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portugal Energia sem limites • março | abril 2013

Como se vence uma tempestade?

On Change António Alves Fonseca, da Direção de Tecnologia e Inovação, da EDP Distribuição

Online 24 horas com Nuno Trapola, Eletricista de Exploração, da EDP Distribuição



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março | abril

Energia sem limites • março | abril 2013

Ventos com mais de 200 km/h destruíram mais de 11.000 km de

Como se vence uma tempestade?

linhas e afetaram mais de um milhão de clientes. Saiba como a EDP reagiu à mais devastadora das tempestades dos últimos anos em Portugal. Ao fim de três dias, a empresa conseguiu repor

On Change António Alves Fonseca, da Direção de Tecnologia e Inovação, da EDP Distribuição

o serviço a 99 por cento das pessoas. Online 24 horas com Nuno Trapola, Eletricista de Exploração, da EDP Distribuição

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oncover Como vencer uma tempestade?

As melhores sugestões sobre Bilbau, por Silvia Alvarez.

14|15 onpeople Vasco Rodrigues, gestor de Obras/Supervisão da Fiscalização da Direção de Projetos e Investimentos da EDP Produção; e Ricardo Assunção, engenheiro eletrotécnico da Direção de Sistemas de Informação.

16 ontop Dicas sobre como preparar uma videoconferência eficiente.

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Em meados de janeiro, Portugal acordou sob um dos maiores temporais dos últimos anos. Ventos e chuvas fortes deixaram um rasto de destruição de norte a sul do país. Mais de cem mil casas e um milhão de clientes ficaram às escuras. A queda de árvores de grande porte danificou 11 mil quilómetros de média e alta tensão.

online Nuno Trapola em 24 horas

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Eletricista de Exploração, trabalha na EDP Distribuição há 17 anos sempre em “alta tensão” - quer debaixo da terra, quer à superfície. Afinal, esse é o grande desafio do eletricista no piquete de distribuição de alta tensão, função que adora desempenhar.

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Compromissos de José Vieira de Sousa

José António Marmé, responsável da Direção de Rede e Clientes Sul da EDP Distribuição.

O responsável da Direção de Projeto e Construção da EDP DIstribuição tem, este ano, como objetivos principais o risco controlado e qualidade excelente, eficiência superior, e inovação e evolução sustentada.

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As notícias do mundo EDP em destaque.

onchange A mudança de António Alves Fonseca

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Depois de várias passagens por diferentes áreas de negócio do Grupo, em janeiro, surgiu a oportunidade de regressar à EDP Distribuição, onde está na Direção de Tecnologia e Inovação. Em termos pessoais, esta mudança corresponde a uma espécie de ‘regresso a casa’.

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BILBAU

Conhecer melhor os lugares onde o Grupo EDP está presente

DA D O S G EO G R Á FI C O S: Bilbau é a capital da zona histórica de Biscaia e o coração de uma metrópole com mais de um milhão de habitantes. É uma cidade de serviços focada na sua recuperação ambiental e urbana. A outrora vila passou por uma transformação que a converteu numa cidade cada vez mais atraente para os seus visitantes. Um exemplo é a nova sede corporativa da Naturgas Energía em Bilbau, construída num edifício histórico, que manteve intacto o seu design exterior, remodelando completamente o seu interior de modo a obter um moderno edifício de escritórios com uma área de 3.500 m2.

A NÃO PERDER 1

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Ponte Zubizuri

CONHECER Quando tenho tempo gosto de passear pelo Campo Volantin, ao longo do estuário. Partindo da Câmara Municipal, passamos por pequenos palacetes até à Ponte Zubizuri, construída por Santiago Calatrava, e que chamará a atenção devido à sua forma de vela. Se a atravessarmos e seguirmos pela rua de Uribitarte chegaremos à joia da coroa - o Museu Guggenheim (1), do prestigiado arquiteto Frank Gehry e o símbolo da cidade, que parece um barco futurista encalhado no estuário. Parecerá que entramos num mundo mágico, ao encontrarmos uma escultura de uma aranha enorme à entrada do museu. Do lago pequeno à sua frente revela-se uma estranha névoa que avança lentamente até cobrir a passagem que o separa do estuário. Em redor do edifício do museu podemos ver

mais uma das suas curiosidades: Puppy (2), um cão de 12 metros de altura, feito à base de flores, mais um exemplo do estilo inovador de Bilbau. Se forem acompanhados por crianças, é obrigatório passar por Amorino, uma gelataria italiana em frente ao Puppy, com gelados de sabores surpreendentes em forma de flor. Se estivermos cansados, podemos apanhar ali mesmo o elétrico até ao Palácio Euskalduna (3) e aproveitar algumas das suas ofertas culturais ou ir ao Museu Marítimo (5), localizado nos antigos estaleiros. Aí é descrita a relação de Bilbau e do País Basco com o mar: fotos antigas, modelos de navios, filmes, cartazes e até mesmo barcos atracados no cais, para deleite de crianças e adultos. O seu café tem vista para a grua Carola, 4 onportugal

construída em 1957. Quando os estaleiros ainda estavam operacionais e as mulheres levavam o almoço aos homens atravessando o rio de barco, uma das mulheres era tão admirada pela sua beleza que os trabalhadores subiam ao topo da grua para admirá-la e lançarem piropos. Se da Câmara Municipal formos na direção oposta, chegaremos a El Arenal, onde podemos ver o Teatro Arriaga, que, segundo a opinião de muitos atores famosos, é um dos teatros mais bonitos pelos quais passaram. A um passo está a Plaza Nueva, onde, aos domingos de manhã, podemos desfrutar do mercado que é organizado de acordo com as suas 64 galerias arqueadas e é habitual ver uma multidão de pessoas a comprar livros antigos, moedas, selos, banda desenhada, etc.


Trabalha em Tecnologias de Informação na Naturgas Energía, há 24 anos, quando a empresa ainda contava apenas com 50 colaboradores. Atualmente está integrada no Centro de Gestão de Aplicações Espanha, da DSI, na área dos sistemas comerciais. Os seus principais hobbies são viajar e passear. Aqui ficam as propostas das zonas mais turísticas da sua cidade, Bilbau.

