Edição nº.26

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Produtos distinguidos pelo prémio

Sabor do Ano 2017

Tradição que vem de longe Uma das maiores riquezas do nosso país reside no seu vasto património gastronómico, fruto da qualidade dos produtos alimentares que são fabricados a partir das mais genuínas matérias primas.

www.lactimonte.pt Morada Telefone Fax Email R. Escola Montemuro (+351) 219 758 120 (+351) 219 856 605 geral@lactimonte.pt Santo Estevão das Galés


GUIMARÃES A iniciativa “Guimarães Marca” é uma estratégia que visa a promoção industrial, cultural e turística de um território. O que se pretende é demonstrar que Guimarães contém em si mesmo uma marca que a distingue no património industrial e empresarial do concelho. O veículo é ele próprio, uma “marca”, um “selo”, que transporta o slogan: “Guimarães Marca”. Este projeto teve início em 2012, ano em que Guimarães foi capital europeia da Cultura. Em 2014, depois da criação da unidade orgânica Divisão de Desenvolvimento Económico, o projeto foi alvo de uma nova visão, com o intuito de melhorar o seu plano de ação no que concerne à promoção do tecido económico do Concelho, no panorama nacional e internacional, aglomerando, o prestígio da história da cidade à atividade industrial, que sempre caracterizou esta região. A mensagem a passar é a de Guimarães, enquanto território histórico, dinâmico, com infra-estruturas de qualidade, competitivo, de confiança e ousadia, de inovação e contemporaneidade, capaz de, através do símbolo, ser percecionado por cada um, em qualquer lugar como verdadeiro capital de excelência. Sendo por isso um território que acolhe bem o investidor, numa perspectiva de intensificar sinergias a nível global.

FICHA TÉCNICA | PROPRIEDADE: FRASES CÉLEBRES, LDA | DIRETOR: FERNANDO R. SILVA DIREÇÃO EDITORIAL: DIANA SILVA (REDACAO@PORTUGALEMDESTAQUE.PT) | CORPO REDATORIAL: GABRIELA FERREIRA, JOANA GONÇALVES, MARIA INÊS MOREIRA, MARIA JOANA, TERESA MATA, SARA FREIXO, SARA OLIVEIRA, VERA PINHO | OUTROS COLABORADORES: ANA MIGUEL LOPES, DIANA BARROS, JOANA QUINTAS, JORGE TEIXEIRA, MARTA BOTAS, TERESA MOREIRA, TERESA TEIXEIRA | DIREÇÃO GRÁFICA: TIAGO RODRIGUES SECRETARIADO: PAULA ASSUNÇÃO (GERAL@PORTUGALEMDESTAQUE.PT) | DIREÇÃO COMERCIAL: JOSÉ MOREIRA | DEP. COMERCIAL: EDUARDO NUNES, ISABEL BRANDÃO, JAIME PEREIRA, JOSÉ ALBERTO, JOSÉ MACHADO, LUÍS BRANCO, MANUELA NOGUEIRA, MARÍLIA FREIRE, PEDRO DUARTE (COMERCIAL@PORTUGALEMDESTAQUE.PT) | REDAÇÃO E PUBLICIDADE: RUA ENGº ADELINO AMARO DA COSTA Nº15, 9ºANDAR, SALA 9.3 4400-134 – MAFAMUDE / +351 223 263 024 | DISTRIBUIÇÃO: DISTRIBUIÇÃO GRATUITA E SECTORIZADA COM O JORNAL EXPRESSO / DEC. REGULAMENTAR 8-99/9-6 ARTIGO 12 N.ID | PERIODICIDADE: MENSAL | EDIÇÃO DE JANEIRO’18

ESTATUTO EDITORIAL: A Portugal em Destaque é uma edição mensal que se dedica à publicação de artigos que demonstram a realidade do país | A Portugal em Destaque é uma edição independente, sem qualquer dependência de natureza política, ideológica e económica | A Portugal em Destaque define as suas prioridades informativas por critérios de interesse às empresas nacionais, de relevância e de utilidade da informação | A Portugal em Destaque rege-se por critérios de rigor, isenção, honestidade e idoneidade | A Portugal em Destaque faz distinção entre os seus artigos de opinião, identificando claramente os mesmos e estes não podem confundir-se com a matéria informativa.

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DE GUIMARÃES PARA O MUNDO Promover o que Guimarães tem de melhor é o objetivo do projeto “Guimarães Marca” levado a cabo pela Divisão de Desenvolvimento Económico da Câmara Municipal de Guimarães. Em entrevista à Portugal em Destaque, Ricardo Costa, vereador do município, dá-nos conta desta iniciativa inédita no país, que afirma e promove o tecido económico e cultural do concelho. CÂMARA MUNICIPAL DE GUIMARÃES

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O projeto Guimarães Marca visa estabelecer “um fator diferenciador que é a marca Guimarães”, incorporando todo um capital de confiança que, advindo da sua história, se perpetua no presente e sairá valorizado no futuro. O vereador do Desenvolvimento Económico da Câmara Municipal de Guimarães, Ricardo Costa, destaca o objetivo de “integrar no projeto Guimarães Marca o valor da cultura que projetou Guimarães Património da Humanidade, com ampla notoriedade no espaço e no tempo e a inequívoca capacidade industrial existente no concelho. Pretendemos com estes elementos, de uma forma sinérgica, aumentar a competitividade do nosso território e das nossas empresas”, disse. De Guimarães para o mundo. É esta a filosofia do programa Guimarães Marca, segundo o nosso interlocutor. Através da afirmação e promoção do tecido económico e cultural do concelho, o município pretende, com este projeto, espalhar o selo “Guimarães Marca” pelos cinco continentes, ancorando este objetivo no vasto tecido empresarial da região. A iniciativa conta com um conjunto alargado de empresas que se associaram, desde o primeiro momento, ao projeto Guimarães Marca. “Este programa procura promover todo o tecido económico do concelho e potenciar o turismo cultural e industrial. Hoje em dia o made in Portugal deixou de ser uma vergonha e passou a ser uma qualidade. Com essa ideia por base, procuramos apresentar

RICARDO COSTA

e representar o território, desenvolvendo ações e eventos que distinguem e credibilizam quem ostenta o logo Guimarães Marca”, acrescenta Ricardo Costa. Guimarães é caso de sucesso na Heimtextil de Frankfurt Uma dessas ações aconteceu nos passados dias 9 a 12 de janeiro, na Heimtextil. Sendo o principal certame internacional na promoção do têxtil e da hotelaria, a Heimtextil realiza-se há mais de quatro décadas em Frankfurt, na Alemanha. Este ano, foram 83 as empresas portuguesas presentes, entre as quais 42 de Guimarães. No sentido de afirmar o projeto Guimarães Marca junto dos participantes desta importante feira profissional, a Câmara Municipal de Guimarães, através da Divisão de Desenvolvimento Económico, fez-se representar, pela segunda vez consecutiva, com um stand no evento. O espaço vimaranense foi, assim, um ponto de encontro das empresas que aderiram ao programa Guimarães Marca, que pretende afirmar e promover o tecido económico e cultural do concelho: “Queremos mostrar aos empresários que estamos com 6 | PORTUGAL EM DESTAQUE

eles naquilo que for necessário”, sublinha o vereador Ricardo Costa. Saliente-se que das 42 empresas presentes, de Guimarães – que se converteu na maior delegação portuguesa presente na feira –, 16 já possuem o selo Guimarães Marca. Segundo a organização, cerca de 70 mil visitantes, incluindo representantes do comércio retalhista e grossista e da indústria hoteleira, designers, decoradores de interiores e arquitetos, puderam capturar a criatividade e imaginação que envolveram a edição de 2018 da feira internacional de têxteis-lar. De modo a dar continuidade a esta onda de popularidade da qualidade vimaranense, em junho de 2018, a Pousada de Santa Marinha é palco da Home Fashion Week, evento que em 2017 recebeu cerca de 200 pessoas. Gala distinguiu o melhor das empresas de Guimarães “O tecido empresarial de Guimarães recomenda-se”. Esta foi a nota deixada no passado dia 18 de janeiro pelo júri da primeira “Gala Guimarães Marca”, outro importante evento promovido pelo projeto Guimarães Marca, que distinguiu as empresas vimaranenses que mais se destacaram em diversas categorias. Numa noite em que foi enaltecida a capacidade empreendedora existente no concelho, através de uma mensagem exibida em vídeo, o Ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, felici-


tou os empresários e realçou que o projeto “Guimarães Marca é uma marca para a cidade e uma mais-valia para o país”. O evento juntou os membros aderentes ao Guimarães Marca, sendo revelados os prémios atribuídos por uma equipa de jurados composta por Joana Garoupa, diretora de Comunicação Institucional da Galp, Joaquim Lima, diretor geral da APCOR – Associação Portuguesa de Cortiça, Patrícia Canané, diretora técnica e consultora sénior em mercados e internacionalização na ABS Consulting e Carlos Paz, professor no ISEG – Instituto Superior de Economia e Gestão. Durante o evento, Ricardo Costa congratulou-se com o dinamismo do tecido empresarial vimaranense, “um dos mais expressivos em Portugal, contando com mais de três mil empresas a operar em áreas tão distintas como o têxtil-lar, calçado, cutelaria, vestuário e cartonagem, entre outras, a nível nacional”. Por sua vez, o presidente da Câmara, Domingos Bragança, destacou o papel dos empresários na afirmação económica de Guimarães, aproveitando a ocasião para congratular as empresas acerca do seu

envolvimento em boas práticas cumpridoras dos deveres sociais, inclusivos e de sustentabilidade. Nesta primeira edição da “Gala Guimarães Marca” foram premiadas as seguintes empresas e personalidades: *Exportação - AMF Safety Shoes *Inovação - Solinhas *Internacionalização - Apertex *Qualificação - Lameirinho

*Investimento - JF Almeida *Sustentabilidade - Guimarpeixe *Inclusão Social - Cutipol e SMSA Sebastião Martins *Personalidade - Rui Reis *Revelação do ano - Pé de Chumbo Um dos jurados, a consultora em mercados e internacionalização na ABS Consulting, Patrícia Canané, não tem dúvidas em destacar a “pujança” das empresas de Guimarães, nomeadamente em áreas como o calçado, têxtil e cutelaria. “Avaliámos vários critérios, desde os resultados financeiros, como comunicam e a imagem que têm lá fora. E sem dúvida que Guimarães está bem representado com as empresas que tem”, frisou, apontando para os bons resultados do setor empresarial, a aposta na qualidade e a cooperação com as universidades. Já o presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança, aproveitou o ensejo para deixar o desejo de que a comunidade empresarial se envolva cada vez mais na potenciação de todos os recursos de Guimarães. O edil lembrou que “estamos a presenciar uma quarta revolução industrial, que é a convergência do digital, físico e biológico” e desafiou a que cada empresa tenha mais consciência para a ecologia. Com vários momentos de dança, ginástica, música e pintura, houve tempo para destacar ainda a Refood Guimarães – projeto que visa combater o desperdício alimentar – que se juntou à Guimarães Marca ¬ e que recebeu o desperdício proveniente do jantar de gala. Outros projetos de sustentabilidade, como a segurança rodoviária, campanhas de consciencialização do consumo de álcool e caminhadas solidárias temáticas mereceram um relevo especial. “Quanto mais competitivo e atrativo o nosso território for, mais competitivas são as nossas empresas”, concluiu Ricardo Costa.

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ONDE ENCONTRARÁ O SEU LAR A Remax Vitória nasceu em Guimarães e já se expandiu para outras duas cidades (Santo Tirso e Trofa). Filipe Carvalho, broker, explicou-nos o segredo do sucesso desta imobiliária e o que está a ser feito para enaltecer a cidade vimaranense. REMAX VITÓRIA

em baixo e algumas imobiliárias tiveram de fechar portas. Esse percurso de crescimento deve-se sobretudo à nossa proximidade com o cliente, ao profissionalismo dos nossos agentes e às ferramentas únicas que temos. Acabámos de lançar o Aprendiz de Vitorioso, um programa de formação para novos agentes. É único e tem o carimbo da Remax Vitória. São iniciativas como estas que nos permitem dar o melhor e servir melhor os nossos clientes.

FILIPE CARVALHO

Como surgiu o grupo Remax Vitória? Surgiu no ano de 2005, com a abertura da primeira loja em Guimarães. Em julho de 2006, eu entrei para a Remax Vitória como agente. Em março do ano seguinte, assumi funções de gestor de processos, em 2008 de gestor de equipa e já em 2010 era diretor comercial. Em 2011 tornei-me sócio minoritário da empresa. No ano seguinte, em 2012, a Remax Vitória adquiriu a Remax Ave, agora Remax Vitória 2, em Santo Tirso e no ano seguinte adquiri a totalidade da empresa. Já em 2016, abrimos a terceira loja na Trofa: a Remax Vitória 3. Este percurso demonstra que na Remax todos têm a oportunidade de progredir e chegar onde quiserem. Que valores defendem e com que espírito de missão tem sido levado este projeto? Os valores são muito importantes para nós. São a base da nossa empresa e são seguidos por todos os colaboradores. Dedicação, profissionalismo, atenção ao cliente, aprendizagem e ética são os valores que nos movem. A nossa missão é fazer clientes felizes para toda a vida. O que distingue a Remax Vitória de outras agências imobiliárias? Com base nos nossos princípios, para além da máxima dedicação e empenho, estamos sempre a inovar e a acrescentar novas formas de promover os imóveis dos nossos clientes, nisso somos pioneiros. Utilizámos desde visitas virtuais, drones, filmagens profissionais, e contamos com uma equipa que é composta por várias especialidades, desde a parte administrativa à solicitadoria. Connosco o cliente tem a garantia de um serviço prestado por pessoas qualificadas e que zelam pelos seus interesses. Temos uma equipa com mais de 50 elementos que, diariamente, trabalha para satisfazer os clientes. Como tem sido o percurso da Remax Vitória? Tem sido um percurso de crescimento, incluindo a altura em que todo o mercado estava 8 | PORTUGAL EM DESTAQUE

Como vê a evolução do mercado imobiliário na cidade de Guimarães? Está a acompanhar a média nacional de crescimento. Eu espero, e os nossos estudos apontam nessa direção, que haverá um crescimento da procura em 2018 que se prolongará até 2019. A construção que se vê é a prova disso. Há, também, uma maior procura do mercado estrangeiro, felizmente. Digo felizmente devido à forma como os vimaranenses me acolheram e à grandiosidade desta cidade magnífica, a qual merece mais. Tem uma diversidade incrível e os estrangeiros também se começam a render a à cidade que nos deu o país. De que forma a Remax se tem ajustado ao mercado e, atualmente, com que mercados trabalha? Qual a tendência? Fomos a primeira imobiliária a ter uma equipa de marketing a trabalhar para nós, continuámos a ser únicos na promoção e divulgação dos nossos imóveis, fomos os primeiros a apresentar visitas com drones, temos a melhor formação de Portugal (pela Remax Vitória já passaram nomes como Pedro Vieira, Adelino Cunha, Paula Rocha, Massimo Forte, Alexandre Monteiro, entre outros). Estamos sempre a aprender e a evoluir. É a única forma de satisfazer o nosso cliente. Trabalhámos e temos agentes especializados em todos os mercados. A tendência continua a ser os apartamentos no centro até aos 150.000 euros e as vivendas na periferia pelos mesmos valores.


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Recrutamento e formação: de que forma são feitos, qual a importância e que facilidades ou dificuldades sente no recrutamento? O recrutamento para nós é fundamental. São essas pessoas que nos vão representar. Todos os que são recrutados passam por um processo para serem aceites. Têm a formação da Remax Portugal e têm a formação da Remax Vitória, que inclui todas as áreas. Na Remax Vitória, como já disse, temos e já passaram por cá vários formadores. Acreditámos que ou estamos a aprender ou estamos a regredir. Além disso, têm a nossa formação interna: tanto eu como os diretores comerciais somos formados em coaching, programação neuro-linguística, linguagem corporal e outras áreas que nos permitem servir melhor o cliente e passámos essa informação aos nossos agentes. Como vê o setor imobiliário, neste momento, em Portugal? Vejo-o em crescimento. Vamos ter mais dois anos de crescimento. Felizmente as coisas não estão a ser feitas na mesma medida que foram no passado e isso está a promover um crescimento sustentável. Como perspetivam o futuro? Novos projetos? Vitorioso. Queremos aumentar a equipa

para mais e, assim, melhor servir os nossos clientes. Já abrimos a nossa academia de formação, mas vamos aumentar a mesma este ano. Já lançámos o Aprendiz de Vitorioso e, brevemente, teremos a Feira de Imóveis que será, realizada no norte de Portugal pela primeira vez. Temos outras iniciativas que vão acontecer em breve e vão enaltecer a cidade, mas ainda não é a hora de as divulgar. Vamos abrir um departamento apenas dedicado ao crédito imobiliário, desta forma antecipando-nos no que irão ser as alterações na lei e servir melhor o cliente também. Vamos continuar a apostar na melhor coisa que temos: os nossos agentes. São eles que fazem e se dedicam, diariamente, aos nossos clientes. PORTUGAL EM DESTAQUE | 9


VÁRIAS OPÇÕES GASTRONÓMICAS, A MESMA EXCELÊNCIA O Grupo Migas é constituído por quatro espaços que em comum têm mais do que uma refeição, um serviço de excelência, profissionais competentes e momentos de convívio que, certamente, não esquecerá. GRUPO MIGAS

Com construções minimalistas, mas ao mesmo tempo requintadas e simples, conjugando a tradição com a inovação gastronómica internacional, este grupo de restaurantes, bares e café concerto, aposta na qualidade dos seus serviços e no bem-estar dos seus clientes guiados pela qualidade premium dos ingredientes e pela experiência dos seus recursos humanos.

Com quatro espaços na cidade de Guimarães – Migas Churrascaria Brasileira, Restaurante Vila Flor, Restaurante/Take-Away Migas de Pão e Restaurante/Bar ForMigas, o Grupo Migas canalizou ainda toda a experiência conquistada em mais de 25 anos na arte de bem-servir para a sua própria empresa de catering. Para além de atuar nos mais diversos espaços para eventos em Portugal, também presta serviços em casa dos

clientes, estando presente nas celebrações e momentos mais importantes, tais como casamentos, batizados, congressos, jantares de gala e demais eventos familiares, sociais e empresariais. Profissionais altamente competentes aliados à experiência desenvolvida ao longo dos anos permitem que o Grupo Migas ajude a encontrar as melhores soluções para cada evento, da decoração à multimédia e à animação, criando o ambiente perfeito. Conheça agora cada espaço do grupo Migas: Migas Churrascaria Brasileira Aliando a proximidade e influência mútua das culturas portuguesa e brasileira, no restaurante Migas Churrascaria Brasileira a carta tem sabor a Brasil. Neste espaço, são especialidade a carne suculenta na brasa, a famosa caipirinha e a tradicional picanha brasileira. Num espaço descontraído e informal, que não perde o requinte, este é o cenário ideal para partilhar momentos com a família e amigos, numa refeição longa, de boa comida e conversa.

Vila Flor Em pleno coração histórico da cidade, este 10 | PORTUGAL EM DESTAQUE

restaurante é tão conhecido pela sua culinária como pela sua localização, inserido no Centro Cultural Vila Flor (CCVF), um espaço ímpar de arte e cultura do país. Inspirados na arte que se cria e transmite no CCVF, a carta do Vila Flor baseia-se no melhor da gastronomia tradicional portuguesa acrescentando-lhe um toque de irreverência. Neste espaço destaca-se a carta de vinhos cuidadosamente selecio-


nada e harmonizada com cada prato. Amplas janelas de vidro emolduram o jardim e os pormenores de decoração do design de interiores conferem requinte e charme ao espaço. Com equipamentos multimédia altamente modernos, o Vila Flor é o espaço ideal para eventos corporativos e jantares sociais de grupo.

Migas de Pão De design moderno e cores quentes, aliados a um espaço pequeno de lugares só de balcão, o Migas de Pão propõe um serviço alternativo em pleno centro da Cidade de Guimarães. Saborear a comida tradicional portuguesa, principalmente a minhota, num ambiente tranquilo, mas ao mesmo tempo com um serviço rápido a preços acessíveis com uma variedade de cinco pratos diferentes diariamente, ou então degustar, usando o serviço de take-away e de little-catering. ForMigas Em pleno Parque da Cidade de Guimarães, o ForMigas recupera o conceito de bon vivant – da carta, à localização e decoração. À sua espera estará um menu de base mediterrânea cuidadosamente desenvolvido e testado, no qual sobressaem as pastas e peixes frescos e, ainda, um sushi bar. Um espaço harmonioso e vistoso totalmente envidraçado que exponencia o contacto com a natureza e abre portas para um elegante deck de madeira no jardim. Um espaço para quem gosta das coisas boas da vida. Na sua memória ficarão a frescura dos ingredientes, o design dos pratos e a paisagem envolvente.

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E.LECLERC LORDELO-GMR A PRIVILEGIAR A QUALIDADE LOCAL Em Portugal, o E.Leclerc encontra-se desde 1995 em atuação. A loja de Lordelo de Guimarães está aberta desde 2002, sempre com o intuito de “colocar o cliente no centro do projeto”. A empresa tem cerca de uma centena de colaboradores, dos quais 70% estão na empresa há mais de 10 anos, muitos desde a abertura do hipermercado. Esta continuidade da equipa permite que se crie uma família entre colaboradores e que haja uma proximidade com os clientes fiéis ao longo dos anos. E.LECLERC LORDELO-GMR

ALIANÇAS LOCAIS

É um espaço que oferece uma vasta gama de serviços e produtos aos seus clientes. Com os consumidores, empreendedores e os colaboradores no coração do negócio, o E.Leclerc Lordelo-GMR aposta essencialmente na cultura portuguesa. Essa aposta encontra-se na variedade de produtos portugueses presentes nas diversas secções do hipermercado, dando especial importância aos produtores locais. De destacar a vasta garrafeira com alguns dos melhores vinhos portugueses, pois Portugal é conhecido pelos vinhos de qualidade, com diversos prémios internacionais atribuídos.

diários, tem possibilitado a expansão da marca. É esta ideologia de preços baixos que faz parte do ADN da insígnia E.Leclerc, e tem marcado a atuação deste hipermercado na comunidade. É importante, acreditam os fundadores da marca, “dar aos consumidores uma melhor perspetiva sobre o universo do consumo, da sua evolução e inovações”. Seguindo esta filosofia do grupo, Fabrice

salienta a importância de contribuir para a região envolvente do E.Leclerc Lordelo-GMR, no apoio a instituições e coletividades locais, bem como promovendo os produtores e produtos locais, e proporcionando parcerias com empresas locais. Um espaço com tudo para oferecer “Um conceito diferente que surgiu pelas necessidades e que permitiu que nos diferenciássemos no mercado”, conta Fabrice acerca do Leco Park – parque infantil coberto com cerca de 300m2. Ideia que surgiu do facto “do fim de semana serem dias em que normalmente os pais querem estar e ter bons momentos com as crianças”. O parque conta já com dois anos e tem-se “revelado um sucesso”. Tem, também, sido palco de muitas festas de animação, recebendo várias escolas e infantários ao longo do ano. Em 2008 marcou-se uma fase importante neste hipermercado com a expansão da superfície comercial e inauguração do novo conceito – Brico E.Leclerc Lordelo-GMR. Neste espaço os clientes podem encontrar uma grande variedade de produtos: construção, madeiras, jardim, ferramentas, entre outros. Este é um espaço em que a procura é mais sazonal: Aquecimento, Natal, Jardim e Piscina.

Fundação marcada pela acessibilidade A fundação dos centros E.Leclerc remontam a 1949, com Édouard Leclerc. Acreditando que o espaço deve estar ao serviço das pessoas e promovendo a integração na sociedade, a marca tem tido esta política de ação durante mais de 50 anos. A democratização do consumo permitiu aos clientes da empresa ter acesso a bens correntes, a preços acessíveis. “Comprar o mais barato possível para vender o mais barato possível”, era esta a fórmula e a crença de Édouard E.Leclerc – a compra direta aos produtores, evitando, assim, os intermeFABRICO DO PRÓPRIO PÃO

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PARQUE INFANTIL - LECO PARK

Com a expansão da superfície comercial, também a Galeria Comercial aumentou, com a abertura de novas lojas, com diferentes conceitos: cabeleireiro, mobiliário, têxteis, petshop, cafetaria, restaurantes, ourivesaria, moda bebé/senhora e homem, perfumaria, agência de viagens e ainda um espaço saúde e bem-estar com clínica, parafarmácia e spa. Torna-se, por isso, um espaço comercial onde os “clientes podem encontrar um pouco de tudo”. Um outro conceito deste espaço consiste no posto de combustível, lavagens auto e um parque de estacionamento coberto, proporcionando um maior conforto aos clientes.

origem dos produtos que compram. A par desta iniciativa, o E.Leclerc Lordelo-GMR realizou uma outra visita envolvendo os seus clientes. Mas, desta vez, com um produtor de carne de novilho, em que os produtos estão identificados no hipermercado com o símbolo “Alianças Locais” A equipa de gestão do espaço comercial tem vindo também a desenvolver outras ações de modo a incluir a comunidade nesta superfície: visitas no próprio centro comercial – denominadas “Manhãs Portas Abertas” – no qual os clientes têm acesso aos “bastidores” do hipermercado. “As pessoas ficaram ad-

miradas com a área do espaço dos bastidores que é quase tão grande como o da loja”, salienta. Uma grande aposta desta insígnia comercial passou pelo desenvolvimento da sua própria gama de produtos biológicos. É nesse sentido, que surgiram duas marcas próprias. A Biovillage que abrange todos os produtos biológicos alimentares e a marca Bionaia que engloba os produtos de cosmética, estética e perfumaria. Responsabilidade social presente nas iniciativas da marca A empresa tem apostado na era digital. O

A aposta na confiança dos produtores locais O Hipermercado estabelece protocolos com produtores locais, tendo realizado uma parceria com um produtor de uma estufa. Esta apresenta 5000 m2 de estufa coberta e 5000 m2 exteriores, produzindo todo o tipo de legumes para o espaço comercial, de acordo com a sazonalidade dos produtos. Esta parceria surgiu com o intuito de disponibilizar para o consumidor produtos frescos com a máxima qualidade. Os produtos vêm diretamente do local de produção para o hipermercado, sendo colhidos apenas horas antes da entrega, dispensando intermediários. O E.Leclerc Lordelo-GMR é também muito conhecido entre os seus clientes por tomar grandes iniciativas que assumem sempre com grande dinâmica e transparência. Uma dessas iniciativas passou por levar alguns dos seus clientes a conhecer a estufa e a PRODUTOS BIO

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“Um elemento facilitador entre os empresários e a Câmara”

EVENTOS

E.Leclerc Lordelo-GMR está presente nas redes sociais, realizando algumas iniciativas ao longo do ano. Animações no centro comercial nas épocas festivas são garantidos, pois como realça a equipa de gestão “não pretendemos que o E.Leclerc Lordelo-GMR seja apenas um local de compras, mas sim um local em que os clientes se sintam confortáveis, satisfeitos e animados”. Eventos entre empresas – como é o caso do torneio de Futsal que se realiza no Pavilhão Municipal de Lordelo, são uma aposta do E.Leclerc Lordelo-GMR nos últimos anos. Este ano decorrerá o III Torneio de Futsal Inter-Empresas, e é uma satisfação para a equipa de gestão, fazer parte de momentos de convívio e descontração em prol do desporto. E este ano realizar-se-á pela primeira vez, durante os meses de fevereiro e março, o Concurso Hiperchef Inter-Empresas que decorrerá nas próprias instalações do hipermercado, com a temática da Sustentabilidade, promovendo a Alimentação Saudável e os Produtos Regionais. O E.Leclerc Lordelo-GMR também se preocupa com a responsabilidade social, tendo por isso, participado em várias iniciativas. Uma delas foi a que realizou em parceria com o Laboratório da Paisagem de Guimarães, no qual, lançou um concurso de desenho com várias escolas cuja temática do concurso era a ecologia. No âmbito da candidatura de Guimaraes a Cidade Verde Europeia 2020, o E.Leclerc Lordelo-GMR associou-se ao projeto Guimarães Mais Floresta, contribuindo com 1500 árvores

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autóctones, que foram plantadas nos meses de março e abril de 2017, por todo o concelho de Guimarães. Na área da educação, estabeleceu protocolos com escolas da região e com a Universidade do Minho de Guimarães, proporcionando estágios na área comercial, bem como em estudos sócio-económicos. O Hipermercado tem sempre as portas abertas aos Bombeiros e aos escuteiros, tendo realizado uma campanha que decorreu durante um ano e no qual, foi oferecido aos Bombeiros de Vila das Aves um donativo de setenta euros, por cada tonelada de papel e cartão recolhido. Para além, desta campanha, são várias as vezes que apoiam os Bombeiros locais ao longo do ano. Apresenta ainda parcerias com várias instituições da Santa Casa da Misericórdia. A mais recente ação solidária do E.Leclerc Lordelo-GMR é a associação ao concerto solidário de Marco Génio: “Por um Bem Maior” e que se realizará no Pavilhão Multiusos de Guimarães. No entanto, a empresa vai mais além e realizou durante uma semana, no passado mês de Janeiro, uma angariação de bens alimentares, com o mote “Você compra, nós doamos” - cada cliente que comprasse um bem dos produtos assinalados, o E.Leclerc Lordelo-GMR doou outro bem. Em modo de final de conversa, Sofia Machado realçou que o sucesso desta empresa, reside sobretudo nas pessoas que aqui trabalham “todos se ajudam, mesmo que seja fora das suas secções”, todos trabalham em prol da evolução da empresa e do desenvolvimento da região.

Manuel da Costa Teixeira, presidente re-eleito para a Junta de Freguesia de Lordelo, em Guimarães, acredita que o trabalho tem que ser cada vez com maior competência pois a “fasquia está muito alta”. Com a “maior vitória nos últimos 20 anos”, conta, em entrevista à Portugal em Destaque, que a “relação de proximidade e colaboração com a Câmara Municipal de Guimarães”, tornam o trabalho mais eficaz. Contando com cerca de 5.000 habitantes residentes e “sendo uma das maiores do concelho”, a freguesia de Lordelo agrega “indústrias de grande dimensão, quer a nível nacional quer internacional. Temos aqui várias empresas de vários setores, a nível mundial”, sendo por isso um motivo de orgulho para a vila de Lordelo. A Junta de Freguesia tem procurado “manter

um papel ativo e uma relação estreita” entre os empresários e autarquia, tornando-se, assim, “um novo elemento facilitador”. Manuel Teixeira acredita que “nós temos o poder de levar cada iniciativa dos empresários, até ao poder que o ajudará, caso nós não o consigamos fazer”. Sentindo a necessidade de

“apoio à população envelhecida”, a Junta de Freguesia tem desenvolvido projetos para auxiliar os séniores. “Criámos a ginástica sénior e temos, por aula, cerca de 100 pessoas”, realça, confessando a “surpresa que sentimos pois não estávamos a contar com esta adesão ”. “Não é só pelo exercício, é sair de casa e conviver com pessoas, que é importante”, conclui. Os projetos previstos e apresentados à população, nomeadamente requalificação da centralidade e forte intervenção no parque de lazer, marcarão por certo o mandato 2017/2021.



ALENTEJO ESPECIAL FEIRA DO QUEIJO CONGRESSO DAS AÇORDAS A tecnologia artesanal do queijo tem grandes tradições no Alentejo, onde, desde sempre, desempenhou um papel de grande importância económica. O Queijo de Serpa, com denominação de origem desde 1994 e denominação de origem protegida desde 1996, é possivelmente o queijo tradicional de maior fama no Alentejo, sendo o seu singular aroma e sabor parte fundamental do património cultural do Baixo Alentejo e em particular do concelho de Serpa. Realizada anualmente em Serpa e em finais de fevereiro, a Feira do Queijo do Alentejo pretende primar este emblemático produto do concelho a par dos outros produtos regionais de qualidade tais como os enchidos, o azeite, o vinho, o mel, o pão e as azeitonas. As tasquinhas, com os petiscos locais, têm presença forte neste certame onde também é presença imprescindível o cante alentejano. Por outro lado, o Congresso das Açordas, realizado em Portel, é um evento que pretende valorizar e divulgar um dos pratos mais característico, rico e variado da gastronomia alentejana – a açorda. Para além do colóquio, espaço de partilha e debate, sobre o nosso património gastronómico, é na Feira Gastronómica e de produtos regionais, que o visitante pode provar e deliciar-se com as “mil e uma” açordas que Portel tem para oferecer. Exposições, concursos, cante tradicional e fado preenchem os dias e as noites do Congresso das Açordas. Neste contexto, seguir-se-ão páginas repletas de motivos para que visite o Alentejo e participe nestes dois eventos emblemáticos da região.

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TERRA DE TRADIÇÃO E CULTURA O concelho de Serpa tem uma grande diversidade de paisagem e um importante património edificado, histórico e arqueológico, uma rica gastronomia e muitos produtos locais de qualidade: queijos – designadamente o famoso Serpa DOP - enchidos, azeite, vinho, entre muitos outros. Território de tradição e de cultura, destaca-se ainda a hospitalidade das suas gentes, o Cante Alentejano, Património da Humanidade, os Museus, a rede de percursos no concelho, e uma agenda anual de eventos para todos os gostos e idades. CÂMARA MUNICIPAL DE SERPA nente presença do património e a vincada identidade cultural do concelho numa ótica de salvaguarda e de formação permanente. Daí também termos avançado com um conjunto de projetos na área do turismo, como é o caso do programa Serpa- Terra Forte, com várias atividades de promoção, com destaque para a presença em Madrid, na FITUR de 2018, com um stand próprio e onde foi apresentado o vídeo promocional e guia interativo SERPA TOUR. A rede de locais de exposição e interpretativos está a ser desenvolvida e a obra dos Passadiços do Pulo do Lobo vai avançar este ano.

TOMÉ ALEXANDRE PIRES

Quais as principais linhas orientadoras para o atual mandato, enquanto presidente da Câmara? Em síntese, dar continuidade ao trabalho dos últimos anos, numa estratégia de desenvolvimento assente nos recursos naturais e patrimoniais e que tem como prioridade a qualidade de vida da população. O nosso objetivo é dotar o concelho de mais e melhores condições para quem aqui vive e trabalha e, em simultâneo, criar fatores de atratividade com base nos recursos terra e património, onde a agricultura e a agrotransformação são fundamentais, promovendo a atração de novos residentes, a fixação de pessoas e de investidores e, também, a atração de visitantes, porque o turismo é essencial neste processo.

A Feira do Queijo irá realizar-se de 23 a 25 de fevereiro, no Parque de Feiras e Exposições de Serpa. Qual a importância deste evento para a região? A Feira do Queijo do Alentejo, que se realiza há 17 anos sempre no final de fevereiro, é o maior certame económico do concelho e um dos maiores da região e que já está consolidado, contando com mais de 100 expositores e de 25 mil visitantes. Nesta feira para além do queijo, que representa cerca de metade dos expositores e onde participam produtores locais, regionais e nacionais, estão presentes muitos outros produtos, do vinho aos enchidos, passando pelas tasquinhas com gastronomia local, numa mostra da diversidade económica e da cultura e identidades locais.

Que medidas toma a autarquia para no âmbito do desenvolvimento económico? A nossa estratégia passa pelo apoio às atividades produtivas que valorizem os produtos endógenos, revitalizem o tecido económico, por projetos que criem emprego, que promovam a fixação de pessoas, num trabalho permanente de proximidade com as empresas do concelho e de promoção de um ambiente favorável ao investimento, com destaque para a Zona Industrial de Serpa e as Zonas de Atividades Económicas de Pias e de Vila Nova de S. Bento, onde cedemos lotes infraestruturados a preços simbólicos e que estão em fase de ampliação. Estamos também a trabalhar na requalificação do Parque de Feiras e Exposições de Serpa, na criação do Parque de Exposições de Vila Nova de S. Bento e no Parque Multiusos de Pias, sendo também de referir o Centro de Competências da Agricultura Biológica e dos Produtos em Modo de Produção Biológico ou a futura instalação de um Centro de Apoio à Inovação Agroalimentar. Quais são as iniciativas/atividades planeadas para promover Serpa? Qual a sua relevância? Os recursos devem ser todos mobilizados, capitalizando a permaPORTUGAL EM DESTAQUE | 17


BRINCHES, UM RECANTO ESCONDIDO NO ALENTEJO Em entrevista à Portugal em Destaque, António Travessa, presidente da Junta de Freguesia de Brinches, concelho de Serpa, conta-nos mais sobre a terra do azeite, da caça, do rio e da música. JUNTA DE FREGUESIA DE BRINCHES

O Alentejo está na moda e Brinches não é exceção e, por isso, encontra-se repleto de gente simpática e calorosa que o convidam a si, leitor, a visitá-la. Com 1.039 habitantes, situado a 38,5 quilómetros de Beja, Brinches destaca-se pelo azeite produzido pela Cooperativa Agrícola e pelo Rio Guadiana, ali tão perto, onde se banham imensas pessoas na época do verão. Aqui louva-se a Nª Sra. da Consolação, co-padroeira da terra, 15 dias após a Páscoa. A Nª Sra. das Neves é também aqui honrada durante o primeiro fim de semana do mês de agosto. Outro evento da terra é o ‘Guadiana em Festa’, que se realiza a 17 e 18 de junho nas margens do rio que dá nome à festividade. O mesmo onde se pesca o chamado peixe do rio, que delicia tanto residentes como turistas. Em termos de tecido empresarial, a Cooperativa Agrícola de Brinches e o Centro Social e Paroquial de Brinches empregam a maioria da população. O outro grande setor empregador é a agricultura. Ainda numa fase muito inicial o turismo começa a crescer, prova é que começam a surgir os primeiros espaço de alojamento local. A caça é também uma prática comum nesta zona que traz muita gente até Brinches. Musicalmente, a freguesia dispõe de Banda Filarmónica, infelizmente de momento parada, e do Grupo Coral e Etnográfico da Casa do Povo. A nível de coletividades podemos referir ainda a existência do Moto clube de Brinches. 16 anos muito positivos António Travessa é militante do PCP e eleito pela CDU, está no terceiro e último mandato, e ocupa o lugar de presidente. Na direção faz-se acompanhar por Carla Serra, secretária, e João Agostinho, tesoureiro. “Somos uma equipa muito boa, [eles] estão sempre disponíveis, reunimos com facilidade, estamos os três para o mesmo”, afirma o presidente. O gosto pela vida política, surgiu da influência paternal. “Ganhei o bichinho por causa do meu pai, ele pertencia à junta, comecei a gostar de participar e é, para mim, muito bom ter a oportunidade de desenvolver a freguesia onde nasci”. É um presidente próximo do povo, abordado todos os dias. “Por vezes as pessoas vêm à junta, marcam reuniões, mas nós tentamos resolver os problemas junto deles, na rua”, revela à revista. Estes últimos 16 anos em atividade são, para António Travessa, positivos. Além das pequenas obras e manutenções, foi construída uma casa mortuária, um centro cultural e feita a ciclovia. Se mais não foi realizado, não foi por falta de ideias, mas sim por dificulda-

ANTÓNIO TRAVESSA

des a nível financeiro, fruto dos cortes de financiamento feitos ao Poder Local por sucessivos governos, anos a fio. O presidente tem como objetivos concluir, ainda neste mandato, a construção do novo edifício da junta e o jardim que tem já alegrado a população brinchense. Tudo isto tem sido conseguido pela boa relação existente com a Câmara Municipal de Serpa, forte aliada no facultar de máquinas, equipamentos e pessoas. Esta parceria tem permitido a satisfação da população idosa, ajudando na realização de atividades para os mesmos, como aulas de ginástica, por exemplo. A malta jovem, por outro lado, tem vindo a ‘fugir’ da freguesia, fruto do problema do desemprego, baixos salários e precariedade. O presidente gostaria que daqui a dez anos pudesse ver Brinches com “mais jovens com trabalho, isso será fundamental para os ‘segurar’ cá”, para isso é fundamental que haja uma alteração de política, e que seja praticada uma política que ponha o nosso concelho a produzir, que crie postos de trabalho e que valorize os direitos dos trabalhadores, nomeadamente ao nível do salário e do seu vínculo de trabalho, de forma a garantir estabilidade e perspetiva de futuro. Além disso, o autarca gostaria que houvesse mais coletividades porque são estas que fazem a freguesia ser mais ativa. Num balanço pessoal, António Travessa considera que embora “difícil de conciliar a vida profissional e pessoal, a experiência enquanto presidente tem sido muito boa”. Prova de que o povo o admira é a já segunda reeleição.

Freguesia de Brinches Rua da Cruz, 2 freguesia.brinches@gmail.com Brinches, Beja, Portugal 284 805 133

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EM PROL DOS CEREAIS E AZEITE ALENTEJANOS Estando nós a realizar um trabalho em pleno Interior Alentejano, não poderíamos deixar de retratar e apresentar a Cooperativa Agrícola de Beja e Brinches. José Miguel Ribeiro é, desde há quatro meses, o gerente desta cooperativa e foi com ele que estivemos à conversa, por forma a ficarmos a conhecer um pouco mais sobre a atividade desenvolvida pela mesma. COOPERATIVA AGRÍCOLA DE BEJA E BRINCHES Miguel Ribeiro é perentório: “é benéfico trabalhar com os grandes grupos, porque temos a garantia de escoamento do nosso produto a um bom preço”. Em números, estamos a falar de cerca de 50 mil toneladas de cereais produzidos e comercializados por ano e na azeitona a produção mais do que duplicou no ano transato. “Embora a área de exploração de cereais seja menor conseguimos manter a quantidade, já relativamente à azeitona, com o Alqueva temos beneficiado da água e, por isso, temos mais produto com um preço mais competitivo no mercado”, afirmou orgulhoso o gerente da Cooperativa Agrícola de Beja e Brinches. Promoção de marca própria na Feira do Queijo do Alentejo, em Serpa A Flor do Alentejo, marca produzida e desenvolvida por esta cooperativa, estará em exposição e ao dispor de todos os visitantes do próximo grande evento que se irá realizar no Alentejo: a Feira do Queijo. Sobre este produto o nosso entrevistado teceu o seu comentário. “O azeite que produzimos, com os novos olivais mais bem tratados e regados que têm surgido, tem sido de cada vez maior qualidade e quase todos extra virgens”. Num futuro próximo, e tendo em conta o constante aumento de produção de azeitona a que se tem assistido, a Cooperativa Agrícola de Beja e Brinches prepara-se para aumentar a sua capacidade de receção de azeitona e de produção de azeite.

A Cooperativa Agrícola de Beja e Brinches resultou da fusão de duas cooperativas já existentes: a Cooperativa Agrícola de Beja e a Cooperativa Agrícola de Brinches. Esta fusão deu-se em 2008 uma vez que uma, a de Beja, se focava essencialmente em cereais e a outra, a de Brinches, em azeite. Assim, e como ambas se complementavam, resolveu-se unir esforços por forma a dinamizar as duas. Com cerca de 2.300 associados, esta entidade fornece diversos tipos de apoio a todos os que nela depositam a sua confiança, dos quais podemos destacar: o fornecimento de fatores de produção (como adubos e fitofármacos), a receção e transformação (quer dos cereais, quer das azeitonas) e ainda apoio técnico e submissão de candidaturas a apoios europeus. Produtos no mercado No que diz respeito ao azeite e aos cereais produzidos por esta cooperativa, o nosso entrevistado deixou o esclarecimento: “os cereais vendemos a granel para fábricas de moagem e rações ou até a cevada para as cervejeiras. Quanto ao azeite vendemos uma parte a granel, com a nossa marca e embalamos grande parte como marca branca para algumas cadeias de supermercados”. Sobre a parceria que desenvolve com o Grupo Jerónimo Martins, José

www.coopbejabrinches.pt geral@coopbejabrinches.pt Brinches Monte Acima,S/N | 7830 Brinches Tlf: 284 800 100 Beja Rua Mira Fernandes, nº2 | 7800 Beja Tlf: 284 322 051

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4 ANOS A ALAVANCAR OS PRODUTOS ALENTEJANOS Também o Intermarché de Serpa merece destaque nesta nossa edição, pelo apoio que constitui aos produtores alentejanos, na divulgação e comercialização dos seus produtos. Susana Nicolau Lopes e Pedro Lopes são os administradores desta loja e, em entrevista à Revista Portugal em Destaque, confidenciaram os pormenores do que tem sido esta aventura no grupo Os Mosqueteiros. INTERMARCHÉ SERPA alentejana”. De salientar que também os borregos comercializados por este Intermarché, e que dão mote a várias receitas alentejanas, são originários do Alentejo. O Intermarché de Serpa emprega cerca de 48 pessoas e assume-se como uma mais-valia para a região onde está inserida. Nesse sentido, o casal Lopes admitiu, em entrevista, colaborar com a Escola de Serpa, nomeadamente com os cursos profissionais, aceitando que vários alunos realizem na sua loja os estágios necessários para a conclusão dos seus cursos e possam, eventualmente, integrar esta equipa.

PEDRO LOPES E SUSANA NICOLAU LOPES

Susana Nicolau Lopes e Pedro Lopes formam um jovem casal, natural de Alcochete, que decidiu iniciar um negócio por conta própria. Ela é licenciada em Gestão e ele já trabalhava no grupo, portanto foi só dar aso ao desejo e concretizá-lo: “Foram 4 anos muito positivos e de franco crescimento e consolidação. Vamos aprendendo mais a cada dia que passa e as tarefas encontram-se divididas por forma a que cada um de nós tenha as suas responsabilidades sem entrar em confronto com o outro”, confidenciaram. Até agora, a principal dificuldade prende-se com a gestão dos recursos humanos: “Trabalhamos com 48 personalidades diferentes, com idades diferentes e expectativas de vida diferentes. Nós temos

que saber lidar com tudo isso e por vezes não é fácil”, acrescentaram. As formações e ferramentas disponibilizadas pelo grupo que integram foram uma mais-valia para que a adaptação fosse o mais fácil possível: “O Intermarché é um modo de vida. Tem uma caraterística muito peculiar: a vertente humana muito vincada. Somos um conjunto de várias famílias (cerca de 3 mil em vários países da europa) que lutam, diariamente, pelos seus sonhos”, afirmaram. A promoção dos produtos alentejanos “Quando cá chegámos existia apenas o trivial”, garantiram e, por forma a contrariar essa realidade, o casal Lopes introduziu na sua loja diferenciados produtos, tais como: queijos, queijadas de Serpa e azeite. A juntar a estes, encontram-se outras novidades: “O Alqueva permitiu que novos artigos fossem produzidos na região e, por isso, podemos encontrar na nossa loja nozes, romãs, tomate, melancia e melão de origem

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Mudança nos hábitos de consumo Também os hábitos de consumo dos portugueses foram tema de conversa: “Notamos alterações nos hábitos de consumo dos portugueses: o consumo de borrego

tem diminuído e o consumo de polvo tem aumentado. Também os espanhóis descobriram o nosso bacalhau e isso incrementou as vendas desse produto, em grande escala, nas passadas festividades. A par disso, o consumo de marisco aumentou significativamente”, concluíram. O Intermarché de Serpa que conta também com um posto de combustível, uma papelaria e uma lavandaria pretende “continuar a crescer, melhorando a qualidade do atendimento aos seus clientes”.



A PRIORIDADE SÃO AS CRIANÇAS O agrupamento de escolas n.º1 de Serpa oferece a educação pré-escolar e os 1º, 2º e 3º ciclos do ensino básico a 925 crianças/alunos. O esforço para fazer o melhor por cada um passa pela oferta de um projeto pedagógico de qualidade, diversificado e adequado às suas necessidades e interesses, a uma boa gestão orçamental e do muito ‘amor à camisola’ de quem ali trabalha. AGRUPAMENTO DE ESCOLAS N.º1 DE SERPA

ISABEL LOUZEIRO

A diretora, Isabel Louzeiro, está na escola básica de Serpa há mais de 30 anos e viu nascer os agrupamentos escolares. “Este agrupamento com sede na E.B. Abade Correia da Serra em Serpa, engloba ainda, a E.B. de Pias e as escolas do 1º ciclo e pré-escolar de Brinches, Vale de Vargo e Vales Mortos”. Trata-se de um Agrupamento que como qualquer agrupamento do país, também tem alguns problemas. “Um deles prende-se com a falta de pessoal não docente, sobretudo porque muitos se encontram ausentes por motivo de doença prolongada, outros que regressam ao serviço com muitas limitações e as características de cada uma das escolas e dos alunos que as frequentam requerem um acompanhamento permanente. Essa realidade é mais evidente quando existem crianças com necessidades educativas especiais de carácter permanente em todas as escolas e uma Unidade de Apoio à Multideficiência, que apoia 9 crianças do 1º ciclo. “Todas estas crianças pelas características/problemáticas que apresentam exigem a supervisão e apoio constante de um adulto, o que reduz automaticamente aqueles que estão disponíveis para outros serviços. Nos dois refeitórios servimos mais de 200 refeições por dia, sobretudo a crianças do pré-escolar e 1º ciclo, que necessitam de muita ajuda, por serem muito pequenos. É necessário uma gestão muito apertada de recursos humanos para se chegar a todo o lado”. Outro problema são as deslocações, muitas vezes inevitáveis, de professores entre as diferentes escolas, sobretudo entre Serpa e Pias (15 km), o que condiciona a elaboração, gestão e flexibilização

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dos horários, sendo que também não é uma situação fácil para esses docentes pelo desgaste natural que as mesmas implicam. A juntar à gestão de recursos humanos, há ainda a financeira que implica também uma gestão muito atenta e restritiva das verbas disponibilizadas pelo Ministério sobretudo, porque hoje em dia somos confrontados com a obrigatoriedade de responder a solicitações impostas pela tutela, como a elaboração e manutenção do Plano de Auto Proteção e outras, que implicam, por falta de pessoal especializado, o recurso a prestadores de serviços, cujos custos, ficam a expensas das próprias escolas. Concorremos a vários programas, projetos e concursos, alguns deles a nível internacional, precisamente para conseguirmos, ganhar mais competências formativas e uma aprendizagem mais rica e também para ter acesso a materiais e recursos que, de outra forma, dificilmente teríamos. A título de exemplo, integramos a Rede de Bibliotecas Escolares, os Clubes Europeus, os programas: Erasmus+, ECO-Escolas e PES. Concorremos a Concursos: ‘Ideias Inovadoras’, ‘Ciência na escola’ entre outros. Serpa e Pias têm uma realidade social difícil. Há crianças cujos pais não conseguem ajudá-las e outras que, por influências culturais, têm tendência para abandonar a escola. Por isso, este agrupamento tem uma turma PCA- Percurso Curricular Alternativo, e uma PIEF – Plano Integrado de Educação e Formação, – dois caminhos de estudo paralelos ao ensino regular, que permitem aos alunos terem um acompanhamento diferenciado, ao mesmo tempo que tenta mantê-los na escola: “Somos TEIP – Território de Intervenção Prioritária – o que nos permite ter algumas valências extras, nomeadamente uma psicóloga, uma assistente social, maior crédito horário para o desenvolvimento de ações do Plano de Melhoria e turmas mais pequenas. Também estamos a participar num novo projeto ‘Included’, que está a dar os primeiros passos no nosso país sob a coordenação/acompanhamento da DGE. É um projeto que pretende alcançar a inclusão através da educação e promover a transformação social e educativa da comunidade”. Representa mais um passo na inovação pedagógica no nosso agrupamento e na concretização do nosso grande objetivo que é o sucesso de todos os alunos e a sua inclusão”. A prioridade deste agrupamento escolar são as crianças, enquanto futuro de Serpa e do país e é por elas que, todos os dias, professores e funcionários dão o seu melhor”.


A ARTE DE APOIAR E CUIDAR EM PORTEL Para compreender a história da Santa Casa da Misericórdia de Portel (SCMP), no Alentejo, é preciso recuar 520 anos. Foi no ano de 1498 que surgiu “uma das 13 misericórdias que comemoraram os 500 anos”, recorda o provedor Jesuíno Rendeiro. Revelando-se “uma das mais antigas do país”, desenvolvendo ações de beneficência e assistência. Podemos realçar o Hospital da SCMP em 1976, e no ano de 1977 a aquisição da sede atual da SCMP com o propósito da criação de um Lar e Centro de Dia. SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE PORTEL Continuados Integrados (UCCI). A equipa da SCMP é constituída por cerca de 100 colaboradores, “quase tantos como os utentes” e ao longo dos últimos anos tem havido uma preocupação na integração de novos profissionais especializados “normalmente ligados à saúde” que complementam o trabalho desenvolvido na instituição. Os novos desafios em mente O serviço de apoio domiciliário é a resposta social na qual haverá por parte da instituição uma maior atenção no melhorar e inovar do serviço prestado. É nesta resposta social que se verifica uma menor alteração das rotinas de cada pessoa, uma vez que a população mais idosa não gosta de deixar a sua habitação”. “Não é apenas ir lá uma vez por dia”, acrescenta, “há a necessidade de individualizar este tipo de serviço indo de encontro às necessidades de cada utente”, salienta o provedor Jesuíno Rendeiro. JESUÍNO RENDEIRO

Após profundas obras de adaptação, remodelação de forma a criar todas as condições necessárias aos seus futuros utentes, ditou-se finalmente a 26 de setembro de 1986 a inauguração das referidas respostas sociais . Nos anos 80 foi inaugurada a Farmácia da Misericórdia, como forma de satisfazer as necessidades da população. Em 2012, a farmácia foi deslocalizada para um novo edifício, construído de raiz para o efeito, e que reúne excelentes condições para este tipo de atividade. Recentemente e, após a criação da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados RNCCI, a SCMP mostrou interesse em acolher este projeto. A existência de meios físicos e financeiros da instituição levaram a que o mesmo fosse uma realidade e em 21 de abril de 2009 foi inaugurado o edifício da UCCI de Portel. A SCMP é “reconhecida como a principal Instituição do concelho de Portel no apoio à população idosa” e por isso canaliza grande parte dos seus recursos físicos, humanos e financeiros para os serviços que tem disponíveis nesta área. Atualmente, auxilia mais de 120 utentes - 83 em lar, 20 no centro de dia (CD) e serviço apoio domiciliário (SAD) e ainda 23 utentes na Unidade Cuidados

Para o ano de 2018, a equipa de gestão da SCMP pretende desenvolver o processo de melhoraria das condições de acolhimento na Estrutura Residencial de Pessoas Idosas, dotando este equipamento de salas de atividades comuns a todos os utentes, bem como da possibilidade da criação de espaços adaptados a acolhimento de novos utentes. Pretende ainda promover conversações com a RNCCI no sentido de alargar o número de camas afetas ao equipamento existente, havendo para isso necessidade de efetuar algumas remodelações. “Este será um projeto que permitirá a sustentabilidade desta resposta social”, acrescenta. “Equipamentos de qualidade, formação dos cuidadores e acompanhamento individualizado das pessoas” são as principais preocupações do provedor. Com a consciência de que é importante “estarmos atualizados para conseguirmos ser a escolha das pessoas e das suas famílias”, finaliza.

500 ANOS DE HISTÓRIA AO SERVIÇO DA POPULAÇÃO Morada: Praça da República 1, 7220-397 Portel Telefone: 266 612 112

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DESCOBRINDO O MONTADO ALENTEJANO Samuel Pacheco cedo se apaixonou pelo Alentejo onde viria a morar e a investir em diversas atividades que atualmente dinamizam a região. HotelPor é o nome da empresa que se divide em três atividades distintas: o medronho, o turismo rural e a caça, atividades essas que acabam por se complementar ao longo do ano, permitindo que a empresa nunca suspenda a sua atividade. MUSEU DO MEDRONHO

SAMUEL PACHECO

Regresso à tradição do medronho O nosso entrevistado explicou que o Museu do Medronho surgiu depois de uma iniciativa sua: dinamizar a cultura do medronho, tão abundante e característica da região. “Era uma tradição e eu pretendi retomar esta atividade porque há muito medronhal aqui”, começou por explicar. Assim, e para tornar viável o investimento, em 2009 foram plantados 160 hectares de medronhal em linha, que permite uma apanha mais efetiva com um custo menor. Posteriormente, em 2014, foi finalmente inaugurado o mais recente ex-libris de Alqueva: o Museu do Medronho. “Este foi um projeto financiado pelo Turismo de Portugal e um dos objetivos foi trazer a Alqueva mais alguma atração para além da Barragem”, complementou. No Museu do Medronho é possível assistir a exposições permanentes que pretendem dar a conhecer o medronho bem como o seu ciclo de vida, valor econó24 | PORTUGAL EM DESTAQUE

mico, ecológico e florestal. Também conta com uma destilaria onde, com visitas programadas e na época do amadurecimento do fruto, é possível acompanhar e assistir às várias fases de produção do destilado (desde a apanha do fruto, à fermentação, destilação e engarrafamento). Por fim, e para que todos possam desfrutar do sabor deste néctar oriundo do medronho, encontra-se neste edifício uma garrafeira com as diversas aguardentes produzidas na destilaria do Museu. “Estamos a tornar o medronho num produto de mais-valia económica para o Alentejo”, assumiu. Situado em pleno montado, o museu permite também, através de passeios organizados, uma viagem pelo interior da Herdade de Monte Santos, habitat de uma enorme diversidade de espécies, e onde o ecossistema possui um grande valor paisagístico, biológico e económico confinado ao sul da Península Ibérica.

