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portugal Energia sem limites • setembro | outubro 2013

Projeto TOP Arrancou o projeto que vai preparar a EDP Produção para o futuro

Online 24 horas com Fernando Sanches, Sub-Diretor da Direção Técnica da EDP Gás Distribuição

On Change João Rosa Santos, Responsável pela Direção de Operações dos Serviços Energéticos da EDP Comercial



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setembro | outubro

Energia sem limites • setembro | outubro 2013

O Projeto Top da EDP Produção pretende dizer adeus a uma empresa envelhecida e cristalizada e adaptar a empresa aos Projeto TOP Arrancou o projeto que vai preparar a EDP Produção para o futuro

novos desafios. Mais mobilidade, redução de chefias e das médias de idade, são alguns dos objetivos deste programa, que contou com a participação ativa dos colaboradores.

Online 24 horas com Fernando Sanches, Sub-Diretor da Direção Técnica da EDP Gás Distribuição

On Change João Rosa Santos, Responsável pela Direção de Operações dos Serviços Energéticos da EDP Comercial

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oncover Projeto TOP da EDP Produção

As melhores sugestões sobre Milão, Gianandrea Redaelli.

16|17 onpeople Conheça Alexandre Pires, gestor técnico-comercial, da Direção Comercial de Redes da EDP Gás Distribuição, e Leonilde Simões, diretora-adjunta de Recursos Humanos da EDP Valor.

18 ontop Comer e beber: como tornar-se produtivo.

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Com o Projeto Top, há uma empresa mais apostada em expandir-se no mercado internacional e há, em termos de recursos humanos, várias necessidades como a realocação de colaboradores e criação de soluções de mobilidade funcional ou geográfica. Além da necessidade de rejuvenescimento e, consequentemente, de retenção e transmissão do conhecimento.

online Fernando Sanches em 24 horas

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Fernando Sanches é engenheiro mecânico e entrou há 18 anos para a Portgás (agora EDP Gás Distribuição). No seu dia-a-dia há um desafio constante: estar atento às necessidades e expetativas dos colaboradores para manter a equipa coesa, empenhada e com um desempenho de excelência.

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A mudança de João Rosa Santos

As notícias do mundo EDP em destaque.

Em menos de sete anos passou, na EDP, por três experiências distintas. O atual responsável pela Direção de Operações dos Serviços Energéticos da EDP Comercial não tem medo de se pôr à prova, pois sabe que a mobilidade é uma forma de crescimento dentro da companhia.

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ontrack Novo conceito das lojas Depois da inauguração da loja piloto de Almada, no ano passado e da renovação de novas 20 lojas, a EDP vai brevemente arrancar a segunda fase de roll-out, que incluirá as 15 lojas em falta. Mais tecnológicas, interativas e próximas do cliente, estas lojas permitem novas experiências para o cliente.

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MILÃO

Conhecer melhor os lugares onde o Grupo EDP está presente

Bem-vindos a Milão! A cidade da moda, gastronomia, discotecas e o famoso “aperitivo”! Aliás, é também sede italiana da EDPR.

DADOS GEOGRÁFICOS:

POR ONDE GOSTARIA DE COMEÇAR?

País: Itália Cidade: Milão População: 4.300.000 habitantes

MODA Se é um grande gastador, só há apenas uma resposta: Il Quadrilatero. No cerca de quilómetro quadrado de área em torno da via Montenapoleone podem encontrar-se todas as lojas chiques, e que estão prontas para recebê-lo de braços abertos. Se, por acaso, ficar ainda com algum dinheiro imediatamente após uma sessão Il Quadrilatero

de compras, dirija-se à Porta Vercellina. Lá encontrará imensas pequenas lojas agradáveis, sem grandes marcas, mas que permitirão que encontre algo especial, e barato. E se está com falta de tempo, vá à La Rinascente, uma das lojas de moda mais antigas da Europa, bem perto do Duomo. Porta Vercellina

GASTRONOMIA Depende da hora do dia e da sua localização. Um pequeno-almoço local? Passe por Sant’Ambroeus, uma das pasticceria mais antigas da cidade, para um “cappuccio e cornetto”. Um pequeno-almoço global? Tente a Pastelaria California, na via Larga. Para um brunch, ou um lanche, recomendo o Terrasse no Rinascente. Prove uma refrescante salada caprese na cobertura, apreciando a vista deslumbrante da cidade ao seu redor.

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DADOS DA EDPR EM MILÃO: N.º de colaboradores: 21 Parques eólicos: 2 MW instalados: 40MW

La Rinascente


Gianandrea Redaelli, Head of Consolidation, Administration & Tax EDPR Italy.

NA PARTE DA TARDE Experimente um passeio calmo num dos jardins da cidade - Parco Sempione é o mais central, com o sólido castelo medieval de um lado e o Arco della Pace no outro. Quando o sol se põe, a área em torno do Arco começa a borbulhar, cheio de lugares dedicados à mais famosa (e mais recente) das tradições de Milão: o aperitivo. Não é um jantar, mas você come muito. Não se trata de beber, mas se não prestar atenção, poderá sair bastante “tocado”. Trata-se de aproveitar o máximo possível de entradas enquanto aprecia um Negroni (gin, campari ou vermute), ou a versão “incorreta” chamada Sbagliato (é o mesmo, mas com vinho espumante em vez

de gin). Esta versão foi inventada no Bar Basso na década de 60. Por isso, poderá querer ir lá prová-lo na atmosfera certa - os móveis não mudaram! (O Bar Basso também é conhecido pelo seu Bloody Mary). Outro bar meu favorito é o Bar Milano - uma das melhores seleções de comida na cidade, que vão desde ostras a caril de camarões. E, se ainda não estiver cheio, pode sempre optar por jantar... Tente o “El Garghett” (o Sapo), no sul de Milão, e comer Orecchia d’elefante (orelha de elefante, folha de vitela, golpeado em pó de pão seco e frito em manteiga), ou o Riccione, se preferir frutos do mar.

