Revista Mármore & Cia Edição nº 66 - 2014

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Destaques desta edição

Barroco Itália-Brasil: Sacralidade em Prata e Ouro............................... 06

MINASCON / CONSTRUIR MINAS 2014: Foco na Sustentabilidade.................................................... 12

Cachoeiro Stone Fair - 2014: Mostra sua Importância......................................... 19

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Marmomacc 2014: Sempre na Vanguarda.......................................... 24

Casa Cor Minas 2014: O luxo integra-se Ă natureza ................................. 30

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Fique Sabendo..................................................... 36


Editorial - Fim de Ano “Tudo como d’antes, no Quartel de Abrantes”. Este ano de 2014 foi difícil. Muito difícil mesmo. Desde o primeiro semestre. Perdemos o Hexa, o comércio entrou em queda, a inflação começou a subir e a indústria ficou estagnada. Não melhorou no segundo semestre: eleições majoritárias, com uma agressividade nunca vista, mais inflação e escândalos inacreditáveis. As cores do Brasil, o verde e amarelo, ficaram esmaecidas e o país, rachado, dividido entre os dois partidos predominantes, após as eleições, teve seu mapa colorido de vermelho e azul. Os Yankies ganharam. Na última edição do ano, entre matérias interessantes para o setor da base da construção civil, destacamos a CASA COR – MG - 2014. Mas, o fim de ano está chegando e tradicionalmente, as coisas voltam a melhorar. As esperanças renascem. É como se fosse uma pausa para recarregar as baterias. É uma época que proporciona otimismo, paz. E é exatamente o que desejamos para os nossos leitores, colaboradores e apoiadores. Assim: God save the brasilian people. Até a próxima e boas festas.

Os editores

^ŝŶĚŝĐĂƚŽ ĚĂƐ /ŶĚƷƐƚƌŝĂƐ ĚĞ WƌŽĚƵƚŽƐ ĚĞ ŝŵĞŶƚŽ ĚŽ ƐƚĂĚŽ ĚĞ DŝŶĂƐ 'ĞƌĂŝƐ



Barroco Itália-Brasil Sacralidade em Prata e Ouro

o atravessar o Atlântico no século XVII, provindo da Itália, o Barroco se metamorfoseia no Brasil – e, mais especificamente, em Minas Gerais. Por aqui, o movimento artístico europeu, caracterizado pela identificação com a contrarreforma, por curvas exacerbadas e pela sobriedade, ousou transfigurar significados e possibilidades. Para marcar a inauguração de sua nova sede no Circuito Cultural Praça da Liberdade, no dia 10 de junho de 2014, a Casa Fiat de Cultura preparou exposição inédita, na qual a matriz italiana do Barroco e suas inovações brasileiras dialogam de modo único. Barroco Itália Brasil – Prata e Ouro na Casa Fiat de Cultura apresentou a suntuosidade da prata italiana e o esplendor do ouro brasileiro, expressos em 40 esculturas especialmente reunidas para o público, em Belo Horizonte. Dentre os exemplares selecionados para representar raridades mundiais do Barroco, 20 são moldados em prata, provenientes de importantes museus e coleções da Itália,

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que representam a face luminosa da escultura barroca italiana do século XVII. Outras 20 peças são obras policromadas de grandes artistas do Barroco mineiro e brasileiro, que traduzem a riqueza histórica e artística do período colonial. Com curadoria italiana de Giorgio Leone e Rossella Vodret e brasileira de Angelo Oswaldo, a mostra apresenta esculturas peculiares nunca antes reunidas, evocando a grandiosidade do Barroco nas manifestações dos países que mais marcaram o movimento. Na visão do Presidente da Casa Fiat de Cultura, José Eduardo de Lima Pereira, a mostra ajusta-se perfeitamente ao momento vivido pela instituição. “A mostra sintetiza uma de nossas intenções permanentes, que é fazer com que sejamos um portal de ligação entre as culturas brasileira e mundial. Lembremo-nos que nosso Barroco não é um fenômeno isolado, mas que se insere em um conceito artístico e histórico mais amplo, com manifestações diferenciadas, que se integram por uma matriz comum.


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Para a mostra no Brasil, foram selecionadas esculturas dos mais conceituados artistas ourives italianos representantes do estilo, como Domenico Antonio Ferro, Domenico Capozzi, Filippo Del Giudice, Giacinto Buonacquisto, Giovan Battista d’Aula, Bartolomeu Granucci, Lorenzo Vaccaro, Nicola Avitabile, Tommaso Treglia e Michele Pane. Gênios do Barroco brasileiro completam a mostra, com peças de grande valor histórico e cultural. Nomes como Aleijadinho, Mestre Valentim, Mestre de Piranga, Francisco Vieria Servas, Antônio Pereira da Costa e Joaquim Gonçalves da Rocha marcam presença, assim como Alfredo Ceschiatti e Maurino de

Araújo, que apresentam referências barroquistas e deram seguimento à arte sacra mineira mesmo no século XX. Juntos, artistas da Itália e do Brasil mostram um paralelo entre as duas culturas e um contraste entre dois momentos do Barroco, provocando emoção e sacralidade. Um dos destaques da exposição, é um São João Batista (1718-1719), de Nicola Avitabile. O busto do santo, um dos mais representados artisticamente ao longo das gerações, é uma das raridades do Museo Del Tesoro di San Gennaro e apresenta um rosto expressivo, sob uma base ricamente ornada. Outra obra que merece atenção é Sant’Ana Mestra

