Revista Mármore & Cia - Edição 69 - Dezembro 2015

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Destaques desta edição

CACHOEIRO STONE FAIR 2015 ...................... 06

3 CONTRIBUIÇÃO DA ABIROCHAS PARA AS ARDÓSIAS DE MINAS GERAIS ................................................ 16

A CASA COR 2015 TROUXE MAIS VIDA À ORLA DA PAMPULHA............................................ 20


BALANÇO DAS EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE ROCHAS ORNAMENTAIS NO 1º SEMESTRE DE 2015 .............................. 32

LÍDER 70 ANOS................................................... 34

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FIQUE SABENDO............................................... 36


Tempos difíceis O ano está chegando ao fim do mesmo jeito que começou: sem perspectivas otimistas. A crise se agravou ainda mais no segundo semestre. Para ilustrar o que foi 2015 para o segmento de Rochas Ornamentais, temos este texto, elaborado pelo geólogo Cid Chiodi Filho, profundo conhecedor do setor: "Apesar da expressiva retração do mercado imobiliário brasileiro, o câmbio favorável e o bom andamento da economia dos EUA deram certa sustentação às atividades produtivas do setor de rochas ornamentais em 2015. No período janeiro-outubro, as exportações brasileiras de rochas ultrapassaram USD 1 bilhão (USD 1.045 milhões) e quase atingiram 2 milhões de toneladas (1.969.062 toneladas). A participação de rochas processadas permaneceu em um patamar elevado no total exportado, tanto em faturamento (82,15%), quanto em volume físico (58,91%). O preço médio dos produtos exportados elevou-se 5,82% frente ao mesmo período de 2014, passando de USD 501,5/tonelada para USD 530,7/tonelada. Os destaques ficaram por conta das exportações de chapas de mármore e blocos de quartzito maciço, que tiveram forte incremento. Não obstante esses indicadores positivos, manteve-se uma variação negativa de faturamento (-3,81%) frente a 2014, projetando-se que as exportações de rochas atinjam USD 1,25 bilhão até o final do ano. Isto sugere que existe um certo “cansaço” do atual perfil dessas exportações, ou seja, de chapas para o segmento residencial unifamiliar dos EUA e de blocos para o agora combalido mercado chinês da construção civil, que concentram quase 75% do valor de nossas transações internacionais. É preciso encontrar novos vetores de incremento das exportações, para além do patamar de USD 1 bilhão/ano, o que certamente inclui a venda de produtos acabados para o atendimento de obras no exterior. Para o mercado interno, fatores conjunturais sugerem a permanência de dificuldades em 2016, atrelados ao aumento da taxa básica de juros, à retração do crédito imobiliário e a um quadro já muito preocupante da economia brasileira. Neste sentido, infelizmente, prevê-se uma queda ainda maior na atividade das marmorarias brasileiras, quer focadas nas grandes obras, quer nos pequenos consumidores residenciais. Talvez seja um momento oportuno para repensar as bases de atuação e o perfil operacional das marmorarias, principalmente quanto à absorção de tecnologia para automação da produção, bem como para diversificação e qualificação de seus produtos comerciais."


Cachoeiro Stone Fair 2015 Máquinas e Equipamentos predominaram na feira

om uma vasta gama de novidades tecnológicas as máquinas, equipamentos e insumos, foram a tônica da edição 2015 da Cachoeiro Stone Fair. Elas contribuitam para estimular o ânimo dos empresários no investimento em tecnologia de

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ponta, responsável pelo aumento da produtividade em todas as fases do processo no segmento das rochas ornamentais. Conhecida como a "capital do mármore", Cachoeiro de Itapemirim se destaca pelo seu parque industrial de beneficiamento

de rochas, junto com outras outros 14 municípios da região sul do Espírito Santo, ela é responsável pela formação do mais importante arranjo produtivo local (APL) de rochas ornamentais do Brasil. Para Cecília Milanez, diretora da Milanez & Mila-


neze, empresa organizadora do evento em cooperação com a Verona Fiere e promovida pelo Sindirochas e Cetemag do Espírito Santo; "A feira está inserida no calendário nacional e acompa-

nha o ritmo do setor e as empresas se valem da oportunidade para fechar novos negócios fortalecendo o mercado e desenvolvendo a cidade". Cerca de 30 empresas

reservaram espaços para apresentarem, pela primeira vez, seus produtos, como foi o caso de Raphael Acipestre, proprietário da Milgran Granitos, de Barra de São Francisco, que tem também uma unidade em Rio Verde - Go, atendendo ao Brasil e ao mercado exterior fornecendo chapas polidas, levigadas ou brutas e produtos manufaturados. "A feira proporciona contato direto com fornecedores nos dando a oportunidade de conhecer novos produtos, dinamizando nossa atividade." Outras gigantes do se-

