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pENÚlTIMa palavra

Foto: Vera Lúcia Mendes Lenzi

Prazer, sou professora!

por Rafaela Zang Mesquita

Ser professor é, sem dúvida, uma das profissões mais difíceis que conheço. Exige características às vezes um tanto esquecidas por alguns, como paciência, flexibilidade, atenção, tolerância e uma boa dose de amor. É poder passar por essa experiência a cada 50 minutos em um universo repleto de pessoas diferentes. Lecionar exige esforço, dedicação e motivação, além de conhecimento. Ensinar em um país no qual a educação talvez não seja a questão primordial requer ainda muito mais.

Certa vez, perguntaram-me se tinha algum prazer em ser professora. Não demorei muito a responder que sim, que me orgulhava (e me orgulho) muito. Sou professora de Língua Inglesa há 17 anos, passando pela escola estadual, municipal, particular e instituto de idiomas. Sim, tenho prazer em dizer que sou professora e que fiz, faço e certamente farei parte da vida de muitas pessoas.

Ser educador é ser figura imprescindível na vida de vários alguéns. É uma oportunidade diária de conhecer a si mesmo e (tentar) descobrir o que se passa no olhar de cada um. É encantador poder fazer parte da construção do conhecimento e poder contribuir para a formação pessoal e intelectual de tantos que um dia serão médicos, enfermeiros, pedreiros, filósofos e, por que não, professores.

Muitos dizem que as tecnologias vieram para substituir tudo e todos. Um professor? Não acredito, pelo contrário. O professor ainda é aquele que media processos, transformando informação em conhecimento. A máquina dá-nos a informação e é mais do que necessária, mas ainda está longe de tomar o papel de qualquer mestre. Aquele que hoje consegue utilizar tecnologia com conhecimento tem vantagens, pois nossos estudantes são, sim, conectados, e não podemos viver em ilhas cujo lema é “no meu tempo não era assim”. Os tempos mudaram, as condições talvez, mas o papel do professor permanece inconfundível.

Construí minha caminhada com exemplos bons e trabalho árduo. Houve empecilhos, mas nada que atrapalhasse a vontade e a paixão pelo aprender. Salário melhor? Todos gostariam. Necessário? Diria justo. Aquele “muito obrigado” após a aula ou até mesmo depois de alguns anos não tem preço, como diz a propaganda. E não tem mesmo. É gratificante poder escutar: “Sim, tu foste muito importante na minha vida”. Às vezes, pensamos que talvez não tenhamos sido importantes. Deixamos algumas marcas, tanto boas como negativas, das quais precisamos aprender como não fazer e crescer como profissionais.

Sei que continuo com a satisfação da profissão no início de cada semestre, antes do primeiro dia de aula, quando ocorre o famoso friozinho na barriga. Perder tal sensação significa perder a vontade, perder o prazer, perder tudo. Questiono-me se nós professores temos noção do quão grande é a responsabilidade que carregamos conosco, pois professor não apenas transmite conteúdos, mas também dá exemplo, orienta, inspira, pesquisa, interage, diz não, desafia, caminha ao lado, estende a mão quantas vezes for necessário. Ser professor é papel inconfundível. N

RAFAELA ZANG MESQUITA é professora de Língua Inglesa e coordenadora pedagógica no Colégio Sinodal/Unidade Portão e reside em Novo Hamburgo (RS)

As Obras de Armínio

Jacó Arminio

A igreja evangélica brasileira em sua grande maioria, se identifica sua grande maioria, se identifica com a visão arminiana, porém, até a presente data, não havia em português toda a extensão do pensamento deste importante teólogo reformado acerca da Predestinação, Providência Divina, o livre-arbítrio, a Graça de Deus, A divindade do filho de Deus e a justificação do homem, entre diversos outros assuntos. Esta obra vem preencher esta importante lacuna. Por tudo isso, a CPAD tem a alegria de poder oferecer à igreja brasileira a oportunidade de conhecer e se aprofundar no pensamento contido nas obras de Armínio.

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