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Ligados

pela mesma

ENERGIA



editorial

Na linha da frente

E

stamos na linha da frente em termos de comunicação interna. Nos últimos anos, a EDP tem sido distinguida, pelas mais diversas entidades, como um exemplo a ser seguido. Prova disso têm sido os múltiplos prémios que já conquistámos. Mas todos os dias temos desafios. Quem está na linha da frente sabe que o mais difícil não é lá chegar, mas sim continuar. Hoje, partilhamos mais informação e conhecimento. Os diferentes meios – Intranet, TV, revista e rádio – estão mais ágeis e comunicam de uma forma mais eficaz entre si. A equipa é cada vez mais complementar. Por exemplo, as pessoas que fazem a televisão contribuem para a rádio, revista ou Intranet. E vice-versa. Num mundo cada vez mais global, não faz sentido não cruzar todas as plataformas. Nesta edição, damos a conhecer cada meio de comunicação, que leva até cada um dos nossos colaboradores toda a informação imprescindível sobre o Grupo e serviços para o seu dia a dia. A começar pela nova Intranet. Mais completa, funcional e comum a todas as geografias onde a EDP está presente. As pessoas vão ter mais espaço para colocarem os seus conteúdos, para partilharem o conhecimento e para conhecerem melhor o trabalho dos outros colegas que estão noutros países, um pouco por todo o mundo. Outro meio que já faz parte do dia a dia dos colaboradores é a edpon Rádio, mais um meio inovador em termos corporativos, pensada, na essência. E a sua recetividade não podia ser melhor, de acordo com as opiniões que nos têm chegado. Mas como nunca paramos, em termos de comunicação, o próximo desafio que vai ser dado à equipa, é reorganizar o parque web do Grupo EDP numa óptica de afirmação da nossa dimensão internacional, enquanto player energético mundial. Transversal e comum a todas as empresas do Grupo, o projeto do novo site EDP vai arrancar brevemente. Como faz questão de salientar o presidente executivo do nosso Grupo, António Mexia: “Ninguém consegue chefiar, ninguém consegue decidir, ninguém consegue fazer nada, se não houver comunicação”. O desafio está lançado. Participem! 3 edpon

por Paulo Campos Costa Diretor de Marca e Comunicação

Nos últimos anos, a área de comunicação da EDP tem sido distinguida, pelas mais diversas entidades, como um exemplo a ser seguido.


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março | abril

ENERGIA

Intranet, internet, televisão, revista e rádio são os meios de comunicação ao dispor dos colaboradores da EDP. O sucesso dos seus projetos mostram uma empresa que sabe comunicar.

EDIÇÕES LOCAIS Conheça os destaques das edições das outras geografias do Grupo EDP.

ONRENEW EDPR inserida nas comunidades onde está presente. Como é a relação com os stakeholders, e que projetos comunitários existem.

ONESPAÑA

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HC Energía e Naturgas Energía passaram a ser uma única marca no mercado espanhol: EDP.

35

ONBRASIL

EM FOCO

Segurança em todas as unidades de negócio da EDP no Brasil.

Radiografia aos meios de comunicação interna do Grupo EDP. O que os colaboradores podem esperar da Intranet, Internet, TV, Revista e Rádio.

EDP ON É UMA EDIÇÃO BIMESTRAL Proprietário EDP - Energias de Portugal, SA Praça Marquês de Pombal, 12, 1250-162 Lisboa Tel: 210 012 680 Fax: 210 012 910 dmc@edp.pt Diretor: Paulo Campos Costa

EDITORA PENÍNSULA PRESS SL / RUA DOS CORREEIROS 120, 4º ESQ / 1100-168 LISBOA ADMINISTRADOR EXECUTIVO STELLA KLAUHS INFO@PENINSULA-PRESS.COM REDAÇÃO EDUARDO MARINO (EDITOR), JOANA PERES (REDATORA) ARTE MARTA CONCEIÇÃO, NUNO F BARBOSA FOTOGRAFIA HUGO GAMBOA, JOÃO REIS E ADELINO OLIVEIRA ILUSTRAÇÃO ANDRÉ KANO REVISÃO ANA GODINHO COORDENAÇÃO EDP MARGARIDA GLÓRIA | DISTRIBUIÇÃO GRATUITA EM PORTUGAL — 23.000 EXEMPLARES; ESPANHA — 2.000 EXEMPLARES; BRASIL — 2.500 EXEMPLARES | LISGRÁFICA - IMPRESSÃO E ARTES GRÁFICAS, RUA CONSIGLIERI PEDROSO, Nº. 90, CASAL DE STA. LEOPOLDINA, 2730-053 BARCARENA - PORTUGAL. TEL +351 21 434 54 00 (GERAL); FAX +351 214 345 494 ISENTA DE REGISTO NA E.R.C., AO ABRIGO DO DECRETO REGULAMENTAR 8/6, ARTIGO 12º Nº1 - A ESTA PUBLICAÇÃO FOI ESCRITA AO ABRIGO DO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO

4 edpon


56

06

63

SUSTENTABILIDADE Conheça o mais recente Relatório de Biodiversidade do Grupo EDP, que pode ser consultado no site www.edp.pt.

FÓRUM

08 MERCADO Resultados anuais do Grupo EDP.

10 CULTURA EDP Inauguração da segunda central hidroelétrica do Alqueva.

20 INOVAÇÃO Observatório Tecnológico da EDP Inovação.

24 CAUSAS

42 EM DEBATE A importância das certificações profissionais.

36

41

SPOTLIGHT Entrevista com Massimo Rossini, responsável pela área do gás natural em Portugal e Espanha.

54 ENSAIO FOTOGRÁFICO Espólio do Centro de Documentação do Museu Eletricidade.

44 QUEM É QUEM Maria do Céu da Cunha Rêgo, sobre a igualdade de homens e mulheres no trabalho.

64 EM DESTAQUE Joana Simões, diretora da Direção de Regulação e Concorrência do Grupo EDP.

edpon 5


Fórum Poupar Energia - A EDP PERGUNTA Poupar energia torna o mundo mais sustentável. E é tão fácil: através de pequenos gestos, do dia a dia, podemos transformar o planeta onde vivemos num lugar melhor. A optimização do consumo de energia é uma obrigação de qualquer cidadão e uma responsabilidade acrescida para os profissionais da área energética. Afinal, todos nós – colaboradores do Grupo EDP – somos embaixadores desta causa.

A ON QUER SABER: QUAL O PASSO QUE AINDA NÃO DEU, EM SUA CASA, NA CAMINHADA PELA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA?

34% 11%

Não deixar os equipamentos em stand-by: desligá-los no botão para não gastar energia. Aproveitar toda a energia natural. Evitar perdas de calor e infiltrações, através do isolamento eficaz de portas, janelas, paredes, teto e pavimento, reduzindo a utilização de sistemas de climatização (ar condicionado, aquecedores, etc.).

11% 8,4% 8,4%

Evitar as luzes ou equipamentos ligados quando não são necessários.

8,4%

Substituir as lâmpadas incandescentes por lâmpadas economizadoras.

5,6%

Utilizar o micro-ondas para aquecer e cozinhar apenas pequenas quantidades de comida.

5,6%

Não manter o carregador na tomada depois do aparelho estar carregado.

5,6%

No Inverno, aproveitar a radiação solar para aquecer a casa. No Verão, evitar a entrada de raios solares diretos.

2%

Evitar abrir, desnecessariamente, a porta do frigorífico. Optar por computadores portáteis porque são energeticamente mais eficientes.

0%

5%

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25%

30%

35%

Dar preferência a recipientes de cerâmica ou vidro quando cozinha no forno, porque permitem baixar a temperatura necessária ao cozinhado em cerca de 25ºC. Reduzir a intensidade do ar condicionado em um grau Celsius, o que representa até 10% de poupança energética.

+ OUTRAS FORMAS DE POUPAR ENERGIA “Uma das recentes medidas ‘inovadoras’ que introduzi para aumentar a EE e que recomendo: voltar a usar as botijas de água quente à noite nas camas para mim e meus filhos (adoraram!) e assim temos a cama quentinha ao deitar e baixamos o aquecimento central à noite, reduzindo o consumo energético, neste caso de gás :) e ainda aumentamos o conforto. PS: ainda não substituí o frigorífico, porque o atual ainda funciona e está em bom estado, apesar de não ser da maior eficiência energética.“ “Não juntar um volume de roupas para passá-las de uma só vez. Ligo o ferro de passar sempre que preciso, passando muitas vezes poucas peças.” “Instalar equipamentos solares.” “Substituir o chuveiro elétrico, por chuveiros a gás natural.” 6 edpon

Comprar equipamentos que apresentem a melhor eficiência energética (classe A, A+ ou A++). Utilizar as máquinas de lavar roupa e loiça sempre com a carga completa.


Bolsa As recomendações dos analistas 2,50

Portugal (Valor em Euros)

2,42

Desempenho em bolsa (14 de janeiro a 13 de março 2013)

2,36 2,23

0 13/01/14

Brasil 15

13/01/21

13/01/28

13/02/04

13/02/11

13/02/18

13/02/25

13/03/11

(Valor em Reais)

Desempenho em bolsa (14 de janeiro a 13 de março 2013)

13,3 12,5

11,7

RECOMENDAÇÕES DOS ANALISTAS

0 13/01/14

13/01/21

13/02/11

13/03/04

(Valor em Euros)

Desempenho em bolsa (14 de janeiro a 13 de março 2013)

4,50

0

13/01/14

3,95

3,79

13/01/14

13/01/28

13/03/04

Recomendação

Preço Alvo

Data

Deutsche Securities

Hold

2,40€

11-03-2013

Goldman Sachs International

Neutral

2,50€

08-03-2013

Investec

Buy

3,00€

08-03-2013

Exane BNP Paribas

Underperform

2,10€

07-03-2013

NATIXIS Securities

Reduce

1,95€

06-03-2013

UBS - Investment Research Buy

2,50€

05-03-2013

Millennium BCP

Buy

2,85€

01-03-2013

BPI - Banco Português de Investimento

Hold

2,40€

28-02-2013

13/03/11

Renováveis

4,26

Analista

13/03/11 edpon 7


Mercado Os métodos mais eficientes e os valores que servem de exemplo

Resiliência num contexto desafiante

1.012 M€

3.628 M€

+3,5%

5,8 M€

Lucro

EBITDA

Custos operacionais

Liquidez Financeira

N

um ano muito exigente, o Grupo EDP registou um resultado líquido de 1.012 milhões de euros, o que representa menos 10%, face a 2011, e um EBITDA de 3.628 milhões de euros. Na apresentação de resultados, António Mexia, presidente do Grupo EDP, adiantou que os “menores resultados em Portugal e Espanha” e de “forma muito significativa no Brasil” explicam em parte os resultados alcançados. Estes resultados “foram parcialmente compensados por um forte crescimento de mais de 17% da EDP Renováveis em vários países, como nos EUA, Polónia e Roménia”. Segundo o CEO, 2013 será tão ou mais

difícil do que 2012.“Vai ser o primeiro ano em que vamos sentir o impacto global das novas medidas legislativas e regulatórias em Portugal e Espanha”, alertou. António Mexia acredita que o crescimento de resultados só ocorrerá em 2014. Mesmo assim, o Conselho de Administração da EDP vai propor o pagamento de um dividendo de 18,5 cêntimos por ação relativo a 2012, o mesmo valor do ano anterior. “Este contexto de resiliência dos resultados, face à diminuição da procura, às alterações regulatórias e legislativas, sobretudo em Portugal e em Espanha, permite propor à assembleia geral de acionistas um dividendo 8 edpon

no valor de 18,5 cêntimos, que é exatamente o mesmo que foi em 2011”, afirmou António Mexia, na apresentação de resultados relativos a 2012. Apesar da adversidade do mercado, destaca-se o novo mínimo histórico de 58 minutos de interrupções de abastecimento, na rede de distribuição em Portugal, e as ofertas competitivas no mercado liberalizado, com 80% dos consumidores em mercado livre a optarem por ofertas da EDP Comercial. Além disso, registou-se um aumento do investimento em Portugal em 5%, para 906 milhões de euros, sendo a companhia o maior investidor direto em Portugal em 2012.


Feedzai conquista mais acionistas A Feedzai, start up tecnológica que potencia através do software Pulse a análise de grandes volumes de dados em tempo real, e que tem como acionista a EDP Ventures, não passa despercebida no mercado. No âmbito de uma nova ronda de capital, realizada no final do ano passado,

foram dois os novos acionistas, a SAP Ventures e a Data Collective VC, que não deixaram escapar a oportunidade de investir no negócio. Uma entrada que valorizou - e muito (mais do que duplicou o valor de mercado) - a Feedzai.

EDP Brasil no Índice Bovespa

As ações da EDP, no Brasil, passaram a integrar em janeiro o Ibovespa (Índice Bovespa), o mais importante indicador do desempenho médio das cotações das ações do mercado brasileiro. Com uma participação de 0,645% no índice, a EDP no Brasil passa a figurar entre as empresas mais representativas da economia do país. Para Miguel Amaro, vice-presidente de Controle de Gestão, Finanças e de Relações com Investidores, a entrada no Ibovespa “aumenta a responsabilidade de manter o nível de transparência, de

EDP INOVAÇÃO JÁ DETÉM 25% DA PRINCIPLE POWER Devido ao êxito do projeto Windfloat, que tem superado todas as expetativas, a EDP Inovação decidiu converter o seu investimento inicial numa posição acionista no capital da Principle Power e apostar no crescimento da empresa. Assim, em dezembro, passou a deter cerca de 25% do capital da Principle Power. Em 2009, a EDP Inovação associou-se à Principle Power (empresa especializada no desenvolvimento de soluções tecnológicas para eólicas offshore a instalar em águas profundas, com sede em Seattle, nos Estados Unidos da América) para o desenvolvimento de um projeto de eólicas offshore ao largo da costa da Aguçadoura (Póvoa do Varzim) – o WindFloat. Hoje, esse projeto já é uma realidade que dá luz a 1.300 habitações. Mais um passo na aposta da EDP Inovação em tecnologia para eólicas offshore.

qualidade e de gestão, colocando a EDP noutro outro patamar.” As ações da carteira teórica do Ibovespa respondem por mais de 80% do número de negócios e do volume financeiro verificados no mercado, à vista, da BM&FBOVESPA. Para esta conquista foi necessário atender a elevados padrões de negociabilidade e um intenso trabalho de relações com investidores da EDP no Brasil. Para conhecer mais sobre o trabalho desta área poderá aceder, num clique, a http://edp.infoinvest.com.br.