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tor como italiana DunaCorradini com sede em Modena e plantas industriais no Texas em Michingan, além de Duna-Emirates LLC FZC, emirado árabe de Fujairah, e a Sim Ferragens, empresa do grupo Sigma Tools um dos maiores grupos de máquinas pneumáticas do Brasil, apresentando os discos diamamtados pre-

mium 110 mm com capacidade para cortar em média 300 metros lineares devido à sua liga diferenciada de diamante prensados a quente (hot pressed); marcaram presença. De Novo Hamburgo, a Impol, empresa gaúcha montadora de peças técnicas de poliuretano; a italiana Breton, com 52 anos de tradição, dedicada à

cosnstrução de máquinas e instalações para a transformação da pedra natural fez o lançamento no mercado brasileiro, da nova máquina multifio Paragon. Além das novas tecnologias expostas no evento, puderam ser fonte de inspiração para arquitetos e decoradores, devido à beleza dos materiais clássicos, exóti-


cos e os considerados semi preciosos, como o ônix, utilizado até em joalherias. Arquiteta Najla El Aouar, que também é ligthing designer, afirma que uma tendência é utilização dos mármores e granitos mesclados com ou-

tros materiais, como vidros, espelhos e metais, na movelaria. A arquiteta cubana Gretta Balin, se diz encantada com os materiais, em especial alguns exóticos, não encontrados em nenhum outro lugar do mundo.

Diretoria do Sindirochas toma posse A edição deste ano da Cachoeirao Stone Fair foi aberta com a cerimônia de

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posse do novo presidente do Sindicato das Indústrias de Rochas Ornamentais, Cal e Calcário do estado do Espírito Santo e da diretoria eleita,

composta por 23 empresários do segmento para o triênio 2015/2018. O novo presidente é o empresário Tales Pena Macha-

do que recebeu das mãos de Samuel Mendonça, a chave que representa a transferência da gestão do sindicato.



Cachoeiro Stone Fair 2015 Machinery and Equipment prevailed at the fair

Translated by Arimateia

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ith a wide range of technological innovations machinery, equipment and supplies were the keynote of the 2015 edition of the Cachoeiro Stone Fair. They contributed to stimulate the spirit of entrepreneurs in investing in the latest technology, responsible for increasing productivity at

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every stage of the process in the segment of ornamental stones. Known as the "marble capital", Itapemirim stands out for its industrial park of rock processing, along with other 14 other municipalities in the south of EspĂ­rito Santo region, it is responsible for training the most important local productive arrangement (APL) of

ornamental stones of Brazil. For Cecilia Milanez, director of Milanez & Milaneze, event organizer company in cooperation with Verona Fiere and promoted by Sindirochas Cetemag of The EspirĂ­to Santo State; "The fair is part of the national calendar and follows the industry's pace and companies


make use of the opportunity to close new business strengthening the market and developing the city." About 30 companies reserve spaces to present for the first time, its products, as was the case of Raphael Acipestre, owner of Milgran Granite in Barra de S達o Francisco, which also has a unit in Rio Verde - Go, in view of Brazil and overseas market

providing polished slabs, levigadas or raw and manufactured products. "The fair provides direct contact with suppliers giving us the opportunity to meet new products, streamlining our business." Other industry giants like Italian Duna-Corradini based in Modena and industrial plants in Texas in Michingan, and Duna-Emirates LLC FZC, Arab emirate of Fujairah, and

Yes Hardware, Sigma Tools group company one of the largest groups of machines pneumatic Brazil, featuring the premium diamamtados discs 110 mm with ability to cut on average 300 linear meters due to its unique alloy diamond pressed hot (hot pressed); They attended. New Hamburg, Impol, company Gaucho automaker techniques of polyurethane pieces; Italian Breton, with 52 years of tradition, dedicated to build a plant and machinery for the processing of natural stone made the Brazilian market launch of the new multiwire machine Paragon. In addition to the new technologies exhibited at the event, could be a source of inspiration for architects and designers, due to the beauty of classic, exotic materials and considered semi precious, such as onyx, used up in jewelry stores. Architect Najla El Aouar, which is also ligthing designer says that a trend is the use of marble and granite mixed with other materials such as glass, mirrors and metals in the furniture industry. The Cuban architect Gretta Balin, says delighted with the materials, especially some exotic, found nowhere else in the world.

The Board of Sindirochas takes office This year the Cachoeiro Stone Fair was opened with the inauguration of the

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new president of the Union of Ornamental Stones Industry, Lime and Limestone in the state of EspĂ­rito Santo and the elected board, com-

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prised of 23 business segments for the next three years 2015 / 2018. The new president is the businessman Tales Pena

Machado who has received from the hands of Samuel Mendonça, the key which means the transfer of union management.



