REVISTA APM #33

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ANO 06 N°33

MAIO/JUNHO 2024

Diretoria APM-Mogi

(Triênio 2023/2026 - Novos Desafios)

Presidente: Carlos Eduardo Godoi Marins

Vice-Presidente: Antonio dos Santos Taveira Filho

1º Tesoureiro: Zeno Morrone Junior

2º Tesoureiro: Thiago Veras Pinto Pires

1º Secretário: André Luiz Pupo

2º Secretário: José Carlos Melo Novaes

Diretora da Sede Associativa: Pwa Tjioe Kok Tjim

Diretor Científico: Debora Barros Abdala

Diretor Cultural: Margarete de Oliveira Lima

Diretor de Comunicação: Guilherme Augusto

Rodrigues do Prado

Diretor Associativo: Pwa Kiong Ping

Diretor Defesa Profissional: Carlos Eduardo

Amaral Gennari

Delegado: Alex-Sander José Miguel

Conselho Fiscal

1º Julio Batista Cota Pacheco

2º Abdul Kader El Hayek

3º Péricles Ramalho Bauab

Suplentes

1º José Shiro Higashi

2º Fabricio Issamu Mochiduky

3º Carlos Alberto Gallo

Todo conteúdo opinativo da revista Plantão é de responsabilidade de seus autores, devidamente identificados nos artigos.

3 MAIO/JUNHO DE 2024

CAPA

TERAPIA COM ANTICORPO PODE REDUZIR

Fonte: CNN Brasil

Um anticorpo chamado Prasinezumabe mostrou ser capaz de reduzir sinais de deterioração motora em pessoas com doença de Parkinson que apresentam uma progressão rápida da doença. O achado é de um amplo ensaio clínico de fase 2 — teste feito em humanos para avaliar a eficácia de um determinado medicamento ou componente — publicado na Nature Medicine no último dia 15 de abril.

O Parkinson é uma doença progressiva do sistema nervoso que afeta principalmente os movimentos do paciente, levando à dificuldade para andar e falar, além da perda de equilíbrio, de tremores nas mãos e rigidez muscular. No distúrbio, os sintomas motores e não motores se agravam ao longo do tempo e, atualmente, ainda não existem tratamentos para a doença.

De acordo com estudos anteriores, um dos fatores para a progressão do Parkinson é a agregação de alfa-sinucleína, um tipo de proteína, no cérebro. O prasinezumabe é o primeiro anticorpo monoclonal terapêutico experimental que foi projetado para se ligar à alfa-sinucleína agregada, permitindo sua desagregação.

No estudo de fase 2, 316 pacientes com Parkinson em estágio inicial receberam o anticorpo. Os pesquisadores, então, analisaram os potenciais efeitos do prasinezumabe na progressão dos sintomas motores da doença em quatro subpopulações que apresentavam sintomas motores de progressão rápida.

PARKINSON:

SP É MODELO DE TRATAMENTO

Por meio da Rede Lucy Montoro, o Estado fornece,gratuitamente, as medidas necessárias para lidar com a doença.

O Dia Mundial de Conscientização do Parkinson aconteceu em 11 de abriu, data que serve para expandir os conhecimentos acerca da doença e sobre os cuidados necessários àqueles que recebem o diagnóstico – que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, afeta aproximadamente 4 milhões de pessoas mundialmente por ano. Depois do Alzheimer, o Parkin-

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REDUZIR A PROGRESSÃO DO PARKINSON

son é a doença neurodegenerativa mais frequente na população. Por atingir a área responsável pela produção de dopamina, localizada no sistema nervoso central, altera os movimentos do corpo dos acometidos, causando tremores, lentidão nos movimentos, rigidez muscular, desequilíbrio, distúrbios na fala e uma série de desdobramentos que podem desenvolver quadros de depressão. A enfermidade é

dico, além de sessões de Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Fonoaudiologia, Enfermagem, Nutrição, entre muitos outros.

A unidade localizada no município de Pariquera-Açu é responsável pelo atendimento de 15 municípios do Vale do Ribeira, no sul do estado. No período de janeiro de 2023 a março de 2024, foram realizados aproximadamente 3.420 atendimentos, de modo que os pacientes diagnosticados com Parkinson foram redirecionados às terapias que melhor conversavam com cada um dos casos, tendo, em média, duração de seis meses nos programas de reabilitação.