(Século XVIII), de Antônio Francisco Lisboa, Aleijadinho – artista que, em 2014, recebe homenagens em todo o Brasil, em função dos 200 anos de sua morte. A representação da santa que deu a luz a Virgem Maria tem uma iconografia privilegiada em Minas Gerais e mostra a mãe de Jesus ainda criança. Além do valor histórico e da riqueza que marcaram a época, as obras selecionadas para representar o barroco italiano estonteiam o público pelo preciosismo, e, principalmente, por seu caráter reluzente. Quanto a isso, a curadora Rosella Vodret lembra que a prata garante à obra do artista um aspecto de realidade que se transfigura em epifania luminosa. “Isso acon-


tece devido à vasta capacidade do precioso material em refletir os raios de luz. Essa possibilidade de amplificação e multiplicação da luminosidade tem sido considerada um grande catalisador da união entre ourivesaria e escultura, a qual permitiu realizar, sobretudo na era barroca, objetos artísticos de excepcional valor devocional e cenográfico”. Enquanto a prata mar-

cava a produção napolitana, o Brasil se resplandecia em ouro, sobre esculturas de madeira, talhadas por nomes que marcaram o Barroco brasileiro, em especial o produzido em Minas Gerais. “A reunião de obras características da Itália meridional e de um conjunto representativo da arte mineira sublinha, em primeiro lugar, a vocação desses dois territórios, culturalmente riquíssimos, para a

exuberante interpretação estética de seus valores espirituais. No reino de Nápoles e na capitania das Minas Gerais, prata, ouro e madeira mediaram a expressão Barroca com que italianos e brasileiros traduziram, em períodos históricos muito próximos, seu trânsito nas glórias do mundo. O legado dessa efervescência artística sugere um diálogo que ilumina e amplia a percepção do fenômeno criativo, seja ao largo do mar Tirreno, seja nos cumes do Espinhaço sul-americano”, ressalta o curador Angelo Oswaldo.

Nápoles: o apogeu da arte em prata Embora o uso da prata em esculturas remonte a práticas milenares, a exemplo das máscaras criadas no Antigo Egito e na Antiga Grécia, ou em artefatos das civilizações pré-colombianas da América Latina, sua consagração, certamente, deu-se em Nápoles. A partir do século 15, a arte sacra impulsionou a suntuosidade das esculturas que compunham as igrejas europeias e o verdadeiro apogeu da prática em esculpir ocorreu no Barroco.

Esculturas barrocas brasileiras: arte em madeira e ouro Enquanto Nápoles ergueu sua fama pela força da prata, Minas Gerais con-

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sagrou-se no campo da escultura pelo uso de madeira e ouro. Durante o ciclo minerador – principalmente, no século 18 –, diversos artistas dedicaram-se a esse ofício. A própria sociedade da mineração foi responsável por fomentar e proliferar imagens sacras, encontradas em altares e dentro das casas. Era comum ter esculturas que

representavam santos nas residências e em outros recintos, para que os habitantes não ficassem sem um objeto de devoção. Num ambiente tão favorável à arte sacra, surgiram mestres notáveis pela técnica e pela beleza. Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, por exemplo, foi o primeiro artista a revelar ca-

racterísticas originais na arte brasileira. Ele reinventou padrões e criou estilo próprio. Outros artesãos, como os portugueses Vieira Servas e Xavier de Brito e o mineiro Mestre de Piranga, foram responsáveis pela riqueza artística da era do ouro. Minas Gerais é o berço desta primeira manifestação de arte num país tão jovem.


A matéria utilizada por esses que se tornaram virtuosos mestres era, sobretudo, a madeira. Jacarandá e Braúna foram algumas das espécies usadas pelos artistas, mas foi no Cedro que alguns encontraram a consistência necessária para suas obras. Que o digam as 66 figuras dos Passos da Paixão de Aleijadinho. Artistas como Francisco Xavier Brito e Francisco Vieiras Servas também realizaram trabalhos em pedrasabão, assim como Aleijadinho, mas é na madeira que sua genialidade se perpetuou. A imensa produção local do ouro nos séculos 17 e 18, exportada quase integralmente para a Europa, não atendia à demanda da ourivesaria local, e muitos dos objetos criados com o material foram roubados mais tarde. Ainda assim, os santos – pro-

tagonistas na arte Barroca brasileira – contaram com o douramento, técnica em que folhas de ouro eram aplicadas sobre a madeira. “Testemunhas do ciclo do ouro, os santos criados contracenam à perfeição com os santos de prata italianos, num espetáculo barroco que jamais termina”, descreve o curador Angelo Oswaldo, que traduz em palavras o encanto despertado por união dessas obras. Considerado o primeiro artista brasileiro a ter estilo original, Aleijadinho também foi entalhador, responsável por pelo menos quatro grandes retábulos, como projetista e executante, e arquiteto, tendo realizado duas fachadas de igrejas, Nossa Senhora do Carmo, em Ou ro Preto, e São Francisco de Assis, em São

João del-Rei. Foi na escultura que mostrou genialidade. Seu traço, inteiramente autêntico, compunha-se por linhas suaves, feições côncavas e relevos esculturais admiravelmente executados. Sua grande obra-prima pode ser vista no Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, para o qual esculpiu os Profetas em pedra-sabão e as estátuas em madeira dos Passos da Paixão, transpondo passagens bíblicas para a arte de forma primorosa. Seus trabalhos podem ser vistos, principalmente, em Ouro Preto, Congonhas, Sabará e, agora, na Casa Fiat de Cultura. Ao observar os traços, formas e semblantes de cada uma de suas esculturas, é impossível não admirar seu estilo, sua história e as sutilezas de cada obra.

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MINASCON / CONSTRUIR MINAS 2014 Foco na Sustentabilidade oi encerrada em 9 de agosto, mais uma edição do Minascon / Construir Minas – Feira Internacional da Construção. O evento, sediado no Expominas, em Belo Horizonte, teve a participação de 300 empresas, atraiu um público de cerca de 40 mil pessoas ao longo de quatro dias e gerou aproximadamente R$ 120 milhões em negócios. Entre os destaques apresentados, estavam produtos e soluções com foco em sustentabilidade, ganho de produtividade, redução de custos e otimização do tempo. Além de uma intensa programação técnica, a feira sediou dois concursos voltados para o aperfeiçoamento dos estudantes de Engenharia e Arquitetura: o “Mãos à Obra” e o “A Ponte”. O Minascon / Construir Minas é realizado pela Fiemg, por meio de sua Câmara da Indústria da Construção, em parceria com a Fagga | GL events Exhibitions e patrocínio da Embrasil. Para o presidente da Câmara da Indústria da Construção e vice-presidente

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da Fiemg, Teodomiro Diniz Camargos, este é um evento essencial para a indústria mineira. Ele destacou ainda o crescimento do número de arquitetos que passaram pela feira. “Este ano, cerca de 9% do nosso público foi composto por estes profissionais. Isto mostra uma diversificação no perfil dos nossos visitantes e também o aumento do interesse de pessoas especializadas no evento. Teodomiro afirmou que a intenção de ampliar a abrangência do Minascon / Construir Minas, com a inclusão de empresas do setor moveleiro. Prova disso é a opinião do gestor comercial da Tracbel, Marco Aurélio Maciel Maia, que esteve na Construir Minas pela primeira vez este ano. “Temos percebido um grande número de pessoas vindas do interior, o que para nós é muito bom, pois amplia a abrangência da nossa participação. Entre as ações estratégicas que vêm sendo adotadas pela empresa, está a expansão da atuação no varejo. Nossa presença superou as expectativas.”