CONTRIBUIÇÃO DA ABIROCHAS PARA AS ARDÓSIAS DE MINAS GERAIS Texto e fotos: Geólogo Cid Chiodi Filho Consultor da Abirochas na, que determina a propriedade de expansão térmica e sugere a possibilidade de aproveitamento para agregados leves. Restaria ainda, de acordo com o trabalho da FEAM, avaliar com maior profundidade o aproveitamento dos produtos de expansão térmica das ardósias, priorizado entre as alternativas consideradas. Avaliação de ardósias termicamente expandidas

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s abordagens técnicoeconômicas já realizadas enfatizam que a sustentabilidade da produção das ardósias e dos quartzitos foliados de Minas Gerais está condicionada ao seu aproveitamento como matéria-prima para usos industriais diversos. Trabalhos realizados pela Fundação Estadual de Meio Ambiente (FEAM) apontam, mais amplamente, a necessidade de melhoria da recuperação na lavra, diversificação dos produtos comerciais de revestimento, aproveitamento industrial dos resíduos, simplificação e desoneração dos processos de licenciamento ambiental e controle de direitos minerários. Através da Gerência de Produção Sustentável (GPROD), da FEAM, foi elaborado o projeto

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“Implementação do Plano de Sustentabilidade do Setor de Rochas Ornamentais – Ardósia em Papagaios”, concluído em 2014. Este projeto referenciou que são conhecidas e tecnicamente viáveis várias possibilidades de aproveitamento dos resíduos da lavra e do beneficiamento – e, portanto, da própria ardósia – como matéria-prima para cargas minerais de uso industrial. Enfatizou-se a multiplicidade vocacional das ardósias a partir de alguns atributos tecnológicos importantes, destacando-se: granulação fina dos constituintes minerais, interessante para cerâmica vermelha; homogeneidade química, favorável para a composição de cimento; e, conteúdo de água intercristali-

Com recursos e por iniciativa da ABIROCHAS, após o encerramento da Coverings 2014, realizada em Las Vegas, foi visitada a empresa North Carolina Stalite Co., no Estado da Carolina do Norte. Esta empresa produz e comercializa, sob a designação de “stalite”, agregados leves para concreto e diversas outras aplicações em construção civil, saneamento, atividades agrícolas, capeamento asfáltico, etc. Todos os seus produtos comerciais são obtidos a partir de processos de expansão térmica de uma rocha ardosiana. O objetivo dessa visita foi buscar subsídios para o aproveitamento dos resíduos de ardósias produzidas na região de Papagaios, Minas Gerais. Utilizando amostras de ardósia preta


(Black Pompeu) e cinza (Capão do Mato), previamente enviadas pela empresa Micapel Slate, por solicitação da ABIROCHAS, foram realizados alguns testes preliminares de expansão térmica na Stalite. O nível de expansão térmica observado nestes testes foi considerado “impressionante” e aparentemente superior ao da matéria-prima utilizada pela própria Stalite, o que é bastante promissor para uma alternativa de utilização das ardósias mineiras. Como referência, apontase que a Stalite tem 14 patentes de processos e produtos do que se denomina rotary kiln expanded slate lightweight aggregate (agregado leve de ardósia expandida em forno rotativo). Nos EUA, também segundo informação da Stalite, o raio de economicidade dos SLA (slate lightweight aggregates), considerando o custo de transporte, seria de aproximadamente 500 milhas (800 km). Assumindo-se esse raio para o Brasil, a produção de SLA na Província de Ardósia de Minas Gerais cobriria uma área de comercialização que concentra quase 80% do PIB brasileiro, abrangendo total ou parcialmente os estados e capitais do Sudeste, além do Distrito Federal e Goiás, no CentroOeste, e o sul da Bahia. O diretor de pesquisa e desenvolvimento da Stalite Co., Jody Wall, confirmou que os produtos expandidos adquirem pozolanicidade. Esta noção permitirá o aprofundamento da abordagem do aproveitamento dos SLA na indústria de cimento. A proximidade do polo cimenteiro de Lagoa Santa – Pedro Leopoldo, a não mais de 80 km da área da Província de Ardósia, além da existência de

