





A exemplo de turmas mais antigas e mais modernas, uma instituição informal foi criada nos moldes de uma Comissão de Colaboradores da Turma 69, para desenvolver e publicar a Revista A Esquadrilha 1971, esperada por mais de meio século. A Comissão de Colaboradores se organizou interdisciplinarmente:
• EQUIPE COLABORADORA:
• Cézar Carvalhosa Moreira
• Cícero de Oliveira Cruz
• Dailson Mendes de Oliveira
• Francisco Tavares Ferreira
• Gabriel Domingos Barreto Soares
• Gilvan Martins Ferreira
• Jorge Godinho Barreto Nery
• José Eduardo Xavier
• José Geraldo Martins
• Lino Braz da Cruz
• Marcio Marques Soares
• Marco Aurélio Babadópulos
• Marcondes de Souza Calado
• Marcy Drummond Barbosa de Castro
• Otto Leal de Brito
• Paulino Lima
• Paulo Roberto Alonso – Coordenação e Roteiro
• EQUIPE DE PRODUÇÃO:
• Paulo Roberto Alonso – Coordenação e Roteiro
• Gilvan Martins Ferreira – Artes
• Francisco Tavares Ferreira – Redação, projeto gráfico digital, diagramação e artes.
Arazãoeasensibilidadenemsempreandamjuntas. Dizem que os pais têm sempre razão, porque ensejam o bemdeseusfrutos.Puraverdade.Muitasdasvezes,nós, seus filhos, somente os entendemos quando o discernimento balsamiza nossos sentimentos. Hoje, muito mais maduros, agradecemos aos nossos queridos pais que, muitas das vezes, se sacrificaram para nos dar a escolaridade, sem descurar da educação pelo exemplo, criando-nos com bondade, sem faltar a severidade quando se fez oportuno. Atualmente, onde estiverem, neste ou noutro plano da vida, certamente estão felizes pelo dever cumprido ao verificarem aonde chegamos após uma dura jornada, que nos levou ao início de nossa vida profissional.
Nessa jornada, contamos com o apoio essencial de mestres e instrutores, sem os quais não teríamos adquirido e desenvolvido os conceitos morais e de caráter, educação intelectual, habilidades psicomotoras, cultura e disciplina militar, fundamentais a nossa formação como homem, cidadão e profissional. Aos nossos amados professores e instrutores somos gratos pela paciência e dedicação com que nos conduziram para a realidade da carreira profissional que iríamos abraçar.
O Ninho das Águias nos acolheu, ainda jovens, no Lendário Campo dos Afonsos e nos entregou homens formados para a Força Aérea Brasileira, no Campo Fontenelle. Nessas duas instituições de Ensino da FAB aprendemos como conviver e partilhar com outras pessoas. O egocentrismo, a inveja e o egoísmo deram lugar a sentimentos mais nobres, de solidariedade, de generosidade e de pertencimento, não somente a um grupo, mas a uma nova família, muito bem administrada pelos Comandantes e Chefes dessas instituições exemplares. Em nome de todas as instituições de ensino pelas quais passamos, agradecemos à Escola de Aeronáutica e à Academia da Força Aérea pelo acolhimento, pela nossa formação e pelo despertar de nossos mais nobres sentimentos.
Aos nossos colegas de turma, com os quais aprendemos a dividir as alegrias e as amarguras, as nossas recordações e aflições, nossos bons e maus momentos, nossos medos e arroubos, agradecemos e dedicamos essa nossa revista, particularmente àqueles que não concluíram essa jornada, pa
aspirantes aviadores e intendentes 1971 e infantes 1972
Turma Brigadeiro do Ar João Camarão Telles Ribeiro
“O voo do homem através da vida é sustentado pela força de seus conhecimentos.”
O projeto Revista A Esquadrilha 1971, na sua forma eletrônica, foi concluído e anunciado na data comemorativa de 23 de outubro de 2023, permitindo a história da Turma 66/69 ser banhada de luz e posta ao deleite dos próprios protagonistas.
Caros amigos, parabéns pelo Dia do Aviador! Conforme prometemos, segue o link da plataforma ISSUU https://issuu.com/portalfab/docs/revista_a_esquadrilha_71 para acesso à revista A Esquadrilha 1971. Selecionem tela cheia para uma melhor visualização.
Aproveitem e se deliciem com a leitura, toda de uma vez, ou aos pouquinhos cada dia até o fim da revista. E voltem a reler em qualquer dia que bater a saudadeno peito,ou a qualquermomento que Deusnos conceder no tempo futuro...
Atenciosamente,
Quase 52 anos passados e a nossa A Esquadrilha 1971/1972 finalmente decolou Estava tudo calmo na Turma, já passada a ressaca do Jubileu de Ouro, quando o Calado resolveu encher o saco de alguém para a edição da revista. Procura, procura e achou um "cristo" que resolveu assumir o pepino: Alonso.
Com a “batuta” na mão ele começou a montar sua equipe e a primeira pessoa escolhida foi um Coringa: o incansável Ferreira. Daí, foi nos juntando e pronta a equipe, marcou a data de lançamento da Revista, dia 23 de outubro de 2023. Conversa, conversa, conversa; discussão, discussão, discussão montou-se o plano de ação e mãos à obra. Pesquisando de um lado, revirando a memória de outro...
Reuniões semanais, revisões semanais e sempre um chato - Xavier, Soares, Calado, achava detalhes a serem corrigidos: faltou uma vírgula aqui; esse texto não está bom; a data não foi essa; não podemos perder o foco etc. Alonso moderando, Ferreira fazendo e refazendo,sempre comum sorriso nos lábios, sem aloprar e assim fomos avançando.
Problema à vista: fotos dos Aspirantes. Alonso parte para a AFA e procura até achar o caminho para as fotos. Recolhidas as fotos, o problema continua, como trabalhá-las para montar a galeria da Turma?
Descansa Ferreira, prepara Gilvan que partiu para esquematizar as fotos e a arte da revista. Cadê a Intendência? Falta material, faltam fatos, falta história... Carvalhosa começou e o Cícero desenvolveu a área.
Somenteumatranquilidade:aInfantaria. Entram em cena Paulino Lima e o Zé Geraldo; eles tinham tudo praticamente pronto, um toque aqui, um retoque ali e pronto: na Infantaria está tudo safo. E assim a Revista Esquadrilha foi tomando corpo e crescendo para seu formato final. Último estresse: a publicação dela. Discute Calado, discute Alonso "assim não dá certo" ... "dá sim pois, já testei" ... e assim foi... Pois bem, pessoal, de conversa em conversa,deacaloradas, mas,sempre honestas discussões, de divergências e composições, eis que, com 52 anos de atraso, temos nossa revista A Esquadrilha 71/72. Ela era talvez, a única falta que havia na história de nossa Turma.
Agradeço à Equipe de Colaboradores, foi bom estar com vocês. Até a próxima e sejamos todos felizes.
Precisamos de fotos, fatos históricos e colaboração da Turma, Alonso cria então um grupo no WhatsApp: Turma Brig. Camarão.
Lento no seu início, pouco a pouco, foi pegando embalo e dele vieram inúmeras contribuições (tinha neguinho que,parece, andava com um fotógrafo ao lado pois, haja fotos) e assim, páginas e mais páginas foram sendo incorporadas à revista.
Hoje, a Turma de Aspirantes 71/72 e porque não dizer a Turma 66BQ/AFA69 - nossa origem - com nossas vidas consolidadas completamos, de acordo com José Martipoeta cubano, as três coisas que todas as pessoas devem fazer durante a vida: "Tivemos filhos, plantamos uma árvore (na AFA - um ipê amarelo comemorativo ao nosso Jubileu de Ouro) e finalmente, escrevemos nosso livro. Tudo vale a pena quando a Turma não se apequena.
Agradeço à Equipe de Colaboradores, foi bom estar com vocês. Até a próxima e sejamos todos felizes.
