Montanhas da Mantiqueira

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Montanhas da

Nº21 - R$ 15,00 - BRASIL

Bragança Paulista Campos do Jordão Extrema Gonçalves Itatiaia Monte Verde Monteiro Lobato Passa Quatro Penedo Pindamonhangaba Santo Antônio do Pinhal São Bento do Sapucaí São Francisco Xavier Visconde de Mauá

Mantiqueira

Terras altas ricas em natureza e tradição

história | arte| turismo | meio ambiente | gastronomia


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Campos do JordĂŁo Serra da Mantiqueira




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Editorial EM UMA DAS REGIÕES MAIS BELAS DO BRASIL, podemos desfrutar de belezas naturais infinitas aos nossos olhos, descansar e meditar respirando os ares mais puros, praticar esportes pra lá de radicais e por fim, mesmo no verão, saborear pratos inusitados e sentir a brisa fresca de altitudes elevadas. Nas cidades localizadas nas montanhas da Mantiqueira, temos sempre a sensação de bem-estar unido ao prazer incansável de belas paisagens. Inesquecível!

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86 Conselho Editorial Ana Lucia F. dos Santos, Cosme Soares, Eduardo Hentschel, Luigi Longo, Luiz H. Miranda ,Márcio Alves, Mário Zelic, Roberto Delboux, Sérgio Zócchio, Roberto Torrubia, Ruy Prado, Sandro Cobello e Thabata Alves Editora Renata Weber Neiva Reportagem Alice Neiva e Nathália Weber Assistente de produção Evellyn Alves Revisão Silvia Mourão CIDADE&CULTURA é uma publicação anual da KM Marketing Cultural PARA ANUNCIAR (11) 97540-8331

Diretor comercial Paulo Zuppa Produção Gráfica Wagner Ferreira Fragoso Produção Digital Strawberry Web Design Produção Audiovisual Marcio Marques - VSET Fotografias André Prata, Márcio Masulino, Ricardo Cozzo, Ricardo Martins, Roberto Torrubia, Thiago Carneiro e Thiago de Andrade Foto Capa Ricardo Martins Impressão Gráfica Silvamarts CONHEÇA O NOSSO SITE www.cidadeecultura.com.br


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Índice

82 Pássaros O encanto de cores e sons

84 Borboletas O belo e o puro

08 Linha do Tempo Panorama geral

86 Esportes Aventura e prazer

12 Histórico Do ouro ao turismo

98 Aromas & Sabores Gostosuras sem fim

24 Ferrovias Veias de ferro

110 Cerveja Blends inovadores

30 Imigração Uma escolha que deu certo

112 Alambique Cultura secular

34 Museus Resgate de memórias

114 Gastronomia Inventar, reinventar e agradar

40 Turismo Religioso Refúgios da fé

124 Turismo Rural Porteiras abertas

48 Lendas Impressões de um povo

134 Roteiro Muito mais para conhecer

50 Arquitetura A marca da evolução

142 Dados Estatísticos A Mantiqueira em números

56 Artes Sensibilidade e bom gosto

144 Embaixadores Todo nosso respeito e gratidão

68 Meio Ambiente A imponência das matas

146 Depoimento Emoção com tantas belezas

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ACERVO GRAFISMO RUPESTRE

Cronologia

Homens das cavernas

2500

ANOS

8 Cidade&Cultura

Primeiras expedições de bandeirantes no Vale do Paraíba

1636

Descoberta do primeiro veio de ouro

Nasce Irineu Evangelista de Souza, o Visconde de Mauá

Início do Ciclo do Café, na Mantiqueira

1697

1813

1830


Mantiqueira

FOTO ROBERTO TORRUBIA

FOTOS MÁRCIO MASULINO

Linha do tempo

Inauguração da Estrada de Ferro Campos do Jordão – EFCJ

1914

Chegada dos primeiros finlandeses ao Brasil

1927

Explosão do turismo nas cidades da Mantiqueira

DÉCADA DE

1960

Criação da Área de Proteção Ambiental da Serra da Mantiqueira

1985

Uma das regiões turísticas mais visitadas do Brasil

2016

Circuito Mantiqueira 9


Um refĂşgio

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Histórico

certo

Exploração que deu

Caminhos trilhados

12 Cidade&Cultura


ACERVO EDMUNDO FERREIRA ROCHA

A SERRA DA MANTIQUEIRA FOI MAIS UMA MURALHA que nossos colonizadores tiveram de transpor para poder prosperar em terras brasileiras. Nada fácil quando falamos em altitudes que ultrapassam os mil metros, em terreno de mata fechada, recheada de índios ariscos e temerosos. A cada metro avançado em direção ao seu cume, muitas vidas se perderam, fosse por moléstias tropicais ou enfrentando índios, por questões de honra, fome ou frio. Os colonizadores vieram com o sonho de conquistar terras para cultivar, encontrar minerais preciosos e fazer fortuna. Talvez a maioria não esperasse tantos infortúnios, mas ultrapassaram a barreira da adaptação e geraram filhos e netos que puderam se embrenhar em jornadas sertão adentro. E foram esses primeiros brancos, filhos do Brasil, que conseguiram entender de fato a imensidão da terra almejada por seus antepassados. SÍTIO ARQUEOLÓGICO PEDRA DO ÍNDIO – EXTREMA O sítio arqueológico Pedra do Índio, localizado na Serra do Lopo, no bairro da Fazenda Matão, é um magnífico exemplar dos habitantes que viveram aqui na pré-história. São pinturas rupestres, marcas deixadas pela civilização primária da raça humana. Em geral, representam cenas do cotidiano, como caçadas, a vida da família, rituais. Esse tesouro tem pelo menos 2.500 anos.

Vila Abernéssia 1930 Campos do Jordão

O COMEÇO DA COLONIZAÇÃO Dona Mariana de Sousa Guerra, condessa de Vimieiro, era filha de Pero Lopes de Sousa, segundo donatário da Capitania de São Vicente, e teve de lutar judicialmente para obter a herança deixada por seu irmão, Lopo de Sousa. Depois de uma longa pendenga, em 1624 tomou posse das terras que constituíam a Capitania de Itanhém, abrangendo uma área enorme que ia de Itanhaém até o Vale do Paraíba e chegava a Paraty. De fato, a condessa nunca veio ao Brasil, e suas terras eram administradas por capitães-mores de sua confiança. Foi por meio de suas ordens que o Vale do Paraíba começou a ser colonizado e explorado em busca de riquezas a serem exportadas pelo porto Circuito Mantiqueira 13


Histórico

mantimentos, alimentos e demais gêneros necessários. Os tropeiros passavam frequentemente por locais que antes eram mata fechada. Aos poucos, a Mantiqueira foi dominada pelo frenesi sistemático de mais jazidas descobertas no sul de Minas Gerais. Dessa forma, temos um cenário repleto de intrigas políticas, geopolíticas, econômicas e sociais. Esse ciclo perdurou até as minas se esgotarem e a região novamente entrar em decadência econômica, até meados do século XVIII. Com isso, surgiu a necessidade de retomar os investimentos em algo que anteriormente já tinha dado resultado: a cana-de-açúcar. Muitos engenhos foram abertos e com eles todas as funções para o escoamento do produto até Paraty, Ubatuba e São Sebastião. Mas o que realmente foi um impulso eco-

nômico significativo foi a vinda do café. O café, amplamente cultivado em todas as zonas do Vale do Paraíba, pois se adaptava a todas as altitudes, deu origem a outra elite: a cafeeira. Os grandes cafeicultores representaram um acentuado impulso econômico e social, modernizando a área urbana com calçamentos e iluminação, melhorando ou reformando igrejas, introduzindo elementos da cultura europeia nas vilas e, com isso, atraindo mais negociantes autônomos, como padeiros, leiteiros, artesãos, marceneiros, ferreiros etc. Esse crescimento se refletiu em todas as cidades que compõem a Mantiqueira. A partir de 1870, sem investimentos tecnológicos para a manutenção do solo para o cultivo do café, a decadência bateu à porta dos produtores, e, em 1920, chegaram ao fim as grandes

REPRODUÇÃO

de Paraty. Então, em 1636, começaram as penetrações no interior e, em 1639, a condessa presenteou Jacques Felix com a sesmaria que daria início à vila de São Francisco das Chagas de Taubaté, a primeira da região. Porém, somente em 1697 foi descoberto o primeiro veio de ouro nos sertões de Taubaté. Borba Gato e o taubateano Antônio Rodrigues Arzão também encontraram ouro em Minas Gerais, depois de passarem pela Serra da Mantiqueira e atravessarem os rios das Velhas e da Morte. Foi quando a economia da região floresceu, culminando em uma corrida ao ouro sem precedentes, atraindo centenas e centenas de pessoas de todo o Brasil e também da Europa, principalmente portugueses. Dessa corrida nasceram vários povoados que abasteciam os garimpeiros com

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a cidades cresceram demograficamente. Muitas indústrias de ponta se estabeleceram na região e a tecnologia agronômica foi implantada nas áreas rurais. Porém, apesar do panorama mais modernizado, as cidades da Mantiqueira investiram também em sua excelência predominante: as belezas naturais, a harmonia plástica das paisagens e um clima ímpar tornam essa região um dos redutos mais procurados do país.

ACERVO FAMÍLIA BÜHLER

safras anteriormente registradas. O endividamento dos fazendeiros foi um dos fatores de sua derrocada, mas o que mais influenciou nessa crise foi a grande expansão dessa monocultura no oeste paulista, que contava ainda com a facilidade de escoamento pelo porto de Santos e o transporte assegurado pela Estrada de Ferro São Paulo Railway. Mais uma vez, a solução foi diversificar e estabelecer novos rumos para a recuperação econômica. Muitas fazendas foram vendidas por valores baixos e muitos compraram terras para a produção de leite, principalmente os mineiros, que conseguiram implantar muitas usinas e mantiveram grandes produções até a década de 1960, vendendo sua produção para os Estados do Rio de Janeiro e de São Paulo. Assim como no Brasil inteiro, a industrialização revolucionou também a região da Mantiqueira. Com o aumento da oferta de serviços diversificados, as cidades da Mantiqueira registraram um significativo crescimento da mão de obra não rural. As fazendas se esvaziaram e

ACERVO JOSÉ ROBERTO VASCONCELLOS

ACERVO EDMUNDO FERREIRA ROCHA

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1 - Fazenda São Sebastião do Ribeirão Grande (Sítio Arqueológico), em Pindamonhangaba, no início da colonização 2 - Campos do Jordão. Encontro da tradição com a modernidade 3 - Cruz original da primeira capela construída, em Brangança Paulista 4 - Chalés de Visconde de Mauá. Eram as primeiras moradias da família Bühler

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ACERVO ESTÚDIO CASARÃO

Histórico

Bragança Paulista Campos do Jordão Caetano Vieira de Carvalho e a família Costa Manso, em 1771, criaram duas fazendas que originaram Campos do Jordão. Em 1825, as terras dos Costa Manso foram compradas pelo brigadeiro Manoel Rodrigues Jordão. Em 1874, data da fundação da cidade, Matheus da Costa Pinto comprou alguns lotes de Jordão à beira do rio Imbiri e construiu uma vendinha, uma pensão para “respirantes” (tísicos), uma pousada e uma capela dedicada a São Matheus. Por muitas décadas, Campos do Jordão se tornou o destino de vítimas da tuberculose. A partir da década de 1930, a cidade se transformou em um dos maiores centros turísticos do Brasil.

Extrema A cobrança de impostos em locais de divisa das capitanias de Minas Gerais e São Paulo sempre foi, principalmente no século XVIII, alvo de discórdia entre paulistas e mineiros. O então governador da capitania de Minas Gerais, Luiz Diogo, aumentou as fronteiras demarcadas e avançou em terras paulistas. Em seu “giro”, assim denominada a viagem de demarcação de terras feita em 1764, o governador mudou o posto de registro de circulação de mercadorias que ficava onde hoje é Pouso Alegre, para onde hoje é Extrema que, na época era Registro. Apesar de ser ponto de passagem o povoado não teve grande desenvolvimento, o que só passou a acontecer com o pedido da construção de uma capela em 1819, expedida em 1832, com a ajuda de moradores das vilas ao redor. Em 1871, foi elevada a distrito e, em 1901, a município. 16 Cidade&Cultura

Com a construção de uma capela em 1763, dedicada a Nossa Senhora da Conceição, em cumprimento a uma promessa feita à santa por Ignácia da Silva Pimentel para a cura de seu marido, Antônio Pires Pimentel, formou-se um povoado que recebeu o nome de Distrito de Paz e Freguesia de Conceição do Jaguary, pertencente ao município de São Paulo. Quando elevado a vila, recebeu o nome de Vila Nova Bragança, em homenagem à rainha de Portugal, Dona Maria I, uma referência ao sobrenome real da dinastia de Bragança. Em 1856, a vila se emancipou e foi elevada à categoria de município. Em 1944, Bragança acrescenta “Paulista” ao nome para se distinguir de cidade homônima no Estado do Pará.



Histórico

1 - Em janeiro de 1948, Iracema Abrantes, depois de concluir árdua escala da Pedra do Baú, toca o sino em comemoração obrigatória de seu sucesso. 2 - Na década de 1940, a cabana que um dia existiu sobre a Pedra do Baú, foi construída por Floriano Rodrigues Pinheiro, recebia heróis visitantes. 3 - Convite para inauguração do abrigo montanhês na Pedra do Baú datado de 1947.

Gonçalves Por motivo de doença, uma promessa feita por Policarpo Teixeira de Andrade Queiroz foi paga com a construção de uma capela a Nossa Senhora das Dores, em 1878. Em 1897, foi transferida para as margens do rio Sapucaí nas terras dos Gonçalves (Mariana, Maria e Antônio), onde passou a se chamar capela Nossa Senhora das Dores dos Gonçalves. Este povoado começou a atrair pessoas por causa da Lira de Nossa Senhora das Dores que oferecia instrução musical aos moradores. Somente em 1963, Gonçalves desligou-se de Paraisópolis e foi elevada a município.

Monte Verde A pitoresca história do Distrito de Monte Verde, da cidade de Camanducaia, remete ao amor de um casal pelo local lindas de paisagens e clima aconchegante. Verner Grinberg e sua esposa, Emília Leismer, oriundos da Letônia, encontraram nesse local o refúgio e a morada definitiva em sua vida. Então, em 1938, o casal comprou terras (Fazenda Pico do Selado) originalmente situadas em Campos do Jaguari e vendeu parte delas para amigos que vinham visitá-los e também se encantavam. Em 1950, foi oficialmente fundada a Vila de Monte Verde.

ACERVO EDMUNDO FERREIRA ROCHA

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ACERVO EDMUNDO FERREIRA ROCHA

4 - Inauguração do Túnel da Estrada de Ferro de Passa Quatro.

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FOTO: SECRETARIA DO CONSELHO DO PATRIMÔNIO CULTURAL

Passa Quatro Em posição estratégica quando da descoberta do ouro nas Minas Gerais, Passa Quatro está localizada a poucos quilômetros da Garganta do Embaú, marco histórico da descoberta pelos bandeirantes de caminhos para adentrar os sertões na Mantiqueira. Serviu muitos anos como ponto de abastecimento para os que passavam pela Estrada Real. Seu desenvolvimento se deu com a chegada da estrada de ferro que ligava Minas ao Rio de Janeiro. Em 1888 emancipou-se de Pouso Alegre.

Penedo Penedo foi fundada por imigrantes finlandeses que chegaram ao Brasil no início do século XX para trabalhar nas fazendas de café. Em 1929, Toivo Uuskallio, liderou um grupo de patrícios para montarem uma fazenda (Fazenda Penedo) onde cultivavam alimentos frescos, em local de clima ameno e com muito sol. Penedo foi escolhida. Diante da pouca produtividade do solo, cansado pela monocultura cafeeira, o grupo diversificou suas atividades com oferta de artesanato, iguarias e hospedagem. Com a inauguração da Rodovia Presidente Dutra, o turismo aumentou, incluindo Penedo em sua rota.

Monteiro Lobato Emancipada desde 1948, Monteiro Lobato era um povoado sob a proteção de Nossa Senhora do Bonsucesso, originalmente chamado Buquira. Elevado a distrito em 1857 e a vila, em 1880. Esta região contribuiu com o cultivo do café e hoje é um reduto tranquilo e atração turística. Recebeu o nome de Monteiro Lobato em homenagem ao escritor que viveu por muitos anos na fazenda herdada, onde escreveu a célebre sequência “Sítio do Pica Pau Amarelo”.

ÍBA

A VALE DO PAR

O Vale do Paraíba, que recebe esse nome devido ao rio Paraíba do Sul, compreende a mesorregião do Vale do Paraíba Paulista (São Paulo) e a Mesorregião Sul Fluminense (Rio de Janeiro).

Pindamonhangaba Desde 1643, João do Prado Martins habitava essa região e vendia seus produtos aos viajantes da rota do ouro. Com localização estratégica, muitos ali se fixaram. Em 1849, Pindamonhangaba foi elevada a município.

São Bento do Sapucaí Após a frenética busca por ouro na região, veio o cultivo de fumo, cana-deaçúcar e café, com o surgimento de muitas fazendas. A vila foi crescendo e, em 1868, ganhou status de município. Circuito Mantiqueira 19


Histórico Desenho rupestre na Pedra do Índio de pelo menos 2.500 anos - Extrema

Santo Antônio do Pinhal Na divisa entre as capitanias de São Paulo e Minas Gerais, Santo Antônio do Pinhal foi palco de muitas disputas com os avanços do governo mineiro em terras paulistas. Após ter sido aberto um caminho que ligava as duas capitanias em 1811, o desenvolvimento veio rapidamente. Em 1828, foi fundada a Freguesia de São Bento do Sapucaí e sua emancipação de São Bento do Sapucaí chegou em 1960.

Visconde de Mauá, Vila Maromba e Vila Maringá

ACERVO MUSEU HOTEL - BÜHLER

Pertencente ao município de Resende, Visconde de Mauá abrange parte do território dos municípios de Itatiaia e Bocaina de Minas. Assim, a região de Visconde de Mauá é composta das vilas de Mauá, Maringá e Maromba. O nome Visconde de Mauá é uma homenagem a Irineu Evangelista de Sousa (primeiramente barão e depois visconde), dono dessas terras desde 1870. O local servia para extração de madeira e carvão. Em 1908, o Governo Federal comprou as terras para criar o Núcleo Colonial Visconde de Mauá e atrair colonos europeus, porém poucos se fixaram e somente um grupo de alemães deu continuidade ao pequeno povoado. Em 1930, os amigos do grupo começaram a chegar e deram grande impulso turístico à região. Já Maromba e Maringá são recantos descobertos pelos hippies da década de 1970 e, dez anos depois, tornaram-se destino certo para paulistas e cariocas em busca de sossego.

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Visconde de Mauá Nasceu em Arroio Grande/RS em 1813 e faleceu em Petrópolis em 1889. Irineu Evangelista de Sousa foi um dos maiores empreendedores e abolicionistas do período de 1822 a 1889. Em sua primeira viagem a Europa, Mauá retornou ao Brasil com a noção de que somente por meio da industrialização o país poderia ter avanço e se destacar no comércio exterior. Não poupou esforços e suas obras e seu legado resistem até hoje. São eles: construiu os primeiros estaleiros do país; criou a companhia de gás de iluminação pública na cidade do Rio de Janeiro; organizou as companhias de navegação no Rio Grande do Sul e Amazonas; fez o cabeamento submarino para telégrafo ligando o Brasil à Europa; construiu a primeira estrada de ferro ligando o pé da serra fluminense a Petrópolis; participou da construção das ferrovias Recife and São Francisco Railway Co., a Dom Pedro II e a São Paulo Railway; e fundou o Banco Mauá, MacGregor & Cia com filiais em Londres, Argentina, Uruguai e Nova York.


Circuito Mantiqueira 21




Ferrovias

ACERVO EDMUNDO FERREIRA DA ROCHA

Construção da EFCJ

Impulsionadoras da economia

Charme e

história

OS TRENS SÃO UNS DOS MAIS CHARMOSOS MEIOS DE LOCOMOÇÃO e, ao mesmo tempo, um dos mais importantes modais para impulsionar o desenvolvimento econômico de uma sociedade. Desde sua invenção, inúmeros países vêm implantando vastas redes ferroviárias interligando seus territórios para facilitar e agilizar o trânsito de mercadorias e pessoas. Não é à toa que os países desenvolvidos oferecem uma ampla malha de ramais de grande porte e longo alcance. Aqui no Brasil, um bom número de estradas de ferro foi aberto e com isso con24 Cidade&Cultura

seguimos desenvolver de maneira significativa o escoamento de nossas produções para venda tanto no mercado interno como no externo, interligando o interior ao litoral, capitais a capitais e, principalmente, formando uma via de integração nacional. Um exemplo claro da importância da rede ferroviária ocorreu no período do auge da cultura cafeeira quando as ferrovias foram fundamentais para o transporte das safras até os portos de Santos e Rio de Janeiro, o que ajudou a projetar o Brasil no cenário do mercado internacional.