várias indústrias correlatas nessa região, favorecem os enfoques econômicos do aproveitamento das ardósias e seus rejeitos. Conclusões É cada vez mais evidente a necessidade de aproveitamento integrado da ardósia como material de revestimento e uso industrial, sem o que ficam muito prejudicadas as bases de sustentabilidade econômica e ambiental exigidas para a preservação da atividade produtiva e multiplicação regional de seus benefícios. Com relação à denominada Província de Ardósia de Minas Gerais, destaca-se que sua atividade mínero-industrial passa por um quadro de expressiva retração, já com fechamento de algumas empresas e desmobilização de mão de obra. As perspectivas de recuperação das áreas degradadas pelas atividades de lavra, bem como o aproveitamento dos resíduos, devem ser avaliadas dentro dessa realidade. Já em 1996, o estudo intitulado “Caracterização e Pesquisa de Aplicações de Resíduos e Aparas de Ardósia”, executado sob orientação do prof. Wilfried Keller Schwabe, da UFMG/DESA, referiu que, “o rejeito sólido da ardósia, transformado em pó ou brita, tem alta potencialidade para aplicação em agregados, agregado leve, cargas (principalmente para massa asfáltica), blendagem com cimento e material cerâmico. Dependendo ainda de pesquisa mais aprofundada, apresenta possibilidade de uso na fabricação de telhas e tijolos, impermeabilização de reservatórios e aterros, corretivo de solo, produção de solo-cimento, pozolana e na

recuperação de áreas degradadas. A continuidade das pesquisas sobre a aplicação dos rejeitos sólidos propõe avaliação técnicoeconômica para concretos convencionais e de alto desempenho, pavimentos de concreto, indústria de pré-moldados, pavimentos asfálticos, matéria-prima para agregado leve e adição a massas de cerâmica vermelha.” Em estudo da então COMIG - Cia. Mineradora de Minas Gerais, executado por Grossi-Sad et al. (1998) e divulgado quando o custo da mão de obra ainda não era um fator agudo de produção, apontou-se que os principais problemas remetidos à atividade produtiva relacionavam-se a: reduzido índice final de recuperação na lavra e no beneficiamento, o que no entanto seria característico das rochas de processamento simples e de outros centros produtores mundiais de ardósia; baixa agregação de valor aos produtos comerciais elaborados para revestimento, o que reduzia a capacidade de investimento empresarial; e, não aproveitamento do material refugado na lavra e no beneficiamento, para usos industriais diversos. Dentre as muitas conclusões e recomendações formalmente apresentadas merece destaque a seguinte: “Não é mais possível dissociar o desenvolvimento do setor de ardósia da questão de lavra e beneficiamento. O enfoque dos problemas relativos à disposição e aproveitamento de rejeitos, sobretudo da lavra, é muito importante para o credenciamento ambiental do setor de ardósias. Dificilmente o setor crescerá e até se preservará se não houver manejo e disposição adequados dos rejeitos, bem como sua utilização, mesmo par-

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ABIROCHAS’ CONTRIBUTION TO THE SLATE OF MINAS GERAIS Text and photos: Geologist Cid Chiodi Filho cial, para usos industriais.” echnical and economic approaches already made emphasize that the sustainability of slate production in Minas Gerais is conditioned to their use as raw material for diverse industrial applications. Studies made by the State Environmental Foundation (FEAM) point more generally to the need of improvement of quarrying recovery, diversification of saleable covering products, recycling of industrial tailings, simplification and streamlining of environmental licensing and control of mining rights. Through the Sustainable Production Department (GPROD) of FEAM, the project Implementation of the Sustainability Plan of the Dimension Stone Industry – Slate from Papagaios, concluded in 2014, was elaborated. This project mentioned that several possibilities exist, which are known and technically viable, to make use of quarrying and beneficiation wastes – and, as such, of the slate itself – as raw material for mineral loads of industrial usage. It emphasized slate’s vocational multiplicity based on some important technological attributes, especially: fine grain size of

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its mineral constituents, interesting for red ceramic; chemically homogenous, favorable for cement composition; and, intercrystalline water content, which determines the thermal expansion properties and suggests possible use for light aggregates. Still to be determined, according to the FEAM study, more thorough evaluation of thermal expansion products of slate, giving priority to the alternatives considered.

Evaluation of thermally expanded slate With resources and initiative of ABIROCHAS, after the

Coverings 2014, held in Las Vegas, the North Carolina Stalite was visited. The company produces and sells light aggregates for concrete and several other applications in the building industry, sewage projects, agricultural activities and asphalt pavement, etc. under the product name “stalite”. All of the products sold are obtained from thermal expansion processes of slate. The objective of the visit was to seek subsidies for use of slate tailings produced in the region of Papagaios, Minas Gerais. Using slate samples in colors black (Black Pompeu) and grey (Capão do Mato), previously sent by Micapel Slate company


Development Director of Stalite, Jody Wall, confirmed that the expanded products acquire pozzolanicity. This notion allows further investigating the approach of SLA’s use in the cement industry. The proximity to the cement producers of Lagoa Santa – Pedro Leopoldo, which is located not more than 80 km from the Slate Province, in addition to the existence of several correlated industries in the region, favors the economic argument of the use of slate and its waste.

