PANROTAS 1.321 - Especial Melhores do Turismo 2018

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Mais de 50 fornecedores elegeram as principais distribuidoras de seus produtos no mercado. AlĂŠm de volume de vendas, o que faz as seis campeĂŁs serem diretamente lembradas pelas gigantes da indĂşstria?

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PRESIDENTE

José Guillermo Condomí Alcorta CHIEF EXECUTIVE OFFICER (CEO) José Guilherme Condomí Alcorta (guilherme@panrotas.com.br)

CHIEF EVENTS OFFICER (CEVO) Heloisa Prass

CHIEF TECHNOLOGY OFFICER (CTO) Ricardo Jun Iti Tsugawa REDAÇÃO

CHIEF COMMUNICATION OFFICER (CCO) E EDITOR-CHEFE: Artur Luiz Andrade

(artur@panrotas.com.br) EDITOR: Renê Castro (rcastro@panrotas.com.br) Coordenadores: Marina Oliveira e Rodrigo Vieira Projetos especiais: Eduarda Chagas Reportagens: Beatrice Teizen, Henrique Santiago, Janize Colaço, Karina Cedeño, Marcel Buono e Raphael Silva Estagiários: Leonardo Ramos, Marcos Martins e Marina Marcondes (RJ) Fotógrafos: Emerson de Souza, Jhonatan Soares e Marluce Balbino (RJ) MARKETING Analista: Erica Venturim Assistente: Renata Cruz (suportemkt@panrotas.com.br) PRODUÇÃO Pedro Moreno (pedro@panrotas.com.br) e William Martins (willian@panrotas.com.br) COMERCIAL Executivos: Flávio Sica (sica@panrotas.com.br) Ivie Furlan (ivie@panrotas.com.br) Priscilla Ponce (priscilla@panrotas.com.br) Rene Amorim (rene@panrotas.com.br) Ricardo Sidaras (rsidaras@panrotas.com.br) Big Data: Igor Vianna (igorvianna@panrotas.com.br) Jéssica Andrade (jessica@panrotas.com.br) Assistentes: Ítalo Henrique (italo@panrotas.com.br) Rafaela Aragão (rafaela@panrotas.com.br) FALE CONOSCO Matriz: Avenida Jabaquara, 1.761 – Saúde São Paulo - Cep: 04045-901 Tel.: (11) 2764-4800 Brasília: Flavio Trombieri (flavio@panrotas.com.br) Tel: (61) 3224-9565 Rio de Janeiro: Simone Lara (simone@panrotas.com.br) Tel: (21) 2529-2415/98873-2415 MARKETING DE DESTINOS Pires e Associados (jeanine@pireseassociados.com.br) ASSINATURAS Chefe de Assinaturas: Valderez Wallner Para assinar, ligue no (11) 2764-4816 ou acesse o site www.panrotas.com.br Assinatura anual: R$ 468 Impresso na Referência Gráfica (São Paulo/SP)

Media Partner

Associações

Parceria Estratégica

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ÍNDICE

nº 1.321 | 23 a 29 de maio de 2018 | www.panrotas.com.br

6 Editorial

Os ciclos da consolidação

8 Check-in

As novidades da semana

16 e 17 Infográfico

Como os destinos contribuíram com o recorde na Flórida

18 As melhores agências de viagens 2018

Quem são os preferidos dos fornecedores

34 Delta Fashion

Testamos a nova coleção de uniformes da aérea

38 ILTM Latin America 2018

Um resumo do Turismo de luxo mundial em São Paulo

44 Affinity Seguro Viagem

Cobertura da convenção da empresa em Angra (RJ)

48 África

Continente se exibe para o resto do mundo na Indaba

54 Travelport Live

Empresa de tecnologia leva tendências do Turismo a Las Vegas

64 Espaço Alagev

A visão de aéreas internacionais sobre o corporativo brasileiro

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Editorial

OS CICLOS DA CONSOLIDAÇÃO

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les são poucos players (15 com produção impactante nacionalmente e mais duas dezenas regionais), poderosos (50% da venda de bilhetes internacionais), competitivos (especialmente depois da gigantização da Rextur Advance, às vésperas de comprar mais uma consolidadora) e acostumados a decidir (assim, sentar em uma associação com votos iguais é um desafio). Tanto que, dito isso, a Air Tkt, que reúne dez consolidadores do País, ainda tem importantes atores fora de seu quadro associativo: por causa do poder, da competição e da vaidade de ter a palavra final. Entre outros motivos. Quando criada, ela tinha 11 associados. Depois perdeu Rextur Advance, Flytour, Gapnet, CNT, e ganhou a Skyteam. Na semana passada, voltou a abrigar a Rextur Advance e a Flytour Gapnet, que, além de reconhecerem o trabalho feito pela entidade, sabem que o momento pede união, seja para negociar com empresas aéreas e outros fornecedores (mesmo não sendo esse o foco da Air Tkt - relações puramente comerciais), seja para criar e trocar soluções para problemas em comum (como as fraudes) e ainda para garantir atenção máxima a seus principais clientes: os agentes de viagens. Há pelo menos uma década são os consolidadores que continuam dizendo aos agentes de viagens que o produto aéreo pode sim ser mais do que uma obrigação.

E esse momento de união (não estranhemos se a CNT regressar e outras ingressarem na Air Tkt) vale como exemplo para quase tudo no Turismo. E na vida. Se sabemos que uma hora precisaremos recuar, ou pensar de modo diferente, ou nos afastarmos de parceiros... Melhor fazer isso tendo nossos inimigos íntimos por perto. Dentro de uma associação, por exemplo. Entidades como a Air Tkt e a Abracorp, de poucos, mas poderosos integrantes, talvez sejam mais difíceis de administrar que as de maior número de associados, principalmente quando uma necessidade externa, como a que ocorre agora com empresas como a Alitalia e a Tap, apaga qualquer desavença, atrito ou pensamento diferente. No passado, outras empresas, como a Lufthansa, para citar uma, foram a causa da união dos consolidadores. Assim como outros momentos fizeram com que achassem que seria melhor o estilo “cada um por si”. A política associativa e a política do Turismo em geral precisam evoluir. Precisam de constância. Precisam de vozes sempre presentes para defender os problemas comuns. As guerras comerciais que continuem no dia a dia de dólar alto e Brasil incerto. Na política, a estratégia e a união devem ser duradouras, de longo prazo. Será bom para todos. E não apenas para apagar incêndios ou inflar egos.n

Artur Luiz Andrade Editor-chefe e Chief Communication Officer da PANROTAS artur@panrotas.com.br 6

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Check-in Aviação

CONSOLIDADORAS X ALITALIA

CEO INTERINO

Após a saída de Jean-Marc Janaillac do cargo de CEO da Air France-KLM, a empresa anunciou o atual Chief Financial Officer (CFO) da companhia, Frédéric Gagey (foto), como interino na função. O executivo será o porta-voz do Comitê de Gestão (CDC, na sigla em francês) criado para liderar o grupo em seu período de transição até que outro profissional assuma permanentemente. O diretor executivo da Air France, Franck Terner, e o CEO da KLM, Pieter Elbers, integram o CDC ao lado de Gagey.n

Os associados da Air Tkt (Ancoradouro, Confiança, Esferatur, Flytour Gapnet, Grupo BRT, LTS, PVT, Rextur Advance e Skyteam) decidiram deixar de vender Alitalia, devido ao corte de condições comerciais que, segundo as empresas, inviabilizariam a distribuição do produto. Outras consolidadoras, como a Sakuratur e High Light, também aderiram ao boicote e uma outra empresa aérea europeia estaria no alvo dos consolidadores, que respondem por boa parte da distribuição de empresas aéreas internacionais no País. Trata-se de um tema comercial em que a Air Tkt não se envolve oficialmente. Nos comunicados, as consolidadoras prometem encontrar as melhores opções em alternativa aos voos da Alitalia. A aérea italiana, por outro lado, informou que está em negociação para evitar o boicote, mas, até o fechamento desta edição, nenhuma informação adicional foi inserida ao caso.n

Acompanhe essas e outras notícias no

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Aviação

RECIFE-FORT LAUDERDALE

GOL NO FRIO ARGENTINO

A Gol voará direto a Bariloche, na Argentina, na alta temporada de inverno. Serão duas frequências semanais, às quartas e aos sábados, partindo de Guarulhos. Além deste novo destino, a companhia também adicionou novas rotas conectando diferentes cidades, como Mendoza, que receberá a partir de julho voos diretos do Rio Galeão, e Córdoba, que terá uma nova rota para o novo hub da Gol em Fortaleza, operações que entram na malha regular da companhia. O voo a Bariloche sai de São Paulo às 14h40 e chega no destino de neve às 19h20. No retorno, sai de Bariloche às 20h20 e chega ao Brasil à 0h25.n

A Azul passou a operar entre a capital pernambucana e Fort Lauderdale, na Flórida. Os voos entre os dois destinos são realizados às sextas e aos domingos, passando a três frequências semanais a partir de 6 de junho. A bordo das aeronaves A330, a maior em operação na frota da companhia, os clientes poderão chegar ao continente norte-americano em pouco mais de sete horas. Recife passa a contar com oito voos semanais da Azul para quatro destinos internacionais: Rosário e Córdoba, na Argentina, e Fort Lauderdale e Orlando, nos Estados Unidos.n

FLYBONDI NO RJ

Com apenas três meses de operação, a low cost argentina Flybondi já se prepara para expandir sua malha aérea por 200 novas rotas, e o Brasil está no radar. Um dos destinos pretendidos pela companhia é o Rio de Janeiro, previsto para ter voos da aérea ainda neste ano. A low cost pediu ao Ministério do Transporte da Argentina a autorização para 26 rotas envolvendo o Brasil, com saídas de destinos como Buenos Aires, Bariloche e Puerto Iguazú. Além do Rio de Janeiro, entre os destinos listados, estão as cidades de São Paulo, Salvador, Porto Alegre, Curitiba, Maceió, Natal, Brasília, Belo Horizonte e Porto Seguro (BA).n 10

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Hotelaria

ACCOR NO CHILE

Andrés Solari e Patrick Mendes, CEOs de Algeciras e Accor, respectivamente

A Accor Hotels adquiriu a rede hoteleira Atton Hoteles, do Chile. A empresa francesa assinou um contrato com o grupo Algeciras, os shareholders da marca, e agora é administradora de seus 11 hotéis, ou 2.259 quartos, espalhados não só pelo Chile, mas também Peru, Colômbia e na Flórida, nos Estados Unidos. O negócio ainda inclui a compra de 20% dos ativos da Atton Hoteles, com os 80% remanescentes sendo do grupo Algeciras. O total investido pela Accor foi de US$ 105 milhões, incluindo cerca de US$ 80 milhões para a administradora e o restante destinado à compra de 20% da propriedade no braço imobiliário, que poderá ser vendido pela Accor após cinco anos. A companhia mira os viajantes corporativos no midscale e upscale, segmentos em que se encaixam os hotéis da Atton, que ainda tem três propriedades em desenvolvimento.n

RESERVAS DIGITAIS

O brasileiro prefere reservar on-line. A constatação do Booking.com se baseou em uma pesquisa feita em 2017, quando 51% dos viajantes brasileiros afirmaram ter feito suas reservas de acomodação exclusivamente em plataformas on-line. A OTA descobriu que 44% deles optaram por realizar as reservas de hospedagem separadamente ao invés de fechar um pacote. O turista brasileiro passou, em média, de 15 a 19 dias viajando a lazer em 2017, sendo 84% delas curtas e em destinos domésticos. Os negócios, porém, compreendem a maior parte das viagens. No ano passado, 67% delas eram corporativas - 46% domésticas, e 21% internacionais.n O craque Gilberto Silva ao lado do CEO da Rede Samba, Guilherme Castro

RITMO DE COPA

A rede Samba Hotéis, que atua em Minas Gerais, Rio de Janeiro e Paraná, agora conta com mais um hotel em seu portfólio, somando oito empreendimentos sob sua administração. Localizado na cidade de Lagoa da Prata, na região centro-oeste mineira, o estabelecimento pertence ao ex-jogador de futebol e pentacampeão mundial em 2002, Gilberto Silva. O Hotel Samba Lagoa da Prata possui duas torres: uma com quatro andares e elevador panorâmico,e outra com nove andares, sala para eventos e estacionamento. Os apartamentos são separados em três categorias: superior, luxo e superluxo. No Restaurante 2002, construído na cobertura da torre mais alta, decorações relacionadas à Seleção Brasileira ganham destaque.n

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PESTANA AMPLIA

A diretora de Vendas de Pousadas do Pestana, Isabel Froufe, e a gerente de Vendas Internacionais, Danielle Boni

O Pestana Hotel Group acaba de lançar dois hotéis em Portugal: a Pousada Vila Óbidos e o Pestana Porto - A Brasileira. Os dois hotéis surgem para aumentar a oferta hoteleira no destino, que virou tendência nos últimos anos, inclusive para os viajantes brasileiros. Na categoria de pousadas, em 2017, o mercado internacional foi responsável por 70% das reservas em Portugal, liderado por Estados Unidos (11%), Reino Unido (10%), Alemanha (8%) e França (7%), seguidos por Espanha e Brasil, empatados (7%), sendo que o Brasil teve alta considerável de 48% nesta categoria de hotéis da rede.n