Turismo no espaço rural Na Herdade do Rio Torto, uma propriedade com 220 hectares, a vertente de turismo rural já foi iniciada em 2002, mantendo-se até à atualidade. “Trata-se de aproveitar as potencialidades da herdade, oferecendo um local aconchegante e com qualidade para a estadia dos nossos visitantes”, evidenciou. Assim, estão ao dispor 5 suites e 5 apartamentos, para todos aqueles que tenham Portel ou a região circundante como destino. Para Samuel Pacheco, “o Alentejo tem uma potencialidade enorme ao nível do turismo, mas faltam infraestruturas, dinamismo e mão de obra qualificada para se tornar num destino de excelência”. No entanto, aconselha a visita. “A nossa região é única, sabe receber bem, tem muitos pontos de interesse históricos e, por isso, vale a pena visitar-nos”, finalizou.


Venha conhecer o Alqueva , vá até ao paredão desfrutar de uma magnífica vista, passe pela aldeia conheça o parque das merendas junto às águas do Alqueva e como não podia deixar de ser uma visita ao Museu do Medronho onde também pode desfrutar de um safari pela Herdade.

A exposição

A destilaria

A aguardente

O Museu dispõe de uma exposição permanente que pretende dar a conhecer o medronho: uma caracterização da planta e do fruto, o seu ciclo de vida, valor económico, ecológico e florestal que terminará no processo de destilação do fruto e no seu produto - a conhecida aguardente de medronho.

Com visitas programadas e na época do amadurecimento do fruto, é possível acompanhar e assistir às várias fases daprodução do destilado: desde a apanha do fruto, à fermentação, destilação e engarrafamento.

As aguardentes de medronho produzidas na destilaria do Museu estão à venda na loja o ano inteiro. Pode, no entanto, prová-las e atestar da qualidade dos destilados antes de os comprar.

www.museudomedronho.pt Herdade de Monte Santos 7220-011 Alqueva - Portugal

Tel: 266 637 044 Email: geral@museudomedronho.pt

/museudomedronho


UM DOS MÉIS MAIS PREMIADOS DO PAÍS Dedicando-se à produção e comercialização de produtos apícolas, num negócio que já vai na quarta geração, a Mel Serra de Portel localiza-se na aldeia ribeirinha da Amieira, em plena Serra de Portel, no Alentejo. A empresa familiar, através de Francisco Malhadas (pai e sócio-gerente) e os dois filhos, Pedro e Luís Malhadas, referiu, em entrevista à Portugal em Destaque, como é que o negócio e a empresa têm evoluído com o passar dos anos. MEL SERRA DE PORTEL

A apicultura é um negócio bastante dependente das condições climatéricas. Abril é o mês fundamental. “A primavera é que dita a produção”. Francisco Malhadas explica que, de momento, a Mel Serra de Portel tem “cerca de mil colmeias” espelhadas pela Serra, “permitindo um valor médio aproximado de 25 toneladas de mel produzido”.

As abelhas e o passado centenário A história da Mel Serra de Portel remonta há, pelo menos, 100 anos, com o avô de Francisco Malhadas, que já detinha diversos cortiços. O pai, por sua vez, efetuou a migração de uma apicultura baseada em cortiços para uma apicultura moderna, permitindo uma maior mobilidade e capacidade produtiva. Na zona do Alentejo, “o meu pai foi um dos pioneiros nesta área”, afirma orgulhoso o nosso entrevistado. Mas, por razões de saúde, o pai de Francisco Malhadas, há cerca de 40 anos, ficou impossibilitado de acompanhar a atividade no terreno, tendo sido o filho, progressivamente a assumir a gestão do negócio, ainda que à data trabalhasse noutra atividade. A

entrada de Francisco Malhadas no negócio trouxe a profissionalização da atividade e a criação da empresa. “Aos meus 25 anos, tive que optar e dedicar-me exclusivamente à apicultura, cumprindo o desejo do meu pai”, confessa. Desta forma, algo que surgiu de forma imprevista, acabou por levar Francisco a “apaixonar-se pelas abelhas”. Os seus filhos, que neste momento já se encontram também integrados nesta atividade familiar, realçam que “não é só o trabalho e o fator económico em si, mas o entusiasmo que nos desperta o acompanhamento de todo o processo, desde a fase inicial, na primavera, até à fase final, que culmina na safra”. Segurança alimentar A Melaria encontra-se licenciada e tem implementado um sistema HACCP (Hazard Analysis and Critical Control Points). Desta forma, realça Francisco Malhadas, “qualquer entidade de supervisão, clientes e consumidores finais sabem que todas as normas de segurança alimentar são cumpridas e monitorizadas, ajudando no bom funcionamento de todo o circuito, desde a produção, embalamento e saída dos produtos para entrega final aos clientes.

Mel Serra de Portel Rua da Bica, n.º 1, Amieira 7220-110, Portel - Portugal T: (+351) 266 611 395 E: melserraportel@gmail.com www.melserraportel.pt

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A garantia de qualidade Ao longo das décadas, “os nossos produtos foram fidelizando os clientes e reforçando o nome desta marca, por via da garantia de qualidade associado aos mesmos, bem como pelo respeito que temos mantido nas nossas relações comerciais”, comprovado pelo facto da Mel Serra de Portel ter clientes que se mantém há mais de 30 anos. Este mel de rosmaninho tem sido premiado ao longo das décadas, tendo, por exemplo, obtido nos últimos anos diversos prémios de ‘Mel do Ano’ e ‘Medalha de Ouro’ na categoria de Mel de Rosmaninho. Os produtos da Mel Serra de Portel são comercializados em clientes distintos, na Grande Lisboa e no resto do país, sendo também alvo de exportação para alguns países da União Europeia.


AQUI PRODUZEM-SE OS QUEIJINHOS DE ÉVORA Em Oriola, uma aldeia do concelho de Portel, existe uma pequena zona industrial com duas empresas. Uma delas é a Queijaria Fialho e Valverde, conhecida por Queijaria de Oriola, que produz um dos sabores mais importantes deste concelho alentejano. QUEIJARIA FIALHO E VALVERDE E QUEIJARIA DE ORIOLA

Aposta na produção de leite A Queijaria de Oriola também tinha na sua panóplia de serviços a produção de leite de ovelha, no entanto, por questões alheias ao negócio essa atividade foi interrompida e pretende-se que seja agora retomada. “Tencionamos, ainda este ano, retomar essa vertente porque atualmente contamos apenas com o leite que compramos aos produtores locais”, evidencia a empresária. Nesta unidade são produzidos cerca de 2500 queijos por dia, todos feitos de forma artesanal e únicos no país como assume a nossa entrevistada: “é um produto que é feito exclusivamente aqui. Não há queijos iguais em mais lado nenhum. Estes queijos sabem a Alentejo”. Carmélia Valverde foi nossa entrevistada para esta edição e administra, juntamente o seu marido Hermenegildo Valverde, um negócio de fabrico de queijos artesanais. Emigrada na Suíça durante alguns anos, decidiu regressar à sua terra-natal e investir num negócio por conta própria. “Em pequena vendia queijos e enchidos com o meu pai na zona de Lisboa. Por isso, quando regressei, decidi iniciar um negócio que ainda não existia aqui: o fabrico de queijos”, começa por contar. A queijaria iniciou funções em 2000 e, por isso, celebra este ano a sua maioridade na produção de queijos de cabra, de ovelha e de mistura. “Produzimos os queijinhos pequeninos característicos de Évora”, elucida a nossa interlocutora. Queijos estes que podem ser encontrados um pouco por todo o Alentejo e em algumas zonas de Lisboa, nomeadamente em hotéis, restaurantes, casas de turismo rural e lojas Intermarché. Para os interessados, a Queijaria de Oriola encontra-se, também, representada todas as semanas em algumas feiras da Margem Sul. No que diz respeito à equipa com que conta diariamente para cumprir os objetivos a que se propõe, Carmélia Valverde – que conta já com o apoio da sua filha, Patrícia Valverde, na parte do controlo de qualidade – não poupa elogios: “Tenho boas profissionais a trabalhar comigo”, refere-se no feminino, visto tratar-se de uma equipa constituída, apenas, por mulheres.

O queijo de cabra está na moda Devido às suas propriedades (menos gordura e menos sal), o queijo de cabra é cada vez mais procurado e incrementado na nossa gastronomia. “Fazem-se saladas e pratos teoricamente mais saudáveis com este queijo”, conta-nos. Assim, razões não faltam para que, numa próxima visita ao Alentejo, se prove e comprove a qualidade deste verdadeiro queijo alentejano. “Estaremos presentes na Feira do Queijo do Alentejo, em Serpa, e no Congresso das Açordas, em Portel, e vamos aí divulgar e dar a provar os nossos produtos”, finaliza Carmélia Valverde.

Morada: Zona Industrial, lote 1 Oriola, Évora, Portugal

Tel: 962 556 472

Email: fialhoevalverde@sapo.pt

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A ARTE E SABER DOS QUEIJOS E ENCHIDOS Esmeraldo Miguel, gestor da Miguel & Miguel Transformação do Porco Preto S.A e da Queijaria Eira da Vila revela como transformou os pequenos negócios familiares em empresas em franca expansão. “Há cerca de 21 anos constitui a Miguel & Miguel Transformação do Porco Preto S.A “houve uma série que coincidências que levaram à criação da Queijaria Eira da Vila”. MIGUEL & MIGUEL TRANSFORMAÇÃO DO PORCO PRETO S.A E QUEIJARIA EIRA DA VILA

A Miguel & Miguel Transformação do Porco Preto S.A foi constituída há cerca de 20 anos, mas o negócio já vinha de outros tempos. Revele-nos como constituiu a empresa. A minha família sempre este ligada à produção e transformação da carne de porco preto alentejano e lembro-me de, em pequeno, a minha avó fazer queijos. Dei continuidade à atividade dos meus pais e há 21 anos constitui a Miguel & Miguel Transformação do Porco Preto S.A, o negócio cresceu e há 12 anos decidi apostar na exportação. Essa aposta veio dar ainda mais ímpeto ao negócio. A empresa já foi ampliada quatro vezes e prevemos continuar a crescer. Na altura que decide apostar na exportação quais foram os países-alvo? Comecei por apostar no denominado ‘mercado da saudade’, mas , atualmente, é um mercado muito pouco representativo. Exportamos para toda a Europa, Angola, Brasil, África do Sul e, mais recentemente, com a China. Quais as caraterísticas que distinguem a carne de porco preto alentejano? Existem algumas variantes criadas pela nova lei: o porco preto alentejano criado de forma intensiva. Esta denominação que gerou muita controvérsia entre os produtores e o governo, porque foi uma lei mal elaborada e denominada, porque a criação do porco preto não é, nem pode ser intensiva. Depois temos o porco preto alentejano de campo extensivo que é um porco criado com ração num regime extensivo e, por último, o porco bolota que é o animal que anda no montado, livremente, a engordar comendo bolotas. O porco bolota é o mais tradicional, tem mais qualidade e é o mais procurado uma vez que só existe de novembro a abril/março. Em que valores se encontra a capacidade de produção da Miguel & Miguel? A Miguel & Miguel está dividida em três setores: carne fresca/carne congelada, os enchidos e os presuntos. A soma destes três setores situa-se entre as 20 e as 30 toneladas por semana. Estamos representados em todo o país e a exportação levou, no ano passado, cerca de 50 por cento da nossa produção. Esperamos que 2018 seja um ano de crescimento das nossas exportações com a entrada da Miguel & Miguel no mercado chinês e ainda estamos a apostar no Japão e Canadá.

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ESMERALDO MIGUEL

A Miguel & Miguel, para além do sucesso que acaba de nos apresentar, levou à criação de outro negócio: a Queijaria Eira da Vila. O projeto do queijo começou pela Miguel & Miguel porque o cliente que compra o enchido também compra o queijo. Para além disso, houve uma série que coincidências que levaram à criação da Queijaria Eira da Vila: havia uma queijaria, num terreno ao lado da Miguel & Miguel, que estava encerrada e eu dizia, em forma de brincadeira, um dia ainda vou reabrir aquela queijaria! E um dia abrimos a fábrica. No primeiro ano, ajustámos a maquinaria, afinámos detalhes de produção e no terceiro alavancámos as vendas e participámos num concurso, em Paris, e ganhámos a medalha de prata, o que nos deu uma enorme visibilidade nos mercados internacionais. Produzimos os mais variados queijos de cabra e de ovelha, bem como o Queijo de Serpa DOP. A Queijaria Eira da Vila vai continuar a crescer? A fábrica já atingiu a sua capacidade máxima (transformamos 15 mil litros semanais) e vamos começar a construir uma unidade nova nesta zona industrial tendo em vista a exportação. Queremos apostar na produção do Queijo de Serpa DOP mas não há leite certificado suficiente para aumentar a produção. Nesse sentido estamos a preparar uma exploração para receber cerca de 500 ovelhas, o que nos permitirá aumentar a produção do Queijo de Serpa DOP.


O SABOR DA TRADIÇÃO PORCO PRETO ALENTEJANO

Miguel & Miguel, S.A.: Z.A.E. Lotes 34-36 • 7830-468 Vila Nova de S. Bento, Serpa • ALENTEJO - PORTUGAL • www.miguelemiguel.pt

QUALIDADE COMPROVADA

Queijaria Eira da Vila: Z.A.E. Lote 33 • 7830-468 Vila Nova de S. Bento, Serpa • ALENTEJO - PORTUGAL • www.queijariaeiradavila.pt


O POTENCIAL DA OLIVAIS DO SUL, S.A. A Olivais do Sul, S.A. é uma empresa portuguesa sediada há 12 anos na Herdade da Azambuja, Monte do Trigo, em Évora. A sua administração é composta por quatro sócios de nacionalidade espanhola, que decidiram investir em Portugal com o objetivo de fazer azeites de qualidade. Gabriel Varela, natural de Almodôvar, é o atual diretor industrial e foi com ele que estivemos à conversa por forma a conhecermos um pouco mais sobre esta atividade. OLIVAIS DO SUL, S.A.

Aposta permanente na qualidade “Produzimos azeite de máxima qualidade utilizando métodos de produção sustentáveis, respeitando o meio ambiente mediante a utilização da tecnologia mais avançada. Para se ter um bom azeite temos, principalmente, que ter um fruto de qualidade”, garantiu o nosso entrevistado.

GABRIEL VARELA

A Olivais do Sul, S.A. é uma empresa jovem, inovadora e especializada em olivicultura e produção de azeite virgem extra de alta qualidade. Nascida no centro do Alentejo, zona de excelência para a produção de azeite, produz e engarrafa azeite de elevada qualidade, recorrendo à mais moderna tecnologia de extração e aos requisitos que garantem a qualidade do produto obtido. Atualmente esta indústria explora três áreas de negócio principais: a produção de azeitona nas suas herdades (sob vários sistemas de produção e variedades), a obtenção de azeite em lagar próprio e a gestão de investimentos agrícolas na zona do Alentejo. “O balanço é muito positivo, já fizemos uma ampliação das instalações e apesar de o nosso principal mercado ser a venda de azeite a granel, neste momento também estamos a dinamizar a comercialização de azeite engarrafado, temos para isso projetado a ampliação da área de embalamento”, anunciou o porta-voz da empresa que já tem o seu produto a ser comercializado no grupo SONAE e em algumas empresas locais. A área de plantação de olivais encontra-se dispersa entre duas herdades que juntas ascendem os 650 hectares de área: a Herdade da Azambuja e a Herdade do Vale Morto. Desta feita, Gabriel Varela, afirmou que foi um bom ano de colheita: “O lagar está equipado com a mais alta tecnologia, tem capacidade para processar 30 milhões de quilos de azeitona e nesta campanha estimamos processar mais de 20 milhões de quilos de azeitona”, explicou.

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Os modernos métodos de produção agrícola permitem um aumento das colheitas ao mesmo tempo que se reduz a utilização de recursos naturais. Equipamentos em aço inox e tecnologia de ponta de indústria alimentar dão ao lagar qualidade e higienização. Os olivais estão abrangidos pelo sistema de Produção Integrada, garantia de uma produção sustentável. A constante monitorização das principais pragas, a otimização da fertilização, a manutenção de coberturas vegetais naturais para reduzir a erosão e aumentar a fertilidade do solo, são alguns exemplos das técnicas utilizadas pela Olivais do Sul, S.A. Sempre atentos à envolvente ambiental e recorrendo a técnicas de agricultura de precisão, a otimização do consumo de agua é também uma preocupação constante, principalmente em anos de seca extrema. Olivais do Sul, S.A. continua a manter as certificações: ISO 14001:2015 (Sistemas de gestão ambiental) e IFS (Requisitos para qualquer organização que opere nos mercados mais exigentes). As referências Olivais do Sul – Clássico, Gourmet e Gold podem ser experienciadas nas feiras especializadas da área e que se realizam na região do Alentejo, como o Congresso das Açordas que se irá realizar em Portel, no final do próximo mês de março.


APOSTA NA QUALIDADE GASTRONÓMICA DO ALENTEJO A Cozinha D’Aboim agrega o melhor da gastronomia alentejana num edifício carregado de história. Um dos proprietários, Gonçalo Vital, contou em entrevista à Portugal em Destaque, a história deste espaço que é o retrato da paixão de um engenheiro pela gastronomia e os vinhos da região. COZINHA D’ABOIM

GONÇALO VITAL

Gonçalo Vital com formação na área de engenharia encontrou neste espaço, “antigas cavalariças que faziam parte da casa principal”, uma oportunidade de negócio. Natural de Portel, região do Alentejo, apaixonou-se pela gastronomia e pelos vinhos da região. Esta seria a forma ideal de “manter a identidade do espaço, pois a cavalariça já existe há mais de 300 anos”. A requalificação do edifício surgiu em 2009, ainda antes da entrada do país na crise que se fez sentir durante os anos que se seguiram. Anos difíceis, mas que agora se traduzem “numa retoma e num crescimento positivo”, melhorando as expetativas dos empresários. “Mais pessoas e um maior consumo por pessoa”, acrescenta o proprietário da Cozinha D’Aboim, nome que se deve ao facto do restaurante se encontrar na zona histórica de Portel, perto do castelo e por ter sido a D. João Peres de Aboim que foi dado foral para o reedificar e fundar a população. O restaurante encerra à terça-feira e a reserva prévia é sempre aconselhável, face à lotação do espaço. Com a “traça original conservada na integra”, é de salientar a recuperação das “receitas antigas da mãe e da recolha feita por ela”, sempre trazendo “a inovação e melhoria de chef”. Se estiver por perto ou for passar uns dias a Portel, poderá aproveitar para saborear as açordas, as migas, o porco preto, os pratos de borrego e mais uma série de iguarias do antigo receituário regional que são as especialidades da casa. Nas entradas tenta valorizar-se o que de bom existe nesta região, tal como os enchidos de porco preto, cogumelos silvestres, espargos,

queijos, doces com frutos da época, etc.. Alguns “pratos inspirados pela chef” são também bastante recomendados pelo proprietário. Depois do prato principal, a melhor sobremesa para Gonçalo Vital pode ser escolhida de entre as seguintes: doces típicos, conventuais e receitas antigas tais como o pudim de abóbora, pão de rala, bolo de queijo e a tradicional alentejana sericaia com ameixa. A decoração ficou a cabo de uma designer de interiores, do arquiteto responsável pelo projeto e dos proprietários “tenta favorecer a bela arquitetura do espaço através dos mármores antigas existentes, da calçada portuguesa, da madeira, das vigas, isto é, de todos os materiais primários existentes”. O conceito do espaço baseia-se na celebre expressão de Mies van der Rhoe “menos é mais”, salienta Gonçalo Vital. Marta Pereira co proprietária e chef de cozinha, é enóloga de formação. A seleção dos vinhos é por isso entregue à, também, responsável da cozinha e abarca todo o Alentejo, ainda que “não seja possível ter todas as referências alentejanas”. Com clientes “cada vez mais informados e com perfeita noção do que estão a comer”, o restaurante Cozinha D’Aboim aposta na garantia de qualidade nos produtos que utiliza. A frescura é por isso um fator basilar para os proprietários, que não descuram a necessidade de estar sempre a par da qualidade. “Produtos silvestres de pessoas de confiança e produtos em hortas biológicas de produtores locais”: é desta forma que mantém a qualidade e excelência na confeção dos pratos tipicamente alentejanos. E porque perante a localização “não faria sentido tentarmos outra coisa”. Gonçalo Vital acredita que o Alentejo está, cada vez mais, na moda. A “valorização dos produtos tradicionais e o sossego que se sente na região”, aliados à “boa receção que se faz”, fazem do Alentejo uma zona atrativa e apelativa, quer a nível cultural, quer a nível gastronómico. Por tudo isto, caro leitor, a Cozinha D’Aboim é já um restaurante de passagem obrigatória.

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UM PARCEIRO ESTRATÉGICO A Caixa Agrícola está fortemente enraizada nas comunidades locais, com elevados indicadores de solidez, confiança, proximidade e modernidade, que constituem fatores de sucesso na relação de parceria com os clientes. Conversámos com José António Lampreia, administrador. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA DE BEJA E MÉRTOLA Qual a vossa perceção da realidade atual da economia? Relativamente à nossa região em particular, e muito principalmente no concelho de Beja, esse ambiente favorável é ainda reforçado pela capacidade que o empreendimento de Alqueva deu à região e pelos muitos projetos que foram apoiados pelo programa PDR2020. Todos estes fatores criaram um ambiente muito favorável e ajudaram inclusive a alavancagem de outros negócios, elevando o valor do produto interno da região para níveis nunca antes registados.

SEDE: BEJA

Considera que as agências da Caixa Agrícola de Beja e Mértola têm um forte papel na dinamização da região? Porquê? Esta Caixa desenvolve a sua atividade nos concelhos de Beja e Mértola. Como sabemos, as principais atividades desenvolvidas nestes dois concelhos, estão ligadas ao setor primário. Como também é do conhecimento geral, o Crédito Agrícola, teve a sua génese ligada à actividade agrícola. Essa simbiose permitiu criar ao longo dos anos, soluções que fossem ao encontro das necessidades sentidas por esse tipo de clientes, o que hoje, numa fase de forte crescimento do investimento nestas atividades, faz de nós parceiros primordiais dos empresários que desenvolvem a atividade nesse segmento, contribuindo de forma decisiva para a dinamização da região. Qual o perfil do vosso cliente e quais as suas principais necessidades? Existem diversos perfis de cliente na nossa região. Destacamos dois pela sua forte representatividade nesse universo. O perfil do empresário jovem, ligado ao investimento, com conhecimento técnico elevado sobre as modernas técnicas e práticas agrícolas, tem aproveitado as extraordinárias condições disponibilizadas pelo regadio de Alqueva e pelos apoios aos investimentos via programa de desenvolvimento regional 2020. Este perfil na qualidade de investidor apresenta maiores necessidades ao nível dos apoios ao investimento (financiamentos) e seguros que protejam os seus ativos. O outro perfil que destacamos é o do cliente mais conservador, que procuram soluções para os seus aforros, soluções que lhe permitam manter seguras as poupanças que angariaram ao longo da vida.

O vosso sucesso depende do sucesso dos vossos clientes? Que mensagem lhes pretende deixar? Um dos grandes fatores de sucesso deste tipo de instituições estará sempre dependente do sucesso dos clientes. Aos nossos clientes transmitimos-lhe que parte do seu sucesso está na escolha da Instituição Financeira parceira para apoiar o seu projeto. Nesse contexto transmitir que o Crédito Agrícola está permanentemente focado na qualidade dos produtos e serviços que apresenta aos seus clientes e associados de modo a acrescentar valor a todos os intervenientes. Por onde passa o futuro do Crédito Agrícola de Beja e Mértola? O futuro da Caixa Crédito Agrícola de Beja e Mértola passará por continuar a dar uma excelente resposta às necessidades dos nossos clientes e associados e contribuir para o desenvolvimento da região. É também nosso objetivo continuar a crescer em termos de quota de mercado, em volume de negócios e continuarmos a manter a Instituição numa posição muito sólida.

Nesse seguimento, o que podem eles encontrar na Caixa de Crédito Agrícola? Poderemos dizer que hoje disponibilizamos de forma mais eficaz, focada e integrada a oferta global dos produtos Crédito Agrícola, sustentado na diversidade de soluções, assente na componente de negócio bancário e na distribuição de seguros dos ramos vida e não vida. Todo este portfólio de produtos, aliada à elevada qualidade do atendimento, celeridade na resposta às diversas propostas apresentadas, faz desta Caixa um parceiro, de todos aqueles que queiram investir na região, de todos os que queiram encontrar soluções rentáveis e seguras para os seus aforros e para aqueles que queiram segurar os seus ativos. AGÊNCIA EM MÉRTOLA

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INTERGUADIANA CELEBRA 15 ANOS A Interguadiana é uma empresa de comercialização e distribuição de produtos congelados, sediada no Parque Industrial de Vila Nova de S. Bento, em Serpa. No ano em que celebra 15 anos de atividade, esta empresa recebeu a visita da Portugal em Destaque para uma conversa com a sua administradora: Fedra Catarina, cujas declarações seguem abaixo. INTERGUADIANA

EQUIPA INTERGUADIANA

Oriunda de uma família de empresários, Fedra Catarina tem sangue empreendedor a correr-lhe nas veias. Assim, decidiu investir e desenvolver na sua terra-natal – o Alentejo – um negócio que veio preencher uma lacuna que até então existia: o peixe e os congelados. Aquela que começou por ser uma empresa que se dedicava, apenas à comercialização de peixe congelado, foi evoluindo com o passar dos anos e, atualmente, para além do peixe comercializa também: carne, mariscos, legumes e sobremesas congeladas. Ainda no setor alimentar, a Interguadiana distribui e comercializa azeite e vinho. Interguadiana virada a sul Devido à sua localização geográfica a Interguadiana trabalha essencialmente com o mercado mais a sul do país, nomeadamente: Alentejo, Algarve e alguns locais de Espanha. “Trabalhamos maioritariamente a margem esquerda do Guadiana”, elucidou-nos a nossa entrevistada. Nestes 15 anos de atividade, esta empresa

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cimentou a sua relação com instituições da região, bem como com o setor da restauração e supermercados (Intermarché), que juntos formam um leque de clientes interessante e completo: “Foram 15 anos de muita evolução e crescimento, tanto a nível empresarial como pessoal. Temos, agora, muito mais oferta de produtos e uma postura cada vez mais forte no mercado”, afirmou a empresária, ao mesmo tempo que destacou a importância da manutenção de uma boa relação com os seus clientes: “Cativar e fidelizar clientes é um trabalho moroso, de anos, por isso temos que continuar com o trabalho que temos feito”. Para Fedra Catarina, o Alentejo está a evoluir ao nível empresarial: “Há cada vez mais procura e, consequentemente, vai surgindo mais oferta. A aposta na qualidade tem sido uma constante uma vez que os clientes são cada vez mais exigentes”, confidenciou. Neste seguimento, o principal fator distintivo desta empresa comparativamente com as demais do mesmo setor de atividade, prende-se com o acompanhamento per-

manente ao cliente: “Conseguimos entregar as quantidades que os clientes realmente necessitam, evitando excesso ou rutura de stocks. Para isso, visitamo-los diariamente”, acrescentou a nossa entrevistada. Com uma equipa formada por 16 elementos, a Interguadiana assegura a máxima qualidade no que ao seu serviço e produtos diz respeito, uma vez que trabalha com empresas certificadas e, também ela, implementa um sistema de controlo de qualidade e segurança nas suas instalações. 2018 recheado de novidades Ainda no primeiro trimestre deste ano, a Interguadiana irá inaugurar um novo polo, desta feita, em Beja: “Servirá para abrir novos mercados ainda dentro do Alentejo, uma vez que queremos alargar os nossos serviços à margem direita do Guadiana e, também, para fortificar e cimentar a nossa presença no Algarve”, revelou Fedra Catarina.



RESTAURANTE COM ALMA NO ALENTEJO O Vermelhudo é um restaurante icónico, localizado no Baixo Alentejo e nele podemos encontrar e saborear a tão apreciada comida típica alentejana. Nesta edição, ainda por terras alentejanas, estivemos à conversa com a proprietária deste restaurante, Fernanda Vermelhudo, que nos contou um pouco da história da casa, abrindo o apetite para as especialidades da mesma. RESTAURANTE VERMELHUDO

FERNANDA VERMELHUDO

O Vermelhudo nasceu na aldeia de Pedrógão pelas mãos dos pais da nossa entrevistada e, em 2013, abriu portas na cidade de Moura: “Após a morte do meu pai senti necessidade de criar o meu próprio posto de trabalho e por forma a atingir um novo e mais diversificado leque de clientes, optei por abrir esta casa, em Moura. Custou-me deixar a casa dos meus pais, mas tive que encarar isto como um novo desafio”, começa por contar Fernanda Vermelhudo. Comida típica alentejana preenche menu Localizado no coração da cidade de Moura, o Vermelhudo serve uma panóplia de pratos caraterísticos da região onde se encontra. Assim, o caldinho de bacalhau, a sopa de cação, o ensopado de borrego, as migas com carne de porco preto, o caldo de peixe do rio Guadiana e o polvo à lagareiro, formam os pratos mais apreciados e que tão bem retratam o Alentejo. Nas sobremesas, destaca-se o manjar (doce de amêndoas,

ovos e açúcar), a tarte vermelhudo (feito com amêndoa, gila, ovos e açúcar), a tradicional siricaia, o pão de rala (com gila e fios de ovos), as farófias e, claro, o arroz doce. Tudo isto acompanhado por uma carta de vinhos repleta de referências alentejanas, claro está. Mas, desengane-se se pensa que, em pleno baixo Alentejo, não pode saborear pratos típicos de outros pontos do país. Neste restaurante, a variedade também é uma realidade e, por isso, não estranhe se encontrar um delicioso naco na pedra, uma açorda de marisco, uma telha de camarão ou umas históricas pataniscas de bacalhau. Aqui há pratos para todos os gostos e a qualidade é a única constante. Equipa é a alma da casa A juntar à qualidade dos pratos confecionados temos a equipa do Vermelhudo, toda composta por mulheres, que unidas fazem jus à fama do restaurante: “Este é um trabalho muito duro, temos que nos entregar de corpo e alma para que tudo dê certo e, a verdade, é que toda a equipa vestiu a camisola”, afirmou a proprietária do vermelhudo que conta com a sua mãe, também ela Fernanda Vermelhudo, para a ajudar a gerir o negócio. Também a decoração é cheia de particularidades. Nas paredes deste restaurante podemos ver retratada

a história da família Vermelhudo, através de fotografias e excertos de poemas escritos pela nossa entrevistada: “A decoração foi toda pensada por mim e faz com que eu me sinta em casa”, confidencia.

O poder do Alqueva Localizado muito perto da barragem do Alqueva, este restaurante usufrui das potencialidades deste ponto turístico: “Temos recebido turistas estrangeiros vindos de França, Suécia, Inglaterra, Brasil e até China e muitos vindos das várias zonas do nosso Portugal. Nesta época de caça temos, também, muitas montarias que trazem os caçadores”, afirmou Fernanda Vermelhudo. O objetivo futuro passa por “continuar a crescer”, uma vez que Fernanda Vermelhudo nunca dá “a sua obra por concluída” e tem ainda “uma mão cheia de sonhos por realizar”. Alegre-se, caro leitor, pois um segundo Vermelhudo é uma possibilidade que não se encontra posta de parte.

Rua da Latoa, 1, Moura, Beja, Portugal 36 | PORTUGAL EM DESTAQUE

Tel. 968 483 023


20 ANOS DE DEDICAÇÃO E PAIXÃO PELA COZINHA ALENTEJANA Na Vila de Entradas, situada a 10 kms de Castro Verde, está o restaurante O Celeiro, que a revista Portugal em Destaque visitou. A conversa com a proprietária, Ana Bárbara, que é também a responsável pela cozinha, deixou clara a paixão e a entrega que a faz continuar a manter a qualidade daquela casa e a surpreender quem por ali passa. RESTAURANTE O CELEIRO

O percurso de Ana Bárbara na restauração começou na casa onde está hoje: “Trabalhei neste estabelecimento e fui despedida. Decidi ir fazer um Curso de Valorização Pessoal e aprendi Economia, várias formações de Cozinha e Pastelaria, Vinhos e serviço de mesa. Entretanto, abri uma pastelaria, precisamente num antigo celeiro, que recuperei”. Esta casa ficava muito escondida, mas o sucesso de Ana Bárbara começou a fazer-se sentir: “Percebi que a pastelaria em si não se sustentaria, mas comecei a fazer bolos para fora. Cheguei a uma altura em que já vendia para alguns restaurantes e era eu que ia fazer a distribuição das encomendas, o que me criou o problema de não poder deixar a casa aberta enquanto saía para a distribuição”. Mais uma vez, a solução apareceu: “Um outro restaurante da aldeia, também de muito sucesso, começou a enviar os clientes aos quais não conseguia dar resposta para a minha pastelaria. Eu não estava adaptada a servir refeições, mas organizei-me e fui dando resposta às pessoas que procuravam almoçar. Com o passar do tempo, fui fazendo obras e criei uma sala de refeições. As pessoas começaram a vir à minha casa

almoçar porque gostavam do meu trabalho, e não porque não tinham lugar no outro restaurante”. O Celeiro ganhou nome e clientes fixos. Ana Bárbara ficou 17 anos no antigo celeiro que tinha recuperado e, há três anos, mudou-se para a entrada da Vila: “Esta casa tem 100 lugares e já se publicita por si. Primeiro, já tem muitos clientes que vêm comigo do outro espaço. Depois, já está num local de destaque. É a primeira casa que as pessoas veem quando chegam a Entradas”. O sucesso de Ana Bárbara deve-se ao empenho e dedicação, mas também à atenção que dá às opiniões dos clientes: “Sempre fui multifunções nesta casa. Estou à frente da cozinha, mas enquanto tive uma ajudante, eu deixava os temperos preparados e ia para a sala. Ouvia as opiniões dos clientes e mudava os pratos, a confeção ou os produtos, consoante a quantidade de críticas. Neste momento, os pratos desta casa são todos selecionados pelos clientes, por isso não tenho nada que se venda pouco, pois adaptei a ementa ao gosto dos clientes”. As especialidades d’O Celeiro são: Cosido de grão, borrego assado, guisado de borrego, bochechas de porco preto acompanhadas de migas de espargos, bem como a mista de

porco preto, também acompanhada com estas migas, Na época da caça temos coelho bravo, sopa de lebre e açorda de perdiz e ainda “A sopa de tomate com ovo também sai, sobretudo no verão. As ervas aromáticas que usamos aqui, assim como o tomate, são da nossa horta biológica. A fruta que se consome aqui no restaurante também provém das 20 árvores de fruto que temos. As carnes de borrego, de porco e de vitela são selecionadas e, caso tenha queixas de clientes, procuro mudar”. A proprietária gosta de usar produtos alentejanos, mas com a carne de vitela isso não é possível, pois não há uma organização de produtores certificados no Alentejo a quem recorrer. Ainda assim, O Celeiro espera a visita de quem passar por Entradas: “Os postos de turismo têm de nos promover mais. Há dois restaurantes excelentes aqui, trabalhamos bem com o turismo, mas ainda podemos fazer mais. Venham visitar-nos”. Convido a passar por Entradas e visitar esta pequena vila que tem alguma oferta cultural (museu agrícola, igrejas) e também temos a disposição de quem por aqui para os nossos produtos tradicionais (pão alentejano, queijos, azeite, vinho, mel e licores.

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GASTRONOMIA TÍPICA ALENTEJANA Mário Fonseca é o proprietário do Restaurante D. Dinis e foi com ele que estivemos à conversa por forma a conhecer melhor o espaço onde o porco preto é rei. RESTAURANTE D. DINIS

Depois de correr o país de norte a sul na sua atividade profissional anterior, o nosso entrevistado resolveu, em 2015, enveredar pela restauração. Assim, em pleno centro histórico de Beja, junto ao castelo, encontramos o Restaurante D. Dinis, um restaurante acolhedor onde a simpatia do atendimento e a qualidade dos pratos servidos fazem jus ao primeiro lugar que ocupa no Tripadvisor. O sucesso dos produtos alentejanos Neste restaurante os produtos são todos de origem alentejana, desde os queijos, ao pão, passando pelo azeite e, claro, o típico porco preto. “Quem cá vem procura comida alentejana e nós aqui não temos peixe, para quê inventar?”, assumiu. Assim, no D. Dinis, pode saborear o ex-libris da casa: uma grelhada mista alentejana, composta pelas partes mais saborosas deste animal - os secretos, o abanico, o lagarto e a pluma –, acompanhada com batatas fritas caseiras, migas e puré de maçã para desenjoar. Também aqui é confecionado o famoso ensopado de borrego, o bacalhau espiritual, feito com espinafres e camarão, sopas cação, entre outros pratos tradicionais, tendo sempre também sugestões para os vegetarianos, como espargos selvagens com ovos. Da carta de vinhos contam-se inúmeras referências, todas elas alentejanas, e de grande qualidade: “sobre isso não restam dúvidas. Antigamente tínhamos que ter muita sorte para calhar em beber um vinho da casa bom, atualmente é preciso termos muito azar para bebermos um vinho da casa mau, no Alentejo”, afirmou o nosso entrevistado que aconselha sempre, no final da refeição, a típica aguardente de medronho ou outro digestivo aos seus clientes.

Novidades a caminho 2018 chegou e com ele inúmeras novidades. No menu do D. Dinis, Mário Fonseca, pretende introduzir um prato mais tropical (com dois camarões tigres, porco preto – lagarto e pluma – e, claro, as migas). Mas não se fica por aí. “Pretendo abrir um novo conceito no Parque Industrial”. Tratar-se-á de uma casa onde se poderá comer uma comida rápida tradicional. “Serão as Bifanas do Alentejo, inspiradas no conceito das típicas bifanas de porco preto alentejano. Trabalhará em contínuo das 7 da manhã às 21 horas e servirá bifanas de porco preto e um bom prego do lombo de novilho fininho e tostado, sempre acompanhado com a batata frita caseira e o pão alentejano”, finaliza aquele que será responsável por mais uma referência de paragem obrigatória em Beja, no Alentejo.

O Alentejo está na moda Segundo o nosso entrevistado existem duas razões para o sucesso do seu negócio e para a crescente procura pela zona sul do país. A primeira razão prende-se com o facto de a capital portuguesa, Lisboa, se encontrar completamente sobrelotada. “Eles próprios sentem necessidade de encaminhar turistas para o Alentejo”, confidenciou. A segunda razão tem que ver com a fase positiva que a economia portuguesa atravessa: “penso que temos o mesmo que em 2011, mas agora temos mais confiança na economia para gastarmos o que temos. A desconfiança já passou e agora as pessoas saem mais à rua. Diria que 80 por cento da população come fora”, disse otimista aquele que se assume como o relações-públicas do Restaurante D. Dinis.

Rua de Dom Dinis, 11 7800-305 Beja T: 965 337 578 www.domdinis.info www.facebook.com/restauranteddinis 38 | PORTUGAL EM DESTAQUE

MÁRIO FONSECA


IDANHA-A-NOVA E CASTELO BRANCO Capital de Distrito, sede do terceiro maior concelho português, e cidade medieval por excelência, Castelo Branco é um centro de construções quinhentistas comtemplado por um imponente castelo templário, rodeado por majestosas muralhas. Uma cidade situada na região do Centro de Portugal que possui um Paço Episcopal cujos Jardins são o ex-libris da cidade. Rodeada pelo Parque Natural do Tejo Internacional, a Serra da Gardunha ou a Serra da Estrela, Castelo Branco possui um cenário natural de excelência. Trata-se de um palco empresarial inovador e dinâmico. Uma localidade com uma acessibilidade geográfica privilegiada, situada a apenas duas horas dos grandes centros urbanos do país e nomeada a segunda cidade com maior qualidade de vida. Castelo Branco é uma cidade acolhedora que, mais que estar situada no coração do país, fica no coração de quem a visita. A 38 quilómetros de distância de Castelo Branco, está Idanha-a-Nova. Uma região repleta de pequenas e certificadas aldeias que abrigam a tradição e avitos costumes onde é possível encontrar mais de cem reservas de caça com excelentes resultados. Uma região de caça, próxima de Espanha, enquadrada numa paisagem natural, dedicada à música e que é, desde 11 de dezembro de 2015, parte integrante da rede de “Cidades Criativas da UNESCO”. Castelo Branco e Idanha-a-Nova partilham entre si o Geopark Naturtejo, um geoparque da Unesco, reconhecido internacionalmente, que chama para a região turistas e amigos do ambiente.

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UM TERRITÓRIO DE ENCANTOS E INOVAÇÃO A meio caminho entre Lisboa e Madrid, o concelho de Idanha-a-Nova encontra-se numa localização privilegiada. Dispondo de boas acessibilidades, mostra-se como um “território que foi abençoado pela Natureza e pelas civilizações por aqui passaram e foram deixando a sua marca”. Quem o diz é Armindo Jacinto, presidente da Câmara Municipal. Neste artigo, poderá encontrar as principais razões que fazem do concelho de Idanha-a-Nova um dos mais notáveis e entusiasmantes do país - “365 dias, 365 motivos para nos visitar”. CÂMARA MUNICIPAL DE IDANHA-A-NOVA

A música que dá vida a Idanha Localizada no distrito de Castelo Branco, Idanha-a-Nova assume-se como o quarto município mais extenso de Portugal (dados relativos ao último CENSOS, realizado no ano de 2011). Com relações próximas com a vizinha, Espanha, Idanha-a-Nova foi classificada a 11 de dezembro de 2015 como Cidade da Música, no âmbito da Rede de Cidades Criativas da UNESCO. “A música é algo que nos identifica, através de muitos

ARMINDO JACINTO

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grupos tradicionais do concelho e muitos festivais que promovemos, mas também pela profunda investigação e preservação das nossas tradições”, destaca Armindo Jacinto. O presidente exemplifica que é em Idanha-a-Nova que decorre o “festival mais internacional, mais ecológico e mais independente do mundo”. O Boom Festival realiza-se a cada dois anos e traz para a região mais de 40 a 50 mil pessoas. Em 2018, irá decorrer de 22 a 29 de julho e “os bilhetes já estão esgotados neste momento, vêm pessoas de todos os países do mundo”. O concelho é, inclusive, conhecido pelo Fora do Lugar –Festival Internacional de Músicas Antigas, que já vai na 7ª edição, e está cotado “na Europa como um festival de altíssima qualidade”, acrescenta. É também aqui que têm sido realizados os três últimos acampamentos nacionais do Corpo Nacional de Escutas - maior organização escutista portuguesa -, e no ano de 2017 reuniram-se em Idanha-a-Nova mais de 22 mil escuteiros. “As indústrias criativas representam para nós uma indústria importante e muito significativa”, destaca. Dessa forma, é possível ao município “apadrinhar vários projetos em Portugal”, por Idanha ser reconhecida como cidade criativa. A “participação em redes nacionais mas também internacionais

permite o desenvolvimento das regiões”, explica Armindo Jacinto, que sublinha a importância de integrar redes globais de saber, conhecimento e objetivos comuns. Estreita ligação com a Natureza e a História “Foi aqui, exatamente no concelho de Idanha-a-Nova, que nasceu toda a estratégia do Geopark Naturtejo da UNESCO, o primeiro geoparque português”, que hoje tem 5 mil quilómetros e combina a proteção e


promoção do património geológico com o desenvolvimento local sustentável, começa por salientar o presidente. No entanto, a ligação à natureza vai ainda mais além. Idanha também faz parte de uma Reserva da Biosfera da UNESCO, o Tejo Internacional, uma área classificada e protegida onde se destacam os valores faunísticos com várias espécies protegidas por convenções internacionais. A boa gestão deste território tem possibilitado a procriação de várias dessas espécies protegidas, como é o caso da águia imperial ibérica - “uma das águias mais raras do mundo e existe no concelho, pois com esta estratégia foi possível que a espécie recuperasse e nos dias de hoje temos muitos casais”. Além disso, Armindo Jacinto explica que o concelho tem 140 mil hectares de área ordenada de caça, o que também tem contribuído para a “criação e manutenção de uma grande biodiversidade”. No plano histórico-cultural as riquezas também são muitas, destacando-se as duas aldeias históricas do concelho. Com passados históricos distintos, Idanha-a-Velha e Monsanto são já, nos dias de hoje, paragem obrigatória para os turistas. Consideradas ‘aldeias-museu’ não só merecem a visita como a redescoberta porque agregam em si pedaços de história que se confundem com o trajeto de Portugal. A aldeia histórica de Idanha-a-Velha remonta à altura em que os romanos passam pela Ibéria e era, outrora, uma cidade chamada de Egitânia. Já a aldeia histórica de Monsanto tinha nos seus territórios um castelo que teria como principal função a defesa do reino de Portugal contra os povos espanhóis. Os passeios pedestres são, por isso, fundamentais para poder conhecer os cantos, recantos e encantos do concelho.

Uma ruralidade inovadora Idanha-a-Nova afirma-se pela aposta no Mundo Rural enquanto espaço de oportunidade para a captação de investimento e para a criação de riqueza e emprego, de uma forma diferenciadora e especializada. O investimento passa por estratégias inovadoras, da economia verde às indústrias criativas, do turismo sustentável a novos conceitos como as Bio Regiões. Neste sentido, a estratégia ‘Recomeçar’ em Idanha-a-Nova foi lançada em 2015. A prioridade é criar oportunidades e melhor qualidade de vida para os que vivem no concelho, mas também incentivar o regresso da diáspora e atrair famílias e investimento. O ‘Recomeçar’ desdobra-se em quatro pilares: Idanha Green Valley, um pilar ligado ao conhecimento e inovação na ruralidade e ao posicionamento mundial do território nesta área; Idanha Experimenta que dá aos interessados a oportunidade de experimentar a vida rural; Idanha Vive, com a criação de condições especiais para quem vive ou pretende viver neste território; e Idanha Made In, que apoia e promove todos os produtos de Idanha-a-Nova. A tradição ao serviço do bem-estar da população A passagem da tradição e da cultura de geração para geração é importante para o presidente da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova. Vivendo durante muitos anos como “um território algo isolado face ao resto de todo o país”, o concelho aposta hoje na preservação dos valores que tornam

única a região, “aproveitando-os para nos valorizar e criar riqueza e emprego”. As pessoas são, desta forma, “a melhor guarda do nosso património”. É por isso que “viver bem” é o lema do concelho. Com uma série de valências agregadas à sua atividade, a Câmara Municipal de Idanha-a-Nova promove a integração da sociedade em todas as iniciativas de modo a que “todas as pessoas gostem de viver aqui”. A estratégia utilizada para as ações sociais é intitulada de ‘Viver bem dos 0 aos 114 anos’, realça o autarca. É possível, para Armindo Jacinto, “ter uma oferta plena para a educação, para a segurança, para o envelhecimento positivo e ativo”, ajudando assim a população a ter qualidade de vida no nosso concelho. 2018: fazer mais e ainda melhor “Há uma vontade de fazer muito mais por Idanha-a-Nova”, começa por explicar Armindo Jacinto. O presidente acredita por isso que é possível “à luz dos novos conhecimentos e das novas tecnologias, juntar a tradição e inovação para criar projetos bonitos e interessantes”. Assim, este autarca aposta no conceito de “Idanha solidária - investir na coesão económica e social”. O presidente salienta que “durante muitos anos houve uma aposta na coesão territorial, com a criação de muitas e boas infraestruturas” e este é o momento certo para direcionar a atuação para a população e para os que cheguem à região. Conclui, explicando que as iniciativas da Câmara Municipal passam, sempre, por “trabalhar com as pessoas e para as pessoas”. PORTUGAL EM DESTAQUE | 41


“SÃO AS PEQUENAS COISAS QUE FAZEM A DIFERENÇA” Vitor Manuel Mascarenhas é Presidente da “maior freguesia do concelho de Idanha-a-nova”. A União de Freguesias de Idanha a nova e Alcafozes tem competências “fundamentalmente administrativas”, trabalhando em cooperação com a Câmara, procurando assim o melhor para uma ““freguesia com uma grande extensão territorial” e mais de 2000 habitantes. “Tentar trazer a tradição de volta à nossa terra”, é a principal motivação de Vitor Mascarenhas. UNIÃO DE FREGUESIAS DE IDANHA A NOVA E ALCAFOZES

VÍTOR MANUEL MASCARENHAS

A “repovoação da zona antiga da freguesia” é uma das lutas que Vitor trava. O serviço administrativo que apoia no preenchimento de documentação - IRS, contagem da luz e água, é fundamental face ao “envelhecimento que se faz sentir na nossa freguesia”. “Independentemente da cor política, a minha forma e visão de trabalhar é sempre para ajudar as pessoas”, afirma. O Executivo é constituído por três elementos, sendo que um deles habita em Alcafozes. Assim, “é mais fácil conhecer as pessoas e estar mais próximos”. A União das Freguesias de Idanha-a-Nova e Alcafozes é uma freguesia portuguesa do concelho de Idanha-a-Nova, na província da Beira Baixa, região do Centro e conta com 284,78 km² de área. Nascido, criado e casado na freguesia, Vitor Mascarenhas acredita que é importante “estarmos sempre a tentar pensar mais além”. Realça que tudo é possível ser concretizável, “desde que as pessoas trabalhem para as pessoas, pois o povo é a nossa principal preocupação”. Aos leitores da Revista Portugal em Destaque, pede-lhes que “acreditem no futuro e, acima de tudo, acreditem na nossa população e no nosso trabalho”. “Esperar que o futuro também nos sorria”, é a principal esperança de Vitor Mascarenhas, presidente. “Apoiar a população que é mais envelhecida” é basilar na promoção de uma sociedade mais capaz e com um maior nível de conforto e bem-estar. Numa localidade demarcada pelo envelhecimento da população, o presidente acredita que “são as pequenas coisas 42 | PORTUGAL EM DESTAQUE

que fazem a diferença”. É com esta mentalidade e percepção da sociedade que o rodeio que Vitor Mascarenhas tem prestado serviço à comunidade nos últimos dois mandatos. Colaboração com as associações locais O apoio prestado às associações locais é, para o presidente Vitor Mascarenhas, um elemento enaltecedor do trabalho até à data desenvolvido pela equipa que constituiu o Executivo da União de Freguesias de Idanha a nova e Alcafozes. “Numa localidade pequena, existem 22 associações”, realça. “E todas estas associações são e estão ativas”, destaca ainda, salientando a importância da colaboração das entidades autárquicas com as restantes Instituições locais. O presidente, recordando e glorificando o trabalho desenvolvido nestas associações, relembra que “eles têm desenvolvido atividades espectaculares, que na minha opinião além de darem força ao município, dão força aos locais”. 2018 marcado pelos apoios à população “Passeios e atividades culturais” são algumas das iniciativas do Executivo para promover “o sair de casa e o bem-estar. Às vezes basta um dia para mudar a percepção da vida das pessoas”, destaca o presidente. O apoio à “população mais envelhecida” passa também pela colaboração com os Bombeiros locais, que prestam “serviço de transporte, uma vez que conhecem melhor o terre-


no”. Mas este é ainda um fator a melhorar, conforme apuraram nas últimas eleições autárquicas. Presidente reeleito, destaca a ação social e a relação próxima que tem com a população. O Natal e a Páscoa são, por excelência, “datas muito importantes para a nossa freguesia”. O presidente realça a dimensão que a freguesia tem nestas épocas festivas, uma vez que “o número de pessoas cá triplica”, confessa. “Em 2018 e em colaboração com os Bombeiros pretendemos que os cidadãos da Freguesia deixem de pagar o chamado ‘serviço de vila’, sendo este custeado pela União de Freguesias, pois os idosos têm reformas baixas sendo uma forma de reduzir os custos dos nossos fregueses”. Um outro projeto em construção e desenvolvimento para este ano que há pouco se iniciou é “nascer em Idanha-a-nova e Alcafozes” - a Junta de Freguesia irá “dar um pequeno apoio aos nascimentos. Não é algo muito grande, mas sim um valor simbólico de cerca de 400€”. Nem que seja para “ajudar com as fraldas”, esta é uma medida que pretende aumentar a natalidade na região, combatendo assim a evolução do envelhecimento da população local - problema este que se sente, também, a nível do território nacional. A “limpeza dos ribeiros” é também um dos fatores da localidade a melhorar neste ano que já deu os primeiros sinais de vida. A “limpeza dos ribeiros” ainda que “dê muitas dores de cabeça pela sua complexidade”, é fundamental para a preservação das localidades. A União de Freguesias de Idanha-a-Nova e Alcafozes concorreu para um financiamento - Proder - no qual “tem um apoio de 85%, sendo que o valor total de investimento é de cerca de 140 mil euros”. Além disso , a educação é também perentória para o Executivo. “Para a União de Freguesias, a Comunidade Escola, é extremamente importante para Idanha-a-Nova, pois para além de ser o Futuro da Freguesia, estamos sempre disponíveis apoiando em todas as suas atividades ao longo do ano letivo”, conclui.

FREGUESIA DE IDANHA-A-NOVA E ALCAFOZES

Av.ª Mouzinho de Albuquerque, N.º 61 Idanha-a-Nova 6060-178, Idanha-a-Nova

T: 277202988 E: jfidanha@gmail.com

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“SOMOS O PRINCÍPIO DO RESTO DO MUNDO” A União de Freguesias de Monfortinho e Salvaterra do Extremo é uma localidade que se distingue pela hospitalidade da população e pelo potencial turístico do seu território. UNIÃO DE FREGUESIAS DE MONFORTINHO E SALVATERRA DO EXTREMO

PAULO LOPES

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Situada na região centro do país, a União de Freguesias de Monfortinho e Salvaterra do Extremo é composta por quatro aldeias: Salvaterra do Extremo, Monfortinho, Termas de Monfortinho e Torre, “Estamos a meio caminho de Lisboa, Porto e Madrid”, nas palavras de Paulo Lopes, presidente da Junta. Desde 2013 como União de Freguesias, as quatro aldeias da Beira Baixa pertencem ao concelho de Idanha-a-Nova, uma das mais importantes regiões cinegéticas do país, onde é possível encontrar mais de cem reservas de caça com excelentes resultados, devido à qualidade das suas herdades. Monfortinho, aldeia separada da vizinha Espanha apenas pelo Rio Erges, é conhecida pela tradição e pelo quadro natural que a circunda. Uma área abraçada pela Serra de Penha Garcia que, por sua vez, contempla as Termas de Monfortinho com as suas águas que brotam de fontes da aldeia para sustentar o grande pólo da atracção turística da união – as termas. Numa zona onde a tradição é fulcral, o Bodo é uma das mais antigas e conhecidas tradições de Monfortinho e Salvaterra do Extremo. Em homenagem à Nossa Senhora da Consolação, a população reúne-se, na segunda-feira de Páscoa e no décimo dia depois da Páscoa, para “dar de comer” a todos aqueles que visitam a região e a todos os seus residentes. Uma tradição que resulta da promessa feita a Nossa Senhora da Consolação, aquando de uma grande praga de gafanhotos, que assolou a região, no ano de 1877. A tradição e a preservação de costumes são uma constante no quotidiano dos habitantes. No passado ano de 2017, a diáspora da região foi recebida em Salvaterra do Extremo, na maior sala sentada do concelho de Idanha-a-Nova, por uma tonelada e meia de ensopado de borrego. Um evento que envolveu cerca de novecentas pessoas na tradicional celebração do Bodo.


