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Governo entrega Unidade de Tratamento para Queimados (UTQ) do Hospital da Ilha

como retaguarda para pacientes oriundos dos serviços de emergência, direcionados por meio da Central de Regulação de Leitos, conforme aponta o protocolo de acesso estabelecido pela Secretaria de Estado da Saúde (SES).

UTQ

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Hospitais universitários são referência em transplantes de órgãos

segura e confortável para os pacientes.

O Governo do Estado do Maranhão entrega, nesta terça-feira (2), a terceira etapa do Hospital da Ilha, com a inauguração da Unidade de Tratamento para Queimados (UTQ). Localizado em São

Luís e inaugurado em março de 2022, atualmente o Hospital da Ilha conta com 46 leitos pediátricos e 168 leitos adultos, totalizando 214 leitos.

A Unidade de Tratamento para Queimados (UTQ) dispõe de 19 leitos, sendo seis pediátricos e 13 adultos, dentre eles, dois de estabilização. A unidade funcionará 24h por dia,

A UTQ contará com uma Câmara Hiperbárica, que tem como principal benefício para o paciente, a aceleração da cicatrização, evitando infecções e atrofias musculares. O espaço contará ainda, com Sala de Cinesioterapia, que ofertará um conjunto de exercícios terapêuticos para auxiliar na reabilitação e na melhora de regiões comprometidas do corpo, além de uma Sala de Balneoterapia, onde serão realizados banhos e trocas de curativos de forma

A equipe técnica será composta por médicos clínicos especialistas em pacientes queimados, médicos cirurgiões plásticos, enfermeiros clínicos, enfermeiros estomaterapeutas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, entre outros.

A Unidade de Tratamento de Queimados (UTQ) será a primeira unidade do estado do Maranhão e a única da rede pública do Estado, o que o torna referência para a população maranhense, por ser um local especializado para tratamento dos pacientes vítimas de queimaduras e com principal objetivo de atender esse perfil de pacientes que se encontram nas unidades hospitalares e UPAS da rede estadual de Saúde.

Governo amplia atendimento a pacientes com deformidade

Crânio-Maxilo-Facial no Hospital Dr. Carlos Macieira

com fissuras labiopalatinas não é somente estético. A correção auxilia na linguagem (fala e audição), na deglutição da alimentação, e em outros aspectos psicológicos que afetam os pacientes. A assistência é feita por equipe multiprofissional, que inclui profissionais das áreas de Odontologia, Medicina, Enfermagem, Fisioterapia, Psicologia, Fonoaudiologia, Serviço Social e Nutrição, como explicou o cirurgião Júpiter Newler Lopes Duarte.

Maternidade de Alta Complexidade, porque o diagnóstico é intrauterino para os bebês que vão nascer fissurados. Depois, o seguimento da assistência no Hospital Dr. Juvêncio Mattos, e por fim, no Hospital Dr. Carlos Macieira.

Segundo a Associação

Brasileira de Transplantes de Órgãos, qualquer indivíduo pode ser um doador. Para isso, basta apresentar um quadro de boa saúde atestado por um médico.

As doações de órgãos também seguem alguns limites de idade, como 75 anos para rins; 70 anos para fígado; 69 anos para sangue; 65 anos para pele, ossos e válvulas cardíacas; 55 anos para pulmão, coração e medula óssea; e 50 anos para pâncreas. Não há limite para doação de córneas.

Paraná realizou o primeiro transplante de medula óssea da América Latina em 1979 e, atualmente, é referência mundial na área. Também foi o primeiro hospital do estado a realizar transplante de fígado entre pessoas vivas, chamado transplante intervivo, em 1991, e o segundo do Brasil a realizar duplo intervivos de fígado e rim no mesmo ano, além de realizar transplantes de córnea.

Eric Fernando Paiva Martins, de 27 anos, nasceu com fissura labiopalatina e procurou atendimento no Hospital Dr. Carlos Macieira (HCM), em São Luís, no início do mês de abril. O hospital, da rede da Secretaria de Estado da Saúde (SES), dispõe de Serviço de Deformidade Crânio-Maxilo-Facial, com atendimento ambulatorial e cirúrgico para pessoas que precisam de cirurgias corretivas nesta especialidade.

A Rede Estadual de Saúde conta com o Serviço de Deformidades MaxiloFaciais no Hospital Dr. Carlos Macieira; Hospital Infantil Dr. Juvêncio Mattos; Unidade Sorrir e a Maternidade de Alta Complexidade do Maranhão, com equipe multiprofissional e assistência referenciada para pacientes fissurados que devem começar o tratamento logo após o nascimento e prosseguir com cirurgias ao longo dos anos. Em 2022, o Hospital Dr. Carlos Macieira realizou 450 consultas de pacientes em bucomaxilo e 50 cirurgias da especialidade. As unidades são gerenciadas pelo Instituto Acqua.

