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testemuNhos

Foi num final de verão que ele e mais três outros homens caminharam pela primeira vez por aquela estrada lá atrás. e meu coração estava apertado dentro do peito. Fui até ele e fiquei parado diante dele em silêncio, desejando ser conEra noite; e ele ficou parado no final da pastagem.

Eu estava tocando flauta, e meu rebanho pastava ao meu redor. Quando ele parou, levantei e fui até ele. Fonte: KHALIL GIBRAN – autor do livro

Ele me perguntou: “Onde fica o “Jesus – Filho do Homem”, Editora Sinodal túmulo de Elias? Não é por aqui?”.

Respondi-lhe: “É ali, Mestre, embaixo daquele monte de pedras. Até hoje, todas as pessoas que passaram por aqui trouxeram uma pedra e colocaram lá em cima”.

Agradeceu-me pela informação e foi embora. Os seus amigos foram atrás dele.

Três dias depois, Gamaliel, que também era pastor de ovelhas, disseme que o homem que passara por aqui era um profeta da Judeia; mas eu não acreditei nele, mesmo que eu tenha passado muitas luas pensando nessas pessoas.

Veio a primavera, e Jesus passou novamente por aqui, mas dessa vez ele estava sozinho. Naquele dia, eu não estava tocando minha flauta; estava triste, pois havia perdido uma ovelha, solado. Ele olhou para mim e disse: “Não vai tocar flauta hoje? E por que essa tristeza em seus olhos?”. Respondi-lhe: “Uma das minhas ovelhas se perdeu, Senhor. Procurei por toda parte e não a encontrei. Não sei o que fazer”. Ele ficou em silêncio por um momento. Depois, deu um sorriso e disse: “Espere aqui. Vou procurar a sua ovelha”. Foi embora e sumiu entre as montanhas. Depois de uma hora, ele voltou; a minha ovelha caminhava a seu lado. Quando ele estava diante de mim, vi que a minha ovelha olhava para seu rosto, assim como eu. E eu abracei a minha ovelha com muita alegria. Ele colocou a sua mão sobre o meu ombro e disse:

Um pastor de ovelhas no sul do Líbano “De hoje em diante, você amará essa ovelha mais do que as outras, pois estava perdida e foi encontrada”. Novamente abracei minha ovelha com alegria. Ela aconchegou-se a mim. Eu estava feliz e sem palavras. Quando ergui minha cabeça para agradecer a Jesus, vi-o caminhando já bem longe, mas não tive a coragem de segui-lo. N

Arte: Roberto Soares

Editora Sinodal 85 anos

por Rui Bender

Em 2012, a Editora Sinodal está completando 85 anos. Sua história começou em 1927, quando a diretoria do Sínodo Riograndense resolveu criar uma Central para Editoração e Distribuição de Impressos do Sínodo.

Mas seu alicerce fora lançado bem antes: em 1864, quando chegou a São Leopoldo o pastor Dr. Hermann Borchard, acompanhado de um colportor – atividade desconhecida hoje em dia. Tratava-se de um mascate de livros, pessoa que tinha a tarefa de oferecer literatura cristã de casa em casa.

Da atividade desse colportor surgiu o “depósito de livros”, chamado de “Synodal Bücher-Gesellschaft” (Sociedade Sinodal de Livros), na casa pastoral de São Leopoldo. Formalmente, a “Synodal Bücher-Gesellschaft” foi dissolvida em agosto de 1877. No mesmo mês, alguns pastores e professores fundaram a “Evangelische Buchhandlung” (Livraria Evangélica).

Em fins da década de 1880, a Livraria Evangélica foi totalmente assumida pelo pastor Wilhelm Rotermund e seus familiares, passando a chamar-se Livraria de W. Rotermund. Por longo tempo, a Rotermund foi produtora e revendedora de materiais para o mundo evangélico-luterano.

Quando a diretoria do Sínodo Riograndense criou, em 1927, a Central para Editoração e Distribuição, ocorreu uma mudança significativa. O nome passou a ser Centro de Impressos do Sínodo Riograndense.

Em 1954, esse Centro foi registrado com o nome de Editora Sinodal. Em 1960, o pastor Johannes Hasenack (80) assumiu a coordenação da Editora. Ele foi o diretor que mais tempo permaneceu à testa da editora até hoje. Foram 28 anos, quase três décadas do século passado. Dizia-se, naquela época, que Hasenack era “a alma da Editora Sinodal”, por causa da espiritualidade que ele imprimiu à editora.

Hoje, o pastor emérito, residente bem próximo à octogenária Editora Sinodal, lembra que aqueles foram “anos de sacrifício, realizações e frustrações”. Mas ele se orgulha de ter lançado vários autores em sua época. E acredita que o papel da Editora Sinodal então era estar a serviço das comunidades e da igreja como um todo e não tanto ser um empreendimento comercial. N

o papel da editora siNodal é estar a serViço das comuNidades e da igreJa.

por Tiago Sacht Jaske

Ser igreja jovem e viva – não é uma opção. É, antes de tudo, o cerne para o qual Cristo nos chamou. Igreja viva é a igreja em que Deus age; igreja jovem é aquela em que o ser humano responde à ação de Deus, agindo em

Ser jovem mesmo não sendo

JoVem pode ser coNceitual, mas também tem muito a coNtribuir.

direção ao próximo. Assim, comunidade jovem pode ser algo conceitual, como comunidade que se renova e age. Contudo, também podemos entendê-la concretamente, pois os jovens têm muito a contribuir na vida comunitária. Mais do que isso: a comunidade tem muito a contribuir para os jovens. >>