Neste seguimento, nasce, a 13 de setembro de 2013, a CBNSC - Confraria Do Bodo De Salvaterra Da Extremo, uma associação laica que pretende assegurar a tradição da confecção do Bodo e que é composta por treze confrades responsáveis, actualmente, pela celebração e manutenção da tradição. O Presidente da Junta da União de Freguesias de Monfortinho e Salvaterra do Extremo, Paulo Lopes, nascido e criado na cidade de Lisboa, começou a visitar as aldeias da união aos 17 anos. Desde cedo ligado à região, sendo a sua esposa uma Salvaterrinha de natureza, assenta-se na localidade aos 52 anos. No decorrer do seu primeiro mandato Paulo Lopes tem duas prioridades: “as crianças e a terceira idade, dos 0 aos 114”. São suas prioridades a manutenção da qualidade de vida dos idosos e a garantia de condições de desenvolvimento para as crianças da União. Deseja, acima de tudo, prestar cuidados aos idosos das quatro aldeias da união de freguesias e evitar a sua letargia com programas ocupacionais. Com uma postura sustentada na preservação do futuro e do passado, Paulo Lopes afirma: “o presidente da Junta de freguesia não serve só para arranjar caminhos, a sua amplitude vai muito para além disso”. Neste sentido, foram desenvolvidos projetos de restauro em residências de idosos e adquiridas camas articuladas ou cadeiras de rodas, bens essenciais ao bem-estar da população. Assim, a celebrar quatro anos de atividade está o berçário das Termas de Monfortinho. Com cerca de 26 crianças que, gratuitamente, recebem assistência e cuidados regulares, o berçário é “uma das pérulas da localidade”. Em conjunto com o jardim de infância, são oferecidos às crianças da região um transporte diário que as vai buscar a sua residência e uma dedicação invariável de profissionais competentes e capazes. A par com a pretensão de zelar pela sua população, o presidente da União reconhece a necessidade de uma impulsão da potencialidade turística da região. Uma região de caça, próxima de Espanha, rodeada por uma paisagem natural, dedicada à música e que é, desde 11 de dezembro de 2015, parte integrante da rede de ‘Cidades Criativas da UNESCO’. Nesta rede de cidades, criada em 2004, estão presentes regiões que se distinguem pela valorização da criatividade como factor motivador do desenvolvimento urbano. Trata-se de uma rede desenvolvida pela Unesco com o objetivo de fortalecer as relações entre as cidades que dela fazem parte. Na perspetiva do presidente, existe uma imensidade de oportunidades ao dispor dos empresários da região, “temos um mercado fantástico porque daqui até Madrid temos trinta milhões de pessoas e nós, estamos tão perto de Madrid, como de Lisboa”. É sua pretensão a união dos empresários das Termas de Monfortinho, os empresários da hotelaria, da restauração, do artesanato e do balneário termal, uma união baseada, somente, na perspectiva de promover a aldeia. Reconhece o potencial da região e garante que “o ano passado tive quinze mil pessoas nas piscinas” e que “temos um balneário termal fantástico, pensões e hotéis de qualidade, uma restauração de excelência”. A Fonte Santa, que recebe água do rio Erges, é considerada a mãe das Termas de Monfortinho e dá nome ao hotel Fonte Santa – um dos mais procurados da região. São muitos aqueles que procuram o complexo termal das Termas de Monfortinho, sejam eles portugueses ou estrangeiros. Uma união com potencial turístico que é constituída por aldeias históricas repletas de património insigne. Paulo Lopes relembra que Salvaterra do Extremo possui um foral desde o ano de 1226 e uma Misericórdia com mais de 500 anos de história. As igrejas do adro central de Salvaterra de Extremo são, na sua maioria, quinhentistas. Nos Paços do Concelho, local primordial da aldeia, está situada uma biblioteca com mais de três mil livros à qual Paulo Lopes chama de “o nosso orgulho”, uma obra da união de freguesias que foi concluída a 17 de dezembro de 2016. Neste espaço é também possível encontrar uma

sala de espectáculos que recebe eventos como o ‘Fora do Lugar’ ou o ‘Eco Festival Salva a Terra’, que atraem milhares de visitantes à localidade. A agenda cultural da região está repleta de atividade. O ‘Boom Festival’, um festival que já tem uma relevante visibilidade a nível nacional e internacional, é realizado de dois em dois anos, desde finais da década de noventa, na Herdade da Granja, no concelho de Idanha-a-Nova. O ‘Fora do Lugar’, por sua vez, é um festival internacional de música antiga que decorre também no concelho de Idanha-a-Nova e que recebe inúmeros artistas provindos de vários países. O ‘Eco Festival Salva a Terra’ é um festival bienal que tem vindo a receber cada vez mais reconhecimento público. Surge como festival sustentável pró-bono, fruto de uma parceria da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza – com a Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, e cujo lucro reverte sobre o Centro de Estudos e Recuperação de Animais Selvagens (CERAS). A realização deste evento decorre no Parque Natural do Tejo Internacional em Salvaterra do Extremo. A proximidade entre Portugal e Espanha é traduzida num intercâmbio cultural constante. ‘A Rota do Contrabando’ é uma atividade noturna que celebra uma prática antiga “aqui na raia” e que, todos os anos no mês de agosto, aproxima as populações de ambas as nacionalidades. Também a ‘Convivência Portugal-Espanha’ tem esse propósito. Trata-se de uma confraternização, realizada junto ao rio, no primeiro fim de semana do mês de maio, que ocasiona esse contacto e convívio. Neste sentido, Paulo Lopes afirma que “o rio só nos junta”, uma frase que justifica a existência de um Centro Cultural Raiano, em Idanha-a-Nova, que promoveu os ensaios da Orquestra Barroca na aldeia de Salvaterra do Extremo, no ano de 2015, e que fulminou no concerto ibérico na Igreja de San Andrés em La Zarza La Mayor - Espanha. Neste“ Interior que tem muita coisa boa” é, ainda, possível visitar o Geopark Naturtejo, um geoparque da Unesco, que envolve vários concelhos da região como Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Nisa, Oleiros, Penamacor, Proença-a-Nova e Vila Velha de Ródão e que atrai inúmeros visitantes à zona todos os anos. Movido no propósito de continuar a dar visibilidade às quatro aldeias envolvidas pela paisagem natural da Serra de Penha Garcia, Paulo Lopes garante que ainda há muito a fazer. O presidente da Junta da união objetiva uma reabilitação das casas devolutas da aldeia de Salvaterra do Extremo para futura exploração hoteleira, a criação de uma ciclovia que envolverá a área central das Termas de Monfortinho, a reparação da estrada que une a região a Espanha e, finalmente, a construção de um novo edifício que dignifique a Junta de Freguesia de Monfortinho. A União de Freguesias de Monfortinho e Salvaterra de Extremo é, hoje em dia, uma região ativa que se distingue pela amabilidade da população, pelo zelo aos seus idosos, pela paisagem natural que a circunda, pela criatividade que dela brota, pela oferta cultural que disponibiliza, pelas tradições que preserva e, finalmente, pelo património cultural que possui. Nesta zona as festividades e as atividades que envolvem a população são uma constante sendo que, a 10 de fevereiro de 2018 vai ter lugar, no Pavilhão das Piscinas Municipais das Termas de Monfortinho, um baile de máscaras que contará com a presença das crianças do berçário, do jardim de infância e do resto da população da União de Freguesias. Também a ‘Feira da Caça e da Gastronomia’ se realiza nas Termas de Monfortinho nos dias 6 e 7 de outubro de 2018. Outra das atividades, a acontecer de dia 17 de maio a 17 de junho, é o concurso de ‘Varandas, Janelas e Terraços enfeitados na União’, uma iniciativa que pretende envolver a população e dinamizar a região, ao mesmo tempo que, pretende embelezar as suas ruas e localidades.

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102 ANOS DE EXCELÊNCIA José Paulo, Lda é hoje líder e referência de mercado, na região de Castelo Branco. Dedicada há mais de 102 anos ao fornecimento de materiais para a construção civil, reconstruções e reparações, agricultura, metalomecânica e serralharia, tem vindo ao longo dos anos a “adaptar-se às exigências do mercado”, conforme conta Francisco Silva, atual administrador, em entrevista à Portugal em Destaque. Uma empresa de cariz familiar que tem vindo a marcar a sua posição no mercado apostando na qualidade e no compromisso para com os seus clientes e colaboradores. JOSÉ PAULO, LDA

crise, tenha feito o percurso tremer, não o fez terminar. A José Paulo, Lda conta hoje com dois espaços: a loja física onde nasceu a empresa, mas com “limitações em termos de estacionamento” e com artigos de pequeno porte (ferragens, acessórios); e um outro espaço na Nacional 18, numa das entradas para Castelo Branco e que “faz a ligação entre a cidade e a zona industrial”, onde está armazenado o grosso dos materiais (barramentos, perfis, chapas, tubos, varão de construção, painel sanduíche que é a “grande aposta nestes últimos anos”).

FRANCISCO SILVA

Passado de mudanças, presente de sucesso A história da empresa conta já com 102 anos de existência. Tudo começou com José Paulo, em 1916, que optou por “comercializar ferragens de lavoura, direcionado para o segmento da agricultura”, estando em nome individual até à década de 1960. A adaptação às exigências e preferências do mercado foi necessária, com o passar dos anos, e a José Paulo, Lda tem-se direcionado para o mercado da construção civil, metalomecânica e serralharia. Situada “no coração da cidade de Castelo Branco”, o legado da empresa foi seguido pelos herdeiros que se acrescentaram ao nome, passando assim a denominar-se como José Paulo & Herdeiros. Mais tarde, no ano de 1980, a empresa assumiu a “designação atual, sempre com cariz familiar - não só pelos laços de sangue mas também pelas pessoas da equipa que ao longo dos anos foi construindo a empresa”, realça Francisco Silva. A referência na região de Castelo Branco Com 102 anos a serem celebrados no presente ano, a empresa é já uma referência na região. Assumindo-se como uma “empresa centenária que cumpre a missão de dar ao mercado o que ele exige, através das suas adaptações”, está direcionada essencialmente para a área da construção civil, reconstruções e reparações, agricultura, metalomecânica e serralharia. Ainda que a “quebra em termos de novas construções”, na altura da

Morada: Rua St António 45/55 6000-180 Castelo Branco Telefone: 272 340 280 josepaulo.pt 46 | PORTUGAL EM DESTAQUE

O mercado atual e a necessária adaptação O mercado de atuação é, em suma, “essencialmente da região de Castelo Branco”. A empresa conta com um leque de clientes com quem “trabalhamos há muitos anos: 30, 40 anos”. Todavia, Francisco Silva realça que “estamos sempre à procura de novos mercados e de novas parcerias”. A empresa tenta sempre “servir toda a região e ir ao encontro dos nossos clientes, apresentando soluções e alternativas para essas mesmas construções”. O administrador destaca ainda a importância do serviço que prestam, uma vez que “os edifícios e as habitações precisam de ter as coberturas saudáveis e estáveis”. Nesse sentido, a atuação da José Paulo, Lda surge de modo a ir ao encontro ao cliente e apresentar “os materiais para essas mesmas coberturas, adequados ao que o mercado precisa: do mais económico ao mais fácil de aplicar, com qualidade e bons acabamentos”.


UniĂŁo de Freguesias de Monfortinho e Salvaterra do Extremo Rua da Escola Velha Monfortinho (Idanha-a-Nova) 6060-071, Monfortinho E: monfortinhosalvaterra.2013@gmail.com


HÁ 12 ANOS A CUIDAR DOS IDOSOS COMO UMA FAMÍLIA Situada a 10 minutos de Castelo Branco, na localidade de Sarnadas de Ródão, o Lar Aldeamento do Idoso é um estrutura residencial com vagas para 50 utentes e com todas as condições necessárias ao seu funcionamento. A instituição fica situada no piso térreo o que ajuda muito quando a mobilidade dos utentes é reduzida. Joaquim Carmona esteve à conversa com a Portugal em Destaque e partilhou a sua experiência enquanto administrador do Lar Aldeamento do Idoso que acolhe “utentes provenientes de várias zonas do país que se sentem bem aqui e daí termos muito procura”. LAR ALDEAMENTO DO IDOSO

é exemplificada pelo facto de, desde a sua abertura, apenas não “tive presencialmente no Lar durante 15 dias”. O espaço encontra-se aberto há 12 anos, oferecendo um conjunto de valências que vem colmatar as falhas sentidas na região. A aposta na área surge pela “procura por este tipo de valências e porque acreditávamos que haveria possibilidades de progredirmos enquanto negócio”. O administrador e empresário acrescenta ainda que “esta área é o futuro”. E ainda que esta seja uma “área difícil, que requer muito de nós, muita dedicação e empenho”, é um serviço que “acaba por compensar pelas pessoas que aqui trabalham e pelos utentes”. Joaquim Carmona realça a aprendizagem diária e constante que traz ao trabalho uma grande gratidão, motivadora para o trabalho que se avizinha.

JOAQUIM CARMONA

A instituição conta atualmente com 35 postos de trabalho e 50 utentes que tomam o dia a dia sempre diferente, uma vez que é “aliciante trabalharmos com estas pessoas, sei a vida toda delas e reconhecem logo a minha falta, quando estou ausente”. Mudanças no destino: nascimento do Lar O espaço que inicialmente estava destinado à “construção de uma área de serviço”, teve um início controverso. Com a promessa de que passaria uma autoestrada na zona, houve “um investimento enorme e neste sentido, fui obrigado a mover uma ação contra o Estado e as Estradas de Portugal, em 2002”, pelo projeto não ter sido viabilizado. Pretendendo utilizar o terreno já em sua posse, Joaquim Carmona decide “enveredar por uma área de negócio totalmente diferente”. Assim nasce o Lar Aldeamento do Idoso. Apesar das adversidades, o administrador garante que “estou satisfeito, foi uma boa aposta”. Para Joaquim Carmona, a demonstração do “gosto por este espaço, por esta atividade e por estas pessoas”

GINÁSTICA

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Os serviços disponíveis As várias valências que a instituição tem disponível para os seus utentes e famílias toma-a um espaço acolhedor e multifacetado, capaz de acolher um grande número de atividades e iniciativas que visam promover o bem-estar dos utentes. Disponibiliza o serviço de enfermagem diário e médico uma vez por semana, o que se toma “muito importante para eles, pois lidamos com pessoas idosas e que necessitam deste tipo de apoio e de acompanhamento que só os profissionais de saúde podem prestar e que não teriam nas suas casas”, confessa. Uma segunda casa para os utentes Com um público-alvo envelhecido, a necessidade de os fazer sentir em casa é grande, face às memórias e pertenças que têm em relação a toda a vida que passaram. Este é o principal objetivo da Administração e de toda a equipa técnica que tenta, dia após

ATIVIDADES DE REABILITAÇÃO

MAGUSTO


Capela Jardim Ginásio Tratamento de roupa

Passeios Sala de Jogos Atelier de pintura

Dispõe de um amplo espaço exterior que permite promover atividades ao ar livre com absoluta segurança.

Est Nacional 3 Sarnadas de Ródão 6030-116, Sarnadas de Ródão Castelo Branco, Vila Velha de Ródão

T (+351) 272 980 120 F (+351) 272 980 129


dia, tomar o Lar numa casa acolhedora para os utentes e onde estes se sintam bem. A vontade de acolher ainda mais utentes está presente, sendo apenas limitada pelas imposições por parte da Segurança Social. “Existem muitas exigências por parte da Segurança Social, algumas na minha opinião, exageradas, mas penso que algumas leis são importantes no sentido de existir um maior controlo de qualidade neste tipo de entidades”, começa por explicar o administrador do Lar Aldeamento do Idoso. A elevada procura levou à construção, nas imediações da instituição, “alguns bungalows, licenciados de forma a darmos outro tipo resposta a quem nos procurava, uma vez que o lar já se encontra lotado”. Porém, este espaço não pode ser utilizado uma vez que padece de autorização da Segurança Social, alegando que “a área é demasiada pequena e, neste momento, estão apenas licenciados para familiares”, conta. Joaquim Carmona acrescenta ainda que “se o nosso problema no tribunal se resolvesse, teríamos condições para descer com as mensalidades dos nossos utentes, teríamos mais e melhores condições e pensaríamos na possibilidade de alargar”. Com a vontade de manter a “mesma qualidade de até então”, a opção de redução dos preços não é viável de momento. O administrador espera, todavia, que “alguém da família fique com isto quando eu me retirar” de modo a dar continuidade e melhoria ao projeto que iniciou há mais de uma década.

DIA DE ANIVERSÁRIO

Atividades sociais para promover a integração Conscientes da necessidade de ativar a consciência social dos seus utentes que, em muitos casos por força do estado de saúde, não estão recetivos à dinamização de iniciativas. “Ao longo do ano, desenvolvemos várias atividades em diversas áreas e adquirimos uma carrinha para levar os idosos a passear, para além de termos missa todas as semanas na nossa capela’’, conta Joaquim Carmona. Ainda que o espaço não esteja centralizado, o Lar Aldeamento do Idoso tem uma vasta área verde, num espaço amplo, para que os utentes “possam estar e passear sem qualquer problema”. Esta oportunidade é do agrado dos idosos que se encontram na instituição. Exemplos de sucesso do trabalho Aberta ao público há já 12 anos, são já vários os casos de sucesso de que o Lar Aldeamento do idoso se orgulha de ter ajudado a evoluir e melhorar. Joaquim Carmona realça dois utentes “que me enchem de orgulho”. Francisco Pires que “desenha e pinta flores e animais de uma forma única”, apesar dos seus longos 89 anos. Quando chegou ao Lar, o utente mal falava e nos dias de hoje, está significativamente melhorado; e Manuel Marques, com 94 anos, “que adora jogos de palavras e que é assim que passa o seu dia”. Pequenos pormenores que se traduzem numa nova esperança para a equipa que diariamente apoia e cuida dos idosos do Lar.

VISITAS CULTURAIS

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TRABALHOS MANUAIS

ATIVIDADES DE LAZER

EUCARISTIA DOMINICAL


CONSTRUÍMOS SORRISOS Com uma localização central na cidade de Castelo Branco e inserida no Hospital Dr. Aprígio Meireles, em Idanha a Nova, as clínicas M Caio visam aproximar os cuidados da medicina dentária da população, sensibilizando a região para uma maior prevenção. Marta Caio, médica dentista e uma das administradoras desta clínica, falou com a Portugal em Destaque, dando-nos a conhecer os diversos serviços ali prestados. CLÍNICA DENTÁRIA M CAIO

diagnóstico digital, Ortopantomografia e Telerradiografia digitais (imagens radiológicas com menor índice de radiação), assim como meios de acesso a pacientes com incapacidades motoras. Nesta unidade a atualização e formação são constantes pois “somos apaixonados no desempenho e na vontade de honrarmos as nossas parcerias, dando à nossa terra natal tudo o que de melhor existe e poderá acontecer na medicina dentária em Portugal e no mundo”, afirmou a nossa entrevistada Marta Caio. A Clínica Médica Dentária M Caio conta com uma equipa especializada de profissionais qualificados em cada área de tratamento, nomeadamente: cirurgia oral, prótese fixa e removível, implantologia, ortodontia, assim como todas as áreas generalistas da medicina dentária, com recurso às mais modernas tecnologias e com um exigente padrão de qualidade: “A nossa experiência permite-nos sugerir aos nossos pacientes que a melhor solução é a que protege e mantém os seus dentes naturais. Apostamos os nossos serviços na excelência da qualidade, baseada na criteriosa seleção dos nossos materiais, no radiodiagnóstico digital e na formação diferenciada dos nossos médicos”, garantiu a médica dentista.

MARTA E MANUEL CAIO

A clínica Médica Dentária M Caio teve a sua origem num consultório cuja direção foi exercida por Manuel Caio. Mas, foi em 2004, aquando da integração na equipa da filha do fundador, Marta Caio, que se viu nascer um projeto inovador e necessário na região: a Clínica Médica Dentária M Caio. Este projeto motivou a renovação e ampliação ao serem criadas novas instalações que permitem à equipa de profissionais e assistentes, que se encontram em formação contínua, um desempenho de excelência em todas as áreas da medicina dentária. O mesmo processo dotou as instalações com 4 gabinetes, todos equipados com a mais recente tecnologia, nomeadamente com um sistema informático de gestão de pacientes em rede, radio-

Uma clínica para todos Como já dito anteriormente, nesta clínica os pacientes com dificuldades de locomoção, encontram fácil acesso no exterior, tendo passadeira e rampa até ao interior, onde tudo está adaptado a pensar nos mesmos: os gabinetes com acesso a cadeiras de rodas, bem como a casa de banho equipada são as provas físicas desta realidade. Por outro lado, e em parceria com a Santa Casa da Misericórdia, a M Caio consegue dispor de um serviço amplo e chegar perto de quem muitas vezes não tem acesso à medicina dentária. A adesão ao Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral e as alianças estabelecidas com as diversas instituições regionais, ajudam a propagar este contacto mais humanizado. Em final de conversa, Marta Caio, como membro do Dentista do Bem, apelou ainda a uma maior união para que problemas como o da desertificação não criem maior solidão e isolamento entre as pessoas mais idosas. Relativamente ao futuro, a clínica procurará adotar técnicas cada vez mais modernas e equipamentos de última geração, sem nunca esquecer o que está por detrás disso: as pessoas e os seus sorrisos!

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REFERÊNCIA NO MERCADO MARCADA PELA QUALIDADE Há 18 anos no mercado de Castelo Branco, a HLT - Construção Civil, S.A., tem criado soluções para as lacunas que a região sente a nível de empreendimentos, nomeadamente habitacionais. Com a realização de edifícios para venda está também em acabamento um edifício para arrendamento. A empresa, além da venda, pretende dar uma resposta para as “pessoas que, por razões pessoais, e pelos empregos serem cada vez mais volantes, quererem apostar em arrendar uma casa, mas uma casa com todas as comodidades e conforto”, conta o arquiteto Hélder Tavares, um dos responsáveis pela HLT, S.A. HLT CONSTRUÇÃO CIVIL, S.A.

HÉLDER TAVARES, MANUEL TAVARES E LEONEL CABARRÃO

Uma história marcada pelo sucesso e pela evolução A HLT - Construção Civil, S.A., deriva da Construalbi, Lda. - uma empresa de renome no mercado da construção civil, que o seu pai fundou com uma experiência no mercado de mais de 30 anos. A HLT, S.A. está munida por uma equipa técnica especializada no planeamento e execução das obras, assim como a sua gestão e administração, mantendo o cumprimento das exigências e pedidos dos clientes. É a única empresa a personalizar tudo, desde o projeto até aos acabamentos finais, com os seus clientes. Uma empresa de cariz familiar, que aposta na relação próxima com os clientes, sendo constituída por um arquiteto responsável pelos projetos de execução, acabamentos, gestão de obra e acompanhamento dos clientes; um engenheiro civil, Leonel Cabarrão (cunhado de Hélder Tavares) que é quem trata da gestão da empresa, e colaboradores que tratam da pós-venda e também do acompanhamento da obra (engenheiro António Beirão). A salientar ainda o pai do arquiteto, Manuel Dias Tavares, a quem se deve todo o sucesso que a HLT, S.A. tem hoje, refere o arquiteto Hélder Tavares, é ele quem “está um pouco por todo o lado, é realmente quem tem a experiência de uma vida sempre ligada à construção civil”, considerado por toda a família a âncora da empresa. A empresa é, assim, formada por este conselho de administração que dá vida aos sonhos dos clientes que chegam até eles. Criada em 2000, “tem feito trabalhos em Castelo Branco e noutras regiões do país, especialmente o Algarve, tanto individualmente como em parceria com outras empresas”, começa por contar o arquiteto Hélder Tavares, que salienta a lacuna que se sente na região em relação à “falta de edifícios para arrendamentos condignos e pensados de raiz para o arrendamento”, uma vez que “o que há é com más condições e com um preço muito elevado”. 52 | PORTUGAL EM DESTAQUE

Até à data, o grande enfoque tem sido o mercado para a venda e é reconhecida por todos pela inovação, como exemplo foi a primeira e ainda única empresa a apostar na construção de piscinas nas coberturas dos edifícios em Castelo Branco, de maneira a que exista uma maior interação entre os proprietários. Nos dias de hoje, a empresa está a braços com a construção de três novos edifícios, dois para venda com já cerca de 90 por cento vendido e o outro pensado desde raiz para ser exclusivamente de arrendamento, assim com o início em breve de treze moradias unifamiliares, todas com piscina individual, em Albufeira. A construção que trazem para arrendamento “já com lista de espera, em caso de desistências”, pretende criar apartamentos condignos para “pessoas que, por razões pessoais, só querem apostar em arrendar uma casa”. O arquiteto realça que, na zona de Castelo Branco, “sentimos a falta de casas condignas”. A qualidade da construção deste empreendimento será igual às construções para venda, explica, sendo possível adquirir várias tipologias - desde um T1 até um T3. A superação da crise e a mão de obra qualificada A crise sentiu-se, com uma grande incidência, no setor da construção civil. Marcada pela emigração e pelo abandono do país por parte de engenheiros e técnicos altamente qualificados, mas acima de tudo pela mão de obra especializada e competente, o arquiteto

relembra que de facto “foi e está a ser um flagelo”. Na HLT, S.A. em particular, “sentimos muito a falta de mão de obra”. Atualmente, a administração vê-se a par com “pelo menos seis meses de atraso com todas as obras que temos em curso porque é uma falta brutal de mão de obra qualificada e especializada”. Muitos dos qualificados emigraram. Sendo este um problema geral de vários setores e áreas


de atividade, a falta de mão de obra qualificada tem condicionado a atuação de várias empresas. Através da colocação de anúncios e ofertas de trabalho, o arquiteto tem procurado novos colaboradores para poder dar resposta às solicitações que tem. Foi através de “uma empresa parceira a Albiferragens que conseguimos assegurar as nossas obras e andar para a frente”, acrescenta.

Novos mercados, novas soluções O mercado da reabilitação é também uma das grandes áreas de atuação da HLT, S.A., através de uma das empresas que pertence ao grupo – SpaceRebah - Requalificações, Lda., dedicada à compra, reabilitação e venda de imóveis em mau estado, e à reabilitação de habitações de clientes que, no centro da cidade, pretendem renovar a mesma. Isto permite que o cliente não tenha que “procurar uma nova casa na periferia da cidade” e surge também como uma nova valência da empresa, dinamizando assim o mercado. Nos dias de hoje, os clientes procuram uma empresa capaz de dar resposta em todas as vertentes associadas à construção ou à reabilitação. O trabalho da

UMA EMPRESA DE REFERÊNCIA COM SOLUÇÕES INOVADORAS Contando com uma equipa técnica especializada tanto em planeamento e execução assim como gestão e administração de obras, tendo sempre em conta as exigências dos clientes e de mercado, este cada vez mais competitivo. Esta empresa aposta na rigorosa seleção tanto na qualidade / inovação como no enquadramento dos diversos materiais.

HLT passa, em grande parte, pela “utilização de produtos nacionais”, diferenciados dos que existem habitualmente. Todavia, quando não há “agentes na zona a vendê-los temos que sair da região”. A região de Castelo Branco, para o arquiteto Hélder Tavares, tem ainda “uma margem de crescimento sustentada”, maior do que antigamente, uma vez que esta crise fez uma certa filtragem no mercado. A aposta dos bancos é também motivadora para os construtores. O arquiteto destaca a mais recente parceria exclusiva na Urb.º da Granja Park em Castelo Branco que a Caixa Geral de Depósitos propôs à HLT, S.A., e que muito honrou a empresa por ser a escolhida pelo banco estatal: “A banca tem que apostar nos construtores através de uma seleção que passa pela credibilidade das empresas”, acrescenta. O cliente da HLT não é o “tipo de cliente que precisa de um empréstimo a 100 por cento e por isso nunca ficamos sem um volume de vendas, durante a crise”. É a referência no mercado e a boa qualidade das obras realizadas que tem marcado a atuação da HLT - S.A., dando assim sustentabilidade no mercado.

CONTACTOS Avenida de Zhuhai, lote 184, loja 1, R/C Drt 6000-077 Castelo Branco Telefone: (+351) 272 321 632 (+351) 914 311 061 (+351) 917 203 563 (+351) 919 365 541 www.hlt.pt facebook.com/hltconstrucaocivil

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IMPREGNAÇÃO E PRESERVAÇÃO DE PINHO David Calaveiras era um empresário em nome individual, que operava no ramo das madeiras, no corte e abastecimento a outras empresas. Cedo se apercebeu do potencial da região e do valor acrescentado que se deveria dar a floresta da região. Com uma experiência mais de 50 anos entendeu que deveria enveredar pela impregnação de madeira, dando-lhe assim maior valor acrescentado. Em 2007, resolveu estabelecer os filhos numa sociedade por quotas, denominado David Calaveiras, Madeiras Tratadas Lda. DAVID CALAVEIRAS LDA. A empresa dedica-se à produção de postes para impregnação e preservação, como seu principal negócio. Há cerca de seis anos entendeu incluir na sua área de negócio a produção de estilha de pinho. Comercializa também materiais necessários à montagem de vedações tais como redes, arames etc. A David Calaveiras, Lda, está localizada na Est. Nac.233 em Lousã que dista cerca de 20km de Castelo Branco, capital de distrito. A empresa tem hoje uma responsabilidade social alargada a todo o distrito uma vez que com ela operam a maioria das empresas de extração florestal de toda a região. Circunstância que advém do respeito e consideração pela empresa e do seu fundador David Calaveiras, figura que era conhecida e respeitada por todos. Paulo Calaveiras e David Calaveiras, filhos do fundador e atuais sócios da empresa tem vindo a desenvolvê-la e aumentar a sua capacidade produtiva. Convictos de que a perceção que o seu pai teve há muitos anos atrás da potencialidade florestal da região continuam nesta zona interior do país a desenvolver a área da transformação da madeira. Desde 1992, ainda com o seu fundador, criaram uma a nova unidade de preservação de madeira. A empresa desenvolveu uma grande aproximação aos seus fornecedores e provocou um valor acrescentado a floresta da região. Hoje, o empresário florestal da região, tem a David Calaveiras, Lda como uma empresa de sua confiança, sendo está uma grande recetora de todo tipo de madeira de pinho produzida na região. Madeira para postes, madeira para destroçamento e madeira para serração. Contudo, nem toda a madeira rececionada é proveniente da região. A empresa adquire madeira da floresta da vizinha Espanha, que dista desta, cerca de 50/60km. Decorrente da escassez de matéria-prima, a David Calaveiras, Lda também importa a matéria-prima, além Espanha também do Brasil ou Lituânia. Uma tendência que poderá vir a ser mais frequente devido, à cada vez maior escassez de matéria-prima em Portugal, decorrente dos recentes incêndios que deflagrou na região e no país. A produção de postes preservados e Estilha de Pinho sem casca Trata-se de uma empresa, com 35 colaboradores, que nas suas instalações recepciona todos os tipos de madeira de pinho. Focada na necessidade basilar de certificar e garantir a qualidade dos seus produtos perante os clientes, a empresa de Castelo Branco aposta na qualidade da preservação da madeira. É aqui realizada uma secagem lenta e ao ar livre até esta atingir um teor de humidade de 20 por cento. Após a secagem natural da matéria-prima, é-lhe introduzida um produto preservador, “proveniente de Inglaterra”, que garante a conservação e durabilidade da madeira. Este procedimento, realizado pelo processo vácuo/pressão/vácuo, 54 | PORTUGAL EM DESTAQUE


feito por profissionais competentes e com equipamento adequado o que confere aos postes produzidos a garantia de durabilidade da madeira por um período de 20 anos. Os postes preservados da marca David Calaveiras, Lda são marcados com um prego que contem as iniciais da empresa -DC- e o ano de tratamento da madeira. Esta postura empresarial, focada na qualidade do produto, resulta numa produção de postes de madeira que ronda dois milhões anuais de postes de pinho da marca ‘David Calaveiras’. Até hoje a empresa não recebeu nenhuma reclamação nos postes por si produzidos - garantem os irmãos. Dispõem, de um grande stock de madeira seca que permite dar resposta aos pedidos dos clientes com alguma rapidez. A empresa dispõe de uma vasta rede de revendedores e de aplicadores em Portugal como seus principais clientes. Nas exportações a empresa tem como parceiros grandes centrais de compras bem como cooperativas e empresa de renome internacional. O seu maior mercado de exportação é França e Espanha. Em entrevista à Portugal em Destaque, os irmãos Paulo e David Calaveiras, atuais proprietários, explicam que, habitualmente, de um pinhal são retirados três tipos distintos de madeira. A madeira mais valorizada, pela sua especificidade é designada vulgarmente de madeira para varas e postes, há também madeira de serração e a madeira de celulose para estilha. Na David Calaveiras, Lda são rececionadas os três tipos de madeira o que se traduz numa vantagem de grande importância para os seus fornecedores. No mesmo dia são cortados na floresta, madeira dos três tipos. A vantagem para os empresários florestais é poder carregar

diariamente todos os tipos de madeira para o mesmo local/cliente, permitindo assim uma maior triagem e aproveitamento da matéria-prima. É uma forma de rentabilizar a matéria-prima, e otimizar custos de transporte, que de outra maneira teria que ser entregue a várias fábricas com destinos mais longínquos logo mais onerosos. Sempre com ambição de evolução e crescimento, a David Calaveiras, Lda, realizou um investimento considerável no sentido de melhorar a qualidade da estilha produzida. Está agora equipada com máquinas novas e com capacidade de produção diária de mais de 1.000m3/dia de estilha, descascada, calibrada e limpa, que é utilizada na fabricação de aglomerados e outros produtos, como por exemplo para o aquecimento e produção de energia. A empresa irá a partir

de março 2018 criar um segundo turno para aumentar a produção de estilha para 45.000m3/mês. 540.000m3 é aquilo que os dois irmãos estimam produzir de estilha no ano de 2018. A empresa tem uma grande incidência no mercado nacional e relevante presença no mercado estrangeiro, desde países como a França e Espanha. Os seus postes já estão em países tão distantes como Grécia, Mauritânia e países lusófonos entre outros. É uma empresa familiar com história e única na preservação de madeira de pinho e também agora na produção de grande quantidade de estilha proveniente diretamente da madeira de segundo aproveitamento e não de desperdícios de serragem. Tem como principal missão a qualidade nos produtos que comercializa.

Estrada Nacional 233, Apartado 49 | 6005-230 Lousa, Castelo Branco Tlf.: 272 425 231 | E-mail: geral@davidcalaveiras.pt | www.davidcalaveiras.pt

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A EFICÁCIA NO TRANSPORTE URGENTE DE MERCADORIAS A MRW conta com a maior rede ibérica de lojas de entregas diretas e de transporte urgente. Desde serviços porta-a-porta até à entrega ou recolha em loja, os serviços prestados pela MRW são caraterizados pela rapidez e eficiência. Marco Conceição, proprietário da empresa Números 100 Tréguas detentora do Franchising da MRW em Castelo Branco desde 2016,realça o “crescimento das compras online”. MRW

MARCO CONCEIÇÃO

Passado e presente: aposta na segurança O Grupo MRW surgiu em 1977 e foi pioneiro na implantação do e-commerce. Marco Conceição realça a importância “das compras online”, uma vez que o mercado, nos dias de hoje, tem uma enorme vertente digital. A contar entre Andorra, Espanha, Gibraltar e o mercado nacional, a MRW tem uma carteira de clientes em mais de 1.300 lojas e 61 plataformas logísticas. Em território luso, a marca encontra-se representada

em sensivelmente de 35 espaços com uma média de 40 milhões de envios por ano, a empresa realiza “também entregas ao sábado e no próprio dia, em alguns casos específicos”. À parte disso, a empresa tem também uma forte presença na entrega de “produtos de pequenas dimensões”. Um dos valores da MRW é o rigoroso “cumprimento dos critérios, normas e horários”. Em Portugal, a marca tem vindo a crescer imenso “conquistando novos mercados”. A boa referenciação “tem sido importante para o crescimento”. A competência e a qualidade dos serviços prestados são “reflexo do trabalho que eu e os meus colaboradores temos vindo a desenvolver” apostando “numa equipa jovem e dinâmica”, desenvolvendo, assim um melhor trabalho. A “fidelização para garantir os postos de trabalho e a frota de cinco carros fixos” é

fundamental, a Números 100 Tréguas não seleciona clientes, todavia, tem parceiros associados que desenvolvem e garantem o volume de faturação necessária para a estabilidade de empresa. No setor de transporte urgente, a Números 100 Tréguas garante o “compromisso, a eficiência e a transparência” para com os seus parceiros. A “próxima relação com os parceiros“ é um valor de que Marco Conceição não abdica uma vez que “tem funcionado muito bem”. A equipa da Números 100 Tréguas é jovem, dedicada e especialmente uma equipa com forte vontade de crescimento. “Atualmente com oito colaboradores dos quais cinco mantêm-se desde o início, mais tarde sentiu-se a necessidade de contratar mais dois colaboradores, posteriormente com o crescimento da empresa e para garantir a qualidade do serviço prestado aos clientes foi contrtado mais um colaborador, a única troca que houve foi por decisão do próprio funcionário, a empresa Números 100 Tréguas em castelo Branco garante aos seus parceiros uma maior e mais rápida resposta uma vez que “toda a equipa conhece bem todas as rotas”. 2018: o desejo pela expansão “Um armazém que permita a entrada e saída de viaturas”, é o desejo para o ano que se inicia. “Não é fácil aqui no Interior mas o crescimento que temos é exequível”, afirma. O aumento da frota automóvel – ainda que tenha em sua posse uma frota nova – de modo a “não ser necessário recorrer ao aluguer de outros veículos quando o volume de trabalho aumenta” é também uma meta para 2018, conclui.

mrw.pt 56 | PORTUGAL EM DESTAQUE


TAROUCA E LAMEGO Situado em pleno distrito de Viseu, e na margem sul do rio Douro, Lamego é um município constituído por uma área total de 165,39 km2, abrangendo uma população de 26.961 habitantes (de acordo com dados de 2011). Reconhecida pelo seu carácter histórico e monumental, Lamego é uma cidade que encontra em áreas como os serviços, o comércio e o setor agrícola algumas das bases mais fortes e sustentáveis da sua economia. Tarouca, também em Viseu, conta com cerca de 3.500 habitantes, elevada a cidade em 9 de dezembro de 2004. Um aspeto que, de facto, une estes dois territórios prende-se com o peso social, económico e até histórico que a atividade vitivinícola neles ocupa. Ambos os concelhos correspondem, de resto, a dois elementos daquela que é reconhecida como a Região Vinhateira do Alto Douro – classificada como Património da Humanidade pela UNESCO. Fatores como este têm permitido também que os concelhos de Lamego e Tarouca tenho visto crescer, de uma forma gradual, o seu número de turistas e mérito internacional. Acima de tudo, estas são duas cidades que quem visita não esquece.

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EVOLUÇÃO E MUDANÇA RUMO AO FUTURO É pelas palavras do presidente da Câmara Municipal de Tarouca, Valdemar de Carvalho Pereira, que passamos a conhecer melhor este município repleto de possibilidades e oportunidades, com uma qualidade de vida e natureza únicas. MUNICÍPIO DE TAROUCA

VALDEMAR DE CARVALHO PEREIRA

Tarouca é parte de uma região que foi também ela o berço da nacionalidade. Rica em património histórico, religioso e natural, quais os locais de passagem obrigatória a quem visita o concelho? Tarouca é efetivamente um concelho privilegiado em riqueza patrimonial, natural e paisagística. Os Mosteiros de S. João de Tarouca, e Santa Maria de Salzedas, ligados à Ordem de Cister, a Ponte e Torre de Ucanha, a Casa do Paço de Dalvares e Museu do Espumante, as Caves da Murganheira, são ícones do nosso concelho que vale a pena visitar. Para os amantes da natureza, a Serra de Santa Helena ou o Cristo Rei, locais de culto religioso, são igualmente lugares com paisagens de perder de vista. Além do pedestrianismo, a Serra de Santa Helena tem infraestruturas que permitem a prática de campismo, parapente e downhill. O Rio Varosa, com excelentes condições para a canoagem é também

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conhecido pela pesca da truta. As zonas ribeirinhas de Várzea da Serra, Ucanha e Mondim da Beira são outros dos locais de atração nos meses do verão. A natureza presenteou este concelho com um abundante e aromática arbusto: o sabugueiro, que durante o mês de maio veste o território de branco e confere-lhe uma fragrância floral única. O primeiro mandato foi marcado pela valorização do património municipal através da requalificação do mesmo e pela criação de vários espaços museológicos. Quais serão os próximos passos para que o turismo tenha papel mais relevante no Município? Manteremos a aposta no conjunto de eventos e atividades diferenciadoras que promovem a região e o património edificado, natural e imaterial do concelho, alavancando os rendimentos da atividade


turística, proporcionando a quem nos visita a oportunidade de vivenciar experiências únicas, despertando o desejo de voltar. Por vezes o mais difícil é a fixação dos turistas na cidade, o que pode ser feito para desenvolver infraestruturas hoteleiras? O desenvolvimento de eventos ou atividades capazes de criar novas experiências para quem nos visita, a abertura ao publico de todos o nosso património edificado e a criação de roteiros temáticos, são um conjunto de ações que temos vindo a desenvolver para cativar os empreendedores do setor do turismo, e tais ações têm tido repercussões positivas, pois hoje já temos no nosso território uma maior oferta na área de alojamento e restauração. No entanto, conscientes do território e das dificuldades em viabilizar uma grande infraestrutura hoteleira, pretendemos, entre outras coisas, durante este mandato desenvolver uma bolsa de alojamento local, que terá como objetivo responder aos picos de procura e assim aumentar o rendimento dos nossos munícipes. A nível cultural, Tarouca tem uma agenda recheada de eventos. Em julho o Internacional Folk Dance Festival Vale Varosa torna-se uma referência. Que outros eventos relevantes podemos assistir em Tarouca? Fizemos das associações parceiros dinâmicos e em conjunto com o associativismo local, temos apostado na criação de eventos diferenciadores, transversais a todas as faixas etárias e capazes de atrair visitantes ao nosso concelho, tanto ao nível cultural como gastronómico ou desportivo, sendo disso exemplo, além do Internacional Folk Dance, o Festival da Juventude, as provas de Downhill e motocross, os passeios Todo Terrenos, o Festival da Truta, a Montra Gastronómica, a Festa do Sabugueiro em Flor, as Festas de S. Miguel, o encontro de bandas de música, bem com os espetáculos musicais que são proporcionados por estas durante o ano. Consequência da centralização o despovoamento tem-se sentido em toda a região do interior. A escassez de emprego e a falta de investimento são uma realidade cada vez mais acentuada. É essa uma das principais lutas do atual executivo? Quais as principais condições que poderão atrair investidores a Tarouca? A interioridade, e consequentes dificuldades e barreiras que esta implica, será sempre uma questão que nunca pode ser subestimada ou esquecida, por isso a nossa linha de ação é guiada pela premissa da sustentabilidade, procurando criar condições para que os projetos possam ser desenvolvidos. A título de exemplo, dizer-lhes que avançamos para a criação de uma área de acolhimento empresarial local, que seguramente atrairá novos empreendedores, criará novas dinâmicas nos já presentes no nosso território e promoverá a criação de postos de trabalhos, garantindo assim uma maior fixação dos nossos jovens. A 25 de fevereiro Tarouca irá receber a primeira taça de Portugal DHI C1 – uma prova internacional de downhill – o desporto de aventura é uma aposta para dinamizar a região e trazer mais visitantes ao município? Esta é sem dúvida uma aposta ganha. A realização de diversas provas nacionais e internacionais de DownHill atraem milhares de visitantes ao concelho, não apenas no dia da prova, mas durante todo o ano, sendo uma mais valia na promoção do território bem como na fomentação da economia local. Tarouca tem um território com condições únicas para o desporto aventura, tem história neste tipo de atividade e é estratégica a afirmação deste território também neste tipo de atividades desportivas.

Quais os principais objetivos e projetos a realizar até ao fim deste mandato? Manteremos um mandato de proximidade, onde continuaremos a dar prioridade às pequenas obras, que melhoram a qualidade de vida das pessoas que aqui vivem. Temos um foco muito grande, com objetivos muito difíceis de atingir, pois não dependem apenas da nossa vontade, que é a conservação e reflorestação de toda a nossa área florestal, afastando assim o flagelo dos fogos florestais. Desejamos continuar a criar eventos e experiências inovadoras e diferenciadoras, garantindo assim uma maior atratividade do território. Temos candidaturas a fundo comunitários, já aprovadas ou em processo final de aprovação, que garantirão a realização de investimentos na reabilitação da zona ribeirinha de Tarouca, Mondim da Beira e Ucanha; na regeneração urbana do centro da Cidade de Tarouca, garantindo melhores condições para quem ali vive e uma maior atratividade para os empreendedores; reorganização e reabilitação do morro da Alcácima e da Serra de Santa Helena; Da música ao desporto, o associativismo é um estandarte de Tarouca fora da região e um motor na dinamização das localidades. Tem sido uma das apostas deste executivo fomentar o Associativismo. É uma filosofia para continuar? As associações do concelho de Tarouca foram capazes de encontrar atividades diferenciadoras, de criar dinâmicas nos seus territórios com o objetivo de melhorar as condições de vida dos seus conterrâneos, de levar o nome de Tarouca mais longe e representar o concelho, sendo claramente parceiros basilares na ação deste executivo.

Em jeito de conclusão, diria que Tarouca é um município que oferece uma excelente qualidade de vida? Costumo dizer que Tarouca é dos melhores municípios para viver, na medida em que proporciona aos seus habitantes uma panóplia de serviços, infraestruturas, equipamentos e comodidades facilmente acessíveis, associadas a um território riquíssimo em cultura, gastronomia, tradição, onde é possível respirar o ar puro que a natureza nos proporciona, longe da correria e stress associados à vida nas grandes cidades.

Av.Dr. Alexandre Taveira Cardoso 3610-128 Tarouca Site: www.cm-tarouca.pt Telefone +351 254 677 420 E-mail: camara@cm-tarouca.pt

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UMA FLORA VASTA E NATURAL Situada a mais de 1000 metros de altura, ainda na serra de Montemuro, aflora entre os montes uma região serrana de origens humildes em que a natureza impera e vai vislumbrando o olhar de quem visita estas localidades. Falamos das freguesias de Bigorne, Magueija e Pretarouca - integrantes de uma União de freguesias. Gilberto Ribeiro da Silva, o atual presidente desta União de Freguesias, apresentou-nos a região e o trabalho desenvolvido pelo atual executivo. UNIÃO DE FREGUESIAS DE BIGORNE, MAGUEIJA E PRETAROUCA

GILBERTO RIBEIRO DA SILVA

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A sul de Lamego, a chegada a estas freguesias faz-se por entre os montes impetuosos e sublimes, compostos de uma flora vasta e tão natural quanto a água do rio Balsemão que rasga estas montanhas. Nos vales, um conjunto de localidades feito de pessoas tão puras quanto o ar que por ali se respira. Gentes de campo, humildes e hospitaleiras prontas a receber quem por ali passe. Bigorne, Magueija e Pretarouca serão certamente freguesias anónimas a grande parte dos leitores, mas fazem parte das regiões rurais mais fascinantes que o interior do país nos concede. Gilberto Ribeiro da Silva foi um antigo agente da polícia marítima, serviu diversas capitanias da costa portuguesa e, apesar de ter migrado, sempre manteve a afinidade com a terra onde crescera. Depois de se aposentar cumpriu o sonho de voltar às suas origens onde acabou por ‘abraçar’, em 2013, a missão política de ajudar no desenvolvimento das freguesias. Atualmente a cumprir o segundo mandato, fez um balanço positivo da sua primeira experiência política, “as pessoas assim o disseram” referiu denotando a expressividade eleitoral com que voltou a ser reeleito. “Fez-se muita obra porque a freguesia também é muito grande. São povoações muito dispersas, mas o importante é dar conforto a todos. Hoje, as pessoas têm melhores condições, mas ainda há muito mais a fazer”, elucidou o presidente sobre o primeiro mandato e o objetivo de requalificar as localidades e lhes criar melhores acessos e condições. Numa região tão fustigada pela desertificação do interior de Portugal (onde existem mais eleitores que residentes) outro dos objetivos tem sido devolver a dinâmica e vivacidade à região. A escassez de trabalho no interior levou a que grande parte da população das freguesias abandonasse a região para conseguir trabalho levando ao abandono de muitas das localidades, algumas com poucas dezenas de habitantes e outras quase desabitadas por completo, como é o caso de Ribelide, um lugar que durante muitos anos teve apenas um habitante. A União de freguesias tem nesse sentido, um papel essencial na luta à solidão das pessoas mais


envelhecidas. Também o associativismo tem um papel relevante nesta povoação. A Associação para o Desenvolvimento Social, Cultural e Recreativo de Magueija (ADSC) é uma das principais dinamizadoras da região e um dos locais de encontro e de convivência. A Associação Filarmónica e Banda Juvenil de Magueija (criada em 1824) é uma das bandeiras da freguesia e parte da cultura destas povoações, “tem um cariz profissional de excelência e que tem elevado o profissionalismo. É uma banda muito solicitada porque as pessoas conhecem o seu valor e a sua execução”, acrescentou o presidente. Uma região de portas abertas ao investimento Apesar de haver uma aposta reduzida na economia desta União de Freguesias, esta é marcada por um conjunto de condições favoráveis a possíveis investimentos nos setores da restauração, da agricultura e da

indústria do fumeiro, como indicou Gilberto da Silva. Na restauração, a exploração pode ser servida associando os sabores gastronómicos e a beleza da região: “em Pretarouca existe uma barragem com um espelho de água lindíssimo e uma paisagem também muito linda. Lá existe uma escola primária que foi abandonada e que vemos com bons olhos a cedência do espaço para se criar uma zona de restauração num local tão acolhedor”, referiu o presidente. Na agricultura, a aposta passa pela exploração da castanha, um produto que na região tem todas as condições para ser produzido com excelente qualidade. “Falta implementar um modelo de produção e criar infraestruturas para a potenciar. Toda esta zona tem as condições ideais para a castanha e seria uma forma das pessoas nas suas terras”, elucidou. A indústria do fumeiro é certamente um dos estandartes da região de Lamego e um dos produtos produzidos com exce-

lência nas regiões vizinhas da cidade. Em Magueija a qualidade da carne alia-se às metodologias tradicionais na conceção do fumeiro o que lhe atribui um paladar único. Investir nas gentes da terra… Perspetivando o futuro, um dos objetivos traçados pelo atual executivo passa pela recuperação de uma antiga praia fluvial no lugar de Reconcos uma medida que será também uma forma de fomentar o turismo durante a altura de mais calor. Gilberto da Silva concluiu garantindo que irá continuar a fazer as pequenas obras e a dar o conforto aos seus fregueses: “Para as pessoas que cá vivem quero dizer que continuo com todas as minhas forças a fazer o melhor para a minha terra”.

Estrada Nacional 2, nº 2204 | 5100-604 Magueija 254 688 186 | 965 224 580 | fregbimagueijapre@outlook.pt www.uf-bigornemagueijapretarouca.pt

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UMA CLÍNICA DE EXCELÊNCIA PARA A REGIÃO Situada no coração da cidade de Lamego, a clínica Excelis assume-se como espaço de saúde com elevados padrões de competência, qualidade e excelência, prestando um serviço diferenciado, que marca a diferença no panorama empresarial da região. Sob direção de Paulo Monteiro, a clínica Excelis tem vindo a merecer reconhecimento da região e é cada vez mais conceituada pelo seu carácter inovador e pelos resultados alcançados. CLÍNICA EXCELIS

VÂNIA TEIXEIRA, CRISTINA NOGUEIRA, ALEXANDRA MONTEIRO, JOANA LIBÓRIO, LEONOR BETTENCOURT, MARINA TEIXEIRA

O mês de fevereiro de 2017 marcou o início da Excelis, um projeto inovador e complementar no que diz respeito aos serviços de saúde de Lamego. Paulo Monteiro - médico reumatologista, diretor clínico da Excelis e diretor do serviço de Reumatologia do Centro Hospitalar Tondela-Viseu, EPE, em conjunto com um grupo de sócios, deparou que havia uma lacuna na oferta de diversos serviços clínicos na região e decidiu assim avançar com o empreendimento que fez suceder a Excelis. Localizada no centro de Lamego, oferece uma excelente comodidade nos acessos e no que diz respeito a espaços para estacionamento. Está próxima da estação de autocarros que Paulo Mon62 | PORTUGAL EM DESTAQUE

teiro vê como enorme mais-valia para os utentes que se deslocam em transportes públicos particularmente aqueles que se deslocam a Lamego provenientes de outras localidades e/ou concelhos. Um ano após a sua abertura, é já uma referência na região, como comprova o aumento exponencial de utentes que recebe. Numa área como a saúde, a nobreza de servir requer em todas as suas componentes um serviço de excelência, oferecendo ao utente um conforto singular e personalizado. A clínica Excelis reúne uma cobertura de serviços na esmagadora maioria das valências médicas, cirúrgicas e técnicas com um serviço exercido de forma incon-

tornável, onde o humanismo e a proximidade com o paciente são primordiais. “Há uma proximidade enorme com todos os colaboradores e isso dá outra segurança aos utentes. Se não humanizarmos a saúde e se não a tornarmos numa relação mais próxima e familiar não estamos a cumprir o nosso papel”, explicou o diretor clínico Paulo Monteiro. “O nosso foco é dar uma cobertura de todas as valências médicas e cirúrgicas, com particular enfoco na reabilitação e fisioterapia. A nossa aposta sempre foi ter uma unidade muito diferenciada, com um cuidado à população muito profissional e personalizada. Temos incutido isso nos nossos colaboradores e a fisioterapia


periféricas ou menos densamente povoadas não têm acesso de proximidade a determinados cuidados de saúde mais diferenciados e especializados. Queremos estar em localidades mais pequenas e oferecermos cuidados muito diferenciados, de excelência clínica e técnica e com carácter muito familiar e de proximidade”. A Excelis é já hoje, com apenas um ano, uma referência em Lamego e veio acrescentar grande valor nos cuidados de saúde da região.

PAULO MONTEIRO

funciona muito bem nesse sentido, porque o nosso utente vai muitas vezes à fisioterapia e acaba por criar uma relação quase familiar com a sua fisioterapeuta. Temos tido um aumento exponencial na procura desses serviços justificado naturalmente pela qualidade e resultados sentidos pelos utentes e pela relação de familiaridade e proximidade que se estabelece com a nossa equipa”, esclareceu. É essa relação de humanismo e de familiaridade entre os utentes e toda a equipa que impera em todos os serviços e que diferencia a Excelis nos cuidados de saúde. É um espaço diferenciado e equipado com a mais recente tecnologia e equipamento técnico necessário. Oferece ainda serviços de exames complementares de diagnóstico desde análises clínicas, ecografias, testes alergológicos, audiogramas, eletromiografias e exames da área da cardiologia e pneumologia. Em voga da atualidade, a medicina alternativa não é colocada de lado na Excelis: “Prefiro chamar-lhes técnicas de medicina complementar, são cada vez mais importantes e têm o seu papel enquanto complementares à medicina dita convencional. Já temos a oferta da acupuntura e, consoante a procura, podemos vir a ter mais ofertas nesse sentido”, mencionou o diretor clínico. A equipa clínica é composta por um leque de profissionais experientes, muitos dos quais diretores de serviços hospitalares e, portanto, com experiência e o know-how reconhecido. A equipa técnica conta também com profissionais com grande experiência recrutados com base na sua reconhecida competência. São profissionais com valor cientifico e técnico certificado, mas “acima de tudo têm características hu-

manas e de relacionamento interpessoal acima da média. Particularmente na área da saúde, se formos muito bons técnicos, mas não formos bons humanos, não temos muito sucesso nem cumprimos a nossa missão” aludiu Paulo Monteiro. Embora seja uma clínica privada, os valores praticados neste estabelecimento estão dentro dos custos do mercado. Além disso tem um vasto leque de convenções e protocolos com subsistemas de saúde privados e públicos. A Excelis prima em completar o serviço de saúde público que na região é, de certa forma, algo limitado quanto à procura que tem: “O serviço público tem cada vez mais dificuldade em dar resposta às populações e passa muito por haver investimento privado para complementar o Serviço Nacional de Saúde e permitir liberdade de escolha aos utentes”, acrescentou Paulo Monteiro. Com a filosofia de bem acolher, todos os colaboradores abordam o utente com simpatia e um sorriso reconfortante. Na Excelis, a espera, que embora curta, é afagada pela simpatia de uma equipa quase única na forma confortante como interage e valoriza o utente. É assim que Paulo Monteiro continua a horizontar o futuro da clínica ambicionando “alargar ainda mais os serviços, sobretudo na oferta de exames complementares de diagnóstico, e algumas áreas clínicas de que ainda não dispomos e que pretendemos ter a curto prazo”. Acrescentou ainda, em jeito de conclusão: “Queremos replicar o modelo em cidades mais pequenas. A nossa ideia é oferecer um serviço de qualidade e excelência a populações mais pequenas. Se não forem unidades como a nossa as populações mais PORTUGAL EM DESTAQUE | 63


SABORES QUE FAZEM SORRISOS A fazer história desde 1933: tem sido este o caminho dos Lacticínios do Paiva, uma empresa de referência nacional na produção de queijos. De Lamego para o mundo, é na capital do Douro sul, que os Queijos Paiva ganham forma - são preparados com os toques da tradição, que lhe acrescenta o sabor caraterístico, garantindo a qualidade reconhecida pelos vários prémios que tem arrecadado ao longo dos anos. LACTICÍNIOS PAIVA

São já 85 anos vincados no mercado, mas a história dos Lacticínios do Paiva remonta até mesmo antes dos anos 30. A empresa é o resultado da fusão entre duas pequenas empresas (Lacticínios de Lamego e Lacticínios da Beira) - o propósito era conseguir uma maior expressão no mercado. A empresa foi crescendo e os Queijos Paiva foram ganhando inúmeros reconhecimentos. A produção ganha certamente com a longevidade da empresa, além de uma experiência inestimável. A Lacticínios do Paiva reúne a tradição e a arte de produzir lacticínios à inovação. Os padrões são de excelência em termos de qualidade, o que assegura a satisfação e superação contínua das expectativas e exigências do mercado. Nos últimos anos, a empresa tem procedido a grandes e contínuos investimentos da mais alta tecnologia, na modernização de todos os seus equipamentos produtivos, bem como, nas estruturas necessárias para a realização dos processos associados ao Sistema de Gestão de Segurança Alimentar implementado (IFS Food v6 2017) e o consequentemente recrutamento de recursos humanos especializados. Hoje os Queijos Paiva são uma das principais empresas da região de Lamego e de toda a Beira Alta com um grande impacto social, em grande parte pela abrangência de um elevado número de colaboradores, neste momento conta com mais de uma centena e meia de postos trabalho diretos e cerca de 500 postos de trabalho indiretos. Na representação de um produto tão tradicionalmente português como o queijo, são uma referência nacional e internacional quer na produção e na inovação. A carta de produtos que a Lacticínios Paiva dispõe é vasta e com uma grande variedade – queijos tradicionais pratos, bola, barra, fatiados, frescos tradicionais e frescos longa duração, gourmet, saúde e até mesmo sobremesas lácteas e manteigas. Entre os queijos, os paladares vão além dos tradicionais, 64 | PORTUGAL EM DESTAQUE

destacam-se os queijos de cura prolongada, com os sabores de manjericão, azeitona, alecrim, pimenta preta e chila e paprika. Em entrevista à Portugal em destaque Felismina Filipe deu a conhecer mais sobre a empresa e seus projetos. Quais as caraterísticas que tornam os queijos Paiva tão especiais? Uma das grandes preocupações do queijo Paiva assenta na exigência da seleção da melhor matéria prima , oriunda de explorações leiteiras devidamente certificadas, que obedecem a rigorosos controlos sanitários. Aliás todos os produtos incorporados no fabrico dos queijos Paiva são adquiridos a empresas devidamente certificadas. A marca está também, equipada com um laboratório, onde se realizam diariamente analises a matéria prima, aferindo vários parâmetros imprescindíveis para obtenção de um produto final com qualidade e diferenciador. A Lacticínios do Paiva tem alcançado um crescimento exponencial nos últimos anos de atividade. A que se tem devido esse crescimento? Os queijos Paiva, nos últimos anos cresceram a um ritmo superior a 10 por cento ao ano . No último ano, o volume de negócios teve um crescimento de 5 por cento face ao mesmo período homólogo. A empresa exporta cerca de 25 por cento do seu volume de negócios para os quatro cantos do mundo. O crescimento da sua atividade assenta na satisfação dos clientes com produtos diferenciadores e de alta qualidade . O investimento tecnológico feito no setor da produção representa parte da visão de crescimento da empresa? Sim. Esse crescimento é apoiado no conhecimento do mercado,


vos diferencia? Que novas inovações podemos esperar para o futuro? Os queijos Paiva, contam com uma gama de queijos muito diversificada. Uma das mais recentes inovações foi o lançamento do queijo bola flamengo em fatias. É um segmento de negócio que esta em pleno crescimento e tencionamos no futuro próximow duplicar as suas vendas.

inovação e tecnologia . Uma das grandes estratégias da empresa, é a reestruturação e aquisição de novos equipamentos produtivos, para melhorar a produtividade e sustentabilidade da empresa. Assim os investimentos recentes, no setor da produção dos queijos curados , queijos frescos e embalamento ultrapassam os dois milhões de euros. É possível manter a tradição aliada aos novos métodos de produção e à evolução tecnológica? Com certeza. É um dos nossos pontos fortes: manter o equilíbrio entre a tradição e a qualidade. Apesar de apostar na inovação tecnológica, empurrado também, pelas exigências do mercado extremamente competitivo, mantém o sabor tradicional e caraterístico dos queijos. Têm sido inovadores nos sabores dos queijos, sentem que esse fator

Parte dos investimentos recentes foram destinados à preservação ecológica. Num produto tão ligado a tradições e, de certa forma, à natureza, sentem que essa responsabilidade ambiental é incontornável? Claro. Uma das grandes preocupações da empresa é a parte ambiental, colocada na prioridade dos investimentos. Construímos uma ETAR (estação de tratamento de aguas residuais), equipada com a mais alta tecnologia, que depois de concluída ronda um investimento de meio milhão de euros, estando já a funcionar em pleno. A exportação representa um papel importante no crescimento da empresa? Quais os principais países para que exportam? É através da exportação que a empresa tenciona crescer nos próximos anos. Os países de destino mais representativos são: Angola, Cabo Verde, Moçambique, Brasil, Alemanha, Polónia, França, Suíça, Luxemburgo, Reino Unido, Macau, Canadá e Espanha. Quais os principais projetos e objetivos a cumprir para o futuro? É lançar novos produtos, do segmento saúde e novos sabores e consolidar o crescimento. Tem por objetivo atingir até 2020 um volume de negócios de 26 milhões de euros acompanhado com o crescimento da rentabilidade e produtividade.