Novidades em sustentabilidade e tecnologia Entre as novidades apresentadas, as que despertaram mais a atenção do público foram aquelas relacionadas à sustentabilidade, com soluções que propiciam a economia de água, energia,


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dinheiro e tempo. Esta tendência, cada vez maior na indústria de materiais de construção, foi representada pela Casa da Indústria Mineira. O projeto apresentado foi responsável pela construção de uma casa de 10 x 10 metros em apenas cinco dias, com total de gastos de apenas R$ 94 mil. O modelo foi o vence-

dor do Prêmio bim.bon desde ano, uma iniciativa da Fiemg que busca valorizar a indústria mineira. O segmento de tecnologia voltada para a gestão da construção e para uso residencial trouxe também novidades, como o software de automação habitacional que proporciona eficiência energé-

tica através de sensores de movimento. Na Ilha da Infraestrutura, o visitante pôde conhecer móveis sustentáveis, que utilizam fibra de plástico e material residual proveniente de processos industriais, reduzindo o desmatamento e o impacto da retirada de matéria-prima da natureza. Já Praça do Concreto apresen-


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tou os blocos Terrae, uma novidade em contenção de encostas, que dispensa o uso de argamassa, podendo ser preenchido por terra para fins paisagísticos.

próprios criadores. “Não acreditamos quando a ponte ultrapassou os 200kg”, disse Luís.

ESTUDO SOBRE O IMPACTO DO PLANO REAL NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Programação paralela

Concurso “A Ponte” atrai visitantes da feira

Durante dois dias, o Minascon recebeu eventos como o 13º Congresso de Materiais, Tecnologia, Meio Ambiente e Sustentabilidade na Construção; Fórum de Lojistas da Associação dos Comerciantes de Material de Construção (Acomac) / 3ª Convenção da Acomac Minas; Ilha da Infraestrutura; Praça do Concreto, o I Workshop de Desempenho e o Seminário da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), com o tema “Inovações tecnológicas em construção civil”, voltado para o mercado de edificações. O Minascon / Construir Minas estará de volta à capital mineira em julho de 2015, em datas a serem divulgadas em breve.

Levantamento realizado pelo Sinduscon / Fiemg revelou que o setor cresceu 52,10% na última década

O resultado do concurso “A Ponte” costuma ser uma das atrações mais esperadas do evento. O desafio, que conta com a participação de estudantes de arquitetura e engenharia, é construir uma ponte, segundo critérios profissionais, utilizando apenas cola e palito de picolé. Os vencedores desta edição foram os estudantes Luís Beduschi e Djalma Schlindwein, da Universidade Regional de Blumenau. Com apenas 638g, a protótipo - criado para sustentar 180kg bateu o recorde e suportou 225kg, surpreendendo até os

Levantamento realizado pelo Sinduscom / Fiemg revelou que o setor cresceu 52,10 % na última década. Um estudo realizado pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil de MG (Sinduscom), revela que a construção civil se desenvolveu e adquiriu uma nova dimensão nos últimos 20 anos. Com a estabilidade macroeconômica conquistada com o Plano Real o setor foi, aos poucos, recuperando seu papel de protagonista na história do desenvolvimento nacional. Na última década, o crescimento da construção


burocracia do setor contribui com o atraso de, em média 36 meses, em cada projeto. “Além de acarretar uma grande demora para a conclusão da obra, essa questão gera também mais custos para os projetos”.

destacou os números da construção no Estado. “Este setor, que representa 7,5% do PIB e mais de 10% do volume de empregos em Minas Gerais, tem um crescimento independente das políticas públicas, mas sofre os resultados da macroeconomia como um todo, daí a relevância de um encontro como este”. Sindicatos filiados à FIEMG, no setor da Construção Civil, participaram do evento. Destes destacamos o Sinprocimg e Sindicer pela importância atribuida ao evento com estandes montados em alto nível.

Novidades tecnológicas O Minascon/Construir Minas representa um momento de aquecimento para o setor. Com a participação de aproximadamente 300 empresas, a feira é responsável por reunir toda a cadeia construtiva, com a participação de fornecedores, engenheiros, técnicos e outros profissionais da área, além da exposição de produtos, lançamentos e soluções de baixo custo.

Projeto Praça do Concreto Siprocimg 2014

Solenidade de abertura A solenidade de abertura do Minascon / Construir Minas reuniu o governador de Minas Gerais, Alberto Pinto Coelho; o presidente da Fiemg, Olavo Machado Junior; o vice-presidente da Câmara da Indústria da Construção, Teodomiro Diniz de Camargos; e diretor de Negócios da Fagga | GL events Exhibitions, Victor Montenegro. Para o presidente da Fiemg, um evento como o Minascon / Construir Minas é essencial para o desenvolvimento do setor. “Este encontro tem a dimensão que a indústria mineira precisa”, afirmou Machado. O governador

FOTO: Sebastião Jacinto Jr.

civil foi expressivo: 52,10%, o que representou um crescimento médio anual de 4,28%. Embora tenha havido uma redução das atividades nos últimos dois anos, reflexo do cenário econômico pouco confortável, com inflação mais elevada e confiança em baixa de consumidores e empresários, as perspectivas permanecem positivas, já que o crescimento do país está diretamente relacionado ao segmento. O estudo mostra, ainda, que de 1994 a 2013, a construção civil brasileira cresceu 74,25% e que, nos últimos 20 anos o setor registrou uma expansão média anual de 2,82%. O auge deste desenvolvimento neste período foi observado no ano de 2010, quando o PIB da Construção Civil no Brasil registrou alta expressiva de 11,6%. Para o presidente da Câmara da Indústria da Construção e vice-presidente da Fiemg, Teodomiro Diniz Camargos, os últimos dois anos têm mostrado queda no segmento como um todo, mas esse é o momento de continuar reestruturando cadeia a produtiva, propondo novos caminhos. “Nós, da construção, esperamos mudanças e políticas mais definitivas para o ambiente macroeconômico, de forma que as pessoas possam voltar a investir. E que haja mais investimento em infraestrutura e bens duráveis”. De acordo com Ieda Vasconcelos, assessora econômica do Sinduscon MG, a

