Diálogos Empresariais: Deusmar Queirós conta sua história de ousadia e inovação.

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Ano XI - nº 121 Junho 2016

CDL Fortaleza

Faculdade CDL Curso de Administração recebe conceito máximo do INEP/ MEC Expectativas do mercado Comércio avalia primeiros dias do governo Temer

Diálogos Empresariais Deusmar Queirós conta sua história de ousadia e inovação



Nesta Edição

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Diálogos Empresariais Sinônimo de ousadia, otimismo e inovação, Deusmar Queirós conta sua história.

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Faculdade CDL Curso de Administração recebe conceito máximo do INEP/MEC

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Inadimplência Cuidados na avaliação de crédito e cobrança eficiente minimizam perdas

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Empreededorismo CDL Jovem recebe fundador da marca Chilli Beans

ex pe ente di

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Financiamento Programa recupera imóveis privados no Centro de Fortaleza

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Varejo Grand Shopping Messejana será inaugurado em julho

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Governança Presidente Honório Pinheiro apresenta Novo Modelo aos dirigentes do Sistema CNDL Brasil

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Jornada Integração Juazeiro quer melhorias na estrutura do aeroporto

Comércio & Conjuntura é uma publicação on-line, editada e publicada pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Fortaleza no endereço eletrônico: cdlfor.com.br Presidente: Severino Ramalho Neto 1º Vice-presidente: Francisco Deusmar de Queirós 2º Vice-presidente: Pio Rodrigues Neto Superintendente: Antonio Carlos Rodrigues Gerente de Marketing: Silvia Freitas Execução e coordenação editorial: Nazacomm Jornalista responsável: Marise Pontes MTB 722 Diagramação: A R Neto Produção textual: Daniele de Andrade/Marise Pontes Correção ortográfica: Ana Luiza Martins Fotografia: André Lima Sugestões e comentários: silvia.freitas@cdlfor.com.br Missão da CDL de Fortaleza: Coordenar a integração e o desenvolvimento sustentável do comércio de Fortaleza, preservando os interesses coletivos, a responsabilidade socioambiental e os princípios do associativismo.

Rua 25 de Março, 882 – Centro – CEP 60060-120 – Fortaleza – CE – Fone: (85) 3464-5572 www.cdlfor.com.br

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Faculdade CDL acaba de conquistar a nota máxima do MEC - Ministério da Educação concedida para o seu curso de Administração. Passa desse modo, a ser reconhecida entre as melhores instituições de ensino superior do estado do Ceará. O registro vem nesta edição da revista Comércio & Conjuntura, que você pode ler digitalmente por aqui. Outro destaque é a participação do empresário Deusmar Queirós, fundador da Pague Menos, a maior rede de farmácias da América do Sul, que participou do projeto Diálogos Empresariais onde para um auditório superlotado, contou sua história de vida. Parte dessa história vem contada nesta edição. Recomendo ainda a análise conjuntural sobre os primeiros dias do governo interino de Michel 04

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Temer, com medidas econômicas de impacto que vem aqui comentadas por lideranças de nosso setor produtivo. Boa leitura, e parabéns por acessar nosso site. Queremos contar cada vez mais com sua participação.


CAPA Projeto Diálogos

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CAPA Projeto Diálogos

Francisco Deusmar de Queirós construiu passo a passo sua história de empreendedorismo. Aos oito anos de idade, veio morar em Fortaleza com a família. Trabalhou desde cedo na mercearia do pai sem nunca parar de estudar. Ingressou na faculdade, graduou-se em economia, foi professor e coordenador do mesmo curso, fez pós-graduações, trabalhou em grandes empresas, como a IBM, e foi convidado para montar a área de operações da Bolsa de Valores Regional. Com a habilidade de sonhar muito e a determinação de correr em busca da concretização desses sonhos, aos 30 anos Deusmar Queirós achou que estava preparado para empreender: abriu a Pax Corretora de Valores. E deu certo. O sucesso veio com a venda de cotas do Finor, um fundo que dava benefícios fiscais a empresas que investiam no Nordeste. No final da década de 70, Deusmar tinha 34 anos e seu primeiro milhão de dólares. Contudo, a vocação para o comércio, herdada do pai, fez o empresário optar pelo varejo de medicamentos. Em 19 de maio de 1981, Deusmar abriu a primeira Farmácia Pague Menos, em Fortaleza, que viria a ser a maior rede de farmácias do Brasil. Daí em diante, a veia inovadora de Deusmar não parou mais. Em 1988, a Farmácia Pague Menos foi a primeira rede de varejo do país a comercializar vales-transportes. No ano seguinte, com outra iniciativa ousada, a Pague Menos foi também pioneira no recebimento de contas de água, luz e telefone, descentralizando esta operação dos bancos e facilitando o acesso dos clientes a estes serviços. Um embrião do modelo de correspondente bancário que viria a ser copiado, 12 anos mais tarde, em todo o Brasil. Recentemente, em 31 de maio, Deusmar Queirós foi reeleito, por aclamação, para a presidência da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), entidade que congrega as 28 maiores redes do varejo farmacêutico nacional. Queirós já ocupou o posto no período de 2000 a 2002. Na agenda de trabalho à frente da entidade estão bandeiras de luta, como a proposta de redução do ICMS dos medicamentos, dos atuais patamares de 17% a 20% para níveis semelhantes aos cobrados para os itens da cesta básica (7%) e a criação do vale-medicamento. “Esses pleitos precisam de alguém que tenha coragem para defendê-los”, afirma.

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Comércio & Conjuntura - No início de sua vida profissional, bem no começo, teve algum pulo do gato que fez você conquistar seu primeiro patrimônio? Quando cheguei em Fortaleza, vindo do interior, eu vendia laranja e banana. Não tive uma infância com muito dinheiro. Mas sempre tive o desejo de ser rico. Tem gente que tem vergonha de dizer que quer ser rico. Está na Bíblia: pedis e recebereis, então, quando eu brindo eu peço saúde, família unida e dinheiro. Se você quer dinheiro, peça. Agora, trabalhe muito para conseguir, não fique só brindando e pedindo. Não tenha vergonha de dizer que quer ser rico. Se você não fala, não mentaliza, fica difícil. Não é arrogância não. Eu gero 21 mil empregos, sou o maior contribuinte de vários estados. Não é errado nem ruim querer ser rico, Deus não nos fez para ser pobres. Se não tem dinheiro, dá um jeito. E 14,25% de juros ao mês, não é nada para pessoas com mais de 50 anos, que estão aqui e viram 14% de juros por semana! Se você não consegue montar um negócio que renda de 3% a 4% ao mês e pagar 1,5% para o banqueiro, não se estabeleça, porque nós vivemos isso todo dia. Em 1989 era 3% ao dia, 90% ao mês, então o comerciante deixa de ter medo. Pede dinheiro emprestado, bota um negócio bacana e vai ganhar dinheiro, com dinheiro dos outros de preferência. Não tem mal nenhum em se endividar.

