Livreto pará cultural jan2014

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Informativo da Secretaria de Estado de Cultura

Janeiro 2014 N. 025 - Ano III - Belém/Pará

ÓPERAS EM BELÉM GANHAM DESTAQUE EM PUBLICAÇÃO NACIONAL pág. 02

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PUBLICAÇÃO NACIONAL DESTACA ÓPERAS APRESENTADAS EM BELÉM

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elém comemora este mês de janeiro 398 anos e já ganhou um presente antecipado na área da cultura. Em sua edição de 24 de dezembro de 2013, o jornal Estadão, em matéria sob o título “Na ópera, um ano à luz de Wagner, Verdi – e um excelente Britten: Aniversários dos compositores pautaram programação dos principais teatros, de São Paulo a Belém do Pará”, coloca a cidade no circuito das grandes óperas apresentadas no país ano passado, com destaque para as obras “O Trovador” e “O Navio Fantasma”, apresentadas durante o XII Festival de Ópera, promovido pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult-PA). No ano do bicentenário de Giuseppe Verdi e Richard Wagner, principais expoentes da ópera romântica, mesmo sendo esperado que as obras dos dois artistas dominassem a cena lírica, a publicação destaca que houve surpresas. Uma delas foi a versão apresentada pelo diretor Caetano Vilela, em Belém, conceituada pela matéria, como “uma inteligente montagem de O Navio Fantasma, que não apenas recriou a narrativa de modo fluente como investigou no palco do Teatro da Paz o próprio universo de referências do compositor”, cita. Em seguida, a matéria faz referência à montagem de “O Trovador”, também apresentada no Festival de Ópera do ano passado. “Em Belém, Il Trovatore teve no elenco – em especial na presença de Eliane Coelho e Denise de Freitas – e na direção de atores (Mauro Wrona) seus pontos altos”, destacou. “Nós suplantamos centros tradicionais de ópera como o Rio de Janeiro, Minas Gerais e o Amazonas”, ressaltou o secretário de Estado de Cultura do Pará, Paulo Chaves.


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A matéria também faz referência à atuação do tenor paraense Atalla Ayan, juntamente com a soprano Alexia Voulgaridou na montagem “La Bohème”, de Puccini, dirigida por Arnaud Bernard no Municipal de São Paulo. “Ele é fruto de uma semeadura que começou aqui, nas apresentações no Theatro da Paz e em concursos como o Bidu Sayão”, avalia o titular da Secult. Sobre o destaque dado pela publicação as montagens feitas em Belém, o secretário afirma ser um presente para a cidade. “É um orgulho ser paraense e viver na capital da ópera no Brasil, assim como a cidade de São Paulo”, disse. Presente para Belém

O lançamento do livro “Belém da Saudade”, neste mês de janeiro, será um presente especial pelo aniversário de 398 anos da cidade. Com 114 novas imagens inéditas do final do século XIX e início do XX, a obra chega em uma primorosa edição, revista e ampliada, com uma qualidade de impressão superior às anteriores.


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EM 2014, MANGAL CELEBRA NOVE ANOS DE CRIAÇÃO

No dia 12 de janeiro a cidade

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de Belém estará em festa, pela comemoração dos 398 anos da capital, e o aniversário de nove anos do Parque Zoobotânico Mangal das Garças, que chegou como um presente para todos os paraenses, reunindo em um só espaço exemplares da fauna e flora amazônica. A Organização Social Pará 2000 que administra o Parque irá promover uma manhã com diversas atividades, voltadas principalmente ao público infantil. A partir das 9h, no entorno do Memorial Amazônico da Navegação as crianças poderão fazer pintura facial com a temática do Parque – borboletas, garças, guarás.


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A Trupe de Bubuia é quem vai animar a criançada com o espetáculo “Convite para o Mangal”, às 10h, pelo Projeto Teatrinho do Mangal Especial. Em seguida, acontecerá o Momento EcoZoo com a explanação sobre um membro da fauna do Parque. Acontecerão ainda oficinas sempre trabalhando a temática do meio ambiente. Toda programação é gratuita. “Através do lazer e da diversão transmitimos sempre mensagens de conscientização ambiental, preservação da natureza para as crianças e suas famílias. Por isso, convidamos a todos para comemorarem conosco o aniversário do Mangal”, declara a presidente da Pará 2000, Gabriela Landé. Serviço Aniversário do Mangal das Garcas Dia 12 de janeiro, a partir das 9h, no entorno do Memorial Amazônico da Navegação. Às 10h o espetáculo “Convite para o Mangal”, com a Trupe de Bubuia Entrada gratuita