GIANANDREA REDAELLI

QUER UM POUCO DE CULTURA? Se conseguir acordar na manhã seguinte bem cedo, pode dar um passeio pelo centro da cidade: vai encontrar o Duomo, a Galleria, o Teatro La Scala, com o seu museu de ópera, o Palazzo Reale, o pequeno e super aconchegante Acquario, o Arengario com o seu Museu do Século XX, e o recém-remodelado Museo della Scienza e della Tecnica (com o primeiro submarino da Itália).

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oncover Projeto top

PROJETO TOP:

Preparar a EDP Produção para o futuro

A EDP PRODUÇÃO É O RESULTADO DE SUCESSIVOS PROCESSOS DE TRANSFORMAÇÃO. O PROJETO TOP, QUE ESTÁ AGORA EM MARCHA, É MAIS UM PASSO NA HISTÓRIA DE ADAPTAÇÃO AOS NOVOS DESAFIOS QUE SE APRESENTAM. DESDE A SUA CRIAÇÃO, EM JULHO DE 2001, ESTA É A “REVISÃO 5.0” DA EMPRESA. 6 onportugal


rimeiro, pediu para que se organizasse tudo por cores. A percentagem de colaboradores com mais de 45 anos e os que não saem do cargo há mais de dez e cinco anos, pintada a vermelho. Havia uma perceção, mas era preciso ter certezas. E o gráfico não mentiu: a estrutura da EDP Produção (EDP P) tinha envelhecido e cristalizado. Havia um problema para resolver, que ainda não era urgente, mas que Pita de Abreu, presidente do Conselho de Administração da EDP P, não queria deixar como uma herança pesada. O importante era não ir a reboque dos acontecimentos.

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A verdade é que a empresa corria o risco de, daqui a três anos, ter um bloqueio sistémico: muita gente está perto da idade de reforma e há que pensar na transmissão de conhecimento para os mais novos. Não fazê-lo seria pôr em causa, no limite, a própria sobrevivência da empresa. É que pode afirmar-se com toda a segurança que os quadros da EDP P percebem como ninguém de barragens e ciclos combinados, como se constrói uma central, como se incorporam as novas exigências ambientais, como se inova na relação com as comunidades locais… Mas, antes de mais, era preciso saber que autorretrato a companhia

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PROJETOS ESTRATÉGICOS: ORGANIZAÇÃO +

Média de Idades – D&C 58 56

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Estrutura proposta: Resultados principais • Redução de 25% no número de chefias (40) e eliminado um nível na cadeia hierárquica. • Das novas chefias, nesta primeira fase, 5 são jovens de elevado desempenho. • 39% das chefias são objeto de mobilidade. • Idade média das chefias reduz em 3 anos. • Número de chefias com idade igual ou inferior a 45 anos sobe para 31.

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ATUAL

FUTURO

fazia de si própria. A EDP P é vista no Grupo como uma empresa sóbria e circunspecta, pouco dada a grandes mudanças e alterações de rumo e o que se fez com o Projeto TOP (Transformação Organizacional da EDP Produção) foi algo revolucionário. Consensos que, à partida poderiam ser vistos como impossíveis de alcançar, acabaram por acontecer. “Sejamos claros, não era, como não foi, um processo democrático. As decisões tomadas numa empresa não podem estar, por natureza, sujeitas às regras da maioria”, salienta Pita de Abreu. No entanto, antes do CA tomar as decisões sobre a transformação, e muito antes de as ter submetido ao CAE do Grupo, desenvolveram-se workshops e realizaram-se pesquisas de natureza diversa para fazer emergir as expetativas que residiam na população da empresa. INQUÉRITO INICIAL Foi feito um inquérito inicial a todos os colaboradores, cerca de 1.300 no total, foram criados focus group para consolidar valores e obter “pistas” sobre a perceção que havia relativamente às transformações desejadas. Cada um dos colaboradores teve a possibilidade de revelar a forma como se posiciona, pessoalmente, face ao tema da mobilidade geográfica – algo que produziu um enorme índice de adesão e relativa surpresa nos resultados obtidos. Foi realizada outra iniciativa inédita: uma avaliação 360º (ou 270º) das caraterísticas comportamentais dos chefes e quadros

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GLOBAL

• As 1ªs linhas das áreas de suporte são quase integralmente ocupadas por chefias femininas.

DESENVOLVERAM-SE WORKSHOPS E REALIZARAM-SE PESQUISAS DE NATUREZA DIVERSA PARA FAZER EMERGIR AS EXPETATIVAS QUE RESIDIAM NA POPULAÇÃO DA EMPRESA. superiores – cada um ficou a saber como é visto pelos seus pares, subordinados e chefes, face ao perfil de referência retirado dos 10 valores escolhidos para o comportamento desejado no “colaborador EDP Produção”. Realizaram-se mais de vinte encontros, em todas as instalações (sedes, centros de produção, etc.), com a presença de um administrador e a intervenção (nalguns casos “provocatória”) de um orador externo. De toda a participação ficou patente uma grande convergência de pontos de vista, quer sobre a necessidade de realizar o projeto, quer sobre as vertentes a trabalhar – organização, processos, 8 onportugal

conhecimento e comportamentos individuais – quer sobre o objetivo a atingir. DESÍGNIO COLETIVO A perceção inicial do CA sobre a necessidade de mudança era plenamente sentida pela grande maioria. Foram sugeridos novos caminhos para direcionar a empresa para o futuro. Nem todos naturalmente validados. Mas o movimento de mudança estava iniciado. E o objetivo alcançado: deixou de ser um assunto para administradores e passou a ser um desígnio coletivamente assumido. A EDP P representa cerca de 30% dos resultados operacionais do Grupo EDP, é responsável por 30% da eletricidade produzida e apresenta, ano após ano, bom desempenho técnico-económico. Há, no entanto, um novo contexto a ter em conta no futuro: o consumo na Península Ibérica tem diminuído, as grandes obras de construção que a empresa tem em curso terminam maioritariamente até 2015 e a utilização das centrais térmicas será expetavelmente muito reduzida. Há uma empresa mais apostada em expandir-se no mercado internacional e há, em termos de recursos humanos, várias necessidades urgentes como a realocação de colaboradores e de criar soluções de mobilidade funcional ou geográfica. Isto além da questão da necessidade de rejuvenescimento e, consequentemente, de retenção e transmissão do conhecimento, já referidas.