CC - Você é adepto da filosofia “É o olho do dono que engorda o gado”? Não, nesse momento não dá. Nós temos 878 lojas, 70 em construção e estamos em mais de 330 cidades. Não dá para ser o olho do dono em todo local. O dono olha alguns números, mas, se você não delega, você não vai sair do canto. Você tem que acreditar na sua equipe, nas pessoas. Eu acho que o grande sucesso da Pague Menos chama-se “gente”. Nós temos gente preparada para atender bem, preparada e motivada, para fazer um varejo de primeiro nível, num segmento muito importante que é saúde, higiene e beleza. Só no ano passado foram 298 mil horas de treinamento. Não tem segredo: você pode ter a melhor e a mais bonita loja. Se não tem seres humanos atendendo seres humanos, você não conseguirá ter sucesso.

CC - Como foi a introdução dos seus filhos na Pague Menos? Com relação aos filhos, eu hoje seria preso por trabalho infantil por-

que, com 10 anos, a metade das férias deles era na Pague Menos carregando caixa. Eu acho importantíssimo! Estou tentando que meus filhos não deixem acontecer aquela história de pai rico, filho nobre, neto pobre. Temos que ter cuidado para educar direito os nossos filhos. É preciso colocar a riqueza a favor da educação dos filhos. Nós estamos tentando. Meu neto mais velho já prestou vestibular e passou. Já foi caixa e agora foi promovido para o balcão. E todos vão passar por isso, se depender do meu conselho. Todos vão ralar muito, até para valorizar o que têm. E eu aconselho que todos façam isso. CC - Existe um livro chamado Socorro! Tenho um sócio. do Prof. Marins. Um de seus principais sócios é o seu cunhado. Você recomenda a um jovem empreendedor procurar um sócio ou ele deve seguir sozinho e devagar até chegar lá? Eu recomendo você a ir em busca de seu sonho. Acabamos de vender 17% da Pague Menos para um grupo americano. Não é que eu seja assustado, é que eu me antecipo e não deixo as coisas acontecerem. Sabíamos que 2016 e 2017 seriam muito difíceis. Embora mude o governo, na hora em que vemos um ministro aprovar o aumento salarial do judiciário, ele demonstra que não está nem um pouco preocupado com o que está acontecendo no país. Falo sobre

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CAPA Projeto Diálogos o aumento de 52 bilhões que vai refletir no orçamento. É importante, nesse momento, ter um caixa robusto. Aí você me pergunta: e não é melhor ter 100%? É muito melhor ter 83% com a perspectiva de que daqui a três anos estará valendo duzentos. Foi isso que fizemos. Temos um sócio americano que botou 600 milhões no caixa. E eu que já era atrevido quando era liso, imagina agora com 600 milhões no caixa. Eu já abria loja liso, agora é que estou abrindo mesmo. CC - Você sempre afirma que a Pague Menos tem o DNA da inovação. Então, qual a próxima inovação da Pague Menos? Estamos lançando um modelo

diferente de farmácia. Quando eu era menino não ia ao médico, eu ia ao farmacêutico. Hoje, o farmacêutico não tem condições de prestar nenhum serviço pois fica no balcão. Estamos lançando a Clinic Farma. Já estamos com, aproximadamente, 300 e, até o final de 2017, nós queremos colocar nas mil farmácias, um ambiente onde o farmacêutico, individualmente, vai fazer o atendimento. Ele vai ter um local com computador e vai cadastrar o cliente. Queremos ser protagonistas nas soluções em Saúde Pública do brasileiro. Nós queremos que a Pague Menos facilite o acesso à informação básica. Estamos treinando nossos farmacêuticos e editando manuais

sobre algumas doenças. Não queremos substituir o médico, mas o farmacêutico pode dar uma orientação sobre hipertensão, diabetes, colesterol, uso dos medicamentos. Tem gente que toma um remédio ao meio dia, que é prejudicial ao que ele tomou de manhã. Imunização, vacinas, porque não na farmácia? Existe uma série de atividades que podem ser feitas na farmácia. É importante que o farmacêutico passe a ser protagonista da saúde no Brasil, pois vai desafogar as agências do SUS. Tem coisa que você não precisa ir ao médico. E com a experiência do farmacêutico, ele pode dar uma orientação.


COMÉRCIO & MERCADO Faculdade CDL

Curso de Administração da Faculdade CDL recebe conceito máximo do INEP/MEC O curso de Administração de Empresas da Faculdade CDL foi reconhecido com conceito máximo após avaliação da comissão do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), órgão do Ministério da Educação (MEC), responsável por todo o sistema de avaliação de cursos superiores no País. A avaliação produz indicadores e um sistema de informações que subsidia tanto o processo de regulamentação, exercido pelo MEC, como garante transparência aos dos dados sobre qualidade da educação superior a toda sociedade. O processo de reconhecimento envolveu a avaliação das dimensões: Projeto Pedagógico, Corpo Docente e Infraestrutura Educacional. Para o Diretor Geral da Faculdade, Honório Pinheiro, o reconhecimento assegura o compromisso da instituição com o nível de excelência do curso e do papel da mesma no desenvolvimento dos segmentos de Comércio e Serviços.

A coordenadora do curso, Marília Marinho, reconhece a importância do processo de avaliação para o amadurecimento do curso de Administração, uma vez que valida o trabalho acadêmico realizado, fortalece a união entre toda a comunidade acadêmica e promove melhorias. Destaca ainda que esse sucesso está pautado na construção de um projeto único e sólido, que integra os alunos ao mundo empresarial, uma vez que é constante a presença de empresários na instituição.

Segundo Marília, a matriz curricular do curso foi muito elogiada por contemplar uma formação ampla e atualizada com o perfil do profissional e do mercado. “A infraestrutura em destaque foi a Loja Conceito – primeiro laboratório do Norte/Nordeste para

realização de atividades práticas do varejo – e o corpo docente destacou-se pelo compromisso, titulação e experiência de mercado”, afirmou.

Utilidade Pública Em 20 de abril de 2016, a Faculdade CDL foi reconhecida, pela Câmara Municipal de Fortaleza, como entidade de Utilidade Pública, segundo a Lei Nº 10.466, sancionada pelo prefeito Roberto Cláudio. A proposição foi feita pelo presidente da Câmara Municipal de Fortaleza, Salmito Filho. Segundo Salmito, a Faculdade CDL atua sem fins lucrativos e se destaca por atuações como o Banco de Empregos, serviços do Instituto CDL de Cultura e Responsabilidade Social, CDL Móvel, Circuitos Culturais pela valorização e divulgação do Centro, além de projetos como o Talento Jovem, quando os melhores alunos da escola pública recebem cursos e são indicados para empresas associadas à CDL.