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A SIMPLICIDADE DA BOA COMIDA Um monumento único em Portugal como pano de fundo e uma mesa recheada de tradições gastronómicas da região do Ribadouro, são algumas das coisas que podemos encontrar no restaurante A Tasquinha do Matias. Um espaço acolhedor, com uma decoração simples, mas particular e pratos ao bom gosto da gastronomia tradicional da região do Douro. Desde sempre Filomena Matias, gerente do espaço, e a sua equipa de trabalho apostaram na qualidade dos pratos e no conforto daqueles que o visitam. TASQUINHA DO MATIAS

O restaurante a Tasquinha do Matias encontra-se em Ucanha, uma aldeia histórica do concelho de Tarouca. Por ali tudo é pedra, desde a torre fortificada até à ponte romana que faz a travessia do rio e dá acesso ao restaurante. As pedras poderiam contar anos e anos de história inclusive, mais recentemente, a de uma tasquinha que surgiu por ali no início dos anos 80. Mais tarde viria a tornar-se num restaurante aquando Filomena Matias deu seguimento à casa que o seu pai construíra. Orgulho, arrojo, simpatia e criatividade são apenas quatro formas de descrever a ligação de Filomena Matias à gastronomia regional e à própria região. Foi durante 15 anos emigrante, onde trabalhou na área da restauração, voltou para Portugal, onde morou em Lisboa. Acabou por regressar à sua terra natal anos mais tarde onde concretizou o sonho de abrir o seu restaurante com a cozinha regional. Aliou o rigor e organização suíço à gastronomia portuguesa e ao seu talento natural como cozinheira – a sua dinâmica e vontade de vencer fizeram o resto e tornaram n’ a Tasquinha do Matias uma referência entre o Douro. Uma carta onde a tradição é rainha A Tasquinha do Matias é um espaço acolhedor com decoração sóbria, mesas confortáveis, atoalhados dignos e excelente serviço de mesa. O restaurante propõe-se a oferecer produtos locais e regionais de qualidade: “o cabrito, o cordeiro no forno de lenha, a posta de vitela na telha, as costeletas de cordeirinho na brasa e os enchidos da nossa região - alheiras, moiras, chouriças”, enumerou. 66 | PORTUGAL EM DESTAQUE

EQUIPA

Filomena Matias. No entanto, não estivéssemos afinal a falar de gastronomia regional, quem por ali é rei são os milhos à lavrador, servidos em potes de ferro e confecionados à moda da casa. “O meu avô era moleiro e a minha avó fazia sempre os milhos no pote, vê-la a fazê-los era uma paixão que tinha”, explicou Filomena, uma das razões pelo destaque que os milhos auferem na ementa. Também a Marrã e, durante o mês de setembro, o bazulaque (pratos típicos do concelho de Tarouca) são ali servidos e considerados


como fundamentais na carta da Tasquinha. Os produtos servidos são frescos e saborosos, a carne é comprada todos os dias para garantir a sua frescura e as verduras são cultivadas na horta de Filomena Matias. Na escolha pelo que beber imperam os vinhos maduros característicos do Douro e a Murganheira, que tem a sua produção e caves bem perto do restaurante. Na serventia, um sorriso esboçado e uma preocupação pelo conforto de cada cliente são parte dos segredos da casa, como indicou Filomena: “tentamos atender o cliente como se fosse um familiar. Comer come-se em todo o lado, mas simpatia não se encontra em quase lado nenhum, é isso que quero sempre, muita simpatia”. Para apimentar a vontade e acrescentar razões para que todos os leitores visitem a Tasquinha do Matias acrescentou: “para além da boa mesa, aqui a paisagem é formidável. É tudo uma envolvência entre as ruas a história e a cozinha”. Dinâmica e empreendedorismo Apesar de hoje ser uma casa de referências, os primeiros anos foram austeros, frutos de estar numa região cada vez mais despovoada e de se localizar no interior do país, que parece ter sido esquecido pelos governos centrais. Mulher de armas e dedicação, Filomena aproveitou o património de Tarouca - incluindo a torre fortificada de Ucanha, uma estrutura única em Portugal - e criou uma rota turística com a oferta gastronómica da Tasquinha do Matias. Apresentou essa proposta em diversas feiras de turismo. Os monumentos, que apesar de transcendentes, estavam ao abandono dos olhares da população e acabaram a ter um aumento considerável de visitas. Consequentemente, a tasquinha viu crescer os seus clientes de dia para dia. Hoje são incontáveis os idiomas e turistas que passam pelo restaurante. Os cruzeiros do Douro representam uma fatia considerável, mas são várias as agências de turismo que percebem que a Tasquinha do Matias é uma passagem incontornável, até porque ali residem os sabores da região. Futuro Fruto da visão e do trabalho de Filomena Matias, hoje a Tasquinha do Matias é um destino obrigatório a quem visita o Douro. Apesar de ter conquistado uma posição confortável no panorama da restauração local, a gerente mantém a sua visão e empreendedorismo com novos projetos para o futuro. No final do ano o restaurante terá um aumento de mais 40 a 60 lugares. Num espaço que é hoje um antigo lagar de vinho, irá transformar-se numa garrafeira rústica e tradicional. Para além do serviço de restaurante, acrescerá ainda o serviço de um bar requintado pelos segredos tradicionais de uma região carregada de histórias.

FILOMENA MATIAS

Rua Ponte de Ucanha Tarouca www.facebook.com/restaurantetasquinhadomatias

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A OURIVESARIA DE LAMEGO Representante de uma arte ancestral, a Ourivesaria Oliveiras é detentora de cinco lojas na cidade de Lamego. O fundador da Ourivesaria Oliveira, actualmente “Ourivesaria Oliveiras”, celebrou no passado ano de 2014, no dia 16 do mês de Abril, cem anos de vida. Uma data que envolveu toda a família Oliveira e que mereceu o reconhecimento à actuação e longevidade desta entidade na sub-região do Douro, da qual Lamego faz parte. OURIVESARIA OLIVEIRAS

LEGENDA

Com uma oferta de trabalhos altamente detalhados, profissionais de inegável prestígio e qualidade e uma gama de produtos sublinhada por um cunho artesanal, as peças da Ourivesaria Oliveiras de Lamego são diferenciadas pela qualidade. Uma ourivesaria que representa, também, marcas de renome internacional como a Swarovski, Seiko, Timberland, Swatch, Tous ou a Just Cavalli e que dispõe ao cliente artigos certificados. São artigos que se exprimem desde os relógios à joalharia. Medidores de tempo de requinte capazes de servir clientes com as mais distintas predilecções e excepcionais peças de senhora que embelezam qualquer mulher. Uma variedade de produtos, promoções e uma qualidade que é inegável. A Ourivesaria Oliveiras, Lda tem vindo a habituar o seu cliente a um atendimento marcado pela prontidão e pela amabilidade. Lojas que são reconhecidas pela excepcional e diversificada panóplia de produtos que tem à disposição do cliente.

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OURIVESARIA OLIVEIRAS (Rua de Almacave - Lamego) Tel: 254 612 770 Telem: 96 7198371 ourivesariaoliveiras.pt


BRAGA Braga encontra-se no norte de Portugal e foi fundada pelos romanos há mais de 2000 anos com o nome Bracara Augusta. É das mais antigas cidades portuguesas e uma das cidades cristãs mais antigas do mundo. A história da cidade reflete-se nas inúmeras igrejas e monumentos, entre os quais se destacam a imponente Sé Catedral e a Igreja de Santa Cruz, datada do século XVII. Numa colina a cerca de 5 quilómetros a sudeste ergue-se o Santuário do Bom Jesus do Monte, um importante local de peregrinação. Por detrás, encontra-se o Monte do Sameiro, onde uma estátua colossal de Nossa Senhora vigia atenta a cidade. Nos arredores de Braga encontra-se a Citânia de Briteiros – um impressionante local arqueológico da Idade do Ferro. Considerada como a capital do Minho, Braga é a terceira maior cidade do país, depois de Lisboa e Porto. Foi Capital Europeia da Juventude em 2012 e em 2018 é a Cidade Europeia do Desporto, mostrando de forma clara a afirmação da cidade como uma forte potência nacional. A cidade de Braga é também conhecida pela sua gastronomia, artesanato, tradições, festividades e são diversos os pontos de interesse e de paragem obrigatória para quem visita a região. Nesta edição e nas páginas seguintes apresentamos aos nossos leitores algumas empresas, em setores de atividade distintos, numa tentativa clara de demonstar o melhor que se faz a nível empresarial nesta região.

Mosteiro de Santa Maria de Salzedas

Horário de funcionamento De Terça a Domingo Das 10 horas às 13 horas e das 14 horas às 18 horas Tlf: 254 600 230

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QUALIDADE E ELEGÂNCIA NA ARTE DE BEM SERVIR Qualidade de produtos e proximidade com os clientes são a chave do sucesso de MC Madeiras. Manuel Carvalho é o sócio-gerente da empresa, que iniciou a sua atividade em plena crise e conseguiu vencê-la. Com os olhos postos no futuro, tem como objetivo sedimentar a presença da empresa, além-fronteiras em 2018, e alargar o leque de produtos e serviços MC MADEIRAS

Em 2006, Manuel Carvalho, fundou a MC Madeiras. Com sede na freguesia de Priscos, no distrito de Braga, usufrui de uma boa localização, junto à EN 14, com bons acessos para o Porto, Guimarães e Valença. MC Madeiras tem como atividade principal a importação e exportação de madeiras, e os seus derivados como palete, toro, soalhos, portas, forros e o fabrico de habitações em madeira. Os seus principais clientes são todos aqueles que estão ligadas à construção civil, quer “os empreiteiros, os carpinteiros, os marceneiros, uma grande parte deles vem à MC Madeiras” afirma o seu fundador. A empresa de Manuel Carvalho assegura nove postos de trabalho diretos, distribuídos por três sectores: o transporte e armazenamento, a faturação e contabilidade e direção e gestão comercial. Pilares de crescimento: proximidade e qualidade Quanto ao segredo do sucesso da empresa e de que forma se distinguem da concorrência, o sócio-gerente aponta dois fatores essenciais. Primeiro fator fundamental é a proximidade, já que “quando surge algum problema sou eu que dou a cara, sou eu que estou logo em primeira mão, e presumo eu, que isso seja um dos fatores essenciais para que as pessoas confiem em nós.”. Segundo fator, “paralelamente a isso o que nos distingue dos outros é a qualidade.” 70 | PORTUGAL EM DESTAQUE

Tendo como pedras basilares a proximidade e a qualidade, mesmo em anos de crise, o sócio-gerente conta que a empresa tem crescido, “Comecei na época da crise. Em 2006, olhava para a frente e passámos uns anos muitos difíceis, nós perdemos muito dinheiro, mas mesmo muito dinheiro. Mesmo assim, consegui dar volta a tudo, consegui aumentar a empresa, consegui fazer estas instalações, sem créditos”. Depois de ultrapassados os obstáculos iniciais, a MC Madeiras é, uma vez mais, posta à prova. “Com muito esforço a gente consegue, já passámos a crise de 2011 a 2014, que foi muito severa, mas mesmo assim, conseguiu-se dar a volta”. Hoje o volume de negócios encontra-se na casa dos 5 milhões de euros. Entraves para o desenvolvimento: falta de mão de obra e burocracia Através das parcerias, a MC Madeiras tem desbravado outros mercados, tanto a nível nacional, como a nível internacional. Para além de Braga, tem consolidado a sua presença em Chaves, Lisboa, e além-fronteiras, especialmente, nas Caraíbas. “Temos um projeto muito bom em parceria, que estamos a trabalhar nas Caraíbas, já fizemos no ano passado oito habitações, temos este ano mais quatro”. A parceria consiste, fundamentalmente, na venda e fornecimento de todos os materiais em madeira, para uma habitação e adianta que “ainda em dezembro passado trouxeram encomendas no valor de 2,5 milhões de euros.” assegurando também que, “há trabalho garantido para este ano e para o próximo e não temos é gente para trabalhar, porque senão conseguíamos mais encomendas”. Manuel Carvalho reconhece que a falta de mão de obra dificulta o crescimento neste mercado e acrescenta que “Hoje precisamos de pessoal para ir para as Caraíbas, não é que seja um trabalho pesado, porque a estrutura da casa é toda feita aqui e lá é só para dar apoio e mesmo assim, para além de pagarmos bem, porque


oferecemos um bom salário, não conseguimos arranjar.” O sócio-gerente da MC Madeiras procura tanto “um carpinteiro, um picheleiro, uma pessoa para a construção civil que perceba, mas também aquele que não percebe”, e esclarece “pessoas para dar apoio, chegar as ferramentas, chegar os materiais”. Outro fator que poderá dificultar os empresários portugueses a serem competitivos internacionalmente é a burocracia. Manuel Carvalho explica o que julga ser inconcebível. “Nós importamos, de fora para dentro, e não há problema nenhum, mas para mandar de dentro para fora as pessoas não têm ideia da burocracia que enfrentamos. Eu importo madeira da Suécia, da Alemanha, da França e de Espanha entra aqui em Portugal, não há problema nenhum, mas eu para mandar a nossa madeira para fora tenho que obedecer a um conjunto de regras exageradas, senão eles não nos deixam exportar”. Esta realidade, torna mais demorada a resposta às solicitações dos mercados internacionais, quando no seu entender as decisões têm que ser tomadas de forma mais célere possível. Outro entrave surge com os prazos para o pagamento do IVA das mercadorias. “Por exemplo, uma mercadoria chega a Leixões, vamos supor no dia 22, nós temos cinco dias para tirar o contentor. Sabem quando vamos pagar o IVA daquela mercadoria? No dia 10 do mês seguinte. Ainda não tivemos tempo de informar os nossos clientes, nem de conferir e já estamos a pagar o IVA”. E prossegue, “depois senão conseguimos pagar o IVA naquele dia, no dia seguinte pagamos multa”, e elucida “eu não quero nada, só quero que as coisas sejam agilizadas, isso é que é necessário fazer”. Um olhar sobre o futuro Para Manuel Carvalho o ano de 2018 será para sedimentar a MC Madeiras no mercado internacional, nomeadamente: “temos al-

guns mercados, que começámos a trabalhar no ano passado como Marrocos, Rússia, Cabo Verde, Luxemburgo, França e Espanha, mas muito pouco este último. Assim, 10 por cento do valor que faturámos já foi baseado na exportação, naquilo que conseguimos exportar no ano passado”. Outro projeto que está à espera de ser aprovado consiste em “adquirir um determinado equipamento para fazer o tratamento da madeira, todo aqui”. Desta forma, “primeiro vou ter que arranjar mais alguns colaboradores, segundo vai-nos permitir reduzir os custos e terceiro vai permitir, espero eu, aumentar o volume de vendas, porque vamos ter outros produtos que aqui ainda não temos”. A longo prazo, tudo dependerá da decisão dos filhos em continuar com a empresa. Se assim for, Manuel Carvalho garante “a MC Madeiras vai-se expandir, pelo menos fazer a cobertura do mercado nacional todo, para além de tentar explorar outros mercados, com novos produtos e novos projetos.” Para o sócio-gerente da MC Madeiras, o segredo do sucesso de uma empresa “depende da nossa capacidade. Se os empresários meterem na cabeça que o que ganham é para investirem na empresa e tentarem arranjar novos mercados, acho que as pessoas se vão superar, se as pessoas meterem na cabeça que, por haver muito trabalho aqui, já vão esquecer o resto e vão esquecer todo o caminho que fizeram para conseguirem manter a empresa então aí se calhar vão ter problemas e dificuldades no futuro”. Para os leitores, que não conhecem a MC Madeiras, Manuel Carvalho deixa o convite e assegura: “venham-nos visitar que eu atendo toda a gente, que nos digam o que é que querem, o que é que precisam, porque a MC Madeiras é uma empresa familiar, portanto é uma família enorme. Até hoje procurámos encontrar soluções para os desafios, que as pessoas nos propuseram”.

www.mcmadeiras.net

BRAGA

CHAVES

Av. António Gomes Pereira 4705-630 Tebosa, Braga

Rua Gualdim Pais, nº 35 Campo da Roda 5400-298, Chaves

Telemóvel 916 289 602 Telefone 253 286 299 Fax 253 286 299 Email geral@mcmadeiras.net

Telemóvel 912 217 877 Telefone 276 098 520 Fax 276 098 520 Email chaves@mcmadeiras.net

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QUALIDADE E INOVAÇÃO COMO BASE DE SUCESSO Sediada em Braga e desde 1956 no mercado, a Cartonagem S. Tiago S.A. é hoje uma empresa de referência na área da embalagem. Em entrevista à Revista Portugal em Destaque, José Carlos Carvalho e Rui Carvalho, filhos do fundador, Fernando Carvalho, apresentam-nos esta, que é uma empresa focada numa estratégia de sustentabilidade em inovação e desenvolvimento e na apresentação de soluções diferenciadas ao cliente, sempre adaptadas ao mercado. CARTONAGEM S. TIAGO S.A

Como forma introdutória, peço que apresentem a Cartonagem S. Tiago aos nossos leitores. Fernando Carvalho: A Cartonagem S. Tiago, é uma empresa que foi fundada em 1956. Uma história de 62 anos que muito me orgulha. Começamos sem energia elétrica a produzir embalagens e hoje temos equipamentos de última geração disponíveis na produção. Acompanhamos a própria evolução da sociedade, passamos por alterações sociais, políticas e económicas ao longo destes anos. Desde sempre nos pautamos por princípios muito sólidos, sendo uma empresa cumpridora das suas obrigações e tendo sempre como objetivo proporcionar aos nossos clientes produtos de qualidade adequados às suas necessidades. José Carlos Carvalho: Todas as empresas, sem exceção, desde o seu início, passam por fases em que precisam de adaptar e diversificar os seus negócios, de fazer algo novo e diferente. Quando começamos, as caixas eram produzidas recorrendo a processos simples e muito manuais. Conforme o mercado foi crescendo, fomo-nos adaptando, introduzindo novas matérias primas (Cartão Canelado e Cartolinas), crescendo em capacidade instalada e em inovação. A exigência dos clientes é constante, obriga-nos a fazer todos os dias mais e melhor, para continuar a merecer a sua preferência. Somos PME Excelência há vários anos, é o reflexo do bom trabalho desenvolvido por nós em termos de gestão, sendo essa distinção o reconhecimento desse facto. Temos uma história bastante simples, com alguns percalços, como é natural, mas vamos continuar a crescer, com um projeto assente na sustentabilidade, procurando ser dos melhores no nosso setor a nível nacional, e essa é a nossa convicção. O objetivo passa agora por programar os próximos 60 anos. Rui Carvalho:. A CST é uma empresa produtora de embalagens, onde o papel é a nossa principal matéria-prima. Produzimos desde uma embalagem que simplesmente 72 | PORTUGAL EM DESTAQUE

servirá para acondicionar um produto no seu transporte, até embalagens realmente diferenciadoras no ponto de venda, onde a forma, as matérias-primas utilizadas, técnicas de impressão e acabamentos utilizados possam ser usados para transmitir ao consumidor o diferencial e valores de um produto/marca. No fundo, uma embalagem é sempre o resultado de um compromisso entre a sua função específica (proteção) e as vantagens competitivas que se pretende obter (comunicação). Na vossa perspetiva, quais são os principais fatores que vos distinguem de outras empresas do mesmo setor? J.C.C:. Sendo uma empresa familiar, o que consideramos ser uma vantagem, partilhamos os valores familiares e de empenho, que todos dedicamos à empresa, sendo um alicerce da nossa organização. O empreendedorismo de um pai, de irmãos ou filhos é a génese da história de sucesso de muitas


grandes empresas em Portugal, e que representam um segmento importante do nosso tecido empresarial. Colaboradores motivados e em constante formação, um parque de maquinas atual, certificações em gestão da Qualidade e Ambiente pelas normas ISO são certamente fatores que nos permitem encarar qualquer projeto. Sendo o ambiente uma das nossas principais preocupações, fomos uma das primeiras empresas a instalar uma ETAR-Estação de Tratamento de Águas Residuais provenientes da nossa atividade e conseguirmos reintroduzir a água proveniente novamente no processo produtivo. O papel é uma matéria-prima reciclável por excelência e nós enquanto indústria temos a consciência de que temos que minimizar o mais possível a pegada ecológica, controlando os nossos resíduos e pensando sempre num futuro sustentado. R.C: Em termos de tecnologia conseguimos produzir qualquer tipo de embalagem e esse é um dos fatores essencial no nosso sucesso. Oferecemos aos clientes que nos procuram, parcerias estáveis e sólidas, acrescentando valor ao seu negócio, estando com eles em todos os momentos e esse é um dos motivos de termos clientes há 50 anos. Costumo dizer, que gostamos que nos apresentem problemas e desafios, pois permitem que nos possamos diferenciar da concorrência. Temos um departamento de design e de desenvolvimento estrutural de embalagens que constantemente procuram novas soluções, apuramos sistemas logísticos que permitem novas abordagens ao tradicional conceito de fornecedor de caixas. Investimos em frota própria no sentido de prestar um serviço de maior qualidade e segurança aos nossos clientes. O crescimento é notório e hoje o grupo é formado por várias empresas. Falem-nos um pouco sobre as mesmas. R.C.: Em termos de evolução, de 2009 a 2017, crescemos sempre dois dígitos, no ano transato atingimos os 15 milhões de faturação e neste período passamos de 32 colaboradores para cerca de 100 e onde conjugamos a experiência de funcionários que trabalham

desde o início, com a os jovens que chegam agora à empresa. O grupo agrega várias empresas, a Cartonagem S. Tiago S.A, uma gráfica, a ST PRINPACK Lda, apostamos também na internacionalização, tendo neste momento uma empresa em Espanha, a CARTONAJES SANTIAGO SL., e estamos em processo de aquisição de outro polo produtivo. Quais os principais projetos/apostas delineadas para os próximos anos? J.C.C.: Estamos neste momento a construir uma nova unidade de produção, junto à nossa sede, no sentido de concentrar fisicamente todas as empresas, armazéns e departamentos, um investimento significativo, que estará concluído no final do ano. Iremos investir em equipamento produtivo, atualizando linhas de produção já existentes, dotando-lhes de maior capacidade produtiva, além da compra de novos equipamentos que permitirão a produção de novos produtos, no sentido de potenciar ainda mais o nosso leque de oferta aos nossos clientes. R.C.: Apostar na Inovação. O nosso mercado está em constante evolução. Questões como será a embalagem do futuro? Como elas podem ser mais seguras? Como podem contribuir para a sustentabilidade do meio ambiente? Quais outras funções e informações podem trazer as embalagens? Como podem interagir com o consumidor no ponto de venda? Surgem novos hábitos e tendências de consumo, vejamos o exemplo do comercio online, que realmente apresenta novos desafios à embalagem pois a experiência de compra é fortemente influenciada pelo momento da receção do packaging, diferente da compra do mesmo produto no retalho tradicional.

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SOLUÇÕES NA ÁREA DO SOFTWARE CAD Sediada em Braga, a Ibercad é uma empresa focada e especializada em soluções de software CAD para áreas como arquitetura, engenharia, decoração de interiores, mobiliário de cozinha, construção, topografias e demais indústrias. A laborar desde 2005, Alexandre Ribeiro, apresenta-nos esta que é já uma referência no mercado em que atua. IBERCAD

ALEXANDRE RIBEIRO

“O conceito Ibercad existe desde 2005, mas só em 2010, foi constituído enquanto empresa. O primeiro software a ser desenvolvido foi o ZWCAD, um software direcionado para engenheiros e arquitetos, para desenho, fundamentalmente em 2D e 3D. Em 2012, começamos a comercializar o KDMAX, e paralelamente começamos também a criar as nossas próprias aplicações no ZWCAD, que acabamos por abandonar um pouco por falta de tempo, pois era apenas eu quem tratava de toda a estrutura da empresa, desde o marketing, à programação, passando pelas questões técnicas e comerciais”, começa por nos contar o empresário. Atualmente, o DraftCAD é a marca própria de Software CAD da Ibercad, um Software CAD com ferramentas exclusivas, disponibiliza ainda um software de desenho de cozinhas, roupeiros e decoração de interiores, o KDMAX, o SketchUp, software de modelação em 3D mais popular do mundo e com a mais extensa biblioteca e ainda o ZWCAD, um Software CAD, que já conquistou mais de quatro mil utilizadores só em Portugal, incluindo cerca de 40 Câmaras Municipais. “Há dois anos fomos convidados por uma multinacional chamada Trimble, que comercializa o software SketchUp, o que foi uma grande surpresa para nós, porque foram eles que nos procuraram, quando a norma contraria esta abordagem. Já não era a primeira vez que erámos contactados por empresas internacionais, mas em termos pessoais, é um grande orgulho

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receber este convite e um privilégio, porque se trata de um produto muito credível, (anteriormente pertenceu à Google), com um potencial tremendo, em que todos os dias aprendemos algo novo, que tentamos aproveitar”. Arquiteto de formação, Alexandre Ribeiro, explica ainda um pouco sobre o seu percurso profissional, até formar a Ibercad. “Sou licenciado em Aquitetura, mas desde 1998 que dava formação em CAD, apesar de ter o meu próprio escritório e trabalhar na área. A partir de 2002, começou neste setor uma forte crise e apercebi-me que existiam demasiados arquitetos no mercado e decidi apostar nesta área, por não estar tão explorada. Hoje, não trabalho em arquitetura, mas presto serviços a arquitetos, o que não deixa de ser interessante. Obviamente que sentimos a crise, mas conseguimos de certa forma contrariar essa tendência e notamos nos últimos tempos um crescimento na procura dos nossos serviços e da área da construção de forma geral”. Para o futuro, o nosso entrevistado revela que o objetivo passa por manter o elevado padrão de qualidade nos serviços prestados e desvenda ainda um projeto que já se encontra em desenvolvimento. “Temos tido alguma dificuldade em colocar o KDMAX no mercado, porque é maioritariamente utilizado por carpinteiros e encontra-se completamente em inglês, o que dificulta a sua utilização. Neste momento, estamos a traduzir todo o software para ser comercializado em português. Esta é uma área que está em constante mudança e todos os dias encontramos e desenvolvemos algo novo. Na área das cozinhas, por exemplo, até agora eram vendidas através de um rabisco que era apresentado ao cliente. Hoje, isso é praticamente impossível e a imagem é apresentada em 3D, como o projeto ficará no final. Mas, nós já estamos um pouco mais à frente: em vez de imagens estáticas, apresentamos em vídeo, através de óculos 3D, em que a pessoa está dentro do espaço e consegue ter uma ideia mais real de tudo o que pretende, o que faz toda a diferença comercialmente. Queremos ser diferentes, mantendo a qualidade”, finaliza.


CONCEITO DIFERENCIADO, COM OS MELHORES PETISCOS DA REGIÃO Tudo começou há cinco anos, quando o casal, Tiago Carvalho e Joana Santos, decidiram criar o seu próprio espaço e conceito, diferente de tudo o que já existia no mercado bracarense. Hoje, a Tasca do Paiol é uma referência no que a petistos e pratos tradicionais diz respeito, sempre acompanhados pelo melhor vinho. TASCA DO PAIOL

JOANA SANTOS E TIAGO CARVALHO

“Começámos apenas com um espaço, onde existe a cozinha. Nessa altura, estávamos ambos desempregados, o Tiago iria imigrar, mas no final do ano, após ter visto este espaço, sugeriu criamos uma tasca, apenas com alguns petiscos tradicionais e vinho verde tinto, típico da região, e apesar de estar um pouco reticente, decidimos arriscar. Começámos com um horário, de terça a sábado, das 15 às 19.30h, não para confecionarmos jantares, mas apenas petiscos e lanches. Entretanto, na época de verão, devido ao pedido de vários clientes, incluímos também jantares à nossa oferta, preferencialmente com marcação. Visitámos várias tascas na região e achamos que podíamos fazer melhor, com um conceito nosso e acreditamos que o objetivo foi cumprido. Quando começámos, existiam apenas nove mesas, com quatro lugares, ou seja, um espaço bastante pequeno, que estava sempre completo e como tínhamos um espaço bastante amplo, decidimos, no verão, criar um espaço exterior, bastante agradável nessa época, o que nos permitiu aumentar os lugares disponíveis”, começa por nos contar, Joana Santos. Sobre a oferta gastronómica, é definida por cozinha tradiocional portuguesa, como os assados no forno, grelhados na brasa, peixe fresco e por petiscos, sempre! “O nosso compromisso passa por oferecer sempre o melhor produto e o mais diversificado possível, como as carnes maturadas, com um processo e seleção feita por nós, o que para muitos é uma novidade, mas que já está bastante implementado na nossa tasca”, explica Tiago Carvalho.A Tasca do Paiol diferencia-se também pelo seu conceito: todos os pratos são sugeridos e não existe ementa. O cliente senta-se, o prato e o vinho (adequado a cada refeição), são

trazidos para a mesa e os pratos variam diariamente. “A ideia passa por transmitir o mesmo acolhecimento, como se fossem recebidos em casa de amigos ou familiares. A própria decoração é uma viagem no tempo, com objetos antigos, mas que todos conhecem. Temos clientes que nos visitam desde o primeiro dia e que ainda hoje cá vêm, o que nos enche de orgulho e nos faz evoluir, uma vez que nos obriga a diversificar e reinventar a nossa oferta diária, pois não podemos repetir os mesmos pratos”, frisa o empresário. Também em termos de bebidas, a oferta foi crescendo e hoje são cerca de 150 as referências disponíveis, o que permite abranger vários consumidores, como Tiago Carvalho, acrescenta: “no início, começámos apenas com verde tinto, que era o mais procurado, mas com o passar do tempo fomos ajustando a garrafeira consoante os pedidos que iam surgindo, mas também incluímos as cervejas importadas, artesanais e espumantes, sempre primando por vinhos nacionais, o que nos permite ter um leque bastante diversificado”. Para o futuro, o objetivo está bem definido: continuar a oferecer o melhor produto, sempre enaltecendo a relação de proximidade com os clientes. “Em cinco anos conseguimos fazer o que é mais difícil em termos de negócio: angariar clientes, posicionar-nos e conseguimos segmentar. Crescemos bastante rápido, sabíamos para onde queríamos ir, com o mesmo empenho e dedicação, sempre tendo a sustentabilidade do negócio em conta, com uma equipa bastante profissional e o futuro passará por nos mantermos diferentes”, concluem.

TASCA DO PAIOL

It’s not just food. It’s emotion Morada: Rua do Senhor da Boavista Nº20, Braga, Portugal Telefone: 927 659 903 PORTUGAL EM DESTAQUE | 75


GUARDA E FIGUEIRA DE CASTELO RODRIGO Guarda é um destino inesquecível onde os monumentos históricos realçam a história desta terra, que se insere na paisagem montanhosa da Serra da Estrela e é considerada a cidade mais elevada do país, impondo-se a uma impressionante altura de 1056 metros. A Torre é o pico mais elevado da Serra (1993 metros), bem como o mais alto de Portugal continental, e acolhe a famosa estância de esqui do Parque Natural da Serra da Estrela. Em termos turísticos, é um dos pontos mais visitados da Guarda. Para além disso, possui também um forte tecido empresarial, que cresce a cada ano que passa. Conhecida pelo seu importante papel durante a Idade Média, Guarda ainda mantém muitos dos seus colossais castelos que outrora fortificaram o país. Estes podem ser visitados em vilas como Figueira do Castelo. A Aldeia Histórica de Castelo Rodrigo é, no seu todo, um autêntico espaço monumental que conserva importantes referências no plano medieval. Entre os monumentos que acrescentam valor ao património histórico são de destacar as velhas muralhas, as ruínas do palácio de Cristóvão de Moura, o Pelourinho quinhentista, a igreja matriz e a cisterna medieval. É, sem dúvida, uma terra repleta de potencialidades, que preserva da melhor forma a sua história e a sua identidade.

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HÁ 14 ANOS COM A GUARDA Luís Henriques é fundador e proprietário da Brico Marché Guarda. Nascido e criado em Santarém, trabalhou “durante cerca de 8 anos no grupo Mosqueteiros” mas foi o projeto de que hoje se orgulha que o trouxe, há 14 anos, para a Guarda, cidade que “tenho no coração para o resto da vida”. BRICO GUARDA Recordar o início da empresa “No início começámos com uma loja pequena, com uma área de 1300 metros. Hoje temos 2000 metros de área de venda”, começa por recordar. Luís Henriques, empresário, defende que “a loja tem vindo sempre a evoluir”. Ainda que o país tenha atravessado um período de crise, “as coisas foram um pouco mais difíceis”, a Brico Marché Guarda foi “capaz de ultrapassar”. “Temos que agradecer aos nossos clientes que, durante esse tempo, não nos abandonaram”, acrescenta o proprietário e gestor. Com uma vasta gama de produtos a comercializar, que passam desde materiais para construção civil a objetos de decoração, a Brico Marché Guarda tem um forte enfoque na área de bricolage. A pet shop é também uma das áreas que tem para oferecer. Todavia, “foi a área de decoração” que sofreu uma maior queda em período de crise nacional, por serem “produtos que não são bens essenciais para a sobrevivência das pessoas”. “Fazer tudo ao melhor preço”: é este o mote de atuação da Brico Marché Guarda. Conscientes de que “podemos não ser os mais baratos em tudo”, sabem que se “o cliente fizer aqui um mix de compras no final do ano, quando fizer as contas vai sair de certeza a ganhar”. Distinção para o sucesso A distinção no Prémio Cinco Estrelas é de importância para a empresa, uma vez que a mesma é atribuída por votação dos consumidores. E a satisfação dos clientes é a principal missão que os colaboradores têm. Diariamente, é-lhes transmitido que é importante “tentar conhecer o cliente pelo nome e tentar ter em cada cliente um amigo”. O empresário recorda ainda a importância de “tentar oferecer ao cliente um atendimento de excelência”, com a noção de que quando um cliente “tem um problema e vem ao Brico Marché tem cá alguém que vai tentar de tudo para resolver o seu problema”. E é nesse sentido que apostam na distinção pela inovação, procurando sempre “produtos novos no mercado”. Se o cliente não vai lá para comprar, “poderá sempre dar um agradável passeio e ficar a conhecer o que de novo existe no mercado da bricolage”. A dificuldade na obtenção de mão de obra qualificada é uma realidade para a empresa. “Aqui no Brico Marché temos o cuidado de não fazermos grandes alterações à equipa”, tentando sempre investir o máximo na formação dos seus colaboradores. “Entrar, permanecer no quadro da empresa e estar connosco o maior tempo possível”, acrescenta, recordando que “temos quatro ou cinco funcionários que estão connosco há mais de 12 anos”. A recompensa para a longevidade na empresa surge através de um prémio que é entregue aos funcionários que cumpram 5 e 10 anos de casa, em breve, 15. Os desejos para o ano de 2018 A vontade do empresário para a marca em si é “conseguir espalhar a nossa insígnia por todo o país”, ficando até ao final do ano 2020 com “50 lojas em todo o país”. O proprietário da Brico Marché Guarda relembra ainda que “estamos cá há 14 anos e queremos ficar mais 14, pelo menos”. “Queremos continuar a ajudar o nosso cliente, em tudo que necessitar e nos for possível, promovendo todos os dias um atendimento de excelência”, acrescenta o empresário.

69 90 €


UMA QUINTA REPLETA DE SURPRESAS A unidade hoteleira da Quinta da Terrincha é constituída por um hotel com seis quartos, situado na antiga casa-mãe da quinta. Além do hotel, a Quinta da Terrincha dispõe de sete casas de turismo rural, recuperadas das envelhecidas moradias dos antigos trabalhadores. A Quinta também tem ao dispor um espaço para eventos. QUINTA DA TERRINCHA

MÓNICA SEIXAS

Situada em pleno Vale da Vilariça, um dos vales agrícolas mais férteis de toda a Europa, a Quinta da Terrincha destaca-se como uma das mais importantes unidades agrícolas de todo o Norte de Portugal. Estendendo-se por mais de 300 hectares, ao longo de cinco quilómetros da Estrada Nacional 102 e próxima do encontro das águas do rio Sabor com o grandioso rio Douro, a Quinta da Terrincha encontra-se totalmente localizada na Região Demarcada do Douro. A Quinta da Terrincha pertenceu aos Condes de Pinhel, uma das famílias mais importantes da região do Alto Douro e Beira Alta, que possuíam muita influência e propriedades nos concelhos de Pinhel e Vila Nova de Foz Côa, no distrito da Guarda, e no concelho de Torre de Moncorvo no distrito de Bragança. No entanto, ao longo dos anos foi mudando de donos até que em 1994 a família Seixas Pinto toma conta da Quinta. A nossa entrevistada, Mónica Seixas Pinto, é filha dos proprietários e atualmente gere toda a atividade do espaço. “Na altura em que os meus pais adquiriram a Quinta da Terrincha esta encontrava-se em estado de abandono. Por isso, foi preciso pôr mãos à obra. O objetivo seria podermos rentabilizar o investimento realizado, de modo a devolver à Quinta da Terrincha o seu antigo esplendor e importância no contexto agrícola regional. Foram plantadas vastas extensões de vinhas e de olival o que permitiu que, atualmente, a Quinta se tornasse numa empresa agrícola muito importante produtora de vinho e de azeite, produtos que são nos dias de hoje comercializados em Portugal e também no estrangeiro”, a gerente explica também que a Quinta da Terrincha não pretende ser apenas um espaço de alojamento mas sim proporcionar aos seus clientes experiências diferentes como percursos pedestres históricos, visitas às gravuras de Vila Nova de Foz Côa, participação nas vindimas ou até na apanha da azeitona que ainda nos dias de hoje é feita de forma tradicional. O produto principal é o vinho que sai das terras cultivadas da Quinta da Terrincha. Estando inserida dentro da mundialmente famosa Região Demarcada do Douro, nomeadamente no Douro Vinhateiro, região esta de produção vinícola demarcada como a mais antiga do mundo, a Quinta da Terrincha é reconhecida por produzir uvas de qualidade que são a matéria-prima essencial para o fabrico do afamado vinho do Por78 | PORTUGAL EM DESTAQUE

to, comercializado e apreciado em todo o mundo. A jovem empresária conta que a sua formação é em engenharia civil, mas que, no entanto, quis conhecer melhor o mundo dos vinhos. “Na época, juntei a construção ao turismo, vinha para um espaço que precisava de ser reconstruído, mas também senti a necessidade de perceber mais sobre vinhos. De queijo e de azeite já era uma entendida, mas de vinhos não tinha grandes conhecimentos e foi então nessa altura que decidi tirar uma pós-graduação em enologia”, Mónica Seixas Pinto diz ser importante ter conhecimento de vinhos quando se é vendedor deste produto. O azeite ‘Quinta da Terrincha’ é mais um produto bem conhecido que resultou de um processo de produção biológica certificada, com o objetivo de produzir e fazer chegar à mesa dos apreciadores deste néctar da natureza um produto de excelência. Para isso também contribui as condições do clima e do solo onde a Quinta da Terrincha tem cultivado o seu vasto olival. Segundo Mónica Seixas Pinto o sabor delicioso também se deve à produção do azeite ser de forma tradicional. A Quinta da Terrincha dispõe de uma produção própria de queijo Terrincho, uma denominação de origem protegida (DOP) que certifica a origem e a qualidade dos seus queijos. Produzidos na queijaria existente na própria quinta, o queijo Terrincho é produzido com 100 por cento de leite de ovelhas da raça Churra, reconhecidas como excelentes produtoras de leite para a produção deste queijo único e apreciado em todo Portugal. Nesta vasta área de cultivo agrícola, a Quinta da Terrincha dispõe de outros produtos agrícolas de alta qualidade como o mel de flor de laranjeira, o doce de abóbora, as compotas e o vinagre. Na Quinta da Terrincha estão a ser construídos novos espaços para satisfazer cada vez mais os seus visitantes. “2018 é o ano que deu início à construção de novos espaços de lazer com um conceito diferente. Este ano vamos recuperar várias casas e criar seis bungalows com salas de massa-


gens, jacuzzi, sauna, piscina interior e exterior. Vamos criar também um novo espaço de refeições”, a gerente conta que em paralelo será aumentada a sua produção de vinhos com a ampliação da adega. A unidade hoteleira nas antigas instalações da Quinta da Terrincha aproveita o património construído com suporte às atividades agrícolas, de forma a proporcionar aos seus hóspedes um acolhimento confortável mas próximo do ambiente de ruralidade e rusticidade que caracterizam toda a região de Trás-os-Montes e Alto Douro.

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UMA CASA, MÚLTIPLOS CONCEITOS Delfina Matilde Monteiro é a proprietária de três espaços únicos e distintos localizados no concelho de Figueira de Castelo Rodrigo. Há 25 anos conseguiu dinamizar a gastronomia da região e recentemente procedeu a remodelações num dos seus espaços. Este e outros assuntos foram abordados numa entrevista, cujas declarações seguem abaixo. RESTAURANTE ARCO ÍRIS

DELFINA MATILDE MONTEIRO

A nossa entrevistada nasceu em Angola, mas mudou-se para Portugal com 3 anos de idade. Trabalhava nos despachantes em Vilar Formoso quando abriram as fronteiras em território europeu e, por isso, viu-se obrigada a seguir outro rumo. Como o marido já tinha experiência na área da restauração e eram dados apoios a quem quisesse investir no interior, “decidimos investir na terra-natal do meu pai”, Figueira de Castelo Rodrigo. Estávamos então no ano de 1993 quando as portas do Restaurante Arco Íris foram abertas ao público. Do Arco Íris à Taverna da Matilde O Restaurante Arco Íris celebra, este ano, 25 anos e por isso teve direito a remodelações. O espaço que se encontra aberto toda a semana, exceto à segunda-feira ao jantar, tem capacidade para 70 pessoas e a nova decoração é dedicada à natureza envolvente do concelho onde está inserido. No que diz respeito à Taverna da Matilde, aquele que nasceu como sendo um salão de jogos, apresenta-se agora como um espaço mais intimista, com capacidade para cerca de 70 pessoas e que se encontra aberto apenas ao jantar. Neste espaço também são realizados concertos de música ao vivo e noites de fado, por forma a criar um ambiente mais acolhedor a todos quantos optem por aqui fazer a sua última refeição do dia. Para além disso, Delfina Matilde Monteiro conta ainda com um Salão de Eventos, onde são celebrados desde casamentos a batizados, passando por convívios empresariais, 80 | PORTUGAL EM DESTAQUE

aniversários ou até despedidas de solteiro. Este espaço tem capacidade para 200 pessoas e foi uma aposta inovadora e necessária na vila uma vez que, até à data, não existia nenhuma oferta nesse sentido. Numa outra vertente, surge-nos a hospedaria, que conta com cinco quartos e que complementa, assim, a oferta de serviços da nossa entrevistada. Tradição à mesa As ementas disponibilizadas nos restaurantes de Delfina Matilde Monteiro contam apenas com pratos típicos e tradicionais da região. Assim, as migas de peixe do rio Douro, o borrego da Marofa, o naco na pedra e o javali são os pratos mais apreciados, sempre acompanhados com produtos genuínos da terra como as nabiças, os grelos, o feijão, a chouriça, a alheira e os queijinhos. Da oferta vínica fazem parte referências de todas as oito adegas do concelho e nas sobremesas brilham o arroz doce, o pudim caseiro e o doce de amêndoa. A Rota das Aldeias Turísticas e a eleição para as 7 maravilhas de Portugal, são contributos muito fortes para o crescimento do turismo em Figueira de Castelo Rodrigo. No entanto, segundo a nossa entrevistada, há dois fatores impeditivos de uma maior procura pela região: a desertificação e o preço excessivo das infraestruturas criadas ali à volta, nomeadamente, as portagens. Por fim, a nossa interlocutora partilhou com a nossa revista o seu próximo sonho a concretizar: abrir um restaurante na Aldeia Autêntica de Castelo Rodrigo.

Tlf: 271 313 207 www.tavernadamatilde.com matildeirisrestaurante@hotmail.com



A TERRA DE ENCANTO! O Concelho representa múltiplas potencialidades turísticas, que vão desde a beleza paisagística a valores históricos, arqueológicos e arquitetónicos, desde a diversidade artesanal e gastronómica a festas e romarias bem caraterísticas, passando por capacidades piscícolas e cinegéticas. MUNICÍPIO DE FIGUEIRA CASTELO RODRIGO

PAULO LANGROUVA

Figueira de Castelo Rodrigo pertence ao distrito da Guarda e possui uma área territorial de 508,6 quilómetros quadrados, com aproximadamente 6200 habitantes. Entranhado no coração da região de Riba Côa, o concelho de Figueira de Castelo Rodrigo, é dono de uma grande riqueza de património edificado, onde assume papel de destaque Castelo Rodrigo, uma das mais belas e marcantes Aldeias Históricas de Portugal. O concelho apresenta de igual forma outras grandes potencialidades: o mítico Convento de Santa Maria de Aguiar, a magnífica Serra da Marofa, as deslumbrantes vistas do Alto da Sapinha, as imponentes e vetustas Igrejas do concelho

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ou a Reserva da Faia Brava, são algumas das mais valias que merecem sem dúvida uma visita. O concelho representante de uma interessante beleza natural, formado por muitos espaços verdes, possui também proveitosas estruturas de interesse público, tais como: um Estádio Municipal relvado, vários locais para a prática de desportos diversos, ginásios, piscinas municipais cobertas e respetivo Pavilhão dos Desportos. No Turismo, o concelho apresenta uma oferta diversificada e juntamente com a instituição Comboios de Portugal, S.A. oferece, inclusivamente, um roteiro turístico que garante aos seus visitantes um meio de

transporte para poderem, também, além de visitar o Município, saborear um dos pratos marcantes da região: o Borrego da Marofa. Além disso, Figueira de Castelo Rodrigo tem também disponíveis ótimas propostas de hotelaria e restauração. Paulo Langrouva é o representante máximo deste Município. O presidente natural da África do Sul, regressou à terra natal do pai quando tinha 16 anos juntamente com a família, que esteve emigrada 28 anos. Acabou o ensino secundário em Pinhel e é licenciado em Economia pela Universidade Nova de Lisboa. O nosso entrevistado foi eleito pela primeira vez em 2013 e foi reeleito em outubro do ano passado.


Quais são os grandes projetos para este mandato em Figueira de Castelo Rodrigo? Temos grandes projetos. À semelhança do que aconteceu no mandato anterior, continuaremos focados em “cuidar das pessoas” e, além do público sénior, o nosso público-alvo vai ser a juventude do concelho. Queremos fixá-los no nosso território e manter uma ligação próxima para os colocar em sintonia com aquilo que são os grandes projetos para o futuro, não só em termos de dinamismo empresarial, mas também de dinamismo por parte do Município. Penso que estaremos em condições de abraçar os jovens e criar algumas dinâmicas direcionadas para a nossa juventude. É possível atrair jovens para a área da Beira Douro, a região do interior profundo? Estou convencido que sim. Prova disso é termos iniciado o projeto da Plataforma da Ciência Aberta, onde temos dois jovens cientistas, vindos de fora, que deixaram os seus projetos pessoais nas grandes cidades para virem abraçar um novo projeto inovador a nível nacional. Eu acho que temos mais alguns, nomeadamente o projeto das “Aldeias Lares”, que está inserido numa iniciativa que, no mandato anterior, designámos “Estou no Radar” e que também vai criar emprego e dinâmica vocacionados para os jovens. Trata-se de criar uma ligação inter-geracional entre o público mais idoso e o mais jovem, no sentido de manter a juventude nas suas aldeias, proporcionando-lhes condições para desenvolver atividades diversas, desde o artesanato ao desporto. Ou seja, queremos dar-lhes uma panóplia de atividades com o intuito de os manter motivados e empenhados nas suas próprias terras. Pretendem promover o regresso dos emigrantes originários deste concelho? É um projeto que também será inovador, em que vamos fazer um aproveitamento do que designamos de “Estatuto do Residente não habitual”. Quem se queira aqui fixar durante determinadas temporadas poderá ter benefícios fiscais. Por outro lado, pretendemos criar também dinâmicas empresariais, conjugando um benefício fiscal, que é uma possibilidade dada pelo Estado, com as dinâmicas próprias do Município. É o tal estatuto, que proporcionará um benefício de “fiscalidade zero” para incentivar e motivar o regresso dos nossos jovens emigrantes ou, eventualmente, de estrangeiros que

se queiram fixar no território proporcionando-lhes as condições ideais para a sua permanência. É algo que se pode assemelhar aos vistos Gold num parâmetro nacional? R: Claramente. Já tivemos uma reunião com o Senhor Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas para começar a delinear o respetivo projeto. Iniciámo-lo no passado mês de janeiro, e brevemente estaremos no terreno, concretizando um périplo por França, Espanha, Holanda e Irlanda, por exemplo, para criar uma rede europeia de interligação com o projeto da Plataforma de Ciência Aberta, com a finalidade de criar um “Open Cience Center”, ou seja, um Centro de Ciência Aberta que permita a aproximação da ciência e os cidadãos. A ciência é uma atração turística em Barca d´Alva? Qual é a relação entre o Douro e o concelho de Figueira de Castelo Rodrigo? A nossa relação é ótima. O Município de Figueira de Castelo Rodrigo estabeleceu uma parceria com a Douro Azul a 7 de julho do ano passado, que permitiu a assinatura de um protocolo de colaboração com vista à requalificação de todo o edificado da antiga estação de caminho-de-ferro da Linha do Douro em Barca de Alva. Já avançámos a fase de apresentação de projetos na Câmara Municipal para licenciamento, que permitirá a instalação de um hotel de charme, um espaço de comercialização de produtos regionais e um restaurante. O projeto de arquitetura está finalizado, os projetos de especialidade estão a ser concluídos, as negociações com a APDL por causa do cais estão em curso. A partir daí, estão reunidas as condições para que, em breve, tenhamos uma apresentação pública de um empreendimento que certamente surpreenderá muita gente. O investimento rondará os 4 milhões de euros e vai trazer uma dinâmica completamente diferente para Barca d´Alva em termos de atração turística e de permanência de turistas na região, que depois vamos conjugar com a rede de oferta turística do Concelho. Falo do Centro de Interpretação da Batalha de Castelo Rodrigo, da requalificação da Torre da Almofala, do futuro Centro de Interpretação Judaico do concelho de Figueira de Castelo Rodrigo. E temos outro projeto, que vai ao encontro da atração de jovens, que é a criação da Casa do Artista em Castelo

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Rodrigo. Nós criámos uma cooperativa artística no cconcelho que, julgo ser a única do distrito e quem lidera este projeto é um jovem que veio de Guimarães e se sediou no concelho. A Aldeia Histórica de Castelo Rodrigo conquistou uma visibilidade nacional através da promoção conseguida. Traz isso consigo uma projeção para o desenvolvimento turístico projetado pela Câmara? Naturalmente que sim. Neste momento, Castelo Rodrigo goza de uma projeção que era quase impensável há meia dúzia de anos. Com o impulso dado por termos sido vencedores no concurso das “7 Maravilhas de Portugal”, conseguimos ter uma visibilidade externa incrível, que nos projetou além-fronteiras e incrementou o número de visitas aos postos de turismo nestes últimos meses. O fluxo turístico ao concelho duplicou, tudo fruto desta publicidade gratuita que conseguimos durante praticamente três meses. A Câmara pretende então continuar com esta aposta? Claramente. Já tivemos várias reuniões com a organização das “7 Maravilhas de Portugal” para darmos continuamente um impulso e projeção a Castelo Rodrigo. 84 | PORTUGAL EM DESTAQUE

Aproveitando o facto de haver sete aldeias que ganharam este concurso, julgamos ser pertinente e urgente criar uma rede de interligação entre elas, pelo que, vamos lançar projetos tendentes também à dinamização e potenciação da oferta turística da nossa “Aldeia Autêntica”. Já falou de dois locais bastantes projetores do próprio Município, Castelo Rodrigo e Barca d´Alva. Em obras está também o Centro de Interpretação da Batalha de castelo Rodrigo. Já há data prevista para abertura e o que vai ali ser construído? Vamos dar uma nova alma e uma nova esperança a esta zona histórica e central do concelho. O Centro de Interpretação da Batalha de Castelo Rodrigo é, de fato, uma obra emblemática que vai possibilitar criar uma dinâmica turística importantíssima no “coração” da sede de concelho, ligada a um evento que foi um marco histórico: a Batalha da Salgadela. Estamos a criar este centro, cujas obras já começaram há sensivelmente cinco meses e avançam a bom ritmo e que cujo investimento rondará os 750 mil euros. Temos financiamento assegurado de cerca de 600 mil euros e, portanto, este será um projeto emblemático e com alguma envergadura. Estará pronto em finais de julho deste ano e a sua mais-valia será

termos num único espaço uma exposição dinâmica do que foi a Batalha de Castelo Rodrigo e da sua importância na história de Portugal. O que pretende fazer com a Torre da Almofala? Vai ser lançada a obra de requalificação. Como sabem, a Torre da Almofala está numa base crítica em termos de sustentabilidade da estrutura e conseguimos um financiamento de 400 mil euros para a sua beneficiação. É um monumento nacional que atualmente está consolidado com andaimes para suster as paredes, mas, neste momento temos que partir para uma nova fase, que, além da sustentabilidade e consolidação da estrutura, possibilite criar um centro de interpretação ambiental e histórico. Noutra área, vamos também criar a praia fluvial na Barragem de Sta. Maria de Aguiar, no próximo Verão. Vai haver algum investimento na rede viária do concelho de forma a criar mais condições de acessos? Estamos a fazer uma forte aposta nas acessibilidades. Por exemplo, no Colmeal há um hotel que é uma estrutura importantíssima da nossa hotelaria e estamos a requalificar a igreja local. A aldeia está a renascer e


vamos passar a ter missas ali, o que era impensável há uma dúzia de anos. Essa é uma das acessibilidades que vamos ter de melhorar. Recentemente também lançamos uma obra de grande envergadura, com um investimento de quase 800 mil euros, para criar uma nova variante rodoviária que ligará a parte da “Capelinha Nossa Senhora da Conceição” ao centro da sede do concelho. Vai dar origem a uma avenida moderna, estruturada e acessibilidade, para facilitar toda esta dinâmica e também para criar uma zona de expansão residencial para outras áreas que estavam um pouco condicionadas. Uma das apostas neste concelho é a agricultura. O que está a ser feito para recuperar e desenvolver ainda mais a colaboração com o mundo rural? É de fato um setor primordial no concelho. Estamos a trabalhar num projeto muito importante, tendo já sido submetida candidatura ao Portugal 2020, que é o regadio do concelho. Se for aprovado, será um dos projetos mais estruturantes para o desenvolvimento da nossa agricultura. Neste momento a candidatura está em análise, já nos foram solicitados esclarecimentos, já respondemos e estamos otimistas quanto à sua aprovação. Trata-se de tentar fazer o aproveitamento da água do concelho através de um reservatório que será colocado, por exemplo, na Serra de Nave Redonda, de onde será canalizada por gravidade para as respetivas freguesias (Vilar Torpim, Reigada, Nave Redonda, Mata de Lobos e Figueira de Castelo Rodrigo). Isto vai possibilitar

a rega gota a gota quer da vinha, quer do olival, entre outras culturas, e será uma completa revolução da nossa agricultura. Quero também destacar o vinho “Pinking” lançado pela Adega Cooperativa, que é uma referência e é produzido exclusivamente em Figueira de Castelo Rodrigo. Isso aliado à nossa sala de provas gourmet passamos a ter os ingredientes necessários para alavancar a nossa agricultura. Também temos um protocolo com a Cooperativa de Olivicultores de Escalhão, no âmbito do qual aprovámos 60 mil euros para a modernização da sua linha produtiva. E vamos apostar ainda mais nesta cooperativa porque o nosso azeite é de grande qualidade, basta apenas fazer uma remodelação na linha de produção, bem como, na imagem, marketing e publicitação para que consigamos exportar ainda mais. Há alguma estimativa em relação a custos na implementação do regadio? Será na ordem dos 1,5 milhões de euros. A água virá da Barragem de Sta. Maria de Aguiar. Há no concelho 1.100 hectares de vinha e eu diria que desses, 400 hectares serão abrangidos pelo regadio, que é quase 50 por cento da nossa área de vinha. Também há a possibilidade de candidatarmos o regadio da Vermiosa e podemos ter dois regadios a funcionar. É um empreendimento que está em fase de estudo, mas temos é de criar a dinâmica necessária para se aprovar um e depois partir para o outro. P: Qual a previsão em relação aos próximos anos deste concelho? R: Estou muito otimista. Temos um con-

junto de fatores que são essenciais para garantir o desenvolvimento do Município. Estamos com uma dinâmica muito grande em termos de projeção do concelho a nível nacional e até internacional. Quais os serviços de saúde que eventualmente vão disponibilizar aos cidadãos de Figueira de Castelo Rodrigo? Além do Seguro de Saúde Municipal, que já é uma referência a nível nacional, lançamos também o Seguro de Saúde de Estomatologia, através do qual as pessoas podem ir tratar o(s) dente(s) gratuitamente em qualquer uma das clínicas aderentes. Está em estudo a possibilidade de se criar uma dinâmica nova na área da saúde, mas não posso revelar muito mais porque estamos em negociações sob pena de condicionarmos esses projetos. A aposta passa por dar qualidade de vida e bem-estar às nossas populações. Penso que, o facto de as pessoas hoje em dia terem acesso à saúde e aos cuidados em termos de estomatologia é fundamental para que se sintam bem e queiram permanecer em Figueira de Castelo Rodrigo. No dia 1 de novembro passámos a ter mais uma médica no nosso Centro de Saúde. Com o seguro de saúde vaticinava-se que estávamos a matar o Serviço Nacional de Saúde, prova contrária é que, antes só tínhamos dois e agora temos quatro médicos no Centro de Saúde, além dos três que estão afetos ao Seguro de Saúde Municipal. No fundo, temos sete médicos, números que poucos concelhos do Interior terão.

