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Energia sem limites setembro | outubro 2011 Nº23

ENSAIO FOTOGRÁFICO

As melhores fotos do concerto do Douro ve r sá r

i

o

ani

SPOTLIGHT

Sérgio Figueiredo

A importância da Fundação EDP para Portugal

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2º ano consecutivo

EDP é líder mundial nos Índices Dow Jones Sustentabilidade

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editorial

Razões para celebrar

A

EDP foi criada em 1976, através da fusão de 13 empresas nacionalizadas no ano anterior. Como empresa estatal, ficou encarregue da eletrificação de todo o país, da modernização e extensão das redes de distribuição elétrica, do planeamento e construção do parque eletroprodutor nacional e do estabelecimento de um tarifário único para todos os clientes. Nos últimos anos, muita coisa, entretanto, mudou. Durante os últimos 35 anos, a história da EDP tem sido pautada pela capacidade de antecipar tendências e de executar as mudanças necessárias que levaram a maior companhia portuguesa a importantes conquistas. O Grupo EDP tem, hoje, uma forte presença no setor energético mundial, estando presente em 13 países: Portugal, Espanha, Brasil, França, Estados Unidos, Reino Unido, Itália, Bélgica, Polónia, Roménia, Canadá, Angola e China. Atualmente, o Grupo EDP conta com 9,8 milhões de clientes de eletricidade e 1,1 milhões de clientes de gás, e mais de 12 mil colaboradores em todo o mundo. Nesta edição, o destaque vai naturalmente para o nosso 35º aniversário, que inclui uma reportagem fotográfica do concerto inédito, que se realizou num palco flutuante sobre as águas do Rio Douro. Uma comemoração num formato surpreendente e inovador, como a EDP sabe e gosta de fazer. E prova do saber fazer da EDP foi receber, com muito orgulho, pelo segundo ano consecutivo, o título de líder mundial nos Índices Dow Jones de Sustentabilidade, nas empresas do Setor Elétrico. Quer isto apenas dizer, da forma mais simples, que somos a Elétrica mais sustentável do mundo. Este ano, a empresa obteve uma classificação de 86 pontos, subindo dois pontos em relação ao ano de 2010 e é líder mundial na Dimensão Social. Na Dimensão Económica, a EDP continua a ser uma das melhores empresas do setor. De salientar a manutenção da pontuação máxima no critério Risk & Management. Temos, e vamos continuar a ter, certamente, muitos outros motivos para comemorar nos próximos anos.

por Paulo Campos Costa Diretor de Marca e Comunicação

Foi com muito orgulho que recebemos, novamente, o título de líder mundial nos Índices Dow Jones de Sustentabilidade, nas empresas do Setor Elétrico.

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índice

setembro | outubro

Ao longo de 35 anos, a EDP foi crescendo. Alargou os seus negócios e tornou-se uma empresa mundial. Fique a conhecer a obra da maior multinacional portuguesa.

06

FÓRUM

A edpon pergunta: o que motiva os colaboradores a fazer voluntariado?

07

BOLSA

08

MERCADO

EDP Renováveis com novos investimentos no Brasil, na Roménia e na Polónia.

14

CULTURA EDP

20

CAUSAS

24

Iniciativa Energia com Vida prova que os jovens também são solidários.

38

22

35 ANOS EDP

História, obras e conquistas da maior empresa portuguesa do setor elétrico.

EDP ON É UMA EDIÇÃO BIMESTRAL Proprietário EDP - Energias de Portugal, SA Praça Marquês de Pombal, 12, 1250-162 Lisboa Tel: 210 012 680 Fax: 210 012 910 gm@edp.pt Diretor Paulo Campos costa

INOVAÇÃO

Nova intranet do Grupo vai surgir com novo visual.

EDITORA PENÍNSULA PRESS SL / RUA DOS CORREEIROS 120, 4º ESQ / 1100-168 LISBOA ADMINISTRADOR EXECUTIVO STELLA KLAUHS INFO@ PENINSULA-PRESS.COM REDAÇÃO EDUARDO MARINO (EDITOR), JOANA PERES (REDATORA) ARTE MARTA CONCEIÇÃO, ANDRÉ NOIVO FOTOGRAFIA HUGO GAMBOA, JOÃO REIS E ADELINO OLIVEIRA, CDME-CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO DO MUSEU DA ELETRICIDADE, ISTOCKPHOTO, SXC REVISÃO ANA GODINHO COORDENAÇÃO EDP MARGARIDA GLÓRIA | DISTRIBUIÇÃO GRATUITA EM PORTUGAL — 23.000 EXEMPLARES; ESPANHA — 2.000 EXEMPLARES; BRASIL — 2.500 EXEMPLARES | HESKA INDÚSTRIAS TIPOGRÁFICAS CAMPO RASO, 2710 - 139 SINTRA — PORTUGAL. TEL +351 21 929 89 58 (GERAL); FAX +351 923 89 51 ISENTA DE REGISTO NA E.R.C., AO ABRIGO DO DECRETO REGULAMENTAR 8/6, ARTIGO 12º Nº1 - A ESTA PUBLICAÇÃO FOI ESCRITA AO ABRIGO DO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO

4 edpon

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índice

44

49

SPOTLIGHT

Sérgio Figueiredo, da Fundação EDP, explica porque é tão importante apostar na ligação da empresa à sociedade.

40

CAPITAL HUMANO

“Uma noite no Museu da Eletricidade” cativou mais de 70 participantes.

42

A NOSSA ENERGIA

Notícias que ligam os centros produtores às comunidades onde atuam.

54

FUNDAÇÃO

“The Time Machine” é o resultado do olhar do fotógrafo Edgar Martins sobre as barragens.

56

ENSAIO FOTOGRÁFICO

Imagens da festa dos 35 anos EDP.

64

EM DESTAQUE

Pedro Vasconcelos, chefe de Gabinete do presidente do CAE, fala sobre o desafio.

50

53

SUSTENTABILIDADE

O Grupo EDP mantém a liderança mundial do setor elétrico nos Índices Dow Jones Sustentabilidade. edpon 5

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fórum Responsabilidade Social das Empresas · A edp on pergunta

VOLUNTARIADO 2011 é o Ano Europeu do Voluntariado. A Responsabilidade Social das Empresas e o seu envolvimento em iniciativas sociais de apoio à comunidade, nomeadamente através da promoção e desenvolvimento de ações de Voluntariado, tem-se tornado um eixo do desenvolvimento das sociedades modernas. Nesse sentido, a EDP tem lançado vários projetos nos diferentes países onde desenvolve a sua atividade, procurando envolver os colaboradores e até os seus familiares, sendo o mais recente a iniciativa “Parte de Nós” em Portugal (consultar: www.partedenos.com). A edp on quer saber: o que mais motivaria os colaboradores a participarem em ações de voluntariado empresarial?

•4 9,32% - Contribuir para uma sociedade melhor 49,32%

• 35,14% - Ajudar quem mais precisa • 6,08% - Desempenhar uma atividade diferente do meu dia-a-dia de trabalho

35,14%

• 4,73% - Acreditar que este tipo de ações reforça a reputação da empresa na sociedade • 2,70% - A atual situação do meu país • 1,35% - Adquirir outras competências que podem ser 6,08%

úteis ao desempenho das minhas funções 4,73%

2,70%

1,35%

0,68%

• 0,68% - O efeito de contágio de ver outros colegas a fazerem-no

COMENTÁRIOS “Sinto que tenho a obrigação de devolver

“Gostaria de passar pela vida e sentir que

de se entregarem cada vez mais a uma

à sociedade parte do que ela me dá,

fiz a diferença. Essa é a grande Missão

causa? Certamente que as razões não se

pondo ao serviço de outros, as minhas

que sinto que me chama desde sempre.”

esgotam nesta reflexão, mas acredito ser esta uma das alavancas do voluntariado

competências pessoais. E se puder ajudar quem mais precisa, desempenhar

“A complexidade do voluntariado faz

- as experiências e vivências positivas

uma atividade diferente do meu ritmo

com que muitos defendam que não é

que proporciona a todos que se envolvem

diário e ver nascer um sorriso, também

saudável, ou possível, “fazer as contas”,

neste tipo de atividade.”

eu saio a ganhar pela experiencia e

isto é, apurar o que se dá e o que se

pelo retorno que recebo. Já vão alguns

recebe. Contudo, não podemos negar

“Um pequeno gesto ou ação pode fazer

anos em que tomei como prática o

que o mundo atual encerra em si mesmo

a diferença a quem precisa, e podemos

Voluntariado.”

esta dicotomia. Assim, e sem precisar

ter uma sociedade mais equilibrada sem

de pensar nem um momento, concluo

injustiças.”

“Acima de tudo, ajudar a sociedade civil

facilmente que esta atividade, que

a compreender que também no setor

desempenho diariamente, me permite

“Há um retorno social neste tipo de ações,

empresarial, e nomeadamente a EDP,

receber mais do que dar. O que, agora

que não encontra paralelo em retornos de

tem preocupações sociais e ambientais,

sim, refletindo, constitui uma certa

ordem financeira.”

tentando preservar o meio ambiente

ambiguidade, visto que ser voluntário é

e também de uma forma sustentável

ser altruísta e desinteressado, logo, dar

“Numa sociedade tendencialmente

o habitat natural, onde se faz sua

mais, ou pelo menos o mesmo, do que

individualista é bom acompanhar alguém

construção dos vários aproveitamentos

se recebe. Será esta busca de equilíbrio

que só precisa de uma mão para seguir o

energéticos.”

que torna os voluntários tão especiais,

seu caminho.”

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010 /10/0 7/7 20 2/2 11 010111 0808 08 /0/0 /0 7/7/2 7/ 20 20 111 01111 15 5/ 15 0 /0 7 /0 7/ /20 7/ 2 1 20 1122 0111 22 /0 22 /0 7/2 /0 7 7/ 20 1 /20 011 1 2 1 121 /08 1 12 /0 /20 /0 8 8/ 20 19 /20 11 11 /0 11 19 8/ 19 / 2 /0 8/ 208/ 011 20 6/ 20 11 08 11 26 /2 26 0 / /0 8/ 0208/ 11 20 /0 20 1 9 1 021 /201 02 1 / /0 9/ 090/9/ 1 20 0920 /1 1 091 2011 09 1 /0 1/60 9/0/ 9/ 20 92/0 210 1 111 1612 16 /90/ /0 90/9 9/ 2/02 20 1011 1 1 291 29 /0 /0 9/ 9/ 2 20 11 011 7/

/0

01

Brasil

40

39 40 40

38 39 39

37 38 37 38

36 37 36

35 35 36

34 34 35

33 33 34

33

Valor em Reais

5 Renováveis

5

5 4 4

3

4 3

3 21

2

2 10

Valor em Euros

Analista Espírito Santo Investimento Recomendação Comprar Preço Alvo Data

2,70 26-09-2011

Citigroup Manter 2,50 16-09-2011

Overweight

2,85 15-09-2011

UBS - Investment Research Comprar 3,00 02-09-2011

Exane BNP Paribas UNDERPERFORM

2,00 31-08-2011

Fidentiis Comprar 2,66 31-08-2011

Goldman Sachs International Comprar 3,40 30-08-2011

BPI - Banco Português de Investimento Acumular 2,85 04-08-2011

Merrill Lynch Comprar

2,95 29-07-2011

Deutsche Securities

Manter

2,60

28-07-2011

Cheuvreux

OUTPERFORM

2,97

25-07-2011

1 0

Collins Stewart

Comprar

3,25

19-07-2011

0

Nomura

Vender

2,50

18-07-2011

7/

01

01 01 /0 /0 77// 7/ 220 2 011 01 11 1 0088/ 08 /007 /0 7//20 7/ 201 20 111 11 15 15/015 /07/2/0 7/ 017/ 20 1 20 11 11 22 / 22 0722 /0 /2/00 7/ 171/ 20 20 12 11 11 /0 12 81/22 /0 /001 8 81 19 /20 /20 1 1 /0 8/ 1 1 19 1920 /0 /011 26 8/2 8/2 /0 01 01 8/ 1 1 26 26201 / / 1 02 08/ 08/ /0 20 20 9/ 1 1 2 1 1 02 02 011 09/09 /09 /0 /2 /2 9/ 0 0 20 11 11 09 09 11 16 /0 /0 /0 9 9 9//2 /2 2001 01 11 1 126 16 1 9//0 /0 099 9 //22 /2 0011 01 11 1 29 29 /0 /0 9/ 9/ 20 20 11 11

3,0 3,0 Portugal

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os cordões da bolsa

2,5 3,0 2,5

2,0 2,5 2,0 2,35

2,0 1,5 1,5

1,0 1,0 1,5

0,5 0,5 1,0

0,0 0,0 0,0 0,5

Valor em Euros

RECOMENDAÇÕES DOS ANALISTAS

Societé Generale Manter

2,50

30-09-2011

N+1

2,42

29-09-2011

38

HSBC (aumentar a sua exposição)

4,13 (expectativa de desempenho inferior)

(previsão de desempenho acima do índice de referência)

Vender

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mercado Negócios da EDP

O projeto de Tramandaí é o mais recente episódio do percurso de sucesso da EDPR no meio da atual crise. Roménia e Polónia são outros bons exemplos.

Investimentos com bons ventos EDP Renováveis está a debelar os ventos adversos da crise e a apostar na diversificação das suas fontes de financiamento para manter em marcha o ambicioso plano de investimento que abrange hoje destinos tão diversos como EUA, Brasil ou Europa. O exemplo mais recente foi a assinatura, em julho, de um Project Finance com o Banco Nacional de Desenvolvimento Económico do Brasil (BNDES), no valor de 228 milhões de reais (100 milhões de euros) para o

A

parque eólico de Tramandaí, no estado do Rio Grande do Sul e que será o primeiro a ser desenvolvido e construído pela EDPR, no Brasil. O parque representa uma potência de 70MW. O projeto de Tramandaí é o mais recente episódio do percurso de sucesso da EDPR no meio da actual crise económica e financeira. Além do Brasil, a empresa conseguiu, também em julho, duas Project Finance no valor de 188 milhões de euros para a construção de três parques

eólicos na Roménia, atribuídas por um consórcio de bancos liderado pelo Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento (BERD) e o IFC, pertencente ao Banco Mundial. O primeiro financiamento, no valor de 115 milhões de euros, destina-se aos parques Cernavoda I e II com uma potência total de 138 MW, enquanto o segundo será dirigido ao parque Pestera que irá oferecer uma potência de 90 MW. Estas infra-estruturas marcam a estreia da EDPR no mercado romeno.

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mercado

Lojas EDP vendem Certificações Energéticas

A EDP Soluções Comerciais colabora com a EDP

classe energética e indica as medidas a implementar.

Serviços e a Home Energy, angariando clientes

Posteriormente, é efetuado o registo do certificado

interessados em aderir à Certificação Energética (CE)

energético do imóvel na ADENE e enviado para o

dos seus imóveis. Depois de receberem formação

cliente. Classificando o desempenho energético de um

adequada, os colaboradores das Lojas e Agentes

edifício ou fração autónoma, numa escala de A+ a G, a

Exclusivos EDP ficaram aptos a promover este serviço

CE recomenda medidas de melhoria que possibilitam

desde o início de julho. O procedimento no terreno é

reduzir custos com energia. A CE é válida pelo período

simples. Faz-se o agendamento da visita ao imóvel por

de 10 anos, constituindo, atualmente, uma obrigação

um perito qualificado da Home Energy, que calcula a

legal para a venda ou arrendamento de imóveis.

EDP VENTURES

A aposta na inovação tecnológica

188M€ para a construção de três parques eólicos na Roménia

228M Reais

535 M Zlotys Rui Teixeira foi eleito como o melhor CFO de

para a construção do parque eólico de Tramandaí

para o parque eólico de Margonin, na Polónia

2010 na relação com o mercado em Portugal

Os países do Centro e Leste europeu não são terreno desconhecido para a empresa. Em setembro do ano passado, a Polónia passou a engrossar a lista de financiamento acordada. Para o parque eólico de Margonin, que possui uma capacidade de 120 MW, foi negociado um financiamento de 535 milhões de zlotys (cerca de 135 milhões de euros), provenientes de um outro consórcio de bancos liderados pelo BERD e pelo Banco Europeu de Investimento (BEI). O plano de financiamento deste projeto foi ainda reconhecido como Best Sustainable Agreement 2010 pela EMEA Finance, que o considerou uma “referência para a região” onde se insere. O apoio a estes projetos, e outros atualmente em fase de negociação, mostram o reconhecimento que a EDPR tem tido junto dos investidores que continuam a apostar na companhia e no seu plano de expansão. Além do sucesso em obter estruturas contratuais favoráveis, a EDPR tem conseguido financiar-se a taxas muito atrativas, numa época onde o investimento não

está disponível ou é demasiado caro. Segundo Rui Teixeira, Chief Financial Officer (CFO) da EDP Renováveis, “a participação de bancos internacionais nos nossos Project Finance mais recentes têm dado aos investidores a confiança para continuarem a apostar na EDPR que está a financiar-se a taxas de 6% a dez anos e a evitar os efeitos da crise na Europa”. Rui Teixeira foi eleito recentemente pela Deloitte como o melhor CFO de 2010 na relação com o mercado em Portugal. A confiança dos mercados e dos investidores no projeto da EDPR está relacionado também com os excelentes resultados obtidos. No primeiro semestre de 2011, o resultado líquido atingiu os 90 milhões de euros, o dobro do período homólogo de 2010, enquanto o lucro operacional subiu 49%, para 353 milhões de euros. O investimento totalizou os 345 milhões de euros. Nos primeiros seis meses do ano, a companhia instalou uma potência de 486 MW, cerca de 60% da capacidade instalada prevista para 2011.

