2019, Nunca fomos tāo felizes

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Pablo de Mello



Pablo de Mello Londres . 2022


Sumário Introduçāo O Gigante ressurge das cinzas Florida Cup Flamengo x Ajax Flamengo x Eintracht Campeonato Carioca Flamengo x Bangu Resende x Flamengo Botafogo x Flamengo Flamengo x Boavista Flamengo x Cabofriense Flamengo x Fluminense Luto: Tragédia no Ninho Flamengo x Americano Portuguesa x Flamengo Libertadores da América San José x Flamengo Flamengo x Vasco Flamengo x LDU Flamengo x Volta Redonda Madureira x Flamengo Flamengo x Fluminense Fluminense x Flamengo Vasco x Flamengo Flamengo x Peñarol Flamengo x Fluminense Flamengo x San José Vasco x Flamengo Flamengo x Vasco Campeāo Carioca LDU x Flamengo Campeonato Brasileiro Flamengo x Cruzeiro Internacional x Flamengo São Paulo x Flamengo Peñarol x Flamengo

7 8 23 24 26 28 30 31 32 33 34 35 36 38 39 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 59 60 61 62 63

Flamengo x Chapecoense Copa do Brasil Corinthians x Flamengo Atlético MG x Flamengo Flamengo x Athletico PR A chegada do Mister Flamengo x Fortaleza Flamengo x Corinthians Fluminense x Flamengo CSA x Flamengo Athletico PR x Flamengo Flamengo x Goiás Flamengo x Athletico PR Corinthians x Flamengo Emelec x Flamengo Flamengo x Botafogo Flamengo x Emelec Bahia x Flamengo Flamengo x Grêmio Vasco x Flamengo Flamengo x Internacional Ceará x Flamengo Internacional x Flamengo Flamengo x Palmeiras Avaí x Flamengo Flamengo x Santos Cruzeiro x Flamengo Flamengo x Internacional Flamengo x São Paulo Grêmio x Flamengo Chapecoense x Flamengo Flamengo x Atlético MG Athletico PR x Flamengo Fortaleza x Flamengo Flamengo x Fluminense Flamengo x Grêmio 45

64 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 92 93 94 95 96 98 100 101 102 103 105 106

Flamengo X CSA Goiás x Flamengo Flamengo x Corinthians Botafogo x Flamengo Flamengo x Bahia Flamengo x Vasco Grêmio x Flamengo Viagem à Lima Treino para Final A Naçāo invade Lima Odisséia Rubro-Negra O Maraca virou Baile Funk Catarse em Lima A final das nossas vidas Loucura e êxtase Flamengo x Ceará Palmeiras x Flamengo Hepta-Campeāo do Brasil Flamengo x Avaí Santos x Flamengo Campeāo Brasileiro Sub 17 Campeāo Brasileiro Sub 20 Embarque para Doha Treino em Doha Flamengo x Al-Hilal Nosso sonho mais ambicioso Liverpool x Flamengo Flamengo e o Eurocentrismo O bom jogo do Flamengo O esquadrāo dos sonhos Os números da temporada Os recordes Artilharias Campeāo de Tudo Nunca fomos tāo felizes

110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120 121 122 124 136 140 141 142 144 145 146 147 148 149 151 152 154 158 159 162 164 165 166 167 168



6


H

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

avia mais de três décadas

Flamengo fez isso. Não perdeu um jogo

que

torcida

sequer em casa. E ganhou o máximo

sob

as

que pôde fora. Um ataque devastador.

lembranças de um esquadrão

Entrosado. Com dotes para encantar e

histórico. Eram boas recordações, mas

trucidar defesas e goleiros. Um time

elas geravam certo temor. Será que

veloz. Imparável. Com uma letalidade

nunca mais o Flamengo teria um time

absurda em contra-ataques. Toque de

capaz de vencer o que aquele timaço de

bola envolvente, pra frente, nada de

1980-1983 venceu? Será que nunca mais

lenga

o rubro-negro iria conseguir ser o rei

defensivismo. Futebol em estado puro.

da América? Bem, a paciência é uma

Como

virtude. E o torcedor foi recompensado

futebol brasileiro. Um Flamengo bem

em 2019. Após um intenso trabalho

brasileiro. Que permaneceu 29 jogos

de

principalmente

invicto. Essa dominância rendeu um

financeira, o clube carioca renasceu.

Carioca. Um Brasileirão. E a sonhada

Construiu um time faminto. Por gols.