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COMÉRCIO & MERCADO Crédito e Cobrança

Cuidados na avaliação de crédito e cobrança eficiente minimizam perdas com inadimplência Entre as ferramentas do SPC Brasil está o “Cobrança Balcão” onde a negociação da dívida pode ser feita na hora em que o consumidor faz a consulta ao SPC Na passagem de março para abril, aproximadamente meio milhão de brasileiros deixaram de pagar alguma conta e foram inscritos nos cadastros de restrição ao crédito, totalizando mais de 59,2 milhões de consumidores endividados em todo o país, ou 39,9% da população brasileira, com idade entre 18 e 95 anos.

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Por região, o Nordeste aparece com o maior número absoluto (15,7 milhões). Nesta região, o total de devedores em atraso vem crescendo há oito meses consecutivos e permanece 8,09% superior ao mesmo mês do ano passado, segundo levantamento feito em conjunto pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Bra-

sil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Segundo especialistas do SPC Brasil, a projeção aponta que mesmo com bancos e comerciantes restringindo a concessão de crédito, – fato que limita, em parte, o endividamento do consumidor – a inadimplên-


COMÉRCIO & MERCADO SPC Brasil cia deve continuar acelerando pelos próximos meses, em virtude da deterioração das condições macroeconômicas do país e do aumento da massa de desempregados. Esses números refletem um cenário de crise no qual o empresário do comércio precisa buscar ferramentas para lidar com a grande vilã do setor: a inadimplência, que embora seja inevitável, pode ser minimizada com alguns cuidados. A CDL de Fortaleza, por meio do SPC – Serviço de Proteção ao Crédito, tornou-se uma importante aliada do comércio na gestão do crédito e da cobrança, dois pilares básicos que auxiliam na redução dos índices de devedores. Em tempos de inadimplência alta, o foco das empresas concentra-se na palavra de ordem: cobrança. Contudo, a garantia de uma cobrança eficiente começa no primeiro passo da venda: a análise de crédito. “A cobrança gera uma boa liquidez, quando você tem um crédito bem concedido. A CDL, por meio do SPC Brasil, oferece um leque

de opções em produtos e serviços que possibilitam para a cobrança economia de tempo e de custos e resultam em um significativo aumento de lucratividade”, afirmou Daniel Gualter, gerente de Cobrança da CDL de Fortaleza.

Além da redução nos custos, o varejista tem, ainda, a tranquilidade de voltar-se exclusivamente para suas vendas, foco principal do varejo, deixando com profissionais especializados a atividade da cobrança”

Para Daniel, a gestão de crédito e cobrança pressupõe uma ação coordenada da análise e liberação do crédito e uma eficiente recuperação de parcelas em atraso. Nesse sentido, o SPC Brasil possibilita a localização e a comunicação com clientes que apresentam dívidas em aberto de maneira mais prática e segura, com economia de tempo e custos em uma média de 50% de crescimento na recuperação de crédito. “Além da redução nos custos, o varejista tem, ainda, a tranquilidade de voltar-se exclusivamente para suas vendas, foco principal do varejo, deixando com profissionais especializados a atividade da cobrança,” acrescentou.

Ciclos A análise e avaliação de crédito fazem parte do Ciclo de Negócios trabalhado pelo SPC Brasil. O Ciclo é formado por quatro fases: Prospecção, Análise de Crédito, Gestão da Carteira e o Ciclo da Cobrança e Recuperação. Cada uma dessas fases conta com ferramentas inteligentes que podem ser customizadas para se adequarem à realidade do varejista. Enquanto a Prospecção dirige-se para a conquista de novos

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COMÉRCIO & MERCADO SPC Brasil clientes, por meio de cadastro, localização e identificação de potenciais clientes, a Análise de Crédito avalia consumidores com base em critérios objetivos e a Gestão da Carteira conhece e avalia o risco de crédito das carteiras de clientes. A Cobrança e Recuperação, itens finais

Na fase final, nas etapas da Cobrança e Recuperação, o serviço de “Registro + Aviso de Notificação” possibilita a localização e comunicação com clientes sobre as dívidas em aberto de maneira mais prática e segura. O gerente de Negócios e Relacionamento, Victor Pimentel, destaca a força do

A ideia foi aproveitar o fluxo mensal de cerca de 10 mil pessoas que se deslocam ao SPC para fazer consultas, e agilizar o processo de negociação e posterior recuperação da dívida. Segundo Victor Pimentel, no momento em que o consumidor faz a consulta no balcão

do Ciclo, objetivam recuperar dívidas de forma rápida e ao menor custo. Segundo Alexsandro Fernandes Pinheiro, supervisor de SPC da CDL de Fortaleza, na fase da Análise de Crédito, a ferramenta Score de Crédito prevê, com base em informações estatísticas, a probabilidade de inadimplência de clientes, tanto na concessão quanto na manutenção do crédito, embasando a definição da política creditícia do lojista. No Ciclo da Gestão da Carteira, o SPC Brasil oferece o monitoramento contínuo da base de cliente, acompanhando o comportamento em crédito, de clientes pessoas físicas e pessoas jurídicas. “No momento em que o crédito é concedido nós inserimos os dados do cliente na ferramenta que monitora e sinaliza todo tipo de movimentação, alteração de cadastro etc”, explica.

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nome SPC nessa modalidade de cobrança: “Temos um percentual de 37% de recuperação somente pelo efeito “Carta do SPC” devido ao peso do nome do SPC Brasil”, informou.

Balcão A fase da Cobrança também dispõe de uma ferramenta de Score: o SPC Collection Score, que auxilia a empresa a detectar em seus clientes, a possibilidade de se tornarem novamente adimplentes por meio de uma porcentagem desenvolvida por modelagens estatísticas. Mas, a grande novidade do SPC Brasil é o projeto chamado “Cobrança Balcão”, que desde janeiro de 2016 está em funcionamento na sede da CDL de Fortaleza.

do SPC e constata o débito com uma empresa associada à CDL e participante do projeto, a negociação é feita na hora. “Já chamamos o cliente disposto a negociar e pagar o débito e lhe oferecemos a facilidade de já sair daqui programado para fazer a quitação, por meio de mais esse mecanismo de recuperação”, afirmou

No momento em que constatamos o débito, a negociação pode ser feita na hora”


COMÉRCIO & MERCADO CDL Jovem

No mês de maio a CDL Jovem recebeu em seu ciclo de palestras o empresário Caito Maia, fundador da Chilli Beans, a maior marca de óculos e acessórios da América Latina. Em sua segunda visita à CDL Jovem de Fortaleza – a primeira foi em 2008 –, Caito Maia falou para um auditório lotado não só sobre comercialização dos óculos da marca, mas sobre uma gama de produtos que vai da guitarra à moda de vestuário.

sicas pra engajar seus clientes e colaboradores, como promover momentos de interatividade com todos, tornando-os verdadeiros fãs da marca.