Em junho, a EDP Ventures Fundo de Capital de Risco da EDP - concluiu o seu segundo investimento direto, através de uma participação acionista na Feedzai - Consultoria e Inovação Tecnológica, S.A.. Empresa nacional constituída em dezembro de 2008, a Feedzai é resultado de um spin-off tecnológico da Universidade de Coimbra, que desenvolve software de processamento de grande volume de dados, em tempo real, para mercados de Complex Event Processing (CEP) e Business Activity Monitoring (BAM). Este tipo de software tem uma relevância crescente para o Grupo EDP, com aplicação direta em diversas áreas: monitorização e deteção de problemas na rede de distribuição de alta e média tensão, gestão de informação no âmbito do projeto Inovgrid, monitorização e deteção de problemas em parques eólicos, e gestão de informação no âmbito de novos serviços de energia. O software foi já testado, não só pela EDP, mas também pelo BES e pela Novabase (envolvendo a Vodafone e a SIBS), com resultados excecionais. A Espírito Santo Ventures e a Novabase Capital fazem parte do Consórcio de investidores que aderiu à primeira ronda de levantamento de capital da Feedzai.

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mercado

Contact Center Ibérico A EDP PASSOU A DISPOR DE UMA PLATAFORMA DE VOZ ÚNICA QUE SERVE DE FORMA INTEGRADA PORTUGAL E ESPANHA. NO DIA 1 DE MARÇO, FORAM ATENDIDAS AS PRIMEIRAS CHAMADAS DA HC EM PORTUGAL. BEM-VINDOS AO NOVO CONTACT CENTER IBÉRICO Os quatro pontos onde existem centros de atendimento telefónico – Odivelas, Seia, Bilbao e Gijón – passaram a fazer parte de um único “grande” Contact Center. Tudo teve início no âmbito do projeto Sharedp, no qual foi identificado, no final de 2009, um

grande potencial de captura de sinergias, através da integração dos quatro contact centers que existiam na Península Ibérica. Este projeto obrigou a um investimento da EDP em tecnologia, pessoas e formação, para poder fazer mais e melhor.

No início de dezembro, concluiu-se a integração da plataforma de voz entre os pontos de Espanha e de Portugal

EVOLUÇÃO DO PROJETO A importância deste projeto e a qualidade do Contact Center da EDP Soluções Comerciais foi reconhecida e premiada pela Associação Portuguesa de Contact Centers, no final do mês de Maio: • Melhor Contact Center de Utilities 2011 • Innovation Award 2011, atribuído pela Altitude Software Pela criação do novo canal click-to-call, que facilita o contacto com os clientes Pela Integração do Contact Center ao nível Ibérico Pela implementação da operação baseada em best practices e controlada por métricas

números contact center

Em junho de 2010, finalizou-se a renegociação dos contratos de prestação de serviços de operação de contact center para os dois pontos de Espanha

160 80

90%

230

chamadas atendidas até 1 min.

380*

50%

13,5

>

chamadas atendidas até 10 seg.

850

postos de trabalho

Milhões de chamadas atendidas (aprox.)

4,5

1.200

+

atendedores

18M

>

min. tempo médio de atendimento

Euros Valor anual da prestação de serviços

45

Linhas de atendimento

* Os números representados no mapa equivalem a postos de trabalho

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mercado

O edpOnline está a mudar Dez anos. Uma idade redonda que traz a evolução ao edpOnline.

com os seus fornecedores através de canais remotos. O conforto

Estamos a criar a base para uma área reservada para todos

do lar e a flexibilidade dos horários, aliados à simplicidade dos

os clientes EDP, a Área de Cliente. Começámos por mudar a

processos, leva a que cada vez mais a Internet e o telefone sejam

tecnologia e a arquitetura de navegação. A imagem foi também

os canais eleitos.

recriada com o mood da nova marca EDP.

Também a EDP responde aos seus clientes, modernizando

Atualmente no edpOnline estão presentes a EDP Serviço Universal,

e aumentando a capacidade de resposta dos canais digitais.

a EDP Comercial e a EDP Distribuição. Na Área de Cliente, também

Proporcionar uma experiência de qualidade que vá ao encontro

a EDP Gás disponibilizará serviços, ainda este ano.

das necessidades dos clientes é a vocação da nova Área

Hoje em dia, os clientes revelam uma preferência pela relação

de Cliente.

23 Km Comprimento 9M€ Investimento

Naturgas Energía inaugura Gasoduto A companhia inaugurou, a 17 de junho, como HC Energía, o gasoduto Serinyà-Figueres, de 23 quilómetros, no qual investiu 9 milhões de euros. Esta infraestrutura, que liga Figueres à rede gasista veio não só melhorar a segurança do abastecimento, como eliminar o elevado tráfego de camiões - que chegavam a ser até meio milhar, anualmente – ao suprimir a central de gás natural liquefeito (GNL), que fornecia também Vilafant, assim como gaseificar outros municípios como

Navata e Santa Llogaia D’Àlguema. As questões ambientais prevaleceram na execução da infraestrutura, com importantes investimentos em ações preventivas, e a recuperação paisagista final de todo o traçado. Este é o segundo grande projeto do Grupo na zona, com o objetivo de melhorar a qualidade e a segurança de abastecimento de gás desde a integração da Gas Figueres. O primeiro grande projeto foi o Plano Diretor de subestação de redes de

Figueres, a substituição de velhos por novos materiais plásticos de polietileno, a que correspondeu um investimento de 6 milhões de euros. A inauguração contou com a presença do diretor geral de Energia, Minas e Segurança industrial da Generalitat, Josep Canós i Ciurana, o tenente de Alcalde do Ayuntamiento de Figueres, Manuel Toro, e com o diretor geral de Negócios Regulados da Naturgas Energía, Juan Ramón Arraibi.

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mercado

1. º Semestre 2 0 1 1

Resultado líquido cresce 8% resultado líquido da EDP cresceu 8% para 609 milhões de euros na primeira metade do ano. Resultados fortes sustentados numa estratégia de diversificação: “este aumento de 8% deve-se àquilo que é a capacidade da empresa ter criado oportunidades fora de Portugal e, neste momento, crescimento essencialmente no Brasil e através das Renováveis no mundo inteiro”, afirmou António Mexia, presidente da EDP. Apesar da conjuntura nacional e internacional

O

desfavorável, 61% do EBITDA foi gerado fora de Portugal: crescimento de 15% no Brasil e de 19% na EDP Renováveis. Já em Portugal, o EBITDA, que caiu 10%, foi afetado pelo fim do Contrato de Aquisição de Energia (CAE) do Carregado e pela quebra no consumo de eletricidade. Apesar da expansão fora de Portugal suportar o crescimento de EBITDA, António Mexia, acentuou que nos primeiros seis meses de 2011, cerca de “40% do investimento da empresa

40%

€3,0MM

do investimento da empresa foi feito em Portugal

liquidez financeira

€609M Resultado líquido

foi feito em Portugal”, acrescentando que este valor “mostra o peso da importância da elétrica para Portugal”, que trabalha diretamente com “mais de mil empresas nacionais”. Quanto à liquidez financeira do Grupo, 3 mil milhões de euros, estão asseguradas as necessidades de financiamento até ao primeiro semestre de 2013, sendo que a colocação em mercado de 14% da EDP Brasil forneceu um encaixe financeiro de 350 milhões de euros.

61%

do EBITDA gerado fora de Portugal (+15% no Brasil e +19% na EDP Renováveis)

€1.900M EBITDA

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culturaedp Os métodos mais eficientes e os valores que servem de exemplo

Assembleia Geral Fim da participação do Estado aprovada Os acionistas da EDP votaram e aprovaram, no dia 25 de agosto, em assembleia geral, o fim dos direitos especiais do Estado, tal como era exigido pela troika, no memorando de entendimento assinado com o Governo. Os votos favoráveis atingiram os 94% do capital representado na assembleia geral. António Mexia, presidente da EDP, afirmou que a empresa é “atrativa para novos acionistas”, porque tem crescido mais depressa que o resto do setor e com menos risco que as concorrentes. “A operação de privatização pode e deve ser encarada como uma oportunidade para a companhia”, sublinhou. António Mexia destacou, ainda, o “quórum recorde” da assembleia geral, no qual mais de 71% do capital esteve representado. O desafio, agora, passa por “todos os intervenientes” na EDP darem o seu melhor para que o processo de privatização “seja um sucesso”. Vários são os interessados na privatização da elétrica que, com os direitos de voto desblindados se torna, ainda, mais apetecível.

EDP com melhor Relatório e Contas A EDP foi distinguida na categoria

Grupo em 2010. A versão síntese

profissionais e as instituições com

de Melhor Relatório e Contas

continha, também, um vídeo em

a melhor performance durante

no setor não financeiro, na 24.ª

animação 3D, em que se resume a

o ano de 2010. É uma iniciativa

edição dos Investor Relations &

atividade do Grupo.

promovida pela Deloitte, em

Governance Awards (IRGA), no dia

António Mexia, presidente do

parceria com o Diário Económico,

7 de julho. O Relatório e Contas

Conselho de Administração

que visa premiar dirigentes,

2010 do Grupo EDP, elaborado

Executivo, recebeu o prémio

profissionais do mercado,

pela agência Happy Brands, além

em nome da EDP e reforçou

personalidades ou instituições

da versão normal, contava ainda

a importância da equipa e do

que tenham contribuído para a

com uma versão síntese, onde

trabalho desenvolvido em prol da

qualidade da informação financeira

se destacavam os principais

transparência.

e que, simultaneamente, promovam

indicadores da atividade do

Os prémios IRGA consagram os

boas práticas no setor.

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cultura edp

Excelência em Comunicação A intranet, a televisão interna e a edição especial EDPLife foram distinguidos este ano com o Prémio Excelência em Comunicação da APCE - Associação Portuguesa de Comunicação Empresarial. Este é o 3º ano consecutivo em que a comunicação da EDP é premiada por diferentes projetos e iniciativas no âmbito da Comunicação interna, Comunicação institucional, e Marca e Eventos.

Encontro de Quadros da EDP Distribuição

Cerca de cerca de 800 quadros da EDP Distribuição, e mais de meia centena de convidados, estiveram presentes no Encontro anual de quadros da empresa. João Torres, presidente do Conselho de Administração (CA) da EDP Distribuição, abriu o Encontro fazendo o balanço do programa Distribuição 2012, em que foram apresentados os resultados relativos aos KPI (Key Performance Indicator) corporativos da Empresa, cujas metas foram plenamente atingidas. Para João Torres, a EDP Distribuição tem um papel fundamental na mudança de paradigma. “Caminhamos para um sistema elétrico de distribuição inteligente, centrado na telegestão de energia e na microgeração, transformando de modo radical a eficiência das operações e a qualidade de serviço, onde a interação com o Cliente é determinante. Queremos e vamos fazer desta empresa, a empresa da energia inteligente por excelência. Para isso, estamos a criar cidades InovGrid”. Os membros do CA da empresa, sponsors dos quatro eixos estratégicos do Programa Distribuição 2012 - Excelente Qualidade de Serviço, Risco Controlado, Rentabilidade Superior e Inovação Constante – deram, então, resposta a questões sobre temas tão diversos como outsourcing, mobilidade elétrica, futuro do operador de rede, gestão de carreiras,

e outras formuladas por quadros da empresa no decurso de quatro workshops de preparação do Encontro. O “Caso EDP”, em que foi traçado o roadmap da distribuição de energia elétrica em Portugal, com particular enfoque no período pós-criação da EDP Distribuição, constituiu um momento marcante do Encontro. O PCAE da EDP, António Mexia, encerrou a sessão da manhã, com palavras de reconhecimento e incentivo, destacando que “temos de fazer a diferença a partir do que é nosso”. António Mexia não deixou de dar relevo ao facto de estarmos “num quadro em que geramos e distribuímos energia de uma forma diferente. As redes inteligentes são um enorme desafio, que torna a EDP Distribuição ainda mais importante do que já é. A distribuição está a viver o início de uma fortíssima revolução que tem que ver com a introdução de mais inteligência na gestão da rede e na relação com o consumidor final”. António Mexia terminou a sua intervenção, afirmando: “Nós estamos do lado da solução da economia portuguesa, da ajuda ao crescimento, da inovação tecnológica, da modernização da sociedade, da qualificação dos recursos humanos. Estamos do lado dos acionistas e dos clientes”. Para António de Almeida, presidente do

Conselho Geral e de Supervisão, que fez uma resenha histórica da evolução da distribuição de energia elétrica em Portugal, valeu a pena criar a EDP Distribuição. “É, hoje, uma empresa muito eficiente e que se compara com as melhores empresas de distribuição do espaço económico em que nos inserimos”, concluiu. António Martins da Costa, administrador da EDP, encerrou o Encontro, congratulando-se com a dinâmica e eficiência operacional que a EDP Distribuição vem demonstrando, comprovada, entre outros indicadores, por uma melhoria consistente na qualidade de serviço. Manifestou, também, orgulho na forma como o Projeto inovGrid, concretizado na InovCity de Évora, tem evoluído e merecido particular atenção em termos internacionais, de que é prova a recente distinção pelo Conselho Europeu. Novecentos livros, resultantes de dádivas dos participantes no Encontro, foram recolhidos e entregues ao Centro Paroquial de Avanca, numa manifestação de partilha e ativa solidariedade da empresa para com a comunidade. O Encontro encerrou, de facto, com um momento de alegria e boa disposição, em que quinze colaboradores da EDP Distribuição interpretaram e cantaram várias temas musicais de inspiração popular.

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cultura edp edp way

900

EDP WAY Os atores da partilha

colaboradores diretamente envolvidos (multigeografia e multinegócio)

5

projetos

Partindo da necessidade de aumentar o conhecimento entre os projetos, mais do que um momento, pretendeu-se criar um movimento unificador, mobilizador e inspirador da filosofia edp way. E as cross teams foram os grandes impulsionadores desta forma de estar EDP. Saiba de que forma e até onde conseguiram levar o edp way.

5

cross teams filmes

Num programa composto por cinco projetos, assentes nos dois eixos estratégicos cultura e execução, este movimento traduziu-se, acima de tudo, em partilhar conhecimento e experiência. Na convicção de que o todo é maior do que a soma das suas partes, desenhou-se um plano de dinamização interna, tendo o conceito de “cross teams” como “célula-base”. Ou seja, equipas multidisciplinares, multinegócios e multigeografia, representantes dos cinco projetos edp way. Estas equipas - constituídas por cerca de 11 elementos cada (quatro elementos “trainers”, quatro “presentation” e três provenientes de um caso prático do projeto em questão) – abraçaram o enorme desafio de preparar uma apresentação de cada um dos projetos com uma linguagem emocional, através do desenvolvimento de curtas-metragens. Um dos grandes objetivos deste formato era aumentar a eficácia da comunicação, evitando o recurso aos jargões técnicos de cada projeto, permitindo a aproximação do público à mensagem a transmitir. O envolvimento das equipas, embora com experiências muito diferenciadas, foi grande e até a distância geográfica foi facilmente ultrapassada com a realização de vídeoconferências. O resultado foi surpreendente! Quem não conhecia algum dos projetos ficou conhecedor de todos eles, através dos filmes realizados pelas cross teams. Foram os verdadeiros atores da partilha. 16 edpon

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edp way cultura edp

+ opex lean edpro sharedp

“(…) a descoberta desta cultura organizacional, que sabemos que está cá, mas que o edp way quer trazer cá para cima e dizer: estes são os nossos cromossomas” António Martins da Costa

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cross teams

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“O que é que temos de fazer?! Um filme?!!!!! Estou no ‘casting’ errado! Depois juntámos as pessoas, juntámos os sonhos de cada uma, adicionámos a partilha, a alegria, a dedicação e a amizade. Mexemos tudo muito bem… e, ei-lo! O filme edp way” Felicidade Costa (dinamizadora cross team)

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cultura edp edp way

+

As várias fases…

Equipa do projeto

14 Mar

2 Nov

Reunindo competências complementares, a

PRÉ-EVENTO workshop com cross teams para visualização dos filmes em 1ª mão

arranque de projeto com focal points

15 Nov

equipa Umanism / EDP juntou focal points dos projetos, consultores, diretores criativos, técnicos de meios audiovisuais e a atriz Ana

30 Mar

Brito e Cunha que, para além da direção de

convite cross teams

24 Nov reuniões de validação do guião final

NOVEMBRO DEZEMBRO

filmagem das equipas

relatório (inputs do workshop)

JANEIRO

MARÇO

reuniões tutoriais • orientações práticas às equipas • pré-ideias

FEVEREIRO

atores, assumiu o papel de “embaixadora”

EDP WAY DAY • 400 convidados • 40 equipas • 20 dinamizadores • teambuilding •debate responsáveis • workshop sinergias

edição de filmes e making of

ABRIL

edp way tendo sido pivô dos eventos realizados.

ROADSHOW • 6 sessões • 900 convidados • workshop sinergias

MAIO

recolha de inputs dos dinamizadores para relatório preliminar

JULHO JUNHO follow on

team building

Criação de guião para filme pelas equipas

Partilhar para fazer acontecer! Uma forma de dar início à partilha “para fora” aconteceu com o pré-evento, realizado dia 14 de março, onde todas as cross teams estiveram presentes. Foi o momento de apresentar a todas as equipas, os trabalhos desenvolvidos por todos e de os revelar a alguns convidados EDP. No Museu da Eletricidade, um quiz foi totalmente adaptado ao espaço e projeto, de modo a dinamizar o grupo, que, através dele, conquistou o “acesso” à visualização dos filmes. Este pré-evento, foi também a altura escolhida para que as equipas, enquanto verdadeiras conhecedoras do projeto, votassem na cross team cujo trabalho mais lhes pareceu preencher os critérios definidos: simples, surpreendente, concreto, credível e emocional. A escolha recaiu sobre a cross team OPEX, que levou como prémio uma atividade de teambuilding, para a qual foram convidados elementos das restantes equipas. Uma atividade que consistiu numa prova de orientação em jipes e na descida do rio Zêzere, em canoas. As equipas foram novamente “misturadas” e, com a dose certa de ambição e cooperação, reforçaram uma vez mais a assinatura “juntos fazemos mais sentido”.