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VINHOS DE EXCELÊNCIA NA MONTANHA No sopé da Serra da Marofa, entre os vales dos rios Côa e Águeda, que desaguam no Internacional e vizinho rio Douro, situa-se Figueira de Castelo Rodrigo, vila de tradição vinícola onde se produzem vinhos de elevada qualidade. Foi por volta do século XII que os monges de Cister habitaram o Convento de Santa Maria de Aguiar e com o seu saber, iniciaram na região a cultura da vinha e a produção do vinho. Hoje, a Adega de Castelo Rodrigo assume-se como herdeira desse Saber e Arte. Fundada em 1956 por 154 sócios conta atualmente com cerca de 600.

ADEGA DE CASTELO RODRIGO

Não há muito tempo esta Adega passou por um período conturbado, que se arrastou durante alguns anos, resultado da conjuntura económica que o país atravessava e também de algum descrédito por parte da massa associativa que a constitui, ficando mesmo em risco de não laborar por falta de soluções financeiras. Como solução encontrada foi eleita uma nova direção orientada por António Madeira: “Quando chegámos à direção da adega, em agosto de 2014, o que se procurou fazer foi recuperar e restabelecer a ordem das coisas e a confiança dos associados que tinham vinhas, produziam uvas e queriam continuar a alimentar a adega com a sua produção. A cooperativa é essencialmente constituída por 600 associados ativos, que fornecem cerca de oito milhões e meio de quilos de uvas por ano. Nós não compramos uvas fora da região, não compramos vinhos fora da região. O que fazemos é receber as uvas dos nossos associados e transformá-las. Depois é preciso criar algum incentivo e começar a distribuir aos cooperantes o valor do excedente produtivo das suas uvas, no próprio 86 | PORTUGAL EM DESTAQUE

ano da colheita. Era esta dinâmica que era preciso restabelecer. Felizmente, e apesar das dificuldades que ainda atravessamos, temos sido bem-sucedidos”, contou. A nova direção da Adega de Castelo Rodrigo, situada na região Demarcada da Beira Interior, revela que novas medidas foram implementadas: “Estamos a apostar na exportação dos nossos vinhos, sem nunca descorar o mercado nacional. Ao nível extracomunitário, temos já presença no Brasil, na Guiné-Bissau, em Cabo Verde, nos Estados Unidos da América, na China e na Comunidade Europeia, chegámos já à Polónia, Suécia, França, Suíça e Alemanha”, em paralelo a Adega já é presença habitual nas mais importantes feiras nacionais de promoção e divulgação de vinhos, tais como, “Vinhos Grandes Escolhas” e “Vinhos e Sabores”, em Lisboa e “Essência do Vinho”, no Porto, assim como em feiras internacionais, como o “SISAB”, que se realiza em Lisboa, a “PROWEIN”, na Alemanha, ou a “ExpoVinis Brasil”. A altitude é a palavra-chave que melhor define as características


dos vinhos produzidos, ou seja, vinhos brancos frescos, minerais e de grande exuberância aromática e vinhos tintos complexos, igualmente frescos e com aromas a especiarias e frutos vermelhos, resultantes de altitudes que variam entre os 300 e os 700 metros. Uma surpresa agradável para quem desconhece o que por aqui se produz. A qualidade passa, segundo António Madeira, por diferentes apostas: “Também estamos a apostar na inovação e ciência. Temos uma parceria com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, com a qual lançámos um vinho único no mundo, com patente nacional e internacional registada, de nome Castelo Rodrigo Pinking. Este produto tem características singulares, pois é um vinho rosa-salmão vinificado exclusivamente de uvas brancas da casta Síria. Deste lançamento, resultou um projeto de Inovação Produtiva de nome wINe by CR, através do qual pretendemos introduzir alguma tecnologia na nossa forma de produzir vinhos e fazer algumas obras de melhoramento, que nos aproximem do Enoturismo, possibilitando aos visitantes da adega visualizar todo o processo produtivo. Porque hoje o consumidor quer conhecer aquilo que compra e o mundo dos vinhos desperta cada vez mais interesse e curiosidade”. A loja de venda de vinhos e a sala de provas são espaços apelativos com vista à possibilidade de oferecer aos visitantes e clientes um circuito interno de visita no âmbito do Enoturismo e outras atividades promocionais das quais destacamos a parceria com a empresa Douro Azul. O vinho produzido nesta área geográfica é um reflexo da sua região que não é somente afetado pelo clima local, mas também pelo solo onde as suas uvas foram cultivadas. Sendo os solos de xisto, granito e cascalho, os existentes na região da Beira Interior, são os mais propícios à produção de vinhos com caráter mineral. A idade avançada das vinhas da região pode também explicar muito do resultado dos vinhos que produzem, sobretudo no que diz respeito aos tintos, provenientes de vinhas com mais de 30 ou 40 anos e que resultam em vinhos muito frutados e característicos. No que diz respeito às castas brancas predominantes na região são a Síria, Fonte Cal, Malvasia Fina e Arinto e, nas castas tintas, a Rufete, Mourisco, Touriga Nacional, Touriga Franca e Tinta Roriz. A Adega de Castelo Rodrigo produz a partir destas castas vinhos brancos muito frescos, aromáticos e minerais, assim como, vinhos tintos muito frutados e elegantes. Possui marcas ligadas a monumentos e à região, sendo estas, Castelo Rodrigo, Convento de Aguiar, Fortaleza de Almeida, Marofa, Torre de Aguiar e tem levado os seus vinhos além-fronteiras, designadamente na CE (Suécia, Alemanha, Holanda, Bélgica, Inglaterra e Polónia), Ásia (China), África (Guiné-Bissau e Angola) e América (USA e Brasil). António Madeira finaliza a entrevista deixando um convite aos nossos leitores: “A Adega situa-se em Figueira de Castelo Rodrigo, vila de tradição vinícola por excelência e um lugar magnífico para visitar. Pertencemos à Sub-região Vitivinícola Demarcada de Castelo Rodrigo, aldeia que faz parte do roteiro das Aldeias Históricas e que conquistou recentemente o galardão das 7 Maravilhas de Portugal na categoria das Aldeias Autênticas. Quem vier visitar a Adega de Castelo Rodrigo pode visualizar todo o processo produtivo, conhecer a nossa cave, onde repousam os vinhos de excelência, e terminar com uma degustação dos nossos néctares, acompanhada de uma explicação desses mesmos vinhos em prova”, finalizou.

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“ RELAÇÃO DE CONFIANÇA E DE PROXIMIDADE É FUNDAMENTAL” Atualmente, a entidade bancária com a maior rede de agências no país é o Grupo Crédito Agrícola. A relação de proximidade e de confiança estabelecida com os seus clientes e Associados é uma das suas principais caraterísticas. Certificada pelo sistema de gestão de qualidade, a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal tem como principal preocupação estar, cada vez mais, atualizada e aberta às inovações do mercado, nos serviços que presta aos seus clientes. Hélder Oliveira e Carlos Lopes são os administradores executivos da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, e que nos deram a conhecer a realidade do Interior, com particular incidência sobre o distrito da Guarda. Ambos asseguram que a Caixa de Crédito Agrícola está na linha da frente no que se refere à Banca Nacional. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DA REGIÃO DO FUNDÃO Que tipo de serviços podemos encontrar na Caixa Crédito Agrícola, atualmente? Hélder Oliveira: Hoje em dia o Crédito Agrícola leva à prática aquilo que se chama a “Banca Universal”, isto é os outros Bancos não prestam nenhum serviço, que o Crédito Agrícola não possa também prestar, podendo fazê-lo quer por modo próprio quer por contrato de agência com a Caixa Central, nomeadamente em áreas como o leasing. Hoje em dia, desde crédito a empresas, a consumidores, crédito habitação, até no que respeita a produtos financeiros mais complexos, como fundos de investimento. A nossa oferta é universal.

HELDER OLIVEIRA E CARLOS LOPES

Como surge a Caixa de Crédito Agrícola no distrito da Guarda, mais particularmente em Figueira de Castelo Rodrigo? Carlos Lopes: O Crédito Agrícola tem caraterísticas diferentes da restante Banca. O que acontece é que o Grupo Crédito Agrícola é constituído por cerca de 82 Caixas que desempenham as funções de Bancos regionais. No nosso caso específico estamos presentes em dois Distritos ( Castelo Branco e Guarda) e seis Concelhos ( Fundão; Covilhã; Belmonte; Sabugal; Almeida e Figueira de Castelo Rodrigo). No distrito da Guarda, estamos representados em três sedes de Concelho, como já referimos. A decisão da abertura de uma Agência em Figueira de Castelo Rodrigo no ano de 1998, resulta antes de mais de uma necessidade estratégica de crescimento da nossa Caixa e também de alargar em termos geográficos a sua zona de influência uma vez que já estávamos presentes no Concelho vizinho (Almeida). Sem esquecer o potencial identificado neste Concelho que também está fortemente ligado ao setor primário, podemos dizer que estes foram os principais factores que determinaram a abertura de uma Agência do Crédito Agrícola em Figueira de Castelo Rodrigo.

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Tem-se a ideia de que, a atividade das Caixas de Crédito Agrícola era mais direcionada mais para empresários e agricultores. Este perfil de clientes tem-se alterado? C.L: Sim tem. Continuando a manter esta relação forte com as pessoas directamente relacionadas com a atividade agrícola, tivemos que nos ajustar às novas realidades e aos novos tempos. Também o setor agrícola evoluiu muito, estando hoje muito diferente. Num setor de atividade que significa tanto para esta região, identificamos uma enorme alteração ao nível da inovação, tecnologia, conhecimento e juventude. Para bem de todos, nos últimos anos, tem sido um setor, que tem estado em franco desenvolvimento e nós também temos capitalizado um pouco isso, mas tivemos que optar por outro tipo de vertentes. Como dizia o Drº Hélder abrangemos todo o tipo de clientes e todo o tipo de negócios. Hoje, se observarmos quem entra numa Agência da Caixa, constatamos que entram todo o tipo de clientes. Provavelmente entrarão em maior número pequenos empresários, comerciantes e outros clientes que não ligados ao setor agrícola, contrariamente ao


que se passava no antigamente. Felizmente houve esta mudança, aliás tinha mesmo que surgir esta mudança, porque acho que era impensável, nos dias de hoje conseguirmos sobreviver, não só a nossa Caixa, mas o Crédito Agrícola de uma maneira geral, se dependêssemos exclusivamente da atividade agrícola. H.O: Há uma vocação que se mantém, é óbvio, mas é como nós estávamos a explicar, hoje em dia, a prática aqui é a “Banca Universal”.

Serra da Estrela. O balanço é claramente positivo. Mas estamos muito preocupados com o futuro devido às consequências da interioridade. A falta de investimento e o encerramento de vários serviços públicos na nossa região estão na origem da constante diminuição do número de habitantes desta área geográfica. Continuamos a estar muito atentos para, se for caso disso, nos ajustarmos a essas mudanças.

Mas continuam a sentir ainda o peso de jovens agricultores, jovens empresários, que por algum motivo, em especial, procuram os vossos serviços? C.L: Claro que sentimos e mais do que isso, fazemos por sentir mesmo. Nós queremos sentir esse peso e essa responsabilidade. Queremos distinguir-nos dentro do mercado bancário, queremos sentir que somos o banco de eleição para este setor. Sempre o formos e não queremos deixar de o ser.

Quais são os principais objetivos e preocupações? H.O.: Claro que o nosso objetivo passa, fundamentalmente, por ganhar cota de mercado e também por procurar encontrar sempre as melhores soluções para os nossos clientes; que as agências cresçam em termos de dimensão de negócio, sempre tendo em conta os riscos da atividade bancária. C.L: O Crédito Agrícola está na linha da frente em termos de banca nacional, com soluções tecnológicas, em comparação com os outros Bancos. Há uma preocupação em estarmos cada vez mais atualizados e inovadores nos serviços que dispomos aos clientes. Já num âmbito mais local e regional, convém referir que a CCAM da Região do Fundão e Sabugal é entidade bancária que está certificada pelo Sistema de Gestão de Qualidade. Isso é a prova que nós queremos caminhar com qualidade.

A proximidade com o cliente e tratá-lo pelo nome, também funciona no Crédito Agrícola? C.L.: Não sei se não será esse o nosso grande segredo, do crédito Agrícola em geral. De facto é um“chavão”, mas faz todo o sentido. A proximidade que temos com os clientes e a confiança que depositam em nós, faz toda a diferença na concretização de muitos negócios, porque sabem que podem contar connosco, em qualquer altura – nas alturas boas e nas épocas menos boas. Há de facto uma relação de muita confiança. A Caixa Crédito Agrícola acaba por assumir um papel social? H.O: Sim, nós temos um papel social de apoio a várias instituições. Ainda que a Caixa seja uma instituição de crédito definida, tal como prevê a lei, temos um vocábulo no nosso nome que é o Mútuo, que aponta um caminho de apoiar entidades e instituições, que prestam uma atividade social nas zonas onde se inserem. É um trabalho que nos motiva e que nos orgulha. C.L.: Um bom sinal do que está a dizer o Dr. Hélder é que em inúmeras localidades, deve-se à nossa Caixa a existência do único serviço bancário que o cidadão tem ao seu dispor. A Caixa, ao longo dos anos, foi instalando ATM´s. que representam custos significativos, no final de um ano – os custos de aquisição e manutenção destes equipamentos são enormes. E esta Caixa AgrÍcola tem máquinas ATM instaladas em cerca de trinta localidades. Portanto, isto hoje também é um sinal de modernidade e somos nós que, efetivamente, estamos assegurar esta modernidade e serviço prestado ás comunidades locais.. É a tal proximidade e a preocupação com a componente social de que falávamos.

De que forma é que o Credito Agrícola marca a diferença relativamente à banca em geral? C.L.: A proximidade. Penso que é já o segundo ano consecutivo que é realizado um estudo e o Crédito Agrícola é o Banco onde os clientes se sentem melhor atendidos, quer no acolhimento, quer na despedida. Portanto, este é um sinal claro que de facto há uma diferença enorme e que nos distingue da restante Banca, baseado numa relação de confiança e de proximidade. Como gostavam de ver as vossas agências daqui a 4 ou 5 anos? C.L: Gostaria de ver as nossas agências com as taxas de crescimento obtidas nos últimos anos, já não seria mau. Gostava de ver no seguimento do que temos feito, cada vez mais modernos, com mais tecnologia e mais colaboradores, seria um bom sinal. Infelizmente, a tendência nestas zonas do país não será essa. Gostávamos de ver o Interior mais desenvolvido, com mais investimentos, com mais turistas, com mais indústria, enfim com aquilo que é mais importante: com mais pessoas, e isto seria bom para todos! H.O: Temos tido é uma grande preocupação para nos ajustarmos da melhor forma às condições de mercado que variam frequentemente e às alterações normativas que diariamente nos chegam – o que me parece que temos conseguido fazer. Mas cá estamos e cá queremos ficar.

Qual é o balanço a fazer, durante estes últimos anos, no distrito da Guarda? C. L.: Tem que ser positivo, porque todas as agências, têm crescido em termos de dimensão e em termos de volume de negócios portanto, tem que ser positivo. A nossa Caixa tem hoje mais de 50 colaboradores e cerca de 7.000 Associados e tem deixado uma marca forte em toda a região. Para este sucesso é claro que é muito importante o papel realizado por estas Agências do Distrito da Guarda -Sabugal, Almeida e Figueira de Castelo Rodrigo-. Pese embora o encerramento de inúmeras agências bancárias, sinal também de alguma fragilidade do tecido económico da região, o Grupo Crédito Agrícola tem mantido a sua rede de Agências no país, o que também tem acontecido aqui no Distrito da Guarda, e aqui não podemos falar apenas da nossa Caixa Agrícola teremos também que incluir outras Caixas como por exemplo a Caixa da

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ENTREGAS AO DOMICÍLIO É A GRANDE APOSTA DE 2018 Preocupado com os seus clientes, Carlos Rebelo, diretor técnico, foca-se em encontrar bons preços e ir ao encontro das necessidades da população. A grande aposta para 2018 é organizar o sistema de entregas ao domicílio, uma vez que os seus clientes são, em grande maioria, os mais idosos. A Farmácia Bordalo, na Vila de Figueira de Castelo Rodrigo, no distrito da Guarda, é um negócio familiar, que já vai na segunda geração. Carlos Rebelo formou-se em Coimbra, mas quis voltar à terra que o viu nascer. FARMÁCIA BORDALO vêm cá e faz-se um esquema para os ajudar. No que for necessário”. Os utentes ainda podem usufruir de outros serviços: check-up de saúde, dermofarmácia, marcação de exames, nutrição e dietética, preparação individualizada da medicação, rastreio de pré-diabético e reabilitação auditiva.

CARLOS REBELO

Uma farmácia com história Na vila de Figueira de Castelo Rodrigo encontra-se a Farmácia Bordalo, com mais de 60 anos de história. O negócio surgiu quando o pai de Carlos Rebelo começou a trabalhar na farmácia da vila. Conta-nos: “Tudo começou em 1943. [O meu pai] nunca foi farmacêutico, nunca se formou em ciências farmacêuticas, era um técnico de carreira”. Em ~20 anos, passou de funcionário a gerente e, mais tarde, a proprietário. “Passou-se em 1973 e lembro-me perfeitamente como se fosse hoje. O meu pai tinha tudo acordado para ir para uma outra farmácia no Fundão, cheguei a ver tudo empacotado em casa, tudo prontinho para carregar na camioneta para mudarmos. Mas o farmacêutico na altura propôs-lhe uma espécie de troca, ou seja, ele ficaria a gerir a farmácia, pagando-lhe uma renda. E foi assim que a farmácia veio parar à minha família”, recorda Carlos Rebelo. Passaram-se anos de algumas dificuldades, mas também de grandes desafios, ultrapassados com o passar do tempo. Com atualização da lei que regula os quadros técnicos das farmácias e com a convicção de ajudar o pai, Carlos Rebelo formou-se em Coimbra. Mais tarde, regressou a Figueira de Castelo Rodrigo por livre vontade. Garante que “as pessoas pensam que fui obrigado ou pressionado. Não fui. Pura e simplesmente senti o que se passava e tinha conhecimento da lei”. Não se arrepende de ter apostado neste sector e de ter voltado às origens, até porque o balanço é positivo. “Tenho uma família maravilhosa, tenho três filhos, a minha esposa também é minha colega”, diz com satisfação. Serviços personalizados Ao longo dos anos, a Farmácia Bordalo tem apostado na inovação e na modernização do seu espaço, mas nunca negligenciando a sua principal preocupação, as pessoas. Para isso, conta com diversos serviços: “aplicamos injetáveis, ajudamos na vacinação das pessoas, se for necessário levar a casa de alguém alguma coisa nós também vamos. Faz-se o acompanhamento da terapêutica, as pessoas ligam-me quando tem dúvidas ou 90 | PORTUGAL EM DESTAQUE

Atendimento familiar e especializado A imagem de marca da farmácia é a relação de proximidade. Para garantir o atendimento familiar, Carlos Rebelo aposta numa equipa apta, tanto do ponto de vista técnico, como do ponto de vista humano. No entanto, nem sempre é fácil encontrar colaboradores, e explica: “A maior parte das pessoas não querem vir para o interior e os que estão no interior querem ir embora daqui. O Estado não ajuda muito, até porque fecha serviços. É preciso ponderar bem as consequências disso”. À relação de proximidade acrescenta-se a preocupação com a qualidade dos serviços, com a variedade de produtos e em oferecer preços atrativos, já que “o segredo aqui da sustentabilidade das farmácias passa muito pela boa compra. É essa a minha preocupação”. Ao longo dos anos, Carlos Rebelo tem reunido memórias marcantes. Sem destacar nenhuma em particular, afirma: “Pela positiva há vários episódios, mas não lhe consigo citar assim nenhum, mas há pessoas que sabem ser agradecidas da melhor maneira sem nada de material”. Modelo de farmácia: apreensões e reflexões legais Embora reconheça que, ao longo dos anos, o setor farmacêutico sofreu alterações importantes, o diretor técnico da Farmácia Bordalo afirma que faz falta uma verdadeira noção do que é realmente este negócio e um projeto conjunto a nível europeu com “uma atitude a longo prazo, que possa tornar o sector saudável”. Carlos Rebelo alerta, “o medicamento é uma coisa tão séria que não pode ser posto as-


sim sem mais nem menos nas mãos de uma livre concorrência absoluta. A farmácia tem que ter alguma sustentabilidade para poder garantir o acesso do medicamento a toda a agente. Estas farmácias da aldeia desapareceriam todas. Terras como Figueira que não é uma terra muito grande correria, eventualmente, riscos.” E continua a explicar: “Hoje em dia a diferença de preços que há entre Portugal e o estrangeiro é enorme e, entretanto, foi liberalizada a sua exportação”, e prossegue, “é verdade que na lei está escrito que só se pode exportar desde que não se ponha em causa o mercado nacional. Só que é o contrário. Há uma lista enorme de produtos rateados, que nós temos dificuldade em arranjar, porque são alvo de exportação, e ninguém faz nada”. Quanto à solução para isso, acredita que esta passa pela punição pura e dura, embora reconheça que seja difícil de se concretizar. Carlos Rebelo explica a sua visão sobre o setor: “Eu acho que o que faz falta aqui é um planeamento a nível europeu para o que, de facto, é o preço do medicamento. Não pode haver um medicamento a custar o que a indústria entende. É verdade que eles têm que rever o dinheiro investido na investigação, mas há que ser razoável. O medicamento é uma área que é diferente do resto dos negócios e tem que haver intervenção forte dos Estados. Tem que haver uma ação conjunta, obviamente, de todos os países da União Europeia, para ter algum travão. Para mim é a única solução”. De olhos no futuro Ao longo do tempo, Carlos Rebelo tem concretizado os seus projetos. A curto prazo, a sua ambição profissional passa por investir na Farmácia Bordalo, no sentido de “organizar melhor o sistema de entregas ao domicílio, porque a minha clientela são idosos, fundamentalmente. Nem sempre é fácil eles virem à farmácia.” De olhos no futuro e preocupado com a desertificação do Interior, Carlos Rebelo deixa o convite: “Gostaria de apelar às pessoas para virem para a região, sinceramente.” E vai mais longe, “se de facto não olham para o interior de uma forma diferente, qualquer dia isto morre. Eu acho que há tanta riqueza para explorar, que vale a pena apostar nisto. Começa pelas próprias pessoas vir para cá viverem ou vir cá pelo menos para conhecerem”. Para os seus conterrâneos deixa uma palavra de alento e incentivo: “Que tenham esperança, que tenham ideias para gerarem outros negócios aqui, porque, às vezes, é isso que falta, não podemos estar à espera que a Câmara faça tudo e que arranje emprego

para toda a gente”. E sugere “que pesquisem na internet pessoas de outros sítios, que tiveram que desenvolver negócios e que não fiquem parados, à espera que alguém faça alguma coisa por nós”. Com um tom esperançoso termina: “Tenho esperança de que as coisas hão-de melhorar.”

Av. 25 de Abril, nº41 6440-111 Figueira de Castelo Rodrigo +351 271 312 113

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ENTREAJUDA E APOSTA NOS PRODUTOS LOCAIS Os produtos da região são privilegiados no Intermaché de Figueira de Castelo Rodrigo. Sara e Luís Ribeiro, naturais de Alcobaça, decidiram investir no Interior, sendo os rostos por detrás da marca. Com uma grande variedade de produtos e serviços, têm estabelecido uma relação de compromisso social e de proximidade com a população. Trabalho, coerência e lealdade são as palavras-chaves que definem os seus percursos. INTERMARCHÉ FIGUEIRA CASTELO RODRIGO

SARA E LUÍS RIBEIRO

Como se integram no mundo do Intermaché? Sara: Quase há 20 que integramos o grupo «Os Mosqueteiros», desde 2000. Somos naturais de Alcobaça. Inicialmente fomos trabalhar para a base e, mais tarde, ingressamos como empresários do grupo. Luís: O grupo dá essa possibilidade aos próprios trabalhadores, em desenvolverem um projeto ou o sonho da vida deles. Neste caso, quando fomos trabalhar para a base já íamos com a intensão de ir amealhando algum dinheiro, no sentido de nos tornarmos empresários. Portanto, passÁmos de funcionários a empresários do grupo e também a administradores, pois é assim que a organização se processa. Na sua essência, nós somos os proprietários das lojas, mas também proprietários do próprio grupo. Quantas superfícies têm, neste momento? Temos duas, esta em Figueira Castelo Rodrigo e a de Vila Flor.

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Quantos colaboradores têm à vossa responsabilidade? Temos à volta de sessenta colaboradores, 30 em cada loja. Qual é a maior dificuldade que aqui, em Figueira Castelo Rodrigo? O facto de ser uma região do Interior. Temos conhecimento que esta loja ficou sem uma pessoa responsável durante algum tempo. Até que ponto essa situação, que está a ser vivida nos últimos meses, representa uma dificuldade? Luís: Durante esse período de tempo este estabelecimento era administrado pelo próprio grupo, algo que não está na sua essência de funcionamento. O procedimento preferencial é que alguém esteja presente e dê a cara, até porque torna o processo de tomada de decisão muito mais rápido, não só porque está alguém no local a lidar com a situação em particular, como tem contacto

cara-a-cara com os clientes. Sara: Nós concordamos com essa dinâmica: estar próximos dos clientes e dos nossos colaboradores, bem como proporcionar a proximidade entre clientes e colaboradores. Até porque ao longo do tempo vamos criando laços com os clientes. Acabamos por estarmos próximos da comunidade e isso é bom. Atualmente o público necessita de estabelecer relações de confiança e laços de afeto? Até identificar a marca com um rosto? Se sim, posso afirmar que vocês são o rosto desta marca? Precisamente. Isso é importante. Somos parte de uma grande organização só que cada loja tem sempre um rosto (ou mais do que um, como é o caso) que responde pela própria loja e participa ativamente na região onde se insere, essa é a diferença do resto das insígnias. Colaboramos com várias atividades e entidades locais. Ainda


há poucos minutos a Sara esteve a decidir ajudar uns rapazes a publicitarem rifas para irem aos Açores. Temos uma comparticipação com a GNR, à qual cedemos produtos para ajudar animais abandonados. Sentimos, em cada localidade, esta necessidade de participar com estas situações. Além da proximidade, vocês estabelecem um compromisso com a própria localidade. A nível de produtos, têm fornecedores locais? Sara: Sim, temos sempre, isso é inevitável e aqui mais se nota porque existe muita procura pelos produtos da região. O cliente procura o produto da região, o qual temos sempre. Também fazemos acompanhar de uma gama o mais diversificada possível. Os mais marcantes são vinhos, charcutaria e os queijos regionais, produtos incontornáveis e imprescindíveis. Relativamente aos doces e amêndoas estamos em processo de integrar uma parceria com uma produtora de amêndoas local. Luís: Queremos valorizar toda a região. Há muita concorrência? Há pouca concorrência. Também há pouca população, portanto, atualmente somos muitos para tão poucas pessoas. Que serviços podem ser encontrados aqui? Temos já as máquinas de lavar e secar roupa, que foi logo a primeira coisa que surgiu. Vamos ter mais serviços, nomeadamente a chronopost (serviços de entrega ao domicílio) e encomendas online. Também temos as bombas de combustível, que permitem uma sinergia de negócios, o que ajuda na parte da dinâmica da loja. Andamos a tentar implementar mais alguns serviços. As máquinas têm sido uma aposta ganha, sobretudo numa zona do Interior? Mais do que estavam à espera? Sara: Bastante mais. As máquinas vieram no início de novembro, numa época baixa, e fiquei surpreendida com o sucesso. Luís: Há residenciais que vêm com carrinhas cheias e lavam toda a roupa aqui. Começa a ser um hábito. Como gostariam de ver a loja daqui a oito ou dez anos? Sara: Com mais dinâmica, temos potencial para isso e estamos ativamente a implementar isso mesmo. Temos uma loja agradável, renovada, e com espaço, falta o público aperceber-se dos benefícios que aqui encontram, o que não é fácil devido à localização não central da loja. Também queremos apostar um pouco mais n’A Cegonha, um serviço de transporte que faz o circuito pelas freguesias e que pára aqui. Desta forma, as pessoas que não têm transporte podem vir às compras e depois regressarem a casa. As entregas das compras em casa é um projeto a médio prazo. Para já, os nossos clientes não têm o hábito de recorrer às novas tecnologias para fazer compras, por isso não é fácil implementar, temos primeiro que estabelecer e ganhar a confiança. Luís: Devido às características da população local, nomeadamente o facto de ser envelhecida, exige outras soluções. O projeto está pensado, temos é que o remodelar. Façam um convite ou uma mensagem, para os vossos clientes atuais e futuros. Sara: Tenho a certeza de que o cliente que nos visita se sente bem neste estabelecimento, uma vez que é um pequeno espaço com uma grande oferta e onde encontra atendimento prestável. É para isso que batalhamos, para que num curto espaço de tempo consigam fazer as compras e sentirem-se satisfeitos, com a melhor oferta e o melhor preço. E aí temos uma equipa profissional e especialista, que sabe lidar com todas as situações. Luís: Esperámos continuar este bom trabalho muitos anos. PORTUGAL EM DESTAQUE | 93



MANGUALDE O concelho de Mangualde insere-se administrativamente no Distrito de Viseu, com uma parcela territorial de 219,3 km2. Integra a Região Centro, NUT II, fazendo parte da NUT III – Dão-Lafões, e compõe as Regiões Demarcadas do Vinho do Dão, do Queijo da Serra da Estrela e Maçã Bravo de Esmolfe. Os resultados preliminares do Censos 2011 apontam uma população de 19.879. É dotado de infraestruturas viárias de acesso e internas de boa qualidade, nomeadamente a A25 e a linha ferroviária da Beira Alta. As infraestruturas básicas de eletricidade, saneamento e água, e as de apoio social como as de saúde e as de educação cobrem praticamente a totalidade da população do concelho. Os três setores de atividade económica estão presentes, ocupando o setor terciário a maioria da população ativa, seguido pelo secundário e por fim pelo primário.


UM RAIO DE SOL EM SUA CASA IMOBILIÁRIA RAIO DE SOL Com as portas abertas desde 1990, a Raio de Sol Imobiliária ganhou uma nova vida em 2016 pelas mãos das atuais proprietárias Mónica Cruz e Isabel Alves. Em janeiro mudaram de instalações para a Rua 1º de Maio, nº3 em Mangualde, de forma a dar um novo ar a este setor e para que todos possam encontrar a solução ideal para todo o tipo de imóveis. Um lugar “muito mais airoso”, mais amplo, com “luz natural” e com uma dinâmica maior. Com uma enorme diversidade de serviços, têm ao dispor tudo o que diz respeito a “venda de imóveis, arrendamento” e, mais recentemente, gestão de condomínios “onde já temos algumas pessoas interessadas nos nossos serviços”, acrescenta Isabel MÓNICA CRUZ E ISABEL ALVES Alves. Apesar de haver possibilidades de virem a atuar em diversas zonas do país, as proprietárias têm-se focado nas regiões de “Mangualde, Viseu, Penalva e Castro Daire”. Para que nada falte aos clientes, a Imobiliária divide as instalações com a AGEAS, podendo os clientes usufruir também dos seus serviços. No que se refere àquilo que os clientes mais procuram, Mónica Cruz destaca que “os clientes procuram um pouco de tudo”. Tudo depende da época e por isso “há alturas que procuram mais terrenos e outras que procuram mais casas”, salienta Isabel Alves. A reabilitação urbana começa a ser uma aposta para a Raio de Sol que já tem investidores em Mangualde. “Há pessoas de fora que investem aqui. Temos um caso de uma pessoa no Porto a investir nos arredores de Mangualde”, ou seja, “reabilita e depois coloca a arrendar”. As proprietárias defendem uma preocupação: a falta de oferta de imóveis em Mangualde. Apesar de haver “uma grande procura de casas, não há oferta”. Para combater este problema, consideram “necessário que Mangualde ande para a frente e para isso é preciso investimento para poder haver desenvolvimento. As pessoas da terra devem tentar abrir mais as portas e dar uma oportunidade”, afirma Isabel Alves. Para perspetivas futuras têm como grande objetivo crescer gradualmente.

UM LOCAL CHEIO DE HISTÓRIAS Construída nos finais do século XVIII e inícios do século XIX, a Casa da Sé está localizada na zona histórica de Viseu, na Praça D. Duarte. Foi há sete anos que surgiu renovada para dar um requinte, “fora do convencional”, à cidade. Transformada num “hotel de charme”, concilia dois negócios que estão relacionados: o alojamento e as antiguidades. CASA DA SÉ Os hóspedes são, na grande maioria, “turistas, nomeadamente espanhóis, franceses, brasileiros e americanos”. A preocupação para com os visitantes é constante, daí darem os melhores conselhos para todo o tipo de perfil turístico. “São aconselhados restaurantes, sítios para estar e visitar, não só em Viseu como na região”. Mas para que levem uma “experiência adicional”, os turistas podem usufruir, no hotel, de inúmeros produtos “gourmet” da região, como por exemplo vinhos e doces. Se visitar a Casa da Sé, rapidamente vai perceber que os 12 quartos disponíveis distinguem-se pelos nomes de personagens históricas, “que de alguma forma foram importantes para a cidade”. Nos próprios quartos estão expostas peças históricas, originais ou réplicas, que podem ser adquiridas pelos visitantes, o que acaba por trazer “uma dinâmica fora do tradicional”, porque o que hoje está no hotel amanhã poderá não estar. Para além do pequeno almoço incluído no alojamento, a Casa dispõe de um bar aberto ao público e de uma uma sala de convívio com uma vista privilegiada para a Sé. Neste espaço também se organizam reuniões, eventos e jantares. Um dos desafios do futuro no turismo será “criar parcerias entre todos, alojamento com outro tipo de atividades que estão intimamente ligadas. Quanto mais juntos e mais unidos, mais fortes seremos”. Visitem Viseu e fiquem na Casa da Sé.

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QUALIDADE E EXCELÊNCIA NA PRODUÇÃO VINÍCOLA DO DÃO Sandra Soares, tal como o marido, José Carlos Soares, são professores de Línguas. Mas a paixão surgiu “após a compra da quinta por parte da família para lá viverem e não para um negócio”. Sandra Soares conta, em entrevista à Revista Portugal em Destaque, que foi a “vinha de muita qualidade e com as melhoras castas da região” que motivou a criação da Soito Wines, empresa familiar de produção de vinhos DOC da região do Dão, em 2013. SOITO WINES

JOSÉ CARLOS SOARES

O “potencial que [a quinta do Soito] tinha em todas as suas vertentes” era tal que o casal decidiu avançar com o projeto, “ainda que sem formação e conhecimento técnico na área”. “Sermos nós próprios a fazer o nosso vinho, um vinho distinto” surgiu como a principal motivação. Contudo, apenas a vontade não era suficiente para tornar a Soito Wines na referência, de vinho do Dão, que hoje é. De modo a “criar um produto único, com exclusividade e total qualidade”, o casal desenvolveu uma “adega de raiz, projetada a pensar na dimensão que tínhamos e no mercado que pretendíamos alcançar”. A adega da Soito Wines foi projetada pelo arquiteto Perdigão que, “acompanhado dos devidos técnicos e dos seus padrões de qualidade”, criou um espaço capaz de reunir as condições que garantem, aos proprietários, a qualidade do produto comercializado. O casal faz “questão de acompanhar todo o

processo de perto”, mas reuniu “as pessoas que, na nossa opinião, eram de reconhecido mérito e valor na região”. A integração de colaboradores com um percurso profissional marcado pelo profissionalismo permite à Soito Wines a execução do trabalho com “qualidade e rigor, melhorando o nosso projeto”.

que o primeiro vinho fosse a concurso naquele momento”, pois tinha acabado de ser engarrafado. Contudo, Sandra acreditou na “potencialidade do nosso vinho” e, sem que a restante equipa soubesse, “enviei as garrafas para o concurso. “Mandei o vinho para o Decanter World Wine Awards e depois veio o Prémio de ouro com 95 pontos”. O

Aposta na qualidade e na produção de excelência Ainda que o percurso inicial tenha “começado muito por acaso”, a atuação da equipa da Soito Wines tem como foco principal a “qualidade e a excelência máxima”. Sandra Soares garante que este “sempre foi o nosso objetivo”. E é esta aposta na excelência que “tem produzido um retorno pois o forte investimento, o empenhamento e a dedicação têm-se cristalizado em algo de muito positivo, bem feito e bem conseguido”. A co-proprietária realça ainda a necessidade de “continuar a trabalhar e a aprender, sempre para melhorar”. E exemplo disso é a “certeza que temos de que o vinho que produzimos hoje é muito melhor do que o primeiro que produzimos, já esse um vinho excecional. Todavia, não superior ao de amanhã”. Mas desde cedo, a produção da Soito Wines tem sido distinguida e premiada, nacional e internacionalmente. Esse mesmo “primeiro vinho foi premiado num dos mais prestigiantes concursos internacionais”. José Carlos Soares, confessa à Portugal em Destaque, que a “história desse vinho é muito peculiar”. Ele e o enólogo, o engenheiro Carlos Silva [responsável por toda a produção do vinho], “não queriam

percurso do vinho do Dão tem vindo a ser premiado pelo “trabalho que é bem feito”. Os proprietários realçam a importância de subtrair o preconceito da região vinícola do Dão devendo os produtores unir-se no sentido de revelar, ao resto do país e ao mundo, que a região do Dão é, efetivamente, uma região repleta de potencialidades. Produzem-se aqui as melhores castas brancas e tintas que resultam em vinhos com um caráter único, vinhos elegantes, vinhos de marcada identidade.” Destacam ainda a mudança que se tem sentido mais recentemente, uma vez que “através das provas vamos percebendo que o vinho do Dão tem vindo a ser ter cada vez mais adeptos, a ser mais apreciado e consumido e isso é sempre um bom sinal e uma alavanca importante para continuarmos a trabalhar e a empenhar-nos num vinho em que verdadeiramente acreditamos”.

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UM LUGAR ROMÂNTICO POR NATUREZA A Quinta do Cisne surge há seis anos para proporcionar um serviço personalizado aos clientes e com o objetivo de complementar o Restaurante, Churrasqueira e Pizzaria “Os Galitos”. Em conversa com a Revista Portugal em Destaque, António Lopes, chef e gerente da Quinta explica o que de melhor o espaço tem para oferecer. QUINTA DO CISNE forma que revelamos o segredo: simples, saboroso e bem confecionado. “Se vai fazer um prato, cada vez que coloca algo na boca devemos procurar um paladar diferente”, acrescenta. Ementa com elegância As ementas feitas pelo Chef são preparadas “consoante o que os clientes pretendem. Tudo passa pelas minhas mãos, desde entradas até sobremesas finais”. A satisfação total dos clientes é uma das principais conquistas de António Lopes

Chef, “o ponto principal” O gosto de António Lopes pela cozinha começou muito cedo quando ainda estudava. “Sempre gostei dos paladares. A minha mãe cozinhava muito bem e foi daí que veio o meu gosto pela cozinha. Enquanto estudava, trabalhava em restaurantes como cozinheiro e fui crescendo muito rapidamente”. Com uma vasta experiência na cozinha, o chef trabalhou nos EUA e chegou “a ser chef executivo de seis restaurantes”. Uma cozinha cheia de paladares Na cozinha é privilegiada a utilização de produtos frescos e com qualidade, que pelas palavras do Chef António Lopes “é meio caminho andado para um bom trabalho”. Relativamente aos ingredientes, “um prato para ser composto tem de ter diferentes sabores. Cada sabor tem de se destacar por ele próprio sem grandes alterações”. É desta

que com o seu toque deixa “a comida com muita apresentação”. A decoração nos buffets, frutas e em todos os outros pratos é fulcral para captar a atenção das pessoas, daí terem “muito cuidado com a imagem”. Uma diversidade de eventos e parcerias Desde casamentos, batizados, bailes de finalistas, passagens de ano, Dia da Mulher, Dia dos Namorados, “almoços para idosos contactados pelas Câmaras e Juntas de Freguesia” ao típico jantar de Natal realizado pelas empresas, a Quinta do Cisne oferece uma panóplia de eventos que estão ao dis-

por de quem visita o local. Para que nada falte ao cliente, António Lopes tem diversas parcerias como animação, “com diversos grupos musicais como DJ’s e bandas”, decoração, pastelaria, “que nos dá garantias de qualidade, segurança e higiene para os bolos”, e até mesmo o aluguer de automóveis clássicos que podem tornar o dia ainda mais especial. Cada evento é único e muito próprio. Para isso, “analisamos bem o que cada cliente pretende, nomeadamente os noivos, e vamo-nos ajustando a cada serviço. Procuramos que todos sejam diferentes”, afirma o gerente. Oferta de vários espaços Com uma área de sensivelmente 650 m² de sala e 6.500 m² no que diz respeito ao exterior, os clientes podem usufruir da piscina, de um enorme lago “onde temos um coreto no meio com duas pontes a ligar” e ainda visualizar inúmeras estátuas “feitas em granito por vários artesãos locais”. Os casamentos civis estão cada vez mais na moda e, por isso, estão a fazer “um altar grego, todo em pedra, com colunas todas trabalhadas e com água à volta para criar um ambiente para todo o tipo de casamentos”, refere o gerente. Com um trabalho que consideram totalmente diferente do habitual, a Quinta do Cisne pretende continuar com o princípio de manter a qualidade dos serviços e inovar nas ementas. António Lopes não termina sem antes deixar uma mensagem a todos os nossos leitores: “Visitem-nos. Serão surpreendidos”.

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A BELEZA DE UM SOLAR COM HISTÓRIA O Solar de Almeidinha, classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1978, localiza-se em Almeidinha, a dois quilómetros do centro de Mangualde. SOLAR DE ALMEIDINHA Por Portaria 178/2014 de 4 de março, foi definida uma zona especial de proteção (ZEP), que teve em consideração a localização e o notável enquadramento paisagístico do imóvel, incluindo a extensão da propriedade na qual se insere e a integridade da área rural circundante. Profundamente remodelado, o Solar de Almeidinha inaugurou os seus espaços para eventos em agosto de 2015. Indicado para reuniões, conferências, formações, mostras de produtos, exposições, casamentos, batizados e eventos empresariais, o Solar de Almeidinha possui espaços exteriores elegantes, numa quinta secular, com uma grande componente de jardins de buchos classificados. Mas, em breve, poderá usufruir em pleno desta propriedade… Aposta no turismo rural Em 2018, o Solar de Almeidinha, alargará as suas atividades e será inaugurado como espaço de turismo, na vertente Agro-turismo, proporcionando um ambiente de charme, relaxante e acolhedor, rodeado pelos ancestrais Olivais da região das Beiras, demais espaços agrícolas e floresta e pelos jardins do Solar. Tradicional, e elegante, permite a cada hóspede uma relação próxima com a natureza, espelhada nas vistas e na proximidade da Serra da Estrela. Serão 12 os quartos que estarão ao dispor dos visitantes desta região, todos com decoração ao estilo desta quinta, oferecendo o conforto que necessita e a excelência que exige, proporcionando-lhe uma estadia única, seja em trabalho ou em lazer. A pensar nos seus negócios ou naquele dia tão especial, estão ainda disponíveis duas salas de eventos, salão de jogos, piscinas e vários espaços de jardins, enquadrados num ambiente privilegiado, flexíveis e adaptáveis às várias necessidades e desejos. O Solar de Almeidinha apresenta-se como uma grande experiência enquadrada num ambiente histórico na Região Centro, e na senda da tradição de bem-receber, tão típico da região Beirã. Fica o convite: visite e usufrua do melhor que o nosso interior tem para oferecer! Largo da Roda-Almeidinha | 3530-100-Mangualde + 351 914031759 geral@solardealmeidinha.pt www.solardealmeidinha.pt

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UM SERVIÇO DE RESTAURAÇÃO DE EXCELÊNCIA” O Restaurante Paço dos Cunhas de Santar está situado na Vila de Santar, em Nelas, distrito de Viseu. Trata-se de um espaço nobre do Grupo Global Wines que se distingue pela oferta de uma “experiência enogastronómica” que conjuga vinhos e uma cozinha de autor com base na cozinha tradicional portuguesa. RESTAURANTE PAÇO DOS CUNHAS DE SANTAR

HENRIQUE FERREIRA

O Paço dos Cunhas, um solar do século XVII, era uma obsoleta propriedade vinícola do Dão que foi transformada num espaço charmoso e acolhedor dedicado à restauração e ao enoturismo. A celebrar este ano dez anos de existência, o restaurante Paço dos Cunhas de Santar, sob a orientação do chef Henrique Ferreira, é um espaço que possibilita a aliança entre os vinhos da Global Wines e a gastronomia. Também com a marca de vinhos Paço dos Cunhas existe o vinho com o mesmo nome, que o chefe adjetiva como “uma das marcas premium da Global Wines”, combinada a “um serviço de restauração de excelência”. O Grupo Global Wines tem três espaços de restauração: A Quinta de Cabriz, em Carregal do Sal, o Paço dos Cunhas, na Vila de Santar, a Quinta do Encontro, em Anadia, e um espaço, dedicado a eventos pontuais, em Portalegre, a Herdade Monte da Cal. Com uma carta dinâmica, atualizada a cada

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três meses, a cozinha do restaurante Paço dos Cunhas de Santar privilegia os produtos locais e nacionais de qualidade e “uma experiência gastronómica num menu de degustação surpresa”. Durante a semana é exposto um menu executivo com uma oferta célere destinada a empresários e a todos aqueles que queiram visitar esta casa de restauração. É realizada a harmonização de cada prato servido durante uma experiência que pode ser vivida em quatro ou cinco momentos. Um restaurante que possui uma ampla abrangência a nível de clientela. Durante o ano, recebe nas suas instalações a população de concelhos circundantes, sendo que, na época alta do verão, as visitas abrangem um vasto público estrangeiro, maioritariamente, holandeses, belgas ou alemães. Contudo, é na época das vindimas que se proporciona a maior procura por uma “experiência vinícola”. Ao público que procura uma experiência enogastronómica autêntica é concedida a oportunidade de vivenciar um ´’Programa das Vindimas’. Um programa que permite o deguste harmonioso de uma cozinha de excelência e de vinhos distintos do Dão. Henrique Ferreira garante que “o cliente acompanha todo o processo até ao vinho aparecer na garrafa”. É uma oportunidade de experienciar a tradicional apanha das uvas com a recriação de costumes, uma experiência que pretende reanimar as tradições associadas às vindimas.

Uma atividade que reconhece o estatuto cultural que as vindimas têm na etnografia portuguesa e que dá ao público, nacional e estrangeiro, a oportunidade de consumir a tradicional ‘bucha matinal’ e almoço prolongado, numa recriação modernizada e adaptada ao contexto atual embora, “no ano passado servimos a tradicional feijoada”, admite. O objetivo principal do Chef Henrique Ferreira é consolidar uma reputação de excelência no setor em que atuam. O chef aconselha os leitores da Portugal em Destaque a visitar o Interior do país pois, nas suas palavras: “Portugal não é só Lisboa e Porto”.

SALADA DE FRUTA COM INFUSÃO DE LUCIA LIMA


A CONSTRUIR HÁ TRÊS GERAÇÕES A Portugal em Destaque, na sua passagem por Mangualde, visitou as instalações da empresa de construção mais reconhecida na região, a Acrísio Abrantes & Filhos. João Abrantes, neto do fundador que deu nome à empresa, concedeu-nos uma breve entrevista onde, nos falou do seu legado. ACRÍSIO ABRANTES & FILHOS

A empresa fundada em 1986 desde sempre dedicou a sua atividade a obras de construção civil. Especialista em reabilitação urbana, reparações/remodelações de interiores/ exteriores, construção de piscinas em betão armado, execução de coberturas em painel sandwich, remoção de coberturas em amianto e construção de edifícios habitacionais e comerciais, a Acrísio Abrantes & Filhos conta com um leque importante de referências no seu portfólio dos quais se destacam, recentemente, as obras efetuadas no edifício da COAPE. É sabido que atualmente o ramo da construção começa a atravessar uma boa fase, no entanto, entre 2010 e 2014 o mesmo não se verificava. “Nessa altura optámos, também, por trabalhar em regime de subempreitada, e devido ao forte impacto da crise instalada, esta situação trouxe-nos muitos problemas de pagamentos , por isso, passamos a trabalhar exclusivamente, como empreiteiro geral, em contacto direto com os clientes finais”, explicou. Na região muitos são os que apostam em construção nova e mais ainda os que enveredam pela reabilitação dos imóveis que possuem quer seja para usufruto próprio ou investimento no turismo. “Nós faze-

mos um serviço ‘chave-na-mão’, ou seja, estamos presentes desde a fase de conceção até à construção. Somos muito conhecidos na região e as pessoas confiam em nós porque acompanhamos a execução de cada detalhe tentando oferecer as melhores soluções com a melhor qualidade aliada ao melhor preço e tendo sempre em consideração os anseios dos clientes”, confidenciou-nos. Em pleno interior do país uma das maiores dificuldades com que a empresa se tem deparado é a falta de mão de obra. “É cada vez mais difícil encontrar mão de obra especializada neste sector. Terá de haver uma forte aposta na formação e será necessário tornar mais aliciante a procura de emprego na construção que, na verdade, é um trabalho árduo”, desmistificou o engenheiro civil. Futuro passará pelo ramo imobiliário Tendo em conta a fase positiva que a construção e o ramo imobiliário atravessam, passa pelos objetivos mais imediatos o retorno ao mercado imobiliário. “Estamos a preparar projetos neste sentido. É necessário aproveitar um certo estímulo que se está a notar no sector para podermos crescer e melhorar continuamente” evidenciou. Por fim, ficou o convite: “Visitem a região, é uma zona muito serena e com muito boa gente e procurem os nossos serviços porque nós queremos continuar a realizar sonhos”, assegurou.

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UMA ABORDAGEM INTEGRADA AOS PRODUTORES AGRÍCOLAS A COAPE – Cooperativa Agropecuária dos Agricultores de Mangualde é uma instituição de caráter cooperativo multissetorial de referência na região, que responde aos anseios e necessidades dos seus cooperadores em toda a sua abrangência, apresentando-lhes novas propostas, algumas delas arrojadas e inovadoras, de abordagem ao setor agrícola e pecuário. Rui Costa é o presidente desta Cooperativa e Paula Jacinta Amaral a diretora financeira, foi com eles que estivemos à conversa por detrás das empresas estão pessoas e para conhecer um pouco mais sobre as atividades desta cooperativa, que tem vindo a assumir um lugar de destaque no setor porque afincadamente trabalha em prol dos produtores, essencialmente de Mangualde, mas também na dignificação do setor primário e dos agentes económicos que representa. COOPERATIVA AGROPECUÁRIA DOS AGRICULTORES DE MANGUALDE

RUI COSTA

PAULA JACINTA AMARAL

Esta organização surgiu há mais de 40 anos e após a extinção do antigo Grémio da Lavoura e representa, atualmente, mais de 5.000 associados. A sua equipa de profissionais, sempre em constante aperfeiçoamento e melhoria, distingue-se pela seriedade, dedicação e empenho com que vem tratando todas as necessidades dos associados (sócios cooperadores), da Região onde está inserida (Mangualde), especialmente nas vertentes agrícolas (com o apoio à criação de cerca de 60 novos empresários agrícolas, com o apoio à plantação de 80 hectares de frutos vermelhos, nas parcerias na realização das feiras agrícolas e de produtos da terra), mas também nas vertentes pecuárias (no apoio direto a 35 produtores de leite de ovelha Bordaleira, na parceria para a criação e realização da Feira do Borrego), mas também pela particularidade, ou coincidência, dos seus quadros, médios e superiores, serem todos do sexo feminino, uma realidade pouco habitual em Portugal, mas que “demonstra já uma evidência para a igualdade de género desta cooperativa. Também em conjunto com a Câmara Municipal de Mangualde, com a Confagri,

sócios, fornecedores e demais stakeholders, conseguimos impulsionar o concelho e os produtos endógenos”, na vertente agrícola e pecuária, e, ano após ano, ajudamos a colocar Mangualde numa posição cada vez mais referenciada como”um exemplo a seguir” no panorama nacional. “Em cinco anos, angariamos mais de 500 sócios, fruto da nossa aposta num trabalho contínuo, do esforço dos nossos colaboradores, muitas vezes não reconhecido exteriormente, em prol daqueles que confiaram e confiam em nós. Hoje não ficamos só por Mangualde, temos sócios de Coimbra até Celorico da Beira, mas tambem em França, Inglaterra e Espanha”.