Marcy Drummond Barbosa de Castro
IN MEMORIAM
Enaquelefimde verão,emmarço,a turma de1969 chegou ao lendário Campo dos Afonsos.Era gratificante estar lá e ser hóspede de construções antigas, amplas, elegantes, pintadas de branco de onde sobressaíam grandes portas azuis. Em sua maioria eram avarandadas. Predominava o estilo mediterrâneo. O conjunto abrigava ainda muitos hangares instalados paralelamente à pista de pouso. Tudo erguido no início do século para abrigar o Aeroclube do Brasil, a Escola Brasileira de Aviação e posteriormente a Escola de Aviação Militar. Ali foi o berço de formação e da ancestralidade da Aviação civil e militar brasileira. Daquele campo de aviação decolara o primeiro voo do Correio Aéreo Militar. Em 1941 tornou-se a Escola da Aeronáutica. Com a participação do Brasil na Grande Guerra e tendo a demanda por pilotos militares aumentada, aos poucos aquele estabelecimento de ensino militar evoluiu para receber os novos cadetes oriundosde Barbacena (EPCAR), dos Colégios Militares do Brasil e civis aprovados em concurso público, todos vindos dos mais distantes rincões do país. Por anos, os cadetes que por ali passaram zelaram pela história e pela tradição, pois, irmanados em um conjunto homogêneo sentiam profundo orgulho de fazer parte da história da Aeronáutica Brasileira, da Força Aérea Brasileira e do Campo dos Afonsos.
Desde a primeira formatura em frente ao Corpo de Cadetes, a Turma 1969 foi instruída a perseverar, fazer amigos, respeitaros superiores hierárquicose osirmãos de armas e, sobretudo, lutar pelos valores apregoados na doutrina da Escola e da vida militar. Ao passar pelo pórtico que dava acesso aos alojamentos, obrigatoriamente, o cadete avistava o enorme mural histórico, de uma altura que impressionava pela imponência, onde fora gravado o poema Si, do Prêmio Nobel Rudyard Kipling. A leitura era diária. Como não aprender tão nobres ensinamentos: “Se puderes conservar a tua calma, quando todos diante de ti
desnortearem e por isso te culparem...” A Turma 1969 viveu a história dos Afonsos a cada momento, estudando muito, tendo pesada instrução militar, praticando esportes diariamente, no majestoso ginásio, no campo de futebol rodeado pela pista de atletismo e voando sonhos e aprendendo a voar como piloto militar. Quando o tempo permitia, podiam ser observados aviões pousando e decolando, os paraquedistas saltando dos C-82 e C-119 e aterrando na extensa área que abrigava a pista de pouso. Um dia aquele cadete estaria pilotando nobres garças pelo Brasil. O Cassino dosCadeteseraopçãode lazer.Naqueleano ocorreram tertúlias dançantes aos domingos, não todos. Os mais religiososcontavamcomumabelíssimacapelainstalada num gramado envolto de arecas crescidas e elegantes casuarinas, onde aos domingos era celebrada a missa para toda a guarnição dos Afonsos. Alguns casamentos começaram ali.
Mas o objetivo primário do calouro era o espadim, símbolo de conquista, que o cadete guardava e usava na farda de passeio. E este dia chegou. Era 10 de julho e a Turma 1969 abriu o desfile e perfilou para receber de suas madrinhas a representação maior na farda do cadete. Na mesma solenidade e por decisão Ministerial, a Escola de Aeronáutica passou a denominar-se Academia da Força Aérea, tendo o então Ministro da Aeronáutica,o Ten.Brig.doArMárcio de Souza e Mello, assinado a norma legal. Naquele dia, a Escola de Aeronáutica passou a fazer parte do glorioso passado do Campo dos Afonsos. E, em consequência deste ato administrativo, a Turma 1969, fazendo parte desta história, foi a última a ser matriculada e a receber o espadim naquele estabelecimento de ensino militar, consequentemente a primeira a receber o Espadim pela Academia da Força Aérea. AQUI ESTÁ A REVISTA
“A ESQUADRILHA – TURMA 1971” Pirassununga-SP, 23 de outubro de 2023.
Um olhar para a educação
presente sua passagem marcante na Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR), em Barbacena-MG.
“Referência em ensino até os dias de hoje, a escola foi transformada por novos métodos didáticos, modernos para a época, a partir das mãos do oficialgeneral. Segundo a ótica desse grande homem, a filosofia da EPCAR deveria ir além da sua vocação principal de formar futuros Oficiais da Aeronáutica. O foco ia além, muito além!
Nascido em São Gonçalo, município do Rio de Janeiro, em 1916, o militar foi declarado Aspirante-aOficial do Exército Brasileiro, na Arma de Aviação, em novembrode 1937. Em1939, o então Tenente Camarão iniciou os seus voos no Correio Aéreo Militar (CAM). A partir dessa oportunidade, o oficial estabeleceu os primeiros contatos com a Amazônia Brasileira, suas riquezas e seus povos.
O Brigadeiro Camarão deixou impactos positivos na área da educação. Em sua história está
1 Fonte: Extraído do texto da autoria de Tarcísio Roberto Barbosa: Ten.-Brig. Camarão, pequena história sobre um Grande Homem!
Era preciso formar, antes de tudo, o cidadão completo e dar a ele noções extracurriculares de ética, moral, democracia, e outros conhecimentos e habilidades que permitissem direcioná-lo para qualquer outra profissão prestante, diferente do Oficialato... Fosse ela qual fosse!
Espantosa e brilhante visão que provocou reações contrárias, ainda que veladas, do Alto Comando da Aeronáutica, sob o argumento de que seria um desvio dos objetivos da EPCAR que deveria ater-se, unicamente, a formar os jovens com foco na carreira de militar. Mas, apesar dessas críticas, o Brigadeiro Camarão foi em frente e elevou a EPCAR a um patamarímpar como instituição de referênciano ensino brasileiro... muito à frente das demais, tidas como de ensino tradicional de qualidade.” 1
Os feitos do militar na educação influenciaram outras instituições de ensino. O nome do oficial batizou uma das escolas conveniadas à Força Aérea. A Escola Brigadeiro João Camarão Telles Ribeiro possui mais de duas décadas marcadas por premiações e reconhecimentos. Entre os prêmios recebidos pela escola, ao longo desse período, destacam-se os de gestão, concedidos pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), e pelo Conselho Nacional dos Secretários de Estado de Educação (CONSED). O colégio também possui medalhas na Olimpíada Brasileira de Matemática, sendo referência em gestão e ensino na Região Norte.
Como Major Brigadeiro foi designado para comandar a Primeira Zona Aérea, então sediada em Belém. Nessa função, contribuiu para a integração da Amazônia com o restante do Paíse garantiu o apoio aos pelotões de fronteira do Exército e às populações
carentes do interior da Região Norte, formada por indígenas, caboclos e ribeirinhos.
“E não deu outra! Novamente, o já Major Brigadeiro Camarão “convoca” uma equipe que ficou conhecida como “Os mineiros do Camarão”, para uma nova epopeia... E lá fomos nós! Eu, o mestre de obras Natale Crocce – filho do Prefeito de Barroso – e alguns professores da EPCAR encarregados de treinar professores locais para exercer suas funções na Escola Tenente Rêgo Barros, que o Brigadeiro Camarão criara, em 01 de setembro de 1941, quando ainda 1o Tenente do Corpo de Aviação do Exército, servindo no 7o Corpo de Base Aérea em Belém-PA. A ideia era fazer lá o que tínhamos feito em Barbacena e mais...
Viveu, com intensidade e dinamismo, para a FAB e para o Brasil; gerenciou e bem aplicou enormes somas de dinheiro e ainda maiores responsabilidades, empregando-as todas de forma objetiva, racional, e criativa em benefício da Nação.” 1
A vida do oficial-general teve contribuições expressivas para a Força Aérea Brasileira, para a integração do Brasil e a presença do Estado na Amazônia.