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ESTAÇÃO COMEMORA ANIVERSÁRIO DE BELÉM COM PROGRAMAÇÃO ESPECIAL

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Organização Social Pará 2000, que administra a Estação das Docas, promove uma programação cultural especial para comemorar o 398° aniversário de Belém. No dia 12 de janeiro, o Boi Veludinho e o Grupo Unidos por Marapanim animam a festa, a partir das 17h, na orla do complexo turístico. A programação é gratuita. Mascarados, cabeçudos e boi vão desfilar em cortejo pela orla da Estação. Acompanhados pela bandinha de fanfarra, o Boi Veludinho interpretará canções autorais que remetem à alegria do Carnaval. A tradição de São Caetano de Odivelas chegou há cerca de 20 anos em Belém, através da família Viegas, no bairro do Guamá. Em seguida, é a vez do Grupo União por Marapanim apresentar uma mostra do carimbó de pau oco. Na ocasião, vai ser lançada a segunda etapa do Festival de Carimbó de Marapanim – a primeira ocorreu em novembro de 2013 e homenageou Mestre Lucindo. “A Estação das Docas é um dos espaços mais representativos da capital paraense e nada melhor que proporcionar ao


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público o contato com a tradição cultural do interior do Estado, já que ao longo do ano abrimos espaço em nosso calendário de programações culturais para as manifestações parafolclóricas”, explica a presidente da Pará 2000, Gabriela Landé. A programação especial em comemoração ao aniversário de Belém é uma realização do Governo do Estado por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult-PA), através da Organização Social Pará 2000, que administra a Estação das Docas e promove durante o ano várias programações gratuitas, visando à valorização da cultura paraense. Serviço 398° Aniversário de Belém Dia 12 de janeiro, a partir das 17h, na orla do Armazém 3 na Estação das Docas. Av. Boulevard Castilhos França, s/n° - Campina Informações: (91) 3212-5525 www.estacaodasdocas.com.br Entrada gratuita


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BELÉM RECEBE OBRAS DE PORTINARI

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exposição “Portinari na Coleção Castro Maya” será aberta ao público no dia 14 deste mês, às 19h, no Museu Histórico do Estado do Pará (MHEP). O público terá oportunidade de visitar as obras de um dos maiores pintores brasileiros até o dia 12 de fevereiro. Com pinturas, desenhos e gravuras realizadas entre os anos de 1938 e 1959, a mostra traz à capital paraense, 57 obras originais de Cândido Portinari considerado o maior artista da pintura modernista brasileira. O diretor do MHEP, Sérgio Melo, explica que a mostra faz parte de um programa de exposições itinerantes do Ministério da Cultura, patrocinada pela Petrobrás, em que a região Norte está sendo privilegiada. “Esse tipo de exposição tinha dificuldade de chegar até nós, devido ao alto custo e ao próprio esquecimento dos investimentos culturais e artísticos ao norte”, explica Sérgio Melo. A exposição trata das relações tecidas ao longo do tempo

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entre Candido Portinari e Raymundo Ottoni de Castro Maya, que resultou na acumulação do maior acervo público do pintor. A mostra traz as obras de Portinari adquiridas por Castro Maya em leilões, galerias de arte e no próprio ateliê do artista. Os destaques são “Menino com Pião” (1947), “O Sonho” (1938), “Grupo de Meninas Brincando” (1940), “A Barca” e “O Sapateiro de Brodósqui” (1941), “Lavadeiras” (1943) e “Morro n. 11” (1958), além da série “Dom Quixote”. As cidades de Vitória e Rio de Janeiro já receberam as obras. Após o período de exposição na capital paraense, ela segue para Belo Horizonte. Serviço Abertura da exposição “Portinari na Coleção Castro Maya” Dia 14 de janeiro, às 19h, no Museu Histórico do Estado do Pará (MHEP). Visitação: até 12 de fevereiro. Palácio Lauro Sodré, Praça D. Pedro II, s/n – Cidade Velha. Informações: (91) 4009-9812/9331


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JANEIRO É O MÊS DO CIRCUITO DAS ARTES

