Edição n.º36

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ÍNDICE

EDITORIAL

MARÇO 2019

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Excelência em Destaque

Uma vez mais, encontramos de norte a sul um país de excelência, disposto a contrariar crises económicas e outras dificuldades com que se vai deparando diariamente. É uma luta afincada e, não raras vezes, desigual, é certo. Mas também é certo que os empresários portugueses têm a capacidade de vencer, de ‘dar a volta por cima’ e continuarem a primar pela sua competitividade, inovação e excelência. Alguns chegam mesmo a ‘carregar’ esse galardão, com o orgulho que lhes é devido, e merecido. Somos conhecidos e reconhecidos em todo o mundo pelo nosso brio profissional, pela nossa capacidade de adaptação e, sobretudo, por sermos bons naquilo que fazemos. E é por isso que a cada edição que passa, temos ainda mais orgulho por trazer às nossas páginas um Portugal em Destaque. Boas leituras.

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MUNICÍPIO DE GONDOMAR

COGUMELOS CULTIVADOS

GABINO

FRUTAS LURDES

FICHA TÉCNICA | PROPRIEDADE: FRASES CÉLEBRES, LDA | DIRETOR: FERNANDO R. SILVA DIREÇÃO EDITORIAL: DIANA SILVA (REDACAO@PORTUGALEMDESTAQUE.PT) | CORPO REDATORIAL: ANA MIGUEL LOPES, DIANA CORREIA, JORGE TEIXEIRA, LAURA AZEVEDO, MARIA GARCIA, MARIA JOANA COSTA, MARISA VENTURA, SARA FREIXO, SARA OLIVEIRA, TÂNIA PACHECO , VERA PINHO | OUTROS COLABORADORES: ANA SOFIA COELHO, JOANA BÁRBARA | DIREÇÃO GRÁFICA: VANESSA MARTINS (VANESSA.MARTINS@PORTUGALEMDESTAQUE.PT) SECRETARIADO: PAULA ASSUNÇÃO (GERAL@PORTUGALEMDESTAQUE.PT) | DIREÇÃO COMERCIAL: JOSÉ MOREIRA | DEP. COMERCIAL: ANTÓNIO DOS SANTOS, ANTÓNIO MATOS, CARLOS PINTO, FILIPE AMORIM, JAIME PEREIRA, JOSÉ ALBERTO, JOSÉ MACHADO, MARÍLIA FREIRE E PEDRO DUARTE (COMERCIAL@PORTUGALEMDESTAQUE.PT) | REDAÇÃO E PUBLICIDADE: RUA ENGº ADELINO AMARO DA COSTA Nº15, 9ºANDAR, SALA 9.3 4400-134 – MAFAMUDE / +351 223 263 024 | DISTRIBUIÇÃO: DISTRIBUIÇÃO GRATUITA COM O JORNAL i / DEC. REGULAMENTAR 8-99/9-6 ARTIGO 12 N.ID | PERIODICIDADE: MENSAL | EDIÇÃO DE MARÇO ’19 ESTATUTO EDITORIAL: A Portugal em Destaque é uma edição mensal que se dedica à publicação de artigos que demonstram a realidade do país | A Portugal em Destaque é uma edição independente, sem qualquer dependência de natureza política, ideológica e económica | A Portugal em Destaque define as suas prioridades informativas por critérios de interesse às empresas nacionais, de relevância e de utilidade da informação | A Portugal em Destaque rege-se por critérios de rigor, isenção, honestidade e idoneidade | A Portugal em Destaque faz distinção entre os seus artigos de opinião, identificando claramente os mesmos e estes não podem confundir-se com a matéria informativa.



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A UNESCO é a entidade internacional responsável por atribuir a designação de Património Cultural e Imaterial às tradições, produtos, festas e costumes que vigoram num determinado local e que são, comprovadamente históricos e influenciadores da forma de ser e estar da população. Dentro desta definição enquadram-se as camélias, os jesuítas e a filigrana, três produtos distintos e marcantes das regiões em que se inserem. As camélias são tradicionais de Lousada, existindo mesmo uma festa associada a estas flores. A Câmara Municipal de Lousada dá-nos o seu testemunho, nas páginas seguintes, para percebermos a influência que estas flores têm na

cultura e na história daquela região. Por outro lado, em Santo Tirso encontramos os melhores jesuítas do país. Estes bolos são produzidos na Confeitaria Moura, uma casa só por si icónica, já com 125 anos de existência e cuja proprietária vem também contar a história de tão afamada iguaria. Em Gondomar, a Portugal em Destaque esteve à conversa com o presidente da autarquia, Marco Martins, que explicou a marca ‘Gondomar é D’ouro’ e deu destaque à filigrana, uma arte de trabalhar o ouro que representa mais de três mil postos de trabalho no concelho. Fique atento às páginas seguintes e descubra mais sobre estes temas.

PATRIMÓNIO IMATERIAL

DA CULTURA À GASTRONOMIA


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MUNICÍPIO DE GONDOMAR

FILIGRANA: A CERTIFICAÇÃO NACIONAL E A CANDIDATURA A PATRIMÓNIO CULTURAL E IMATERIAL DA HUMANIDADE

Marco Martins está há seis anos à frente dos destinos da autarquia de Gondomar, concelho conhecido pela sua tradição e conhecimento na arte de trabalhar a filigrana. Dada a importância que esta atividade tem para a região, a sua importância histórica e unicidade, a Câmara Municipal de Gondomar avançou com a candidatura a Património Cultural e Imaterial da Humanidade. Este foi o mote para a entrevista concedida à Portugal em Destaque, mas o autarca falou também das características do seu concelho e dos projetos vindouros. 8 PATRIMÓNIO IMATERIAL

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Há mais de 20 anos ligado à política, Marco Martins é conhecido como o presidente de Junta de Freguesia eleito com maior quantidade de votos, aquando da eleição para a freguesia de Rio Tinto. O passo seguinte foi a candidatura à Câmara Municipal de Gondomar, onde já concluiu um mandato, entre 2013 e 2018. “O principal problema que encontrei foi o endividamento da Câmara, que obrigou à existência de um limite de endividamento, que ainda permanece. Começámos a abater a dívida e já conseguimos reduzir o valor em cerca de 50 milhões de euros. Ao mesmo tempo, temos feito uma aposta na requalificação do espaço público e da rede viária do concelho, tendo já conseguido recuperar cerca de 400 quilómetros de estradas”. A qualidade de vida no concelho também melhorou significativamente, sobretudo no que respeita à criação de parques urbanos – o primeiro deles em Rio Tinto: “já temos adjudicado mais dois parques urbanos, um deles na fronteira entre Fânzeres e S. Cosme e outro aqui mesmo,


em Gondomar”. Outro projeto significativo já levado a cabo foi a criação do Parque das Serras do Porto, um projeto metropolitano, que contempla uma área de seis mil hectares e representa uma alternativa para quem gosta de Turismo de Natureza. Há três anos, a autarquia levou a cabo o lançamento da Expo Gondomar, que congrega uma mostra de todas as atividades económicas com maior expressão no concelho, nomeadamente nas áreas das novas tecnologias, robótica, marcenaria e a ourivesaria. “Sempre tivemos um certame próprio para a ourivesaria, onde o grande destaque era, obviamente, a filigrana. Chama-se Ourindústria e já tem mais de 25 anos de existência.

MARCO MARTINS

PATRIMÓNIO IMATERIAL 9


iniciámos então a operação para alterar a imagem do concelho aos olhos dos gondomarenses e dos restantes portugueses”.

Porém, em 2019 iremos inovar e faremos a quinzena de promoção económica de Gondomar. Realizar-se-á em maio, no Pavilhão Multiusos e os primeiros dias serão dedicados a todas as atividades económicas, sendo que os últimos dias estarão exclusivamente reservados para a ourivesaria”. Filigrana: a arte da ourivesaria gondomarense A filigrana é uma arte centenária. Com mais de 200 anos de existência, é uma atividade que emprega mais de três mil pessoas no concelho e cada oficina tem a sua forma própria de trabalhar, existindo mesmo alguma competitividade entre elas. “Existem dezenas de oficinas de filigrana em Gondomar e a maior parte delas funciona na casa dos próprios ourives. É uma arte de gerações, cujo conhecimento e formação é feito de pais para filhos. Quando me candidatei ao primeiro mandato para a Câmara Municipal, tinha como principal objetivo para o concelho mudar a sua imagem de marca. Criámos o slogan ‘Gondomar é D’Ouro’, para estabelecer um paralelismo entre a arte da ourivesaria e o rio Douro, que são duas das grandes riquezas de Gondomar. Depois de ganhar a presidência da autarquia,

Inovação e internacionalização de uma arte secular O primeiro passo para dinamizar e dar a conhecer a filigrana foi sentar todos os ourives do concelho há mesma mesa. “O vereador do Turismo, Carlos Brás, decidiu criar a Rota da Filigrana, para permitir dar a conhecer esta arte de uma forma organizada e cultural, de forma a assegurar que, quem vinha conhecer este produto único, ficava a conhecê-lo por dentro. Assim, o primeiro passo foi permitir que as pessoas visitassem as oficinas dos ourives que produziam peças em filigrana – e esse foi também o nosso primeiro desafio, porque os ourives não gostaram da ideia de abrir a oficina ao público”. Todavia, cinco ourives aceitaram o desafio e a Rota da Filigrana teve início. Na segunda fase do projeto, mais quatro oficinas juntaram-se e, atualmente, já são 16 os ourives participantes nesta Rota: “este projeto tem sido um sucesso. Temos vários operadores turísticos que trazem turistas ao Porto e, além do percurso Porto-cidade, Porto-Caves do Vinho do Porto ou os percursos pelo rio Douro, promovem também a Rota da Filigrana, garantindo que os turistas ficam a conhecer os pormenores do trabalho necessário para criar uma peça de filigrana, sejam gargantilhas, brincos ou anéis. Além disso, muitos portugueses também já vieram conhecer esta Rota”. Os próprios idosos do concelho, através do programa ‘idade d’ouro’, que permite a quem tem mais de 65 anos aceder a várias atividades, têm acesso ao percurso da Rota da Filigrana. “Tivemos muito sucesso com esta iniciativa a nível nacional, mas a filigrana também já é conhecida internacionalmente. Isso resultou da candidatura a um Fundo Comunitário, que a autarquia de Gondomar venceu, e que lhe permitiu levar empresários da ourivesaria a várias feiras, em Londres, Paris e ao Oriente, nomeadamente a Tóquio e a Hong Kong, onde a filigrana foi um sucesso. Os chineses são grandes apreciadores destas peças e, logo nas primeiras deslocações, os empresários viram muitas peças serem adquiridas e ficaram com encomendas para mais de um ano de trabalho”.

“A filigrana é uma arte. Todo o trabalho é feito à mão, leva bastante tempo e cada peça é única. Para conseguirmos distinguir entre a verdadeira filigrana e outra, vinda do exterior e que é industrializada, criámos uma marca, que se chama Filigrana de Portugal...”

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A certificação da filigrana nacional e a candidatura a Património Cultural e Imaterial da Humanidade Percebendo a importância desta arte, a Câmara Municipal de Gondomar, onde está instalada 90 por cento deste tipo de ourivesaria, e o município de Póvoa do Lanhoso, que têm também ligações à filigrana, uniram-se para proceder à certificação da verdadeira filigrana. “A filigrana é uma arte. Todo o trabalho é feito à mão, leva bastante tempo e cada peça é única. Para conseguirmos distinguir entre a verdadeira filigrana e outra, vinda do exterior e que é industrializada, criámos uma marca, que se chama ‘Filigrana de Portugal’. Atualmente, já quase todas as ourivesarias e lojas de rua exigem esse certificado para vender peças de filigrana. Só as peças que tenham esse certificado é que são verdadeiras. São nacionais e autênticas”. Essa marca é feita numa contrastaria – a Contrastaria da Imprensa Nacional da Casa da Moeda tem três pólos, um em Lisboa, outro no Porto e outro em Gondomar e era neste concelho que eram cravadas mais de 60 por cento de todas as peças de ouro e prata produzidas em Portugal. “A contrastaria é o local onde é feita a marcação das peças, cada uma de acordo com o tipo de peça que é, o que lhe dá a sua autenticidade”. A Certificação destas peças e a renovação das gerações de ourives deram à arte da produção de filigrana novo fôlego e justificaram a sua candidatura a Património Cultural e Imaterial da Humanidade. “Os filhos dos ourives têm agora acesso a novas tecnologias, à internet, e são quase sempre

formados universitariamente. O design e a inovação estão atualmente muito presentes nestas peças e cada ourives tem uma coleção de peças únicas para mostrar, muito para além dos típicos corações – a peça icónica desta arte em ouro – brincos, gargantilhas e anéis. Esse renascer da arte fez-nos avançar para a recolha de material histórico sobre esta arte e candidatá-la a Património Imaterial da UNESCO”. Para promover essa candidatura, a Câmara Municipal de Gondomar voltou a reunir os ourives e propôs-lhes a construção de um coração gigante, em filigrana. “É o maior coração de filigrana do mundo e cada ourives teve a possibilidade de produzir uma parte do seu interior, para que quem participou pudesse mostrar um pouco a sua arte. O desafio agora é torná-lo itinerante, para que possa estar presente em feiras e certames e seja o representante oficial da filigrana e o seu principal promotor”. Em jeito de conclusão, o presidente da autarquia gondomarense afirma que, paralelamente, existem também apoios à instalação de empresas no concelho, até porque está a ser pensada a construção de zonas industriais, respeitando o PDM e menciona também o grande projeto dos anos vindouros - a chegada do metro ao centro do município: “só se pode ser um verdadeiro autarca se se estiver em casa e é o meu caso. Quero garantir que Gondomar fica bem capacitado – a nível de infraestruturas, serviços e qualidade de vida – para ter capacidade de caminhar por si próprio. Esse é o meu objetivo último”.

Praça Manuel Guedes 4420-193 Gondomar Tlf.: 224 660 500 | Email: geral@cm-gondomar.pt www.cm-gondomar.pt

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MUNICÍPIO DE LOUSADA Jardins de Camélias deve efetuar inscrição prévia através do e-mail turismo@cm-lousada.pt. No dia vai ser disponibilizado um autocarro gratuito para os participantes. Jardim do Senhor dos Aflitos A Capela do Senhor dos Aflitos é um dos pontos centrais da Vila de Lousada, ladeada por um jardim emblemático e de grande beleza, onde as camélias são uma presença forte. A Rua das Camélias, no interior do Jardim, tem dois pequenos arruamentos contornados de camélias portuguesas, como a Arcozelo e D. Pedro V e a Pomponia Alba Monstruosa, bem como, camélias japónicas como a Alba Plena.

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Lousada promove o X Festival Internacional de Camélias, nos dias 23 e 24 de março mês, na Praça das Pocinhas.

No sábado, dia 23, a sessão de abertura está agendada para as 15 horas, a que se segue a abertura do Mercado e visita à Exposição de Camélias, com várias espécies representadas. Durante a tarde vão ser entregues os prémios do Concurso das Camélias, seguido de um momento musical pelo Conservatório de Música do Vale do Sousa. O Grupo de Teatro Infantil Som Magia apresenta a peça ‘A Viagem de Camélia’.