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Mercado

ALMUNDO NO BRASIL

Depois de conquistar Argentina, Colômbia e México, o Brasil é o novo alvo da Almundo. A OTA oficializou sua chegada ao País com uma grande festa, realizada na semana passada em São Paulo, e revelou a ousada ambição de superar R$ 1 bilhão em vendas até 2020. Cerca de 60 colaboradores atuarão sob o comando do ex-diretor da B2W, agora Submarino Viagens, Luciano Barreto, na busca por tornar a empresa uma das top 3 do segmento por aqui. n

Luciano Barreto, diretor da Almundo no Brasil, e Juan Pablo Lafosse, CEO da Almundo

REXTUR ADVANCE RETORNA À AIR TKT A Associação Brasileira dos INAUGURAÇÃO DO BRIGHTLINE

O Brightline, novo trem expresso da Flórida, foi inaugurado na semana passada com promessas de desafogar o trânsito da região. O serviço conecta West Palm Beach, Fort Lauderdale e Miami pelos trilhos. A abertura conta com oito viagens diárias ao Norte e oito ao Sul. De acordo com a empresa, a fase dois do projeto começará no decorrer deste ano e irá conectar o Miami Central ao aeroporto internacional de Orlando.n

COPA AIRLINES CONTRATA

A Copa Airlines anunciou a contratação de duas executivas de Vendas para a rede de suporte a clientes corporativos e também para sua nova base em Fortaleza. Nara Abreu foi contratada como executiva de Contas para a capital cearense e será responsável pelos mercados de Recife, Fortaleza, Salvador e Rio de Janeiro. Já Karina Bastos é a nova executiva de Contas Corporativas, baseada no escritório de São Paulo. n

Consolidadores de Passagens Aéreas e Serviços de Viagens (Air Tkt) volta a contar com o maior player do setor em seus quadros de associados, a Rextur Advance. Ela se junta novamente a Ancoradouro, Confiança, Esferatur, BRT, LTS, PVT, Tyller e Skyteam. Há indícios de que também a Flytour Gapnet volte ao grupo. A explicação, segundo o diretor geral da Rextur Advance, Luciano Guimarães, é que o momento atual pede a união do setor, e a associação pode ajudar bastante nisso. Por momento atual leia-se negociações mais rígidas com as companhias aéreas, mercado instável, especialmente com a alta do dólar e a proximidade das eleições no Brasil, e, por que não, a consolidação do segmento. n

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Pancorp

SOB NOVA DIREÇÃO

A Abracorp passou recentemente por mudanças em sua estrutura de governança corporativa. No cargo de presidente do Conselho de Administração da entidade desde 2016 estava o diretor da Costa Brava, Rubens Schwartzmann. Em 26 de abril quem assumiu a função, após o término do biênio, foi o presidente da Tour House, Carlos Prado. Agora, a novidade é o novo diretor executivo, que assumiu o posto em 11 de maio. Com uma trajetória profissional baseada em agências de viagens corporativas, como Carlson Wagonlit Travel e BCD Travel, Jahy Carvalho tem como papel principal estar à frente da associação, dando uma só voz a mesma. Tendo o dia a dia da entidade como principal responsabilidade, suas funções executivas serão realizadas de forma mais categórica, em relação à comunicação com o mercado e com os associados. “É uma gestão de continuidade e o principal mote será a inovação e modernização da associação. Nosso intuito é apoderar as TMCs, com base em pilares como inteligência de dados, que envolve a questão de qualidade da informação, e associados sustentáveis, com boas práticas comerciais, desenvolvimento de produtos, atualização e colaboração”, afirma Carvalho. Além da questão do BI, que está na reta de finalização, e os guias de boas práticas da cadeia, a Abracorp pretende atuar como um verdadeiro mediador nas relações dos associados com a indústria e clientes, interagindo com todos os players de mercado. Contribuindo efetivamente, a entidade quer uma melhor profissionalização do setor e melhor preparação do associado, mas sem descuidar da responsabilidade que ela tem com a indústria. O diretor executivo acredita que, em um

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Jahy Carvalho, novo diretor executivo da Abracorp

mundo de negócios tão dinâmicos, a questão de consultoria que as TMCs têm focado com seus clientes é o que tem acrescido valor na relação. “Toda vez que somos surpreendidos por mudanças que impactam diretamente no consumo e até no comportamento de viagem, elas são desafiadas a propor soluções.” É na capacidade de interpretar oportunidades que está o valor de uma agência de viagens corporativas. Hoje em dia não é só mais a busca pela economia, mas, sim, sua aptidão de flexibilidade e adap-

tabilidade e papel de consultora. Seja qual for o tamanho da empresa contratante, certamente há uma TMC com um modelo de negócio que se adapte à companhia. “Nós temos algumas metas e trabalhamos rigorosamente dentro de um plano estratégico, que é composto de prioridades de ações. A Abracorp se profissionalizou no que se diz respeito à governança. Com uma estratégia bastante consistente temos fortalecido a credibilidade da associação. E estou muito animado de entrar nesse contexto”, finaliza.n

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Infográfico

Mesmo com o impacto do furacão Irma, que gerou uma perda de 1,8 milhão de turistas, o Estado norte-americano preferido dos brasileiros bateu recorde no número de visitantes em 2017. 87,2 MILHÕES de passageiros nos 18 aeroportos principais (4% mais aeronaves) 116,5 MILHÕES de visitantes em 2017 (+3,6% em relação a 2016)

ORLANDO RECORDISTA

72 MILHÕES de visitantes (+5% vs. 2016) Em cinco anos cresceu 10 MILHÕES INDÚSTRIA é número 1 na CRIAÇÃO DE EMPREGO US$ 70 BILHÕES de impacto na comunidade

KISSIMMEE Vizinha de Orlando também saiu ganhando 8,6 MILHÕES de visitantes US$ 6 BILHÕES de impacto vindo do Turismo

FONTE: CVBs dos destinos

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MIAMI 15,85 MILHÕES de visitantes 7,8 MILHÕES internacionais (+2,3%) 8,06 MILHÕES domésticos (-0,5%) Brasil é o 4º mercado 525,5 MIL BRASILEIROS (-5%)

THE PALM BEACHES 7,89 MILHÕES de visitantes (+7% vs. 2016) 4,6 MILHÕES de pernoites 74,4% de ocupação (5a MAIOR da Flórida) US$ 4,7 BILHÕES gastos pelos turistas

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Agências de viagens

Beatrice Teizen, Henrique Santiago e Rodrigo Vieira

Por mais atribulado que seja o dia a dia dos executivos de grandes fornecedores da indústria, eles sabem exatamente quem se destaca do outro lado do balcão. E estar na lembrança dos hoteleiros e profissionais de aviação, cruzeiros, destinos e seguradoras é um privilégio a ser comemorado por poucos entre os melhores distribuidores do Turismo nacional. São verdadeiros campeões no país do futebol. A terceira edição da Pesquisa PANROTAS Melhores Agências de Viagens do Brasil traz a opinião de 54 dos fornecedores do País. As seis categorias contemplam agências de lazer, corporativo e Mice, de grande, médio e pequeno portes e também as de fora do eixo Rio/São Paulo. Cada uma em seu ramo foi lembrada por um motivo especial. Não é apenas o volume de negócios que define uma relação entre agente e fornecedor. Organização, processo e qualidade de atendimento B2B são essenciais. Fora isso, o Turismo é uma indústria de relacionamento, e a cordialidade entre os elos também é crucial para que as agências se destaquem. Todos os vencedores desta edição, vale destacar, nem saíram do topo do pódio, isto é, também foram campeões em alguma categoria no ranking de 2017. Nas próximas páginas, confira como Flytour Business Travel, Copastur, CVC, Teresa Perez, Top Service e Belvitur deram um show de lá para cá.

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Viagens corporativas

GRANDE PORTE

MÉDIO E PEQUENO PORTES

1. Flytour Business Travel 2. CWT 3. Alatur JTB 4. BCD 5. Maringá e Avipam

1. Copastur

2. Tour House 3. LTN Brasil e Kontik

Lazer

GRANDE PORTE 1 – CVC

2 – Agaxtur 3 – Flytour Viagens, Primetravel e Orinter

MICE

1 – Top Service

2 – Incentivare 3 – Flytour Eventos

MÉDIO E PEQUENO PORTES 1 – Teresa Perez

2 – Abreu 3 – MGM, Top Brasil e L’Espace

Fora Rio /SP 1 – Belvitur

2 – BTM e Casablanca 3 – Pontestur, Skyteam, MGM, Costa Brava e Porto Brasil

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Grande Porte

Ana Paula de Freitas Oliveira, diretora executiva da Flytour Business Travel

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Gestor e viajante como clientes “No segundo semestre deste ano temos de ficar bem atentos à movimentação de mercado e aos indicadores socioeconômicos, devido ao período de eleição. Estamos em maio, mas, por não termos candidatos e nem posicionamentos definidos, ainda não temos muita noção de como será a segunda metade de 2018. Será um período de flutuação de dólar e o mercado de viagens corporativas acaba sendo afetado”, avalia a diretora executiva da Flytour Business Travel, Ana Paula de Freitas Oliveira. Porém, mesmo com algumas incertezas do ponto de vista de planejamento orçamentário, a TMC está atingindo 100% das metas. Até o momento, o crescimento do braço corporativo do Grupo Flytour foi de 12,8%, e o esperado para o ano é 17%. Uma das contribuições para a superação dos objetivos estabelecido pode ser, segundo a diretora, a proximidade que a TMC tem com o cliente. “Estamos bastante próximos dele para entender suas motivações. Uma prática que funciona muito são os comitês que promovemos com os principais, onde comentamos sobre a indústria e fazemos benchmarking.” Acompanhar o cliente de perto, transparência, relatórios e atendimento de qualidade são alguns dos pilares da Flytour Business Travel. A empresa fez grandes investimentos em tecnologia e em capacitação nos últimos dois anos. Ela também investe em atendimento 24 horas, estando presente nos momentos em que o viajante mais precisa. Com a reestruturação da tecnologia, passou a oferecer relatórios on time aos clientes, com uma série de informações. “Algo que levamos muito a sério são os treinamentos da nossa equipe, que são orientados para a nossa tecnologia, a plataforma, como também para as questões do mercado, como as relacionadas a GDS. Buscamos cada vez mais ter profissionais capacitados e que não sejam orientados apenas a atendimentos, mas que sejam verdadeiros consultores. Passagem aérea está sempre disponível na ferramenta. Mas um

tratamento de consultoria faz a diferença”, explica. Em alta está também a satisfação e experiência do viajante corporativo. No entanto, a empresa precisa levar em conta os savings. Como balancear essa equação? “É extremamente difícil conseguir um equilíbrio. Quando há uma discussão entre o gestor de viagens e o departamento de RH, ao mesmo tempo ele precisa olhar a política de viagem, é preciso ver o viajante como pessoa.” Por isso, cada vez mais a TMC tem trabalhado de perto com o travel manager para que ele deixe claro ao colaborador o porquê da política se apresentar daquela forma, orientando porque ele precisa, muitas vezes, escolher o voo mais barato em vez da opção com o melhor horário. “Quando o viajante entende que a política está olhando para um saving e a empresa mostra como este gasto pode afetar a companhia, ele tem esse entendimento de forma positiva e respeita os conformes estabelecidos. Nossos executivos de relacionamento têm ajudado muito os gestores nesse sentido. Muitas vezes a insatisfação está sendo relacionada à falta de informações que é dada a esse funcionário”, afirma Ana Paula. A executiva acredita ainda que a indústria corporativa está passando mais uma vez por uma transformação. Isso se dá, principalmente, ao fato de, quando o travel manager se vê obrigado a enxergar o colaborador e não só a conta no final, ele precisa pensar diferente. Por isso, as TMCs precisarão se atentar a não somente um, mas dois clientes: o gestor e o viajante. “Atendimento corporativo sempre foi orientado à empresa, economia, gestão. Agora, acho que o maior desafio do mercado é sentar com os gestores e entender com muita propriedade como você atende estes dois clientes. Não é apenas olhar a política orientada ao corte de gastos, mas sim, ao passageiro, que tem toda uma agenda e família que deixa em casa quando viaja a trabalho”, finaliza.

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Categoria:

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Médio e Pequeno Portes Edmar Bull e Edmar Mendoza Bull, pai e filho, comandantes da Copastur: “A capacitação na Copastur envolve o tratamento com o fornecedor. Sabemos como lidar com eles da mesma maneira que temos expertise no cliente.”