No pré-evento, todas as equipas enfrentaram mais um desafio: constituírem-se como dinamizadores das sessões que se seguiriam, de modo a acompanhar e prestar apoio às equipas de trabalho no evento e roadshow.

E assim foi! Daqui saíram os dinamizadores que tiveram um papel determinante para o sucesso de todas as sessões, junto dos colegas: conseguiram criar clareza, bem como facilitar e energizar os colegas, seduzindo-os para o projeto.

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edp way cultura edp

Levar mais longe “Considero que a boa disposição demonstrada nas tarefas que efetuámos juntos, fortaleceu o hábito de olhar para as coisas com esperança, pensando sempre num futuro melhor. E isso... foi algo contagiante. Ser dinamizador do edp way, reforçou ainda mais a minha ideia de que trabalhar com uma alegria constante, é uma prova clara de sabedoria!!!” Virgínia Andrade (dinamizadora cross team)

“Dinamizar o edp way foi uma troca justa, com saldo muito positivo... Desafiei e fui desafiada, mas o mais importante é que aprendi imenso e diverti-me ainda mais!”

O EDP Way Day, no dia 30 de março, foi um grande dia dedicado ao envolvimento e reconhecimento de todo o trabalho do edp way. Mas o EDP Way Day foi mais longe através do roadshow por várias geografias onde o Grupo EDP atua. Pretendeu-se, assim, levar de uma forma simplificada a todos os que, apesar de envolvidos no movimento, não estiveram presentes no dia do evento. Foram realizadas seis sessões entre Portugal e Espanha, onde se implementaram réplicas do mural e do workshop de ideias. Os responsáveis de projeto acompanharam todas as sessões, num evidente esforço de gerar proximidade e clareza sobre os projetos, sempre num tom coloquial, aberto e transparente.

Marisia Giorgi (dinamizadora cross team)

“Ter sido dinamizador foi reconhecer e valorizar as tendências, praticar a empatia e transmitir energia para que fosse dirigida aos trabalhos. Foi... aprender com todos os que aprendiam” Teixeira Pedro (dinamizador cross team)

Porque só assim é que faz sentido Num Grupo como a EDP, onde impera uma cultura forte e hierárquica, a filosofia deste programa é um enorme desafio. O edp way é um agitador de mentalidades, um impulsionador da mudança e da cultura EDP. Continuar a fazer sentido é mostrar coerência e pragmatismo, para que a ideia “juntos fazemos mais sentido” não seja uma mera assinatura. O edp way é, aliás, um excelente embaixador dos valores da marca: da

humanização pela vontade, envolvimento e partilha entre pessoas e equipas; da sustentabilidade, pois procura a manutenção de práticas de negócio sustentáveis e transversais a toda a organização; e da inovação, pois vive na procura permanente de ideias, melhorias e otimizações. E a marca é a face visível de que a mudança é uma constante na organização. A execução é o que permite fazer a mudança acontecer.

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causasedp Capacidade económica e empenho social

Quem disse que os mais jovens não são solidários? A primeira edição da iniciativa Energia com Vida, com o apoio da EDP Gás, provou o contrário.

Energia com Vida demonstra solidariedade de alunos primeira edição do projeto Energia com Vida, da EDP Gás, terminou no final do ano letivo 2010-11 e foi um sucesso. No total, foram concretizados pelas escolas participantes 78 projetos de intervenção nas diferentes áreas dinamizadas pelo Energia com Vida: pobreza e fome, população sénior, analfabetismo, conviver com a diferença, desemprego, sustentabilidade ambiental

A

e parceria global. O projeto permitiu demonstrar a solidariedade de alunos de diversas escolas dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico dos distritos de Porto, Braga e Viana do Castelo. Foram 10 as escolas distinguidas pelo excelente desempenho ao nível da solidariedade, cujos alunos viram os seus projetos expostos no evento final que reuniu estas equipas na nova sede da EDP no Porto.

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causas

FUNDAÇÃO SÍNDROME DE DOWN NA CANTÁBRIA

RECEBE COMPUTADORES

A Naturgas Energía ofereceu à Fundação Síndrome de Down da Cantábria 12 computadores, que serão utilizados na formação de pessoas com Síndrome de Down. O acordo entre a empresa e a referida instituição foi assinado a 28 de junho, e no ato da entrega do equipamento estiveram presentes Maria Victoria Troncoso, presidente da Fundação Síndrome de Down da Cantábria, e José Alonso, diretor-geral da Naturgas Energía em Cantábria.

Entrega dos prémios Naturcuentos

• I niciativas de promoção de Literacia e Gestão Financeira e de Poupança Criativa Analfabetismo: • Ensino de seniores a ler e a escrever • Criação de uma escola sénior, com programa estudado pedagogicamente, que incluiu aulas de línguas, de informática, visitas culturais, etc. Conviver com a diferença: • Palestra sobre ‘Acessibilidades’ • Integração de pessoas com deficiências em equipas escolares • Realização de obras na habitação de uma família de etnia cigana ALGUNS EXEMPLOS DE PROJETOS DE INTERVENÇÃO População sénior: • Convívio com a população sénior (animação de centros de dia, almoço com idosos na escola) • Participação de idosos em atividades da comunidade escolar (destaque para uma ‘aluna’ especial que, aos 91 anos, foi pela primeira vez à escola); • Arranjo de cabelo e unhas de idosos Pobreza / Fome / Desemprego: • Angariação de fundos para instituições de solidariedade social • Distribuição de cabazes de alimentos a famílias de alunos mais carenciados • Recolha de roupa, calçado e livros

Sustentabilidade ambiental: • Ações de reflorestação, recolha de resíduos • Limpeza de espaços escolares • Criação de roteiros de espaços naturais a visitar Parceria global: • Angariação de livros e de material didático para Moçambique • Campanha de angariação de donativos ‘Reconstruindo o Haiti’ Aqui ficam algumas imagens e o convite para descobrir mais sobre esta iniciativa no site: www.energiacomvida.org.

Os prémios Naturcuentos, inseridos na iniciativa Viva a Nossa Energia, foram entregues a 21 e 23 de junho. Foram quatro as crianças que levaram, cada uma, um computador para casa. O primeiro prémio, nas idades compreendidas entre os 6 e os 8 anos, foi entregue a Hugo Mazariegos, de 7 anos, da Escola Ander Deuna de Sopelana. Para a classe entre os 8 e os 10 anos, os prémios foram para Cristina Santos, de 9 anos, do Colégio Juan Delmás, do Bairro de la Peña, em Bilbao, a quem a estação de rádio Cadena Ser fez uma entrevista e resumiu o seu conto, emitido na rádio no dia 24. Os outros dois prémios foram para Lúcia Rivas, de 10 anos, do Colégio San Martín de Vitoria, e para Mirari Aguado, de 9 anos, residente em Portugalete. A EDP On e a Cadena Ser entrevistaram Mirari, que relatou o seu conto sobre uma gaivota que voa pela costa basca, observando os abusos feitos ao meio ambiente. No final, todos os colégios expressaram a sua satisfação e carinho por esta iniciativa.

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inovação O ator principal é você!

Visão e missão da nova intranet

Novidades: TOP 5

Visão:

• Comunicação global e mais

Comece já a participar na

Ser um espaço privilegiado de encontro, partilha e

construção da nova intranet!

trabalho de todos os colaboradores do Grupo EDP. • Web 2.0 (comentários,

Ainda vai a tempo de nos ajudar

fóruns, blogues)

a fazer uma intranet

Missão:

à sua medida, simples, acessível,

• Fomentar a partilha do conhecimento e das

funcional e bonita. Aguardamos os seus comentários, sugestões e ideias para a nova intranet.

processos de negócio

melhores práticas do Grupo • Disponibilizar serviços que facilitem o dia-a-dia

• Diretório de colaboradores global e interativo

dos colaboradores • Transmitir a cultura comum do Grupo,

Envie-as para

respeitando as especificidades locais de cada

intranet@edp.pt.

empresa • Potenciar sinergias entre as várias áreas de

• Alertas, notificações e personalização • Acesso externo e móvel

negócio da empresa • Informar sobre as atividades do Grupo

…e muito mais!

• Agregar ferramentas de trabalho

Nova intranet EDP: estreia em 2012 Mais de 60 pessoas estão neste momento a trabalhar, em contrarrelógio, no projeto moveON. Tudo para que, em 2012, se assista à grande estreia da nova intranet do Grupo EDP. Pela primeira vez, vamos todos falar a uma só voz, quer estejamos em Portugal, no Brasil, em Espanha, nos Estados Unidos ou em qualquer outro ponto do planeta. Esta será uma intranet verdadeiramente global e, ao mesmo tempo, única e feita à medida de cada um dos colaboradores EDP. Participação, simplicidade, personalização e mobilidade são as caraterísticas que vão marcar a tendência a partir de 2012. A nova intranet pretende transformar a Torre de Babel que é a EDP - um mundo de línguas, empresas e países - num fórum aberto de partilha e discussão de ideias, saberes e culturas. Esta vai ser uma ferramenta de comunicação e de trabalho indispensável, na qual será mais fácil encontrar e ser

encontrado, participar e receber feedback, conhecer e ser conhecido. O TRABALHO DE BASTIDORES JÁ COMEÇOU! MoveON é o nome deste projeto ousado, ambicioso e pioneiro que vai passar do papel para o ecrã do seu computador a sua nova intranet. A equipa de produção da nova intranet é transversal, envolvendo pessoas de todas as empresas e países em que a EDP está presente. Mais do que um projeto de comunicação ou de sistemas de informação, o moveON é um projeto de transformação cultural da empresa, para uma EDP mais inovadora, transparente, aberta e participativa. A estreia está marcada para o próximo ano. Não falte!

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inovação

Ponto Único de Contacto

Service desk mais global Resolver os incidentes é agora mais simples que nunca: basta aceder ao PUC (Ponto Único de Contacto), a nova ferramenta de Service Desk, no portal Sou EDP, e reportar. As vantagens são inúmeras. Além de ver o seu problema encaminhado e resolvido mais depressa, poderá contribuir para uma redução de custos da empresa. A utilização dos meios mais comuns para a resolução de incidentes e pedidos – telefone e email – têm apresentando diversas limitações. O telefonema é, muitas vezes, o meio mais demorado, especialmente, em situações de grande afluência. No caso do email, o pedido corre o risco de não ser corretamente interpretado e tipificado. Todas estas condicionantes podem pôr em causa a qualidade da informação e aumentar, consideravelmente, o tempo despendido para a resolução do pedido. Tudo isto e a vontade de unir

estão disponíveis no seu posto de trabalho; listas de templates e manuais úteis; aceder ao catálogo de serviços e fazer o seu pedido. A utilização do PUC é fácil e intuitiva. Por exemplo, para fazer pedidos de compra de equipamento tecnológico, basta adicionar os objetos que pretende ao carrinho de compras e proceder ao check-out quando quiser terminar. todas as geografias EDP, levaram à criação do PUC. Como aceder? O Portal encontra-se na rede, utilizando o Cloud Computing, que permite uma fácil consulta dos seus pedidos, onde quer que se encontre, desde que ligado à Internet. Na página do PUC, é possível realizar inúmeras tarefas relacionadas com programas e equipamentos tecnológicos: consultar o estado dos seus pedidos e saber a quem foram atribuídos; ver que equipamentos de software e hardware

Transversalidade em todos os sentidos No final do ano, o PUC estará disponível em Portugal, Espanha, resto da Europa e EUA, com conteúdos nos respetivos idiomas de cada país. Mais tarde, será a vez do Brasil. Mas esta nova ferramenta não serve apenas os utilizadores EDP. O PUC estará disponível, também, para os próprios fornecedores de TI que, ao utilizarem a mesma plataforma, permitirá que os serviços tecnológicos requisitados sejam fornecidos com maior brevidade.

Windows 7 mais 1.400 postos de trabalho até ao fim do ano A EDP foi uma das primeiras empresas nacionais a adotar o sistema

Recentemente, a DSI obteve uma certificação da Microsoft da

operativo Windows 7, há cerca de um ano. Novas funcionalidades

imagem de posto de trabalho e plataforma de gestão. Os resultados

e melhor eficiência energética, em oposição a versões anteriores,

foram bastante positivos. A aplicação do Windows 7 Empresas,

comprovadas pela DSI, fazem desta a opção perfeita para os

no Grupo EDP é das melhores do mundo. Na grande maioria de

utilizadores exigentes da EDP. Já são mais de 9.980 postos de

problemas relacionados com a utilização do sistema operativo, como

trabalho com o Windows 7, e espera-se alcançar mais 1.400

aplicações, segurança e hardware, a EDP obteve uma classificação

utilizadores, ainda este ano. A HC e a Naturgas estão incluídas neste

excelente, apresentando muito menos problemas que a média das

programa de expansão.

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em foco Aniversรกrio da EDP

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em foco

A N OS edpon 25

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em foco

A história da EDP tem sido pautada pela capacidade de antecipar tendências e de executar as mudanças necessárias, que levaram o Grupo a conquistas importantes. Confira, passo a passo, os 35 anos da maior empresa portuguesa. EDP foi criada em 1976, através da fusão de 13 empresas que tinham sido nacionalizadas em 1975, então com o nome “Electricidade de Portugal”. Como empresa estatal, a EDP ficou encarregue da eletrificação de todo o país, a modernização e extensão das rede de distribuição elétrica, do planeamento e construção do parque eletroprodutor nacional, e do estabelecimento de um tarifário único para todos os clientes. Neste mesmo ano, entra em serviço o empreendimento hidroelétrico de Valeira e, entre 1977 e 1989, são eletrificados 5.380 lugares (cerca de dois por dia útil). Na década de 80, a rede de distribuição da EDP cobria já 97% do território de Portugal continental e assegurava 80% do fornecimento de energia elétrica em baixa tensão. Em 1991, o Governo decide alterar o estatuto jurídico da EDP, de Empresa Pública para Sociedade Anónima. Três anos depois, em 1994, depois de uma profunda reestruturação, foi constituído o Grupo EDP com uma holding e 19 empresas: Companhia Portuguesa de Produção de Electricidade, Rede Eléctrica Nacional, Electricidade do Norte, Electricidade do Centro, Electricidade de Lisboa e Vale do Tejo, Electricidade do Sul, Hidroeléctrica do Norte, Hidroeléctrica do Centro,

A

Hidroeléctrica do Tejo, Edinfor, Internel, Hidrorumo, Labelec, Enernova, Sãvida, Mudança e Recursos Humanos, Edalpro e Econoler. No ano seguinte seriam criadas a SPE MACAU e a ENERGIA – RE. Portugal tornara-se pequeno para tanta capacidade e, em 1996, dão-se os primeiros passos na internacionalização do Grupo. Em consórcio com a Chilectra (Chile) e a Endesa (Espanha), a EDP adquire 21% da CERJ (uma distribuidora de eletricidade do Rio de Janeiro – Brasil) e fica com 30% do seu bloco de controlo. A internacionalização avança, assim, com a assinatura do contrato para a construção e exploração da Usina Luis Eduardo Magalhães (Brasil), um empreendimento que terá uma potência

instalada de 902,5 MW que a EDP detém em 73,10% no capital votante. PRIVATIZAÇÃO Em junho de 1997, ocorre a primeira fase de privatização da EDP, sendo alienado 30% do capital. Uma operação de grande sucesso, em que a procura superou a oferta em mais de trinta vezes. Mais de 800 mil portugueses, cerca de 8% da população, tornam-se acionistas da EDP. A presença do Grupo no Brasil consolida-se, em 1998, com a aquisição de uma posição de controlo na empresa Bandeirante Energia (São Paulo); tomaram-se posições na Guatemala, em parceria com a Iberdrola; e na Redal (Marrocos), numa operação que marcou a entrada do Grupo EDP numa

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v


em foco

+

ANTÓNIO MEXIA, CEO da EDP “São 35 anos de uma empresa que é, hoje, a maior em Portugal, e que consegue não só fazer aquilo que é a sua função básica na área da energia, como proporcionar às pessoas, do ponto de vista cultural e social, tudo aquilo que é necessário para as envolver. Para se criar um país com mais energia e mais capaz de enfrentar o futuro!”

nova área de negócio: a multiserviços – distribuição conjugada com eletricidade, água e saneamento básico. Ainda em 2000, realiza-se a 4ª. Fase de privatização do Grupo, ficando 70% do capital em mãos privadas. Em 2004, foi concretizada mais uma etapa da estratégia de desenvolvimento ibérico como negócio. A estratégia de crescimento da EDP, em Espanha, passou pela tomada de posição de 39,5% da Hidrocantábrico, em Dezembro de 2001. Três anos mais tarde, em 2004, a companhia reforçou a sua posição, assumindo o controlo da empresa com 95,7%. PLAYER EÓLICO MUNDIAL Em 2007, o Grupo EDP, através da sua subsidiária Energias Renováveis,

adquire, por 2.74 mil milhões de dólares americanos, um dos maiores produtores de energia eólica do mundo, a Horizon Wind Energy (LLC), com turbinas em Nova Iorque, Iowa, Pensilvânia, Washington e Oklahoma, e com projetos para o Minnesota, Oregon, Texas e Illinois. No mercado das energias renováveis, a EDP, através da EDP Renováveis, é hoje o terceiro maior player eólico mundial, com 7.163 MWs instalados até ao 1.º semestre de 2011. O Grupo EDP tem hoje uma presença forte no setor energético mundial, estando presente em 13 países. Atualmente, conta com mais de 10 milhões de clientes e mais de 12 mil colaboradores, em todo o mundo. Em 2010, a marca EDP figura na 192.ª

posição da lista das 500 maiores do mundo, sendo a marca portuguesa melhor posicionada, valendo 3,2 mil milhões de euros. A EDP é, hoje, líder mundial nos Índices Dow Jones de Sustentabilidade no setor das utilities, um feito inédito para uma empresa portuguesa. Em resumo, passados 35 anos, a EDP tornou-se uma empresa líder no setor da energia, que integra na sua cultura valores e compromissos com os seus clientes, com as pessoas e com o ambiente. Nas páginas seguintes, apresentamos alguns dos principais achievements da EDP, companhia que tem três pilares fundamentais: ser humana, sustentável e inovadora. Viva a nossa Energia! v

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em foco

EDP: momentos marcantes • Nasce a primeira marca

• Entrada em serviço

EDP com a denominação

do empreendimento

Entrada em serviço

de EDP - Electricidade de

hidroelétrico de Aguieira,

do empreendimento

Portugal/Empresa Pública

no rio Mondego, com

hidroelétrico do Pocinho,

1983

336MW de potência.