SILVIA ALVAREZ

SAIR Terraço del Yandiola (Celeiro): tomar um copo, uma cerveja ou um café neste terraço com vista para Bilbau é impressionante. Sala Cúpula do Teatro Campos: é no 6 º andar do teatro Campos Elísios. Pode ver um espetáculo no teatro e depois tomar uma bebida na Sala. Café Iruña: Fundado em 1903, dia de San Fermin, é um lugar de encontro para tertúlias da sociedade de Bilbau. Foi declarado Monumento singular em 1980 e, em 2000, ganhou o prémio de melhor Café de Espanha. A destilaria: particularmente de Indautxu, que tem os melhores cocktails de Bilbau.

SABOREAR Bilbau tem restaurantes muito especiais, onde a comida tradicional e tipicamente basca, é misturada com cozinha moderna e pratos requintados. Aqui deixo algumas sugestões: O Restaurante Etxanobe: localizado no terceiro andar do Palácio Euskalduna, tem uma vista maravilhosa sobre o estuário e a cidade. Aizian: no piso térreo do Hotel Mélia, a 10 minutos do Museu Guggenheim, com cozinha de autor. Serantes: uma marisqueira onde se pode jantar fora de horas, o que é difícil em Bilbau. Bar Eme: as sanduíches mais famosas de Bilbau, com o seu molho “secreto” (precisará de várias centenas de guardanapos de papel para se limpar depois de as provar).

Arãna

FESTAS La Aste Nagusia, em meados de Agosto, é a principal festa de Bilbau, e tem uma grande oferta cultural. O mercado de Santo Tomás, celebrado no Casco Viejo (4), a 28 de dezembro, é uma das festas mais aguardadas de Bilbau. Preserva todo o “sabor” antigo, com uma mostra de produtos caseiros, espetaculares. Alhóndiga Municipal de Bilbau

OUTRAS FORMAS DE VISITAR BILBAU E ARREDORES Podemos dar um passeio de barco no estuário, chegar até ao mar, passar pela ponte levadiça (Ponte Bizkaia) Património Mundial da Humanidade. Se quisermos fazer um pouco de exercício podemos percorrer Bilbau em duas rodas pelas suas pistas para bicicletas ou

bidegorris (A Câmara Municipal de Bilbau disponibiliza a qualquer cidadão um serviço de aluguer de bicicletas). Para locais mais distantes, podemos utilizar o metro até algumas das praias mais famosas da costa basca, como Larrabasterra, Sopelana ou Plentzia, a menos de uma hora

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de distância. Para ter uma vista a partir do topo da cidade, subimos no El Funicular de Artxanda que liga a Plaza del Funicular (junto ao estuário) com o Monte Artxanda e, numa viagem que dura 3 minutos, pode contemplar-se uma vista única e abrangente de Bilbau e do seu estuário.


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Ventos com mais de 200 km/h destruíram mais de 11.000 km de linhas e afetaram mais de um milhão de clientes. Saiba como a EDP reagiu à mais devastadora das tempestades dos últimos anos em Portugal.

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de janeiro de 2013. Portugal acordou sob um dos maiores temporais dos últimos anos. Ventos e chuvas fortes deixaram um rasto de destruição de norte a sul do país. Mais de cem mil casas e um milhão de clientes ficaram às escuras. A queda de árvores de grande porte danificou 11 mil quilómetros de média e alta tensão. Até 24 de janeiro foram atendidas 147.145 chamadas de avarias. Em linguagem meteorológica, a culpa foi de uma depressão (ar quente que se eleva e favorece a formação de nuvens e precipitação) centrada a oeste da região da Corunha, Espanha, que se deslocou rapidamente para o litoral junto a Viana do Castelo. Neste período de tempo, a depressão registou uma descida excecional da pressão, característica de um processo de cavamento designado por ciclogénese explosiva. Na passagem por Portugal continental, o ciclone provocou vento intenso, precipitação e ondulação marítima forte. Em alguns parques eólicos registaram-se rajadas de vento de intensidade superior a 200 km/hora. A saturação dos solos arenosos com água proveniente de chuvas intensas, associada aos referidos ventos, facilitou a queda e projeção de centenas de árvores, assim como de chapas metálicas e coberturas. O resultado foi uma quantidade assinalável de postes partidos e rutura de condutores de linhas aéreas. Nalgumas localidades

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TEMPESTADE

OESTE - 23 DEZEMBRO 2009

GONG - 19 JANEIRO 2013

Caracterização

Depressão - Ciclogénese Explosiva Rajada de vento na ordem dos 200 km/h

Depressão - Ciclogénese Explosiva Rajada de vento na ordem dos 200 km/h

Zonas mais afetadas

Distrito de Leiria e norte do distrito de Lisboa (zona Caldas da Rainha)

Distritos de Aveiro, Coimbra, Castelo Branco, Leiria, Santarém e norte de Lisboa

Máximo clientes sem energia

424 000

1 100 000 (3x)

Número de linhas AT

0

40

Subestações AT/MT

0

20

Número de Linhas MT

115

471 (3x)

Total postes rede AT, MT e BT partidos

726

3777 (5x)

Tempo reposição serviço todos Clientes

5 dias

8 dias

Número de pessoas envolvidas

750

2439 ›3x

Total viaturas

360

1188 (3x)

Geradores Móveis

50

281 ›5,5

INFRAESTRUTURAS REDE AFETADAS

MEIOS

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assistiu-se à queda e deslizamento de apoios motivados pelo alagamento de terras, aumentando o caudal de rios e ribeiras. A verdade é que ao fim de três dias, a EDP conseguiu repor o serviço a 99 por cento das pessoas que foram afetadas. Em 12 anos, a EDP investiu 4,3 mil milhões de euros, mais de 30 milhões por ano, na rede elétrica. “Numa estimativa preliminar, os prejuízos ascenderam a cerca de 15 milhões de euros. Fizemos tudo o que era humana e tecnicamente possível para repor a energia o mais rapidamente que pudemos”, garantiu António Mexia, presidente do Grupo EDP.