Eric Fernando fez a primeira cirurgia logo após o nascimento, mas não conseguiu prosseguir com as cirurgias seguintes. “Minha mãe na época tentou conseguir a segunda cirurgia, mas não deu certo, e agora consegui vir aqui no hospital para fazer a segunda cirurgia”, contou. Após avaliação dos exames, a cirurgia foi realizada em 11 de abril.

No caso do Eric, o tratamento ainda continuará depois com mais duas cirurgias corretivas.

“A expectativa é grande porque vai melhorar muito minha relação com as pessoas, meus relacionamentos, eu já sofri muito bullying por conta disso”, ponderou o paciente.

O tratamento de pessoas

“O processo de correção de fissuras tem relação com a idade. Alguns casos exigem uma outra etapa, que é a cirurgia ortognática. Muitas famílias se acomodam após a correção da deformidade labial e por isso muitas pessoas na fase adulta buscam ajuda depois, como é o caso do Eric”, disse Júpiter.

Ingrid Araújo Oliveira, também cirurgiã bucomaxilofacial do hospital, já atendeu pacientes de mais de 60 anos que procuraram o serviço. “O perfil do público aqui no hospital são adolescentes e adultos, a partir dos 14 anos. Nosso trabalho em rede tem estimulado o tratamento especializado desde o nascimento, quando a criança nasce com deformidade na maternidade, para que a família possa acompanhar essa assistência ao longo do desenvolvimento do paciente”, ressaltou.

O fluxo inicia ainda na

As duas primeiras cirurgias são feitas com 6 meses de idade e depois com 1 ano. São intervenções no lábio (a quiroplastia) e no palato. Com 4 anos de idade o paciente é encaminhado para ortodontista (dentista responsável pelo crescimento da face). No Sorrir, os atendimentos são feitos pelo especialista Rafael Maia. A partir dos 6 anos, os fissurados recebem um aparelho dentário que prepara a boca para a cirurgia definitiva, aos 18 anos. Antes, na idade entre 10 a 14 anos, é feito um enxerto ósseo, para unir a maxila segmentada. A cirurgia ortognática é a última etapa.

A Rede Estadual de Saúde atende mensalmente 20 pacientes. “É uma assistência muito importante e muito cuidadosa porque são cirurgias que mudam a vida das pessoas e é maravilhoso termos uma equipe multiprofissional e bastante engajada no tratamento dos pacientes”, finalizou Júpiter.

Os agendamentos para consultas e cirurgias podem ser feitos pelo Disque Saúde (98) 3190-9091 ou no ambulatório especializado das unidades de saúde estaduais.

“Na medida em que não produza danos em si, qualquer pessoa juridicamente capaz tem a permissão da lei para desfazer-se de tecidos, órgãos e partes do próprio corpo para fins terapêuticos ou transplantes, em benefício de cônjuge e parentes consanguíneos até o quarto grau. Aos não parentes, é preciso obter autorização judicial, a qual é dispensada para os casos de doação de medula óssea.”

De acordo com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), campanhas de esclarecimento e conscientização sobre doação de órgãos têm permitido bons resultados, elevando o número de doadores e reduzindo casos de recusa por parte das famílias.

O estado de Santa Catarina, segundo a entidade, é um bom exemplo, pois apresentou apenas 28% de recusa no ano de 2022, conforme o Registro Brasileiro de Transplantes.

Hospitais universitários

Desde 2016, o Hospital

Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago, da Universidade Federal de Santa Catarina, realiza transplantes de fígado e de córnea. Atualmente, cinco pacientes aguardam na fila de espera e cerca de 40 estão em acompanhamento no ambulatório para transplante hepático. Já para transplantes de córnea, há 32 pacientes aguardando em fila de espera.

Em Curitiba, o Complexo do Hospital das Clínicas da Universidade Federal do

No Sudeste, o Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes, da Universidade Federal do Espírito Santo, é referência na captação e transplante de córneas. A unidade conta com ambulatório e banco de olhos em meio a uma fila de espera em todo o estado que chega a 800 pacientes. Entre 1998 a 2022, foram realizados 2.004 transplantes de córnea no hospital.

No Centro-Oeste, o Hospital Universitário de Brasília, da Universidade de Brasília, realiza transplantes de córnea e de rins e, em 2022, registrou o maior número de transplantes renais do Distrito Federal (DF). Dos 101 transplantes de rim realizados no DF ao longo do ano passado, 32 foram realizados no Hospital Universitário. Já na Região Norte, o único hospital que realiza transplante de córnea por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) fica no Pará: o Complexo Hospitalar Universitário da Universidade Federal do Pará, formado pelo Hospital Universitário João de Barros Barreto e pelo Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza. Entre 2011 e 2023, foram contabilizados 717 procedimentos.

Por fim, no Nordeste, o Hospital Universitário Walter Cantídio, do Complexo Hospitalar da UFC/Ebserh, é referência na região para transplante de fígado por meio do SUS. A equipe multidisciplinar é a segunda que mais realiza transplantes de fígado no país. Desde 2002, quando foi realizado o primeiro procedimento, até março de 2023, há registro de 1.398 transplantes realizados.

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