Qualia#5

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Poste_Matosinhos apresenta

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QUALIA mostra #05

p07 ..................... intro

p07 ..................... ponto de partida

p11 ..................... Dilatações da Performance

p13 ..................... Vídeos > Autores _ ordem de apresentação

p16 ..................... Carla Cruz

p17 ..................... Katiana Gonçales Rangel

p18 ..................... Priscilla Davanzo

p19 ..................... Suzana Queiroga

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p25-26 ............... ficha do evento-contactos

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QUALIA

"Qualia" é um termo pouco familiar para algo que não podia ser mais familiar para cada um de nós: a forma como as coisas nos parecem. Tal com acontece frequentemente com o jargão filosófico, é mais fácil dar exemplos do que uma definição do termo. Olhemos para um copo de leite ao pôr do sol; a aparência que ele tem - a qualidade visual particular,é pessoal. A qualidade visual é particular, pessoal e subjectiva do copo de leite é o quale da nossa experiência visual nesse momento. A forma como o sabor que o leite tem para cada um de nós, é outra, a qualidade gustativa, e o som que nos é dado quando o engolimos é uma qualidade auditiva. Estas várias "propriedades da experiência consciente" são exemplos de qualia. Nada, ao que parece, podemos conhecer mais intimamente do que os nossos próprios qualia; poderá o universo inteiro ser uma vasta ilusão, uma mera invenção do demónio maléfico de Descartes, mas, no entanto, aquilo de que o esboço é feito (para nós) serão os qualia das nossas experiências alucinatórias. Descartes afirmava duvidar de tudo o podia ser questionado, mas nunca duvidou que as suas experiências conscientes tinham qualia, as propriedades pelas quais ele as conhecia ou as apreendia.

in A. Marcel and E. Bisiach, eds, Consciousness in Modern Science, Oxford University Press 1988. Reprinted in W. Lycan, ed., Mind and Cognition: A Reader, MIT Press, 1990, A. Goldman, ed. Readings inPhilosophy and Cognitive Science, MIT Press, 1993

Nos dias de hoje, as imagens em movimento apresentam uma multiplicidade de hipóteses atravessadas e contaminadas inevitavelmente pelas tecnologias de comunicação usadas no quotidiano, quer por artistas ou pelos não artistas.

Reparemos no modo como comunicamos, uns com os outros, e como usamos as possibilidades técnicas oferecidas pelos telemóveis e pelas redes sociais.

Esta diversidade tornou ainda mais porosa a fronteira e os limites daquilo que é privado e do que é definido como público, o que é ilusão e simulacro, ou o que define aquilo que parece real e o que é real de facto.

Apesar de ainda desconhecermos as consequências desta forma de vida, é evidente, como a perceção humana e a sua relação com o mundo sofre já alterações, ocorrendo novos processos de comunicação.

Entrevemos por isso, futuras relações, implicações e consequências, e intuímos que neste agora, estabelecem-se coordenadas que irão alterar a nossa relação com a imagem, e inevitavelmente, irão alterar a nossa relação com o Outro e com o Mundo.

Durante o ciclo Qualia, apresenta-se uma exibição de vídeos, tendo cada um uma duração mínima de 30 segundos e um máximo de aproximadamente 3 minutos, permitindo ao Poste_Matosinhos apresentar-se como dispositivo relacional, colocando em relação diferentes apostas curatoriais e distintas obras de artistas, logo, permitindo diversas experiências sensíveis.

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QUALIA

Dilatações da Performance

Um vídeo de uma performance não é uma performance. No entanto, isso não significa que o arquivo esteja morto ou que contenha materiais inanimados. O conteúdo do arquivo pode voltar à vida. Ele transmite uma noção do que as performances significavam em seu contexto e momento específicos e o que podem significar agora.