TEMPESTADE ÚNICA António Santos Ferreira, responsável pela Direção de Rede e Clientes Porto, faz o retrato da situação do que se passou em janeiro. “O que tornou esta tempestade única foi a sua duração e a extensão dos estragos. Foram cerca de 36 horas de ventos com 130 km/h e rajadas acima dos 140km/h, chuva e granizo, do que resultou uma enorme extensão de rede afetada, principalmente devido à queda de árvores para cima das linhas, provocando a queda de condutores e de postes”. Num cenário pouco habitual de condições atmosféricas fortemente adversas, foram 8 onportugal

muitas as dificuldades que as equipas da EDP Distribuição sentiram no terreno. A começar pela elevada simultaneidade de avarias. Sem mãos a medir, os mais de dois mil operacionais, apoiados por quase 1200 viaturas, tiveram de lidar com obstrução das vias rodoviárias por árvores derrubadas, além de furtos em condutores caídos e de combustível para os geradores. A remoção de árvores de grande porte caídas sobre as linhas aéreas e postos de transformação obrigaram à mobilização de meios especiais, máquinas e gruas. Fernando Pais Rocha, responsável pela


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EVOLUÇÃO DA REPOSIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA A sequência de reposição de serviço de todos os clientes afetados, foi a seguinte: • 19 de janeiro: 418 mil clientes sem energia (tinha sido reposta energia elétrica a 60% dos clientes); • 20 de janeiro: 196 mil clientes sem energia (reposta a 86%); • 21 de janeiro: 76 mil clientes sem energia (reposta a 93%); • 22 de janeiro: 21 mil clientes sem energia

(reposta a 98%); • 23 de janeiro: 4,9 mil clientes sem energia (reposta a 99,5%); • 24 de janeiro: pelas 18h00 do dia concluíram-se os trabalhos de recuperação da totalidade da rede de alta e média tensão, estando nessa altura 99,8% dos clientes afetados com energia elétrica.

• 24 a 27 de janeiro: foi concluído o trabalho de recuperação de toda a rede de baixa tensão; este trabalho foi realizado em estreita colaboração com os municípios e as juntas de freguesia, garantindo, edifício a edifício que todos tinham fornecimento de energia elétrica.

1200.000 1.059.750

1000.000

978.750

Clientes fora de serviço: atingiu-se um pico de 1,1 milhões de clientes no dia 19 de janeiro

800.000 666.000

600.000

418.500

400.000

301.600

307.500

246.100

200.000

500 450

148.720 110.000

471 435

94.430

0

370

12.150 6.720 4.920 2.800 1.950 880 374

0

279

250

232 214

200

Número de avarias: atingiu-se um pico de 471 avarias em linhas MT pelas 17h00 do dia 19 de janeiro

169 161

150

124

133 123

100

104 83

44

50 0

20.900

0h 03h 08h 12h 17h 20h 24h 08h 16h 24h 08h 16h 24h 08h 16h 24h 08h 16h 24h 08h 18h 24h 24h 13h 19 Jan 20 Jan 21 Jan 22 Jan 23 Jan 24 Jan 25 26 27 Jan Jan Jan

350 300

62.250

70.720

0

400

105.400

120.750

38

27

0

16 12

7

0

0h 03h 08h 12h 17h 20h 24h 08h 16h 24h 08h 16h 24h 08h 16h 24h 08h 16h 24h 08h 18h 19 Jan 20 Jan 21 Jan 22 Jan 23 Jan 24 Jan

Optimus) conduziu a uma resposta mais lenta na reposição do serviço”. LIÇÃO ESTUDADA É consensual que, face ao grau de devastação, os tempos de reposição foram muito aceitáveis. De acordo com Santos Ferreira, “a empresa incorporou algumas das lições de temporais anteriores e beneficiou da reflexão e da organização do POAC (Plano Operacional de Atuação em Crise), conseguindo uma melhor resposta ao nível da organização dos meios no terreno, com a disponibilização de material para fazer face às onportugal 9

reposições de rede e servir mais rapidamente os nossos clientes”. A frente da comunicação externa foi alvo de uma especial atenção, bem como a relação com os principais stakeholders (Câmaras Municipais, Proteção Civil, Juntas de Freguesia, Clientes). Os sistemas de TCMT (Telecomando de Média Tensão) e WFM/ GME (Gestão da Mobilidade das Equipas) responderam com eficácia na generalidade das situações. Verificou-se, também, uma melhor gestão de informação. “No entanto, esta é claramente uma área de melhoria, revelando-se necessária uma plataforma de v

Direção de Rede e Clientes Tejo, enumera os principais obstáculos: “Numerosas árvores caídas impediram a progressão no terreno, a falta de comunicações, a mobilidade reduzida devido a acessos condicionados, eixos da rede estruturante de distribuição afetados (60 kV e Feeders de Média Tensão), dificuldade na gestão da rotatividade de colaboradores que trabalharam muitas horas consecutivamente…”. João Garcia Mendes, responsável da Direção de Rede e Clientes Mondego, sublinha a falha de comunicações, “sobretudo no dia 19 e em pleno pico das avarias. A ausência de comunicações (rede


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+ BENCHMARK COM EVENTOS SEMELHANTES OCORRIDOS EM OUTROS PAÍSES …

O profissionalismo, o espírito de sacrifício e o cumprimento das regras de segurança foram notas dominantes. v

Eventos meteorológicos de carácter extraordinário ocorridos nos últimos anos na Europa e nos Estados Unidos da América provocaram a interrupção de fornecimento de energia elétrica por períodos superiores a 8 dias: • “Tempestade Sandy” em 2012: afetou 1,27 milhões de Clientes em Nova Iorque e New Jersey (EUA) com rajadas de vento de 150 km/hora e ao fim de 11 dias estava reposto o serviço a 95% dos clientes; • “Tempestade Klaus” em 2009: afetou 700 mil clientes no norte de Espanha, onde as rajadas de vento atingiram 200 km/hora; e a reposição de serviço foi concluída ao fim de 11 dias; • “Tempestade Klaus” em 2009: afetou 1,7 milhões de clientes em França, e a reposição de serviço foi concluída ao fim de 10 dias; • “Tempestade Ike” em 2008: afctou 2,15 milhões de clientes em Houston – EUA as rajadas de vento oscilaram entre os 145 e os 215 km/hora; e foram necessários 18 dias para repor o fornecimento de energia. • “Tempestade Xynthia”, em 2010: afetou um milhão de clientes em Portugal nos dias 27 e 28 de fevereiro, para além de Espanha, França (que declarou o estado de calamidade pública) e outros países europeus; em Portugal, estavam alimentados 80% dos clientes ao fim de 3 dias.

suporte que seja robusta e integrada com os sistemas corporativos”, acrescenta. Outra área a merecer cuidada reflexão é a das comunicações móveis: a dependência dos operadores revelou-se, sem dúvida, uma fragilidade, com áreas significativas sem rede, durante longos períodos, em plena crise. ESFORÇO NOTÁVEL Consensual foi também a dedicação das equipas, que revelaram, de acordo com os responsáveis das direções de rede e clientes Grande Porto, Mondego e Vale Tejo, um esforço notável, trabalhando um elevado número de horas, em condições de grande dificuldade. O profissionalismo, o espírito de sacrifício e o cumprimento das regras de segurança foram notas dominantes. De destacar também o empenho e colaboração 10 onportugal

com os PSE (prestadores de serviço externo) e entidades externas. Mas afinal qual é a mensagem que deve ser passada às populações quando ocorre uma vaga de destruição deste nível? “A informação não deve ser irrealista. Deve ser dada uma visão correta da dimensão dos estragos”, defende João Garcia Mendes. “É desejável que se aproveitem situações de perturbação para convidar jornalistas a acompanhar as nossas equipas no terreno, de modo, a criar uma ideia precisa das reais dificuldades vividas por quem, da parte da EDP Distribuição, dá resposta aos efeitos nefastos destas catástrofes”. António Santos Ferreira, acrescenta. “Devemos mostrar serenidade e conhecimento da realidade da devastação, informando que temos equipas no terreno a trabalhar na reposição de energia à população”.