O Chá de Camélias, a que se junta a prova de produtos de Lousada, é uma das últimas atividades da tarde, com degustação de compotas e bolachas. Vai ainda ser apresentado o novo espumante da Adega Cooperativa de Lousada designado ‘Vinho da Senhora’ frisante. O concerto de Camélias realiza-se pelas 21h30, no Auditório Municipal, com a atuação do grupo Senza tendo como convidado especial de Rão Kyao. No domingo, a manhã vai ser dedicada ao Passeio pelos Jardins de Camélias de Lousada, a partir das 9 horas. A tarde vai ser animada com o Desfile de Moda Infantil cujo mote são as Camélias, com a colaboração do Comércio Tradicional. A Exposição e o Mercado das Camélias podem ser visitados no sábado, das 15 às 12 PATRIMÓNIO IMATERIAL

Casa do Cáscere A Casa do Cáscere, na freguesia de Nespereira, revela muros, portais, jardins e outras memórias materiais de uma história familiar muito antiga. A casa insere-se numa tipologia muito característica da região, que se pode denominar de casa rural melhorada. Os jardins assumem um lugar de destaque, onde predominam os buxos e os antiquíssimos exemplares de japoneiras, consagrando a ideia de lazer e recreio no seio de famílias abastadas. Foi proprietário e morador nesta casa o primeiro e único Visconde de Lousada, Luís Pinto Coelho Soares de Moura.

20 horas, e no domingo entre as 10 e as 19 horas. Visita guiada aos Jardins de Camélias Nesta edição do Festival Internacional de Camélias a proposta para a visita de domingo de manhã é o Jardim do Senhor dos Aflitos, no centro da Vila, a Casa do Cáscere, em Nespereira, a Casa de Vila Verde, em Caíde de Rei, e a Casa de Vilar, em Vilar do Torno e Alentém. Quem pretender participar no Passeio pelos

Casa de Vila Verde A Casa de Vila Verde foi iniciada no século XVI e melhorada com nova parte residencial no século XVIII. Da mesma época desta ampliação é a capela mandada colocar por Bernardo de Mesquita Pinto de Sousa Magalhães Coelho.


Os jardins e a envolvência paisagística são um dos motivos para uma visita mais demorada. Nesta casa, para além de outras importantes personalidades do concelho e do país, nasceu o Dr. António Pinto de Mesquita Carvalho Magalhães, em 1860. Foi advogado e jurisconsulto, Vereador da Câmara do Porto (1890-1892) e Governador Civil do Porto (1906 -1907). A Casa de Vila Verde é Imóvel de Interesse Público pelo decreto95/78. Casa de Vilar A Casa de Vilar é um edifício globalmente dos finais do século XIX, princípio do século XX. A sua construção deveu-se à iniciativa do coronel Júlio Feijó, senhor da casa pelo seu casamento com D. Camila de Castro Caldas e presidente da Câmara Municipal de Lousada durante a I República. A imponente casa, de pendor neoclássico, veio substituir o antigo solar, de raiz tardo-medieval, que se situava um pouco mais a nascente. Aqui viveu, igualmente, Rui Maria de Castro Feijó, figura de destaque nos movimentos oposicionistas ao Estado Novo. Presidiu à Câmara Municipal de Lousada entre 1974 e 1975 e foi deputado à Assembleia Constituinte. A partir de dezembro de 1976, Rui Feijó desempenhou funções de Delegado da Secretaria de Estado da Cultura do Porto. Em 1986 foi condecorado, pelo Presidente da República Dr. Mário Soares, com a Ordem da Liberdade e, em 2001, foi agraciado pela Câmara Municipal de Lousada com a Medalha de Ouro de Mérito Municipal.

Cozido à Portuguesa e Leite-creme queimado Em paralelo com o Festival Internacional de Camélias realiza-se o Fim de Semana Gastronómico, com dois pratos em destaque. Assim, entre os dias 22 e 24, o Cozido à Portuguesa e o Leite-creme queimado vão estar em destaque na ementa dos restaurantes locais acompanhados pelos vinhos produzidos no concelho. Juntam-se a este projeto da Entidade de Turismo do Porto e Norte, à qual o Município de Lousada se tem associado ao longo dos anos, 16 restaurantes: Visconde, Brazão, Quinta de Cedovezas, Casa de Sedoura, Estrada Real, Querida Perfeição – Quinta de Pontezinhas, Petisqueira Moura, Passion Flower, Foral Tapas & Winebar, Parabéns, O Pimenta, Recantos D’ harmonia, Galdouro, Meet You, Pronto Assar e Casa Ernesto. PATRIMÓNIO IMATERIAL 13


CONFEITARIA MOURA

HISTÓRIA ÚNICA, SABOR IRRESISTÍVEL A história é única e deve ser sempre lembrada a quem visita a Confeitaria Moura e se delicia com as variadas iguarias que fazem parte da tradição de Santo Tirso desde 1892. Quem a conta é Alda Moura e Fernanda Pelayo.

“A nossa bisavó Luísa fazia doces de romaria, os chamados doces de gaveta. Quando casou com o bisavô Joaquim montaram um negócio aqui, em Santo Tirso, e começaram a vender esses doces. Assim nasceu a Confeitaria. O negócio foi evoluindo com a ajuda dos filhos que também se juntaram ao mesmo. Um deles, o nosso avô Guilherme, foi especializar-se numa confeitaria do Porto. A falta que fazia aqui foi suprimida graças à contratação de um pasteleiro espanhol. Ora, não sabemos o nome dele nem temos a certeza que era espanhol, mas falava a língua. Crê-se que ele era proveniente de Bilbau, uma vez que nesta região existem jesuítas parecidos com os nossos, feitos em conventos, em algum dos quais esse pasteleiro terá trabalhado. Teve aqui a sua época e, entretanto, foi embora, mas não sem antes deixar a receita da massa folhada, o nosso ex-libris, a partir da qual fazemos os jesuítas, os limonetes e todos os outros bolos que levam este ingrediente e os quais vamos inovando e inventando. É isto que nos diferencia: a receita da nossa massa folhada é diferente daquela que é confecionada por qualquer outra pastelaria. Poucos são os bolos que confecionamos sem massa folhada, como os éclaires, por exemplo. Continuamos a fazer os doces tradicionais, não fugimos a nenhum ingrediente e não usamos nenhum ingrediente pré-feito ou pré-cozinhado,

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co m o , p o r exemplo, não compramos creme de pasteleiro já feito, fazemos nós o creme, não compramos o chocolate, fazemos nós, e usamos sempre ovos frescos, temos uma licença especial para isso. Toda a matéria prima aqui é fresca e selecionada e todos os produtos são confecionados diariamente”. A empresa é familiar e ao longo dos 125 anos de história muitos membros foram passando e o segredo foi mantido, assim como a alma do negócio. A receita é intocável e nem com os novos produtos mais rentáveis a família cedeu a mudar a tradição até porque consideram que é através dessa mesma receita e com esses ingredientes que conseguem manter as expectativas altas dos clientes que procuram o produto independentemente do preço. Entrar na Confeitaria Moura é viver uma experiência que seja apreciada não só pela confeção esplêndida, mas também pelo espaço envolvente que torna a pastelaria mais acolhedora. “Queremos que o cliente se sinta mais acolhido, com melhores condições, que também são importantes. Até a visualização e exposição dos artigos é feito de outra forma e isso reflete-se logo nas vendas.


Este negócio é muito sensorial, as pessoas entram, veem, cheiram, gostam e levam. Se calhar vêm para tomar um café, mas reparam nos doces na vitrine e levam”, explicaram-nos. “O cliente de hoje não é o cliente do passado. Temos de ir ao encontro do que pretendem, não podemos parar”. E assim vão entrando, todos os dias, novos clientes provenientes de todos os cantos do país e do mundo não deixando de cativar os clientes habituais que fazem destas visitas um ritual de saudosismo.

à Praça D. João I, mas desta vez com fabrico próprio. O sonho da expansão não acaba por aqui e faz parte do projeto abrir mais lojas e dar a conhecer, cada vez mais, as iguarias tradicionais. “Andamos há muito a pensar em abrir em Braga ou Guimarães, mas é difícil, temos que garantir saída e este ciclo económico é complicado”. Apesar dos bons resultados obtidos até hoje garantem que é importante ter os pés bem assentes na terra e planear cada passo com cautela. O futuro da tradição “Temos o peso da tradição nos nossos ombros, o que é muito bom. O nosso trabalho foi herdado, agora temos de manter, equilibrar e dar continuidade. É necessário saber adaptar

ao mundo em que vivemos. Aí está a questão mais sensível: manter a tradição, mas adaptar aos nossos tempos, ou seja, inovar na tradição“, alvitraram. As novas gerações estão a dar continuidade ao negócio de sucesso. O futuro avizinha-se risonho e a tradição e o segredo vão continuar guardados a sete chaves.

A receita é intocável e nem com os novos produtos mais rentáveis a família cedeu a mudar a tradição até porque consideram que é através dessa mesma receita e com esses ingredientes que conseguem manter as expectativas altas dos clientes que procuram o produto independentemente do preço

Um salto até à Invicta A expansão do negócio permitiu a chegada ao Porto, mais propriamente, ao Mercado Bom Sucesso. Apesar deste ser um mercado bastante restritivo, a loja tem vindo a conquistar o público trabalhador daquela zona, que aproveita um momento de pausa para desfrutar dos deliciosos produtos transportados diretamente e diariamente da casa-mãe em Santo Tirso para este ponto de venda. O passo seguinte foi a abertura de uma segunda loja na cidade Invicta, situado numa das ruas que vão dar PATRIMÓNIO IMATERIAL 15


REGIÃO CENTRO

ONDE TUDO ACONTECE A região Centro de Portugal tem como slogan “um país dentro do país” e, na verdade, face a todas as alternativas, possíveis nas áreas do turismo, da gastronomia e economia, a região Centro é, por si só, um território a descobrir. Sendo a maior e mais diversa região turística de Portugal, quem visita qualquer dos concelhos que fazem parte deste território pode escolher entre Turismo de Natureza, Gastronómico, Histórico-Cultural e descobrir um património rico em tradições e culturas enraizadas desde há muito na população que ali habita. Nas páginas seguintes, vai poder conhecer um pouco mais sobre o concelho de Pombal, através de exemplos de atividades económicas de sucesso naquela região. Gastronomicamente, poderá ainda ficar a conhecer um exemplo do melhor que se come no Centro do país, através do restaurante Variante. Acompanhe-nos!


RE/MAX CONFIANÇA

MAIS DE UMA DÉCADA A MERECER A SUA CONFIANÇA Ilídio de Sousa é o diretor do Grupo Re/max Confiança que há cerca de década e meia se notabilizou no mercado da mediação imobiliária no Centro do país. Em entrevista à revista Portugal em Destaque, Ilídio Sousa destacou o know-how e a confiança da marca Re/max, bem como o estado atual do setor imobiliário e as expetativas para o presente ano.

E

Está há 15 anos no ramo imobiliário. Conte-nos um pouco da sua experiência profissional. A minha entrada no mercado imobiliário aconteceu um pouco por acaso. Fui militar de carreira, onde cheguei a Oficial da Força Aérea Portuguesa. Fui comandante e fundador da corporação de bombeiros da minha terra natal e passei mais de duas décadas na Autoridade de Proteção Civil. Só mais tarde, após me aposentar das minhas diversas funções, é que tive o primeiro contacto com a marca Re/max. Inicialmente não tinha nenhuma ideia sobre a empresa, mas em 2004 acabei por entrar no mundo Re/max, tomando nota dos métodos de trabalho. Volvidos 15 anos continuo ligado a esta atividade, que está fundamentalmente conectada às pessoas. Toda a minha vida lidei com pessoas e aqui é o que fazemos. As casas não são mais do que um produto comercializável para quem precisa de comprar ou vender, mas de facto o importante é no nosso dia a dia o permanente contacto com a componente humana. Logo o nosso foco passa precisamente pela mediação imobiliária, ajudando os clientes a concretizarem bons negócios, dando estabilidade e segurança àquilo que são os interesses das pessoas que nos procuram. Qual é o conceito da Re/max? No final de cada negócio o nosso maior propósito é conseguir que as duas famílias fiquem satisfeitas. Aqui a satisfação do vendedor não é um preço extraordinariamente baixo, bem como no comprador não é um preço extraordinariamente alto. Logo é necessário encontrar um ponto de equilíbrio em cada negócio, para que ambas as partes se sintam realizadas. E a terceira família é a Re/max, que desde 2000 tem vindo a consolidar a sua liderança. A mensagem passada aos seus agentes é que o negócio imobiliário não é algo de ocasião, mas sim um negócio

ILÍDIO DE SOUSA

REGIÃO CENTRO 17


maioria implica o recurso ao financiamento bancário. Ainda em relação a este mercado mais de 50% das nossas vendas são referentes a moradias.

para a vida inteira. O nosso principal intuito é apoiar os clientes, que ao se sentirem apoiados e valorizados irão futuramente recomendar a Re/max, voltando a um porto seguro para tratar de um negócio que tem de ser seguro. Quando é que surgiu a Re/max Marquês e como nos descreve o mercado imobiliário em Pombal? Esta agência está aberta há quase 12 anos no centro de Pombal. Falámos de um mercado pequeno, em que as transações comerciais são sobretudo concretizadas fora do círculo da cidade. No entanto, este mercado apresenta-se de alguma forma estável, com uma economia bastante sólida. Abrimos esta agência em 2007 e em 2008 entramos num período de grande depressão, em que o mercado estagnou de uma forma substancial. Pese embora esse período temporal, conseguimos manter-nos e de alguma forma fomos conhecendo o mercado e a sua estabilidade financeira. O nosso crescimento acabou por se processar de uma forma um pouco lenta, demorando alguns anos para conseguirmos ter ganhos significativos. Em Pombal comercializamos essencialmente casas, apartamentos e moradias para habitação própria permanente, o que na

18 REGIÃO CENTRO

Quando é que decidiram alargar a vossa área de intervenção geográfica? Há cinco anos estabelecemos a agência da Re/ max na Figueira da Foz, que teve um crescimento exponencial num curto espaço de tempo, percebendo como são distintos estes dois mercados. Na Figueira da Foz trabalhamos com imóveis para segunda habitação, onde os capitais próprios ganham destaque. Neste mercado mais de 50% das nossas vendas são referentes a apartamentos. Aqui fomos a primeira entidade a abrir uma agência Re/

Mais recentemente, abrimos uma terceira loja em Montemoro-Velho para complementar a oferta junto à periferia da Figueira da Foz max nesta localização geográfica, sendo fácil a sua implementação devido ao peso real da marca no mercado português, o que se reflete num nível de aceitação muito elevado. Mais recentemente, abrimos uma terceira loja em Montemor-o-Velho para complementar a oferta junto à periferia da Figueira da Foz e estabelecer o nosso cordão de segurança

comercial junto dos bairros residenciais e dos dormitórios de Coimbra. Existe procura por parte dos investidores? São exclusivamente nacionais ou já se nota o interesse dos estrangeiros? Há uma parte significativa de capital investido que provém de outros países. Quando observamos o mercado em Pombal, esse capital significa cerca de 1/3 do nosso volume de negócios anual e chega através dos emigrantes. Na Figueira da Foz também notamos esse fenómeno para aquisição de segunda habitação. Neste caso específico de estrangeiros, provenientes essencialmente da comunidade europeia. Por outro lado, temos vindo a notar que o mercado da Figueira da Foz está a deixar de ser sazonal, notando-se um aumento da procura nos meses de inverno. Qual a vossa atual carteira de imóveis? A rede Re/max tem um grande sucesso no mercado porque efetivamente no dia a dia apenas trabalhamos com imóveis angariados em regime exclusivo. Somos a única rede em Portugal que faz isso, o que faz com que trabalhemos menos imóveis, mas ao mesmo tempo os proprietários confiam em nós a cem por cento. Falámos de um mercado mais exigente, mas temos maior controlo sobre os processos de venda. No entanto, em Pombal existe uma grande lacuna de apartamentos para o mercado de arrendamento, onde a procura ultrapassa em grande escala a oferta. Quanto à Figueira da Foz a realidade já se modifica um pouco, mas sentimos igualmente uma maior procura do que oferta real de imóveis para essa finalidade. A reabilitação também tem ganho uma nova escala, o que acaba por se tornar benéfico para as nossas angariações.