O Serviço de Reabilitação Lucy Montoro de Pariquera-Açu foi inaugurado em setembro de 2014, atendendo de forma exclusiva os usuários do Sistema Único de Saúde e do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual.

Dados da Secretaria apontam que, de janeiro de 2023 a fevereiro de 2024, o estado realizou 29.323 procedimentos clínicos ambulatoriais ocasionados pelo Parkinson em pacientes de 75 a 79 anos; 16.126 procedimentos entre 70 e 74 anos; e 15.597 procedimentos na faixa dos 65 aos 69 anos.

progressiva e mais comum entre pessoas idosas.

Neste sentido, São Paulo é um modelo no tratamento da condição. Por meio da Rede Lucy Montoro (unidade da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo) o estado fornece gratuitamente as medidas necessárias para lidar com o Parkinson, como medicamentos e acompanhamento mé-

Em relação às internações, as taxas são maiores em pacientes acima dos 75 anos, já que, no último ano, foram registradas 78 ocorrências neste grupo. Entre pacientes de 70 e 74 anos, o número total de internações foi de 39, enquanto aqueles entre 65 e 69 anos representam 41 delas.

*Informações da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo

5 MAIO/JUNHO DE 2024

PACIENTE QUE USA OZEMPIC DEVE TER CUIDADOS

ESPECIAIS CASO PRECISE DE UMA ANESTESIA; SAIBA QUAIS SÃO:

PACIENTES QUE USAM MEDICAMENTOS COM A SEMAGLUTIDA (O PRINCÍPIO ATIVO DO OZEMPIC E WEGOVY) DEVEM TOMAR CUIDADOS REDOBRADOS COM O JEJUM ANTES DE UM PROCEDIMENTO COM ANESTESIA OU SEDAÇÃO

Fonte: Agência Einstein

Pacientes que usam medicamentos com a semaglutida (o princípio ativo do Ozempic e Wegovy) devem tomar cuidados redobrados com o jejum antes de um procedimento com anestesia ou sedação. Esses remédios retardam o esvaziamento do estômago e, por isso, podem aumentar o risco de aspiração pulmonar durante o procedimento, reforça um estudo feito na Universidade do Texas, nos Estados Unidos, e publicado no Jama Surgery. Inicialmente indicados para o tratamento do diabetes, eles ganharam fama pelo efeito na perda de peso e vêm se tornando cada vez mais populares.

O jejum pré-cirúrgico serve para garantir que o paciente tenha o mínimo volume residual gástrico. Isso porque, sob anestesia ou sedação, a pessoa perde os reflexos de defesa, aumentando o risco de regurgitação desse conteúdo e aspiração, levando a graves danos pulmonares. No estudo, dos 124 pacientes acompanhados, mais da metade (56%) dos que usavam esses remédios apresentaram resíduos após o jejum-padrão, que

PAUSA NO MEDICAMENTO ATÉ PARA FAZER ENDOSCOPIA

O Desde o ano passado, a Sociedade Brasileira de Anestesiologia e a Sociedade Brasileira de Diabetes recomendam uma pausa no uso desses medicamentos antes de um procedimento cirúrgico de rotina sob anestesia ou sedação, incluindo exames como endoscopia. Assim, quem toma a liraglutida deve suspender o uso dois dias antes, os medicamentos dulaglutida, tirzepatida e lixisenatida precisam de 15 dias de interrupção, e a semaglutida, 21 dias. A regra não se aplica aos procedimentos obstétricos e de urgências.

costuma ser de oito horas para a dieta geral e de duas horas para os líquidos sem resíduos, como água e chá. Drogas como a semaglutida e outras como a liraglutida e a dulaglutida simulam o efeito do GLP-1 (Glucagon-Like Peptide-1), um hormônio produzido pelo intestino, e liberado na presença de glicose, que sinaliza ao cérebro que a pessoa está alimentada, diminuindo o apetite e a velocidade do esvaziamento gástrico e aumentando a saciedade. Elas agem diretamente no estômago e no trato gastrointestinal, reduzindo a motilidade, e no pâncreas, estimulando a liberação de insulina e diminuindo a liberação de glucagon, o que auxilia no controle da hiperglicemia.