EDP Soluções Comerciais Projeto de gestão de crise continua

As fases já ultrapassadas

Preparar a EDP Soluções Comerciais (EDPSC) para responder, eficazmente, a potenciais adversidades minimizando os impactos na organização, é o objetivo do projeto de gestão de crise e continuidade de negócio da EDPSC, em curso desde abril de 2012. Já foram dados vários passos (ver caixa), mas 2013 é um ano desafiante a todos os níveis. Há muito ainda por fazer, tal como, testar a implementação das várias estratégias de mitigação desenhadas; dar formação sobre a Gestão de Risco e Continuidade de Negócio aos colaboradores da EDPSC, incluindo PSE’s e stakeholders da EDPSC, para garantir que todos os participantes conheçam as medidas de

FASE 1 - Conhecimento aprofundado dos processos da EDPSC ao nível dos sistemas e outros recursos de suporte; FASE 2 - Identificação dos principais riscos inerentes ao negócio da EDPSC: avaliação por critérios qualitativos e quantitativos, com graus de criticidade definidos por ratings de risco; análise de sistemas, processos e impacto financeiro, apresentado para dois cenários de crise e quantificados através do Business Impact Analysis; FASE 3 - Definição das Estratégias de Continuidade de Negócio (Planos de Emergência e Contingência). Apresentação de proposta da estrutura necessária para atuar em situação de crise, com a criação do Gabinete de Crise da EDPSC, e dos Gabinetes Regionais face à dispersão regional da empresa.

mitigação de risco dos diferentes Planos de Contingência; e definir o programa de prioridade de atuação face aos ratings de risco concretizados através do Business Impact Analysis. Este projeto tem sido desenvolvido com o apoio do Conselho de Administração, representado por Martins da Costa, Manuela Silva e João Matos Fernandes, e coordenado pela Assessoria de Projetos Especiais (Lúcia Grade) e pela Direção de Análise e Negócios (Pedro Gaivão). Foram envolvidos colaboradores de todas as direções da EDPSC, bem como colaboradores da Direção de Sistemas de Informação e Direção de Gestão de Risco, conferindo a este projeto um caráter transversal à EDP. edpon 9

+


mercado

PARCERIA EDP /SONAE

LOJAS MODELO CONTINENTE JÁ PRODUZEM ENERGIA A EDP e a Sonae Modelo Continente, assinaram um acordo para a instalação de 46 centrais de minigeração nas coberturas das lojas Modelo Continente. Trata-se do maior projeto de solar fotovoltaico distribuído em Portugal, e top 15 na Europa.

46

+ 15.000

centrais de minigeração

painéis solares

125

GWh de energia limpa de origem solar

de

Esta é uma aposta da EDP na energia solar fotovoltaica em Portugal, onde o Grupo é líder de mercado com mais de mil sistemas solares fotovoltaicos instalados em residências e em empresas por todo o país. Neste projeto são mais de 15.000 painéis solares fotovoltaicos instalados, em cerca de 50 mil m2, que irão produzir 125 GWh de energia limpa de origem solar, ao longo de 25 anos, evitando assim a emissão de mais de 42 mil toneladas de CO2. A totalidade dos painéis solares fotovoltaicos vai produzir

125 GWh de energia limpa, o equivalente para abastecer mais de 40 mil lares/ habitações durante um ano. O projeto realiza-se no modelo energy manager, ou seja, a EDP é responsável pelo desenho, engenharia e instalação dos sistemas, realiza o investimento e tem a propriedade das unidades de minigeração durante o período de contrato de 15 anos. A EDP vende a energia à rede e paga uma parte da totalidade das receitas obtidas à Sonae MC durante o contrato, como 10 edpon

- 42 mil toneladas de CO2

contrapartida pela utilização do espaço. Após o período de contrato, a propriedade dos sistemas passa para a Sonae MC, passando esta a vender a eletricidade à rede e receber a totalidade das receitas. Esta iniciativa, envolvendo a produção de energia renovável, reforça o compromisso para com o Desenvolvimento Sustentável da EDP, empresa líder mundial pelo segundo ano consecutivo do Índice Dow Jones de Sustentabilidade nas empresas do setor elétrico.


mercado

MERCADO LIBERALIZADO

EDP Comercial atenta às PME’s

O papel do Grupo EDP, como motor para o crescimento da economia portuguesa que as PMEs podem ter, já é bem conhecido. Tendo estas pequenas e médias empresas um elevado “peso” na economia portuguesa, a EDP criou uma unidade autónoma vocacionada só para as PME’s. A EDP Comercial é a empresa que está a desenvolver ofertas de valor competitivas e integradas que permitam que estas empresas aumentem a sua competitividade. Como? Oferecendo uma panóplia de serviços, que acrescentam valor à oferta de energia e que permitam às PMES reduzir, ainda mais, os seus custos de energia.

EDP Comercial conquista um milhão de clientes A EDP tem motivos para festejar: triplicou o número de clientes em mercado livre e, neste momento, já são mais de um milhão.

edpon 11

EVOLUÇÃO QUOTAS (CLIENTES) 1,200,000 nº de clientes ML

contribuíram para alcançar estes números. No mercado empresarial, a dinamização da oferta integrada de serviços de eficiência energética e geração distribuída, nomeadamente, com o programa Save to Compete que cofinancia PIEE (projetos integrados de eficiência energética) nas empresas que se candidatam e apresentam boas oportunidades de melhoria da sua gestão energética (www.savetocompete.com), têm enriquecido e diferenciado a oferta empresarial, permitindo manter a liderança de quota de mercado nos segmentos empresariais onde a intensidade competitiva é mais forte. Com esta estratégia, proativa e orientada em gerar valor para o cliente, o Grupo EDP continua a ganhar quota no mercado liberalizado, que já representa cerca de 60% em volume do consumo. A companhia conseguiu, assim, manter a liderança em todos os segmentos de mercado - grandes consumidores, industriais, pequenos negócios e domésticos - sem sacrificar a rentabilidade interna.

1,000,000

20%

800,000

191%

600,000

3x

400,000

80%

23%

200,000

77%

0

Dez. 2011

Dez. 2012

EVOLUÇÃO QUOTAS (CONSUMO) consumo anualizado ML (GWh)

N

o final de janeiro, a EDP Comercial conseguiu ultrapassar um milhão de clientes em mercado livre. Estes números são motivo de orgulho para o Grupo EDP, que realizou, durante o ano passado, várias campanhas para facilitar a escolha do consumidor doméstico na passagem do mercado regulado e selecionar o comercializador de energia em mercado livre. As ofertas diferenciadoras e com propostas de valor atrativas para os clientes, deram um elevado retorno ao captar a maior parte dos clientes que já optaram por fazer a mudança do mercado regulado para o mercado livre. O Plano EDP Continente, que devolvia 10% da fatura da eletricidade, em vales de desconto para as compras mensais do hipermercado e a oferta dual Casa Total 10+2, que oferecia desconto de 10% no gás natural e 2% na eletricidade, face ao mercado regulado, além da massificação da oferta de serviços de certificações energéticas e auditorias energéticas residenciais e para pequenos negócios, foram iniciativas-chave que

30,000

16%

25,000 20,000

58% 59%

15,000 10,000 5,000

41%

42%

0

Dez. 2011 concorrentes

Dez. 2012 edp comercial


mercado

Recarregue a sua energia A EDP Comercial lançou em Janeiro a nova campanha de Microgeração EDP, que promove a oferta comercial integrada - eletricidade, gás e serviços - e incentiva os consumidores a produzir a sua própria energia de origem solar.

+ Vantagens para colaboradores Para os colaboradores EDP, foi criada uma oferta com vantagens exclusivas: desconto de 10% nos sistemas de microgeração EDP e a oferta de um iPad mini. Saiba mais na intranet ou em www.microgeracaoedp.com (indicando o seu número de colaborador EDP nas observações).

E

sta nova proposta comercial da EDP Comercial, líder no mercado de microgeração com mais de mil sistemas instalados em Portugal, vem reforçar a aposta nas energias limpas e endógenas, uma área central na estratégia da empresa. Os clientes que aderirem a esta oferta integrada, além de um rendimento financeiro mensal adicional pela venda de energia produzida, têm descontos de 10% no gás natural e 10% na eletricidade consumida, poupando mais todos os meses.

O conceito da campanha que chegou aos jornais, rádios e Internet recupera o mote da anterior campanha da EDP Comercial “E a si o que lhe dá energia?”. A resposta assenta no conceito chave-na-mão e na ideia de que a oferta de microgeração da EDP é segura e vantajosa: “A Microgeração EDP dá-lhe ainda mais”. A linha de comunicação desenvolvida pela Direção de Marca e Comunicação explica o que é a microgeração através de uma simples metáfora: “Tal como 12 edpon

nós apanhamos sol para recarregar baterias, também a nossa casa o faz. É o sol que nos dá energia a nós e à nossa casa”. Todas as informações sobre esta campanha estão disponíveis no reformulado site www.microgeracaoedp.com, através do qual os clientes podem personalizar o seu sistema solar fotovoltaico, bem como escolher outros serviços que complementem a oferta Microgeração EDP.



Culturaedp Os métodos mais eficientes e os valores que servem de exemplo

ALQUEVA II

EDP INAUGURA 2º MAIOR CENTRO PRODUTOR DE PORTUGAL A EDP duplicou a capacidade hidroelétrica do Alqueva. Em funcionamento desde janeiro, a nova central permitiu aumentar a produção em 80%, contribuindo para diminuir a dependência energética face ao exterior.

A

EDP já inaugurou a segunda central hidroelétrica do Alqueva, dando por concluído mais um projeto do plano de investimentos em novas barragens e reforços de potência. “Trata-se de um investimento de 190 milhões de euros que, em conjunto com Bemposta e Picote, acrescentou, num único ano, 700 megawatts. Só Alqueva II permite uma redução de 25 a 30 milhões por ano, de importação em combustíveis ou em CO2”,

afirmou António Mexia, na cerimónia de inauguração. Com 512 MW de capacidade instalada, Alqueva no seu todo, torna-se, assim, no segundo maior centro produtor de hidroeletricidade do país, destronado apenas pelo Alto Lindoso. Um dado que reforça a importância estratégica da barragem de múltiplas valências. “Estamos a falar de uma região que quando tiver o regadio concluído terá 120 mil hectares de áreas para produzir”, destacou 14 edpon

a ministra da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território, Assunção Cristas, presente na inauguração. As culturas são as mais diversas. “Começámos com o olival e com a vinha. Hoje, há milho, fruta, horticultura, e há uma panóplia de oportunidades, quer para os nossos agricultores, quer para agricultores estrangeiros que aqui queiram investir”. A construção da nova central teve início em 2008 e gerou cerca de 2 mil postos


de trabalho, 500 dos quais diretos. Os trabalhadores locais representaram 27% do total. Estiveram envolvidas cerca de 50 empresas, tendo o nível de incorporação nacional atingido os 60%. Para Eduardo Catroga, presidente do Conselho Geral e de Supervisão do Grupo EDP, Alqueva II é um sinal de esperança. “Chegar-se quase ao fim de um projeto que está a fazer a transformação desta região do país é, também, um sinal de esperança. Apesar de todas as dificuldades, este investimento é importante para o setor elétrico português, para a EDP, e para a economia da região e do país”. NOVOS PROJETOS Quanto a energia produzida, Alqueva II contribuirá com mais 381 GWh/ano, o que corresponde a 4% da totalidade da energia hidroelétrica produzida em Portugal, em ano médio, o suficiente para satisfazer o

conjunto dos consumos dos concelhos de Évora, Beja, Portel, Moura e Vidigueira. Além disso, a reversibilidade dos grupos permitirá armazenar energia através de bombagem em horas de vazio, em complementaridade com a produção das centrais eólicas, maximizando a capacidade de produção disponível em horas de maior procura. Para a EDP, a conclusão de mais este projeto evidencia a estratégia de crescimento sustentado em energias renováveis, não poluentes, com particular destaque para os recursos endógenos. Concluídos os reforços de potência de Bemposta, Picote, e agora Alqueva, o Grupo tem atualmente em construção cinco novos projetos hidroelétricos em Portugal (Ribeiradio, Baixo Sabor, Venda Nova III, Salamonde II, Foz Tua), envolvendo cerca de 16.000 trabalhadores, dos quais 4.100 diretos. edpon 15

190 M€ investimento 260 MW capacidade instalada 381 GWh/ano energia produzida


cultura edp

PCAE tem novo Chefe de Gabinete Martim Salgado é, desde janeiro, o novo chefe de gabinete de António Mexia. Um convite que encarou “como uma prova de confiança” e que constitui “um grande desafio”. Formado em Gestão, e com um mestrado em Finanças, pela Universidade Nova de Lisboa, Martim Salgado iniciou o seu percurso profissional na banca, no Millenniumbcp, através de um estágio em 2007. No ano seguinte, realizou um novo estágio, desta vez, no BES Investimento, na área de Corporate Finance. Após o estágio, foi convidado a integrar os quadros do banco, onde permaneceu até entrar no Grupo EDP, em julho de 2011, onde se estreou na Direção de Análise de Negócios. Atualmente como chefe de gabinete do presidente do Conselho de Administração Executivo, a sua vida profissional mudou radicalmente. “Todos os dias são diferentes. Cada dia é focado na preparação de temas que vão envolver o PCAE nas semanas seguintes e na resolução de temas que vão surgindo diariamente”, revela. Para Martim Salgado, os desafios são

uma constante. Afinal uma empresa da dimensão da EDP, presente em 13 países, é permanentemente posta à prova. Seja na liberalização do mercado em Portugal, na discussão das alterações regulatórias em Espanha ou no desenvolvimento da parceria com a China Three Gorges, só para dar alguns exemplos.

O ENSINAMENTO DO DESPORTO Na vida profissional, Martim traz consigo aquilo que aprendeu como jogador de râguebi. “O desporto ensinou-me a importância do espírito de equipa. As vitórias são melhores quando conseguidas através do esforço comum, e são também vividas com outra intensidade quando partilhadas em equipa”. Para o novo chefe de gabinete, o grande objetivo é dar a melhor assistência ao PCAE e manter o nível de qualidade que é reconhecido aos anteriores detentores do cargo, “permitindo que a função desenvolva as minhas capacidades, como acredito que tenha acontecido com os meus antecessores.”

Reconhecer quem passa à reforma

EQUIPA EDP RECEBE PRÉMIO NACIONAL A inauguração de Alqueva II foi palco para a entrega do galardão à equipa da EDP que venceu a final nacional dos prémios Global Management Challenge, jogo de simulação empresarial, no qual cada grupo tem como desafio gerir uma empresa. António Mexia, presidente do Grupo EDP, não quis deixar de destacar o excelente trabalho e classificação, numa iniciativa na qual a EDP já participa há 10 anos. A mesma equipa irá representar Portugal na prova internacional, já em abril, na cidade de Bucareste. Boa sorte para a próxima etapa!

16 edpon

O Museu da Eletricidade foi palco do encontro + Perto Reconhecer. Uma iniciativa, promovida pela direção de Recursos Humanos, que teve como objetivo homenagear os colegas que passaram à reforma em 2012 e que contribuíram ao longo da sua vida profissional ativa para a construção diária da EDP Produção. Uma manhã de emoções, em que os homenageados assistiram a alguns testemunhos de colegas e chefias sobre o seu percurso, a marca que deixaram na empresa e as saudades que ficam. Cada homenageado foi distinguido com uma peça comemorativa entregue pelas mãos do Conselho de Administração, representado por Pita de Abreu, Ferreira da Costa e António Castro. No final da sessão o Presidente do Conselho de Administração agradeceu aos presentes o seu empenho e espírito de serviço e relembrou que todos fazem parte da comunidade EDP e serão sempre embaixadores da empresa.


cultura edp

ENCONTRO DA EDP COMERCIAL

JUNTOS POR UMA CAUSA Este foi o lema do encontro global de colaboradores, organizado pela EDP Comercial, que reuniu cerca de 200 colaboradores no final de Novembro de 2012. Um encontro que teve lugar nas instalações da IPSS apadrinhada pela empresa, a Casa do Gaiato de Loures, e que teve uma importante componente de responsabilidade social, tendo a EDP Comercial procedido a um donativo

financeiro e de horas de voluntariado dos seus colaboradores. Após uma manhã de trabalho, alinhamento estratégico dos principais objetivos e desafios para 2013, os colaboradores organizados por equipas deram o melhor de si, fortalecendo o espirito de grupo e de entreajuda, recuperando e pintando uma escola que servirá de fonte de receitas para a IPSS ao albergar reuniões e sessões de

formação de empresas, e ainda montaram 20 bicicletas para os cerca de 70 rapazes que moram nas casas. Um encontro que agradou a todos, como atestam os resultados do questionário de avaliação. Este modelo de agregar três objetivos num evento – trabalho, espírito de equipa e apoio ao próximo – funcionou bem e é para repetir. Numa escala de 1 a 4 a avaliação global foi de 3,3.