Porquê escolher a Re/max? O que a distingue no mercado? Três palavras: re/max, confiança e felicidade. Há uns anos atrás ainda não conhecíamos o potencial da marca. As pessoas acabaram por aderir ao conceito e as realidades mudaram em duas décadas. Hoje o nível de aceitação é notório. A imagem do balão impôs-se determinantemente e a associação entre balão e casas é praticamente instantânea por parte dos consumidores. Depois foi-se associando resultados, sucesso e de facto a Re/max tem-se destacado da demais concorrência. Hoje estamos no núcleo pequeno das marcas que se conseguem afirmar junto do consumidor. Inicialmente as pessoas começaram a considerar que a Re/max estava na moda. Porém, na atualidade, estamos intrinsecamente ligados à palavra felicidade. Hoje já não falamos em casas, mas sim em felicidade, onde o balão nos pode levar a onde quisermos. No nosso caso começamos com a Re/max Marquês em Pombal, depois abrimos a Re/ max Confiança na Figueira da Foz e, mais recentemente, complementamos o leque com a Re/max Confiança 2 em Montemor-o-Velho. Neste momento somos o Grupo Confiança, porque esta designação espelha a nossa forma de estar e trabalhar. Em termos de equipa tentamos que o nome desafie os nossos colaboradores a imprimir laços fortes de confiança junto dos clientes, através de processos concretos, que fazem desta marca

de mediação um caso único a nível nacional, e igualmente internacional. Esta fidelização de clientes é um sinónimo da passagem de confiança que passa gerações e famílias, de onde só podem surgir resultados seguros.

Logo o nosso foco passará por aumentar a proximidade junto das populações. Quanto maior for a nossa visibilidade, mais resultados iremos conseguir. Temos uma liderança muito dinâmica e profissional em Portugal que tem

Uma felicidade que extravasa a própria equipa? Sim esse legado vai passando por todas as pessoas e ajuda ao fortalecimento das equipas. Esta também acaba por ser a casa deles, destacando-se o ambiente agradável e precioso para a obtenção de resultados.

alavancado a marca. Desse modo o futuro só pode ser promissor.

Que expetativas traçaram para 2019? O ano de 2017 foi significativamente bom. Contudo, em 2018 não tivemos crescimento, mas sim a manutenção do volume de negócios em ambas as lojas. Neste momento, Pombal e a Figueira da Foz estão equiparados em termos de resultados globais. Portanto, traçamos objetivos de crescimento para o presente ano, onde arriscamos números acima dos 30%, resultado do amadurecimento da equipa e do facto de conseguirmos chegar a mais gente. Penso que ainda não estamos a dar à região o serviço que esta nos pede.

RE/MAX - Marquês Medipombal - Soc. de Med. Imobiliária Lda AMI7763 Rua Martel Patrício - n.º 20 3100 - 479 - Pombal Tel.: (351)236 200 300 ou (351)961 104 223 Email: protecaodados.marques@remax.pt RE/MAX - Confiança Ídolo para Sempre Unipessoal, Lda AMI 10824 Avenida 25 de Abril nº76 3080-086 - Buarcos e São Julião - Figueira da Foz Tel.: (351) 233 436 266 ou (351) 939 628 826 Email: protecaodados.confianca@remax.pt RE/MAX - Confiança II Ídolo para sempre - Unip. Lda. AMI 10824 Largo do Convento de Nossa Senhora dos Anjos 3140-273 - Montemor-o-Velho e Gatões Tel.: 239 243 920 Email: confianca2@remax.pt

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VARIANTE RESTAURANTE

QUALIDADE E DISTINÇÃO NO CENTRO DO PAÍS

Situado em Pombal, junto a uma das principais vias de acesso nacional que liga o Porto a Lisboa, o Variante Restaurante oferece especialidades únicas na cidade, como a carne de touro grelhada, primando por um serviço personalizado para satisfazer os seus clientes. Em conversa com a Portugal em Destaque, Paulino Marques explicou o conceito que marca o passo de quem passa por aqui.

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Naturais de Abiul, uma freguesia do concelho de Pombal, os irmãos Paulino e Raul Marques decidiram enveredar pela área da restauração em 2006, num projeto marcado pelo desconhecido e pelo início da crise económica. “Esta foi uma escapatória para não sermos obrigados a emigrar. Naquela altura apostamos numa área em que não tínhamos qualquer conhecimento prévio, nem experiência, apenas gostávamos do contacto com o público”, recordou Paulino Marques e continuou: “entretanto surgiu este negócio e decidimos arriscar. De salientar que as maiores mudanças que fizemos neste espaço foi em pleno auge da crise, mas foi, sem dúvida, uma aposta ganha”. Volvida década e meia, o Variante Restaurante é uma referência na cidade de Pombal, primando pelo requinte e bom gosto do espaço, que acolhe quem por cá passa. A carne de touro grelhada é um dos pratos emblemáticos do restaurante, como nos explicou Paulino Marques: “em Abiul as touradas são um ex-líbris da re20 REGIÃO CENTRO

gião, daí termos trazido a confeção da carne de touro bravo para o restaurante, celebrando as nossas raízes. Hoje falamos de uma das nossas maiores referências gastronómicas, que se distingue pela excelência e qualidade. Outra das

“Em Abiul as touradas são um ex-líbris da região, daí termos trazido a confeção da carne de touro bravo para o restaurante, celebrando as nossas raízes” principais diferenças para quem já provou carne de touro está no facto das peças que adquirimos não serem provenientes de toiros lidados em praça, o que faz com que as características da carne


se alterem e deliciem os nossos clientes”. A par com os pratos de carne, pode ainda provar as diferentes sugestões de peixe como o Polvo à Variante ou a Espetada de Peixe. Para breve está a abertura da área de pizzaria, onde se destaca o ex-líbris da casa, a pizza com molho de leitão, que irá complementar a ementa diversificada, assente na qualidade das matérias-primas. Quanto às sobremesas a destacar a panacota de frutos silvestres, o doce de bolacha, o pudim caseiro, a mousse de chocolate, o molotofe e ainda a delícia de mascarpone e a delícia de frutos vermelhos preparada em taça de amêndoa crocante. A acompanhar todas estas iguarias, nada melhor que um bom vinho escolhido a partir de uma carta bem conseguida, com as principais referências das zonas vitivinícolas nacionais. O Variante Restaurante prima pela qualidade e diferença, onde se destaca a simpatia, a dedicação e a educação da equipa de colaboradores. “Embora tenhamos o serviço de diária ao almoço, gostamos de receber bem os nossos clientes, onde o nosso chefe de sala recebe e senta as pessoas nas respetivas mesas, salientando desse modo a personalização do nosso serviço”, sublinhou Paulino Marques. Numa localização privilegiada e com um amplo parque de estacionamento, os clientes vêm de todos os pontos do país. “Durante o almoço trabalhamos com a diária, onde não descuramos o serviço e a qualidade, a qual é dirigida a todas as pessoas, embora estejamos numa zona de indústria e comércio. Já ao jantar e ao fim de semana predomina o serviço à lista. Por outro lado, devido à facilidade nas acessibilidades somos bastante procurados para eventos, principalmente no verão, quando a população emigrante regressa a Pombal”, referiu o proprietário. Paralelamente o espaço está disponível para a realização de festas empresariais e de grupos até 100 pessoas. Com uma equipa composta por 13 colaboradores, Paulino Marques

destaca o serviço, o respeito pelo cliente e a relação qualidade e preço como as principais mais-valias do Variante, que tem feito singrar este espaço ao longo de mais de uma década. Quanto ao futuro Paulino Marques revelou que estará para breve a materialização de um novo espaço em Pombal, que ainda está no segredo dos deuses. Um local cem por cento dedicado à preparação e confeção de carne maturada, francesinhas, hambúrgueres artesanais e tapas, onde a qualidade e a excelência são as palavras de ordem. Por outro lado, a renovação da imagem do novo espaço será outro dos projetos a curto prazo. “Queremos continuar a merecer a confiança dos nossos clientes, sendo a opção número um

de todos quantos passam por Pombal, realçando sempre a inovação que tem marcado o crescimento desta casa”, terminou. Para quem ficou com curiosidade de visitar o Variante Restaurante, fica a informação que só fecham à terça-feira para descanso do pessoal, e a garantia de uma experiência gastronómica ímpar.

Maria Fogaça nº13 - Pombal, Leiria •Tlm.: 933 058 884 • Email:restaurante.variante10@gmail.com •

Variante Restaurante, Lda

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OLIVEIRA DO HOSPITAL E TÁBUA

30 ANOS DA FEIRA DO QUEIJO E ENCHIDOS A maior festa do queijo Serra da Estrela do país celebra este ano o seu trigésimo aniversário. O município de Oliveira do Hospital, responsável pela organização do evento, que decorrerá este ano nos dias 16 e 17 de março, no largo Ribeiro do Amaral, em pleno centro desta cidade, conta receber milhares de visitantes neste que já um certame icónico sobre o queijo DOP Serra da Estrela e outros produtos protegidos, também eles com origem neste local de Portugal. Durante os dois dias de Feira, estarão presentes centenas de expositores de queijo, enchidos e outros produtos endógenos, artesanato e gastronomia serrana. Os produtores de queijo Serra da Estrela serão, obviamente, as estrelas do evento. Já no município de Tábua os dias 9 e 10 de março recebem uma ‘Tábua de queijos e sabores da beira’ no pavilhão multiusos da cidade. Pode saber mais sobre o certame na entrevista ao edil, Mário Loureiro.


INTERMARCHÉ MONTEMOR-O-NOVO

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MUNICÍPIO DE TÁBUA

TÁBUA DE ENCANTOS O renomeado certame Tábua de Queijos e Sabores da Beira está de volta! Nos próximos dias 9 e 10 de março, no Pavilhão Multiusos de Tábua, decorrerá o evento que, todos os anos, se traduz numa mostra de produtos endógenos, artesanato, gastronomia e tradição. Nesta edição, a Portugal em Destaque apresenta-lhe, por intermédio de Mário Loureiro, as novidades do certame trigenário e os motivos para visitar o concelho de Tábua e a Região da Beira Alta. agora renomeado como ‘Tábua de Queijos e Sabores da Beira’.

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Tábua de Queijos A acontecer nos próximos dias 9 e 10 de março, o certame do concelho de Tábua teve a sua primeira edição no ano de 1989, enquanto ‘Feira do Queijo’, com o propósito de incentivar a produção do queijo de forma artesanal. Inserido na Região Demarcada do Queijo Serra da Estrela, o concelho de Tábua é popularmente conhecido pelo queijo, um verdadeiro ex libris do concelho. Tendo em consideração o elevado número de visitantes e produtores, a Câmara Municipal de Tábua tomou, no ano de 2011, a decisão executiva de agregar a referida Feira à Mostra de Gastronomia e Artesanato da região dando, desta forma, origem a um evento duplo e

Tábua de Sabores da Beira Foi no Verdelhão Lounge Bar, em Tábua, que a Portugal em Destaque teve o prazer de falar com Mário Loureiro, o reeleito presidente da Câmara de Tábua. Decorria, então, a Conferência de Imprensa de apresentação à comunicação social do certame ‘Tábua de Queijos e Sabores da Beira’. Decorridos 30 anos da primeira edição, o ano de 2019, segundo foi apresentado à imprensa, marca a intenção do executivo camarário em inter relacionar as esferas da tradição e da inovação, incentivar o turismo e levar o Queijo Serra da Estrela e os produtos endógenos da região a todos os visitantes do certame. No Pavilhão Multiusos de Tábua haverá espaço para receber milhares de visitantes, realizar provas de vinho, workshops, conferências ou demonstrações de showcooking. Expostos estarão produtos tradicionais e exemplos de uma gastronomia de excelência. Os enchidos, o mel, os vinhos da Região Demarcada do Dão, licores e cerveja artesanal ou, claro está, o pão, são alguns dos exemplos. Contando com a participação de 11 freguesias do concelho de Tábua, será promovida a gastronomia local, com ‘tasquinhas’ regio-

nais e tradicionais. O exterior do pavilhão estará reservado ao espaço animal e agrícola. Neste espaço, estará presente a Associação de Cavaleiros e Amazonas do concelho de Tábua que fará demonstrações equestres e tosquias ao vivo.

MÁRIO LOUREIRO

24 OLIVEIRA DO HOSPITAL E TÁBUA


Durante os dois dias será possível realizar passeios de charret, entre o Jardim Sarah Beirão e o Pavilhão Multiusos. Tábua de Agricultura, Comércio e Indústria “Quando a região está bem, Tábua está bem”, começa por afirmar Mário Loureiro. O presidente do executivo reforça a importância da sinergia existente entre as forças económicas que movem e fortalecem a região da Beira Alta. Mário Loureiro continua: “nos últimos anos, mais de 2.000 postos de trabalho foram criados no concelho de Tábua. Somos o terceiro distrito em volume de exportação”, revela, satisfeito com o crescimento económico da região e de Tábua. Situada numa zona de férteis solos, Tábua é “um concelho que não parece do interior”, afirma Mário Loureiro. Os acessos à Vila de Tábua são vários e a sua localização é privilegiada. Nas palavras do presidente: “Tábua encontra-se a meia hora de Viseu, meia hora de Coimbra, a uma hora de Aveiro, a uma hora e 15 minutos de Vilar Formoso e do Porto e a duas horas de Lisboa. Obviamente que necessitamos da beneficiação do IP3 mas isso será uma realidade muito em breve. Temos ótimas acessibilidades e estamos próximos da Serra. Temos vindo a receber e a fixar empresas e empresários em Tábua, precisamente devido a estas características do concelho”. Exemplo da dinâmica do concelho é a FACIT – Feira Agrícola, Comercial e Industrial de Tábua. A feira anual, realizada entre os meses de Junho ou Julho, tem como objetivo promover os setores agrícola, comercial e industrial do concelho e da região. Também a criação de um novo espaço de feiras e eventos, um espaço de qualidade e excelência, onde os feirantes poderão expor os produtos da região com as condições próprias para o efeito, e a renovação do parque industrial de Tábua, são exemplos do fomento ao crescimento económico de que está a ser alvo a região. Tábua de Paisagens, Tradição e Cultura Uma vila que vale a pena visitar, Tábua possui uma paisagem natural lindíssima, percursos pedestres de qualidade e uma beleza inegável. A vila portuguesa do distrito de Coimbra possui um vasto património histórico-cultural composto pela Igreja Matriz de Tábua, o Pelourinho, a Igreja Paroquial de Midões, a Capela do Senhor dos Milagres ou a Biblioteca Municipal João Brandão, importantes edifícios que atestam a riqueza da terra. Nas margens do Rio Alva, é possível encontrar antigos moinhos de água construídos com xisto e trilhos com uma paisagem ímpar.