EDP PRODUÇÃO VISTA POR SI PRÓPRIA Na primeira atividade dos workshops, “Se a EDPP fosse uma pessoa…”, solicitou-se a cada um dos Grupos que refletisse livremente sobre os atributos da EDPP (sexo, idade, profissão, família, personalidade, aspeto físico, ocupação dos tempos livres, etc.) em 2012 e, posteriormente, em 2017.

ILUSTRATIVOS DE RESULTADOS: + De 2012 para 2017 a EDP Produção… • Será mais “elegante” e “atraente”; • Terá uma mentalidade mais “aberta”; • Viajará mais; • Irá desenvolver competências de gestão (em complemento de competências de natureza técnica) – “Engenheiro com MBA”; • Passará a ter uma vida mais ativa (mais exercício e menos “sofá” e leitura); • Será proativamente disponível para atividades de caráter solidário/ comunitário.

DESAFIOS DISRUPTIVOS Não se pode pedir inovação a quem está nas centrais. Não há grande espaço para criatividade no core business, porque tudo ali é disciplina, rigor, capacidade de execução. Mais difícil se torna quando se introduzem desafios disruptivos, até porque este é um processo não se esgota num organigrama. “De facto, tal como ninguém pede a um piloto para improvisar e experimentar coisas novas em pleno voo (sobretudo se você está dentro do avião), também aqui não se espera que quem opera uma central ou projeta uma barragem seja disruptivo e experimentalista”, salienta Pita de Abreu. Há, todavia, que criar incentivos e condições práticas que evitem que se fique imobilizado pelas normas formais. E aqui entra a parte dos comportamentos, “porque a forma como a empresa se relaciona com o exterior, a maneira como lidamos uns com os outros dentro de casa, a perceção de que o mundo mudou radicalmente e

que os níveis de exigência deixaram de ser exclusivamente ‘técnicos’”.

Uma das coisas que pode diferenciar

MOBILIDADE Como se prepara uma organização para uma realidade que está já em mudança e que irá ser radicalmente diferente daqui a cinco anos? Por exemplo, cerca de três centenas de pessoas estão ligadas a um ciclo de obras que vão acabar entretanto, e não se prevê que haja algo semelhante nos anos seguintes. De uma situação de construir onze barragens para apenas uma. Há um chip que tem de mudar: o da mobilidade. Foi criada uma nova área: Desenvolvimento de Projetos Internacionais. A EDP não tem uma estratégia autónoma de internacionalização, mas tem a capacidade de enviar colaboradores ao terreno, em função das oportunidades que vão sendo abertas pela EDP Internacional, e averiguar se faz sentido construir uma barragem ou central termoelétrica.

a EDP dos seus concorrentes é a proposta de valor que esta tem para além da capacidade técnica, de forma devolver alguma algo às comunidades onde se constrói. Com a estratégia de lançamento dos empreendimentos em Trás-os-Montes, a empresa aprendeu que não é tudo uma questão de dinheiro - é a forma como impacta as pessoas. Existe uma resposta social e concreta às populações. Para os projetos de internacionalização do Grupo EDP, como construção de ativos de produção, levar estas valências pode ser crítico. “Mas todas estas situações não se alteram por decreto, não acontecem num passe de mágica e muito menos podemos contar que sejam visíveis alterações substanciais no curto prazo”, sublinha Pita de Abreu. “Em processos de mudança as evidências demoram a aparecer. O segredo está na clareza, na persistência e nas convicções”.

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PROPOSTA DE VALOR


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PROJETO TOP NA PRIMEIRA PESSOA Transmissão de conhecimento António Pereira Vieira, “mestre” “Na minha opinião a transferência de conhecimento é fundamental para que se consiga manter ou melhorar o know-how e a qualidade de trabalho, que tem vindo a ser a grande valor desta companhia. Tem havido um empenho redobrado da minha parte na passagem do conhecimento devido ao grande fosso entre a minha geração e as mais jovens”. Márcio Brandão, “aprendiz” “Vejo a transmissão do conhecimento como uma prática fundamental para o meu crescimento e evolução na empresa. Quando cheguei, senti desde logo o empenho das pessoas no relacionamento interpessoal e profissional. Tenho consciência que o conhecimento é um ativo fundamental na minha vida, sendo também uma importante ferramenta de motivação e continuidade para empresa, cabendo-me a mim também transmiti-lo”.

Mobilidade Carlos Cavaleiro, Direção de Projetos Internacionais “Tendo por base a minha experiência de Mobilidade vivenciada no Brasil, mais concretamente em São Paulo e Fortaleza, considero que a mesma teve um efeito de extrema importância ao nível do meu crescimento humano. Ensinou-me a ser mais tolerante, concedeu-me uma melhor consciência sobre os aspetos relacionados com as diferenças culturais e, muito importante, proporcionou-me um melhor conhecimento sobre o meu país de origem, apesar da distância. Algumas dicas importantes para quem está disponível para a mobilidade internacional: humildade; mente aberta e sem preconceitos; capacidade de se adaptar às diferenças culturais, que são enormes”.

Mulheres jovens em cargos de direção Mafalda Vasconcelos, Direção de Orçamento e Controlo de Gestão “Não encaro este desafio profissional de uma forma distinta, apesar de ter uma idade inferior à dos meus pares e de ser mulher. Naturalmente que estes aspetos influenciam a forma de encarar a gestão e a liderança, mas não terão certamente um peso mais relevante que o das caraterísticas pessoais. Assim, olho para o desafio que agora abraço de uma forma muito pragmática, procurando sobretudo que o desempenho da minha equipa possa contribuir para que o Grupo faça a diferença”.

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“Queremos uma empresa mais ágil, diversificada e rejuvenescida” Entrevista António Pita de Abreu

De que forma a reestruturação que fez quando chegou à EDP no Brasil, inspirou o modelo deste projeto TOP da EDP Produção?

Tal como no Brasil com o Projeto Vencer, o TOP é um projeto de transformação organizacional e não uma reestruturação organizativa. Não se esgota na criação de um novo organigrama. Tem outros pilares importantes: redefinição de processos, valores e comportamentos. Não aplicámos uma fórmula standard desenhada por um consultor externo, tipo “big mac”, que seria igual aqui, no Brasil, em Espanha, etc., etc. Não foi: o TOP é um projeto da EDP Produção, feito pelas pessoas da EDP Produção e para a EDP Produção. Que medida(s) destacaria como a(s) mais importante(s) deste projeto?