ADMINISTRAÇÃO VISITA CENTRAL DO CARRIÇO

EDP VENCE PRÉMIO

financeiro mundial A Central de Cogeração do Carriço, localizada no concelho de Pombal, recebeu a visita dos membros do CA da EDP Produção. Uma instalação que se encontra no interior da fábrica da Renoeste e resulta de uma parceria com a Galp Energia, sendo de 30% a quota da empresa. A comitiva foi recebida pelo responsável pela O&M Serviços, Leitão Martins, e pelo Diretor da Produção Térmica, Marcolino Gomes. Depois, Carlos Ferreira, responsável técnico, efetuou uma apresentação em sala a que se seguiu uma visita pela instalação que despoletou na comitiva um forte interesse dadas as particularidades desta unidade fabril. edpon 17

A EDP conseguiu o melhor desempenho mundial em colocação de dívida em euros, em 2012, conquistando o “Euro Bond of the Year Award”, atribuído pela IFR (International Financing Review). A emissão de obrigações premiada, no valor de 750 milhões de euros, foi realizada a 14 de setembro e teve uma procura dez vezes superior à oferta. Foi a primeira vez que uma empresa nacional ganhou um prémio financeiro com esta dimensão.


cultura edp

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Excelência no trabalho

EDP é uma das empresas mais éticas do mundo A EDP integra, pelo segundo ano consecutivo, o ranking internacional das empresas mais éticas do mundo “ The World’s Most Ethical Companies – WME”. A Ethisphere é uma organização mundial, de reconhecido mérito, composta por mais de 100 empresas, universidades e instituições de investigação, dedicada à criação, desenvolvimento e partilha das melhores práticas na ética empresarial, responsabilidade social das empresas, anticorrupção e sustentabilidade. Esta distinção engloba companhias de mais de 100 países, em 36 setores de atividade, das quais três são de eletricidade: a EDP, a National Grid UK/USA e a NextERA dos USA. O Grupo EDP é reconhecido, internacionalmente, não só pela adoção de boas práticas de sustentabilidade e ética em todas as suas áreas de negócio, como também pelo contributo que tem dado em toda a sua cadeia de valor e à sociedade em geral, promovendo a partilha de valores de integridade, responsabilidade e transparência.

O Grupo EDP conquistou o primeiro lugar dos Prémios Excelência no Trabalho 2012, na categoria das Grandes Empresas com mais de 1000 colaboradores, tendo sido também o eleito no setor Indústria e Energia. Os prémios foram entregues a António Mexia, presidente da EDP, numa cerimónia que se realizou no Hotel Tivoli, em Lisboa. A EDP, que pela primeira vez participou nesta iniciativa, foi assim considerada, entre os 198 candidatos, a empresa que mais promove os seus colaboradores, um

claro reconhecimento do compromisso em valorizar e desenvolver o talento de todos aqueles que fazem parte do universo EDP. A terceira edição do Prémio Excelência no Trabalho, uma iniciativa da Heidrick & Struggles, em parceria com o Diário Económico e a ISCTE Business School, premiou as empresas que mais valorizam e investem nos recursos humanos, tendo registado, este ano, uma elevada participação e um crescimento do número de novos participantes.

Medalha para Picote A obra de reabilitação da Pousada de Picote, da autoria da Cannatá & Fernandes Arquitectos, recebeu a medalha de prata Prémio Restauro Domus, atribuído pelo departamento de Arquitetura da Universidade de Ferrara, em Itália. Um reconhecimento internacional, de restauração arquitetónica e conservação, que contou com a participação de mais de 200 projetos de vários países, dentro e fora da Europa. A requalificação da estalagem do Douro Internacional, construída em 1959, ficou concluída em 2010. A conjugação entre a tradição e o moderno manteve-se, tal como a combinação, harmoniosa, do cimento, ferro e vidro com o granito, a ardósia e a madeira. 18 edpon


cultura edp

UMA EMPRESA 100% PRIVADA À hora de fecho dos mercados em Portugal, no dia 21 de fevereiro, António Mexia, presidente do Conselho de Administração Executivo (CAE) da EDP, sinalizou com um toque simbólico, no sino da Bolsa de Valores de Lisboa, a venda das últimas ações da EDP que pertenciam ao Estado, 4,14%, ato que significou o fim do processo de privatização. Segundo António Mexia, esta foi uma participação que correu particularmente bem. “ Foi resolvido em duas horas. Mais de 300 milhões de euros, correspondentes a 151 milhões de ações, com desconto muito menor do que foi feito para outras empresas portuguesas, ou mesmo em termos médios

europeus, e com investidores de grande qualidade. Isto mostra que hoje há uma visão diferente sobre Portugal, da que havia há um ano atrás, mas mostra também aquilo que é o trabalho nosso, da EDP, das pessoas que compõem esta equipa”, sublinhou o presidente do CAE. Com a entrada, nesta última fase, de cem novos investidores, o objetivo mantém-se: “continuar a ser a maior empresa portuguesa com uma dispersão em bolsa significativa: mais de metade do capital está em mãos estrangeiras e os investidores institucionais continuam a apoiar a empresa”, lembrou Nuno Alves, Diretor

António de Almeida apoia projeto oncológico No Dia Mundial da Luta Contra o Cancro, a EDP lançou um projeto de apoio oncológico, que tem como mentor e sponsor António de Almeida. Trata-se de um tema que não é desconhecido do presidente da Fundação EDP – o próprio já viveu, na primeira pessoa, este flagelo. Através do seu testemunho e coragem, decidiu criar uma base de apoio para os que lutam contra esta doença, mas também para os que querem saber mais sobre o assunto. “A sorte ou o azar, brindou-me com um cancro da próstata e um cancro do cólon. Vivi com muita gente e muitas famílias com cancro. Entendi que, ao chegar a esta idade, no fim de carreira e também já muito próximo do fim dos meus dias, devia ajudar as pessoas por via da informação”, explica António de Almeida. O programa terá duas fases. Primeiro, serão realizadas, por todo o país, sessões de esclarecimento com o apoio de profissionais que responderão a todas as dúvidas e deixarão alguns conselhos sobre a vida saudável. O segundo passo, mais prático, envolverá o trabalho de voluntários, que fornecerão apoio psicológico a quem convive diariamente com esta doença. Para mais informações, contacte o programa oncológico através do e-mail – vol.onc@edp.pt – e não desista: É possível combater e vencer o cancro!

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Executivo Financeiro da EDP. No mercado de capitais, a EDP é vista como um exemplo a seguir. Para Luís Laginha de Sousa, presidente NYSE Euronext Portugal, “a EDP é um dos casos relevantes de uma empresa que utilizou o mercado de capitais como um meio para seguir um caminho de expansão, de desenvolvimento, e, com isso, também de criação de riqueza, de valor para os seus acionistas, colaboradores e para o País”. Ao fim de 15 anos e passadas oito fases de privatização, a EDP passou de uma empresa 100% pública para uma companhia 100% privada.


cultura edp

Cerimónia de homenagem na Central de Setúbal (1979-2012) Cerca de 350 pessoas participaram, no passado dia 28 de fevereiro na homenagem a todos os profissionais que passaram pela Central Térmica de Setúbal (PTSB), durante os 33 anos em que esteve ao serviço do Sistema Elétrico Público.

Este foi um dia muito especial, vivido por todos com muita emoção, alegria e confraternização. Agora que a central está encerrada (desde dezembro de 2012), a sala das máquinas moldou-se ao acontecimento, embelezando-se para

receber aqueles que tornaram possível que a PTSB diga orgulhosamente: “CUMPRIMOS”. Na cerimónia estiveram presentes os membros do Conselho de Administração, bem como vários responsáveis por Unidades Orgânicas da

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EDP Produção. O presidente do Conselho de Administração, Pita de Abreu, não pôde marcar presença por motivos de força maior, mas enviou uma mensagem vídeo na qual realçou o grande profissionalismo dos colaboradores da Central.



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novação

A OLHAR PARA O FUTURO O Observatório Tecnológico foi criado com o objetivo de gerar informação que permita suportar escolhas estratégicas da EDP inovação e do Grupo EDP.

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m dos objetivos da EDP Inovação é acompanhar o permanente desenvolvimento tecnológico no setor energético com especial atenção em energias limpas. Para sistematizar este acompanhamento foi criado o Observatório Tecnológico (integrado na área de Desenvolvimento Tecnológico da EDP Inovação). Este é um departamento que, através de uma visão transversal, tenta perceber quais as tendências de desenvolvimento de tecnologias e modelos de negócio associados que podem ter interesse para as atividades do Grupo EDP. “Na EDP Inovação olha-se normalmente para projetos em fase de desenvolvimento,

que ainda não estão no mercado”, explica Pedro Ferreira, responsável pelo Observatório Tecnológico da EDP Inovação. “O Observatório vai um pouco mais além, lidamos com coisas que ainda não existem, tentamos perceber o que pode ou não fazer sentido, procurando ajudar a escolher uma ou outra via”. Mais do que futurologia, aqui procura-se construir uma visão de longo prazo. DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS Para divulgar os resultados do Observatório Tecnológico foi criada a InovNote (ver caixa). Esta pretende ser uma publicação que apresenta os resultados da análise realizada 22 edpon

a uma tecnologia ou tema específico. Está focada sobretudo na sua componente tecnológica, embora aborde também outros aspetos que pareçam importantes (ex. aspetos económicos, de mercado, entre outros). Dada a diversidade de países em que a EDP está presente hoje em dia, escolheu-se o Inglês como língua de divulgação, esperando-se que assim possa ser lida pelo maior número possível de pessoas. Para começar a ter mais feedback na divulgação da informação, o objetivo é fazer um SMS (Saiba Mais Sobre), cada vez que são lançadas InovNotes. “Senão, é uma coisa um bocado autista, fechada. O espírito da Inovação é fazer com que as pessoas


+ InovNotes Já existem, neste momento, quatro InovNotes publicadas. O primeiro número foi dedicado à energia geotérmica, nomeadamente EGS Enhanced Geothermal Systems. No segundo número foi questionado o valor das energias renováveis maduras (solar e eólico), tendo em conta o mercado de eletricidade português e a integração das energias renováveis na rede elétrica nacional. As fundações de sistemas eólicos offshore foram o tema principal da terceira InovNote, que procurou responder à questão: “Qual a melhor fundação em função da profundidade?”. A mais recente debruçou-se sobre o tema complexo do armazenamento energético, refletindo-se sobre como aliar as necessidades da rede elétrica com as soluções técnicas existentes (muitas vezes em fases não maduras). O próximo, podemos adiantar, terá como objeto os inversores de instalações fotovoltaicas. O primeiro número encontra-se disponível ao público em geral. Os restantes podem apenas ser acedidos por login. Se quiser fazer parte da mailing list, basta enviar um email para: pedro.ferreira@edp.pt. Consultar o site: http://inovnotes.edpinovacao.com/

questionem as coisas”, defende Pedro Ferreira. Importante é também envolver mais as várias áreas de negócio, tirando partido dos interlocutores existentes para cada unidade de negócio, integrando os seus pontos de vista. As universidades também merecem uma atenção especial. Há toda uma dinâmica de protocolos de colaboração e desenvolvimento a fomentar. “Notamos que têm um saber muito avançado. É útil alinharmos os esforços das universidades com estes casos de estudo da EDP, o que nem sempre acontece. Queremos promover o desenvolvimento de trabalho que possa ser incorporado no Universo da EDP”. É importante incorporar esse saber nas análises do Observatório. É

Licenciado em Engenharia Física Tecnológica, Pedro Ferreira, 35 anos, está no Grupo EDP há oito anos. Integra a equipa de Desenvolvimento Tecnológico da EDP inovação.

muito diferente fazer uma tese de mestrado que tem interesse para uma empresa, do que estar a imaginar um problema sem saber se existe uma utilidade”, defende Pedro Ferreira. “Já houve um resultado prático de um aluno que fez uma tese de mestrado sobre monitorização não intrusiva de cargas. Apresentou-nos a tese, e fez-nos também um enquadramento ao tema, que nós não tínhamos. E isso foi muito produtivo para nós e para ele certamente. Com isso aprendemos, e maior conhecimento pode redundar numa análise mais aprofundada do Observatório e, em última análise, no desenvolvimento de projetos visando a criação de uma opção tecnológica”. edpon 23

VISÃO ESTRATÉGICA No meio de conceitos, de tendências de desenvolvimento e de tentar perceber o que pode ou não fazer sentido, ainda não existe uma análise macro de como irão ser as tecnologias do mundo da energia no futuro. Estamos a caminhar nesse sentido. “Cada tema abordado dá-nos inputs para uma visão mais global. Mas é ainda um trabalho em construção”, refere o responsável pelo Observatório. Os vários temas das InovNotes vão-se complementando com o objetivo de chegar a um roadmap tecnológico para o mundo da energia no futuro.