Diana Taylor

Sabemos que vestígios gerados a partir de ações performativas podem conter circunscrições das próprias performances, conseguindo transmitir indícios do que ocorreu no plano do ao vivo e, assim, um vídeo de uma performance pode viabilizar um outro tipo de fruição por parte da audiência, que já não está diante de uma ação efêmera, mas sim de uma documentação gerada a partir dela e que pode ser vista em loop

Há algum tempo que esse modo de compreensão da performance e dos seus desdobramentos tem sido alvo de veemência criativa para um conjunto enorme de artistas na contemporaneidade, os quais radicalizam com uma acepção inflexível da performance condizente a algo acomodado unicamente ao instante, algo que não se repete e que não pode ser representado com mesmo potencial através de suas documentações por dizer respeito exclusivamente ao “aqui-agora”.

Neste conjunto formado por cinco vídeos, podemos testemunhar dissemelhantes documentações realizadas a partir de performances ocorridas em diferentes momentos, mais

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mostra #05

especificamente num recorte de tempo situado entre os anos de 2003 e 2021. Podemos ver o salto que Carla Cruz realizou no rio Douro a partir da Ponte D. Luís I no Porto, repetindo o gesto comum entre os jovens e as crianças que dali se lançam às águas constantemente. Conseguimos assistir à ação “Pour être une seductrice”, de Priscilla Davanzo, trabalho em que ela costura um par de meias do tipo 7/8 em sua própria pele, fixando o adorno diretamente nas suas coxas, relacionando os padrões de beleza à dor, ao sofrimento e à violência. É possível acessarmos um pequeno trecho da criação de Katiana Gonçales Rangel, por meio da qual a artistadestaca umacomunicaçãomaissemióticaatravés de símbolos visuais e sonoros não apoiados no logos. Ainda, podemos assistir aos diferentes momentos do voo de SuzanaQueirogaem seu “Velofluxo” – um balão de ar quente que funciona também como uma pintura expandida. E, por último, acompanhamos não apenas o processo de transição de Tiago Aires Ledo que, em construção de sua performatividade social e de gênero, aplica em si hormônio através de uma injeção intramuscular de ésteres de testosterona e, em sua performance artística, mantem-se firme na moldagemde sua carcaça concebida em arames.

Assim, atestamos que o arquivo do vídeo pode transmitir não apenas dados importantesde algo jáocorrido, mas pode, a partir dos diálogos com o tempo presente, garantir as novas vidas e futuros do que inicialmente era unicamente performance.

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Vídeos > Autores _ ordem de apresentação

Ser Artista em Portugal é um Ato de Fé

Cruz

Ama, A Mergulhadora Katiana Gonçales Rangel

Pour être une seductrice Priscilla Davanzo

Flutuo por Ti Suzana Queiroga

O Dildotauro de Lide (Prólogo) versão reduzida Tiago Aires Lêdo

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dados técnicos + texto + Bio

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Ser Artista em Portugal é um Ato de Fé

Duração: 1:02 min | Cor, sem som | 2003

“Querido Nilo,

A performance que realizei em 2003 no Porto pretendia refletir o estado da criação/e dxs criadores em Portugal. Que, tal como hoje, 10 anos passados, têm que investir na sua própria criação sem grande esperança de verem esse investimento trazer dividendos, em termos de oportunidades para mostrar trabalho, mas também em termos de ganhar a vida através da sua prática artística. Nesse sentido, cada exposição auto-organizada, cada obra produzida é um ato de fé. Levando muitxs artistas a questionarem o seu papel social, e tantxs outrxs a desistirem.