Importantes são todas, mas diria que as mais difíceis são evidentemente as que mexem com comportamentos individuais e com os aspetos culturais da organização. No entanto, destacaria duas medidas ligadas à Gestão do Conhecimento. Por um lado, o mapeamento, já concluído, do conhecimento técnico que suporta a cadeia de valor da empresa, a identificação dos seus detentores e potenciais recetores. Por outro, o lançamento, no âmbito da Universidade EDP de ações piloto de formação para técnicos não licenciados. Ligadas à mudança cultural, que medidas estão previstas?

A realização, uma vez por mês, de reuniões abertas do Conselho de Administração (CA) em que participam os diretores de primeira linha. O envio, em cada trimestre, de uma carta do presidente a

todos os colaboradores. A comunicação semanal, a todas as chefias, das principais decisões tomadas na reunião do CA. E a avaliação comportamental, a 360º, já realizada às chefias e que se prevê realizar, anualmente, a todos os colaboradores. De que forma foi explicado o Projeto TOP aos colaboradores?

Foi mais do que isso - o TOP foi participado, construído e moldado em função daquilo que a empresa nos ia dizendo. Um projeto de transformação não pode ser feito de fora para dentro. Tem de ser pensado, sentido e vivido por todos os colaboradores da Empresa. O CA tinha a perceção clara de que havia necessidade de levar a cabo um processo que reajustasse a Empresa ao contexto que se previa viver nos próximos anos. Sabíamos que esse reajuste teria de ser profundo, porque mais do que alterar a organização, havia que desencadear um processo de transição geracional e consequentemente de transmissão de conhecimento e isso carecia de uma forte componente comportamental tanto no plano coletivo como individual. Que género de Empresa quer deixar à geração futura?

Uma empresa mais ágil, com os níveis de decisão mais próximos do “terreno”, mais diversificada e rejuvenescida, mais flexível e mais disponível para a mudança (em que a mobilidade internacional se afigura como crítica para a sustentabilidade do próprio negócio), ainda mais aberta à sociedade, tornando-se ela própria num dínamo de novos comportamentos coletivos e um modelo de sustentabilidade e responsabilidade social nas comunidades onde atua.

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NOVA ESTRUTURA Áreas de Negócio • Criação de uma unidade de “Desenvolvimento de Projetos Internacionais”. • Eliminação das Direções de Produção Térmica, Produção Hidráulica e Projetos e Investimentos. • Nas áreas de Gestão de Ativos, passam a reportar diretamente ao CA: - Os Centros Produtores: Douro, Cávado-Lima e TejoMondego; Sines; Ciclos Combinados (realizando a gestão conjunta das centrais de Ribatejo e Lares); - A área de Otimização e Manutenção, que resulta da junção das Manutenções Hídrica e Térmica, Skipper e Otimização da Exploração; - A área de Gestão e Segurança Hídrica, a criar e que inclui as atuais Gestão da Operação Hídrica e Segurança de Barragens. • A área de Estudos, Projetos e Investimentos desdobrarse-á em três áreas de reporte directo ao CA, a que se somam as Equipas de Projeto. • Estudos e Engenharia de Equipamentos (agrega Estudos Gerais, Engenharia de Equipamentos, Ambiente). • Engenharia de Barragens (agrega Fundações, Estruturas e Hidráulica). • Gestão de Obras (agrega Contratação, Equipamentos e Obras Hídricas e Térmicas). • Equipas de Projeto (cinco no momento atual).

Áreas de suporte (reduzem o número atual de sete para cinco, havendo alterações na sua composição) • Extinção da área de Comunicação, realocando os recursos atualmente afetos a esta; • Uma Direção de “Sustentabilidade” que assumirá a responsabilidade das áreas de Ambiente e Relações com a Comunidade, permitindo responder de forma mais eficaz e coordenada aos crescentes desafios nestes domínios; • Uma área de “Organização e Desenvolvimento” que agrupará a actual “Qualidade e Processos”, a estrutura de gestão do conhecimento que resultar do Projeto “TOP Conhecimento” e os vários apoios de Sistemas de Informação conjugando recursos e responsabilidades que neste momento estão dispersos pela organização; • Criação de um grupo de Gestão de Competências e do Conhecimento, constituído pelos atuais Diretores de 1ª linha e representantes convidados da HC Energía e Energias do Brasil, atuando junto ao CA com poderes delegados específicos; • Criação de um núcleo dedicado à “Gestão do Risco e Crise”. • Cisão da Direcção de Planeamento e Controlo em duas áreas – “Orçamento e Controlo de Gestão”, reforçando a função de Controller, concentrando os atuais Apoios de Gestão da DPH, DPT e UNCB e, “Regulação e Mercados”; • Extinção da atual Secretaria Geral e criação de uma unidade de “Apoio ao CA”.

“O Projecto TOP pretende preparar a EDP Produção para o futuro: estruturando a gestão do conhecimento por forma a permitir que a passagem à reforma de um grande número de colegas não afete as operações; criando um pólo de competências que permita a EDP P apoiar a internacionalização do Grupo; achatando a estrutura da organização, melhorando a comunicação e garantindo um maior envolvimento das pessoas.”

António Castro Organização e Desenvolvimento Gestão de Risco e Crise Controlo de Gestão

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"Com a participação de todos os colaboradores, o TOP está a preparar a empresa para os desafios futuros, contribuindo para a sustentabilidade e o sucesso da empresa e do Grupo."

Joaquim Silva Filipe Gestão de Ativos

“Como as pessoas, também as empresas revelam o seu carácter nos momentos em que enfrentam os desafios com coragem e determinação."

Sérgio Figueiredo Sustentabilidade, Comunicação e Recursos Humanos

“O TOP da Produção não é só um projeto a pensar no dia de hoje, mas também e, principalmente, no amanhã da Produção no Grupo EDP, como centro de competência na geração de energia. Reajuste organizacional, renovação geracional, rejuvenescimento e sucessão, retenção/transmissão do conhecimento, mobilidade, apoio ao crescimento da presença internacional da EDP, são marcas distintivas deste projeto.

