1º Edição
No livro de geoficção para criadores de mundos aprenderemos a como projetar seus mapas através de uma base sólida com o auxílio de programas open source.

Dicas
MAPA
No livro de geoficção para criadores de mundos aprenderemos a como projetar seus mapas através de uma base sólida com o auxílio de programas open source.
Dicas
MAPA
Raphael dos Anjos
1º Edição
Título original
GEOFICÇÃO PARA CRIADORES DE MUNDOS
Primeira Publicação em Mongaguá, São Paulo, Brasil
2023
Todos os direitos da obra
GEOFICÇÃO PARA CRIADORES DE MUNDOS
Reservados ao Autor
raphael.anjos@outlook.com.br
Copyright do texto © – Raphael dos Anjos, 2023
Arte da Capa – Raphael dos Anjos
A599c Anjos, Raphael – 1997
Geoficção Para Criadores de Mundos / Raphael dos Anjos. – 1.ed. –
Mongaguá, SP: Edição do Autor, 2022
354p.
1. Criação de mundos, 2.Cartografia Ficcional
I. Título, II. Raphael dos Anjos
CDD – 910
O livro de mapas livres foi projetado com o objetivo de me auxiliar nas criações de cenários para o próprio sistema Venturo. Para isso consultei diversos conteúdos da internet a fim de condensar tudo em um único arquivo que poderia ser facilmente consultado. Usando as técnicas que observei em minhas pesquisas, mais as que eu já tinha com alguns programas open source, consegui dar vida a esse projeto.
Dentre todos os sites que fiz minhas pesquisas, o que mais consultei foi o Youtube, onde os principais canais foram: Maps by Owen, WASD20, Fantastic Map, Runesmith e também Artifexian. Cada um desses me proporcionaram um conhecimento formidável para criar meus próprios projetos e desenvolver boas técnicas de criação. Vale muito a pena conhecê-los.
Além dos canais do Youtube, o site Pixabay me forneceu algumas fotos de alta resolução na qual editei e coloquei nesse livro. O Google maps foi outro recurso bastante importante para a confecção desse projeto, já que ele é a maior referência de mapas que podemos ter hoje em dia. E por fim a Wikipédia, que também foi muito usada nas pesquisas desse livro.
A criação de um universo de fantasia completo pode ser uma tarefa desafiadora, especialmente se o tema for espaço. Independentemente do cenário de jogo que você estiver criando, eventualmente será necessário criar um mapa.
O Sistema Venturo exige, em muitos elementos, que você ilustre um mapa da região. Aqui, vamos ver como criar alguns dos principais tipos de mapas que serão usados neste sistema.
Neste capítulo, daremos uma introdução à criação de mapas. Desde o início do projeto Venturo D10, minha equipe e eu temos usado software open source em nossos trabalhos. Esses programas são capazes de atender às nossas necessidades de criação muito bem, o que nos permite substituir outros programas comerciais.
CURIOSIDADE.: Open Source ou “Software de Código Aberto” são programas de computador que tem seu código fonte aberto para estudos, modificação e distribuição gratuita.
É possível criar todos os tipos de mapas sem a necessidade de usar uma ferramenta digital, como um editor de imagens ou vetor. No entanto, a criação de mapas com essas ferramentas pode ser demorada, então imagine o quão mais demorado seria sem elas.
Neste guia, não abordaremos como manipular essas ferramentas específicas. Em vez disso, daremos algumas dicas gerais sobre como criar determinados tipos de mapas. As ferramentas que eu uso principalmente são o Gimp para criar os mapas e o Inkscape para criar ícones vetoriais que são posteriormente usados no mapa. Vale ressaltar que ambos podem ser usados para realizar as funções um do outro, ou seja, é possível usar o Inkscape para criar mapas também.