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Custo Km rede

aérea

subterrânea

Alta Tensão

70 K€

Alta Tensão

Média Tensão

25 K€

Média Tensão

Baixa Tensão

10 K€

Baixa Tensão

Relação entre custos km de linha subterrânea/linha aérea Alta Tensão >5 Média Tensão

2,5

Baixa Tensão

>3,5

Comprimento da rede existente 220 km (20% subterrânea, 80% aérea)

9,000 Km

6.50

8,000 Km

6.00

7,000 Km

5.50

6,000 Km

5.00

5,000 Km

4.50

4,000 Km

4.00

3,000 Km

3.50

2,000 Km

3.00

1,000 km

2.50

0 km

Custo estimado para enterrar os 180 000 km da rede aérea existente 16.000 M€ equivalente ao investimento realizado durante 53 anos na EDP Distribuição (média de 300 M€/ano) Custo para enterrar 50% da rede aérea existente nos distritos de Leiria e Coimbra 600 M€ equivalente ao investimento realizado em 2 anos na EDP Distribuição onportugal 11

2010

2.00 2011 km

2012 €

As faixas de proteção de combustível são zonas adjacentes ao espaço onde estão implantadas linhas de Alta e Média Tensão, que, entre outros objetivos, são limpas de forma a prevenir incêndios e a preservar a vegetação autócnone.

Milhões €

FAIXAS DE PROTEÇÃO

CUSTOS DE CONSTRUÇÃO


online 2 4 hor as na vida d e...

24 horas

Nuno Trapola Eletricista de Exploração, da EDP Distribuição

12 onportugal

Nuno Trapola, 43 anos, trabalha na EDP Distribuição há 17 anos sempre em “alta tensão” - quer debaixo da terra, quer à superfície. Afinal, esse é o grande desafio do eletricista no piquete de distribuição de alta tensão, função que adora desempenhar. “É muito reconfortante chegar a uma zona na cidade de Lisboa, e após algumas manobras na rede para deteção da avaria, conseguirmos repor a energia que faltava”, explica. Nuno Trapola acredita que o empenho e a dedicação à sua profissão foram os fatores que mais contribuíram para o seu sucesso dentro do Grupo EDP. A maior parte do tempo, passa-o a trabalhar, mas nem só de fios e “curto circuitos” vive Nuno Trapola. Quando não está de serviço, acompanha a filha à escola e, sempre que pode, não perde a oportunidade de fazer natação, andar de bicicleta e dar longos passeios na praia com o cão. Durante as férias, longe das urgências do piquete, aproveita para viajar: “Gosto de conhecer sítios diferentes e diversas culturas.”


Neste trabalho não há monotonia: tudo depende das avarias das redes de alta tensão. Para Nuno Trapola, a maior satisfação é agir bem e rápido. O fundamental é, mesmo, repor a energia a todos os clientes!

6h3 0

7h3 0

8 h3 0

Saída de casa

Início do dia

Organizar o dia

Quando está nos turnos das 8 às 16 horas, ainda consegue tomar o pequeno-almoço em família. Mesmo que seja rápido, não dispensa a companhia da filha e mulher.

Chegada à Subestação Norte, para iniciar o serviço às 8 horas. Um dia que é geralmente sempre diferente do anterior.

Em frente ao computador, desvenda como será o seu dia. Organiza a sua agenda, verificando os trabalhos programados.

9h15

10 h 0 0

12 h 0 0

A preparar a saída

Trabalho subterrâneo

Hora de pausa

Depois de verificar os trabalhos, está na hora de sair. Mas antes, há que conferir os equipamentos na viatura de serviço.

Primeiro trabalho do dia: ensaio e verificação de um cabo 10KV. Tudo para que a energia não falte.

Durante este turno, almoça sempre com os colegas no sítio do costume, “O Pereira”. Uma hora para conviver com quem trabalha diariamente.

14 h3 0

17h3 0

20h00

Mais uma urgência

Tempo para a família

Jantar em família

Agora, à superfície, verifica os alarmes na subestação de Carriche. Prevenir futuros incidentes, é imprescindível.

Depois de um dia de trabalho, sempre que pode, vai buscar a filha Catarina à escola. É algo que não dispensa.

Ao final do dia, depois da natação, é hora de uma refeição na boa companhia da mulher, a filha e a sobrinha, Cláudia. Uma forma de pôr a conversa em dia.

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onpeople Queremos conhecê-los melhor

VASCO RODRIGUES GESTOR DE OBRAS/SUPERVISÃO DA FISCALIZAÇÃO DA DIREÇÃO DE PROJETOS E INVESTIMENTOS – ÁREA DE GESTÃO DE OBRAS, DA EDP PRODUÇÃO

abituado a conviver no meio de estaleiros de grandes obras, Vasco Rodrigues, passa o seu dia-a-dia no Alqueva na gestão da construção do reforço de potência. Atualmente, tem como prioridade a execução do projeto sem acidentes, cumprindo os prazos e controlando ao máximo os custos, “aproveitando sempre para inovar e aplicar as melhores práticas do setor”, sublinha. Vasco começou a sua carreira no Grupo, através de um estágio, em 2000. Durante oito anos abraçou projetos que tiveram as obras como denominador comum. Estava então na Direção de Obra em Portugal, e mais tarde na Argélia, até que regressou para abraçar o grande projeto hídrico da EDP. Foram vários os marcos que contribuíram para o “crescimento” profissional dentro do Grupo, mas Vasco destaca dois como mais relevantes. “Na gestão de obra do reforço de potência de Alqueva o momento mais marcante foi a sincronização do 1º grupo com a rede elétrica nacional, pois foi o culminar do esforço e dedicação de quatro anos de intenso trabalho”. O segundo foi ter conquistado, como chefe da equipa EDP UCP Porto, a final nacional do World Global Management Challenge: “A EDP já participa há dez anos e nunca tinha ganho. Como colaborador, é um enorme