Com a diversificação, a Chilli Beans agora terá as redes de óticas como suas aliadas e pontos de venda para comercializar suas armações. Já são mais de 700 lojas em mais de 10 países, 10 lançamentos de óculos por semana, giro total da mercadoria a cada duas semanas e sete mil funcionários.

O empresário falou também sobre o plano de expansão da sua marca, além da parceria que firmou com o grupo AMC Têxtil, que controla labels como Colcci, Fórum, Tufi Duek e Coca-Cola Jeans e viabilizará a estreia da Chilli no segmento do vestuário, projeto em que Caito Maia investiu R$2,5 milhões.

Caito afirma que faz coisas bá-

Em relação à perspectiva de mercado e à expansão da mar-

ca, Caito exaltou que as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste são as mais promissoras e que, em 2016, a estimativa é de inaugurar mais 100 pontos de venda, como em 2015. A empresa é conhecida por inovar e, principalmente, lançar campanhas e coleções segmentadas, que apostam na exclusividade. Confira o que aconteceu na entidade: 26/04: História de Sucesso e Internalização – Rede de Restaurantes Côco Bambu com Afrânio Barreira, sócio

majoritário; 04/05: Trajetória de Sucesso do vocalista Xand, da Banda Aviões do Forró; 10/05: Grandes Nomes – Chilli Beans com Caito Maia, fundador da marca; 17/05: Com a Palavra – Você Pode Vender Mais se Estiver online: redes sociais com Mariana Marques, Portal Vós.

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COMÉRCIO & MERCADO Conjuntura

Comércio avalia primeiros dias do governo Temer No primeiro mês do governo Michel Temer, representantes do segmento do comércio ainda são cautelosos quanto à atuação do novo presidente para deter a crise econômica que atinge o país, embora acenem com pontos positivos que podem significar uma melhora nas expectativas para o segundo semestre de 2016. Logo após a divulgação das primeiras medidas do atual governo, o Ministério da Fazenda afirmou em nota que, apesar da intensa recessão, as iniciativas lançadas pelo governo devem levar ao processo de recuperação da economia. No compasso

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da espera, os empresários do comércio também se preocupam com a possibilidade de cortes significativos em investimentos nos projetos estruturantes do estado, a exemplo da Transposição do Rio São Francisco, da Ferrovia Transnordestina, entre outros.

pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), que passou de 37,92 pontos em abril para 42,19 pontos no mês passado. Em maio de 2015, o indicador apontava 36,65 pontos.

Nesse contexto, as ainda discretas boas notícias chegam com a divulgação de índices que sinalizam uma leve tendência à recuperação, ou pelo menos um aceno de esperança em meio a prognósticos sombrios.

Nesse início de governo, a Revista Comércio & Conjuntura perguntou às lideranças do comércio, qual a opinião sobre as primeiras medidas implantadas, quais as expectativas para o segundo semestre de 2016 e sobre a situação do Ceará, agora chefiado por um governador de oposição, com relação aos investimentos públicos.

Um desses índices é o Indicador de Confiança da Micro e Pequena Empresa (ICMPE), calculado


Severino Neto, presidente da CDL de Fortaleza A atividade do varejo é movida à confiança. Seja do consumidor, seja do empresariado e esta confiança estava muito em baixa, mas, agora, começamos a ver uma pequena reação. Mesmo discreto, esse crescimento é o primeiro registrado em quase dois anos, o que nos faz voltar a ter esperança. Também o fato das propostas iniciais terem passado pelo Congresso, o que não víamos acontecer há muito tempo, já demonstra que o Brasil volta a ter governo e, com isso, voltamos a ter esperança na economia. Com relação à corte nos projetos do Ceará, confio no trabalho dos senadores cearenses para evitar que o estado seja prejudicado.

Cid Alves, presidente do Sindilojas As medidas iniciais do novo governo mostram visível cautela e moderação em relação às profundas e necessárias reformas que qualquer administrador deve adotar num cenário de completo descontrole econômico em que o país se encontra. As expectativas são positivas quando temos um economista à frente da pasta da economia e um reconhecido administrador comandando a principal empresa do Brasil: Henrique Meirelles e Pedro Parente, respectivamente. Acredito que o Ceará , infelizmente, também sentirá as consequências dos desmandos com a máquina pública.

João Carlos Paes Mendonça (Grupo JCPM) Infelizmente, o País chegou a um nível de desequilíbrio que exige medidas bem severas de gestão. “Estabelecimento de teto de gasto público é o mínimo que o Governo deve fazer. Com relação às medidas, ainda é cedo para avaliar porque ele praticamente não evoluiu em grandes mudanças. No entanto, escolheu uma equipe econômica capaz de elaborar ações que podem surtir mais efeito no futuro próximo. Com relação ao que virá de agora em diante acreditamos na recuperação econômica do País. Temos potencial para isso.

Jamila Araújo, presidente da CDL Jovem Como todos os brasileiros, nós queríamos a mudança, e, de fato, ainda estamos esperando por essas mudanças que o Temer anunciou. Acredito que as medidas de contenção dos gastos públicos são essenciais, pois de fato, precisamos reduzir esses gastos, mas, elas não são suficientes. Infelizmente, o que observamos é que o déficit brasileiro é realmente muito alto e a gente acaba se conformando com a perspectiva de implantação de impostos de forma temporária, desde que seja realmente temporário. Temos esperança, mas, também, estamos receosos com relação ao segundo semestre do ano.

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COMÉRCIO & MERCADO Financiamento

Edital de Seleção para Recuperação de Imóveis Privados financiará

obras no Centro de Fortaleza

Programa disponibilizará crédito sem juros com prazo de pagamento que varia de 10 a 15 anos

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A Secretaria Municipal da Cultura abriu Edital de Seleção para Recuperação de Imóveis Privados. O Programa tem por objetivos a reforma ou restauro de edificações do Centro de Fortaleza e a viabilização de geração de renda, a partir da adaptação física dos imóveis para o comércio. Não há definição prévia dos valores a serem solicitados. Todavia, o comprometimento máximo da renda bruta comprovada do proponente deverá ser de até 20%.