O uso desses programas não é obrigatório, ou seja, você não precisa usar esses programas específicos para criar seus mapas. As técnicas ensinadas aqui podem ser aplicadas em qualquer outro programa semelhante. Alternativas ao Inkscape como editor vetorial são o Illustrator e o Corel Draw, enquanto alternativas ao Gimp como editor de imagens são o Photoshop. Eu uso os outros dois programas porque são gratuitos, fáceis de manipular e de código aberto.
NOTA.: Usaremos também outros programas open source que veremos mais a frente.
Um mapa é basicamente uma forma de representar áreas de superfície tridimensional em uma superfície bidimensional. Ele pode conter muitas informações importantes, como: ilustrar uma determinada região, mostrar o conteúdo de um determinado local, indicar o tamanho da região e muitas outras funções.
Há muitos tipos de mapas que estão fora do escopo deste sistema. Por exemplo, mapas que podem ilustrar variações climáticas, densidade populacional, tipos de terreno e muitas outras informações relevantes para o propósito do mapa em questão.
Dentro do nosso sistema, os mapas podem incluir essas informações, ou seja, se você quiser ilustrar como a variação do clima em determinadas regiões, pode fazê-lo. No entanto, é importante lembrar que estamos seguindo uma abordagem mais fantasiosa aqui, ou seja, não precisamos ser tão realistas (pelo menos não muito). Temos mais liberdade na criação de mapas nesse sentido.
Neste livro, aprenderemos a criar vários tipos de mapas diferentes. Cada mapa cobrirá uma técnica e características que podem ser aplicadas a outros tipos de mapas posteriormente.
Agora, vamos abordar as principais características que podem aparecer em seu mapa. Lembre-se de que, nesta seção, vamos falar sobre o que são essas características e como elas podem aparecer em seu mapa. Também veremos como criá-las para incluir em seus projetos.
O nome do mapa é um atributo que aparecerá em todos os mapas. Não precisamos explicar muito sobre o que é um nome, pois todos sabemos o que é. Normalmente, o nome do mapa aparece em dois ou três lugares: dentro do próprio mapa, no nome do arquivo do mapa e, por fim, no documento informativo que representa esse mapa.
Haverão regras para gerar o nome de seus mapas, que variarão de acordo com o tipo de mapa. Cada conjunto de regras será abordado separadamente na seção correspondente do mapa que você estiver criando.
As medidas são essenciais para ter uma ideia do tamanho do seu mapa. Elas podem aparecer em todos os tipos de mapas, mas podem variar em como são exibidas. Neste sistema, temos algumas escalas interessantes, como:
A escala gráfica é uma medida importante para representar uma escala real em um documento gráfico, como um mapa. Ela representa a relação de proporção entre a área real e sua representação no mapa. Usamos a expressão numérica “escala” para isso. Então, se a escala de um mapa é 1:5.000, significa que cada centímetro do mapa representa 5.000 centímetros na realidade, ou 50 metros. Podemos ler essa proporção da seguinte forma: um para/por cinco mil
Você pode encontrar essa forma de medida em mapas do mundo, mapas continentais e, possivelmente, em mapas de estruturas, pois eles geralmente são muito grandes.
Existem duas maneiras de representar a escala do mapa: a escala numérica e a escala gráfica. Ambos se complementam. Usamos a escala numérica para representar a escala apenas com números e a escala gráfica usa uma esquematização que veremos mais adiante.
Na nossa escala numérica, usamos uma fração para representar a proporção de escala. Dessa forma, o “numerador” representa a escala na área do mapa e o “denominador” representa a escala da área real que o mapa está representando.
Para entender melhor essa ideia, observe a imagem ao lado. Em geral, deixamos o numerador com o valor 1 para sabermos quanto cada unidade do mapa equivale na área real. Por convenção, essa proporção é dada em centímetros, então a cada 1 cm do mapa, temos 5.000 cm da área representada. Se você não quiser que o denominador seja representado em centímetros, precisará informar a unidade, por exemplo: 1:500 m.