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orgulho representar a nossa companhia numa competição deste género”, refere Vasco Rodrigues. Agora, espera ansiosamente pela final internacional, que terá lugar em abril na cidade de Bucareste. Acredita que o seu talento escondido é ser um “gestor de sucesso” e por isso vê-se a contribuir, proativamente, para o sucesso da empresa, assumindo responsabilidades crescentes. A curto prazo acredita numa EDP mais sólida e na liderança mundial do setor elétrico. Mas um gestor de obra tem uma vida pessoal para gerir e conciliar além dos estaleiros. O segredo está na “ginástica” e na consciência do equilíbrio necessário entre ambas: “estando em Alqueva de 2ª a 6ª feira, e a família no Porto (já lá vão quase quatro anos) tem sido tarefa exigente cultivar a minha relação com o meu filho Tiago que acabou de completar 17 meses”. Algo que a perseverança, caraterística que melhor o define, tem ajudado. A maior ambição deste engenheiro civil de 34 anos é mesmo marcar positivamente aqueles com quem se relaciona, seja profissional ou pessoalmente, procurando transmitir valores de honestidade e solidariedade. Confirma-se que já deixou algumas marcas no Grupo!

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O esforço, a dedicação e o fazer diferente levam-nos mais longe como Grupo. Em cada edição, destacamos alguns dos nossos colaboradores que fazem parte da excelência que cultivamos no universo EDP.

icardo Assunção conta com mais de 30 anos dedicados à EDP e prepara-se, agora, para iniciar uma nova fase da sua vida com a passagem à reforma prevista para este ano. Nem sempre foi fácil conciliar a vida pessoal com a profissional, devido ao gosto pelo que faz, mas sempre teve um ambiente familiar tranquilo devido à compreensão da esposa, a quem está genuinamente grato. Concretizar o desejo, que há muito lhe faz sentido, está mais perto: dedicar mais tempo à esposa Filomena e ao filho João, atualmente a residir em Macau. Estávamos no ano de 1983, quando, regressado de África, onde participou no projeto de construção/ operação do empreendimento hidroelétrico de Cahora-Bassa (produção de energia elétrica para Moçambique, Zimbabué, e África do Sul por uma linha de transmissão de 1.400 Km em corrente contínua), inicia o seu percurso na área de Engenharia da EDP, Equipamento Térmico, onde participa na adaptação da empresa aos sistemas informáticos de apoio às engenharias. Posteriormente, é convidado para a empresa de produção CPPE, que deu origem à atual EDP Produção, como responsável pela área das TI, a qual foi evoluindo para uma gestão centralizada no âmbito do processo de reorganização da empresa. Em 2004 surge um novo desafio profissional para participar na task-force de estudo e operacionalização em Portugal do modelo de gestão centralizado das TI, de acordo com a decisão estratégica do Grupo EDP, passando então a integrar a DSI (Direção de Sistemas de Informação), entretanto criada. Considerando-se “uma pessoa mais de projetos, e menos de TI ” abraçou sempre com rigor e muita dedicação todos os projetos em que participou. E destaca dois: “Programa da Liberalização”, composto por 13 projetos, que permitiu à EDP adaptar os seus sistemas informáticos à liberalização do mercado de energia, onde assumiu a responsabilidade pela sua coordenação global e GME – Gestão da Mobilidade de Equipas (mais conhecido por WFM) para a EDP Distribuição. Pretende ainda dedicar-se a atividades que sejam úteis para si e para os outros e a ler muito, nomeadamente História, tema pelo qual é absolutamente apaixonado. De tal forma que dinamizou inclusivamente vários grupos de partilha de conhecimento, quer na DSI quer no seu círculo de amigos mais próximos, sobre esta e outras temáticas. Para melhorar o Mundo acredita “que só se pode evoluir se os outros também evoluírem e que, para isso, devemos contribuir para criar as melhores condições possíveis, continuando a desenvolver a nossa cultura e sendo fiéis aos nossos valores, tendo sempre em mente um entendimento comum. Leva tempo, mas é possível”.

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RICARDO ASSUNÇÃO ENGENHEIRO ELETROTÉCNICO DIREÇÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

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ontime José António Marmé Responsável da Direção de Rede e Clientes Sul da EDP Distribuição

A Qualidade de Serviço Técnico é um dos principais objetivos da EDP-Distribuição, sendo considerado, como mais relevante, o indicador da continuidade de abastecimento, designado por TIE – Tempo de Interrupção Equivalente, que é adotado internacionalmente, e que quantifica o tempo total de interrupção de uma instalação ou sistema durante um ano. É um facto que a política de investimento criterioso – superior a 300 mil euros de investimento anual - assente no rigor e num programa de redução de assimetrias, e igualmente, na incorporação de novas tecnologias, em muito contribuiu para o resultado alcançado em 2012. A aposta na expansão da automatização e do telecomando da rede de Média Tensão, permitiu uma operação de rede de distribuição muito mais ágil, coordenada e eficaz, com um forte impacto na qualidade de serviço e na redução dos custos de operação. A par dos novos investimentos, a política de manutenção, assente na gestão dos ativos e no acompanhamento da sua vida útil, permite, atualmente, que os equipamentos tenham ciclos de vida mais alargados, com a correspondente mais-valia e uma importante redução de custos. No ano de 2012, a EDP Distribuição investiu cerca de 330 milhões, valor alinhado com o investimento dos últimos anos, desde 2000. Todo o trabalho e esforço da EDP Distribuição, centra-se na procura da melhoria continuada e sustentada da qualidade de serviço. 16 onportugal


ontop Di ca s para aju dá- lo no se u d ia a d ia

Videoconferências produtivas. Esta forma de reuniões permite economizar tempo, evitando a deslocação física para um local especial, além de permitir economizar recursos, com a redução dos gastos com viagens. Saiba como tornar uma videoconferência mais produtiva.

• Para tornar as reuniões via vídeo eficazes, em primeiro lugar, é importante adotar

no encontro, para que tudo decorra conforme o planeado.

uma tecnologia de alto desempenho, que • Posicione as pessoas que terão uma

garanta a qualidade de transmissão de

participação mais ativa no centro da

imagens e voz.

mesa e próximos da câmara. • O planeamento acontece antes da reunião e define o que será discutido nela. Para ser rápido e focado, pode ser importante reduzir o número de objetivos da reunião.