Conclusions on request from ABIROCHAS, some preliminary tests were performed of thermal expansion on Stalite. The level of thermal expansion observed in the tests was considered “impressive” and apparently superior to that of raw material used by Stalite itself, which is quite promising for a utilization alternative of slate from Minas. As reference, it can be mentioned that Stalite has 14 process and product patents of the so-called rotary kiln expanded slate lightweight aggregate. In the US, also according to information from Stalite, the economic radius of SLA (Slate Lightweight Aggregates), considering transportation cost, would be 500 miles (800 km). Assuming this radius for Brazil, the production of SLA in the Slate Province of Minas Gerais would cover a sales area that concentrates almost 80% of the Brazilian GDP, reaching totally or partially the states and capital cities of the Southeast, in addition to the Federal District and Goiás, Central-West and south of Bahia. The Research and

The integrated use of slate as a covering material and industrial use is becoming increasingly evident, without which the bases required for economic and environmental sustainability are negatively affected as well as for the preservation of production activity and regional multiplication of its benefits. With regard to the socalled Slate Province of Minas Gerais, it is important to mention that the region’s mining-industrial operation is undergoing significant recession, with the shutdown of some companies and layoff of the labor force. The outlook for recovery of areas degraded by quarrying activity, as well as use of rejects, should be evaluated within this reality. In 1996, the study entitled “Characterization and Research of Slate Waste and Tailings Applications”, performed under the orientation of Prof. Wilfried Keller Schwabe, of the UFMG/DESA, stated that “solid slate waste, transformed into powder or gravel has the potential for application in aggregates, light aggregates, loads (mainly for asphalt mixes), blending with

cement and ceramic material. Further, depending on more detailed research, it is possible to use in fabrication of roofing and bricks, waterproofing of reservoirs and landfills, soil correction, ground cement production, pozzolan and in the recovery of degraded areas. The continuation of research on the application of solid waste proposes a technicaleconomic evaluation for conventional and high-performance concrete, pre-molded industry, asphalt pavement, raw material for light aggregates and addition to red ceramic dough.” In a study by former COMIG – Cia. Mineradora de Minas Gerais, executed by Grossi-Sad et al. (1998) and disclosed when labor cost was still not a critical cost factor, pointed out the main problems related to production activity was related to: reduced final index of mining and beneficiation recovery, which, nevertheless, is characteristic of simply processed stones and other global slate producers; low aggregate value of products sold for covering, which reduces investment capacity of the business; and non-use of reject material in mining and beneficiation for diverse industrial uses. Among the many conclusions and recommendations formally presented, the following deserve mention: “It is no longer possible to dissociate development of the slate industry from the question of mining and beneficiation. The focus on problems in relation to the disposal and use of rejects, above all from mining, is very important for environmental licensing in the slate industry. The industry will hardly grow and even preserve itself if there is no management and adequate disposal of rejects, as well as its use,

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A CASA COR 2015 TROUXE MAIS VIDA À ORLA DA PAMPULHA

na Pampulha e, sem dúvida, a região é das mais charmosas da Capital. Da parte externa do casarão onde se realizou a mostra, a vista da Lagoa da Pampulha apresentou-se como espetáculo à parte. Com abordagem do tema brasilidade, levando-se em conta a inovação no uso de materiais e a apresentação

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edição 2015 Casa Cor Minas, num casarão da Alameda das Latânias, no bairro São Luiz, Pampulha, ofereceu dois espetáculos: O interno, onde os diversos ambientes foram apresentados de modo cuidadosamente planejado, e o

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externo, cercado pela beleza do conjunto arquitetônico da Pampulha que deve tornar-se Patrimônio Cultural da Humanidade em breve. Juliana Grillo, diretora comercial da mostra afirma que o público gosta das edições Casa Cor realizadas

de sugestões para o morar contemporâneo, alguns ambientes se destacaram, merecendo premiação. Exemplo disso, o Parklet, ainda no passeio da Alameda das Latânias, projeto conjunto de Rafael Lamounier e Amanda Gomes, procurou demonstrar a


necessidade atual de um espaço para contemplação e gentileza urbanas. O uso de containeres mostrou-se tendência a merecer atenção, distinguindo-se o Box 16, o Container Office e o Casulo. Pela primeira vez apresentado, o Banheiro Virtual, em 3D, também conquistou premiação. Profissionais tarimbados mesclados a jovens talentos, segundo o diretor executivo, Eduardo Faleiro, revelou-se aposta correta, já que a mostra se propõe a apresentar os novos rumos da arquitetura e do design. O tema da Casa Cor deste ano. “O Brasil visto por Dentro” foi bem representado pela Casa de Vidro, de Cristina Menezes, projeto

