior a 550 milhões de euros, incluindo os 159 milhões da variante a Alcácer do Sal, inaugurada em Dezembro do ano passado. O projecto é comparticipado por fundos comunitários num montante que poderá ascender a 340 milhões de euros. O cronograma da obra prevê a conclusão em 2011 da moderniPUB

zação do troço Bombel/Évora (73 milhões de euros) e da estação ferroviária de Évora (14 milhões). Seguir-se-á a nova estação da Linha do Sul, entre Canal Caveira e Lousal, a inaugurar em 2012 (3 milhões) e a obra de sinalização, telecomunicações e controlo de velocidade entre Vendas Novas e Caia (45 milhões). A construção do novo corredor de mercadorias é “fundamental para o reforço da competitivi-

dade do Porto de Sines. A sua conclusão permitirá melhorar, em muito, a ligação do Porto de Sines a toda a rede portuguesa e espanhola de bitola ibérica, a qual assegura a maior abrangência territorial possível, potenciando-se assim a maximização do hinterland portuário”, diz fonte do MOPTC, acrescentando que a solução técnica da nova linha entre Évora e Caia permitirá no futuro, com um investimen-

CP reduz serviços A CP estima poupar cerca de sete milhões de euros com a reestruturação da oferta na linha do Alentejo (fim do Intercidades entre Lisboa e Beja e da ligação entre as estações de Beja e da Funcheira) e com a interrupção da actividade na linha de Leixões e no ramal de Cáceres. “Com um ambiente de crise como existe neste momento, não seria justificável estar a manter alguns destes

serviços com valores que eram totalmente irracionais sob o ponto de vista económico”, diz Nuno Moreira, administrador da empresa. Segundo a CP, os quatro comboios no ramal de Cáceres “correspondiam a um custo anual da ordem dos 700 mil euros”, enquanto a revisão na Linha do Alentejo “irá proporcionar uma revisão de custos entre 3 e 4 milhões de euros anuais”.

to “reduzido”, a utilização da bitola europeia e o transporte de cargas até 25 toneladas por eixo. Desta forma, o transporte de contentores a partir dos portos de Sines e de Setúbal poderá continuar a utilizar a actual rede de bitola ibérica ou a linha de bitola europeia, mediante articulação das plataformas logísticas. A mesma fonte refere que esta ligação permitirá “explorar o mercado da região de Madrid,

que possui um PIB equivalente ao português e que constitui a terceira maior área metropolitana da Europa”. “No longo prazo constitui um activo estratégico importante para o estabelecimento de uma ligação com o resto da Europa”. Suspensa desde Maio do ano passado, a circulação ferroviária na Linha do Alentejo, no troço Bombel e Vidigal a Évora, deverá ser retomada em Junho depois de concluída a segunda fase das obras de modernização da infraestrutura, que incluem a electrificação do troço entre Bombel e Évora, renovação das vias, beneficiação de estações e construção de passagens desniveladas. As obras conduziram à interrupção do serviço Intercidades entre Lisboa, Évora e Beja. A rede convencional irá funcionar “em articulação” com a linha de TGV entre Lisboa e Madrid, um dos grandes investimentos públicos que está a ser reavaliado no âmbito do acordo entre PS e PSD que levou à aprovação do Orçamento do Estado.


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