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Preparados para as mudanças Quarenta e cinco anos de história é uma marca para poucos no Turismo. A Copastur usa de sua tradição como um dos meios para facilitar a aproximação com clientes, mas nem só de passado vive a agência de viagens corporativas, novamente mencionada pela maioria dos fornecedores da indústria. Para chegar à marca de 800 empresas ativas, a empresa comandada por Edmar Mendoza Bull tem tratado a inovação como prioridade. E não apenas em soluções tecnológicas. “Para nós, inovar é melhorar dia a dia e toda hora em todos nossos processos. Isso é tanto em gestão de pessoas quanto em tecnologia para o mercado”, resume o executivo. Com um novo escritório no centro de São Paulo, a empresa se prepara para um ano de conquistas, como salienta o filho de Edmar Bull, ex-presidente da Abav Nacional e da Abracorp. Os resultados serão alcançados com o alinhamento da empresa e as mudanças de mercado. A Copastur não sentiu a crise, como já foi dito em outras oportunidades, e os indicadores de melhora da economia animam os negócios. O empresário afirma que esse longo período de complicações que prejudicou as empresas, suas clientes, pelo menos trouxe um fator positivo: os gestores de viagens estão mais atentos aos gastos.

“O mercado não vai voltar ao que era antes. As compras já são mais inteligentes, pois agora existe um senso maior de gastos versus benefícios dos colaboradores”, reflete. “Seu papel é mais inteligente e focado no bemestar e na segurança do colaborador.” As conquistas da agência corporativa, como destacado, são tangíveis justamente por compreenderem a adaptação desse mercado tão singular. Expertise. Daqui para frente é esperado que as empresas priorizem o bem-estar de seus colaboradores, e não apenas os gastos de um deslocamento para o Brasil ou Exterior. O diretor executivo prevê que o segmento vai evoluir com o lado humano, mas a tecnologia também é e continuará sendo um facilitador para as empresas. “O setor vai se manter complexo, como vem acontecendo, e acredito que cada empresa é uma empresa e cada viajante é um viajante. Cada um tem suas particularidades.” Se cada empresa é uma empresa, a Copastur pretender fazer seu nome reverberar ainda mais na indústria após a negociação, ainda em sigilo, com uma companhia internacional, além do desenvolvimento de seu braço de luxo, a Copastur Prime. Para 2018, a estimativa é crescer 15% e estar fortalecida para as novidades que virão no futuro.

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Luís Abrahão Neto, diretor da Top Service: “Nós entendemos o fornecedor, sabemos que ele precisa entregar o que promete, mas também tem a necessidade de receber o pagamento dentro do prazo. Temos compromissos e honramos todos eles. São nossos parceiros.”

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Liderança organizada e responsável Este ano traz consigo algumas particularidades. Retomada da economia após uma sequência de crise, Copa do Mundo e eleições. Especialistas afirmam que 2018 será melhor – mas moderadamente – para todos os setores. Para a Top Service, agência de viagens de incentivo e eventos, o ano, apesar de desafiador, é especial, já que o principal torneio de futebol do mundo é sinônimo de oportunidades para a empresa, que está a todo vapor com os preparativos. “Estamos no meio da finalização das viagens para a Copa da Rússia. Não foi vendido como esperado, mas também não foi ruim. Com todas as dificuldades que o Brasil tem, sentimos que houve um pouco de dificuldade para as empresas fecharem o incentivo”, explica o diretor da Top Service, Luís Abrahão Neto. De acordo com o executivo, o que aconteceu foi que a Copa acabou caindo em um período que ainda é uma “ressaca financeira” para o País. Outros fatores que dificultaram também foi o preço da viagem, que não é dos mais baratos, além da distância, da língua e da falta de conectividade – não há um voo direto entre Brasil e a anfitriã do mundial. “Ainda existe um tempo de maturação, de todo mundo ter resultados positivos para fazer investimentos mais parrudos, como esse da Copa do Mundo.” Futebol à parte, o crescimento esperado para 2018 em viagens de incentivo é entre 15% e 20%. “Acreditamos que este ano será melhor que 2017 em termos de negócios e isso está se concretizando. O crescimento está bem interessante em viagens e eventos”, conta Abrahão. Respeito com prazos e pelas negociações é um dos fatores que a Top Service leva muito a sério na hora de planejar uma viagem ou evento. Segundo Abrahão, a característica da agência é de entender o fornecedor, saber que ele precisa entregar o que promete, mas que também necessita ser pago dentro do prazo estabelecido. É imprescindível que

seja uma relação cada vez mais clara e transparente de ambos os lados. “Compramos com as empresas que nos atendem bem. Se sentimos que o cliente final vai atrasar ou modificar o pagamento, afetando nosso compromisso com o fornecedor, cabe a nós, com a nossa responsabilidade, ligar para a companhia fornecedora e avisar que não será possível cumprir. Ela podendo nos ajudar fortalece ainda mais esse lado comercial”, exemplifica o empresário. TENDÊNCIAS Em relação às tendências no mercado de viagens de incentivo, Abrahão acredita que, no País, elas costumam ser ditadas pela economia. Se o dólar explode, as empresas começam a buscar mais viagens nacionais. Com isso, novas ideias vão surgindo, por exemplo, para Salvador, Nordeste em geral e até para opções diferentes em hotéis de São Paulo. “Também acho que está acontecendo algo interessante. Se a Rússia não se tornar um problema de riscos e ameaças, ela pode virar uma tendência após a Copa. Muita gente falará sobre isso e certamente o país ficará em evidência. Terminando o campeonato, creio que muitas empresas vão querer ir para lá. O leste europeu, como um todo passa a ser um pouco mais desfrutado. Já temos muitas viagens para Budapeste e Croácia, por exemplo.” Com reuniões semanais entre a diretoria e os colaboradores, a Top Service preza por adquirir toda a informação que precisar. Não são medidos esforços e não há economia para ter os dados necessários na mão. E isso facilita no momento de tomar decisões que ajudarão a dar qualidade no atendimento. “Encaramos o cliente realmente como nosso 'ganha pão'. E ele precisa ser tratado com todo o respeito e toda a responsabilidade. Além de líderes no mercado, somos uma liderança responsável e organizada”, conclui o executivo.

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Rogério Mendes, diretor de Vendas do Canal Multimarca da CVC Corp: “Nós prezamos pelo bom relacionamento com os fornecedores da mesma maneira que o fazemos com os agentes de viagens.”

Layout atualizado das lojas CVC Foto Roberto Tamer

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Favoritismo natural Agentes de viagens venderam mais CVC do que as lojas próprias e franqueadas da empresa no primeiro trimestre. Essa ultrapassagem foi o que mais se destacou nos resultados divulgados recentemente pela companhia no lazer. Foram R$ 1,6 bilhão via agências multimarcas contra R$ 1,4 bilhão nas lojas CVC/Experimento de janeiro a março de 2018. No ano passado, o lazer da companhia do ABC Paulista totalizou R$ 6,3 bilhões em reservas confirmadas, alta de 12,8% na comparação com 2016. “Reflexo do forte crescimento dos segmentos marítimo e internacional” é a justificativa, embora as viagens de férias domésticas ainda sejam a maior potência. Vale lembrar que os números já compreendem os resultados da Visual, operadora que foi adquirida pela CVC Corp em novembro. E o ritmo continua. No primeiro trimestre, o lazer cresceu 12,6%; o marítimo cresceu 40% e o internacional 25%, com destaque aos circuitos na Europa. Esse volume de negócios já seria o suficiente para a CVC ser a primeira marca que vem à cabeça dos fornecedores na hora de escolher a melhor agência de viagens de grande porte do Brasil – já os números asseguram que ela é a maior não só do País, mas da América Latina. Esse favoritismo natural de uma empresa de quase 50 anos não vem sem méritos. A CVC está inserida na cabeça do consumidor, sobreviveu a crises e segue crescendo em um cenário invasivo, principalmente por conta das agências on-line (vale lembrar que

o e-commerce Submarino ainda não vinga como desejado pelo grupo).

MAIS LOJAS Em 2017, foram abertas 95 lojas CVC, próximo à meta de 100 anuais, fechando o período com 1,2 mil pontos comerciais com a tradicional fachada amarela e azul em shoppings, hipermercados, postos de gasolinas e nas ruas. Essa saudável “disputa” entre multimarcas e franquias é fruto de uma estratégia que vem dando certo. “A operadora preza pelo bom relacionamento com o agente de viagens e investe em ações contínuas de treinamento, eventos exclusivos e programas de incentivo. Não é por menos que, no ano passado, o canal multimarcas atingiu crescimento de 13% em vendas, na comparação com o ano anterior, uma marca histórica nesse canal”, afirma o diretor de Vendas do Canal Multimarca da empresa, Rogério Mendes, destacando o impulso que os destinos internacionais ganharam neste início de ano. “Apesar de os destinos no Brasil serem os mais vendidos entre os agentes multimarcas, as viagens internacionais neste primeiro trimestre tiveram um bom destaque, mesmo diante da alta do dólar. As promoções de passagem aérea, câmbio reduzido, facilidade nas formas de pagamento, com parcelamento estendido, fizeram com que os destinos internacionais tivessem destaque entre os agentes.“

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Médio e Pequeno Portes Tomas Perez, da Teresa Perez Tours: “Os fornecedores reconhecem nosso trabalho como especialistas, não como vendedores. De nosso lado, entregamos aos fornecedores todo engajamento e respeito que temos por eles”

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Sinônimo de referência “Comecei com a minha mãe e uma assistente. Nosso escritório tinha apenas um telefone e uma máquina de escrever.” A lembrança do presidente da Teresa Perez Tours, Tomas Perez, é uma volta de 27 anos do tempo de uma agência que se estabeleceu como referência no segmento de viagens de alto padrão. Há quase três décadas, não se falava em Turismo de luxo, mas sim de roteiros personalizados, relembra ele. Para se tornar conhecida em um mercado novo, a campeã na categoria Lazer-Pequeno e Médio Portes de 2018 seguiu um planejamento trilhado por seus fundadores baseados em três pilares: foco, persistência e paixão. Hoje, a empresa tem mais de 260 funcionários distribuídos em três localizações: São Paulo, a matriz, Brasília e Belo Horizonte. Uma filosofia em comum nessas unidades é não usar as palavras "passageiro" e "pacote". “Nós oferecemos conhecimento e tecnologia aos agentes. Isso para uma agência pequena é quase impossível hoje. Temos especialistas que criam aos clientes, e não aos passageiros, as melhores experiências de viagens de acordo com sua necessidade”, avalia. Ter uma equipe qualificada requer muito, mas muito tempo e preparo. Um colaborador da Teresa Perez passa por um treinamento constante de dois anos até se transformar em um verdadeiro especialista. Até o fim do ano, inclusive, está programada a contratação de 30 colaboradores.

Essa prática distinta passou por um dos principais executivos da companhia, Erik Sadao, responsável pela diretoria comercial e de Marketing. Sua ida a Amsterdã não atrapalhou o andamento dos negócios. “Nós vimos que é possível trabalhar à distância com as ferramentas tecnológicas que se tem hoje. É quase como se ele estivesse aqui”, garante Perez. A presença na Holanda até motiva a agência a abrir uma unidade no Exterior no futuro, mas não em um primeiro momento. A prioridade para os próximos três anos é formar uma equipe que entenda por completo o seu portfólio de produtos e os variados perfis de seus clientes. Com base nessa preparação, Perez vê a Teresa Perez como o principal player do segmento na América do Sul. “Quem gosta de metrópole não pode receber a Índia como sugestão ou não se manda para uma estação de esqui alguém que não gosta de inverno”, exemplifica. Em 2018, a Teresa Perez tem notado um aumento em viagens mesmo com a instabilidade do dólar, fator que pouco incomoda o viajante de luxo. As tendências de destinos estão apontadas para a Ásia, especialmente o Japão, considerado um carro-chefe. Na Europa, França, Espanha e Grécia despontam na preferência. Até dezembro, a estimativa no aumento de receita está entre 20% e 25% e depende da chegada dos novos funcionários.