O Edital completo, contendo as regras para participação e seleção, assim como o formulário para Apresentação de Proposta, pode ser consultado e retirado pelos interessados até o dia 5 de julho de 2016, das 9h às 16h30min, na sede da Secultfor (Rua Pereira Filgueiras, 4 – Centro) ou acessado pelo site www. fortaleza.ce.gov.br/cultura. A abertura das propostas será realizada em sessão pública, às 10h do dia 8 de julho de 2016, no mesmo endereço.

O Edital é uma realização da Prefeitura de Fortaleza, por meio da Secretaria Municipal da Cultura, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e do Banco do Nordeste, com apoio da CDL de Fortaleza.

São elegíveis imóveis de propriedade ou em uso de pessoas físicas ou jurídicas, situados na área do Centro de Fortaleza, localizados na poligonal delimitada entre as Avenidas Dom Manuel, Duque de Caxias, Imperador e Senador

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Jaguaribe. Uma das vantagens do programa é a linha de financiamento sem juros, com prazo de pagamento de 15 anos para estabelecimentos residenciais e 10 anos para comerciais. O financiamento será restituído integralmente em favor do Fundo Municipal de Cultura de Fortaleza, instituído pela Lei Municipal nº 9.904, de 10/04/2012. O Fundo Municipal de Cultura será o credor dos financiamentos, ficando a Secretaria Municipal da Cultura responsável pela administração da inadimplência dos financiamentos, caso haja, cabendo ao Município, após o encerramento das obrigações da Instituição Financeira contratada, executar, quando necessário, as garantias e as dívidas.


Entre os itens que poderão ser financiados estão: I - Recuperação de fachadas e coberturas, incluindo, sempre que necessário, a demolição de acréscimos ou reconstrução de partes anteriormente demolidas, que tenham descaracterizado a edificação; II - Estabilização ou consolidação estrutural da edificação; III - Instalações elétricas, hidrossanitárias e de prevenção contra incêndio; IV - Serviços para atendimento das normas e da legislação sanitária brasileira quanto à insolação; V - Ventilação e instalações sanitárias; VI - Serviços para atendimento das

normas e da legislação brasileira quanto à acessibilidade; VII - Recuperação de pisos, forros e revestimentos de paredes; VIII - Recuperação de bens integrados ao imóvel objeto da recuperação, com valor cultural; IX - Elaboração dos projetos de arquitetura, engenharia e de restauração; X - Confecção das placas de obras conforme orientações constantes em anexo ao Edital; XI - Custos cartoriais para o registro do contrato e hipoteca, nas hipóteses de utilização de garantia hipotecária;

XII - Interessados em obter o financiamento com renda familiar mensal inferior ou igual a três salários mínimos poderão financiar também obras de reforma no interior da edificação para adequação do imóvel à geração de renda; XIII - Ruínas: poderão ter financiada a execução de toda a estrutura, paredes de vedação, esquadrias, instalações elétricas e hidrossanitárias, de forma a viabilizar seu uso. Acesse edital na íntegra: www. fortaleza.ce.gov.br/cultura

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COMÉRCIO & MERCADO Empreendimento

Grand Shopping Messejana será inaugurado em julho A zona sul de Fortaleza contará, a partir de julho, com um novo espaço para compras e lazer: o Grand Shopping, localizado em Messejana, fruto da parceria entre a Simpex Incorporações e o Grupo Redefone. O empreendimento, orçado em R$ 100 milhões, tem a expectativa de receber entre 15 e 20 mil pessoas por dia, atingindo a marca de 600 mil visitas mensais. Segundo Valmir Costa Júnior, superintendente do Grand Shopping, serão seis andares (sendo dois subsolos), 182 lojas (sendo cinco âncoras e seis megalojas), praça de alimentação com capacidade para mais de 600 pessoas e 18 opções entre restaurantes e fastfoods. De acordo com estudo de mercado realizado pela empresa Gismarket para a instalação do empreendimento, o shopping fomentará ainda mais o consu-

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mo, cuja perspectiva na região onde será instalado é de R$ 2,4 bilhões anuais, além de gerar emprego aos moradores de Messejana e entorno. “Com o Grand Shopping funcionando devemos chegar à oferta de mais de 2.000 empregos no total, “ informou Valmir Costa Júnior.

Dentre as lojas confirmadas, estão as âncoras Renner e Americanas e as franquias de O Boticário, Couro Fino, Oh My Dog, Cacau Show, Zenir, Óticas Carol, Pague Menos e Iap! Cosméticos. “Nossa expectativa é de que o Grand Shopping seja um destaque no comércio varejista da Região Sul. Para isso, estamos buscando parcerias com grandes lojas e investindo na variedade de serviços e opções de lazer”, completa Valmir. Segundo o superintendente do Grand Shopping, a decisão de investir em um empreendimento

de grande porte no momento difícil que passa a economia brasileira foi o resultado de um planejamento e da identificação de uma grande oportunidade. “Hoje não temos margem para erros, com isso estudamos cada detalhe das necessidades da região e vimos uma grande oportunidade para um empreendimento como o nosso. Um equipamento que vai fomentar ainda o consumo não só na região, mas em toda a capital, além de gerar emprego e renda”, acrescentou. Números do Grand Shopping: Área total do terreno: 13.231,33m² Área total construída: 41.000m² Área bruta locável (ABL): 14.050m² + 6.000m² de expansão 182 lojas, sendo 5 lojas-âncoras e 6 megalojas 4 andares comerciais 18 lojas na praça de alimentação 5 salas de cinema, sendo 2 em 3D 10 pistas de boliche profissional 1 game center 970 vagas de estacionamento, 2 subsolos


COMÉRCIO & MERCADO CNDL

Presidente Honório Pinheiro apresenta Novo Modelo de Governança aos dirigentes do Sistema CNDL pelo Brasil A unificação de demandas e ações do Novo Modelo de Governança do Sistema CNDL tem sido apresentada aos dirigentes das FCDLs e CDLs pelo presidente da CNDL, Honório Pinheiro, em todas as regiões do Brasil. Recife (PE), Vitória (ES), Salvador (BA), São Luís (MA), Florianópolis (SC), Porto alegre (RS), Belo Horizonte (MG), Cuiabá (MT), Rio de Janeiro (RJ), Manaus (AM), Brasília (DF) e Goiânia (GO) conheceram mais de perto a proposta do Novo Modelo entre os meses de março e maio. Honório Pinheiro expôs a agenda positiva de trabalho e colheu sugestões para melhorias da proposta, fruto da parceria com a KPMG, Fundação Dom Cabral

e das premissas levantadas com os dirigentes do Sistema CNDL. A KPMG pesquisou entidades no Brasil e diagnosticou que o modelo atual tem altos riscos operacionais e financeiros para o Sistema CNDL, além de grande insegurança jurídica com riscos de perda e isenção tributária. Para o professor da Fundação Dom Cabral, Valdemar Barros, o atual modelo é fusionado, ou seja, mistura associativismo com prestação de serviços. “A nova solução passa a se configurar como diferenciada, cujos componentes ‘representatividade e serviços’ destravam as limitações e potencializam o associativismo como instrumento de rede e

oferta de serviços”, explica. Por onde passou, Honório Pinheiro pediu a mobilização de todos para aprovar a proposta. “As lideranças devem apropriar-se do novo modelo, compreender os detalhes e sugerir melhorias. Esse projeto não é da CNDL, nem do SPC Brasil, é do varejo brasileiro. É um modelo inclusivo, que não vai deixar fora nenhuma CDL do País. Traz as melhores práticas de governança e tem uma aderença absoluta sobre a instrumentação legal, pois o modelo atual está vencido”, enfatizou. Para saber mais sobre o Novo Modelo de Governança, acesse: www. cndl.org.br/novomodelo