Causasedp Capacidade econ贸mica e empenho social

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causas

NÚMEROS DO VOLUNTARIADO EM TODAS AS GEOGRAFIAS DO GRUPO EDP

1.107 voluntários 5.698,5 horas disponibilizadas 94 ações de voluntariado 6.652 pessoas beneficiadas 45.760€ angariados para instituições sociais

PARTE DE NÓS NATAL Voluntariado mobilizou mais de mil colaboradores Ao longo de um mês, mais de mil colaboradores do Grupo EDP participaram em ações de voluntariado junto de instituições de solidariedade social, com o objetivo de ajudar a humanizar o Natal. Integrado no Programa de Voluntariado Corporativo do Grupo EDP e gerido pela Fundação EDP, o Parte de Nós Natal, contou com cerca de 1.100 voluntários do Grupo EDP, que disponibilizaram cerca de 5.600 horas para realizar um total de 94 ações de voluntariado, beneficiado diretamente 6.652 pessoas. Em Portugal, a iniciativa contou com 64 ações de voluntariado que envolveram 912 voluntários e 3.952 beneficiários, entre crianças e idosos. No total, estes voluntários disponibilizaram 4.788 horas. Em Espanha cerca de 200 colaboradores envolveram-se em ações tão diferentes com a angariação de fundos, que vão permitir entregar cerca de 46.000 euros a instituições sociais, até a ações de rua, como a “Chocolatada”, da Naturgas, cujo valor angariado reverte para uma instituição local. No Brasil, a iniciativa do “Papai Noel Invertido“ recolheu brinquedos para crianças. A EDP Renováveis, por seu lado, apostou na recolha de fundos para a Cáritas de vários países. Os resultados do Parte de Nós Natal 2012 foram apresentados no Museu da Eletricidade, num evento que contou com a atuação da Orquestra Geração, um projeto apoiado pela Fundação EDP. edpon 25


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m foco Meios de comunicação

S O D LIGA DE O FALHA: ON Ã N A L U M R Ó AF O COMUNICAÇÃ HÁ UMA BOA E A EMPRESA D M U Á H A N R E INT S ABORADORE L O C M O C , O SUCESS O CONHECEND E R . S O D A IV T MO EM ADE, A EDP T ESTA REALID ESTA RTEMENTE N O F O D A T S O AP MA RECEITA ÁREA, COM U E A DINAMISMO QUE MISTUR ADOS E. OS RESULT CRIATIVIDAD O : A TELEVISÃ A T IS V À O Ã T ES MIADA A JÁ FOI PRE CORPORATIV A NALMENTE E INTERNACIO UA UIDA PELA S G IN T IS D A T REVIS L. ULTICULTURA M A Z E R U T A N LEA ANET GLOBA A NOVA INTR MAIS S PROJETOS O O Ã S IO D Á R EA JUNTAREM-S RECENTES A S NA . DIFERENTE IA ÍL M A F A T S E O TEÚDO, ESTÃ N O C O N E A FORM MA OS PELA MES D A IG L S O D O T ENERGIA. ! ER SEM ELES IV V L E ÍV S S O É JÁ IMP

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RÁDIO

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REVISTA

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INTERNET

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A comunicação não se faz sem uma equipa bem preparada, que conhece as realidades da empresa e a importância estratégica de uma boa comunicação alinhada com os objetivos do negócio. Além da equipa de comunicação interna da holding, existe uma vasta rede de interlocutores que representam diferentes empresas e áreas de >>

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1. Rui Cabrita, DMC; 2. Lisa Ferreira, DMC; 3. Filipa Freire, DMC; 4. Inês Varela, EDP Distribuição; 5. Ricardo Torrado, DMC; 6. Eliana Valado, DMC; 7. David Vitorino, DMC; 8. Ana Rita Piteira, EDP Distribuição; 9. Vítor Santos Costa, DSI; 10. Liliana Caetano Alves, EDP Distribuição; 11. Tiago Luís, EDP Comercial.

omecemos ao contrário. Imagine uma empresa em que a informação chega através da conversa de corredor, do “passa a palavra”, vinda de fontes não identificadas. Uma informação aleatória, desalinhada, errática que promove a confusão e os mal-entendidos. Para que servem afinal os meios de comunicação interna? Justamente para evitar que o cenário que acabámos de descrever não seja uma realidade. A comunicação na EDP é um dos seus fatores distintivos. Ao serviço dos colaboradores e do negócio, os meios de comunicação interna promovem a partilha, agregam serviços, aproximam as pessoas. A sua excelência tem sido sistematicamente premiada em eventos nacionais e internacionais. Mas, mais importante, são reconhecidos pelos próprios colaboradores como importantes e úteis para o seu dia-a-dia. Alinhada com o ADN do Grupo EDP, a comunicação está em constante mudança para responder aos desafios de uma empresa, também ela, em permanente transformação. Numa multinacional que está presente em 13 países e integra 29 nacionalidades, comunicar é fundamental. “Ninguém consegue chefiar, ninguém consegue decidir, ninguém consegue fazer nada, se não houver comunicação”, sublinha António Mexia, presidente do Conselho de Administração Executivo do Grupo EDP. Facilitadores de processo, os meios de comunicação ultrapassam distâncias, alinham estratégias e complementam-se na sua missão de envolver e informar. 28 edpon

EDPON INTRANET Objetivo: espaço de encontro, partilha e trabalho de todos os colaboradores do Grupo EDP, feito à medida de cada um. Foi reformulado recentemente de forma a ser comum a todas as geografias. Até há pouco tempo, a EDP tinha seis intranets, com design e informações completamente distintas. Em fevereiro de 2013, tudo mudou: os colaboradores acedem agora a uma única plataforma, onde têm toda a informação sobre o Grupo, local e globalmente. O grupo de trabalho, que envolveu colaboradores das áreas de comunicação interna e de Tecnologias de Informação (TI), teve como missão criar um plataforma mais personalizada, aberta, social, colaborativa e rápida. Para começar, a homepage é feita à medida de cada colaborador, com a informação pessoal e a respetiva foto a surgir no ecrã, assim que se acede à intranet. “Os colaboradores assumem um protagonismo e têm um grau de liberdade que até aqui não tinham”, realça Margarida Glória, subdiretora da DMC (Direção de Marca e Comunicação) para a Comunicação Digital. “Mas isto também significa maior responsabilidade quanto ao uso de um meio que é de todos”, faz questão de acrescentar. Cada pessoa pode criar e participar em grupos online (corporativos, de projeto ou de lazer, públicos ou restritos), fazer subscrições, partilhar informação sobre si e o seu trabalho. Nesta nova intranet, há uma outra forma de apresentar a informação. Nos menus “a nossa empresa” e “o nosso negócio” existe


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negócio. Para o sucesso da área de comunicação interna é, também, fulcral o papel dos colaboradores da área de TI (Tecnologias de Informação). São estes os elementos que, ligados por um objetivo comum, fazem com que a EDP continue a ser a empresa mais inovadora na área da comunicação interna.

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+ Uma comunicação distinguida

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PAULO CAMPOS COSTA, DIRETOR DA DMC A nossa comunicação tem sido distinguida por diversas entidades nacionais e internacionais como um dos exemplos a ser seguidos. Intranet, TV, revista e, agora, rádio, já fazem parte do dia-a-dia dos colaboradores que procuram informação sobre a EDP. A aposta tem sido nas sinergias entre equipas, mas também entre os meios. Para que tudo funcione e resulte, existe uma equipa de profissionais de comunicação (que não é tão grande como muitas pessoas pensam), que é, cada vez mais, multidisciplinar: quem faz televisão, também faz rádio, quem faz a intranet também contribui para a revista e para a Internet… Por outro

lado, têm sido diversos os esforços para que também os meios sejam complementares uns dos outros. Uma palavra especial para a nova intranet que é o suporte de todas as ferramentas de comunicação. É possível as pessoas, na intranet, verem a televisão, ouvirem a rádio, lerem a revista e partilharem a informação e o conhecimento através de áreas colaborativas que foram criadas. A recetividade dos colaboradores tem sido muito boa. Foi mais um desafio superado, fruto de uma motivação que temos sabido imprimir para que as pessoas consigam fazer mais e melhor.

uma visão integrada e global do Grupo e das empresas. No primeiro, pode consultar informação institucional do Grupo e das várias empresas EDP; no segundo, pode ficar a conhecer a cadeia de valor e as várias áreas de negócio do Grupo. A partir de agora, todos os conteúdos têm um autor, que pode ser contactado sempre que houver alguma questão para colocar. Para que este meio seja explorado e conhecido por todos, foi criada a figura dos movers. Colaboradores que “atuam como facilitadores

locais, junto das suas áreas de influência, promovendo a utilização da intranet, o cumprimento dos termos de utilização e dinamizando a criação de grupos que facilitarão o trabalho das equipas”, explica Sara José, da DMC, que esteve envolvida no desenvolvimento deste longo projeto. A avaliar pelos primeiros números, - um crescimento de mais de sete mil visitas na primeira semana - pode dizer-se que os colaboradores já adotaram a nova edpON intranet. v edpon 29

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1. Cláudia Polido, DSI; 2. Jorge Sepúlveda, DSI; 3. Maria Fernanda Pereira, EDP Soluções Comerciais; 4. Paula Cabeçadas, DMC; 5. Paulo Campos Costa, DMC; 6. João Sobral, DMC; 7. Paula Patarrana, DMC; 8. Francisco Carmo, DMC; 9. Rita Saldanha, DMC; 10. Vergílio Rocha, DSI.


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1. Eny Souto Caldo, EDP no Brasil; 2. João Melo, Labelec; 3. Gonçalo Carvalhas, EDP Distribuição; 4. Sónia Ribeiro, EDP Valor; 5. Ana Paula Fernandes, Sãvida; 6. Margarida Glória, DMC; 7. Miguel Peres, DMC; 8. Catarina Craveiro, DMC; 9. José Sena Rodrigues, Sãvida; 10. Conceição Rosa, EDP Inovação; 11. Tiago Sousa, DMC; 12. Hugo Almeida, DSA.

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EDPON RÁDIO Objetivo: dar aos ouvintes conteúdos informativos e de entretenimento, atuais e apelativos, relevantes para o seu trabalho e dia-a-dia. Provando uma vez mais que está na vanguarda da comunicação, a EDP lançou, em fevereiro de 2013, a primeira rádio corporativa em Portugal. Um projeto que, em breve, promete crescer para outras geografias. Para Rui Cabrita, diretor adjunto da DMC, era o meio que faltava do ponto de vista de comunicação interna. Disponível online, uma das principais vantagens é permitir aos colaboradores ouvirem as principais notícias do dia enquanto trabalham. Mas há muitos outros motivos de interesse. Programas sobre sustentabilidade, tecnologia, cultura ou mesmo humor 30 edpon

podem ser escutados todos os dias úteis, entre as 10 e as 17h30, ou então em versão podcast. Tudo intercalado por música para todos os gostos, criteriosamente selecionada pela equipa que constitui o projeto... e pelos próprios colaboradores. Neste meio, a interatividade é palavra-chave. Para Ricardo Torrado, responsável pela edpON rádio, a partilha entre os vários meios é crucial. “As sinergias são exploradas ao máximo e a preocupação é sempre procurar outros ângulos de abordagem e formas criativas de fazer chegar a informação a quem precisa dela”. Neste momento, está a ser preparado um roadshow para que os colaboradores de todo o país possam conhecer de perto este meio. “É importante as pessoas sentirem que estamos próximos delas”, defende Rui Cabrita. Fique atento: a primeira visita é já em abril, à Central do Ribatejo.


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1. Rita Monteiro, DRIS; 2. José Pinheiro, EDP Produção; 3. Daniela Pereira, DSA; 4. Lisa Areias, DMC; 5. Amélia Novo, DSA; 6. Joana Peres, DMC; 7. Bernardo Silva, DMC; 8. Isabel Botelho, EDP Comercial; 9. Ezequiel Pereira, DMC; 10. Eduardo Marino, DMC; 11. Sara José, DMC; 12. Miguel Meneses, DMC.

Se há um meio que dá rosto aos projetos e iniciativas da EDP, é a televisão. No ar há mais de cinco anos, a edpON televisão, tem três emissões diferentes: plasmas e online, lojas EDP e site. É uma ferramenta de comunicação distintiva, que permite ao colaborador escolher o que quer ver, deixar comentários ou acompanhar alguns acontecimentos em direto, no caso dos momentos mais importantes na vida do Grupo. No caso da edpON televisão online, é ainda possível partilhar e votar nos vídeos,

consultar dossiês temáticos, ou mesmo colocar questões nas emissões em direto, através do serviço de chat. Há mais de oito mil vídeos em arquivo e à distância de uma pesquisa. Para Paula Patarrana, subdirectora da DMC e responsável pela televisão, “é um meio bastante apelativo, que tem de ser muito eficaz na forma como comunica”. Há um grande cuidado na sintetização da informação. As peças são curtas. Dois minutos é o tempo que em média é necessário para contar uma boa história. O desafio é, acima de tudo, manter a criatividade. E acompanhar as evoluções do mercado e da própria tecnologia. Existem conteúdos produzidos em Portugal, e nas restantes geografias onde a empresa está presente - todas as empresas e unidades de negócio do Grupo têm o seu espaço na emissão. v

EDPON TV Objetivo: informar, integrar, dinamizar a troca de ideias e tornar comuns as metas e a visão do Grupo EDP, aproximando geografias e culturas diferentes.

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+ Brasil Num grupo mundial, presente em 13 países e quatro continentes, torna-se cada vez mais vital que as áreas de comunicação se aproximem e criem sinergias. Sabemos que as características e os aspetos locais não deixarão de existir, mas a comunicação tem o papel fundamental de criar um espírito de grupo, uma cultura comum. Na EDP no Brasil (presente em 10 estados brasileiros: São Paulo, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Ceará, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Amapá, Pará e Rio Grande do Norte), os meios de comunicação ganham importância estratégica no Grupo. Além da televisão, intranet, revista, outros dois meios que chegam aos colaboradores brasileiros são o Boletim On e o Mural Digital. Com três anos de vida, o Boletim On, folheto com quatro páginas de informações, tem uma circulação mensal com tiragem em média de 3400 exemplares e chega no local de trabalho de cada colaborador. Já o Mural Digital, com dois anos, está presente em diversas localidades da empresa, e traz uma informação mais direcionada e pontual, com templates que se alternam semanalmente. Todos os meios são próximos e interagem, com a missão de tornar a comunicação mais fluida e natural. “Compartilhar, trocar experiências, ouvir as dificuldades e perceber que, no fundo, apesar das diferenças, somos bem parecidos, é enriquecedor para todos nós e, com esta relação, podemos encontrar a solução para muitos problemas e criarmos mais coisas juntos”, salienta a equipa de comunicação do Brasil.

+ 1. Alex Pereira, EDP no Brasil; 2. Milene Pinheiro, EDP no Brasil; 3. Tatiana Lazzarotto, EDP no Brasil; 4. Ricardo Cazarino, EDP no Brasil; 5. Flávia Ramos, EDP no Brasil; 6. Aguinaldo Quirino, EDP no Brasil; 7. Denis Mollica, EDP no Brasil.

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+ Renew Numa empresa com a dimensão da EDP Renováveis, presente em 13 países, com colaboradores de 29 nacionalidades, a comunicação é um factor fundamental para um bom relacionamento, seja ele pessoal ou profissional, que ajuda a manter ligados colaboradores, departamentos e gestão. E a divulgar e respeitar os nossos três pilares de sustentabilidade: económico, ambiental e social. Além da parte local na edpON revista e da emissão legendada na edpON tv, os colaboradores têm na nova intranet uma ferramenta útil que faz a integração de toda a empresa. Através desta plataforma, todas as pessoas podem aceder às notícias mais atuais e aos eventos EDPR, tanto nos Estados Unidos como na Europa. É importante que as pessoas saibam que têm uma voz, bem como acesso a vários canais que lhes permitem expressar as suas ideias.

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1. Alexandre Taricano, EDP no Brasil; 2. Reginaldo Aires, EDP no Brasil; 3. Vanderlei Ferreira, EDP no Brasil; 4. Anderson Varela, EDP no Brasil. 5. Francisco Ferraz Silva, EDP Produção; 6. Carlos Alves, EDP Produção; 7. Alexandre José, EDP Produção.

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HC Energía e Naturgas Energía passaram, em Espanha, a ser uma única marca EDP. Este novo cenário é, para a nossa comunicação, uma grande oportunidade. O aproveitamento das sinergias das duas empresas, abriu-nos caminho para também, ao nível da comunicação interna, trabalhar de uma forma integrada: uma só equipa, numa unidade compartilhada. O facto de pertencermos a um grupo internacional reforça o nosso sentimento de segurança. É necessário, mais do que nunca, adotar ferramentas funcionais, de fácil acesso e que cubram as necessidades reais do negócio e das pessoas. É esse o objetivo de uma boa comunicação!