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Fora do Eixo Rio/São Paulo

Ágil e comprometida A mineira Belvitur atende às necessidades que um mercado tão difícil como o Turismo exige. A empresa é um exemplo de como se reinventar sem perder sua essência. Quando notou que o corporativo, seu negócio de origem, deu sinais de que iria escassear, logo começou a diversificar o portfólio. Hoje, as viagens a trabalho não representam nem 35% do seu share, mas isso não significa queda no volume de vendas. “Muito pelo contrário. Nosso corporativo nunca vendeu tanto, mas enxugamos a nossa cartela de clientes deste segmento e ficamos com as melhores, que representavam mais viagens. Em 2012, vínhamos sofrendo muito com o corporativo, pois o mercado estava prostituído e o cliente final não valorizava nosso trabalho pelo fee que pagavam. Prova de que não abandonamos o corporativo é o investimento em diferenciais de atendimento e serviço, a exemplo da sala vip em Confins”, justifica o diretor da Belvitur, Marcelo Cohen. “Passamos a atuar também no lazer, que hoje vem crescendo 35% ao ano”, completa. São 11 lojas de lazer em Belo Horizonte e outras cidades do Estado, todas seguindo o conceito one stop shop, isto é, completas, com várias opções de produtos, incluindo câmbio. É para entrar como consumidor em potencial e sair como viajante, com embarque programado. São lojas

Marcelo Cohen, diretor da Belvitur: “Somos reconhecidos pelos fornecedores porque nosso volume cresce expressivamente ano após ano, somos comprometidos, temos bom relacionamento e principalmente pontualidade nos pagamentos”

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O júri multimarcas, com uma “prateleira espaçosa”, onde cabem todas as operadoras. “São lojas próprias multimarcas, sem modelo de franquias, vendendo todos os fornecedores. O cliente entra lá e tem toda a oferta do País”, afirma o empresário. “E nossa promessa é de crescer, expandindo para outros mercados do Sudeste. Ninguém no Brasil terá tantas lojas próprias neste segmento”, completa. TECNOLOGIA E EXPANSÃO As lojas e o corporativo são importantes, mas não os únicos componentes que fazem a Belvitur planejar mais de R$ 600 milhões de faturamento para 2018, após um 2017 fechado com R$ 523 milhões. Cohen também tem três sites B2C e mais um no radar, prestes a ser lançado. Entre eles, dois vendem passagens aéreas e outro vende seguro. O próximo portal que vem por aí será de locação de veículos, que em sua visão cresce muito no lazer. Isso sem contar a empresa de cartões de assistência, que deve se chamar Seguros Promo e ter a Zurich Seguros por trás. São mais provas de que a companhia mineira segue cada vez mais o caminho de uma “empresa do Turismo”, e não uma “agência de viagens”. “Estamos nos transformando em um hub de viagens, focados nos segmentos que geram receita, onde temos as melhores margens. Hoje a prioridade da Belvitur é receita, e o mercado tem essa disponibilidade para quem está atento.” Os próximos passos são a abertura de mais cinco lojas na região de Belo Horizonte e, mais para frente, fincar bandeiras em outras capitais dos Estados vizinhos.

Mariana Azevedo Ingrid Davidovich Cristiane Roquetti Paulo Henrique de Almeida Pires Cesar Ricardo Martins Roberto Sanches Valéria Gordilho Celso Guelfi Luiz Henrique Teixeira Mario Carvalho Vivi Amadei Denis Ribeiro Andre Monegaglia Eliane Raboni Annette Taeuber Adrian Ursilli Aldo Leone Filho Luciano Macagno José Roberto Trinca Antonio Americo Altamiro Medici Claudia Shishido Roberto Roman Carlos Nascimento Fernando Gagliardi Luis Ferrinho Ronnie Correa Eduardo Aoki Simone Mariote Eduardo Camargo Douglas Lima Hugo Picchioni Bruna Freitas Annette Taeuber Fernanda Reis Anthony Mota Ricardo Augusto Rodrigues Alves Fabio Lessa Eby Piaskowy Ivan Cadahia Patricia Bestetti Klaus Kühnast Alex Bonareti Michael Barkoczy Sérgio Rego Dilson Verçosa Jr Flávio Marques André Khouri Rogerio Carnevalle Anele Raupp Susana Villanueva Roberto Santos Wagner Chaves Douglas Araújo

Flytour MMT New Age Pestana Localiza Hertz Araucária Park Hotel Orinter Tour & Travel Grupo Armação GTA Delta Air Lines Tap Best Western Air France-KLM Allia Hotels Sandos Lufthansa/Swiss MSC Agaxtur Delta Air Lines American Airlines Azul South African Airways Avianca Holdings Travel Ace Collection Hotels & Resorts Meliá Omnibees Abreutur Intermac Preferred Hotels & Resorts Esferatur Tap Portugal PVT Consolidadora Aeromexico Lufthansa-Swiss Latam Airlines United Airlines Velle Representações Air France-KLM Queensberry Aerolíneas Argentinas Sabre Bekup Corretora de Seguros Beto Carrero World Flytour Viagens MMT Gol American Airlines Rextur Advance CNT Tap Portugal Omnibees Grand Oca Maragogi Resort Esferatur Sakuratur Turkish Airlines

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Aviação

Patrícia Mattos, especial para a PANROTAS – Miami (Estados Unidos)

NOVO ESTILO

NO AR Em abril, a PANROTAS esteve Miami, nos Estados Unidos, para acompanhar a última parada do Delta Fitting Experience, espécie de roadshow organizado pela aérea norte-americana para que os funcionários possam fazer a prova final dos novos uniformes, que passarão a ser utilizados a partir de 29 de maio no mundo todo. O figurino escolhido será vestido por mais de 60 mil funcionários da Delta, incluindo agentes de atendimento ao cliente em aeroportos, comissários de bordo, agentes de rampa e técnicos.

Experimentamos o novo uniforme da Delta, desenvolvidos com exclusividade pelo designer Zac Posen.

Nos bastidores, a novidade era aguardada há mais de três anos pelos colaboradores, em especial pelo fato de a empresa escolher um estilista de alta costura para desenhar o projeto: o jovem designer nova-iorquino Zac Posen, figura conceituada no universo da moda e um amante por viagens. “Queríamos um uniforme marcante e icônico, para fazer qualquer funcionário da Delta ser reconhecido de primeira por qualquer cliente ao redor do mundo. Zac entendeu a proposta e o fez de maneira inovadora. O estilista perguntou aos

A blogueira PANROTAS, Patricia Mattos, entre o VP de Operações da Delta, James Sarvis, e o diretor para América Latina e Caribe, Luciano Macagno

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nossos colaboradores o que eles mais desejavam em um uniforme, afinal, eles que vestiriam todos os dias”, explica o diretor de Novos Uniformes da aérea, Ekren Dimbiloglu. Foram mais de 180 horas somadas com 85 grupos de funcionários para saber o que eles mais buscavam. “O próprio Zac Posen fez as vezes de comissário de bordo durante um período, servindo as pessoas e passando pelo que elas passam diariamente.” A opção acabou sendo, segundo o estilista, aquela que mescla aparatos modernos com influências mais clássicas. No sentido estético, o resultado será visto em alguns dias pelos passageiros, mas, em termos de conforto, parece ter agradado os funcionários da Delta. “Eles gostaram da mescla entre clássico e tradicional e o conforto de matérias-primas modernas”, assegurou o diretor. Uniforme de serviço de Atendimento ao Cliente em Aeroportos

Comissárias de Bordo vestirão este traje

TRADIÇÃO E INOVAÇÃO O escudo da Delta está presente em todos os uniformes da aérea desde a década de 1920, até hoje inalterado. Outra característica bastante presente são os vestidos, queridinhos das comissárias há décadas. A inovação, portanto, está na melhoria de material, incorporação de design e detalhes precisos. Com o avanço tecnológico, os tecidos permitem transpiração e têm superfície à prova d’água. Se um passageiro derramar café na roupa do comissário de bordo, por exemplo, a bebida vai literalmente escorrer sem causar uma mancha ou molhar o tecido.  23 a 29 de maio de 2018 — PANROTAS

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 PROJETO MUNDIAL A Delta ouviu funcionários da quente Miami, da fria Mineápolis, da chuvosa Seattle, da árida Phoenix, entre outras cidades. Além das necessidades climáticas e geográficas, cada funcionário tem sua necessidade particular. Algumas pessoas gostam de capas de chuva que sejam leves, outras precisam das quentes, outras de tecidos frescos. Fora isso, a Delta voa para seis continentes, mais de 300 cidades ao redor do mundo, cada uma com uma necessidade diferente. “Fizemos questão de viajar e ouvir a cada funcionário para que suas necessidades fossem atendidas”, afirma o diretor de Novos Uniformes, Ekrem Dimbiloglu. “Passaram dez anos desde a última modificação dos uniformes da Delta. Temos feito tantos investimentos em aplicativos de celular e outras melhorias tecnológicas neste período, mas chegou a hora de investir em nossos funcionários, pois queremos que os melhores funcionários do mundo, empregados na melhor aérea do mundo, tenham também a melhor aparência do mundo.”, completa Dimbiloglu. De acordo com o executivo, um dos detalhes mais ricos dos novos conjuntos é a simulação de uma asa de avião saindo propositalmente para fora da camisa. “Um pequeno detalhe que remete à nossa paixão pela aviação.” Tanto comissárias de bordo como atendentes de Aeroporto terão também essa opção de traje

Lounge montado pela Delta no Aeroporto de Miami no Delta Fitting Experience

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NA PASSARELA A linha contemporânea mescla cores ousadas e estilos clássicos, além de prestar homenagem à tradição e ao design inesquecível de décadas passadas, valorizando e aprimorando o visual e a marca dos funcionários da Delta. A PANROTAS foi representada pela blogueira Patricia Mattos, do Descobri Viajando e Le Blog, que não resistiu e provou alguns dos conjuntos. "Zac Posen fez um trabalho maravilhoso. As peças são lindas, modernas, funcionais e muito confortáveis. Incrível como ele conseguiu captar todas as demandas importantes de cada categoria e introduzir nos uniformes", afirmou Patrícia, revelando que a Delta foi a primeira companhia aérea a liberar pessoas fora do seu quadro de funcionários para experimentarem os uniformes. "Foi uma oportunidade inesquecível", disse ela.  A PANROTAS viajou a convite da Delta Air Lines. Trabalhadores de Serviço ao Cliente em solo

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Eventos

Henrique Santiago e Rodrigo Vieira

Alison Gilmore, diretora de Portfólio da ILTM, e Simon Mayle, diretor da ILTM Latin America

SOB MEDIDA

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70 países, incluindo 80 expositores estreantes. Foram 360 ao todo. Eles tiveram a oportunidade de, em 14,5 mil reuniões pré-estabelecidas, fazer negócios com compradores de viagens de luxo selecionados de 12 países latinos. Aliás, a feira trouxe 50% mais latinos de fora do Brasil em comparação com 2017, quando o evento ainda era Travelweek by ILTM. A diretora de portfólio dos eventos ILTM, Alison Gilmore, afirmou que isso justifica a troca de nome da antiga Travelweek para ILTM Latin America. "Estava na hora de mostrar essa nova cara. O antigo nome era muito focado em Brasil, e queremos essa feira envolvendo toda América Latina. Esse é um evento para toda a região, e não apenas um país." A mensagem é não perder o foco, e o número de participantes se manteve nos cerca de 1 mil habituais. A abertura encheu o espaço de eventos do Palácio Tangará. Além de caírem no samba, os participantes assistiram a palestras que insistiram em fidelidade

e otimismo. Fidelidade com os clientes: no luxo, aquele 1% de viajantes mais fieis de uma agência têm de ser alvo de 90% da atenção dos consultores. Otimismo com a América Latina: por mais difícil que as coisas estejam no Brasil, o cenário já é melhor do que o dos últimos dois anos, e em relação à vizinhança, a situação econômica é bem mais saudável. "Focar seu tempo nesse 1% de melhores clientes não só é conveniente, como tem um menor custo. Aliás, até quem procura novos consumidores tem na recomendação boca a boca a melhor maneira de encontrar, e ninguém melhor para recomendar um agente do que um viajante transformado e satisfeito. Seus poucos e bons clientes são a mais qualitativa maneira de trazer outros viajantes", justificou, na cerimônia, a escritora, palestrante e especialista em fidelidade do consumidor, Jackie Huba, em um paralelo com Lady Gaga, o principal alvo de sua tese. "Ela não se tornou uma estrela apenas por seu talento. Ela gerou uma fidelidade t

O principal portfólio internacional de eventos de Turismo de luxo voltou ao Brasil para resumir o que destinos, cruzeiros, companhias aéreas e principalmente a hospitalidade de alto padrão têm a oferecer. Acima de tudo, a ILTM Latin America 2018 é como uma aula de organização e de como reverter prospecções em negócios de verdade. É assim que os expositores avaliam a feira. É bem verdade que muitos consideram alto o preço para estar ali, mas, no balanço, os elogios mostram que investimentos caros são necessários para trazer lucros ainda maiores. Pelo menos quando se trata do mais seguro dos nichos da indústria. Os 20 minutos determinados para as reuniões pré-agendadas, os corredores com fluidez, a seleção afinada dos buyers e a prioridade ao networking são características nem sempre encontradas nas feiras realizadas no País, cujo modelo vem sendo cada vez mais colocado em xeque. As marcas vieram de aproximadamente

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SUPERAR COM CLASSE

Mais de 400 mesas estiveram dispostas no Pavilhão da Bienal

Simon Mayle, diretor da ILTM Latin America

t imensa por parte dos fãs." Os dois especialistas que abordaram o cenário econômico da América Latina levaram otimismo à audiência. Um deles foi o diretor do Briclab da Columbia University, Marcos Troyjo. Ao falar sobre o futuro dos negócios na região, o cientista político e economista formado pela USP previu que, no pior dos cenários, a situação latina vai se manter estável. Depois do boom chinês, ele vê a economia mundial oferecendo um cenário de black friday para nossa região. O presidente da MCF Consultoria, Carlos Ferreirinha, não só concorda com o colega palestrante como acalma principalmente os brasileiros sobre o momento. "Não há registro de um período sem crise na região. Isso faz parte da nossa trajetória. Porém, com exceção da Venezuela, todos os países 40