Em 2003, eu tinha regressado da Holanda, onde tinha feito um mestrado, o panorama português em comparação parecia tão pequeno e limitado que me levou a fazer esta ação política-poética. De ressaltar é o facto da ação estar inspirada nos saltos para o rio feitos pelas crianças e jovens que vivem na Ribeira do Porto, que o fazem, entre outras razões, para demonstrar bravura, e apesar de saltarem centenas de vezes daquela ponte no verão, a cada vez benzem-se, como se fosse a primeira vez. um abraço, Carla (17 de outubro 2013)

Carla Cruz http://carlacruz.net

É artista, professora associada na EAAD-UMinho e investigadora (Lab2PT). Desde 2007, mobiliza com Ângelo Ferreira de Sousa a Associação de Amigos da Praça do Anjo que discute o direito à cidade por parte de todes; dinamiza desde 2019 o grupo de estudo Leituras Feministas (i2ADS) que procura táticas para despatriarcalizar e descolonizar a vida e as artes; e desde 2020 desenvolve um projeto artístico especulativo sobre temporalidades não-humanas com Claudia Lopes. Carla foi cofundadora do coletivo feministadeintervençãoartísticaZOiNA(1999-2004), e da Associação Caldeira 213 (1999-2002); entre 2005 e 2013 coordenou o projeto expositivo feminista All My Independent Wo/men, e entre 2011 e 2021 performou quotidianamente o projeto Finding Money com António Contador.

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Ama, A Mergulhadora

Duração: 0:45 min | cor, som| 2023

No vídeo “as mesmas, as outras”, fotografias de identificação são manipuladas pela artista de modo a misturar seu próprio rosto com o de suas antepassadas. Através desse jogo, múltiplas fisionomias se constroem e desconstroem, aludindo à busca por um rosto e por uma identidade que nunca se completam plenamente. Ovídeoéumdesenvolvimentodeumasériehomônima de manipulação fotográfica.

Katiana Gonçales Rangel https://www.katianagoncalesrangel.com

(ile) é artista de teatro independente e educadore brasileire que mora em Nova York. Fundou com Rodrigo Pavon o grupo de pesquisa em teatro e performance “Untitled” em 2011, para o qual traduziu, codirigiu e interpretou “4.48 Psychosis” de Sarah Kane (2013) e “What Where de Samuel Beckett” (2021). No primeiro semestre de 2024, Katiana trabalhou como artista colaborador e atore na peça “La Casa de Bernarda Alba” de Federico García Lorca dirigida por Richard Maxwell. 2023, Katiana dirigiu, junto com Richard Maxwell e Gillian Walsh, “After Hours at The Clemente”, peça de teatro desenvolvida de forma colaborativa sobre o tema ‘trabalho de imigrantes em Nova York’; “Amalgam NYC Connection” desenvolvido nos estúdios LMCC em Governors Island e apresentado na Judson Memorial Church. Como artista solo, criou as obras performáticas “Suspended” e “Iraci ou O Que Está Debaixo da Minha Pele”. Desde 2020 Katiana é diretoredoprojetoIncomingTheaterDivisiondogrupo New York City Players. Katiana recebeu o Immigrant Artist Performance Award 2022 da de Chashama, Nova York.

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Pour être une seductrice

Duração: 2: 13 min | cor, som| 2005/2015

Acontecimento performático que propõe um novo desenho para o corpo humano, propondo a integração de vestimentas no corpo, como um único novo corpo integrado.

A meia 7/8 é desprendida da liga e presa diretamente nas coxas, a partir do procedimento desutura,discutindoasexualizaçãoefetichização do corpo feminino.

Priscilla Davanzo www.be.net/prisciladavanzo

é uma artista multimídia. Ela vive e trabalha entre Brasil e Portugal. Para ela não existem limites entre uma linguagem artística e outra. Ela trabalha com body art, performance art, video art, documentário, novas mídias, arte conceitual, instalação, fotografia, intervenção, street art e interação. Formada no Instituto de Artes da UNESP (2003) ela desenvolveu sua pesquisa focada no corpo humano, culminando na dissertação de mestrado "corpo obsoleto", defendida na mesma instituição em 2006. Seu trabalho procura compreender as possibilidades e limites do uso do corpo humano no trabalho artístico. Priscilla já participou de exposições individuais e coletivas no México, nos Estados Unidos, na França, no Chile, na Argentina, no Brasil e em Portugal