Nascido no Rio de Janeiro em 28 de julho de 1920, oriundo da Escola Naval, foi declarado Aspirante a Oficial Aviador em 1943. Sua primeira comissão foi na Base Aérea de Belém onde voou mais de 1.000 horas no anfíbioCatalina – CA-10.Durante a II Guerra Mundial voou P-40 em Recife, foi certificado pela USAF como piloto operacional em guerra antissubmarina United States Brazilian Air Training Unit (USBATU), em aeronave Ventura B34.
Foi instrutor da Escola de Comando e Estado Maior do Exército (ECEME) e quando frequentava o Colégio Interamericano de Defesa nos Estados Unidos da América foi designado, ainda Coronel, Comandante da Escola de Aeronáutica nos Afonsos para cumprir determinação,doentãoMinistrodaAeronáuticaTenente Brigadeiro Márcio de Souza e Mello, de transferir a
Escola de Aeronáutica do Campo dos Afonsos, para PirassunungaemSãoPaulo.Promovidoaoficialgeneral cumpriu e realizou o grande desafio, vencendo todos os óbices pertinentes acrescidos da compra nos Estados Unidos da América de 40 jatos de instrução T-37C. A chegada desses jatos acarretou grandes mudanças na mentalidade vigente, na doutrina da instrução de cadetes e na adequação de novos equipamentos de voo
Comandou a Escola de Aeronáutica e a AcademiadaForçaAéreanoPeríodode18desetembro de 1967 a 15 de fevereiro de 1973. Brig. do Ar Geraldo Labarthe Lebre.
Como registro notável a ser considerado, foram trasladados sob seu Comando de Wichita para Pirassununga 40 T-37C adquiridos na fábrica em Wichita sem um único acidente. Honesto, patriota, justo e autêntico, preocupado com a segurança de voo deixou marca indelével como oficial feito para o Comando e que sabia comandar.
"Em pesquisa bibliográfica2 realizada nas leis, manuais e regulamentos militares foram encontradas diversas definições de quais seriam os valores militares. Muitas vezes o termo “valores militares” ou simplesmente “valores” são utilizados para expressar a identidade, a base de formação do caráter de um militar ou o “espírito militar”, mas na maioria das vezes não se acha a lista destes valores, ficando solta no ar a definição. Algumas definições foram encontradas durante pesquisa bibliográfica. Primeiramente, o que prevê o Estatuto dos Militares que é o código de ética da profissão militar, Lei No 6.880, de 9 de dezembro de 1980, da Presidência da República. A lista é a seguinte:
1) Patriotismo, 2) Civismo, 3) Fé na Missão do Exército, 4) Amor à Profissão, 5) Espírito de Corpo e 6) Aprimoramento Técnico-profissional. O estatuto, por ser uma lei federal, é, portanto, também válido para a Marinha e para a Força Aérea. Antes deste estatuto de 1980 outros foram sancionados em forma de lei federal. O primeiro e o segundo estatutos, os de 1941 e 1946, não falavam de valores militares, porém indicavam, indiretamente,como sendodeveresmilitares,praticaras virtudes militares, demonstrar coragem, ser leal, ser ativoeperseverante,terespíritodecamaradagem,entre outros. Somente a partir do terceiro Estatuto dos Militares (1969) surge uma lista de valores.”
Amor à Profissão; Hierarquia; Disciplina; Coragem.
Monumento aos Valores da AFA no jardim no pátio do Corpo de Cadetes.
2 Fonte: Ética e Valores Militares: Desafio e Preservação para a Instituição Militar, TCC – Paulo Maurício Rizzo Ribeiro, possui graduação em Cavalaria pela Academia Militar das Agulhas Negras, Mestrado em Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais,
1998-1998, Graduação em Curso de Direito, 1999-2003. Monografia apresentada ao Departamento de Estudos da Escola Superior de Guerra foi requisito à obtenção do diploma do Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia, 2016.
Espírito de Corpo; Dignidade; Dever de Cidadão; Patriotismo; Fé na Missão; Amor à Verdade
A Turma de Cadetes de 1969 foi agraciada pelo mesmo instituto do Código de Honra vigente até os dias atuais na Academia da Força Aérea. Em sintonia com o Manual do Cadete, o Código de Honra do Cadete da Aeronáutica é um instrumento de formação e autodisciplina visando impregnar no Cadete sólidos hábitos de integridade para torná-lo um Oficial honrado a serviço da Força Aérea.
Sem que os termos fundamentais e a essência
sua aplicação e, mais do que isto, declará-lo um instrumento de pertencimento a eles mesmos. Em consonância a este zelo, a própria Declaração a Aspirante a Oficial da Turma 1971, proferida pelo Comandante da AFA, traz no discurso o conceito aplicado e as palavras chaves do código de Honra do Cadete da Aeronáutica.
A Força Aérea espera do Cadete total integridade em palavras e atos, fundadas no Código de Honra, sem desvios de significado, ambiguidades ou evasivas. O Código de Honra permanece instituído na AFA e é uma propriedade moral e intelectual dos Cadetes, para que eles mesmos o sigam e se certifiquem de que desvios de conduta sejam responsabilizados por quem os comete.
As palavras chaves mencionadas a seguir que compõem o Código de Honra do Cadete fundamentam o arcabouço da Ética Militar, quais sejam:
deste valioso instrumento sejam alterados, este Código de Honraé frequentemente aperfeiçoado e publicado na AFA comunicando e cientificando os Cadetes quanto a
Coragem; Lealdade; Honra; Dever; Pátria
A Coragem é a vontade inerente de cumprir um ato positivo, ainda que o medo se interponha. A Coragem, pois, não é um estado de audácia, ou de impetuosidade de um destemido diante um risco extremo.
A Coragem é um dos pontos de virtude por excelência dos militares e é um estado de espírito motivador para confrontar o perigo, a despeito do temor que este lhe inspire.
• Acima, visão ampla do CCAER e do Pavilhão de Salas de Aula;
• Ao lado, o portão de entrada da Escola de Aeronáutica do Campo dos Afonsos, hoje, UNIFA – Universidade da Força Aérea;
• Abaixo, à época, o prédio de apoio a oficiais e cadetes, conhecido como a Casa do Laranjeira, ainda estampando a instituição Escola de Aeronáutica, ao lado do portão de Entrada;
• Ao centro, o Mastro da Bandeira, a Alameda dos desfiles, o Corpo de Cadetes e o pavilhão de salas de aula;
• Na linha abaixo, o Lago Lachê 1942, foto publicada na Revista A Esquadrilha daquele ano;
• Ao lado, vista do Pátio interno do CCAER, 1o e 2o pisos.
1. No alto, o Mastro da Bandeira da AFA é uma reprodução doicônicoMastrodaBandeiradaEAER,ummastronaval que exprime o mesmo símbolo representativo da instituição e suas tradições, que é guardado por quatro águias vigilantes; O Mastro da Bandeira testemunhou desfiles e homenagens militares e recebeu a preciosa companhia do T-25 Universal matrícula 1870.
• Abaixo,vistadosHangares,daTorre deControledeTráfego Aéreo e do Pátio de Estacionamento das aeronaves.
Filho de José Bessa Alfredo de Carvalho e de Helena Evangelista de Carvalho, nasceu em 08 de julho de 1927 no Rio de Janeiro–RJ.
Praça de 04 abril de 1944 e declarado Aspirante a Oficial Aviador em 21 de dezembro de 1946.
Promoções: A Segundo-Tenente em 25 de julho de 1947, a Primeiro-Tenente em 05 de outubro de 1950, a Capitão em 26 de dezembro de 1952, a Major em 20 de janeirode1959,a Tenente-Coronelem23 de outubro de 1964 e a Coronel em 23 de outubro de 1969.
Como Tenente-Coronel foi Comandante do Corpo de Cadetes da Aeronáutica de 1966 a 1969.