António Ferreira da Costa Internacionalização Expansão do Portfólio onportugal 13


online 2 4 hor as na vida d e...

24 horas

Fernando Sanches Sub-Diretor da Direção Técnica da EDP Gás Distribuição

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Fernando Sanches é engenheiro mecânico e entrou há 18 anos para a Portgás (agora EDP Gás Distribuição). Começou por trabalhar na fiscalização de instalações e de redes de gás, foi depois Responsável de Projeto e, desde 1997, chefia a área de Exploração e Manutenção. Reconhece que os desafios ao longo do tempo evoluem de acordo com as envolventes do mercado e da sociedade, mas considera que há necessidades que são permanentes, como a de assegurar serviços de qualidade superior. Na atual função há outro desafio constante: estar atento às necessidades e expetativas dos colaboradores para manter a equipa coesa, empenhada e com um desempenho de excelência. Tem 47 anos, é casado e tem dois filhos: a Sofia, de 4 anos e o Miguel, de 11. Para além da família, a sua prioridade em termos pessoais é participar na comunidade onde reside, pois acredita que o estado das coisas apenas muda se nos envolvermos ativamente, sendo cidadãos socialmente responsáveis. Nos tempos livres gosta de ler, ver filmes particularmente de ficção científica - e de teatro. Ultimamente, descobriu o prazer de aprender guitarra com o melhor professor: o filho Miguel.


Os grandes desafios do momento são as exigências do mercado liberalizado: a necessidade imperiosa de isenção face aos agentes de mercado, mantendo um nível de serviço de excelência. Este apenas é possível com uma equipa empenhada e extremamente profissional, como a que lidera.

Pequeno-Almoço

Saída de casa

Começa dia de trabalho

Levanta-se às 7h00. Uma hora depois está com a família a tomar o pequeno-almoço.

Todos os dias leva os filhos Miguel (11 anos) e Sofia (4 anos) ao colégio.

Organiza o dia, responde a emails e a contactos telefónicos.

Reunião Direção Técnica

Almoço

Reunião evolutivos

Reunião com colegas e com o diretor Técnico para ponto de situação sobre processos em curso.

Habitualmente, almoça com colegas de trabalho – momento para pôr a conversa em dia.

Reunião com DSI e Direção Administrativa e Logística para análise de evolutivos em curso e planeamento dos próximos desenvolvimentos.

Fórum direção técnica

Regresso a casa

Leitura

Faz uma apresentação num Fórum que reúne periodicamente todos os elementos da Direção Técnica.

Gosta de chegar a casa e brincar com os filhos. Ultimamente tem aprendido guitarra com o filho Miguel.

No final do dia, tempo para se dedicar a um dos passatempos preferidos, a leitura.

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onpeople Queremos conhecê-los melhor

ALEXANDRE PIRES GESTOR TÉCNICO-COMERCIAL (DIREÇÃO COMERCIAL DE REDES DA EDP GÁS DISTRIBUIÇÃO)

entido de humor, bom senso e empatia são as características que considera que melhor o definem, e que Alexandre Pires aplica diariamente nos relacionamentos pessoais e profissionais. É justamente no bom senso que diz estar o equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional: “há que não deixar que uma ocupe por inteiro o espaço da outra e sempre que haja lugar a concessões saber encontrar as devidas compensações”. Alexandre Pires já dedicou 19 dos seus 42 anos à empresa. Como entrou na Portgás no início do projeto, teve o privilégio de definir os primeiros traçados da rede de distribuição de gás natural de alguns concelhos e de garantir a ligação dos primeiros clientes. Gestor Técnico-Comercial da Direção Comercial de Redes da EDP Gás Distribuição, é atualmente responsável pela atividade comercial e desenvolvimento da rede de gás natural nos concelhos de Braga, Esposende, Barcelos e Vila Verde, gerindo o investimento e a equipa de vendas door to door daquela área geográfica.

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Do percurso destaca outros marcos importantes, como o recorde de ligações mensais no mercado existente (568, em Setembro de 2008) e a entrada em produtivo, em 2011, da plataforma de gestão comercial On Market, “que revolucionou a atividade comercial da EDP Gás Distribuição e dos seus prestadores de serviço, permitindo uma gestão integrada de todo o processo comercial, desde a prospeção até à ligação do cliente”. No dia-a-dia gosta da “adrenalina motivadora” da atividade comercial: “o nosso contributo para o desenvolvimento da empresa é contabilizado e avaliado diariamente, esse é um desafio constante”, afirma. Confidencia que os filhos Luís e Pedro, de 16 e 11 anos, são “as pessoas que o inspiram e rejuvenescem diariamente”. É com a família e os amigos por perto que se sente feliz, de preferência com um raio de sol e a brisa do mar. Nos tempos livres não dispensa um bom filme e um bom livro. “Talento escondido? Dizem que o de cantar, só e apenas, o My Way do Frank Sinatra”, confessa.

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O esforço, a dedicação e o fazer diferente levam-nos mais longe como Grupo. Em cada edição, destacamos alguns dos nossos colaboradores que fazem parte da excelência que cultivamos no universo EDP.

seu percurso dentro da empresa é longo e vasto. Entrou em 1982 como escriturária. Entretanto estudou, aprendeu, cresceu. Passou pela contabilidade, tesouraria, orçamento, mas foi na gestão de pessoas, que mais se realizou profissionalmente. Leonilde Simões, diretora-adjunta de Recursos Humanos da EDP Valor, com 55 anos de idade e 31 anos de casa, diz que não há dois dias iguais, na sua atividade atual. “Apoiar o CA e as unidades organizativas da empresa na implementação das políticas e estratégias de gestão de recursos humanos, bem como promover a imagem interna da EDP Valor, em articulação por um lado com a DRH CC e por outro com a DMC, é a minha missão”. Licenciada em Sociologia pelo ISCTE, gosta de se levantar cedo e organizar a sua atividade diária. “Tenho a felicidade de fazer o que gosto, rodeada de profissionais com elevados níveis de dedicação e profissionalismo”, sublinha. Diz que não há segredos nem receitas mágicas para gerir a vida profissional e pessoal. “Há momentos mais fáceis e outros mais complicados. Mas sobretudo é necessário muito respeito e muita compreensão por todos os que nos rodeiam…” Não consegue viver sem o telemóvel. É objeto indispensável na sua mala e é, juntamente com o tablet, o que levaria para uma ilha deserta, “para planear a próxima viagem”, justifica. Viajar é, claro está, o seu hobby preferido. Mas com a condição de ser de forma o mais livre possível, sem grandes horários, sem muitos circuitos turísticos. Confessa que a sua grande ambição é ver Portugal sair da crise financeira em que se encontra e para a EDP deseja que seja uma empresa “cada vez mais global e mais forte, uma referência em inovação e sustentabilidade” Uma ideia para melhorar o mundo? “Partilhar, reutilizar, motivar…”.