Inicialmente o impacto desses medicamentos no esvaziamento gástrico não foi tão valorizado, mas, após episódios em que foram detectados resíduos mesmo muito tempo após a última dose, as sociedades vêm mudando as recomendações”, diz o médico anestesiologista Wilson Nogueira Soares Junior, do Hospital Israelita Albert Einstein.

Muitos profissionais que os prescrevem não vêm orientando os pacientes em relação às novas diretrizes de segurança relacionadas ao jejum para cirurgias eletivas, o que aumenta o risco e impacta a dinâmica do atendimento hospitalar, com atrasos e a eventual suspensão dos procedimentos”, observa Soares Junior. Por isso é essencial que o paciente sempre reporte o uso da medicação à equipe médica. Caso ele se interne sem respeitar o tempo de suspensão do remédio, é possível fazer um ultrassom para avaliar o volume dos resíduos de conteúdo gástrico. Dependendo do resultado, pode-se optar por suspender ou permitir a intervenção.

Cirurgias de emergência dispensam as recomendações de jejum. Nesses casos, são usadas outras técnicas, como a anestesia peridural ou a raquianestesia, anestesia geral com intubação de sequência rápida ou anestesia tópica com o paciente acordado, realizando pré-oxigenação e deixando sempre o aspirador preparado para alguma emergência. “Com essas medidas, conseguimos minimizar o risco de uma possível regurgitação e aspiração do conteúdo gástrico nos casos em que não se pode postergar o procedimento”, explica o especialista.

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MS

DIVULGA ANÁLISE DESCRITIVA SOBRE DOENÇA DE CHAGAS CRÔNICA NO BRASIL DE ACORDO COM A PASTA, ESTE CONTINUA SENDO UM GRAVE PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA

No último dia 16 de abril, o Ministério da Saúde publicou uma nova edição do Boletim Epidemiológico. O informativo traz uma análise descritiva em relação ao mapeamento da implementação da notificação da doença de Chagas crônica no Brasil. A pesquisa foi iniciada em 6 de janeiro de 2023 e concluída um ano depois, em 2024.

De acordo com a pasta, a doença de Chagas (DC), também conhecida como tripanossomíase americana, integra o grupo de doenças tropicais negligenciadas (DTN) da Organização Mundial da Saúde (OMS) e continua sendo um grave problema de saúde pública. Esta é uma doença infecciosa causada por um parasita (Trypanosoma cruzi) e transmitida principalmente pelo inseto “barbeiro”.

Os dados do documento apontam que cerca de 7 milhões de pessoas possam estar infectadas no mundo.

PANORAMA NACIONAL

No levantamento, foram registrados 5.460 casos de doença de Chagas crônica, distribuídos em 710 municípios de residência, sendo que a maioria das notificações foi de pessoas que residem em zona urbana – correspondendo a 63% dos infectados. Os indivíduos com residência em municípios de médio e grande porte equivalem a 39%.

A América Latina se destaca entre os continentes com maior índice de incidência anual, com 30 mil casos novos, aproximadamente 14 mil mortes por ano e, em média, 70 milhões de pessoas vivendo em áreas de exposição e correndo o risco de contrair a infecção.

Em relação à faixa etária, pessoas entre 50 e 69 anos (51%) foram as mais acometidas. Este perfil, segundo o Ministério, pode mostrar que o controle da transmissão vetorial intradomiciliar determina a queda na prevalência da infecção nas populações de crianças (0,1%) e jovens (0,3%).

Conforme o mapeamento, 50% das pessoas infectadas são pardas, 23,4% brancas, 13,7% pretas, 7,5% amarelas, 0,8% indígenas e 4,6% não responderam a este questionamento. Pessoas com escolaridade ignorada (35%), seguidas de ensino fundamental incompleto (28,3%), foram as mais acometidas.

Referente ao sexo biológico, as mulheres representaram 57,5% dos casos, enquanto os homens ficaram com o percentual de 42,5%. Quando analisado exclusivamente o grupo de mulheres na idade fértil, a faixa etária de 40 a 49 anos foi a que concentrou o maior número de notificações (73,4%).