O presidente do Siprocimg, Lúcio Silva

A Praça do Concreto SIPROCIMG teve como objetivo apresentar e discutir as soluções disponíveis em sistemas e produtos à base de

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cimento para o espaço urbano, bem como sua aplicabilidade sustentável nas obras. A Praça do Concreto em 2014, teve um espaço de 630m² onde reuniram 12 expositores, eles: Bloco Sigma, Blojaf, Concreviga, Construcon Artefatos, Grupo Isofort, Lajes Vigafort, Martins Lanna, Nomini Acabamentos em EPS, Prefaz – PréFabricado de Concreto, Premoldados Sampaio, Porte Artefatos/Interpavi e Uni-Stein do Brasil. O projeto arquitetônico foi assinado pela arquiteta Márcia Leite e as estruturas em concreto foram produzidas pela empresa Laminus Engenharia.

Casa Cerâmica

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“Erguida no local, a Casa Cerâmica possui tamanho e proporções reais. Com sistema construtivo em blocos cerâmicos estruturais, comprova a sua durabilidade e excelente conforto termoacústico, sendo uma alternativa de moradia racional, versátil, econômica e ecologicamente correta. O piso da área externa foi constituído de Paver Cerâmico, elemento para pavimentação de áreas de pedestre, trânsito de veículos e ornamentação. Possui visual rústico e sua aplicação é feita apenas com a aplicação posterior de areia. O projeto da Casa Cerâmica é institucional, visa colaborar para os interesses coletivos e fortalecer o setor,

Rodrigo Victor Silveira e Ralph Perrupato, do Sindicer

uma vez que o SINDICER / MG tem como propósito representar todos os ceramistas mineiros. Por isso, o foco principal da nossa participação no MINASCON não foi fechar negócios imediatos e beneficiar algumas empresas, e sim divulgar e promover o material cerâmico, suas qualidades, desempenho, baixo custo e logística de fabricação que engloba todas as regiões mineiras, aumentando assim, a venda do produto. Com a participação neste evento, conseguimos mostrar e demonstrar a qualidade dos produtos cerâmicos e a representatividade da Indústria da Cerâmica Vermelha no setor

da construção como produto forte e altamente sustentável. A interação com empresários do setor da construção também foi de grande valia. O evento proporcionou oportunidades para conhecermos inovações e tendências da indústria, verificando e analisando questões ambientais e para discutirmos novas perspectivas do setor. O MINASCON 2014 nos proporcionou grande troca de experiências, motivando ainda mais o SINDICER na sua busca por estratégias necessárias para o desenvolvimento progressivo, aumentando assim, a competitividade do setor cerâmico.”


MINASCON – A Major Construction Event

aunched by o the Federation of Industries of the State of Minas Gerais - FIEMG – by its Chamber of Construction Industry, with Fagga GL events Exhibitions, the Minascon 2014 was featured in Expominas, between 6 and 9 August. In its 11th edition, the Fair has confirmed the status of biggest event of the construction supply chain. The state of Minas Gerais has always been prominent in the construction sector, by expressive names such as Oscar Niemeyer and the interest it has always shown in supporting innovative projects. This year, once again Minascon revitalized with programming that promoted, in carefully designed scenario, competitions, seminars, conferences and meetings of dif-

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ferent companies, agencies, organizations and professional institutions in the construction sector - highlight the II Meeting Managers Sebrae-MG. Approximately 300 companies participated in the event and this edition was distinguished partnership with Embrasil, one of the largest wholesalers in the industry in Brazil, which has approximately 450 suppliers and totals 12 000 products distributed nationally. Official figures indicate that the construction industry in our state corresponds to 7.5% of GDP, generates 10.4% of employment, 7.9% of wages and 5.9% of collected taxes. If the Fair is an opportunity to add value to the construction products, in Minas Gerais, as it was said by President Fiemg, Olavo Machado Júnior, the event aims to

consolidate the mining supply chain with quality items manufactured in the state, according to the Vice Federation president and president of the Chamber of Construction Industry, Theodomiro Diniz Camargos. This year, the 13th Congress of Materials, Technology, Environment and Sustainability in Construction; the Forum of Tenants of the Association of Traders of Construction Material (Acomac) / 3rd Acomac of Mines Convention; Island of Infrastructure; Square Concrete; the Performance Workshop I, the lectures given by expression names in the industry and incentives to projects in the fields of architecture and engineering were significant landmarks of the 11th edition of Minascon, the biggest event of construction.

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Cachoeiro Stone Fair - 2014 Mostra sua Importância ais uma vez, a edição contou com uma grande participação dos representantes do setor de máquinas e equipamentos e também apresentou muitas novidade em pedras. Um verdadeiro showroom em ambos os segmentos. A visitação de mais de 25 mil pessoas de 700 cidades de todos os Estados brasileiros mostrou o grande interesse

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do mercado nacional nas novidades apresentadas na feira. A maior parte dos participantes foi da região Sudeste, mas também com grande presença de Estados do Sul e Centro Oeste. O público estrangeiro veio de 17 países. No estande da Guidoni a avaliação foi positiva em função das muitas visitas de parceiros comerciais de vários Estados do país. “A nossa pre-

sença na Cachoeiro Stone Fair é imprescindível e fazemos um trabalho muito importante durante o evento, que vai além das negociações em si, e estreita a relação de confiança com os clientes”, comenta Rafael Delogo, executivo de marketing e comunicação da Guidoni. Por ser um ano atípico com o Brasil como sede da Copa e o processo eleitoral -, a postura de muitos empresários foi de cautela, mas os resultados dos eventos superamam as expectativas. Para o presidente do Sindirochas, Samuel Mendonça, o período é de recuperação. “Passamos por uma fase meio estagnada, mas agora estamos retomando o aquecimento do setor”, analisa

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Samuel e aponta boas perspectivas para 2015. Para o diretor comercial da Ecotools, Téo Brandão, a cada ano a feira consolida sua importância para empresários do setor. “Participamos de todas as feiras do setor. Estamos sempre presentes em Cachoeiro e Vitória e sabemos que são eventos muito singulares, ícones no cenário mundial’. A diretora da Milanez&Milaneze, empresa realizadora do evento, Cecília Milanez, afirma que a feira continua um importante recurso para o desenvolvimento do setor. “A feira é uma vitrine de materiais e tem cumprido o seu propósito. A cada ano o evento apresenta mais inovação, tecnologia de ponta,

lançamentos e oportunidades para fechar bons negócios, com o que há de melhor no mercado.

