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ARTIGO Pernambuco: cenário econômico atual Pernambuco vive um momento econômico muito posi vo, mesmo tendo que navegar no oceano turbulento da crise mundial e nas águas mornas da economia brasileira dos anos recentes. Sua economia acompanhou de perto a trajetória ascendente que a economia brasileira experimentou na década passada, e vem crescendo acima da média nacional nos anos mais recentes, quando o PIB do Brasil desacelerou, como se vê no Gráfico abaixo:

Brasil e PE: Taxa de variação trimestral do PIB em relação ao mesmo trimestre do ano anterior 2010.1 – 2014.1 (em %)

crescimento do emprego, junto com a expansão do crédito. Isso es mulou o consumo e fez crescer comércio e serviços em todo o estado. Caruaru, Petrolina, Garanhuns, Serra Talhada, Salgueiro, Gravatá, Vitória de Santo Antão, entre outras cidades do interior vivenciam um novo momento. Algumas atraíram também novas plantas industriais que se orientavam pelo dinamismo do mercado consumidor. Na base agropecuária, a situação não está sendo melhor por conta da seca prolongada, mas a fru cultura, a ovinocaprinocultura, a apicultura, a produção de alimentos orgânicos, entre outras, são a vidades em expansão. Por fim, os serviços educacionais e de saúde, ao lado dos serviços prestados às empresas, dos serviços pessoais, do turismo e de segmentos importantes da economia cria va (serviços de tecnologia da informação e produção cultural, por exemplo) têm acompanhado de perto o ritmo favorável da economia pernambucana. Não resta, portanto, dúvida, que a economia de Pernambuco encontra-se num novo patamar. O desafio é manter tal trajetória rando proveito de desdobramentos possíveis. Um cenário es mulante para quem quer empreender!

Fonte: IBGE e CONDEPE/FIDEM – Elaboração: CEPLAN

A vida empresarial também sente os novos ventos, com a presença de novos agentes produ vos. E o mercado de trabalho se dinamizou, reduzindo o desemprego e ampliando a formalização dos postos de trabalho. As ins tuições de ensino, por sua vez, se mobilizam para oferecer cursos voltados para as novas oportunidades de emprego. Mas não é só a Região Metropolitana que experimenta estes ventos favoráveis, nem foi só a indústria que se destacou. Muitas cidades médias se dinamizaram sob o impacto do “efeito renda” provocado por polí cas sociais, pelo aumento dos salários (em especial do salário mínimo), pelo

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Cabe salientar que muito importante para este desempenho foi a captação de um vultoso bloco de inves mentos (es mado em R$ 105 Bi), especialmente concentrados na indústria de transformação. Isso porque nos anos finais do século passado o estado vinha perdendo consistência industrial. O fato de ter construído o complexo portuário e industrial de SUAPE, com localização estratégica, foi importante para atrair inves dores para o estado. Mas a localização da FIAT e suas sistemistas no litoral norte mostra que Pernambuco tem outras potencialidades. Elos importantes de cadeias produ vas que não estavam presentes no tecido industrial pernambucano (como a refinaria de petróleo, a petroquímica, vários estaleiros, a fábrica de hemoderivados, a automo va, entre outras) aqui aportaram e os desdobramentos destas inicia vas podem ser muito posi vos para o futuro. Por seu lado, a construção civil vive ainda os impactos posi vos deste ciclo de novos inves mentos produ vos e em infraestrutura, que coincidiram com a retomada do financiamento habitacional e o crescimento da demanda por habitação.

"O mercado de trabalho se dinamizou, reduzindo o desemprego e ampliando a formalização dos postos de trabalho"

* Tania Bacelar de Araujo é sócia da CEPLAN Consultoria.

SINDILEQ GUIA 2015 DE LOCAÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS | 11







ARTIGO Sindileq-PE, parceria es mulante Desde que Pernambuco foi ocupado pelos colonizadores portugueses que visavam re rar das terras recém-descobertas tudo o que pudessem colher e levar, a região passou por várias transformações. Foi produtora de pau-brasil, de cana de açúcar e de muitos sonhos de desenvolvimento. Entre rebeliões e frustrações, Pernambuco cresceu, diminuiu territorialmente, mas ampliou as oportunidades do mercado.