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O preparo e a venda de uma viagem de luxo requerem uma atenção além do normal para operadores. Em destinos consolidados como Paris, Roma e Lisboa, a complexidade deixa de ser tamanha porque suas respectivas infraestruturas aéreas, receptivos, hoteleiras e de serviço servem até os mais exigentes. Mas e para cidades subdesenvolvidas e/ou exóticas, como esse trabalho é feito? As dificuldades são muitas e exigem um trabalho diferenciado por parte dos consultores. O diretor da Nova Operadora, André Pereira, relatou os desafios para se chegar a um produto que agrade o seu consumidor final. Especialista em África e Ásia, seu portfólio foi ampliado com a comercialização de Uganda. De acordo com ele, a formatação do pacote que promove algumas horas de experiência com visitação aos gorilas nativos exigiu um cuidado especial. A experiência inclui um percurso roots de horas em estradas enlameadas e esburacadas e hospedagem em hotéis sem o requinte de uma bandeira internacional. “A nossa solução é garimpar e encontrar os parceiros ideais para termos esse produto pronto”, resumiu Pereira. Para chegar em lugares inimagináveis, a TGK Tour Operator inicia um estudo sobre o destino seis meses antes de colocá-lo na prateleira. A diretora Marta Shinozaki afirma que a preparação de sua equipe é feita em participações em feiras internacionais. Lá existe a possibilidade de fazer contatos com fornecedores que não têm representação no Brasil. “Às vezes, bancamos nosso próprio deslocamento para esses lugares. Nós desenhamos o trabalho com eles, geralmente trabalhamos com quatro a cinco fornecedores. É um trabalho difícil de ser executado, mas traz resultados para nós”, declarou. Quem voa para alguns destinos aéreos a partir de seu hub, em Doha, é a Qatar Airways, um dos poucos representantes da aviação na feira, cujo gerente geral no Brasil, Renato Hagopian, aponta o que é luxo para a classe. “Nos ares, luxo é superar as expectativas e entregar mais do que o esperado. É sair do comum e surpreender com o simples e o mais sofisticado. No nosso caso, ser uma aérea cinco estrelas e oferecer um voo com saída no horário é o básico. O algo a mais é disponibilizar uma cama bem arrumada, um serviço de alto padrão, etc..” n

latinos voltaram a crescer. Estamos de volta aos trilhos." REPAGINADA Em relação à feira, o formato da Travelweek para ILTM Latin America mostra que não foi só o nome que mudou no evento de luxo da Reed Exhibitions. Os expositores, que antes ocupavam dois andares, foram todos ao térreo, deixando o piso mais alto como espaço de capacitação e alguns mimos, como massagens, água de coco e ações pontuais de destinos. À reportagem, o diretor do evento, Simon Mayle, afirma que essa repaginada só fez bem ao encontro. “Conversamos com os expositores e eles estão muito felizes. Tenho visto a aprovação na troca de espaços, pois eles conversam com muito mais pessoas. Nesse período

pós-crise, recebemos hotéis que saíram e voltaram agora já com a expectativa de retornar ano que vem.” Para Mayle, a primeira ILTM Latin America foi 99% perfeita. O 1% que falta melhorar diz respeito a alterações na acústica do ambiente porque a proximidade das mesas acaba aumentando o som e, segundo ele, pode atrapalhar as reuniões. O britânico declara que a edição latinoamericana está encaixada nos moldes das demais, como a da América do Norte, África, Europa e Ásia. “O que muda são as pessoas. Aqui se tem a alma brasileira. Estamos muito felizes e, o mais importante, os nossos participantes estão igualmente entusiasmados.” n Em 2019, a ILTM Latin America acontecerá de 14 a 17 de maio. A PANROTAS é media partner do evento.

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PRODUTOS

Confira alguns destaques do estoque da ILTM Latin America 2018: ANCORADOURO A única consolidadora que expôs na ILTM Latin America 2018 desde o início da feira, quando ainda era Travelweek, garante que chegou para ficar. Os esforços da empresa estarão voltados, como explica o vice-presidente sênior Cassio Oliveira, a oferecer a melhor opção aérea e com um preço justo. “A segurança no embarque abrirá espaço para os agentes venderem serviços complementares. Ao juntar os dois lados da expertise, a Ancoradouro visa a estabilização da parte aérea rapidamente para ampliar seu portfólio.” O segundo produto a ser trabalhado são os resorts nacionais e o aluguel de carros e serviços como transfers até o fim do ano.

Daniel Castanho e Cassio Oliveira, da Ancoradouro

FUTBOL CLUB BARCELONA – ESPANHA Um dos maiores campeões de todos os tempos do futebol, o Futbol Club Barcelona agora está buscando suas goleadas no Turismo de luxo. Entre as experiências oferecidas, estão os melhores lugares em campo durante os jogos, com direito a catering em salas vip, oferta de grupos, desde famílias a corporativo, entre outros produtos, como camisetas e cachecóis personalizados e transporte exclusivo. "Agentes e operadores são cruciais nesse contexto, pois o cliente de luxo é sempre difícil de ser alcançado de maneira direta. Ele costuma procurar um intermediário que o ajude e, além disso, ele não pede um tíquete, e sim uma experiência”, afirma o gerente de Vendas B2B do clube, Raul Rivas. Contato: vip@ fcbarcelona.cat ou www.fcbarcelona.com/vip.

Raul Rivas, do Barça Hospitality

PORTUGAL O Brasil vive um período de retomada de viagens para Portugal. O diretor do destino no País, Bernardo Cardoso, destacou o número de dois milhões de pernoites de janeiro a dezembro do ano passado. Segundo ele, conforme cresce o portfólio de experiências de luxo no destino, cresce também o interesse em feiras como a ILTM, e não à toa o Turismo de Portugal realizou um coquetel inserido na agenda oficial do evento. Ao todo, foram 869 mil hóspedes brasileiros, que injetaram cerca de 600 milhões de euros em 2017. E no primeiro bimestre deste ano, o país europeu recebeu uma alta de mais de dois dígitos, tanto em receita, quanto em pernoites.

Bernardo Cardoso, do Turismo de Portugal

THE BILTMORE O mercado brasileiro voltou a crescer após perder espaço para a Argentina no The Biltmore, em Miami. Localizado em Coral Gables, o hotel é para quem busca um luxo clássico, "sem o agito, barulho e rock and roll de South Beach", avalia a gerente internacional de Vendas para Lazer, Cathy Rodriguez. "Essa é a tradicional cultura do luxo. O clássico, não a loucura", completa. Seus 275 apartamentos passarão por uma renovação completa, mas sem mudanças estruturais. "A propriedade é histórica, não pode receber grandes intervenções. Renovaremos móveis, decoração e outros aspectos", afirma a executiva. Todas as mudanças devem começar em 5 de julho, e a previsão é de que fiquem prontas até 1º de dezembro. Contato: crodriguez@biltmorehotel.com Cathy Rodriguez, do The Biltmore

UNICO 20°N 87°W - RIVIERA MAYA (MÉXICO) O resort da rede RCD Hotels na Riviera Maya, México, tem o desafio de mostrar que seu regime all inclusive não se compara com o das redes massificadas. Com localização privilegiada, o Unico 20°N 87°W tem pouco mais de um ano de portas abertas e, além de bebidas e gastronomia de alta qualidade, oferece atividades já incluídas no pacote, como spa, golfe, passeios, nado com golfinhos, salão de beleza e outros. Contato: a diretora de Vendas para o Brasil, Carla Cecchele: ccecchele@ rcdhotels.com.

Cristina Colin e Carla Cecchele, da RCD Hotels

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ILTM LATIN AMERICA 2018

Caroline Putnoki, do Atout France, com Chloe Salvador Alonso, do Tahiti Tourisme, e Josué Silva, da Air Tahiti Nui

Fábio Melo e Marta Shinozaki, da TGK Tour Operator

Pablo Zabala, da Discover Cruises Karime Buraye, do Aman Resorts, e Serge Ditesheim, do Amanyara

Joan Romero, do Turismo da Catalunha, e Helena Canadell, do Futbol Club Barcelona

Ney Huberto Neves, da AMResorts, em sua primeira ILTM Latin America

Martha Koszutski, da Pier 1, que representa, entre outras, a Crystal Cruises no Brasil

Olivia Herpe, do Les Sources de Caudalie, e Fernanda Sarubbi, da Cap Amazon

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Jean-Philippe Pérol, do Belle Amazon, embarcação de luxo na Amazônia The Ritz Carlton: Tom Pfordresher, de Orlando, Mayra Macaraig, de Aruba, e Steven Redkoles, executivo internacional

Cláudia Baldasso e Ricardo Gilber, do Unique e Unique Garden Hotel

Renato Hagopian e Carolina Tavares, da Qatar Airways

Nathalia Lisse, Douglas de Rhodes e Beatriz Camargo, da Uniworld Cruises Bernardo Cardoso, do Turismo de Portugal, um dos principais destinos expositores da feira

Danielle Andreazzi, Maurice Padovani, Fernando Nishi e Maria Fernanda Serra, da Primetour

José Antonio Coimbra, Luciano Cardoso e Dasha Buldrini, da British-Iberia

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Cartões de assistência

Karina Cedeño — Angra dos Reis (RJ)

RUMO À

A vibração dos participantes é nítida na quinta edição da convenção

LIDERANÇA

Cercados pelas ilhas paradisíacas de Angra dos Reis, mais de 100 colaboradores da Affinity Seguro Viagem trocaram experiências, tiveram novos aprendizados e participaram do planejamento deste ano durante a quinta edição da Convenção Affinity Seguro Viagem, realizada no Vila Galé Eco Resort Angra dos Reis, na última semana de abril Logo que chegaram ao resort, todos ganharam uma mochila, sinal de que a

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bagagem pessoal aumentaria ao longo da viagem: mais experiência e conteúdo seriam carregados na volta. E dessa vez a equipe estava maior. Além da área comercial de várias regiões do Brasil, também participaram os colaboradores da área administrativa da empresa. “Diferente dos outros anos, nesta convenção estão presentes todos os nossos colaboradores, incluindo o backoffice, pois consideramos essencial o treinamento padronizado para todos

aqueles que participam ativamente das nossas conquistas diárias”, explica o diretor geral da Affinity Seguro Viagem, José Carlos Menezes. Devido à importância da ocasião, não houve expediente nos escritórios da empresa durante os dias de evento. “Este é um momento de aprendizado e de traçar metas a serem alcançadas ao longo dos próximos meses”, comenta Menezes. E a meta para 2018 ficou bem mais

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CAMINHO CERTO Se depender dos resultados do ano passado, a empresa se aproxima a passos largos de sua meta: em 2017, a Affinity Seguro Viagem ultrapassou a marca de meio milhão de bilhetes comercializados, crescimento de 60% se comparado a 2016, quando o número foi de 350 mil. “O setor de Turismo como um todo tem seguido uma tendência de crescimento, com a retomada iniciada durante o último ano. Desde a sua criação, a Affinity Seguro Viagem manteve-se firme em seus objetivos e, ano após ano, vem batendo metas e deixando evidente seu papel de destaque no mercado de seguro viagem brasileiro”, avalia Menezes. A empresa registrou crescimento de 43% no faturamento de 2017 frente a 2016, e os resultados também se mostraram consistentes no primeiro trimestre deste ano. “Somente neste período crescemos 28%, e para 2018 o objetivo é aumentar em 40% o faturamento”, afirma o CEO da Affinity Seguro Viagem, Marilberto França. A aposta no trabalho das equipes é forte e um novo escritório será aberto em Vitória em maio deste ano. “Sabemos que o mercado do Espírito Santo tem crescido muito em vendas, por isso estamos reestruturando a

José Carlos Menezes, Alexandre Lança e Marilberto França, todos da Affinity Seguro Viagem

Valéria Pereira (Affinity Seguro Viagem) e Iris Neris (Sompo)

equipe comercial em Vitória. Em breve finalizaremos o processo de seleção e anunciaremos um novo executivo”, conta o gestor comercial GSA 2 da Affinity Seguro Viagem, Luiz Américo. NOVIDADES A MIL Para uma empresa que tem em seu DNA “a inovação como mola propulsora”, nas palavras de Menezes, lançamentos fazem parte do dia a dia, e foram muitos os anunciados durante a convenção. Além do novo escritório em Vitória, foi feito o lançamento oficial da Revista Affinity, publicação trimestral que abrange temas de alta relevância para o

setor de seguro viagem do País. “É a realização de mais um projeto de nosso grupo de gestores. Foram meses desde o surgimento da ideia inicial e buscamos desenvolver uma revista que propicie a interatividade entre nossos parceiros. Temos muita satisfação neste lançamento e de como essa publicação poderá se tornar uma excelente ferramenta de comunicação para o nosso mercado”, avalia Menezes. Com tiragem inicial de dez mil exemplares, o material será distribuído exclusivamente pelo executivo de Contas Affinity Seguro Viagem junto ao agente de viagens, às operadoras

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alinhada e consolidada após o evento. “Atingiremos a liderança de mercado no Brasil até o final deste ano, fato que será impulsionado pelo lançamento de novos produtos no segundo semestre. Isso fará com que nos consolidemos no varejo e passemos a atuar também no atacado, alcançando novos patamares de mercado enquanto realizamos um trabalho forte com as corretoras de seguros”, anunciou o diretor geral da Affinity Seguro Viagem.

