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CARACTERÍSTICAS

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INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO

Agora, vamos abordar as principais características que podem aparecer em seu mapa. Lembre-se de que, nesta seção, vamos falar sobre o que são essas características e como elas podem aparecer em seu mapa. Também veremos como criá-las para incluir em seus projetos.

Nome

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O nome do mapa é um atributo que aparecerá em todos os mapas. Não precisamos explicar muito sobre o que é um nome, pois todos sabemos o que é. Normalmente, o nome do mapa aparece em dois ou três lugares: dentro do próprio mapa, no nome do arquivo do mapa e, por fim, no documento informativo que representa esse mapa.

Haverão regras para gerar o nome de seus mapas, que variarão de acordo com o tipo de mapa. Cada conjunto de regras será abordado separadamente na seção correspondente do mapa que você estiver criando.

Medidas

As medidas são essenciais para ter uma ideia do tamanho do seu mapa. Elas podem aparecer em todos os tipos de mapas, mas podem variar em como são exibidas. Neste sistema, temos algumas escalas interessantes, como:

ESCALA GRÁFICA:

A escala gráfica é uma medida importante para representar uma escala real em um documento gráfico, como um mapa. Ela representa a relação de proporção entre a área real e sua representação no mapa. Usamos a expressão numérica “escala” para isso. Então, se a escala de um mapa é 1:5.000, significa que cada centímetro do mapa representa 5.000 centímetros na realidade, ou 50 metros. Podemos ler essa proporção da seguinte forma: um para/por cinco mil

Você pode encontrar essa forma de medida em mapas do mundo, mapas continentais e, possivelmente, em mapas de estruturas, pois eles geralmente são muito grandes.

Existem duas maneiras de representar a escala do mapa: a escala numérica e a escala gráfica. Ambos se complementam. Usamos a escala numérica para representar a escala apenas com números e a escala gráfica usa uma esquematização que veremos mais adiante.

Na nossa escala numérica, usamos uma fração para representar a proporção de escala. Dessa forma, o “numerador” representa a escala na área do mapa e o “denominador” representa a escala da área real que o mapa está representando.

Para entender melhor essa ideia, observe a imagem ao lado. Em geral, deixamos o numerador com o valor 1 para sabermos quanto cada unidade do mapa equivale na área real. Por convenção, essa proporção é dada em centímetros, então a cada 1 cm do mapa, temos 5.000 cm da área representada. Se você não quiser que o denominador seja representado em centímetros, precisará informar a unidade, por exemplo: 1:500 m.

No entanto, temos um problema: quando o mapa for impresso, ele deve ter exatamente a escala correta, ou seja, se o seu mapa no desenho representa um papel A4 de 21x29,7 cm, a impressão também deve ser desse tamanho. A escala gráfica não tem esse problema, pois ela representa diretamente o espaço relacionado e suas medidas.

Antes de confeccionar a escala gráfica, a primeira coisa que devemos fazer é escolher uma escala numérica. Vamos supor que nossa escala numérica seja 1:1000. Ela pode ser lida como "um para mil" e representa o seguinte: 1 centímetro no mapa corresponde a 1.000 centímetros no mundo real, ou 10 metros. Por exemplo, uma escala numérica para um mapa continental poderia ser algo como 1:100 m, onde 1 centímetro equivale a 100 metros no mapa. Isso deve ser considerado ao criar o seu mapa.

Agora, vamos começar a desenhar a escala gráfica com a escala numérica 1:1000. A primeira coisa a considerar é o tamanho da escala. No nosso caso, ela terá 10 centímetros. Então, definimos um segmento de reta de 10 centímetros onde vamos desenhar a escala de reta. Você pode usar uma régua para isso.

Em seguida, podemos dividir o segmento de reta em porções menores. No nosso caso, como cada centímetro equivale a 10 metros, podemos dividir o segmento de reta em porções de 20 metros cada.

Agora, vamos dividir o segmento de reta para a direita e para a esquerda. Começamos do valor zero e subimos de 20 em 20. Quando chegamos no último valor da direita, colocamos a unidade em que ele está, que no nosso caso é "m" de metros.