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Flutuo por Ti

Duração: 0:45 min | Cor, som | 2013 Suzana Queiroga https://pt.suzanaqueiroga.net

Flutuo por Ti é um filme em processo. As filmagens foram iniciadas em 2008 e o filme segue desde então ainda a ser concluído. O projeto mostra a saga do balão Velofluxo, que enquanto singra os céus, traça conexões com paisagem, a cartografia, o tempo e a memória

Atuante desde os anos de 1980, Suzana Queiroga trabalha com uma grande variedade de meios, incluindo vídeos, performances, instalações, infláveis, pinturas, desenhos e esculturas. Suas poéticas atravessam as questões do fluxo, do tempo e do infinito. Em suas obras de grandes dimensões, a experiência de expansão dos sentidos pode gerar espaços de imersão coletiva. Sua obra tem sido apresentada internacionalmente e obteve vários prêmios, no Brasil e em Portugal.

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O Dildotauro de Lide (Prólogo) versão reduzida

Duração: 3:00 min| Cor, sem som | 2021

O Dildotauro de Lide – criatura híbrida parte Touro parte Homem – inventa uma masculinidade, fabrica o seu corpo, e faz espécie.

Criação/Performer: Tiago Aires Lêdo | Apoio à Criação: Tomás Paula Marques e Mariana Leite Soares. Imagem: Bruno Lança. Luz: Mariana Leite Soares. Figurinos: Maria João Leite. Edição e Montagem: Tiago Aires Lêdo e Bruno Lança. Apoio à Produção (Artworks), Francisca Marques e Lola Rodrigues. Desenvolvido no Âmbito das Residências Artworks No Entulho.

Tiago Aires Lêdo https://somflores.xyz

nasceu no Porto em 1992. Artista de som, novos media e performer, interessa-se por música generativa e interação. Mestre em Multimédia pela FEUP e Licenciado em Cinema e Audiovisuais pela ESAP, é formador de programação musical, fotografia e vídeo. Publica música como Som Flores. Atuou no filme MONO (2020), e nas peças O QUE VEM DEPOIS DA ESPERANÇA? (2022) e Trans*performatividade (2023-presente) entre outras. É autor dos projetos performativos Achei "Achei Tendência" Tendência (2024) e O DILDOTAURO DE LIDE (2021presente.

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TALES FREY

(Catanduva-SP, Brasil, 1982)

Curador independente e artista transdisciplinar representado pela Galeria Verve de São Paulo e pela Shame Gallery de Bruxelas. Pósdoutorando pelo Centro de Estudos Humanísticos da Universidade do Minho, onde é professor e Investigador Auxiliar através do Concurso de Estímulo ao Emprego Científico – Institucional (Contrato-Programa celebrado entre a FCT e a Universidade do Minho). Tem doutorado em Estudos Teatrais e Performativos pela Universidade de Coimbra, Mestrado em Teoria e Crítica da Arte e especialização em Práticas Artísticas Contemporâneas pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto e graduação em Direção Teatral pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. ApresentoucriaçõesautoraisnoTheKitchenenaJudsonMemorial Church em Nova York, Musée des Abattoirs em Toulouse, Athens Museum Of Queer Arts (AMOQA) em Atenas, MACRO – Museo d’Arte Contemporanea di Roma, Museu da República, Centro Municipal de Arte Helio Oiticica, Casa França-Brasil e Centro Cultural da Justiça Federal no Rio de Janeiro, na Fundação Theatro Municipal de São Paulo – Praça das Artes, no SESC SP, MIS SP –Museu da Imagem e do Som de São Paulo, BienalSur em Buenos Aires, Akureyri Art Museum na Islândia, TSB Bank Wallace Arts Centre em Auckland, Galeria Labirynt na Polônia, Defibrillator Gallery em Chicago, Galleria Moitre em Turim, Kuala Lumpur 7th Triennial – Barricade na Malásia, The Biennial 6th Bangkok Experimental Film Festival na Tailândia, Museu Julio Dinis, Teatro Municipal do Porto – Rivoli e Campo Alegre, Teatro Acadêmico de Gil Vicente – TAGV em Coimbra, entre outros.