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Quatro frentes de trabalho em quatro secções distintas A COAPE trabalha quatro áreas distintas ( dividida por secções): a compra e venda de diferentes fatores de produção, equipamentos, maquinaria e utensílios destinados à produção agrícola e pecuária (secção de compra e venda) – através da loja física onde o pequeno agricultor, empresário agrícola ou consumidor final encontram tudo

o que necessitam para a sua atividade mas também uma pequena área de ‘produtos da terra’, que está, ano após anos, a aumentar o seu volume de negócios, com uma representatividade cada vez maior dos “produtos fornecidos pelos nossos pequenos agricultores locais” que de outra forma teriam mais dificuldades em escoar os seus produtos; a formação especializada (Cideca – secção de formação certificada), especialmente nas vertentes agrícolas e pecuárias – que abrange um conjunto de ações que vão desde a formação inicial, passando pela formação contínua até à formação especializada, tendo como principais destinatários os associados da COAPE, mas também todos aqueles que a procuram para essa valências; a fileira dos frutos vermelhos ( “MBerries” , secção de frutos vermelhos) – com a montagem completa de campos (conceito de ‘chave na mão’ aplicado também à agricultura), com todo o know-how técnico para o exercício desta atividade agrícola, nomeadamente a assessoria técnica, o acompanhamento permanente dos produtores e ainda a garantia do escoamento de toda a sua produção (mirtilos ), que é praticamente toda “exportada” com a ajuda de parceiros estratégicos, rigorosamente selecionados; e por fim, mas não menos importante, a produção do leite (secção de produtores de leite ) – esta secção recentemente criada é responsável pela recolha, transporte, análise e comercialização de leite de ovinos e caprinos, com uma aposta estratégica no leite de ovelha bordaleira (DOP), característica da região e essencial para a produção do queijo Serra da Estrela certificado. Mas nem só os frutos vermelhos e o queijo Serra da Estrela merecem a atenção da COAPE. Em pleno Dão, os “vinhos são essenciais à economia da região e temos perfeita consciência da sua importância”. Desta feita, “temos um protocolo com a Adega Cooperativa de Mangualde, concedendo a


EQUIPA

todos os seus sócios, praticamente as mesmas vantagens e descontos que concedemos aos nossos sócios, nomeadamente na aquisição de produtos para os tratamentos das vinhas e do vinho e na aquisição de equipamentos e maquinaria agrícola. Somos também mais um posto de venda para a Adega, mas também para os vinhos das quintas dos nossos produtores (em pequena escala e na nossa loja)”. A importância da Mberry´s Mberry’s é uma “secção estratégica da COAPE” especializada na produção e comercialização de frutos vermelhos. “Procuramos ganhar escala através da associação de vários pequenos produtores”, organizados em Contratos de Integração com a

COAPE. “Os mirtilos são uma fileira que está a ser bem sucedida, uma aposta que comprova que, quando decidimos apostar nela porque percebemos que em Portugal não havia know-how suficiente para dar resposta ao número de jovens agricultores que queriam enveredar por este ramo, o fizemos no tempo certo e com os player´s internacionais certos“. “Foram cerca de 2 milhões de euros que foram investidos na região, e, graças à parceria com a Asturianberries, que nos garante uma formação altamente qualificada e informação de toda a envolvência nacional e internacional da fileira, podemos competir nos mercados internacionais com orgulho do ‘made in Portugal’. Acreditamos que dentro de pouco tempo o mirtilo será um fruto presente em todas as mesas das famílias portuguesas”. Constante modernização e agente impulsionador de novos negócios A COAPE esta ainda a reabilitar e

a requalificar o edifício onde está sediada. Muito em breve o imóvel irá abrir o seu segundo piso com mais nove novos negócios (clínica dentária, ginásio, advogados, contabilistas, arquitetos, cabeleireiro, centro de estética, entre outros), para além dos sete negócios já existentes no primeiro piso ( loja COAPE, loja do enfermeiro, café, papelaria, sapataria, florista e banco ). Os sócios da COAPE terão ainda a possibilidade de usufruírem destes serviços (aberto ao público em geral) a melhores preços, fruto de novos protocolos assinados com estes parceiros (inquilinos) , tirando também assim o máximo de proveito destes investimentos. 2018 espera-se positivo para esta cooperativa que contará com um edifício requalificado até ao segundo piso, com um crescimento do volume de negócios na fileira dos produtores de leite e dos frutos vermelhos, nos primeiros com mais produtores e com o aumento do número de efetivos por rebanho, nestes últimos com o crescimento de 150 toneladas para as 300 toneladas de mirtilos (todas exportadas). “Na COAPE vamos continuar a trabalhar em prol da agricultura e dos agricultores. Acreditamos que o cooperativismo é um dos caminhos a seguir para se ganhar escala que, de outra forma, seria mais difícil ou mais morosa”.

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PELA AGRICULTURA E PELA APICULTURA Que cooperativa é esta que foi criada há três anos e meio e hoje é uma referência no comércio agrícola local e na atividade apícola nacional? Qual o segredo do seu êxito?

COOPERATIVA AGRÍCOLA E APÍCOLA DAS BEIRAS, CRL

EQUIPA COOPBEI

A sua história resume-se numa breve descrição, mas que diz do muito trabalho que foi feito e continua a ser feito diariamente numa ação dinâmica e proativa definida pela íntima colaboração entre a administração e os funcionários A direção da cooperativa é da responsabilidade única da diretora Catarina Ribeiro, coadjuvada, sempre que necessário, pelo presidente da Mesa da Assembleia Geral, José Ribeiro. Dos seus quadros de trabalhadores, já em número de 13 elementos, fazem parte seis licenciados, dois deles técnicos apícolas, André Halak, engenheiro Zootécnico doutorado em Biologia e Genética Animal e Paula Casteleira, que estiveram presentes na entrevista concedida pelos responsáveis da empresa e manifestaram o seu entusiástico empenhamento no projeto que vivem todos os dias. Ao primeiro cabe a responsabilidade principal de produção e seleção de rainhas ibéricas e definição de uma estratégia de produção apícola que apoia em todas as suas vertentes, já com trabalho reconhecido no país e no estrangeiro. Paula Casteleira foi colocada ao serviço no âmbito do Plano Apícola 104 | PORTUGAL EM DESTAQUE

Nacional para prestar apoio aos apicultores e é este o seu trabalho fundamental. Todos os colaboradores vivem o projeto da Coopbei como se fosse coisa sua e de uma forma empenhada nas finalidades que a mesma se propõe. Um pouco de história A Coopbei constituiu-se inicialmente com cinco elementos fundadores em 31 de outubro de 2014, tendo por objeto a compra e venda de artigos e equipamentos agrícolas e apícolas e produções dos seus associados. Durante o período que decorreu desde a sua fundação até ao presente foi sucessivamente constatando que deveria ter uma intervenção muito acentuada na área da apicultura, pois sendo esta zona de excelente flora para tal atividade, havia muitos pequenos apicultores que se sentiam isolados, desprotegidos e carentes de


ensinamentos e atualização. Procurou durante estes três anos e meio corresponder aos anseios e necessidades desses apicultores, alguns com uma ou meia dúzia de colmeias apenas e outros, principalmente jovens apicultores e não só, com apiários de média e até grande dimensão, de centenas de colmeias. Pelos serviços e apoio que prestou nas variadas vertentes em que desenvolveu o seu trabalho apícola, está a atingir neste momento 300 apicultores associados, que exploram 12.000 colmeias. Por virtude da dimensão que atingiu, beneficiou os apicultores com a distribuição de produtos para tratamentos, no âmbito do Plano Apícola Nacional e bem assim o apoio de uma Engenheira Técnica Apícola integralmente ao serviço daqueles, atendendo-os na sede da empresa ou em inspeções aos seus apiários. Também desempenha o papel de plataforma de distribuição de apoios concedidos pelo Governo e também por outras entidades

de alimento para acudir às explorações que ficaram sem flora que pudesse alimentar as abelhas na gravíssima crise atravessada nos pós incêndios. Neste ponto, não pouparam elogios ao Município de Mangualde e, concretamente, ao presidente da Câmara Municipal pelo generoso apoio que prestaram aos apicultores da região. E foi nesta emergência nacional, que a Coopbei participou na busca do Algarve para aí desenvolver os enxames enfraquecidos pela seca, pela vespa velutina e, finalmente pelos incêndios, que destruiu grande parte do pasto apícola. A chave do sucesso da Coopbei é trabalho e dedicação. Os nossos interlocutores manifestaram esse empenho, esse entusiasmo e essa dedicação, segredo do êxito alcançado.

PELA AGRICULTURA, PELA APICULTURA! Somos uma Cooperativa agrícola e apícola, aberta a todos os agricultores e apicultores da nossa região. A nossa missão é criar rendibilidade e sustentabilidade própria e para os que se acercam a solicitar o nosso apoio e colaboração.

Rua Azurara da Beira nº 125 3530 – 272 Mangualde Tel. +351 232 618 310 Tlm. +351 966 137 531 geral@coopbei.pt

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A EMPRESA QUE COLOCA O CLIENTE EM PRIMEIRO LUGAR Joaquim Santos, nascido em Mangualde, regressou à terra para criar a empresa, juntamente com o irmão Carlos Santos, que hoje domina na área da contabilidade, consultoria e gestão. Datava o ano de 2009 quando a GESCRIAR abriu portas, mas rebobinemos até 2006 para percebermos toda a história. GESCRIAR

JOAQUIM SANTOS

O empresário iniciava, em Coimbra, um projeto de consultoria e gestão que resultaria num crescimento muito positivo. Na sequência do nascimento do filho Lourenço, Joaquim Santos e a esposa decidiram voltar a casa. O projeto continuou, mas com um novo escritório que viria a ser sede do negócio. Tudo começou em 2006, em que inicia a sua atividade empresarial com a celebração de um contrato de parceiro em regime de franchising para Coimbra com a marca Internacional “FIDUCIAL – Business Consulting & Accounting” . Entretanto Joaquim Santos continuou a inovar o negócio, surgindo a ideia dos projetos de investimento e candidatura a fundos comunitários. Como não havia na região outras empresas que o fizessem, a empresa cresceu imenso nesta área de investimentos. Nos dias de hoje, a GESCRIAR presta serviços em cinco áreas: contabilidade e apoio 106 | PORTUGAL EM DESTAQUE

à gestão; consultoria de gestão e projeto de investimento; recursos humanos e formação; design e web, seguros. Recentemente, já em 2018, a GESCRIAR adquiriu 100 por cento de uma empresa de prestação de serviço de consultoria em informática. Com duas certificações, uma de formação profissional pela DGERT, e outra de Gestão ISO 9001:2008 pela Bureau Veritas, são detentores de uma enorme lista de contactos, tendo clientes nas mais diversas áreas, nomeadamente restauração, hotelaria, turismo, comércio a retalho, agricultura, agro-industria entre outras. Joaquim Santos exerce na área da fiscalização, consultoria e contabilidade; enquanto os irmãos Carlos Santos e Ana Santos, trabalham na área comercial e recursos humanos e formação profissional, respetivamente. Ao todo são 18 pessoas em cinco escritórios: Mangualde, Viseu, Seia, Aveiro e Coimbra. O ambiente no escritório é informal. As linhas da hierarquia são ténues, mas domina o respeito uns pelos outros. Há sempre uma atenção pela vida pessoal e compromissos


dos trabalhadores. Não há faltas, nem justificação das mesmas, cada pessoa sabe o trabalho que deve desempenhar e o mesmo é concretizado. O empresário defende uma boa atmosfera profissional, sem intrigas ou conflitos. Procura aumentar o número de funcionários, porém tem dificuldade em encontrar pessoas com o perfil adequado. “Aparecem pessoas que até têm a qualificação, mas não têm o perfil. Procuro alguém que tenha uma boa capacidade de trabalho, que saiba lidar com momentos de stress e que, acima de tudo, seja um empreendedor. Alguém que veja o local de trabalho como um futuro”, diz à Portugal em Destaque. O sucesso da empresa, conta Joaquim Santos, deve-se ao foco no cliente. Nada é mais importante do que a satisfação do mesmo e enquanto ele cresce, a empresa cresce em conjunto. A missão da GESCRIAR é justamente “ajudar o cliente a crescer, se ele ganha um milhão, quero que ele ganhe cinco milhões”, afirma o empresário. Os objetivos da firma para 2018 são um aumento de 20 por centro. “Esse é sempre o objetivo, de ano para ano”, conta à revista. Além disso procura inovar ainda mais nas novas tecnologias e, também, mudar de instalações dada à necessidade de um espaço maior para onde possam proporcionar formação aos clientes. Estas manter-se-ão na região porque o administrador acredita no potencial do interior. Uma empresa inovadora que presta apoio permanente ao cliente é, sem dúvida, na GESCRIAR que poderá encontrar.

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COM A PAULOWNIA A “CRIAR PARA EXPORTAR” A empresa surgiu por influência de um amigo de Manuel Duarte, também ele sócio da Paulownia d.f. Portugal. Criada pelo “sonho de emigrante”, cedo se revelou “uma grande ideia para Portugal” e nos dias de hoje a empresa conta já com “cerca de 500 mil árvores espalhadas no mercado nacional” - desde Monsanto até Faro, explica o sócio em entrevista à Portugal em Destaque. PAULOWNIA

SARA ALMEIDA E MANUEL DUARTE

“Uma iniciativa que não pretendia enriquecer, que fosse sustentável para o próprio negócio, mas que acima de tudo fizesse a diferença”, era este o sonho de Manuel Duarte, emigrante. Quando ponderou voltar a Portugal, queria “fazer uma coisa que ficasse como uma mais valia para o meu país”. Inicialmente, o empresário pensou num projeto mais direcionado para o lado social: “criar algo para as crianças mais desfavorecidas”. Mas foi na panóplia de ideias que, ao verem a realidade do país, optaram por uma iniciativa ambiental. “Viemos cá de férias e ao vermos a situação de Portugal, ele convidou-me para fazer uma viagem com ele a muitos países onde a cultura da Paulownia já estava bastante desenvolvida”, confessa Manuel Duarte. Nos dias que correm, sente que este é “um sonho que está a tornar108 | PORTUGAL EM DESTAQUE

-se realidade” e realça que “juntos e unidos fazemos a diferença”. Para o sócio e proprietário, a Paulownia d.f. Portugal está a “mexer com o Interior do país e a criar novas expetativas económicas com os terrenos abandonados”. Considerada como a “árvore do futuro”, a paulownia tem esta categorização face a uma série de estudos realizados nos últimos anos. Está cientificamente comprovado, acrescenta Manuel Duarte, “que a paulownia podia salvar o planeta”, tornando-se uma mais valia para a redução da poluição e, consequentemente, para colocar um entrave nas consequências do aquecimento global. Esta madeira tem, também, a possibilidade de “renovar a indústria do mobiliário, da indústria em si” e até das pranchas de surf.


Os benefícios da paulownia e a relação com a floresta Sendo esta uma “árvore totalmente diferente das outras”, a paulownia possui caraterísticas que a tornam ideal para um conjunto de espaços ambientais. Com um “crescimento muito rápido que não estraga o solo, mas sim fertiliza-o”, este tipo de árvore tem também a vantagem de reduzir, dez vezes mais, a emissão de CO2. Para além da mais valia que é esta redução, a libertação de oxigénio, dez vezes mais do que uma árvore comum, e o facto de a paulownia não arder, tornam-na numa excelente opção para um país que, ano após ano, tem vindo a ser afetado e devastado pelos incêndios. Para o sócio Manuel Duarte, estas árvores têm a capacidade de “aju-

A mesma árvore, novos mercados Para além do mercado nacional que é abrangido de norte a sul do país, a empresa marca também presença internacional. Na Austrália, esta é “uma das árvores mais plantadas”. Roménia, Bulgária, Brasil, Marrocos, Namíbia, Canadá, Hungria, Alemanha, Itália, Angola, Moçambique e Estados Unidos da América são os restantes países com quem a Paulownia d.f. Portugal trabalha. A produção da árvore é realizada em Portugal, nas instalações da empresa. As mesmas são criadas pela equipa, em laboratórios, sem que sejam modificadas geneticamente. Estes laboratórios são considerados dos mais bem dotados a nível mundial. Posteriormente, a árvore é vendida e exportada, sendo também a fase

dar o meio ambiente e a biodiversidade e reduzir o enorme perigo dos incêndios e a falta de água”. A paulownia é uma árvore que, ao contrário do eucalipto, transporta a água desde a sua folha até à raiz que, por sua vez, “faz uma espécie de um saco que armazena e conserva a água”. Durante a noite, absorve a humidade e à luz do dia, quando precisa de se alimentar, vai à reserva que obteve durante a noite. Este é um tipo de árvore que necessita de “pelo menos 14 horas de luminosidade por dia”, em Portugal. Noutros países, o “desenvolvimento da árvore é um pouco mais lento”. Ainda que não seja “conhecida no mundo inteiro nenhuma doença derivada da paulownia”, tal não significa que não seja algo que não possa acontecer, acrescenta Manuel Duarte. Valorização em território nacional É necessário que se crie uma consciência da importância da substituição da maioria das árvores plantadas em território nacional - que têm muitas desvantagens associadas - e que se opte pela plantação de soluções mais adequadas à prevenção de incêndios, sendo esta uma realidade que tem vindo a afetar a sociedade nos últimos anos, com enfoque nos desastres que aconteceram no verão do passado ano de 2017. A forma de atuação da Paulownia d.f. Portugal não pretende forçar a implantação da árvore em Portugal, mas sim despertar para os benefícios da mesma. Desta forma, os sócios “têm uma conversa com o potencial parceiro, onde explicamos o funcionamento da árvore do início ao fim e depois oferecemos também acompanhamento caso ele opte por fazer a plantação”, explica Manuel Duarte. Acompanhar todo o processo de crescimento da paulownia é “fundamental para que tudo corra bem para o nosso cliente e depois para nós”, acrescenta.

de plantação da responsabilidade da Paulownia d.f. Portugal. Não só o consumidor final procura este produto, explica Manuel Duarte. Empresas e instituições relacionadas à indústria da madeira e da agricultura procuram, também, “apostar numa coisa inovadora”. Desta forma, é possível afirmar que a atuação da empresa tem vindo a “ao setor agrícola e florestal”.

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A SAÚDE DOS SEUS OLHOS EM PRIMEIRO PLANO Proprietário das óticas médicas em São João da Pesqueira, São João em Armamar e Penedono (distrito de Viseu), Luís Teixeira providencia desta forma emprego a jovens recém-formados e dinamiza a zona, necessitada de profissionais da saúde. ÓPTICA MÉDICA S.JOÃO

Luís Teixeira iniciou aos poucos a sua vida laboral. São João da Pesqueira, em Viseu, não tinha um profissional residente de oftalmologia. O empresário estava ligado à área da ourivesaria e requeria os serviços de um oftalmologista que se deslocava uma vez por semana. “Quase como uma brincadeira de miúdos”, relata o próprio, “pedi dinheiro ao meu pai para abrir uma ótica, o que ele fez porque tinha confiança em mim. Em dois meses edifiquei uma ótica em S. João da Pesqueira com um consultório médico”, corria o ano de 1995. Passado pouco mais de um ano abriu uma nova ótica, desta vez em Penedono. As consultas, que eram para ser de oito em oito dias, passaram a ser três dias por semana devido à quantidade de procura: “foi um sucesso enorme e privilegiou-se a zona que, de outro modo, não tinha médico para isso”. Entretanto, há 11 anos, expandiu o seu negócio para Armamar, onde abriu uma segunda ótica e, depois, em Penedono. O proprietário explicou-nos a importância de um médico oftalmologista. “Hoje em dia as óticas são associadas ao optometrista, que é um profissional licenciado e está preparado para fazer uma refração. A nível de patologias não é o mais indicado, porque não é médico. Temos uma população tão envelhecida em Armamar, são João da Pesqueira e Penedono que muitas vezes na consulta de oftalmologista descobre-se outra doença qualquer. Muitos não têm noção que a observação do olho é extremamente importante.” Por esse motivo, Luís Teixeira tem sempre profissionais oftalmológicos nas suas óticas e acredita que isso contribui para o sucesso dos seus projetos. Outras razões para esse sucesso será a relação de proximidade que mantêm com os clientes e a escolha de colaboradores da zona. “Os nossos clientes são quase família e os nossos colaboradores também são da terra. Penso que essa união cativa o cliente, que sabe que tem aqui alguém que os desenrasca. Não abri mais para manter um padrão de qualidade”, admite o proprietário, “nas localidades pequenas tudo se sabe, o cliente deve sentir que deixa aqui dinheiro, mas leva algo de valor”. 110 | PORTUGAL EM DESTAQUE

Depois da abertura da ótica e para rentabilizar o espaço que era muito grande, disponibilizou-se mais valências: fisioterapia (dois fisioterapeutas e um médico fisiatra que dá consultas) e dentária. Se tudo correr como planeado, a partir de janeiro de 2018 estarão disponíveis mais especialidades: cardiologia, dermatologia e clínica geral. Essas valências dão emprego aos recém-formados, dinamizam a região de Armamar e dão apoio necessário à população. Esta é uma área muito influenciada pela moda: “É muito difícil termos um padrão de qualidade e modernização numa aldeia para dar resposta aos clientes”, expõe Luís Teixeira. Nas suas óticas disponibilizam uma panóplia de marcas e tentam “ter a qualidade média, para garantir a relação qualidade-preço”. O que diferencia as óticas com assinatura Luís Teixeira é o atendimento personalizado e sincero ao cliente, o qual deposita a sua confiança. Para o futuro, o empresário tenciona abrir pelo menos mais um espaço com o mesmo conceito: o mais pequeno possível no qual se possa juntar quatro ou cinco especialidades úteis para a região. Juntamente com um sócio, pensam em alargar para uma vila perto de Armamar, “usando a mão de obra local para criar incentivo de trabalho aos jovens e evitar que as pessoas doentes saiam da sua zona de conforto”, conclui.

Loja Armamar Avenida 8 de setembro, nº67, loja D 5110-121 Armamar 254 103 945 Loja Penedono Chão de Alvamares, lote 17 3630-231 Penedono 254 505 073 Loja São João da Pesqueira Rua direita, nº2 5130-348 São João da Pesqueira 254 488 016


AVEIRO Aveiro é uma região que tem imenso para ver e tem um pouco de tudo. Da cultura, aos monumentos, passando pela arquitetura e gastronomia tudo está ao seu dispor para ter uma visita bem agradável. O distrito capta a essência de um destino que esperaríamos ver num livro de viagens, com os seus moliceiros semelhantes a gôndolas, lagoas naturais, uma elegante arquitectura do século XIX e passagens calcetadas – é um local especial onde o antigo se conjuga com o moderno. Conhecida como a “Veneza portuguesa”, a cidade de Aveiro é atravessada por um canal e é tida como um dos destinos mais encantadores do país, graças aos seus coloridos moliceiros, aos edifícios em tons pastel de estilo Arte Nova e à sua tranquila atmosfera urbana – um cenário ideal para as suas férias. No coração da cidade, é essencial visitar o famoso Mercado do Peixe – um mercado tradicional que abriga alguns dos melhores restaurantes de marisco de Aveiro. Nas redondezas existem também inúmeros restaurantes e uma ampla oferta de lojas e bares. Quem visita a cidade é obrigatório fazer um passeio de bicicleta nas chamadas BUGAS (as bicicletas cedidas pela câmara), percorrer o cintilante canal da cidade, as ruelas pitorescas e explorar algumas das atracções mais afastadas do centro. Em termos gastronómicos, os ovos moles, são o ex-líbris da cidade e a Mealhada, mais a sul, é conhecida pelo prato de leitão assado acompanhado pelo vinho regional da Bairrada. Estes são mais do que motivos para visitar esta região e descobrir o melhor que tem para oferecer. Nas próximas páginas, apresentamos também algumas empresas e empresários mais representativos desta região.

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“ARADAS COM PASSADO, FREGUESIA DE FUTURO” À frente do destino da Junta de Freguesia de Aradas, sob o lema “Aradas com passado, freguesia com futuro”, Catarina Barreto, advogada de profissão e a primeira mulher a presidir a Junta, pretende através do desenvolvimento de projetos e ações reforçar a identidade da freguesia, dinamizando-a e projetando-a para o exterior. JUNTA DE FREGUESIA DE ARADAS

CATARINA BARRETO

Antigo concelho com foral outorgado pelo Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, em Agosto de 1181, a freguesia foi incorporada no concelho de Aveiro, em 6 de Novembro de 1836. Sendo desde essa data, uma das freguesias do concelho de Aveiro, distrito de Aveiro. Atualmente, conta com 9.157 habitantes, tem uma área de 8,90km2 e é composta por quatro lugares: Aradas, Verdemilho, Bonsucesso e Quinta do Picado. Tem S. Pedro com padroeiro e o seu brasão ostenta as suas chaves, uma em ouro e outra em prata, passadas em aspas, com os palhetões para cima, uma albarrada de ouro e um feixe de três espigas de milho de ouro atadas em prata. Respostas sociais para ir ao encontro às necessidades da população Com o intuito de manter uma ligação estreita entre a Junta e a sua população, é interesse do Executivo promover atividades que levem o bem-estar a toda a comunidade. Para Catarina Barreto, é fundamental que se desenvolvam projetos na área da ação social para que isso seja concretizado. “Quanto às respostas sociais, manteremos ativas as respostas sociais já existentes, a Loja Social, o Transporte Solidário, a Farmácia Social, o Fundo de Emergência Social e o Envelhecimento Ativo. Mas, procuraremos dinamizá-las de forma a servirmos mais população e a suprir melhor as necessidades da população. Sendo que, pretendemos a curto prazo reforçar as respostas e diversificá-las.” A autarca explica que 112 | PORTUGAL EM DESTAQUE

serão criadas novas respostas sociais, como é o caso da existência de consultas de nutrição tendencialmente gratuitas, destinadas à população mais carenciada da freguesia, aulas de ginástica sénior, programas de qualificação e formação da população. “Estando já o Executivo a estabelecer parcerias com diversas entidades da região e pretendendo que as mesmas iniciem o seu funcionamento a muito curto prazo”. Catarina Barreto realça ainda que pretendem também reforçar a oferta educativa, cultural e lúdica da freguesia. Sendo, objetivo do Executivo que preside, uma Aradas mais culta, mais dinâmica, mais bela. “Assim, iniciaremos projetos inovadores que pretendem não só servir a população mais vulnerável, mas toda a população. Porque, para nós, as pessoas estão sempre em primeiro lugar. Por isso, encetaremos todos os esforços para proporcionar uma melhor qualidade de vida aos Aradenses. Queremos que se sintam bem a viver em Aradas e que escolham a nossa freguesia para se fixarem.” Prossegue, concretizando que a muito curto prazo tencionam iniciar aulas de línguas para a população, realizar viagens para a população sénior. “Bem como, dinamizar mais eventos culturais e recreativos na freguesia em estreita colaboração com as nossas Associações, mantendo o Festival das Bandas e o Sunset das Piscinas, mas criando outros eventos que envolvam toda a comunidade e mostrem à freguesia o potencial e trabalho das Associações Aradenses.” Outra das preocupações de Catarina Barreto é criar uma Junta mais próxima da população e explica: “Na medida em que as Juntas de freguesia se assumem como o poder politico mais próximo das populações, cabe-lhes estabelecer uma grande proximidade com as mesmas , pois elas serão sempre a primeira voz do Povo. E apenas conhecendo muito bem a dinâmica de uma freguesia, os problemas, anseios e desígnios da sua população é possível servir bem a população”. A autarca prossegue frisando que “o Executivo que tenho a honra de presidir conhece profundamente a realidade


de Aradas e não se poupará a qualquer esforço para solucionar, ou ajudar quem de direito a solucionar, os problemas da freguesia e dos Aradenses”. Frisando uma “especial preocupação deste Executivo na requalificação de alguns edifícios públicos da freguesia, por forma a poderem servir melhor a população, seja em termos de prestação de cuidados de saúde, seja em termos educativos, culturais e recreativos, bem como na criação de mais zonas verdes e de lazer, que proporcionem momentos salutares de convívio, prática de desporto ao ar livre e mais atividades educativas, culturais e recreativas”. Visita ao passado, olhos postos no futuro Consciente da carga histórica da freguesia de Aradas, Catarina Barreto garante que faz parte das suas ambições honrar o passado, mantendo ao mesmo tempo os olhos postos nos tempos futuros e afirma que pretende construir uma Aradas mais solidária, mais dinâmica, mais ativa. “Um dos problemas com que nos defrontamos, atenta a proximidade ao centro da cidade, é o reforço da nossa identidade enquanto comunidade. Pretendemos que haja orgulho e gosto em frequentar as nossas escolas, em integrar as nossas coletividades e associações, em implementar os negócios na freguesia, em residir em Aradas... Em ser Aradense! Queremos reforçar a “marca

Aradas” e projetar a freguesia para o exterior.” Sob o lema “Aradas com passado, freguesia com Futuro!”, Catarina Barreto pretende cumprir o seu mandato, sempre no estrito respeito pelo passado da freguesia, honrando-o, continuando a assinalar o Dia da freguesia, distinguindo as principais personalidades da terra. A presidente da Junta refere que entende “A postura que se pede a um autarca perante a história de uma freguesia é semelhante à do deus romano Jano, com os pés no presente, um olhar sobre o passado, que é a nossa raiz, e outro olhar para o futuro, que é o nosso rumo! Se soubermos revisitar o passado, honrando-o, conseguiremos projetar um melhor Futuro!”. Conclui dizendo que: “Pretendemos que o mandato que iniciámos em Outubro passado seja marcante para a freguesia, que represente um ciclo de evolução e crescimento. Que no termino do mesmo, Aradas seja uma freguesia melhor, com a sua identidade reforçada, com uma voz ativa na cidade e que a Junta seja mais próxima, mais dinâmica e mais interventiva. Estando certa que encetaremos todos os esforços para alcançar os objetivos delineados, apresentamo-nos para servir o povo de Aradas, e essa será a nossa missão”.

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O PASSO CERTO PARA RECONHECER CACIA A Freguesia de Cacia tem cerca de 7.000 habitantes e 35,76 km². Em conversa com a Portugal em Destaque, Nelson dos Santos, presidente da Freguesia de Cacia, fala das três principais áreas da região: industrial, urbana e rural. JUNTA DE FREGUESIA DE CACIA pessoas de todo o país provar as iguarias, o restaurante do hotel “João Padeiro” e a Churrascaria “Viasa”, que é uma referência. Promover o turismo Um dos principais objetivos da Freguesia é desenvolver o turismo “com o Rio Novo do Príncipe, as Rotas Gastronómicas e a promoção da náutica”. Cacia conta com dois clubes: um de remo e outro de canoagem “que têm associações que competem a nível nacional”.

REFÊNCIA NA INDÚSTRIA EM CACIA

Situada no concelho de Aveiro, a Freguesia conta com cincos lugares: Cacia, Vilarinho, Sarrazola, Quintã do Loureiro e Póvoa do Paço e tornou-se numa Vila com um grande impacto a nível industrial devido a empresas como a Bosh, Renault, Portucel e Funfrap. O reforçar do património histórico A Casa do Conselheiro Manuel Nunes da Silva é uma das referências de Cacia. De forma a renovar um marco histórico, a freguesia irá efetuar obras para poder passar as suas instalações para a Casa do Conselheiro. “Foi ele que trouxe a produção para aqui, a estação de comboios e a pista de remos, ou seja, trouxe várias valências para a região e vamos recuperar a antiga casa dele”, acrescenta Nelson dos Santos. Outro marco histórico é a Quinta do Couceiro, construída no início do século XIX, destinada à realização de eventos e ao turismo rural. Outra referência a destacar são as Casas de Arte Nova, “casas históricas do século XIX mais vistosas que temos”, refere o presidente. Festividades e Gastronomia Se falamos de festividades não podemos deixar de salientar as conhecidas festas da Vila com as tasquinhas, “uma referência a nível local”. As tradições de Cacia são não só marcadas pelas festividades mensais, mas também pelas festas dos santos populares. A mais emblemática é a festa de São Bartolomeu em Sarrazola “com grupos internacionais a atuarem”. No que diz respeito à gastronomia da região, o presidente reforça a presença de alguns restaurantes “muito bons em Cacia”, nomeadamente “O Marujo”, onde vêm

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Desenvolver Cacia Cada vez mais é necessário promover as regiões. Para o presidente, as iniciativas culturais e desportivas e os protocolos com as 15 associações são uma forma de “procurar dinamizá-las para representar o bom nome de Cacia”. Para isso, criaram iniciativas como a chegada do Pai Natal a Cacia, um concerto de Ano Novo, “com a banda amizade de Aveiro”, e ainda “parcerias com as escolas e com as associações para dinamizar e para as pessoas se sentirem bem e que apanhem o espírito bairrista”, afirma Nelson dos Santos. “Espírito bairrista” A falta de espírito bairrista e de pertença ao sítio onde nasceram e cresceram é um dos maiores problemas da população a ser enfrentado na freguesia. Outro problema a ser trabalhado é a rede viária, onde são “confrontados por uma estrada nacional com camiões, um dos pontos mais negros aqui do concelho”. Mas considera que “finalmente conseguimos apercebermo-nos dos problemas das pessoas e tentar resolver da melhor maneira possível”. Projetos simples mas concretos Para além da recuperação da Casa do Conselheiro, a Junta vai recuperar as piscinas, o mercado, a rede viária, particularmente os passeios e estrada nacional, as escolas e os polidesportivos para usufruirem de melhores condições no que diz respeito ao centro náutico. Relativamente ao tecido empresarial, a Navigator irá trazer uma nova unidade de produção. O presidente da Freguesia de Cacia não esconde a vontade de missão cumprida em todos os projetos que abraça. “A minha preocupação é todos os dias chegar a casa com a sensação que fiz o melhor possível. Procuro fazer as coisas bem feitas logo no início. Espero que visitem Cacia e venham provar as nossas especialidades nos nossos restaurantes e o nosso turismo onde temos muito boas condições”.


“UMA JUNTA PRÓXIMA DO ELEITOR” A proximidade com a população é uma das principais caraterísticas da Junta de Freguesia de S. Jacinto. Mais do que uma junta de obras, António Aguiar, presidente do executivo, garante que a sua é uma junta do terreno, de envolvência, capaz de identificar as necessidades das pessoas e agir de forma a ajudá-las a todos os níveis. JUNTA DE FREGUESIA DE S. JACINTO

ANTÓNIO AGUIAR (PRES), ANA COSTEIRA (SECRETÁRIA) E ROSA SERÔDIO (TESOUREIRA)

Localizada no distrito de Aveiro, a freguesia de S. Jacinto carateriza-se por uma população maioritariamente idosa e tem como um dos principais problemas o desemprego. Eleito há pouco mais de dois meses para o cargo de presidente, António Aguiar começa a colocar em prática alguns projetos que visam o bem-estar geral dos habitantes e o desenvolvimento do espírito de entre-ajuda. “A Junta de Freguesia de S. Jacinto é uma junta próxima do eleitor, atenta e que perante a apresentação dos seus problemas, ou encaminha (quando não é da sua competência) ou diligencia no sentido da resolução dos mesmos. Na prática, organizámo-nos por grupos de trabalho/ação com objetivos definidos.”, destaca o Presidente. Exemplifica, falando do “grupo que se ocupa da ação social; outro da cultura, desporto; outro das obras…e assim sucessivamente, seguindo esta estratégia. Não somos uma junta de gabinete, somos uma junta de terreno. Para estar à frente de uma Junta de

Freguesia é preciso estar/ser presente. Intervir oportunamente. Começando pelo idoso: não haverá o dia da…mas a semana do idoso em coordenação com a equipa de ação social, com caminhadas, jogos e rastreios, passeios/ baile. Haverá ainda uma equipa de apoio ao idoso em casa, caso pretenda ajuda para os cuidados mínimos de higiene e administração da medicação. Apoiamos na compra dos medicamentos pessoas com mais de 60 anos. É nosso objetivo durante este mandato, trabalhar no sentido de abrir a Casa do Idoso, num espaço que temos e que não está a ser aproveitado, cujas obras ficarão a cargo da Junta de Freguesia e a gestão entregue ao Centro Social e Paroquial”. “Apoiaremos as Associações existentes, e ou a existir. Com estas Associações e outras instituições locais organizaremos o campo de Férias destinado às crianças na interrupção letiva da Páscoa. Ainda no âmbito das Associações, pretendemos dinamizar/ apoiar uma Associação de Jovens, que vai consistir em responsabilizá-los em todas as atividades de colaboração com os grupos de trabalho da Junta de Freguesia”, explica António Aguiar. No que a obras diz respeito, encontra-se já em marcha uma requalificação dos passeios e a instalação de um novo parque Infantil. Remodelações pontuais e estruturais no Parque de Campismo de forma a melhorar a qualidade dos campistas. A curto prazo irão iniciar o Circuito de Manutenção na Lomba da Mata. Em conjunto com a Câmara Municipal será desenvolvido um projeto de requalificação do Complexo Desportivo. No entanto, se alguém se queixar de um buraco à porta de casa, “é lá que vamos atuar primeiro”. Um fator importante nesta dinâmica é o contrato da delegação de competências na Junta de Freguesia que veio favorecer esta ação interventiva. No Natal, “fizemos um mercadinho, onde as pessoas se inscreviam, para vender os seus produtos (artesanato diverso; hortícolas; doçaria; salgados e outros). Foi realmente um sucesso”. Como as pessoas gostaram, a nossa ideia agora é arranjar temas e continuar a fazer o Mercadinho várias vezes durante o ano. Outra inovação será durante a Festa das Camarinhas XXI (Julho/Agosto), melhorar o conteúdo com inclusão de Teatro de rua; degustação de marisco e ainda velharias. Também no verão estaremos presentes, apoiando o Ria Fitness, que é num fim-de-semana com atividades na praia e complexo desportivo atraindo gente de várias zonas”, afirma o presidente do executivo. António Aguiar defende que as promessas deixadas em campanha eleitoral serão para cumprir e que o seu executivo está preparado para os anos de mandato que tem pela frente: “O trabalho que foi feito nestes dois meses é para continuar. Não faço previsões para além dos quatro anos, mas neste mandato estamos cá para trabalhar. As pessoas sabem o que prometemos e é isso que queremos fazer”, conclui.


“UM MISTO DE URBANO E RURAL” Com um misto de urbano e rural, a freguesia de Esgueira é a segunda maior do concelho de Aveiro. Dinamizada por Ângela Almeida, atual líder do Executivo local, tem ao dispor da população todos os serviços que se podem encontrar numa cidade e um sem número de projetos que visam todas as faixas etárias, muitos deles com o objetivo de troca de experiências e de ajuda no enraizamento dos cidadãos. JUNTA DE FREGUESIA DE ESGUEIRA

ÂNGELA ALMEIDA

A proximidade com a cidade de Aveiro faz da Esgueira uma freguesia maioritariamente residencial, com as pessoas a escolherem ali ficar pela facilidade de acessos. Ainda assim, há uma grande aposta em ter por perto vários serviços essenciais à vida quotidiana. “Está situada no centro do concelho, na parte mais urbana, mas tem um misto de urbano e rural que lhe confere uma caraterística muito própria: aqui não podemos falar em cidade, no seu verdadeiro conceito, apesar de termos todos os serviços que uma cidade tem, porque temos muito de rural. Neste momento, estamos a crescer muito em número de habitantes pela proximidade com a zona centro de Aveiro. Ainda assim, nós aqui temos dois bancos, temos os CTT, temos um agrupamento de escolas, temos as finanças também, supermercados e hipermercados e temos a indústria, com um grande núcleo empresarial com

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empresas de peso a nível nacional e internacional. A nível de acessibilidade temos todos os nós da A25 a convergir para aqui e as pessoas para virem para Aveiro, na sua maioria, têm que passar cá”, explica Ângela Almeida, que neste momento inicia o seu segundo mandato. Com uma população relativamente envelhecida, em grande maioria sem ter raízes na freguesia, é aposta da Junta a criação de projetos que visem a sua ocupação, abordando várias temáticas, mas também garantir o seu bem-estar e integração na comunidade. “Enquanto Junta temos vários projetos que têm a participação dos mais idosos. Criámos a ‘Academia dos Velhotes Ativos’, que trabalha com vários ateliers, como pintura, leitura, matemática, informática e temos um coro, que começou com cinco idosos e agora tem 25’. Acrescenta que “ainda neste conceito temos feito a tentativa de juntar gerações, no período de férias, com ateliers em que juntamos avós e netos para haver troca de experiências. Depois temos o ‘Banco de Tempo’, que é um conceito antigo, mas que tem a ver com trocas de tempo: as pessoas disponibilizam horas para determinadas tarefas e depois usam essas mesmas horas que dão, podendo ser noutra área”. Destaca ainda “a Farmácia

Mais e Saúde Mais, com uma ronda a ser feita por vários locais para colmatar a falta desses espaços em determinados lugares. Dentro dessa área, temos também oferta de medicamentos”. “Para a população em geral estamos a pensar desenvolver a Feira da Bagageira, para a comunidade, uma vez por mês, poder vender e comprar produtos”, afirma Ângela Almeida. Sem ter um forte hábito com festividades, com as tradições de Esgueira e de Aveiro a serem praticamente comuns, a Junta de Freguesia apostou, ainda no mandato anterior, em fazer nascer as Festas Quinhentistas. Durante uma semana, a atualidade e o medieval convivem no mesmo tempo. “Quando tivemos os 500 anos do foral manuelino aproveitamos a oportunidade para criar as Festas Quinhentistas, que se realizam na primeira semana de junho. As festas são no primeiro fim de semana do mês, durante a semana temos atividades e um dia é para o desfile de época, com os nossos alunos e instituições. Tudo sempre na época medieval. Há cerca de duas décadas que a Junta de Freguesia celebra as ‘Esgueiríadas’, que contemplam as comemorações do Dia do Foral. Contudo, com o marco de 500 anos, achámos importante celebrar esta data e assim nasceras as Festas Quinhentistas”, esclarece a Presidente. Ainda sobre a semana dedicada às festividades, “é de realçar que no dia 8 de junho se comemora do Dia da Freguesia, pelo que há lugar a uma sessão solene, com entrega de prémios aos melhores alunos do Agrupamento de Escolas e a Medalha da Freguesia a três entidades”, conclui a nossa interlocutora.



NO CAMINHO DA EXCELÊNCIA Com 40 anos de experiência, a F.Fonseca sempre apostou fortemente na procura de novos clientes e no estabelecimento de parcerias. A qualidade do serviço prestado e a complementaridade da gama dos produtos comercializados assentam numa oferta tão abrangente quanto possível nas diferentes áreas de negócio. Estas, acompanhadas pela evolução tecnológica, necessidades do mercado e o desenvolvimento de uma atividade técnica de valor por profissionais qualificados, determinam o seu êxito no mercado. F FONSECA

CARLOS GONÇALVES

Para que possamos contextualizar os nossos leitores, é importante que nos apresente a empresa. Como e quando surgiu a F. Fonseca? A F.Fonseca foi fundada em 27 de Dezembro de 1978. Curiosamente não iniciou a sua atividade no core business atual. Durante um ano a F.Fonseca dedicou a sua atividade à exportação de produtos nacionais para a República da Irlanda. Essa faceta deveu-se 118 | PORTUGAL EM DESTAQUE

essencialmente ao facto de dois dos, então, sócios da empresa habitarem naquele país. O relativo sucesso daquela atividade motivou o meu regresso a Portugal levando a uma mudança no ramo de negócio que ainda hoje se regista: promoção de tecnologia elétrica e eletrónica nos mercados industrial, ambiental, energético e terciário. O progressivo crescimento da empresa le-

vou a uma reestruturação organizacional, conforme está explícito no vosso website. De que forma se adaptaram ao mercado atual? O crescimento e desenvolvimento da F. Fonseca originaram a formação de quatro áreas de negócio: automação industrial; processo, instrumentação e ambiente; tecnologia de edifícios e formação profissional. Devido às especificidades dos negócios, produtos e clientes, tornou-se de facto necessária a criação destas áreas diferenciadas. As necessidades dos clientes são cada vez mais específicas e os negócios são conduzidos de formas distintas. Todas nossas equipas de gestão técnica e comercial devem no entanto acompanhar e demonstrar da mesma forma ao nosso Cliente a nossa capacidade de resposta, de conhecimento e de transmitir valor acrescentado. Dentro de cada área de negócio esperamos aumentar a nossa abrangência no mercado, a nossa experiência global e o reconhecimento da F.Fonseca como líder de mercado em alguns dos produtos que promove, comercializa e suporta. Comercializamos diversos tipos de componentes e equipamentos elétricos e eletrónicos dos melhores fabricantes mundiais, prestando simultaneamente um serviço suportado em altos padrões de qualidade e fiabilidade. No âmbito terciário promovemos produtos de monitorização e controlo energético, automatização residencial e de edifícios, entre muitos outros. Estando a empresa certificada pela DGERT como entidade formadora, que tipo de formação disponibilizam, e a quem se destina? Acreditamos que o conhecimento é um agente diferenciador e por isso o temos cultivado junto dos nossos parceiros. Orgulhamo-nos de prestar um serviço pós-venda de qualidade e a formação profissional sempre assumiu um grande destaque no suporte às necessidades dos nossos clientes. Em 2009 decidimos apostar definitiva-


mente nesta área. Às crescentes solicitações que íamos recebendo, respondemos com a profissionalização da nossa estrutura, dotando-a de melhores meios, organização e conhecimento, iniciando desde logo uma espiral de crescimento e reconhecimento que, felizmente continua atualmente. O mercado reconheceu a inovação, a qualidade e a diferenciação da oferta formativa da F.Fonseca, ou seja, a nossa aposta no desenvolvimento deste negócio foi amplamente recompensada. Por outro lado, o mercado industrial sentia também necessidade de formação profissional orientada às suas reais necessidades e problemas. Penso por exemplo em questões e situações diárias que influenciam diretamente a produção e manutenção de qualquer unidade industrial do nosso país. É por aí que nos diferenciamos. Trabalhamos para que a nossa formação faça a diferença e tenha impacto real nos nossos formandos e nas suas empresas. Por isso orgulhamo-nos do índice da eficácia da formação: 96% dos nossos formandos consideram que o seu desempenho melhorou depois de participarem em formação ministrada pela F.Fonseca. É essa a nossa missão! Na sua opinião, o que distingue a F. Fonseca da concorrência? Quais as mais-valias da empresa e de que forma se destacam no mercado pelo desenvolvimento e inovação? Pretendemos chegar com a nossa vasta gama de produtos ou serviços a quase todos os ramos de atividade económica e satisfazer as necessidades dos nossos clientes, bem como incrementar a sua produtividade e rentabilidade. É também pretensão da F. Fonseca incrementar a qualidade e controlo ambiental, facultando às empresas suas clientes a tecnologia adequada a uma correta monitorização e controlo de poluentes. Somos portadores do selo de PME Excelência 2017, possuímos a certificação do sistema de garantia da qualidade, de acordo com a norma NP EN ISO 9001:2015 atribuída pela APCER. Estamos comprometidos com o crescimento sustentável dos nossos produtos, serviços e soluções de vanguarda, pelo que perseguimos a inovação e diferenciação para os clientes e mercados. O que pode o cliente esperar dos produtos comercializados pela F. Fonseca? Em primeiro lugar deve ter a expectativa de adquirir produtos que são reconhecidos mundialmente pela sua qualidade, fiabilidade, disponibilidade e adaptação às suas necessidades. Em segundo lugar, deve contar com uma equipa experiente e conhecedora, que os suportará em toda a cadeia de valor. Quais as perspetivas de futuro e projetos para a empresa? Como condição fundamental para a realização da sua missão, a F.Fonseca ambiciona manter-se um player de referência na sua área de atuação e continuar a potenciar soluções tecnológicas. Desejamos manter o nível de reconhecimento do mercado, consolidando o posicionamento que ocupamos atualmente. Ao regermo-nos pela procura contínua da excelência através de soluções de vanguarda, inovação, gestão de conhecimento e compromisso com o cliente, acreditamos que no futuro a F.Fonseca continuará a ter uma vida cheia de aprendizagem, desafios e vitórias. No fundo, desejamos continuar a fazer por merecer o respeito e preferência dos nossos clientes, conquistar novos mercados, otimizando os índices de satisfação e fidelização. A F.Fonseca vai celebrar o seu 40º aniversário, o que significa isso para si? Vão assinalar este marco de alguma forma especial? Estes 40 anos traduzem-se, acima de tudo, no respeito e no valor que se sempre tivemos pela vertente humana. As pessoas foram, são e serão sempre o motor desta empresa. A F.Fonseca assume como parte do seu ADN este comprometimento e missão. Somos uma das 10 empresas mais felizes de Portugal e acima de tudo temos uma equipa muito sólida com um alto nível de antiguidade. Os estudos de satisfação mostram-nos que a nossa equipa demonstra um grau altíssimo de envolvimento e é essa é sem sombra de dúvida a nossa maior conquista. O nosso 40º aniversário não poderia ser diferente. Estamos a projetar um ano de aniversário com diversos pontos de interesse que permitam celebrar com toda a pompa este marco que tanto nos orgulha.

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EXCELÊNCIA, EXIGÊNCIA E FORMAÇÃO Montest é uma empresa de referência no mercado nacional, na montagem de estruturas pré-fabricados em betão, fundada em 2007, no distrito de Aveiro. Luís Paulo Pinto é o administrador e fala-nos do presente e do futuro da Montest. A base do crescimento e do sucesso da empresa tem sido competência, exigência, dedicação e muita motivação de toda a equipa de colaboradores. A Montest assegura 43 postos de trabalho diretos e apostou desde do início, na formação especializada dos seus colaboradores. MONTEST mos projetos a nível internacional a convite. Portanto, temos projetos realizados na Arábia Saudita, em Moçambique, em Marrocos, trabalhamos também com regularidade no mercado espanhol e agora, nos últimos dois anos, em França. Temos uma operação bastante grande a decorrer em França. Que perfil tem o cliente que vos procura? Os nossos clientes são os pré-fabricadores, que tem altos critérios de exigência, de qualidade e de competência. Eles desenvolvem projetos onde a instalação tem requisitos em termos de cumprimento de prazos, em termos de qualidade, em termos de especialização de meios humanos e equipamentos envolvidos. No caso do estrangeiro, são grandes multinacionais e também, por vezes, os nossos clientes nacionais, que vão para fora fazer projetos e nos convidam.

Como surge esta empresa? Surgiu há 11 anos, porque eu trabalhava numa empresa de montagem de pré-fabricados em betão e sentia a necessidade de ter uma resposta qualificada no mercado, nesta área. Optei por avançar com um projeto pessoal, nesta área, que foi sempre a minha área de atividade. Quais são os serviços que a sua empresa tem? Os nossos serviços são essencialmente, montagem e instalação de pré-fabricados em betão. Fazemos também trabalhos que estão relacionados com essa atividade, mas só no âmbito de empreitadas completas da nossa área de atuação. As obras tem sido no âmbito nacional e internacional. De todas elas, quais são que gostaria de destacar? Nós trabalhamos, essencialmente e preferencialmente, no mercado nacional, que é o nosso mercado de origem, onde queremos estar sempre com mais implantação. Porém, desenvolve-

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Há concorrência nesta área? Como se distinguem? Há concorrência. A nossa maior concorrência é o trabalho precário. Penso que podia haver mais fiscalização nas obras, porque por vezes, quem compete connosco, não cumpre com os mesmos requisitos. Nós diferenciamo-nos pelos níveis de segurança, pelo conhecimento técnico, pela formação dos nossos colaboradores e pela organização que empregamos nos nossos projetos. Óbvio que isso depois se reflete no cumprimento de prazos ou até mesmo na antecipação dos prazos de execução das obras. Quem tem bons projetos, não procura precaridade, paga os valores que é preciso. Como descreveria estes 11 anos de existência? Nós tivemos um crescimento muito forte nos primeiros anos, porque não havia esta oferta profissional especializada no mercado. A partir de 2011, baixámos um bocadinho, mas mantivemos os níveis de oferta aos nossos clientes. A crise não nos fez mudar de estratégia, mas reduzimos a estrutura para níveis que fossem sustentáveis e atravessámos a crise. Agora as coisas melhoraram, nós estamos a crescer na ordem dos 70 a 80 por cento ao ano. Projetos para o futuro? Primeiro, consolidar e dar resposta ao mercado nacional na área industrial. Segundo, sedimentar a nossa posição no mercado espanhol e francês. À parte disso, estamos em consulta para vários países do mundo inclusivamente, o México temos um grande hotel em concurso. E uma mensagem final aos nossos leitores? O que é importante referir é que nós desde que iniciamos fizemos uma aposta muito forte na formação da equipa e na criação de condições de excelência para os nossos colaboradores. Os nossos colaboradores sabem que há um nível de exigência muito grande, mas também sabem que há compensação à altura e isso tem sido a base do crescimento e do sucesso da empresa.



SOLUÇÕES INOVADORAS A Robowork abriu-nos as portas das suas instalações em Aveiro. João Bastos e Nuno Santos, responsáveis operacionais das áreas comercial e técnica da empresa, referem que empresas como a Robowork não estão muito no foco dos media, apesar de atuarem no Interior de muitas das empresas de maior sucesso no tecido industrial português. É através dos seus serviços em robótica e do corpo técnico de engenharia, que dizem ajudar essas empresas portuguesas a produzir melhor e a exportar mais, sempre focados na eficiência. Os seus clientes dispersam-se por vários setores industriais, sendo que muitos deles ocupam os primeiros lugares na sua atividade, tanto a nível nacional como internacional. ROBOWORK Como e quando surgiu empresa? A Robowork surge em 2013, como resposta a uma necessidade crescente, no meio industrial, de uma empresa que pudesse dar resposta à falta de serviços especializados na área da robótica. À época, constatámos que tínhamos a nosso favor os ativos mais importantes e necessários para desenvolver uma proposta de alto valor e que sobretudo respondesse às necessidades expressadas pelo sector. Esses ativos eram, e continuam a sê-lo atualmente: pessoas, processos e produtos. As pessoas, que assumimos ser o nosso ativo mais valioso, possuíam know-how e experiência na robótica industrial. Sendo os processos que englobam a robótica industrial algo que já dominávamos. Assim juntando estas duas características, apercebemo-nos que tínhamos uma oportunidade de negócio e de oferecer uma proposta competitiva ao mercado, ou seja o produto. E assim nasceu a Robowork! Quais os principais serviços da empresa? Ao contratar a Robowork, o cliente pode contar com competência para manutenção preventiva e corretiva, serviços de programação de robôs, e formação dedicada. Desenvolvemos também projetos chave na mão com soluções robotizadas para as mais diversas aplicações como soldadura, paletização, manipulação, quinagem, acabamento de superfícies, pintura, entre outros. Estes projetos podem ser realizados de raíz, ou podem ser reaproveitados equipamentos robotizados que o cliente já possa ter. Por fim, temos ainda produtos complementares ao robô industrial. Que vão desde simples capas de proteção de robôs, como a distribuição de equipamentos de outras marcas

como a Schunk, Ferrobotics entre outras. Em que setores atuam? Temos uma vasta experiência nos mais variados processos e aplicações industriais. Temos clientes em indústrias tecnologicamente de ponta, assim como nas indústrias mais tradicionais, as de maior peso na nossa faturação são a automóvel (OEM e TIER 1), plásticos e alimentar, mas também a indústria de mobiliário, cortiça, médica, entre outros. Que tipo de clientes vos procuram? Somos abordados por empresas com necessidades distintas, que pretendem automatizar um determinado processo com a utilização de robôs, para se tornarem mais competitivas. Mas essa não é a única razão. Temos diversas situações onde o próprio processo produtivo acarreta riscos físicos para os operadores, e nesse caso os empresários pretendem que esse tipo de trabalho seja feito por um robô. Tambem existem casos onde a qualidade da operação é melhor assegurada através de um robô. O que as empresas encontram na Robowork é a capacidade de resolver os seus problemas de forma simples e eficaz, trabalhando sempre com o objetivo de rentabilizar ao máximo o investimento. Como tem sido o percurso da empresa? Ano após ano temos vindo a aumentar a nossa faturação, reforçando também o número de colaboradores, para garantir aos nossos clientes um serviço cada vez mais rápido e eficaz. O nosso crescimento tem sido pensado e estruturado de forma a nunca criar falsas expectativas aos clientes,

Tem um problema específico? Temos a solução robotizada à medida do seu desafio. Quinta do Simão, EN. 109 3800-042, Aveiro T: +351 234 942 748 E: info@robowork.pt www.robowork.pt 122 | PORTUGAL EM DESTAQUE

prometendo apenas o que podemos cumprir. Esta forma de pensar e atuar tem-nos dado bons resultados, pelo que pretendemos manter-nos fiéis a este princípio. De que forma se diferenciam? Conseguimos oferecer serviços com que poucas empresas conseguem concorrer. Por exemplo, o facto de trabalharmos com todas as principais marcas de robôs industriais. Esta mais valia é difícil de encontrar no mercado, o que nos permite ir a qualquer empresa e trabalhar com os robôs instalados, ou com os que pretendem vir a trabalhar. Nós estamos aptos a trabalhar com qualquer robô do mercado. Por outro lado, temos um centro de formação equipado com vários robôs de todas as marcas relevantes da robótica industrial. Esta mais valia apenas existe em Portugal na Robowork. Como referido anteriormente, apenas trabalhamos com robótica industrial, o que faz com que sejamos a opção estratégica para quem precisa de suporte em robótica. E o futuro?? Encaramos 2018 com grande expectativa. Vamos mudar de instalações, para responder à crescente falta de espaço devida ao aumento das solicitações. Teremos umas instalações mais modernas. Estamos a preparar nova presença na feira EMAF assim como na MetalMadrid. Olhamos para estas exposições com muita expectativa. Esperamos um crescimento de cerca de 20 por cento em relação a 2017 e uma faturação de um milhão de euros, o que para uma empresa de serviços de engenharia já é um valor relevante.