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+ A intranet é um projeto vivo! VERGÍLIO ROCHA, DIRETOR DA DSI

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A atual intranet diferencia-se em muito das anteriores. Hoje temos uma intranet focada na colaboração entre as pessoas e as entidades que constituem o grande coletivo que é a EDP, em todas as geografias. Pela primeira vez, o Grupo EDP dispõe de uma única intranet. Esta representa ainda uma mudança profunda ao nível do relacionamento com o colaborador, pois está desenhada para responder às necessidades de cada um. Funções como, personalização de atalhos, serviços, notícias, possibilidade de alteração de dados pessoais, fotos ou mesmo a existência de um site pessoal, são novidades que merecem algum tempo de cada um de nós, pois são novas realidades, muito úteis, mas que temos de aprender a utilizar. A área colaborativa e social é uma aposta da nova intranet, permitindo a criação de áreas de suporte a grupos de trabalho ou lazer, fomentando a colaboração entre várias entidades ou pessoas, nomeadamente a criação de círculos de amigos e colegas. O feedback que tem chegado é muito positivo, as pessoas aderiram à nova intranet e uma boa prova desta aceitação, foi a criação de aproximadamente 50 áreas de trabalho e lazer, apenas na primeira semana. Neste momento, estamos já a trabalhar, em colaboração com a DMC, em novas funcionalidades, que configuram a 2ª fase do projeto moveOn, tais como acesso mobile, acesso via internet, serviços de clipping e reformulação de serviços de recursos humanos. Há sempre novas funcionalidades para incorporar. A intranet é um projeto vivo!

EDPON REVISTA Objetivo: Publicação impressa em quatro versões, que dá resposta à multiculturalidade dentro do Grupo EDP. É o único meio interno que está disponível fora do local do trabalho. Com publicação bimestral, a edpON revista tem quatro versões: Portugal, Espanha, Brasil e Renew. Cada exemplar subdivide-se em duas áreas distintas: uma primeira parte, comum, abordando temas transversais a todo o Grupo; uma segunda metade, centrada na atividade de cada geografia. “É uma publicação que cumpre vários objetivos: as pessoas reveem-se nela ao terem informação sobre o que se passa na sua geografia, e também ficam a saber quais são as grandes linhas do Grupo EDP”, sublinha Rui Cabrita. Com um grafismo leve e atrativo, e uma linguagem informal e próxima, mostra a empresa e as suas pessoas, através de reportagens, rubricas e artigos de opinião.. De uma forma sintetizada, reportam-se oss grandes objetivos estratégicos, os projetos mais importantes e as boas práticas, sem esquecer as diferentes áreas de negócio e os projetos mais locais. Para Margarida Glória, coordenadora do projeto, “é importante que os colaboradores

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recebam a revista em papel. Existe uma memória afetiva. Muitas pessoas guardam a revista na qual saíram há 20 anos e isso, para nós, é importante”. A revista é recebida em casa por cada um. Pode partilhar-se com familiares e amigos. Ou ler-se tranquilamente à noite, coisa que com a intranet, a rádio ou a televisão, por ora, não há possibilidade de fazer, porque são meios absolutamente internos. A edpON revista destina-se aos colaboradores no ativo, a reformados, mas também é entregue a importantes parceiros externos – câmaras municipais, grupos parlamentares, instituições académicas... Uma dupla função que faz deste um dos meios mais estratégicos dentro do Grupo EDP.

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1. David Castaño, EDP España; 2. Susana Cima Ramos, EDP España: 3. Alberto Tamargo Pardo, EDP España; 4. Carmen Fernandez Gonzalez, EDP España; 5. Angel Moraleda Piñuela, EDP España; 6. Idoia Arana Amezua, EDP España; 7. Iñaki de Rojo, EDP España.


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com o stakeholders e afirmando a presença da EDP como global, ressaltando cada geografia como parte integrante do Grupo. “Estou certo de que a equipa deste processo vai gostar do desafio que lhe foi lançado”, afirma Paulo Campos Costa. “Vamos tentar ser o mais inovadores possível, em conformidade com as melhores práticas do mercado”. Do lado das ferramentas, existe a ambição de recorrer a plataformas emergentes, rentabilizando o investimento que houve em estruturas de Tecnologias de Informação. Tal como no que aconteceu com nova intranet do Grupo, trata-se basicamente de voltar a criar uma parceria vencedora entre as áreas da comunicação e de TI.

INTERNET Objetivo: dar a conhecer ao público em geral, os acontecimentos mais relevantes da empresa, produtos e serviços. O site corporativo www.edp.pt, que data de 2009, é o ponto de partida para outros portais e micro-sites do Grupo. Mas sendo a comunicação uma área em constante desenvolvimento, o site da EDP deverá estar atento às necessidades dos seus utilizadores. A nova estratégia web do Grupo EDP está, neste momento, a ser delineada e prometem-se novidades para breve. O objetivo passa por reunir num único canal web, a informação que, neste momento, se encontra dispersa por vários sites, condensando os pontos de contacto

+ Sabia que? • Os programas da edpON rádio mais procurados são o Pilhas de Graça, de Herman José, a Grande Entrevista, e o Sem Corantes nem Conservantes; • O recorde de diretos mais vistos pertence ao Encontro da EDP Produção, com 5.634 acessos; • O estúdio da edpON rádio tem uns reduzidos 2 m2 - não caberia uma pessoa deitada no chão; • A 1.ª emissão da edpON rádio foi no festival de música Optimus Alive de 2012; • A área pessoal da edpON intranet mais visitada é a da colaboradora Sónia Ribeiro, da EDP Valor; • Na primeira semana de lançamento da edpON intranet foram criados 46 novos grupos colaborativos; • A edpON televisão foi criada em apenas dois meses.

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PRÓXIMOS PASSOS... 1

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• Lançamento da revista Luz, para iPad; • Nova estratégia web; • Reestruturação edpON televisão; • Reformulação gráfica e editorial da edpON revista.

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1. José Syder, EDP Gás; 2. Amélia Pinho, EDP Gás. 3. Randy Saad, EDP Renováveis; 4. Blair Matocha, EDP Renováveis; 5. Diogo Nunes, EDP Renováveis; 6. Rafael Solis Hernandez, EDP Renováveis; 7. Raquel Mendes, EDP Renováveis; 8. Vera Bobone Sepúlveda, EDP Renováveis; 9. Arturo Astibia, EDP Renováveis.

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MASSIMO ROSSINI Administrador e Diretor Geral da Naturgas Energía Coordenador da Distribuição de Gás e Eletricidade em Espanha Administrador da EDP Gás SGPS

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“O gás natural é altamente competitivo” Esteve, desde a primeira hora, ligado à introdução do gás natural em Portugal. Como é que se desenvolveu esse processo?

O processo foi conduzido pelo Estado português em 1991, de uma forma inovadora. Portugal foi dividido em quatro áreas de concessão – Norte, Centro, Sul e Lisboa -, dando prioridade às zonas mais industrializadas, e foram convidadas a participar uma série de empresas. Com base na qualidade das propostas, foram escolhidas quatro empresas

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concessionárias. Eu vim para Portugal com uma empresa italiana, a Italgas, maior operadora italiana de distribuição de gás, para trabalhar em duas empresas – a Setgás, empresa do sul, e a Lusitaniagás, empresa do centro -, e, desde então, comecei a desenvolver projetos de gás em Portugal, desde o primeiro minuto. E ainda hoje estou cá. Como foi essa experiência de vir de Itália para Portugal, mercados tão diferentes entre si?

Foi um grande desafio. Eu fazia parte da estrutura internacional da Italgas. Era suposto ficar em Portugal o tempo necessário para apoiar no lançamento


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do projeto, mas decidi ficar e estou aqui há quase 21 anos. Continua a ser uma atividade muito interessante. Apesar de ter passado muito tempo, o mercado português ainda não está suficientemente desenvolvido. Não tem aquela penetração de mercado que existe noutros países. Nós temos de pensar no gás natural como uma fonte de energia que já chegou às áreas metropolitanas, mas há ainda muito trabalho a desenvolver. O que falta?

Falta chegar às zonas menos habitadas, às áreas mais isoladas. Mas, desde 1992, e a seguir a estas quatro áreas de concessão, o Estado foi alargando o serviço através de novas concessões (em particular na zona das Beiras e Santarém) e outras áreas às quais atribui uma licença local, nomeadamente nos concelhos do norte, alguns no Algarve, Sines… Hoje, o projeto está mais desenvolvido, mais composto. Mas ainda temos muitas famílias de Portugal sem esse serviço. Que alterações houve em termos de estrutura no negócio do gás?

O gás natural, na versão anterior, era um negócio integralmente conduzido pela antiga empresa do Porto, a Portgás, hoje EDP Gás Distribuição, e que tinha a seu cargo a distribuição e a comercialização. Com a separação das atividades, criou-se uma

Podemos dizer que o desenvolvimento do gás natural, em Portugal, foi um processo de sucesso, sem derrapagens?

Não tenho dúvida nenhuma que sim. Tem sido um projeto exemplar, conduzido com muito rigor, cuidando sempre das questões ambientais. Os gasodutos foram todos construídos tendo em atenção o contexto envolvente. A EDP tem sido absolutamente essencial para o projeto, desde o primeiro momento. Desde 1992, com a garantia de consumo nas centrais de ciclo combinado ofereceu uma rentabilidade imediata a este projeto. Sem o consumo nas centrais de ciclo combinado, não haveria gás natural em Portugal, nas condições que temos hoje. De que forma é que o negócio de gás é importante para o Grupo EDP?

De várias formas. Em primeiro lugar, o gás natural continua a ser o combustível essencial para o funcionamento das centrais de ciclo combinado em Portugal e em Espanha. E temos várias. Em segundo lugar, temos o negócio de distribuição na zona norte do país. Um negócio sólido, bem gerido, rentável, com uma boa estrutura. É também mérito da cultura da antiga Portgás, hoje EDP Distribuição, que tem conseguido adaptar-se às alterações que foram introduzidas no modelo de gestão do negócio, sem medo e capaz de alcançar níveis de excelência no desempenho da sua atividade.

“A EDP tem sido essencial desde o primeiro momento. Sem o consumo nas centrais de ciclo combinado, não haveria gás natural em Portugal, nas condições que temos hoje.” empresa comercializadora de último recurso, sediada no Porto. E o mercado abriu. Nós, hoje, temos uma distribuição nos distritos do Porto, Braga e Viana, uma comercializadora de último recurso, que está a passar pelo período de transição para total abertura do mercado. Hoje, a comercialização em regime livre, já é assumida integralmente pela EDP Comercial, que atua de forma completamente independente. Já não tem nenhum tipo de ligação com a distribuidora. É um pouco como o modelo que existe no setor elétrico. Anteriormente, também tínhamos integrada a área de aprovisionamento, sourcing e trading. Comprávamos o gás, geríamos os contratos. Hoje, esta atividade foi importada pela UNGE (Unidade de Negócio de Gestão de Energia), que também trata da gestão de todos os contratos de fornecimento de gás necessários para as operações do Grupo EDP na Península Ibérica.

De que forma o mercado contribuiu também para o sucesso?

A atividade da Distribuição, em termos de resultado, faz a “parte do leão” mas, em termos de mercado, o gás natural é complementar com a eletricidade e não pode ser visto como uma energia concorrente. A utilização do gás natural pelas famílias, nas habitações, é diferente. O gás é utilizado para aquecer, para cozinhar, para produzir água quente, e a eletricidade tem outros fins e outro tipo de utilização. Hoje, a EDP tem condições para apresentar, como já apresenta, o pacote de produto, dual, gás + eletricidade. É um complemento muito interessante, que faz com que o cliente EDP possa familiarizar-se ainda mais com o seu fornecedor e com uma gama de produtos ainda mais diversificada. 38 edpon

O engenheiro Massimo Rossini é também, há cerca de seis meses, responsável pela distribuição de eletricidade em Espanha. De que forma Espanha influenciou o desenvolvimento do negócio de gás natural em Portugal?

Em Espanha ocupo-me da Naturgas Energía, e tive o prazer e a honra de ser desafiado para também liderar a área de distribuição elétrica em Espanha, em particular na zona das Astúrias, na nossa empresa filiada, a HC Energía. Entrei na EDP em 2008 e uma das primeiras iniciativas que lancei, foi um projeto chamado de “As Melhores Práticas”. A EDP tinha, e tem, duas empresas gasistas: uma em Portugal e outra em Espanha, com duas escolas diferentes, com duas filosofias de gestão e hábitos diferentes. Este projeto de melhores práticas começou por abordar uma série de temas. Pus as pessoas sentadas à mesma mesa, a falarem entre elas, a olhar


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O ESPECIALISTA EM GÁS NATURAL Massimo Rossini, 55 anos, casado, e com uma filha. Licenciado em Engenharia Mecânica, está em Portugal desde 1992, desde o início do projeto de introdução do Gás Natural no País. Foi em Itália que iniciou a sua atividade profissional, passando pela Estigas (engenharia/ projetos/desenvolvimento negócio), e pela Italgas, primeiro como diretor de unidades operacionais no centro da Itália, tendo seguido, depois, para a Unidade Internacional da referida empresa italiana. Em Portugal, Massimo Rossini iniciou funções como administrador da Setgas/ Lusitaniagas /Tagusgas. Foi, depois, Administrador delegado na Lisboagas, onde liderou o projeto de mudança do gás de Lisboa e expansão do serviço em toda a área metropolitana de Lisboa. Depois de uma passagem pela administração da Galp – Power (cogerações) e Galp Gás Natural - PCADuriensegas, Beiragás, Dianagas e GDP Serviços, entra no Grupo EDP em agosto de 2008, onde continua até hoje. É, desde agosto de 2011, diretor geral da Naturgas Energía e administrador HC Energía. Desde janeiro deste ano acumula a função de Coordenação das atividades de Distribuição de Eletricidade e Gás em Espanha.

processo a processo, projeto a projeto, como é que se atuava em cada uma das empresas. E foram as próprias pessoas das estruturas das empresas, que definiram e souberam identificar qual era a melhor prática entre as duas utilizadas. Depois, ainda, criou-se uma terceira, que era uma melhoria sobre a forma de poder trabalhar. Que tipo de benefícios trouxe este projeto?

Este é um projeto que não está terminado. Formalizámo-lo num comité técnico ibérico de gás, onde, com periodicidade, olhamos para a nossa forma de atuar e escolhemos a melhor forma de poder abordar todos os assuntos. Com isto, a EDP terá beneficiado não só do ponto de vista da standardização dos procedimentos, mas também do ponto de vista económico. Recentemente, em 2009, quando adquirimos duas empresas

de distribuição em Espanha, em Cantábria e em Múrcia, demo-nos conta que nestas áreas estariam a fazer algumas coisas ainda melhor do que nós. E tivemos a humildade suficiente para implementar essa metodologia. Portanto, o nosso trabalho de desafio permanente feito entre colegas dos dois países, visa no fundo, tornar as nossas áreas de gás cada vez mais eficientes. A EDP Gás é uma empresa com clientes satisfeitos. De 1 a 10, o índice de satisfação do cliente com a empresa é 8. A que se devem estes números?

Nós estamos implantados na zona norte – Porto, Viana do Castelo e Braga. Nestes três distritos somos identificados como uma empresa que desenvolveu um projeto, desde o primeiro minuto, com um parâmetro de qualidade muito elevado. Queremos ainda melhorar mais a relação com o cliente. Ou edpon 39

seja, mesmo que atuemos em casa dos clientes com pessoal de empresas prestadoras de serviços, fazemos questão que essas empresas saibam lidar com o cliente e tratá-lo bem. Queremos deixar sempre esta marca e imagem de trabalho bem feito, executado a tempo e horas, e sem que o cliente quase se aperceba da nossa presença na sua casa. Os nossos clientes costumam dirigir-se a nós também, em muitos casos, para resolver problemas que não têm nada que ver connosco. Mesmo assim, nós atuámos sempre porque o foco das pessoas da EDP Gás e Naturgas é, para além da busca da eficiência operacional, a satisfação dos Clientes e a sua segurança. Posso afirmar sem qualquer hesitação que o nosso quadro de especialistas no gás, quer em Portugal quer em Espanha, representa uma referência no que diz respeito à garantia de cumprimento de normas de segurança e de qualidade de serviço.