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O diretor geral da Affinity Seguro Viagem, José Carlos Menezes, e a gerente de Produtos, Valéria Pereira (SP) junto a Carol Michelon (ao centro), a colaboradora mais nova da Affinity

e ao corretor de seguros. O conceito editorial privilegia temas ligados ao setor, trazendo matérias sobre destinos nacionais e internacionais, informações, esclarecimentos e entrevistas com os profissionais técnicos da área de seguro viagem diante da regulamentação vigente no mercado. Outra divulgação da Affinity Seguro Viagem foi o lançamento, junto à Sompo Seguros, do Manual do Viajante, com dicas e orientações sobre o seguro viagem para o consumidor final. Desenvolvida pela Sompo, a publicação já está disponível no site da Affinity Seguro Viagem, podendo ser acessada também por meio de dispositivos móveis. “O manual tem como objetivo tornar o viajante informado e consciente sobre questões relacionadas à viagem, preparando-o para imprevistos que possam surgir", explica a gerente de Produtos da Affinity Seguro Viagem, Valéria Pereira. E as novidades não param por aí: uma nova plataforma de treinamento para os colaboradores também foi lançada pela Affinity Seguro Viagem. Com conteúdos relacionados às coberturas dos planos, vídeos institucionais e informações sobre acesso ao sistema, a plataforma

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O gestor nacional de Corretoras da Affinity Seguro Viagem, Erick Lorga

ainda oferece treinamentos voltados ao desenvolvimento profissional e pessoal, como coaching e programação neurolinguística. “O objetivo é nivelar o conhecimento dos colaboradores para que eles se sintam mais próximos à empresa e também consigam entender melhor o produto com o qual estão trabalhando, passando assim mais credibilidade e segurança aos clientes”, explica o gestor nacional de Corretoras da Affinity Seguro Viagem, Erick Lorga. Para utilizar a nova plataforma, os colaboradores devem acessar o link www.treinamentoaffinity.com. COLABORADORES ENGAJADOS Este ano, a Convenção Affinity Seguro Viagem promoveu diversas atividades em grupo para que os participantes elaborassem produtos, criassem soluções e dessem sugestões à diretoria da empresa. “A opinião dos colaboradores é muito importante para a Affinity Seguro Viagem, considerando que são eles que estão à frente do atendimento dos clientes e podem nos passar feedbacks e sugestões que serão consideradas inclusive para o lançamento de novos

produtos e estratégias da empresa”, conta o diretor geral da Affinity Seguro Viagem. Além das atividades em grupo, os participantes assistiram a palestras dos parceiros Sompo e Mondial e se envolveram em debates relacionados aos temas apresentados. Em meio a todos, a colaboradora mais jovem da Affinity Seguro Viagem, Carol Michelon, de 17 anos, opinava e expunha casos e sugestões, mostrando que a idade não é impeditivo para o profissionalismo. E foram tantas as novidades apresentadas durante o evento que a diretoria da Affinity Seguro Viagem achou necessário realizar outra convenção, no segundo semestre deste ano. “Essa será a época em que lançaremos novos produtos e, para apresentá-los e consolidá-los, promoveremos outra convenção”, conclui França. Ao final do evento, os participantes tiveram tempo livre para curtir e, além de um passeio de barco pelas ilhas de Angra, também puderam aproveitar as praias e piscinas do resort.n A PANROTAS viajou a convite da Affinity Seguro Viagem.

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Convenção Affinity Seguro Viagem

Iris Neris (Sompo) e Euclides Lanzarin (Mondial)

Flavia Ribeiro, Raquel Fialho, José Gerasso e Carlos Eduardo (todos do RJ)

Wilson Cocenza (BH), Flavio Engelberg (Florianópolis) e Henrique de Andrade (SP) Nilton Silva (Salvador) e Ronaldo Martins (RJ)

O CEO da Affinity Seguro Viagem, e o diretor geral, José Carlos Menezes

Stefanie Trindade, Marcos Vinicius (ambos de SP) e Edson Gonçalves (Recife)

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Eventos

Raphael Silva — Durban (África do Sul)

PARA

TODOS 48

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A relevância do Turismo para a economia e o potencial da África como destino foram expostos na maior feira turística do continente. A Indaba reuniu mais de sete mil participantes durante os três dias de evento, em Durban, África do Sul, com o objetivo de fomentar negócios e atrair visitantes ao território africano. O foco especial, ainda assim, ficou para o ousado objetivo do país sede: adicionar cinco milhões de novos turistas nos próximos cinco anos. Para alcançar essa meta, a África do Sul se depara com o desafio de encarar o preconceito internacional e conquistar cada vez mais perfis de viajantes. Tudo isso, no entanto, passa pelo trabalho de divulgação das possibilidades do país como destino e da criação de novos, e mais atraentes, produtos turísticos. “Competimos com o resto do mundo pela atenção dos turistas,

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“Maior Indaba de todas” reuniu mais de sete mil participantes de 80 países

CEO da SAT, Sisa Ntshona quer África do Sul apostando na diversidade para crescer cinco milhões em visitantes nos próximos anos

Derek Hanekom, ministro do Turismo da África do Sul, endossou a meta de adicionar cinco milhões de novos turistas nos próximos cinco anos

antes de tocar o sino que oficializou o início da feira. "Vamos ampliar os esforços para ajudar os principais destinos turísticos. Adotar medidas que vão reduzir barreiras regulatórias e desenvolver ainda mais negócios", garantiu. DIVERSIDADE DE PRAXE Na Indaba deste ano, a diversidade novamente ganhou espaço nos corredores: foram mais de 1,7 mil compradores internacionais de 80 países e 1,1 mil expositores de 23 diferentes nações africanas. O destaque, mais uma vez, ficou para o pavilhão exclusivo com produtos da anfitriã. Para muitos, a África do Sul, que em 2017 registrou 10,2 milhões de visitantes, é visto como a ‘porta de entrada’ dos turistas para o continente. Se a África do Sul é a porta, as diferentes experiências são a chave para encantar os viajantes. Além dos

tradicionais safaris do Kruger, há as praias de Cape Town, rotas vinícolas em Stellenbosch e Franschhoek. O programa de observação de baleias de Hermanus, o nado com tubarões brancos em Gansbaai e a vida noturna de Joanesburgo também ganham cada vez mais relevância. Essas são apenas algumas das possibilidades em território sul-africano. O CEO da SAT coloca o país como um espelho do continente ao exaltar as inúmeras possibilidades oferecidas aos turistas. “Sejam millennials, viajantes experientes ou até a terceira idade, todos encontram alguma experiência compatível com o seu gosto aqui”, afirmou Ntshona. “Somos um destino para todos os gostos e para todos os bolsos.” EM VERDE E AMARELO O Brasil segue como principal emissor de viajantes da América do Sul ao território sul-africano. De 2014 para 23 a 29 de maio de 2018 — PANROTAS

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mas temos experiências únicas, que não são encontradas em nenhum outro lugar”, afirmou o CEO da South African Tourism (SAT), Sisa Ntshona. Ele ainda aproveitou para brincar na comparação com Orlando. “Não temos uma Disney, mas nem queremos. Aqui temos nossa própria característica, das praias às savanas, com muitas outras opções entre elas.” Quem reforçou o discurso do CEO foi o Ministro do Turismo sul-africano, Derek Hanekom, mas com um alerta. Segundo ele, o fato de a África somar apenas 5% dos desembarques internacionais em todo o mundo – número divulgado pela Iata sobre 2017 – é inaceitável. Porém, mostra o enorme potencial que os destinos africanos ainda têm para conquistar o mercado turístico. "Não há continente com maior potencial que esse. Aqui é o lugar do crescimento, e a Indaba é perfeita para mostrar o que temos de melhor", apontou o ministro

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BANCO DE DADOS Indaba 2018 // 7 mil participantes (+4% em relação a 2017) // 1,75 mil compradores internacionais (+14%) // 1,1 mil expositores (+5,7%) // 200 expositores inéditos // 23 países da África representados em produtos // R$ 26 milhões (US$ 7,3 mi) injetados na economia sul-africana durante a feira

Marcelo Marques, Tati Isler e Diogo Caldeira representaram a equipe da South African Tourism na Indaba

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2017, o número de brasileiros quase dobrou – de 39 mil a 67,7 mil –, sendo que, só no ano passado, o aumento foi de 74% versus 2016. Além dos números otimistas, o escritório da South African Tourism no País, liderado por Tati Isler, comemora a mudança de perfil do viajante. “O brasileiro está aprendendo a viajar a novos destinos, e a África do Sul tem se aproveitado disso. Antes, era um destino que necessitava explicações. Hoje, é diferente. Já está conhecido por boa parte dos viajantes”, destacou a representante da SAT para o Brasil. O trabalho da SAT não fica apenas na divulgação. Educar o trade brasileiro é uma tarefa árdua para tornar o destino cada vez mais popular, facilitando o objetivo de conquistar clientes. Parte desse trabalho fica a cargo do diretor de Relacionamento com o Trade, Marcelo Marques. Ao convidar oito operadoras brasileiras para o programa Hosted Buyers da Indaba, Marques selecionou uma mistura de empresas que já têm o produto África do Sul consolidado com marcas que estão incluindo o destino em sua prateleira. Queensberry, New Age, GW, Latitudes, Kangaroo, Milessis,

Flot e Venturas foram as escolhidas para a feira neste ano. “O ponto principal é entender o produto e se relacionar com os fornecedores. Aqui na Indaba proporcionamos essa conexão para que eles encontrem uma operação ‘amarrada’, sem dores de cabeça quando o cliente desembarcar”, explicou o diretor. VALE A PENA? “Com certeza. Eu indico para todos, tanto para quem já vende África do Sul quanto para quem quer começar a vender. Os sul-africanos estão muito empolgados com a chegada dos brasileiros”, opinou o co-fundador da operadora GW, André Vasconcelos. As operadoras que viajaram até Durban resumiram a participação na feira em dois pontos: relacionamento mais próximo com fornecedores e busca por novos produtos. Com a crescente onda de clientes repetindo viagens ao destino, surge o desafio de encontrar uma diversidade de roteiros e experiências, ponto principal destacado pelos organizadores da feira. Vasconcellos, por sua vez, admite que deu prioridade às reuniões com potenciais novos fornecedores, e não foi o único.

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Brasileiros na Indaba: Margarete e Alexandre Milessis (Milessis Operadora), Marcelo Marques (SAT), Alexandre Vasconcellos (GW), Aluana Vicentini (Latitudes), Carolina Tibau (Kangaroo), Ana Taquecita (New Age), Paula Bilenky (Venturas), Daniele Bonaldi (Flot), Victoria Ibañez (Latam Travel) e Monica Miura (Queensberry)

A travel designer da Queensberry, Monica Miura, participou da Indaba pela primeira vez e também se surpreendeu pela boa recepção dos sul-africanos com os negócios brasileiros. Segundo ela, isso foi fundamental para que as reuniões se tornassem mais do que apenas uma troca de cartões. “Tínhamos um tempo bom para conhecê-los (fornecedores

e produtos) e ainda dava tempo para buscar negócios mais específicos ou até apostas para adicionarmos ao nosso catálogo”, afirmou. Há oito anos atuando como gerente de Vendas e Marketing da DMC Kobo Safaris na África do Sul, Ederval Carbonaro concluiu a experiência brasileira na feira destacando o potencial dessa conexão. Experiências

exclusivas, custo-benefício e bons serviços na recepção turística foram as características exaltadas por ele ao falar da expectativa para os próximos anos. “Com o passar dos anos, o brasileiro vai entender cada vez mais o quanto a África do Sul se parece com o Brasil e como isso pode ser benéfico para quem viaja para cá”, concluiu Carbonaro.n

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Hotelaria

Janize Colaço

TOP OF MIND

DE CURITIBA

Na região central da capital paranaense, o Bourbon Curitiba Convention Hotel se mantém na preferência de quem passa pela cidade e, sobretudo, aos que têm os negócios como principal motivo da visita — tanto que os eventos corporativos têm apelo em seu nome. Com uma ocupação média de cerca de 65% em 2017, a expectativa para este ano é relativamente maior. “Considerando o ano atípico, que será marcado pela Copa do Mundo e pelas eleições, acreditamos que cresceremos três pontos percentuais, alcançando a marca de 68% nas nossas ocupações”, revela a gerente geral do empreendimento, Tatiane Marques. Ainda na prospecção de visitantes, a cidade movimenta turistas paranaenses e de São Paulo aos finais de semana, o que também aponta pela preferência do lazer pelo empreendimento que, anualmente, desponta entre os hotéis Top of Mind da cidade. 52

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CARRO-CHEFE No entanto, a executiva, que assumiu a gerência do hotel há menos de um mês, pontua também que boa parte da perspectiva ascendente em relação à ocupação se deve ao aumento dos eventos corporativos que Curitiba tem voltado a atrair. “Após um período de recessão econômica, as empresas estão voltando a realizar eventos e congressos e, por ser uma importante capital e que abrange uma região metropolitana que dispõe de importantes companhias, o Bourbon mantém uma tradição na escolha dos paranaenses”, salienta Tatiane. Próximo dos principais centros comerciais, o hotel é referência em eventos dos mais diversos portes em Curitiba — dispondo em seu portfólio desde pequenas reuniões até convenções, sem excluir eventos sociais. Ao todo, o espaço comporta até