Nascido em 28 de maio de 1928, na cidade de Manaus-AM, Arthur Soares de Almeida incorporou-se à Força Aérea Brasileira em 29 de abril de 1948, ao ingressar, como Cadete, na Escola de Aeronáutica, no Campo dos Afonsos. Tendo concluído seu curso com aproveitamento,foideclaradoAspiranteaOficialAviador em 20 de dezembro de 1952.
Caçador nato, o Ten. Cel. Soares exerceu várias funções operacionais e administrativas nos diversos Esquadrões Operacionais da FAB: 1o/14o GAV (Esquadrão PAMPA: T-6 e P-40); 1o GAC; 2o /5o GAV;
1o/4o GAV, tendo como destaques, as de Comandante de Esquadrilha do 1o GAC e de Comandante do 1o Esquadrão do 1o Grupo de Aviação de Caça. Em termos operacionais foiqualificado como Líder de Grupo em aeronaves de caça. Posteriormente, regressou ao “Ninho das Águias”, à Escola de Aeronáutica, onde foi Instrutor de voo, Chefe do Estágio de Voo Avançado, Chefe da DIV – Divisão de Instrução de Voo e finalmente, Comandante do Corpo de Cadetes da Aeronáutica, quando então,comandou a Turma 1969 na transição EAER/AFA.
No transcorrer de sua carreira, o ‘Amazonas’, tal como o Ten. Cel. Soares era conhecido coloquialmente por seus colegas, cumpriu ainda várias e importantes funções atinentes à mudança da sede da recémcriada
Academia da Força Aérea, do Campo dos Afonsos, para a cidade de Pirassununga em São Paulo. Foi também, Chefe do Serviço Regional de Proteção ao Voo da 1a Zona Aérea – SRPV-1 - sediado em Belém-PA.
O Ten. Cel. Soares faleceu em 22 de junho de 1976. Foi promovido a Coronel post mortem em setembro de 1976 e a Brigadeiro, em julho de 1977.
NascidoemSãoCaetanodo Sul,São Paulo,em 09 de junho de 1938, ingressou na Escola Preparatória de CadetesdoArem01demarçode1955.Emfevereiro de 1958, chega ao Campo dos Afonsos para, como Cadete Aviador, realizar seu alentado sonho de voar.
Em janeiro de 1961, tendo concluído com sucesso o Curso de Formação de Oficiais AviadoresCFOAV, é declarado Aspirante a Oficial Aviador.
Além de ter prestado serviço na Base Aérea de Fortaleza, o Ten. Glaser, em sua carreira, serviu ainda,
na Escola de Aeronáutica, na Base Aérea de Santa Cruz, no IV Comando Aéreo Regional e na Base Aérea de Florianópolis - da qual foi Comandante e onde também comandou o seu querido 2o/10o Grupo de Aviação.
No início de 1971, a Turma 1969 chega em Pirassununga-SP para cursar, na já Academia da Força Aérea, o quarto ano do CFOAV e é recebida, entre outros Oficiais, pelo Capitão Glaser então, Comandante do 4o Esquadrão da Academia da Força Aérea, o Esquadrão da Turma 1969 Em outubro de 1971, com sua promoção, o Major Glaser foi nomeado Comandante interino do Corpo de Cadetes da Aeronáutica e conduz a Turma 1969 ao Aspirantado, o primeiro a ter lugar na cidade de Pirassununga-SP.
Fatos significativos da carreira de João Jorge Bertoldo Glaser:
• Realizou o primeiro voo de instrução para Cadete em Pirassununga;
• Realizou mais de 1.000 voos de instrução com Cadete a bordo.
Condecorações:
• Medalha Militar Ouro;
• Medalha Mérito Santos Dumont; e
• MedalhadeMéritoOperacionalBrigadeiroNero Moura (post mortem).
Faleceu no dia 25 de junho de 2001 em Pirassununga, cidade que escolheu para residir. Hoje, 52 anos passados, a Turma 1969, em sua Revista Esquadrilha, apresenta seu preito de gratidão a esse Oficial exemplar, o Cel. Av. João Jorge Bertoldo Glaser, que muito contribuiu na formação profissional dos seus comandados
Nascido em 18 de novembro de 1933, em São João del Rei, MG, foi declarado Aspirante a Oficial Aviador em 21 de dezembro de 1956. Foi promovido a Major em 20 de julho de 1969, e a Coronel em 30 de abril de 1981.
Como
principais funções destacam-se: Instrutor de Voo de Caça no 1o/4o GAV. Representante do Brasil na JuntaInteramericana de Defesa em Washington, DC –USA; Membro do Corpo Permanente da Escola Superior de Guerra; Instrutor Advisory no Interamerican Defense College – Washington, DC – USA (Fort Minar); Comandante do 4o Esquadrão Misto de Reconhecimento e Ataque (4o EMRA). Autor dos livros “Cadernetas de Voo” e “Cadernetas de Voo Dois”, onde são relatados episódios significativos na vida de um piloto na Força Aérea Brasileira.
Como Major Aviador, comandou o GIA da Academia da Força Aérea no período de 1971 a 1974. Foi referência na nossa formação a sua postura profissional, operacional e disciplinadora.
Em 04 de março de 1969, conforme o Boletim Escolar no 046, foram matriculados no primeiro ano do Cursode FormaçãodeOficiaisAviadores,eincluídosno estado efetivo desta Escola e do Corpo de Cadetes da Aeronáutica: os alunos da EPCAR; de Colégios Militares; da ESPCEX; e de Concurso Público; bem como, Cadetes da Força Aérea Boliviana, abaixo relacionados.
Igualmente, em 04 de março de 1969, conforme o Boletim Escolar no 046, foram matriculados no primeiro ano do Curso de Oficiais Intendentes da Escola de Aeronáutica e do Corpo de Cadetes os alunos oriundos da EPCAR abaixo relacionados.
Do total de 268 Cadetes matriculados, 109 formaram-se Aspirantes Aviadores, 31 Aspirantes Intendentes, 23 Aspirantes Infantes e 05 Aspirantes da Força Aérea Boliviana, registrados na galeria de fotos ao final desta revista.
As aulas teóricas tiveram seu início após a Instrução Básica Militar (IBM), com professores renomados da rede de ensino superior do Estado da Guanabara e Escolas Federais, inclusive do IME. O ensino superior à época surpreendeu pelo seu elevado nível qualitativo.
O currículo escolar na EAER era equivalente ao curso básico de Engenharia, e a instrução fundamental abrangia as seguintes disciplinas: Cálculo Diferencial e Integral; Desenho Técnico; Geometria Analítica; Química; Física; Inglês; Português; Espanhol; Mecânica; Eletricidade e Eletrônica; Estatística; Termo Propulsão; Propulsão a Jato; Tecnologia; Geografia Econômica; Direito; Psicologia; Economia; Sociologia; Técnica de Administração; Organização e Métodos;
O currículo da instrução especializada já era diferenciado para os Curso de Oficiais Aviadores e de Oficiais Intendentes.
Aerodinâmica; Navegação Aérea; Meteorologia; Tráfego Aéreo; Tiro e Bombardeio; Termo Propulsão; Propulsão a Jato; Termodinâmica, Eletricidade e Eletrônica, Mecânica, Mecânica dos Fluídos, e, comum aos dois cursos, Suprimento de Aviação; Emprego de Forças Aéreas.
Contabilidade Geral; Administração de Pessoal; Adm. de Material; Legislação e Administração; Planejamento; Programação Linear; Suprimento de Aviação; Psicologia aplicada à Adm.; Legislação Tributária; Direito do Trabalho; Direito Civil, Comercial e Adm. e Matemática Financeira.
Dominados conteúdos teóricos a respeito dos assuntos pertinentes às funções que eram preparadas para serem exercidas, aprendida a importância do conhecimento profundo das limitações impostas pelo ofício, repetidas à exaustão manobras e procedimentos, foi aprendido pelos Cadetes o conhecimento, a si próprios e as suas limitações.