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INDICADORES Economia

O CENÁRIO VAI VIRAR: SERÁ? Recentemente, foi divulgado pelo IBGE, uma queda no PIB brasileiro de 0,3% no primeiro trimestre de 2016. Paradoxalmente essa não é uma notícia ruim, já que a expectativa era de uma queda ainda maior. Esse foi o melhor resultado desde o quarto trimestre de 2014, quando o PIB cresceu 0,2%. De acordo com o IBGE, essa queda é explicada por diversos fatores: - piora dos indicadores de emprego e renda; - desaceleração das operações de crédito do sistema financeiro nacional para as pessoas físicas, de -2,1%; - aumento da taxa de juros Selic, que atingiu 14,3% ao ano, contra 12,1% no ano passado; - crescimento da inflação em 10% no primeiro trimestre de 2016, em comparação com o primeiro trimestre de 2015. Contudo, a expectativa expressa pela pesquisa FOCUS, realizada pelo Banco Central, é de que a taxa de juros caia ainda este ano

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para 12,88%. Com essa expectativa, é possível enxergar uma luz no fim do túnel, já que uma redução das taxas de juros sugere elevação do consumo e até do investimento. De fato, com o nível de desemprego evoluindo de 5%, em 2014, para mais de 8% em 2016, a demanda interna deixou de ser o grande gerador de estímulos para o investimento privado. Os estudos recentes do FMI, levando em conta a experiência empírica, dão destaque aos seguintes fatores com principais influenciadores dos investimentos: 1. Ambiente de negócios, incluindo as políticas públicas;

Tabela

2. A taxa de juros real obtida com aplicações alternativas ao investimento; 3. Acesso ao crédito para investimento; 4. O lucro esperado. Em síntese, o empresário vai decidir investir, observando a expectativa de crescimento da economia, o ambiente regulatório, a taxa de juros e a facilidade de obter crédito para o seu negócio. Vale ressaltar que boa parte dos investimentos que são estruturantes tem uma perspectiva de retorno no longo prazo. Se olharmos o desempenho da economia brasileira nos últimos 15 anos, podemos perceber o comportamento errático do crescimento econômico.

Fonte: MPOG, IBGE


Pelos dados da tabela , pode-se verificar que o crescimento, nos 13 anos compreendidos entre 2003 e 2015, variou de 4% positivo para 3,8% negativo, uma variação extremamente elevada ao olhar do investidor. Logo, o ambiente econômico oferece grande incerteza, desestimulando o empresário a assumir riscos. A taxa de juros real atual encontra-se elevada para a tomada de crédito para investir, criando uma condição adversa para o empresário que deseja expandir seus negócios. Nesse cenário, e com o aumento do desemprego, a expectativa de lucros futuros tende a cair, criando maiores incertezas quanto ao sucesso do empreendimento. Esses fatores explicam, claramente, a dificuldade de sair da crise recessiva e buscar uma nova curva de crescimento econômico. Diante de uma situação recessiva, onde a arrecadação tributária diminui em função da queda da produção, só resta ao governo conter os seus gastos, estancando o crescimento da dívida pública para reverter as expectativas negativas sobre o crescimento futuro da economia brasileira. Caso contrário, o governo ficará em uma situação do “cachorro que corre atrás do próprio rabo”.

O que é fato é que as expectativas já começam a mudar e para melhor. Vamos ver se elas se confirmam e, só assim, será possível fazer o cenário virar.

desaceleração significativa em relação a 2015. O melhor desempenho ocorreu nos segmentos de tecidos, vestuário e calçados, com queda de -0,2% e hipermercados e supermercados, com redução de -0,9%.

ANÁLISE DO SETOR DE COMÉRCIO Considerando a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do IBGE, o volume de vendas do varejo brasileiro, no mês de março de 2016, apresentou uma queda de -5,7% em relação ao mesmo mês do ano anterior, resultado que aprofunda as perdas no setor.

Os segmentos que apresentaram os piores desempenhos foram os de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, com -30,4%, e livros, jornais, revistas e papelaria, com queda de -21,4%.

No acumulado do trimestre, a queda já atingiu -7,0%, um desempenho bem inferior ao mesmo período de 2015, que foi positivo, de 0,4%. No acumulado dos últimos 12 meses, houve uma queda de -5,8%.

O empresário vai decidir investir, observando a expectativa de crescimento da economia, o ambiente regulatório, a taxa de juros e a facilidade de obter crédito para o seu negócio”.

O segmento de melhor desempenho foi o de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, com expansão de 2,0%. Os demais segmentos apresentaram resultados negativos. O pior desempenho ficou por conta do segmento de livros, jornais, revistas e papelaria, com queda de -16,2%. Com relação ao varejo cearense, o volume de vendas em março deste ano foi 4,5% menor que no ano passado. No primeiro trimestre a perda já acumula -6,1%, uma

DE OLHO NOS NÚMEROS

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COMÉRCIO & MERCADO FCDL

Jornada Integração chega à Região Sul Juazeiro do Norte faz parte do grupo de 42 cidades já visitadas pela caravana da Federação das CDLs do Ceará, nos últimos quatro meses. O projeto é comandado pelo presidente Freitas Cordeiro. Acompanhado de uma equipe técnica, o empresário deve percorrer ainda outros 39 municípios para catalogar as potencialidades econômicas e as principais demandas que o comércio de cada região tem em pauta. Segundo o lojista, se em Juazeiro do Norte o sucateamento da estrutura do aeroporto é visto como principal ameaça para os lojistas, em outras cidades é a falta de segurança que incomoda

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tanto comerciantes quanto consumidores. A demanda por segurança chegou ao conhecimento do Governador do Estado, Camilo Santana (PT), que determinou ao Secretário de Segurança Pública, Delci Teixeira, a instalação de câmeras de videomonitoramento em, pelo menos, dez municípios. Outras cidades, como Ipu e Ubajara, ainda aguardam sua inclusão no listão de cidades atendidas.

de reunião ao lado do presidente Freitas Cordeiro, as cidades que demonstram mais prosperidade e sucesso em sua economia são aquelas em que o poder público, a sociedade civil e o comércio caminham de mãos dadas. “É notório que nas cidades em que se trabalha com parcerias os resultados são melhores. Podemos citar Jaguaribe, Sobral e Iguatu como ‘cases’ de sucesso”, avalia.