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LEONILDE SIMÕES DIRETORA-ADJUNTA DE RH DA EDP VALOR

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ontop Di cas para aju dá-lo no se u d ia a d ia

Como tornar-se produtivo. Tempo é dinheiro. Tornar-se produtivo é fundamental para conseguirmos realizar a enorme lista de tarefas diárias. Os benefícios de uma boa organização refletem-se na qualidade do trabalho e até mesmo na disposição e bom humor para realizar todas as atividades. Não existe uma fórmula mágica… mas pode começar por aqui. 1. EVITE REUNIÕES

Algumas empresas possuem o costumem de marcar reuniões todos os dias, e em alguns casos mais de uma reunião diária. Grande parte dos empresários de sucesso diz que este costume é muito prejudicial.

2. A REGRA DAS DUAS PIZZAS

Jeff Bezos, dono do maior site de vendas do mundo, o amazon.com, possui uma regra para as suas equipas: os grupos devem ser pequenos suficientes para se alimentarem com duas pizzas. Grupos pequenos devem sempre ser valorizados, pois, com números menores a interação é muito mais eficiente.

3. ATENDA O TELEMÓVEL

Comunicação é a chave para o rendimento. Conversas por telefone podem evitar algumas falhas de comunicação muito comuns em emails.

4. PESSOAS CERTAS

A equipa certa, com pessoas competentes, irá poupar o tempo que a sua desconfiança gastaria. Você terá mais produtividade, pois poderá delegar as tarefas sem preocupações.

5. LISTA DE AFAZERES

Muitas pessoas têm o costume de fazer uma lista de compromissos e metas diárias. Se você não tem esse hábito, então é hora de desenvolvê-lo. Faça sua lista antes de sair do escritório, com todas as coisas que terá de fazer no dia seguinte.

6. USE O E-MAIL COMO GARANTIA

Não confie 100% na sua memória, pois ela pode comprometê-lo. Deixe documentado no seu email todos os compromissos, viagens e reuniões.

7. CAPTURE IDEIAS

A Internet é uma das maiores fontes de criatividade e você deve aproveitá-la. Você encontrará coisas originais e diferenciadas, que podem ajudá-lo a formular novas ideias.

8. DIMINUA SEU TEMPO LIMITE

Quando tiver que resolver alguma coisa rapidamente e o seu prazo for de, por exemplo, uma hora, diminua seu tempo limite para 40 minutos. Dessa forma você irá trabalhar mais rápido e com mais foco.

9. FAÇA EXERCÍCIO

Encaixar um tempo na sua rotina para se exercitar é muito importante. Exercícios físicos diminuem o stresse, previnem doenças e dão mais energia para que você seja mais produtivo.

10. EVITE FAZER MUITAS COISAS AO MESMO TEMPO

O nosso cérebro não está programado para fazer diferentes tarefas ao mesmo tempo. Na maior parte do tempo fazer isso é apenas uma maneira de deixar tudo realizado pela metade. Foque as suas energias num trabalho cada vez e use toda a sua capacidade mental para cumpri-lo. 18 onportugal



onchange Ter coragem para mudar

JOÃO ROSA SANTOS 41 anos <– EDP Gás Distribuição (Porto) <– Naturgas Energía (Múrcia) –> EDP Comercial (Lisboa)

oão Rosa Santos é a prova que a mobilidade no Grupo EDP está viva e recomenda-se. A EDP Comercial é o seu terceiro desafio, em menos de sete anos dentro do Grupo, depois de uma passagem pela EDP Gás Distribuição, no Porto, e pela Naturgas Energía, em Múrcia, Espanha. Uma situação que o atual responsável pela Direção de Operações dos Serviços Energéticos da EDP Comercial considera “reveladora da excelente dinâmica da companhia”. Se da primeira vez o desafio consistiu em replicar em Espanha o modelo de negócio no desenvolvimento do mercado de gás natural que ajudou a montar na EDP Gás, agora, será ajudar a desenvolver a área de operações de

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e adequar o modelo de negócio correto à atual conjuntura. As diferenças residem no facto de ter estado praticamente toda a carreira ligado ao negócio do gás natural e, nos últimos anos, no negócio regulado, e agora passar para uma área puramente de mercado livre e em concorrência, experiência que afinal de contas não lhe é alheia, por ter passado dois anos pelo mercado das telecomunicações. Quando lhe perguntamos quais as características culturais/profissionais que detetou em Espanha e que vai ajudar a introduzir em Portugal, a resposta é pronta: “Definitivamente, a autoestima e o poder da marca Espanha e também a forma pragmática, frontal e muitas vezes dura, como abordam as diferenças de opinião. São

Pronto para o terceiro desafio EM MENOS DE SETE ANOS PASSOU, NA EDP, POR TRÊS EXPERIÊNCIAS DISTINTAS. JOÃO ROSA SANTOS NÃO TEM MEDO DE SE PÔR À PROVA, POIS SABE QUE A MOBILIDADE É UMA FORMA DE CRESCIMENTO DENTRO DA COMPANHIA. serviços energéticos para PME’s suportada num modelo de negócio semelhante às duas etapas anteriores. “Encaro esta etapa como mais um desafio e uma responsabilidade, sobretudo porque é uma área que me é completamente estranha”, confessa João Rosa Santos. As expetativas passam, novamente, por aprendizagem, desenvolvimento profissional, ultrapassagem dos objetivos constantes do plano de negócio e alavancagem para uma nova mudança. O desafio agora é entender o portfólio de produtos e serviços, conhecer o mercado e a concorrência

absolutamente conscientes que depois de dirimidos os vários argumentos não subsistem `quistos mentais´ tão prejudiciais às relações interpessoais.” Os seus colegas espanhóis destacam-lhe a “dinâmica ‘fresca’, sem preconceitos e um foco distinto num mercado agressivo”. Reconhecem que a mobilidade lhe trouxe a capacidade de aprender num sentido duplo: as práticas importadas da gestão portuguesa e as práticas exportadas do conhecimento de um mercado e regulação distintos.