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espaço cultural Casa das Onze Janelas recebe as exposições “À Deriva”, “Impermanências” e “Imensidão Íntima”, dos respectivos artistas Elza Lima, Flávio Araújo e Elaine Arruda, resultados de bolsas oferecidas pelo Instituto de Artes do Pará (IAP). A abertura das exposições será no dia 8, às 19h e terá visitação até o dia 8 de fevereiro. O Circuito das Artes do Instituto de Artes do Pará é a compilação dos trabalhos realizados pelos bolsistas premiados no edital de Criação, Experimentação e Divulgação Artística, oferecido pelo IAP desde 2002. O ano de 2013 celebra a 12ª edição deste prêmio e mostra os trabalhos de 30 artistas paraenses. Ao todo, foram investidos 450 mil reais em pesquisas nas áreas de: teatro, música, dança, audiovisual, literatura, artes plásticas e fotografia. Além de Belém, os pesquisadores estiveram em diversos municípios do estado, desde o Baixo Amazonas até o Marajó, passando por áreas de quilombo e comunidades ribeirinhas nas regiões das ilhas. O resultado da imersão desses pesquisadores poderá ser visto em diversos espaços da capital do Estado, assim como também em Marituba, Ananindeua, Ilha de João Pilatos, Moju, Paragominas, Icoaraci, Santarém, Soure, Marabá, Castanhal e Vila de Abacatal. A exposição de Elza Lima é fruto do projeto “À Deriva”, que começou a ser pensado em 2010, durante uma viagem de barco iniciada em Santarém, que percorreu os rios Amazonas, Trombetas e Nhamundá, até alcançar


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a divisa entre o Pará e o estado do Amazonas em um momento de uma das maiores secas. A paisagem influenciou a estrutura e a perspectiva que a fotógrafa tinha da região. O trabalho objetiva traduzir em imagens as preocupações sobre o destino da Amazônia, propondo a utilização de suportes que permitam um diálogo simbólico, subjetivo e crítico com o espaço onde se desenvolve a sua pesquisa. Flávio Araújo traz o resultado do projeto “Impermanências”, que propõe a criação de outro espaço de representação, um espaço de transfiguração da realidade: o espaço da Pintura. O artista utiliza retratos 3x4 para o processo de criação em Pintura. Desse modo são solicitadas duas fotos de cada doador. Um registro mais recente, portanto o retrato da idade mais avançada, e outro mais antigo, registro objetivo e burocrático da infância ou adolescência. Registros de momentos distantes nos quais acumulam histórias, vivências, identidades. Assim, no espaço pictórico a fatura que se pretende encontrar é resultado de um

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caminho de estudos e referências visuais e conceituais para pinturas a óleo. Pois, nesse contexto, mais do que faturas, o retrato também evidencia o efêmero, memória, dualidade e vaidade. Por fim, “Imensidão Íntima”, de Elaine Arruda aborda a gravura em metal a partir de dois enfoques: os métodos de trabalho dos operários das metalúrgicas navais da região amazônica; e o campo da criação artística ancorado nos referenciais históricos locais. A cidade de Belém está inserida de forma peculiar entre um amplo rio e uma floresta densa, úmida e quente, cuja atmosfera carregada parece estar sempre sujeita a ser tomada novamente pela floresta. Essa densidade transborda visualmente nas gravuras, na medida em que a resistência da ponta seca e o embate com o campo gráfico superdimensionado carregam em si a tensão da paisagem amazônica: espaços vastos em envergadura e acidentados em profundidade visual e material.

Serviço Abertura das exposições resultados de bolsa do IAP, dia 8 de janeiro, às 19h. Espaço Cultural Casa das Onze Janelas. Praça Frei Caetano Brandão, s/n - Cidade Velha. Informações: (91) 4009-8821

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MOSTRA DE FILMES FRANCESES NO CINE ESTAÇÃO

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ara abrir a temporada cinematográfica de 2014, o Cine Estação das Docas programou a Mostra de Filmes Franceses, com a exibição de seis títulos significativos da cinematografia francesa no período de 15 a 26 de janeiro. A programação integra a Exposição Jardins Franceses e celebra o 11º aniversário do Cine Estação, com o apoio da Cinemateca da Embaixada da França e do Institut Français. Com exibições em película, a mostra irá projetar dois filmes de Claude Chabrol (“Nas Garras do Vício” e “Ciúme – O Inferno do Amor Possessivo”), e o belo filme de Jean-Paul Rappeneau: “O Cavaleiro do Telhado e a Dama das Sombras”. Dentre as animações, três exemplares distintos apresentam o domínio narrativo da técnica de animação no cinema francês: “O Planeta Fantástico”, de René Laloux; “A Ilha de Black Mor”, de JeanFrançois Laguionie e “Kirikou e a Feiticeira”, de Michel Ocelot. “Nas Garras do Vício” traz a assinatura de um dos principais mentores da Nouvelle Vague, Claude Chabrol, juntamente com Godard e Truffaut. O título original, “Le Beau Serge” narra a volta do personagem François para Sardent, um vilarejo do rio Creuse, num drama denso, de orçamento modesto e atores desconhecidos. “Ciúme – O Inferno do Amor Possessivo” (L’Enfer), traz para a tela o fim de um sonho conjugal a partir do ciúme de Paul (François Cluzet), sentimento degenerado em paranoia violenta e cruel. “O Cavaleiro do Telhado e a Dama das Sombras” (Le Hussard sur le toit) traz a direção irrepreensível de Jean-Paul Rappeneau e atuação de Juliette Binoche.