FOTO MÁRCIO MASULINO

Estação Abernéssia, em Campos do Jordão

Estrada de Ferro de Campos do Jordão De fundamental importância para Campos do Jordão foi a construção de uma ferrovia que ligava o pé da serra à cidade. Com a corrida por uma internação nos múltiplos sanatórios para cura da tuberculose, por um bom tempo muitos doentes se viram em grande dificuldade para transpor o caminho íngreme e tortuoso, no lombo de cavalos, em liteiras ou banguês. Fazia-se necessária uma ligação mais apropriada e, em 1914, o intento dos médicos sanitaristas Emílio Ribas e Victor Godinho se realizou com a inauguração da Estrada de Ferro de Campos do Jordão – EFCJ. Com isso, não só os enfermos aumentaram em número, como o escoamento da produção agrícola foi enormemente desenvolvido. Após superado o grande surto da moléstia, o legado deixado por essa ferrovia é um dos mais pitorescos passeios de trem turístico, ligando as cidades de Pindamonhangaba, Santo Antônio do Pinhal e Campos do Jordão atingindo altitudes de até 1.743 metros na estação Alto do Lageado. São 47 km de puro deleite, em uma atmosfera repleta de graça e prazer ao contemplarmos paisagens de intensa luminosidade e o verde das serras com seus picos.

Estação Emílio Ribas Campos do Jordão

Circuito Mantiqueira 25

FOTO MÁRCIO MASULINO

Estação Emílio Ribas, em Campos do Jordão


Ferrovias

Estação Estrela do Norte

FOTO MÁRCIO MASULINO

REPRODUÇÃO

Desconhecida a data de sua inauguração, antes chamada Estação Venceslau Brás. Servia à Vila Militar.

Estrada de Ferro Bragantina

Visionário, Dom Pedro II sonhava em integrar todo o seu reino por meio de estradas de ferro que ligariam a capital, Rio de Janeiro, ao restante do país. Seu sonho foi realizado quando, em 1855, a Ferrovia Dom Pedro teve seus primeiros dormentes assentados. O ramal que veio para o Estado de São Paulo chegou em 1875, às margens do rio Paraíba do Sul. Após a queda do Império, a ferrovia passou a se chamar Estrada de Ferro Central do Brasil.

Estação Rodrigues Alves Em 1906, foi construído o ramal de Piquete com a Estação Rodrigues Alves, a 636 metros de altitude, na chamada Estrada de Ferro Lorena–Benfica. Servia para atender ao transporte de produtos da fábrica de materiais bélicos do Exército Brasileiro, em Piquete.

FOTO MÁRCIO MASULINO

FOTO MÁRCIO MASULINO

Com o enorme aumento da produção do café no interior do Estado de São Paulo e, na mesma medida, a dificuldade de transporte de grãos para o porto de Santos, muitas ferrovias secundárias foram construídas para ligar o interior do Estado até a cidade de Jundiaí, de onde o café era transportado para Santos pela Estrada de Ferro São Paulo Railway Company. Para sanar esse problema, muitos cafeicultores se uniram para construir as vias férreas, dentre elas a Estrada de Ferro Bragantina que partia de Campo Limpo e ia até Bragança Paulista. Anos mais tarde, essa estrada foi comprada pela São Paulo Railway (1903) para evitar concorrência e estendida até a cidade de Vargem, com mais um troco de Caetetuba até Piracaia.

Companhia de Estrada de Ferro D. Pedro II

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Ferrovias

FOTO MÁRCIO MASULINO

Estação Pindamonhangaba

Estrada de Ferro Minas–Rio A Estrada de Ferro Minas–Rio, que ligava Minas Gerais ao Rio de Janeiro, foi construída pelos ingleses em 1884, como um ramal da Estrada de Ferro Dom Pedro II, cuja concessão pertencia a José Vieira Couto de Magalhães e ao Visconde de Mauá. Hoje, sob a direção da Associação Brasileira de Preservação Ferroviária, do quilômetro 24 ao quilômetro 34 está em funcionamento para passeios com saída em Passa Quatro e chegada na estação Coronel Fulgêncio para turistas e alunos, no projeto “Trem Turístico Cultural para Escolas”, que visa resgatar a história. Em seu trajeto, temos o túnel que é símbolo da derrocada paulista na Revolução Constitucionalista de 32, quando Getúlio Vargas enviou tropas federais para derrotar o exército paulista. Agendamento: (35)3371-2167 suldeminas@abpf.com.br

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Um local cheio de histórias sobre a ferrovia que tanto ajudou os enfermos e suas famílias. Um acervo rico em objetos, documentações e fotografias, além de mostrar a ousadia dos engenheiros ao construírem uma ferrovia para transpor uma serra exigente, com tecnologia do século passado. Aberto de segunda a sexta das 8h30 às 16h30. Onde: Rua Martin Cabral, 87 (12) 3644-7456 – Pindamonhangaba.

ACERVO CONSELHO DO PATRIMÔNIO DE PASSA QUATRO

Casa dos funcionários da EFCJ

FOTO MÁRCIO MASULINO

Centro de Memória Ferroviária da EFCJ



FOTO MÁRCIO MASULINO

Imigração

Conhecimento,

arte e crenças Costumes incorporados

O BRASIL SEMPRE DESPERTOU GRANDE INTERESSE NOS EUROPEUS, desde as primeiras notícias enviadas pelos colonizadores portugueses. País exótico, com fauna e flora incomuns para os conhecimentos da época. Um lugar de muitas terras para cultivo de inúmeros gêneros que, apesar da dificuldade climática e dos hábitos dos “selvagens”, representava uma grande possibilidade de se fazer fortuna. O fluxo imigratório para terras brasilianas foi intenso, desde sua descoberta até os anos de 1960. Os motivos variavam de país para país. Muitos chegaram aqui porque suas terras tinham sido desvalorizadas com a revolução industrial europeia; outros fugiam de perseguições políticas, religiosas e sociais, enquanto outros

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vinham apenas movidos pelo instinto de desbravar novos territórios. Mas todos tiveram em comum de superar muitas dificuldades para se adaptar a todas as imprevistas características tropicais. Apesar disso, foram os incautos imigrantes que sobreviveram e persistiram na empreitada brasileira, sempre pensando em um futuro melhor para seus descendentes. Diversas etnias influenciaram e algumas estão totalmente enraiadas e incorporadas em nosso cotidiano que já não nos damos conta, como a portuguesa e a italiana. Aqui ressaltamos três grupos de imigrantes que escolheram as terras da Mantiqueira para criarem seus filhos, netos, bisnetos...


FOTO RICARDO COZZO

FOTO RICARDO COZZO

FOTO MÁRCIO MASULINO

FINLANDESES De 1927 a 1938, vieram para o Brasil, até onde há registro, 500 imigrantes finlandeses. Desembarcaram no porto do Rio de Janeiro e seguiram para o Vale do Paraíba, onde fundaram o povoado denominado Penedo em território da atual cidade de Itatiaia. Inicialmente, a colônia era uma comunidade em terras coletivas. Depois foram divididos 250 lotes e cada um, a seu tempo, foi construindo sua casa. Porém o solo não era bom para cultivo e muitos saíram em busca de novas terras. Os que ficaram optaram por criar galinhas e, em conjunto, formaram uma cooperativa, que mais tarde (1943) se transformou no Clube Finlândia. A partir daí, houve uma significativa melhor na vida do povoado, transformando-o no que hoje é um dos pontos mais procurados por turistas no Estado

Baile finlandês que acontece todos os sábados no Clube Finlândia

do Rio de Janeiro. Conseguiram, por meio de suas tradições, despertar a curiosidade dos que visitam a cidade, encantando a todos com sua música, arquitetura, gastronomia e simpatia.

LETÕES Na década de 1920, desceram no porto de Santos os primeiros imigrantes da Letônia, país localizado na costa do Mar Báltico, fugidos dos rigores do regime bolchevista, imposto pela dominação da União Soviética, e da perseguição aos que professavam sua fé, principalmente os luteranos. Assim, ao chegarem ao Brasil, partiram de trem rumo ao oeste paulista, pela Estrada de Ferro Sorocabana, desceram em Paraguaçu Paulista e, depois de uma caminhada de 31 quilômetros, fixaram residência em território pertencente à atual cidade de Tupã, onde deram origem à primeira colônia letã do Brasil. O nome dado à colônia foi Varpa que, em letão, significa “espiga”. Também fundaram a Corporação Evangélica Palma. Muitos dos que vieram buscaram novas terras em locais diferentes, como ocorreu com Verner Grinberg que encontrou nas altitudes de Monte Verde o local ideal para trabalhar e permanecer.

Circuito Mantiqueira 31


Imigração

des dificuldades, com a agricultura de subsistência e a fabricação de telhas. Muitas vezes, o pinhão era o único alimento que dispunham. Em 1922, em sua própria casa, receberam seus primeiros hóspedes vindos da Escola Alemã do Rio de

Janeiro. Com a criação do Parque Nacional de Itatiaia, em 1947, o trânsito de pessoas aumentou consideravelmente e, o que era apenas uma casa de família, foi fundado o Hotel Bühler recebendo muitos estrangeiros e turistas de férias esco-

ACERVO MUSEUS DA FAMÍLIA BÜHLER

ALEMÃES A Vila de Maringá recebeu imigrantes alemães, com terras cedidas pelo Governo Federal em 1913. Vieram as famílias Bühler e Frech, de Stuttgart. Os Bühler conseguiram prosperar em meio às gran-

Navio Cap Verde da Hamburg Süd com os primeiros imigrantes germânicos desembarcados no porto do Rio de Janeiro

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ACERVO MUSEUS DA FAMÍLIA BÜHLER

Primeiro carro da Região de Visconde de Mauá, um Chevrolet Ramona de Roberto Bühler, em 1930.

lares. Porém, o reconhecimento da região veio com o movimento hippie e os Bühler montaram um camping que deixou muitas saudades. O movimento foi aumentando cada vez mais e com isso a ampliação e a modernização do hotel, respeitando sua personalidade inicial. Um hotel que ganhou vários prêmios de sustentabilidade por produzir quase 0% de lixo, o que o tornou uma referência em Hospedagem Sustentável. Onde: Rua do Ipê – Vila Maringá (24) 3387-1204/3387-1378.


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A TRADICIONAL HOSPITALIDADE FINLANDESA.

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Museus

Preservação da

história Entendimento do passado

OS MUSEUS SÃO UM RETRATO DE NOSSA HISTÓRIA e, por meio de seu acervo, conservam o passado e tornam palpáveis fatos memoráveis. Sem eles, ficaríamos apenas com abstrações históricas que não se concretizariam em nossa mente. É sempre louvável cultivar a atitude preservacionista dos registros de evolução de um país ou cidade. Com a ajuda de pessoas que sabem da importância da materialização de cada época, é que hoje podemos contemplar, pesquisar e entender melhor nossas raízes.

PIQUETE Este “cantinho” está repleto de artefatos importantes para a história de Piquete e também do país, pois possui um acervo fantástico que remete à vida dos tropeiros e dos vaqueiros. Podemos encontrar de tudo com peças expostas cuidadosamente por seu criador Lucas Rodrigues. Como ele mesmo escreveu em seu Livro de Ouro: “Este lugar, uma casinha simples; mas bastante respeitada; que já teve serventia; hoje como relíquia é transformada!”. Onde: Bairro dos Marins.

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FOTO MÁRCIO MASULINO

Museu Cantinho Histórico de Marins


SÃO BENTO DO SAPUCAÍ Museu da Revolução de 32

FOTO MÁRCIO MASULINO

Inaugurado em 2004, esse museu edificado em pau a pique está no lugar onde ainda podemos observar a trincheira feita na Revolução de 1932 por soldados paulistanos que lutaram contra os soldados da Federação. Uma luta sangrenta disputada na região principalmente por ser divisa com o Estado de Minas Gerais. Um acervo singelo com fotos, objetos e armas encontrados na região. Aberto às sextas, sábados, domingos e feriados das 9h às 18h. Onde: Estrada do Quilombo, 1.403 – (12)3971-2686.

VISCONDE DE MAUÁ

Museu Duas Rodas

Espaço de Memórias Bühler

Desde 1970, esse museu resgatou em ferros-velhos, acervos de colecionadores e doações mais de 110 peças entre bicicletas, ciclomotores e motocicletas. Grande destaque é a motocicleta de 4 cilindros dos anos 1930. Fica no Vale do Alcantilado – (24) 99268-0979 ou (21) 2457-4931.

FOTO MÁRCIO MASULINO

FOTO MÁRCIO MASULINO

Em meio a uma linda história de família, que conseguiu sobrevier a toda sorte em uma época que a Região de Visconde de Mauá ainda era mata fechada, sem as facilidades de comunicação atuais, este rico acervo exposto no Hotel Bühler, nos faz entender como as dificuldades eram enormes e como a coragem dos que vieram colonizar a região era vigorosa. Mais que peças, um exemplo de esperança e persistência. Onde: Rua do Ipê – Vila Maringá - (24)3387-1204 / 3387-1378.

Circuito Mantiqueira 35


FOTO MÁRCIO MASULINO

Museus

CAMPOS DO JORDÃO Museu Felícia Leirner

Museu Casa da Xilogravura

FOTO MÁRCIO MASULINO

De forma inusitada, este museu com 350 mil m² em área aberta contém 90 peças esculpidas por Felícia Leirner, artista plástica nascida em Varsóvia, moradora de Campos do Jordão. É considerado um dos mais importantes parques de esculturas do mundo. Aberto diariamente das 9h às 18h. Onde: Avenida Arrobas Martins, 1.880 – Campos do Jordão.

FOTO: CASA DA XILOGRAVURA

Uma linda viagem ao mundo da xilogravura em suas várias vertentes. O professor Antonio Costella, fundador e diretor desse museu, expõe seu vasto acervo de forma didática, nos ensinando a trajetória desse recurso de impressão. Reúne também xilogravuras raras e de imensa beleza, como os trabalhos da escola Ukyio-e, datados entre os séculos XVII e XIX, na cidade de Tóquio. Do Brasil, vêm vários exemplares da literatura de cordel. Aberto de quinta a segunda das 9h às 12h e das 14h às 17h. Onde: Avenida Eduardo Moreira da Cruz, 295 – (12)3662-1832 – Campos do Jordão.

Carruagem de Ana Jansen Airton Marinho-1987 36 Cidade&Cultura


Circuito Mantiqueira 37


Museus

PINDAMONHANGABA Museu Histórico e Pedagógico Dom Pedro I e Dona Leopoldina Datado de 1850, foi construído em taipa de pilão nas paredes externas e de pau a pique nas internas, pelo visconde de Palmeira, capitão Antônio Salgado da Silva. Após a venda do palacete, passou a abrigar a Escola de Pharmácia e Odontologia; depois foi sede da Santa Casa de Misericórdia de Pindamonhangaba e do Ginásio Municipal, que ali funcionou até 1961. Seu acervo é riquíssimo e cobre vários períodos históricos, não só da região, mas também do Brasil. Em suas antigas alcovas, uma mostra incrível de fotografias, mobiliário e documentos. Aberto de terça a sábado das 8h às 17h. Ondde: Rua Mal. Deodoro da Fonseca, 246 – Pindamonhangaba.

PENEDO Museu Finlandês Eva Hilden Com um acervo rico da cultura finlandesa trazida pelo casal Eva e Marcus Hilden, o museu completa a viagem às origens dos fundadores de Penedo. Roupas, tapeçarias, mobiliários, selos, bebidas, fotografias, brinquedos representam a vida diária desses imigrantes que escolheram Penedo para viver e criar as futuras gerações. Aberto de segunda a sábado das 10h às 17h e aos domingos das 10h às 15h. Onde: Avenida das Mangueiras, 2.601 (24) 3351-1374.

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Museu Regional da Fauna e da Flora – Parque Itatiaia Fundado em 1942, este museu vem fazendo seu acervo desde 1913, com as primeiras coleções botânicas. São mais de duas mil espécies de frutos, quatrocentos animais e mais de dois mil insetos e aracnídeos. Abriga também a biblioteca com exemplares de Botânica, Ciências Biológicas e Ambientais e Zoologia. Onde: Parque Nacional do Itatiaia (24) 3352-1461/3352-1652


O que há de melhor em descanso e lazer!

Sob o olhar da Mantiqueira

Gonçalves - Minas Gerais

Localização:

Restaurante com fogão a lenha e visão

Bairro Boa Vista - Gonçalves - Minas Gerais

panôramica do vale (1.650 m de altitude)

COMO CHEGAR:

Cambuí MG Rod. Fernão Dias

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Bairro dos Costas

Bairro Sertão Cantagalo

Chalés privativos com hidromassagem.

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Informações e Reservas: (11) 98196.3880 / (35) 98456.7390

Bairro Boa Vista

Centro de Gonçalves Igreja Matriz

Ponte Bairro São Sebastião

Capela Bairro Campo do Retiro de Futebol

Atendimento via telefone das 9hs às 21hs De segunda a sábado / 9hs às 18hs aos Domingos

Posto BR

Cachoeira do Simão Rodoviária Bairro dos Venâncios Ponte

Belo Horizonte 464 km Rio de Janeiro 370 km São Paulo (pela Carvalho Pinto) 240 km Portal de Gonçalves São Paulo (pela Fernão Dias) 182 km Campinas (pela D.Pedro/ Fernão Dias) 180 km São José dos Campos 100 km Paraisópolis MG Pouso Alegre 80 km Itajubá 80 km

São Bento do Sapucaí SP

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Turismo Religioso

Templos

de fé e filosofia O amor que nos une

Igreja Nossa Senhora do Rosário - Bragança Paulista 40 Cidade&Cultura

A COLONIZAÇÃO PORTUGUESA NO BRASIL trouxe para estas terras a devoção à Igreja Católica Apostólica Romana e todos os seus dogmas. Em sua fé, os colonizadores ergueram seus templos, inicialmente com materiais locais, como o barro, a pedra e a madeira para demarcar suas áreas cuja proteção dedicavam a um santo e a este rogavam por dias melhores, e também para que espantassem as pestes e os desviassem de inimigos, como os índios. A fé católica continua firme, porém seus templos representam mais do que um lugar de oração, pois são edifícios que retratam em sua ancestralidade a cristianização europeia e são um retrato da própria história brasileira.


São Bento do Sapucaí Igreja Matriz São Bento Construção em taipa de pilão com madeira de lei, este belíssimo exemplar arquitetônico foi erguido por mãos escravas em 1853. Onde: Praça Cônego Bento de Almeida, 442.

São Bento do Sapucaí

ACERVO SECRETARIA DE TURISMO DE SÃO BENTO DO SAPUCAÍ

Capela do Mosaico Da antiga Capela de Santa Cruz restam somente as paredes; seu interior foi totalmente revestido de cacos de vários materiais e fragmentos de estátuas de santos. Um trabalho denso e interessante dos artistas plásticos Ângelo Milani e Cláudia Vilar. Onde: Rua Treze de Maio, 217.

Bragança Paulista Madre Paulina Austríaca de 1865, Amabile Lucia Visintainer, cresceu pobre. Aos 10 anos de idade, mudou-se para o Brasil e, junto com a família, foi morar no Estado de Santa Catarina, em Nova Trento. Desde os 12 anos, dedicou sua vida à causa dos pobres e dos órfãos, levando sua força na fé e no trabalho para acolher os necessitados. Em 1895, recebeu o nome de Madre Paulina do Coração Agonizante de Jesus. Passou por Curitiba, São Paulo e Bragança Paulista onde deixou uma série de obras até hoje em funcionamento, com a Congregação das Filhas da Imaculada Conceição”. Morreu de diabetes, cega, em 9 de julho de 1942. O Papa João Paulo II canonizou-a em 2002, sob o nome de Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus. É considerada a primeira santa brasileira. Circuito Mantiqueira 41


Turismo Religioso

Piquete Igreja Nossa Senhora das Dores (antiga Igreja das Almas) Datada de 1875, então sob o nome de Igreja das Almas, é um marco do início do povoado de Piquete. Seu interior abriga obras belíssimas com imagens e quadros que representam a Via Sacra. Onde: Praça Pio XII.

Santo Antônio do Pinhal Igreja Matriz Santo Antônio de Pádua Em 1811, foi construída toda em madeira e, em 1924, com taipa de pilão. Mais uma obra-prima preservada da Mantiqueira. Onde: Praça Monsenhor Azevedo, 50.

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Extrema

Monteiro Lobato

Santuário de Santa Rita Datado de 1850, seu rico interior contém dezenas de obras tombadas do artista italiano Alfredo Mucci, confeccionadas em latão martelado. Onde: Praça Presidente Getúlio Vargas – (035)3435-1066.

Igreja Matriz Nossa Senhora do Bonsucesso Datada de 1912, é o marco da fundação do povoado. Onde: Rua Cônego Antônio Manzi, 110.