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Pronto para pôr todos os seus conhecimentos à prova, João diz ter a perfeita consciência que quanto melhores forem os resultados profissionais, mais fácil será chegar a casa com a mente limpa para desfrutar aquilo que é o mais importante: a família.

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ontrack Os acontecimentos do mundo EDP

LOJAS EDP

Novo conceito a pensar no cliente Depois da inauguração da loja piloto de Almada, no ano passado e da renovação de novas 20 lojas, A EDP vai brevemente arrancar a segunda fase de roll-out, que incluirá as 15 lojas em falta. Mais tecnológicas, interativas e próximas do cliente, estas lojas permitem novas experiências para o cliente. O novo conceito inclui a entrada com balcão de triagem, zona de espera, atendimento express e atendimento sentado, contando também com um jardim vertical e um elemento histórico. Entretanto, por considerar que os agentes e lojas do cidadão continuavam pouco adaptados à nova linguagem criada pelo Grupo, a Direção de Marca e Comunicação deu início, em junho, ao processo de renovação do espaço EDP dentro da Loja do Cidadão das Laranjeiras, encontrando-se concluído o piloto. Inspirado nas lojas próprias, a cor de base passou a ser o branco, para transmitir luz (referência ao nosso core business) e para destacar a marca EDP. O mobiliário, desenhado à medida das necessidades da

Loja do Cidadão, conta com iluminação frontal com leds brancos e vermelhos, que alternam conforme a ocupação do espaço de atendimento. Os colaboradores da Loja do Cidadão contam, agora, com um maior conforto e arrumação no seu local trabalho. Uma remodelação feita em tempo recorde: toda a loja EDP foi transformada em 48 horas. Segue-se agora o roll-out para as restantes nove Lojas do Cidadão, onde existe um espaço de atendimento EDP. AGENTES EDP De forma a harmonizar a linha de comunicação EDP em todos os espaços de atendimento público, a DMC criou também um novo modelo de mobiliário para os agentes. O novo mobiliário, desenhado à medida dos agentes EDP, está em linha com o mobiliário utilizado no espaço EDP da Loja Cidadão. O agente Tempo Competente, em Odivelas, foi o primeiro a receber o novo mobiliário. Segue-se agora o roll-out para os restantes 288 agentes EDP.

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EQUIPAS LEAN NA EDP COMERCIAL

Está em curso o projeto “Lean EDP Comercial” cuja fase de preparação se iniciou com um inquérito a todos os colaboradores, em 2012, para recolha de problemas e oportunidades de melhorias que afetam o seu desempenho no dia-a-dia. Posteriormente o Conselho de Administração selecionou um conjunto de dez projetos, envolvendo cerca de 50 colaboradores da EDP Comercial e de outras empresas do Grupo EDP. A maioria dos envolvidos já foram formados na metodologia Lean pela Universidade EDP e estão agora no terreno a desenvolver os projetos que têm como objetivo último a implementação e difusão da metodologia Lean de melhoria contínua, sempre com a meta de criar valor para o cliente.

Mais 50 novos empreendedores em Trás-os-Montes A entrega de prémios EDP Empreendedor Sustentável Sabor 2013 fechou a 3ª edição do programa de apoio à criação de autoemprego e desenvolvimento do potencial económico de Trás-os-Montes. O Prémio EDP Empreendedor Sabor 2013 deu origem a 50 novos empreendedores que avançam agora para a constituição de 34 microempresas. São maioritariamente jovens (34 anos média), qualificados (62%) e desempregados ou à procura do 1º emprego (52%). Após meses de trabalho para afinar a ideia, definir plano de negócios, reunir condições de financiamento e constituição da empresa, os participantes nesta 3ª edição preparam-se para o teste de mercado. Os melhores projetos arrancam com a vantagem adicional do prémio monetário, cuja entrega será realizada no evento. Os negócios estão sedeados em Alfândega da Fé, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mogadouro e Torre de Moncorvo, os cinco concelhos abrangidos pela barragem do Sabor. O turismo ou o agroalimentar dominam a nova oferta de produtos e serviços, refletindo o potencial do património natural e cultural da região.

EDP SOLUÇÕES COMERCIAIS COM ESPÍRITO SOLIDÁRIO Os colaboradores da EDP Soluções Comerciais (EDP SC) têm estado envolvidos em diferentes iniciativas de voluntariado, desde o início do ano. Para além das ações do Parte de Nós, a EDP SC tem colaborado com outras instituições de solidariedade social. Exemplo disso são as iniciativas conjuntas entre os voluntários e a Casa de Santo António, uma IPSS que apoia grávidas e mães adolescentes. Até agora, já foram dinamizadas aulas de Zumba e de Hip Hop com as

jovens, estando já previstas diversas atividades culturais e lúdicas até ao final do ano. Os encontros anuais de colaboradores são outro exemplo do espírito solidário da EDP/SC. A Direção de Operações de Clientes Empresariais realizou o seu encontro de dois dias recorrendo à utilização das instalações da Casa de Santo António, contribuindo assim para gerar receitas para a instituição. A equipa da Direção de Operações de Clientes Residenciais uniu esforços e onportugal 23

deu uma nova vida ao espaço exterior da Colónia de Férias de São Julião na Ericeira, uma instalação da Santa Casa da Misericórdia que acolhe durante os meses de verão os utentes (crianças, idosos e portadores de deficiências) da instituição. A equipa da rede de agentes promoveu, em junho, uma reunião de trabalho e durante a tarde contribuiu com a sua energia para renovar as salas de convívio do Centro de Dia da Paróquia de São Mamede, em Lisboa.