1978

no rio Douro, com 186MW de potência.

1981

1976

1985 1982

1979

• É criada a empresa EDP - Electricidade de

• Entrada em serviço do empreendimento hidroelétrico

Portugal. Surge de um

• Entrada em serviço

processo de fusão de

do empreendimento

13 empresas do setor

• Entrada em serviço da

hidroelétrico da Raiva,

elétrico português,

central termoelétrica de

no rio Mondego, com

nacionalizadas em 1975.

Setúbal, com 946,4MW

de Crestuma-Lever, no rio Douro, com 117MW de potência. • Entrada em serviço da central

24MW de potência.

termoelétrica de Sines, com

de potência.

1180MW de potência.

• Entrada em serviço do empreendimento

• É instalado o 1º parque

hidroelétrico de Valeira,

eólico em Portugal, em Porto

no rio Douro, com 240MW

Santo, Madeira, com nove

de potência.

aerogeradores de 270 kW. Em Portugal Continental, o 1º • Entrada em serviço da

• A EDP entra no mercado de

parque eólico nasce em Sines,

gás espanhol.

em 1992, com 12 aerogeradores

central de biomassa de

de 150 kW.

Mortágua, com 9MW de

• Tomada de posição de

potência.

39,5% da Hidrocantábrico, em

• Entrada em serviço do

dezembro de 2001.

empreendimento hidroelétrico

• Criação da empresa EDP

de Frades, no rio Rabagão, com

Comercial em Portugal

191,6MW de potência.

para competir no mercado liberalizado de eletricidade.

1999 1998

2005

2001 2004

2000

2007 • A EDP adquire a Horizon Wind Energy

• 2.ª e 3.ª fase

• Apresentação da nova marca:

e entra, assim, no mercado americano.

do processo de

• 4.ª fase do processo

EDP – Energias de Portugal,

privatização. Na 3.ª fase,

de privatização. Os

associada a um novo logótipo.

o Estado português fica

capitais da EDP são,

a deter 51% do capital

agora, maioritariamente

• Reforça a sua posição,

nova empresa, em

da EDP.

privados (70% do capital).

assumindo o controlo da HC

dezembro, a EDP

Energía, com 95,7% do respetivo

Renováveis.

• O Grupo cria uma

• Criação da EDP

capital.

Distribuição

• Entrada em serviço da central

• Lançamento do

termoelétrica do Ribatejo, com

Projeto InovGrid

1176MW de potência. 28 edpon

24_38_em foco_V4.indd 28

11/10/12 16:39


em foco

• Entrada em serviço

• A EDP – Electricidade de

• A EDP inicia o processo

Portugal, SA passa a Grupo

de internacionalização no

Empresarial.

Brasil.

do empreendimento

• Entrada em serviço

hidroelétrico de Torrão,

do empreendimento

no rio Tâmega, com

hidroelétrico de Alto

• Entrada em serviço

• Publicação da 1.ª

140MW de potência.

Lindoso, no rio Lima,

do empreendimento

diretiva comunitária, que

com 630MW de

hidroelétrico de Caldeirão,

desencadeou alterações

potência.

no rio Caldeirão, com

ao nível da organização e

40MW de potência.

jurisdição do setor elétrico europeu.

1988

1992

1994

1996 1995

1993

1991

• Entrada em serviço • A EDP - Electricidade

1997

o empreendimento

de Portugal passa a

• Entrada em serviço do

hidroelétrico de

Sociedade Anónima.

empreendimento hidroelétrico de

Miranda II, no rio

Touvedo, no rio Lima, com 22MW

Douro, com 189MW

• 1.ª fase de

de potência.

de potência.

privatização. Venda de 30% do

• No dia 15 de maio, o Grupo

• Entrada em serviço do

apresentou o IPO (Oferta Pública

empreendimento hidroelétrico

Inicial) da EDP Renováveis,

de Pracana, no rio Ocreza, com

tornando-se na maior da Europa, em

41MW de potência.

2008.

capital.

• A EDP adquire a Home • A 22 de julho de 1993, a

Energy.

• No dia 4 de setembro, a EDP torna-

EDP – Empresa Pública faz o

se na única empresa portuguesa, a

lançamento oficial da sua nova

• Lançamento da nova

integrar os Dow Jones Sustainability

marca que veio substituir a

marca EDP, em julho, comum

Indexes: World e STOXX. Nesse ano,

“faísca”, a primeira marca EDP.

às geografias de Portugal,

a EDP foi uma das sete melhores

Espanha e Brasil.

empresas elétricas cotadas no DSJI ao nível mundial e uma das cinco

• Privatização da participação

melhores utilities ao nível europeu.

do Estado na EDP (25,7%). • A EDP alcança, uma vez

2010

2008 2009

• A EDP lança no início de abril o projeto InovCity – cidade inteligente – em Évora, a primeira da Península

mais, a liderança mundial nos índices Dow Jones de Sustentabilidade.

2011

Ibérica. • A EDP atinge a liderança mundial nos • A holding e as empresas no Brasil adotam o nome da

índices Dow Jones de Sustentabilidade,

matriz portuguesa: EDP.

no setor das utilities. Um feito que acontece pela primeira vez com uma

• A EDP integra, pelo segundo ano consecutivo, os

empresa portuguesa.

Índices de Sustentabilidade DJSI World e STOXX, • A EDP alia-se ao Alto Comissariado • Criação da empresa EDP Serviços.

das Nações Unidas para os Refugiados para levar energia renovável ao campo

• Entrada em serviço da central de ciclo combinado de

de refugiados de Kakuma, no Quénia.

Lares, com 862MW de potência.

edpon 29

24_38_em foco_V4.indd 29

11/10/12 16:39


em foco

A EDP NO MUNDO

Colaboradores

23

Potência instalada (MW)*

341

Produção líquida (GWh)

336

Produção a partir de fontes renováveis**

Colaboradores

16

100% 45

Colaboradores

396

Potência instalada (MW)*

248

Produção líquida (GWh) Colaboradores

326

Potência instalada (MW)*

3.278

Produção líquida (GWh)

5.105

Produção a partir de fontes renováveis**

100%

Produção a partir de fontes renováveis**

100%

Reino Unido França Bélgica Polónia Romenia

Portugal

EUA Canadá

Espanha

China

Itália

Angola Brasil

Colaboradores

14

Colaboradores

2.039

Clientes de eletricidade

1.019.747

Clientes de gás Colaboradores Clientes de eletricidade Potência instalada (MW)* Produção líquida (GWh) Produção a partir de fontes renováveis** Distribuição de eletricidade (GWh)

2.444 2.784.805 1.828 4.0141 100% 12.296

Colaboradores

7.212

Clientes de eletricidade Clientes de gás

6.090.875 258.650

Potência instalada (MW)* Produção líquida (GWh) Produção a partir de fontes renováveis** Distribuição de eletricidade (GWh) Distribuição de Gás (GWh)

10.542

806.113

Potência instalada (MW)*

6.075

Produção líquida (GWh)

7.465

Produção a partir de fontes renováveis**

41%

Distribuição de eletricidade (GWh) Distribuição de Gás (GWh)

4.952 25.789

13.571 61% 23.576 3.767

* MW EBITDA **Inclui hídrica, eólica, biomassa e resíduos

30 edpon

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em foco

Portugal

Produção 4.578 MW Regime Ordinário Hídricos Instalados 5.040 MW Regime Ordinário Térmicos Instalados 355 MW Regime Especial Instalados

Comercialização 6,1 Milhões de Clientes 8,8 TWh Mercado Livre (51% quota) 30,6 TWh Mercado Regulado O Grupo EDP desenvolve a atividade de comercialização em Portugal no mercado regulado através da EDP Serviço Universal, que assegura o fornecimento de eletricidade cujo tarifário é definido regulatoriamente, e no mercado livre através da EDP Comercial. Durante o ano de 2010, o número global de clientes no Mercado Regulado (MR) diminuiu 0,9%, em consequência da passagem líquida de cerca de 100 mil clientes para o mercado livre, parcialmente compensada pela entrada de 51 mil clientes. 2010 foi um ano de consolidação do Mercado Livre de energia elétrica, após o seu relançamento em 2009, em particular no segmento B2B. Um contexto tarifário e de mercado mais favorável permitiu o desenvolvimento de um mercado mais concorrencial onde a EDP Comercial, através da sua relação de parceria com os clientes, manteve uma posição de liderança. A EDP Comercial alcançou uma quota de 51%, em energia vendida, fornecendo, no final de Dezembro, 88% das instalações em mercado livre. O segmento B2B, seguindo os passos dados em 2009 para o relançamento do mercado, foi mais uma vez aquele que revelou maior dinâmica concorrencial em 2010, com a entrada de novos players no mercado. A oferta de uma proposta de valor ajustada às necessidades dos clientes resultou num volume de vendas de cerca de 7,5 TWh, ao longo de 2010, e numa carteira de 8.993 instalações no final do ano. No segmento B2C, a EDP Comercial foi a escolha de 305 mil clientes residenciais e pequenos negócios (90% do Mercado Livre) correspondentes a um volume de vendas de cerca de 1,3 TWh. Relativamente à EDP Serviços, 2010 foi um ano de consolidação da oferta existente, sempre assente em três vetores estratégicos – Eficiência energética, Serviços multitécnicos e Produção descentralizada de energia – e do desenvolvimento de soluções desenhadas à medida de necessidades específicas como as de Pequenas e Médias Empresas e clientes residenciais.

A EDP explora hoje um dos portfólios de geração mais equilibrados da Península Ibérica considerando o peso significativo da geração hídrica, a eficiência operacional das suas centrais a carvão e a crescente capacidade em centrais de ciclo combinado. No final de 2010, a potência instalada total era de 9.974 MW os quais 4.735 MW (47,5%) em aproveitamentos hidroelétricos e 5.238 MW (52,5%) em centrais termoelétricas. Mas a aposta na produção hidroelétrica continua! Realça-se a construção, em bom ritmo, dos reforços de potência de Picote (246 MW), Bemposta (191 MW), a entrar em serviço em 2011, de Alqueva (256 MW), com entrada programada para 2012, de Salamonde (207 MW), com final previsto para 2015 e de Venda Nova III (746 MW), com entrada prevista para 2015. Por outro lado, decorrem a bom ritmo a construção dos novos aproveitamento hidroelétricos do Baixo Sabor(171 MW), com conclusão prevista para meados de 2014, de Foz Tua (259 MW), com final previsto para 2015, e de Ribeiradio/ Ermida (77 MW), que deverá estar pronta em 2014.

PRINCIPAIS MARCOS AO LONGO DE 35 ANOS Arranque dos projetos

graças à renegociação dos CAE

hidroelétricos

que foi possível a extensão das

Após um longo interregno de

concessões hídricas, as quais,

investimentos nesta área,

para além do valor estratégico

temos agora o programa mais

que acrescentaram ao Grupo,

ambicioso da Europa, com

permitiram avançar com os

a construção de seis novas

cinco reforços de potência

barragens e seis reforços de

atualmente em construção.

potência de centrais existentes. Ressalva-se que, de momento,

Entrada em operação da CCGT

decorrem oito obras em

Ribatejo no mercado livre

simultâneo (três barragens e

A CCGT (central a gás

cinco reforços de potência).

natural) foi a 1ª central em Portugal a funcionar em

Renegociação CAE /CMEC e a

regime de mercado, enquanto

extensão das concessões

todas as outras centrais

Os CMEC (Custos de

continuavam a ser exploradas

Manutenção dos Equilíbrios

no regime dos CAE. A sua

Contratuais) nasceram

construção foi crítica para

da renegociação dos CAE

garantir a segurança de

(Contratos de Aquisição

abastecimento num momento

de Energia). Este processo,

de incerteza sobre a evolução

amplamente discutido, foi

regulatória. Foi uma aposta

aprovado pelas autoridades

do Grupo no mercado

europeias e criou as condições

liberalizado, antecipando,

para uma maior liberalização

em cerca de quatro anos, os

do mercado, possibilitando a

estabelecimentos dos CMEC e

criação do MIBEL. Foi também

a criação do MIBEL.

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em foco

Distribuição 47.836 GWh 6.149.046 pontos de ligação à rede 220.318 KM rede 404 subestações 63.223 postos de transformação A EDP enquanto empresa verticalizada, integrando produção, transporte e distribuição de energia elétrica, teve cerca de vinte anos de vida – entre 1976 e meados da década de 90. Durante esse período, a então Electricidade de Portugal, numa primeira fase, procedeu a uma metódica e articulada modernização e extensão da rede de distribuição de energia elétrica, que atingiu mais de 98% do território continental português. Factos não menos relevantes foram a criação de entidades de regulação e certificação, a ERSE (entidade reguladora do setor energético) e a CERTIEL. Pela via legislativa e regulamentar veio a alterar-se o modelo de negócio da distribuição e comercialização de energia elétrica, quer pela fixação de tarifários, quer pela regulamentação das relações com os clientes e dos requisitos de qualidade de serviço, comercial e técnico. O quadro legislativo dos últimos cinco anos do século XX constitui-se como um fator determinante de mudança. Do Grupo, que se abre à concorrência e à

captação de capitais do setor privado, através da 1ª fase de privatização, em 1997, com a consequente dispersão em Bolsa de cerca de 30% do capital, maioritariamente privado em 2000, no mesmo ano em que a REN, responsável pelo transporte de energia elétrica, sai do Grupo EDP. É num quadro de liberalização do mercado interno, de abertura ao capital privado, de enquadramento regulatório da atividade desenvolvida nas áreas de distribuição e comercialização de energia elétrica que, em fevereiro de 2000, é criada a EDP Distribuição. No essencial, muitos foram os desafios que a Distribuição enfrentou com sucesso, concorrendo para a expansão e melhoria de resultados do Grupo. De assinalar a consolidação da sua posição no mercado liberalizado, a melhoria sustentada da qualidade de serviço prestada ao cliente, o investimento criterioso e atempado, a garantia de estabilidade com a assinatura de novos contratos de concessão com os municípios por um período de 20 anos, o reforço do telecomando da rede de

Média Tensão, a melhoria contínua da monitorização e automação da rede, a generalização da telecontagem e o desenvolvimento de uma cultura ambiental integrada na gestão e a promoção da eficiência energética. Tudo, integrando, racionalizando e respondendo positivamente às profundas transformações sofridas na área da distribuição de energia elétrica. Algumas, consequência da transposição para o ordenamento jurídico nacional da legislação europeia, como a separação do negócio das “redes” e “comercial” ou, a criação do comercializador do último recurso; outras, fruto da capacidade organizativa da EDP Distribuição, da sua dinâmica de inovação e de uma visão que permite estar na vanguarda de muitas das soluções de futuro, antevendo a evolução do negócio. Em particular, ao nível das redes inteligentes, de que são exemplos, o Projeto InovGrid, com a sua concretização na InovCity, em Évora, a microgeração e o veículo elétrico, corporizado no Projeto Mobi-e.

+ Auditoria Interna: aposta no rigor e transparência Recordar a evolução da Auditoria Interna, no Grupo EDP, nos últimos

mundo, com presença em várias geografias, o que conduziu por sua

35 anos, permite constatar a forma sábia como foi articulada a sua

vez à criação de novas áreas de auditoria, nomeadamente para a

atividade com os marcos fundamentais da vida da empresa. No seu

EDP R, sediada em Madrid e Houston e para a NGE, em Bilbau.

percurso é indiscutível o reforço da aposta no rigor e transparência

Atualmente, as atividades desenvolvidas pela Direção de Auditoria

das contas da empresa.

Interna, concentram-se sobretudo no estabelecimento e gestão

A constituição da EDP – Eletricidade de Portugal SA, conduziu à

do planeamento sistemático de auditorias ao nível do Grupo nas

criação de uma única estrutura de auditoria interna, sediada no

matérias financeiras, informáticas, operacional e de gestão, bem

Porto e Lisboa, com tarefas específicas de apoio à gestão e ao

como na monitorização, implementação e manutenção do SCIRF.

auditor externo. Passados 35 anos, a estratégia de crescimento

A equipa é constituída por cerca de 50 colaboradores, em Portugal,

transformou a EDP na maior empresa portuguesa cotada em bolsa,

Espanha, Estados Unidos e Brasil, na sua grande maioria jovens,

no maior investidor em Portugal e no maior investidor português no

aptos a responder às exigências do Grupo e da sua profissão.

32 edpon

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em foco

UMA FUNDAÇÃO DE SOLIDARIEDADE, CIÊNCIA, CULTURA E PATRIMÓNIO

Gás 3.827 KM Rede de Distribuição 6,8 TWh Gás Distribuído 8,9 TWh Gás Comercializado 245 milhares de clientes

O ano de 2004 fica marcado pela

diretos. Em paralelo a este programa,

constituição da Fundação EDP que surge

nasceu a EDP Solidária Barragens que está

da vontade do Grupo EDP em afirmar,

já na sua 3ª edição, tendo beneficiado

de forma clara, o seu compromisso de

até agora 13 instituições e mais de 15 mil

cidadania, sustentabilidade e modernidade.

pessoas.