Outras demandas testemunhadas com frequência nestes centros comerciais estão relacionadas ao ordenamento do trânsito, infraestrutura e fortalecimento do associativismo. Segundo a professora de Economia da Faculdade CDL, Flávia Chagas, que já percorreu 6.040km e encarou mais de 84h

Até novembro, a Jornada Integração espera passar por mais quatro regiões cearenses: Sertão Central, Inhamuns, Ibiapaba e a Região Metropolitana de Fortaleza. Até agora, o projeto já reuniu cerca de 3 mil participantes nas sedes das CDLs ou nos auditórios cedidos para a Federação.


ARTIGO Marcos Braun

MOTIVANDO

TODOS PARA O EBITDA Marcos Braun Consultor, Professor de MBA, Coach e Conferencista Nacional Contato: marcos@marcosbraun.com.br Facebook: consultormarcosbraun www.marcosbraun.com.br

Caro leitor, saber como preparar-se para o momento de instabilidade econômica pelo qual passamos é o primeiro passo não só para garantir a sobrevivência do seu negócio, como também largar na frente com toda força depois da crise. Não adianta entrar em desespero em razão dos sinais de desaquecimento da economia e queda nas vendas. Isso não vai resolver o problema. A única saída para as empresas é buscar proteção em tempos conturbados como os que estamos enfrentando e tentar opções para “organizar a casa” e voltar a crescer. Neste contexto, sugiro a sua reflexão e até motivação para o EBTIDA (em inglês Earnings Before Interest Rates, Taxes, Depreciation and Armotization). Ele é um termo importado dos balanços norte-americanos e aqui, no Brasil, pode ser traduzido por LAJIDA, ou seja, o lucro antes de juros, impostos, Depreciação e Amortização. Não vou aqui expor características técnicas do nome e de sua história, mas traduzir em aplicação prática para sua empresa neste momento instável da conjuntura econômica atual. Como é fácil deduzir, ele aponta a geração operacional de caixa da empresa, isto é, o quanto

a sua empresa gera de recursos apenas com a sua atividade, sem levar em consideração os efeitos financeiros e tributários. Atente bem, “o quanto a sua empresa gera de recursos apenas com a sua atividade”, ou seja, é o que envolve todos os componentes operacionais, compreendendo grande parte da receita auferida e das despesas incorridas. A meta do EBITDA, e agora precisa ser da SUA EMPRESA, é concentrar os esforços no fluxo operacional e na capacidade da empresa em gerar caixa. Neste período de instabilidade econômica, frequentemente acompanhado por um enxugamento de crédito, recomenda-se que a alta direção da empresa tome uma atitude bastante participativa e medidas-chave para mitigar riscos potenciais à geração de caixa, assim, evitando que a empresa passe a sofrer uma crise de liquidez. É importante gerar um senso de urgência em todos; assim, proponho aos gestores postar a frase “Nós amamos fluxo de caixa” na parede das principais áreas de operações da empresa e convocar as lideranças para discutir uma série de medidas que possam ser

tomadas para identificar e/ou eliminar riscos à geração de caixa. A seguir, sugiro algumas ações práticas a serem aplicadas. 1. Aumentar (e/ou fidelizar) receitas; 2. Diminuir prazos de recebimento; 3. Reduzir custos e despesas; 4. Aumentar prazos de pagamento; 5. Fazer uma análise da Curva ABC dos Estoques (utilize essa análise para eliminar SKUs obsoletos, por exemplo); 6. Fazer um inventário geral (um inventário atualizado vai proporcionar mais eficiência ao setor de Supply Chain/Suprimentos - evitar compras desnecessárias, identificar perdas etc.); 7. Ser eficiente na gestão de recebíveis; 8. Monitorar cuidadosamente as demonstrações financeiras; 9. Evitar uma crise de liquidez através de negociações antecipadas com credores; 10. Ter gente competente que ajude a ganhar e não a perder dinheiro faz toda a diferença neste momento. As possibilidades mencionadas acima não se esgotam, são apenas uma reflexão de pontos iniciais a serem tomados por sua empresa. Ah, e não esqueça da frase carinhosa: “Nós amamos fluxo de caixa”. Até a próxima!

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COMÉRCIO & MERCADO ALFE

ALFE discute beleza e negócios

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A Associação de Lojistas e Líderes Femininas –ALFE, promoveu no último mês de maio palestra com o cirurgião plástico Charles Yamaguchi, de São Paulo, que apresentou às associadas, várias técnicas de cirurgias plásticas e procedimentos para a melhoria facial.

Como pesquisador, desenvolveu técnicas menos agressivas nas áreas de lipoaspiração, rejuvenescimento fácil e tratamentos corporais, que resultaram no livro “Procedimentos Estéticos Minimamente Invasivos” já em seu terceiro volume.

Charles Yamaguchi é formado pela Universidade de São Paulo (USP), com especialização em Cirurgia Plástica, pelo Hospital das Clínicas da USP. É membro-titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e da Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia.

Além das técnicas de estética e de sua expertise na área, o médico também apresentou seu novo livro na área de negócios intitulado “Como Sair da Sua Crise Financeira”, que aborda a questão econômica atual e suas estruturas, sugerindo como saída para esse estágio o

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dimensionamento do problema, o corte de custos e o aumento na produtividade usando os dons naturais e a criatividade para transformar crise em oportunidade.

Novas Alfeanas Segundo a presidente da ALFE, Selma Cabral, também durante o mês de maio, a instituição ampliou o seu numero de sócias. “Recebemos novas alfeanas que vêm contribuir, também, com novas ideias e novas experiências, necessárias ao crescimento e sustentabilidade da instituição”, afirmou.


COMÉRCIO & MERCADO CDL na história

na História

Momento CDL

Registro do lançamento da Pedra Fundamental da sede da CDL, na Rua 25 de Março, 882 – Centro. A solenidade aconteceu dia 10 de julho de 1991, durante a gestão do então presidente Pio Rodrigues Neto. Na foto: Petrônio Andrade, Gervásio Pegado e Jehovah Damasceno.