Cachoeiro Stone Fair é vitrine de máquinas e equipamentos A Cachoeiro Stone Fair apresentou um grande leque de inovações no setor de máquinas e equipamentos. Estes produtos representam 70% de todo o espaço do evento, atraindo investidores e interessados em conhecer o que há de mais novo neste mercado. Mais uma vez foram destaque pelos corredores da área expositiva do Parque de Exposições as máquinas multi-

fios. As facilidades e vantagens da utilização dessa tecnologia continuam sendo um tema bastante falado nos estandes. A italiana Multifios Pedrini apresentou a sua estrela. “Com o sistema de resinagem com microondas, será possível economizar espaço e tempo depois da resinagem das chapas”, disse o gerente de vendas, Giuseppe Vavassori. Na francesa Thibaut, uma máquina capaz de transformar sozinha uma chapa bruta de mármore ou granito em uma pia com todos os seus acabamentos chamou a atenção. “Pode ainda realizar peças de maior espessura. Ela permite frisar, furar, cortar, polir e criar diversas texturas nas pedras.”, explicou Yann Salaun.


A Ecotools apresentou sua cartela de atrativos com a Sonda Kempe U2, muito mais leve e ágil, totalmente automatizada necessitando de somente um operador; a Banqueadora Spyder – com três martelos MP100 e todas as movimentações automatizadas; e a grande novidade da Ecotools: o Fio Diamantado de 12,4mm. “Vendemos muito e participar nos oportuniza mostrar os nossos lançamentos e ter a proximidade com o cliente”, explicou. No estande da Usimac, Romildo Gonçalvez explica que a adaptação de alguns aparatos chegam para facilitar cada vez mais a vida dos marmoristas. “Com o robô de saída (Descarregador Automá-

tico de Chapas - DAC), propomos a eliminação do risco de acidentes. A máquina é programada e faz tudo de modo autônomo,na entrada e saída de chapa na máquina”.

A beleza e raridade dos exóticos Mármores exóticos expostos na Cachoeiro Stone Fair mostraram que o mercado brasileiro de rochas ornamentais continua inovando. Os materiais que mais chamaram atenção pela beleza e raridade, eram inadivertidamente dinamitados e viram pó industrial. No stand da Rangel, dois tipos de mármores exóticos encontrados recentemente estiveram expostos. Renato Rangel expli-

ca que é muito raro achar esse tipo de material com diferentes tonalidades. Hoje tem tido grande aproveitamento em decoração por serem chapas com desenhos únicos. E se os granitos exóticos encantam arquitetos, decoradores e designers pela exclusividade, os mármores com movimentações são muito mais raros e, podem acontecer apenas em um veio de uma pedreira, enquanto alguns granitos chegam a 100 ou 200 metros de um tipo, o que já é bem pouco.Outra empresa que exibe um exemplar de mármore exótico na feira é a Mineração Capixaba. O representante financeiro da empresa, Jorge de Backer, explica que os mármores exóticos são muito

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caros, mas muitos arquitetos estão utilizando em detalhes, valorizando em muito os projetos”. Apaixonados pelos coloridos granitos exóticos brasileiros, os americanos também estão aderindo a algumas tendências das cores mais claras, inclusive em suas cozinhas e ilhas com bancadas, onde é grande o consumo dos materiais brasileiros. Muita demanda também para clássicos, os tipos bem brancos e regulares que é mais uma opção para os ambientes mais cleans.

Rochas ornamentais expostas na Cachoeiro Stone Fair estarão na Vila das Olimpíadas 2016, no Rio de Janeiro Mármores e granitos capixabas estão presentes em um dos maiores empreendi-

mentos imobiliários em execução das Américas - o Ilha Pura, um condomínio residencial na Barra da Tijuca, que servirá como a Vila Olímpica e abrigará os milhares de atletas que estarão no Rio de Janeiro em 2016. As empresas Gramil, Rangel e Cajugram, que participam da Cachoeiro Stone Fair fornecem materiais para as construtoras, responsáveis pelas obra, entre eles o Mármore Branco, o Preto São Gabriel, o Branco Siena e muitos outros, já cortados e prontos para utilização como bancadas de cozinha, lavatórios, beirais e peitoris. Renato Rangel Filho, comenta que até revestimento de piscina está sendo fornecido pela empresa. Para se ter uma ideia do nível de exigência para participar do mega empreendimento, o Ilha Pura Vila dos Atletas,

um bairro planejado com 31 Edifícios divididos em 7 Condomínios independentes em uma área equivalente à Península da Barra da Tijuca com total infraestrutura e paisagismo assinado pelo escritório Burle Marx. O representante comercial da Gramil, Luiz Alberto Silva, explica que essa é uma obra muito importante em um período em que o mercado está se aquecendo depois de muitas obras para a Copa. As três empresas também participam de outro projeto no Rio de Janeiro - a revitalização da Praça Mauá e da área portuária do Rio de Janeiro onde está sendo construído o Museu do Amanhã. "O Rio de Janeiro é um grande canteiro de obras e tem sido muito importante para aquecer o mercado interno", comenta Gustavo Santos, gerente comercial da Cajugram.


Estação da Cultura. O espetåculo jå vai começar.