Tatiane Marques, gerente geral do Bourbon Curitiba Convention Hotel

mil pessoas simultaneamente em 920 metros quadrados. “Temos nove salas de eventos e outas sete office rooms. Além disso, contamos com uma equipe preparada e dedicada exclusivamente para a execução dos eventos, além de equipamentos atualizados e gastronomia própria. Seja qual for o porte e a finalidade do evento, dispomos dos meios necessários para a sua realização”, finalizou. n

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Tecnologia

Karina Cedeño — Las Vegas (Estados Unidos)

Equipe da Travelport junto à comitiva de participantes latinoamericanos

TURISMO São tantos os lançamentos e tendências tecnológicas para o mercado de Turismo que a Travelport dedicou dois dias ao tema em seu evento Travelport Live, realizado em Las Vegas, de 7 a 11 de maio deste ano. Reunindo 300 profissionais no luxuoso The Cosmopolitan, o evento trouxe diversos especialistas e profissionais do setor, que divulgaram estudos e promoveram debates sobre os temas vigentes na indústria. “As tecnologias evoluem muito rápido, os assuntos são dinâmicos e é preciso reunir os profissionais para que se atualizem e fiquem por dentro dos temas apresentados”, afirma

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o vice-presidente interino e gerente geral da Travelport para a América Latina, Luis Vargas. Para ele, eventos como o Travelport Live são muito importantes, já que ajudam os agentes de viagens a enxergarem a tecnologia como aliada, e não ameaça a seus negócios. “Falta conhecimento sobre como usar a tecnologia e fóruns com esse permitem que toda a informação seja traduzida e digerida pelo agente”, afirma Vargas. Os serviços mobile também ainda sofrem certa resistência. “Fizemos uma pesquisa recente e o mobile foi considerado uma necessidade, mas não prioridade para os agentes. Sabemos que

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O HIGH TECH estratégias da Travelport para se diferenciar da concorrência. “Temos uma meta bastante agressiva de ter um tempo de resposta inferior a um segundo até 2020”, conta Vargas. Oferecer conteúdos que vão além do aéreo também é parte da estratégia, agregando valor para o agente de viagens. Há mais de dois anos a empresa mudou sua forma de atuação, passando de provedor de conteúdo para plataforma de comércio de viagens. “Nós entendemos que temos que ser uma plataforma em que tanto agentes como provedores possam interagir e disponibilizar o que têm de melhor (seja serviço ou conteúdo) para o consumidor final”, explica Vargas,

salientando que essa transição não é um processo fácil. “Isso porque mexe com o cotidiano, o histórico e a estrutura das agências, sem contar que ainda há certa resistência por parte delas em aceitar que o mercado está mudando. Queremos mostrar que a tecnologia irá empoderar os agentes e ajudá-los a se manterem relevantes no mercado, por meio do atendimento diferenciado aos clientes”, destaca Vargas. Além de Vargas, estiveram presentes no Travelport Live brasileiros representantes das empresas Ancoradouro, High Light e Wooba.n A PANROTAS viajou a convite da Travelport, com proteção GTA.

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é um processo que leva tempo, pois é preciso primeiro ajudar esses profissionais a entenderem que a tecnologia está a seu favor e depois mostrar a eles quais são ferramentas”, destaca Vargas, que gostaria de ver maior adesão ao produto Travelport Rich Content and Branding. “Há ainda pouca adesão a este produto e ele tem uma proposta muito interessante, que é facilitar para o agente o entendimento das diferenças de produtos ancillaries que as companhias aéreas disponibilizam, detalhando quais serviços são oferecidos para cada grupo de tarifas”, explica Vargas. Ele contou que reduzir o tempo de resposta da API está entre as

O vice-presidente interino e gerente geral da Travelport para a América Latina, Luis Vargas

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Travelport Live t

Luis Vargas, Luisa Cabrera e Carlos Torres (todos da Travelport)

Robson Camargo (Ancoradouro), Luis Vargas (Travelport), Jackson Andrade (Wooba) e André Fülöp (Grupo High Light) formam o grupo de brasileiros que compareceram ao Travelport Live, em Las Vegas

Salomón Garcia, Marina Garcia (ambos da Creatur), Marco Antonio Cardenas e Gabriela Hernandez (ambos da El Mundo es Tuyo)

Wilson Duarte (Aviatur - Colômbia), Thomas Rohl (Grupo Global - Venezuela), Luis Vargas, Carlos Torres (ambos da Travelport) e José Luis Ripoll (Mega Tours - Equador)

Luis Vargas, Josefina Jimenez (ambos da Travelport) e Juan Carlos Aguilar (Mother Travel Knowledge) Luisa Cabrera (Travelport), Maru Denigris (Contravel) e Judith Guerra (Consolid)

Carlos Torres (Travelport), James Figueroa (GDX), Roberto Ramos (Atrapalo), Juan Pablo Lafosse (Almundo) e Wilson Duarte (Aviatur - Colômbia)

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André Fülöp (Grupo High Light) e Luis Vargas (Travelport)

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Diagnóstico

LIDERANÇA

Karina Cedeño — Las Vegas (Estados Unidos)

DE MERCADO

Luis Vargas, Erika Moore e Bret Kidd, todos da Travelport

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ECONOMIAS ASIÁTICAS COMO MOTOR DO TURISMO MUNDIAL O rápido crescimento das economias asiáticas impactará profundamente o Turismo mundial nos próximos anos, de acordo com estudos feitos pelo diretor do Global Perspectives Program e professor na Goizueta Business School e na Emory University, Jeffrey Rosenweig. “O número de viagens aumenta quando as economias crescem, e considerando que países como a Índia têm crescido 7% ao ano, é visível que isso terá um impacto muito significativo no Turismo como um todo, levando em consideração o fato de que os mercados são interdependentes e qualquer mudança em um afetará os demais”, destaca Rosenweig. Em outro estudo, ele revela que entre países como Canadá, Reino Unido, Estados Unidos, China, México, Alemanha e Japão, o Brasil é o único que apresenta taxa de desemprego superior à apresentada em 2009. “Apesar disso, o País, assim como a Argentina, voltará a crescer economicamente nos próximos anos, mesmo que em ritmo moderado”, complementa o professor.

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O Brasil lidera o ranking dos principais mercados para a Travelport na América Latina, seguido por México, Argentina e Colômbia. São mil agências clientes só no País, e mais de 2,3 mil na América Latina. “Para este ano, o objetivo é continuar consolidando o nosso crescimento. A América Latina é a única região que está crescendo a dois dígitos e temos recebido feedbacks bastante positivos em nossas pesquisas de satisfação relacionadas aos últimos produtos implementados”, conta a gerente geral para o México e a América Central da Travelport, Luisa Cabrera. Segundo ela, o objetivo é não apenas fortalecer o relacionamento com os atuais clientes, como também se dedicar aos novos. “Temos como diferencial o real interesse pelos negócios de nossos clientes, buscando oferecer soluções personalizadas”, completa Luisa. Entre tantos temas debatidos no Travelport Live, dez deles ganham destaque. Confira a seguir quais são:

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USO DE ASSISTENTES VIRTUAIS

Contar com a ajuda de um assistente virtual para buscas e reservas está nos planos de um a cada três viajantes, segundo pesquisa feita pela Phocuswright e divulgada durante o Travelport Live. “Cerca de 40% dos adultos nos Estados Unidos fazem uso da pesquisa de voz pelo menos uma vez ao dia”, comenta o VP global e diretor geral para Negócios OnLine da Travelport, Rob Brown. Ele também conta que a penetração das reservas on-line no mercado irá crescer até 2020, sendo de 58% na Europa, 43% nos Estados Unidos e 40% na América Latina.

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São 43 as companhias aéreas certificadas no nível 3 do NDC da Iata, e até o final deste ano elas serão responsáveis pelo embarque de 59% dos passageiros mundialmente. “Dentre as aéreas certificadas, 20 pretendem ter 20% de suas transações feitas via NDC até o final de 2020. Esse é um estímulo e tanto para que as companhias se tornem mais engajadas”, ressalta o VP de Produtos e Marketing de Comércio Aéreo da Travelport, Ian Heywood, durante o evento.

AGÊNCIAS MAIS CRIATIVAS Os viajantes estão cada vez mais exigentes, e isso significa que o mercado e as agências de viagens precisam acompanhar suas demandas. Quem expôs o assunto foi o diretor geral da Travelport para as Américas, Bret Kidd. “O desafio das agências de viagens e fornecedores é saber que não dá para atender os viajantes de hoje da mesma forma com que atendiam as gerações anteriores. Os millennials estão aí para provar isso, e querem a facilidade de fazer suas reservas via mobile de qualquer lugar”, ressaltou Kidd. De acordo com ele, o nível mais alto de exigência pede que os agentes de viagens sejam mais criativos e se atualizem, buscando soluções que se adaptem às tendências vigentes.

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O VIAJANTE NO CENTRO Antecipar as demandas dos viajantes tem se tornado o foco de muitos negócios, e é também o caso da Travelport. O fato de a empresa não utilizar mais a nomenclatura GDS, e sim plataforma de comércio de viagens, está trazendo cada vez mais as necessidades dos viajantes para o centro das atenções. “Consideramos fundamental antecipar para o viajante as possíveis transformações em seu caminho, preparando-o de forma adequada para elas. Esperamos que todo o nosso investimento em novas tecnologias se converta em facilidades para os viajantes, tornando-os empoderados, além de oferecermos a eles suporte em todos os passos de sua trajetória”, conta a VP de Vendas para os Estados Unidos da Travelport, Erika Moore.

PERSONALIZAÇÃO COMO DIFERENCIAL COMPETITIVO

A personalização de viagens valoriza não apenas o viajante, como também a empresa que a oferece. O CEO da Almundo, Juan Pablo Lafosse, comentou que o fato de a OTA ser a segunda maior companhia do ramo de viagens da Argentina se deve, entre outros fatores, ao alto nível de personalização que procura oferecer aos clientes. “Não podemos considerar as necessidades do consumidor como meros dados, mas sim utilizar ferramentas tecnológicas como a inteligência artificial para empoderar a personalização que oferecemos por meio de nossos parceiros, dando a eles a base para aprimorar as experiências dos viajantes. Não queremos oferecer commodity”, enfatizou Lafosse. Ao ser questionado por Erika Moore sobre a necessidade de chegar à liderança de mercado, ele afirmou que há outros fatores tão importantes quanto este. “Não direcionamos nosso enfoque à necessidade de competir todos os dias, mas sim às inovações que podemos oferecer. Acredito que que a indústria de viagens tem o poder de transformar o mundo, a começar pelo fato de que as pessoas, quando viajam, entram em contato com outras realidades e retornam ao seu país melhores do que quando saíram”, destaca O CEO da Almundo. 58

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TRANSAÇÕES VIA NDC

Juan Pablo Lafosse, da Almundo, e Erika Moore, da Travelport, durante debate

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O PREÇO COMO NORTEADOR DAS RESERVAS O preço continua sendo a principal prioridade dos viajantes corporativos e de lazer ao fazerem suas reservas aéreas: 74% dos que viajam a lazer priorizam este item ao comprar a passagem aérea, ante 51% dos viajantes corporativos, de acordo com o VP global e diretor geral para Negócios OnLine da Travelport, Rob Brown. Em seguida, vêm os horários de voos convenientes, para 42% dos viajantes a lazer e 55% dos corporativos. “Em terceiro lugar estão os voos com poucas conexões (41% lazer e 52% corporativo) e em quarto vem a localização do aeroporto, importante para 37% dos viajantes a lazer e 47% dos que viajam a trabalho”, conta Brown. A experiência anterior com a companhia aérea também aparece na lista, importante para 31% dos que viajam a lazer e 42% dos viajantes corporativos.

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E BIG DATA A Inteligência Artificial trará mais mudanças nos próximos dez anos do que as ocorridas nos últimos mil anos, de acordo com a CEO e fundadora da empresa A-kin, Liesl Yearsley, ressaltando o fato de toda grande empresa de tecnologia utilizar hoje a inteligência artificial. É fato que essa solução veio para ficar, e o melhor exemplo são os chatbots utilizados por companhias aéreas, hotéis e outras empresas do setor. O interessante dessa tecnologia é que quanto mais é utilizada, mais aprende, podendo criar níveis cada vez mais personalizados de atendimento. Além dela, soluções como big data, blockchain, internet das coisas, realidade virtual, identificação biométrica e reconhecimento facial ajudarão cada vez mais as empresas a facilitarem seus processos.

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USO DE CARTÕES VIRTUAIS O uso do virtual card number (VCN) está cada vez mais em alta, ainda mais para o controle contra fraudes, que custam US$ 1 bilhão para as companhias aéreas anualmente. Além de reduzir tal risco de forma significativa, esse tipo de pagamento simplifica bastante as transações financeiras com hotéis e companhias aéreas, além de facilitar também o controle dos gastos dos viajantes pelos gestores de viagens.