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Animações

Baseado no romance de Stegan Wui, “O Planeta Fantástico” (La Planète Sauvage), foi inspirado na invasão da Checoslováquia pelos russos em 1968. Obra-prima da ficção científica psicodélica, “O Planeta Fantástico” ganhou um prêmio especial em Cannes e foi nomeado à Palma de Ouro. “A Ilha de Black Mor” narra a aventura de um garoto de quinze anos que escapa do orfanato e seu único bem é um mapa do tesouro caído do livro de Black Mor, um célebre livro de piratas. “Kirikou e a Feiticeira” é um exemplar sofisticado da animação europeia contemporânea, com base num conto da África Ocidental sobre uma comunidade subjulgada por uma terrível feiticeira. “Kirikou e a Feiticeira” foi o vencedor do Grande Prêmio no Festival International du Film d’Animation. Serviço Ciúme – O Inferno do Amor Possessivo. De Claude Chabrol. Com Emmanuelle Béarte e François Cluzet. Cor. /100’. 16 anos. Nas Garras do Vício. De Claude Chabrol. Com Bernadette Lafont e Jean-Claude Brialy. P & B /93’. 14 anos. O Cavaleiro do Telhado e a Dama das Sombras. De Jean-Paul Rappeneau. Com Juliette Binoche e Oliver Martinez. Cor. 120’. 14 anos. O Planeta Fantástico. Animação de René Laloux. Cor/72’. 14 anos. A Ilha de Black Mor. Animação de Jean-François Laguionie. Cor/80’. Livre. Kirikou e a Feiticeira. Animação de Michel Ocelot. Cor/71’. Livre. 15 (quarta) 18h: O Planeta Fantástico. 20h30: Ciúme – O Inferno do Amor Possessivo. 16 (quinta) 18h: A Ilha de Black Mor. 20h30: Nas Garras do Vício. 17 (sexta) 18h: Kirikou e a Feiticeira. 20h30: O Cavaleiro do Telhado e a Dama das Sombras.

18 (sábado) 18h: A Ilha de Black Mor. 20h30: Ciúme – O Inferno do Amor Possessivo. 19 (domingo) 10h: O Planeta Fantástico. 18h: Nas Garras do Vício. 20h30: O Cavaleiro do Telhado e a Dama das Sombras. 22 (quarta) 18h: Kirikou e a Feiticeira. 20h30: Nas Garras do Vício. 23 (quinta) 18h: O Planeta Fantástico. 20h30: O Cavaleiro do Telhado e a Dama das Sombras. 24 (sexta) 18h: A Ilha de Black Mor. 20h30: Ciúme – O Inferno do Amor Possessivo. 25 (sábado) 18h: O Planeta Fantástico. 20h30: Nas Garras do Vício. 26 (domingo) 10h: Kirikou e a Feiticeira. 18h: Ciúme – O Inferno do Amor Possessivo. 20h30: O Cavaleiro do Telhado e a Dama das Sombras.

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Ingressos: R$ 8,00 (com meia-entrada para estudantes). Realização: OS Pará 2000, Secult-PA e Governo do Estado.


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Governo do Estado do Pará Simão Jatene Secretaria Especial de Estado de Promoção Social Alex Fiúza de Mello Secretaria de Estado de Cultura Paulo Chaves Fernandes Secretaria Adjunta Ana Cristina Klautau Leite Chaves Pará Cultural - Informativo mensal da Secult-PA Assessoria de Comunicação Social Equipe: Alexandra Cavalcanti/Elza Lima/Leila Rocha/ Nilton Guedes/Rita Lima Estagiários: Camille Nascimento/Rafael Claudino Fotos: Elza Lima/Arquivo Secult/Tamara Saré Departamento de Editoração e Memória Projeto gráfico: Paulo Afonso Campos de Melo Edição: Lorena Souza/Editoração Eletrônica: Paulo Maurício

Av. Governador Magalhães Barata, 830 - São Brás CEP: 66.063-240 - Belém - PA - Fone: (91) 4009-8707 twitter - twitter.com/SECULT_PA facebook - Fan Page oficial: SECULT - Secretaria de Estado de Cultura do Pará E mail: imprensasecult@gmail.com


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