Pindamonhangaba Igreja Matriz Nossa Senhora do Bonsucesso Reformada em 1849, sua construção original data do século XVIII. Em seu interior está enterrado o almirante Antônio Bicudo Leme, fundador da cidade. Onde: Rua Deputado Claro César.

Cidades

Padroeiros

Bragança Paulista Campos do Jordão Extrema Gonçalves Joanópolis Monteiro Lobato Monte Verde Passa Quatro Penedo Pindamonhangaba Piquete Santo Antônio do Pinhal São Bento do Sapucaí São Francisco Xavier Visconde de Mauá

Nossa Senhora da Imaculada Conceição Santa Terezinha Santa Rita Nossa Senhora das Dores São João São Sebastião São Francisco de Assis São Sebastião São José Nossa Senhora do Bom Sucesso São Miguel Arcanjo Santo Antônio São Bento São José Nossa Senhora da Conceição



Turismo Religioso

Meditação e paz interior OS RETIROS ESPIRITUAIS PARA CONSAGRADOS SÃO MILENARES e foram assimilados pelos ocidentais com a proximidade da cultura oriental. Atualmente, muitos retiros, que podem ser chamados de mosteiros, conventos, viara ou gompa, recebem visitantes e até hós-

pedes para que estes possam alcançar a paz por meio de orações, contemplação ou meditação. Não importa a religião e, sim, o estado de espírito. Passar alguns dias em puro contato com a espiritualidade é uma grande experiência.

FOTO MÁRCIO MASULINO

Campos do Jordão Krishina Shakti Ashram Regina Shakti, missionária e fundadora, é uma profunda conhecedora da prática do yoga e também discípula de Srila Bhakti Raksak Sridhar Dev Goswami Maharaj. Cada recanto do ashram tem seu toque de beleza. Existem chalés para quem quiser se hospedar, e a alimentação é vegetariana, mas Regina deixa claro que não é uma pousada com fins lucrativos, e sim uma fonte de renda para sustentar o ashram. Agendamento: (12)3663–3168.

Campos do Jordão

Campos do Jordão Templo do Grande Amor – budismo tibetano Inaugurado por S. S. Lama Gangchen Rinpoche em 2009, o templo é o resultado da generosidade, do esforço e da dedicação do Lama Gangchen e de seus amigos e discípulos. As atividades consistem em meditação para transformação interior. É considerado um dos maiores templos do budismo tibetano da América do Sul. Agendamento: (11)3871-4827. 44 Cidade&Cultura

FOTO MÁRCIO MASULINO

Mosteiro de São João Desde 1968, este mosteiro, fundado pela Madre Margarida Hertel, vem atraindo diversas pessoas que querem aquietar a alma. Aberto diariamente das 8h às 18h30. Agendamento: (12)36731060 Onde: Avenida Doutor Adhemar de Barros, 330.



Turismo Religioso

Pindamonhangaba Fazenda Nova Gokula Situada em área de proteção ambiental, é a maior comunidade Hare Krishna da América Latina. Na fazenda há casas de devotos, restaurante, lanchonetes, pousada, camping, chalés, lojas e dois templos, com cerimônias abertas aos não devotos a partir das 4h30. Centro de encontro alternativo, frequentado por turistas, estudantes, naturalistas e espiritualistas à procura de paz, equilíbrio e retiro espiritual, oferece passeios monitorados pelo templo e por trilhas, culinária védica, loja com ervas medicinais, roupas indianas e artesanato. Agendamento: (12)99673-2022. Onde: Rua Bhakti Marga, 28.

Extrema Casa Ain Karim De beleza ímpar, este local, cujo nome significa “fonte da vida”, traduz a simplicidade do bem viver. Além de desfrutarmos de horas agradáveis, o café com geleias e pimenta dão um toque espetacular ao dia. Onde: Bairro dos Forjos – (11)3902-4717.

Extrema Templo Ecumênico Arcanjo Miguel Mais do que um templo, o local é um complexo onde não há distinção entre religiões. As atividades englobam desde religiões asiáticas até o Santo Daime. Uma verdadeira comunhão de respeito, onde o principal objetivo é a cura do espírito. Onde: Rua das Acácias, 888 – (35)3435-5591/99191-8995.

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Lendas

O imaginário como pano de fundo

O inexorável medo do oculto

EM TODAS AS CIVILIZAÇÕES, MUITAS HISTÓRIAS FORAM CRIADAS com base no imaginário de seus autores e reproduzidas de geração para geração. Algumas dessas histórias são relatos do que o olho humano captou em um tempo em que os fenômenos da natureza eram ainda pouco explicados. Outros foram criados como contos de

Visconde de Mauá Duendes, gnomos e fadas Habitantes fantásticos, como duendes, gnomos e fadas, vivem em Visconde de Mauá e só podem ser vistos por crianças e adultos com visão especial. Mas, para sabermos se temos ou não o poder de avistá-los, é preciso conhecer cada um. Duendes e gnomos são humanos pequeninos que vivem nas antigas minas ou em troncos de árvores. A primeira descrição sobre esses humanoides foi feita no século XVI pelo famoso alquimista, médico, astrólogo e ocultista Paracelso, que classificou os seres elementais entre fogo, água, ar e terra; neste último elemento entram duendes e gnomos. Já as fadas são elementais do ar e acredita-se que estão ligadas ao destino humano. Portanto, ao passearmos pelas matas e trilhas de Visconde de Mauá, não custa tentar abrir os olhos e a mente para vislumbrar uma dessas criaturas mitológicas. Uma self e tanto! 48 Cidade&Cultura

fada por puro entretenimento, mas que perduram até hoje por seu encantamento e poesia, tornando o mundo mais atrativo e curioso. As lendas são um grande tesouro de uma cultura, pois relatam fatos do cotidiano de cada povo.


Os padres Se você deparar com dois padres vagando à noite em São Francisco Xavier, não se assuste, pois são conhecidos do povo do distrito. Um teria assassinado uma mulher por vingança e o outro ainda busca a imagem perdida de São Francisco.

Joanópolis Lobisomem A origem da lenda do lobisomem é grega e o número cabalístico “7” está intrinsecamente ligado a ela. Depois de uma mulher dar à luz 7 filhas, se o oitavo for um homem, este será um lobisomem que já é reconhecido como tal devido às características físicas desde seu nascimento: orelhas pontudas, palidez e forte magreza. No seu 13º aniversário, na primeira noite de lua cheia, ele se transforma em lobo e visitará 7 pátios de igreja e 7 vilas, atacando preferencialmente bebês não batizados. Para matá-lo, pode-se atirar com uma bala de prata, arrancar sua cabeça ou enfiar uma estaca em seu coração. Por mais inacreditável que pareça, o lobisomem é uma figura muito comum no imaginário das pessoas das áreas rurais, que o temem e até tomam atitudes de proteção contra esse monstro. São inúmeros relatos de aparições. Dá até para acreditar em sua existência, tamanho o realismo das histórias de avistamentos. Para o livro Lobisomem: assombração e realidade da autora Maria do Rosário de Souza Tavares – que o publicou em 1983 –, a pesquisa foi feita na cidade de Joanópolis que possui um extenso relato de aparições da fera, tanto é que, em 1998, foi criada a Associação dos Criadores de Lobisomens – ACL que difundiu ainda mais o mito. Quando antes o lobisomem só trazia pânico e terror, hoje é motivo de celebração e admiração aos que visitam Joanópolis.

Extrema O Diabo e a afinação Rio Abaixo Esta lenda é bastante inusitada, pois dela derivou uma forma de arte que poucos executam tão bem quanto os violeiros de Extrema. Explicando melhor: o diabo descia os rios tocando uma viola que, com sua afinação diferenciada, fazia com que as mulheres fossem seduzidas ou mesmo enfeitiçadas. Elas se emocionavam tanto que até choravam e seguiam o diabo onde ele fosse até sumirem. Acredita-se que os violeiros, ao ouvirem o tocar do diabo, aprenderam a afinar seus instrumentos na mesma escala e também foram enfeitiçados pelo demônio. A essa afinação deu-se o nome de cebolão, pois as mulheres choravam copiosamente como se estivessem a descascar cebolas; outra maneira mais técnica de mencioná-la é “afinação Rio Abaixo”. Mas não paramos por aí. Esses violeiros também podem ter feito a simpatia da cobra-coral, ou terem rezado na Sexta-feira Santa no túmulo de violeiros falecidos. Seja como for, o fato é que os Violeiros do Parque são simplesmente maravilhosos na arte de tocar suas violas e de encantarem a quem os escuta. Contato: violeirosdoparque@ gmail.com

FOTOS: INTERNET

São Francisco Xavier

Circuito Mantiqueira 49


Arquitetura

Casarão Penedo Antiga fazenda cafeeira datada de 1836, construída por Maria Benedita Gonçalves, conhecida como a “Rainha do Café”, está totalmente restaurada e hoje tornou-se um local para eventos. Em sua história, foi um retiro do Mosteiro de São Bento e mais tarde, a fazenda onde os primeiros colonizadores finlandeses se estabeleceram, em 1929. Onde: Avenida das Mangueiras, 430 – Penedo.

Diversidade

de culturas Heranças estruturadas

A ARQUITETURA É UM RETRATO DAS CONDIÇÕES ECONÔMICAS E SOCIAIS de um período da sociedade. Hoje, temos a verdadeira noção da importância da preservação das construções de época que contam a nossa história e nos remetem ao passado a fim de darmos valor às conquistas e ao desenvolvimento gradativo de séculos e séculos de colonização. Entre as décadas de 1950 e 1980, vimos um grande volume de novas 50 Cidade&Cultura

construções nas grandes e pequenas cidades pondo abaixo diversas edificações históricas. Hoje, as que conseguiram sobreviver fazem parte de atrações turísticas e culturais dos municípios. Nas cidades da Serra da Mantiqueira, temos muitos desses exemplos ainda em pé ao lado de outras, mais ousadas e criativas, que também compõem um cenário lúdico e cativante para os curiosos.


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1 - Casarão em Penedo 2 - Palacete do Barão de Itapema em Bragança Paulista 3 - Casa colonial em São Bento do Sapucaí

Estilo colonial O primeiro estilo arquitetônico introduzido no Brasil por meio dos colonizadores portugueses foi o colonial que perdurou até a independência do Brasil, em 1822. Ao longo dos seus três séculos de predomínio, as edificações agregaram alguns estilos importados da Europa, como o renascimento, o maneirista, o barroco, o rococó e o neoclássico. Porém, a estrutura das edificações era à base de taipa de pilão, adobe, pau a pique e pedra. As construções se valiam somente de materiais encontrados no Brasil, sendo muito difícil termos objetos de metal, que valiam uma verdadeira fortuna. Somente com a pujança cafeeira é que passa a ocorrer em maior escala a importação de artefatos decorativos para interiores e fachadas de casas, casarões e palacetes, que então ganharam um “ar” de sofisticação em suas construções coloniais. Circuito Mantiqueira 51

FOTOS MÁRCIO MASULINO

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FOTO MÁRCIO MASULINO

Arquitetura

Chalé

FOTO ROBERTO TORRUBIA

Típica construção das cidades da Mantiqueira que, por motivos históricos e culturais, adotaram essa espécie de arquitetura. Muitos dos primeiros povoadores dessa região vieram do norte europeu onde se utilizava a madeira disponível para edificar suas moradias. Na Mantiqueira, ergueram então verdadeiros chalés europeus cuja característica é o telhado fortemente inclinado para que a neve não acumule no topo e cause desabamento. A palavra “chalé” vem do francês, chalet, e designa a casa de pastores típica dos Alpes, principalmente os suíços. Como os “chalets” eram utilizados apenas na época de verão, esse termo virou sinônimo de casa de campo. A grande maioria dos imigrantes do norte da Europa, ao chegarem aqui, preferiram lugares mais frios, de clima mais semelhante ao de sua terra natal. Com isso, o sul do país e a altitude da Serra da Mantiqueira tornaram-se o local ideal para sua fixação.

A estrutura de uma fazenda conta com várias construções que favorecem e facilitam os trabalhos árduos do campo. No período áureo do café, estes conjuntos possuíam elementos como a casa-grande, a senzala, o terreiro e a tulha. A senzala, como já sabemos, era o local de “abrigo” dos escravos, levantado com barro socado e algumas ripas de madeira com teto em palhoça. Com o fim da escravidão e a vinda dos imigrantes europeus, as senzalas foram demolidas para dar lugar à construção das casas de colonos, geminadas. O terreiro era um grande espaço no solo, forrado com tijolos de barro, e servia para a secagem do café; a tulha era o local de armazenagem dos grãos. Com o declínio da cultura cafeeira e, consequentemente, a falência de seus proprietários, muitas fazendas foram vendidas para os colonos que ali trabalhavam e tornaram-se produtoras de leite, mudando a estrutura das construções. Normalmente, a casa principal (antiga casa-grande) foi mantida, porém o terreiro, a tulha e as casas de colonos foram derrubados para dar espaço a currais maiores, paióis e pastos de maior território. 52 Cidade&Cultura

FOTO SHUTTERSTOCK

Casa de fazenda


Construção de alto padrão ENG: high standard Construction

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FOTO NATHALIE STERBLITCH

Arquitetura

Palácio Boa Vista, em Campos do Jordão

Palácio Boa Vista

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A construção datada de 1932 foi uma das primeiras de Penedo. O finlandês Toivo Uuskallio, o primeiro morador de Penedo, a construiu para sua moradia. Atualmente, não há como visitá-la por dentro, porém sua suntuosidade basta para termos uma noção dessa edificação em pedras extraídas dos rios locais. Onde: Avenida Casa de Pedras, 664 - Penedo.

Liberdade de projetos Outro aspecto arquitetônico da região é a grandiosidade de edificações em estilos variados em Campos do Jordão. De uma cidade simples, equipada principalmente para a cura dos acometidos pela tuberculose no fim do século XIX e início do século XX, como os chalés da Vila Ferraz, Campos do Jordão passou a ser uma cidade de grande procura por turistas de toda a América Latina, diante de suas temperaturas amenas e o ar puro das altitudes elevadas. Com isso, Campos de Jordão se transformou em um grande oásis para arquitetos de gabarito internacional. Inicialmente no bairro Capivari, as construções começaram a despontar sobre o terreno montanhoso e hoje se espalham por toda a cidade. FOTO DIVULGAÇÃO

São três mil m² de área construída, 35 ambientes e 105 cômodos. Este fantástico exemplar de arquitetura em estilo Maria Tudor, construído em 1964, é a residência de inverno do governador do Estado de São Paulo. Além de sua estrutura palaciana, em seu interior podemos admirar obras de aristas como Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, Aldo Bonadei, Di Cavalcanti, Victor Brecheret, Alfredo Volpi, Cândido Portinari, além de imagens barrocas, entre outras, formando um conjunto único que faz parte do Acervo Artístico-Cultural dos Palácios do Governo do Estado de São Paulo. Essas obras-primas estão abertas a visitação desde 1970, e o público tem acesso a vários cômodos onde pode examinar boa parte da história do Brasil. No lado de fora, a Capela de São Pedro Apóstolo, construída em 1989, é decorada com obras sacras do período colonial. Aberto de quarta a domingo e feriados das 10h às 12h e das 14h às 17h. Onde: Av. Adhemar de Barros, 3.001 – Campos do Jordão.

FOTO MÁRCIO MASULINO

Casa das Pedras

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Artes

Expressões

artísticas

Formas, cores e movimentos

A SERRA DA MANTIQUEIRA ABRIGA GRANDES ARTISTAS que se envolveram com as belezas naturais da região e fizeram dela a matéria-prima retratada em suas obras. Cada peça tem uma história, uma idealização, um teor de magia, um toque de mestre. Ao conhecermos esses artistas, temos a oportunidade de entender todo o esplendor que é sua fonte de inspiração. A arte, como representação cultural de um povo, aqui é demonstrada de maneira característica e ao mesmo tempo lúdica.

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Campos do Jordão

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VANESSA BALLET Vanessa ballet, não é apenas um escola de ballet, mas sim uma fábrica de sonhos de crianças, jovens e adultos. A escola acredita no talento de cada criança e jovem, trabalha com muita dedicação na formação de cada um com muito respeito, carinho e amor. Nessa trajetória de 20 anos, além de muitos alunos, histórias e frutos, foram mais de 700 prêmios em festivais nacionais e internacionais, entre eles o 1º lugar do Festival de Dança de Joinville (o melhor festival de dança do Brasil), três participações no maior festival de dança do mundo o YAGP em Nova York, e em uma delas, ficando entre os 12 melhores. Participação do Festival Tanzolymp em Berlin, e muitos outros prêmios importantes foram conquistados no decorrer de todos os anos. Na busca de realização de sonhos, muitos alunos hoje se tornaram grandes professores e muitos continuam dançando pelo mundo. Onde: Rua Brigadeiro Jordão, 768 – (12)3664-1414


FOTO MÁRCIO MASULINO

REYNALDO CALLES De família de origem espanhola que mantinha um ferro-velho, desde pequeno Reynaldo convivia com placas, porcas e chapas das quais guardava alguns retalhos metálicos e com eles produzia sua arte. Contemporâneo, formou-se em Arquitetura e foi o primeiro arquiteto do Estado de São Paulo que utilizou material de demolição em construções. Seus trabalhos estão na Inglaterra, na França, na Áustria e nos Emirados Árabes. Contato: (12)3662-5118.

DONA ZEZÉ Uma homenagem à tão querida professora Zezé Maria José Ávila foi professora do Curso Normal na Escola Teodoro Correia Cintra. Desde pequena desenha com lápis de cor. Após se aposentar, dedicou-se à pintura e à poesia. Publicou quatro livros. Hoje, pertence à Academia de Letras de Campos do Jordão, com a cadeira 19. Um pequeno trecho de sua poesia favorita, “Se tenho que partir”, nos dá a dimensão de sua sensibilidade:

FOTO MÁRCIO MASULINO

FOTO MÁRCIO MASULINO

...Possa eu repousar Sob um manto de estrelas e luar, Ouvindo a voz do vento, Os murmúrios da floresta, A melodia dos riachos e cascatas, Mergulhada em plena festa...

São Bento do Sapucaí DITINHO JOANA O próprio artista, Ditinho, já é uma obra de arte, pois carrega em seus ombros todo o legado da vida na roça. Porém a arte bateu em sua porta e o convidou a largar a enxada e usar suas mãos para retratar a simplicidade de sua vida como lavrador. Referência na cidade em que mora, Ditinho é um artista que faz história e, nela, ele é a peça central. Onde: Rua Projetada, 42 (12)3971-2579. Circuito Mantiqueira 57


Artes

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Santo Antônio do Pinhal

EDUARDO MIGUEL Uma explosão de vitalidade é o que se sente neste ateliê. De cada galhinho de árvore a troncos enormes surgem obras de grande significado espiritual, como se a natureza pedisse a este artista para transformá-la em algo que encante a quem puder. A loucura organizada de sua matéria-prima faz parte de uma “exposição” de obras que ainda não receberam o toque de mestre de Eduardo. Quando ele finaliza uma peça, ela se mostra única e bela. Onde: Estrada das Cerejeiras, 203 – (12)3666-1821

JP ECODESIGN O designer autodidata João Paulo Raimundo, resgatou a técnica milenar do papel machê para fazer o papelão voltar à sua origem. Criando móveis, esculturas e peças de decoração que recebem um fino acabamento, Raimundo produz peças resistentes e com aparência de madeira ou ferro. Onde: Rua Cônego Tomaz, 42 – (12)98211-3144 58 Cidade&Cultura

HUMBERTO OLIVEIRA A cultura caipira surge esculpida no barro de modo extasiante, tamanha a realidade de suas obras. São imigrantes e caipiras de um perfeccionismo inacreditável. Conhecido como “Escultor da Montanha”, Humberto retrata fielmente suas origens. Onde: Rua Governador Carvalho Pinto, 82 – (12)99216-8040

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FOTO MÁRCIO MASULINO

SERGIO CALLIPO Autodidata, já participou de varias exposições nacionais e internacionais, e tem obras na França, na Alemanha, na Espanha, na Itália, em Portugal além de outros países. Foi premiado pelo governador Geraldo Alckmin como o melhor escultor do Estado de São Paulo, em uma exposição de peças esculpidas em argila de cupim. Em Pindamonhangaba, há vários monumentos de sua lavra, e o mais famoso é o cartão de visita da cidade, uma homenagem a Mazzaropi, instalada na rotatória da estrada que liga Pindamonhangaba a Taubaté. Na paróquia de Nossa Senhora da Assunção, está a escultora de São Bento, em tamanho natural. Seu amor pela história do Vale da Paraíba leva-o a se expressar com obras que descrevem o povo desse belo lugar. Contato: (12)99650-9680.