A SALA MINAS GERAIS JĂ ESTĂ SENDO APRESENTADA COM O PRIMEIRO ENSAIO EXPERIMENTAL DA ORQUESTRA FILARMĂ”NICA. É o Governo de Minas e a Codemig investindo em cultura e informação para trazer mais desenvolvimento para todos os mineiros. A Estação da Cultura Presidente Itamar Franco vai promover e impulsionar a cultura, a arte e a informação em Minas.  Mais que uma construção, esta ĂŠ uma obra de arte para encantar e orgulhar os mineiros. O espaço cultural estĂĄ sendo erguido em um terreno de 14.400 m2, no Barro Preto, e abrigarĂĄ uma das mais modernas salas de concertos do Brasil, a Orquestra FilarmĂ´nica de Minas Gerais e o edifĂ­cioVHGH GD 5iGLR ,QFRQĂ€ GrQFLD H GD 5HGH 0LQDV GH 7HOHYLVmR (VWH PRPHQWR PDUFD R LQtFLR GRV HQVDLRV H[SHULPHQWDLV SDUD WHVWHV H DĂ€ QDomR GD 6DOD permitindo que em 2015 a FilarmĂ´nica inicie sua temporada jĂĄ na casa nova. A Sala tem capacidade para 1.400 lugares e tambĂŠm servirĂĄ de palco para grandes atraçþes do cenĂĄrio mundial da mĂşsica erudita $V LQVWDODo}HV GD 5HGH 0LQDV H GD 5iGLR ,QFRQĂ€ GrQFLD VHUmR entregues em breve. E, a partir daĂ­, a cultura e a informação vĂŁo fazer cada vez mais parte da gente.

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Rua Tenente Brito Melo, 1090, Barro Preto, Belo Horizonte/MG


Marmomacc 2014 Sempre na Vanguarda Texto e fotos: Cid Chiodi Filho o período de 24 a 27 de setembro foi realizada a Marmomacc 2014. A Feira de Verona, como é conhecida a Marmomacc, é o mais importante evento europeu do setor de rochas ornamentais, tendo superado as tradicionais feiras de Carrara, também na Itália, e de Nuremberg, na Alemanha. Mundialmente, a Marmomacc foi ultrapassada, em número de expositores e visitantes, pela Feira de Xiamen, na China, apesar de manter-se na vanguarda mundial da tecnologia de máquinas e equipamentos e do design de produtos. A vitrine de tecnologia e design é extremamente importante para o Brasil, pois a Itália é a maior produtora e exportadora mundial de máquinas e equipamentos utilizados no setor de rochas ornamentais, além de uma referência inequívoca pelo design de seus produtos. No ano de 2013 o Brasil importou USD 148, 1 milhões em tecnologia de rochas, dos quais USD 93,2 milhões (62,9%) provenientes da Itália, figuran-

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do assim como seu principal cliente mundial. Os teares multifios diamantados representam o principal item da pauta das importações brasileiras de tecnologia italiana, seguindose politrizes, resinadoras, acabadoras de borda, máquinas de jato d’água, serrapontes, centros de usinagem (tornos multifuncionais), etc. Acompanha-se com interesse a evolução dessas importações, especialmente de tornos e máquinas de jato d’água, pois elas sinalizam a capacitação de empresas brasileiras para produtos acabados e ingresso da terceira onda exportadora do setor de rochas. O espaço de exposição brasileiro na Marmomacc, mais uma vez organizado pela Abirochas com apoio financeiro da Apex-Brasil, reuniu 26 empresas expositoras,

além de três entidades setoriais (ANPO-ES, SIMAGRANCE e SINCOCIMO-RJ) e o estande da Vitoria Stone Fair – Marmomacc Latin America. O que se destacou no pavilhão brasileiro, além da diversidade das rochas expostas e do novo design do próprio

pavilhão, foi o incremento de materiais provenientes da Região Nordeste, sobretudo do Ceará, além do Rio Grande do Norte, Paraíba e Bahia. Reitera-se, deste modo, a importância da Região Nordeste para rochas exóticas, bem como o seu potencial para limestones (calcários), todos eles materiais estratégicos no portfólio brasileiro do setor. Entendese, no mesmo sentido, o porquê da expansão recente da atividade produtiva e exportações a partir da Região Nordeste, destacando-se novamente o Estado do Ceará. Também é notável a variedade de pegmatitos e quartzitos, além dos materiais comercialmente designados como xistos, procedentes das regiões norte e nordeste do Estado de Minas Gerais. Outra constatação interessante foi a exposição de


materiais movimentados multicores, ainda explorados na região sudoeste de Minas Gerais, bem como o “enobrecimento” dos mármores portadores de grandes cristais de calcita, procedentes do Espírito Santo. Cita-se ainda alguns novos materiais do Rio Grande do Sul, de origem vulcânica, como Andrômeda, Mirage e Avalon, de grande apelo estético e comercial. O espaço brasileiro, elaborado sob inspiração da marca Brasil Original Stones,

também hospedou a assinatura de convênios e outros eventos setoriais relevantes. Entre os convênios, destacase aquele celebrado entre a Abirochas e o CETEM – Centro de tecnologia Mineral, que reafirma um relacionamento técnico produtivo e vitorioso ao longo dos últimos anos. Destaca-se também o convênio entre o CETEM e o IS.I.M. – Istituto Internazionale del Marmo, focado no estudo da recuperação e aproveitamento eco-

nômico dos rejeitos da lavra e do beneficiamento de rochas ornamentais. Duas novas parcerias foram esbiçadas e encaminhadas pela Abirochas durante a Marmomacc, com o MIA – Marble Institute of America e com a nova organização da Vitoria Stone Fair, ambas de muito interesse para o Brasil e suas exportações. Em coquetel realizado no dia 25, também no espaço brasileiro, efetuou-se o lançamento do Dossiê Brasil 2014,

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Painel da marca Brasil Original Stones na área externa da Verona Fiere