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EDP SOLUÇÕES COMERCIAIS SENSIBILIZA COLABORADORES PARA CENÁRIOS DE CRISE Sensibilizar os stakeholders da EDP Soluções Comerciais (EDP SC) para eventos disruptivos passíveis de causar perdas no negócio e danos na imagem do Grupo EDP, foi o mote para a realização da sessão de arranque da Fase 4 do Projeto de Gestão de Crise e Continuidade de Negócio, que decorreu no Museu da Eletricidade. Durante a sessão salientouse a importância do envolvimento de todos os colaboradores, stakeholders e prestadores de serviço na execução das ações de mitigação desenhadas. O arranque da Fase 4 contou com a presença da administração e da macroestrutura da EDP SC com membros da administração da EDP SU, EDP Gás, EDP D, EDP Valor, DSI e DGR, e com os diferentes prestadores de serviço que apoiam as atividades da EDP SC. A sensibilização para todos os colaboradores da EDP SC ocorreu durante os meses de maio e junho, com a apresentação dos planos de contingência e das estratégias de Disaster Recovery de cada direção. As sessões possibilitaram momentos de partilha de informação e de conhecimento, essenciais para a criação e manutenção de uma estratégia de equipa coesa, dinâmica e pronta a reagir em todos os momentos de crise. Estes objetivos foram atingidos de forma dinâmica, através do “jogo da gestão de crise e continuidade de negócio”, um

jogo de tabuleiro humano em que cada casa corresponde a um cenário de crise podendo as equipas avançar quando acertam na resposta. A participação ativa dos colaboradores foi evidente nas sessões, tendo a equipa do projeto recebido feedback bastante positivo: “É importante prever e antecipar

cenários de crise e a EDP mostra mais uma vez que está preparada para o futuro”; “A informação é fundamental para o regular desempenho da função em caso de crise”; “Todos os colaboradores da EDP devem saber o que fazer nesta situação e conhecer o plano Disaster Recovery”.

Encontro da Direção de Logística e Materiais Decorreu recentemente, na zona centro do país, o encontro da DLM – Direção de Logística e Materiais, da EDP Valor. Mais uma oportunidade de convívio entre os stakeholders e colaboradores da UO (Unidade Organizativa). A abertura da sessão coube ao diretor da DLM, João Pereira de Almeida, que fez um breve resumo dos principais resultados de 2012 e dos desafios e oportunidades para 2013. Rui Almiro, administrador da EDP Valor com o pelouro da Direção, apresentou as prioridades da empresa para este ano. Seguiram-se várias apresentações, realizadas pelos colaboradores da UO, sobre os projetos em curso. Ao fim da manhã, todos os presentes foram desafiados a participar numa prova de orientação subordinada ao tema “EDP World Quest”, uma atividade de team-building que permitiu descobrir o mundo EDP, servindo, ao mesmo tempo, para reforçar o envolvimento e o espírito de equipa. 24 onportugal


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Vencedores do Pedro Faria Gomes, Tiago Filipe Simão, Sérgio Ferreira Gonçalves e Paulo Ferreira são os elementos da equipa Upspin, a vencedora da edição de 2013 do Powertrade, jogo de planeamento energético que simula online o mercado livre de energia elétrica, num ambiente competitivo. Um campeonato que tem, de ano para ano, conquistado adeptos. Organizado pela Direção de Planeamento Energético, equipas de várias empresas do Grupo inscrevem-se e prepararam-se para tomar decisões de planeamento de capacidade e para acumular pontos num campeonato interno com diferentes etapas e uma grande final.

Empreendimentos EDP cativam visitantes

Salamonde II Autarcas de Moçambique visitaram Salamonde II, com a intenção de estreitar relações entre o município de Vieira do Minho e o município moçambicano de Monapo, com cerca de 70 mil habitantes, situado na província de Nampula. O objetivo passa por cativar o interesse de empresas portuguesas para investir naquela região africana.

Ribeiradio-Ermida Os alunos da Universidade de Coimbra percorreram várias frentes de obras, em Riberadio-Ermida. Provenientes da disciplina de Geotecnia, do departamento de ciências da terra, foi dado especial destaque aos aspetos que são influenciados pela complexa geologia e geotecnia do local, nomeadamente escavações e estruturas de suporte de taludes.

Venda Nova III e Foz Tua Os alunos e ex-professores de mestrado em Engenharia Geológica e de Minas da Universidade de Coimbra, tiveram a oportunidade de conhecer o estado atual dos trabalhos em desenvolvimento no reforço de potência do aproveitamento hidroelétrico de Venda Nova III e das obras em torno da construção da nova barragem de Foz Tua.

Castro Verde: Electrificação de 35 montes e explorações O projeto resulta de uma parceria entre a Câmara de Castro Verde, a EDP e os proprietários e arrendatários dos montes e das explorações agrícolas abrangidos. Segundo a Câmara de Castro Verde, o projeto pretende “contribuir para a competitividade da agricultura e dos territórios rurais, a melhoria das condições de vida e de trabalho da população e o

reforço da rentabilidade dos espaços rurais e dos recursos naturais” do concelho. O financiamento dos trabalhos de eletrificação rural, que irão começar nos montes do Benfica, Roncanho, Eira Nova e Velha e Novo da Ponte, serão tripartidos entre a Câmara de Castro Verde, a EDP e os proprietários dos montes e das explorações agrícolas.

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Espiral em Venda Nova III

A chegada da espiral ao reforço de potência do aproveitamento hidroelétrico de Frades/Venda Nova representou um marco para esta obra. O equipamento hidromecânico, impressionante pela sua dimensão, com um diâmetro interior de oito metros e um peso total aproximado de 160 toneladas, é um dos diversos componentes dos dois grupos, com potência unitária de 378 MW, que serão instalados na futura central hidroelétrica. O transporte da espiral, fabricada na China, nas instalações da VOITH em Shangai, teve que ser efetuado em dois segmentos, de 100 e 60 toneladas cada. De salientar que a nova central será não só a maior em Portugal, em termos de potência instalada, mas também única na Península Ibérica em termos de grupos de velocidade variável. Com entrada em serviço prevista para 2015, será ainda a primeira central mais potente do mundo equipada com esta tecnologia.


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