A esta instituição sem fins lucrativos foi atribuída a missão de aprofundar e divulgar

GRANDE PRÉMIO EDP ARTE

os temas da energia e do ambiente, apoio

É o mais significativo prémio atribuído em

à cultura e às artes e a projetos de cariz

Portugal às artes plásticas, distinguindo

social.

artistas com carreira relevante. Em 10 anos,

Instalada no campus da Central Tejo, a

o Grande Prémio EDP já distinguiu grandes

antiga fábrica que durante décadas foi

nomes da arte contemporânea nacional

responsável pela iluminação da cidade

como Lourdes Castro (2000), Mário Cesariny

de Lisboa e que hoje acolhe o Museu

(2002), Álvaro Lapa (2004), Eduardo Batarda

da Eletricidade, a Fundação tem vindo,

(2007) e Jorge Molder (2010).

ano após ano, a alargar e a consolidar as suas esferas de atuação através de

PRÉMIO EDP NOVOS ARTISTAS

um posicionamento inovador que tem

Nomes como Joana Vasconcelos, Leonor

contribuído para a crescente notoriedade

Antunes e André Romão, entre outros, foram

das suas atividades. Eis alguns dos

já revelados por este prémio que distingue

principais projetos que nos movem e, claro

jovens talentos na arte contemporânea.

que nos orgulham. PARCERIAS SOCIAIS MUSEU DA ELETRICIDADE

A Fundação EDP é um dos membros

Abriu as suas portas em maio de 2006, à luz

fundadores da Bolsa de Valores Sociais e

de um conceito mais atual de musealização.

do projeto Dentistas do Bem. É parceira

É hoje um dos museus portugueses mais

da Operação Nariz Vermelho. Da Escola de

visitados, e o que mais recebe visitas do

Judo Nuno Delgado. Do projeto “Para ti Se

público escolar: mais de 190 mil visitantes

não Faltares”, em parceria com a Fundação

em 2010.

Benfica. A qualidade de vida das pessoas é sempre o mote.

PROGRAMA EDP SOLIDÁRIA É um dos maiores programas nacionais

MECENAS DE EXCELÊNCIA

de apoio a instituições de solidariedade

Teatro Nacional de São Carlos. Companhia

social, tendo como objetivo valores como

Nacional de Bailado. Orquestra Sinfónica

a inclusão social e a redução dos ciclos de

Juvenil. Casa da Música. Fundação Serralves.

pobreza. Já apoiámos 100 projetos, que se

Fundação Paula Rego. Estamos entre os

traduzem em mais de 635 mil beneficiários

grandes mecenas das artes em Portugal.

O Grupo EDP, através da holding para o Gás, EDP Gás SGPS, detém uma presença de referência no mercado ibérico do gás natural. Está presente em Portugal na Distribuição, Comercialização Regulada e mercado livre de grandes consumos de Gás Natural, através da EDP Gás Distribuição, EDP Gás Serviço Universal, a EDP Gás.Com. Detém também uma participação na Setgás, que opera na Distribuição e Comercialização Regulada de Gás Natural. Na atividade de Distribuição continuámos o desenvolvimento da concessão garantindo o alargamento da cobertura da rede de abastecimento a novos concelhos, chegando a Vila Nova de Cerveira, Lousada, Valença e Paços de Ferreira, bem como a densificação da mesma, o que resultou num incremento de mais de 24.000 pontos de abastecimento (+10,8% face a 2009). O mercado de comercialização de Gás Natural, desde 1 de janeiro de 2010, é totalmente livre mas, apesar desta nova realidade, a EDP Gás Serviço Universal, empresa que opera no mercado regulado, embora tenha diminuído o volume de gás comercializado, fruto do fim das tarifas reguladas para os grandes utilizadores de Gás Natural, viu o seu número de clientes aumentar neste ano em mais de 23.000. Por outro lado, a EDP Gás Comercial solidificou a sua posição de importante agente no mercado livre de grandes consumos (B2B), continuando a concentrar a sua ação estratégica tanto na atividade de trading, transacionando 9,9 TWh de Gás Natural, como na atividade de comercialização, atingindo as 186 contas e uma quota de mercado de 28,4%. Em 2010, foi ainda atribuída a licença de comercialização de gás natural à EDP Comercial que, em paralelo ao seu papel de comercializador de energia elétrica, opera agora também no mercado de Gás Natural com uma oferta direcionada ao segmento empresarial (B2B) e ao segmento residencial e pequenos negócios (B2C), tendo sido o primeiro comercializador em mercado livre a apresentar uma oferta dual ao segmento B2C.

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em foco

Produção

Distribuição

429 MW em aproveitamentos hidroelétricos 3.444 MW em centrais termoelétricas

Espanha

Astúrias: 9.452 GWh 628.077 pontos de ligação à rede 7.016 KM rede AT 46 subestações

O Grupo EDP está presente na atividade de produção de eletricidade através da HC Energía na produção em Regime Ordinário e em Regime Especial. No final de 2010 a potência instalada em regime ordinário era de 3.875 M W, dos quais 429 M W (11%) em aproveitamentos hidroelétricos e 3.444 M W (89%) em centrais termoelétricas. Em 2010, a HC Energía atingiu o máximo histórico de produção hidroelétrica, com uma produção de 1.045 G Wh, ultrapassando os valores de 1996.

Madrid: 57 GWh 6.863 pontos de ligação à rede 76 KM rede AT 1 subestação

PRINCIPAL MARCO:

Aragón: 22 GWh 2.961 pontos de ligação à rede 109 KM rede AT 2 subestações Cataluña: 9 GWh 18 pontos de ligação à rede 5 KM rede AT 1 subestação Com. Valenciana: 210 GWh 13.082 pontos de ligação à rede 368 KM rede AT 3 subestações

A HC Energía garante a distribuição elétrica em cinco Comunidades Autónomas com um total aproximado de 22.200 Km de rede e mais de 9 TWh de energia distribuída, com um crescimento de 2% sobre o ano anterior. Os investimentos levados a cabo nos últimos anos, bem como os procedimentos de atuação postos em prática, permitiram conseguir uma redução do tempo de interrupção de abastecimento a menos de uma hora nas Astúrias, a principal zona de Distribuição, que concentra mais de 96% dos clientes. A HC Energía continua a liderar a qualidade de serviço no Sistema Elétrico Espanhol.

PRINCIPAL MARCO: Distribuição em novos territórios CENTRAL DE CICLO COMBINADO DE CASTEJÓN

A chegada do ano 2000 pressupôs uma alteração

Castejón, a primeira central de ciclo combinado do Grupo EDP no

importante no negócio de distribuição de eletricidade na

mundo, significou o início da diversificação no modo de geração

HC Energía. Astúrias, onde a companhia desenvolveu o

elétrica. O início das centrais de ciclo combinado veio alterar o

seu negócio durante quase um século, deixou de ser o

mix de geração mais dependente da térmica tradicional, a favor

único território para crescer. A comunidade de Valência,

do gás natural. Castejón foi, também, a primeira central que a HC

primeiro com redes de distribuição de baixa e média tensão

Energía construiu fora do seu mercado tradicional das Astúrias.

e logo depois com linhas de alta tensão e subestações,

Atualmente, a EDP tem em Espanha quatro grupos de geração

foi o primeiro objetivo de expansão da empresa. Hoje, o

com gás natural, que representam 44% da potência instalada.

Grupo tem cerca de 25.000 pontos de abastecimento

Castejón 1 foi uma das três centrais deste tipo a entrar em

de distribuição elétrica repartidos por Valência, Madrid,

operação em Espanha. Seis anos depois, no mesmo local, entrou

Aragão e Catalunha. A HC Energía foi a primeira companhia

em funcionamento o segundo grupo desta central. O Grupo tem

espanhola que começou a construção de linhas de

uma potência instalada de 392,9 MW.

distribuição fora do seu território habitual. 34 edpon

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em foco

Comercialização 1,0 Milhão de Clientes 20,3 TWh Mercado Livre (11% quota) 1,1 TWh Mercado Regulado Em Espanha, a EDP está presente no mercado regulado através da HC Energía Último Recurso e no mercado livre através da HC Energía e da CHC Energía, atuando em regime de concorrência com outros operadores ibéricos. O Grupo EDP atingiu um total de aproximadamente 651 mil clientes no Mercado Livre, que representa um aumento de 23% em relação a 2009. O segmento de mercado B2B registou vendas de 18.124 G Wh, verificando-se um crescimento de 41% face ao ano anterior. Por outro lado, também foi otimizado o nível da estrutura da carteira de clientes, melhorando a margem dos segmentos de Grandes Contas e Empresas. Segundo as ações realizadas, o nível de satisfação geral deste tipo de clientes é superior a 95%. A estratégia no segmento B2C tem-se centrado na análise de carteiras para a captação de clientes rentáveis e a sua fidelização com uma oferta dual e serviços de manutenção residencial. O nível de satisfação deste tipo de clientes situa-se em 87%.

PRINCIPAL MARCO: DUALIZAÇÃO : A CONSTRUÇÃO DE UMA ESTRATÉGIA A HC Energía abriu um caminho que, até hoje, serviu para se manter no topo da tabela no mercado liberalizado espanhol (em percentagem de carteira entre o mercado livre e regulado) e, assim, ganhar a fidelidade dos seus clientes. O Grupo ofereceu aos clientes, em 2005, a possibilidade de unificar num só contrato todo o abastecimento energético de casa: luz, gás e serviços. Esta fórmula dual permitiu que a companhia duplicasse a percentagem de clientes, da média espanhola, no mercado liberalizado.

Gás 9.938 KM Rede de Distribuição 45,6 TWh Gás Distribuído 29,8 TWh Gás Comercializado 824 milhares de clientes O Grupo EDP está presente no mercado do Gás natural em Espanha com o Grupo Naturgas. É o segundo maior distribuidor de Gás Natural em Espanha, tendo uma coordenação funcional da EDP Gás SGPS. Na atividade de transporte destaca-se a conclusão da construção da terceira e última parcela do desdobramento do gasoduto de transporte Bergara-Irún, do gasoduto Serinyà-Figueres, a entrada em funcionamento do gasoduto CorveraTamon bem como o início de construção do gasoduto Bilbao-Treto. Na atividade de Distribuição, o volume veiculado mais do que duplica, face ao ano anterior, com a inclusão dos ativos de alta pressão, assim como das duas distribuidoras de Murcia e Cantábria. Os pontos de abastecimento ligados cresceram cerca de 20.000 face a 2009 com o incremento do esforço de densificação e com a chegada a novos

núcleos populacionais, como é o caso de Ólvega, Berriaga Monte (La Bilbaina) no País Basco, Etxebarria PNN (País Basco) e de Villarejo Salvanes (Madrid). No decurso de 2010, a conjuntura de mercado, de redução da procura e de aumenta da oferta spot disponível, veio colocar muitas comercializadoras ibéricas sob pressão para escoar o seu gás contratado a longo prazo em regime firme. Para contrariar esse efeito, a Naturgas apostou na diversificação quer da carteira de compra, com um importante recurso ao mercado spot durante 2010, quer da de venda, beneficiando ainda das sinergias resultantes de uma gestão conjunta da carteira de aprovisionamento da EDP , e da otimização desta entre os mercados português e espanhol, por um lado, e por outro lado entre consumos em ciclos combinados ou colocação no retalho de gás.

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em foco

Distribuição 84.636 KM Rede 23,7 TWh Energia Distribuída Na distribuição, a EDP no Brasil detém o controlo integral das empresas EDP Bandeirante e EDP Escelsa, servindo cerca de 2.740 milhões de clientes e distribuindo 23,7 TWh de energia elétrica.

Comercialização 86 Clientes 8 TWh/ano energia comercializada

Brasil

No segmento de Comercialização de energia elétrica, atua através da sua Comercializadora da energia, que em 2010 comercializou 8 TWh a clientes no mercado liberalizado, com uma quota de mercado de 12,6%. A energia vendida em 2010 foi 5,2% inferior ao ano anterior. Além da estratégia de aproveitar as oportunidades no segmento de curto prazo ao longo de 2009, justificam a redução do volume comercializado dos contratos vendidos no Leilão de Ajuste de 2009, o que levou a Enertrade a bater recordes mensais de comercialização de energia.

Produção 1.741 MW Instalados 7.263 GWh Produzidos A atividade de Produção compreende a gestão de Centrais Hidroelétricas (UHE) e de Pequenas Centrais Hidroelétricas (PCH), com uma capacidade instalada total de 1.735MW, em dezembro de 2010. Durante o ano de 2010 ocorreu a repotenciação da PCH Rio Bonito que aumentou a capacidade instalada em 1,9 MW, e da UHE Mascarenhas, que

tem previsão de término em 2012. A aquisição de dois projetos de PCHs no estado do Mato Grosso, a negociação envolve a compra da PCH Cabeça de Boi, com 30 MW de capacidade instalada, e da PCH Fazenda, com 19,5 M W somando 49,5 MW de potência instalada e 27,5 MW médios de energia assegurada.

Em 2009, A EDP no Brasil adquiriu, através de sua joint-venture com a EDP Renováveis, controlo integral da empresa Elebrás projetos, que possui um portfólio de 533 MW, incluindo o parque eólico de Tramandaí, que possui 70 MW de capacidade instalada e entrou em operação em maio deste ano.

PRINCIPAIS MARCOS 1996 Chegada ao Brasil

2005 - IPO

Em 1996, o Grupo EDP iniciou suas

2005 Construção da UHE Peixe Angical

operações no Brasil. Um ano depois,

Para a construção recorde, 38 meses,

lançamento da oferta pública de ações (IPO -

assumiu 25% da usina hidroelétrica

da usina hidroelétrica de Peixe

Initial Public Offering) no mercado de capitais

Luís Eduardo Magalhães (Lajeado), no

Angical, localizada no Rio Tocantins,

brasileiro, mais especificamente no Novo

Tocantins, realizando assim seu primeiro

foi elaborado um estudo de viabilidade

Mercado, nível mais elevado de governança

investimento na área de geração no país.

de engenharia e meio ambiente que

corporativa da Bolsa Valores de São Paulo.

13 de julho de 2005. Dia histórico para a EDP, após nove anos da sua chegada ao Brasil:

maximizou a geração de energia elétrica e minimizou os impactos ambientais. Com a entrada em operação comercial em 2006, representou um investimento total de 1,6 bilhões de reais. A usina tem potência instalada de 452 MW e é uma parceria entre EDP e Eletrobras Furnas.

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em foco

EDP Renováveis

EUA 3.278 MW de capacidade instalada 144 MW em construção Portugal 874 MW de capacidade instalada 50 MW em construção (1) Inclui 239 MW de ENEOP2

Brasil 84 MW França 284 MW de capacidade instalada 22 MW em construção Espanha 2.190 MW de capacidade instalada 61 MW em construção

Bélgica 57 MW de capacidade instalada Polónia 168 MW de capacidade instalada 22 MW em construção Roménia 228 MW de capacidade instalada 57 MW em construção Canadá 100 MW Itália 20 MW

em pipeline

em construção

Reino Unido 1.448MW em pipeline

A EDP Renováveis é líder mundial no setor das energias renováveis. Está presente nos mercados mais atrativos e continua a expandir a atividade para novas geografias. É, atualmente, o terceiro operador eólico europeu e mundial, sendo uma das três companhias ao nível mundial com maior crescimento no setor. O Grupo EDP está presente na atividade de produção de energia eólica através da EDP Renováveis (EDPR), que no final de 2010 se encontra presente em 11 geografias: Portugal, Espanha, França, Bélgica, Polónia, Roménia, Reino Unido, Itália, Estados Unidos, Canadá e Brasil. Durante o ano de 2010, a EDPR aumentou a sua capacidade instalada em 1.101 MW (19,7%), dos quais 501 MW (17,9%) através da plataforma Europeia e 600 MW (22,9%) na subsidiária norte-americana. Esta presença global permite alcançar uma posição relevante de quota de mercado de 4,1% na Europa e 8% nos EUA.

Reino Unido

Canadá

Bélgica

Polónia

França

EUA

Roménia Portugal Espanha

Itália

Brasil

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em foco

+ Pita de Abreu, presidente da EDP Brasil Tive o prazer de participar em 34 dos 35 anos de

a todas as diferentes fases de privatização da Empresa,

caminhada da EDP. Vi-a começar, como Empresa Pública,

nomeadamente, às três em que o capital foi colocado

agregando e homogeneizando culturas e organizações

em Bolsa. Assisti à internacionalização, com a entrada

das diversas empresas privadas que constituíam o Setor

no Brasil em 1996, depois em Espanha, em 2001, e, nos

Elétrico Português e que haviam sido nacionalizadas

Estados Unidos, em 2007. Fui assistindo ao progressivo

em 1975. Vi-a assumir a dupla missão de eletrificar

aumento do fluxo de riqueza originado pelas nossas

todo o território português e de criar condições para

operações estrangeiras. No Brasil, somos agora, entre

termos uma única tarifa, ao nível nacional, para cada

as Empresas privadas do Setor Eléctrico, a 5ª maior

tipo de cliente. Vi-a modernizar e ampliar o parque de

em Produção, a 4ª maior em Distribuição e a 3ª em

produção, transporte e distribuição de energia. Assisti

Comercialização, e, há vários anos, consecutivamente,

à transformação de Empresa única em Grupo de

uma das referências em sustentabilidade. A EDP foi

Empresas, com uma holding e 14 empresas, em 1994,

crescendo, alargando os seus negócios, tornando-se

quando o setor foi desverticalizado. Assisti, desde 1997,

uma empresa mundial. Fizemos um trajeto bem bonito!

Relembrar o passado, confirmar o presente e olhar para o futuro TESTEMUNHOS, NA PRIMEIRA PESSOA, DE QUEM ESTÁ NA EDP HÁ 35 ANOS.

Maria Natália Torres Faria

ALBERTO TEIXEIRA,

EDP Soluções Comerciais, S.A.

EDP Distribuição

JOSÉ EDUARDO MARQUES Gabinete de Serviço

Direção de Operações de Rede -

Diretor da Direcção de Rede

ao Cliente e Qualidade

Departamento de Suporte a Clientes

e Clientes Lisboa

Entrei para a EDP através da Câmara

Guardo muito boas recordações do dia

Municipal de Braga. Nessa altura, o

em que entrei na EDP. Era jovem, muito

A criação da EDP apanhou-me regressado da guerra, num momento histórico para

trabalho era feito manualmente, por

jovem! E da imensa felicidade por entrar

Portugal, repleto de dinâmicas políticas,

máquinas de escrever, calculadoras, etc..

na Companhia. O método de trabalho

económicas e sociais empolgantes.