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obra de autoria do renomado pesquisador italiano Carlo Montani. De acordo com o Presidente da Abirochas, Reinaldo Dantas Sampaio, esse dossiê permite sinalizar, para a comunidade internacional, os avanços e a posição brasileira no mercado mundial em 2013, retratando um período particularmente auspicioso da história das nossas exportações de rochas ornamentais. Tanto o Dossiê Brasil, quanto o XXV Rapporto Marmo e Pietre nel Mondo 2014, também de autoria do Dr. Carlo Montani, serão brevemente disponibilizados para download no site da Abirochas. Sobre a Marmomacc

em geral, a principal novidade observada foi a aplicação de texturas e estampas para o design de superfícies, sobretudo em rochas de cores homogêneas e granulação fina. Os resultados são surpreendentes e permitem grande agregação de valor aos produtos dos materiais assim tratados. As empresas Antolini e Nero Sicilia apresentaram produtos texturizados e estampados, elaborados com aplicação de resinas vitrificadas ou com uso de jato d’água e diferentes acabamentos. Estas empresas exemplificam a possibilidade e oportunidade de se percorrer um caminho inverso ao dos materiais artificiais que procu-

ram assemelhar-se aos naturais, garantindo, no entanto, a excelência de suas matériasprimas. No Brasil, as rochas vocacionadas, e muito interessantes para texturização e estampas, seriam as ardósias e arenitos (tipo Pietra Grigia) de Minas Gerais, os basaltos do Rio Grande do Sul e os granitos de cores escuras e mais fechadas como os negros do Espírito Santo. A Marmomacc 2014, segundo seus organizadores, recebeu 65.000 visitantes de 145 países, abrigando 1.500 expositores (600 italianos e 900 de outros 58 países), além de delegações comerciais de 45 países. Sua área de exposição excedeu 74.000 m2 e foi alojada nas dependências da Verona Fiere. A Marmomacc também compartilhou seu espaço com a mostra “Abitare Il Tempo – Furniture, Design, Project, Trade Fair and Conference” dedicada à indústria do design, das pequenas e médias empresas de mobiliário personalizado e decoração de interiores. Segundo seus organizadores, a Marmomacc não trata apenas de negócios, mas é também um local onde a economia encontra a beleza e a cultura, graças ao seu intuito de associar o mundo das rochas ornamentais com o design, a arquitetura e o treinamento profissional, como verdadeiros catalisadores para inovação e criatividade.



Casa Cor Minas 2014 O luxo integra-se à natureza Texto: Salma Guerlan

dezembro e a mostra desse ano conta com 46 ambientes em que, aproximadamente 60 profissionais foram inspirados a desenvolver trabalhos em apartamentos de 1 e 2 quartos. A sustentabilidade foi o destaque e os mais diversos materiais foram empregados, numa demonstração clássica

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a comemoração de seus 20 anos, o evento Casa Cor Minas, edição 2014, destacou o tão atual enfoque na natureza instalando-se no Vila Gaya, área de 70 mil metros quadrados e vegetação abundante. O local – São Sebastião das Águas Claras -, mais conhecido como Macacos, distrito de Nova Lima, situase a 12km da região metropolitana de Belo Horizonte e

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inspira tranquilidade pelas montanhas que fazem moldura a um cenário de tons variados.Tudo se presta ao realce da qualidade de vida quando cercar-se de natureza identifica-se a uma vivência mais saudável mesmo na dinâmica de um tempo mais exigente em performance profissional. Com expectativa de 60 mil visitantes, a Casa Cor Minas 2014 se distenderá de 13 de novembro a 16 de

de criatividade. Segundo João Grillo, organizador do evento, “o fato de todos os apartamentos serem praticamente iguais produzirá um efeito ainda mais interessante nos visitantes, pois eles vão conhecer diferentes arquiteturas de interior a partir de uma mesma planta. Um olhar, muda tudo”, A Casa Cor é reconhecida como o maior even-


to de arquitetura e decoração das Américas, citada como a segunda maior do mundo. Para essa edição “o empreendimento possui fornecimento de energia elétrica autossustentável, com sistema de energia fotovolática”, explica Ernesto Lolato, também responsável pela organização do evento. A Arcelor Mittal Brasil, fornecedora exclusiva de aço da Casa Cor Minas 2014 com 150 toneladas de produtos usados na construção do local que vai abrigar o evento e que, depois, será um hotel, imprimiu destaque ao Bar Casa Cor utilizando a técnica

de protensão com cordoalhas engraxadas produzidas pela Belgo Bekaert Arames (BBA) parceria entre a ArcelorMittal e a Bekaert, que também apoia o evento. O bar promete surpreender por seu enorme vão suspenso sem pilares que vai possibilitar inúmeras possibilidades de decoração e design. O Studio experimental do Chef prestigiou sugestões do chef Felipe Rameh e foi criado por Luciana Savassi e Marcos Rodrigues de Paula que, integrando escritório e espaço gourmet, valeram-se de cores rústicas para tintura de paredes, ao invés de

revestimento, assim como destacaram estantes em que caixas de cultivo orgânico foram utilizadas. Os Studios foram destacados nessa mostra. Nela, o Studio de Design, espaço da Líder interiores, foi elaborado por André Bastos e Guilherme Leite Ribeiro, diretores da Nada se Leva. Em 50 metros quadrados o uso do aço Corten garantiu elegância e sofisticação. O Studio do Jogador de Futebol foi inspirado por dois jogadores de um time mineiro, clientes do escritório de Sheila Mundim, design de interiores. Em parceria com

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Mira Mundim e Renata Paranhos ela idealizou um espaço multiuso que prestese como escritório e permita que, eventualmente, seu proprietário aí pernoite. A ambientação equilibra descontração e bom gosto, com bastante leveza e praticidade Já o Studio do Solteiro, da design de interiores, Cícera Gontijo, buscou atender às necessidades de um jovem solteiro que aproveite o ambiente para refúgio de final de semana com os amigos. Uma solução criativa integra a cozinha e lounge por meio de portas.O Carpaccio

di Pietra se destaca, aplicado às paredes do banheiro e à bancada. Outras opções foram oferecidas por materiais diferenciados como na Suite do Casal, em que a arquiteta Estela Netto prestigiou o uso de elementos naturais, procurando integrar a natureza ao interior do ambiente para estabelecer uma atmosfera relaxante. Entre criatividade e inovações, a Casa Cor Minas 2014 ainda uma vez revela tendências e destaca o profissionalismo em ambientes como os preparados pelo