Observe que, ao invés de colocarmos "-20" do lado esquerdo do zero, nós apenas colocamos "20". Isso ocorre porque a escala gráfica assume que, a partir do zero, nós nos deslocamos apenas 20 metros para a esquerda. Esse esquema também pode ser usado para criar uma subdivisão da medida. Por exemplo, do zero ao 20 à esquerda, podemos dividir em 4 partes para melhorar a precisão da medida no mapa:

Agora, vamos criar alguns retângulos que representarão o corpo da escala gráfica. Lembre-se de que, como temos uma subdivisão da escala, esses retângulos devem ser divididos ao meio:

Sim, é muito simples. Para finalizar, basta preencher cada retângulo com a cor branca ou preta alternando entre eles. E assim, sua escala gráfica estará pronta.

O conjunto de retângulos maiores é chamado de “corpo principal” ou “escala primária”. Já os retângulos menores, que representam a subdivisão, são conhecidos como “talão” ou “escala fracionária”. Portanto, do lado esquerdo do zero, temos o talão, e do lado direito, temos a escala primária.

Acho que agora você entendeu como a escala gráfica funciona. Você deve colocá-la em um canto do seu mapa (normalmente no canto inferior direito). Cada um desses retângulos representa uma determinada distância no mapa, como mostrado no exemplo abaixo. Isso ajuda a ter uma ideia da escala real do mapa e das distâncias entre os diferentes pontos nele representados.

Acho que você já entendeu como ela funciona. É importante colocar essa escala em algum canto do seu mapa (normalmente no canto inferior direito). Cada um desses retângulos representa uma distância percorrida no mapa, como pode ser visto no exemplo abaixo. Além disso, é possível incluir duas unidades de medida diferentes na escala gráfica, colocando-a no centro superior da escala gráfica ou no canto inferior direito ou esquerdo.

GRIDS QUADRADOS:

Usamos grids quadrados em mapas de interiores para delimitar áreas em metros quadrados. Cada quadrado do grid equivale a 1 metro quadrado, mas esse valor pode variar dependendo do mapa.

NOTA.: Alguns mapas podem ter essa informação de metros quadrados do seu grid no documento informativo do mesmo.

Para criar um grid em seu mapa, basta criar uma camada a parte e desenhar as linhas do grid com uma cor clara, para que elas não atrapalhem o entendimento do mapa. Você pode variar o tamanho do quadrado do grid de acordo com sua preferência, mas é importante lembrar de mantê-lo consistente em todo o mapa. Também é possível colocar os números das linhas e colunas do grid para facilitar a referência das medidas.

CURIOSIDADE.: É muito comum desenhar o mapa por cima de um grid de rascunho, para só depois fazer o mapa de fato. Assim conseguimos ter uma melhor noção do tamanho que está ficando nossos mapas.

Aquele exemplo acima pode ser considerado errôneo com relação a sua apresentação no mapa. Isso porque normalmente, os grids de um interior só aparecem nas regiões do mapa onde se pode andar, ou seja, o grid não aparece nas paredes do mapa como está no exemplo acima.

Além disso, é importante lembrar que o grid não é uma ferramenta obrigatória em todos os mapas de interiores. Ele é utilizado principalmente para ajudar a visualizar o tamanho e a distância entre os diferentes espaços de um mapa de interior. Se o seu mapa já estiver clara e detalhado o suficiente, pode ser que você não precise utilizar o grid.

GRID HEXAGONAL:

Grids hexagonais têm basicamente a mesma função dos grids quadrados, ou seja, ele serve para nos dar uma ideia de distância no mapa. Mas ele também pode ser usado para outros fins, como por exemplo, servir como um Grid de batalha.

CURIOSIDADE.: Grids de batalha são gris hexagonais onde cada célula do grid tem aproximadamente 3 cm. Eles são impressos e colocados na mesa de jogo para posicionar as miniaturas dos jogadores em batalhas. O sistema Venturo não obriga o uso desses tipos de grid pois suas regras não são voltados a elas. Porem nada impede que você os use em suas campanhas para melhorar a experiência de jogo.