SERIEDADE, RESPONSABILIDADE E DEVER CUMPRIDO Sediada em Aradas e liderada por Valter Leal, a SIMPotel define-se como uma micro-empresa dedicada ao comércio e instalação personalizada de equipamentos de restauração, desde a pastelaria até à hotelaria, talho e peixaria. Embora “pequena”, tem transformado o setor da restauração com a melhor prestação de produtos e serviços. Estivemos à conversa com Valter Leal, diretor da empresa que mostra muito orgulho em tudo o que conseguiu construir juntamente com a sua equipa. SIMPOTEL Não dispensa três pontos chave no seu trabalho: seriedade com que se faz o negócio, responsabilidade e o cumprimento “religioso” com o que fora acordado com o cliente. Fora então definida uma estratégia para conquistar a confiança dos portugueses, sendo que já trabalham de Norte a Sul do país. Afirma ainda que o negócio “deve ser transparente para ambas as partes.” Os três pontos e a estratégia de confiança resultaram na empresa que hoje é.

VALTER LEAL

Faz em março cinco anos de SIMPotel. Esta empresa nascida em 2013 e em tempos difíceis, com um “mercado desconfiado”, lançou-se mesmo assim ao desafio que nas palavras do seu diretor foi “bastante exigente para quem fez parte desde o início”. A SIMPotel A SIMPotel fornece serviços personalizados que vão desde o início corresponder ao design, execução e assistência técnica necessária consoante o pedido do cliente, onde uma equipa vasta e especializada desenvolve o projeto desde a raiz até ao seu fim, para um cliente satisfeito e trabalho executado com eficácia. Para além de todos os serviços “à medida”, possuem diversos produtos da área da hotelaria e restauração. Desde sistemas próprios de cafés e pastelaria, a buffets, ao frio. No próprio site é possível ver espaços instalados pela SIMPotel. A crise e a “volta” à desconfiança do mercado Toda a vida de Valter foi ligada a este setor, assim sabendo a confiança os conhecimentos que obtivera, construiu a sua própria empresa, que em apenas 5 anos alcançou mérito e confiança pelos que os procuram. O diretor assume que embora difícil, “com trabalho se fez a base para os anos seguintes, mesmo começando do zero, chegamos ao final de 2013 com um bom mercado que deixou margem para alavancar para os anos seguintes, de crescimento sustentado e realização profissional por parte de toda a equipa.”

“Mais um aposta dos serviços Simpotel” Este é o slogan utilizado, como refere o diretor, tudo deve funcionar bem para não defraudar o mercado, saindo sempre de cabeça erguida com dever cumprido de forma eficiente e eficaz. Para além da venda de equipamentos, possuem uma equipa de técnicos especializados e em constante formação para responder a qualquer necessidade até porque a inovação é uma constante que Valter está sempre a par. O Futuro Os planos a longo prazo definem-se nas palavras do diretor como “manter as coisas como estão e ao mesmo ritmo e posição”, para consolidar o mercado com mais maturidade. Valter mostra-se uma pessoa organizada, ciente do mercado e com objetivos definidos, mas isto não faz com que esqueça a sua equipa que atribui muito valor, dizendo mesmo que são prioridade, gosta de ver uma equipa eficaz e satisfeita com o trabalho e as suas condições porque tal como Valter todos têm família. Feira Tecnipão Para conhecer um pouco mais desta empresa e dos seus produtos, que dão cartas no mercado, a SIMPotel estará presente na Feira Tecnipão, na Exposalão da Batalha, entre os dias 12 e 15 de Abril. Valter estará presente para dar a cara pelo seu projeto e para responder a todas as questões que possam ser colocadas. A todos o nosso obrigado!

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REGIÃO DE LEIRIA E LEZÍRIA No coração de Portugal uma nova região acaba de nascer, num vasto território que se estende da serra ao mar. Encontra-se uma região de maravilhas a descobrir, onde o rural se cruza o urbano, o passado com o futuro, numa região de excelência e de características únicas. Bem-vindo à região de Leiria… Nas próximas páginas poderá descobrir os encantos do concelho de Porto de Mós, onde as Grutas de Mira de Aire, o Castelo de Porto de Mós, o Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota assumem grande destaque, a par da dedicação, empreendedorismo e determinação das empresas e empresários do concelho. onheça exemplos de dinamismo empresarial igualmente no concelho da Batalha e não deixe de conhecer algumas das empresas que foram agraciadas com o galardão PME líder 2017, um selo de reputação de empresas criado pelo IAPMEI para distinguir o mérito das PME nacionais com desempenhos superiores. Deixe-se encantar ainda pela Lezíria e pelos seus produtos endógenos, que prometem fazer as delícias de todos quantos visitarem a região. Parta à descoberta!

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UMA REFERÊNCIA NO SETOR DA CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS PME líder pelo terceiro ano consecutivo, a empresa é uma referência no setor da construção civil e obras públicas. ANTÓNIO EMÍLIO GOMES & FILHOS, LDA

FÁBIO GOMES E JORGE MENDES

Sedeada em Leiria, a empresa António Emílio Gomes & Filhos, Lda., foi fundada em 1968 por António Emílio Gomes. Implantada no mercado há cerca de 50 anos, foi passando de geração em geração. A empresa gerida desde 2012 pelos sócios gerentes Fábio Gomes e Jorge Mendes conta com cerca de 31 trabalhadores e tem evoluído e crescido de tal forma que acabou por ter a sua performance reconhecida com a atribuição do Prémio PME Líder em 2015, 2016 e 2017. A sociedade dedica-se essencialmente à construção, conservação e reparação de vias de comunicação, obras de urbanização, redes de saneamento e abastecimento de águas. A empresa dispõe de uma central própria de fabrico de misturas betuminosas a quente, com capacidade de produção de 100 toneladas por hora, permitindo que a mesma se dedique ao fabrico, aplicação e comercialização das misturas betuminosas. Após exigência por parte de Entidades Públicas - em que o aspeto visual das misturas betuminosas é privilegiado permitindo o equilíbrio e harmonia com o meio envolvente, a empresa decidiu proceder ao estudo de argamassas betuminosas coloridas a quente. Atualmente, também se dedica ao fabrico, aplicação e comercialização de argamassas betuminosas de aplicação a quente com incorporação de betume translúcido sem pigmento que realça a cor natural dos agregados e com pigmento que permite a tonalidade pretendida. Certificação é um 126 | PORTUGAL EM DESTAQUE

dos lemas da empresa que optou por implementar um sistema de marcação CE nas misturas betuminosas que fabrica, garantindo assim a conformidade com as normas em vigor. Não abdicando do respeito e da ética profissional, privilegia a qualidade em todos os produtos que fornece e nas obras que executa, procurando corresponder às necessidades e expetativas dos clientes, conquistando a sua preferência e proporcionando aos sócios uma rentabilidade atrativa do capital investido. Os efeitos da crise provocada pela recessão da economia mundial fizeram-se sentir em todas as empresas no setor da construção civil, mas o crescimento do volume de negócios da António Emílio Gomes & Filhos desde 2012 pode vir a traduzir-se num crescimento bastante positivo entre 2018 e 2020. A empresa, com sede em Leiria, tem em Fátima o seu estaleiro central composto por oficina, parque de materiais, parque de equipamentos, centro de produção de misturas betuminosas e laboratório interno para análise das misturas betuminosas. “80% da nossa faturação é para empresas públicas” A empresa António Emílio Gomes & Filhos está focada em trabalhos relacionados com as vias de comunicação e as redes de saneamento para empresas públicas, embora também tenha trabalhos para empresas particulares. Em entrevista à Revista Portugal em Destaque, os sócios gerentes esclarecem que “80% da nossa faturação é para entidades públicas, a nível regional. A grande maioria dos trabalhos executados, localizam-se na zona centro do País. Após vários anos a apostar nas argamassas betuminosas coloridas a quente, uma vez que fomos os primeiros a fazer esse tipo


de trabalhos na região, somos atualmente consultados para executar empreitadas noutras regiões do país, para além das já realizadas na região de Leiria, Coimbra, Lisboa e Alentejo”.

setores”. A execução de obras para empresas privadas foi reduzida, devido a situações de insolvências por parte de umas e de incumprimento de pagamento por parte de outras.

“Volume de negócios tem vindo a crescer sucessivamente desde 2012” Os sócios gerentes da empresa mostram-se orgulhosos com o aumento sucessivo do volume de negócios desde 2012 e salientam o facto de serem conhecidos pela qualidade dos trabalhos que executam. “Do ano passado para este ano o volume de negócios aumentou cerca de 20% e já temos bastantes obras em carteira para o ano de 2018, o que não era muito expectável, uma vez que após um ano de eleições o volume de negócios costuma diminuir. Este ano que se adivinhava com pouco trabalho está a surpreender-nos pela positiva”, declarou Jorge Mendes. Após a quebra que afetou o setor da construção entre 2012 e 2013, Fábio Gomes afirma que “o volume de negócios começou a subir gradualmente a partir de 2014, o que passa pela competitividade que possuímos e pela qualidade que temos para oferecer”.

“Internacionalização não nos pareceu viável” O setor da Construção sofreu uma profunda crise provocada pela recessão da economia mundial que conduziu à queda dos principais indicadores do setor, nomeadamente o número de empresas, o número de pessoas ao serviço e o volume de negócios. Num contexto de crise económica e de níveis de crescimento muito reduzidos ou nulos, muitas empresas de construção portuguesas apostaram na internacionalização. Os empresários chegaram a colocar essa hipótese, “mas pelo feedback que tivemos de outras empresas que o fizeram percebemos que não era muito viável, principalmente porque muitas delas agravaram a sua situação financeira. Uma vez que este investimento só se torna rentável ao fim de cinco ou seis anos, é preciso ter uma boa capacidade financeira para apostar no mercado internacional. Por este motivo deparamo-nos com empresas que ao fim de dois ou três anos entraram em incumprimento por não conseguir capitalizar o investimento. Deslocámo-nos a Moçambique porque tínhamos um contacto, mas contas feitas percebemos que não era rentável a curto prazo. A empresa não possuía uma estrutura para conseguir estar lá e cá. Um de nós teria de se deslocar permanentemente para o mercado internacional o que poderia levar a uma fragilização da empresa e por esse motivo decidimos não dar esse passo. Na nossa opinião, ao fim de dez anos teríamos um investimento rentável, no entanto não seria uma hipótese viável uma vez que a nível financeiro prevíamos o agravamento da empresa.”

Lei dos compromissos leva autarquias a pagar atempadamente Os empresários revelaram que “o negócio em 2012 e 2013, que foram os anos de crise propriamente ditos, esteve muito mal” e reconhecem o efeito adjuvante da lei dos compromissos que “ajudou bastante e estabilizou as empresas da região numa época em que o atraso de pagamento por parte das autarquias, que levavam entre um a dois anos a efectuar os pagamentos, estava a prejudicar as empresas. Com a lei dos compromissos as autarquias começaram a pagar atempadamente, entre 20 a 30 dias, no máximo 60 dias. Desde 2012 que nenhuma autarquia falha nos prazos de pagamento e pagam sempre dentro dos prazos”. Obter uma garantia bancária chegou a ser um processo rigoroso, em tempos de recessão económica, para as empresas do setor da construção. “Na altura da crise era muito difícil obter uma garantia bancária. Primeiro faziam um estudo e só depois decidiam se atribuíam a garantia. Um processo que se revelava burocrático, moroso e a sua atribuição não era automática. Quando pedíamos um prazo de cinco anos, as mesmas só tinham validade de seis meses, mesmo que a empresa apresentasse um balancete financeiro muito bom. Os critérios eram rigorosos para empresas de construção, de uma forma que não os eram para outros

Futuro da empresa passa pela modernização do equipamento, pela especialização e pelo aumento do grau de exigência No futuro, os empresários pretendem “modernizar os equipamentos para podermos melhorar a qualidade e desempenho dos nossos trabalhos no setor das obras públicas e especializarmo-nos na construção e reparação de edifícios com o objetivo de nos dedicarmos a pequenos negócios associados à construção”, e assim começar a usufruir do alvará para execução de trabalhos de reparação e restauro de edifícios.

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OITO ANOS DE APOSTA NA QUALIDADE O sucesso da empresa assenta na qualidade do leitão assado e do serviço que trinta anos de experiência no setor podem garantir. ALDEIA DO LEITÃO

lume de negócios razoável O empresário confidenciou à Portugal em Destaque que “o ano de 2017 foi razoavelmente bom em termos de negócio” e que “os anos negros foram os de 2012 e 2013 porque à crise económica, à subida do IVA dos 13 para os 23 por cento e à diminuição do poder de compra das famílias se juntou o facto de ainda estarmos a pagar o negócio, o que foi não foi fácil de gerir” numa época em que “tivemos muito menos clientela e a faturação ficou muito aquém das nossas necessidades”. A empresa conseguiu sobreviver à crise, recuperar e entrar em fase de crescimento.

JOSÉ COSTA

Localizado na Boa Vista, o restaurante Aldeia do Leitão apresenta uma sala com ambiente acolhedor e muito bem decorada, onde a luz natural não passa despercebida. Aberto de quarta a segunda-feira, o restaurante conta com oito funcionários, além dos três gerentes. O aroma que paira no ar denuncia o produto referência da casa: o leitão assado. A empresa, PME líder pelo segundo ano consecutivo, abriu há oito anos. O gerente não é novato no ramo. Há 30 anos no setor da restauração, José Costa, atribui a longevidade da empresa aos anos de experiência e à qualidade do leitão assado e do serviço. Em 2010, o empresário explorava outro estabelecimento localizado num edifício mais antigo cuja manutenção se tornara demasiado dispendiosa, quando foi convidado a mudar para o novo edifício, que estava a ser construído de raiz. Com a aprovação dos sócios, a antiga empresa deu lugar à Aldeia do Leitão. Empresa sobrevive à crise e mantém vo128 | PORTUGAL EM DESTAQUE

“Ser PME líder é ver o meu trabalho reconhecido” O empresário, que se orgulha de sempre ter cumprido com as suas obrigações perante a banca, contou à Portugal em Destaque que “ser PME líder é ver o meu trabalho reconhecido mas nunca fiz muita publicidade ao estatuto porque isso por vezes pode ter o efeito contrário àquele que necessitamos e a exigência tem tendência a subir”. “O nosso serviço está vocacionado para a classe média” Embora também seja frequentado por clientes da classe alta, o Aldeia do Leitão encontra na classe média o maior volume de clientela. “O nosso serviço está vocacionado para a

classe média porque a grande maioria da nossa clientela pertence à classe média. Durante a semana os almoços são frequentados essencialmente por empresários e aos fins de semana temos os almoços de família”, esclareceu José Costa. O efeito da sazonalidade O Aldeia do Leitão não escapa à sazonalidade que afeta o setor da hotelaria e restauração em Portugal. O gerente associa o volume de negócios ao estado do tempo. “janeiro e fevereiro são os meses mais fracos. O volume de negócios na primavera e no outono depende do estado do tempo. O ‘boom’ do mês de dezembro resume-se à última quinzena. O verão é uma época muito boa. Isto porque quando está muito frio ou chove as pessoas ficam em casa.”, justifica. A empresa conta com dois gerentes e oito funcionários na época baixa e contrata entre um a dois funcionários na época alta. Futuro passa por manter ou aumentar o volume de negócios A Aldeia dos Leitões espera manter ou aumentar em 2018 o volume de negócios alcançado em 2017. “À exceção dos anos de 2012 e 2013 consegui cumprir os objectivos a que me propus. Em termos de faturação penso que o ano de 2017 foi semelhante ao de 2016. A redução do IVA trouxe uma folga, rematou José Costa.

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“ESTAMOS LÁ SE O CLIENTE PRECISAR” Rui Costa Lisboa é o sócio fundador da RCL - Caixilharia de alumínio. A empresa foi fundada, em nome individual, em 1987. A celebrar 31 anos de existência, recorda, em entrevista à Portugal em Destaque, o percurso que a RCL tem percorrido, sempre com o foCO na internacionalização. RCL CAIXILHARIA

RUI COSTA LISBOA

Recordar o passado com a visão do futuro Esta é “uma empresa familiar que começou apenas comigo, numas instalações com espaço adaptado”, conta Rui Costa Lisboa. “Em 1990, construímos novas instalações”, explica. “A partir daí”, acrescenta, “fomos aumentando o espaço” e, simultaneamente, o volume de negócios. Já no ano de 2000, “com alguma curiosidade e visão do que poderia ser o mercado no futuro”, aliada à tendência de emigração de portugueses e luso descendentes, a empresa integrou o mercado francês. Com “noção da parte energética e dos benefícios da mesma na melhoria ambiental”, a RCL sempre se preocupou em procurar materiais com vista à poupança e conforto habitacional. As janelas são, por si só, um “elemento fundamental numa casa”, e é por isso importante que as mesmas tenham caixilharia adequada. Rui Costa Lisboa salienta ainda a importância das “diversidades e peculiaridades que cada região requer” - um mesmo produto assume caraterísticas diferentes, mediante a localidade em que se encontra, sendo por isso fundamental que os “produtos sejam referenciados”.

A confiança no mercado francês: serviço pós-venda No mercado francês, a empresa trabalha, essencialmente, “o mercado da renovação”. Conscientes da importância de garantias de qualidade e confiabilidade, a empresa implementou o Sistema de Gestão da Qualidade - norma ISO 9001. Também de modo a dar resposta às exigências do mercado além fronteiras, a RCL, no ano de 2013, decidiu criar “uma filial da nossa empresa”, tornando possível “conseguirmos estar lá e dar mais segurança aos nossos clientes e parceiros”. Desta forma, a empresa consegue “prestar um serviço pós-venda”, conforme explica o proprietário. A expansão para o mercado francês, foi para Rui Costa Lisboa, uma “expansão que nos deu confiança e consistência”, ajudando a ultrapassar a crise que uns anos mais tarde Portugal viveu. Com uma carteira de clientes para lá das fronteiras nacionais, a RCL tem conseguido assim, “num percurso com altos e baixos no mercado nacional, manter o sucesso de sempre”.

Aposta na qualidade e na diferenciação Ainda que com uma “concorrência forte e os preços bastante esmagados”, motivada, principalmente, pela crise que o país sentiu nos últimos anos, a RCL conta com uma carteira de clientes que acredita na qualidade do produto e serviço disponibilizado. Rui Costa Lisboa salienta que “quem sabe do assunto, percebe as diferenças do nosso produto” e sabe distinguir os elementos “essenciais da nossa caixilharia”. E é com esta perspetiva que continua a atuar no mercado. Para o empresário, a mensagem mais importante de transmitir aos seus colaboradores e clientes é que “nós estamos lá se o cliente precisar”, conclui.

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RCL - Caixilharia de Aluminios, lda Rua Principal, Nº 1054 2415-002 Bidoeira de Cima – Leiria – Portugal Coordenadas GPS N 39.84046º W 8.74017º Contactos Tel.: +351 244 721 115 Fax: +351 244 724 134 Telm.: +351 916 138 374 Email info@rclaluminios.com www.rclaluminios.com/pt PORTUGAL EM DESTAQUE | 129


COLOCAR PORTO DE MÓS NO MAPA Porto de Mós oferece cenários naturais únicos que convidam à descoberta, um território de futuro que comporta todas as condições para se afirmar, não só em termos turísticos, mas também ao nível empresarial, pautado por uma dinâmica visível e reconhecida. Cenário ideal, para a afirmação de novos valores e investimentos. MUNICÍPIO DE PORTO DE MÓS

JORGE VALA

Por acreditar nas pessoas e por pensar que são o mais importante, Jorge Vala assumiu a candidatura à Câmara Municipal de Porto de Mós, apresentando um projeto que visa dar mais qualidade de vida e promover o orgulho dos portomosenses no seu concelho. A chegada à liderança do município permitiu-lhe iniciar “um novo ciclo para Porto de Mós”. Segundo o autarca, “o desafio será colocar Porto de Mós no mapa” porque “Porto de Mós tem que “integrar uma lógica regional”. Uma das formas que encontrou para tal é a aposta forte no turismo. Assim, Jorge Vala quer fazer de Porto de Mós um polo de atração turística tendo anunciado que as Grutas, o Castelo, o Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota e todas as belezas naturais espalhadas pelas 10 freguesias serão âncoras dessa estratégia de desenvolvimento. O autarca anunciou ainda que uma das prioridades para este mandato é a criação da marca ‘Porto de Mós-Turismo de Natureza’, como uma das formas de “afirmação do concelho”, o que permitirá “um novo dinamismo, mais visitantes e oportunidades de negócio e investimento”. Neste contexto, Jorge Vala refere a disponibilidade de verbas no Pacto do Fundo de Coesão no valor de 250 mil euros para turismo de natureza, por isso “estamos a desenvolver os projetos para reprogramar a candidatura e, avançarmos com a criação de um Centro Nacional de Trail, Running e Pedestrianismo, criação em conjunto com o Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros um acesso privilegiado à Fórnea (passadiços), que têm como objetivo a sua preservação, bem como um espaço de contemplação para as pessoas terem uma visão global diferente para o anfiteatro natural da Fórnea. Por outro lado, o Município de Porto de Mós está a trabalhar em conjunto com a comunidade científica e com o ICNF para avançar com trabalhos na jazida da chamada Praia Jurássica de S. Bento, “uma jazida única no mundo”, no sentido da 130 | PORTUGAL EM DESTAQUE

sua valorização. Da mesma forma, o autarca pretende devolver água ao rio, considerando que este recurso é um fator único de atração. Em conjunto com as juntas de freguesia, outros projetos existem, nomeadamente a recuperação dos produtos endógenos, da tradição da pastorícia ao ar livre nos espaços murados (chousos), bem como a certificação dos produtos endógenos em conjunto com os comerciantes, produtores locais, com o intuito de promover a dinamização económica. Qualidade de vida, fixação de pessoas, apoio social, aposta na qualificação que garanta maior produtividade das empresas, a construção da Área de Localização Empresarial e um centro de apoio empresarial, a implementação de um polo de ensino profissional na área do barro e da pedra, a continuação da rede de saneamento básico e a criação de um gabinete de apoio às Juntas de Freguesia são outras das medidas que o autarca pretende implementar. De destacar ainda a realização de reuniões de câmara descentralizadas pelas freguesias no sentido da aproximação à comunidade. Ainda, neste âmbito, Jorge Vala quer os portomosenses mais ativos na vida do concelho e uma das suas propostas mais emblemáticas é a criação do orçamento participativo através do qual os munícipes podem apresentar propostas que entendam dever integrar as Grandes Opções do Plano e Orçamento do Município de Porto de Mós. Em entrevista à Portugal em Destaque, Jorge Vala refere ainda a importância do projeto intermunicipal “Aldeia do Carso” na estratégia a desenvolver, a transformação do Castelo de Porto de Mós num momento sensorial, bem como a recuperação da Casa dos Calados e a criação de uma nova centralidade na freguesia de Mira de Aire com um parque de lazer, entre outras obras espalhadas por todo o concelho. Com os olhos postos no futuro, Jorge Vala deixa uma mensagem de esperança aos portomosenses, sublinhando que o trabalho que está a ser desenvolvido é com o intuito de promover um sentido de pertença e orgulho em Porto de Mós.


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LSI STONE: QUALIDADE E VISÃO ESTRATÉGICA De Porto de Mós para o mundo. A LSI Stone começou como uma pequena organização empresarial e, hoje assume-se como uma referência internacional, com pedra de qualidade e excelência, fruto de muito trabalho, perseverança, investimento e visão estratégica. Combinando o conhecimento empírico e experienciado com a tecnologia da última geração, a LSI Stone conquistou uma posição privilegiada na indústria de pedra em todo o mundo. LSI STONE

REGINA VITÓRIO E PEDRO VAZÃO

Com 18 anos de presença no mercado, a LSI Stone nasceu pelas mãos de Regina Vitório e Pedro Vazão, aliando o seu legado de conhecimento e experiência no sector. A génese deste projeto empresarial passa pela vontade de dinamizar a região, impulsionar a indústria das rochas ornamentais e valorizar os recursos naturais do Maciço Calcário Estremenho, sempre numa perspetiva da sua internacionalização. Com atitude e perseverança, Regina Vitório conseguiu posicionar a LSI Stone num patamar de topo no panorama internacional, com produtos de valor acrescentado, assumindo-a como um dos principais players neste mercado. A estratégia de crescimento da LSI Stone tem como pilares fundamentais a tradição, o profundo conhecimento da pedra e o empreendedorismo com investimentos estratégicos e estruturais. Regina Vitório, a front woman da LSI Stone, conduziu a empresa até ao palco principal da indústria mundial da pedra. Com uma aptidão inata para o negócio e uma determinação e firmeza imparáveis, Regina Vitório conquistou o seu espaço, num setor predominantemente masculino, e é hoje reconhecida como um importante agente da indústria. “Foi um percurso difícil, mas consegui destacar-me e posicionar a empresa, as rochas ornamentais portuguesas e a própria região num segmento de qualidade e excelência”, realça a CEO enquanto recorda os desafios e as decisões de risco que teve de tomar ao longo do crescimento da empresa. “A qualidade da nossa pedra não tem igual”, garante Regina Vitório enquanto aclara que “transformar pedra em arte” é uma ação estimulante contudo árdua e em constante progresso, que exige um “investimento contínuo em tecnologia e soluções”. A inovação marca o ritmo da civilização atual, por isso mesmo a LSI Stone está dotada de um moderno sistema integrado de gestão e apetrechada com a mais avançada tecnologia de corte e acabamento de pedra, possibilitando resultados de elevada confiança e rentabilidade e garantindo uma resposta eficaz e cabal aos mais exigentes e rigorosos projetos de arquitetura. “Na LSI Stone a inovação e o progresso são uma constante. E a Indústria 4.0 é uma realidade”, avança, sublinhando a preocupação da empresa na sustentabilidade na indústria de pedra. 132 | PORTUGAL EM DESTAQUE

Um player internacional Corajosa, empreendedora e confiante, Regina Vitório conhece o seu negócio melhor que ninguém e controla todos os aspetos da atividade da LSI Stone. Trabalhando lado a lado com arquitetos de renome internacional e dando forma a alguns dos mais icónicos e reconhecidos edifícios contemporâneos, Regina Vitório comandou a LSI Stone até ao palco principal da indústria mundial da pedra. A empresária recorda que a viragem no percurso da LSI Stone deu-se com abertura do mercado asiático, com uma obra no Vietname. “Trabalhamos por obra e por medida, muito proximamente dos arquitetos, um pouco por todo o mundo e, neste momento, temos em curso obras nos Estados Unidos, na Europa, em África”, sublinha. Todas as obras têm uma história, mas de acordo com a empresária, uma das que lhe deu mais prazer desenvolver foi uma obra muito conceituada, diferenciada e complexa que, “inicialmente se previa ser inexequível, mas provámos ser possível executá-la em pedra calcário portuguesa. A verdade é que a obra foi executada, galardoada em Londres, e atrás dessa surgiram outras de maior dimensão e complexidade”, evidencia Regina Vitório, realçando também a mansão privada do cantor Enrique Iglesias, bem como uma obra de grande envergadura que está em curso, que será uma viragem história e um marco histórico no percurso da LSI Stone. Como marcas distintivas da empresa, Regina Vitório aponta a aproximação ao cliente e a todos os partners, a qualidade de serviço e a eficiência, fatores que permitiram que a


LSI Stone se tornasse numa referência internacional, que exporta 100% da produção em pedra natural. A estratégia assumida valeu à LSI Stone a seleção pelo European Business Awards como uma das 112 empresas relevantes em 2017, onde se destacam o crescimento excecional, a inovação significativa e a abordagem ética para o negócio. “Estamos muito orgulhosos e honrados com esta seleção, porque acreditamos numa economia mais forte e desenvolvida na Europa, Portugal e Porto de Mós. Também, porque acreditamos que a pedra natural é uma indústria importante com uma visão elevada do empreendedor, representando um importante contributo para a dinamização económica: local, nacional e mundial”, avança. Futuro Com os olhos postos no futuro, Regina Vitório garante que o objetivo da LSI Stone passa por trabalhar honestamente com dignidade e sempre focada na satisfação do cliente, porque é ele a chave para o sucesso da empresa. “É essencial que a LSI Stone cresça de uma forma sustentada e com objetividade”, refere, mencionando que, neste momento está em curso um projeto de crescimento, uma ampliação de dois mil metros para trabalhar com centros de corte de otimização e robotização, “mas é um crescimento sustentado, sempre assente na essência e conceito que a LSI Stone habituou os seus clientes”, reitera Regina Vitório, lembrando que a pedra é o único material de construção que dura eternamente e “a LSI Stone está a deixar a sua marca no mundo de forma sustentável, para sempre”.

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GRUTAS DE MIRA DE AIRE: UM MUNDO PARA DESCOBRIR Imagine-se numa gruta a 110 metros de profundidade, onde é possível dar um passeio de uma hora e ser surpreendido a cada segundo com algo verdadeiramente extraordinário. A maior galeria subterrânea até hoje descoberta é também uma das 7 Maravilhas Naturais de Portugal e fica bem no centro do país. Venha daí e deixe-se encantar pelas Grutas de Mira de Aire! GRUTAS DE MIRA DAIRE

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Conhecidas pela sua beleza e dimensão, as Grutas de Mira de Aire, no concelho de Porto de Mós, são as maiores grutas visitáveis do país, com uma extensão de mais de 11 quilómetros, dos quais 600 metros estão abertos ao público. Inauguradas em 1974, já receberam mais de seis milhões de visitantes, que tiveram a oportunidade de constatar porque são conhecidas como a Capital do Mundo Subterrâneo Português. Se ainda não teve o privilégio de visitar, aceite a sugestão e conheça por si mesmo esta grandiosa obra da natureza. A dimensão das suas galerias imponentes, os filamentos cristalinos que pendem do teto e as magníficas colunas esculpidas pela natureza são impressionantes. As águas cristalinas dos seus lagos, que têm uma grande importância ecológica, completam o quadro bucólico que encontramos no subsolo. Longe vai o tempo em que, em 1947, começaram a ser feitas as primeiras descidas ao interior do solo e foi descoberta a primeira galeria. A partir daí, inúmeros espeleólogos traçaram rumo a Mira de Aire, descobrindo zonas que até então estavam escondidas nas entranhas da terra. Contudo, as Grutas de Mira de Aire são muito mais que uma gruta, são um verdadeiro complexo turístico, que têm como âncora as visitas turísticas à gruta, “no entanto houve a necessidade de aumentar e diversificar a oferta, criando assim um empreendimento turístico com alojamento, restauração e lazer, onde têm destaque um restaurante com cozinha moderna e tradicional, um parque aquático com piscina de natação, aqualândia infantil e um tanque de receção a três escorregas de água, um recinto de alojamento com 13 unidades do tipo bungalow, um espaço de prova de vinhos e uma sala para eventos a 110 metros de profundidade, com capacidade para 120 pessoas, um espaço ideal para momentos verdadeiramente inolvidáveis, desde aniversários, jantares de empresa, jantares do Dia dos Namorados, Passagens de Ano, e até casamentos. O Jardim dos Cheiros, a Quintinha Pedagógica, o Jardim das Rochas, o Centro de Interpretação e o espaço museológico dedicado aos fósseis são outras das valências que as Grutas de Mira de Aire têm ao seu dispor. Um verdadeiro mundo por descobrir, as Grutas de Mira de Aire são um complexo turístico que traz à região cada vez mais turistas nacionais e estrangeiros. “Temos o privilégio de ser a gruta mais internacional de Portugal, porque somos membros fundadores da ACTIBA (Associación de Cuevas Turísticas Ibero Americanas), temos bastantes amigos em grupos espalhados por todo o mundo e, para além disso, costumamos participar ativamente no Congresso de Grutas Turísticas Espanholas e em Jornadas de Turismo Subterrâneo”, revela Carlos Alberto, administrador das Grutas de Mira de Aire, sublinhando que esta é a única gruta portuguesa que é membro da Associação Internacional de Grutas Turísticas. Com cerca de 120 mil visitantes ao ano, este complexo turístico continua a crescer com vontade, dedicação e empreendedorismo, sempre com o objetivo de inovar e renovar o interesse das pessoas na região e contribuir para a dinamização económica da vila, do concelho e da região. Não deixe de visitar as Grutas de Mira de Aire, as maiores grutas turísticas de Portugal, localizadas a apenas 15 km de Fátima e a pouco mais de 100 km de Lisboa, esta autêntica catedral subterrânea aguarda a sua visita e promete-lhe uma experiência mágica e inesquecível.

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UM SÍMBOLO DE QUALIDADE E INOVAÇÃO Com 10 anos de história e percurso, a Licores Abadia nasceu pelas mãos de Luciano Monteiro, um homem carismático e empreendedor que não vira a cara a um desafio e tem desenvolvido juntamente com a sua equipa uma variedade de produtos de grande qualidade, elevando a empresa para um reconhecido patamar de excelência. LICORES ABADIA

Os produtos Abadia são o resultado de pesquisas efetuadas nas receitas utilizadas pelos monges da Ordem de Cister de Alcobaça, fundada em 1178, que produziam produtos conventuais com um padrão de qualidade superior e que eram consumidos na corte e nas casas reais de todo o país. Em 1920, surge a empresa Abadia de Alcobaça que se dedicou à produção industrial de licores, bem como à sua comercialização no mercado nacional e internacional. Atual-

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mente, este trabalho é assegurado pela Licores Abadia, que dispõe das mais avançadas tecnologias de produção de licores à base de infusões alcoólicas, utilizando sempre produtos naturais, nomeadamente frutas e botânicos e, por outro lado, a produção de outros tipos de licores e bebidas espirituosas de maior teor alcoólico, nomeadamente gins e absintos. A liderança da empresa é assumida por Luciano Monteiro que aponta como prin-

cipal estratégia de crescimento a relação de confiança e amizade que estabelece com os seus clientes, aliada à qualidade do produto, bem como a disponibilidade e flexibilidade da empresa para desenvolver soluções e produtos personalizados, à medida de cada cliente. Com um leque de licores que alcança as 20 referências, a Licores Abadia produz licores para todos os gostos, desde Licor de Ginja, Licor de Amoras, Licor de Medronho e Mel,


Licor de Alfarroba, Licor de Chocolate, entre muitos outros, mas o mais recente desafio foi a criação do Licor de Pastel de Nata, reproduzindo cada sensação aromática ao pormenor. Paralelamente, a Licores Abadia também se dedica ao engarrafamento de licores em embalagens exclusivas parte das quais criadas e fabricadas pela própria empresa que tem uma unidade produtiva de cerâmica, que a breve trecho estará a trabalhar em pleno. Em entrevista à Portugal em Destaque, Luciano Monteiro realça também na estratégia de desenvolvimento da empresa a aquisição da marca Boa Boca com uma ampla gama de produtos: biscoitos, chocolate negro, compotas, azeites & temperos, bombons, licores e tisanas. Estes produtos tradicionais de alta qualidade assumem uma forte componente de design como aspeto diferenciador do próprio produto. Luciano Monteiro pretende continuar a inovar na forma de apresentar os produtos, criando assim valor acrescentado. Um desafio contante De acordo com Luciano Monteiro, o ano de 2017 foi de grande intensidade e de grandes desafios, lembrando que aceitou e desenvolveu projetos que há 10 anos seria impensável. “A situação da loja abriu-nos os horizontes para perceber como funciona o turismo e como o produto deve ser posicionado. Finalmente, estamos a dar forma e corpo a ideias que estavam em stand by”, avança o empresário. Luciano Monteiro pretende manter a estrutura e utilizar as capacidades que a empresa tem para desenvolver produtos que vão ao encontro das necessidades e exigências dos clientes e que garantam a sua total satisfação.

LUCIANO MONTEIRO

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UM NEGÓCIO DE FIOS E EMOÇÕES Com quase 40 anos de história e percurso, a Rosários 4 é uma empresa portuguesa, especializada na produção de fios têxteis e no seu tingimento, que sempre se empenhou na inovação e na qualidade. A apresentação de produtos de qualidade e de valor acrescentado tem permitido à Rosários 4 afirmar-se como uma marca de referência e uma empresa de excelência. ROSÁRIOS 4

ISOLDA ROSÁRIO

É em Mira de Aire, no concelho de Porto de Mós, que se encontra a Rosários 4, uma empresa familiar, especializada na produção e tingimento de fios têxteis (tricot, crochet, arraiolos e bordados), que nasceu pelas mãos dos pais de Isolda Rosário, fruto do seu percurso, experiência e conhecimento. Inicialmente, a atividade da Rosários 4 concentrava-se na tinturaria, onde fios de lã e sintéticos ganhavam cor para responder às necessidades das muitas fábricas de malhas que laboravam na altura, mas depressa a fábrica cresceu, e à tinturaria juntou-se a fiação. Hoje, quase a completar quatro décadas, a Rosários 4 tem uma equipa com mais de 138 | PORTUGAL EM DESTAQUE

40 colaboradores assumindo um grande espírito de união e partilhando o mesmo objetivo – o crescimento e desenvolvimento da empresa, como conta Isolda Rosário, CEO da Rosários 4. É a permanente atenção às tendências e o constante lançamento de produtos novos que têm feito da Rosários 4, uma das empresas mais sólidas do setor. A estratégia de crescimento desta organização empresarial tem passado pela variedade de produtos e pela diferenciação nas fibras. Isolda Rosário sabe que é difícil competir em preço com empresas que produzem toneladas de fios, mas consegue competir com produto, “porque quem produz muito não pode di-

ferenciar tanto nem suportar processos de fabrico que são quase laboratoriais”, avança. A estratégia de diferenciação começou com bambu e prosseguiu com fibra de milho, proteína de leite, seda, caxemira, linho, algodão e lã orgânicos, ou seja, “fibras mais nobres, mais naturais e mais ecológicas”. A diferença reside igualmente no tingimento natural aplicado a alguns fios, feito à base de plantas, frutos e extratos de insetos, esclarece a empresária e empreendedora. Estes produtos integram duas das mais relevantes colecções Rosários 4: a Ecofriendly Collection, uma marca registada, e a colecção de Fios com Tingimento Natural. Todos os anos, a Rosários 4 lança novas coleções de fios, criadas acompanhando as atuais tendências e as expectativas do mercado. De acordo com Isolda Rosário, a


feira Handarbeit und Hobby, em Colónia, Alemanha, onde a Rosários 4 está presente desde 2004, tem sido um dos principais momentos de apresentação dos novos produtos. “Todos os anos conseguimos levar um produto inovador, que outros expositores não têm, e isso tem-nos trazido respeito tanto de clientes como de fornecedores”, revela, sublinhando que esta inovação é fruto de muita investigação, pesquisa e desenvolvimento, percebendo o que o mercado oferece e quais as tendências, tanto em termos de textura como fibras e cores. “A partir daí, e procurando saber quais as fibras inovadoras que vão aparecendo no mercado, criamos fios, cores ou produtos que se adaptem às necessidades e exigências dos clientes”, realça o rosto desta PME Excelência. De Mira de Aire para o mundo Com uma posição consolidada no mercado nacional, os clientes da Rosários 4 são sobretudo as lojas; no exterior, para onde segue 30% da produção, a empresa trabalha também com distribuidores. Europa e América do Sul são os destinos com o maior volume de vendas, “mas podemos dizer que vendemos para o mundo, porque temos clientes desde Vancouver até à Nova Zelândia”, menciona a empresária, frisando que gostaria de aumentar o volume de exportações. São vários os desafios que a Rosários 4 enfrenta, nos dias de hoje, entre os quais a apresentação de produtos inovadores que surpreendam os clientes, a concorrência feroz de países como a China e Turquia e, por outro lado dar resposta a todas as solicitações legais que as empresas atualmente têm, como conta a empresária. Isolda Rosário realça ainda o orgulho que sente no percurso da empresa, manifestando o desejo de que outras empresas tenham a mesma força, porque “apesar de não estarmos num mercado fácil, acreditamos que

Rua das Grutas, n.º 13 2485-059 Mira de Aire Tel.: 244 447 300 E-mail: info@rosarios4.com www.rosarios4.com

podemos ser uma referência e uma inspiração para outras empresas” e contribuir significativamente para o desenvolvimento económico da região e do país. Uma marca de referência A apresentação de produtos de qualidade e de valor acrescentado tem permitido à Rosários 4 afirmar-se como marca de referência. O facto de ser uma empresa produtora é, mais do que nunca, uma vantagem e fator de diferenciação, permitindo responder de uma forma personalizada, desenvolvendo soluções à medida das necessidades de cada cliente. Esta forma de atuar pressupõe uma proximidade com o cliente e, refira-se que esta ligação emocional não se verifica apenas com os clientes diretos, mas também com o público em geral, que não raras vezes prefere a marca Rosários 4 por ser um produto português, bem como uma marca com carácter e com memória. “O público mais jovem recorda-se que os pais ou avós tricotavam com os fios Rosários 4, o que torna a escolha do produto ainda mais interessante”. Por outro lado, o tricot está na moda, e os jovens que se dedicam não apenas ao tricot, mas também a outras manualidades, estão a aprender em momentos de partilha, criando peças com muito carinho. O fator criatividade e design são outros dos motivos para a utilização desta técnica, que está intrinsecamente ligada à moda. Um nome, uma marca, uma emoção Isolda Rosário entende que a empresa é um projeto de amor, senão vejamos, amor que vem da família, amor que se pretende transmitir aos outros em cada fio, em cada produto e um grande amor e paixão pela atividade que se desenvolve. Por tudo isto, a empresária gostaria que a Rosários 4 continuasse a ser uma empresa de referência no sector, que fosse reconhecida a nível nacional, e que aumentasse o seu volume de exportações para os 50 por cento. E por fim, “gostaria muito que os colaboradores da Rosários 4 sentissem cada vez mais orgulho em trabalhar nesta empresa e se sentissem felizes e realizados”, realça Isolda Rosário. PORTUGAL EM DESTAQUE | 139


UMA ESCOLA PRÓXIMA DA COMUNIDADE E ABERTA AO MUNDO O Instituto Educativo do Juncal (IEJ), inaugurado em 1989, e fica localizado na vila do Juncal, freguesia do concelho de Porto de Mós, distrito de Leiria. Atualmente, este estabelecimento de ensino é frequentado por cerca de 1000 alunos de 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e ensino secundário (regular e profissional), com um ensino totalmente gratuito, e do 1.º ciclo, num projeto privado e diferenciador. INSTITUTO EDUCATIVO DO JUNCAL Com uma oferta formativa vasta e diversificada, quais as principais mais-valias que apontam para que o sucesso educativo seja uma realidade? Poder disponibilizar uma oferta educativa com 1.º, 2.º, 3.º ciclos e ensino secundário regular e ensino secundário profissional numa mesma escola, com um mesmo projeto educativo é, só por si, a maior mais valia. Ter alunos dos 6 aos 18 anos permite a todos uma troca de experiências e práticas verdadeiramente importantes, para além da possibilidade de articular conteúdos de forma inter e transdisciplinar. A estes aspetos acresce o facto de termos um corpo docente e não docente muito estáveis e uma escola aberta à comunidade, próxima das famílias e das entidades locais. O IEJ é sentido como uma 2.ª casa e todos se sentem em família!

TÂNIA GALEÃO (DIRETORA PEDAGÓGICA) E ANA GONÇALVES (ADMINISTRADORA)

Com quase 30 anos de história, o Instituto Educativo do Juncal é uma referência incontornável no campo da educação e formação. Qual a estratégia que tem permitido um rumo de crescimento e sucesso? A nossa estratégia passa, sem dúvida, pelo grande empenho, dedicação e colaboração de todos os intervenientes neste processo educativo: a direção, os professores, os funcionários, os familiares e os alunos. Só uma forma de atuar concertada e motivada permite construir uma escola que mantém, ao longo de algumas gerações, as caraterísticas que nos permitem dar aos alunos uma formação integral e um dia a dia feliz, do qual não se esquecerão. Que linhas e valores sustentam o projecto educativo do IEJ? O IEJ tem como foco da sua ação educativa o aluno. Orientamos o nosso projeto para desenvolver os conhecimentos científicos, as capacidades cognitivas e emocionais de cada um deles, num ambiente propício ao desenvolvimento dos valores da entreajuda, solidariedade, espírito crítico, cidadania, afetos, responsabilidade e autonomia. Deste modo, a nossa ação educativa assenta em quatro pilares orientadores: Educação; Bem-Estar; Cultura e Inovação.

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A oferta extracurricular constitui um contributo importante para o enriquecimento cultural e cívico dos alunos. Esta é também uma preocupação da instituição? Que atividades desenvolvem? A nossa escola vai muito para além da sala de aula. As atividades extracurriculares fazem parte integrante do projeto e não há aluno que não esteja inscrito em, pelo menos, uma delas. Em cada ano letivo procuramos perceber quais os interesses dos nossos alunos e disponibilizamos atividades em todas as áreas e para todos os gostos! Na área das Ciências (Laboratório Aberto; Culinária e Programação); das Artes (Núcleo de Teatro; Clube das Artes Decorativas; Atelier de Pintura; Clube de Arte Criativa; Scrap Book; Banda e Canto Coral); das Letras (Clube Europeu; Escola de Italiano, Empreendedorismo; Jornalismo e o Clube Amigo Sem Rosto; e do Desporto (para além das modalidades do Desporto Escolar, existe Judo, Xadrez, Trail Running, Patinagem e Dança). O Parlamento dos Jovens é um dos projetos do Instituto Educativo do Juncal, que outros projetos são desenvolvidos e em que consistem? Para além do Parlamento dos Jovens, participamos em muitos projetos nacionais e internacionais, tais como: “Erasmus +”, “Lego Education”, “Eco-Escolas”, “Power UP-Galp”, “Escolas Solidárias EDP” ou o “Etwinning“. Alguns dos projetos em que participamos têm-nos valido vários prémios de destaque. O ano passado vencemos o 1.º prémio do Concurso Juvenes Translatores e levámos um grupo a Bruxelas; este ano já fomos premiados como o 1.º lugar nacional do Concurso de Clubes Europeus e fomos, pelo 4.º ano consecutivo, uma das escolas vencedoras do prémio Ilídio Pinho de Ciência Viva. Ao nível do desporto escolar, qual a importância que este assume na instituição? O Desporto Escolar é uma das referências da escola que trespassa


AULA DE ANÁLISES LABORATORIAIS

a esfera regional. Neste momento estamos a participar no basquetebol, na ginástica artística, no voleibol, no futsal, no ténis, no atletismo e no ténis de mesa. Também neste âmbito já tivemos vários prémios, nomeadamente títulos nacionais. Com olhos postos no futuro, que objectivos assume a direção do IEJ e que linhas vão continuar a ser traçadas para dar vida ao slogan “um presente brilhante para um futuro genial”? Acima de tudo, assumimos o compromisso

LEGO EDUCATION NO 1.º CICLO

de levar a cabo um projeto educativo de rigor e excelência que promova aprendizagens globais e sempre atuais. Queremos uma escola aberta ao mundo que nos rodeia e muito próxima da comunidade, das famílias e, acima de tudo, de cada aluno. Orgulhamo-nos das experiências vividas e do trabalho atrás desenvolvido neste espaço, por todos os que fizeram e fazem parte desta escola, mas sabemos que há sempre muito a crescer e a aprender e estaremos cá para isso. Exemplo disso, é facto de termos abraçado ao nível do 1.º ciclo um projeto

GRUPO DE GINÁSTICA ARTÍSTICA

com a metodologia CLIL (Content and Language Integrated Learning); e ao nível do 7.º ano, o projeto-piloto de Autonomia e Flexibilidade Curricular proposto pelo Ministério da Educação que tem sido um enorme e excelente desafio. Só conscientes da necessidade de nos formarmos continuamente e de inovarmos podemos dar aos alunos um presente brilhante que os prepara para um futuro, que, pelas bases e escolhas proporcionadas, será certamente genial!

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O SABOR DA QUALIDADE: QUEM PROVA NÃO ESQUECE… A Alcapril é uma exploração de caprinos que iniciou a sua atividade em 2010, localiza-se na região centro de Portugal, em Alcobertas, no concelho de Rio Maior, uma localidade inserida no Parque Natural das Serras D´Aire e Candeeiros. Em entrevista à Portugal em Destaque, Acácio Lopes e Cátia Alves falam da génese da Alcapril, bem como o presente e futuro da empresa, que assumem ter grande potencial de crescimento. ALCAPRIL

ACÁCIO LOPES E CÁTIA ALVES

Criada em 2010, a marca Alcapril nasceu no seio de uma exploração de caprinos de leite, na qual o jovem casal Acácio Lopes e Cátia Alves decidiu apostar dedicando-se de corpo e alma. Este projeto na freguesia de Alcobertas começou com nove cabras, mas com dedicação, esforço e muita paixão cresceu, desenvolveu-se até chegar aos dias de hoje, com 150 cabras produtoras da raça saanen e produtos de excelência como queijo curado e frascos com queijo em azeite, com óregãos e/ou malaguetas, aliados a uma pequena produção de azeite. “O queijo curado Alcapril surgiu com a necessidade de chegar ao consumidor dando a conhecer um queijo de qualidade feito exclusivamente com leite de cabra. Este produto é um complemento económico, para a atividade da exploração”, esclarece Acácio Lopes, sublinhando que os seus animais são da raça saanen, originária da Suíça, mais especificamente no vale de Saanen. Falamos de uma raça de cor branca, pelo curto, orelhas retas e curtas, um animal de grande corpulência, profundo, espesso, possuindo uma grande estrutura óssea. É a cabra com maior aptidão leiteira do mundo. Podem produzir cerca de 2 a 5 litros de leite diários, durante 9 meses consecutivos e, por vezes, há produtoras que têm lactação constante. De acordo com Acácio Lopes e Cátia Alves, a filosofia da Alcapril passa por uma exploração de animais com uma lógica autossustentável, ou seja criando uma simbiose entre a produção animal, a olivicultura e o turismo rural. A breve trecho, o jovem casal pretende incorporar, no seu conceito de exploração, uma

unidade de alojamento, recebendo hóspedes e “dando-lhes oportunidade de degustar os produtos e estimular as visitas ao olival”, refere Acácio Lopes, evidenciando a criação de uma envolvência que promova a valorização da região. Isto porque o concelho de Rio Maior tem um grande potencial, mas também a própria freguesia de Alcobertas, pela sua história, beleza paisagística, património edificado, como por exemplo um dólmen, castros civilizacionais, fornos medievais, grutas, e a nascente da Ribeira de Alcobertas, entre outros motivos de interesse. Outro dos objetivos assumidos por Acácio Lopes é a criação de um rebanho em regime de pastoreio de raça autóctone, neste caso a serrana, bem como a valorização de subprodutos da exploração caprina, como por exemplo o estrume para fertilizante para as flores. “Para 2018, queremos abrir uma loja ao público, para que os nossos produtos estejam mais próximos dos consumidores, concretamente na zona de Rio Maior”, avança o nosso entrevistado, acrescentando que como objetivos a médio longo prazo tem a produção de queijo de cabra amanteigado e a pequena unidade de turismo rural.

Alcobertas, Rio Maior | Santarém, Portugal Acácio Lopes 916 873 923 Cátia Alves 913 848 292 geral@alcapril.pt facebook.com/alcapril www.alcapril.pt 142 | PORTUGAL EM DESTAQUE


A PAIXÃO PELO VINHO: UMA HERANÇA FAMILIAR Situada na aldeia de Arruda dos Pisões, a Quinta dos Penegrais nasce de um sonho e da paixão pela terra. Há 60 anos que a família Machado se dedica à atividade vinícola, por isso os seus vinhos são fruto do empenho das várias gerações que se dedicam com paixão ao seu trabalho para partilhar com os seus clientes os prazeres que um bom vinho pode oferecer.

ANTÓNIO MACHADO

QUINTA DOS PENEGRAIS

Assumindo-se como um verdadeiro apaixonado pela terra, António Machado lembra que a Quinta dos Penegrais nasceu como forma de homenagear as suas raízes. Em Arruda dos Pisões, a especificidade do terroir, com clima ameno e a presença da floresta junto às cepas imprimem características peculiares aos vinhos aqui produzidos, provenientes de plantações existentes desde 1998 que têm vindo a ser potencializadas e desenvolvidas. Nos últimos anos, António Machado tem feito diversos investimentos no sentido de aumentar e melhorar a produção: grandes cubas em inox, sistema de prensagem, fermentação, controlo de temperatura e vinificação em geral. Por outro lado, melhorou as condições do armazém, do sistema de frio e construiu uma sala de provas, na qual expõe orgulhoso, prémios e distinções, bem como os seus vinhos, entre os quais

o Alicante Bouschet Tinto 2006, medalha de Ouro e Excelência no Concurso de Vinhos Engarrafados do Ribatejo 2008. Foi em 2004 que, a marca Quinta dos Penegrais entrou no mercado, volvidos 14 anos a quinta tem mais de 40 hectares em plena produção e uma adega bem apetrechada, aliando a tradição à modernidade e ao saber das novas gerações, apostando em excelentes castas: as tintas Syrah, Alicante Bouschet, Castelão, Touriga Nacional, Tinta Roriz e Caladoc, mas também as castas brancas Gewurztraminer, Alvarinho, Moscatel, Arinto e Fernão Pires. “Temos mais de 40 hectares de vinhas, mas a curto prazo ultrapassará os 50. Em Arruda dos Pisões concentram-se 35 hectares e os restantes distribuem-se pela freguesia de Manique do Intendente, na Azambuja e pelas freguesias de Rio Maior, Alcobertas e São Sebastião, no concelho de Rio Maior”, revela. A família Machado dedica-se com paixão à atividade vinícola, isto porque aqui trabalham António Machado, os filhos Sérgio Machado e Cláudio Machado e as noras Margarida Duarte e Cristina Alves. Juntos levam Rio Maior e a Região do Tejo além-fronteiras.

A qualidade dos seus vinhos é premiada nacional e internacionalmente, “o que constitui um imenso orgulho”, confessa António Machado, revelando o importante papel do enólogo Rafael Neuparth em todo o processo. Atualmente, a Quinta dos Penegrais conta com 26 referências de vinhos, entre tintos brancos e rosés, mas desta destaca-se a Quinta dos Penegrais Reserva Alicante Bouschet 2016, um vinho com cor rubi fechada e aroma intenso que constitui uma homenagem dos filhos e noras ao produtor António Machado, tendo sido engarrafadas apenas 6 666 garrafas. E onde podemos encontrar este universo vínico? Em Lisboa, Açores, Santarém, Rio Maior, Caldas da Rainha, Leiria, Braga e Barcelos, no entanto a Quinta de Penegrais também exporta os seus vinhos para França e Suíça. Com os olhos postos no futuro, António Machado assume o objetivo de aumentar a produção de brancos, apostar nos frisantes e em novas castas como a Verdelho, Viosinho e Chardonnay, bem como aumentar a capacidade total de produção para 500 mil litros. Com grande dinâmica, António Machado mostra-se pronto a seguir em frente, apostando sempre na diferenciação e na qualidade: “E que prefiram os nossos produtos!”.

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MAFRA

Esta localidade nos arredores de Lisboa, na chamada Região “saloia”, que abastecia a capital de produtos hortícolas, é conhecida pelo imponente Palácio-convento, o maior edifício português, construído no séc. XVIII por ordem de D. João V. Anexa ao Convento, a Tapada de Mafra, adquirida por D. João V em meados do séc. XVIII, para valorizar o enquadramento do edifício, foi usada como reserva de caça, estando atualmente aberta ao público. Nos arredores merece visita na aldeia do Sobreiro, a Oficina de Cerâmica de José Franco, onde se poderá apreciar a recriação dos aspectos mais tradicionais da vida das aldeias da região, em tamanho real ou através de miniaturas animadas. No campo empresarial, o Estatuto PME Líder é um selo de reputação de empresas criado pelo IAPMEI para distinguir o mérito das PME nacionais com desempenhos superiores, e é atribuído em parceria com o Turismo de Portugal e o conjunto de bancos Parceiros, tendo por base as melhores notações de rating e indicadores económico-financeiros. Em 2014, no concelho de Mafra destacaram-se 55 empresas ao obterem o estatuto de PME Líder, em 2015 o número aumentou para 67 empresas. Em 2017, Mafra continua a destacar-se pelas suas empresas ‘destaque’ e referência. Não deixe de conhecer as histórias de algumas delas nas nossas próximas páginas.