Os registos eram feitos em livros/papel.

era mais fechado e muito dependente da

Sublinho o esforço desenvolvido na

Depois apareceram os computadores

hierarquia. Hoje trabalha-se em equipa,

criação de centros produtores capazes

à nossa frente. Sem qualquer tipo de

com horizontes muito mais vastos e

de impulsionar os crescimentos das redes

formação, foi complicado, mas tive que

em diálogo aberto e permanente, quer

de transporte e distribuição de modo a

me adaptar à mudança. O desafio foi

vertical, quer horizontalmente.

concretizar o desígnio já antigo: alavancar

ultrapassado. Hoje, dependemos “deles”

Na altura, a CPPE (EDP da época) era

a economia através de mais e melhor

para tudo. Considero que a “Minha

a empresa portuguesa de eletricidade.

energia e elevar o nível de bem-estar

Empresa” é uma Grande Empresa:

Hoje, a EDP é uma empresa do mundo,

dos portugueses através da distribuição

sustentável, eficiente, inovadora, em

das várias energias e com uma visão e

universal. Hoje, as visões e missão da

constantes desafios e objetivos, que

estratégia global.

EDP têm, obviamente, outros contornos. Cumpramo-los tal qual se cumpriram

se preocupa com o meio ambiente,

Quanto às principais mudanças de há 35

com o desenvolvimento social, com

anos para cá, destaco a abertura a novas

os de há 35 anos.

o bem-estar dos seus colaboradores.

energias, a novas formas de gestão, a

Após quarenta e cinco anos de setor

Por isso, é gratificante ser uma das

novas geografias. Enfim passámos a ser

recordo com admiração aqueles que, pela

suas colaboradoras. O ambiente de

uma multinacional!

competência na gestão e os ensinamentos

trabalho é bom, existe uma partilha de

Apesar de muitas mudanças, há valores

que deles absorvi, minhas referências se

conhecimento e de entreajuda.

da EDP que permanecem intocáveis:

tornaram. Relembro, “tirando-lhe o chapéu”,

É bom trabalhar na EDP!

a ética, o profissionalismo e, quero

Fernando Ivo Coelho Gonçalves, com

acreditar, o amor “à camisola”.

quem tive o prazer de trabalhar, nas ETP -

Passados que são 35 anos, continuo

Empresa Termoeléctrica Portuguesa e CPE

a trabalhar na EDP com uma

- Companhia Portuguesa de Electricidade,

ENORME PAIXÃO!

de 1967 a 1970, enquanto paquete do Conselho de Administração/Gerência.

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capital humano Uma Noite no Museu Os dois primeiros dias de julho foram intensos para os jovens que passaram “Uma Noite no Museu” da Eletricidade. Entre caras conhecidas e outras novas - porque a família EDP está sempre a crescer - foram mais de 70 os participantes no encontro.

Diretamente da invicta para o Museu da Eletricidade, vários filhos e netos de colaboradores prepararam-se para uma noite diferente! Reunidos com o grupo de Lisboa, formaram equipas e iniciaram a aventura, tendo a oportunidade de conhecer mais e melhor o mundo da energia e todo o espaço do Museu. Ricardo Soares, um dos participantes mais novos, gostou dos jogos, do atelier de construção, de um carrinho solar e adorou visitar o museu e todas as experiências que fizeram no percurso da visita. André Carreiro, foi outro entusiasta da iniciativa. “Gostei muito do peddy-paper e de ficar acordado até às 2h30, mas, de manhã, ainda tive um bocadinho de energia para as atividades”, revelou. Inês Assunção, fez ainda referência ao contacto com

os outros participantes e ao Museu da Eletricidade. “Este encontro foi bom para conhecer outras pessoas, e o Museu, onde nunca tinha estado. Vou dizer aos meus amigos para, quando vierem a Lisboa, o visitarem”. Instalado no edifício da Central Tejo, um marco arquitetónico da cidade de Lisboa e, em tempos, pioneiro no domínio da produção elétrica, o Museu da Eletricidade é hoje um espaço privilegiado de conhecimento. A ideia foi percebida pelos jovens participantes na noite no Museu. Para Margarida Marques, “esta foi uma oportunidade de aprender mais coisas sobre eletricidade e novas formas de produção”. Mesmo para quem já conhecia o Museu foi uma boa experiência. “Só tenho coisas boas para contar quando sair daqui, e espero

voltar para o ano. Já conhecia o Museu, tinha-o visitado com os meus pais, mas, desta vez, foi mais emocionante”, disse Benedita Macedo. A noite passada no Museu da Eletricidade foi muito apreciada por todos, e aqui também se incluem os animadores. “Foi uma experiência espetacular, muito gratificante. Os meninos têm muito para ensinar. Estão sempre entusiasmados”, afirmou Dominique Silva. O programa fechou com a certeza de que, em 2012, todos querem regressar. A iniciativa, organizada e desenvolvida numa parceria entre a DRH-CC e o Museu da Eletricidade, no âmbito do Programa +Conciliar, é um sucesso garantido. Fique atento: para o ano há mais!

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capital humano

Celebrar a experiência

Pequeno-almoço com o presidente “A Moment with energy” já vai na 4.ª edição. Uma iniciativa que reúne colaboradores das diferentes geografias num pequeno-almoço com o PCAE. Uma forma informal de debater ideias e conhecer de perto António Mexia. Realizada desde 2008, a iniciativa reúne colaboradores EDP das diferentes geografias num pequenoalmoço com o Presidente do Conselho de Administração Executivo (PCAE), António Mexia. “A moment with Energy” destina-se a colaboradores que trabalham na EDP há mais de um ano, e menos de quatro, com perfeito domínio do inglês. Os “escolhidos” são indicados pelas diferentes empresas do Grupo. Um momento, informal, onde são debatidos assuntos da atualidade e atribuído um tema para desenvolvimento de um trabalho

em grupo. O encontro prevê ações de networking, reuniões destes colaboradores com os seus pares em Portugal e uma visita a uma estrutura técnica. Na última edição, Gabriel Molinero (EDPR Europa), Laura Lazar (EDPR Europa), Phillip Westerby (EDPR América), Maria Esteban Goutayer (HC), Ana Margarida Vicente (EDP Distribuição), Ana Taborda (EDP Serviço Universal), Sara José (EDP, SA), Sofia Féria (EDP, SA), Mirian Herzog (Escelsa) e Marcela Rodrigues (Energias do Brasil), tiveram ainda a oportunidade de conhecer in loco a Central Termoelétrica do Ribatejo.

Celebrar a partilha do conhecimento e valorizar as nossas pessoas. Foram estas as ideias mestras do encontro que, no dia 6 de julho, reuniu no Museu da Eletricidade 300 colaboradores que participaram na edição piloto do Programa “Valorizar a Experiência”. “Muito do conhecimento que adquirimos existe em livros, em manuais, na Internet, mas há um outro conhecimento - aquele que, por vezes, é mais difícil de descobrir - que cada um de nós transporta, quase como uma enciclopédia viva, sobre aquilo que aprendeu e, sobretudo, o que sentiu e foi adquirindo com a sua experiência de vida. Queremos celebrar o conhecimento que existe dentro de cada um de vós, aquilo que são como pessoas, e celebrar a vontade de partilhar esse conhecimento”. Maria João Martins, diretora de Recursos Humanos do Grupo EDP, deu, assim, as boas vindas aos cerca de 300 participantes do “Valorizar a Experiência”. E acrescentou: “vocês são aquilo que conhecem, a experiência que têm, são aquilo que a EDP tem de melhor”. Até ao momento, destacam-se as 163 iniciativas já registadas - 67 delas concretizadas – em áreas tão diversas como formação, voluntariado, acolhimento e integração, entre outras. De acordo com a informação disponível, a EDP tem hoje 2.935 potenciais candidatos a futuras edições do “Valorizar a Experiência”.

+ Acolhimento aos primeiros novos colaboradores de 2011 “Esta é uma forma descontraída de se

Eletricidade. As sessões de acolhimento

são as nossas prioridades estratégicas, os

saber mais e conhecer melhor a empresa.

destinam-se aos colaboradores que entram

nossos valores, os nossos compromissos.

Gostei muito”. Quem o diz é Maria Ana

para a companhia ao longo do ano. O

Sentimos que isso tem de ser o mais próximo

Guedes, colaboradora da DRH-CC e uma

objectivo é dar a conhecer melhor o mundo e

possível do dia de entrada, porque facilita

das participantes da primeira sessão

o espírito EDP para que se integrem, de uma

muito, a quem chega, a compreensão daquilo

quadrimestral de acolhimento aos novos

forma mais rápida, na cultura da empresa.

que lhe está a ser pedido, em termos de

colaboradores. Um encontro que, em Maio,

“Pretende-se que haja uma apropriação do

missão”, refere Maria João Martins, diretora

reuniu cerca de 50 pessoas no Museu da

que é Ser EDP, do que é este ADN e quais

de Recursos Humanos do Grupo EDP.

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a nossa energia

Automóveis antigos na barragem do Fratel O Aproveitamento Hidroelétrico do Fratel recebeu os participantes da 3ª edição do Nisa Clássica, um passeio de automóveis antigos, promovido pelo Clube Alentterra

(Clube de Ar Livre do Alto Alentejo). Cerca de 70 de pilotos e co-pilotos abandonaram os seus volantes e entrarem noutra viagem: conhecer uma central hidroelétrica e ficar a

perceber o processo de produção de energia. Uma “viagem” que foi comandada pelos técnicos do centro de produção Tejo-Mondego, Rosalino Castro e Samuel Antunes.

Foz Tua na sala de aula A pré-escola de S. Mamede de Ribatua, em Alijó, foi o cenário escolhido pelo gestor de obra do aproveitamento hidroelétrico de Foz Tua, António Vallejo Paes, para explicar às crianças como se constrói e funciona uma barragem. Através de ferramentas simples, conseguiu desmistificar uma obra complexa. Um moinho de praia, um alguidar e uma garrafa de água foram suficientes para explicar como funciona uma turbina, reproduzindo o modelo e o funcionamento das turbinas aplicadas nas centrais da EDP. Uma ação divertida que se traduziu num momento didático e pedagógico para aquelas crianças transmontanas. 42 edpon

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a n o ssa e n e r g i a

Crianças visitam estufas

Um grupo de alunos da “Unidade de apoio especializado à multideficiência”, da Escola EB1/JI Quinta da Courela da Aldeia de Paio Pires, concelho do Seixal, visitou o complexo de estufas da Estação de Propagação de Plantas Autóctones da EDP, localizada na Central Termoelétrica de Setúbal. Guiadas pelos técnicos

do Laboratório Nacional de Energia e Geologia, Fátima Rodrigues e David Loureiro, que têm a seu cargo a gestão das estufas do Grupo, as crianças tiveram a oportunidade de contactarem diretamente com a terra e as sementes, numa perspetiva de complemento ao seu desenvolvimento sensorial e afetivo.

EDP no Dia Mundial da Criança Sempre atenta às comunidades onde atua, a EDP não deixou passar em branco o Dia Mundial da Criança, em Vila Franca de Xira. A empresa conseguiu materializar o evento programado pela autarquia, levar centenas de crianças à Quinta da Piedade, na Póvoa de Santa Iria, proporcionando um dia diferente aos mais novos. O apoio do Centro de Produção Ribatejo traduziu-se na disponibilização de transporte e no fornecimento de t-shirts e bonés EDP, que equiparam a organização e todos os voluntários presentes, incluindo idosos e pessoas portadoras de deficiência.

EDP voltada para a comunidade

Na Festa da Cereja A EDP Produção, através do Projeto do Aproveitamento Hidroelétrico do Baixo Sabor, apoiou e participou na Festa da Cereja, em Alfândega da Fé, à semelhança do ano passado. No espaço EDP, privilegiou-se a exposição de imagens relativas ao avanço da obra e de maquetas 3D da Capela do Santo Antão que irá ser transladada. Deu-se, também, igual ênfase aos programas desenvolvidos pela Fundação EDP, especialmente a nova atividade relacionada com o Projeto de Desenvolvimento Agrícola. Em Vila Velha de Ródão A EDP Produção esteve presente, com um expositor sobre o aproveitamento hidroelétrico do Alvito, na Feira de Atividades Económicas de Vila Velha de Ródão, em Castelo Branco. Também marcaram presença António Castro, administrador da EDP Produção, Eduardo Guedes, da Direção de Desenvolvimento do Negócio Hídrico, e Carlos Alves, chefe do Departamento de Comunicação. Na sessão de abertura, a presidente da Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão, Maria do Carmo Sequeira, elogiou a EDP e enalteceu as novas oportunidades que a construção do Alvito trará para a região. Segundo António Castro, as obras do empreendimento devem avançar ainda durante este ano e deverão criar cerca de mil postos de trabalho diretos.

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SÉRGIO FIGUEIREDO Uma Fundação para transformar Portugal O ADMINISTRADOR DELEGADO DA FUNDAÇÃO EDP EXPLICA, NESTA ENTREVISTA, POR QUE É TÃO IMPORTANTE APOSTAR, FORTEMENTE, NA LIGAÇÃO DA EMPRESA À SOCIEDADE.

O ano de 2010 foi bom para a Fundação EDP? Foi um ano de expansão de atividade. Não achamos que quanto pior estiver o país, melhor é para a Fundação. A nossa vocação não é combater pobreza, mas promover novas formas de inclusão social. Portugal mobiliza-se algumas vezes por ano para recolher alimentos, num dos projetos de voluntariado mais bem sucedidos ao nível nacional. Independentemente do mérito que essa iniciativa tem, o país não deve ter como objetivo criar o maior banco alimentar do mundo, porque isso não resolve o problema de fundo: a pobreza. Por isso, a nossa Fundação procura promover soluções inovadoras, capazes de quebrar ciclos de pobreza, atacando ao nível das causas e não das consequências e, assim, contribuir para a redução do número de pessoas que sobrevivem através da doação de alimentos. Essa é a diferença entre a caridade e a inovação social?

É a diferença entre subsídio e investimento, entre caridade e inovação. Procuramos arriscar em fórmulas que o Estado tipicamente não testa, mas que o mercado também não viabiliza, porque não são rentáveis. A inovação social não é, deste ponto de vista, diferente da inovação tecnológica ou de produto, pois nunca é rentável na sua fase laboratorial. As empresas que perceberem isso antes dos outros, que entenderem a inovação social como um fator de sucesso e de competitividade, ganham uma vantagem muito grande, porque estão a conquistar o capital de confiança da sociedade. Foi esse posicionamento que encontrámos para a Fundação EDP: estar na vanguarda da criação desse interface entre a empresa e a sociedade. O ano de 2010 deixou-nos muito orgulhosos, porque quando dizemos que mais de um milhão e 700 mil pessoas beneficiaram da atividade da Fundação EDP nesse ano, isso quer dizer duas coisas fundamentais: uma é que já temos como medir o impacto v

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v do nosso trabalho (e isso, por si só, já é diferenciador da forma como gerimos); a outra tem a ver com a própria dimensão do número, uma vez que, para a realidade portuguesa, já é bastante representativo.

+

Iniciativas da Fundação EDP, em discurso direto: Dentistas do Bem: “Mudar a vida de

Empreendedorismo Barragens: “Contrariar

uma criança, logo, mudar a sua vida,

a inevitabilidade do declínio demográfico

devolvendo-lhe algo que perderam: a

e do emprego na Câmara, fomentando

capacidade de sorrir”

a iniciativa e o risco, desde a escola à

Operação Nariz Vermelho: “Humanizar

criação de start up”.

ambiente hospitalar, nas unidades

Programa Voluntariado EDP: “A forma

pediátricas, com o método dos doutores e

mais profunda e viral de colocar as

a alegria dos palhaços”.

comunidades e os colaboradores da

Bolsa de Valores Sociais: “A primeira da

empresa a viver e a reconstruir a mesma

Europa, um laboratório em rede para

realidade”.

produzir vacinas contra a pobreza”.

Parte de Nós: “A maior acção de

EDP Solidária: “O maior programa nacional

voluntariado até hoje feita no Grupo EDP.

promovido por uma empresa no combate à

Quebra o dogma da exclusividade, porque

exclusão social e que, ao fim de sete anos,

dezenas de outras empresas aderiram.

já se constitui numa rede de cooperação

Com intervenção em algo que diz muito

entre a centena de instituições sociais

a todos os portugueses, porque é numa

vencedoras”

dezena de hospitais de Norte a Sul. Será

Orquestra Geração: “Quebrar ciclo de

um exemplo, a partir da EDP e dos nossos

pobreza, combater o abandono escolar,

parceiros de negócio, de que a crise não é

em ambientes sociais adversos, junto de

desculpa para a falta de mobilização para

famílias desestruturadas, da forma mais

atingir resultados concretos: melhorar as

improvável possível: Beethoven e um

condições físicas e o ambiente hospitalar.

violino na mão da criança”.

Uma jornada de grande impacto”.