Os gris hexagonais em mapas podem ser encontrados em mapas continentais para representar a distância, que vai variar de mapa para mapa. Um tipo de mapa padrão do sistema que usa esse tipo de grid é o Mapa Estelar onde cada célula do grid pode ter entre 20 a 50 anos-luz:

ALERTA.: Quando estiver usando um grid hexagonal em um mapa continental você não pode usar a escala gráfica.

OUTRAS MEDIDAS:

Existe ainda uma forma de medida que uso no mapa setorial, que nada mais é o mapa que representa toda a galáxia. Ela é uma régua que se encontra nos cantos do mapa, e consiste de algumas regras particulares dela, que vamos abordar na criação do mapa setorial.

Coordenadas

Usamos as coordenadas dentro de um mapa para localizar certas regiões por meio de um código ou padronização. Os tipos de coordenadas que temos são:

ALFABÉTICA:

Esse é um estilo de coordenada que pode ser usada no mapa do mundo, porém é mais recomendado para mapas detalhados, isso é, projetos de mapas urbanos, alguns mapas continentais ou estruturas pequenas. Nesse sistema de coordenadas teremos na parte horizontal superior um valor que vai de zero até um número determinado, e no canto esquerdo teremos uma coluna que vai de “A” a “Z”:

Nesse exemplo acima temos o sistema de coordenadas que foi explicado. Nele conseguimos ver que o jogador está indicando uma coordenada E-13 do mapa continental.

Tanto nesse quanto no próximo sistema de coordenadas que eu for apresentar, procure mesclar neles uma borda personalizada que deixe a leitura dos números mais agradáveis.

NOTA.: Procure deixar o espaçamento entre os caracteres iguais tanto na coluna quanto na linha. Assim teremos uma precisão maior no sistema de coordenada.

RÉGUA:

Essa forma de medida vai utilizar uma régua vertical e horizontal para destacarmos as coordenadas de cada ponto do mapa. A vantagem desse tipo de coordenada com a anterior, é que nela podemos aplicar uma precisão ainda maior, pois você pode criar sua régua do tamanho que achar necessário sem a limitação de A a Z.

LATITUDE E LONGITUDE:

Vamos agora falar de um tipo de coordenada que só é usado no mapa do mundo. A latitude e longitude é uma forma de coordenada que podemos usar para nos localizar em qualquer lugar da superfície terrestre.

Para dar início a nossa explicação vamos ver oque são os paralelos e meridianos Eles podem ser vistos no mapa-mundo ou atlas. São conhecidos como linhas imaginarias que cruzam o mapa na horizontal e vertical formando diversos quadrados pelo mundo.

As linhas paralelas são aquelas que cruzam o planeta na horizontal. Dentre todos os paralelos temos alguns que se destacam, esses são: Trópico de Câncer, Trópico de Capricórnio e a mais importante deles: Linha do Equador que divide o planeta no meio. A linha do equador sempre vai se encontrar no meio do mapa.

Já os meridianos são as linhas imaginárias que cruzam o planeta na vertical. E dentre todos os meridianos, temos um bastante importante que divide o mundo. Chamamos esse meridiano de Greenwich.

Vamos começar intendendo a latitude. Ela depende do paralelo mais importante, que nesse caso é a linha do equador. Ela nada mais é do que à distância de um local em relação a linha do equador. É medida em graus e pode ir até 90 graus acima ou a baixo da linha do equador, como pode visualizar na imagem ao lado.

Um bom exemplo disso são as cidades Nova York que está a uma latitude de 40º norte enquanto o Rio de Janeiro está a 20º Sul.

Se você quiser ser ainda mais preciso em sua latitude, você pode usar minutos e segundos, por exemplo: Se você quiser chegar no centro de Nova York, ele estará a 40 Graus, 42 Minutos e 51 Segundos Norte

Porém somente isso não adianta, precisamos também saber a Longitude. Já que a latitude encontra pontos específicos no Norte e Sul, a longitude vai encontrar pontos no Leste e Oeste. Já que temos a linha do equador como referencial na latitude, nosso referencial na longitude é o Meridiano de Greenwich.