De forma a promover o turismo de Tábua, o executivo camarário tem vindo a desenvolver várias iniciativas, Mário Loureiro enumera: “Vamos ter a reabertura do hotel de Tábua, com um grupo de renome a auxiliar o processo e que, com certeza, trará para Tábua muitos visitantes. Temos também um investimento na praia fluvial da Roqueira, no rio Alva, que ficará concluído este ano. Temos o nosso BTT que é uma prova que atraí um considerável número de pessoas e vamos ter o rali a passar pela região.” Relativamente à cultura, muito tem sido feito. Inaugurado a 10 de abril de 2013 e localizado no extremo norte do Jardim Sarah Beirão, o Centro Cultural de Tábua tem sessões semanais de cinema, peças de teatro e espectáculos de música. Neste Centro Cultural decorrem aulas da Academia Sénior de Tábua, da Academia Artística do Município de Tábua, com uma orquestra com 70 elementos, do Coro Municipal, com 50 elementos, e do Grupo de Teatro Municipal. A este respeito, Mário Loureiro afirma: “o nosso centro cultural é um caso de sucesso.”

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COGUMELOS CULTIVADOS

PRODUZIR EM MODO BIOLÓGICO Fundada em 2002 e sediada em Tábua, a Cogumelos Cultivados caracteriza-se por ser uma produtora de cogumelos comestíveis de várias espécies exóticas. Qualidade, novidade e produção biológica são as palavras de ordem de uma empresa que tem vindo a expandir as suas áreas de negócio em diferentes setores de atividade.

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De nacionalidade holandesa, Klaas Zwart (engenheiro do ambiente) e Francien Nijhof (engenheira agrónoma) foram para Arganil em 1996 e quis o destino que começassem a apostar na produção biológica. Após a mudança para Tábua, os engenheiros estudaram a possibilidade de entrar num nicho de mercado comum em solo português: a produção de cogumelos. Foi assim que em 2002 criaram a Cogumelos Cultivados, uma empresa que defende produtos bio de alta qualidade e com uma grande diversidade de cogumelos. Atualmente, dedicam-se à produção, comercialização e distribuição de cogumelos comestíveis de espécies exóticas, sendo a variedade Shiitake a que mais notoriedade tem. “Fomos o primeiro produtor do Shiitake e somos os únicos que têm um produto que cresce à base de serradura de carvalho”, refere. Nos últimos anos, a expansão tem feito parte dos planos da casa e começaram a comercializar outros produtos alimentares frescos, nomeadamente germinados (rebentos), vegetais esquecidos e mini legumes. Em parceria com uma empresa holandesa, a Cogumelos Cultivados foi convidada a representar a marca deles em Portugal, no que diz respeito a produtos como micro legumes e flores comestíveis. “Isto enquadra muito bem no nosso setor, o que nos permitiu um crescimento”. Segundo as palavras de Klaas, o negócio cresceu à medida que os pedidos foram surgindo. “As pessoas já estavam contentes com a nossa qualidade nos cogumelos e nós sabíamos que existiam mais produtos que podíamos experi-

“As pessoas já estavam contentes com a nossa qualidade nos cogumelos e nós sabíamos que existiam mais produtos que podíamos experimentar”. Para isso, fazem testes de diversos produtos que sabem que vão ter aceitação por parte do cliente. “Há um interesse constante nas novidades”, principalmente no que diz respeito aos chefes de cozinha

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mentar”. Para isso, fazem testes de diversos produtos que sabem que vão ter aceitação por parte do cliente. “Há um interesse constante nas novidades”, principalmente no que diz respeito aos chefes de cozinha. Pouca quantidade mas de grande qualidade Certificada pelo Certiplanet e pelo HACCP, uma das grandes particularidades da empresa é vender em pequenas quantidades mas diariamente, o que permite ao cliente receber produtos frescos todos os dias e com a garantia da máxima qualidade. “O facto de termos produtos em pequenas quantidades


faz com que os nossos clientes saibam que estamos na luta de termos sempre produtos novos”, acrescenta. Sendo a produção feita em modo biológico, o sócio-gerente garante que, para além da qualidade, os cogumelos são um produto saboroso e saudável, fator conferido pelo seu alto valor nutritivo. Salienta ainda que “a opção de ter produtos biológicos começa com cada um de nós. Eu gosto de trabalhar com produtos reais que também têm influência na nossa saúde”. De norte a sul do país Os produtos têm como principais destinos conceituados chefes de cozinha (restauração), hotéis, lojas biológicas e cadeias alimentares como a Aldi, Makro e presença no grupo Sonae nas lojas Go Natural. Para que os produtos cheguem a qualquer parte do país nas melhores condições, a empresa tem vários veículos refrigerados e fazem entregas regularmente. Loja Bio Em 2012, os produtos frescos da Cogumelos Cultivados passaram a estar disponíveis, ao domingo, numa loja do Mercado Municipal de Tábua. Após cinco anos no mercado, adquiriram um espaço na região que lhes permitiu abrir a Loja Bio (em maio de 2018) que, tal como o próprio nome indica, vende uma panóplia de produtos 100 por cento bioló-

gicos. Estes podem ir desde frutas, legumes, detergentes, pão de uma padaria bio de Lisboa até peixe certificado de uma empresa de Sesimbra, entre outros. Uma vez que o lema da empresa passa por “produzir à base do pedido”, Klaas e Francien

procuram corresponder às necessidades de cada cliente. “Por vezes perguntam-nos se podemos fazer um determinado produto como geleia de arroz e o nosso objetivo é introduzirmos novidades para satisfazer o cliente”, explica Klaas. Verdelhão - o Bistrô/Lounge Bar Para complementar o projeto, inauguraram em julho de 2018 o restaurante Verdelhão. O conceito baseia-se numa carta pequena (que vai desde o pequeno-almoço e termina no gin), num espaço acolhedor e numa cozinha que utiliza os produtos frescos biológicos da Cogumelos Cultivados. É de realçar que na carta estão disponíveis pratos vegetarianos e vegans, mas o grande destaque vai para o hambúrguer verdelhão que já é um autêntico êxito.

Sucesso e crescimento de mãos dadas para o futuro O crescimento destes três espaços é inegável e faz-se acompanhar, cada vez mais, pelo sucesso notório. Assim, é possível afirmar que os projetos já estão bem delineados e o próximo estará para breve. Dentro de meio ano estará prevista a abertura de mais um restaurante com um conceito completamente diferente. Quem tomará as rédeas da cozinha será o mesmo chefe do Verdelhão, Ricardo Cristino, que vai apresentar uma carta com uma oferta mais alargada e sofisticada aliada à máxima qualidade. ESPAÇO PRODUÇÃO & VENDAS Rua Valverde, s/n – Barras 3420-402 Tábua | Portugal Tlm.: 919 356 282 | Email: info@cogumelos.eu www.cogumelos.eu

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FUNDAÇÃO SARAH BEIRÃO E ANTÓNIO COSTA CARVALHO

ARTE E SOLIDARIEDADE Motivados pela convivência com muitos artistas e intelectuais da época, os comendadores Sarah Beirão e António Costa Carvalho fundam, em 1964, a primeira Casa do Artista em Portugal, localizada em Tábua, no concelho de Coimbra. Os 44 hectares da Fundação Sarah Beirão e António Costa Carvalho recebem-nos com paisagens bucólicas, flores de todas as cores e respirando ar puro da montanha que nos envolve somos recebidos por Sérgio Cunha Velho, Presidente do Conselho de Administração. Em entrevista à Portugal em Destaque aponta os três grandes projetos que pretende concretizar em prol dos seus utentes e da evolução da fundação que preside.

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Os comendadores Sarah Beirão e António Costa Carvalho deixaram o seu legado à comunidade tabuense. De que forma intervém esta instituição na vida dos tabuenses? Esta foi a primeira Casa do Artista, inaugurada em 1964, e, ainda hoje, os artistas têm prioridade sobre qualquer pessoa que se queira inscrever na Fundação. Em 1985, foram aprovadas as alterações aos seus estatutos passando a considerar, como objetivo principal, a concessão de bens e a prestação de serviços de segurança social na área da população idosa, tornando-se numa Instituição Particular de Solidariedade Social. Atualmente dispomos das valências de ERPI – Estrutura Residencial para Idosos, Serviço de Apoio Domiciliário e Centro de Dia. Referiu que tem um grande projeto para a instituição. Apresente-o. O projeto tem três fases, sendo que o primeiro será o de ampliar

a ERPI – Estrutura Residencial para Idosos. Vamos começar com a ampliação e restruturação da cozinha, dos pontos de armazenamento necessários para o seu normal funcionamento e a ERPI contará com mais cinco suítes. Pretendemos encurtar, ao máximo, o tempo de obra da cozinha de forma a não interromper as rotinas dos nossos utentes. A segunda fase passa por utilizar as instalações que temos no edifício contíguo num novo programa dedicado aos cuidadores informais, nomeadamente para a sua formação e acolhimento. A terceira fase passará pela recuperação de um solar que está dentro da quinta, transformando-o numa Casa das Artes. O projeto dedicado aos cuidadores informais será um complemento à legislação recentemente aprovada? Os cuidadores informais têm sido esquecidos por todos. Desenvolvem um trabalho muito pesado a nível físico e emocional sem terem, por norma, formação específica para cuidarem das pessoas que têm a cargo. É um trabalho que representa muitos milhões de euros em Portugal, as pessoas que o efetuam não têm sido convenientemente tratadas pelo Estado e espero que este programa venha a ser um complemento às medidas de apoio ao cuidador informal que surgiram recentemente. O nosso objetivo, ao abraçar este programa, é o de prestarmos aos cuidadores informais todo o apoio que necessitam, desde apoio logístico passando pela formação teórica, com muita incidência na

Um dos maiores problemas que os cuidadores enfrentam são problemas do foro psiquiátrico como depressões e baixa autoestima porque não são valorizados, remunerados nem reconhecidos pelo trabalho meritório que desempenham formação prática nas nossas instalações e nas casas dos formandos. Nunca foi efetuado um levantamento de quantas pessoas desenvolvem esta atividade em Portugal e, pelas pesquisas que efetuei, não há informações precisas deste número noutros países europeus. O que pretendo fazer em Tábua é, juntamente com os presidentes das juntas de freguesia e restantes entidades locais, proceder à identificação dessas pessoas para nos podermos deslocar às suas casas e caraterizá-las, para posteriormente elaborarmos programas adequados 28 OLIVEIRA DO HOSPITAL E TÁBUA


às suas necessidades, porque o cuidador informal que acompanha diariamente um idoso não terá as mesmas necessidade que tem um que cuida de uma criança ou jovem que tem uma patologia que exige a sua permanência 24 horas por dia, são realidades muito distintas. O programa não fica por aqui... Queremos ir mais além no sentido de disponibilizarmos uma parte das nossas instalações. Numa fase inicial disponibilizaremos dois quartos, dentro das instalações da Fundação, para proporcionar o merecido descanso dos cuidadores. Os cuidados continuados só são previstos a médio/longo prazo e nós vamos prevê-los a curto prazo, ou seja, se o cuidador quiser descansar num fim de semana ou passar uma ou duas semanas de férias nós vamos proporcionar-lhe esse descanso trazendo para a Fundação a ou as pessoas que eles estão a cuidar. Se for necessário cuidar das pessoas durante mais do que esse tempo celebraremos um protocolo com uma entidade que dispõem essa valência, e é nossa parceira, para podermos corresponder às necessidades desse cuidador informal. Um dos maiores problemas que os cuidadores enfrentam são problemas relacionados com a sobrecarga e o isolamento e consequentemente problemas do foro psiquiátrico como depressões e outros porque não são valorizados, nem remunerados, nem reconhecidos pelo trabalho meritório que desempenham. Muitos deixam de trabalhar para puderem cuidar dos seus familiares, o que causa uma baixa no rendimento familiar e empurra as famílias para situações de pobreza. Por isso, SÉRGIO CUNHA VELHO

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cedendo à origem desta fundação, por este motivo a batizaremos como Casa das Artes. O intuito desta casa será o de receber artistas que queiram criar arte – escrevendo um livro, pintando um quadro ou idealizando o guião de um filme - usufruindo das comodidades

Aproveitando a presença dos artistas vamos convidá-los a apresentarem as suas obras num polivalente – que será o nosso Centro de Dia e de Convívio – que terá um palco para receber as suas obras. de uma casa de luxo com piscina, sauna, piso radiante, entre outros detalhes de conforto. Aproveitando a presença dos artistas vamos convidá-los a apresentarem as suas obras num polivalente – que será o nosso Centro de Dia e de Convívio – que terá um palco para receber as suas obras.

achamos que o Estado deve reconhecer a profissão ou estatuto de cuidador informal e nós, IPSS, estaremos na retaguarda para ajudar. Entendemos que estas pessoas têm direito a descansar, remuneração mensal e outras regalias de um trabalhador normal. As IPSS`s desenvolvem um trabalho meritório mas, no geral, referem que o estado ajuda muito pouco. Partilha desta opinião? O estudo de 2017 da CNIS – Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade indicava que por cada (um) euro que as IPSS`s recebem o transformam em cerca de três, mas o último já apontava para 4.2 euros; ou seja, as IPSS são entidades rentáveis para o Estado. Recebemos pessoas que pagam mensalidades muito baixas e o valor que o Estado nos atribui por cada utente é significativamente baixo para cobrir as necessidades básicas de cada um. Felizmente a Fundação Sarah Beirão António Costa Carvalho tem um vasto património que permite fazer face às despesas inerentes ao normal funcionamento da instituição. A terceira fase, referente à recuperação do solar encerra este grande projeto. Em que consistirá a Casa das Artes? Pretendemos recuperar o solar que temos dentro dos limites da Fundação, que contará com oito suítes de luxo destinadas, prioritariamente, a pessoas que queiram vir criar arte retro-

Os projetos que referiu serão para concretizar dentro de quatro a cinco anos, mas existe outro que abrange a franja da população estrangeira em Portugal. Apresente-nos um pouco desse projeto. Esse será um projeto mais arrojado que passará pela construção de uma aldeia sénior internacional. Temos todas as condições para isso e queremos que a população nacional e estrangeira conheça o nosso potencial e já temos interessados. Serão vivendas T1 com 55 m2, totalmente independentes. A vivência será como se tratasse de uma casa em qualquer outro local, a diferença é que têm a proximidade de uma entidade que os pode auxiliar em caso de necessidade e que lhes oferece serviços de refeição e limpeza mediante solicitação prévia.