Relacionado à proporção de notificações de doença de Chagas crônica com realização de busca ativa de familiares por suspeita de caso, é apresentado um alto percentual de casos confirmados entre os examinados durante a busca (em média, 30%), o que mostra a relevância da ação em buscar orientação.

O Boletim destaca também a importância da abordagem da vigilância da doença, considerando o escopo ampliado da Vigilância em Saúde, na busca pela integralidade por meio de ações de promoção da Saúde.

7 MAIO/JUNHO DE 2024

APM DEBATE MUDANÇAS NA PUBLICIDADE MÉDICA

No dia 3 de abril, a Associação Paulista de Medicina promoveu mais uma edição dos seus webinars tradicionais, cujo tema foi “Publicidade médica e novas resoluções”. Antonio José Gonçalves, presidente da APM, apresentou o evento acompanhado pelos diretores Científicos Paulo Manuel Pêgo Fernandes e Marianne Yumi Nakai, que foram moderadores das conferências.

Os palestrantes convidados foram Angelo Vattimo, presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), e Renato Azevedo, diretor de Comunicações Adjunto da APM e conselheiro do Cremesp. Eles apontaram as principais mudanças em relação ao tema e elucidaram os pontos éticos na divulgação de propagandas.

Na abertura, o presidente da APM lembrou que este é o terceiro webinar do ano e agradeceu aos convidados e moderadores. “O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou no final do ano passado a Resolução 2.336/2023, que normatiza a publicidade médica. Isso mudou bastante devido às mídias sociais e outros fatores que os palestrantes irão explicar”, comentou.

Paulo Pêgo afirmou que a publicidade médica é um tema palpitante, com várias novidades a serem discutidas. “Estamos em uma fase de mudanças na Medicina, do ponto de vista do mercado médico, da concentração de hospitais, da abertura de escolas médicas, entre outros. Portanto, mais do que nunca, essa convivência e troca entre

APM e outras entidades médicas é crucial para avançarmos”, pontuou.

PRINCIPAIS MUDANÇAS

Angelo Vattimo iniciou sua apresentação elucidando que a publicidade é o ato de publicar dados essenciais e informativos sobre produtos ou serviços para esclarecer e/ou atrair o consumidor – no caso dos médicos, o paciente. Ele acrescentou que, em 1932, no Brasil, havia um decreto-lei que regulava e fiscalizava o exercício da Medicina, odontologia, medicina veterinária e farmácia, parteiras e enfermeiras. Este foi um dos primeiros registros sobre a regularização da publicidade na Saúde, pois estabelecia penas caso as regras não fossem cumpridas.

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“Em 1942, esse decreto foi reescrito. Nos anúncios, deveriam ser entregues exatamente o que era anunciado. Por exemplo, era proibido anunciar a cura de determinadas doenças que não tinham tratamento próprio, segundo os conhecimentos científicos da época. Os médicos não podiam exercer mais de duas especialidades, assim como não era permitido prestar consultas gratuitas em consultórios particulares”, exemplificou o palestrante.

Segundo Vattimo, a nova resolução abrange diversas áreas da comunicação, principalmente a digital. Em relação à imagem dos profissionais da Medicina, ele salientou que a projeção sofreu algumas alterações. No caso das selfies, por exemplo, são permitidas, desde que não tenham caráter sensacionalista ou concorrência desleal. “O que é sensacionalismo é subjetivo, mas concorrência desleal, neste caso, é quando você age de maneira antiética”, acrescentou.

exagero no número de postagens – pois o compartilhamento exagerado pode ser visto como sensacionalismo. “O médico pode usar suas redes sociais para falar sobre seu trabalho, suas emoções na relação com os pacientes, bem como expor exemplos de sua vivência prática, evitando identificar pacientes, limitando os comentários ao contexto clínico, sempre respaldados pela literatura médica vigente.”