FOTO MÁRCIO MASULINO

Pindamonhangaba


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Bragança Paulista SÉRGIO PRATA Um dos maiores artistas plásticos brasileiros, Sergio Prata, muito precocemente, já fazia da arte sua vida. Aos 17 anos recebeu o Prêmio Nacional Air France e, com isso, ganhou uma viagem a Paris e lá foi aceito em duas escolas superiores de artes. Optou pela École Nationale Supérieure des Beaux Arts, onde teve a oportunidade de estudar as obras dos grandes mestres. Criou dezenas de painéis monumentais em mais de vinte igrejas e, como pesquisador, deu continuidade aos estudos técnicos com especialistas, restauradores, técnicos de pintura, industriais do setor artístico, iconógrafos e vitralistas. Em 1996, desenvolveu a técnica trifásica, com a qual cria obras visíveis no escuro e sob luz ultravioleta. Defensor ferrenho do estudo das técnicas empregadas pelos antepassados, explica que todo artista deve herdar o conhecimento dos grandes mestres da arte: “Aplicar as técnicas comprovadamente resistentes é a maneira de perpetuar sua obra”. Contato: (11)99597-0275 – e-mail: artista@sergioprata.com.br.

MILAN HORVAT Sérvio, cubista e dono de uma sensibilidade única, Milan Horvat tem suas obras expostas no mundo todo e escolheu Bragança Paulista para viver. Formado pela Universidade de Belgrado, sua pintura é rica em formas geométricas que reconstroem a arquitetura em cores discretas, porém alegres. Hora despertam a calma, hora despertam o caos. Contato (11)4031-1667.

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FOTO MÁRCIO MASULINO

FOTO MÁRCIO MASULINO

BICHO CARPINTEIRO O nome do espaço de Jarbas Noronha, “Bicho Carpinteiro”, traduz com muito humor suas invenções artísticas. Móveis e brinquedos coloridos, feitos com materiais reciclados e com muita criatividade ao adaptar o que tem ao seu redor e produzir peças incríveis com. Aqui, a inventividade corre solta. Como Jarbas teve a oportunidade de viajar por mais de 40 países, sua inspiração nasce de suas experiências, que são muitas. Onde: Estrada Sebastião Motta dos Santos, 2.500 – (12)99727-0870 – Bairro dos Souzas.

FOTO MÁRCIO MASULINO

Artes


ATELIÊ SR. ADÃO Tradicionalíssimo, sr. Adão é um dos artistas que desenvolve em suas esculturas, o cotidiano da vida rural. As imagens religiosas são um espetáculo pela capacidade de transmitir a fé entalhada na madeira; Onde: Rua Fausto Ribeiro de Souza, 372 - (35) 999922634

FOTO MÁRCIO MASULINO

Gonçalves

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ATELIÊ SOBRADO DA PAINEIRA – DONA ROSA Durepox, pintura em naif, terra colorida, Dona Rosa e Nilton Tadeu expõem suas obras neste ateliê regado com compotas doces e de pimentas. Uma graça colorida. Onde: Estrada Gonçalves/Remédios (35) 99853-4501/99813-6089.

De William Shakespeare Direção e adaptação Isadora Jager

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Artes

Extrema

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BANDA CORDA BAMBA Banda mineira, com muitas referências de músicos como Milton Nascimento, 14 Bis, Zé Ramalho, Elis, entre outros grandes desta geração e também de clássicos internacionais. Com toda essa mescla, a banda faz uma releitura na criação de arranjos voltados para o rock e o blues, no chamado rock rural, preservando a essência da música brasileira. Contato: (35)98861-5356/99961-3319.

Itatiaia

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TATIANA CLAUZET Tatiana, inspirada no deserto australiano, começou a pintar e desenvolveu um estilo em que a natureza é imperial.. Montou seu ateliêno no Parque Nacional do Itatiaia, em meio à Mata Atlântica, onde reproduz em formas curvas e arabescos o cenário ao redor. Deu a volta ao mundo com seu trabalho, buscando mais informações em outros ecossistemas. Na República Tcheca, desenvolveu a técnica do desenho em papel. Onde: Parque Nacional do Itatiaia, km, 16 – (24)99998 –6355 – www. tatianaclauzet.pro.br -Itatiaia.

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Monte Verde PAULA UNGER Paula Fani Sneider Unger, ou Paula Unger, como é conhecida artisticamente, nasceu em São Paulo. Cursou Artes Plásticas na Faculdade de Belas Artes de São Paulo. Em 1979, optou por trabalhar com cerâmica. Fez pesquisas sobre texturas naturais, como rochas, cascas de árvore, pedras, como as do Grand Canyon, montanhas do deserto do Neguev, da Cordilheira dos Andes, da Serra da Mantiqueira, entre outras localidades. Iniciou um novo projeto que está relacionado ao estudo das argilas vendidas no mercado brasileiro, montando uma nova base para o futuro do seu trabalho. Nos últimos vinte anos, cavem explorando um universo simples e sinuoso, no qual círculos e espirais, formas quadriculadas e hexagonais, com o auxílio de máscaras, brincam num diálogo constante, remetendo a um caminho sempre inovador, lúdico e criativo. A Unger’s Pottery House – Art Gallery, em Monte Verde, ocupa um espaço de 3.000 m² onde a natureza e a arte se fundem numa bela e harmoniosa manifestação criativa. Voltada para a arte contemporânea, a Galeria expõe peças de jardim e interior. Onde: Rua da Represa, 1.307 – (35)3438-1470 – Monte Verde.


FOTO MARCIO MASULINO

Penedo KACÁ VERSIANI Com peças extraordinárias, esculpidas em mármore, Kaká Versiani, trabalha em sua arte desde 1968 e decidiu montar seu ateliê em Penedo, depois de morar muitos anos em Lisboa, Portugal, onde foi diretor de arte da Galeria Potthoff, colaborador do Centro Internacional de Escultura de Sintra, e coordenador do 1 Encontro Internacional de Esculturas Monumentais de Braga, anos que lhe deram fama e reconhecimento. Suas peças são de uma sublimidade ímpar que transforma o bruto mineral em um sutil sopro divino de pura leveza. Contato: (24)99959-4726 – www.kacaversiani.art.br – facebook Kacá Versiani – kacaarte@yahoo.com.br.

MARTTI VARTIA Nascido em Helsinque, Finlândia, o escultor, Martti Vartia, vem de uma família de amantes das artes. Com o pai músico e a mãe crítica de teatro, logo cedo seus talentos se pronunciaram e foi na marcenaria que se encontrou, tendo aulas com o mestre marceneiro Edward Rautanen. Depois de viver muitos anos em ilhas espanholas e ter se acostumado com a personalidade latina, veio ao Brasil e fixou residência em Penedo, onde produz magníficas peças. Trabalha com elementos da natureza, dando formas aos troncos de árvores. Algumas de suas obras estão expostas na Finlândia, nos Estados Unidos, na França e em outros locais no Brasil. Onde: Estrada Três Cachoeiras, 3.955 – martti.vartia@brascit.fi.

FOTO MARCIO MASULINO

FOTO PAULO INNOCÊNCIO

RIBALDI Engenheiro por profissão, artista plástico por paixão, escolheu a segunda para dar sentido à sua vida. Começou pintando quadros, porém foi no mosaico que pode aliar todos os seus conhecimentos matemáticos às suas peças. Disse-nos que suas obras são pura “construção da tridimensionalidade”, com medidas milimétricas que só o mosaico pode proporcionar. Para aprofundar sua técnica, foi a Ravena, na Itália, para uma Master Class com dez alunos do mundo inteiro que só ouviram, por cinco dias, a história milenar do mosaico. Adotou também a marcenaria artística, complemento da arte do mosaico. Onde: Rua Bela Vista, s/n - (24)99999-3241.

Circuito Mantiqueira 63


Artes

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NIVEA LEITE Iniciou seus estudos de aquarela chinesa com Liu Chang e tem participado de oficinas e workshops incorporando técnicas variadas. Mora no Vale das Flores, Bocaina de Minas desde 1984. Na Fazenda Boa Vista, de natureza preservada na região da serra da Mantiqueira, pode observar as espécies de plantas e insetos, objetos de inspiração para suas aquarelas que retratam a vida nesta região de Mata Atlântica. Contato: maua.centrocultural@gmail.com

FOTO MÁRCIO MASULINO

ROBERTO GRANJA Roberto Granja, nascido no Rio de Janeiro em 1955, mora em Visconde de Mauá desde o final dos anos 70. Desde que veio morar aqui, sua obra sempre foi inspirada, na gente, na música e na natureza da região. Contato: (24) 3387-1056 - Vale das Cruzes.

Visconde de Mauá

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Borboleta morpho laertes na goiaba

FÁBIO GENOVESI Um lindo ateliê, repleto de obras de matéria-prima vinda da natureza. Pesquisador de possibilidades do uso de recursos naturais, Fábio se dedica à arte feita com pedras, sementes e fibras da Mata Atlântica. Onde: Alameda Gastronômica – Maringá – (24)92248-1998. 64 Cidade&Cultura

FOTO MÁRCIO MASULINO

JORGE BRITO Pedreiro, mas sempre de olho e mãos na arte, Jorge Brito foi incentivado pelo artista plástico Roberto Magalhães. Sua casa fica na beira da estrada onde expõe seus trabalhos, muito apreciados por americanos, ingleses e franceses. Suas peças rústicas, em madeira, retratam animais e o convívio com a natureza que o rodeia. Onde: Estrada Mauá–Rio Preto – Lote 10.



Festivais

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Campos do Jordão

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Monte Verde FESTIVAL DE INVERNO DE MONTE VERDE Um festival multifacetado com inúmeras atrações para todos os gostos, desde apresentações de grupos tradicionais locais até orquestras filarmônicas que, além da música erudita, têm o rock como inspiração. Além de boa música, oficinas artesanais, gastronômicas, de reaproveitamento, teatro, cinema, entre outras deliciosas atrações. Acontece sempre no mês de julho, agitando a região.

Orquestra de violas do Grupo Ponteio

FOTO RICARDO COZZO

FESTIVA DE INVERNO DE CAMPOS DO JORDÃO Desde 1970, o Festival de Inverno de Campos do Jordão atrai turistas do Brasil e do mundo. Em um grande período de espetáculos, músicos e maestros de renomados desfilam pelos palcos tocando seus instrumentos com maestria. Este Festival tem característica cultural e social de suma importância, principalmente na divulgação da música erudita, inspirando jovens à continuação do gosto por aprender a arte musical. Quando: mês de julho.


FESTIVAL DE ARTE SERRINHA Durante três semanas no mês de julho a cidade balança com o incrível Festival de Artes Serrinha que acontece há mais de 15 anos atraindo muitos apaixonados pela arte. São oficinas, vivências, shows, performances, peças de teatro, exi-

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Bragança Paulista

bição de filmes, palestras e exposições de arte. Tudo isto na paisagem rural as margens da Represa Jaguari, ao pé da Serra da Mantiqueira.

Ricardo Silveira e Léo Gandelman

Onde: Fazenda Serrinha, Galpão Busca Vida e Casarão Dois Irmãos - Bragança Paulista www.arteserrinha.com.br/o-evento

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Visconde de Mauá FESTIVAL TERRA DA LUZ A 1.400 metros de altitude, a Pousada Terra da Luz, possui o espaço Clube de Jazz que funciona aos finais de semana e feriados trazendo músicos e compositores que trazem o charme do jazz combinado com o clima acolhedor da montanha. Onde: Alameda Gastronômica – (24)3387-1545 – Vila Maringá.

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Meio ambiente

A natureza em todo o seu esplendor

As cores e a exuberância

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FOTO ROBERTO TORRUBIA

Serra da Mantiqueira Considerada uma das mais belas cadeias montanhosas do mundo, a Serra da Mantiqueira, em todo o seu esplendor, desponta no céu brasileiro com altitudes entre mil e três mil metros, transformando a paisagem em um local de clima temperado em meio ao quente tropical. Uma joia da natureza que faz despertar o sentimento de acolhimento e aconchego nas cidades situadas nessa região. A cadeia possui 500 km de extensão e abrange os estados de São Paulo (30%), Minas Gerais (60%) e Rio de Janeiro (10%), conferindo-lhes outro patamar turístico. A Mantiqueira é o berço de muitas nascentes de águas límpidas e gélidas que descem as encostas formando rios como o Jaguari, o Paraíba do Sul e o Grande. Esse tesouro natural chamou a atenção de todos e muito está sendo feito por sua preservação, com a criação de várias unidades de preservação compondo um mosaico complexo, porém importantíssimo para o meio ambiente. São elas: o Parque Nacional de Itatiaia, o Parque Estadual Serra do Brigadeiro, o Parque Estadual da Serra do Papagaio, o Parque Estadual Campos do Jordão, o Parque Estadual dos Mananciais de Campos do Jordão, a APA Fernão Dias, a APA Estadual de Sapucaí-Mirim, a APA Estadual de São Francisco Xavier, a APA Estadual de Campos do Jordão e a APA Serra da Mantiqueira.

APA Serra da Mantiqueira A Área de Proteção Ambiental da Mantiqueira compreende cidades do Estado de Minas Gerais – Aiuruoca, Alagoa, Baependi, Bocaina de Minas, Delfim Moreira, Itamonte, Itanhandu, Liberdade, Marmelópolis, Passa Quatro, Passa Vinte, Piranguçu, Pouso Alto, Santa Rita de Jacutinga, Virgínia e Wenceslau Brás –; do Estado do Rio de Janeiro – Itatiaia e Resende –, e do Estado de São Paulo – Campos do Jordão, Cruzeiro, Lavrinhas, Pindamonhangaba, Piquete, Queluz e Santo Antônio do Pinhal. A delimitação geográfica da APA é estabelecida pela curva de nível de 900 metros de altitude, ou seja, acima dessa medida está inserida a APA Serra da Mantiqueira.

Monumento Natural da Pedra do Baú São 3.154 hectares reservados para a preservação do complexo do Baú, em São Bento do Sapucaí. Um local de grande beleza, que instiga os mais curiosos a desbravar suas subidas íngremes. Em 1940, os irmãos Cortez foram os primeiros a tentar a escalada e conseguiram chegar ao topo da pedra do Baú. De lá para cá, esse desafio não parou mais de atrair aventureiros e o que se vê hoje é uma grande atração turística, esportiva e ambiental que fascina milhares de pessoas anualmente, trazendo divisas para os municípios ao redor. O complexo reúne três pedras: Ana Chata, Baú e Bauzinho. Pedra do Baú - São Bento do Sapucaí

Circuito Mantiqueira 69


FOTO RICARDO MARTINS

Meio ambiente

Parque Nacional de Itatiaia são realizadas no parque atividades que visam sua preservação, pesquisas científicas, e atividades de educação ambiental, turismo ecológico e recreação. O Instituto Chico Mendes (ICMBio), coordena essas atividades numa abordagem conciliatória e sustentável. Por meio de pesquisas foram desenvolvidas estratégias para maior conhecimento das espécies da flora e da fauna locais, seu manejo, conservação e gestão. A fauna inclui exemplares de jararaca, cascavel, onça, caxinguelê, irara, corujas, gaviões, lagartos de montanha e um anfíbio pra lá de curioso, que hiberna entre os meses de maio e agosto, o mela-

nophrynisci. As belezas naturais na parte alta são: o Pico das Agulhas Negras; o Maciço das Prateleiras; o Vale do Aiuruoca, com sua cachoeira; a Pedra do Altar; o Lago Azul; a cachoeira das Flores; cachoeiras do Complexo do Maromba (e a piscina natural do Maromba), Poranga, Itaporani, Véu da Noiva e outras; e os Três Picos.

FOTO MÁRCIO MASULINO

Primeiro Parque Nacional do Brasil, desde 1937 vem encantando os que visitam suas inúmeras atrações naturais. Abrange os municípios de Itatiaia e Resende (RJ) e Bocaina de Minas e Itamonte (MG). Possui picos de até 2.791 metros de altitude, e é dividido em duas porções: parte alta e parte baixa. Na parte alta encontramos as nascentes de rios que abastecem doze bacias hidrográficas. Na parte baixa, mais acessível, podemos desfrutar de deliciosos banhos de rio e cachoeiras e o interessante e curioso Centro de Visitantes. Desde a implantação da lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (2000),

70 Cidade&Cultura

FOTO MÁRCIO MASULINO

• Birdwatching e Butterflywatching: praticadas em todo o parque que é considerado um dos melhores lugares do Brasil para essas atividades. • Trilhas: dos Três Picos; escaladas e montanhismo no Gamelo Couto, em Prateleiras, Agulhas, Altar e Último Adeus. • Ciclismo: existem muitas trilhas de todos os graus de dificuldade. • Camping: permitido nos abrigos Rebouças, Água Branca, Massena e Rancho Caído (camping selvagem). • Piquenique: no Lago Azul, no Centro dos Visitantes, no Abrigo Rebouças, no Altar, nas bases das Agulhas e de Prateleiras. • Travessias: Rebouças (parte baixa), Rebouças-Serra, Nega-Morro, CavadoMauá, Rebouças-Rancho e Caído-Mauá.

FOTO MÁRCIO MASULINO

Atividades do Parque:



HORTO FLORESTAL

FOTOS MÁRCIO MASULINO

Meio ambiente

Parque Estadual Campos do Jordão – PECJ Criado em 1941, possui uma área de 8,3 hectares, com altitudes entre 1.030 e 2.007 metros. Abriga matas de araucária e podocarpus, campos de altitude e mata nebular, e mais de 186 espécies de aves, entre elas o papagaio-de-peito-roxo, a onça-parda e a jaguatirica. Além de infraestrutura com churrasqueiras, área de ginástica, duchas, capela, ciclovia, restaurante, loja de artesanato, o local está repleto de atrações naturais, como as trilhas dos Campos, do rio Sapucaí, de Monteiro Lobato, da Cachoeira e das Quatro Pontes e, para os mais preparados, a trilha da Cachoeira Celestina a 1.910 metros de altitude, com caminhada de até 5 horas. Aberto diariamente das 9h às 16h. Onde: Av. Pedro Paulo, s/n° - (12)3663-3762/3663-1977/3663-3804. 72 Cidade&Cultura

Áreas protegidas • Parque Estadual dos Mananciais de Campos do Jordão • APA São Francisco Xavier • APA Sapucaí Mirim • Parque Estadual da Pedra Selada • Parque Nacional de Passa Quatro


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Meio ambiente

FOTO ROBERTO TORRUBIA

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Compreender a grandeza do universo e abrir novos horizontes A Serra da Mantiqueira, por ser uma cadeia montanhosa com altitudes relevantes, exibe enorme quantidade de serras com picos, cachoeiras, nascentes de rios e florestas que encantam por suas características típicas a cada patamar. Em sua base, temos a Mata Atlântica, densa e sempre verde; nas altitudes medianas, as florestas de araucárias, e, já nos pontos mais altos, a vegetação quase que desaparece por conta dos fortes ventos e das temperaturas muito baixas.

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SERRAS As serras são outro destaque do cenário deslumbrante, e oferecem um panorama de rara beleza por seu ar leve e puro, somado ao orvalho das manhãs salpicando seus cumes como flocos de algodão. Uma vista vertiginosa e sublime. A grande quantidade de picos e pedras faz deste paraíso um lugar para incontáveis aventuras que despertam nosso lado mais audacioso e uma intensa curiosidade. Veja a seguir uma relação dos pontos mais famosos, com seus nomes interessantes e altitudes aproximadas em metros.

AS VARANDAS DA MANTIQUEIRA

FOTO CARLOS MOURA

Pico dos Marins

Campos do Jordão Pico do Imbiri – 1.862 m São Bento do Sapucaí Pedra do Baú – 1.950 m Pedra do Bauzinho – 1.850 m Pedra Ana Chata – 1.700 m Pedra da Balança Pedra da Divisa – 1.400 m Santo Antônio do Pinhal Pico Agudo – 1.703 m Pindamonhangaba Pico do Itapeva – 2.025 m


FOTO ANDRE PRATA

Serra do Lopo

São Francisco Xavier Pico do Focinho D’Anta – 1.712 m Pedra do Porquinho Pedra Vermelha – 1.836 m Pedra Pouso do Rochedo – 1.300 m Pedra do Capim Azul – 1.400 m Pedra Redonda – 1.925 m Piquete Pico dos Marins – 2.420 m Pico da Meia Lua – 1.615 m Extrema Pedra do Cabrito - 1.470 m Pedra do Cume – 1.780 m Pedra das Flores

Gonçalves Pedra do Cruzeiro – 1.152 m Pedra Bonita – 2.120 m Pedra Chanfrada – 1.771 m Pedra da Divisa – 1.400 m Pedra do Forno – 1.970 m Pedra do Grotão Pedra Barnabé Pedra de São Domingos Pico do Campestre Pico Vista Aérea – 1.080 m Joanópolis Pedra do Medo – 1.475 m

Monte Verde Pico do Selado – 2.083 m Chapéu do Bispo – 2.030 m Platô – 1.990 m Pedra Redonda – 1.990 m Pedra Partida – 1.990 m Passa Quatro Pico do Itaguaré - 2.308 m Penedo Pico do Penedinho – 600 m Região de Visconde de Mauá Pico da Pedra Selada – 1.755 m

Circuito Mantiqueira 75


FOTO RICARDO MARTINS

Meio ambiente

Cachoeira Véu da Noiva Parque Nacional do Itatiaia 76 Cidade&Cultura


Cachoeira Beira do Riacho Monteiro Lobato

Cachoeiras

FOTO THIAGO ANDRADE

Outra maravilha da Serra da Mantiqueira são as cachoeiras que fizeram desta cadeia montanhosa um dos principais pontos de nascentes que abastecem rios importantes dos três estados a que pertence. Não é à toa que Mantiqueira, em tupi-guarani, significa “serra que chora”. BENEFÍCIOS DO BANHO DE CACHOEIRA Para os espiritualistas, tomar um banho de cachoeira faz com que nos purifiquemos, deixando nosso espírito mais leve e abundante de energias positivas. Para os que se aventuram por puro deleite, este banho, com o choque da água fria, aumenta a nossa capacidade de armazenar calor e energia. Já o dermatologistas a recomendam por ser extremamente benéfica para a pele e cabelos cujos poros se fecham evitando assim que a sujeira se estabeleça. Para o coração, a água gela diminui a pressão, limpa as artérias e melhora o sistema imunológico. E, o melhor de tudo, alivia o stress e os sintomas da depressão. Então, não deixe de experimentar os benefícios de um bom banho nas inúmeras cachoeiras da Mantiqueira. Revigore-se!