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M.A.S.P. - ARQUITECTURA

O SEU SONHO EM PROJETO MIGUEL ÂNGELO PAIS

RÚBEN ALVES FERREIRA

A equipa da Portugal em Destaque apresenta-lhe o gabinete de arquitetura M.A.S.P. - Arquitectura, em Oliveira do Hospital. No decorrer da nossa entrevista, o desenhador projetista Miguel Ângelo Pais e o arquiteto Rúben Alves Ferreira abordaram a sua génese, o futuro do gabinete e avaliaram o mercado em que trabalham.

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No mercado desde 2008, o gabinete de arquitetura M.A.S.P. ganhou vida pelas mãos do seu fundador, Miguel Ângelo Pais. Desenhador projetista de profissão, ao longo de mais de três décadas, Miguel Ângelo Pais encontrou no know-how e experiência, adquiridos ao longo dos anos, o estímulo necessário para constituir o seu próprio gabinete de arquitetura. Em 2012, o projeto ganhou novo alento com a entrada do jovem e talentoso arquiteto Rúben Alves Ferreira que, desde então, abraça este desafio. Em parceria, Miguel Ângelo Pais e Rúben Alves Ferreira vêm dando cartas no mercado nacional, evidenciado um crescimento sustentado e constante. O M.A.S.P. Arquitectura assume-se, cada vez mais, como um gabinete de referência na região centro do país. Com apenas uma década, o M.A.S.P. conta já com um vasto portefólio de projetos realizados por todo o país. No leque de projetos constam trabalhos das mais diversas escalas e tipologias, que vão desde a habitação unifamiliar, indústria, passando ainda pela hotelaria e unidades de apoio, nomeadamente IPSS. “Temos um pouco de tudo. Temos remodelação e projetos novos como habitações, alojamentos turísticos, comércios e lares de idosos. Há um misto de projetos”, assume Miguel Ângelo Pais. Na execução dos projetos em carteira, o gabinete conta com a colaboração de arquitetos e engenheiros, bem como de empresas de vários pontos geográficos. Uma colaboração

que permite, nas palavras dos entrevistados, “acompanhar o projeto do início ao fim” e garantir a prestação de um serviço completo e que vá de encontro às necessidades de cada cliente. “O futuro passa, cada vez mais, pela criação de sinergias de trabalho. A troca de ideias é muito importante, mas é preciso falar e saber ouvir”, assume o arquiteto Rúben Alves Ferreira. Desafios a ultrapassar Aproveitando a entrevista, quisemos saber quais os principais desafios com que os entrevistados se deparam, diariamente, no exercício da sua profissão. Miguel Pais não hesitou ao apontar a falta de abertura e aceitação a novas soluções arquitetónicas, verificada no interior do país, como um dos maiores desafios a ultrapassar. “Aqui no interior, é mais difícil desenvolver projetos diferenciados. Grande parte dos clientes estão muito enraizados com a arquitetura tradicional e ainda não há abertura a novos estilos e soluções construtivas”. Os interlocutores admitem que cabe aos profissionais da área “mudar essa mentalidade”, tendo já dado passos nesse sentido. “Tentamos sempre criar um equilíbrio entre uma arquitetura tradicional e uma arquitetura moderna”, conta o jovem arquiteto, e admite que “ainda há muita resistência por parte dos clientes a novas soluções”, que têm grande dificuldade em aceitar, a maior parte das vezes, as propostas apresentadas. “Por vezes, é muito complicado. No entanto, os clientes estrangeiros, que atualmente investem no interior, têm maior abertura e recetividade para propostas diferentes”. Miguel Ângelo Pais e Rúben Alves Ferreira reconhecem que o baixo budget destinado ao projeto e obra é, grande parte das vezes, o maior obstáculo na escolha dos materiais de melhor qualidade e durabilidade. “Ao idealizar e desenvolver um projeto, pensamos imediatamente na forma e na organização dos espaços que o compõe, bem como no seu aspeto final. Muitos dos clientes tendem a não se preocupar com o detalhe, e já em obra, optam por escolher materiais mais económicos e sem qualidade, retirando muita da essência idealizada”, afirma Rúben Alves Ferreira. Os anos de dedicação e trabalho árduo colocam o M.A.S.P. Arquitectura num patamar de qualidade e reconhecimento nacional que Miguel Ângelo Pais e Rúben Alves Ferreira pretendem manter no futuro. Para isso, irão continuar a ser “um gabinete próximo do cliente”, apostando na inovação e a fazer o que melhor sabem: projetar sonhos.

Rua do Colégio, 2D • 3400-105 Oliveira do Hospital Gabinete: 238 606 098 • Telemóveis: 919 821 464 | 963 061 316 Email: masp.arquitectura@gmail.com • @Masp.Arqitectura

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A MÁQUINA IMOBILIÁRIA DE OLIVEIRA DO HOSPITAL /TÁBUA Uma agência imobiliária credível que entende o mercado e oferece garantias. A ERA de Oliveira do Hospital/Tábua está de portas abertas desde agosto de 2018 e é a melhor opção para quem procura comprar ou vender casa!

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Não é segredo que o mercado imobiliário está em alta em Portugal e que, na decisão de comprar casa, é fundamental escolher um bom parceiro de negócio. A ERA, sendo o maior operador mundial de franchising imobiliário, é uma escolha conveniente e sensata. Agora presente em Oliveira do Hospital e Tábua, sob a direção de Rui Dias, a ERA é uma especialista do imobiliário que trabalha com dedicação e rigor. De portas abertas desde 13 de agosto de 2018, a loja de Oliveira do Hospital/Tábua conta com a experiência e a dedicação de seis profissionais, atentos às necessidades e exigências dos clientes. Líder no mercado imobiliário nacional, a ERA possui mais de 65.000 imóveis em comercialização, espalhados por todo o país e disponíveis para compra em qualquer loja do grupo. O grupo, com fixação em Portugal desde 1998, apostou no ex-bancário Rui Dias para a exploração da zona geográfica circunscrita à cidade de Oliveira do Hospital e à vila de Tábua. A este respeito, Rui Dias conta: “apresentaram-me a ERA, foi-me explicado tudo acerca do conceito e do projeto. Eu gostei do que ouvi e acabou por ser um casamento perfeito”. Sendo um dos grandes desígnios da marca recrutar grandes talentos, Rui Dias tem vindo a corresponder às expectativas, realizando um excelente trabalho no papel de gestor imobiliário.

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Conhecedor e experiente no cumprimento de atividades burocráticas e administrativas, o ex-bancário Rui Dias é um verdadeiro consultor legal e financeiro. O cliente da ERA de Oliveira do Hospital/Tábua pode contar com eficiência na resolução e efetivação de todos os processos administrativos para a compra e venda de casas. Nestas agências, é também garantido o melhor apoio e aconselhamento no processo de obtenção de financiamento bancário. A equipa da ERA de Oliveira do Hospital/Tábua é constituída por seis agentes comerciais rigorosos, um gerente, um coordenador e uma diretora processual. Trata-se EQUIPA


de uma equipa pautada por estritos princípios éticos e uma rigorosa conduta profissional. Satisfeito com o trabalho que tem vindo a desenvolver e com a performance dos colaboradores das lojas que gere, Rui Dias afirma: “somos mesmo uma máquina a vender casas. Temos uma ótima formação,

imobiliário. Contudo, para quem deseja comprar casa no concelho, a loja da ERA está a promover o Lote da Bela Vista. Um empreendimento com 21 apartamentos, divididos em dois blocos. São cinco apartamentos T3 e 16 apartamentos T2. Imóveis no centro da cidade, pertencentes a uma nova geração de empreendimentos, com classe energética B+, elevadores até à cave, excelente exposição à luz solar, fachadas espelhadas e pré-instalação de diversos equipamentos (ar condicionado, painéis solares, etc.). Para breve, a ERA terá à disposição um novo empreendimento com 22 moradias. Moradias de tipologia T3, com ou sem piscina, a preços convidativos e a um quilómetro do centro de Oliveira do Hospital. Mas a oferta não fica por aqui! Em menos de meio ano de portas abertas para público, a agência de Oliveira do Hospital/ Tábua dispõem já de 150 imóveis à disposição do cliente. Assim, nesta procura que visa a aquisição de direitos reais sobre imóveis em Oliveira do Hospital ou Tábua, a ERA é a melhor opção!

sabemos aconselhar o cliente da forma mais apropriada, ouvimos as necessidades e os desejos de quem nos procura, temos qualidade, temos princípios, temos rigor e, portanto, as perspectivas para futuro são as melhores. Não podia estar mais satisfeito”. Novos empreendimentos em Oliveira do Hospital Na província da Beira Alta, Oliveira do Hospital vê nascer novos e modernos empreendimentos. A procura continua a superar a oferta, no entanto, segundo nos conta Rui Dias, Oliveira do Hospital começa a ser alvo de investimento por parte das construtoras. O concelho que alberga a Escola Superior de Tecnologia e Gestão recebe, todos os anos, centenas de estudantes que procuram instalar-se na cidade. “Há um cuidado especial da parte dos construtores relativamente à oferta. Começa a ser construída uma habitação mais eficiente e eficaz. Uma tipologia mais pequena de construção, direcionada a um agregado familiar que é cada vez menor, fruto dos tempos que vivemos. Procuramos também aconselhar os clientes relativamente às vantagens de realizar um investimento num imóvel, para o mercado de arrendamento. É importante olhar para os imóveis como um ativo financeiro que, em Oliveira do Hospital, pode ser extremamente rentável”, afirma o gestor

Vitriol - Mediação Imobiliária, Unip. LDA | AMI: 14995 Avenida Dr. Francisco Sá Carneiro, 3A 3400-059 Oliveira do Hospital Telefone: 238 094 070 | Email: oliveiradohospital@era.pt

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JAF ALUMÍNIOS

QUALIDADE, FLEXIBILIDADE E SEGURANÇA Álvaro Figueiredo começou a trabalhar por conta própria no ramo das caixilharias e, progressivamente, foi aumentando a carteira de clientes e o número de funcionários que contratava. Atualmente com 15 funcionários e instalações novas em Lagares da Beira, no concelho de Oliveira do Hospital, o administrador afirma que “um crescimento sustentável, sempre na procura de melhor servir os seus clientes” são fatores de sustentabilidade e sucesso.

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Empreendedorismo de Álvaro Figueiredo O caminho que trilhou ajudou-o a manter “os pés bem assentes na terra, sabendo o quanto me custou construir o património que detenho atualmente”. O facto de ter começado a trabalhar sozinho “deu-me a experiência e conhecimentos necessários para poder executar qualquer processo dentro desta atividade” e facilidade “de saber trabalhar ao lado dos meus funcionários”. Conhece todos os processos administrativos e técnicos “desde o escritório, com a orçamentação e preparação de obra”, até à parte técnica do “corte, montagem e saída de armazém”. Nunca se formou na área, mas a “escola da vida ensinou-me tudo o que tinha para aprender”. A experiência profissional ensina a “trabalhar os materiais e a conhecer a forma como eles se comportam depois de instalados”, mas o contacto com os clientes “ensinou-me a lidar com as pessoas e ajudou-me a crescer e a prever situações menos desejáveis”. Atualmente há formações , frequentou o primeiro curso para instaladores certificados ministrado em Portugal, “essencial para desenvolver esta atividade, como as certificações energéticas, mas quando eu iniciei esta atividade não havia quase nenhuma oferta formativa para esta área”. Os anos foram passando, a empresa foi crescendo e os serviços foram aumentando. Começaram com os portões, automatismos e caixilharias, estando sempre na linha da frente da inovação e das novas arquiteturas. A última aposta da empresa foi na fabricação de caixilharia de PVC. “Amadureci a ideia durante quase dois anos e decidi que era altura de apostar no seu fabrico e montagem”, afirma o empresário. Alumínio vs PVC Ambos têm as suas vantagens e desvantagens. Se o imóvel Rua do Campo de Futebol, 22 3405-155 LAGARES DA BEIRA Tlm.: 967 729 247 | Tlf.: 238 645 305 Email: jafserralharia@sapo.pt www.jafaluminios.com

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tem janelas com medidas denominadas “normais pode, perfeitamente, apostar numa caixilharia de PVC porque ao nível térmico é mais eficaz do que as caixilharias de alumínio. Se tem um imóvel com vãos de grandes dimensões e minimalistas aconselho a caixilharia de alumínio, porque o PVC é limitado em muitos aspetos. O aconselhamento deve ser feito em obra após a análise do tipo de arquitetura, medidas e características dos edifícios”. A maioria dos serralheiros apenas quer vender e colocar janelas, “raramente se preocupam com a durabilidade dos materiais, características térmicas e acústicas e se a opção é a mais correta”. No sentido de combater essa realidade construiu um showroom “para que os nossos clientes possam ver e sentir o material que estão a adquirir assim como a sua execução, nunca esquecendo as suas características térmicas e acústicas devidamente ensaiadas e certificadas”, esclarece Álvaro Figueiredo. Profissionalismo e Qualidade A nível geral trabalham muito na construção nova e na reabilitação de edificios. Aceitam todos os tipos de obras, desde o setor público ao privado, em todo o país, e exportam alguma produção. “Estamos sempre na vanguarda e fazemo-nos representar com materiais topo de gama, apostando no material que obteve os melhores resultados quando foi testado em laboratório, assim como em vidro com excelentes desempenhos”. Neste sentido, investiram em máquinas de CNC que lhes garantem “precisão, qualidade, rapidez de trabalho e desenvolvimento ao nível da execução das obras. Estas premissas são extremamente importantes porque atualmente, os materiais e a sua instalação, só são pensados e contratados quando já deveriam estar a ser executados ”, informa o empresário Álvaro Figueiredo.


Moinhos, castelo, igrejas, mosteiros medievais, quintas e solares brasonados emolduram uma paisagem maioritariamente forjada a verde, entre serras e vales banhados por rios e ribeiras de águas cristalinas, numa comunhão com a natureza que contrasta com a modernidade dos centros urbanos. Marcado também por um forte desenvolvimento industrial nas últimas décadas, a competitividade do concelho de Paredes é reforçada pelas excelentes condições de acessibilidade rodoviária. É servido por três autoestradas (A4, A41, A42), que o colocam a poucos minutos das principais saídas internacionais, como o Aeroporto Francisco Sá Carneiro e o Porto de Leixões e a cerca de uma hora da Galiza. É ainda servido pela linha ferroviária do Douro, que faz a ligação entre dois Patrimónios Mundiais

da Humanidade: o Centro Histórico do Porto e o Douro Vinhateiro. Para a competitividade de Paredes contribui igualmente o facto de ter, num raio de 70 quilómetros, quatro das principais universidades de Portugal (Porto, Minho, Aveiro e Trás-os-Montes), que fornecem mais de cinco mil licenciados por ano na área CTEM (Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática), mão-de-obra qualificada, muito solicitada pela moderna indústria, nomeadamente do mobiliário, referência no concelho. Nas próximas páginas, poderá ficar a conhecer um pouco sobre as empresas da região, quais as principais características e especificações do que produzem para Portugal e para o mundo. Fique para ler!

