aula36

Page 1

Aula 36 Creio na Igreja Católica - 12 1 - Creio na Comunhão dos Santos (CIC 946-959) Muita gente podia imaginar que já abordamos tudo o que há de importante sobre a Igreja Católica. Mas ainda não terminamos. Não nos esqueçamos que a Igreja de Jesus Cristo é em parte visível e em parte invisível. É humana e divina, terrestre e celeste. 1.1 - Bases para esta Comunhão (946-948) Em primeiro lugar deixemos bem claro que nosso Credo oficial nos afirma: “Creio na comunhão dos santos”. Já vimos bem claramente que os Apóstolos, quando se referiam aos batizados, ou seja, a todos os membros da Igreja, regularmente os chamava de santos. O CIC nos atesta que um dos Santos Padres perguntava: “Que é a Igreja, senão a assembleia de todos os santos ?” e conclui o Catecismo: “A comunhão dos santos é precisamente a Igreja” (946). O fato de a Igreja formar com todos os seus membros o Corpo de Cristo é a principal razão para falarmos na comunhão de seus membros (= santos, batizados). Num corpo todos os bens de cada membro é parte dos bens de todo o corpo. Assim, a vitalidade de cada um faz parte da vitalidade do todo. Na verdade, tudo começa com Cristo-Cabeça, que faz questão de partilhar todo o Seu ser com todos os seus discípulos (=santos). Todo bem, toda riqueza, toda vitalidade circula entre todos e é comum a todos, e liga a todos uns aos outros. Podemos, então, falar da comunhão dos santos em dois significados, contudo inseparáveis: “comunhão nas coisas santas (sancta)” e comunhão entre pessoas santas (sancti)” (948). No primeiro caso fala-se de coisas santas em si. Aquilo que é santo, no latim, sanctum. No plural, coisas santas, é sancta. No segundo sentido temos “comunhão entre pessoas santas”. Aqui, santas é um adjetivo qualificativo dos batizados em Cristo. “‘Sancta sanctis’ (o que é santo para os que são santos), assim proclama o celebrante na maioria das liturgias orientais quando da elevação dos santos dons, antes do serviço da comunhão. Os fiéis (sancti), a fim de crescerem na comunhão do ES (Koinonia) e de comunicála ao mundo” (CIC 948). 1.2- A Comunhão dos Bens Espirituais (949-953) Trata-se exatamente da participação de todos nas coisas santas de que acabamos de falar. A primeira referência clara desta comunhão aparece em Atos dos Apóstolos. “Eles frequentavam com perseverança a Doutrina dos Apóstolos, as reuniões em comum, o partir do pão e as orações” (2,42). A Doutrina dos Apóstolos fornece as bases comuns da mesma fé. O partir do pão dá a todos o corpo e o sangue do Senhor. Estas são as coisas santas (sancta) para os santos (sanctis), na prática da Igreja apenas nascida! E assim deverá ser até o fim dos tempos. Vamos agora destacar os elementos principais desta comunhão.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.
aula36 by Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - Issuu