DIÁLOGOS Nelson Gonçalves

Farinha pouca, meu pirão primeiro! Nelson Gonçalves é palestrante especialista em vendas, atendimento ao cliente, liderança e motivação/energização. Professor na Escola de Vendas KLA e autor do livro Como chatear clientes. www.nelsongoncalves.com.br

Tenho vivido, nesses propalados dias de crise, uma grata experiência profissional. Pequenas empresas contratando, cada vez mais, para ministrar workshops e palestras aos seus times de colaboradores. Nos diversos eventos abertos que tenho participado sempre lotados -, do significativo número de pessoas que nunca haviam participado de eventos com palestrantes, a maioria é colaborador de pequenas empresas. E o melhor, minha rede profissional Brasil afora confirma o mesmo movimento em suas agendas. Empresa que nunca fez convenção de vendas está fazendo. Gestor que nunca contratou um palestrante para turbinar o moral do time, está contratando. Gente que nunca deu valor, e até torcia o nariz para a ferramenta, agora usa. O que está acontecendo? Pequenas empresas resolveram criar e/ ou dar mais autonomia para as áreas de RH e T&D? Mudança de comportamento empresarial? Mudança no clima organizacional?

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Orientação para clientes? Gestão humanizada e espiritualizada? Minha resposta, ancorada nas análises dos briefings para customização das palestras e workshops, é: nenhuma das anteriores! O que estamos vivendo é a síndrome da farinha pouca, meu pirão primeiro. Ou em uma explicação mais corporativa, quando o dinheiro é escasso e disputado, quem primeiro consegue conquistar o cliente leva vantagem estratégica sobre a concorrência. Como sugere o mestre Sun Tzu: “Quem conhece a si mesmo e conhece o inimigo, pode garantir a vitória; quem conhece o tempo e o terreno, a alcançará de modo absoluto.” Na bonança, com taxas de emprego em alta, dinheiro circulando, crédito fácil e consumo ascendente, pequenas empresas tendem a desguarnecer seus times de capacitação e encorajamento, afinal o dinheiro entra fácil e se um cliente se chateia e vai embora ninguém se importa. Daqui a pouco entra outro e a vida segue com o cai-

xa tilintando. Mas em tempos bicudos, a diferença entre sucumbir ou resistir até que as coisas melhorem pode estar no basilar e nem sempre levado a sério princípio:atender o cliente com excelência. Por certo, é óbvio que não estou afirmando ou pretendendo induzir à percepção que um palestrante seja a solução para todos os problemas de vendas, até porque, ambiente laboral deteriorado destrói qualquer esforço atitudinal ou conteúdo balizado que alguém de fora trouxer. Ou seja, a solução, normalmente, repousa sobre o jeitão do dono e no seu modelo de gestão. Mas afirmo, com convicção, para aquele que faz o dever de casa: anuncia, cuida do produto e da marca, precifica com rigor, expõe com criatividade, zela pelo fluxo de caixa, remunera com justiça e orienta sua empresa para clientes: a palestra pode ser o punhado a mais de farinha que fará engrossar o seu pirão, ou do concorrente que também está lendo o artigo!


COMÉRCIO & MERCADO Giro de notícias CDL recebe AMC em reunião de diretoria Com o objetivo de otimizar o trânsito no Centro de Fortaleza, a Autarquia Municipal de Trânsito (AMC), em parceria com a CDL de Fortaleza, irá promover palestras gratuitas para os comerciários da região. A solicitação de apoio foi feita em maio, durante reunião de diretoria, pelo superintendente da AMC, Francisco Arcelino Araújo Lima, e pelo coordenador do Núcleo de Palestras Socioeducativas da AMC, Ivan Cabral da Costa. O pedido foi prontamente atendido pelo presidente da CDL de Fortaleza, Severino Neto, que disponibilizou as dependências da entidade e da Faculdade CDL para que os encontros sejam realizados. “Não há lugar melhor para falarmos sobre educação no trânsito, relacionada ao Centro, do que na Faculdade CDL, onde a maior parte dos alunos são funcionários do comércio”, disse. O intuito da AMC é conscientizar os comerciários sobre o cumprimento às regras de circulação, enfatizando orientações quanto ao estacionamento irregular. Dessa forma, eles poderão replicar o conhecimento para os clientes. Empresariado rejeita aumento de impostos

O presidente da Federação das CDLs do Ceará (FCDL-CE), Freitas Cordeiro, avalia como preocupante a sinalização do governo sobre um possível retorno da CPMF, classificando-a como um confisco. “A CPMF é cruel porque tem um efeito cascata, incidindo várias vezes sobre um mesmo produto”, afirmou. Este é o mesmo posicionamento do presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado do Ceará (SINDUSCON-CE), André Montenegro. Ele declarou que o setor não vai aceitar uma nova CPMF. Já o presidente da Federação das Indústrias do Estado do ceará (FIEC), Beto Studart, afirmou que, caso o novo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, apresente uma reforma dos gastos públicos do Estado, com começo, meio e fim, o retorno da CPMF poderá ser aceitável.

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COMÉRCIO & MERCADO Giro de notícias Parcelamento é escolhido mesmo para compras de baixo valor É o que mostra uma pesquisa realizada pelo SPC Brasil e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL): mais de um terço dos consumidores (34,7%) que pretendem realizar compras parceladas neste mês de junho, afirmaram que pagarão com o maior número de prestações, independentemente do valor. Outros 37,1% também têm a intenção de comprar a prazo, mas com o menor número possível de parcelas. Para os especialistas do SPC Brasil, o parcelamento pode ser uma importante ferramenta para o uso do crédito, mas apenas se realizado de maneira organizada e responsável. “Não é o que acontece em muitos casos. O brasileiro está acostumado a pagar suas compras em várias prestações mesmo com valores que não compensam o parcelamento. Isso compromete parte da renda e, se feito de maneira descontrolada, pode até gerar um superendividamento e inadimplência”, explica a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. Leia pesquisa completa: http://bit.ly/27QQpi0

WhatsApp é principal canal de comunicação com os clientes

A internet e as redes sociais são as principais ferramentas dos jovens empreendedores brasileiros para se informarem sobre o mundo dos negócios e se relacionarem com seu público-alvo. Segundo uma pesquisa do SPC Brasil e da CNDL, para mais da metade dos jovens empreendedores entrevistados (51,9%), o WhatsApp, aplicativo de mensagens instantâneas, é o principal canal de comunicação com os clientes. Em seguida, aparecem os perfis em redes sociais como Facebook e Instagram (41,2%) e os anúncios pagos no Facebook (26,9%), deixando para trás ferramentas tradicionais como campanhas publicitárias (4,6%) e e-mail marketing (8,5%). O levantamento feito em todo o Brasil mapeou o processo de abertura da empresa, as competências dos jovens empreendedores na condução do negócio e também as práticas de vendas e relacionamento com os clientes. Leia pesquisa completa: http://bit.ly/24WYXkQ

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