FOTO MÁRCIO MASULINO

Algumas das centenas de cachoeiras da região Campos do Jordão Véu da Noiva, da Ferradura, do Itapeva, Celestina e Gavião Gonzaga São Bento do Sapucaí Dos Amores, do Toldi, Cascata dos Serranos e do Tobogã Santo Antônio do Pinhal Do Lageado, do Cassununga e do Sítio Matão Monteiro Lobato Do Zé Maria e do Reino das Águas Claras São Francisco Xavier Pouso do Rochedo, do Roncador e Pedro Davi Pindamonhangaba Dos Búfalos, Cachoeirão do Piracuama, das Onças e das Pacas Piquete Dos Marins, Poço Curiaco, Mané Bastos, do Zecão e Mundo Novo Extrema Secreta Gonçalves Das Andorinhas, do Cruzeiro, do Funil, do Simão, dos Henriques, Fazendinha, São Sebastião, Sete Quedas, Tonho Negro, da Ponte do Retiro e D’Araucária Passa Quatro Do Andorinhão, Iporanga, da Gomeira e Poço do Manacá. Penedo De Deus, Três Cachoeiras e Três Bacias

Cachoeira de Deus - Penedo

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Meio ambiente

Flora

Amanita muscaria – conhecido como agário-das-moscas, esse fungo é originário de locais de temperaturas amenas. Não é comestível por possuir propriedades alucinógenas para o ser humano, porém há relatos que indicam que esse fungo era um componente do soma, bebida sagrada dos vedas, pois é citada nos hinos do Rigveda, escrito em torno de 1.700 a.C. Uma característica interessante é que no livro Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carrol, o autor cria o cenário da lagarta fumando um narguilé sobre um Amanita muscaria, insinuando a trama psicodélica do diálogo entre Alice e a lagarta.

FOTO MÁRCIO MASULINO

Um espetáculo das várias espécies características da Mantiqueira que, se traduz em árvores robustas, altas e seculares e dão um brilho na paisagem típica local. Se olharmos mais atentamente notaremos também símbolos que fazem desta uma região única do Brasil.

Planta arbustiva, ornamental e originária do Japão e da China, pode atingir 2,5 metros de altura e suas cores variam entre rosa, azul e roxo de acordo, com o ph do solo. Como se adapta bem a altitudes elevadas, as hortênsias criam um verdadeiro espetáculo nas cidades da Mantiqueira onde são usadas como forte elemento de decoração de casas, ruas e praças.

Araucária Existem a araucária macho e a araucária fêmea. O macho tem em suas pontas de 5 a 6 pendões de amarelo para marrom, que crescem até a polinização em novembro e dezembro. Esses pendões ficam repletos de pólen. Quando estão prontos, as escamas se abrem, o pólen fica vulnerável e o vento fertiliza as árvores fêmeas que estão em volta. No outono, pode-se ver o pendão no chão com o pó amarelo. Já na árvore fêmea, no mês de abril, nascem as pinhas (estróbilos), que vão estufando até estourar e jogar seus pinhões. Cada pinha tem em média de 100 a 150 pinhões e, na época da polinização, ela se abre deixando o pólen penetrar e depois se fecha, lacrando com uma resina, para depois estourar. O pinhão tem somente 30 dias para germinar no mês de abril; se passar desse tempo, só serve para comer.

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FOTO MÁRCIO MASULINO

FOTO MÁRCIO MASULINO

Hortênsia



Meio ambiente

FOTO SHUTTERSTOCK - VITOR MARIGO

Macaco prego

Fauna

Jaguatirica

FOTO RICARDO MARTINS

Com muitos animais endêmicos como o macaco muriqui e o anfíbio melanophryniscus moreirae, vemos a importância da preservação e da pesquisa deste complexo ambiente que é a Mantiqueira. Com seus patamares de altitudes, temperaturas e fenômenos naturais (vento, chuva, geada e neve) diferenciados, a fauna sofre intensa mudança. Para cada nível ela se transforma, e o que vemos são espécies adaptadas, suas características e hábitos distintos. Entre os animais mais vistos estão o esquilo, o veado-catingueiro, várias espécies de macaco e o ouriço caixeiro. Outras, mais escondidas, são: a jaguatirica, o cachorro-vinagre, o lobo-guará, a onça parda, caititu, o tatu, a cascavel, a coral, a caninana e a jararacuçu. O CLIMA Outro grande atrativo das cidades da Mantiqueira é o clima. Por ter temperaturas amenas no verão, não ultrapassando os 30 °C, e baixas no inverno, onde já houve registros de 12 °C negativos, o ambiente torna-se extremamente agradável o ano inteiro, propício para variadas atividades esportivas, gastronômicas e culturais, adequadas a cada estação do ano.

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Ouriço-cacheiro

FOTO RICARDO MARTINS

FOTO RICARDO MARTINS

Veado


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FOTO ROBERTO TORRUBIA

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FOTO ROBERTO TORRUBIA

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FOTO ROBERTO TORRUBIA

FOTO ROBERTO TORRUBIA

Pássaros Quiririm

Saíra-lagarta


FOTO THIAGO CARNEIRO

Quete

Pica-pau-rei

Eles estão por toda parte basta silenciar, ouvir , ver, sentir e apreciar. Juruva-verde

FOTO ROBERTO TORRUBIA

FOTO ROBERTO TORRUBIA FOTO THIAGO CARNEIRO

Saíra-preciosa

ATUALMENTE, A PRÁTICA DA OBSERVAÇÃO DE PÁSSAROS está cada vez mais difundida nos circuitos ecológicos. Para tanto, precisamos de muitas áreas verdes e preservadas, e as cidades da Mantiqueira proporcionam todos os elementos naturais para podermos, por meio da observação, conhecer muitas das nossas aves. Belas em cor e curiosas por seus hábitos, esses animais dão um toque especial às matas com seu canto magnífico. Há mais de 1.825 espécies, entre elas caneleirinho-de-chapéupreto, papagaio-de-peito-roxo, saudade, tovaca-de-rabo-vermelho, peito-pinhão, gavião-pega-macaco, choquinha-da-serra, gavião-pombo, gavião-marrom, carcará, urubu-dacara-preta, urubu-de-cara-vermelha, urubu-rei, azulão-da-serra, sanhaço, gralha, saíra, tico-tico, tovaca-de-rabo-vermelho, sabiá, saí, andorinha, jacu, canário-da-terra, coleirinha, bigodinho, tesourinha, sabiá-do-campo, sabiá-laranjeira, bem-te-vi, quero-quero, pintassilgo, periquito, pica-pau, tucano, seriema. Aproximar-se desses belíssimos exemplares exige certos cuidados por parte do observador, que deve sempre respeitar o animal, usar roupas de cores discretas, andar devagar e em silêncio, e estar atento ao seu redor, pois estamos falando de lugares repletos de outros animais. Circuito Mantiqueira 83


Borboletas

FOTOS LINO MATHEUS

Blepolenis batea

Observe as

Borboletas

Símbolo da transformação e da beleza

Junonia evarete

84 Cidade&Cultura

UMA ATIVIDADE RECENTE NO BRASIL E NO MUNDO, porém com um enorme potencial de crescimento é o Butterfly watching ou Butterflying, que traduzido significa observação de borboletas. Assim como o Birdwatching, observação de pássaros, com o aumento da preservação das matas nativas e a preocupação no Turismo Ecológico sustentável, o aumento de espécies é visível e com possibilidades múltiplas. Os amantes destas adoráveis criaturas poderão ter uma rica aventura na descoberta de muitas formas e cores, além de entenderem como estes insetos são importantes no ecossistema em que estão inseridos. Os borboletários são lugares únicos para observarmos com mais precisão estes animais, porém quando temos a oportunidade de vê-los na natureza abundante, temos uma satisfação enorme em saber que vale a pena mantermos as florestas intactas e deixar o curso natural desempenhar seu papel. Temos ao nosso dispor mais de três mil espécies. O Parque Nacional de Itatiaia oferece aos visitantes este incrível tour, mas nas muitas trilhas abertas em todas as cidades da Mantiqueira podemos, munidos de um binóculo e um guia de borboletas, praticar esta atividade.


Fotógrafo e guardião da Mantiqueira Lasaia agesilas

Hamadryas aretes ou Hamadryas laudamia

Morpho laertes

Lino Matheus de Sá Pereira, um dos precursores das comunidades da vila de Maringá, em Visconde de Mauá, apaixonado pela natureza da região, desde sempre atuou na preservação do meio ambiente. Lino é o idealizador da Fundação Mantiqueira, que tem como objetivo abrigar projetos de ONGs voltados à preservação da Mantiqueira. Considera este ecossistema “uma fábrica de ar e água fundamentais para a região Sudeste”. Por sua busca incessante na criação de políticas ambientais, Lino se intitula como um ser “perseverante, buscador e semeador”. Atualmente, em sua pousada, está o Centro de Vivências Rurais onde um rico acervo sobre meio ambiente está à disposição dos interessados nas riquezas e lutas da Mantiqueira.

Victorina stenelles ou Philae thria dido

Phoebis argante ou Phoebes senae

Não identificada

Circuito Mantiqueira 85


FOTO MÁRCIO MASULINO

Esportes

Acredite

você pode voar

Visconde de Mauá

“VOCÊ CHEGA À CIDADE, DÁ UMA VOLTA PELO CENTRO, observa as lojas, procura uma pousada, se acomoda, depois vai procurar lugares que todos dizem que são fantásticos, como os picos. Aí chega a uma rampa de voo livre, depara com aquela imensidão de montanhas verdes, despontando no meio das nuvens, e pensa: Ua!!! Dá uns passos para trás, fica observando o voador checando o material, vestindo o colete, escuta uns “o.k.s”, o piloto le-

86 Cidade&Cultura

vanta o paraglider, a lona sobe como uma pipa, mais uma checada na biruta, todo mundo falando Bom voo e o cara corre e simplesmente se joga daquela altitude, naquele vão e vai, e voa!!! E você lá, sentado, só observando o decolar de muitos, e pensando, Será que eu posso?. Pergunto ao instrutor, sem muita pretensão, como eu faria para fazer um voo duplo e, sem querer, marcamos o salto no dia seguinte. Lógico que nem dormi à noite. Quando che-


Extrema

FOTO JEFERSON NEVES

FOTO DIVULGAÇÃO

OPERADORAS - Serra do Lopo: Radix Aventura – Rua Tiradentes, 66 radix@radix.com.br Extrema - Pico Agudo: Pico Agudo Esportes – (12) 3666-2105 Santo Antônio do Pinhal. - Pedra Selada: ZoAr Voo Livre – Estrada Visconde de Mauá – Resende www.zoarvoolivre.com.br Visconde de Mauá

guei cedinho, tudo já estava preparado, algumas instruções necessárias, checagem do equipamento, colocação de coletes, verificação da biruta, paraglider esticado, eu amarrado na frente do piloto, escuto Bom voo e corro. Não dei três passos e uma onda de vento nos impulsionou para cima e o que senti foi uma sensação indescritível de total liberdade, o frio na barriga demora um tempinho para passar, mas depois você parece que entra em um

Santo Antônio do Pinhal

transe, esquece até que tem uma pessoa atrás de você, só o barulho do vento, aquele panorama, um mar sem fim de montanhas, nuvens e até algumas aves que pareciam ser de rapina. Todos ali voavam, até meus pensamentos. Sim, podemos voar, sentir a leveza, uma sensação repleta de bons fluidos... Cara, isso vicia!!! Quero mais...”. Depoimento de Marcos, 32 anos, depois de fazer seu primeiro salto de paraglider.

Circuito Mantiqueira 87


FOTO ACERVO RADICAIS LIVRES

FOTO ACERVO VOAR DE BALÃO

Esportes

Balonismo O santista Bartolomeu de Gusmão, nascido em 1685, entrou para o hall dos notáveis da humanidade com a invenção do balão, em 1709. Desde então, o balão se tornou um dos mais charmosos aparelhos de voo. Com suas cores vibrantes, mesmo entre os que estão no chão, ao verem um balão, não há quem não se encante. Então mãos à obra, crie coragem e embarque nesse passeio inesquecível. OPERADORA: - Voar de Balão: faleconosco@voardebalao.com.br – facebook: Voar de Balão – www.voardebalao.com.br

88 Cidade&Cultura

Paraquedismo O paraquedismo é um esporte que fascina muitas pessoas pela ousadia e pela sensação de total desprendimento. Mas existe muita tecnologia envolvida e recursos de segurança irrefutáveis. E, para aqueles que querem se aventurar, o melhor caminho é um salto duplo com um Tandem Pilot, um piloto certificado pela Confederação Brasileira de Paraquedismo, e assim sua única preocupação será se divertir. OPERADORAS - Drop Zone Skydive Resende: Hangar 4 do Aeroporto Municipal de Resende. Agendamento: (24) 97403-1871 – (24)99261-4362 – (24) 3351-1658. - Paraquedismo do Vale: Avenida Manoel César Ribeiro, 2800 – Pindamonhangaba. Agendamento: (12) 98115-4458.


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FOTO ANDRE DIB - SHUTTERSTOCK

Esportes

Montanhismo A Serra da Mantiqueira é uma região ideal para a prática do montanhismo. Seus picos, pedras, montanhas, trilhas e paredões das mais variadas altitudes e níveis de dificuldade requerem a condução orientada por especialistas devido às intempéries e às condições de terreno e à necessidade de um conhecimento profundo de cada local da prática do montanhismo. Muitas são as operadoras que oferecem esse serviço. Serra do Lopo, Pedra do Baú, Pico dos Marins e Pedra do Grotão são alguns locais já estruturados e com caminhos demarcados. Paisagens com florestas, cachoeiras e riachos, encantam desde o início e, chegando ao seu objetivo, a recompensa é um visual fantástico e incrível, com vista para toda a Serra e sua monumental grandiosidade e, principalmente, você ter conseguido superar seus limites. 90 Cidade&Cultura

OPERADORAS - Tribo da Montanha: Gonçalves – (35) 99913-9274 (11) 97327-3116 tribodamontanha@gmail.com - Montanhismus: São Bento do Sapucaí - (12) 3971.1470 – Estrada do Serrano km 2 – www. montanhismus.com.br - Radix Aventura: Extrema - Rua Tiradentes n° 76 - lj. 10 (35) 34352193 - Remorini Ecoaventuras: Estrada Mauá–Maromba – (24) 33871011 – Visconde de Mauá.


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FOTO MÁRCIO MASULINO

Esportes

92 Cidade&Cultura

FOTO RICARDO COZZO

Se você ama estradas cheias de obstáculos, não se preocupa com a chuva, não tem problema com a lama e sempre acha que depois da curva pode ter algo melhor ainda, então nas estradas de terra da Serra da Mantiqueira você irá se encontrar! Com subidas e descidas alucinantes, travessias de riachos, terrenos pedregosos e obstáculos consideráveis, estas trilhas já são reconhecidas nacionalmente como perfeitas para a prática de offroad e motocross. Não pense que serão fáceis de transpor, pois muitas delas possuem todos os componentes de dificuldade, como a trilha da Água Santa, em Campos do Jordão, a de Santo Antônio do Pinhal a São Bento do Sapucaí, e a de Visconde de Mauá ao Mirantão. E, mesmo que você não tenha carro ou moto, muitas operadoras fornecem ou levam de carona em veículos próprios.

FOTO MÁRCIO MASULINO

Offroad, motocross e quadriciclo

OPERADORAS - Conexão Gonçalves: Rua Maestro Herculano, 49 – (35)99715-9191 – Gonçalves. - Mantiqueira Ecoturismo: Avenida Francisco Tertuliano Ribeiro, 165 – (35)3654-1390 – Gonçalves. - Remorini Ecoaventuras: Estrada Mauá–Maromba – (24)3387-1011 – Visconde de Mauá. - Off Road Tour: (12)99774-0377 www.offroadtour.com.br – Campos do Jordão.



FOTO ROBERTO TORRUBIA

FOTO MÁRCIO MASULINO

Esportes

Trilhas: trekking e bike Os caminhos vicinais que cortam a Serra da Mantiqueira formam um grande emaranhado de trilhas, repletas de atrativos naturais, como cachoeiras, pedras, fauna e flora abundantes. Existem trilhas com diferentes níveis de dificuldade, então o mais recomendado é que você contrate uma operadora para que não haja nenhum percalço. Incluímos aqui algumas trilhas já percorridas e detalhadas:

TREKKING CIDADES Pedra Selada – Visconde de Mauá Cachoeira do Marimbondo – Visconde de Mauá Vila da Pedra Selada – Bagagem – Visconde de Mauá Extrema a Joanópolis via Serra do Lopo – Extrema São Francisco Xavier – Monte Verde São Francisco Xavier – Pico da Onça Caminhos da Fé – Campos do Jordão a Santo Antônio do Pinhal Penedo – Serra do Alambari Trilha Três Picos – Monte Verde Pindamonhangaba – Campos Jordão via Pico do Itapeva

NÍVEL fácil fácil moderado moderado difícil moderado moderado moderado moderado difícil

PERCURSO 7 km 5,5 km 35,5 km 26,6 km 16,5 km 9,5 km 12 km 11 km 10,5 km 38,50 km

CICLOTURISMO CIDADES São Bento do Sapucaí – Gonçalves Monteiro Lobato – Aparecida Monteiro Lobato – Campos do Jordão Campos do Jordão – São Bento do Sapucaí

NÍVEL moderado moderado moderado moderado

PERCURSO 20 km 126,5 km 61 km 35,5 km

94 Cidade&Cultura


MOUNTAIN BIKE CIDADES Visconde de Mauá – Vale das Flores Monte Verde – Gonçalves São Francisco Xavier – Cachoeira dos Pretos em Joanópolis Volta do Cantagalo – São Bento do Sapucaí São Francisco Xavier – Santo Antônio do Pinhal Vila Serra Pelada – Capelinha – Penedo Melhoramentos – Monte Verde Campos do Jordão – são Bento do Sapucaí

CHALÉS INDEPENDENTES com Mini-cozinha e Wifi -

Campos do Jordão

NÍVEL fácil difícil moderado difícil moderado moderado moderado moderado

FOTO MÁRCIO MASULINO

FOTO ROBERTO TORRUBIA

Sítio Alcantilado em Visconde de Mauá

PERCURSO 28 km 50 km 35,5 65 km 52 km 54 km 45,50 km 50,3km

CASAL - GRUPO e INDIVIDUAL com Bike Wash e Dicas de Trilhas

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012 3664-3820

012 99707-2868

www.facebook.com/bikevillemtb

bikevilletrilhas@gmail.com


Esportes

Rafting, boiacross, acquaride

Jet ski Na Represa Jaguari você pode praticar o jet ski com toda segurança e infraestrutura necessárias. É comum aos finais de semana ver o colorido das motos aquáticas salpicarem o azul imenso do Complexo da Cantareira.

96 Cidade&Cultura

OPERADORAS - Radix Aventura: Rua Tiradentes, 66 – (35) 3435-2193 – Extrema. - Conexão Gonçalves: Rua Maestro Herculano, 49 – (35) 99715-9191 – Gonçalves. - Remorini Ecoaventuras: Estrada Mauá– Maromba – (24) 3387-1011 – Visconde de Mauá. - Fazenda Radical: Rodovia Agostinho Patruz, km 5 – (35)98817-2645 – Monte Verde. - Baú Ecoturismo: (12) 9737.5968 / (12) 3971.1911 www.bauecoturismo.com.br – São Bento do Sapucaí. - Parque Corredeiras Alcantilado: (24) 99827-8327 – Visconde de Mauá.