No entanto, temos um problema: quando o mapa for impresso, ele deve ter exatamente a escala correta, ou seja, se o seu mapa no desenho representa um papel A4 de 21x29,7 cm, a impressão também deve ser desse tamanho. A escala gráfica não tem esse problema, pois ela representa diretamente o espaço relacionado e suas medidas.
Antes de confeccionar a escala gráfica, a primeira coisa que devemos fazer é escolher uma escala numérica. Vamos supor que nossa escala numérica seja 1:1000. Ela pode ser lida como "um para mil" e representa o seguinte: 1 centímetro no mapa corresponde a 1.000 centímetros no mundo real, ou 10 metros. Por exemplo, uma escala numérica para um mapa continental poderia ser algo como 1:100 m, onde 1 centímetro equivale a 100 metros no mapa. Isso deve ser considerado ao criar o seu mapa.
Agora, vamos começar a desenhar a escala gráfica com a escala numérica 1:1000. A primeira coisa a considerar é o tamanho da escala. No nosso caso, ela terá 10 centímetros. Então, definimos um segmento de reta de 10 centímetros onde vamos desenhar a escala de reta. Você pode usar uma régua para isso.
Em seguida, podemos dividir o segmento de reta em porções menores. No nosso caso, como cada centímetro equivale a 10 metros, podemos dividir o segmento de reta em porções de 20 metros cada.
Agora, vamos dividir o segmento de reta para a direita e para a esquerda. Começamos do valor zero e subimos de 20 em 20. Quando chegamos no último valor da direita, colocamos a unidade em que ele está, que no nosso caso é "m" de metros.
Observe que, ao invés de colocarmos "-20" do lado esquerdo do zero, nós apenas colocamos "20". Isso ocorre porque a escala gráfica assume que, a partir do zero, nós nos deslocamos apenas 20 metros para a esquerda. Esse esquema também pode ser usado para criar uma subdivisão da medida. Por exemplo, do zero ao 20 à esquerda, podemos dividir em 4 partes para melhorar a precisão da medida no mapa:
Agora, vamos criar alguns retângulos que representarão o corpo da escala gráfica. Lembre-se de que, como temos uma subdivisão da escala, esses retângulos devem ser divididos ao meio:
Sim, é muito simples. Para finalizar, basta preencher cada retângulo com a cor branca ou preta alternando entre eles. E assim, sua escala gráfica estará pronta.
O conjunto de retângulos maiores é chamado de “corpo principal” ou “escala primária”. Já os retângulos menores, que representam a subdivisão, são conhecidos como “talão” ou “escala fracionária”. Portanto, do lado esquerdo do zero, temos o talão, e do lado direito, temos a escala primária.
Acho que agora você entendeu como a escala gráfica funciona. Você deve colocá-la em um canto do seu mapa (normalmente no canto inferior direito). Cada um desses retângulos representa uma determinada distância no mapa, como mostrado no exemplo abaixo. Isso ajuda a ter uma ideia da escala real do mapa e das distâncias entre os diferentes pontos nele representados.
Acho que você já entendeu como ela funciona. É importante colocar essa escala em algum canto do seu mapa (normalmente no canto inferior direito). Cada um desses retângulos representa uma distância percorrida no mapa, como pode ser visto no exemplo abaixo. Além disso, é possível incluir duas unidades de medida diferentes na escala gráfica, colocando-a no centro superior da escala gráfica ou no canto inferior direito ou esquerdo.
GRIDS QUADRADOS:
Usamos grids quadrados em mapas de interiores para delimitar áreas em metros quadrados. Cada quadrado do grid equivale a 1 metro quadrado, mas esse valor pode variar dependendo do mapa.
NOTA.: Alguns mapas podem ter essa informação de metros quadrados do seu grid no documento informativo do mesmo.