arquiteto Luis Fábio Resende de Araújo. Antecipando o empreendimento – um apart hotel - que ocupará o espaço da mostra, o arquiteto desenvolveu ambientes de uso público. Inicialmente, um living – o Fire Place - cujo principal atrativo é uma lareira a álcool especialmente desenvolvida, pela Construflama. A lareira suspensa, de uso coletivo dos hóspedes, se prestará para maior integração entre eles. O espaço é primorosamente decorado.e enriquecido,por uma estante estruturada em perfis de aço corten e prateleiras em mármore Grigio Gucci. Já a Game Gallery, além de sala de jogos, tem função de galeria de arte onde renomados artistas são destacados sob iluminação distinta. Requinte e luxo – porcelanato, mármore italiano, granito - se instalam em espaço rústico, mantendo características especiais do já tradicional estilo. Casa Cor Minas acrescendo-se, desta feita, o deslumbrante visual da mata que se oferece às muitas janelas. Dos muitos espaços, ambientes cuidadosamente decorados, o Espaço Minas Gerais SENAI/FIEMG destacou-se por expressar a reverência à mão de obra mineira. Criado por Cláudio Reis, Lena Pinheiro e Christianne Taranto foi exigente para que todo o material aí usado procedesse de


empresas mineiras. Um hall, projetado por Claudio Reis, prepara o visitante para o loft decorado por Lena Pinheiro e o Apartamento de Christianne Taranto. Esses, ambientes despojados, distintos, plenamente identificados à beleza natural do cenário do entorno. Como ligação entre

o apartamento e o loft, o projeto tem como inspiração as mãos dos diversos traba lhadores, desde o servente de obra ao executivo. “Desenvolvi painéis artísticos que exploram o tema das mãos. Mãos iluminadas pelo fruto do trabalho, palmas das mãos cujas linhas revelam a memória do

ofício, mãos que semeiam inovação e conhecimento, colhem o desenvolvimento e tecem a qualidade da mão de obra mineira”, define Cláudio Reis. Nessa edição, a Casa Cor Minas 2014 oferece além de interiores bem decorados, uma visão diferenciada em meio à natureza.

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FIQUE SABENDO COFRE RECHEADO

pelo minério de ferro pela China, o preço da commodity caiu de US$ 200 três anos atrás, para US$ 88,20, em agosto. Para analistas, o valor do minério deve continuar caindo. A China responde por quase metade da compra de minério de ferro brasileiro. Fonte: Financial Times

LEVANTAMENTO AEROGEOFÍSICO

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Pelo sétimo ano consecutivo, o Impostômetro mantido pela associação Comercial de São Paulo atinge a marca de R$ 1 trilhão, alcançando até o dia 12 de agosto. Quando dezembro chegar, o IBPT – Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação - que fornece os dados para o Impostômetro, prevê arrecadação de R$ 1 ,85 trilhão. Pela previsão, cada brasileiro terá desembolsado aproximadamente R$ 9.100,00 até o final de 2014, trabalhando durante cinco meses, só para nutrir os cofres públicos.

PREÇO DO MINÉRIO VIRA PÓ

A Codemig (Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais), em convênio com o governo de MG e o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), colocou à disposição dos interessados, o resultado do levantamento aero geofísico de Minas Gerais 2013/2014, área 21. O estudo cobre uma superfície de 28 mil km. Lineares de voo. Os dados e produtos do levantamento estão disponíveis nos formatos digital e impresso, na Codemig – Rua Manaus, 467, em Belo Horizonte, ou pelo site www.codemig,com.br.

NOVA YORK, MIAMI, PARIS...

Com o aumento da produção e menor demanda

A alta do Dólar e do Euro parece não inibir o turista brasileiro que vai às compras no exterior. O número de viajantes não para de crescer, batendo recordes constantes, chegando a um volume onze vezes maior, desde 2008. De acordo com a NYC & Company, o turista gasta em média US$ 3.000 a casa viagem, deixando no mínimo, US$ 2,7 bilhões, para o turismo e o comércio, só em Nova York. Como o governo decidiu elevar a alíquota do


FIQUE SABENDO IOF para 6,38% sobre compras com cartões de crédito, débito e pré-pagos, a preferência recai para o papel moeda, o mesmo erro cometido pelo potentado príncipe saudita, que perdeu 250 mil Euros num assalto em Paris.

SACRILÉGIO E DEMAGOGIA

FIM DE ANO: COMEÇARAM AS PREVISÕES O vidente paulista Jucelino Nóbrega da Luz registrou em cartório, no ano de 2005, a queda do avião do presidenciável Eduardo Campos, em 13 de agosto de 2014. Para o dia 26 de novembro, ele teve a premonição de que o voo JJ-3720 da TAM iria se chocar com um prédio na avenida Paulista. Por precaução, a empresa aérea mandou mudar o numero daquele voo para JJ-4372. A repórter da Folha de São Paulo, Fernanda Meira conversou com funcionários do edifício comercial, que confirmaram sua ausência ao trabalho naquele dia: "Vai que... né?". A propósito, o avião pousou suavemente. Aguarda-se nova saraivada de sombrias previsões dos assanhados videntes, para 2015.

A UTILIDADE DO COCÔ

Desde a morte de Hugo Chávez, alguns de seus seguidores passaram a cultuá-lo, chegando a criar templos para celebrar sua memória em várias cidades da Venezuela. Durante um seminário onde havia a presença do presidente Nicolás Maduro, criou-se a versão do “Pai Nosso”: “Chávez nuestro que estás em el cielo, santificado sea tu nombre, libra-nos del capitalismo e de la oligarquia, por todos los séculos de los séculos, amém”. O próprio presidente Maduro afirmou que Chávez apareceu a êle em forma de passarinho, para lhe transmitir conselhos não revelados.

Já circula entre o aeroporto de Bristol e Bath, cidade 80 mil habitantes no sudoeste da Inglaterra, um ônibus movido a cocô humano e restos de comida. A estação de tratamento, a empresa de ônibus coleta o esgoto urbano, junto com os restos, levando tudo para biodigestores. As bactérias decompõe o material, liberando o gás metano, altamente inflamável, sendo combustível de excelente qualidade, diminuindo a emissão de gás-estufa na atmosfera. Para encher o tanque do ônibus, utiliza-se o equivalente a um ano de resíduos, de cerca de cinco pessoas. Ninguém ainda se queixou do odor.

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