PRECAUÇÕES

Vattimo reforçou que hoje é permitido que os médicos compartilhem mensagens de elogio a terceiros, desde que não haja

Renato Azevedo Júnior focou nos desafios éticos enfrentados pelos profissionais da Saúde no campo da publicidade e divulgação de serviços médicos. Ele destacou a importância de não expor pacientes em propagandas comerciais, ressaltando a necessidade de separar o papel do médico como profissional de Saúde do papel de vendedor.

Segundo Azevedo, o Código de Ética Médica, em seu artigo 75, estabelece diretrizes para a publicidade médica, proibindo referências a casos clínicos identificáveis e a exposição de pacientes em anúncios profissionais ou

em meios de comunicação, mesmo com autorização. Esta norma visa proteger a privacidade e dignidade dos pacientes, evitando sua utilização como peças de marketing.

“No capítulo XIII do Código de Ética, dedicado à publicidade, são delineados artigos que estabelecem as práticas permitidas e proibidas”, pontuou. O diretor da APM enfatizou também a importância de imagens com foco em antes e depois nos contextos educativos, relacionadas à especialidade registrada do profissional, sem identificação dos pacientes e acompanhadas de informações terapêuticas relevantes.”

A questão da remuneração também foi discutida, com ênfase na transparência quanto aos valores das consultas, formas de pagamento e possibilidade de descontos em campanhas promocionais. No entanto, práticas como vendas casadas ou premiações são estritamente proibidas, visando manter a integridade e o respeito à relação médicopaciente.

9 MAIO/JUNHO DE 2024

QUASE 4 BILHÕES DE PESSOAS CORREM RISCO DE INFECÇÃO PELO AEDES

ALERTA É DE TÉCNICA DA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE

Quase quatro bilhões de pessoas em todo o mundo estão sob risco de infecções transmitidas por mosquitos do tipo Aedes – seja o Aedes aegypi ou o Aedes albopictus que, juntos, respondem por doenças como dengue, zika, chikungunya e febre amarela. O alerta é da líder da equipe sobre arbovírus da Organização Mundial da Saúde (OMS), Diana Rojas Alvarez.

Ao participar – por videoconferência – de encontro na sede da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) em Brasília, Diana destacou que a estimativa é que esse número – quatro bilhões – aumente em mais um bilhão ao longo das próximas décadas, sobretudo, por conta de fatores como o aque-

cimento global e a adaptação do Aedes a grandes altitudes. O mosquito, segundo ela, já pode ser encontrado, por exemplo, em montanhas do Nepal e da Colômbia, além de países da região andina.

SURTOS

A OMS monitora ativamente surtos e epidemias de dengue em pelo menos 23 países, sendo 17 nas Américas – incluindo o Brasil.

Segundo Diana, os casos da doença aumentaram consistentemente ao longo das últimas quatro décadas. Em 2023, entretanto, houve o que ela chamou de aumento muito significativo tanto de casos como de mortes pela doença.

“Um novo recorde”, disse, ao citar mais de seis milhões de casos reportados e mais de sete mil mortes por dengue em 80 países.

Para Diana, a expansão de casos se deve a fatores ambientais como o aumento das chuvas e, consequentemente, da umidade, o que favorece a proliferação do mosquito, além da alta das temperaturas globais, ambos fenômenos provocados pelas chamadas mudanças climáticas.

Ela disse, ainda, que é imprescindível melhorar a comunicação de casos e os sistemas de vigilância dos países em relação a arboviroses para ampliar ações de prevenção e combate em saúde pública.

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Fonte: Agência Brasil | Paula Laboissière

bra R$12.581,25. No entanto, a região Sudeste também não fica atrás, com a Faculdade São Leopoldo Mandic (FSLM) em São Paulo cobrando R$ 12.191,56.

CONFIRA A LISTA COM AS FACULDADES ABAIXO:

• FSLM

Faculdade São Leopoldo Mandic (São Paulo/SP)

R$ 12.191,56

• UNIVAG

Centro Universitário de Várzea Grande (Mato Grosso/MT)

R$ 12.581,25

MENSALIDADES DE R$ 12 MIL: VEJA AS FACULDADES DE MEDICINA MAIS CARAS DO BRASIL

Por Redação O Sul

Medicina é, de longe, o curso mais caro oferecido pelas instituições de graduação do País. A mensalidade no Brasil é considerada por muitos um obstáculo, principalmente para estudantes de baixa renda, que não tiveram acesso ou possibilidade de prestar o vestibular para uma instituição pública.