Que iniciativas ou projetos destacaria? Atingimos um nível impressionante de atividade própria, centrada no Museu da Electricidade (quase 200 mil visitantes em 2010) e nas exposições que a nossa equipa cultural concebe e realiza dentro e fora de “casa”, vistas por mais de 350 mil pessoas. Mas também afirmamos o nosso papel de protagonista na mudança de comportamentos coletivos, através de uma rede de 250 parceiros. Só em 2010, as atividades por nós desenvolvidas, diretamente ou em parceria, tocaram a vida de quatro centenas de localidades em Portugal. Além disso, tínhamos de conferir à nossa estratégia uma visão e uma ambição global. Os temas da sustentabilidade não se compadecem com abordagens paroquiais. Mas sobretudo porque um Grupo transnacional como a EDP, que tem grande parte da sua atividade fora do país, não seria coerente se, também neste domínio, não promovesse à escala mundial as boas práticas de gestão que lhe são reconhecidas nas áreas ambiental e social. Dito isto, talvez destaque dois casos, pelo simbolismo e pelos valores que comportam. Primeiro, o projeto Kakuma, que demonstrou que temos a capacidade de criar de raiz projetos com forte impacto social, a partir do capital humano e conhecimento que a EDP tem, numa escala em que mais nenhuma empresa portuguesa desenvolveu e numa geografia distante. O segundo resulta exatamente no complementar disto. O facto de termos a tal ambição global, de estarmos no Quénia com as Nações Unidas, não nos pode fazer perder a perspetiva das nossas ligações às comunidades locais. Os projetos que a EDP e a Fundação estão a promover nas zonas das novas barragens são inovadores, socialmente inclusivos, centrados nas pessoas e nas comunidades. Podemos dizer que a Fundação e a EDP Produção “colocaram” aquelas pessoas de Trás-os-Montes e Alto Douro nos processos de decisão empresarial, que são tradicionalmente centralizados e fechados. Com isso, a nossa Empresa passou a gerir risco em vez de andar a reboque do conflito. Está a construir o Direito Social a Operar, que vai muito além daquilo que a Lei garante.

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É também dessa forma que a Fundação transporta os negócios da EDP para “the next level” (o nível seguinte)? Costumo dizer que lançar uma Bolsa de Valores Sociais em Portugal é tão inexplicável e anacrónico para uma companhia de eletricidade como investir em eficiência energética. A EDP não hesita em fazer uma coisa e outra porque sabe que ganha muito mais se liderar as tendências do que resistir às mudanças que, queira ou não, acabarão por acontecer. E que, ao fazê-lo, está não apenas a entender mas a provocar novos fenómenos sociais. Dito de outra forma: em vez de se adaptar às circunstâncias, toma a iniciativa de mudar a natureza da sua relação com as pessoas. Tendo esta atitude de parceiro, de partilha de poder, a base do negócio é claramente a confiança. Talvez assim toda a gente entenda porque deve a EDP investir numa sociedade mais inclusiva e mais eficiente na utilização dos recursos. Este é o “next level” na

Para muitos, esse discurso não soará a utopia? Não é por acaso que a Fundação La Caixa tem um orçamento anual de 500 milhões de euros. Foi porque, há muito tempo, quem geria aquele banco teve a capacidade de construir e de investir numa relação de pertença com a sociedade catalã. A Catalunha tem dois símbolos nacionais: um clube de futebol e um grupo financeiro. É algo bizarro, ninguém tem relações afetivas com um banco. É estranho, mas não é inexplicável. Porque aquela Fundação, aquele orçamento impressionante, traduz uma visão de gestão que percebe simplesmente isto: a competitividade joga-se muito além dos juros, dos spreads, da qualidade do serviço. Quem investe 500 milhões na cultura, na sociedade, na relação com universidades, na ciência, não investe por luxo ou capricho, mas porque é estratégico. Numa empresa de energia, que vive o seu dia-a-dia num mercado

porque estamos a fazer diferente dos outros. Não é por acaso que, dos nove critérios em que somos “best in class” no mundo, seis são na dimensão social. Esta empresa percebeu, há algum tempo, que as pessoas são efetivamente o seu principal ativo. E isto não é só uma coisa que fica bem dizer numa conferência ou colocar num power-point. O reconhecimento internacional é a prova de que a EDP faz o que diz. A crise económica mudou alguma coisa na orientação da Fundação? Não ficamos indiferentes ao contexto que nos rodeia. A área social é, hoje, a principal prioridade da nossa política de mecenato. Mas mais importante do que a dimensão do orçamento, é a forma como fazemos. Voltemos à questão da fome em Portugal. Já expliquei porque recusamos a visão assistencialista, mas isso não significa que ignoramos o flagelo. Infelizmente, há demasiadas pessoas que não têm o

Chegámos a líder mundial do Índice Dow Jones Sustentabilidade, porque estamos a fazer diferente dos outros. gestão empresarial e, por isso, gerir uma Fundação é simultaneamente um prazer e uma responsabilidade. No fundo, temos de responder sempre a um conjunto de questões quando assumimos aqui uma opção: quem beneficia dos nossos recursos? Quem deles ficou privado, em função da decisão que tomei? Que diferença podemos fazer na vida dos outros? Mas, como é óbvio, e porque somos uma fundação corporativa, procurar no negócio a legitimidade das escolhas que fazemos. No caso da EDP é importante perceber, com o fim das tarifas, com a privatização integral, o que é realmente distintivo na relação com o consumidor para o “segurar”? Preço e qualidade? Seguramente que sim, é importante, mas não chega. O que é diferenciador é a relação que a EDP constrói com as comunidades em que opera, desde as que vivem nos locais onde se constrói uma barragem ou um parque eólico, até ao consumidor final. Esse “next level” define-se na natureza da relação absolutamente diferente e transformadora que estamos a construir com as sociedades onde o Grupo opera – e trazer isso para o core da gestão e do negócio.

cada vez mais aberto e competitivo, a história não é diferente. A relação que as empresas do Grupo EDP têm com os portugueses, com os asturianos, com os bascos, com os brasileiros é o nosso principal activo. Investir nisto não é utopia, mas simplesmente clarividência. Esta responsabilidade social contribui para a construção de uma nova identidade empresarial? Para já, muda completamente a própria cultura corporativa. A EDP podia ser uma empresa muito competente, mas fechada em si própria, podia confundir o sentimento de orgulho com a soberba, narcisista, pensando que lá fora toda a gente nos adora. Outra coisa, é ver essa mesma empresa competente, inovadora e aberta ao contágio da criatividade artística, à inquietação dos cientistas, às exigências da sociedade e até às críticas dos adversários. Até agora, as empresas achavam que era suficiente “fazer para” – e, na realidade, isso bastou durante muito tempo. A EDP cada vez mais está a “fazer com”, por isso chegou a líder mundial do Índice Dow Jones Sustentabilidade. Não é por ser grande (à escala global não é), mas

suficiente para se alimentar. A Fundação considera que a sua resposta será mais útil se contribuir para a mudança de comportamentos. Nesta última edição do Programa EDP Solidária, entre mais de 700 candidaturas, apareceram como nunca projetos de hortas solidárias, hortas comunitárias, enfim, iniciativas promovidas por IPSS, juntas de freguesia e outras instituições, que incentivam o regresso das pessoas à terra. Evidentemente que este súbito despertar do Terceiro Setor para a micro-agricultura resulta da crise que vivemos e respondem a carências que, até agora, os sistemas públicos cobriam. A Fundação decidiu agrupar os melhores destes projetos num novo programa nacional, que está agora a ser lançado e vai qualificá-los de uma forma que seria impossível se tivéssemos optado pelo apoio avulso. Se estivesse tudo bem na sociedade portuguesa, faria sentido existir esta Fundação? Se considerarmos que uma Fundação serve apenas para substituir o Estado (e não para o complementar), se nos conformarmos com uma sociedade civil v

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v apática e passiva, então a pergunta faria todo o sentido. Se, pelo contrário, acharmos que não devemos colocar o nosso futuro coletivo nas mãos dos “outros”, se queremos uma sociedade mais exigente, então mais importante se torna o papel das Fundações. É redutor o papel de “remendo social” que lhes é atribuído. A nossa sociedade tem protagonistas a menos, não a mais. E como eu vejo na EDP um agente de mudança, um transformador da sociedade, espero que a Fundação EDP cresça para e com Portugal. A Fundação EDP sente que tem contribuído para a construção de uma nova atitude coletiva? Estamos, claramente, a mudar comportamentos no terceiro setor e, com isso, a contaminar a sociedade com uma cultura de exigência e resultados. Não damos apoios a instituições. Preferimos com elas construir um caminho conjunto,

O sistema tem de ser seguro, por isso estamos a credenciar as instituições e ONG que necessitam de trabalho voluntário. Já está operacional uma bolsa de horas, uma espécie de mercado trabalho em que as necessidades e as disponibilidades se cruzam automaticamente, por livre escolha do colaborador. Fazemos formação aos voluntários e a todas as hierarquias. Há um sistema de reporte, em que as instituições declaram o trabalho realizado pelo voluntário e medem o seu impacto. Tenho a noção que, pelo menos dos casos estudados, o que a EDP está a fazer é único, porque assenta na lógica do capital humano, é programado e gerido, nas palavras acertadas de Pita de Abreu, como se fosse uma “empresa virtual, que presta serviços à sociedade, sem fins lucrativos”. A adesão dos nossos colaboradores é algo de excecional, em Portugal e nos outros países. Estamos a afirmar o caráter

que os acionistas devem pagar, de preferência em cash e sem muitas perguntas. Estamos neste momento a testar uma fórmula que, gostaria muito, de ver afirmar-se como um exemplo, provando que a sustentabilidade não deve nem tem de ser um custo. No campo de refugiados do Quénia, as nossas soluções ajudaram a mudar vidas. Mas muitas outras, mais de 1.500 milhões pessoas em todo o planeta, também não têm acesso à eletricidade. Constituem a chamada base da pirâmide do desenvolvimento humano, que alguém que venceu o prémio Nobel da Paz provou ser bancável através do microcrédito, e a Fundação EDP tem a ambição de provar que essa gigantesca massa humana de pobres também é energizável, ou seja, pode ser incluída no sistema de mercado através de soluções energéticas renováveis. Estamos a trabalhar com governos da CPLP, com o Banco

Como eu encaro a EDP como um agente de mudança e como um agente transformador da sociedade, espero que a Fundação EDP cresça com Portugal. a viabilizar projetos que se medem pelas pessoas que deles beneficiam. Não é exercício de retórica, é a diferença entre ser mecenas e ser parceiro. Preferimos a segunda, porque desencadeamos um movimento que, inevitavelmente, levará à mudança de mentalidades. A sociedade chegou a um ponto em que não pode depender senão de si própria. De que forma é que a empresa pode incentivar os próprios colaboradores em ações de voluntariado? O primeiro dos incentivos é criar regras que tornem isso possível – e isso já foi feito há algum tempo, quando o Conselho de Administração Executivo decidiu atribuir quatro horas por mês, a cada um dos seus colaboradores, para ações de voluntariado em horário laboral. Só isto coloca a EDP a léguas de distância das melhores práticas corporativas de voluntariado, ao nível mundial. Depois de criar as condições é preciso colocá-las em prática – é nessa fase que estamos. Estamos a gerir o programa profissionalmente, com uma pequena equipa exclusivamente dedicada e em articulação permanente com responsáveis de RH e de outras Fundações em todas as geografias.

desta empresa e estamos a subir mais um degrau na tal relação de confiança com a sociedade. As empresas, como as pessoas, que não têm nem caráter, nem personalidade, para além de não terem auto-estima, são um fracasso anunciado. Há algum projeto ao nível internacional que gostasse de ver replicado em Portugal? Passe a imodéstia, acho que a EDP está a interpretar o conceito da inovação social muito para além do que a maioria das empresas o fazem. A responsabilidade social, vista como um conceito passivo, uma mera reação da empresa às pressões externas, está gasta e condenada. As empresas que encaram estes assuntos como algo “à parte” da gestão e do negócio, que preferem falar de megafone na mão para o exterior, que acreditam que são socialmente responsáveis com um cheque numa mão e o seu logótipo na outra, não são verdadeiramente responsáveis e dificilmente o seu propósito será social. Por outro lado, é um equívoco a sociedade encarar a sustentabilidade como um fardo que as empresas estão condenadas a carregar, uma obrigação moral

Mundial e outras organizações de cooperação multilateral, para testar o nosso conceito. Ou seja, uma vez mais, a importância de investir nas pessoas… É importante que os portugueses tenham orgulho em outras coisas para além do Ronaldo e do Mourinho. Empresas como a EDP são um ativo que a sociedade portuguesa teve a capacidade de construir, mas que nem sempre valoriza. A EDP tem um património histórico, que é a fortíssima relação com os portugueses. Num quadro de liberalização, de privatização, de fim de tarifas, de profunda mudança de regras do jogo, seria absurdo desperdiçar essa vantagem. Em que etapa está o novo Centro Cultural da Fundação EDP? Está na etapa de consulta das entidades. Temos que ter licença de construção, temos que ter autorização e, neste momento, estamos a aguardar pela opinião de quem gere o património em Portugal e de quem gere a cidade de Lisboa. Só se os pareceres forem positivos é que a obra, evidentemente, avança.

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É um projeto que tem sido alvo de muitas críticas. De que forma responde a estas apreciações menos positivas? Quando a empresa (e bem!), decidiu investir cerca de 50 milhões de euros a preços atuais (muito mais do dobro do que o futuro centro cultural custará) na recuperação da Central Tejo e transformála no que é hoje o Museu da Eletricidade, foi uma má decisão? Recebe 200 mil pessoas por ano, o segundo mais visitado do país, é um edifício único em Portugal – será que alguém hoje questiona a sua existência? Temos a tendência para a autoflagelação. A gestão e os acionistas da EDP estão dispostos a investir em projetos para a cidade, para dinamizar a oferta cultural, abrir ainda mais este espaço magnífica à fruição pública – e isto é polémico por quê? A crítica é essencial para uma sociedade progredir – desde que seja essa a vontade das pessoas que criticam, corrigir para seguir em frente. Agora, “atirar a tudo o que mexe”, sem apresentar argumentos convincentes ou melhores alternativas, não me parece a melhor forma de aumentar a fasquia da exigência. Que marca é que quer deixar na Fundação EDP? Há um importante desafio pessoal na decisão que tomei há mais de quatro anos: provar que conseguia fazer outras coisas para além de jornais e formar e liderar equipas no jornalismo. Fazê-lo numa Fundação tinha dois aliciantes acrescidos: que era possível “trazer gestão” para uma área que não está muito habituada a lidar com o conceito; o outro, era que isto fosse percecionado pelo “mercado” como algo que deve entrar no core da gestão do próprio negócio. O primeiro está conquistado, o segundo demora mais tempo. Não lhe faço nenhum favor ao dizer que, evidentemente, tudo isto se deve à visão do dr. Mexia, no dia em que olhou para o diretor de um jornal e pensou numa Fundação. Hoje, temos uma visão clara do nosso papel, fomos capazes de construir opções e dar conteúdo programático à nossa intervenção na sociedade. A Fundação é muito mais que um distribuidor de cheques. A marca está criada no momento em que estamos seguros do caminho que queremos construir. Só o tempo dirá se este é ou não um caminho consolidado e irreversível. A história da Fundação EDP não começou e não acabará com o António Mexia e o Sérgio Figueiredo. Reconheço que a fasquia tem vindo a subir todos os anos. Seremos também medidos pelo que fica daquilo que passa.

Do jornalismo para a Fundação Sérgio Figueiredo, 45 anos, casado, pai de quatro filhos, licenciado em Economia pelo ISEG, é administrador-delegado da Fundação EDP, desde março de 2007. Integra vários comités de gestão no Grupo EDP, nomeadamente o Comité de Inovação e o Comité de Sustentabilidade e Ambiente, bem como o Conselho Estratégico do Instituto EDP no Brasil. Antes de assumir funções de gestão no setor empresarial, exerceu durante 19 anos a profissão de jornalista, sobretudo na área de economia, tendo sido diretor do Diário Económico durante cinco anos (entre outubro de 1996 e setembro de 2001) e do Jornal de Negócios durante quatro anos e meio (de setembro de 2002 a janeiro de 2007). Na televisão, foi autor e apresentador do programa semanal de entrevistas “Balanço & Contas” na RTP2, onde já tinha realizado outro programa semanal “Negócios à parte”. Antes, na SIC Notícias, coordenou e apresentou o “Linha de Crédito”, iniciando assim um ciclo de entrevistas semanais a diversos protagonistas nacionais e internacionais, que durou praticamente sete anos. Em 2000, foi distinguido como “Jornalista do Ano” pela Casa da Imprensa e, em 2006, recebeu o prémio “Carreira de Jornalismo Económico” no Investor Relations Awards da Deloitte. Além disso, foi colunista da revista Sábado e dos jornais Público e Correio da Manhã e comentador da RTP1, RTP2, SIC, SIC Notícias e TVI, bem como das rádios TSF, Rádio Comercial e Antena 1. Atualmente, no Grupo EDP, coordena o Projecto de gestão de stakeholders nas regiões das novas barragens em Portugal, o Programa Voluntariado e, a partir da experiência que a Fundação EDP desenvolveu em Kakuma, lidera uma equipa que desenvolve projetos-piloto de Energias Renováveis para o Desenvolvimento.

