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Bernardo Ramalho

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Tiago Primo

Tiago Primo

Jarbas lopes Parece que você fez um começo independente, como foi esse movimento?

Bernardo Ramalho Acho que qualquer começo é independente, surgi de um movimento próprio de cada um, algumas coincidências são naturais no processo de escolha, ainda mais quando se fala de uma produção relacionada a arte, onde existem mestres ( ou meios de aprendizado e experiência), mas o caminho é solitário, procuro o relacionamento afetivo no começo, esse é para mim o ponto de partida para a troca.

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JL Você já pegou o sentido do mergulho, esse encontro é praticamente com todos nós, uns através de escolas, de movimentos, até porque a gente lida com o acaso, que não é tão acaso assim, a idéia é essa. Qual a satisfação que você está encontrando nesse caminho e nessa relação? Só não pode falar que é amor.

BR Acho difícil de dar uma definição, por isso a necessidade de produzir, as pessoas, inclusive eu, inventam várias maneiras de atingir o amor, mas a única coisa que posso afirmar, é que todo movimento está relacionado ao amor divino.

JL O que você entende nessa palavra, com esse sentimento que expressa no amor, que é tão vasto?

BR Acho que nós, seres humanos, estamos cada vez mais precisando ser objetivos e diretos, uma mudança de valores, de escolhas. A definição mais próxima que tento passar para o entendimento das pessoas é o amor materno, sem espera, sem retorno, o prazer de doar e se contentar, encontrar a paz de espírito sendo doador, por isso a necessidade de trabalharmos cada vez mais o nosso ego, saber escutar o amor, com paciência e delicadeza.

JL Sei que além da necessidade de produzir, você tem uma necessidade de trabalho social, aproveitando uma possibilidade que existe em sua volta. Qual a diferença nesses movimentos e sensações? BR É a satisfação com um propósito que está totalmente ligada a essas minhas necessidades.A arte de uma forma geral sempre foi ligada ao social, cada um com seu propósito, cada um atingindo seus meios. Estamos a caminho do popular ,de transformação, da busca do simples, o caminho é esse, o envolvimento do artista com o meio social e popular.

JL Você está num começo, apesar de ser um começo muito intenso, como você vê a questão da sua inocência em relação a esse universo da arte? BR O que move as pessoas é o diferencial, não é o universo da arte e sim a sua inocência.O universo da arte depende e se move através da inocência e pureza dos artistas, a verdadeira inocência como a do meu grande mestre, a quem dedico minha produção, Edmilson Nunes, a inocência do AMOR, se puder, quero ser um inocente eternamente.

Bernardo Ramalho é artista amoroso.

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