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ONDE REINA A TRANQUILIDADE E A QUALIDADE DE VIDA Em entrevista à Portugal em Destaque, o presidente da Freguesia da Encarnação, Carlos Póvoa, apresenta-nos esta que é uma freguesia repleta de história e de potencialidades, mas sobretudo com os olhos postos no futuro. FREGUESIA DA ENCARNAÇÃO

O que o motivou a candidatar-se e em que mandato se encontra? Já me encontro no 2.º mandato e decidi recandidatar-me porque tem sido um gosto e, sobretudo, uma grande honra poder servir as pessoas. Por isso, queremos continuar com a proximidade de sempre a fazer cada vez mais e melhor pela Freguesia da Encarnação. É propósito primordial continuar a manter o contacto permanente e a articulação com todos, no sentido de elevar a qualidade de vida dos residentes.

so ‘Pão de Mafra’ que é, em larga escala, fabricado na Encarnação. Foram também construídos espaços intergeracionais para apoio e convívio das várias gerações entre outras iniciativas. Queremos continuar a preservar a identidade da nossa freguesia e as suas tradições e queremos valorizar as pessoas e as suas capacidades. Pretendemos, igualmente, continuar a recuperação e manutenção das infraestruturas e vias públicas, assim como apoiar e dinamizar a área social, cultural e desportiva..

Para quem não conhece, faça uma breve apresentação da freguesia? A Freguesia da Encarnação tem cerca de 28,54 km2 de área e tem aproximadamente 5 mil habitantes. Sendo uma freguesia rural, tem paisagens agrícolas e uma envolvente natural que vale a pena ser explorada através de percursos pedestres ou de BTT. A praia da Calada (na foto) é uma das mais frequentadas no verão, com um grande areal e ótimas condições para receber quem nos visita.

Como são as gentes da Encarnação? As gentes da Encarnação são muito afáveis e calorosas que se empenham muito em qualquer iniciativa de interajuda, por isso mesmo, o associativismo está muito presente em várias áreas como é o caso do desporto, da música, área social e cultural. É precisamente o associativismo que permite a intervenção da população para um bem comum de determinada localidade e é este espirito associativo que movimenta e motiva, muitas vezes, as gentes da freguesia.

Quais os projetos que já desenvolveu e quais os que pretende desenvolver? Os projetos que temos desenvolvido visam a qualificação dos serviços prestados, de modo a assegurar o bem-estar da nossa comunidade e, por isso, temos desenvolvido algumas iniciativas junto da população sénior e de apoio às famílias,. Tratando-se de uma freguesia rural, temos apoiado a agricultura e a pecuária. Em colaboração com a Câmara Municipal de Mafra, conseguimos também dar uma nova vida às instalações das antigas escolas primárias, cedendo o espaço a algumas associações. Foi também construído na Encarnação o Jardim do Pão que pretende prestar homenagem a todos aqueles que vivem e trabalham do famo-

O que vale a pena visitar? Os apreciadores da vida rural, do contacto com a natureza, irão, com toda a certeza, gostar de fazer os vários percursos que existem, seja percurso pedestre ou de BTT. Para além disso, os amantes de praia e de deportos ligados ao mar rão encontrar nas nossas praias locais muito aprazíveis. Gostaria também de salientar que a gastronomia existente na nossa região fará a delícia de quem nos quiser visitar. No património histórico destaca-se a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Encarnação, o coreto que se encontra na área envolvente, a Capela de São Domingos da Fanga da Fé (a antiga igreja paroquial), uma antiga mina de água e as Capelas das Azenhas dos

Tanoeiros e de S. Lourenço. Relativamente às festividades, temos anualmente festas religiosas em diversas localidades e de 17 em 17 anos recebemos na nossa freguesia a imagem da Nossa Senhora da Nazaré. O que falta na Encarnação? Há sempre coisas a melhorar. No entanto, no imediato, apesar de se estar a envidar todos os esforços, há uma necessidade de reforço de médicos no Centro de Saúde da Encarnação, porque o número de médicos afetos não é suficiente. Contudo, em traços gerais, a Encarnação tem para oferecer uma boa qualidade de vida aos seus habitantes, uma vez que possui comércio, indústria, farmácia, associação de socorros, unidade de cuidados continuados e de reabilitação, clinicas médicas, centro de dia e de noite, pavilhão desportivo, piscinas, enfim, boas condições e boa gente. Qual a mensagem que gostaria de deixar? Um dos motivos que me levou a aceitar ser presidente da Junta de Freguesia da Encarnação foi estar disposto para servir toda uma comunidade, por isso, tenho tentado manter uma proximidade com todos, e é isso que quero continuar a fazer: manter a proximidade e a confiança de modo a fazer cada vez mais e melhor pela freguesia da Encarnação.

Largo Francisco Pereira Galantinho, nº 2 Telefone: 261 850 020 Fax: 261 850 021 geral@jfencarnacao.pt | executivo@jfencarnacao.pt www.jfencarnacao.pt

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IGREJA NOVA E CHELEIROS UNIRAM-SE, VENHA CONHECER Em entrevista à Portugal em Destaque, Elísio Varandas, presidente da União de Freguesias Igreja Nova e Cheleiros, concelho de Mafra, conta-nos tudo sobre estas terras com tanta história.

UNIÃO DE FREGUESIAS IGREJAS NOVAS E CHELEIROS

ELÍSIO VARANDAS

Igreja Nova era uma freguesia, Cheleiros outra. Até que, em 2013 aquando da reorganização administrativa, se juntaram numa só. Privilegiadas de uma ótima localização, situam-se a poucos minutos de Loures, Sintra e Vila de Mafra. Ricas em paisagens naturais, arquitetura manuelina,

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vestígios arqueológicos, boa comida e bom vinho, esta união tem tudo para o agradar, a si, leitor. Igreja Nova, fundada em 1255, conta com 3037 habitantes. Do património da terra fazem parte a Igreja Matriz (ou Igreja de Nossa Senhora da Conceição, popularmente conhecida como “Igreja Nova”, tendo batizado assim a freguesia com esse nome), a Capela do Espírito Santo e o monumento da Nossa Senhora da Conceição. Pode observar testemunhos de povoamentos precoces no povoado do Alto do Cartaxo, rico em vestígios do período Calcolítico, e no Penedo de Lexim, um dos locais arqueológicos mais relevantes da arqueologia de Mafra. Este último, que ocupa uma área de cerca de três hectares, encontra-se inserido na reserva natural de parques e é revestido por uma muralha classificada como proto-histórica. Em Igreja Nova depara-se também, junto à igreja, com a Fonte da Bica, famosa pelos

efeitos medicinais. Cheleiros, terra dos “cabritos” como é conhecida, possui 1347 habitantes. Nesta freguesia é revelada a presença de inúmeros vestígios arqueológicos romanos e paleocristãos. Exemplo disso é a ponte medieval, de origem romana, e os dois cipos de mármore aplicados na fachada lateral da Igreja de Cheleiros. Do património constam também as casas rurais da Aldeia de Broas, a Igreja Paroquial de Cheleiros (classificada como Imóvel de Interesse Público e exemplo da influência manuelina na arquitetura rural) e a Capela do Espírito Santo. As festividades das freguesias dividem-se, ainda, conforme os costumes de cada uma. Em Igreja Nova, a oito de dezembro comemora-se a padroeira da terra, a Nossa Senhora da Conceição. Em junho, “As Tasquinhas de Santo António” alegram as pessoas da terra e visitantes de Portugal inteiro, que por ali passam. Para os lados


de Cheleiros, as festividades ocorrem a 15 de agosto em honra de Nossa Senhora de Reclamador (a Assunção da Virgem), no dia 24 de março em honra de S. Simão e a 18 de dezembro em honra de Nossa Senhora do Ó. Desta união de freguesias pertencem a Associação Cultural e Recreativa de Carvalhal (em Cheleiros); o Grupo Desportivo, Recreativo e Cultural da Igreja Nova e a Associação dos Caçadores de Igreja Nova e Cheleiros. Além disso, há também o Grupo 250 Mafra – EscUteiros de Portugal, sediados em Igreja Nova; dois Centros de Dia, em cada uma das freguesias, e um Grupo Coral de igreja. Política e medicina, eleitorados e pacientes “Não. Não tenho limites/ Quero de tudo/ Tudo/ O ramo que sacudo/ Fica varejado/ Já nascido em pecado/ Todos os meus pecados são mortais/ Todos tão naturais/ À minha condição/ Que quando, por exceção/ Os não pratico/ É que me mortifico/ Alma perdida/ Antes de se perder/ Sou uma fome incontida/ De viver/ E o que redime a vida/ É ela não caber/ Em nenhuma medida.” É com este poema de Miguel Torga, médico e poeta, que Elísio Varandas se descreve.

“Quando li, achei que tinha sido escrito para mim”, diz o presidente da União de Freguesias Igreja Nova e Cheleiros, sorrindo. Independente, com ideias próprias e sem medo de nada, aceitou o desafio do Partido Socialista para se candidatar à presidência desta UF. No concelho de Mafra, dez freguesias são do Partido Socialista Democrata, mas Elísio Varandas venceu nesta, sozinho, pelo PS. Novo na área da política e médico há 39 anos, embarcou no projeto sem receios. “Gosto de um bom desafio”, conta à revista. Nascido em Vila Real e residente na Grande Lisboa, trabalha há três décadas em Igreja Nova. Conhece as terras, tão bem

ou melhor do que aqueles que nelas habitam. Conhece as gentes também, a maioria dos eleitores são igualmente pacientes do consultório médico. Foi fácil chegar a eles, todos o conheciam. É acarinhado pelo povo, que o mima com pequenos-almoços e até almoços. “Sou méguesia de algum modo, “deixar uma marca”. Acompanhado de “uma equipa fabulosa, uma secretária e tesoureira espetaculares, escolhidas por mim”, acredita que conseguirá estar de acordo com as expetativas que depositaram nele, naquele desafio proposto há uns meses atrás. Como “sem ovos não se fazem omeletes” – metáfora usada pelo próprio –, Elísio Varandas ambiciona ter fundos que o permitam apostar em mudanças nas freguesias. E, dico de quatro gerações: o avô, o filho, o neto e o bisneto”, afirma Elísio Varandas. Um dos grandes motivos da sua candidatura foi a de manter o serviço de saúde na terra. Tão familiarizadas e à vontade no ambiente médico, as pessoas tendem a levar os problemas institucionais para o consultório. Porém, o presidente insiste para que haja uma separação. Uma coisa é ele enquanto médico de família, outra enquanto executivo da UF. No primeiro mandato e três meses depois de ter sido eleito diz que, para já, o balanço é relativamente positivo – “estamos a tentar limpar e conservar a freguesia, estamos a tomar o pulso à situação”. Gostaria de fazer alguns melhoramentos, mas de momento as verbas não o permitem. As mesmas são bastante limitadas. Porém, delineou antecipadamente alguns objetivos e algumas ideias para o seu mandato. Um exemplo é a concretização de um projeto que seja capaz de sinalizar idosos (que é a grande maioria da população), com uma rede de voluntários. “Muitos idosos vivem sozinhos, recusam-se a ir para o Centro de Dia”, diz Elísio Varandas. Um outro exemplo, numa esfera completamente diferente, é o de criar uma feira trimestral de produtos da terra – “com artesanato, padarias e pastelarias, casas que fazem peças em granito e mármore”. Mostrar a qualidade das terras, do que produzem e do que são capazes é a ideia-chave. Tenciona, acima de tudo, dinamizar a fre-

por fim, deixa uma mensagem a quem não conhece Igreja Nova e Cheleiros: Visite-nos, serão muito bem-recebidos!

Rua da Junta de Freguesia nº2 Igreja Nova Telefone: 21 967 0095 Fax: 261 850 021 www.facebook.com/pg/ufigrejanova.cheleiros

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Em entrevista à Portugal em Destaque, Clarisse Marques, administradora da Fábrica de Queijos Lactimonte, descreve a evolução e os planos que traça para o futuro da empresa que surgiu como um pequeno negócio familiar e agora transforma cerca de 30 mil litros de leite, por dia, em queijo curado, fresco e requeijão. LACTIMONTE O mercado mudou muito desde essa altura. Qual é, neste momento, o canal de escoamento dos produtos da Lactimonte? Atualmente distribuímos para o canal o HoReCa – Hotéis, Restaurantes e Cafés, assim como para alguns supermercados, caso do El Corte Inglés, do Aldi, do Intermarché e do Spar. Contudo, 70% do nosso volume de vendas é feito junto de revendedores especializados que detêm uma rede de clientes de longa data a nível nacional. Apesar da tendência ser de crescimento para as grandes superfícies comercias, preocupamo-nos em manter a nossa ligação às pequenas e médias superfícies, como forma de garantia de parcerias de longo prazo.

ADMINISTRAÇÃO

O negócio dos queijos já existia na família antes de surgir a Lactimonte? A Lactimonte tem 39 anos de existência, mas o negócio da produção e venda dos queijos nasceu com os meus avós, como uma pequena empresa familiar. O meu avô tinha vacas de onde tirava leite e carne para o consumo da família, mas que ainda sobrava para a produção de queijos que vendia localmente. Todos os recursos que o animal dava eram aproveitados ao máximo. O negócio prosseguiu com os meus pais que, ao criarem a marca Lactimonte, começaram a vender os queijos em Lisboa. A minha mãe ficava em casa na produção, enquanto o meu pai ia vendê-los porta-a-porta. Antigamente era comum as pessoas irem de autocarro até Lisboa vender os produtos que produziam, era um costume da região saloia. O negócio dos meus pais foi crescendo e chegou a ser necessário comprar uma carrinha frigorífica para responder ao elevado número de encomendas. Em 1989, a Lactimonte adquiriu as suas atuais instalações em Montemuro, na zona da Malveira, numa infraestrutura onde tinha funcionado anteriormente uma fábrica de queijos de cabra e, por isso, preparada para receber o nosso fabrico de queijos. A partir deste momento o crescimento da marca foi acelerado e chegou a todo o país.

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Disponibiliza muitos tipos de queijo? Quais os mais solicitados? O nosso principal produto, desde o início, é o queijo fresco de vaca. Este mantém até


hoje um método de produção artesanal, onde a massa do queijo é separada do soro do leite com a ajuda de panos, e depois salgado, tudo de forma manual. Segue-se o queijo curado que representa atualmente 40 por cento% do total da produção. Os queijos de cabra surgiram mais recentemente, acompanhando uma tendência de mercado, que satisfaz, por exemplo, os nossos clientes sensíveis à lactose. Os requeijões acompanhados de doce de abóbora, frutos silvestres, e desde o ano passado, com granola sem adição de açúcar, sáo outro exemplo disso. Tem sido um sucesso. Os prémios que temos vindo a ganhar ao longo dos últimos anos são prova da nossa qualidade: prémio ‘Sabor do ano’ 2016 e 2017, com toda a nossa linha de produtos e, este ano com os requeijões com granola de noz e canela. Na Lactimonte adaptamo-nos às necessidades e exigências dos nossos clientes e através disso temos conseguido atingir novos mercados. Atualmente transformamos trinta mil litros de leite, por dia, em queijo fresco, curado e requeijão. Trabalha exclusivamente com os produtores de leite da região? O nosso leite provém de uma cooperativa de produtores locais da zona oeste de Lisboa, onde estamos inseridos, que nos assegura as quantidades de leite de vaca e cabra necessárias para a totalidade da produção dos nossos queijos. Antigamente o queijo fresco era consumido apenas no inverno. Essa tendência ainda se mantém? Atualmente o queijo fresco e o requeijão são produtos consumidos ao longo de todo o ano. Antigamente a restrição do consumo de queijo fresco e requeijão aos meses de inverno de-

via-se às fracas condições de conservação, uma realidade que hoje em dia é completamente diferente. Os avanços tecnológicos levaram ao desenvolvimento de novos métodos de embalamento, conservação, transporte e exposição destes produtos. Hoje somos capazes de oferecer uma maior variedade de produtos frescos, mais es-

pecificamente, queijos frescos de cabra e requeijões acompanhados de diferentes tipos de doces ou granola. O consumo de queijo fresco e requeijão aumentou, assim como o grau de exigência relativamente a este tipo de produtos. Estes são um tipo de alimento leve, saudável e barato, possível de ser consumido por toda a família. Tendo a pretensão de expandir necessita de encontrar mão-de-obra qualificada. Como classifica esta tarefa? Como classifica a oferta de mão de obra qualificada? A oferta de mão de obra qualificada tem vindo a reduzir ao longo dos anos, tanto devido à industrialização dos métodos de produção de queijo, como ao facto de cada vez mais as pessoas ocuparem postos de trabalho no setor terciário. Porém na Lactimonte valorizamos o trabalho dos nossos funcionários e prezamos por manter a produção artesanal dos nossos queijos,

o que implica um maior tempo de seleção da mão-de-obra, e uma maior formação

das pessoas contratadas. Atualmente na empresa contamos com um número total de 30 funcionários, e pretendemos aumentar o mesmo . Apresente-nos os objetivos que traça para o futuro da Lactimonte. Na Lactimonte temos como objetivos traçados para os próximos anos continuar a aumentar a produção, e consequentemente, o número de funcionários. Pretendemos chegar a novos mercados, expandindo nossa presença tanto geograficamente, como a nível do número de presenças da nossa marca nas pequenas e médias superfícies comerciais, esperando alcançar mais tarde as grandes insígnias. Já em 2018, queremos iniciar o processo de certificação da empresa através da APCER – Associação Portuguesa de Certificação, como forma de alargamento do negócio e comprovativo de qualidade a nível nacional. PORTUGAL EM DESTAQUE | 149


PREMIADO COM O TÍTULO DE MELHOR CONCESSIONÁRIO DE 2017

A Carlos Simões, Lda., repete novamente a proeza atingida no ano de 2016 e volta a ganhar o prémio de melhor Concessionário Citroën em 2017. Mas as distinções não ficam por aqui, pois o IAPMEI atribuiu ao Concessionário, o estatuto de PME Líder 2017, pela “qualidade do seu desempenho e perfil de risco”. A empresa Carlos Simões Lda. atua em todas as valências de apoio aos modelos da marca, ao serviço comercial, serviço após-venda e serviço de peças.

CARLOS SIMÕES LDA 150 | PORTUGAL EM DESTAQUE


CARLA SIMÕES E CARLOS RODRIGUES

Pela terceira vez em cinco anos é atribuído o galardão à empresa, Carlos Simões, que vê assim premiado o investimento e cuidado que coloca todos os dias ao serviço do cliente Citroën. De acordo com a gerência, “consideramos este prémio uma agraciação por todo o esforço e trabalho feito ao longo destes 50 anos de atividade mas acima de tudo por um aumento da nossa responsabilidade diária, já que queremos continuar a ser o melhor Concessionário Citroën nas próximas décadas”. A direção comercial da Carlos Simões, Lda., revela ainda que todo o reconhecimento “reforça os argumentos que apresentamos todos os dias já que explicita o forte contributo que incutimos em toda a equipa: o de realizar um serviço de excelência para com o cliente Citroën”. A nossa entrevistada, Carla Simões, é filha do fundador da empresa e conta o início destes 50 anos de atividade. “O negócio começou com o meu pai que celebrou o primeiro contrato com a Citroën como agente em 1969 tornando-se Concessionário da marca pouco tempo depois, desde sempre com oficina de mecânica, de chapa e de pin-

tura. A gestora explica que Carlos Simões, LDA., com sede em Mafra, é representante exclusivo Citroën desde 1969, fazendo assim parte do crescimento da marca em Portugal. A empresa dedica-se essencialmente à venda de carros novos e usados, no entanto possuem também serviços de mecânica bem como colisão (chapa e pintura), oferecendo assim um serviço completo aos seus clientes. Carla Simões acredita que a chave para o sucesso é a fidelização dos seus clientes. “O que nos diferencia é a imagem de permanência, constância e confiança. Temos clientes com mais de 30 anos de casa. Existe uma fidelização quer dos nossos colaboradores quer dos nossos clientes. A empresa possui colaboradores maioritariamente com mais de 10 anos de casa e clientes habituais de muitos anos”. A gerente reforça que a equipa dinâmica do Concessionário é fundamental para o êxito do negócio. A Carlos Simões, Lda., enfrentou várias dificuldades ao longo destes 50 anos de atividade, no entanto, conseguiu alicerçar a sua estrutura e organização. “Enfrentámos

a crise económica de frente, sem realizar despedimentos. Houve um enorme esforço no sentido de ‘arranjar’ novas formas de ‘chamar’ os clientes bem como nos empenhámos em praticar sempre uma política de cumprimentos dos compromissos perante os fornecedores e colaboradores”. Carla Simões salienta ainda que já se começa a sentir uma melhoria gradual nos dois ou três últimos anos no que se refere à procura dos clientes pelos produtos e serviços temos disponíveis. O concessionário especialista Citroën tem como principal objetivo a procura diária da resolução das necessidades de cada um dos seus clientes, com vista à sua plena

satisfação. Esta forma de estar e ser, traz consequentemente sucessivas distinções, todas estas conquistadas através de trabalho e de uma preocupação com a satisfação pelo conforto e pelas expectativas dos seus clientes. A Carlos Simões, Lda., é também uma empresa ativa na comunidade coligando-se a várias associações locais tais como a ‘Associação dos Amigos do Atletismo de Mafra’, que tem como objetivo promover o desenvolvimento do Atletismo no concelho. Assim como ‘O Coletivo A Tribo’, que tem como intuito tornar mais ativo e dinâmico o panorama cultural do concelho através da apresentação de espectáculos de teatro feito por membros da comunidade para a comunidade local.

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COMÉRCIO DE PRODUTOS ALIMENTARES DE EXCELÊNCIA A empresa Bafepral foi eleita PME líder em 2017. A comercialização e distribuição de batatas, cebolas e alhos na zona da grande Lisboa e arredores é realizada através da sua frota com quatro veículos transportadores, um armazém e maquinaria de qualidade. BAFEPRAL

O projeto nasceu em 2000 com Vasco Batalha. O empresário com ligação à terra mantém ainda nos dias de hoje contacto direto com a produção o que permite a seleção dos melhores produtos ao melhor preço tornando-os numa mais-valia. A comercialização dos seus produtos alimentares com a sua marca própria é reconhecida pela qualidade que detém. Rosália Batalha, sócia e esposa do fundador da Bafepral conta como foram os primeiros passos do projeto. “Anteriormente ao início do nosso projeto colaborávamos na empresa do meu pai ligada ao mesmo setor. Entretanto, o meu marido iniciou o negócio por contra própria. De 2000 até 2002 trabalhou em nome individual. Em 2002 criamos então a Bafepral. Embalamos e comercializamos produtos como as cebolas e os alhos, mas o nosso forte são as batatas”, a gerente explica ainda que, embora a empresa empregue atualmente 10 colaboradores, no início Vasco Batalha era o único funcionário. O projeto começou com a distribuição em pequenos espaços do comercio tradicional dos seus produtos alimentares, contudo, o crescimento exponencial da empresa aconteceu de forma quase imediata. “Tudo iniciou com a venda das nossas mercadorias, mas em pouco tempo crescemos, ad-

quirimos mais viaturas transportadoras e o nosso armazém. Todos os anos, desde a fundação, que a nossa empresa se amplifica, então nos últimos três anos o crescimento foi colossal”, esclarece que foi através da parceria com grandes superfícies comerciais, algumas no concelho de Mafra, que a realidade da empresa foi transformada. A Bafepral está sedeada no concelho de Mafra e comercializa para diferentes superfícies comerciais: “Fazemos a distribuição na área de Lisboa e Zona Oeste para variados tipos de clientes, desde comércio tradicional, restaurantes, grandes superfícies comerciais, e o nosso objetivo é sempre ter produtos de boa qualidade”, a gerente refere também que a parceria com grandes superfícies só foi possível através de clientes que já conheciam bem o trabalho da empresa, que estavam satisfeitos com os seus serviços e que conheciam a sua aposta na qualidade dos produtos. A Bafepral é fornecida por vários produtores tanto nacionais como internacionais. A nossa entrevistada esclarece a escolha da empresa: “Os nossos produtos são maioritariamente Nacionais, no entanto, torna-se cada vez mais difícil encontrar produto português o ano inteiro com a qualidade que nós exigimos o que nos leva a importar de França e Espanha.”, conta Rosália Batalha.

Rua Sol à Graça nº 14 | 2665-304 Milharado 219 751 389 (sede) 219 755 168 (armazém) bfepral.geral@sapo.pt www.bafepral.com 152 | PORTUGAL EM DESTAQUE

O comércio no setor alimentar indicia mudanças segundo Rosália Batalha. “Sentimos uma certa modificação no mercado, as pessoas têm tendência cada vez mais a consumir a batata-doce, o que nos leva a crer que há uma maior preocupação com a alimentação, as pessoas deixam de comer em grandes quantidades e passam alimentar-se com produtos de qualidade e mais saudáveis. E nós tentamos acompanhar a tendência do mercado.”, elucida a empresária. A empresa foi eleita pela primeira vez PME líder, reflexo de todo o trabalho realizado ao longo dos anos. “Ser PME líder significa sermos reconhecidos por todo o nosso empenho e dedicação. Uma gratificação principalmente para o meu marido que se dedica por completo ao nosso projeto. Este prémio acaba por ser resultado do nosso empenhamento em servir bem e com qualidade os nossos clientes graças aos nossos fornecedores e acaba por ser também o espelho da entrega de todos os nossos colaboradores”. Rosália Batalha finaliza a entrevista com uma mensagem de agradecimento: “qQuero aproveitar esta oportunidade para deixar um agradecimento a todos os nossos fornecedores e colaboradores, sem todos eles nada seria possível”.


PAREDES Paredes é um concelho da região norte de Portugal, que em 2013 passou a integrar a Área Metropolitana do Porto. Sede de concelho, está localizada no verdejante Vale do Sousa, no norte do país, num local de grande beleza natural e férteis terrenos, conhecida pela larga produção de afamados Vinhos Verdes. Já no século XII se reconheciam as riquezas dos solos da região, mantendo-se até hoje um encantador ambiente rural que combina tradição, saberes e panoramas fascinantes. Não obstante, foi a partir do século XVIII que o lugar de Paredes se foi desenvolvendo e engrandecendo. Compreendendo o interesse Patrimonial e Natural da região, grande parte do concelho de Paredes está hoje inserida na interessante Rota do Românico do Vale do Sousa e também na Rota dos Vinhos Verdes, possibilitando a todos os visitantes a hipótese de melhor conhecer o encantador ambiente que aqui se vive. Paredes possui património único, contando com monumentos como a Igreja Matriz, o Pelourinho, que atesta a importância da localidade noutros tempos, as Capelas do Calvário, de São José e da Senhora da Guia ou as várias casas senhoriais e brasonadas que atestam a riqueza que os férteis solos têm proporcionado, nomeadamente com o desenvolvimento da vinicultura, como a Casa da Estrabuela ou o Palácio da Granja, que hoje alberga a Casa Municipal da Cultura. Em termos de tecido empresarial, nas páginas seguintes, apresentamos algumas empresas representativas do melhor que se faz em Paredes.

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HÁ 10 ANOS A ROTULAR AS EMPRESAS PORTUGUESAS Localizada em Recarei – Paredes, a N Rotulus é já uma referência na área da codificação de rotulagem e identificação de produtos, a nível nacional. Miguel Sousa, foi nosso entrevistado para esta edição, naquela que foi uma conversa esclarecedora sobre o panorama industrial português. N ROTULUS

MIGUEL SOUSA

“Iniciámos este negócio do zero, há 10 anos”, começou por que confessar que a equipa de trabalho não ‘sofre’ de monotonia no dia a dia. De facto, as exigências de quem rotula os produtos de qualquer tipo de indústria, seja ela alimentar, química ou outras, são muito acima da média. “Nesta área estamos sempre a aprender, todos os dias temos diretrizes novas a seguir”, adiantou. Num país onde os prazos de entrega são fator eliminatório, o cumprimento das datas com que se comprometem, apesar de não ser tarefa fácil é aspecto prioritário na política da empresa. “É preciso perceber que no nosso país trabalha-se num ritmo alucinante em que temos de dar um prazo ao cliente em poucos dias e por vezes em horas. Realidade diferente de outros países europeus em que se trabalha com prazos mais alongados. Conseguir cumprir com prazos apertados implica deste modo ter capacidade de armazenar stock e isso é sinónimo de um grande esforço financeiro para a empresa”, esclareceu o nosso interlocutor. A N Rotulus orgulha-se de contar com uma equipa jovem, dinâmica e arrojada, que é submetida regularmente a formações em novas técnicas de rotulagem e materiais, uma vez que “aqui trabalhamos essencialmente por medida, em que cada trabalho se pode traduzir num novo desafio” e por isso, é necessário conseguir dar a resposta mais adequada às exigências dos clientes.

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Os efeitos da crise e do (des)governo Na conversa partilhada com a nossa revista, Miguel Sousa lamentou a legislação exageradamente exageradamente densa, confusa e por vezes contraditória existente no nosso país. “Infelizmente os nossos governantes conhecem pouco da realidade da indústria portuguesa, uma vez que não estão diariamente no terreno. A carga fiscal imposta também não ajuda à contratação de pessoal”, constatou. “As crises são cíclicas e permitem-nos recomeçar, atualmente há mais confiança no mercado e consequentemente, mais investimento”, esclareceu o empresário ao mesmo tempo que confidenciava, em primeira mão, estar neste momento, em processo de certificação da N Rotulus. “Mudámos de instalações no ano passado e agora estamos a organizar-nos por forma a tornarmo-nos mais eficazes e rápidos na nossa atividade interna. A certificação também servirá para credibilizar os nossos serviços e produtos perante os nossos clientes e, por isso, será uma mais-valia que estamos agora a implementar na empresa”, finalizou Miguel Sousa. Passada uma década é feito um balanço positivo do percurso percorrido pela N Rotulus, a sua equipa continua empenhada em inovar e dar sempre a melhor resposta aos seus clientes.


“TRABALHO PORQUE TENHO PASSADO” Em actividade desde o ano de 1943, a agência funerária TCouto,Lda é uma empresa familiar situada no concelho de Paredes, parte integrante da área metropolitana do Porto, que se distingue pela solicitude e zelo na prestação de serviços. AGÊNCIA FUNERÁRIA TCOUTO, LDA

MIGUEL ÂNGELO

Com sede na Rua Doutor José Magalhães, número 70, em Paredes, a agência funerária “TCouto,Lda” é uma empresa de cariz familiar, reconhecida no mercado pela sua longevidade no sector. O actual sócio-gerente da empresa Miguel Couto, em conversa com a revista Portugal em Destaque, admite que o segredo do sucesso da agência funerária “TCouto,Lda” está em muito relacionado “à história, devido ao meu avô e ao meu pai”. José Teixeira do Couto, membro fundador da agência funerária “José Teixeira do Couto, Lda”, começou por se dedicar à profissão na sua residência, onde tratava de toda a logística relacionada com as honras dos defuntos. Desta feita, a empresa inicia uma processo de evolução em termos de espaço e reconhecimento público, começando, ele próprio, a fazer-se distinguir no que respeita à sua actuação enquanto agente funerário. José Couto ocupou-se na profissão até tardia idade e foi sublinhando, ao longo das décadas, a necessidade por uma conduta benevolente de aproximação às famílias e ente-queridos, um acompanhamento personalizado e marcado, sobretudo, pela seriedade e pelo rigor. Uma tradição de costumes e metodologias de trabalho que foram transmitidas de pai para filho com o propósito de velar pela qualidade do atendimento. Estes ensinamentos foram transmitidos a seu descendente Joaquim Couto e, mais tarde, a seu neto Miguel Ângelo Couto. Actualmente constituída em sociedade por quatro membros da família Couto e com quatro funcionários efectivos, a agência

funerária que agora se designa por “TCouto,Lda” é uma das mais antigas e reconhecidas empresas do ramo, em actividade, no concelho de Paredes. Miguel Ângelo é forçado a assumir a frente da empresa com apenas vinte e sete anos de idade. Sem prévias pretensões de dar continuidade ao negócio de família e com uma formação académica em Educação Física, contrai as responsabilidades da agência e dá seguimento à tradição familiar, após o precoce falecimento de seu pai. Nas mãos da terceira geração, a agência funerária presentemente conduzida pelo segundo filho de Joaquim Couto, divide-se entre duas distintas vertentes, desde sempre ligadas à família Couto. A par da sua diligência enquanto condutor e responsável pela agência funerária, Miguel Ângelo Couto cria, por iniciativa própria, uma nova linha de actividade designada por “TCouto Iluminações,Lda”. Um sector de actividade que complementa, em parte, a lógica de funcionamento da agência funerária, ao mesmo tempo que procura dar resposta às exigências do comércio e das festividades locais, nas palavras do jovem empresário de trinta e seis anos: “ Temos as duas vertentes, a vertente triste e a vertente alegre”. Neste sentido, a empresa “TCouto,Lda” é responsável não apenas, pelo desvelo dos munícipes em circunstâncias menos felizes como também, pela decoração luminosa das ruas e de eventos particulares em ocasiões festivas que envolvem populações de

concelhos de todo o país. Numa área de actividade que requer uma enorme dedicação e constante disponibilidade, a empresa familiar, em actividade há mais de setenta e quarto anos, preocupa-se em manter os parâmetros de qualidade estabelecidos e perpetuados pelas gerações anteriores, com a finalidade de prestar um serviço cada vez melhor.

Agência Funerária Teixeira do Couto

Nova imagem, a eficiência de sempre. www.agenciafunerariateixeiradocouto.pt

DESDE 1943

Rua Dr. José Magalhaes Nº70 4580-133 Paredes Porto - Portugal

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MAIS DE UMA DÉCADA A MARCAR A DIFERENÇA NO SETOR Movidos pelo dinamismo de quem sabe o caminho que quer percorrer, a empresa Máquinas Industriais São Marcos está no mercado com uma estratégia bem definida: garantir a satisfação do cliente, assegurando qualidade, rigor e inovação. MÁQUINAS SÃO MARCOS

o caminho que têm pela frente como uma oportunidade para alcançar a perfeição e garantir, cada vez mais, um serviço diferenciado, alicerçado numa oferta diversificada

no mercado qualquer tipo de máquina a preços extremamente competitivos, desde simples tupias ou serras de fitas até às mais recentes CNC’s. Destacando-se pela preocupação em satisfazer sempre o cliente, a empresa São Marcos presta serviços de assistência e manutenção em todo o tipo de máquinas e em empilhadoras, possuindo um departamento de reparações onde efetuam revisões. Para além disso, detém de um serviço de distribuição e montagem no cliente. Oferece também uma garantia de seis meses para o mesmo material, assim como possui técnicos especializados para mudança de instalações e deslocação de máquinas com transporte próprio. Os stocks disponíveis para entrega destacam-se pela variedade e grande quantidade, estando à disposição para visita nas instalações. No entanto, o cliente também pode consultar os comerciais para consultar prazos e efetuar o pedido da máquina que necessita.

e inovadora. A empresa tem na sua génese a comercialização de máquinas usadas para a indústria de madeira, colocando

Distinguem-se dos seus concorrentes, não só pelo grande equilíbrio entre os preços praticados e a qualidade das máquinas no-

EQUIPA

Com uma história que se iniciou em 2002, com a vinda de Vítor Silveira e de Rosa Peixoto para Portugal, seguiram uma estratégia de evolução permanente, sem nunca esquecer França. Tudo começou com o desejo de abrir um negócio de carpintaria, que acabou por ser colocado de parte após surgir a oportunidade de trabalhar com mais duas pessoas na venda de máquinas industriais. Aproveitando os contactos de França, a empresa funcionava com base nas importações. “Primeiro, foram três sócios, o Vítor não conhecia nada de máquinas, porque em França não fazia isso, tínhamos duas pessoas que faziam reparações e juntamo-nos a eles.” Entretanto, Vítor e Rosa ficaram a liderar a mesma. No entanto, a Máquinas São Marcos nasceu com este nome em 2003. “Estamos sozinhos desde 2011, desde aí o negócio aumentou”, superando o pico da crise económica, a empresa soube impor-se perante os desafios de um mercado que exige destreza e sabedoria. Revelaram a sua determinação e empenho, fazendo todos os possíveis para o aumento exponencial das vendas. Objetivo que conseguiram alcançar. Com quase 15 anos de história, olham para

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vas e de segunda mão, mas também pela dedicação aos clientes. Com modéstia e simplicidade consideram-se uma “empresa pequena com 11 colaboradores”, o que cria um ambiente de proximidade entre todos os membros da empresa. Apostados em expandir o negócio, Rosa Peixoto e Vítor Silveira traçaram uma estratégia de investimento em novas máquinas vindas de Itália, França e Espanha, impulsionada pelos requisitos do Portugal 2020. Com o negócio em constante crescimento, decidiram modificar a localização da empresa, dotada de umas infraestruturas novas e modernas desde 2015. Com planos definidos para 2018, têm expectativas que as vendas das novas máquinas sejam positivas, podendo levar ao “aumento do espaço e fazer um showroom para as máquinas. É isso que está programado, mas temos de ver se esse sistema arranca”. O sucesso da empresa é fruto da confiança que os clientes têm vindo a depositar. Clientes esses que se situam por Portugal continental e ilhas, por múltiplos países do continente europeu como Itália, França, Suíça e Lituânia, assim como em África, nomeadamente em Moçambique e Angola. “As plataformas internet permitem vender para o resto da europa, mas 80 por cento das vendas é nacional.” Vendem por todo o país de forma uniforme, mas em Paredes e Paços de Ferreira destaca-se, pois “é a rota

e capital dos móveis, então temos muitos clientes.” Para agradecer essa confiança a Máquinas Industriais São Marcos realizou um Open Day que durou dois dias, nomeadamente 19 e 20 de Janeiro. O evento contou com 250 clientes habituais, assim como fornecedores, com o propósito de dar a conhecer as máquinas novas e alavancar a empresa durante o ano de 2018.

Abriram as portas para esta exposição, que Rosa Peixoto classificou como sendo “um convívio” que aglomerou pessoas de várias nacionalidades como espanhóis, franceses e italianos. Demonstrando estima pelos seus clientes, Rosa afirma que este dia de portas abertas é um agradecimento, porque “são eles que nos conhecem e que nos fazem conhecer”.

Máquinas para Indústria de Madeira Assistência e Manutenção Certificado de Garantia Técnicos Especializados

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“A EMPRESA TEM QUE GANHAR VIDA PRÓPRIA” Uma empresa em ascensão que aposta na inovação e na qualidade, a “Nortalu – Comércio de Alumínios, Lda” celebra, no decorrer deste ano, dez anos de atividade. NORTALU - COMÉRCIO DE ALUMÍNIOS, LDA

Com uma postura empresarial sustentada em valores como a honestidade, a persistência e a fiabilidade, Luís Bento, sócio-gerente da Nortalu, afirma que a empresa é “a menina dos meus olhos”. Experiente no ramo dos alumínios, tendo trabalhado na área no decorrer de 22 anos por conta de outrem, funda, no ano de 2008 a “Nortalu – Comércio de Alumínios, Lda”. O gerente de 59 anos, que se recusa a ser chamado de ‘empresário’, admite em entrevista à Portugal em Destaque, que o seu maior propósito foi, e continua a ser, a criação de uma “empresa que fica para além do homem”. Trata-se de uma demanda que celebra, este ano, dez anos e que não tem um fim previsto. Luís Bento deseja, acima de tudo, uma empresa que perdurará no tempo e dará resposta à procura e à evolução constante dos setores a que serve. Sediada na rua Dr. José Bragança Tavares, no número 78, na freguesia de Paredes, a Nortalu é uma entidade dedicada à comercialização e à distribuição de perfis de alumínio extrudido para a construção civil e para projetos de arquitetura, nas palavras de Luís Bento: “todo o alumínio que vai compor uma porta ou uma janela”. Neste sentido, disponibiliza uma linha completa de acessórios de caixilharia de elevada qualidade. Procura assegurar o correto funcionamento de sistemas de alumínio que surgem em resposta aos mais recentes conceitos e projetos arquitetónicos, na conceção de fachadas para edifícios modernos e contemporâneos ou para projetos de restauro. Esta empresa do concelho de Paredes, conhecido pelo seu vasto e importante património minério, oferece um programa próprio que procura ceder aos estudantes, principalmente de arquitetura, materiais de alumínio, a um preço simbólico, para que estes possam fazer a sua própria gestão da orçamentação. É, de igual forma, fornecida uma assistência ao cliente, no que respeita os cálculos relativos a obras de grande envergadura, caso esta assistência seja por ele requisitada. Não se realiza uma venda direta ao particular, sendo o seu cliente por excelência, o produtor ou o construtor de renome. O alumínio é um material leve, resistente, versátil e de linhas

LUÍS BENTO

harmoniosas que é solicitado, quer por arquitectos, num registo elementar de linhas rectas, quer num registo mais rústico. Com relevante incidência no mercado nacional, a Nortalu está também direccionada para o comércio externo. Perto de sessenta por cento do material que sai desta empresa tem como destino países como França, Bélgica, Suíça, Cabo Verde ou Moçambique. Uma empresa que aposta na rapidez e eficácia na entrega e na oferta de uma vasta gama de soluções de alumínio, com um serviço de atendimento personalizado e competente que visa, sobretudo, dar resposta às necessidades e exigências de cada um dos seus parceiros. Em permanente atualização e composta por sete colaboradores, trata-se de uma empresa de pequena dimensão que caminha para a certificação de produtos próprios, reconhecidos pelas diretivas da comunidade europeia, e a criação de “sistemas Nortalu”. Pretende uma difusão de um produto que se pauta pela qualidade e pela inovação, desenhado pelos técnicos residentes, com o objetivo de apresentar soluções de alumínio que vão de encontro aos standards de qualidade definidos pela própria empresa e aos padrões de procura de clientes e parceiros.

NORTALU – COMÉRCIO DE ALUMÍNIOS, LDA Rua Dr. José Bragança Tavares, 78 Fr. A 4580-593 Paredes(Mouriz) E: nortalu@nortalu.com T: 255 781 548/49 | 92 705 80 65 www.nortalu.com 158 | PORTUGAL EM DESTAQUE


NA SENDA DA INTERNACIONALIZAÇÃO Com uma vasta experiência no setor do mobiliário, Paulo Neto é o administrador da Neto Moreira Lda - uma empresa familiar posicionada no desenvolvimento e produção de mobiliário. Criação, inovação e profissionalismo são os pilares que fundamentam a posição da empresa no mercado, que pensa e executa produtos à medida do cliente, indo de encontro às suas expetativas. NETO MOREIRA LDA

PAULO NETO

Constituída em 2005, a Neto Moreira surgiu com o propósito de trabalhar o setor do mobiliário a nível nacional. Paulo Neto foi o responsável pela criação da empresa, que desde o início se dedicou à componente fabril, criando produtos à medida dos clientes. Situada em Lordelo, concelho de Paredes, a empresa foi crescendo sustentadamente, alargando a sua área de intervenção. Hoje, 90% da produção tem como principal destino a exportação, surgindo Espanha e França como os grandes polos de comercialização de mobiliário. “Desenhamos e executamos todo o tipo de mobiliário interior, desde quartos, salas, móveis de decoração, entre outros. Estamos presentes desde a conceção e desenvolvimento do projeto, até à sua execução e montagem. Elaboramos as nossas próprias coleções, assim como fabricamos modelos exclusivos ou desenhos fornecidos pelos próprios clientes”, revela Paulo Neto. A Neto Moreira apresenta como core business a conceção de mo-

biliário e projetos para o mercado externo, tendo como principais clientes o setor profissional. Nos dias de hoje, predomina o design inovador e as linhas modernas, embora os materiais utilizados sejam bastante diversificados. “Ainda existe uma procura por móveis de madeira maciça, mas ganha cada vez mais espaço as placas, as folhas especiais, os apontamentos em latão, inox ou alumínio. Atualmente são os decoradores que ditam as modas, e estes procuram móveis com assinatura, sendo esse um aspeto muito importante para a concretização do negócio. A nossa empresa está preparada para responder a qualquer pedido, mantendo elevados padrões de exigência”, sublinha o administrador. A presença em feiras nacionais e internacionais do setor também é uma constante, estando para breve a comparência da Neto Moreira no certame de Saragoça. “As feiras continuam a ser importantes para o reconhecimento da empresa, e para o aumento da quota de mercado. Estive recentemente em Nantes e em Paris, e o feedback é claramente positivo”, acrescenta e continua: “A indústria de mobiliário é cada vez mais reconhecida a nível internacional. Somos bons naquilo que fazemos, apenas nos falta um pouco mais de planeamento em algumas vertentes”. Com uma equipa composta por 12 colaboradores, a Neto Moreira assume como pontes fortes a competência, responsabilidade, inovação, assim como a lealdade e a excelência na execução do serviço junto dos seus clientes. Embora, a evolução do setor seja um fator de destaque, quer a nível tecnológico, quer a nível humano, Paulo Neto alerta para o aumento da falta de mão de obra qualificada. “Esta é uma dificuldade que se irá acentuar no futuro. Os centros de formação têm de estar mais próximos das empresas para colmatar essas mesmas necessidades”. Olhando para o futuro, o foco principal da empresa prende-se com a internacionalização, contando para isso com a aposta na inovação e na execução de trabalhos de excelência. “As perspetivas são boas e acredito que este ano vamos apresentar bons resultados. Por outro lado, a entrada do meu filho, Bruno Neto, também é muito importante para alavancar a empresa noutros domínios”, termina o administrador.

Rua das cruzes Nº237 Lordelo 4580-817 Lordelo PRD T/F: 224445105 E: netomoreiramoveis@gmail.com www.netomoreira.pt PORTUGAL EM DESTAQUE | 159


“TENHO GOSTO NO QUE FAÇO!” Com a sua sede localizada no concelho de Paredes, distrito do Porto, a Manuel Moreira Nunes Confecções Unipessoal, Lda., é uma empresa dedicada à indústria têxtil que realiza “corte para fora” e uma linha de produção destinada a marcas de renome. MANUEL MOREIRA NUNES

EQUIPA

Há um ano constituída como empresa unipessoal, a confeção do Vale do Sousa está sob a direção de um empresário que acredita nas premissas de que “O patrão deve estar presente” e “a qualidade acima de tudo”. A tendência de crescimento do setor têxtil é uma linha acompanhada pela confeção de Manuel Moreira Nunes, um empresário que começou por trabalhar no setor do mobiliário e que, há oito anos, decidiu mudar de ramo. Sendo a indústria têxtil, em Portugal, uma ocupação com considerável destaque, nela sobressai a empresa de Manuel Nunes, um homem habituado ao trabalho e às exigências de diferentes setores de produção, que conhece o mercado e o atual contexto económico. A capacidade de resistência e adaptação aos novos contextos e constantes mutações do setor, dentro e fora do país, é uma característica que demarca a Manuel Moreira Nunes Confecções Unipessoal, Lda. Nesta entidade, laboram 20 costureiras, modelistas e cortadoras qualificadas, uma equipa de profissionais que Manuel Nunes considera família. “A minha equipa de trabalho eu considero uma família; sou patrão e colega”. Uma relação de proximidade e confiança entre trabalhadoras e patrão que tem como resultado a qualidade do produto final. Nas suas instalações dá-se a produção de peças têxteis por encomenda para marcas do grupo Inditex, Carolina Herrera e Lanidor. Assim, este é um modelo de confeção que fabrica

Rua de S.Cosme, 323 | 4580-287 Besteiros - Paredes 255 776 748 | 964 882 270 confecoesmj@hotmaill.com

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“peças elaboradas e bem pagas” como resposta às exigências dos clientes pautados pela qualidade que procuram. Clientes de renome que, tal como Manuel Nunes, se distinguem pela urgência por um produto distinto. A confeção de Paredes é solicitada por notáveis clientes, não apenas, pela qualidade do produto que vende, como também, pela capacidade que tem em entregar o material, pelo seu cliente requisitado, nos prazos estipulados e de forma eficaz. O empresário de Paredes afirma que “nunca tenho quebra de trabalho”. O modelo de negócio de Manuel Moreira Nunes assenta na garantia da qualidade da produção, na forma destemida como encara o investimento e a inovação, na confiabilidade que deposita nos seus colaboradores, na flexibilidade e capacidade logística que denota e, finalmente, na rápida capacidade de resposta que aos seus clientes oferece. Um modelo que leva Manuel Nunes a prever uma forte entrada, em termos de produção, no mês de fevereiro deste ano e uma continuação dessa tendência ao longo de todo ano. A distinta carteira de clientes que foi concentrando no decorrer dos anos viabiliza a antecipação de um avultado volume de negócios para o ano de 2018.


“AQUI AS NOSSAS CRIANÇAS SÃO A NOSSA FAMÍLIA” Inserido na área do ensino privado, o Grande Colégio de Paredes é já uma referência no concelho de Paredes. Atualmente com turmas abertas até ao segundo ciclo, acolhe cerca de 150 alunos num espaço totalmente idealizado à sua medida. A juntar às disciplinas curriculares, a direção aposta ainda em atividades extra-curriculares ligadas ao desporto e às artes e distingue-se ainda pelo rigor na questão da alimentação. GRANDE COLÉGIO DE PAREDES

CRISTIANA VIEIRA

Inaugurado em 2007, e nascido de um sonho do ciclista português Cândido Barbosa, o colégio, batizado, primeiramente, como “Na Quintinha do Cândido”, começou apenas com berçário e jardim de infância, tendo trilhado um percurso de crescimento até aos dias de hoje. “O sonho começou com o berçário e jardim de infância e foi crescendo, tornando-se obrigatório o alargamento para a idade escolar. Aí passamos para o segundo edifício, agregando as duas valências e indo até aos 10 anos, ou seja, o fim do 1º ciclo. Este ano, pela primeira vez, abrimos o 2º ciclo. Quando começamos, a primeira turma abriu com seis crianças e é preciso recordar que em 2007 ainda estávamos na fase embrionária do ensino privado e os pais não tinham qualquer tipo de referência nossa. Neste momento crescemos e temos 155 alunos”, afirma Cristiana Vieira, diretora do estabelecimento. Tendo o colégio uma aposta forte na relação de proximidade com todos os alunos e as suas famílias, Cristiana Vieira explica que

todos são conhecidos pelo primeiro nome, convivendo em espaços idealizados para o seu bem estar: “Aqui as nossas crianças são a nossa família. Eles são os nossos meninos, num espaço idealizado à sua medida, com todos os pormenores pensados para eles. Conhecemos todos os pais, conhecemos todos os nossos alunos pelo primeiro nome, conhecemos os gostos de todos, as horas de dormir de cada um. Tentamos tornar o colégio numa segunda casa”, salienta. Para além das atividades curriculares habituais e obrigatórias para cada ciclo de ensino, o Grande Colégio de Paredes tem ainda à disposição dos alunos várias atividades extra-curriculares, que abrangem desde o desporto até às artes, introduzidas este ano letivo. “Nós temos, este ano pela primeira vez, o alemão, desde o 1º ano. No entanto, desde o um ano de idade temos o ioga e o

inglês e o futsal, a patinagem, o xadrez e a natação desde os 3 anos e estamos sempre à procura de novos desafios. Este ano vamos já avançar com a oficina das artes, que introduzimos depois de perceber que havia uma lacuna nessa área no currículo.

Rua Cândido Barbosa, nº110 4580-592 Mouriz, Paredes

Estamos a desenvolver um projeto com a Fundação de Serralves, que irá culminar com a edição de um livro com o trabalho dos nossos meninos”, explica Cristiana Vieira.

Também a alimentação é um aspeto valorizado pela direção, que aposta em produtos frescos e saudáveis. “A alimentação é uma preocupação muito grande. É tudo fresco e entregue no dia, temos a preocupação de usar produtos biológicos, não temos fritos e estamos agora a introduzir a alimentação vegetariana”, acrescenta a diretora. Praticamente no início do segundo período, a altura ainda não é de balanços do ano letivo, mas é já de algumas certezas em relação ao que aí vem. “Este ano escolar está a ser um desafio, um ano de ajustes, pelo começo do 2º ciclo. Para o ano há certas vertentes que vamos considerar curriculares, uma vez que o ministério nos dá alguma autonomia nessas escolhas. Para quem não nos conhece, temos sempre as portas abertas. O nosso espaço é único, somos uma instituição sólida com uma equipa fantástica.”, conclui Cristiana Vieira.

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PROMOVENDO A ARTE DO ‘SABER FAZER’ António Augusto da Costa Almeida fundou, há 38 anos, a APA Mobiliário em Rebordosa, Paredes. Uma empresa de cariz familiar que se dedica à criação e produção de mobiliário para toda a casa, restauração, hotelaria e geriatria, que prima pela qualidade dos produtos que desenvolve. Os movéis são fabricados e montados de acordo com as melhores práticas do mercado, respeitando os valores tradicionais da marcenaria, por profissionais dedicados que fazem uso do conhecimento e know-how adquiridos ao longo do tempo para deste modo garantir a satisfação do cliente. Atualmente, encontra-se em fase de modernização e reestruturação. Neste seguimento, estivemos à conversa com o fundador da empresa e com o seu gestor, Hugo Silva, por forma a percebermos que mudanças estão a ser implementadas. APA MOBILIÁRIO clusivo, à sua comercialização. No entanto, cedo percebeu que não era esse o caminho a seguir. Em linha com o processo de reestruturação em curso, foi integrado um novo membro na equipa de gestão desta entidade, Hugo Silva gestor de profissão: “É muito bom tê-lo aqui porque era uma área onde eu estava desamparado. Precisava de António Almeida começou a trabalhar na indústria do mobiliário aos 14 anos. “Só fiz disto na vida”, confidenciou no início da conversa com a nossa revista. Mais tarde, em 1980, fundou, com a ajuda dos pais, a empresa com o mesmo nome que ainda hoje detém: “Começámos por desenvolver modelos, na altura inovadores, e por vezes em noites de pouco sono”, contou. De facto, o nosso entrevistado orgulha-se de ter mobilado a casa de centenas de pessoas “de norte a sul do país. A minha principal publicidade ao longo dos anos foi o passa-a-palavra. Nós distinguimo-nos pela qualidade do que fazemos e eu sei bem o que é a qualidade. Por vezes são-nos propostos determinados materiais que eu sou obrigado a recusar por não terem as propriedades que pretendo. Nunca comprometo o resultado final das nossas peças”, garantiu o artista que vê, atualmente, os seus dois filhos: Gil Almeida e João Almeida, seguirem os seus passos na arte do mobiliário. Com a crise dos últimos anos, que afetou duramente o setor mobiliário, a gerência da APA Mobiliário ponderou abandonar o fabrico de móveis, dedicando-se, em ex-

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alguém que percebesse da parte da gestão. Tendo-o encarregue dessa parte, posso concentrar-me por inteiro na parte do fabrico”, constatou António de Almeida. 2018, o ano da reestruturação “Estou a tentar dar uma visão diferente à empresa, aproveitando, claro, o know-how que está inerente a 38 anos de existência no mercado”, começou por explicar o mais recente gestor da APA Mobiliário, Hugo Silva. Assim, para além de nova imagem, esta empresa apostará na modernização das suas instalações e maquinaria, tendo por objetivo tornar a empresa mais ‘clean’ e atrativa a um novo leque de clientes nacionais e internacionais: os que não se importam de pagar o valor justo por uma peça de mobiliário com extrema qualidade, de valor

acrescentado. O desenvolvimento de coleções próprias também é um dos objetivos que estão em cima da mesa. “Nós queremos promover o ‘saber fazer’ com a ambição de nos tornarmos uma referência na arte da marcenaria. Não se trata apenas de mais um móvel, mas de um objeto com personalidade, com história própria que o torna único, ‘de autor’. E é isso que pretendemos que seja o nosso caminho daqui em diante”, assumiu Hugo Silva, ao mesmo tempo que nos dava conta de um dos seus principais constrangimentos: a falta de mão-de-obra para desenvolver esta atividade profissional. “Não há quem queira aprender esta arte”, lamentou o gestor da empresa onde grande parte da sua produção é exportada para países como França e Espanha.


CARLOS SIMÕES, LDA

DEDICAÇÃO E PROFISSIONALISMO Carlos Simões LDA aposta assim numa melhoria contínua dos processos de forma a garantir a satisfação dos seus Clientes, geradora de relações de confiança cada vez mais fortes, alicerçados na crescente qualidade, no rigor e profissionalismo do seu trabalho. No futuro, a par do que acontece hoje, a dedicação e profissionalismo encontram-se centradas no incremento do espírito de equipa, na formação técnica e na utilização de equipamentos e produtos modernos que, em conjunto, sejam capazes de responder com eficácia às necessidades dos Clientes, permitindo a prestação de um serviço de excelência.

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MISTÉRIOS DA PÁSCOA EM IDANHA CICLO QUARESMAL E PASCAL 2018

Agenda disponível em: http://www.cm-idanhanova.pt/

IDANHA-A-NOVA TERRITÓRIO UNESCO


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