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Guilherme Callegari

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Thiago Araújo

Thiago Araújo

Inicio cada obra com base em estudos de desenhos de letras, design gráfico e o universo pictórico. Ao construir cada pintura, penso como se elas fossem grandes cartazes ou grandes capas de discos, onde tenho que diagramar e organizar determinados elementos. Construo letterings (letreiramentos), junto a uma pintura bem suja e pesada, sempre despreocupado com a tinta que borrou, respingou ou escorreu, porque isto passa a ser parte integrante do trabalho no exato momento que acontece, então deixo tudo isso aparente na pintura. Se algo que fiz me parece não condizer com a obra, cubro-o com uma tinta branca bastante diluída e retomo a obra. O objetivo é deixar aquele ‘erro’ percetível de alguma forma, pois ele contribui com o resultado final, uma vez que é parte das escolhas que fiz para aquela pintura.

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Nesse projeto, porém, há algo para o qual gosto de chamar a atenção, que é a nova obra que surge baseada em algum pequeno detalhe das pinturas de grande formato, tornando-se algo independente. Fotografo detalhes de pinturas maiores (que tem em média 190x150cm), para depois construir pinturas menores com referências nesses detalhes, resultando em novas obras que medem aproximadamente 70x50cm. Não se trata de uma reprodução do detalhe em maior formato e não há sequer uma ligação visual entre as pinturas maiores, as menores e as fotografias. O que as relaciona é a ideia do detalhe, de fazer uma parte do todo deixar de passar despercebida para se tornar um todo em si. Pretendo mostrar nesse projeto aproximadamento 30 pinturas. Trago para minhas pinturas materiais como esmalte sintético, carvão, lápis e tintas automotiva, serigráfica, óleo e acrílica. O objetivo de utilizar sempre tintas menos liquefeitas é sentir a textura da tinta antes mesmo de vê-la na tela, tornando cada pincelada única e orgânica.

Guilherme Callegari nasceu em 1986, em Santo André - SP. Hoje vive e trabalha na mesma cidade onde nasceu. Formou-se em Design Gráfico com ênfase em tipografia em 2011. Em 2008, seus trabalhos passaram a ter um significados mais forte para o artista. Em 2009, faz sua primeira exposição, com colagens e algumas pinturas. Em 2010, entrou em seu primeiro salão e decidiu que o que realmente queria era se aprofundar na pintura. Em 2012, recebe o prêmio de Menção Honrosa no 40º Salão de Arte Contemporânea Luiz Sacilotto. Logo depois entra no Arte Londrina. Do final de 2011 ao começo de 2013, trabalhou como assistente do artista paulista Rodolpho Parigi. Logo depois trabalhou com Sandra Cinto e Albano Afonso, onde frequentou o Ateliê Fidalga.

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