Entre as dez instituições de ensino com a mensalidade do curso de medicina mais cara do País, duas estão no Rio Grande do Sul, na Região Metropolitana de Porto Alegre.

Esse era o caso do campeão do BBB24, Davi, que entrou no programa com o objetivo de custear seus estudos. Em um levantamento foi constatado que o valor total da graduação de 6 anos pode chegar a R$864 mil.

(BA), cidade onde reside, que custa R$ 5.900 por mês.

Mas se decidir se mudar para o Rio de Janeiro, cidade na qual sua vida mudou, o jovem poderá pagar pela formação apenas quatro vezes. Na capital fluminense, o valor da mensalidade do curso pode ser encontrado a R$ 9.600.

O valor de R$ 2.920.000, do prêmio final, pode pagar uma faculdade de Medicina 6,8 vezes. Isso se ele optar pela instituição com menor valor de mensalidade em Salvador

A justificativa para esses preços elevados pode estar associada a diversos fatores, como infraestrutura de ponta, corpo docente altamente qualificado, investimento em pesquisa e tecnologia, entre outros. No entanto, para muitos estudantes, esses valores representam um verdadeiro desafio financeiro, exigindo esforços extras para custear a graduação.

Por exemplo, no Acre, a mensalidade no Centro Universitário Uninorte Faculdade Barão do Rio Branco (UNINORTE), no Acre, chega a R$ 12.442,72, enquanto no Mato Grosso, a Centro Universitário de Várzea Grande (UNIVAG) co-

• UNINORTE

Centro Universitário Uninorte Faculdade Barão do Rio Branco (Acre/AC) – R$ 12.442,72

• UniMax

Centro Universitário MAX PLANCK – (São Paulo/SP)

R$ 9.800,00

• FEEVALE Universidade Feevale (Novo Hamburgo/RS)

R$ 7.171,51

• ULBRA Universidade Luterana do Brasil (Canoas/RS)

R$ 8.810,67

• CEUCLAR

Centro Universitário Claretianorc (Rio Claro/SP)

R$ 9.278,95

• UNIFAE

Centro Universitário das Faculdade Associadas de Ensino (São João da Boa Vista/SP)

R$ 8.167,00

• UniSL

Centro Universitário São Lucas (Porto Velho/RO)

R$ 8.516,22

• FBM

Centro Universitário Barão de Mauá (Ribeirão Preto/SP)

R$ 8.219,50

11 MAIO/JUNHO DE 2024

SAÚDE EM MOGI DAS CRUZES - HPV

Apartir deste mês de abril, a Secretaria Municipal da Saúde de Mogi das Cruzes adota as recomendações da Divisão de Imunização Estadual em acordo com o Ministério da Saúde e disponibiliza o esquema vacinal contra o HPV - papilomavírus humano em dose única. A vacina está disponível para crianças e adolescentes com idade entre nove e 14 anos em todas as Unidades Básicas de

Saúde (UBS) da cidade, sob livre demanda, das 8 às 16 horas, de segunda a sexta-feira. O HPV está relacionado a uma das causas do câncer de colo de útero, terceiro tipo de câncer mais incidente entre mulheres, segundo o Ministério da Saúde, mas a infecção pelo vírus também acomete os homens. Por isso, a imunização é direcionada para meninas e meninos.

A proteção também é recomen-

CONGRESSO

dada para imunodeprimidos, vítimas de violência sexual e portadoras de papilomatose respiratória recorrente, de acordo com protocolo específico do Programa Nacional de Imunizações (PNI). Além desses grupos, adolescentes até 19 anos que não receberam nenhuma dose contra o HPV também devem ser vacinados. Para se vacinar é necessário levar caderneta de vacinas e documento de identificação.

Mogi das Cruzes participou do 37° Congresso de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo, em Santos (SP), com 17 trabalhos inscritos para a 20ª Mostra de Experiências Exitosas dos Municípios e para o 13º Prêmio David Capistrano. O evento foi promovido pelo Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo (Cosems) e neste ano teve como tema “Mudanças Climáticas e Impactos no SUS”.

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