PAREDES

MOBILIÁRIO EM DESTAQUE


GABINO - INDÚSTRIA DE MOBILIÁRIO

PROJETA AS SOLUÇÕES MAIS ADEQUADAS PARA O SEU ESPAÇO Sediada em Vandoma, no concelho de Paredes, a Gabino é uma empresa na área da indústria do mobiliário destinando-se ao fabrico de cozinhas por medida, roupeiros e móveis para casa de banho. Foi nas suas instalações, que estivemos à conversa com Carla Gabino, gerente da empresa, que nos contou um pouco da história da Gabino e perspetivou o seu futuro.

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No mercado há mais de 25 anos, a Gabino é, atualmente, gerida pelos irmãos Carla e Alexandre Gabino. Presentemente, na segunda geração, a empresa surgiu pelas mãos dos pais de Carla e Alexandre, que há mais de duas décadas embarcaram na aventura da indústria do mobiliário. “A empresa surgiu pelos meus pais, em nome individual. Mais tarde, foi constituída uma sociedade por quotas, da qual eu e o meu irmão éramos os sócios minoritários”, começa por contar Carla Gabino sobre a origem do negócio. Com o passar dos anos, a estrutura administrativa da empresa foi sofrendo alterações, sendo uma das mais marcantes a entrada dos irmãos Gabino na gerência da empresa. “Começámos como empregados dos nossos pais e depois, passámos a ser os gerentes da empresa”, con-

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ta Carla Gabino. Na gerência da Gabino há cerca de 15 anos, Carla mostra-se satisfeita com o trabalho desenvolvido, em parceria com o irmão, e que tem levado a Gabino a bom porto. “No nosso percurso, enquanto gerentes, temos vindo a apostar na qualidade dos nossos produtos e em prestar um bom serviço aos nossos clientes”, assume, com agrado, Carla Gabino.

Especialistas em cozinhas por medida A atuar na área da indústria de mobiliário, a Gabino dedica-se ao fabrico de móveis de cozinha por medida, roupeiros de parede e móveis para casas de banho. Apostando, em permanência, quer na qualidade dos materiais, quer na qualidade dos acabamentos, posiciona-se, desta forma, num segmento médio e médio-alto do mercado. Portugal representa, atualmente, cerca de 50 por cento mercado da empresa, que destina igual percentagem de produção ao mercado estrangeiro, sobretudo, ao francês, onde Carla assume que encontram “muita adesão aos produtos. Verificamos muita adesão em França, porque somos especialistas em cozinhas por medida. Em França, especialmente em Paris, as cozinhas são minúsculas e temos que aproveitar todos os espaços ao máximo. Daí, termos vantagem em relação a outros fabricantes, que só trabalham por módulos estandardizados”. Sendo especialista em cozinhas por medida, a Gabino encontra em cada cliente um novo desafio, que é acompanhado a par e passo pela equipa de trabalho. O atendimento e aconselhamento são efetuados por “pessoas especializadas e profissionais da área” que estudam e avaliam o espaço na busca da melhor solução e produto a conceber. “Acompanhamos todo o processo. Temos alguém no local ou deslocámo-nos para tirar as medidas do


espaço. Depois, fazemos os projetos 3D e damos todo o acompanhamento, incluindo o transporte e montagem”, assume Carla Gabino, que ressalva ainda a preocupação da empresa em entender as necessidades de cada cliente. “Temos sempre essa preocupação, porque fazemos cozinhas para diferentes classes socais e nem todos têm o mesmo poder de compra. Nós tentamos ajustar o trabalho às necessidades de cada um, nunca descuidando a qualidade”. Equipa de sucesso Com uma equipa de colaboradores dedicados, a Gabino vem-se destacando na indústria do mobiliário pela excelência dos serviços prestados. Carla Gabino reconhece na equipa coesa e pluridisciplinar, que a Gabino possui uma justificativa para o sucesso alcançado ao longo dos anos. “Aqui, na empresa, damo-nos todos muito bem. Lutamos todos no mesmo sentido. Os nossos colaboradores já estão connosco há muitos anos e acho que é essa união que dita o sucesso da empresa”. Aposta na qualidade e atendimento O concelho de Paredes apresenta uma grande tradição na indústria do mobiliário, assegurando uma percentagem bastante significativa da produção nacional, e para o qual a Gabino, diariamente, contribui. Carla Gabino não esconde a satisfação de incorporar o universo de empresas da área, admi-

FUTURAS INSTALAÇÕES

“Acompanhamos todo o processo. Temos alguém no local ou deslocámo-nos para tirar as medidas do espaço. Depois, fazemos os projetos 3D e damos todo o acompanhamento, incluindo o transporte e montagem”

ALEXANDRE E CARLA GABINO

tindo que “somos privilegiados por trabalhar nesta indústria, mas, ao mesmo tempo, temos uma responsabilidade acrescida, porque há muita concorrência”. Neste sentido, quando questionamos a interlocutora sobre o diferencial da Gabino e o que a distingue no mercado, Carla não hesitou ao afirmar: “a qualidade e o atendimento”. A transparência e a inovação também integram a fórmula do sucesso da Gabino, que aposta, em permanência, na utilização de tecnologia de ponta. “Tentamos acompanhar essa evolução para que as nossas cozinhas tenham um acabamento final de excelência” Construção de novas instalações “Temos vindo a crescer nos últimos anos”, conta a nossa interlocutora, que assume que estes resultados só foram possíveis de alcançar com “muito trabalho e muita dedicação”. Para o futuro, a Gabino tem já novos projetos em vista. A construção de novas instalações é o principal desígnio da empresa, que espera congregar, no mesmo espaço, o setor da produção, administração e ainda o showroom da empresa, atualmente sediado em Gandra. “Decidimos construir esse novo espaço, porque, em primeiro lugar, precisamos de mais espaço. Depois, porque queríamos uma nova imagem”, conta Carla Gabino, que assume ainda: “queremos que as nossas novas instalações sejam o espelho do belíssimo trabalho que se desenvolve dentro delas”. PAREDES 37


LAR IBÉRICO

MOBILIÁRIO “MADE IN PORTUGAL” Sediada em Vilela, concelho de Paredes, a Lar Ibérico tem vários anos de mercado devido à larga experiência do seu fundador José Dias. A Portugal em Destaque esteve à conversa com os atuais gerentes, Joel e César Dias, para conhecer as novidades que irão apresentar na Export Home, bem como as perspetivas de futuro.

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O negócio começou por estar ligado à importação de mesas e cadeiras, mas face a algumas adversidades e por forma a aumentar a qualidade, iniciaram o fabrico de móveis. “Começamos há cinco anos a fabricar, visto que queríamos procurar ter mais qualidade no produto”. Atualmente, produzem mesas e cadeiras para cozinha, sala e hotelaria. Para o produto final ser de alta qualidade, é necessário que haja a devida exigência na hora de escolher as matérias-primas. Para além de serem 100 por cento portuguesas, as matérias-primas utilizadas vão desde ferro, epoxi (uma pintura de alta temperatura que coze a 200 graus), tecidos como as napas e microfibras até aos vidros com um RAL de qualquer cor. “Costumamos brincar e dizer que é made in Portugal. Todos os materiais são sempre adap-

tados ao gosto de cada cliente”, acrescentam. Assim, César e Joel consideram que a grande vantagem de terem o fabrico na própria empresa é que existe a possibilidade do cliente construir cada peça a seu gosto, o que torna o fabrico de mobiliário muito versátil pela facilidade em conjugar cada matéria-prima. A Lar Ibérico atua no mercado nacional, sendo que têm maior incidência na Grande Lisboa. “Abrangemos o país todo, incluindo ilhas”, afirmam os nossos entrevistados. Apesar de trabalharem com o mercado interno, não escondem a ambição de atingirem a internacionalização, principalmente no que ao mercado euro-

peu diz respeito. Dar a conhecer os produtos é também um dos objetivos da empresa. Para isso, já participram em feiras portuguesas como a Capital do Móvel - Feira de Mobiliário e Decoração (em Paços de Ferreira) e a FIL (em Lisboa). Este ano, estiveram presentes pela primeira vez na Export Home, que se realizou na Exponor. O desafio centrou-se na divulgação das novidades na área de hotelaria e sala. O grande destaque vai para as mesas com 38 PAREDES

“Começamos há cinco anos a fabricar, visto que queríamos procurar ter mais qualidade no produto” imagens que podem ser totalmente personalizadas. “O cliente envia-nos a imagem que quer ver estampada e nós fazemos tal e qual como ele quer”, referem. Apesar do mercado internacional ser um ponto essencial, a Lar Ibérico acredita que o futuro da empresa passa por se dedicarem à indústria da hotelaria aliando a experiência à qualidade.


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FARMÁCIA CENTRAL DE REBORDOSA

HÁ 61 ANOS EM PROL DA SAÚDE

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A Farmácia Central de Rebordosa está no número 24 da Avenida Engenheiro Adelino Amaro da Costa, em Rebordosa. Emídio de Sousa é o proprietário deste espaço e foi com ele que estivemos à conversa, para conhecer um pouco melhor aquele que surgiu como o projeto de uma vida.

Foi pelas mãos de Emídio de Sousa que há 61 anos a Farmácia Central de Rebordosa abriu portas. Um sonho que se materializou em fevereiro de 1958 e que, desde então, vem dando cartas na região. Dotada de história, tradição e reconhecimento, esta farmácia sexagenária assume como principal foco os seus utentes, procurando prestar o melhor serviço e aconselhamento em prol da saúde de toda a população. Materialização de um sonho Há muito que a história de Emídio de Sousa vem sendo escrita. Em conversa, com a Portugal em Destaque, o interlocutor começa por confidenciar parte do seu percurso profissional. Desde sempre ligado à área, é com alguma nostalgia que, Emídio de Sousa, conta que assumiu, durante vários anos, a função de técnico de farmácia. “Visitava as zonas aqui à volta, onde angariava clientes e encomendas”. O interlocutor encontra no dinamismo e proatividade, com que sempre encarou a sua função, a chave para o sucesso alcançado e o motivo pelo qual sempre foi reconhecido pelo bom trabalho desenvolvido. “Tudo o que tivessem, normalmente era entregue a mim. Isso era resultado do bom trabalho que fazia. Às vezes, chegava a casa muito tarde, porque assim conseguia apanhar as faltas dos outros”, conta o entrevistado que, com um sorriso nos lábios, relembra a frase que mais ouvia aquando da sua passagem. “Costumavam dizer: ‘hoje é do Emídio’”. O know-how e experiência deram a Emídio de Sousa o estímulo necessário para dar forma e vida a um sonho antigo, hoje materializado na Farmácia Central de Rebordosa. A vontade de fazer mais e melhor não parou por aqui e, há cerca de 30 anos, Emídio de Sousa abriu um segundo espaço, a Farmácia Ferreira de Vales. “Temos excelentes colaboradores” Para que os níveis de excelência sejam atingidos, os espaços contam com equipas multidisciplinares que

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prestam o melhor serviço e acompanhamento aos utentes. “Temos excelentes colaboradores”, assume Emídio de Sousa, que acredita que o sucesso alcançado se deve, em parte, ao bom atendimento. “Um bom balcão faz sempre um bom negócio. Uma das coisas que exijo é um bom atendimento”. É com orgulho que o interlocutor afirma que os utentes encontram, atrás do balcão das farmácias de que é proprietário, “um ombro amigo onde se podem apoiar e com quem se podem informar”. Atualmente com oito colaboradores, igualmente repartidos pelas duas farmácias, Emídio de Sousa conta com a colaboração das duas filhas na gestão do negócio. “A mais velha trabalha na Farmácia Central de Rebordosa,

Av. Eng. Adelino Amaro da Costa, nº24 | Rebordosa - Porto Telefone: 224 44 2 073 | Email: f.central.rebordosa@gmail.com

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a mais nova na Farmácia Ferreira de Vales”. É com satisfação que o interlocutor vê as filhas seguirem as suas pisadas e abraçarem o projeto de uma vida. “Tive sorte, porque elas também gostam desta área. Com os netos vai ser mais difícil, tenho quatro e apenas um parece estar interessado em dar continuidade”. São seis décadas que articulam a história da Farmácia Central de Rebordosa, mas o caminho ainda está longe de terminar. É com satisfação e orgulho que Emídio de Sousa olha o trabalho desenvolvido ao longo dos últimos anos. Com um serviço pautado pela excelência, profissionalismo e proximidade é assim que pretende continuar tendo sempre em vista a evolução e crescimento do negócio. “Espero que isto continue como tem sido até aqui, mas que consigamos evoluir, cada vez mais. No que depender de mim, vamos continuar a prestar um serviço de excelência e a ajudar quem nos procura”. Aos 90 anos de idade Emídio de Sousa regozija-se ao afirmar: “sinto-me realizado”.


Portugal tem, na sua generalidade, características e especificidades únicas em cada região. Cada uma delas encerra em si tradições, costumes, festas religiosas e pagãs que arrastam turistas e gente da terra para participar nas celebrações. A economia não pode ser desvalorizada, todavia, pelo que importa salientar as empresas que nestas regiões trabalham e geram riqueza. No Algarve, a citricultura é rainha. Conheça alguns dos principais produtores da região. Já em Sever do Vouga reina a lampreia e a vitela de 9 de março a 14 de abril visite a região e prove estas iguarias. Em Valongo, poderá ficar a conhecer a Casa Pichel, um restaurante que, acompanhando a tradição, tem no seu ambiente e nos colaboradores duas mais-valias, a juntar aos saborosos pratos que confeciona. Na Póvoa de Varzim, a Portugal em Destaque foi perceber como está o mercado imobiliário, quais as suas carências e características e traz-lhe agora toda a informação.

OUTRAS REGIÕES

CIDADES DE TRADIÇÕES E CULTURA


UNIÃO DE FREGUESIAS DE MONCARAPACHO E FUSETA

ENTRE A SERRA E O MAR

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Desde a praia da Ilha da Fuseta até ao lado mais rural de Moncarapacho, as duas freguesias mostram um Algarve com muito por conhecer. São 74 km2 correspondentes a mais de metade do concelho de Olhão que nos foram apresentados pelo presidente desta União de Freguesias, Manuel Carlos de Sousa.

Manuel Carlos iniciou a sua atividade política em 1993 e tem vindo a acompanhar, ao longo dos seus dois mandatos, o desenvolvimento das freguesias de Moncarapacho e da Fuseta. “Estamos a falar de freguesias muito calmas. Temos muita qualidade de vida e estamos perto de tudo, inclusive da capital do Algarve - Faro e do aeroporto”, começou por contar o presidente. Da praia da Fuseta aos cerros de Moncarapacho existe um equilíbrio perfeito, entre o que é entendido como litoral e interior, dentro da mesma freguesia. A Ria Formosa estende a entrada para a Ilha da Fuseta, onde no oceano é possível mergulhar entre os cardumes de atum. Em Moncarapacho, o Cerro de S. Miguel transforma-se num imponente miradouro para observar os desenhos das ilhas da Ria Formosa, para descobrir os contornos das suas praias e canais, e para distinguir os diversos tons que a cor do mar do Oceano Atlântico pode exibir. O cartão de visita é, portanto, a diversidade territorial que possibilita um turismo mais diversificado e que, por outro lado, tem trazido à freguesia uma crescente procura de imóveis. “Nos últimos quatro anos, o turismo de natureza tem vindo a crescer, e consequentemente tem aumentado a procura de casas por parte dos estrangeiros. Neste momento há falta de imóveis para satisfazer toda esta procura”, referiu o presidente Como em todo o país, a gastronomia é especialmente distinta nestas freguesias. Saborear o peixe e marisco ali pescado, na Ria Formosa, oferece uma experiência única de sabores e aromas. Por outro lado, existem as hortícolas e os citrinos produzidos mais no interior das freguesias, complementando assim uma viagem gastronómica feita exclusivamente com produtos da região.