Tem obras em acervos públicos e privados, dentre eles: Akureyri Art Museum na Islândia, Museu de Arte Contemporânea de Serralves, Museu Bienal de Cerveira, MUNTREF em Buenos Aires, Pinacoteca João Nasser, Museu de Arte de Goiânia, Museu de Arte Contemporânea de Niterói, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo.

Recebeu Prêmio Aquisição na XIX Bienal Internacional de Arte de Cerveira 2017, Menção Honrosa no 17º Salão Nacional de Arte Contemporânea de Guarulhos em 2021, Menção Honrosa na II Bienal Internacional de Arte Gaia 2017, Melhor Figurinista no Aldeia FIT 2006.

Recebeu apoios de internacionalização da Fundação Calouste Gulbenkian, Câmara Municipal do Porto (Shuttle), Fundação GDA e DGArtes.

Tem apresentado obras em feiras internacionais de arte com frequência, dentre elas, ARCOlisboa em Portugal, SP-Arte e ArtRio no Brasil, ARTAnkara Contemporary Art Fair na Turquia, Paratissima Art Fair na Itália, SUPERMARKET – Stockholm Independent Art Fair na Suécia, entre outras.

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João Baeta

Nasceu em Lisboa. Vive em Matosinhos e trabalha no Porto. Com apresentações públicas de modo mais regular desde 1990. Tem utilizado diversos media, como o desenho, a fotografia, o vídeo, a escultura ou a instalação.

Criou o nome e é Cofundador do Maus Hábitos - Espaço de intervenção Cultural. Em 2003 fundou o Instituto Antimatériaassociaçãoculturalsemfinslucrativos. Membrodosórgãos sociais da Saco Azul - Associação Cultural, associação responsavel pela programação de artes visuais do Maus Hábitos.

Responsável pela programação do Espaço Ilimitado - Núcleo de Difusão Cultural de 2006 a 2012 e do QuartoEscuro - Project Room de 2009 a 2012.

Tem apresentado diversos projetos como curador independente desde 2006.

Responsável desde 2018 pela programação e curadoria da Mupi Gallery, no Maus Hábitos - Espaço de intervenção Cultural, Porto. Tem desenvolvido desde 2015 em Matosinhos, o projeto de mostra de videoarte POSTE_Matosinhos.

Paralelamente, tem realizado diversas ações educativas com adultos e jovens em risco de exclusão social ou com necessidades educativas.

Licenciado e Mestre em Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto, com a dissertação Beuys - A revolução somos nós

Atualmente desenvolve uma investigação no âmbito elaboração da Tese de Doutoramento, no Colégio das Artes da Universidade de Coimbra., intitulada O Artista Anónimo. Fronteiras Humanas e Singularidades na Arte.

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Exibição de vídeo arte /site specific com a curadoria de: Tales Frey

E a participação dos artistas:

Carla Cruz, Katiana Gonçales Rangel, Priscilla Davanzo, Suzana Queiroga, Tiago Aires Lêdo

POSTE_Matosinhos

Designação do evento

Qualia

Qualia #05

Patente

19 de junho a 06 de setembro de 2024

Curadoria

Tales Frey

Local

POSTE_Matosinhos

COBE

Rua França Júnior 168 | 4450-132 Matosinhos

Por marcação | +351 229 382 608 (chamada para a rede fixa)

De Segunda a sexta-feira das 9h00 às 12h30 e das 14h30 às 19h30

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POSTE_Matosinhos é um projeto colaborativo:

COBE, Instituto Antimatéria, Galeria Extéril + Poste Videoarte

Programação

João Baeta

Área artística de intervenção Vídeo Arte / site specific

Contactos

> +351 229 382 608 (chamada para a rede fixa) > poste.matosinhos@gmail.com

Apoio logístico: COBE

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