• Evite que ocorram conversas paralelas, que podem fazer perder o foco. • Apenas uma pessoa deve falar de cada

• Verifique os equipamentos a serem

vez. Quem quiser a palavra deve pedir

utilizados e confira o funcionamento

e esperar o término para iniciar a sua

de câmaras e microfones.

exposição.

• É aconselhável também pensar num plano

• O condutor da reunião deve anotar as

B, caso aconteça algum problema que

tarefas que deverão ser executadas pós-

atrapalhe o processo.

reunião e deve repeti-las, com o intuito de garantir o entendimento e a atribuição da

• Defina os pontos prévios a serem tratados

responsabilidade de execução.

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ontarget JOSÉ VIEIRA DE SOUSA, responsável da Direção de Projeto e Construção da EDP DIstribuição

• RISCO CONTROLADO E QUALIDADE EXCELENTE • EFICIÊNCIA SUPERIOR • INOVAÇÃO E EVOLUÇÃO SUSTENTADA

A

DPC (Direção de Projeto e Construção) tem a responsabilidade de assegurar o estabelecimento da rede elétrica estruturante, de modo a garantir o adequado funcionamento do sistema de distribuição de energia gerido pela EDP Distribuição. Estabelecer novas subestações (SE) de distribuição de energia (Alta Tensão/ Média Tensão), inserindo-as na rede envolvente da zona geográfica em que se localizam, estabelecer as linhas elétricas de AT (Linhas de 60 kV) e de MT (Linhas de 10kV, 15 kV ou 30 KV), assegurar as interligações de alta tensão a pontos injetores da rede de transporte e, ainda, as ligações AT a centros de produção de energia em regime especial (PRE’s), com as fontes primárias de natureza renovável, dos tipos hídrico, eólico e solar, são algumas das atribuições da DPC. A carteira anual tem, ainda que em diferentes fases de desenvolvimento, cerca de 300 obras, a que está afeto um volume de investimento próximo dos 65 M€, a custos totais. A DPC entregou, em cinco anos e meio de atividade, um conjunto de projetos valorizados em cerca de 460 M€, para o serviço da rede elétrica de distribuição, os

quais passaram a integrar o rol de ativos técnicos da EDP Distribuição. De forma alinhada com o Plano de Negócios da EDP Distribuição e assente nos pilares que o fundamentam, a DPC compromete-se a:

RISCO CONTROLADO E QUALIDADE EXCELENTE 1. Contribuir para a melhoria dos indicadores de qualidade de serviço técnico através da rigorosa gestão do investimento direcionado para a concretização de projetos estruturantes; 2. Manter a exigência técnica nos projetos executados; 3. Aprofundar o relacionamento com os stakeholders; 4. Focalizar a Prevenção e Segurança, com o objetivo “Zero Acidentes”; 5. Interiorizar as boas práticas ambientais; 6. Acolher e formar novos colaboradores, salvaguardando a passagem do conhecimento e a sua retenção no seio da Organização.

EFICIÊNCIA SUPERIOR 1. Maximizar os proveitos operacionais da Organização;

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2. Contribuir para a otimização da estratégia de aprovisionamentos da Organização; 3. Garantir o cumprimento dos prazos e o controlo das rubricas orçamentais e do montante de Capex; 4. Aumentar a eficiência operacional interpares; 5. Consolidar boas práticas de gestão de activos.

INOVAÇÃO E EVOLUÇÃO SUSTENTADA 1. Envolver-se no desenvolvimento do centro de competências da EDP Distribuição, com contributos ao nível da Escola da Distribuição da Universidade EDP; 2. Introduzir novas soluções técnicas ao nível da conceção de projetos; 3. Desenvolver a adoção de soluções de projeto incorporando práticas de enquadramentos paisagísticos de subestações e de linhas elétricas aéreas; 4. Participar no processo evolutivo, para o patamar das redes inteligentes do futuro, ao nível da infraestrutura técnica estruturante do negócio da EDP Distribuição.


José Vieira de Sousa é o responsável pela DPC da EDP Distribuição. Licenciado em Engenharia Eletrotécnica pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, no ramo Produção, Transporte e Distribuição, comanda uma equipa com cerca 140 pessoas.

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onchange Ter coragem para mudar

ANTÓNIO ALVES FONSECA 52 anos –> EDP Distribuição, na Direção de Tecnologia e Inovação

O regresso à distribuição ENTROU NO GRUPO AINDA A EDP ERA UMA EMPRESA PÚBLICA. ENTRETANTO, JÁ LÁ VÃO 28 ANOS “RICOS DE MUDANÇAS E PLENOS EM REALIZAÇÕES”.

ntes de iniciar a sua carreira na EDP, António Fonseca, foi assistente convidado no Instituto Superior Técnico, onde deu aulas durante três semestres e desenvolveu o seu primeiro trabalho de investigação. Entrou para o Grupo em 1985, onde começou no Laboratório Central em Moscavide/Sacavém, numa área de apoio informático e estatístico da exploração da rede primária, atualmente na REN. “Uma das recordações que guardo, dessa altura, foi o desenvolvimento do Sistema DIC, para o cadastro dos esquemáticos das subestações”, relembra. Há 28 anos na empresa, este engenheiro eletrotécnico já passou por diversas direções e empresas. Experiências e desafios não faltam no seu vasto currículo. Na Direção Central de Planeamento, foi o co-fundador do Departamento de Planeamento Global da Rede de Distribuição. “O primeiro trabalho que realizei foi o balanço

A

final do programa de eletrificação rural do país, que me marcou por ser uma realidade que eu desconhecia e me aproximou das redes de distribuição”. Mais tarde, coordenou a área SIG (Sistemas de Informações Geográficas) do Projeto SIRED, que culminou na seleção do Sistema de Informação Geográfica para a EDP, através de um concurso internacional. É dessa altura, o desenho do modelo de dados da rede de distribuição, que uniformizou e catalisou o conhecimento das então quatro empresas de distribuição. Participou na criação da EDP Distribuição, empresa à qual regressou recentemente, tendo sido subdirector na macroestrutura da empresa, responsável pelo Gabinete de Sistemas Técnicos (GBST). Em simultâneo, esteve na direção do Projecto GeoEDP. “Foi um período muito rico, muito intenso,