FOTO MÁRCIO MASULINO

FOTO DIVULGAÇÃO

FOTO ROBERTO TORRUBIA

A região da Mantiqueira abriga inúmeros ribeirões, riachos e os rios, como o Jaguari, o Capivari e o Paraíba do Sul. Em todos eles você pode praticar rafting, boiacross e acqua-ride. Se você for novato ou tiver pouca experiência, sempre contrate uma operadora qualificada para praticar essas modalidades esportivas. Em tempo de cheia, não esqueça que os rios são mais traiçoeiros e oferecem menor visibilidade de obstáculos. Com tudo certo e verificado, suba em seu equipamento e navegue pelas águas turbulentas e cristalinas dessas fontes naturais de riqueza.


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Aromas & Sabores

Tradição região e paixão

FOTOS MÁRCIO MASULINO

Produtos da Mantiqueira

REGIÃO GEOGRÁFICA DESDE O INÍCIO DA COLONIZAÇÃO DA MANTIQUEIRA, os recursos naturais foram os principais ingredientes da dieta dos habitantes da região que, por seu isolamento geográfico, adaptaram receitas tradicionais de seus antepassados. Com esta alquimia chegaram a verdadeiras iguarias que dão personalidade a culinária da montanha e faz desta um atrativo turístico diferenciado. Os recursos naturais desta região são característicos de clima frio como o pinhão, as frutas vermelhas, os peixes salmonídeos como a truta, espécies específicas de cogumelos, café e as oliveiras. Com toda esta diversidade, podemos encontrar produtos finais de alta qualidade, orgânicos, artesanais e produzidos por mãos dedicadas que carregam toda a ancestralidade dos conhecimentos e técnicas passadas de geração a geração.

98 Cidade&Cultura


Azeite orgânico A Serra da Mantiqueira está se destacando com a produção de azeite de extrema qualidade comparável aos melhores do mundo. O que antes o cultivo de oliveiras no Brasil era motivo de preocupação, hoje o clima e as altitudes das cidades da Mantiqueira formam o ambiente ideal para este cultivo. Muitos estudos foram feitos e a conclusão foi que oliveiras cultivadas em altitudes acima de mil metros, sol abundante, temperaturas amenas (entre 10° positivos e 3° negativos), e abundância de chuvas deram excelentes resultados e o retorno está em um azeite extravirgem com 0,1% de acidez, ou seja, bem abaixo do índice exigido do máximo de 0,7%. Este azeite é vendido no mercado interno, porém muitos especialistas estrangeiros no assunto já estão interessados na venda do produto lá fora.

AZEITE OLIQ Há uma sociedade de produtores rurais da Serra da Mantiqueira que cultivam azeitonas espanholas, gregas, italianas e mineiras para produzir artesanalmente azeite de oliva extravirgem de excelente qualidade, cujo envaze é realizado na Fazenda Santo Antônio do Bugre. Onde: Estrada do Cantagalo, km 8 – São Bento do Sapucaí.

Frutas da serra

Cogumelos Atualmente, a utilização de cogumelos em deliciosos pratos já faz parte do cardápio brasileiro. Mas, achamos que já vimos de tudo até entrarmos em uma fazenda produtora destes fungos maravilhosos e coloridos. Na região de Visconde Mauá, no Vale do Pavão, o sítio Paraná cultiva variedades tão exóticas e bonitas que, em seu Bistrô, podemos degustar muitas espécies desconhecidas como o cogumelo coralino. Aberto, com agendamento prévio, às sextas, sábados, domingos e feriados das 13h às 18h. Estrada do Vale do Pavão, km 1,5 – (24)3387-1193/99275-9920. E, em Santo Antônio do Pinhal, também podemos conhecer a produção de cogumelos shitake na Casa do Mato, que abre nos finais de semana das 10h às 17h, na Estrada do Lageado a 200 metros da cachoeira.

Muitas frutas se desenvolveram bem nas terras da Mantiqueira por suas características climáticas diferenciadas. Nas cidades da região encontramos algumas delas que, nativas ou adaptadas, fazem parte do cardápio cotidiano dando sabor a doces, compotas, geleias e bolos, como o morango, a atemoia, o berry nativo, o mirtilo (blueberry), a cereja, a framboesa e a amora. A Fazenda Saint Clair no alto do Pico do Itapeva em Piracicaba, é uma das grandes produtoras nacionais de frutas vermelhas, assim como o Viveiro Frutopia na Estrada Municipal Campista, 5.324, em Campos do Jordão. Nestes locais temos a oportunidade de conhecer todo o processo do cultivo das frutas e de quebra, admirarmos as paisagens maravilhosas que estas joias natureza nos oferecem.

Circuito Mantiqueira 99


FOTO MÁRCIO MASULINO

Aromas & Sabores

Queijo Parmesão da Mantiqueira O queijo parmesão da Mantiqueira é considerado um dos melhores do Brasil, não só pelo sabor, mas também por uma história carregada de tradição mineira, e por sua fabricação em fogão a lenha, além do modo como é distribuído. Nos vilarejos de Itamonte, os queijos são fabricados nas pequenas casas e sítios. Depois são levados de Itamonte a Visconde de Mauá, um percurso de 40 quilômetros entre vales e montanhas que chegam até a 2 mil metros de altitude, em lombo de mula. Os tropeiros levam também doces, como o doce de leite com hortelã, compotas, mel, goiabada cascão, ovo caipira embalado em palha de milho, trutas frescas e mussarela. Essa longa e penosa

Sr. Natanael há 30 anos faz o percurso pela serra entre Itamonte e Visconde de Mauá

travessia pelos vales é feita todas as sextas-feiras e vésperas de feriado. As iguarias são compradas pelos comerciantes e hoteleiros de Visconde de Mauá. É muito interessante, nos dias de hoje, a profissão de tropeiro ainda existir e, por ser tão histórica, tornar-se atração turística.

A região do Vale do Paraíba, em meados do século XX, recebeu a ordem francesa dos Monges Trapistas que trouxe a técnica do cultivo do arroz, onde encontrou solo fértil na várzea do rio Paraíba do Sul. De lá para cá, muita tecnologia foi inserida neste plantio e, se você acredita que entende tudo em matéria deste produto, poderá se surpreender com a variedade existente no mercado. O arroz deixará de ser um mero acompanhante para se tornar o prato principal. Arroz Vermelho Aromático, Arroz Basmati Integral, Arroz Jasmine Integral, Arroz Arbório Integral, Mini Arroz, Arroz Cateto, Arroz Selvagem, Arroz Preto, e Arroz Vermelho são alguns tipos deste mundo pouco explorado que a Arroz Ruzene produz.

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FOTO SHUTTERSTOCK

Arroz


Como grande produtor de café no século XIX, o Vale do Paraíba ainda preserva em seus hábitos a tradição do uso de grãos selecionados e orgânicos que outrora trouxeram riqueza e destaque. Em todas as cidades da Mantiqueira encontramos muitas casas que servem o café com toques de simplicidade, mas que dão um charme especial no sabor e no aroma quando são passados pelo coador de pano, acompanhado de um bolo caseiro. Mas quem gosta de mais modernidade, o café expresso também é uma boa opção. A região possui clima e solo diferenciados de outras terras do país, que favorecem de forma determinante na qualidade dos grãos, tornando seu cultivo o principal produto agrícola, atraindo compradores de vários países. Atualmente, os cafés especiais da região estão entre os melhores do mundo segundo o concurso “Cup of Excellence”, em que foram premiados muitos anos seguidos pela sua excelência, desbancando cafés da Colômbia e da Guatemala.

FOTO MÁRCIO MASULINO

Café


Aromas & Sabores

Pinhão FOTO SHUTTERSTOCK

A araucária, árvore típica das altitudes maiores da Serra da Mantiqueira, entre os meses de maio e junho começa a oferecer um verdadeiro show: o estouro das pinhas e o surgimento do pinhão que, desde os tempos mais remotos, constitui a base da alimentação dos habitantes desta região. Sua cata é concorrida entre seres humanos e animais, como o serelepe, que buscam em sua nutritiva “carne” elementos importantes para o organismo. Portanto, muitos restaurantes incorporaram em seus pratos essa iguaria que serve para inúmeras composições culinárias deliciosas.

FOTO SHUTTERSTOCK

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BENEFÍCIOS DO PINHÃO Por ter ácido pinoleico, o pinhão é um inibidor de apetite, logo bom para perder peso. Possui as vitaminas E e K; minerais como o cobre (que ajuda na absorção do ferro), o ferro (melhora da circulação) e o manganês; gordura monoinsaturadas; e antioxidantes que eliminam os radicais livres.

Truta Da família do salmão, a truta se adaptou exemplarmente aos rios frios das cidades da Mantiqueira, com a pureza da água cristalina que brota das serras. Os primeiros exemplares chegaram ao Brasil em 1949, vindos da Dinamarca e, para a alegria de todos, o processo de introdução foi um sucesso e a truta se transformou em uma das grandes vedetes dos restaurantes da região. Nas cidades da Mantiqueira encontramos muitos pesqueiros que oferecem boa infraestrutura. 102 Cidade&Cultura

AGANTINA

LINGUIÇA BR

A linguiça bragantina já tem fama desde que os imigrantes italianos começaram a fabricá-la, primeiramente para consumo próprio e depois para os viajantes que passavam pela cidade e a levavam para São Paulo. A demanda aumentou de maneira tão significativa que muitos moradores começaram a produzi-la em escala. O sucesso foi tanto que Bragança Paulista conquistou o epíteto de “Terra da Linguiça”. Uma dica é o Restaurante Rosário, instalado dentro do estádio do Bragantino Futebol Clube, na Rua Emílio Colella.


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Estrada Sertão do Cantagalo, km 7,5 Bairro Sertão do Cantagalo

Venha desfrutar dos sabores da Gastronomia da Mantiqueira e aproveite para visitar nossa cozinha e ver os chefs e equipe na produção dos pratos que misturam técnicas da cozinha moderna com ingredientes e receitas da culinária regional. Tudo isso com uma vista exuberante à 1650 metros de altitude em uma área de proteção ambiental.


Orgânicos na Mantiqueira Desde a década de 1970, pesquisadores e agrônomos desenvolvem possibilidades de plantações orgânicas em escala maior, reproduzindo técnicas de agricultura de subsistência, alternando culturas e utilizando plantas que antes eram consideradas como daninhas e que hoje funcionam como uma espécie de “isca” para pragas. Sustentabilidade social, ambiental e econômica são os principais objetivos da produção dos alimentos orgânicos juntamente com a extinção do uso de agrotóxicos e transgênicos. Para a adubação natural é utilizado minhocas, bactérias e fungos benéficos que contribuem para

FOTOS ROBERTO TORRUBIA

Aromas & Sabores

A joaninha é o símbolo da agricultura orgânica

fertilidade do solo. Consumir alimentos orgânicos, além de proteger nosso organismo, poupa a saúde dos produtores que deixam de ter contato com substâncias químicas, além de preservar os lençóis freáticos, as nascentes, os mananciais e o solo. Nas cidades da Mantiqueira é muito fácil encontrar alimentos

ICO

JUÇAÍ ORGÂN

Chutney Oriundo da Índia, à base de ingredientes como pimenta, sal, açúcar mascavo, alho, cebola, gengibre, mel, canela, frutos ou vegetais, o chutney agradou aos europeus, principalmente ingleses e portugueses, que trouxeram para o Ocidente esse molho muito peculiar e saboroso. Em Penedo, podemos encontrá-lo com facilidade. FOTO SHUTTERSTOCK

Entre Penedo e Visconde de Mauá, vamos encontrar outra iguaria natural que é o juçaí, primo do açaí. Este fruto vem da palmeira juçara e é três vezes mais nutritivo do que o açaí. O produtor André Azevedo distribui a polpa misturada com banana e inhame. Onde: Estrada Joaquim Criminal da Silveira – Sítio Recanto Santa Martha – (21)2530-0640.

orgânicos, como em Gonçalves com a Associação Orgânicos da Mantiqueira que reúne agricultores que vendem seus produtos certificados em várias cidades do estado de São Paulo e realizam a Feira de Orgânicos que acontece todos os sábados no período da manhã na Rua Fausto Resende de Sousa, 183 - Gonçalves.

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FOTO MÁRCIO MASULINO

Aromas & Sabores

Apfelstrudel O folhado de maçã, tradicional doce austríaco, faz um sucesso enorme no Brasil nas regiões onde há forte influência germânica, como é o caso das cidades da Mantiqueira. Nas receitas locais, além de canela e passas, também entram pinhões, nozes ou amêndoas. Uma delícia.

Geleias

FOTO ROBERTO TORRUBIA

A criação da geleia vem da preocupação na preservação dos alimentos e, em alguns povos como os árabes, também para uso medicinal. Só no século I , é que a geleia foi elevada a alimento em seu preparo era com mel e marmelo. Um dos grandes apreciadores foi Leonardo da Vinci que, por incrível que pareça, possuía um livro de receitas e a geleia está registrada em destaque. Nostradamus também gostava, tanto é que o próprio lançou um livro somente sobre geleias. Da Vinci, Nostradamus e nós, ou seja, a geleia é uma unanimidade e aqui na região, encontramos muitos locais que produzem esta delícia multifuncional. Confira abaixo:

MONTE VERDE - Casa de Chá Beija Flor Av. Monte Verde, 756. - Geleias Tia Nata Rua Bem-Te-Vi, 84. - Geleias Edelweiss Loja na Avenida Monte Verde, 856 – ( 35)3438-1513; Fábrica na Estrada para Pitangueiras, s/ n° - (35)3433-5508.

VISCONDE DE MAUÁ - Miss Jam – Geleias & Especiarias Estrada Mauá–Maringá, próximo ao posto de gasolina. - Gosto com Gosto Rua Wenceslau Braz, 148. PENEDO - Zermatt Penedo Av. das Mangueiras, 1.645 lj 2.

CAMPOS DO JORDÃO - Geleia Lenz Gourmet Estrada Municipal Paulo Costa Lenz Cesar, 2.150. - Geleia dos Monges Rodovia Floriano Rodrigues Pinheiro, km 46. - Geleia Baronesa Von Leithner Av. Alto da Boa Vista, 3.025. GONÇALVES - Senhora das Especiarias Praça Monsenhor Dutra, 138.

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FOTO SHUTTERSTOCK

Delícia unânime Há mais de três mil anos, a principal matéria-prima do chocolate, a amêndoa do cacau, é utilizada para variados fins. De moeda a bebida fermentada (xocoati), essa iguaria, nativa da América Central, levou os espanhóis à loucura, quando adicionaram ao xocoati canela, anis e açúcar. Ser um produtor de cacau era símbolo de status, agraciado com honrarias concedidas pelos monarcas. Era o “ouro marrom”. Mas, história à parte, o que nos interessa mesmo é saborear esta delícia apreciada por muitos e, nas cidades da Mantiqueira, podemos encontrar fábricas pequenas, médias e grandes, inclusive a Kopenhagen, que oferecem, cada uma com sua peculiaridade, um dos mais gostosos alimentos que o ser humano já criou. Muitas destas fábricas abrem suas portas para visitação, são elas: CAMPOS DO JORDÃO - Chocolates Araucária Av. Macedo de Moraes, 135 – (12)3663-1783. MONTE VERDE - Chocolate Gressoney Av. Monte Verde, 636 (35)3438-2883.

PENEDO - Casa do Chocolate Av. Casa das Pedras, 10 – (24)3351-1127. - Joulupukin Suklaa Chocolate do Papai Noel Rua das Velas, 106 – (24)3351-1127.

FOTO MÁRCIO MASULINO

VISCONDE DE MAUÁ - Chocolate Artesanal Doce Lembrança Rua Gastronômica – Vila Maringá – (24)3387-1251.

IADO

PUDIM PREM

O Armazém Bertolotti guarda muitos segredos em suas receitas premiadas. Há mais de 120 anos, “A Venda”, como era chamado, atendia os moradores da fazenda. Com o tempo, os petiscos e as deliciosas cachaças ganharam fama e trouxeram prêmios como o bicampeonato do “Festival de Comida de Boteco”. Uma das vedetes do Armazém é o pudim de leite condensado, que é divinamente saboroso com receita trancada a sete chaves. Onde: Estrada Municipal Vereador Tica Bertolotti, s/n° - (35)3435-4813 - Extrema. Circuito Mantiqueira 107


Aromas & Sabores

Bolo húngaro

Alguns arqueólogos acreditam que os bolos já eram feitos no Egito Antigo como pães adoçados com açúcar extraído de tâmaras, passas e frutas. Porém, a diferenciação entre pães e bolos só aconteceu no Renascimento, quando o formato redondo originou o nome “bolo”, similar à bola. Historicamente, o primeiro bolo com várias camadas, foi feito para o casamento entre Catarina de Médici e Henrique II da França, em 1533. Antiguidades a parte, o bolo sempre é bem vindo. Com recheio, de frutas frescas ou secas ou de receitas de etnias diferentes sua presença é sinônimo de compartilhar amizades e confraternizar lembranças deliciosas.

O bolo húngaro é composto de castanha-do-pará, canela, nozes, e também um ingrediente muito interessante, que é o fermento ou isca. Para que o bolo de certo, a isca deve ser dada por outra pessoa, por isso, o bolo tem o nome de “Amizade”. Na região de Visconde de Mauá, Precila da Costa Godinho, santista, virginiana e perfeccionista, dona da Pousada Bolo Húngaro, trouxe nos anos de 1980, a receita dada por sua mãe e começou a fazer o bolo húngaro em sua residência. Após um ano, foi necessário iniciar a construção de uma fábrica, tamanho sucesso que o bolo fez nas proximidades. Desde seu início, Precila cativou corações e estômagos com sua iguaria e, atualmente, netos de seus primeiros clientes fazem questão de vir a Mauá comprar este bolo que já há muito é uma referência da região. Onde: Rua Perciliana, 32 – (24)3387-1132.

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Bolos

Bolo de Pinhão

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Típico bolo local, com o ingrediente mais emblemático da Mantiqueira: o pinhão. Não há como não se deliciar com este doce inacreditavelmente saboroso. Básico, simples e fantástico. Em todas as cidades da Mantiqueira encontramos docerias que fazem este delicioso bolo com muito amor e tradição. Vale a pena experimentar e até levar como lembrança!

108 Cidade&Cultura



FOTOS SHUTTERSTOCK

Cervejas

Seguindo

Tradições Expandindo sabores

A CERVEJA TEM SUA ORIGEM ESTIMADA EM CERCA DE SETE MIL ANOS, na Mesopotâmia. O que se supõe é que, no momento em que o homem deixa de ser nômade e começa a dar seus primeiros passos no cultivo de sementes, por acaso, em algum recipiente onde estavam armazenados os grãos, a chuva os molhou e eles acabaram germinando. Tem início aí o primeiro processo de malteação. Depois, esses grãos germinados, envoltos em uma papa, são levados ao fogo e ficam açucarados; em descanso, entram no processo da fermentação espontânea. Assim nasceu a cerveja primitiva. Com o tempo, a cerveja 110 Cidade&Cultura

se tornou uma fonte segura de ingestão de líquido, pois normalmente os córregos, rios ou lagoas eram infestados de coliformes fecais, entre outras pestes, e a fermentação da cerveja, de certa forma, tornava-a segura contra a indesejável diarreia que normalmente levava os indivíduos à morte. Outra vantagem de se beber cerveja era o seu forte poder de concentração de calorias, minerais e vitaminas que aumentava ainda mais o prazer do consumo. A cerveja era tão fundamental no cotidiano das pessoas que na Suméria, 6 mil anos atrás, ela recebeu uma deusa em sua homenagem, Ninkasi, que significa “a dama que


LÚPULO Em São Bento do Sapucaí, no sítio da Cerveja Serra da Mantiqueira, uma grande novidade está acontecendo: a produção de lúpulo. Este cultivo é inédito no Brasil e traz um grande avanço para a indústria cervejeira que importa 100% de todo o lúpulo.