Períodos de estresse, espaços exíguos, estreita convivência com pessoas ou isolamento prolongado, mesmo extremo, não poderiam afetar o desempenho e o humor dos Cadetes.
Emcombate,tipoalgumdeansiedade osdeveria desequilibrar. Emoções positivas ou negativas passaram a produzir em reações vigorosas, mas nunca paralisantes.
A Instrução Básica Militar foi o primeiro grupo de missões que inspirou e emocionou os corações de cada guerreiro novato do Corpo de Cadetes, da magnífica EAER - Escola de Aeronáutica do Campo dos Afonsos, Rio de Janeiro, no ainda Estado da Guanabara, naquele ano de 1969.
Mal terminava o verão, as instruções militares já se iniciavam e se prorrogaram por quase todo o outono daquele ano encantador, que jamais sairá das mentes dos então novos Cadetes da Aeronáutica. Quando o 1o Ano se apresentou na EAER, logo teve início a IBM (com osIntendenteseosAviadores juntos).AIBM constavade Instruções diárias (com horário para o almoço) de Maneabilidade, Ordem Unida, armada e desarmada, Imobilidade em Forma e Ginástica com Armas (Balalaica). Às 15 h eram realizadas as sessões de Educação Física e o treinamento das diversas Equipes Desportivas, junto com os Cadetes dos 2o, 3o e 4o Anos, Aviadores e Intendentes. Durante este período, os Cadetesdo1o Ano nãoeramautorizadosa sairdaEscola (regime de quarentena).
Eram quase três centenas de Cadetes dentro do Esquadrão, os quais não conseguiam perceber o tamanho da forçacoletiva,nemda vibração,aindaassim, sabiam que eram percebidos. Não importava o que estava por vir, pois o objetivo estava à frente de todos, pulsante, chamando-os ao desafio de conquistar os céus do Brasil
Os novos Cadetes da Aeronáutica vinham dos quatro cantos do país, como uma autêntica amostra representativa de todos os brasileiros. Um punhado ingressou pelo rigoroso concurso, outra porção transferiu-se dos exemplares Colégios Militares, um pequeno grupo veio de países da vizinhança, os
Foto da Operação Búfalo na Restinga da Marambaia – EAER, 1969. A Tropa era entregue e resgatada diretamente no solo, no tempo mínimo entre um toque de pouso e uma arremetida da aeronave Búfalo C–115–DHC–5. Enquanto os combatentes desembarcavam do avião armados e portando mochilas, quase simultaneamente ao pouso, os outros combatentes substituídos, que aguardavam no solo, igualmente equipados, cobriam a operação com fogo cruzado de fuzil contra eventual inimigo, e embarcavam na aeronave antes da arremetida. Tudo isto sem parada da aeronave.
A IBM progredia e ficava cada vez mais empolgante.Agoraanovamissãoeraemdireçãoaomar. Melhor explicando, à Restinga da Marambaia, Estado da Guanabara (agora Rio de Janeiro), a oeste da Capital, entre o mar costeiro do Oceano Atlântico e a Lagoa aberta de Marambaia, a Leste e ligada à Baia de Angra dos Reis.
A aeronave utilizada nesta missão foi o turboélice Búfalo C115 – DHC– 5, outra antiga aeronave de transporte logístico de tropas e de cargas, de fabricação canadense, para três tripulantes, acomodando até trinta e cinco paraquedistas, ou quarenta e um soldados, com capacidade de pousos e arremetidas em pistas curtas. Parecia ser missão similar à do Paraquedismo, só que desta feita, a Tropa era entregue e resgatada diretamente no solo, no tempo mínimo entre um toque de pouso e uma arremetida da aeronave. Enquanto os combatentes desembarcavam do avião armados e
portando mochilas, quase simultaneamente ao pouso, os outros combatentes substituídos que aguardavam no solo, igualmente equipados, cobriam a operação com fogo cruzado de fuzil contra eventual inimigo, e embarcavamna aeronave antesda arremetida. Tudo isto sem parada da aeronave. Fantástico!
Vamos realizar com êxito a Operação Búfalo!
Esta missão foi “pra lá” de esperada pelos Cadetes da Aeronáutica da Turma 1969. Não víamos nesta missão apenas o espetacular desembarque de soldados substituídos, sob uma incrível (cinematográfica) proteção de fogo cruzado pelos Cadetes na trincheira contra eventual inimigo nas proximidades (a tiros de festim, claro), sobre as cabeças dos combatentes em movimento juntamente com a aeronave executando rápido pouso e arremetida. Pura emoção!
Ali naquela missão, muitos, muitos dos Cadetes já antecipavam a mentalização das ações do comandante do Búfalo edeseusdoistripulantes, naquela operação de alta precisão e velocidade. Como
Entre todas as ocorrências, houve algum pé quebrado, outros tornozelos torcidos, mas apenas um paraquedas “Mae West”. Contaram que foi o Cadete Panadés, que flutuou como uma folha, caindo mais rápido do que todos osdemais, atraindo a atenção não só dos que voavam, mas também dos visitantes observadores no solo.
Este momento do paraquedas em “Mae West” foi o qual se teve certeza de que o treinamento valeu a pena. O Cadete da Aeronáutica Paraquedista, depois de visivelmente e inutilmente tentar inflar seu velame, acionou o seu paraquedas reserva, possivelmente já a menosdecemmetrosdopouso,oparaquedasreserva abriu e o pouso ocorreu sem gravidade. Este fato inspirou a todos considerar como o mais emblemático da missão. Prontos, os Cadetes da Aeronáutica então estavam preparados para a próxima.
No final de semana, o 1o Ano da Turma 1969 realizou o Salto de Paraquedas, sem qualquer acidente grave, cumprindo a última fase da IBM.
• Cena mostrando os Cadetes na chegada ao Campo de Treinamento da Brigada Paraquedista e logo foram recebidos para as instruções
• A tropa do 1o ano em uniforme de EF na IBM – Instrução Básica Militar. Uma intensa preparação física foi ministrada aos Cadetes, antes e durante a realização da IBM.
• MANICA – Manual de Instrução do Cadete Aviador e dois de seus anexos, com o croqui do tráfego aéreo na pista 08-26 do Campo dos Afonsos;
• O Cadete Godinho checando a máquina antes do voo solo e iniciando a saída para o voo solo;
• Brevet – distintivo de Cadete Av utilizadonoladodireitodopeitoapóso 1o voo solo. Broche com meio brevê e o tigre do emblema, utilizado pelos Cadetes da Turma 1969, à direito do Bico de Pato;
• Cadetes acabam de solar o T-21 e dirigem-se à homenagem no Lago Lachê;
• Cadetes apresentam-se em forma para a homenagem de batismo no Lago Lachê;
• Cadete Av João Rodrigues, após voo solo, é saudado no Corredor Polonês.
• Acima, Cadete Ramon no T-21 0775 em voo solo de formatura;
• Ao centro à esquerda, Cadete em típico voo de formatura, ante a silhueta da Pedra da Gávea;
• Ao centro à direita, Cadete Dailson no T-21 0775 em voo solo de Formatura, nas imediações do aeródromo de Jacarepaguá;
• Abaixo à esquerda, Cadete Ramon no T-21 0725, em voo solo de Formatura, na área de instrução de Jacarepaguá;
• Abaixo à direita, Cadete Cunha Gomes no T-21 0725, em voo solo de Formatura, na área de instrução de Jacarepaguá.
Em 1969, pela primeira vez, na história das atividades de ensino do Ministério da Aeronáutica, o Curso de Formação de Oficiais Intendentes – CFOINT foi concebido e desenhado para ser ministrado durante três anosseguidos.Inicialmente,aprimeira turmade Cadetes Intendentes seria formada por 20 alunos diretamente egressos da EPCAR, que concluíram com êxito o curso daquela escola preparatória.