Freguesias dinâmicas, de janeiro a dezembro O forte associativismo e o interesse cultural dão vida a Moncarapacho e à Fuseta. Os eventos de cariz desportivo, cultural e religioso são uma constante. O ano de 2019 marca os 120 anos do Carnaval de Moncarapacho, mas para além deste evento é de destacar as concentrações motard, as Festas de Nossa Senhora do Carmo e o MonJazz - Festival de Jazz de Moncarapacho. “Temos uma programação de janeiro a dezembro e fazemos tudo para manter a identidade das duas freguesias”, explica o presidente. Preservar para progredir Há um esforço feito no sentido de preservar o património existente e melhorar a qualidade de vida da população. Até à data, o presidente já conseguiu manter a progressão do Parque de Campismo da Fuseta, o revestimento do Pavilhão Multiusos, em Moncarapacho, a recuperação da entrada do Cemitério da Fuseta, a reabilitação dos espaços verdes, um melhoramento na limpeza da freguesia e ainda uma melhoria nas acessibilidades. No entanto, garante que faz parte do plano tentar reabilitar o edifício do icónico Cinema Topázio, na Fuseta. Liderar duas freguesias tão distintas é um desafio, mas Manuel Carlos de Sousa pretende continuar o trabalho lado a lado com os seus fregueses, na esperança de um dia conseguir concretizar todos os seus objetivos. Em jeito de conclusão, o presidente deixou o convite a todos os nossos leitores: “A quem nos vier visitar, certamente ficará muito agradado com a experiência”.

Praça Major João Xavier Castanheda, nº 7 8700-087 Moncarapacho Email: atendimento@uf-moncarapacho-fuseta.pt Telefone: 289792158 | Telemóvel: 963424739 www.uf-moncarapacho-fuseta.pt

42 OUTRAS REGIÕES


CITAGO

FRUTO TROPICAL COM SÍMBOLO ALGARVIO Não é só da citricultura que se faz o Algarve! A Citago, empresa familiar de origem Algarvia, é responsável por uma das maiores plantações de abacates da Europa, com mais 70 hectares de produção, no concelho de Lagos. Para além da famosa laranja do Algarve, a empresa aposta, agora, num projeto arrojado, dedicado à produção do fruto tropical!

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Há muitos anos que a família Gonçalves se dedica à produção de citrinos. Essa foi a origem da criação de uma empresa inteiramente dedicada à produção de citrinos e, mais recentemente, de abacates. Assim nasceu, no ano de 2006, a CITAGO, uma empresa familiar de Alte, concelho de Loulé, gerida pelos irmãos Luís e Paulo Gonçalves. A Produção do Abacate Natural da região conhecida pela qualidade dos citrinos, a Citago quebra a tradição Algarvia da citricultura e lançou-se, em 2016, na produção do abacate. Com 77 hectares de abacates em plantação no concelho de Lagos, a Citago realiza este ano a primeira colheita. “Adquirimos a propriedade em 2014 e começamos a pensar numa alternativa aos citrinos. Chegamos à conclusão que o abacate seria a aposta ideal devido às características climáticas aqui da região. Estamos a aprender e tem sido muito positivo. É um produto que está limitado a uma zona de produção, o que faz dele um produto especial. O consumo do abacate tem vindo a crescer e o escoamento

do produto está assegurado”. Em constante colaboração com a Trops - uma cooperativa espanhola com sede em Málaga – a empresa algarvia tem todo o escoamento assegurado. A cultura do abacate praticada pela Citago é, segundo assegura Luís Gonçalves, “praticamente isenta de pesticidas e herbicidas”. Trata-se de um produto de excelência, cultivado numa região privilegiada e sob o controlo de profissionais experientes e conhecedores. A aposta na tecnologia As caraterísticas climáticas da região do Algarve e a experiência de Luís e Paulo Gonçalves proporcionam um produto de elevada qualidade e cultivado de forma quase convencional. Luís Gonçalves explica: “queremos um produto praticamente isento de resíduos. Queremos conservar a agricultura convencional e produzir citrinos de qualidade. É isso que temos vindo a fazer ao longo dos anos e estamos orgulhosos.” Para alcançar este fim de forma eficiente e eficaz, a Citago utiliza as mais recentes ferramentas digitais e tecnológicas. “Temos o auxílio de sondas de humidade do solo, sistemas de rega inteligentes com

controlo remoto, estações meteorológicas e outras ferramentas que nos trazem grandes benefícios”. São utensílios tecnológicos que modificam e otimizam todas as etapas do ciclo produtivo e que colocam a Citago na vanguarda da citricultura. Unir o setor As adversidades e as contrariedades são vocábulos comuns na agricultura, um setor dependente, essencialmente, da natureza. Nesse sentido, Luís Gonçalves não deixou de apelar a uma maior união por parte de todas as entidades relacionadas com o setor agrícola do algarve. “Temos de trabalhar em conjunto e definir uma estratégia para combater os desafios constantes do setor porque só unidos poderemos ter um maior desenvolvimento”, declarou. Com a investigação como plano principal para o estudo agrícola, Luís Gonçalves realçou a importância da distinção entre a parte técnica e a parte comercial: “cada um tem as suas especificidades e necessidades embora no fim tenha de existir uma relação natural que seja vantajosa para ambas as partes”.

Rua da Alfarrobeirinha Amarela, n.º1 - Loja B • 8100-352 Benafim • Telefone: (+351) 289 472 426 • Email: geral@citago.pt • www.citago.pt

OUTRAS REGIÕES 43


FRUTAS LURDES

DO ALGARVE PARA O MUNDO A INTERNACIONALIZAÇÃO DA LARANJA ALGARVIA A empresa Frutas Lurdes é uma referência na produção e comercialização da aclamada laranja do Algarve. Atualmente explora mais de 500 hectares de pomares de citrinos, e comercializa mais de 12 milhões de quilos. Telma Guerreiro, filha de Bernardino Guerreiro e Maria de Lurdes Guerreiro, atualmente diretora-geral, e Duarte Coelho, diretor financeiro, deram voz ao trajeto de três décadas da Frutas Lurdes.

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Localizada em Algoz, no concelho de Silves, a Frutas Lurdes celebra este ano 30 anos de atividade. O caminho da empresa começou por ser designado pelas raízes humildes de Bernardino Guerreiro e da sua esposa Maria de Lurdes Guerreiro, que se fez valer da experiência e conhecimento familiar no ramo dos citrinos, e, de forma natural, criou o seu próprio desígnio empresarial. Em 1989 criavam a, então, Frutas Bernardino. Em 2003 a empresa mudava de nome, para Frutas Lurdes. Hoje, a filha, do casal Guerreiro segue o seu legado, criando novas dinâmicas que têm vindo a reverter a Frutas Lurdes numa referência no setor. Um dos principais passos para o sucesso da empresa foi dado em 2009, com a aposta no mercado externo e posterior internacionalização. “Durante 22 anos só vendíamos para o mercado nacional. Decidimos. Tentamos apostar em novos mercados, e isso é fundamental, tem de ser esse o caminho. A exportação representa 60 por cento do nosso volume de negócios, dessa exportação cerca de 90 por cento é para França, e o restante para Canadá, Alemanha e Espanha. Este é um passo obrigatório porque o mercado nacional não consegue pagar o valor real dos citrinos do Algarve. Para além disso,é importante criar novas soluções fora do mercado nacional”, realçou Telma Guerreiro. No mercado, a Frutas Lurdes opera com quatro marcas distintas e com imagens diferentes, “uma estratégia que surgiu num sentido de

MARIA DE LURDES GUERREIRO

marketing”. A empresa rege-se pelos melhores princípios de qualidade e acompanhamento, garantidos pela proximidade de relação com o cliente e pela implementação das certificações de HACCP e GLOBAL GAP e pela classificação dos seus produtos como IGP – Citrinos do Algarve. Um produto, naturalmente, de qualidade A laranja do Algarve é já um expoente nacional. São vários os condimentos que auferem a este produto um sabor único. Telma Guerreiro evidenciou o que torna a laranja algarvia especial: “o clima é importante, mas são os nossos terrenos a principal característica para o sabor da laranja. São terrenos bem drenados, calcários, vermelhos, que originam uma laranja de pele fina, com uma coloração bastante vermelha, muito doce e com baixa acidez. Devido a estas

qualidades naturais do clima e do terreno, utilizamos menos produtos fitofármacos, que no fim fazem da laranja do algarve um produto ainda mais distinto”. Através das três variedades exploradas pela Frutas Lurdes a colheita é feita durante todo o ano. No inverno a newhall, na primavera segue-se a lanelate e no verão, a valencia Late. “A laranja de inverno e de primavera são mais apetecíveis para comer porque têm uma textura mais agradável para o paladar. Por outro lado a variedade de verão é mais sumarenta e, por isso, melhor para sumo”, explicou Telma. Explorar novos mercados 30 anos após a sua fundação, o objetivo é continuar a crescer e aumentar os 12 milhões de quilos anuais comercializados. “O futuro está em apostar em novos mercados”, assim traçou, Telma Guerreiro, o principal objetivo para o futuro da empresa. Com uma equipa de 45 colaboradores, a importância e responsabilidade da empresa estende-se a cerca de 40 pequenos produtores a quem compram a produção de forma integral, na árvore. “Esses produtores são importantes para nós, e nós somos importantes para que eles possam escoar o seu produto. Nós queremos valorizá-lo, criar-lhe garantias, e reconhecimento. Queremos crescer em conjunto”.

Estrada Nacional 269, Sítio do Sobrado 8365-082 Algoz, Silves - Algarve Contacto: +351 282 575 473 www.frutaslurdes.com


XIX ROTA DA LAMPREIA E DA VITELA SEVER DO VOUGA 9 DE MARÇO A 14 DE ABRIL’19


MUNICÍPIO DE SEVER DO VOUGA

A SIMBIOSE PERFEITA ENTRE A GASTRONOMIA E O TURISMO Sever do Vouga é o ponto de encontro dos amantes de boa gastronomia, nomeadamente de duas iguarias que são imagens de marca do concelho. De 9 de março a 14 de abril vai decorrer a Rota da Lampreia e da Vitela, evento que visa promover igualmente a panóplia de potencialidades que Sever do Vouga encerra. Os apreciadores de uma boa lampreia não vão perder esta oportunidade de visitar Sever do Vouga, durante este certame, que de acordo com António Coutinho, presidente da Câmara Municipal, “soube reinventar-se ao longo dos seus 19 anos, renovando a cada ano a sua importância enquanto produto turístico”.

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A gastronomia tradicional é uma das riquezas do concelho de Sever do Vouga, sendo celebrada em vários eventos, nomeadamente na Rota da Lampreia e da Vitela, integrada na rota nacional da lampreia. António Coutinho, presidente da Câmara Municipal, refere em entrevista à Portugal em Destaque, que esta divulgação serve também para criar impacto turístico, que por via da gastronomia, presenteia um leque de atividades e espaços de alojamento local que os turistas poderão desfrutar. Convicto de que a gastronomia está de mãos dadas com o turismo, o autarca salienta a riqueza da gastronomia tradicional, a representatividade da restauração fortemente colocada no território, aliando-as a outra grande marca, o património natural, cultural e histórico. Aliás, Sever do Vouga é conhecido como o concelho ideal para quem procura sensações únicas, tanto no lazer como na gastronomia e a prova é que a Rota da Lampreia e da Vitela vai decorrer pelo 19º ano consecutivo, contando com cada vez mais visitantes, uns que não perdem o evento por nada e outros que vêm conhecer pela primeira vez. António Coutinho realça que esta é uma forma de afirmar e valorizar o concelho como um destino gastronómico de eleição na região centro, exaltando duas iguarias de qualidade e duas especialidades que nem todos se podem orgulhar de ter. Qualidade e autenticidade são palavras-chave, a par da forma diferenciada como a lampreia e a vitela são confecionadas e apresentadas à mesa. “As nossas expectativas para este ano são altas, uma vez que estamos a falar de dois pratos da cozinha tradicional severense que muito contribuem para o reconhecimento da nossa gastronomia além-fronteiras. E ao juntarmos no mesmo evento a lampreia e a vitela conseguimos abranger um público alargado, tornando-o num programa ideal para ser experienciado por toda a família”.

Um destino de excelência São inúmeras as razões para uma visita a Sever do Vouga, a começar pela riqueza natural, a paisagem verdejante e a água, entre rios, ribeiros e cascatas, que são uma marca muito forte do concelho. As características naturais do concelho permitiram a criação de um conjunto de trilhos e percursos pedonais, considerados pelos visitantes, um desafio onde a natureza se conjuga de forma perfeita. Por outro lado, o património religioso, histórico e arqueológico de Sever do Vouga é também um desafio para os amantes da história e das civilizações, bem como uma das razões para conhecer este magnífico concelho. A singularidade dos fenómenos geológicos que aqui ocorrem, a notável biodiversidade que acolhe, e as particularidades da sua geomorfologia, fazem deste território um destino de excelência para a observação e interpretação da natureza e para a realização de inúmeras atividades de desporto e aventura. Motivo de visita é também o Museu Municipal que faz uma abordagem à arqueologia em Terras de Sever, ao património industrial e mineiro, à

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etnografia e práticas culturais, às maravilhas naturais próprias do território e à sua dedicação aos pequenos frutos. Sem esquecer a Biblioteca e o Centro das Artes do Espetáculo que orientam a sua programação para diferentes públicos, constituindo-a numa pluralidade de abordagens artísticas de promoção da leitura, da música, do teatro, da dança e das artes visuais. António Coutinho destaca ainda o FICAVOUGA, um evento de grande qualidade, a Feira Nacional do Mirtilo e a Rota dos Moinhos, recentemente criada, integrando a Rota Nacional dos Moinhos, projeto que tem 5 municípios parceiros e foi agora distinguido pelo Turismo de Portugal, realçando ainda o forte investimento do município na cultura, como forma de divulgar e valorizar o seu território, bem como de promover o desenvolvimento social. I Gala Mirtilo de D’Ouro Este ano Sever do Vouga vai ser anfitrião de um novo evento – I Gala Mirtilo de D’Ouro - um evento de cariz sociocultural que distingue figuras e instituições do concelho, está marcado para 6 de abril no Centro das Artes do Espetáculo. Para a primeira gala, as áreas escolhidas são a Cultura, Desporto, Formação & Inovação, Turismo & Gastronomia, Empresarial e Prémio Carreira. A votação é realizada pelas associações e entidades locais, sendo da responsabilidade do júri, a designação de três nomeados a destacar em cada categoria. Já no Prémio Carreira a escolha é da total responsabilidade do Júri. Cada vencedor receberá um galardão como forma de reconhecimento do trabalho realizado em 2018 que se materializa numa peça de cristal com um Mirtilo de Ouro “impulsionando a imagem de marca do município de Sever do Vouga, o mirtilo, de que é a Capital”, refere o autarca. Mandato autárquico António Coutinho traça um balanço positivo do mandato, realçando que os objetivos delineados pelo seu executivo estão a ser cumpridos, apesar de por questões pessoais, ter estado algum tempo fora da autarquia.