inusitado que, juntamente com o Otacílio Bar Gastrô, de Luciana Savassi e Marcos de Paula, foi premiado. O bar restaurante, inspirado no modernismo, apresentou linhas retas e geométricas na composição do layout enquanto o mobiliário privilegiava curvas na cobertura, em franca referência a Oscar Niemeyer. A automação total da cozinha, acionada pelo toque no IPad, é ainda inédita

em nosso mercado. No Bar Gastrô, foi apresentada a coleção Primavera Verão 2015/2016 de Rosália Nazareth Joias. Em sua 21ª edição, a Casa Cor Minas prestigiou uma série de eventos, palestras e mesas redondas para discussão da relação das pessoas com o espaço urbano. Na programação, o lançamento do livro de Otávio Nazareth sobre os 20

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mostra, com apresentação das tendências de arquitetura e decoração ali utilizadas. Apresentações musicais enriqueceram finais de tardes, na Alameda das Latânias, compondo com a paisagem um belíssimo e sonoro cenário.

Alguns Ambientes Premiados na Casa Cor Minas 2015 Categoria Melhor Ambiente: Sala Central – Estar e Vinhos Pedro Lázaro

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anos de carreira do premiado designer Paulo Alves. A edição comemorativa de 14 anos da Revista Habitat Minas também se constituiu evento especial durante a

mostra Casa Cor Minas 2015. Realizado no Cine Terraço, ambiente projetado pelo arquiteto Paulo Augusto Campos, o lançamento ofereceu um especial exclusivo da

Categoria Melhor Ambiente: Casa de Vidro - Cristina Menezes Categoria Gentileza: Container Office Bruna Bonfante e Juliana Lima


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Categoria Gentileza: Cine Terraço Paulo Augusto Campos Categoria Gentileza: Parklet Amanda Gomes e Rafael Lamounier Categoria Arquitetura: Jardim de Entrada e Bilheteria João Diniz e José Baccarini Categoria Arquitetura de Interiores: Cozinha Gourmet Luciana Araújo e Nathalia Otoni Categoria Design de Interiores: Sala Lounge Gislene Lopes Veja mais fotos na página seguinte...


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THE CASA COR 2015 BROUGHT MORE LIFE TO THE BORDER OF PAMPULHA´S LAKE

25 he edition 2015 of Casa Cor Minas, on a mansion in Alameda das Latânias in São Luiz district, Pampulha, had offered two shows: The internal, where several environments were presented in a carefully planned way and the external,

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surrounded by the beauty of the architectural Pampulha set that should become a World Heritage Site soon. Juliana Grillo, commercial director of the show says that the public likes the issues of Casa Cor held in Pampulha and, no doubt, the region is

the most charming of the capital. In the outside of the mansion where the show has happened, the view of the Pampulha´s lake was presented as an other spectacle. With the theme Brazilianness approach, according to the innovative use of


materials and the submission of suggestions for contemporary living, some environ-

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ments have excelled, deserving awards. One example was the Parklet in the prome-

nade of the Alameda das Lat창nias, a project by Rafael Lamounier and Amanda Gomes, witch try to demonstrate the current need for a space for contemplation and urban kindness. The use of containers proved to be trend to deserve attention, distinguishing the Box 16, the Container Office and the Cocoon. Presented for the first time, the Virtual bathroom, in 3D, also won awards. Seasoned professionals mingled with young talent, according to the executive director, Eduardo Faleiro, proved to be the correct bet,


since the show aims to present the new directions of architecture and design. The theme of Casa

Cor this year: "The Brazil seen by Inside" was well represented by the Glass House, project of Cristina Menezes,

unusual design which, together with the OtacĂ­lio Gastro Bar, by Luciana Savassi and Marcos de Paula, was awarded. The bar restaurant, inspired by modernism, presented straight and geometric lines in the composition layout as the furniture favored curves on the top, in a clear reference to Oscar Niemeyer. The full automation of the kitchen, triggered by touching the iPad, is still unprecedented in our market. In the Gastro Bar, was presented the Spring Summer collection 2015 / 2016 by RosĂĄlia Nazareth Jewels. On its 21st edition, the

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Kindness category: Container Office Bruna Bonfante and Juliana Lima Kindness Category: Cine Terraço Paulo Augusto Campos Kindness category: Parklet Amanda Gomes and Rafael Lamounier

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Casa Cor Minas honored a series of events, lectures and groups to discuss the relationship of people with the urban space. In the programming, we had the launch of Otávio Nazareth's book about the 20 years of career of the awardwinning designer Paulo Alves. The anniversary edition of 14 years of the magazine Habitat Minas also recorded a special event during the show Casa Cor Minas 2015. Held at Cine Terraço, environment designed by architect Paulo Augusto Campos, the launching offered an exclusive special show, with presentation of trends of architecture and decoration used there. Musical performances brought beauty to the late afternoons at the Alameda of Latânias, composing with the landscape a beautiful soundscape.