Para criar um grid em seu mapa, basta criar uma camada a parte e desenhar as linhas do grid com uma cor clara, para que elas não atrapalhem o entendimento do mapa. Você pode variar o tamanho do quadrado do grid de acordo com sua preferência, mas é importante lembrar de mantê-lo consistente em todo o mapa. Também é possível colocar os números das linhas e colunas do grid para facilitar a referência das medidas.
CURIOSIDADE.: É muito comum desenhar o mapa por cima de um grid de rascunho, para só depois fazer o mapa de fato. Assim conseguimos ter uma melhor noção do tamanho que está ficando nossos mapas.
Aquele exemplo acima pode ser considerado errôneo com relação a sua apresentação no mapa. Isso porque normalmente, os grids de um interior só aparecem nas regiões do mapa onde se pode andar, ou seja, o grid não aparece nas paredes do mapa como está no exemplo acima.
Além disso, é importante lembrar que o grid não é uma ferramenta obrigatória em todos os mapas de interiores. Ele é utilizado principalmente para ajudar a visualizar o tamanho e a distância entre os diferentes espaços de um mapa de interior. Se o seu mapa já estiver clara e detalhado o suficiente, pode ser que você não precise utilizar o grid.
Grids hexagonais têm basicamente a mesma função dos grids quadrados, ou seja, ele serve para nos dar uma ideia de distância no mapa. Mas ele também pode ser usado para outros fins, como por exemplo, servir como um Grid de batalha.
CURIOSIDADE.: Grids de batalha são gris hexagonais onde cada célula do grid tem aproximadamente 3 cm. Eles são impressos e colocados na mesa de jogo para posicionar as miniaturas dos jogadores em batalhas. O sistema Venturo não obriga o uso desses tipos de grid pois suas regras não são voltados a elas. Porem nada impede que você os use em suas campanhas para melhorar a experiência de jogo.
Os gris hexagonais em mapas podem ser encontrados em mapas continentais para representar a distância, que vai variar de mapa para mapa. Um tipo de mapa padrão do sistema que usa esse tipo de grid é o Mapa Estelar onde cada célula do grid pode ter entre 20 a 50 anos-luz:
ALERTA.: Quando estiver usando um grid hexagonal em um mapa continental você não pode usar a escala gráfica.
Existe ainda uma forma de medida que uso no mapa setorial, que nada mais é o mapa que representa toda a galáxia. Ela é uma régua que se encontra nos cantos do mapa, e consiste de algumas regras particulares dela, que vamos abordar na criação do mapa setorial.
Usamos as coordenadas dentro de um mapa para localizar certas regiões por meio de um código ou padronização. Os tipos de coordenadas que temos são:
ALFABÉTICA:
Esse é um estilo de coordenada que pode ser usada no mapa do mundo, porém é mais recomendado para mapas detalhados, isso é, projetos de mapas urbanos, alguns mapas continentais ou estruturas pequenas. Nesse sistema de coordenadas teremos na parte horizontal superior um valor que vai de zero até um número determinado, e no canto esquerdo teremos uma coluna que vai de “A” a “Z”:
Nesse exemplo acima temos o sistema de coordenadas que foi explicado. Nele conseguimos ver que o jogador está indicando uma coordenada E-13 do mapa continental.
Tanto nesse quanto no próximo sistema de coordenadas que eu for apresentar, procure mesclar neles uma borda personalizada que deixe a leitura dos números mais agradáveis.
NOTA.: Procure deixar o espaçamento entre os caracteres iguais tanto na coluna quanto na linha. Assim teremos uma precisão maior no sistema de coordenada.
RÉGUA:
Essa forma de medida vai utilizar uma régua vertical e horizontal para destacarmos as coordenadas de cada ponto do mapa. A vantagem desse tipo de coordenada com a anterior, é que nela podemos aplicar uma precisão ainda maior, pois você pode criar sua régua do tamanho que achar necessário sem a limitação de A a Z.