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De que forma pode o Grupo EDP aproveitar a proximidade da distribuição de gás com as populações?

Quando uma empresa como a EDP Gás se posiciona desta forma e o cliente nos vê como uma empresa de confiança, penso que é meio caminho andado. A nossa presença em todos os concelhos do norte tem-se pautado por esta proximidade e pela qualidade da nossa atuação. Nós também não estamos em concorrência com ninguém; somos complementares. Penso que a nossa forma de trabalhar, que é muito próxima, pode ser um exemplo. Estamos também a aplicar esta prática, por exemplo, em Espanha. Uma forma de poder melhorar a qualidade do nosso contato e qualidade da nossa atuação junto das famílias. Como funciona a atividade da EDP em Espanha?

Em Espanha temos trabalhado duramente nos últimos anos para integrar as atividades comerciais e de back office da Naturgas Energía e a HC Energía. Hoje, dispomos de estruturas comuns no B2C e B2B e os nossos comerciais vendem indistintamente gás natural e eletricidade em toda a Espanha, devo dizer, com resultados interessantes. A EDP em Espanha, no B2C, é a empresa que tem a maior dualização do mercado, em termos percentuais. Somos a empresa que tem, por cliente, o maior número de contratos, porque, para além de vender gás e eletricidade, proporcionamos aos nossos clientes um produto de assistência domiciliária, denominado Funciona, que lhes permite contar com especialistas que garantem manutenção programada aos equipamentos domésticos e, em caso de necessidade, intervenções a pedido do próprio cliente. E como funciona o negócio da distribuição em Espanha?

Temos uma infraestutura de distribuição elétrica que está concentrada nas Astúrias, na zona da HC Energía e distribuímos gás, com a Naturgas Energía, no País Basco, Cantábria, Astúrias e Múrcia. As equipas de redes operam de forma separada e estamos a ver como pode ser possível obter sinergias entre as duas operações. Pode não ser fácil, dado que as tecnologias de gás e eletricidade são diferentes quer nos conceitos e especificações técnicas quer nas tipologias de construção. De qualquer modo, podemos contar com equipas de excelência, com muita experiência, com condições perfeitas para poder trabalhar. Trata-se agora de ver se e como é possível melhorar a eficiência do nosso desempenho nas áreas onde operamos as duas infraestruturas em conjunto. 40 edpon


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Que tipo de sinergias já existe entre gás e eletricidade?

As sinergias já existem em termos de acompanhamento de negócio. Em tudo o que é transversal ou de suporte. Agora, uma infraestrutura elétrica e de gás, só pode ser construída em simultâneo, normalmente, em novas urbanizações. E numa cidade já está tudo feito. Em termos operacionais é muito difícil poder juntar as peças. Contudo, é importante que uma empresa se apresente numa câmara municipal com uma única cara. A relação com as entidades oficiais é centralizada. Por exemplo, nas Astúrias, o interlocutor que temos é o mesmo para gás e eletricidade. Podemos também assim tentar utilizar, na medida do possível, os mesmos prestadores de serviço. Mas do ponto de vista da operação, ou seja, fazer a manutenção de uma linha elétrica não é a mesma coisa que fazer a manutenção a uma conduta enterrada. São tecnologias e modelos bastante diferentes. Quantos quilômetros de rede e pontos de abastecimento existem em Espanha e em Portugal?

A Naturgas Energía é uma empresa com uma dimensão muito considerável: é a segunda

pontos de abastecimento nos últimos quatro anos. Tem sido uma aposta, um investimento muito intenso. Investimos até mais nesta operação, que nas próprias redes, porque necessitávamos de começar a saturar a nossa rede. A nossa rede tem um índice de pontos de abastecimento por quilômetro ainda baixo e começámos paulatinamente a crescer. E é esse um pouco o objetivo dos próximos anos: maximizar a utilização das redes já construídas. Em Espanha, qual é o principal objetivo? Expandir para outras regiões?

Espanha é um mercado bastante mais maduro. Falamos em particular de três áreas que são País Basco, Cantábrico e Astúrias, onde o gás já é uma tradição há muitos anos. Temos nessas áreas o tal indicador de pontos de abastecimento por quilômetro, muito elevado (quase o dobro de Portugal) e é difícil fazer-se mais. A atividade em Múrcia, sim, deve ser desenvolvida, porque aí precisamos mesmo de melhorar a utilização das redes já construídas. De facto, temos sítios onde ainda não chegámos. Mas tem sido uma expansão natural, orgânica. Não estamos a prever novas aquisições, porque não há

em relação ao Magrebe, que é uma das nossas fontes principais?

Risco existe sempre. O Magrebe representa uma parte importante do fornecimento de gás à Península Ibérica, mas do ponto de vista de segurança do abastecimento não vejo grandes problemas. A EDP dispõe de vários contratos de fornecimento de gás natural, com a Argélia e outros produtores. Uma parte relevante das nossas necessidades, em termos de Grupo, é satisfeita com importação por gasoduto mas temos contratos de gás natural liquefeito transportado em navios metaneiros que, graças à capacidade de regasificação existente na Península Ibérica, nos permite ter flexibilidade e capacidade de cobrir situações de risco. Hoje, em Portugal, com a ampliação de capacidade do terminal de Sines, com a utilização de vários dos terminais de Espanha e com as interligações existentes entre os dois países, diria que a Península Ibérica tem capacidade suficiente para fazer frente a situações de potencial risco no fornecimento. Que futuro está reservado para o gás natural na política energética global?

O gás natural continua a ser um produto

“O gás natural é uma energia limpa, que encaixa muito bem nas políticas de sustentabilidade das empresas como a EDP. Que sabe associar competitividade com ecologia.” distribuidora de Espanha, tem mais de um milhão de pontos de abastecimento, que alimenta 10 mil quilômetros de redes. Em Portugal, a dimensão do negócio é bastante mais pequena, mesmo assim nós temos hoje mais de 280 mil pontos de abastecimento, e em termos de número de quilômetros são 4.320. Quando a Portgás começou a sua atividade desenvolveu, e bem, como elemento prioritário, o mercado industrial. A zona norte tem uma presença bastante massiva em termos de indústria, o que constitui uma base sólida de negócio. Com a entrada da EDP no capital, começámos a desenvolver o mercado doméstico. Na altura a Portgás tinha poucos clientes domésticos, se se considerar a rede que já tinha construído. Portanto, nós começámos em 2007, ainda antes da minha entrada, uma expansão muito importante de redes. E, ainda mais importante, uma operação chamada de conversão de doméstico existente, onde intervimos em casa dos clientes e dotámo-los daquela instalação necessária. O nosso crescimento nos últimos anos tem sido o maior do país. Somos a empresa que mais cresceu em termos de

muito que se possa comprar. E em Portugal o que temos de tratar já está tratado. Estamos agora a desenvolver um projeto nas áreas diretamente adjacentes à nossa área de concessão para poder expandir um pouco a nossa área de influência. Mesmo assim é um crescimento orgânico. Não podemos pensar neste momento em aquisições. Os resultados de 2012 estão dentro das expetativas?

À semelhança do que aconteceu no ano passado, quer a EDP Gás, quer a Naturgas, têm conseguido cumprir com as suas obrigações em termos de objetivos dentro do Grupo EDP. Tivemos um bom ano, com muitas vicissitudes, com muitas peripécias, em situações, em particular em Espanha, que têm requerido alguns ajustes. Continuamos a sofrer algumas alterações regulatórias. Mesmo assim temos conseguido cumprir com o nosso objetivo. São conhecidas as crises de fornecimento, por exemplo no centro da Europa. Poderá acontecer o mesmo edpon 41

muito especial. É um combustível altamente competitivo. A introdução do gás natural tem trazido para as empresas mais competitividade, menores custos. Tem permitido a toda a indústria melhorar as suas condições ambientais. Hoje, o concorrente do gás natural ainda pode ser considerado o gasóleo, o fuelóleo, ou seja, produtos francamente poluidores. O gás natural é uma energia limpa, que encaixa muito bem nas políticas de sustentabilidade das empresas como a EDP. Que sabe associar competitividade com ecologia. Já está há mais de 20 anos em Portugal. Como vive um italiano aqui?

Vive magnificamente, desde o primeiro minuto. Acho que os italianos e os portugueses são povos muito parecidos, diria quase iguais. Nunca tive problema nenhum, nem a minha mulher nem a minha filha, em adaptarmo-nos a Portugal. Fomos muito bem recebidos. Gosto muito dos portugueses. Noto neles aquela abertura, a capacidade de acolher e bem receber. Aquela educação que, em muitos sítios do mundo, já não existe. Foi também por isso que decidi cá ficar.


Em debate Jorge Marques - Presidente da Assembleia Geral da Associação Portuguesa para a Gestão das Pessoas

Certificações Profissionais. A importância da certificação de competências, em Portugal e no mundo, para o mercado de trabalho.

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ecordo-me que, há cerca de cinco anos, discutia com alguns colegas europeus um projeto de certificação profissional para a Europa a que chamámos “Passaporte de Competências”. A ideia era seguir a via das competências efetivas, o saber fazer e incluir aí tudo o que o seu detentor era capaz. Pensávamos, nessa altura, ser uma grande inovação na mobilidade do emprego dos cidadãos europeus, mas na realidade nada daquilo era novo. Na Idade Média, com as Oficinas e Profissões, esse tipo de passaporte já tinha existido e funcionou maravilhosamente na construção das grandes catedrais. Os Mestres dessas oficinas, que eram também escolas profissionais, certificavam os seus artífices que circulavam por essas grandes obras. A Revolução Industrial acabou com a especialização e gerou uma forma de organização baseada em tarefas simples, fáceis de aprender, de imitar e diluiu, de alguma forma, a ideia e ética de profissão. O que se está e vai passar, seja por via da globalização e de outras forças, é que se desenham de novo grandes mutações no futuro do trabalho. Com o foco na criação de valor, desvaloriza-se aquilo que são as competências generalistas superficiais, o saber pouco de muita coisa e reforçam-se as competências de especialização em série, isto é, o conhecimento profundo e as habilidades em várias competências. Fala-se mesmo de um regresso ao espírito dos artífices e à filosofia de aprendizagem das associações profissionais medievais. Por esta via, a questão das certificações voltará a estar na agenda do mundo do trabalho e mais do que ao nível nacional ou europeu, será uma necessidade global também porque a mobilidade mundial tenderá a aumentar. 42 edpon


As opiniões de diferentes personalidades

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Vitor Sevilhano

Vasco Coucello

Azucena Viñuela

· Sócio-gerente da Escola Europeia de Coaching

· Diretor da Universidade EDP

· Diretora da Direção de Auditoria Interna do Grupo EDP

Na linha das considerações expendidas pelo meu colega e amigo Jorge Marques em breve nota sobre o assunto das certificações, onde afirma: a questão das certificações voltará a estar na agenda do mundo do trabalho, gostaria de enfatizar um aspeto e acrescentar um outro ao que ele disse sobre a certificação num mundo global. A certificação é sempre importante. Mais importante ainda numa atividade, como o coaching, que, no nosso país está na etapa da infância, ainda não atingiu a adolescência e muito menos a maturidade. Esta importância acrescida começa com o facto singelo, de não haver uma definição, um entendimento comum (ou pelo menos próximo) da palavra coaching, da atividade do coaching. Como sabemos, a certificação impõe uma organização. Implica uma clara explicitação do propósito da atividade, das competências necessárias para a entregar e da ética da profissão, dos resultados pretendidos e da medida do seu alcance, com valor acrescentado. Nas organizações a certificação desenvolve agentes de mudança que vão propiciar melhores relações de trabalho. Vão criar uma cultura de diálogo, de diálogo positivo, construtivo. As pessoas reaprendem a falar e a ouvir.

Eu tenho uma vida profissional cheia e ela ensinou-me que os conhecimentos, as capacidades e as competências que tenho hoje, estão a anos-luz das que tinha quando saí do Técnico: o que aprendi, trabalhando, é muito mais e muito mais profundo e ativo do que aquilo que aprendi na escola. Para lá da aprendizagem formal, entendo que a minha aprendizagem foi sobretudo informal, aprendendo com outros (chefes, colegas, colaboradores), com situações, com os meus erros, com os problemas que a vida me colocou. Aprendi ajudado pela minha disponibilidade e gosto para aprender, pelo desejo de saber mais e saber coisas diferentes, pela vontade em crescer. Acredito que isto se passa com todos os que desejam crescer. Por isso, a ideia do Jorge Marques de todos termos um “Passaporte de Competências” parece-me muito rica. No meu caso (como em muitos outros), esse passaporte teria uma riqueza que estaria muito para além dos diplomas formais que possuo. Vamos trabalhar para sermos capazes de fazer essa certificação e identificarmos as competências que ganhámos ao longo da vida? Todos frequentámos a Escola da Vida e é bom que sejamos capazes de reconhecer formalmente aquilo que aprendemos nessa Escola!

A certificação profissional constituiu um elemento diferenciador, quer no enriquecimento dos colaboradores, quer na criação de valor para a função e para toda a organização, pelo que apoiamos e estimulamos os nossos auditores a obter certificações reconhecidas internacionalmente. Neste sentido, promovemos a inscrição de todos os colaboradores das várias Direções de Auditoria como associados dos Institutos de Auditoria Interna dos respetivos países, que trabalham em articulação com o IIA-The Institute of Internal Auditors, organismo de referência norte-americano que é responsável por um conjunto de programas de certificação internacional. Um número significativo de auditores do Grupo EDP já concluiu ou está em fase de conclusão da certificação mais relevante: a “CIA – Certified Internal Auditor”. Para além da exigência do programa, a própria manutenção da certificação obriga a uma atualização permanente, através de formação adicional sujeita a validação, constituindo, deste modo, um desafio constante ao desenvolvimento da qualidade profissional. Certificar é garantir um selo de qualidade no desempenho dos colaboradores, em particular nesta função, tão exigente em termos de conhecimentos quer técnicos, quer de negócio e no rigor da comunicação.

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Jorge Marques, licenciado em gestão de recursos humanos e psicologia do trabalho e pós graduado em gestão, é um Talent Manager e foi Gestor de Recursos Humanos no Pão de Açúcar, EDP e SIC. Foi, também, consultor em vários países. Já presidiu a APGAssociação Portuguesa para a Gestão das Pessoas e é, atualmente, o presidente da sua Assembleia Geral. Já desempenhou funções, como presidente, na Associação Mediterrânica de Gestão de Recursos Humanos e na Federação Iberoamericana de Capacitação e Desenvolvimento. Foi docente na Universidade Católica, UAL e INA. É autor de vários trabalhos publicados nos domínios da gestão e de ficção.

“A questão das certificações voltará a estar na agenda do mundo do trabalho e mais do que ao nível nacional ou europeu, será uma necessidade global também porque a mobilidade mundial tenderá a aumentar.”


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MARIA DO CÉU CUNHA RÊGO Jurista e formadora na área da igualdade de homens e mulheres

“Somos educados para a desigualdade” As mulheres estão, mundialmente, a conquistar terreno. Concorda com esta ideia?

Ainda se pensa que as mulheres têm de cuidar das crianças e os homens de trabalhar.