Some awarded environments Casa Cor Minas 2015

Architecture Category: Home Garden and office João Diniz and José Baccarini

Category Better Environment: Central Hall Living and Wine Pedro Lázaro

Interior Architecture category: Gourmet Kitchen Luciana Araújo and Nathalia Otoni

Category Better Environment: Glass House Cristina Menezes

Interior Design Category: Living Room Lounge Gislene Lopes





BALANÇO DAS EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE ROCHAS ORNAMENTAIS Texto: Cid Chiodi FilhoFilho – Kistemann & Chiodi NO 1º SEMESTRE DE 2015 Assessoria e Projetos

32 s exportações brasileiras de rochas ornamentais somaram USD 615,78 milhões e 1.138.111,8 toneladas no 1º semestre de 2015, com variação negativa de respectivamente 2,08% e 12,63% frente ao mesmo período de 2014. Esta variação negativa é devida à queda das vendas para a China. As exportações de rochas processadas tiveram um incremento de 13,18% no faturamento e de 7,75% no

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volume físico, evoluindo respectivamente para USD 509,6 milhões e 681,7 mil toneladas. Em volume físico, as exportações de rochas silicáticas brutas recuaram 31% e as de rochas carbonáticas brutas recuaram 63,5%. As exportações para os EUA somaram USD 411,7 milhões e 523,74 mil toneladas, com incremento de respectivamente 6,89% e 11,05% frente ao 1º semestre de 2014. A participação dos EUA, no total do faturamento

das exportações brasileiras de rochas, atingiu 66,9% no 1º semestre de 2015. O preço médio dos produtos exportados para os EUA recuou de USD 820 / tonelada, em 2014, para USD 790 / tonelada em 2015.

Importações As importações brasileiras de materiais rochosos naturais somaram USD 26,4 milhões e 44,53 mil toneladas, com variação negativa de


respectivamente 27,12% e 8,91% frente ao 1º semestre de 2014. As importações de materiais rochosos artificiais, por sua vez, somaram USD 22,44 milhões e 26,17 mil toneladas, com variação também negativa de respectivamente 23,17% e 17,07%.

Comentários ⦁ Várias empresas brasileiras estão adequando suas unidades industriais para o atendimento da “terceira onda exportadora” do setor de rochas, focada em produtos acabados. Pode-se imaginar que produtos acabados já façam parte das exportações brasileiras, com tendência de crescimento. A inespecificidade dos códigos fiscais de classificação comercial dos produtos do setor de rochas não permite avaliar nem a participação, nem a evolução das vendas de produtos acabados, prejudicando as análises de mercado.

⦁ A valorização do US dólar está provocando a queda do preço médio tanto dos produtos exportados, quanto dos produtos importados pelo setor de rochas. Os descontos oferecidos pelos exportadores brasileiros não podem se elevar a ponto de anular a maior rentabilidade atualmente proporcionada pelo câmbio. ⦁ A forte retração dos mercados de ações chineses não deverá afetar ou comprometer a economia do país, pois a maior parte de seus consumidores direciona investimentos para o setor imobiliário. Não se espera, assim, que a crise da bolsa de valores da China afete as exportações brasileiras de rochas para esse país.

Números das Exportações de Rochas no 1º Semestre de 2015 ⦁ USD 616 milhões de fatura-

mento (-2,1% frente mesmo período de 2014). ⦁ 1,14 milhões de toneladas (12,6% frente mesmo período de 2014). ⦁ 82,8% de participação de rochas processadas no faturamento (contra 79,3% em 2014). ⦁ 59,9% de participação de rochas processadas no volume físico (contra 51,2% em 2014). ⦁ 3,2% de incremento no faturamento com rochas processadas. ⦁ 7,8% de incremento no volume físico de rochas processadas. ⦁ USD 590 milhões de saldo na balança comercial. ⦁ 0,65% de participação no total do faturamento das exportações brasileiras. ⦁ USD 412 milhões para os EUA (+7% frente mesmo período de 2014). ⦁ USD 541/tonelada de preço médio, contra USD 321/tonelada das exportações

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DECORAÇÃO

16ª EDIÇÃO DA DECORA LIDER CHEGA A BH

34 Ambiente: Amsterdam Couple Bedroom - Profissionais responsáveis: Cristina Morethson e Angelo Coelho

o ano em que completa seu septuagésimo aniversário, a Lider Interiores, uma das maiores empresas de decoração e design mobiliário do país, apresenta a 16ª edição da Decora Lider, com foco ao design inovador e funcional, em Belo Horizonte. Móveis, cores, texturas e adereços compõem 16 ambientes, que foram cuidadosamente produzidos pelos profissionais participantes desta edição: Adriana Caporali e