Vamos agora falar de um tipo de coordenada que só é usado no mapa do mundo. A latitude e longitude é uma forma de coordenada que podemos usar para nos localizar em qualquer lugar da superfície terrestre.
Para dar início a nossa explicação vamos ver oque são os paralelos e meridianos Eles podem ser vistos no mapa-mundo ou atlas. São conhecidos como linhas imaginarias que cruzam o mapa na horizontal e vertical formando diversos quadrados pelo mundo.
As linhas paralelas são aquelas que cruzam o planeta na horizontal. Dentre todos os paralelos temos alguns que se destacam, esses são: Trópico de Câncer, Trópico de Capricórnio e a mais importante deles: Linha do Equador que divide o planeta no meio. A linha do equador sempre vai se encontrar no meio do mapa.
Já os meridianos são as linhas imaginárias que cruzam o planeta na vertical. E dentre todos os meridianos, temos um bastante importante que divide o mundo. Chamamos esse meridiano de Greenwich.
Vamos começar intendendo a latitude. Ela depende do paralelo mais importante, que nesse caso é a linha do equador. Ela nada mais é do que à distância de um local em relação a linha do equador. É medida em graus e pode ir até 90 graus acima ou a baixo da linha do equador, como pode visualizar na imagem ao lado.
Um bom exemplo disso são as cidades Nova York que está a uma latitude de 40º norte enquanto o Rio de Janeiro está a 20º Sul.
Se você quiser ser ainda mais preciso em sua latitude, você pode usar minutos e segundos, por exemplo: Se você quiser chegar no centro de Nova York, ele estará a 40 Graus, 42 Minutos e 51 Segundos Norte
Porém somente isso não adianta, precisamos também saber a Longitude. Já que a latitude encontra pontos específicos no Norte e Sul, a longitude vai encontrar pontos no Leste e Oeste. Já que temos a linha do equador como referencial na latitude, nosso referencial na longitude é o Meridiano de Greenwich.
A longitude alcança apenas 90º Norte ou Sul. Já a Longitude alcança 180º Leste ou Oeste. E ela também pode usar graus, minutos e segundos para ter mais exatidão.
As coordenadas só estão corretas quando elas começam pela latitude, que por sua vez pode ser norte ou sul. E terminar com a longitude, que por sua vez pode ser leste ou oeste, por exemplo: Essa é uma coordenada correta: 25ºS 45ºO, e ainda podemos ter minutos e segundos nessa coordenada, por exemplo: 23°56m14s S 46°19m15s O.
Em um mapa, vamos enxergar essas linhas imaginárias dessa maneira:
vale ressaltar que essas linhas estão muito grosas e chamando muito atenção. Em um mapa real, elas ficam menos visíveis. A marcação Norte, Sul, Leste e Oeste não aparecem no mapa, pois essa é a função da rosa-dos-ventos. A linha do meridiano de Greenwich e a linha do Equador são normalmente mais grosas que as demais linhas, e todas elas têm uma demarcação dos graus ao lado do mapa, como demonstra na imagem.
Então só para testar, coloquei um ponto em vermelho no mapa. Ele está localizado na seguinte coordenada: 30ºN e 40ºL como pode observar na imagem acima.
A orientação aponta no mapa o rumo da rosa-dos-ventos. E ela serve para nos informar o ponto cardeal no mapa. Essa é uma característica encontrada em qualquer tipo de mapa. Com exceção de mapas de veículo, espaciais, ou qualquer outra coisa que não é fixa no planeta, ou seja, não consegue ocupar uma direção norte, sul, leste e oeste de uma região.
Você sempre deve posicionar a rosa dos ventos em seu mapa de acordo com a orientação, ou seja, o norte tem que apontar para o polo norte do planeta, enquanto o sul deve apontar para o ponto sul do planeta.