Não concordo nem com a ideia de conquista, nem com a ideia das mulheres “conquistadoras”. Do que melhora, toda a sociedade beneficia. Acho que a sociedade progride se os homens e as mulheres tiverem indicadores de desenvolvimento humano mais equilibrados. O que tem havido, de facto, é melhorias nessa situação. Melhorias ainda longe do desejável, porque estamos longe da paridade. Vai havendo progressos, mas há assimetrias enormes, sobretudo no processo de decisão. Não só na decisão política, mas, sobretudo, na decisão económica, em que a assimetria é maior.

É maioritariamente esperado que as mulheres se ocupem da casa e dos filhos. Maioritariamente esperado, na consciência social e induzido nas próprias mulheres, nos seus companheiros e maridos. E nos locais de trabalho passa-se o mesmo. É muito “natural” que uma mulher vá tomar conta de um filho doente, e é menos “natural” que seja o homem a fazê-lo. Há sempre a pergunta, mesmo que não explícita: “então e não tem lá uma mulher que faça o serviço?”. Ou seja, ainda se confunde o processo biológico da reprodução – que esse, sim, é natural – com o trabalho de cuidado da família, considerando-o, por extensão socialmente construída, uma “atribuição” das mulheres. E é esta construção social que gera, não a diferença, mas a desigualdade de homens e mulheres.

Porque é que ainda não chegámos ao ponto de equilíbrio?

Nós temos uma organização social assimétrica porque na sua base está a divisão tradicional dos papéis – mulheres, reprodução; homens, produção; homens, autoridade; mulheres, cuidado. E ainda se acredita que este é o “destino” social das pessoas. Acha-se que é “natural”. E como não se estranha o desequilíbrio, não se atinge o equilíbrio.

De que forma é que esta mudança de mentalidade pode ser acelerada?

As licenças por paternidade, uma medida que temos em Portugal, desde 1999 – e cuja introdução no direito da União Europeia está pendente há pelo menos dois anos respondem a várias necessidades. Primeiro, v

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quem é quem Maria do Céu Cunha Rêgo

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a necessidade de evidenciar, perante a sociedade em geral e perante a atividade económica em particular, que as crianças têm pai; evidenciar que os homens têm de se ausentar do seu posto de trabalho, tal como as mulheres, quando têm filhos, filhas ou pessoas a cargo. Depois a necessidade dos próprios homens, que têm todo o direito de ver crescer, de acarinhar, de se deslumbrarem com a sua criança, da mesma maneira que as mulheres. E respondem também às necessidades das crianças, que desde que nascem precisam de pai. E do lado da entrada das mulheres no mercado do trabalho?

Quando se associa mulheres a maternidade e esta implica ausências do local de trabalho mais prolongadas do que as dos homens, em grande parte por causa da tal atribuição social

Isso não é um pouco idealista nos tempos que correm?

A sociedade é que sabe se quer ter amanhã ou não. Não há amanhã sem crianças. Portanto, ou a sociedade se esgota, ou continua. Até porque sem novas gerações não há sustentabilidade da segurança social. É claramente por causa disso que muitas medidas para a igualdade de homens e mulheres no mercado de trabalho têm sido tomadas. Por exemplo, em 1997, quando teve início a Estratégia Europeia para o Emprego, um dos quatro pilares em que assentava era a igualdade de oportunidades entre as mulheres e os homens, para encorajar a participação das mulheres no mercado de trabalho, de modo a que os seus descontos ajudassem a sustentabilidade da segurança social.

é negativa. Quotas são para as minorias. Eu sou a favor de limiares de paridade. Termos a população feminina e masculina equilibrada em todas as esferas da vida. Para o conseguir são necessárias ações positivas encorajadoras da mudança que se pretende. Em Portugal, a lei dos limiares de paridade só existe para o setor político, mas devia existir para outros. Por exemplo, a Noruega introduziu limiares de paridade na percentagem de participação de mulheres e de homens nos conselhos de administração das empresas. Em finais de 2012, a Comissão Europeia propôs legislação com o mesmo objetivo. Atualmente, em Portugal, a participação de mulheres corresponde a 7,4%, cerca de metade da média da União Europeia. Estas ações positivas são reguladores para que haja paridade. Como refere um dos

“Penso que a utilização da palavra ‘quotas’ é negativa. Quotas são para as minorias. Eu sou a favor de limiares de paridade. Termos a população feminina e masculina equilibrada em todas as esferas da vida.” do papel de cuidadoras da família, há um prejuízo objetivo das mulheres na entrada no mercado de trabalho. Às vezes também se diz: “as mulheres é que não querem deixar de ser elas a cuidar dos filhos”. Enfim, é um querer muito condicionado pela nossa educação – e esta é para a desigualdade. É estranhíssimo que depois se venha exigir igualdade quando as pessoas já são adultas. Se não se fizer nada, não haverá mudança. Daí a importância dos sinais legitimadores do cuidado das crianças, também como responsabilidade dos homens quando são pais. As licenças por paternidade pagas da mesma maneira que as de maternidade são um sinal legitimador decisivo. E terão que ser obrigatórias, porque senão os homens têm aqueles constrangimentos de que se as gozarem por opção ficam com a imagem do mau trabalhador.

Mas pagar bem em tempos de crise não é uma ideia irrealista?

Mas qual foi o tempo em que não houve alguma espécie de crise? Por outro lado, achamos que é a inovação que gera competitividade, que nos ajudará a sair da crise. Mas só se pensa em inovação material, quando há também uma inovação na organização social que nos pode fazer poupar. A igualdade de homens e mulheres poupa em saúde, poupa em violência, poupa em litigância. E poupa-nos à indignidade de factos como os revelados por um estudo divulgado pelo jornal Expresso em 2011, segundo o qual, em Portugal, 75% das empresas não quer recrutar mães trabalhadoras. Como se isto não fosse inconstitucional nem violasse o Código do Trabalho! É a favor das quotas?

Penso que a utilização da palavra “quotas”

relatórios do desenvolvimento humano do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), as mulheres não participam suficientemente nas decisões que moldam as suas vidas. Não participam em termos políticos. E muito menos em termos económicos. Há muitas mulheres que acham que no tempo dos avós e dos pais é que podiam ser felizes, porque hoje em dia têm muitas responsabilidades. O que faz com que algumas mulheres pensem desta forma?

Mostra que não são os homens que são machistas; é a organização social, com a sua afetação de papéis sociais desiguais a mulheres e a homens, que é machista. A participação das mulheres no trabalho remunerado é muito superior à dos homens no trabalho de apoio à vida familiar. E este trabalho de cuidado continua a ser realizado

+ EDP integra Fórum para a Igualdade O Grupo EDP, representado por Miguel Stilwell de Andrade, assinou no dia 18 de fevereiro o Acordo de Adesão ao Fórum Empresas para a Igualdade de Género. Este acordo foi subscrito por 21 empresas nacionais, nomeadamente, Banco Espírito Santo, Banco Santander Totta, Baía do Tejo, Carris, CTT, Gebalis, Grupo Auchan, Grupo CH, IBM, INCM, Microsoft, Nestlé, PSA Peugeot Citroen, Portugal Telecom, RTP, Visteon, Xerox, CH Consulting e Portos de

Leixões, Setúbal e Sines. As empresas aderentes acordam desenvolver ações de promoção de igualdade de género nas suas organizações, assumindo compromissos de melhoria em dimensões que incorporam os princípios da Igualdade e da não discriminação entre homens e mulheres no trabalho e no emprego, bem como na conciliação entre vida profissional, pessoal e familiar e proteção na parentalidade.

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Maria do Céu Cunha Rêgo quem é quem

Pela igualdade Maria do Céu da Cunha Rêgo, 62 anos, jurista e formadora na área da igualdade de homens e mulheres. Foi secretária de Estado para a Igualdade, presidente da Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego, vice-presidente da ex-Comissão para a Igualdade e Direitos das Mulheres, membro de órgãos do Instituto Europeu para a Igualdade de Género, técnica superior e dirigente no Ministério dos Negócios Estrangeiros - área emigração e comunidades portuguesas. É casada, tem duas filhas, uma neta e um neto.

maioritariamente pelas mulheres, o que leva a uma sobrecarga desgastante e constitui um fator de enorme desigualdade. Mas a ausência de independência económica das mulheres é uma desigualdade ainda maior, com repercussões sérias nas relações de poder. Daí que a felicidade da dependência seja não só aparente como efémera. Há uma bela frase das “Três Marias” (Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa) em Novas Cartas Portuguesas que ajuda a explicar as ilusões a que nos apegamos para manter a auto estima: “A mulher e o homem não têm consciência de como a sua identidade é manipulada e condicionada. A repressão perfeita não é sentida por quem a sofre, a que é assumida ao longo de uma sábia educação, por tal forma que os mecanismos da repressão passam a estar no próprio indivíduo que daí retira as suas próprias satisfações” .

Há uma assimetria salarial evidente em Portugal?

Segundo os últimos dados comparados dos Estados membros da União Europeia, a assimetria salarial em Portugal, é 12,8%, ou seja, menor do que a média da União Europeia, que é de cerca de 16%. Como vê todas estas questões daqui a dez anos?

Tudo depende das condições que as pessoas vão criando. Existe vontade política, basta ver o IV Plano para a Igualdade - se bem que não seja, quanto a mim, tão ousado quanto deveria ser. Por exemplo, uma medida que poderia ser acrescentada seria a do aumento do número de dias de licença por paternidade obrigatória. Há, de facto, uma maior participação dos homens, mas não há encorajamento suplementar suficiente, na minha perspetiva. Já podíamos edpon 47

ter, pelo menos, 20 dias de licença obrigatória – em vez dos actuais 10 dias obrigatórios e 10 dias facultativos – e, progressivamente, mais. De qualquer maneira estão lá os sinais Ou seja, é um plano de intenções?

Não. É mais do que intenção. Porque se diz o que se vai fazer. E isso pode implicar uma fiscalização suplementar. Daqui a dez anos, se houver um caminho coerente em termos da concretização dos Direitos Humanos, com certeza que haverá melhorias. Mas tem que ser um caminho a percorrer com uma vontade consciente. E, sobretudo, que não haja ignorância militante, que às vezes também há: as pessoas preferem não saber para não fazer. Eu espero, vivamente, que a evolução social caminhe no sentido da democracia porque não há democracia sem igualdade de homens e de mulheres.


Capital humano

JOVENS APRENDEM MÚSICA O programa Conciliar proporcionou a mais de 150 filhos de colaboradores, a participação num workshop musical em parceria com o Projeto Zéthoven, da Associação Cultural da Beira Interior. As ações decorreram em Lisboa, Porto e Coimbra, durante as tardes dos fins-de-semana de dezembro. Os jovens tiveram oportunidade de conhecer mais de 30 instrumentos musicais e interagir musicalmente com o grupo de percussão. Com idades entre os 6 e os 14 anos, os participantes aumentaram os seus conhecimentos sobre o mundo da música e, no final, já acompanhados pelos pais, assistiram a um concerto. 48 edpon


SAIBA MAIS SOBRE... Entre janeiro e fevereiro realizaram-se várias sessões do Saiba Mais Sobre (SMS), uma iniciativa que visa a partilha de conhecimento e é dedicada aos colaboradores da empresa. “Os desafios do mercado de energia”, “A nova versão do Microsoft

Office” e “Family Coaching: pais confiantes, filhos felizes” foram os mais recentes temas em destaque nos primeiros dois meses do ano. Esteja atendo a novas iniciativas, porque é sempre bom saber mais.

Boas-vindas a 30 novos colaboradores Valorizar Experiência premiado a nível europeu

Maria João Martins, diretora de recursos humanos do Grupo EDP, deu as boas-vindas a cerca de 30 jovens novos colaboradores que marcaram presença na terceira sessão de acolhimento e integração, no Museu da Eletricidade, em Lisboa. Estas iniciativas ocorrem quadrimestralmente e têm como principal objectivo partilhar conhecimento e promover o networking, incentivando

a troca de contacto e de experiência entre os colaboradores que, desde logo, têm em comum, o facto de terem entrado para o Grupo EDP no mesmo momento. António Martins da Costa, administrador do Grupo EDP, e Sérgio Figueiredo, administrador da EDP Produção, também marcaram presença dando as boas-vindas e partilhando as suas próprias experiência na companhia.

JOVENS “DESCOBREM” MENTORES O Museu da Eletricidade foi palco, em dezembro passado, do kick off do Programa de Mentoring. Uma iniciativa que contou com 72 participantes, da 4ª edição do Energizing Development Program, que tiveram oportunidade de conhecer o seu mentor, através de uma dinâmica que implicava que cada par (mentor/mentorado) encontrasse a outra metade do seu puzzle. O Programa de Mentoring pretende colocar à disposição dos jovens participantes, toda a experiência e senioridade dos mentores que, pelo seu percurso, constituem uma referência e uma alavanca ao seu crescimento pessoal e profissional. Uma iniciativa da Escola de Desenvolvimento de Diretivos da Universidade EDP que dará maior confiança a quem chega à empresa. edpon 49

O programa da EDP “Valorizar a Experiência” foi premiado no Concurso Europeu do Ano do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre Gerações. A iniciativa recebeu, também, uma menção honrosa na categoria de “Locais de Trabalho para Todas as Idades”. O AEEASG – Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre Gerações – teve como grande prioridade alertar para os desafios do envelhecimento demográfico, colocados quer à sociedade, quer a cada cidadã ou cidadão, em particular. Em 2012, e através desta ação de abrangência europeia, foi destacada a importância de garantir a vitalidade e dignidade humana, ressaltando o contributo positivo dos mais velhos para o bem-estar e progresso da sociedade e o papel da solidariedade entre gerações. O Valorizar a Experiência tem como objetivo reconhecer, agradecer e captar o trabalho dos colaboradores com mais de 30 anos de casa, e já contou, até ao momento, com a participação de mais de 900 colaboradores da EDP.

FILHOS E NETOS VISITAM O NEGÓCIO Os filhos e netos de colaboradores foram convidados a visitar a Central da Régua (e a respetiva eclusa) e o parque eólico do Sobral e o Despacho de Palhavã. Além da visita técnica às instalações, os participantes tiveram oportunidade de participar em atividades e jogos lúdicos, que incluíram filmagens para um pequeno anúncio. Com a duração de um dia, as rotas decorrem durante as férias escolares e destinam-se a permitir que os filhos e netos dos colaboradores visitem instalações de produção e distribuição de eletricidade. Esteja atento: as próximas rotas estão previstas para as férias escolares da Páscoa.


A nossa energia

ORDEM DOS ENGENHEIROS EM SETÚBAL Uma delegação do Conselho Regional Sul do Colégio de Engenharia do Ambiente da Ordem dos Engenheiros (OE), composta por 24 pessoas, visitou a Central Termoelétrica de Setúbal e a Estação de Propagação de Plantas Autóctones (EPPA) do Grupo EDP. Estas visitas, promovidas pela OE, dão a possibilidade aos seus membros de contactar e conhecer em detalhe este tipo de infraestruturas. A jornada iniciou-se com uma apresentação sobre o Grupo EDP, a EDP Produção e a central, seguindo-se outra com o tema “Valorização de efluentes térmicos da Central Termoelétrica de Setúbal em Agricultura Protegida,” para dar a conhecer o

funcionamento e os objetivos do complexo de estufas que compõem a EPPA. Seguiu-se uma visita pela central conduzida pelo subdiretor do Departamento de Condução daquela instalação, Alfredo Valério. A jornada culminou com uma visita técnica ao complexo de estufas da companhia, onde foi possível dar a conhecer aos membros da OE as diferentes etapas de propagação na EPPA das variadas espécies autóctones ali existentes. Recorde-se que as sementes são provenientes dos habitats de localização dos empreendimentos hidroelétricos da EDP e das áreas protegidas da Serra da Arrábida, Serra de Sintra e Serra da Estrela.