A longitude alcança apenas 90º Norte ou Sul. Já a Longitude alcança 180º Leste ou Oeste. E ela também pode usar graus, minutos e segundos para ter mais exatidão.

As coordenadas só estão corretas quando elas começam pela latitude, que por sua vez pode ser norte ou sul. E terminar com a longitude, que por sua vez pode ser leste ou oeste, por exemplo: Essa é uma coordenada correta: 25ºS 45ºO, e ainda podemos ter minutos e segundos nessa coordenada, por exemplo: 23°56m14s S 46°19m15s O.

Em um mapa, vamos enxergar essas linhas imaginárias dessa maneira: vale ressaltar que essas linhas estão muito grosas e chamando muito atenção. Em um mapa real, elas ficam menos visíveis. A marcação Norte, Sul, Leste e Oeste não aparecem no mapa, pois essa é a função da rosa-dos-ventos. A linha do meridiano de Greenwich e a linha do Equador são normalmente mais grosas que as demais linhas, e todas elas têm uma demarcação dos graus ao lado do mapa, como demonstra na imagem.

Então só para testar, coloquei um ponto em vermelho no mapa. Ele está localizado na seguinte coordenada: 30ºN e 40ºL como pode observar na imagem acima.

Orienta O

A orientação aponta no mapa o rumo da rosa-dos-ventos. E ela serve para nos informar o ponto cardeal no mapa. Essa é uma característica encontrada em qualquer tipo de mapa. Com exceção de mapas de veículo, espaciais, ou qualquer outra coisa que não é fixa no planeta, ou seja, não consegue ocupar uma direção norte, sul, leste e oeste de uma região.

Você sempre deve posicionar a rosa dos ventos em seu mapa de acordo com a orientação, ou seja, o norte tem que apontar para o polo norte do planeta, enquanto o sul deve apontar para o ponto sul do planeta.

A rosa-dos-ventos é dividida em algumas partes, essas são: Pontos Cardeais, Pontos Colaterais e os Subcolaterais. Sendo que o ponto cardeal é o mais importante pois é nele que encontramos o Norte, Sul, Leste e Oeste. Então em uma rosa dos ventos temos:

Cardeais Colaterais Subcolaterais

Norte (N)

Sul (S)

Leste (L ou E)

Oeste (O ou W)

Nordeste (NE)

Sudeste (SE)

Sudoeste (SO)

Noroeste (NO)

Nor Nordeste (NNE)

Lés Nordeste (ENE)

Lés Sudeste (ESE)

Sul Sudeste (SSE)

Ao lado podemos observar um exemplo da rosa-dos-ventos mais detalhado com todos os seus pontos. Além disso ela também mostra o ângulo que cada ponto tem, além de seus respectivos nomes.

O colateral é a junção de dois cardeais, por exemplo, o nordeste que é a junção do Norte mais o Leste. Já os subcolaterais é a junção do cardeal com o colateral, por exemplo, Nor Nordeste é a junção do Norte junto com o Nordeste. Então colocamos as três primeiras letras do cardeal mais o nome do colateral inteiro.

Sul Sudoeste (SSO)

Oés Sudeste (OSO)

Oés Noroeste (ONO)

Nor Noroeste (NNO)

Legendas

As legendas são informações escritas em algumas partes do mapa. Elas podem aparecer no meio do mapa para nos informar o nome de uma rua, cidade, rota e etc. Ou ela pode aparecer no canto para nos informar algo, como demonstra o exemplo a baixo.

NOTA.: Normalmente quando temos muitos elementos no mapa, e fica inviável colocar as legendas no canto (como veremos mais a baixo). Optamos por colocá-las diretamente no desenho cartográfico.

Esse exemplo acima é bem simples para nos demonstrar como é a legenda inserida no canto do mapa.

Você também pode juntar tanto informações do mapa, quanto informações no canto do projeto, por exemplo: Vamos supor que para representar elementos como cidades, você utilize ícones. No mapa você coloca o nome da cidade, e na legenda você coloca oque representa aquele ícone:

Nesse exemplo acima, usamos as legendas tanto dentro mapa, quanto no canto do mesmo. No mapa elas serviram para mostrar o nome da região, e na legenda do brasão elas nos informam do que se trata cada região através dos ícones básicos. Além disso coloquei uma legenda em uma das rotas do mapa.