Contudo, com resiliência e paixão pela causa pública foi acompanhando de perto o trabalho desenvolvido. Considera que face aos projetos desenhados, até superaram as expetativas com candidaturas aprovadas para financiamento, mas regista algum atraso de construção em projetos de investimento. “Foi um ano bom, com um investimento muito forte, como tem sido nosso apanágio”. António Coutinho não quis deixar de se pronunciar quanto à discussão da transferência de competências do Estado para as autarquias: “estamos numa fase de aceitação/ recusa e na discussão dos diplomas. Já foram aprovadas sete competências a transferir, as seguintes em discussão são a educação e a saúde, duas áreas bastante importantes”, revela o presidente, realçando que este processo mexe com a gestão autárquica e por isso mesmo marcou a fase final do ano de 2018 e o arranque de 2019. Na sua ótica, as novas competências das autarquias vão permitir a desburocratização de alguns processos e uma decisão mais próxima do cidadão, algo que se enquadra na sua ideologia como entusiasta da regionalização e da descentralização.

Largo do Municípo | 3740-262 Sever do Vouga Tel: 234 555 566 | Email: cm.sever@cm-sever.pt www.cm-sever.pt

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CASA PICHEL - ADEGA REGIONAL

HÁ 30 ANOS A CONSERVAR OS SABORES DA GASTRONOMIA TRADICIONAL PORTUGUESA Um dos mais famosos restaurantes de Valongo, a Casa Pichel é uma Adega Regional que conserva os sabores únicos da gastronomia tradicional portuguesa há 30 anos.

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Conservar saberes e sabores tradicionais Foi no ambiente familiar e peculiar da Casa Pichel que a Portugal em Destaque esteve à conversa com Williams Pichel. Representante da segunda geração da família Pichel, Williams mantém intacta a doutrina instigada pelo pai e praticada na Adega Regional, desde o mês de abril do ano de 1989. “A qualidade dos produtos, a atenção ao pormenor, o bom atendimento, o cuidado e o profissionalismo são alguns dos valores que me foram passados e que quero continuar a preservar”, garante Williams. Natural de Valongo, a família Pichel trata a arte de confecionar e preparar alimentos por ‘tu’. Desde cedo ligados à culinária, os membros desta família orgulham-se de conservar saberes e sabores tradicionais. É neste espaço rústico e familiar que o visitante pode reavivar as papilas gustativas com pratos como bacalhau, polvo, cabrito, cozido à portuguesa, cabidela, bife à Pichel, entre outros. São vários os pratos confecionados a lenha e muitas as opções disponíveis. É possível acompanhar estes pratos com as sugestões vínicas apresentadas pelos simpáticos serventes. Com capacidade para receber mais de 140 pessoas, esta Adega Regional oferece, ainda,

reflete-se na satisfação da clientela que visita e volta a visitar, vezes sem conta. Quem experimenta as delicias da Casa Pichel, volta para repetir a experiência!

a possibilidade de usufruir de um serviço de take away.

EQUIPA

A Arte de Bem Servir São sete os elementos que compõem a equipa da Casa Pichel. Simpatia e atenção são serventia da casa. Extremamente eficientes, os profissionais desta casa não fazem o cliente esperar. O mote, segundo diz Williams Pichel, é que “os clientes são parte da família e são tratados como tal”. A nobreza do atendimento

Rua Terrafeita n. 534 campo - Valongo | Tlm.: 912 109 677 | Email: restaurantepichel@hotmail.com

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Espaço Único Perto da Igreja Matriz de Campo e com vista para o rio Ferreira, a Casa Pichel é um espaço que vale a pena visitar. Localizada numa zona privilegiada do concelho de Valongo, a Adega Regional - Casa Pichel conta com excelentes acessos e um parque de estacionamento privativo. Pelas suas características especiais, este espaço é visitado por clientes nacionais e internacionais. São clientes que se tornam habituais e que já fazem parte da família Pichel. Quem entra pela primeira vez neste espaço repara, imediatamente, na decoração original. Expostos nas paredes estão troféus de caça, fotografias de família, notas de várias nacionalidades e dizeres populares. O teto que cobre a Casa Pichel é semelhante ao de uma gruta. Sobre o bar, encontra-se um telheiro que confere um ar acolhedor ao espaço. Por isso, visitar e degustar as várias especialidades desta casa é uma experiência gastronómica excecional que não deve perder!


CENTURY 21 - PÓVOA DE VARZIM

CONFIAR NA EXPERIÊNCIA PARA SERVIR O PÚBLICO Lurdes Ferreira é a consultora imobiliária mais experiente na Century 21 poveira e a dedicação já lhe valeu uma carreira recheada na área, com uma boa carteira de colegas e clientes no coração. Os prémios são uma consequência natural de quem encara a tarefa de mediar imóveis com paixão.

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Olhar para o palmarés de Lurdes Ferreira faz-nos pensar que a profissional conta com décadas de experiência no setor imobiliário, mas só lá está desde 2014. Porém, trabalho é algo que sempre fez parte da vida da consultora, noutras áreas. “Comecei a trabalhar aos 13 anos porque não quis continuar os estudos”, recorda. Natural de São Pedro de Rates, freguesia da Póvoa de Varzim, e nascida e criada no seio de uma família numerosa, Lurdes Ferreira sempre esteve ligada aos negócios de família. Foi ali que encontrou trabalho depois de sair da escola. “A minha mãe tinha uma fábrica de confeções, em São Pedro de Rates, e eu e mais duas irmãs fomos iniciar esse negócio no qual não tínhamos conhecimento algum”, começa por descrever a atual e mais experiente consultora imobiliária da Century 21 Confiança da Póvoa de Varzim. De um total de oito irmãos, Lurdes aprendeu desde logo o que implicava manter um negócio. Primeiro no têxtil, depois na restauração, já que a família criou, entretanto, uma panificadora (padaria e pastelaria) em Viana do Castelo, tendo sido ali que teve a primeira experiência concreta em vendas. “Era balconista e tinha contacto direto com o cliente. Já era vender, mas de uma forma diferente”, diz. A necessidade de mudança radical na sua vida surgiu há poucos anos. “Era muito preso e tinha necessidade de algo mais. Na padaria, de vez em quando, iam lá jovens que tinham uma imobiliária, conversávamos e achava interessante. Daí o querer, pelo menos, experimentar”. A experiência acabou por se concretizar uns meses depois de sair do negócio familiar. Isto porque “quis ter pequenas experiências”, chegou a trabalhar em dois bares da praia, no verão, e foi trabalhar para um kartódromo onde pôs a sua veia comercial a funcionar, ao vender “bastantes senhas”. Há quatro anos e meio, Lurdes Ferreira chegou, através de contactos de amigos, à Century 21 Confiança, da Póvoa de Varzim. “Não sabia o que era trabalhar numa imobiliária, como era vender casas. Inicialmente, foi um choque térmico. Estava habituada a vendas em que as pessoas vinham ter comigo. Aqui é o contrário. Enfrentar a pessoa foi uma barreira que tive de ultrapassar, até porque sou uma pessoa algo reservada”. O início foi duro, mas a consultora tem resistido. “Vi muita gente a entrar e sair e fui ficando porque, neste tipo de trabalho, crescemos bastante como pessoas e profissionais. Temos uma aprendizagem tão grande e diária”. O que a prende à área é mesmo o “contacto com as pessoas, sejam colegas, sejam clientes”. Isso e o facto de estar ligada a uma das marcas mais prestigiadas no imobiliário. “Temos visibilidade local, nacional e internacional, através da nossa rede global, o que é uma mais-valia que nenhuma imobiliária tem. A formação na área também é uma constante, e podemo-nos mesmo considerar dos mais bem preparados e com a melhor formação do setor”. No início deste ano, foi considerada uma das melhores vendedoras da loja Century 21 da Póvoa de Varzim e em fevereiro recebeu, na convenção ibérica, o prémio Diamante por ter conseguido faturar mais de 100 mil euros por ano. Mas não foi só Lurdes a ser galardoada. Outros seis colegas receberam distinções do género, sendo que a loja poveira é a agência número 1 do norte da Century 21, a nível de faturação.

LURDES FERREIRA

“O gerente Rui Branco é um excelente mentor que temos. E tem um conhecimento muito grande na área imobiliária o que nos ajuda bastante”, frisa Lurdes, revelando que a equipa atual de 15 consultores tem por objetivo aumentar o número de elementos para o dobro. Enquanto isso não acontece, Lurdes Ferreira, com 45 anos, só tem uma explicação para o seu sucesso profissional: “tenho conhecido pessoas espetaculares. Os meus clientes são os melhores do mundo. Um cliente, muitas vezes, não fica só cliente. Isso é o que me marca mais”, exemplificando de seguida. “Tive uma cliente que, ao vender-lhe um imóvel, me disse: ‘Você tem a estrela consigo’. Ficou-me marcado”. Prova da confiança no seu trabalho é o facto de não atuar apenas na zona da Póvoa de Varzim e Vila do Conde. “A melhor publicidade são as pessoas. Se fizermos um trabalho bem feito, aplicarmos paixão em tudo e da forma mais profissional, o trabalho corre bem e as pessoas referenciam-nos a outras”, sintetiza Lurdes Ferreira. Ter começado a trabalhar aos 13 anos deu-lhe uma bagagem crucial para aguentar esta profissão “que é só para duros”. Recentemente teve de abrandar o ritmo, mas nada que a trave. “Tem de haver paixão, esforço, empenho, profissionalismo e tudo isso aliado à humildade. Isto é um trabalho de pessoas”, defende, deixando um apelo aos profissionais da área: “sejam mais humanos e menos materialistas. Porque trabalhamos com pessoas e para pessoas. É um negócio muito emocional.” Av. Mouzinho de Albuquerque 56 4490-409 Póvoa de Varzim Tlf.: 962 343 058 | Email: lurdesferreira@century21.pt

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LIMAPOLYS

FAZER A DIFERENÇA NUM DISTRITO DO CORAÇÃO Perto do mar e da capital de Viana do Castelo, a localidade de Amorosa conta com uma imobiliária que junta o melhor de dois mundos: o ambiente familiar e a modernidade. Pai e filho falaram à Portugal em Destaque do passado e do futuro da Limapolys.

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Seria de esperar que o amor de Serafim Teixeira pela Amorosa, em Viana do Castelo, tivesse nascido com ele, mas não foi o caso. Foi uma paixão que cresceu ao longo dos anos com este famalicense de gema. O antigo escriturário contabilista costumava passar férias naquela pequena localidade com praia, muito apreciada pelas famílias e pelos praticantes de surf e bodyboard, até que decidiu juntar o útil ao agradável. “O meu pai comprou cá um apartamento de férias há mais de 30 anos”, começa por contar Rui Teixeira, gerente e filho do fundador da imobiliária Limapolys, também ele natural de Famalicão e igualmente apaixonado pela Amorosa. Serafim, atualmente com 70 anos, começou por desfrutar da região como veraneante e depois como trabalhador. “Após uma formação profissional efetuada em gestão de empresas, despertou e motivou-me a mudar de área. Comecei como vendedor de uma empresa de construção até à criação da Limapolys”, disse o antigo escriturário. O sonho de ter a sua própria empresa, “onde pudesse concretizar a minha visão e as minhas ideias sobre o mercado imobiliário”, era antigo e concretizou-se ao fim de alguns anos de experiência no ramo. A escolha da localidade e da localização da loja foi mais que natural. “Na Amorosa conhecia bem o mercado, sabia como se trabalhava e senti o potencial de oportunidades que oferecia, sempre acreditando que podia fazer a diferença”, garante Serafim. E assim foi. Criou a imobiliária a 26 de novembro de 2003, juntamente com a empresa de construção para a qual trabalhava como comercial, tendo depois comprado a empresa e ficado como gerente. O nome Limapolys surgiu “da proximidade a Viana do Castelo, nomeadamente ao seu rio, o rio Lima. Daí o Lima do rio e o Polys de cidade”. Em 2006 entrou na equipa o Carlos Marques, que ainda hoje se mantém, “faz parte da família e muito contribuiu para a imagem de confiança e respeito que a Limapolys tem hoje”, afiança Rui. Já este, de 37 anos, veio para a Limapolys em 2014. Formado em Economia, quando decidiu abraçar este projeto, “sempre com o meu pai”, foi com o objetivo de dar um toque de modernidade.

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CARLOS MARQUES, SERAFIM TEIXEIRA E RUI TEIXEIRA

“O maior contributo que consegui dar foi atualizar a empresa para a exigência do mercado de agora. Antes o mercado funcionava de modo diferente, as pessoas vinham passear até à Amorosa e tinham conhecimento dos imóveis para venda. Atualmente, as coisas já se processam de forma diferente, nomeadamente através do uso da internet. Se não estivermos presentes digitalmente, é quase como se não existíssemos. Outrora, era tudo tratado manualmente e tivemos necessidade de informatizar tudo. Assim, conseguimos chegar um pouco mais longe”, garante Rui. Esse objetivo foi cumprido e a ligação entre pai e filho fortaleceu-se. “Trabalhar com o meu filho é muito positivo, há uma passagem da experiência e de conhecimento que depois é aplicado seguindo as novas exigências do mercado para as quais o meu filho está mais preparado”, reforça Serafim Teixeira. Estas mudanças fizeram com que o negócio se renovasse com sucesso. Tendo em conta que há anos o tipo de clientes que tinham eram veraneantes de agosto ou emigrantes e agora são jovens que procuram “bons imóveis com boa qualidade de construção para viver à beira-mar” e fugir das cidades, o futuro só pode ser risonho. No caso da Limapolys, conseguem essa projeção pelo foco que colocam na publicidade, no mundo digital e na loja física. “Procuramos sempre servir o cliente da melhor forma possível, respondendo e superando as suas expectativas e fazendo das suas preocupações as nossas. Com isto, criamos laços muitos fortes e duradoiros de amizade e confiança, que vejo como a nossa grande imagem de marca”, salienta o fundador. “Mudamos a loja e o design há pouco tempo. Fomos a primeira empresa em Viana a ter os expositores em LED em plena crise e teve resultado. São pequenas coisas que fazem a diferença. Em agosto, quando Amorosa está com mais de 90 por cento das pessoas que no inverno, as pessoas vêem que a empresa mudou, pensam que mexeu e vêm cá investir”, continua o filho. Quanto ao futuro, Serafim e Rui Teixeira ponderam a abertura de uma agência imobiliária em Famalicão, dependendo da evolução do mercado, querem continuar a “ser sempre uma referência” e deixam uma mensagem aos leitores. “As pessoas quando sentem que estão a fazer as coisas bem, têm que continuar e acreditar porque as coisas vão dar”, assegura o mais novo.


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