Recolha de sangue no Baixo Sabor Uma brigada do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) deslocou-se, em novembro, ao estaleiro da Póvoa, para a primeira colheita de dádivas de sangue na obra do futuro aproveitamento hidroelétrico do Baixo Sabor. Foram 45 os dadores que marcaram presença no posto médico. O resultado da ação conjunta da EDP e do ACE Baixo Sabor só foi possível devido ao empenho de Arnaldo Videira e dos responsáveis da Associação de Dadores de Sangue da EDP, Américo Barbosa e Álvaro Guimarães. No futuro aproveitamento hidroelétrico de Ribeiradio-Ermida decorreu, também, uma recolha de sangue no posto médico da obra, na qual participaram 20 dadores. O IPST manifestou grande satisfação pelo acolhimento e apoio prestados, tendo já expressado a sua intenção em repetir a iniciativa este ano. No Baixo Sabor, já estão agendadas mais duas colheitas. 50 edpon


VISITAS AOS CENTROS PRODUTORES

As instalações da EDP Produção receberam 28.415 visitantes ao longo de 2012. Um resultado que significa uma redução de 7.683 visitantes, em relação a 2011. Esta redução não é estranha às dificuldades financeiras que unidades escolares atravessam, sobretudo para custear as despesas com o transporte. De qualquer forma, não se pode deixar de ressalvar a disponibilidade e o empenho que as instalações do Grupo têm demonstrado em manter uma política de transparência e de colaboração com os diversos stakeholders.

De Viseu para Foz Tua Um grupo de 25 alunos da Esprodouro – Escola Profissional do Alto Douro de São João da Pesqueira, distrito de Viseu – visitaram a obra do aproveitamento hidroelétrico de Foz Tua para conhecer, de perto, o estado atual de desenvolvimento do futuro empreendimento. Acompanhados por dois professores, assistiram a uma apresentação em sala e, em seguida, fizeram uma viagem pelas diferentes frentes de obra a céu aberto. Uma ação muito valorizada pelos alunos por lhes ter sido concedida a possibilidade de assistir, in loco, à realização deste tipo de obra.

Festas de Santa Bárbara E mais uma vez cumpriu-se a tradição. O dia de Santa Bárbara (padroeira dos mineiros, artilheiros e de todos aqueles que lidam com o fogo) comemorado em todo o mundo, a 4 de dezembro, foi assinalado nas obras dos futuros aproveitamentos hidroelétricos de Foz Tua e Baixo Sabor e dos reforços de potência das barragens de Salamonde (Salamonde II) e Venda Nova (Venda Nova III). Em Foz Tua, decorreu uma missa no interior do túnel de acesso à Central, onde se procedeu, em simultâneo, a uma homenagem aos três trabalhadores que faleceram na obra em janeiro, seguida de um jantar entre os colaboradores e alguns convidados, que contou com cerca de 300 pessoas. Na sessão de abertura do jantar, o diretor de projeto da obra

de Foz Tua, Freitas da Costa, lembrou a importância que o vetor Segurança em obra tem para a EDP Produção e deixou uma mensagem de felicitações por na mesma data se terem alcançado os 123 dias consecutivos sem acidentes com baixa médica. Na obra do reforço de potência da barragem de Salamonde e do novo

descarregador complementar de cheias, a cerimónia religiosa decorreu na capela próxima do Principado de Salamonde (junto às instalações do ACE em obra), seguindo-se um almoço de confraternização entre os diversos interlocutores de este empreendimento. Também no reforço de potência da barragem de Venda Nova

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cumpriu-se uma celebração em devoção a Santa Bárbara: uma missa, seguida de um jantar convívio na cantina da obra. A cerimónia religiosa foi celebrada a 400 metros de profundidade, naquele que será o átrio da futura Central de Venda Nova III, e contou com a presença de mais de 300 pessoas. Por último, também no futuro aproveitamento hidroelétrico do Baixo Sabor, comemorou-se o dia de Santa Bárbara. Centenas de trabalhadores, pertencentes aos vários intervenientes na obra, associaram-se às celebrações religiosas, procissão e missa, que decorreram nas frentes subterrâneas do escalão de montante. O núcleo de obra da EDP esteve presente no evento, que terminou com um jantar convívio.


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ustentabilidade RESPONSABILIDADE PELO MEIO AMBIENTE

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BIODIVERSIDADE:

O QUE TEM FEITO A EDP? A EDP assume o compromisso de proceder ao relato regular e transparente do seu desempenho na promoção da biodiversidade. O mais recente relatório já pode ser consultado em www.edp.pt, na área da sustentabilidade.

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esde 2007 que a EDP publica a sua Política de Biodiversidade. Em 2010, lançou o primeiro Relatório de Biodiversidade (relativo ao ano de 2009), onde se pode constatar os impactos da companhia na biodiversidade, as formas de os minimizar e como os compensam. Agora, já se encontra disponível o que foi feito para reduzir a perda de biodiversidade, em 2011.

Reduzir a perda de biodiversidade é da responsabilidade de todos e, por isso, o Grupo acredita que pode contribuir para esse objetivo. Para tal, definiu, internamente, uma estratégia que se concretiza num conjunto de planos de ação, que vão sendo relatados periodicamente, como é possível verificar no Relatório de Biodiversidade de 2011, disponível no site www.edp.pt, na área da Sustentabilidade.

Este ano, apesar do relato do desempenho privilegiar as iniciativas que se relacionam diretamente com a biodiversidade, é efetuado um exercício de identificação do conjunto dos principais serviços de ecossistemas que afetam e que são afetados pelas atividades da EDP. Estes correspondem às áreas que podem constituir riscos e oportunidades atuais e futuras a considerar na dimensão ambiental.

MAIS TRÊS NOVAS ESPÉCIES DE LAMPREIA Foram descobertas três novas espécies endémicas de lampreias no território nacional: a lampreia do Sado, a lampreia do Nabão e a lampreia da Costa de Prata, nas bacias do Esmoriz e Vouga, como o contributo do projeto “Plano Nacional de conservação da lampreia-de-rio e da lampreia-de-riacho”. Um projeto financiado pelo Fundo de Biodiversidade EDP, desenvolvido pela Universidade de Évora em parceria com o Museu Nacional de História Natural, o Centro de Oceanografia e o Centro de Biologia Ambiental. O Fundo de Biodiversidade EDP, num valor de 2,5 milhões

de euros, financiou cerca de 20 projetos com dezenas de parcerias científicas: primeiro na iniciativa Business & Biodiversity da União Europeia e, entre 2008 a 2011, através de concurso aberto. Este fundo é a concretização de um dos princípios da Política de Biodiversidade EDP: “Contribuir para um balanço global positivo da biodiversidade, e redução da sua perda mundial”. Mais uma vez, as práticas sustentáveis de negócio produziram resultados muito positivos para a biodiversidade. A Quercus, associação ambiental portuguesa, elegeu este facto ambiental como um dos melhores de 2012.

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undação

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HORTAS SOLIDÁRIAS SÃO UM SUCESSO Em apenas ano e meio, floresceram 27 hortas, geridas por 22 instituições de solidaredade, beneficiando mais de 3 mil pessoas, de norte a sul do país. Este é o resultado do programa Hortas Solidárias, lançado em 2011 pela Fundação EDP, ao qual se juntou, a Fundação Gulbenkian. Entre as histórias de sucesso está o projeto cogumelos solidários, da Associação dos Albergues Noturnos do Porto que, desde novembro de 2012, começou a produzir cogumelos “shiitake” em dois hectares de terreno agrícola. Este ano, a associação espera cerca de 800 quilos destes cogumelos “gourmet” cujos lucros serão canalizados para dar comida e dormida aos sem-abrigo. Em Braga, no Centro de Acolhimento Temporário de Sem-Abrigo da Cruz Vermelha Portuguesa, uma horta comunitária concebida para potenciar a inserção sócio-profissional também de pessoas semabrigo, cresceu de tal forma que já deu origem a um centro de lavagem de carros, a uma fábrica de compotas, uma capoeira biológica e uma oficina de cestaria.

MUSEU DA ELETRICIDADE BATE RECORDE DE 200 MIL VISITANTES O ano de 2012 foi o melhor desde a reabertura do Museu da Eletricidade ao público, em 2007. Cerca de 200 mil visitantes passaram pelo emblemático edifício da Central Tejo, em Belém, contribuindo para que o Museu da Eletricidade afirme cada vez mais a sua posição entre os museus mais visitados do país. Para este número recorde contribuíram o aumento do número de visitas à exposição permanente (onde se mostra e explica por intermédio da maquinaria original da antiga Central Tejo, o seu modo de funcionamento e o seu ambiente de trabalho), eventos como o Mês da Ciência, ou exposições de grande sucesso como a Ilustrarte 2012, World Press Photo e a mostra sobre o Riso. Quem visita o Museu? Num total de 66.900 visitas guiadas, oriundas de todos os distritos e regiões autónomas e 11 países estrangeiros, a maioria dos visitantes é da região de Lisboa. O público adulto, com mais de 25 anos, predomina. Das 1.760 entidades que fizeram visitas organizadas, 1.184 eram escolas. Quanto à média de avaliação dos visitantes, numa escala de zero a 100, o Museu foi alvo de uns orgulhosos 94% de satisfação! edpon 55


ensaiofotográfico Centro de documentação do Museu da Eletricidade

EDP preserva a memória 56 edpon


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ensaio fotográfico

“A aragem fresca da noite só se consegue com a ventoínha eléctrica”. Era assim que, em 1937, um cartaz publicitário apregoava as maravilhas deste eletrodoméstico. O cartaz, que atravessou os tempos, é um dos muito exemplares que fazem parte do espólio do Centro de Documentação do Museu da Eletricidade, o mais importante conjunto existente em Portugal relacionado com a geração de eletricidade. Trata-se de um acervo de interesse histórico de todas as empresas do Grupo, anteriores à EDP, e que é hoje a maior base de dados nacional sobre o setor elétrico. São quase 5 quilómetros de estantes ocupadas com documentos – cartas, projetos, estudos, atas, plantas, diplomas, fotografias, filmes, monografias, cartazes, desenhos, livros, periódicos – que datam desde o final do século XIX até à atualidade. Ficou com curiosidade? Venha conhecer este património online em http://www.cdme.edp.pt/winlib/

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Em destaque JOANA SIMÕES, diretora da Direção de Regulação e Concorrência do Grupo EDP Quais os grandes desafios da sua direção neste momento?

Destacaria a nova fase da liberalização do mercado (retalhista) conjugada com a extinção das tarifas. Importa garantir a competividade do mercado livre, uma sã concorrência, promovendo em simultâneo a sustentabilidade do setor. Implica definir mecanismos e práticas claras pelo que temos de ser proativos junto das entidades externas e internamente. O que é imperativo fazer?

Esta área deve ser “um radar”. Estarmos atentos a tudo o que nos rodeia, antecipando-nos, estudando modelos e propondo soluções equilibradas para hoje e para amanhã. Uma visão clara das tendências regulatórias internacionais permite antecipar a sua concretização ao nível ibérico e, em especial, em Portugal. Quais são as expetativas para o futuro?

Foi publicada muita legislação em pouco tempo e cada vez mais exigente. A adaptação é um desafio. Destacaria o caminho que a EDP tem feito na oferta de produtos energéticos competitivos, num mundo que já hoje começa a ser diferente e onde no futuro as redes inteligentes serão uma realidade bem como a produção distribuída. Na sua área, lida com matérias muito transversais e, muitas vezes, devido à complexidade dos temas, as soluções não são fáceis. Qual é o segredo para esse “combate diário”?

Que expressão curiosa! Bem representativa do nosso dia-a-dia! A visão abrangente do Grupo permite focar-nos no que realmente interessa. Do nosso ADN destaco ainda a capacidade de obtenção de consensos e a resiliência. Atuamos sempre dentro de um quadro objetivo e construtivamente junto dos restantes agentes do setor. Como é o seu dia-a-dia?

A minha agenda é muito influenciada por fatores externos. Dedico uma boa parte do tempo a interagir com as diferentes áreas do Grupo, de forma a desenvolver uma posição consolidada e coerente. Com o desenrolar dos acontecimentos - muitas vezes motivados por solicitações externas - a minha agenda torna-se frequentemente imprevisível, pelo que me apoio na fantástica equipa da DRC. 64 edpon



moveon Planeta EDP on Po

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Simulador 2050 O simulador de consumos de energia e CO2, criado pela EDP, vai ser apresentado a vários líderes de opinião, no ISEG (Instituto Superior de Economia e Gestão), em Lisboa.

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Todos a andar Iniciativa promovida pela EDP Gás, consiste na realização de caminhadas em diversos concelhos da área de concessão. O valor da inscrição (1€) reverte a favor da associação No Meio do Nada. Prova a realizar-se em Vila do Conde. 07

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Assembleia Geral da EDP Renováveis A Assembleia Geral da EDPR terá lugar em Madrid, onde os acionistas irão deliberar sobre diversos pontos na ordem do dia, entre os quais as contas anuais e outras resoluções no âmbito da gestão da empresa.

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University Challenge Brasil O EDP University Challenge 2012 vai premiar o melhor trabalho nas áreas de administração, estratégia, marketing, comunicação, design e arquitetura, apresentado pelos universitários das principais escolas do Brasil. 05

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“Rota da Reconquista” Todos os anos, o clube de atletismo Cangas de Onís, Astúrias, organiza este evento que conta com muitos desportistas de toda Espanha e da Europa. Uma prova patrocinada pela Fundación HC Energía, do Grupo EDP. 25

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Villa de Mieres As ruas de Mieres, nas Astúrias, convertem-se numa autêntica pista de atletismo durante as festas de São João, em junho. Mais uma prova que conta com o patrocínio da Fundación HC Energía. 22

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Kick-off do Programa Lean na DSI Relançamento oficial do Lean e despertar do espírito crítico para a identificação de desperdícios e oportunidades de melhorias.

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EDP Lisboa, a Mulher e a Vida Por apenas 11 euros pode inscrever-se nesta prova (que cumpre a sua 8ªedição) e, ao mesmo tempo, ajudar à compra de aparelhos de rastreio do cancro da mama. O percurso de 5 km é feito entre Santos e a Torre de Belém, em Lisboa. 26

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Lean Day EDP R Dia de partilha de experiência e apresentação de resultados Lean na EDP Renováveis, que se realiza ao nível europeu em Madrid, Espanha, e em Houston, nos Estados Unidos da América.

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Lean Summit Portugal Participação no primeiro congresso organizado pelo Lean Academy Portugal, onde a partilha das lições aprendidas será reportada pelos principais executivos dos setores que aplicam esta metodologia. 07

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Corrida do Benfica Trata-se da 8ª edição da prova, com o apoio EDP, cujo percurso inclui uma passagem pelo interior do Estádio da Luz, em Lisboa. Um dia antes, a 13 de abril, tem lugar a Corrida da Pequenada.

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Sumol Summer Fest Com este evento, a EDP dá o tiro de partida no patrocínio dos festivais de verão, este ano, em Portugal. Muitos concertos de música reggae, durante dois dias na Ericeira.

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