Nas úl mas décadas, buscou-se uma indústria mais complexa com a construção da Coperbo. Depois, com a idealização e realização do Complexo Industrial de Suape, aproveitando a an ga condição portuária da região do Litoral Sul, que já havia sido u lizada pelos holandeses quando aqui es veram entre 1630 e 1624. Com Suape, a industrialização de Pernambuco ganhou impulso e o Estado passou a ter um crescimento econômico maior do que o resto do país, embora con nue enfrentando problemas logís cos, baixa e onerosa oferta energé ca, além da conhecida, pesada e sempre crescente carga tributária. Enquanto isso, novos inves mentos vão descobrindo a área litorânea Norte do Estado, descobrindo caminhos que certamente trarão mais desenvolvimento. Naquela direção está a região geográfica menos explorada do País e onde a área territorial é imensa, as possibilidades de geração de energia maiores e a existência de água farta. Para a indústria pernambucana tudo isso poderia ser bem mais es mulante, caso houvesse incen vos, maior proteção ao produto nacional e impostos coerentes. Mesmo assim, o espírito empreendedor do setor industrial vem prevalecendo. Bases mais sólidas estão sendo implantadas e inves mentos em educação, pesquisas e qualificação, realizados pelo Sistema Fiepe (Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco), SENAI, SESI, Ins tuto Euvaldo Lodi e Centro das Indústrias, apontam para um futuro de melhores perspec vas e maior distribuição de riquezas. Nessa caminhada é justo destacar o trabalho que o Sindileq-PE, o Sindicato das Empresas Locadoras de Equipamentos, Máquinas e Ferramentas de Pernambuco, vem realizando como parceiro e termômetro do nosso crescimento. E isso tornou essa parceria em proveitosa e es mulante associação.

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Nestes 500 anos de História, Pernambuco foi trocando a quase dependência da monocultura açucareira pela possibilidade de se industrializar. Primeiro com a primi va agroindústria dos velhos banguês, depois com a tecelagem e uma diversificação que ia desde o fabrico de pólvora até às pequenas funilarias e os primi vos estaleiros navais.

* Ricardo Essinger é o presidente em exercício da FIEPE.



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Business Intelligence e a Gestão Financeira das Empresas do Setor de Equipamentos, Máquinas e Ferramentas: Pode-se confiar somente em informações contábeis?

Com o intuito de transformar os dados coletados para obtenção de uma tomada de decisão, a Business Intelligence (BI) é a ferramenta mais indicada. A BI recebe os dados, tanto contábeis quanto gerenciais, gerando informações através de relatórios analí cos. Essa é uma alterna va com baixo custo-bene cio e ainda pouco explorada no mercado de locação de equipamentos, máquinas e ferramentas, apesar de estar disponível para aquisição através de sistemas integrados de gestão empresarial (ERPs). O fato é que, na busca por serviços financeiros para solvência dos custos e despesas da empresa, a informação puramente contábil termina sendo bastante frustrante para a determinação de limites financeiros para as empresas junto aos bancos, por exemplo. Corriqueiramente, os gerentes de ins tuições financeiras solicitam que seja apresentado o Balanço Patrimonial e DRE gerenciais, além do contábil, para que algum limite de crédito rela vamente alto possa ser aprovado.

Com o advento de simplificações tributárias, como o Simples Nacional e o Lucro Presumido, em muitos casos, pode-se perceber que as empresas optantes por estas simplificações, algumas inclusive do segmento de locação de equipamentos, máquinas e ferramentas, não se u lizam de todas as informações necessárias para determinar sua gestão financeira. A contabilidade é usada para determinar os resultados e índices financeiros da empresa, mas terminam por não apresentar a realidade gerencial. O fato é agravado pelo alto grau de informalidade existente na economia, resultando em informações distorcidas (mais favoráveis do que realmente são) quando fornecedores não registram formalmente todas as vendas. Os resultados são muito ruins em termos de lucra vidade e grau de solvência, por exemplo. Desta forma, torna-se muito di cil fazer um acompanhamento do crescimento da empresa ao longo do tempo. Os serviços contábil e financeiro são de suma importância fiscal e gerencial, pois possibilitam a apresentação do comportamento das contas, tais como o Balanço Patrimonial e o Resultado Econômico-Financeiro, Demonstra vo de Resultado do Exercício (DRE), além da interpretação dos valores para es mar o comportamento futuro dos indicadores.

O conhecimento pleno da realidade de uma empresa, determinado pela BI, proporciona melhores tomadas de decisões e transparência da saúde financeira, fazendo com que se consiga planejar melhor o crescimento e, não somente possa pleitear emprés mos junto a bancos (principalmente os de fomento ao desenvolvimento que são mais exigentes em solicitar informações, com baixas taxas de juros, carência e prazos sa sfatórios), como também possa melhor gerir e desenvolver-se. As empresas devem estar preparadas neste sen do, criando um departamento de acompanhamento econômico-financeiro, onde ERPs junto com BIs possam ser usados. Hoje há uma variedade de empresas de tecnologia que oferecem estes pos de so wares. Algumas empresas, porém, não conseguem montar este setor, mas podem, ainda assim, terceirizar estes processos obtendo um acompanhamento con nuo.

*Ecio de Farias Costa é assessor econômico do Sindileq-PE e ainda Ph.D. em Economia, professor de Economia da UFPE e sócio da CEDES Consultoria e Planejamento



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