A rosa-dos-ventos é dividida em algumas partes, essas são: Pontos Cardeais, Pontos Colaterais e os Subcolaterais. Sendo que o ponto cardeal é o mais importante pois é nele que encontramos o Norte, Sul, Leste e Oeste. Então em uma rosa dos ventos temos:
Norte (N)
Sul (S)
Leste (L ou E)
Oeste (O ou W)
Nordeste (NE)
Sudeste (SE)
Sudoeste (SO)
Noroeste (NO)
Nor Nordeste (NNE)
Lés Nordeste (ENE)
Lés Sudeste (ESE)
Sul Sudeste (SSE)
Ao lado podemos observar um exemplo da rosa-dos-ventos mais detalhado com todos os seus pontos. Além disso ela também mostra o ângulo que cada ponto tem, além de seus respectivos nomes.
O colateral é a junção de dois cardeais, por exemplo, o nordeste que é a junção do Norte mais o Leste. Já os subcolaterais é a junção do cardeal com o colateral, por exemplo, Nor Nordeste é a junção do Norte junto com o Nordeste. Então colocamos as três primeiras letras do cardeal mais o nome do colateral inteiro.
Sul Sudoeste (SSO)
Oés Sudeste (OSO)
Oés Noroeste (ONO)
Nor Noroeste (NNO)
As legendas são informações escritas em algumas partes do mapa. Elas podem aparecer no meio do mapa para nos informar o nome de uma rua, cidade, rota e etc. Ou ela pode aparecer no canto para nos informar algo, como demonstra o exemplo a baixo.
NOTA.: Normalmente quando temos muitos elementos no mapa, e fica inviável colocar as legendas no canto (como veremos mais a baixo). Optamos por colocá-las diretamente no desenho cartográfico.
Esse exemplo acima é bem simples para nos demonstrar como é a legenda inserida no canto do mapa.
Você também pode juntar tanto informações do mapa, quanto informações no canto do projeto, por exemplo: Vamos supor que para representar elementos como cidades, você utilize ícones. No mapa você coloca o nome da cidade, e na legenda você coloca oque representa aquele ícone:
Nesse exemplo acima, usamos as legendas tanto dentro mapa, quanto no canto do mesmo. No mapa elas serviram para mostrar o nome da região, e na legenda do brasão elas nos informam do que se trata cada região através dos ícones básicos. Além disso coloquei uma legenda em uma das rotas do mapa.
Temos uma outra forma mais básica de usar as legendas: Através de letras e números. Essa técnica é mais usada em mapas de interiores no qual não temos espaços para inserir muitas informações. Eles podem representar por exemplo: Casas importantes em uma cidade, uma área especifica dentro de uma residência, e até mesmo objetos importantes do cenário.
NOTA.: Todos os exemplos usados aqui foram construídos de forma simples para facilitar o entendimento. Eles servem mais como uma base para quando você for trabalhar nos seus projetos.
Podemos encontrar também legendas com o período daquele mapa, por exemplo: Um mapa continental que apresente os impérios daquela época pode apresentar também uma legenda: Período 1050 a 1127. Normalmente encontrado logo a baixo do nome do mapa.
E ainda podemos ter legendas (principalmente em mapas urbanos) que nos auxilia na percepção de qual parte do continente aquela cidade está situada. Você ainda pode aplicar esse tipo de legenda em outras situações como: Mapas Continentais e Mapas Urbanos
NOTA.: Além de legenda, podemos dizer que esse elemento é uma forma de orientação.
Vamos começar a explicação como funciona esse tipo de mapa. A primeira coisa que você precisa ter é uma versão de maior escala (mas com menor resolução) do mapa que está criando. No caso de mapas urbanos (cidades no geral), podemos tanto pegar o mapa do mundo, quanto o mapa do continente.
Em seguida arrumamos uma versão mais simplificada do mapa que estamos criando. Em ambos os mapas, basta pegarmos suas linhas de divisa imaginárias.