MONTE VERDE - Fritz Cervejaria Artesanal Aberta de segunda a segunda das 10h até o último cliente. Onde: Rua Rolinha, 40 – (35) 3438-2414. CAMPOS DO JORDÃO - Cerveja Campos do Jordão Aberta em horário comercial. Onde: Antônio Nicola Padula, 63 lj 3 – (12) 3663-1952. - Caras de Malte Aberta das 12h às 22h. Onde: Avenida Pedor Paulo, 1.500 – (12) 3662-2530. - Baden Baden Onde: Avenida Matheus da Costa Pinto, 1.653. SANTO ANTÔNIO DO PINHAL - Bode Expiatório - Antoniusbier Onde: Estrada da Fazenda, km 2 – (12) 98124-3264. EXTREMA - Cervejaria Valentini – ValenBier Onde: Rua Augusto Morbidelli, 30 A - (35) 3435-6984/98868-1488. SÃO BENTO DO SAPUCAÍ - Cervejaria Bauzera Aberta de segunda a sexta das 12h às 17h, aos sábados e domingos das 13h às 18h. Onde: Estrada dos Serranos 1.505 – (12) 3971-1470. VISCONDE DE MAUÁ - Cervejaria Artesanal Serra Gelada Aberta de terça a sábado das 7h às 16h. Onde: Alameda Gastronômica, s/n – Vila Maromba (24) 9811-7048. - Cerveja Maresia de Mauá Aberta diariamente das 11h às 19h. Onde: Estrada da Maromba, km 7,5 – Vila de Maringá (24) 3387-1143/99257-5045. PENEDO - Penedon Brew Pub Onde: Avenida das Pedras, 942 – (24) 3351-2072. - Cervejaria Casa do Fritz Aberta de segunda a quinta das 12h às 24h; às sextas, sábados e domingos das 12h à 1h. Onde: Avenida das Mangueiras, 518 – (24) 3351-1751. - Cervejaria Trevisan Onde: Rua das Velas, 34. Circuito Mantiqueira 111

FREE STOCK IMAGES/ANDREYKUZMIN

enche nossas bocas”. Os sumérios foram também o primeiro povo a adicionar ingredientes, como mel e frutas. De cultos religiosos a pirâmides, a cerveja sempre teve seu papel de destaque em todos os continentes. Atravessando agora um “buraco de minhoca”, passamos da Antiguidade à Idade Moderna, já no ano de 1516, quando o duque Guilherme IV da Baviera decretou a Reinheitsgebot, a Lei da Pureza da Cerveja. Essa lei instituiu que a cerveja devia ser fabricada apenas com água, lúpulo e malte de cevada. Essa medida foi tomada como uma retaliação econômica aos padres católicos que estavam enriquecendo com a fabricação do gruit, uma mistura de ervas que dava sabor à cerveja e, dessa maneira, fortalecendo o papado. Salvo algumas modificações, essa lei é seguida até hoje pelos alemães e ditou muitas normas pelo mundo afora. Em 1853, Heinrich Kremer fundou no Brasil a Cervejaria Bohemia (em Petrópolis). De lá para cá, várias cervejarias tornaram-se gigantes em produção e vendas, porém a tradição e o processo de elaboração de uma boa cerveja falaram mais alto e muitos amantes dessa bebida se envolveram na alquimia cervejeira. O que vemos hoje são muitos mestres-cervejeiros oferecendo o que há de melhor nessa arte, e as cidades da Mantiqueira possuem locais interessantes onde podemos até visitar suas fábricas e conhecer melhor esse mundo maravilhoso, de origem ancestral.


Destilados

da nossa cana

DESDE OS PRIMEIROS ANOS DA COLONIZAÇÃO, a cana-de-açúcar foi o grande impulsionador da economia não extrativa do país na época colonial. O objetivo do cultivo era exportar o açúcar à Europa. Para obtê-lo, a cana era esmagada até produzir um caldo que, depois de filtrado, era fervido outra vez com grande redução de água até a formação de uma massa sólida chamada melaço. O melaço era deixado para secar em formas de barro com furos de drenagem. Voltando ao início do processo, a espuma que subia do caldo na primeira fervura era descartada e dada aos animais (cachaza = borra ou cachaço = porco). No momento da segunda fervura, a espuma, após a fermentação, era tomada pelos escravos. Com o tempo, o caldo produzido após a fermentação também recebeu o nome de cachaça – que era dada aos escravos e a pessoas mais pobres. Mas os efeitos da bebida eram tão inebriantes que chegou até a ser moeda de troca na compra de escravos na África. Com a descoberta do ouro em Minas Gerais, o consumo da cachaça aumentou muito e um dos motivos para tanto foram as baixas temperaturas da Serra da Mantiqueira. Com isso, o foco da 112 Cidade&Cultura

produção em alguns engenhos mudou, e a cachaça galgou o mesmo patamar de importância que o açúcar. Em 1635, a Coroa Portuguesa proibiu a produção da cachaça alegando que ela trazia problemas aos garimpeiros e também prejudicava o comércio da bagaceira portuguesa (bagaceira é uma aguardente feita do vinho português), porém, como a lei “não pegou”, a Coroa resolveu taxar em vez de proibir. Com essa taxação, Portugal recolheu enormes somas de dinheiro, e a cachaça se tornou um dos produtos mais interessantes da Colônia. Mesmo sendo um grande negócio, os alambiques demoraram muito para emplacar o consumo da cachaça nas camadas sociais mais abastadas. Com a melhora das técnicas de produção, gradativamente a cachaça foi encontrando lugar de destaque em casas comerciais e nas altas rodas. Hoje, a “branquinha” é vendida no mundo inteiro, saboreada por todos e consumida sem preconceitos. Ganhou definitivamente o status merecido por sua qualidade e autenticidade. Nas cidades da Serra da Mantiqueira, encontramos alguns alambiques que fazem cachaças triunfais quanto ao sabor e à qualidade.

EXTREMA - Empyreo Destilaria Aberta de terça a domingo das 9h às 18h – Estr. do Salto, km 7,5. GONÇALVES - Alambique Três Barras Aberto de segunda a domingo das 8h às 17h – Rod. MG-173 km 3,9. MONTE VERDE - Cachaçaria das Gerais Aberto diariamente das 11h às 22h – Av. Monte Verde, 743 lj. 25. PENEDO - Estação Capelinha Aberta diariamente, exceto às quartas-feiras, das 9h às 18h e sábado e domingo das 9h às 20h – Estr. Penedo/Mauá, km 14. PINDAMONHANGABA - Cachaça Sapucaia Aberta de segunda a sexta das 10h às 17h – Estr. João Marcondes dos Santos, km 3. SANTO ANTÔNIO DO PINHAL - A Bodega Aberta aos sábados, domingos e feriados das 10h às 16h – Estr. do Machadinho, km 5.

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Alambique


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Lombo de bacalhau grelhado servido com legumes ao vapor.

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Gastronomia

Rosmarinus O chef Julio Buschinelli é mais um caso de executivo bem sucedido que redescobre a alegria de viver ao se dedicar profissionalmente ao seu hobby predileto: cozinhar. O resultado é um restaurante sofisticado e uma gastronomia inusitada e impecável. www.rosmarinus.com.br - Região de Visconde de Mauá.

A natureza Gastronomia da Mantiqueira

como aliada

UMA TERRA GENEROSA, AGRACIADA PELO CLIMA, pela altitude e pela abundância de água forma um cenário perfeito para os “atores” da produção agrícola e pecuária. Uva e vinho, café, hortaliças orgânicas, azeite, alcaparras, cogumelos, frutas, truta, pinhão, queijos, singulares em suas características e com qualidade reconhecida inter114 Cidade&Cultura

nacionalmente, proporcionam aos “artistas” de nossas cozinhas uma quantidade enorme de possibilidades e desafios. Experimente, questione, saboreie e vivencie a Mantiqueira por meio de seus aromas e sabores e pelas mãos e criatividade destes chefs e mestres.


Restaurante Sauá Um restaurante contemporâneo que valoriza a culinária caipira e os ingredientes locais, está situado em Gonçalves, referência da Mantiqueira no cultivo de orgânicos. Soma-se a isso um ambiente acolhedor, um fogão a lenha, ingredientes frescos e um chef, Ricardo Andrade, apaixonado pelo que faz. O resultado? Prove você mesmo. www.pousadabichodomato.com.br – Gonçalves.

FOTO ROBERTO TORRUBIA

Porco Confitado ao Melado de Cachaça – cozido lentamente na própria gordura, servido com virado de banana e couve refogada.

Risotto alla Parmegiana com Ragu de Ossobuco

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Tornedor de costelinha e pinhão com purê de pinhão e queijo da canastra.

Gosto com Gosto Mônica Rangel é uma conceituada chef que traz a culinária mineira como inspiração para seus pratos. Seus segredos estão na sabedoria dos mais velhos e na valorização do ambiente familiar. O resultado é uma gastronomia sofisticada, mas que lembra a saborosa comida da vovó. www.gostocomgosto.com.br – Região de Visconde de Mauá.

Cantina Bella Itália O chef Paschoal Iuliani é um desconhecido até na cidade de Bragança Paulista, onde possui seu restaurante. Agora se você perguntar pelo chef Lino, como é chamado por todos, não tem, na região Bragantina e nas Montanhas da Mantiqueira quem não tenha ouvido falar dele. Um paulistano simpático, que muito cedo foi morar e trabalhar em restaurantes da família na Itália e, em sua volta ao Brasil, trouxe consigo a paixão e a alma da gastronomia italiana. www.chefelino.com.br – Bragança Paulista.

Circuito Mantiqueira 115


Crème Brûlée de Pinhão

Restaurante Villa Gourmet

FOTO DANIEL CARDOSO

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Com pratos cuidadosamente elaborados e combinados cada qual com o tipo de vinho apropriado, o Villa Gourmet oferece um ambiente moderno e aconchegante numa das principais esquinas de Campos do Jordão. A chef Michelle Peretti está em constante busca do melhor ingrediente e a melhor combinação dos elementos regionais da agronomia da montanha. Facebook/villagourmetcamposdojordão/

Foundue Terroir de Minas – queijo artesanal acompanha pão rústico de café, bolinhos de mandioca e canequinhas de batata

Javaporco no Rolete

Restaurante Vila Chã

Restaurante Charpentier

Se você é um admirador da culinária portuguesa com um toque de ingredientes da montanha, o Vila Chã é lugar onde podemos encontrar o que há de melhor. O chef Nelson Gonçalves Junior é o responsável pela criação de pratos inusitados e diferenciados que reúne toda a tradição e regionalização gourmet. www.vilacha.com.br – Campos do Jordão.

O chef Murilo Carvalho, premiado por seus pratos rigorosamente belos e bem harmonizados, buscou aprendizado no exterior em países como a França e o Peru. Com essas especializações trouxe na bagagem o conhecimento amplo da gastronomia mundial e hoje regionaliza suas técnicas em pratos estupendos que podemos apreciar no Restaurante Charpentier do Hotel Frontenac em Campos do Jordão. www.frontenac.com.br – Campos do Jordão.

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Gastronomia



Gastronomia

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Filé de truta salmonada grelhado em crosta de castanha de caju ao molho de frutas vermelhas e roesti colorida (uma batata roesti é feita com batata inglesa, mandioquinha e cenoura).

Truta Rosa Toda a criatividade colocada em pratos deliciosos feitos com trutas pescadas na hora que a chef Eliane de Freitas cria com elementos regionais da montanha. O “Truta Rosa”, após anos de pesquisa, desenvolveu a truta salmonada que possui coloração rosada em sua carne, como a cor do salmão, o que faz deste restaurante uma referência no trato e no preparo deste pescado. www.trutarosa.com.br – Região de Visconde de Mauá.

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Jardim Secreto Em um ambiente pra lá de acolhedor, sofisticado e romântico, o chef Fabiano de Almeida proporciona pratos com influência italiana e francesa com toques de brasilidade. Criando e inovando, cada visita possui uma novidade que sempre surpreende os clientes mais fieis. www.restaurantejardimsecreto.com.br – Penedo. Pirarucu grelhado acompanhado de moqueca de palmito pupunha, arroz de coco com coentro e banana grelhada.

Ristorante Di Venetto

FOTO RICARDO COZZO

Tornedor Alpino ao molho de vinho reduzido com risoto de pinhão.

Para conhecer o melhor da gastronomia da região de Vêneto, na Itália, que compreende as cidades de Verona, Veneza e Pádua, basta ir ao Di Venetto que possui em seu conceito estas três cidades italianas em seu cardápio orquestrado pela chef Maria Rosa. www.divenetto.com.br – Monte Verde.



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Spaghetti com camarão ao limão siciliano

Gastronomia

Enoteca Serrana

Restaurante Champignon Você consegue imaginar as vantagens de ser uma engenheira agrônoma e uma chef de cozinha? A talentosa chef Kris Dietrich possui esse diferencial que a permite ter excelência do cultivo de ingredientes ao seu preparo. Mas não é só do seu talento que vive o restaurante, a sua mãe chef Bia Dietrich e proprietária do restaurante, é famosa nas terras da Mantiqueira pelos seus maravilhosos doces e sobremesas. www.restaurantechampignon.com.br – Vila Maringá – Visconde de Mauá FOTO DIVULGAÇÃO

Lettu Hillolla – Crepe Finlandês

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Como não sair satisfeito de um restaurante que também é uma loja de vinhos e onde o proprietário, Pedro Oliveira, conhecido Sommelier Gaúcho, trabalha em perfeita harmonia com o chef Edimar Oliveira? O resultado não podia ser diferente, é um ambiente acolhedor, muito simpatia, bons vinhos e uma excelente comida. Facebook/enotecaserrana/ – Penedo

Restaurante Koskenkorva Visitar Penedo e não saborear a culinária finlandesa é como ir à Itália e não comer massa. A chef e proprietária Maria Rocha é cearense e foi casada por muitos anos com um finlandês, pai de sua filha Mikaela, de quem assimilou a cultura gastronômica do país. Hoje, ela e sua herdeira são as responsáveis por apresentar esta rica gastronomia para os visitantes. E preparam com muito carinho e dedicação. Na foto, um tipo de panqueca servida com calda caseira de frutas e com recheio de sorvete. Na Finlândia, na festa junina, há uma competição entre mulheres para saber quem faz o Lettu mais gostoso. Facebook/restautantekorskenkova/ - Penedo. 120 Cidade&Cultura

Apfelstrudel com chantilly servida quente (receita de 160 anos da família).



“Volto a Visconde de Mauá com o maior prazer, o frango do Gosto com Gosto com excelentes cachaças me fazem voltar sempre.” Emmanuel Bassoleil “Fazer arroz e couve divinamente não é para qualquer um! Salve Mônica Rangel!” - Roberta Sudbrack, Chef de Cozinha

“Os doces do Gosto com Gosto são de comer rezando.” Cesar Santos, Oficina do Sabor/OLINDA “Papai como essa moça cozinha bem!” João, filho do Ricardo Castilho, Prazeres da Mesa

Rua Wenceslau Braz 148 Visconde de Mauá - Resende - RJ www.gostocomgosto.com.br (24) 3387.1382

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“Essa foi a melhor couve que já comi!” Alex Atala


Cozinha Italiana do Campo. A Cozinha do Campo é inspirada na culinária italiana, utilizando ingredientes genuínos e produtos frescos da horta orgânica.

Visconde de Mauá - RJ - Maringá (a 4km da Vila de Mauá) Reservas: (24) 3387-1550 • www.rosmarinus.com.br

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Esta é a proposta do Rosmarinus, que oferece seus pratos num ambiente aconchegante, cercado pela beleza natural do seu parque de 10.000m2.

O melhor da cozinha italiana na região há 16 anos.

Champignon

www.restaurantechampignon.com.br

Venha saborear a nossa cozinha com forte influência gastronômica europeia. Aqui destacam-se os pratos à base de cogumelos, além de fondues, risotos, filés, sopas e truta, preparados pela Cheff Kris Dietrich. Nosso menu também conta com deliciosas sobremesas inspiradas na tradição alemã com receitas herdadas de gerações passadas, preparadas pela confeiteira Bia Dietrich. Tudo isso num ambiente com decoração rústica e terna que provoca a sensação de viagem no tempo e na história alemã.

Aproveite para conhecer a

Cervejaria Bier Garten

que hoje conta com mais de cem rótulos nacionais e importados. Saboreie também nossos deliciosos petiscos.

Horário de funcionamento: Quinta a Domingo, de 12h às 23h E-mail: falecom@restaurantechampignon.com.br | Fone: (24)3387-1523 Onde ficamos: Alameda Gastronômica de Maringá Minas, s/n. - Região de Visconde de Mauá - RJ

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Restaurante


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Turismo Rural

Deixe o cheiro de terra A MODERNIDADE CHEGOU E COM ELA AS ESTRADAS de asfalto facilitaram nosso ir e vir e os destinos turísticos se tornaram menos incertos. Bacana, né! Porém, não devemos deixar de lado a preguiça. As estradinhas de terra que cortam todos os municípios da Mantiqueira nos levam a lugares interessantes, inesquecíveis e às vezes inusitados. Vale a pena colocar toda nossa disposição e nos aventurar em recantos mais ermos e distantes. No final, teremos surpresas valorosas e ricas em conhecimento. As atividades rurais encontram espaço de destaque no turismo das cidades da Mantiqueira. Cada vez mais valorizados, as chácaras, os sítios e as fazendas, ganham o charme quando abertas aos visitantes e exploram todo seu potencial que carrega a tradição de gerações em seus hábitos e costumes. 124 Cidade&Cultura

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Escolha uma estrada, qualquer uma, ela vai te levar até você

Engenho Velho De volta ao passado, aqui encontramos maquinários utilizados nas fazendas de dois séculos atrás. Um lindo lugar, com um cafezinho danado de bom e com uma lojinha de artesanato encantadora. Onde: Estrada do Serrano, km 8 – São Bento do Sapucaí.


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Sítio Katayama Cerejeiras e mais de trinta espécies de orquídeas são as joias que este sítio produz e que podemos apreciá-las em todo seu esplendor. Onde: Estrada do Barreiro, Km 4,5 - (12) 3666-1161 – Santo Antônio do Pinhal.

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te levar RPPN Fazenda Renópolis A Reserva Particular do Patrimônio Natural Fazenda Renópolis foi criada em 2011, em uma área de 83 hectares para preservar a vegetação da Mata Atlântica, desenvolver o turismo sustentável, a educação ambiental, o turismo ecológico, o turismo cultural e pesquisas científicas. No local temos uma acolhedora Casa de Chá que oferece chás e bolos com ervas e ingredientes produzidos ali mesmo, além de uma bela exposição de artesanato e produtos naturais, também com matérias-primas locais. Aberta de quinta a domingo das 9h às 18h. Onde: Rodovia Floriano Rodrigues Pinheiro, km 38 – (12) 3666-1470 – Santo Antônio do Pinhal.

Pousada e Pesqueiro Sítio Matão Este sítio, desde 1984, é uma reserva remanescente da Mata Atlântica. Possui lindos chalés e um belo pesqueiro de trutas. O restaurante se destaca pela casquinha de truta e o sashimi de truta. Onde: Estrada do Barreirinho - (12)3666-1386 – Santo Antônio do Pinhal.

Circuito Mantiqueira 125


FOTO ROBERTO TORRUBIA

Turismo Rural

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Apiário Flor Brazil

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Nesta fazenda, Monteiro Lobato morou, e mais: foi aqui onde pode exercitar toda a sua imaginação e escrever os clássicos do Sítio do Pica-Pau Amarelo. E tudo está preservado, tudo! Uma aula não só sobre a vida do autor, mas sobre os usos e os costumes da época. Até o fogão é o mesmo e ainda hoje são preparadas guloseimas como as que saíam das mãos da Tia Anastácia. Ah, não podemos esquecer a Cachoeira do Reino das Águas Claras que está na propriedade e é mais uma das inspirações do grande Lobato. Onde: Estrada do Livro, km 22 – (12)99711-3748 – Monteiro Lobato.

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Fazenda São José do Buquira

Neste mundo das abelhas podemos aprender como esses insetos são fundamentais para nossa existência. Aqui encontramos um miniparque temático onde são mostradas várias espécies de abelhas, a apicultura, o hidromel e onde se pode participar de brincadeiras. Há a sala do mel com todas as etapas de sua extração, manipulação e instrumentação. Também assistimos a uma palestra bem interessante sobre o apicultor e o meliponicultor; e conhecemos todos os produtos oriundos das colmeias. A visitação é feita por agendamento. Onde: Estrada do Salto, km 8,5 – (35)98831-7235/99843-6365 - Extrema


Pousada Serra Vista

Arte e fotos: Roberto Torrubia

Associação Pró-Turismo

Venha pra Gonçalves e fique bem...

Pousada Bicho do Mato Pousada Toca da Onça Pousada Vida Verde

Gonçalves - Minas Gerais

Pousada Espelho D’Água

www.gonçalvestur.com.br

Pousada do Rio Pousada Solar d’Araucária Pousada O Montanhes Pousada Passaredo

Gonçalves tem...

Pousada Trem das Cores

Paisagens incríveis Pousadas charmosas Gastronomia de montanha Produtos orgânicos Trilhas, Cachoeiras Aventura Cultura da Roça Arte Tranquilidade...