Temos uma outra forma mais básica de usar as legendas: Através de letras e números. Essa técnica é mais usada em mapas de interiores no qual não temos espaços para inserir muitas informações. Eles podem representar por exemplo: Casas importantes em uma cidade, uma área especifica dentro de uma residência, e até mesmo objetos importantes do cenário.

NOTA.: Todos os exemplos usados aqui foram construídos de forma simples para facilitar o entendimento. Eles servem mais como uma base para quando você for trabalhar nos seus projetos.

Podemos encontrar também legendas com o período daquele mapa, por exemplo: Um mapa continental que apresente os impérios daquela época pode apresentar também uma legenda: Período 1050 a 1127. Normalmente encontrado logo a baixo do nome do mapa.

E ainda podemos ter legendas (principalmente em mapas urbanos) que nos auxilia na percepção de qual parte do continente aquela cidade está situada. Você ainda pode aplicar esse tipo de legenda em outras situações como: Mapas Continentais e Mapas Urbanos

NOTA.: Além de legenda, podemos dizer que esse elemento é uma forma de orientação.

Vamos começar a explicação como funciona esse tipo de mapa. A primeira coisa que você precisa ter é uma versão de maior escala (mas com menor resolução) do mapa que está criando. No caso de mapas urbanos (cidades no geral), podemos tanto pegar o mapa do mundo, quanto o mapa do continente.

Em seguida arrumamos uma versão mais simplificada do mapa que estamos criando. Em ambos os mapas, basta pegarmos suas linhas de divisa imaginárias.

E por fim arrumamos uma forma de destacar em qual local do mapa de maior escala, aquele mapa está situado. Observe o exemplo a baixo:

Deixamos essa informação acima do mapa principal, que por sua vez será desenhado de forma mais detalhada. Observe a baixo um exemplo de layout que podemos usar nessa legenda:

Note que nesse layout (mais comum), temos os dois mapas simplificados na parte superior, destacando apenas a origem do mapa urbano que estamos trabalhando com relação ao mundo. E logo a baixo colocamos o mapa que estamos trabalhando.

Podemos ter essa legenda um pouco menor nos cantos do projeto, ou até mesmo a baixo do mapa detalhado. Isso porque sua única função é destacar a origem daquela região em outro mapa de maior escala.

Podemos aplicar essa legenda ainda mais para detalharmos outras partes do mapa, como no exemplo: Estado/município, estado/região ou até mesmo cidade/barro:

Agora pegamos aquele mapa urbano que estávamos criando e então escolhemos uma cidade específica daquele estado. Você intenderá melhor esses conceitos quando for criar seus mapas urbanos.

Temos também outras formas de aplicar esse tipo de legenda. Use sua criatividade para gerar esses mapas mais simples e a linha de destaque. Podemos usar o próprio globo terrestre para representar o mapa de maior escala, por exemplo:

PROJEÇÃO CARTOGRÁFICA:

Como sabemos, os mapas/cartas são representações de locais de nosso planeta em uma superfície plana. Sabemos também que a Terra ou qualquer outro planeta que você for desenvolver é esférico. Então como conseguimos criar essas representações em regiões plana? É nesse momento que entra a projeção cartográfica, que nada mais é, do que diversas técnicas de projetar a esfera terrestre em superfícies planas.

Toda projeção cartográfica carrega com ela algum tipo de deformação, seja essa deformação no ângulo, formato ou até mesmo na distância. E existem ao todo três técnicas para tentar ser exato e algum dessas categorias, essas técnicas são:

● Projeção Conforme – Esse tipo de projeção são fiéis aos formatos dos continentes, e normalmente deforma as suas áreas:

● Projeção Equivalente – Esse tipo de projeção é equivalente ao tamanho, ou seja, as áreas dos continentes. Dessa maneira deforma o formato dos continentes:

● Projeção Afilática – Esse tipo de técnica mistura as duas anteriores, trazendo consigo um pouco de deformação de área e forma, mas tentando reduzi-las.