Entretanto, a turma matriculada no CFOINT terminou ficando composta de 31 integrantes. Foram 16 egressos diretamente da EPCAR, Turma-66-BQ: Leite Filho, Nerosky, Carvalho Pinto, Gernhardt, Cícero, Norival, Jarbas, Carvalhosa, Macedo Pinto, Hélio Silva, Roth,Braz,MagalhãesPinto,Ernani,Bezerra eSuzeney. Originários da Turma-65-BQ foram 13: Diderô, Carvalho, Atagiba, Teixeira, Bosco de Sales, Cidade, Celestino,
Silva Filho, Pessoa, Roberto Cézar, Costa Leite, Assis e Walter Pinto. Além disso, o Gabriel, egresso de concurso específico como Ex-cadete da Turma-68-Afonsos e o Cadete boliviano Flores.
Naquele ano, em que a Escola de Aeronáutica seria transformada na Academia da Força Aérea, o Departamento de Ensino contava com oficiais entusiastas da área da educação ampla e profissionalizante, a exemplo dos incansáveis Coronel Araguarino e Major Ribeiro. Nesse contexto, observadas as vantagens decorrentes do regime de internato e da disciplina militar, ocorreu a montagem e o dimensionamento do currículo do CFOINT, com carga horária densa e multidisciplinar, que superava em qualidade os cursos superiores das escolas civis, normalmente desenvolvidos em quatro anos calendário.
Assim, a instrução de Intendência foi toda desenvolvida no Campo dos Afonsos, do 1o ao 4o ano letivos, concentradosnosanosescolaresde1969 a 1971, e prolongando-se peloprimeiro trimestre do ano de 1972,
número de informações e questionamentos. Incluiu as ações aplicadas, com o objetivo de aumentar asvendaseointeressepúblicopelaempresa.Primavam, obrigatoriamente, por um ótimo atendimento; promoções variadas; exploravam, também, a sazonalidade - Dia dos Pais, das Mães, Páscoa etc.; colocavam descontos expressivosnasmercadoriasquenãoestavamvendendo bem; ofereciam, na entrada da loja, as mercadorias que estavam em grandes promoções; punham doces diversos, chicletes em locais de fácil acesso, mas, também nos Caixas etc. O assunto marketing já estava em voga e foi bastante discutido.
O estágio na FAZAER YS foi o último evento da fase de estágiodosAspirantesIntendentes.Durante uma semana, ficaram acampados em uma área da Fazenda. Chegaram em Pirassununga, vindos do Rio de Janeiro, transportados por avião da FAB.
Darotinaconstavaminstruçõesteóricas,visita às
fase final, foram ministradas aulas sobre Intendência em Campanha, e funcionamento de um P SUP (Pelotão de Suprimento) em campanha. Houve até aulas sobre agricultura e pecuária. Não há como esquecer das palestras proferidas pelo magnífico professor Godoy sobre piscicultura e meio ambiente e sobre a história de Pirassununga – a cidade simpatia dos dois “P” – da pinga e do peixe! Pirassununga, significado TupiGuarani, O ronco do peixe, o ruído feito pela inúmera quantidade de peixes.
Dessa forma, os recém declarados Aspirantes a Oficial Intendente concluíram com aproveitamento, o estágio determinado pelo Exmo. Sr. Comandante de Pessoal da Aeronáutica. Ao longo do primeiro trimestre daquele ano, foram 348 horas de instrução prática na organizações: Diretoria de Intendência, Subdiretoria de Orçamentação e Pagamento de Pessoal, Subdiretoria de Provisões, Subdiretoria de Subsistência, Pagadoria de Inativos e Pensionistas da Aeronáutica, Serviço de Intendência em Campanha em Condições Reais, Fazendas de Aeronáutica do Galeão e de Pirassununga, além de Operações Conjuntas aeroterrestres com lançamentos de suprimentos, Serviço de Intendência da Marinha e Serviço de Intendência do Exército
instalações da fazenda e competições esportivas. Na
O Espadim representa o juramento pronunciado pelos Cadetes da Aeronáutica, como símbolo da honra militar.
Na imagem, os Cadetes do 1º Ano em forma, após o término da evolução, finalizam no formato do Gládio Alado (Asinha), na Cerimônia de entrega dos Espadins, momentosantesdaSolenidade.
Os que estão agora lendo estas palavras ao longo da revista sentirão, cada vez que o fizerem, uma profundanostalgiade momentosgloriososquerepousam brilhantemente no passado de cada um, que lhes fizeram realizar muito do que sonharam e que lhes faz até continuar sonhando pelo que não realizaram.
Bem aqui no silêncio de uma sala, manuseando otecladodeumcomputador,nósqueestamosaescrever pelasmaisdocespalavrasquepoderíamosexpressar,os mais arrojados verbos, os melhores substantivos e os mais ousados adjetivos vamos fingindo que não nos emocionamos, pois, senão, quem de nós traria mais e mais luzes aos nossos feitos trabalhados com tanto esforço?
As cerimônias, comemorações, festas e júbilos, igualmente, precisam ser recordados, recontados e saboreados com muito carinho, esforço cerebral e coração pulsante.
A cerimônia do Espadim foi simbólica. Para nós, o Espadim representa o juramento pronunciado pelos Cadetes da Aeronáutica, como símbolo da honra militar. Não foi à toa que estávamos paramentados com o uniforme de gala, demonstrando nosso respeito à Bandeira Nacional, perante nossos comandantes, nossos pares militares, nossos convidados e orgulhosamente diante dos olhos de nossos familiares. Uma grande festa!
Esta honraria foi muito aguardada, por meses; foi muito ensaiada, pois, enquanto uma parte dos Esquadrões estava já em atividade aérea, a outra parte estava a treinar belíssimas evoluções de marcha de ordem unida, glorificando uma representação plana do Gládio Alado (coloquialmente chamado de Asinha). Para isto, a marcha em ordem unida foi treinada com uma coreografia de mais de cem passos para formar o Gládio Alado e outro tanto de passos, em marcha igualmente rigorosa, para reformatar o pelotão. Pode-se dizer uma coreografia militar. Não houve um erro sequer.
EQUIPE COLABORADORA
• O Espadim representa o juramento pronunciado pelos Cadetes, como símbolo da honra militar;
• Cerimônia Militar: Autoridades percorrem a Alameda dos Desfiles antes da Cerimônia de entrega dos Espadins;
• A capa do ÁLBUM do ESPADIM 1969, imprescindível no acervo do Cadete da Aeronáutica.
• Acima, à esquerda, Cadete Cícero, acompanhado dos pais, ao redor do “Marco Comemorativo do Cinquentenário da Escola deAeronáuticae dadatadecriaçãodaAcademia da Força Aérea Brasileira, com a honrosa presença do Exmo. Sr. Presidente da República, Marechal Arthur da Costa e Silva;
• A Placa do Marco Comemorativo: Escola de Aviação Militar, 10-07-1919; Escola de Aeronáutica, 10-07-1969; Academia da Força Aérea, 10-07-1969.”;
• À direita, Cadete Alonso com os irmãos; abaixo, Cadetes Calado e J. Eduardo, acompanhados dos pais.
• Cadetes Santos Fernandes e Storino.
• Cadetes solos no T-21 antes da Cerimônia do Espadim: Leite Lopes, Jordão, Edvard, Cunha Gomes, Pimpão e Luciano, frente à ÁGUIA TOMBADA, ainda fixada na EAER.
• Cadetes Jordão, Alonso e Ortiz.
• Cadetes Hitoshi, e Wagner.
• Cadetes Gama, Ticchetti, Cunha Gomes, Osvaldo...
Nesse ano de 1971, ocorreu a transferência da AFA, em sua integralidade, do Campo dos Afonsos, Rio de Janeiro, para o Campo Fontenelle, Pirassununga, para melhor cumprir sua missão formar Oficiais de Carreira da Aeronáutica.