Pousada Lua de Pedra Pousada Dona Manoela Pousada Monjolos de Minas Hospedaria Vila Khepri Porto do Céu Restobar Restaurante Sauá Restaurante Vida Verde Restaurante Nó de Pinho Janelas com Tramela Bar e Boteco A Forneria A Senhora das Especiarias Mantiqueira Ecoturismo Passeios e Turismo de Aventura

“Curta nossa página no Facebook”

Melhores Pousadas em Gonçalves Apoio:

www.visitegoncalves.com.br

“Um dos melhores destinos para observação de aves da Serra da Mantiqueira”


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Turismo Rural

Este que é o primeiro parque temático brasileiro tem como objetivo o entretenimento e a educação ambiental por meio de visitas monitoradas em uma área de 14 hectares e 82 mil m² de paisagismo, onde podemos desfrutar das belas paisagens de jardins ambientados de vários países, como Canadá e Japão, além de inúmeros outros espaços cuidados com amor e delicadeza. Aqui, aprendemos muito sobre botânica e suas vertentes em aulas sobre “As plantas e seus produtos”, “Especiarias”, “As plantas em nosso dia a dia”, “Germinação de sementes” etc. Outros atrativos interessantes são o Gazebo Zen, uma casa com 10 metros de altura, pavões, araras, coelhos e chinchilas, um auditório ao ar livre, entre outros locais. O restaurante é de excelente pontuação com influência gastronômica da montanha. O parque também oferece estacionamento, heliponto e espaços gourmet e para eventos. Aberto segunda, quarta, quinta e sexta das 9h às 17h; sábados, domingos e feriados das 9h às 18h. Onde: Rodovia SP-46. Telefone: (12) 3666-2021 – Santo Antônio do Pinhal. 128 Cidade&Cultura

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Jardim dos Pinhais

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Parque Amantikir Com muitos títulos em seu currículo, o Dr. Garden, como é chamado o engenheiro agrônomo Walter Vasconcellos, conseguiu formar uma amostra inspirada em vários jardins do mundo afora que conheceu e onde trabalhou. Aqui, Walter representou em vários espaços e transmitiu a obra de paisagistas facilmente identificadas por sua originalidade e capricho na disposição de cada componente que compõe a paisagem. As melhores estações para a visitação são o verão e a primavera. Aberto de quinta a terça das 8h às 17h. Onde: Rodovia Campos do Jordão/Eugênio Lefévre, 215 – Bairro Gavião Gonzaga – Campos do Jordão.


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Esse local é um dos mais bonitos e interessantes, ao despertar o sentimento de leveza e até a inocência pura que as borboletas representam em nosso subconsciente. São 35 espécies monitoradas e livres de predadores, em uma área de 500 m². Podemos aprender muito sobre a importância das borboletas no meio ambiente, pois, antes de entrarmos no viveiro propriamente dito, temos a exibição de um vídeo explicativo de todas as etapas de vida desse inseto, desde a formação da lagarta e sua metamorfose até o envelhecimento e a morte desses lindos e incríveis animais. Os objetivos do borboletário são o aumento de exemplares e o repovoamento dos arredores de Campos do Jordão; a criação de um banco de dados sobre a fauna de lepidópteros; e a criação de um local para moradores, turistas, estudantes e pesquisadores, como polo de Educação Ambiental. Aberto de quarta a domingo das 10h às 15h: às segundas e terças, visitas com prévio agendamento. Onde: Av. Pedro Paulo, 7.997 – (12)3663-6444 – Campos do Jordão.

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Borboletário “Flores que Voam”

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Inspirada em sua filha e neta, a criadora deste espaço mágico deixou sua imaginação correr solta e construiu um local encantador, onde crianças e adultos se maravilham com as sete casas cuja decoração interna é lúdica e realista. Há a dos Coelhos, da Bruxa, dos Gnomos, do Fantasma, dos Anjos, das Bonecas e a do Papai Noel, espalhadas em um área de 12 mil m² repleta de árvores nativas. Aqui o público também conta com lanchonete, espelhos d’água, carroças e casa de árvore. Aberto todos os dias das 9h às 17h. Onde: Rua Arandi, 270 – (13)3663-2596 – Campos do Jordão.

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Parque da Floresta Encantada

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Turismo Rural

Ranchos e Cavalgadas Em todas as cidades da Mantiqueira podemos desfrutar da companhia dos cavalos em cavalgadas pelas lindas trilhas que serpenteiam as montanhas, tanto de dia como de noite. Os serviços são múltiplos e com animais de todos os portes e personalidade. Escolha o seu e se aventure!

Penedo

Pé de Pano

Pé de Pano: Rua São Francisco de Assis, 4.001 – (11) 97355-5612 - Bragança Paulista. Otaviano’s Rancho: Estrada Rural de Gonçalves-São Matheus, s/n° - (35) 99114-2293 – Gonçalves. Pousada dos Marchadores: Rua Virgo, 203 - (35) 3438-2279 – Monte Verde. Haras e Rancho Bourganville: Rua Projetada, 114 - (12) 3971-1853 / 3971-1491 – São Bento do Sapucaí. Rancho Country: Dr. Lourenço de Sá, 1.066 – (12) 3666-2052 – Santo Antônio do Pinhal. Rancho SB: Rua 2, s/n° - (12) 3663-1465 – Campos do Jordão. From Penedo: Ria Finlândia, s/n° - (24) 3351-1380 – Penedo. Rent a Horse: Estrada Visconde de Mauá – Rio Preto, km 9,5 - (24) 99981-7344 - Visconde de Mauá.

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FOTOS RICARDO COZZO

Turismo Rural

Falcoaria

Vale do Alcantilado É um parque particular que compreende a região de Visconde de Mauá, adaptado e adequado ao turismo ecológico e como opção de lazer, entretenimento e estudo do meio, encravado na Mata Atlântica. São vários miniecossistemas repletos de atrações, como as cachoeiras do Alcantilado, a Gruta do Granito, a do Lajeado, a da Muralha, a do Açude e a Cachoeirinha, os poços das Raízes e da Areia, e o Mirante. Agendamento: (24)99264-5146 ou info@cachoeirasdoalcantilado.com.br. FOTOS MÁRCIO MASULINO

FOTOS MÁRCIO MASULINO

Reconhecida pela UNESCO como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade a falcoaria é a arte de treinar, criar falcões ou outras aves de rapina para a caça de aves e pequenos mamíferos. Estudos relatam que a falcoaria já era praticada no Oriente Médio, no século 1 A.C. Considerada um esporte aristocrático, os portugueses detém o título da tradição da falcoaria, que foi introduzida pelos mouros invasores. Em Monte Verde, na Fazenda Radical X, temos a Escola Mineira de Falcoaria e, em Visconde de Mauá, a FalcoArte Falcoaria. Além de podermos admirar as aves de rapina bem de pertinho e conhecê-las melhor, as duas escolas ministram palestras sobre os pássaros e também sobre a arte da falcoaria. Fazenda Radical X: (35) 98813-9902/98817-2645 - Monte Verde. FalcoArte Falcoaria: (24) 98803-4165 – Visconde de Mauá.

Restaurante e Pesqueiro Truta Rosa Muitos anos de pesquisa se passaram para que desenvolvessem a truta salmonada, que possui carne rosada. Aqui você poderá pescar ou saborear os pratos deliciosos feitos com as trutas fresquinhas. Onde: Estrada da Santa Clara, s/n° - (24)3387-1449Visconde de Mauá. 132 Cidade&Cultura



Roteiro

inteiro

AS CIDADES DA SERRA DA MANTIQUEIRA estão repletas de atrativos turísticos que nos deixam extasiados pela qualidade e beleza. Muitos se enganam, achando que somente no período do inverno é que estas cidades valem ser visitadas. No verão temos as cachoeiras a nossa disposição para banhos inesquecíveis. Na primavera os jardins projetados dão um espetáculo a parte com o colorido das flores. E no outono, com a melhor luz natural para a fotografia, as paisagens se transformam e um lindo cenário. Sim, o inverno é sedutor, porém cada estação possui uma magia e um olhar diferentes da Mantiqueira. 134 Cidade&Cultura

FOTO MÁRCIO MASULINO

Para todos o ano


Parques de Extrema O Parque Municipal da Cachoeira do Salto e o da Cachoeira do Jaguari são dois locais de passeio para o dia inteiro, pois possuem toda a infraestrutura necessária e agrada a todas as idades. No primeiro temos um lindo aparato natural composto de cachoeira, trilhas e mirante e no segundo o destaque está na linda passarela que margeia o rio Jaguari com suas quedas d’água. Parque Cachoeira do Salto: aberto de segunda a domingo, menos na terça, das 8h às 18h. Onde: Estrada do Salto – Extrema Parque Cachoeira do Jaguari: aberto de terça a domingo das 7h às 18h. Onde: Estrada Municipal Sebastião Thomaz, 282 – Extrema.

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Bragança está localizada na região hidrográfica conhecida por Sistema Cantareira. Figurando entre os maiores do mundo, o sistema é administrado pela SABESP e conta com seis barragens interligadas por um complexo de túneis e canais. Em Bragança, uma grande represa é formada por dois rios: o Rio Jaguari, que vem de Minas Gerais, e o Rio Jacareí, que é formado em Joanópolis. Neste local podemos nos divertir com passeios pela represa, praticar esportes náuticos ou nos deliciar com a paisagem com empresas que possuem infraestrutura como restaurante. Bragança Paulista.

FOTO DIVULGAÇÃO

Represa Jaguari

Local histórico, onde funcionava o antigo Largo do Porto, o Bosque da Princesa foi criado em 1868 e abriga espécies nativas e exóticas oriundas do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, trazidas por Dom Pedro II. O parque é bem estruturado para receber visitantes e possui a Biblioteca Municipal, considerada um das melhores do Estado de São Paulo. Para quem gosta de histórias curiosas, este lugar era um cemitério de escravos. Onde: Rua Barão de Pindamonhangaba, s/n. – Pindamonhangaba.

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Bosque da Princesa

Prainha Ronan Ranoi Na beira do rio Jaguari, a praia Ronan Ranoi possui características fantásticas, pois há uma bela cachoeira para banho, além de uma infraestrutura com restaurante, camping, lago com carpas e muito lazer para a família toda. Aberto todos os dias das 9h às 18h. Onde: Estrada do Salto, km 24 - Extrema. Circuito Mantiqueira 135


Fazenda Radical X Um lugar para deixar a adrenalina tomar conta de seu corpo. Com atração pra lá de radicais, seu coração vai bater mais forte. Tirolesa, arvorismo, quadriciclo, tiro ao alvo, escalada e arco e flecha. Aberto de quinta a domingo das 9h às 16h. Onde: Estrada Monte Verde – Camanducaia – (35) 98813-9902 / 98817-2645 - Monte Verde.

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FOTO RICARDO COZZO

Roteiro

Tarundu

FOTO AVENTURA NO RANCHO

Diversão farta para toda a família nesta área de 500 mil m². Excelente infraestrutura com pousada e restaurante, e atividades pra lá de radicais como: escalada, air games, arvorismo, arco e flecha, hipismo, minibuggy, minigolfe, orbit ball, paint ball, tirolesa e patinação no gelo. Aberto todos os dias das 9h às 17:30h. Onde: Avenida José Antônio Manso, 1.515 – (12) 3668-9595 Campos do Jordão.

Rancho Santo Antônio Local tradicional para a prática de esportes radicais que funciona desde 1970. Atualmente um dos mais completos no segmento de esportes radicais um dos maiores percursos de arvorismo do Brasil realizado em araucárias, passeios a cavalo, tirolesa, water trekking, paint ball e chalés para hospedagem. Aberto de quinta a domingo das 9h às 17h. Onde: Avenida Pedro Paulo, 7.997 – (12)3663-4481 -Campos do Jordão. 136 Cidade&Cultura



FOTO MÁRCIO MASULINO

Roteiro

Casa Oficial do Papai Noel

FOTO ACERVO BRASIL NOTA 10

FOTO MÁRCIO MASULINO

Penedo, por ser um povoado de origem finlandesa, não poderia deixar de ter a Casa do Papai Noel, pois na Finlândia, na cidade de Rovanieme (Lapônia), há a mais bonita e tradicional Casa do Papai Noel do mundo. Em estilo nórdico, feita de troncos maciços, a decoração natalina encanta crianças e adultos que se envolvem no espírito de paz e amor que representa o Natal. Na realidade, estamos falando de um parque temático, composto de uma fábrica de brinquedos, o correio, um teatro de arena, cinema e teatro. Onde: Rua das Velas, 100 (Shopping Pequena Finlândia) - Penedo.

Brasil Nota 10 - Mundo das Miniaturas

Tecelagem finlandesa Lindos trabalhos que retratam o povo finlandês, marca da colonização de Penedo. Nos idos de 1950, as finlandesas começaram a vender suas peças em suas próprias casas. Eram toalhas de mesa, jogos americanos, mantas, cachecóis, bolsas, tapetes e outros artigos para o lar, feitos em fios de algodão, linho, lã, sisal, ráfia, palha, bucha, taliscas de madeira e retalhos. São várias as especificações de cada peça: Ryjy, Raanu, Täkänä, Poppana, Kynttilä e Kirjonta. Onde: Avenida das Mangueiras, 2.601 – (24)3351-1374 – Penedo. 138 Cidade&Cultura

Um lugar para admirar, aprender e se surpreender com tanta história mineira retratada em miniaturas e réplicas que remontam às passagens históricas que mudaram os rumos do país. São vários ambientes, como a casa da época da Inconfidência Mineira e a representação da batalha travada na Revolução de 32. Há um projeto que inclui crianças e jovens na criação de maquetes. Vale a pena a visita monitorada. Aberto diariamente das 8h às 17h. Onde: Rua Saboia Lima – (35) 3371-3999 – Passa Quatro.


W FERREIRA Comunicação

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Visconde de Mauá É preciso conhecer a Região de Visconde de

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Mauá e a história de Irineu Evangelista de Souza,

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o Visconde. Tudo contado através de empresas que reproduzem experiências memoráveis para o viajante. Maior que a história

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explicar o porquê do nome da Região, é o espírito empreendedor que oferta vivências espetaculares, gastronomia de alta

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qualidade, pousadas

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encantadoras, comércio inovador e até a oportunidade de estar em contato com a natureza exuberante da Serra da Mantiqueira! Seja o protagonista da sua viagem e venha viver o Tour da Experiência Caminhos do Brasil Imperial na Região de Visconde de Mauá!

8 9 1 - Casa das Velas (Um conto na Casa de Barro); 2 - Hotel Bühler (Museu Memórias Bühler - ColonizaçãoAlemã); 3 - Art Chapéu (Chapéus da Época do Império); 4 - Marcia Jóias (Jóia de Coroa que Troca Pedra); 5 - Café Maringá Bistrô (Chá Inglês à Moda do Visconde); 6 - Bistrô das Meninas (Picnic Imperial); 7 - Restaurante Champignon (Refeição dos Colonos Alemães); 8 - Restaurante Rosmarinus (Aula de Massa de Macarrão); 9 - Sagrada Natureza (Viagem ao Mundo dos Aromas).

Informações e reservas: 55 (24) 99311-0880 reservas.tourdaexperiencia.rvm@gmail.com


Roteiro

Academia Militar das Agulhas Negras – AMAN A Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), localizada em Resende (RJ), é o único estabelecimento de ensino superior do Exército Brasileiro que forma os oficiais combatentes de carreira das armas de Infantaria, Cavalaria, Engenharia e Comunicações e do Quadro de Material Básico e Serviço de Intendência. Em 1811, com a vinda da Corte Portuguesa para o Brasil, fez-se necessária a presença de um estabelecimento de ensino que formasse os oficiais do Exército Português. Naquele tempo, o príncipe regente Dom João fundou, então, a Real Academia Militar, que funcionou inicialmente na Casa do Trem, no Rio de Janeiro. Após a passagem por outras quatro sedes, o então Comandante 140 Cidade&Cultura

da Escola Militar do Realengo, idealizou a sede em uma cidade do interior, longe das agitações políticas do início do século XX. A cidade de Resende–RJ foi escolhida. Assim, no ano de 1944, é inaugurada a Escola Militar de Resende, e em 1952, sua denominação foi alterada para Academia Militar das Agulhas Negras. Ao longo dos quatro anos de formação, são realizadas atividades que se fundamentam

no desenvolvimento de atributos das áreas afetiva, cognitiva e psicomotora necessárias à profissão militar. Sua grade curricular inclui disciplinas ligadas às ciências militares, exatas e humanas. Ao final do curso, o concludente é declarado Aspirante a Oficial e recebe o diploma de Bacharel em Ciências Militares. Onde: Rodovia Presidente Dutra, km 306 – Centro de Visitantes: (24)3388-4574 – Resende.



Estatísticas

Montanhas da

Mantiqueira AS CIDADES QUE REPRESENTAM OS PRINCIPAIS DESTINOS TURÍSTICOS da Serra da Mantiqueira estão aqui descritas em números para que possamos entender um pouquinho mais do que elas significam. E, em alguns casos, há a necessidade de explicação como a Região de Visconde de Mauá, no alto da Mantiqueira, onde os estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro se encontram. Esta área está dividida em três charmosas vilas: Maromba em Itatiaia (RJ); Mauá em Resende (RJ); e Maringá em Bocaina de Minas (MG).

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Clima Tropical de altitude

Altitude média 1.600 metros

Território da região 2.236 km²

Principais rodovias de acesso BR 116 – Presidente Dutra BR 381 – Fernão Dias



Embaixadores da Cultura

POR TRÁS DESTAS MARCAS ESTÃO PROFISSIONAIS preocupados com seus negócios, mas com profunda responsabilidade social e conscientes da importância do resgate do patrimonio histórico cultural do município, da valorização da produção artística local, da preservação do meio ambiente e do desenvolvimento de um turismo sustentável que benificie a comunidade como um todo. A estes embaixadores da cultura, todo o nosso respeito e gratidão. Equipe Cidade&Cultura

Chopp Kremer choppkremer.com.br

Scarf-me scarfme.com.br

Veibras Veículos veibras.com.br

Marluvas Calçados marluvas.com.br

Bilhares Correia bilharescorreia.com.br

Calhas Paraná calhasecoifasparana.com.br

Construtora RC gruporc.com.br

Forneria Razera facebook/forneriarazera

Inima facebook/inimaproducoes

Pousada Bike Ville bikevillemtb.com.br

União Contabilidade escritoriouniao.com.br

Hotel Toriba toriba.com.br

Jair Pinheiro Paisagismo jairpinheiro.com.br

Pousada da Pedra pousadadapedra.com.br

Prisma Malhas prismamalhas.com.br

Security Master securitymaster.com.br

Vinícola Pampas vinicolapampas.com.br

Drogaria Santo Antônio 0800-102093

+ Nove Medicina Diagnóstica maisnove.com.br

Apiário Flor Brazil (35) 9-8831-7235

Pousada Saúde Melhor pousadasaudemelhor.com.br

Armazém Bertolotti facebook/jairbertolotti

Pousada Serra Vista pousadaserravista.com.br

Pousada Bicho do Mato pousadabichodomato.com.br

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Turismo Gonçalves goncalvestur.com.br

Kuriuwa Hotel kuriuwahotel.com.br

Pousada SPA Mirante da Colyna mirantedacolyna.com.br

Fazenda Hotel Itapuá itapua.tur.br

Hotel Recanto das Hortênsias Turismo Monteiro Lobato monteirolobato.sp.gov.br

Hotel Mira Serra hotelmiraserra.com.br

Pousada Rec.das Hortênsias recantodashortencias.com.br

Pousada Villa Luna pousadavillalunapenedo.com

Hotel La Ponsa hotellaponsa.com

Pousada Penedo pousadapenedo.com

Restaurante Jardim Secreto restaurantejardimsecreto.com.br

Domum Hotel domumhotel.com.br

Pousada Vento Verde pousadaventoverde.com.br

Pousada Villa Mantiqueira pousadavillamantiqueira.com.br

Restaurante Pedra do Baú restaurantepedradobau.com.br

Hotel Buhler hotelbuhler.com.br

Pousada Terra da Luz pousadaterradaluz.com.br

Caminhos do Brasil Imperial (24)9.9311-0880

Restaurante Champignon restaurantechampignon.com.br

Rest. Gosto com Gosto gostocomgosto.com.br

Restaurante Rosmarinus rosmarinus.com.br

Restaurante Truta Rosa trutarosa.com.br

Pousada Mauá Brasil mauabrasil.com.br

Região de Visconde de Mauá visiteviscondedemaua.com.br

Costa do Sol Hotel costadosolhotel.com.br

Chalés Sinbad chalesinbad.com.br

Sofitel Guarujá Jequitimar sofitel-guaruja-jequitimar.com

AMIgo! Comunicação Integrada agenciaamigo.com.br

Vset Filmes vset.com.br

Cavalheiro Straw4web straw4web.com.br

Água Mineral Passa Quatro aguapassaquatro.com.br

W. Ferreira Comunicação wagnerff.co.nf

Embaixadores da Cultura 145


FOTO MÁRCIO MASULINO

Depoimento

ESTA É UMA REGIÃO QUE PODEMOS CHAMAR DE ENCANTADA. De manhã, envolta em nuvens brancas que abraçam as montanhas; à tarde, aquecida pelos raios solares que brilham com a translucidez do ar; à noite, trazendo o frio que nos convida a abraços mais acolhedores. Um refúgio preservado e rico em tradições e natureza. Lugares escondidos e maravilhosos. Águas límpidas, cheias de esperança. E, acima de tudo, pessoas que souberam para onde iam, fixaram suas moradias, e entenderam que, antes de qualquer luta, é preciso compartilhar! 146 Cidade&Cultura


CINTO DE SEGURANÇA SALVA VIDAS


W FERREIRA Comunicação


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