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“Na EDP há sempre novas oportunidades e desafios, o que torna difícil dizer o que nos reserva o futuro, a não ser a certeza de que há muito para fazer”.

muito trabalhoso, mas, igualmente, muito gratificante”. Refere o GeoEDP como “sonhar para lá dos limites e realizar para lá do impensável”. Com a centralização dos sistemas do Grupo EDP, voltou de novo à Holding, na equipa da Direção de Sistemas de Informação (DSI) como gestor de relação para a EDP Distribuição, a Labelec e as áreas de Recursos Humanos. Foi, depois, convidado para trabalhar na EDP Serviços, integrando a equipa da Geração Distribuída, focado nas questões de engenharia e, em especial, na ligação das unidades de geração fotovoltaica à rede elétrica, incluindo a articulação processual com a EDP Distribuição. “Mais que um desafio, foi um mestrado acelerado em sistemas fotovoltaicos, que culminou no desenvolvimento de um inversor com potência controlada pela tensão”, confessa.

Em janeiro, surgiu a oportunidade de regressar à EDP Distribuição, onde está na Direção de Tecnologia e Inovação. “Em temos pessoais, esta mudança corresponde a um ‘regresso a casa’, pois toda a minha actividade profissional esteve sempre, de alguma forma, ligada à EDP Distribuição. A minha motivação assenta na convicção de que os próximos desafios vão estar na distribuição, nomeadamente em tudo o que tenha que ver com a automação de redes de baixa tensão, a eficiência energética e a integração de unidades locais de geração e de acumulação de energia. Será uma revolução na qual gostaria muito de poder participar, para a qual já contribuí anteriormente com alguns alicerces, e nada melhor do que estar no ‘centro das operações’”, acrescenta. O desafio agora é lançar o novo Departamento de Estudos de Eficiência Energética.

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ontrack Os acontecimentos do mundo EDP

NOVA IMAGEM EDP

para eventos de desporto e música A EDP é a energia oficial de todos os portugueses em 2013, uma aposta do Grupo num novo conceito que alia as grandes emoções ao lado sustentável, inovador e humano da marca. A aproximação aos clientes e a possibilidade de lhes proporcionar experiências únicas e contagiantes são o mote escolhido. A alegria e uma boa energia são o eixo central da nova imagem da EDP para a área de patrocínios e ativação da marca nos festivais, espetáculos de música e eventos desportivos, um conceito que se materializa em explosões de cor e imagens emocionantes. “EDP, a energia oficial da música e do desporto” é a assinatura escolhida para dar corpo à nova imagem que promete energizar o público português. O conceito agora apresentado reflete também a boa energia transmitida nos eventos em que a EDP tem marcado presença. Em 2012, as diversas ativações da marca contagiaram mais de dois milhões de pessoas. 22 onportugal


Comunicação telefónica: mais fácil e acessível

¿Hola? ¿Puedo hablar con Carmen? Falar com os colegas de Espanha é, agora, gratuito e mais fácil. Basta ligar o número da extensão que está na intranet, através do telefone fixo, tendo em atenção que na Naturgas, o primeiro dígito é sempre o 7; na HC terá de substituir o primeiro dígito (5) por 6, para ligações de Portugal. Para ligar para as extensões

começadas por 2,3,4 e 5 já pode fazê-lo do telemóvel EDP (Rede Optimus) gratuitamente, marcando apenas o número da extensão sem qualquer prefixo. Quanto às extensões iniciadas por 1, existe, por enquanto, incompatibilidade para a sua implementação, por colidir com o plano de numeração nacional. A forma de ultrapassar o problema continua em estudo.

EDP dá nome ao festival mais cool do ano! EDP continuará a dar, este ano, o nome ao edpcooljazz, depois da sua estreia como naming sponsor deste festival, em 2012. No ano em que o mais cool e intimista dos eventos musicais portugueses celebra a sua 10ª edição, o cartaz não poderia deixar de corresponder às expetativas. John Legend, Diana Krall, Jamie Cullum e Rufus Wainwright são alguns dos nomes internacionais confirmados num evento que, em julho, irá trazer de novo a energia que já contagiou milhares de espetadores ao longo da última década. Ana Moura e Luísa Sobral, duas das artistas portuguesas do momento, são para já os nomes nacionais com presença garantida.

A presença da marca tem como objetivos continuar a criar experiências de uma forma relevante e coerente, com base nos valores da marca: inovação, sustentabilidade e humanização. Assim como posicionar a EDP como uma marca cada vez mais consciente e ativa na divulgação e promoção da mudança de comportamentos e preservação ambiental.

A

NOVA IDENTIDADE No ano em que comemora a sua 10ª edição, a marca do edpcooljazz ganha um novo ritmo para mostrar toda a nova identidade do festival e toda a “cool energy” da marca EDP. Inspirada nas linhas curvas dos vinis e dos focos dos palcos e com cores que reforçam o universo jazzy, que serviu de mote ao evento desde a sua génese, esta nova identidade representa a exclusividade do festival e assume uma maior flexibilidade nas suas aplicações.

AMBIENTE INTIMISTA Os jardins do Marquês de Pombal, num dos mais belos e idílicos cenários de Oeiras, são novamente o palco deste evento que assume já um protagonismo especial na agenda cultural deste Verão. Ao longo destes nove anos, o edpcooljazz já recebeu mais de 220.000 pessoas que, num ambiente intimista, perto dos palcos, e sem o aglomerado das grandes multidões, pôde assistir a espetáculos individuais numa junção única entre música cool, história, natureza e verão. Como já é habitual a EDP terá bilhetes para oferecer no site: www.vivaanossaenergia.com.

VAI VIAJAR EM SERVIÇO? SAIBA O QUE FAZER! Agora já pode marcar as suas viagens nacionais e internacionais, reservar voos, hotéis e viaturas, a partir do seu computador. A EDP Valor selecionou dois prestadores globais de serviço de viagens – a American Express/Travelstore (AMEX) e a Carlson Wagonlit (CWT) – e foram implementados dois portais (um por cada agência de viagens), para marcação online de viagens. Os portais encontram-se na intranet. Se viajar, vá até www.souedp.edp.pt e clique no ícone do avião!