E por fim arrumamos uma forma de destacar em qual local do mapa de maior escala, aquele mapa está situado. Observe o exemplo a baixo:
Deixamos essa informação acima do mapa principal, que por sua vez será desenhado de forma mais detalhada. Observe a baixo um exemplo de layout que podemos usar nessa legenda:
Note que nesse layout (mais comum), temos os dois mapas simplificados na parte superior, destacando apenas a origem do mapa urbano que estamos trabalhando com relação ao mundo. E logo a baixo colocamos o mapa que estamos trabalhando.
Podemos ter essa legenda um pouco menor nos cantos do projeto, ou até mesmo a baixo do mapa detalhado. Isso porque sua única função é destacar a origem daquela região em outro mapa de maior escala.
Podemos aplicar essa legenda ainda mais para detalharmos outras partes do mapa, como no exemplo: Estado/município, estado/região ou até mesmo cidade/barro:
Agora pegamos aquele mapa urbano que estávamos criando e então escolhemos uma cidade específica daquele estado. Você intenderá melhor esses conceitos quando for criar seus mapas urbanos.
Temos também outras formas de aplicar esse tipo de legenda. Use sua criatividade para gerar esses mapas mais simples e a linha de destaque. Podemos usar o próprio globo terrestre para representar o mapa de maior escala, por exemplo:
Como sabemos, os mapas/cartas são representações de locais de nosso planeta em uma superfície plana. Sabemos também que a Terra ou qualquer outro planeta que você for desenvolver é esférico. Então como conseguimos criar essas representações em regiões plana? É nesse momento que entra a projeção cartográfica, que nada mais é, do que diversas técnicas de projetar a esfera terrestre em superfícies planas.
Toda projeção cartográfica carrega com ela algum tipo de deformação, seja essa deformação no ângulo, formato ou até mesmo na distância. E existem ao todo três técnicas para tentar ser exato e algum dessas categorias, essas técnicas são:
● Projeção Conforme – Esse tipo de projeção são fiéis aos formatos dos continentes, e normalmente deforma as suas áreas:
● Projeção Equivalente – Esse tipo de projeção é equivalente ao tamanho, ou seja, as áreas dos continentes. Dessa maneira deforma o formato dos continentes:
● Projeção Afilática – Esse tipo de técnica mistura as duas anteriores, trazendo consigo um pouco de deformação de área e forma, mas tentando reduzi-las.
A muito tempo atrás, lá pros séculos 15 e 16 na época das navegações Europeias, existia uma grande necessidade de se produzir mapas para as navegações. Foi nessa época que surgiu um homem chamado Gerardo Mercator responsável por uma dessas técnicas (projeção cilíndrica).
Essa foi a primeira a ser desenvolvida, e foi criada da seguinte forma: Mercator criou um planeta terra numa esfera oca e semitransparente. Em seguida ele colocou uma vela dentro dessa esfera de modo que todo o desenho da esfera era projetado para fora dela. Em seguida ele envolveu essa esfera semitransparente com um papel em formato cilíndrico.
Com isso um cartografo desenhava oque ele via dessas projeções, e quando se abria esse cilindro obtínhamos o desenho do mapa em uma superfície plana.
Com essa projeção teremos um mapa retangular, todos os meridianos ficam retos e verticais, e todos os paralelos ficam retos e horizontais. E em qualquer lugar do mapa que você cruzar meridianos com paralelos eles formarão ângulos retos.
Nesse tipo de projeção, o mapa será mais fiel ao real quanto mais perto do equador ele estiver. Conforme vamos subindo os continentes começam a se achatar.
Essa projeção visa principalmente projetar com mais fidelidade as médias latitudes. É bastante comum encontrarmos o mapa da Europa, Japão, Estados Unidos e entre outros serem em projeção cônica.
Ela tem uma limitação que se trata da projeção de um hemisfério por vez, ou seja, hemisfério norte e depois sul. A projeção 2d desse mapa tem por característica os meridianos se abrirem em um sistema radial incompleto, parecendo por exemplo, a metade de uma roda de bicicleta. E os paralelos formam semicírculos. Essa projeção é indicada apenas para as médias latitudes.