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Luciana Lage (sala de jantar), Zilda Santiago e Anamaria Diniz (sala de estar), Ângela Roldão (loft e vitrine), Beth Nejm (sala de estar), Carmen Calixto (quarto da moça), Cristina Morethson e Ângelo Coelho (quarto de casal), Estela Netto (loft), Fernanda Albert (quarto do jovem), Flávia do Prado e Letícia Dias (café / varanda gourmet), Izabel Felix (suíte de hotel), Jacqueline Ortega (quarto infantil), Manuela Senna (living com adega), Obvio Arqui-

tetura (home office com leitura), Rosângela Brandão Mesquita e Eduardo Henrique Brandão (sala de estar), Patrícia Guerra e Roziane Faleiro (sala de cinema), Will Lobato (apartamento do jovem casal). Diferente das edições anteriores, a 16ª Decora Lider não terá um tema específico, mas será todo pautado pelo design, possibilitando maior liberdade criativa aos profissionais. A mostra, que hoje já é uma das maiores de deco-


Ambiente: Sala de Jantar Profissionais responsáveis: Adriana Caporali e Luciana Lage

ração monomarca no Brasil, passará por Campinas, Brasília, Rio de Janeiro, Vitória, Salvador e Belo Horizonte, e contará com a participação de 140 profissionais para a concepção dos 110 ambientes nos mais de sete mil metros quadrados de área de lojas dedicados ao projeto. A 16ª edição do evento terá um investimento de R$ 6.250.000, e contará com

toda a estrutura da empresa, como linha de produção, logística, mobiliário, força de vendas, comunicação e publicidade. Com muito bom gosto, os decoradores, arquitetos, designers e paisagistas mostram por meio dos quartos, salas de jantar, home theaters, home offices etc, a versatilidade da marca, a qualidade, a variedade de opções e o design dos mais de 60 pro-

Ambiente: Terraço Lider - Profissionais responsáveis: Flávia do Prado e Letícia Dias

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Ambiente: Quarto do Jovem Profissional responsável: Fernanda Albert

dutos recém-lançados empresa.

da

Serviço: Visitação: 03 de junho até abril de 2016. Entrada gratuita. Local: Ponteio Lar Shopping, BR 356, nº 2.500, Loja 112, Bairro Santa Lúcia, BH - MG. Horário: Segunda a sábado, de 10hs às 22 horas. Domingo, das 14hs às 20 horas. www.liderinteriores.com.br



FIQUE SABENDO GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DA INDÚSTRIA DE ROCHAS ORNAMENTAIS

DIAMANTE RARO É LEILOADO NA SUÍÇA POR US$ 48,4 MILHÕES Um raro diamante azul, chamado "Blue Moon", foi leiloado pela Sotheby´s na Suíça. O diamante de 12.03 quilates tinha um valor estimado entre US$ 35 a US$ 55 milhões, embora o preço alcançado na venda tenha batido o recorde para uma pedra oferecida em leilão: $48.468.185 USD (dólares). O diamante, descrito como "perfeito" devido à sua incrível coloração azul radiante e natural, ficou em exibição no Museu de História Natural de Los Angeles, antes de ser leiloado e adquirido por um comprador de Hong Kong, no dia 11 de novembro. Segundo o jornal "The Guardian", o bilionário teria comprado a joia para presentear sua filha de sete anos. De acordo com a nota do catálogo no site da Sotheby´s: "Diamantes azuis reluzem entre as pedras mais raras e preciosas da natureza. Por séculos, o seu brilho único e forma intrigante cativaram os gemólogos, historiadores e espectadores do mundo todo. O "Blue Moon Diamond", uma pedra de 12.03 quilates de um incrível azul intenso, e clareza internamente impecável, é uma das ocorrências mais notáveis. Isso justificaria o preço exorbitante alcançado no leilão para a pedra, que foi descoberta na sua forma bruta pela Petra Diamonds, dona das minas Cullinan, localizadas na África do Sul.

O SINROCHAS-MG, FIEMG e FEAM elaboraram um GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DA INDÚSTRIA DE ROCHAS ORNAMENTAIS, que está disponível para download no seguinte endereço: http://www7.fiemg.com.br/Cms_Data/Contents /central/Media/Documentos/Biblioteca/PDFs/FIE MG/MeioAmbiente/2015/ISO/CARTILHAR O C H A S - G E S T- O - D E -T E C N O LO G I A AMBIENTAL_INTRANET.pdf

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www.mharmoservice.com.br




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