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sustentabilidade Responsabilidade pelo meio ambiente

Índices Dow Jones Sustentabilidade

EDP líder pelo 2º ano consecutivo O Grupo EDP mantém a liderança mundial do setor elétrico nos índices Dow Jones Sustentabilidade, consolidando o 1º lugar conseguido em 2010. A EDP entrou também no FTSE4Good Index Series

A EDP é novamente a elétrica mais sustentável do mundo. O Grupo mantém o 1º lugar nos índices Dow Jones Sustentabilidade, tendo mesmo reforçado a pontuação face a 2010. O bom desempenho da empresa neste domínio foi também reconhecido com a recente entrada para o FTSE4Good Index Series. A presença da EDP no Dow Jones Sustentabilidade World Index (DJSI World) e no European Dow Jones Sustentabilidade Europe Index (DJSI

Europe) vai já no 4º ano consecutivo. “É o reconhecimento de uma estratégia de consistência e de capacidade de valorização da companhia, na vertente económica, social e ambiental. Traduz a capacidade de criar vantagens competitivas e diferenciadoras”, afirma António Mexia, presidente da EDP. “É uma boa notícia para os acionistas, para quem cá trabalha, para clientes e para as comunidades onde atuamos”, acrescenta. Este ano, a empresa obteve uma

classificação de 86 pontos, subindo dois pontos em relação ao ano de 2010 e é líder mundial na Dimensão Social. Na Dimensão Económica, a EDP continua a ser uma das melhores empresas do setor. De salientar a manutenção da pontuação máxima no critério Risk & Management. A melhoria da nossa posição na Dimensão Ambiental corresponde a uma melhoria do alinhamento com as melhores práticas e é o resultado dos

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+ EDP membro do FTSE4Good O FTSE4Good Index Series é um índice que avalia a sustentabilidade das empresas cotadas em bolsa. Este índice existe há cerca de dez anos diferenciando-se dos índices Dow Jones pelas dimensões da sustentabilidade consideradas e pela forma da sua avaliação: apenas são avaliadas as dimensões ambientais e sociais e a componente do governo corporativo na dimensão económica. Por outro lado, deve referir-se que aquele índice está muito direcionado para os investidores europeus e asiáticos. A avaliação é feita a cerca de 2.300 empresas das quais menos de metade são qualificadas para serem incluídas no índice.

esforços que têm sido desenvolvidos, quer na área da biodiversidade e da gestão ambiental, quer na estratégia relativamente a alterações climáticas. Destaca-se a pontuação máxima nos critérios de Biodiversidade e Alterações Climáticas. Num conjunto de 22 critérios, a EDP tem a melhor prática em 10 critérios e atingiu a pontuação máxima em seis. A inclusão da EDP nos índices Dow Jones de Sustentabilidade é um

reconhecimento do compromisso assumido para com o Desenvolvimento Sustentável e traduzido quer num reforço das melhores práticas de Corporate Governance, quer na estratégia de expansão das energias renováveis e na utilização de tecnologias de produção mais eficientes ou, ainda, num permanente compromisso com o desenvolvimento dos Recursos Humanos e na estreita ligação com os stakeholders e no

compromisso com a Sociedade. A inclusão nos índices Dow Jones de Sustentabilidade é conseguida através de um rigoroso processo de avaliação realizado pelo SAM Group que incorpora, nomeadamente, um questionário com 116 questões e onde são apreciados, e evidenciados os aspectos fundamentais das três dimensões do Desenvolvimento Sustentável: Económica, Ambiental e Social.

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O regresso da águia-pesqueira A EDP iniciou o projeto de reintrodução da águia-pesqueira em Portugal, em parceria com o Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (CIBIO). A recuperação da população reprodutora desta espécie, que deixou de nidificar em Portugal no início da última década, é o grande desafio dos próximos cinco anos.

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Neves de Carvalho apresentou este projeto, no espaço de Sustentabilidade EDP

ortugal viu desaparecer a última fêmea de águia pesqueira, e com ela as hipóteses de reprodução desta espécie no nosso país, há nove anos. Desde 2002, Portugal passou a ser apenas um ponto de passagem na rota migratória destas aves de rapina, que seguem até África. Quase uma década depois, a EDP e o CIBIO trazem, agora, a esperança de reintroduzir a águia pesqueira como espécie nidificante. Uma esperança colhida nos ninhos da Suécia e Finlândia – onde a espécie é estável e abundante – e transportada para as margens do Alqueva. Trata-se de um investimento de 640 mil euros por parte da EDP, que, mais uma vez, mostra que é possível reverter perdas da biodiversidade desde que sejam adotadas ações adequadas de conservação. Tendo em conta esse objetivo, já se encontram em Portugal dez crias de águias pesqueiras. “A ideia de trazer juvenis é de fazer o imprinting do local, ou seja, elas têm de saber que são dali. Se trouxéssemos adultos, voltavam para o mesmo sítio”, explica o biólogo Pedro Beja, do CIBIO. O destino escolhido para a adaptação ao habitat das primeiras crias, oriundas dos países escandinavos, foi a Herdade do Roncão, junto à grande albufeira do Alqueva. A opção ideal, por se tratar de uma zona com pouca perturbação, muito espaço e peixe em abundância. Dentro das gaiolas de madeira

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montadas sobre palafitas, todos os movimentos são monitorizados por um circuito interno de televisão e seguidos de perto por uma equipa de biólogos. Esta adaptação ao ecossistema português é fulcral para o êxito do projeto. Serve, precisamente, para que nas suas rotas migratórias possam reconhecer o Alqueva como o seu local de nascimento e, assim, nidificarem no país. Depois de soltas, terão à disposição estruturas de madeira posicionadas na margem da albufeira, com traves onde pousar e alimentadores com peixes. PROJETO PARA CONTINUAR O primeiro passo está dado, mas ainda há muito a fazer. Anualmente, chegarão dez aves a Portugal, durante um período mínimo de cinco anos, permitindo a recuperação da população reprodutora desta espécie. Segundo Neves de Carvalho, diretor do departamento de Sustentabilidade e Ambiente, este é um projeto que “dá continuidade à estratégia da EDP para acrescentar valor à biodiversidade”. Esta é a concretização de um projeto antigo, que conta com a colaboração institucional do ICNB (Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade), e que está a ser desenvolvido em parceria com a TAP, a SAIP (Sociedade Alentejana de Investimento e Promoção) e a EDIA (Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva). Ao nível internacional, o projeto envolve investigadores dos países dadores das aves, a Finlândia e a Suécia, e conta com a estreita colaboração de parceiros espanhóis, onde um projeto similar tem vindo a ser desenvolvido com elevado sucesso desde 2003.

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fundação O fotógrafo Edgar Martins explorou, durante dois anos, 19 barragens desde o Douro e Douro Internacional ao Tejo-Mondego e Cávado Lima. A exposição “The Time Machine” é o resultado do seu olhar.

A MÁQUINA DO TEMPO São cenários futuristas desenhados décadas atrás. É esse “passado de exaltante inovação tecnológica e de crença optimista no futuro” que Edgar Martins nos oferece em “The Time Machine” , patente no Museu da Eletricidade a partir da última semana de Outubro. O artista encantou-se com a arquitetura da sala de máquinas de Miranda e Fratel, com o aspecto museológico de Castelo de Bode e Vila Nova, com a vividez das cores da Cave do Pocinho, com o poço de 100 metros do Alto Rabagão (leito do rio, na foto) e o classicismo de Picote e Bemposta. “O mais interessante foi poder explorar os espaços em questão com alguma liberdade – dentro dos parâmetros de segurança previamente discutidos – e, assim, entender melhor a dinâmica deste mundo e a sua temporalidade fascinante”, conta. As imagens captadas, que serão publicadas em livro, são o resultado e o testemunho da longa história da eletricidade contada através dos espaços, máquinas, instrumentos e tecnologias.´

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FUNDAÇÃO EDP LANÇA PROGRAMA HORTAS SOLIDÁRIAS Hortas urbanas, sustentáveis, que produzem alimentos, contribuindo assim para a subsistência dos seus utilizadores, bem como para a sustentabilidade das instituições de solidariedade social que as gerem. No âmbito da sua missão de quebrar ciclos de pobreza e de dependência, a Fundação EDP está a lançar o Programa Hortas Solidárias que, em parceria com a Fundação Gulbenkian, irá resultar na criação de uma rede nacional de hortas. As 10 primeiras hortas estão já identificadas no Algarve, Lisboa, Aveiro, Condeixa, Matosinhos, Santarém, Sintra, Telhal Braga e Ericeira. A ideia nasceu no âmbito do Programa EDP Solidária, ao qual várias instituições de solidariedade social se candidataram este ano com projetos de hortas solidárias que, entre outras valências, pretendem promover a integração social de pessoas em situação desfavorecida.

EDP Solidária Barragens com recorde de 92 candidaturas A terceira edição do Programa EDP Solidária Barragens recebeu, este ano, um número recorde de 92 candidaturas de instituições de solidariedade social, duplicando assim o número de projetos candidatos à edição de 2010. Tendo beneficiado até hoje 13 instituições e mais de 15 mil pessoas, o Programa EDP Solidária Barragens é um contributo crescente para melhorar a qualidade de vida das populações dos municípios abrangidos pelos novos aproveitamentos hidroelétricos da

EDP – Baixo-Sabor, Tua, Fridão, Alvito e Ribeiradio – bem como das obras de reforços de potência, em Picote e Bemposta. Promovem-se obras e partilham-se benefícios. Além do número de candidaturas e da maior abrangência geográfica, este ano o programa cresceu também no apoio concedido, contando agora com uma verba de meio milhão de euros. Os vencedores da edição de 2011 foram conhecidos numa cerimónia na nova sede da EDP no Porto (mais pormenores na próxima edição).

+ EM AGENDA As nossas propostas culturais até ao final deste ano.

No Museu da Eletricidade em Lisboa What Makes a Writer Great Fotografias de Julião Sarmento 22 de setembro a 11 de dezembro Bosão de L Pintura de José Loureiro Inaugura no final de outubro

Recuperar o património elétrico do país

Marginália Pintura de Ana Luísa Ribeiro Inaugura 6 de dezembro

Converter centrais elétricas em museus, conservar caldeiras, recuperar motores e pôr em funcionamento antigos geradores. Seis projetos – de Alcobaça, Seixas, Lousal, Serpa, Seia e Torres Novas – são candidatos ao programa “Ilumina o Património”, lançado este ano pela Fundação EDP, para apoiar a preservação, valorização e divulgação do património industrial elétrico nacional. Até ao final do ano, serão selecionadas as propostas que irão receber apoio. A abertura do património elétrico à sociedade está inscrita na missão da Fundação EDP que é dinamizadora da Rede Nacional dos Museus da Energias. A recuperação da Fábrica da Pólvora Negra em Oeiras (na foto) é um exemplo do trabalho que está a ser feito no terreno.

No Espaço Fundação EDP Porto My Choice Obras selecionadas por Paula Rego na Coleção do British Council Até 23 de outubro A Caçadora Furtiva Desenhos e Pinturas de Paula Rego Até 23 de outubro Remade 5 Objectos de design realizados com material reciclado por criadores portugueses Inaugura a 4 de novembro Um Diário da República Fotografias do coletivo Kameraphoto

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CONCERTO NO DOURO

Para comemorar os 35 anos, a EDP realizou um concerto inédito. Num palco flutuante sob as águas do rio Douro, atuaram Rui Veloso, Rodrigo Leão & Cinema Ensemble e The Gift. O concerto, organizado em parceria com a SIC, transmitido na íntegra no site EDP e na SIC Internacional, contou com uma equipa de 70 profissionais de televisão, três carros de exteriores e 15 câmaras. A população da zona foi surpreendida por um espetáculo único e inesquecível e encheu as duas margens do rio. O concerto insere-se na linha estratégica de eventos que a empresa tem vindo a seguir nos últimos anos, nas zonas de influência dos seus projetos hidroelétricos. edpon 57

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1 - Rui Veloso, um dos maiores embaixadores da cidade do Porto. 2 - A iniciativa da EDP e da SIC juntou milhares de pessoas nas duas margens do Douro. 3 - Bárbara Guimarães foi a apresentadora do grande espetáculo, transmitido em direto pela SIC.

4 - Sónia Tavares, vocalista dos The Gift, banda portuguesa que fez a música da nova campanha da EDP. 5 - Mais do que um espetáculo musical, esta iniciativa foi uma grande festa de luz e cor. 6 - Centenas de convidados juntaram-se a António Mexia, presidente do CAE da EDP, no aplauso a esta iniciativa

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+ Números do concerto: 400 convidados (150 batelão + 250 Millenium Douro) 5 meses de preparação 1 semana de viagem ida e volta do batelão 2 semanas de montagens no porto de Leixões 300 pessoas de staff envolvidas durante montagens e eventos 150 pessoas de staff embarcadas no batelão durante o evento, incluindo os artistas Ecrãs de leds com 1 tonelada cada Montagem do mesmo palco 3 vezes (montagem em Leixões, testes finais, desmontagem e cintagem para a viagem no Douro, montagem no Douro, testes na véspera, desmontagem para proteção dos equipamentos durante a noite e montagem no dia do evento) Batelão com 45 x 25m Movimentação do batelão por reboques 1.000 lt de gasóleo para geradores 2 geradores de 500 kva’s + gerador de serviço para guinchos 4 guinchos elétricos montados para fundeamento no Douro, com 80m de cabo, cada 7 Entidades oficiais envolvidas: • IPTM (Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos) • APDL (Administração dos Portos do Douro e Leixões) • Capitania do Porto e do Porto de Leixões • Metro do Porto • Câmara Municipal de Gaia – Gaianima • Câmara Municipal do Porto – PortoLazer • Cais de Gaia 8 Entidades oficiais de Segurança: • Protecção Civil • ISN • INEM • Bombeiros Voluntários do Porto • Bombeiros Voluntários de Coimbrões • Bombeiros Sapadores do Porto • PSP • Polícia Marítima 5 embarcações de socorro na água durante o evento, incluindo mergulhadores

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Happy family Foi fácil ser conquistado. As fotos não deixam dúvidas: o Grupo EDP está mais unido que nunca, por uma marca que é de todos!

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Boavista - nova sede

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José Malhoa

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Marquês de Pombal

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em destaque PEDRO VAS C O N C E L O S , c h e f e d e G a b i n e t e d o p r e s i d e n t e d o C A E

Quais os maiores desafios de um chefe de gabinete do PCAE (Presidente do Conselho de Administração Executivo)? Até ao momento, a minha experiência elevou dois desafios principais, enquanto chefe de gabinete. O primeiro prende-se com a correta priorização das dezenas de solicitações diárias que o PCAE tem. E o segundo está relacionado com a capacidade de antecipação das preocupações do PCAE. Isto, claro está, limitado ao âmbito das responsabilidades atribuídas ao chefe de gabinete.

“Estou disponível para aceitar qualquer desafio”

Como é o seu dia-a-dia? Não há dois dias iguais. Todos os dias surge algo novo para antecipar, fazer, resolver, o que faz com que seja difícil, mas necessário, forçar uma rotina. Assim, o dia desenvolve-se a preparar os temas que envolvem o PCAE nas semanas que se avizinham, a conduzir projetos paralelos cujo sponsor é o PCAE e a lidar com temas que surgem à última hora. De que forma espera marcar a diferença? Os meus predecessores colocaram e mantiveram uma fasquia extremamente elevada. O meu objetivo é tentar não baixar essa meta. Mas na realidade quem marca a diferença é o PCAE. Quais são as expetativas no futuro? Sou um quadro da EDP e estou disponível para aceitar qualquer desafio, em Portugal ou no exterior. Depois de recentemente ter vivido dois anos nos EUA, tenho de admitir que desenvolver a minha carreira profissional fora de Portugal é algo que me atrai e que não está de todo fora de questão. Que caraterísticas essenciais tem de ter um chefe de gabinete? Uma combinação de pragmatismo com organização. Sem estas duas caraterísticas, os dias podem tornar-se bastante compridos… Qual a melhor recordação que, até ao momento, guarda no seu trabalho? O dia em que se definiu o preço das ações da EDP Renováveis no processo do IPO. Representou o culminar do

maior projeto em que alguma vez tinha estado envolvido e cujo trabalho durou vários meses, com algumas noites mal dormidas. Quais são os seus hobbies? Tenho duas grandes paixões. Uma mais antiga, que é o mar. Outra mais recente, o Jiu-jitsu. Tudo o que tem que ver com o mar fascina-me, pelo que comecei a fazer surf muito novo no Baleal e é lá que ainda alimento o vício durante os fins-desemana. A caça submarina e a vela são também desportos de eleição. Já o Jiu-

jitsu funciona como um escape semanal, do qual muitas vezes saio partido, mas paradoxalmente com um sorriso na cara. Tem algum lema de vida? John Wooden, um famoso treinador de basquete americano dos anos 60, colocou em palavras, melhor do que alguma vez eu conseguiria, algo que tento alcançar todos os dias: “Success is peace of mind, which is a direct result of self-satisfaction in knowing you made the effort to do your best to become the best that you are capable of becoming.”

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Encontros EDP

The Lisbon MBA

Seminário Gás Natural

Encontros de colaboradores EDP em Portugal.

The Lisbon MBA aposta na formação

Primeiro seminário para a alta direcção

Altura para partilhar opiniões, conhecer

de gestores contando com um corpo de

organizado pela Escola de Gás da Universidade

resultados e conviver com colegas.

docentes de elevada qualidade., reuniões

EDP, em Bilbao. Serão abordados temas como

(21 Novembro no Porto; e 23 e 24 Novembro

e palestras com gestores e líderes de

o funcionamento dos mercados organizados e

em Lisboa)

referência. No Museu de Eletricidade.

a evolução do mercado ibérico de gás.

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Curso Economía de la Cadena del Gas Natural

Novo logo da Naturgas Energía

Reunião do GERG

A apresentação do novo logótipo da

Segunda anual do Conselho Diretivo do

Dois colaboradores da Naturgas Energía

Naturgas contará com o concerto de um dos

grupo europeu de investigações gasistas,

participam como docentes neste Curso,

grupos musicais mais conhecidos do pop-rock

do qual a Naturgas Energía é presidente,

organizado pelo Club Español de la Energía,

espanhol – Amaral. No Palácio de Congressos

com a participação de dois colaboradores da

em Madrid.

e Auditório Kursaal, San Sebastián.

empresa, em Essen, na Alemanha.

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Apresentação de Resultados da EDP Renováveis

Ciclo de Conferência EDP 2020

Reunião Grandes Clientes

Palestra sobre redes de distribuição

Comercializadora da EDP vai reunir grandes

No final de outubro terá lugar a

inteligentes. O EDP 2020 quer transformar a

clientes para expor os seus bons índices

apresentação dos Resultados

empresa num líder em inovação e construir

de crescimento, acompanhados por uma

do 3º trimestre da EDP Renováveis.

os modelos de gestão, que preparem a

palestra sobre cenário económico e mercado

empresa para esta nova década.

brasileiro.

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CanWEA Annual Conference and Exhibition

Timber Road Wind Farm Dedication

Rodeio dos Eletricistas

Vários colaboradores da EDP Renewables

Um evento que pretende celebrar o início das

mostrarão toda a boa energia e técnicas

North America participam na maior

operações no primeira parque eólico de larga

de segurança do trabalho, em mais um ano

conferência de Energia Éolica, que se realiza

escala, no estado de Ohio.

de competições. Em São Paulo (15/10) e no

em Vancouver, no Canadá.

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Eletricistas de São Paulo e Espírito Santo

11/10/12 16:49


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