Reviragita LiterAria I
REVISTA LITERÁRIA
I EDIÇÃO ABRIL/MAIO 2021
ReviraGita Literária Edição 01 - Abril/Maio 2021
Editor: Thiago Guimarães | Contato: poetaltcoletaneas@yahoo.com Diagramação: Cleson Cruz | Contato: cleson@live.com Todos os textos são de inteira responsabilidade dos autores que os assinam. Contatos com o Poeta Alternativo Coletâneas: Email: poetaltcoletaneas@yahoo.com Instagram: instagram.com/poeta2976/
Sumário 05 Editorial
06 Poesias | Rozz Messias
08 Poesias | Tauã Lima Verdan Cecília Fidelli
10
Fundadora da Reviragita
Poesias | Marvyn Castilho
12
26
Poesias | Raquel Lopes
Poesias | Thiago Guimarães
14
28
Poesias | Aline Peruzzo
Poesias | Elaine Brecci
16
30
Poesias | João Israel
Poesias | Caique Silva
18
32
Poesias | Laodiceia Ferreira
Poesias | Lilly Anne
20
34
Poesias | Elisabete de Brito
Poesias | Natália Luna
22
36
Poesias | Sigridi Borges
Poesias | Roselene Moreira
24
39
Poesias | Gercimar Martins
Divulgação
Editorial
”
Reviragita é o nome que coloquei em homenagem a publicação independente da Cecília Fidelli. o iniciar essa empreitada como escritor e poeta tive o prazer de ter contato com os fanzines, publicações independentes de poesia, quadrinhos entre outros de autores de todos os tipos, eu mesmo iniciei minha carreira literária nessas publicações. Tive a oportunidade de conhecer a Cecília Fidelli e de junto com ela criar o Pavê Poesia de forma artesanal e divulgar poetas e escritores gratuitamente.
A
Reviragita é o nome que coloquei em homenagem a publicação independente da Cecília Fidelli e espero agradar a todos que se encantem com os belíssimos trabalhos encontrados aqui, sejam bem vindos ao primeiro número da nossa ReviraGita Literária. Thiago Guimarães
editor, contista poeta e antologista
”
Poesias
Rozz Messias Mora em Colombo-PR. É professora, pedagoga, psicopedagoga, contista, poeta e antologista. Autora dos Planos de Aula da Revista Nova Escola, “Papai, tem monstro?” e “Um galo lá em casa”. Premiada três vezes pelo Concurso Literário de Colombo e outra pelo Conectando Saberes, no Projeto Cordel Extraordinário. Participa de inúmeras antologias de contos e poesia; organizou a Trilogia “Lendas pelo Mundo”, Idílico Concílio, Poemas Extraordinários, Gratidão e Alegria. Participa da ACILBRASAcademia de Artes, Ciências e Letras do Brasil, da AIL-Academia Independente de Letras e da FEBACLA-Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências Letras e Artes.
| Magazine Literária 66 2014 Reviragita
Perdendo a cabeça Rozz Messias Oh, pobre pecadora
Queimará sem rosto
Paga penitência a cada noite de quintafeira
Sem mente
Osso por osso quebrado Dor infinita Vira quadrúpede Ela chora, rola e grita Mas não há quem possa salvá-la Seu destino é eterno Pagará por seu desejo carnal Pelo prazer proibido Por ter feito o mal Contra Deus, contra a igreja
Vagará, cidade a cidade Até que o dia amanheça Trotará sem cabeça Por florestas, pulando cercas Será perseguida Machucada e agredida No dia seguinte curará suas feridas Remédio não será suficiente Para essa alma doente Antes moça, agora mula Por desejar o sacerdote Pagará um eterno dote
Apenas instinto Um ser assassino Cavalgando sem destino Galope a galope Semana a semana Sem controle Sem olhos para chorar Sem lembranças Apenas lamento, lamúrias Relinchos doídos
Apenas um ser sem imagem Circulando por essas pastagens Uma mula sem destino Até que seu sangue seja colhido E se quebre a maldição Uma lança a aguarda Enquanto chora e perambula Dando coices de mula Em noites sem lua,sem estrelas Uma mulher presa Em corpo de animal Sem cabeça, perdão...
sem
Magazine | 2014 Reviragita Literária
77
Poesias
Tauã Lima Verdan Rangel Doutor (2015-2018) e Mestre (2013-2015) em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal Fluminense. Coordenador do Grupo de Pesquisa “Faces e Interfaces do Direito: Sociedade, Cultura e Interdisciplinaridade no Direito” – FAMESC – Bom Jesus do Itabapoana-RJ. Professor Universitário, Pesquisador e Autor de artigos e ensaios na área do Direito.
| Magazine Literária 88 2014 Reviragita
Anjo de Mármore Tauã Lima Verdan As contas dos rosários rolam pelos dedos Entre os suspiros, os pedidos e alguns Augusto, ergue-se medos imponente A busca infindável pelo lampejo da doce Com o olhar paz indolente
ser
angelical
taciturno, marmóreo,
Um afeto divino, um carinho de Deus que Na escura igreja apraz assombroso
Cabeças inclinadas em meio a um mar de dor
o
de
ar
pesado
e
Entre as liturgias e o agir ritmado e religioso
Frieza da alma que não se aquece com A estátua no breu ocultado pela escuridão calor Com as asas abertas não traz compaixão Alma vagante em meio ao oceano de Repudia o afeto do calor humano e preces ardente Titubeia com os passos que a visão Ressoa apenas o fardo tão vil do penitente escurece
Mulheres de feição doída, intensa, tão Outra prece em murmúrio é pela voz dita sofrida Um pedido, um alento para alma maldita Perdidas em caminhos duma indecorosa Um clamor por misericórdia, pelo perdão vida Indiferente ao ser angélico em inclinação Às preces entoadas, figura assaz indiferente Incapaz de se tocar com o pedido Sobre o altar, a cruz de madeira erguida comovente Um último pedido talvez, uma alma doída O cheiro de incenso a preencher o espaço Um pedido forte de perdão ao céu elevado O silêncio sepulcral, mal se ouve um passo A indiferença do anjo marmóreo, paralisado Cintila o verniz sobre os bancos amadeirados Um brilho forte,um afago ao espaço é dado Magazine | 2014 Reviragita Literária
99
Poesias
Marvyn Castilho, refugo alvitre de um lúrido homem, inumado no vetusto e lúbrico olhar da marafona do tempo. Outrossim, organizador das antologias “Ultrarromânticos, Góticos e Trágicos Poemas” e “Poetas Malditos Contemporâneos”, pela editora Dark Books.
| Magazine Literária 10 10 2014 Reviragita
Vítimas
Substituível
Marvyn Castilho
Marvyn Castilho
Vítimas todos somos?
Hoje, eu descobri que sou substituível!
Da existência sem alento,
Não porque o dia teve um tetro epílogo,
Da famigerada tormento,
saudade
e
seu
Em um lúrido ocaso, na solidão de um pego,
Do epílogo dos nossos sonhos.
E não porque ouvi o silêncio intangível.
Vítimas todos somos?
Hoje, eu descobri que sou substituível!
Do crepúsculo do feminicídio,
Não porque ouvi a marafona que chorou,
Do atroz e funesto infanticídio,
Ou porque a debalde esperança de existir um Deus findou,
Da nefasta escravidão dos negros.
No ecoar do estrépito de um estupro indelével.
Da polícia e sua miríade de coação, Da agressão sem razão,
Hoje, eu descobri que sou substituível!
Que oblitera o encetar da reflexão.
Não porque avistei um errante refugo de homem invisível,
Vítimas todos somos?
E hauri o seu rebotalho de desventura e clamor.
Da asco e pueril prostituição, Do nosso lucífugo silêncio, velado em lassidão.
Hoje, eu descobri que sou substituível! Quando a treda morte imponderável,
Em X de novembro de MMXX. E. V.
Deitou o meu estofo carnal, no seu tálamo de amor.
Dies martis. Em XIX de março de MMXXI. E. V. Dies veneris.
Magazine | 2014 11 Reviragita Literária 11
Poesias
Raquel Lopes, pernambucana, brasileira, poetisa, escritora, é estudante de Língua Portuguesa, pianista, amante das Artes e autodidata pela Escola da Vida. É membro da UBE e de várias academias literárias, com livros de poesia publicados pela editora artesanal Costelas Felinas, no site Amazon e Clude dos Autores.
| Magazine Literária 12 12 2014 Reviragita
Solidária
Sonhar da Esperança
Raquel Lopes
Raquel Lopes
Solidária é o olhar cúmplice dos sonhos, para um ser humano totalmente inteligente, a vida passa tão rápido, sem saber que também há pessoas a chorar. Sem saber que o amor vive pois é livre em amar. Sem adicionar, longas horas da aflição noturna. Contudo, o dia nunca murcha. São pétalas imaginárias obscuras, do outro lado que não usas. Inclua. Mais energia para pensar, para lutar pelo que tua alma grita. Pelo contrário, irás definhar, sendo uma criança curiosa com medo do iluminar. Aqui jaz o tempo escuro, nevoeiro do não-caminhar. Solidária é a ação física da mente, de quem realmente acredita e sente.
Todo o castigo da raça humana em se perder não compartilhar deixa pra lá…
Todo o medo de uma noite de vira-lata sem desespero não tem esperança virou lambança deixa o destino tocar…
Criança, amigo que vive por fé mostra-me lembrança,
ao
menos
alguma
A caridade, alegria sem especialidade para continuar em pé, me deixa dormir longe do perigo. Cansado, não dou pé.
Magazine | 2014 13 Reviragita Literária 13
Poesias
Aline Peruzzo Casada com Sidnei, mãe de Pedro e Julia, filhos amados, presentes de Deus em sua vida, pois mesmo diante do diagnóstico médico de não engravidar, nunca perdeu a esperança. Reside em Mauá, São Paulo. Pedagoga e bióloga por formação, pós-graduada em Educação, atuando como Educadora em diversos segmentos educacionais, sempre teve amor pela leitura e gosto por escrever textos. Vê na vida e na natureza fonte de inspiração para seus poemas. Participou da Bienal do Livro do Rio de Janeiro em 2019 como convidada, teve participação em vários concursos e eventos Literários, participou de varias Antologias e atua também como organizadora Membro da Academia Independente de Letras AIL /Ordem Scriptorium, cadeira nº 139 A Empatia. Publicou seu livro de poesias Essência, sob o pseudônimo Lina Adams. | Magazine Literária 14 14 2014 Reviragita
Semear
Flores pelo caminho
Aline Peruzzo
Aline Peruzzo
Cultivas sementes,
Há algo diferente no ar,
Em solo fértil
Reestabelecendo tudo no lugar.
Pois a partir delas as novas gerações
Dias mais longos
Ao longo do tempo Espalhar-se-á. E no Jardim da vida A mais bela flor Florescerá. Cultiva o bem. Segue o caminho, com alegria. E por onde for, em meio a flores e poesias Semeias o Amor.
Noites mais curtas A luz do Sol que irradia Ao passo que tudo se refaz. O florescer dos campos anunciam Que a estação está mudando, É a Primavera chegando!!! O Canto alegre dos pássaros. Borboletas passeando O suave perfume envolvente, Enaltece E o coração em alegria. contempla as belas flores pelo caminho.
Magazine | 2014 15 Reviragita Literária 15
Poesias
João Israel da Silva Azevedo Morador de Esperantinópolis-MA. Licenciado em Filosofia (UNIMES. 2020). Acadêmico do cursos de Bacharelado em Serviço Social na Faculdade de Educação Memorial Adelaide Franco – FEMAF e Bacharelado em Teologia Católica no Centro Universitário Internacional – UNINTER. Membro da Academia Esperantinopense de Letras, cadeira nº 06, patronado por Padre Raimundo Jorge de Melo e da Academia Independente das Letras, nº 137, o companheirismo, membro correspondente da Academia Caxambuense de Letras - ACL.
| Magazine Literária 16 16 2014 Reviragita
Choro João Israel
Não Vá João Israel
Você nao pode ir, Choro? Que rega, Lava,
Eu preciso de você, Fique por aqui, E assim serei feliz.
Permeia, Desencadeia Nosso pulsar, O reinventar, Amar, Nosso caminhar.
Não vá sem mim, Prometo ficar, E lhe acompanhar, Não vou ocupar Tanto espaço a fim De incomodar.
Magazine | 2014 17 Reviragita Literária 17
Poesias
Laodicéia Ferreira da Silva Nasceu em Inhumas, Goiás em 07 de Novembro de 1987. Graduou-se em Letras – Portugues/ Inglês pela Universidade Estadual de Goiás de Inhumas - Go em 2018. Autora do livro de poemas Novembro Negro, publicado em 2020. Prêmio Concurso Nacional Novos Poetas 2018, editora Vivara, com o poema Dama Negra e Prêmio Nacional Poetize 2020, editora Vivara, com o poema Como Ofélia.
| Magazine Literária 18 18 2014 Reviragita
Lugar interior
Sonhos destruídos
Laodiceia Ferreira
Laodiceia Ferreira
Ela ousou alçar
Nao tem fim
Em um lugar
A minha dor
Que poucos mortais
Dor constante
Imaginaram existir
De tom carmim
Lugar este do mais
Ando pelos vivos
Obscuro dentro de si
Banhado em sangue
De terrores inconscientes
No vale da morte
E pesadelos insistentes
De meu infímo
Já não é a mesma
Os meus sonhos
Escrupulosamente
Estes destruídos
Acostumou-se à dor
Os meus cantos
Sem medo do escuro
Todos emudecidos
E esperança nenhuma
Cessou-se o brilho
Para qualquer futuro
De meus olhos
Só com seus pensamentos
Que agora insípidos
Ela exalta seus lamentos
De desejos ignotos
A tortura é alívio
Apenas caminho
Do carma maldito
Em meio ao caos Com passos turvos À beira do abismo
Magazine | 2014 19 Reviragita Literária 19
Poesias
Elisabete de Brito É pessoa perseguida pelas letras desde a infância e desde então, abarrotou páginas e pastas com os seus escritos e o sonho de um dia publicá-los. É Graduada em Letras, Especialização em Educação de Jovens e Adultos. Alfabetizadora e professora de Língua Portuguesa, hoje aposentada, tem ciência de que a vida e o viver são motivos para a poesia.
| Magazine Literária 20 202014 Reviragita
Preces
Viver
Elisabete de Brito
Elisabete de Brito
Fossem ondas as minhas preces
Embarco em um sonho
Seriam atlânticas, índicas, pacíficas
E tenho a sensação
Banhariam almas
De que tudo posso
Tocariam os continentes.
Que tudo alcanço E que tudo é meu.
Fossem flores as minhas preces Seriam rosas, violetas, margaridas
Acordo e percebo
Não decorariam a tristeza da morte
Que apenas foi sonho
Perfumariam e alegrariam as vidas.
Que nada posso Que nada alcanço
Fossem sonhos as minhas preces
Que nada é meu.
Em lugares mágicos, encantados Encontrariam pessoas distantes
Encaro a realidade
Em abraços fraternos, delicados.
Não mais sofro Não mais brigo
Fossem luzes as minhas preces
Passivamente aceito
Iriam clarear mentes
Aquilo que vem.
Iluminariam corações E de maneira comprometidas
Comodismo, dizem uns!
Conscientizariam humanos
Bom senso, sensatez?
A amarem todas as vidas.
Que nada! Depois de profundas marcas Apenas, aprendi a viver!
Magazine | 2014 21 Reviragita Literária 21
Poesias
Sigridi Borges Professora de Matemática e Escritora, nascida em São Paulo. Iniciou na escrita em 2013 quando descobriu que as letras eram mais que simples sementes plantadas nas folhas de papel: eram um sentimento. Autora do livro infantil “Algarismos em Sonetos” (Scortecci, 2016), participa de diversas antologias/coletâneas e revistas literárias no Brasil, Argentina e Portugal. Diagramadora e uma das produtoras da Revista SerEsta, literária, on-line e gratuita. Casada, duas filhas, ama orquídeas, cinema, teatro e viajar com a família. Coleciona dadinhos.
| Magazine Literária 22 222014 Reviragita
Beijo (poema sem a)
Águas
Sigridi Borges
Sigridi Borges
Você se despediu de mim
águas translúcidas
com um beijo triste,
a refletir pensamentos
sem gosto,
voltados ao som do vento
sem brilho,
num eco de ondas
sem luz
de um mar sem sombras
ou desejos...
infinitos pensamentos
Como se fosse o último.
de um verão intenso
Deixou meu peito de um jeito
águas a bater em pedras
que ninguém
na beira de um mar
pode compreender. E foi mesmo o último!
brilhar e sonhar numa forte estação sentimento e emoção ainda voltados ao som do vento peculiar a contento regado à paixão de um suspiro de um brilho que todos verão.
Magazine | 2014 23 Reviragita Literária 23
Poesias
Gercimar Martins Poeta, Escritor, Professor Universitário e amante da Literatura. Membro da ALUBRA – Academia Luminescência Brasileira de Ciências, Letras e Artes, Araraquara – SP, Movimiento Poetas del Mundo e, Membro Fundador da ACLEMOD - Associação Cultural, Literária e Educacional Mãos e Olhares Diferentes.
| Magazine Literária 24 242014 Reviragita
A dádiva de um Escritor Gercimar Martins
Você se despediu de mim com um beijo triste, sem gosto, sem brilho, sem luz ou desejos... Como se fosse o último. Deixou meu peito de um jeito que ninguém pode compreender. E foi mesmo o último!
Magazine | 2014 25 Reviragita Literária 25
Poesias
Thiago Guimarães Contista, poeta, antologista e editor. Escreve desde os 16 anos, mas só em 2018 conseguiu publicar seu primeiro livro de poesia Poeta Alternativo que resume seus primeiros anos de poesia, em seguida publicou Roseiral de Amor (Madrigais, poemas e sonetos) seu segundo trabalho poético em que homenageia formas poéticas que o encantaram. Em 2019 organizou 5 antologias entre elas Tecendo Aldravias que lhe valeu o ingresso na Sociedade Brasileira de Poetas Aldravianistas de Mariana MG com comenda medalha e diploma. Em 2020 criou a editora Dark Books que publica antologias de terror e suspense, atualmente organiza a coletânea Paciente 13 pelo seu selo independente.
| Magazine Literária 26 262014 Reviragita
Amor sem Fronteiras
Caminho do Amor
Thiago Guimarães
Thiago Guimarães
Não há limites para o amor
Nos teus caminhos me perco
Não há sofrimento em amar Não há vergonha em sofrer
Encontro nos teus braços
E pelo amor chorar
O abraço mais carinhoso
Não há pudor em se deixar amar
Nos teus caminhos me encontro
Não há dolo em brigar por quem se ama
Pelas veredas recomponho
Não existe uma lei para esse sentimento Amor é assim a todo momento
Enquanto é tempo devemos aproveitar Para amar...
do
teu
corpo
me
Sonho e faço poemas No teu caminho encontro a felicidade que não me falta E ao teu lado o caminho é mais fácil de percorrer
Nos caminhos do amor encontramos nosso objetivo em comum
A razão de apenas um.
sermos
Magazine | 2014 27 Reviragita Literária 27
Poesias
Elaine Brecci Paranaense, casada e mãe de um filho, reside hoje em SP. Autora do livro de Poesias, Diálogos em mim, um convite ao Autoconhecimento, publicado na Bienal do RJ em 2019. Também participou de dezenas de Antologias Poéticas. Desde muito cedo escreve seus versos e textos que buscam expressar suas buscas, ensejos do seu universo interior, pois acredita que a Poesia pode expressar o mais profundo de nosso Ser. Pode nos curar. Acadêmica em Filosofia, é amante de todas as formas de arte que consegue traduzir um pouco mais a misteriosa Alma Humana. Acredita ser o segredo da vida, aprender e aprimorar-se sempre. Essa é sua proposta e aspiração para bem viver e Ser Feliz!
| Magazine Literária 28 282014 Reviragita
Anseio da Alma
Silencia...
Elaine Brecci
Elaine Brecci
Se fragmentada estou, mas inteira sei que Eu Sou...
Silencia o seu mundo interno, para que o som das estrelas distantes,
Anseia então minha Alma por saber, dos incríveis milagres da vida por desvelar;
dissipem as sombras da vossa consciência; E revele a Luz, do seu divino sol interior.
As partes se buscam, e a voz silenciosa dentro de mim, ressoa para que se integre as dimensões do meu Ser, que um dia descompassou; Suplica minha Alma, mostre-me o caminho, se revele de mansinho, para que possa transparecer, a beleza do divino que morada em mim venha ser; Não quero mais ser só parte, quando de Ti posso ser ponte e ascender aos horizontes, do alvorecer sem fim que sinto, que em algum lugar em mim, se faz Pelegrino; Ah vida misteriosa, que em seus símbolos me revelam partes, da busca de quem Sou, e do que me chama para os combates, das sombras que em luz querem transcender.
Magazine | 2014 29 Reviragita Literária 29
Poesias
Caique Silva Nascido em São Paulo e reside em Cruzeiro/ SP. É formado em Pedagogia, participou de mais de 20 Antologias: Mania de Doença como antologista e participante, Só sonetos, Alvorecer, Versos Inversos, entre outras.
| Magazine Literária 30 302014 Reviragita
Juiz J
Caique Silva Juiz J julga Juiz justo? Justiça jaz? Julgado justamente? Já justifiquei jeito jupteriano! Jurei jurar justamente Juiz jactancioso justificou julgamento?
Magazine | 2014 31 Reviragita Literária 31
Poesias
Lilly Anne Lopes Jovem cantora, 18 anos, recém formada no Ensino Médio, que grava covers, compõe, escreve textos e poesias nas horas vagas. Nascida em Mauá – SP, atualmente reside em Atibaia – SP, é amante de livros, da arte e da música.
| Magazine Literária 32 322014 Reviragita
A Arte da Canção Lilly Anne É o som, é o tudo e o nada Pode ser sonho, realidade ou ilusão A sinfonia mais linda e afinada A cor mais bela da aura curada
É o amor declarado A queda do desenganado É um grito de saudade Presente em cada cidade
Pode ser uma linda poesia A mais pura lisergia Traz à tona a revolta Esclarece tudo em volta Repentino de Epifania
E cabe à nós meras almas ambulantes Buscar leveza interior com os sons da vida Aprofundar no coração o sentimento oscilante Cantar à pessoa querida Com seu melhor jeito de amar.
Magazine | 2014 33 Reviragita Literária 33
Poesias
Natália Luna Pedagoga especialista em Educação Especial, é poetisa, contista e antologista. Já publicou em diversas antologias e coletâneas. Em 2020 organizou “Becos de Londres”, “O caso Dália Negra” e “Gostosuras ou Travessuras”. Em 2021 já organizou “O último Acorde” pela editora Dark Books. Atualmente está organizando sua primeira antologia de poesias chamada “Vereda Poética” pelo selo Poeta Alternativo.
| Magazine Literária 34 342014 Reviragita
Outono
Chegou o Outono
Natália Luna
Natália Luna
As folhas no chão estralam quando piso
Equinócio de outono, fim do verão
Os ventos levam as folhas, que mortas ficam secas
Equilíbrio da Terra,pôr do sol amarelo
Compõem a paisagem de outono, fria e morta Árvores sem flores com galhagens tortas
Transitando verão e inverno Mudando a cor do céu, tornando-o mais belo
Outono chega, levando a chuva A fria névoa contorna a floresta
Traz ventos, derrubam folhas
Prenuncia chuva fina e insistente
Transitando entre o calor e o frio
O céu cinzento fica mais próximo ao chão
Trazendo beleza na desfolha
Convida ao recolhimento e solidão
Estação convite ao frio Convida ao suave calor
Frutos são a vantagem da estação
Há beleza na estação sem flor
Sua doçura aguça os sentidos Enfeitam a mesa
Cada estação tem sua riqueza Sem folhas, mas com frutos Outono também tem seus atributos
Cores de outono, laranja e amarelo Vamos nos preparando para o inverno Onde o frio parece eterno
Magazine | 2014 35 Reviragita Literária 35
Poesias
Roselene Moreira Escreve desde tenra idade. É estudante de sociologia. Está escrevendo seu primeiro romance. Participou de diversas Antologias poéticas.
| Magazine Literária 36 362014 Reviragita
Eterno amor Roselene Moreira
Amo-te livremente como as gaivotas que seduzem o mar. Um sol que aquece minha alma, um fogo que nunca se apaga. Deixa rastros nas minhas esquinas, pegadas invisíveis , que nunca me deixam esquecer a sua presença em mim. Como tatuagem de fogo, me desfaz em cinzas, e me leva a te tocar em forma breve, como espumas ao vento. Anseio por seu sorriso, como pássaro cativo que sonha com a liberdade. E, na luz desse amor consigo olhar para as nuvens e ver-te , lá.
Magazine | 2014 37 Reviragita Literária 37
Um homem e um projétil Roselene Moreira Atrás de um projétil um coração, verdades nuas e cruas, navalha na carne, vidas perdidas, guardadas num mudo desejo de viver. Verdades silenciosas, bordadas nas esquinas do coração. Adrenalina que se assenhora do corpo, sangue injetado nos olhos, pronto para um combate que te divide entre caça e caçador. Te vejo nascer e morrer todos os dias num ódio que você herdou... Seu amor se derrama em cada beco, em cada viela, onde a fome não me deixa sorrir. A sociedade te exclui, te leva para a margem, como um pássaro que se perdeu do bando . Sigo na trilha do seu deserto, te vendo buscar oásis quentes. Sinto sua doçura escondida numa seriedade construída, como a esfinge que diz: decifra-me ou devoro-te . Quantos homens existem atrás de um gatilho? Existe uma criança que foge da sua alma, faz festa, vive a pureza do sorriso infantil. Pro sistema você é apenas mas um soldado que merece ser diluído como areia tragada pelo mar, como um câncer social que só traz dor... Será?! E os meus afetos? Onde ficam minhas estrelas, meus sóis? Para o Estado você tem muitos nomes, para seus devotados amores você pode ter qualquer nome ou apenas te chame de Léo, vestido de amor, sua roupa mas bonita.
| Magazine Literária 38 382014 Reviragita
Divulgação
“Versos em movimentos Que permeiam Entre o raro e o extraordinário,
Você que gosta de poesia venha conhecer os editais em aberto da Poeta Alternativo Coletâneas. Vereda Poética
O incomum e o excepcional.
Organização Natália Luna
Em seu íntimo,
Venha desvendar os caminhos da poesia.
Olhando de dentro para fora, Na busca de sentimentos por vezes esquecidos, Conciliando sabores e dissabores, Compondo em poesia as emoções sentidas, Se permitindo para o novo.” Convidamos você caro autor a partilhar em versos, a essência do seu interior na busca da plenitude de vida. Singelos Versos Organizadora Aline Peruzzo
Confira esses editais em nosso site: https://poetaltcoletaneas.wixsite.com/poetaalternativo
Reviragita Literária
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Reviragita LiterAria I
REVISTA LITERÁRIA
| Magazine Literária 40 402014 Reviragita