A muito tempo atrás, lá pros séculos 15 e 16 na época das navegações Europeias, existia uma grande necessidade de se produzir mapas para as navegações. Foi nessa época que surgiu um homem chamado Gerardo Mercator responsável por uma dessas técnicas (projeção cilíndrica).

PROJEÇÃO CILÍNDRICA:

Essa foi a primeira a ser desenvolvida, e foi criada da seguinte forma: Mercator criou um planeta terra numa esfera oca e semitransparente. Em seguida ele colocou uma vela dentro dessa esfera de modo que todo o desenho da esfera era projetado para fora dela. Em seguida ele envolveu essa esfera semitransparente com um papel em formato cilíndrico.

Com isso um cartografo desenhava oque ele via dessas projeções, e quando se abria esse cilindro obtínhamos o desenho do mapa em uma superfície plana.

Com essa projeção teremos um mapa retangular, todos os meridianos ficam retos e verticais, e todos os paralelos ficam retos e horizontais. E em qualquer lugar do mapa que você cruzar meridianos com paralelos eles formarão ângulos retos.

Nesse tipo de projeção, o mapa será mais fiel ao real quanto mais perto do equador ele estiver. Conforme vamos subindo os continentes começam a se achatar.

PROJEÇÃO CÔNICA:

Essa projeção visa principalmente projetar com mais fidelidade as médias latitudes. É bastante comum encontrarmos o mapa da Europa, Japão, Estados Unidos e entre outros serem em projeção cônica.

Ela tem uma limitação que se trata da projeção de um hemisfério por vez, ou seja, hemisfério norte e depois sul. A projeção 2d desse mapa tem por característica os meridianos se abrirem em um sistema radial incompleto, parecendo por exemplo, a metade de uma roda de bicicleta. E os paralelos formam semicírculos. Essa projeção é indicada apenas para as médias latitudes.

PROJEÇÃO PLANA:

Essa é a terceira e última projeção comum que temos, também conhecida como projeção azimutal ou projeção equidistante em alguns lugares. Nessa projeção teremos a terra sobre um papel plano, e seu ponto de contato será nas altas latitudes, ou seja, nas regiões polares.

Nesse tipo de projeção os meridianos se abrem para as extremidades formando uma radial completa, enquanto os paralelos formam círculos concêntricos que aumentam conforma nos distanciamos do centro da projeção.

Além dessas projeções mais comuns, temos também outras projeções muito interessantes como:

PROJEÇÃO DE PETERS:

Também conhecida como Projeção de Gall-Peters, foi proposta inicialmente por James Gall, em 1885, e retomada por Arno Peters em 1973. É uma projeção cilíndrica e equivalente, com representação da área dos continentes bem fiel, mas uma distorção na forma. É considerada uma projeção “terceiro-mundista”, visto que realça os países historicamente subdesenvolvidos. Foi batizada pelo próprio Peters como “mapa para um mundo mais solidário”.

PROJEÇÃO DE ROBINSON:

Desenvolvida para minimizar as distorções das áreas e dos ângulos, esta projeção cilíndrica criada por Arthur H. Robinson é uma das que melhor representam as formas e áreas dos continentes, mesmo distorcendo um pouco os polos. Os paralelos são representados como linhas retas e os meridianos são curvos.

PROJEÇÃO DE MOLLWEIDE:

Criada por Karl Mollweide, em 1805, com o objetivo de corrigir a projeção de Mercator. É uma projeção cilíndrica e tem os meridianos curvos, fazendo o mapa tomar a forma de uma elipse. Seu objetivo é a conservação das áreas, sendo assim do tipo equivalente.

PROJEÇÃO DE ALBERS:

Esta projeção, usada em uma província do Canadá e pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos, é do tipo cônica e equivalente. É representada como um semicírculo e apresenta fidelidade quanto às áreas dos continentes.

PROJEÇÃO DE BEHRMANN:

Assim como a representação de Peters, esta projeção também preza pela fidelidade às áreas e apresenta distorção de formas dos continentes, além de ter também um alongamento das Américas e da África. É a projeção que usaremos na criação do nosso primeiro mapa mundi.

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