Essa é a terceira e última projeção comum que temos, também conhecida como projeção azimutal ou projeção equidistante em alguns lugares. Nessa projeção teremos a terra sobre um papel plano, e seu ponto de contato será nas altas latitudes, ou seja, nas regiões polares.
Nesse tipo de projeção os meridianos se abrem para as extremidades formando uma radial completa, enquanto os paralelos formam círculos concêntricos que aumentam conforma nos distanciamos do centro da projeção.
Além dessas projeções mais comuns, temos também outras projeções muito interessantes como:
PROJEÇÃO DE PETERS:
Também conhecida como Projeção de Gall-Peters, foi proposta inicialmente por James Gall, em 1885, e retomada por Arno Peters em 1973. É uma projeção cilíndrica e equivalente, com representação da área dos continentes bem fiel, mas uma distorção na forma. É considerada uma projeção “terceiro-mundista”, visto que realça os países historicamente subdesenvolvidos. Foi batizada pelo próprio Peters como “mapa para um mundo mais solidário”.
Desenvolvida para minimizar as distorções das áreas e dos ângulos, esta projeção cilíndrica criada por Arthur H. Robinson é uma das que melhor representam as formas e áreas dos continentes, mesmo distorcendo um pouco os polos. Os paralelos são representados como linhas retas e os meridianos são curvos.
Criada por Karl Mollweide, em 1805, com o objetivo de corrigir a projeção de Mercator. É uma projeção cilíndrica e tem os meridianos curvos, fazendo o mapa tomar a forma de uma elipse. Seu objetivo é a conservação das áreas, sendo assim do tipo equivalente.
Esta projeção, usada em uma província do Canadá e pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos, é do tipo cônica e equivalente. É representada como um semicírculo e apresenta fidelidade quanto às áreas dos continentes.
Assim como a representação de Peters, esta projeção também preza pela fidelidade às áreas e apresenta distorção de formas dos continentes, além de ter também um alongamento das Américas e da África. É a projeção que usaremos na criação do nosso primeiro mapa mundi.
CARTA:
Esse é um tipo de documento que podemos elaborar para nossos mapas do tipo mundial, continental e urbanos. Ele vai contar com algumas informações mais básicas do mapa, e normalmente vem separado do mesmo, como um documento semelhante a esse que você está lendo.
MAPAS CONTINENTAIS:
Em mapas continentais teremos algumas informações como: Nome do mapa e a Lista de nações do seu mundo, onde cada linha dessa lista vai conter: Nome na nação, Cultura predominante, Governo, População e Localização (coordenadas de latitude e longitude), algo semelhante a abaixo:
Nação Cultura Governo População Localização
Arthysys Viking Chefatura 874,555 20ºN, 30ºL
Caso esteja usando outro sistema de coordenadas para seu mapa, altere a propriedade localização que fiz acima.
Todas as nações de seu mundo deverão ser listadas nesse documento central do mundo. E conforme você desenvolve mais nações, mais amplo ficará seu documento.
Depois de listar todas as nações, podemos passar para os pontos de interesse do mundo, aqui listamos os pontos de interesses mundiais, lugares que carregam alguma história importante para o mundo como um todo, ou que contenha algo de interessante que mereça ser citado. Podemos formatar cada ponto de interesse da seguinte forma:
NOME DO PONTO DE INTERESSE (Coordenada)
Descrição
Esse é o documento é usado para os mapas continentais, agora vamos abordar os mapas nacionais.
NACIONAIS:
Os mapas nacionais também vão conter os pontos de interesse que vimos acima. Mas primeiro entra a introdução com o nome do mapa. Depois um pequeno texto na lateral do documento contendo informações básicas da nação como:
População:
Área do Terreno:
Localização:
Governo:
Cultura Principal:
Governante:
Lema da nação: