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Comissão de Frente: A dor e a delícia de ser extraordinário

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Eu sou o Samba

Eu sou o Samba

Entre os segmentos de uma escola de samba, seguramente um dos que mais ganharam destaque, nos últimos anos, foi a Comissão de Frente. inicialmente criada, de forma despretensiosa, as comissões traziam integrantes ilustres da escola, carregando bastões, dando boas vindas ao público e apresentando a agremiação. De lá pra cá, estas funções se mantiveram intactas, mas a forma como estas apresentações vêm sendo feitas ganharam ares de um espetáculo à parte. Ainda na primeira metade de século XX, as escolas de samba já procuravam inovar nas comissões de frente, mas, somente na década de 1980, pôde-se observar um maior rigor técnico ao unir a criatividade de artistas plásticos e coreógrafos. A este apuro visual seria acrescido, nos anos seguintes, um certo “elemento surpresa” que daria a este quesito, a função primeira de impactar o público. e, talvez, resida aí uma questão nevrálgica às comissões de frente atuais: estariam elas tornando-se, pouco a pouco, vítimas de si mesmas por não conseguirem acompanhar o ritmo da exigência de serem sempre incríveis?

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