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USO DE PLATAFORMAS COMO WINDING TREE Recente pesquisa da Travelport revelou que 43% das empresas estão explorando o uso do blockchain, e um desses exemplos é a plataforma Winding Tree, primeiro blockchain público direcionado à indústria de viagens, que já tem como parceiros empresas como Lufthansa, Swiss e Air New Zealand. O objetivo da plataforma é tornar as viagens mais baratas para o usuário final, ao mesmo tempo em que são mais lucrativas para os fornecedores. Além disso, a tecnologia possibilita que as pequenas empresas compitam com os grandes players. Há grandes chances desse tipo de plataforma começar a ser usada por TMCs futuramente, para processos como configuração de políticas de viagens e compliance, questões relacionadas a duty of care, entre outras. 23 a 29 de maio de 2018 — PANROTAS

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Memória

PARECE ATÉ 2018

Henrique Santiago

Retomada de Miami, aposta na Argentina, aumento de fluxo internacional no Ceará. Poderiam todos esses assuntos serem manchetes em 2018, mas os empresários do Turismo já falavam sobre isso lá em 1993. Esse período marcou o reinício de uma era pós-impeachment com a saída de Fernando Collor da presidência do Brasil e a entrada do vice Itamar Franco para o posto. A incerteza após um ano anterior considerado catastrófico para o trade ainda pairava, mas havia um certo ar de otimismo com o que estava por vir. Poderia ou não ser nos dias de hoje? Os proprietários de agências de viagens depositavam total confiança nos Estados Unidos, sobretudo com a tríade Miami, Orlando e Nova York, não à toa três dos principais mercados emissivos para o trade brasileiro no país norte-americano. O doméstico era alimentado pela região Nordeste, com destaque para a Bahia e suas novas atrações Morro de São Paulo e Arraial d’Ajuda. Para driblar qualquer situação negativa, o trade olhava para a profissionalização de seu negócio. O trabalho focado em atendimento e personalização bem como o investimento em tecnologia eram os motores para crescer a venda. A única diferença que separa esses 25 anos é que o viajante de alto padrão tinha como opções Bangcoc e Hong Kong, que contemplavam a malha da Varig. Hoje, nenhuma dessas cidades asiáticas é servida e a empresa aérea vive apenas na memória.

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LGBTravel Marcos Martins

Membros do Comitê LGBT da Accor Hotels com a drag queen Tchaka, durante evento em São Paulo

EMPRESA DA DIVERSIDADE

Fora do armário, a Accor Hotels comemorou um ano de atividades do seu Comitê LGBT, formado por representantes de diversas áreas da empresa, e também a presença no Fórum de Empresas e Direitos LGBT. Além disso, a rede ganhou o selo de Empresa Amiga da Diversidade, entregue pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). “Iniciamos oficialmente a nossa estratégia desde o ano passado e o marco oficial foi a assinatura de dez compromissos com o Fórum de Empresas e Direitos LGBT. A partir disso, iniciamos vários trabalhos internamente de capacitação dos colaboradores”, explica a vice-presidente de Comunicação e Responsabilidade Social

A NYC & Company, organização de marketing turístico de Nova York, divulgou a lista de eventos programados para junho, quando se comemora o Orgulho LGBTQ na Big Apple. Entre os destaques, a 49ª NYC Pride March será realizada no dia 24, com início às 12h, no cruzamento da 16th Street com a 7th Avenue, em Manhattan, e, antes da parada, há várias opções de eventos. No dia 23 será realizada a nona edição da Pride Celebration Day, no Harlem. O evento anual acontece das 12h às 18h, na 12th Avenue, entre West 125th e West 133rd. Já a região do Brooklyn celebra o orgulho LGBTQ com a 22ª Annual Brooklyn Pride Week, de 4 a 9 de junho. A programação completa está disponível em: nycgo.com/LGBTQ. n 62

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Nova York reunirá diversas atrações em junho

Divulgação NYC & Company/ Walter Wlodarcyzk

AGITO NA BIG APPLE

Corporativa, Antonietta Varlese, líder do Comitê LGBT. Vale lembrar que a Accor será a rede de hotéis oficial da Parada Gay da capital paulista, que acontece em 3 de junho, e faz parte da nova campanha São Paulo com Respeito. “Quando reconhecemos a diversidade do outro, criamos condições favoráveis para o desenvolvimento de novos talentos”, completa o CEO da Accor Hotels para América do Sul, Patrick Mendes. Os hotéis passarão a utilizar tags para porta dos quartos com mensagens que reforçam o apoio à causa, além de disponibilizar telefones de denúncia em caso de LGBTfobia.n

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PATROCINADO

FÁCIL E MAIS COMPLETO “Ser uma plataforma all in one para o agente de viagens, com tudo o que ele precisa em um só local”: esse é o principal objetivo do E-FácilPlus, de acordo com o diretor de Operações e Tecnologia da Ancoradouro, Robson Camargo. O serviço permite que agentes de viagens pesquisem e façam a reserva e emissão de passagens aéreas nacionais e internacionais, hotelaria, seguro viagem, passagens rodoviárias e cruzeiros marítimos. “O E-FácilPlus é uma plataforma tecnológica e provedor de serviços para a Ancoradouro, envolvendo desenvolvimento de novas funcionalidades (portal, back-office e intranet), atendimento emergencial, de suporte às reservas e emissões não aéreas, além de funções de CSC para faturamento e reembolso”, explica Camargo. Criado pelo Grupo Ancoradouro, o serviço, reconhecido com um dos sistemas de reserva líderes da indústria, já conquistou mais de 6,5 mil agentes de viagens. Apenas no ano passado, houve um

crescimento de 23% no número de usuários. Outro diferencial da plataforma é a ferramenta Corporate. Exclusiva para gestão de viagens corporativas, ela permite que o profissional faça reservas e emissões on-line de aéreo nacional, hotéis, cadastre cartões corporativos e gere relatórios, tudo em conformidade com as políticas de viagens das empresas. Para que os agentes de viagens possam usar o serviço a qualquer hora e de qualquer lugar, o E-FácilPlus tem um aplicativo para dispositivos móveis, compatível com iOS e Android. A versão para a Apple, aliás, acaba de ser atualizada e está de cara nova. O aplicativo envia ainda notificações aos usuários com promoções diárias, ofertas exclusivas e informações úteis sobre horários de voos e reservas. Assim, o profissional pode avisar rapidamente aos seus clientes quando há algum preço mais competitivo no mercado. COMO FUNCIONA Para utilizar a ferramenta, o agente de

viagens deve entrar em contato com o executivo de contas da Ancoradouro, para que seja providenciado um cadastro de acesso ao Portal E-FácilPlus. Os contatos estão disponíveis no site da Ancoradouro, na seção Fale Conosco. Feito o cadastro, o profissional recebe um login e senha para acessar a área do agente e fazer transações. A área do agente é onde o profissional terá controle de vendas de aéreo e terrestre, recebimento e visualização de faturas de boletos, pedidos e acompanhamentos de reembolso. No portal, é possível visualizar os fornecedores, verificar os índices de atrasos e cancelamento das aeronaves, realizar o check-in online, além de acessar o GDS. Outra vantagem são os formulários RAV para acompanhar a rentabilidade da agência. O site oficial disponibiliza ainda uma série de videoaulas sobre todas as funcionalidades da plataforma para facilitar a vida de quem começa a usar o sistema. Rápido, seguro e fácil.n

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MANTENEDORES ALAGEV

EVENTOS E VIAGENS CORPORATIVAS www.alagev.org | Edição 24 – 23 de maio de 2018 Parte integrante da revista PANROTAS

O gerente geral da Air Europa no Brasil, Luis Sobrinho

COM A PALAVRA,

AS AÉREAS

Karina Cedeño

Não é fácil inserir políticas de viagens globais às demandas locais, considerando as mudanças no cenário atual da aviação e também o fato de que, muitas vezes, os clientes não entendem quais são as regras e os benefícios envolvidos nos acordos de viagens. É nítido o desafio, mas muita coisa pode ser feita por meio da interação constante entre empresas, companhias aéreas e OBTs, com o objetivo de gerar conteúdo e informações que componham um documento útil para os viajantes. 64

Mas qual é a opinião das companhias aéreas sobre isso? O que elas consideram importante em uma política de viagens para que ela atenda de forma efetiva às demandas dos viajantes? Para o gerente geral da Air Europa no Brasil, Luis Sobrinho, o cenário ideal seria aliar a política global das empresas às condições comerciais das companhias aéreas. “Hoje o maior desafio é adaptar os padrões das políticas de viagens globais à cultura do Brasil, estruturando os processos para

que possam atender às demandas locais”, destaca Sobrinho. A executiva de Contas da Tap, Adriana Tolentino, destaca que atualmente as políticas precisam abranger um número muito maior de variáveis do que no passado. “Há muito tempo os gestores e as companhias aéreas vêm debatendo temas como a cobrança de ancillaries. Agora essa realidade chegou e as políticas precisam estar adaptadas a ela. Muito se falou, mas pouco foi feito em relação a isso”, destaca Adriana.

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A executiva de Contas da Tap, Adriana Tolentino

Ela também comenta o fato de a maioria das políticas ser baseada em preços. “É a menor tarifa que conta, mas é preciso observar se ela oferece os serviços adequados ao viajante que vai utilizá-la. No caso da Tap, por exemplo, a menor tarifa não inclui bagagem e não permite reemissão nem reembolso. Por US$ 50 a mais já é permitida a bagagem e a alteração de voo. É uma diferença mínima, mas que dentro da política teria de ser justificada. Ou seja, é preciso adaptar essas variáveis, aproveitando também para fazer a ligação da política de viagens com os benefícios que os passageiros têm em seus programas de fidelidade”, relata Adriana. DESCONHECIMENTO DO VIAJANTE Um grande problema observado tanto por ela como por Sobrinho é o desconhecimento, por parte dos usuários, sobre os benefícios envolvidos nos acordos de viagem. “Muitas vezes há um budget x, mas o cliente quer o serviço y, por isso é fundamental que os termos do acordo sobre o produto adqui-

rido estejam claros para o cliente e este saiba quais são os seus direitos”, explica Sobrinho. Adriana também considera essencial conhecer a fundo os fornecedores. “Muito já foi falado sobre o fato de o gestor ter de conhecer o perfil do seu viajante, e isso é fundamental para o bom andamento de uma política de viagens. Porém, tão importante quanto isso é o gestor conhecer bem os seus fornecedores, tendo noção de tudo o que a companhia aérea pode oferecer a ele, como oportunidades de savings, por exemplo”, frisa a executiva de Contas da Tap. Mas, em tempos em que autonomia ao viajante corporativo é essencial, de nada adiantará ter uma política exemplar se as ferramentas de selfbooking não contribuírem para o bom andamento dos processos. “Mesmo no caso de uma empresa modelo, que já conheça os perfis de seus viajantes e tenha desenvolvido uma política exemplar junto às companhias aéreas, incluindo todas as variáveis, se o selfbooking não for capaz de mostrar ao passageiro todas essas opções e permitir que ele

escolha o voo que quer mandar emitir, todo o esforço inicial será desvalorizado”, afirma Adriana. “As ferramentas não estão preparadas para essas variáveis e não há um culpado para isso, já que os desenvolvedores não contavam que as mudanças de cenário na aviação teriam um impacto tão grande”, complementa ela. EVOLUÇÃO NECESSÁRIA Sobrinho também considera necessário que as tecnologias evoluam para acompanharem as mudanças propostas dentro do modal de aviação comercial, seja nacional ou internacional. “Um exemplo hoje é o fato de a Anac já ter deliberado suas resoluções de franquias de bagagem e os OBTs ainda não estarem adequados a isso. É preciso que haja a modernização e parametrização dos processos o quanto antes”, destaca o gerente geral da Air Europa para o Brasil. “Sabemos que o caminho é longo e não é fácil, pois são muitas as variáveis envolvidas, mas as companhias aéreas vêm tratando essas questões de forma muito aberta e espero que logo as políticas de viagens possam incluir essas informações da forma mais lógica e padronizada possível”, conclui Adriana.n 23 a 29 de maio de 2018 — PANROTAS

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ÁFRICA DO SUL Raphael Silva

Na busca por diversificar sua oferta ao turista, a África do Sul aposta em um perfil exclusivo para os brasileiros no Instagram. Conteúdo em português, divulgação de destinos com belas fotos e roteiros fora do comum reafirmam a estratégia da página, que parece estar dando certo.

No post que exalta a ainda pouco conhecida cidade de Franschhoek, todos os comentários são positivos, seja de quem já conhece ou quem tem vontade de conhecer o destino. O post rendeu mais de mil curtidas.

PERFIL @DescubraaAfricadoSul 1328 publicações 31,4 mil seguidores

Outro exemplo é a foto de Dolphin Beach, que rendeu mais de duas mil curtidas e 77 comentários, como o do @guiaviajarmelhor.

O conteúdo da postagem sobre observação de baleias em Gansbaai e Hermanus também agradou aos usuários. @abreucarolinne até comentou sobre o melhor período para o destino. 66

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