A fotomontagem ilustra a apresentação ao Comandante do Corpo de Cadetes da Aeronáutica e a recepção pela formação em voo de um C-119 escoltada por quatro T-37C.
PIRASSUNUNGA ACOLHE O NINHO DAS ÁGUIAS
Em1971ocorreuatransferênciadaAFA,emsua integralidade, do Campo dos Afonsos para Pirassununga, por força do Decreto no 69.416, de 23 de outubro de 1971. A AFA é uma "Organização de Ensino da Aeronáutica que tem como missão formar Oficiais de Carreira da Aeronáutica dos Quadros de Oficiais Aviadores (CFOAV), Intendentes (CFOINT) e de Infantaria da Aeronáutica (CFOINF), desenvolvendo em cada cadete os atributos militares, intelectuais e profissionais, além dos padrões éticos, morais, cívicos e sociais,obtendo-se,aofinaldesteprocesso,“Oficiaisem condições de se tornarem líderes de uma moderna Força Aérea". (PORTAL DA DIRENS, 2018).
Para que possa cumprir sua missão, a AFA conta, para a execução das atividades de Magistério, com um Corpo Docente formado por Professores civis, de diferentes áreas de formação, pertencentes ao Magistério Superior da Aeronáutica, além instrutores
• Quatro T-37C que antes escoltaram a aeronave C-119 no transporte dos Cadetes, em sobrevoo de homenagem;
• Cadetes da Turma 1969 em forma após o desembarque;
• Apresentação da Turma 1969 pelo Cmte. do CCAER, Maj. Av. Glaser, ao Cmte. do Destacamento Precursor, Cel. Av. Ozório, em 02 de fevereiro de 1971;
• Chegada da Turma 1969 em Pirassununga;
• Trenzinho transportando a Turma 1969 após o desembarque, para o CCAER.
Depois de receber o debriefing do checador e as recomendações para o voo solo, mnemônicos decorados, virei a plaquinha do avião designado para verde, fui pegar o paraquedas e capacete na sala de equipamentos, e me dirigi ao pátio de estacionamento debaixo do sol escaldante da tarde de Pirassununga, para encarar com orgulho a moderna e majestosa máquina, em que iria realizar meu primeiro voo solo a jato.
Inspeçãoexterna irretocável,checando todosos itens de segurança, principalmente retirar os pinos dos trens de pouso e verificar se as capas do pitot e da pressão estática tinham sido retiradas, sempre com a impressão de que o instrutor estava me observando. Entrei na aeronave e me amarrei sob a supervisão do mecânico da pista. Inspeção interna completa e iniciei o procedimento de partida nos reatores. Cheque após partida (RAARPIGOCA – rádios; ar-condicionado; pinos fora; gancho de atraso zero; oxigênio; calços fora), cheque dos flaps, retiro os pinos e mostro para o mecânico, para então entrar em contato com controle solo (CANOPUS), e solicitar autorização para o táxi. Saída do estacionamento até a pista de táxi com o máximo cuidado com outras aeronaves na área de manobras (principalmente cadetes solo), prosseguindo no táxi pela TWY até o ponto de espera, onde completo os cheques (CICACOMFLAP – cintos ajustados; canopy baixado e travado; combustível checado; flaps posicionadospara decolagem)e solicito autorizaçãopara a decolagem para a TWR (CAPELA) – “CAPELA VEGA 27 ponto de espera pista 18, pronto para decolagem –VEGA 27 livre decolagem pista 18 – Aquarius alta” Final livre, ingresso na pista. Aeronave alinhada com o centro da pista, cheques feitos, freios aplicados, acelero suavemente os reatores até 100%, freios soltos, manche ligeiramente à frente, pedais centralizados no
início da corrida, correções suaves e firmes para manter o controle direcional. Começo a sentir a vibração da aeronave acelerando e de seus potentes reatores. O avião acelera rápido e logo trago o manche para neutro até atingir a velocidade e iniciar uma decolagem muito suave. As sensações de velocidade, espaço e liberdade são rapidamente sobrepujadas pela necessidade de execução dos cheques pós decolagem, trem em cima, flaps, velocidade de subida, falar com a TWR, “Capela VEGA 27 decolado, destino Aquarius alta” – “VEGA 27 decolado aos 09, Aquarius alta, passe ao controle Academia”.
Após autorização da TWR, passo para o Controle Academia e prossigo para a área de Aquarius. Ao cruzar 10.000 ft, cheque periódico (ALADIM: Altitude; Load meter; gancho de Atraso zero; Instrumentos de voo e dos Motores). Na subida deu para avistar o morro do Cuscuzeiro em Analândia. Ao chegar na área procurome situar e encontrar a belíssima referência da área, o lago de Itirapina e a praia do Broa, e continuo subindo até atingir 20.000 ft. Ao nivelar, nem dá tempo de apreciar a paisagem e já tem o cheque periódico (OILOCO: Oxigênio; Instrumentos; Load meter; Combustível).
Finalmente, inicio o meu treinamento, tendo como referência a rodoviaque liga Itirapina a São Carlos, com muitas curvas de média e grande inclinação, pernas de oito preguiçoso pra sentir a máquina, depois subo em Chandelle pra ganhar alturae executar o parafuso.Antes treino alguns estóis e recupero a respiração para então me prepararparao parafuso.Capacete,máscara,jugular e cintos e suspensórios bem ajustados, checo a conexão do oxigênio e o painel para checar a diluição e posição dos pitocos. Manetes em idle até o estol e comando o parafuso. Após a definição de uma volta comando a saída, com a respiração ainda ofegante, mas satisfeito com a manobra mais difícil da fase pré-solo. Executo mais alguns oitos preguiçosos e inicio o retorno para
• Acima, Cadete Godinho acaba de solar e recebe o tradicional banho de mangueira dos Bombeiros;
• A seguir, Cadetes J. Eduardo, Storino e Wagner preparando-se para o voo solo;
• Aeronaves T-37C estacionadas e disponíveis para as atividades aéreas.
• Cadetes. Santos Alves, Storino, Trompowsky e Alonso com o In. Ten. Cunha;
• Ao centro, Cadetes em Briefing e em debate acadêmico (“Em todos os momentos de sua vida acadêmica, o jovem contará com a assistência de instrutores altamente especializados”, “Além das matérias da instrução fundamental, o jovem travará conhecimento com os problemas brasileiros da atualidade”).
• Na linha inferior, Cadetes Brito e Abreu;
• O Interior do Apartamento no H4 e espaço de lazer.
Finalmente, em dezembro de 1971, chegamos ao ápice da nossa formação, o tão sonhado e esperado Aspirantado.Paraagrandemaioriaforammuitosanosde
expectativas e emoções.
As famílias estiveram presentes e orgulhosas daquele parente, amigo, filho, namorado, que envergava com altivez a Farda de Gala para receber a Espada de Oficial da Força Aérea Brasileira.
As Autoridades Federais, Estaduais, Municipais e Militares estiveram presentes, inclusive Exmo Sr. Ministro da Aeronáutica, o Ten. Brig. do Ar Joelmir Campos de Araripe Macedo representando o Presidente
• Cadete Brito, porta-bandeira;
• Momentos do juramento na Cerimônia do Aspirantado.
Mas enfim, o que nos interessava naquele momento era o início de uma nova vida, uma vida profissional como Aviadores, Intendentes ou Infantes. Livres das amarras da formação rígida das Escolas, Colégios e Academia, do compromisso com os horários das aulas e instrução, mas que certamente deixariam muitas saudades, pois foi ali que forjamos as mais sinceras e leais amizades, que jamais imaginamos que poderíamos desfrutar.
Tínhamos muitas dúvidas, mas, por outro lado, confiávamos na formação profissional que recebemos, para enfrentar os novos desafios, que seguramente foram muitos.