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on track

JORNADA DIREÇÃO DE RISCOS SEGURÁVEIS A Direção de Riscos Seguráveis (DRS) voltou a reunir os seus colaboradores, e convidados, para mais uma jornada que decorreu nas instalações da EDP, nas Caldas da Rainha. O encontro teve como mote a presença da EDP nas várias geografias, diferentes negócios e como estes impactam na atividade dos seguros. São novas realidades para as quais a DRS tem de apresentar soluções rápidas e eficazes. Apresentaram-se os últimos trabalhos que se tem vindo a realizar, dos quais se destacam a contratação de seguros para as novas plantas fotovoltaicas, estreitamento da colaboração com a EDP Brasil e melhorias introduzidas na metodologia de gestão de sinistros. Durante a tarde os participantes, ainda, visitaram o Parque Eólico da Serra d’El Rei.

LEAN CONTINUA NO CENTRO PRODUÇÃO LARES

Simulacro na Central de Cogeração do Carriço A Central de Cogeração do Carriço foi palco de um simulacro de incêndio, que teve a participação dos Bombeiros Voluntários de Pombal. O cenário consistiu na simulação de um fogo num dos edifícios de apoio da Central de Cogeração (edifício de bombas de água quente), localizado junto do Posto de Redução e Medida de gás natural. O principal objetivo, deste exercício, foi testar a operacionalidade do Plano de Emergência Interno da central, através da atuação da equipa de primeira intervenção da O&M Serviços, responsável pela operação e manutenção da instalação.

Enquadrada na fase de sustentação do Programa Lean do Centro de Produção de Lares realizou-se uma reunião de seguimento, que contou com a presença do Conselho de

Administração da EDP Produção. Neste encontro foi apresentado um ponto de situação e divulgadas sete iniciativas para este centro de produção.

SETE INICIATIVAS LEAN • Melhorias no processo de produção de água desmineralizada, por António Moura e Margarida Correa; • Controlo de acessos e permanências no PTLR, por Ana Teixeira; • Análise de riscos em função dos perigos identificados, por João Andrade; • Redução de custos de indisponibilidade e manutenção dos isoladores - 400 kV, por Paulo Luís; • Disponibilidade do sistema de medição de velocidade da Turbina a Vapor, por Gonçalo Santos; • Automatização do equipamento de regeneração de resinas dos PACs, por Edgar Costa; • Instalação de bomba na bacia de captação do canal, por Sérgio Carriço.

VENDA NOVA III RECEBE VISITAS UNIVERSITÁRIAS Uma comitiva de 37 alunos, do 5º ano do mestrado em engenharia civil, da Universidade do Minho, e um grupo de cinco alunos do mestrado em engenharia civil, da Universidade Fernando Pessoa, tiveram a oportunidade de conhecer de

perto o estado atual de desenvolvimento dos trabalhos do Reforço de Potência da barragem de Venda Nova (Venda Nova III). Da teoria à prática, os grupos puderam verificar o ponto de situação dos

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trabalhos de escavação subterrânea, nomeadamente o estado bastante avançado das escavações da Câmara dos Grupos. Realizou-se uma visita pelos mais de quatro quilómetros de túneis do Circuito Hidráulico de Venda Nova III.


on track

Reunião Anual da Direção de Tesouraria e Contas de Terceiros O impacto da centralização de atividades da HC Energía, Naturgas e EDP Renováveis na Direção de Tesouraria e Contas de Terceiros (DTT) da EDP Valor foi um dos temas abordados na reunião

anual da referida Direção. A aposta nos novos processos de faturação médica e da faturação eletrónica, e o reforço do processo da autofaturação eletrónica foram

outros assuntos em destaque. Nesta reunião anual destacou-se ainda a importância das ações de sensibilização que se têm vindo a realizar junto dos clientes internos.

NOVAS LOJAS EDP

UM REFORÇO NA ORIENTAÇÃO PARA O CLIENTE O espaço das novas lojas EDP foi desenhado à luz de um novo conceito que integra a necessidade de conforto e comodidade do cliente, reforçando também os valores da EDP na inovação, sustentabilidade e proximidade. A primeira loja a implementar o conceito, desenvolvido pela dupla de designers Kram/Weisshaar foi a do Porto, integrada no novo edifício sede da EDP naquela cidade. Seguiu-se a loja de Almada, com igual sucesso, tendo em conta os necessários ajustamentos de escala, ficando assim reunidas as condições para se dar início ao roll out da mudança de imagem nas restantes lojas. Foi identificado um conjunto inicial de mais 18 lojas a remodelar, tendo-se seguido a correspondente fase de projeto e preparação dos respectivos concursos de fornecimento, tendo as obras sido iniciadas em setembro de 2012. Houve, na maioria das lojas, necessidade de garantir o atendimento dos clientes em espaços provisório, durante o tempo de

execução das obras. Ao longo do primeiro trimestre de 2013 ficarão concluídas as obras nas lojas selecionadas: Lisboa, Amadora, Cascais, Beja, Évora, Portimão, Viana do Castelo, Guimarães, Vila Nova de Gaia, Matosinhos, Sta Maria da Feira, Leiria, Caldas da Rainha, Santarém, Castelo Branco, Guarda, Bragança e Vila Real. Estas lojas passam a ser compostas pelas seguintes zonas: entrada com balcão de triagem, zona de espera, atendimento express e atendimento sentado, contando também com um jardim vertical. A vertente tecnológica estará bastante vincada com os videowalls instalados em cada uma das novas lojas EDP. Estas novas lojas evidenciam uma orientação clara da EDP para o cliente e constituem um reforço da proximidade e um factor importante de diferenciação face à concorrência o que, nesta fase de liberalização acelerada do mercado, será um importante contributo para que a EDP seja, cada vez mais, a empresa preferida dos portugueses. onportugal 25

KWIKI NOVA VERSÃO A EDP Soluções Comerciais lançou uma nova versão da kwiki, mais ágil, mais intuitiva, mais apelativa e que responde melhor às necessidades e aos novos desafios do mercado de eletricidade e gás. Mas não só! A nova kwiki lançou um desafio a todos que a utilizam: responder corretamente a questões sobre os conteúdos publicados na kwiki, habilitando-se assim a ganhar um dos cinco tablets em sorteio. A funcionar desde 2011, esta plataforma de gestão de conhecimento nasceu da necessidade de dar uma resposta uniforme e coerente a todos os clientes, facilitando as atividades de front e back-office na maximização da eficiência e na prestação de um serviço de excelência. O feedback dos utilizadores desta plataforma, foi crucial para lançar a nova versão no dia 28 de janeiro. Para dar a conhecer as novidades aos utilizadores, a equipa de projeto está a realizar um roadshow por todo o país, abrangendo as lojas, contact center e back-office.


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