Era o começo de uma vida de dedicação à Força Aérea Brasileira como pilotos militares e como Comandantes e Chefes, de dedicação à Pátria como baluarte das Instituições e defensores do Território Nacional e de dedicação à Nação como ser social, dando exemplo de retidão e honestidade à frente de nossas futuras famílias, para a construção de uma sociedade justa, educada e moralizada.
Fomos preparados para a paz e para a guerra, pois aprendemos desde cedo em nossa formação que: “Se queres a paz, prepara-te para a Guerra”. 3
3 Traduzido de “Si vis pacem, para bellum”, um provérbio em latim, frase atribuída ao autor romano
da República o Exmo. Sr. Gen. Emílio Garrastazu Médici, que fez a entrega da Espada ao Aspirante Otto Leal de Brito, primeiro colocado da Turma.
O Esquadrão Coringa, com nove T-37C, pilotados por nossos instrutores de voo, fez evoluções durante a solenidade.
Em nossa vida acadêmica na Escola de Aeronáutica, no Destacamento Precursor da Academia da Força Aérea e na Academia da Força Aérea, fortalecemos o nosso intelecto. Adquirirmos conhecimentos e capacidades técnicas à custa de muito esforço e persistência. Ao longo dos anos, aprendemos o valor do amor à verdade, da fé, da disciplina e do gosto pelo nosso fazer, mas, principalmente, desenvolvemos o nosso caráter. Numa acepção ampla, o caráter engloba personalidade e, em situações limites, faz a diferença. Dessa forma, ao tempo em que nos capacitávamos para o trabalho especializado tornávamo-nos eficazes no trato com quaisquer outros trabalhos, principalmente aqueles nos quais somos testados até o nosso limite. Situações limites estariam presentes constantemente na carreira que escolhemos trilhar.
EQUIPE COLABORADORA do quarto ou quinto século, Flávio Vegécio. –Wikipédia.
• NESTA PÁGINA, Momentos do juramento à Bandeira e da devolução dos Espadins na Cerimônia do Aspirantado.
Outra lembrança:
EumecaseinodiaseguinteaoAspirantado,sem a permissão ministerial.
Uma semana depois entrei com o pedido de permissão, ao Sr. Ministro TB Araripe Macedo, que me foi concedida e, a partir da data da publicação, foi revogada essa proibição e todos Aspirantes 1971 respiraram aliviados.
Abraços a todos Aspirantes
Otto Leal de Brito 66-022 69-007 71-001
A Força Aérea Brasileira era suprida com a formação de Oficiais de Infantaria de Guarda pela Escola de Oficiais Especialistas e de Infantaria de Guarda (EOEIG), localizada em Curitiba-PR, cujos alunos eram selecionados pelo concurso de admissão aplicado aos sargentos de infantaria da força.
Em 1971, tal como na Escola de Aeronáutica, registrava-se na Academia da Força Aérea a interrupção da vida acadêmica daqueles cadetes que apresentavam, pelos critérios da época, alguma inaptidão para o voo e isto implicava o desligamento da Força Aérea.
Cadetes desligados, pertencentes a turmas anteriores, em suas respectivas épocas, foram reingressados à Força Aérea e declarados Aspirantes aOficialapósrealizaremaespecializaçãoemInfantaria na Escola de Oficiais Especialistas e de Infantaria de Guarda.
Desfile em continência à Bandeira Nacional; Júbilo dos Aspirantes de Infantaria.
O início das nossas memórias se dá “naquele fim de verão, em março, a turma de 1969 chegou ao lendário Campo dos Afonsos. Era gratificante estar lá e ser hóspede de construçõesantigas,amplas,elegantes,pintadasdebranco de onde sobressaíam grandes portas azuis. Em sua maioria eram avarandadas. Predominava o estilo mediterrâneo. “
A foto mostra uma das nossas primeiras visões: o Mastro da Bandeira, a Alameda dos desfiles e o Corpo de Cadetes.
POR:JORGE GODINHO BARRETO NERY
A vida não se restringe ao período de uma existência. Seria ilógico nascer, viver um período existencial e com o fenômeno da morte tudo acabar, a razão e o bom-senso reage ao conceito finito da vida por várias razões, mas em especial, porque esse entendimento não responde aos porquês das diversidades, das diferenças que caracterizam os seres humanos e dos encontros que a vida oportuniza.
Com a visão da imortalidade, passa-se a compreender melhor os desígnios do Criador, amoroso e bom para com suas criaturas que somos todos nós, irmãos em humanidade, porque filhos do mesmo Pai.
Assim, a existência nos proporciona oportunidades variadas na relação com o próximo que, desde o nascimento, aprendemos a conviver de forma saudável e harmoniosa com os que nos são caros.
Foi há mais de meio século que a existência proporcionou a jovens egressos do concurso, de vários rincões do país, da EPCAR, dos Colégios Militares, de países da vizinhança e os agregados da turma anterior, se encontrarem por um motivo comum, fazer parte da família da Força Aérea Brasileira, na conquista de um ideal que conduziu ao acolhimento no lendário Campo dos Afonsos, a querida e inesquecível Escola de Aeronáutica, posteriormente na Academia da Força Aérea, onde os formandos prosseguiram na carreira militar Durante este percurso, fatos e experiências marcaram a trajetória dos jovens que ingressaram nas fileiras da FAB, alguns fizeram outras escolhas, e grande parte permaneceu na FAB. Mas, todos, submetidos ao fenômeno da vida que nos conduz a outra vida, denominado morte, que chegou para alguns em tenra
idade, e para outros em idade mais avançada, porém, cada um retornou da forma e no momento exato, cumprindo os desígnios divinos.
Há dois mil anos, a morte foi desmascarada quando o Meigo Nazareno ressurge após o Gólgota a demonstrar que a vida não se restringe ao período do nascimentoà mortedo corpo físico,masqueéúnicapara oEspíritoimortalqueexperenciaexistênciasinúmerasno seu aprendizado intelecto moral.
É com essa visão que, nesta oportunidade, recordamos dos amigos e irmãos de ideal que nos antecederam à verdadeira vida, com a convicção de que continuam vivos, ativos,aprendendo, crescendo intelecto moralmente para que em outra oportunidade vistam a indumentária carnal pelo renascimento em outras experiências, na trajetória evolutiva que a Lei divina oportuniza a todas as criaturas.
Rogamos ao Pai Celestial que os abençoe e fortaleça seuspassos,renovando aosfamiliaresque aqui ficaram a esperança e o consolo de que todos nos encontraremos mais cedo ou mais tarde, na verdadeira vida, a espiritual.
Nosso preito de gratidão pelo convívio fraterno e harmonioso enquanto estiveram entre nós na dimensão material e um até breve quando realizarmos a inevitável viagem de retorno aos páramos celestes.
Dos amigos e irmãos da turma 66/69 aos que já se encontram desfrutando da vida espiritual.
Leitores e membros da Turma, com igual entusiasmo, devoraram em forma de leitura o conteúdo publicado e passaram a manifestar suas emoções pelo reencontro com as gloriosas experiências de um passado inesquecível, que se revelam nas linhas a seguir:
Meu amigo, parabenizo a todos da equipe responsáveis pela edição que retrata muito do que passamos durante os maravilhosos anos de nossa formação Acadêmica, evidenciados por momentos difíceis e prazerosos, momentos de muita emoção, bem como, alguns tristes e até mesmo trágicos que nos privaram da convivência de amigos, professores e instrutores.
conquista de seus sonhos. Sempre e para sempre somos uma Esquadrilha, um punhado de amigos.
Wagner Santilli
Passei a tarde entre 1969 e 1971, que maravilha! 85% da "estória" contada eu não me lembrava.
Fico deveras agradecido aos meus colegas de turmapeladedicaçãoepelotrabalhoapresentado,dignode um 66/69!
Vouguardarcommuito carinhopelorestodaminha vida!
PARABÉNS A NÓS TODOS!!!
Gilberto Antônio Saboya Burnier