Libertadores. Desde o Santos de Pelé que

Por recordes. Por escrever seu nome

o Brasil não via um time conquistar

na história dos maiores esquadrões

título

do

que

mesmo ano. Algo que nem o esquadrão

não?) sul-americano. Que não baixou

de Zico conseguiu. Só faltou mesmo o

a guarda em nenhum momento. Que

Mundial, que escapou em um nostálgico

foi com time titular em jogos que

duelo contra o Liverpool. Em 2020, a

outros iriam com time B, time C. Que,

intensidade diminuiu, mas os títulos,

mesmo longe do Maracanã, não tomou

acredite, aumentaram… Mesmo assim,

conhecimento dos rivais e foi um

foi o maior prazer vê-lo brilhar… É

ingrato visitante. Tudo como manda

hora de eternizar aqueles dias em que

a cartilha dos pontos corridos. É

nunca fomos tāo felizes.

do

a Brasil

reorganização,

futebol

maior vivia

brasileiro.

E

(por

lenga, nos

morosidade,

bons

nacional

tempos

e

do

covardia, próprio

continental

no

preciso pontuar em casa e fora. E o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

7


1.

3.

8.

5.

9.

4. 2.

7. 1. Apresentaçāo Ronaldinho - 2011 2. Patricia Amorim e Ronaldinho - 2011 3. Patricia Amorim e Zico - 2011 4. Flamengo eliminado pelo Emelec - 2012 5. Bandeira de Mello eleito presidente - 2012 6. Flamengo Campeāo Copa do Brasil 2013 7. Flamengo Campeāo Carioca 2014 8. Flamengo eliminado pelo Leon- 2014 9. CT inaugurado em 2014 10. Flamengo eliminado pelo Vasco - 2015 11. Flamengo eliminado pelo Palestino - 2016

N

11.

6.

10.

O Gigante ressurge das cinzas

ão foi do nada que começou a ascensão do Flamengo. O clube plantou as sementes para a farta colheita de 2019 lá em dezembro de 2012, quando Eduardo Bandeira de Mello foi eleito presidente do rubro-negro com larga margem de votos sobre a 2ª colocada, Patrícia Amorim. A missão principal do mandatário era acabar de uma vez com as dívidas milionárias que sugavam os recursos do clube há décadas e prejudicavam diretamente as pretensões da equipe em brigar por títulos. Por exemplo: no começo dos anos 1990, quando o Flamengo revelou uma safra de excelentes jogadores como Paulo Nunes, Djalminha, Marcelinho Carioca entre outros, que conduziram o time aos títulos da Copa do Brasil de 1990 e do Brasileiro de 1992, todos foram vendidos rapidamente para sanar dívidas. E esse

milhões (!) e a reduziu para R$ 360 milhões em apenas cinco anos. Isso foi fruto da chamada “recuperação de credibilidade”, projeto inicial da diretoria que começou após a contratação de uma empresa que estabeleceu ciclos a cumprir, com elevação de receitas, pagamento de dívidas e profissionalização da gestão. Para se ter uma ideia, em 2014, o clube atingiu o maior faturamento da história do futebol brasileiro ao alcançar R$ 64,3 milhões, superando o recorde do Santos de 2005 (que conseguiu R$ 63,1 milhões graças às vendas de Robinho, para o Real Madrid, e Léo, para o Benfica). E isso sem nenhuma venda significativa de jogadores!

ciclo vicioso continuou ao longo dos anos, com contratações irresponsáveis, várias que não vingaram e muitas que geraram dívidas trabalhistas e até processos. Nenhum presidente conseguia colocar o clube nos eixos. Pelo contrário, eles arruinavam a imagem do Flamengo, que era mais conhecido pelos salários atrasados, estrutura precária e amadorismo administrativo do que pelos títulos – entre 1993 e 2012, os únicos grandes troféus foram a Copa do Brasil de 2006 e o Brasileiro de 2009, muito pouco para um clube tão grande, que colecionou fracassos em disputas nacionais e, principalmente, na Libertadores. Pois Bandeira de Mello conseguiu, aos poucos, acabar com esse estigma. Ele pegou o clube com uma dívida aproximada de R$ 750

Em seguida, o clube iniciou a construção de um novo CT, o Centro de Treinamento 8

George Helal, popularmente conhecido como Ninho do Urubu, que teve o primeiro módulo construído entre 2014 e 2016 e o segundo finalizado entre 2016 e 2018. O CT se tornou o mais moderno da América Latina e também um dos maiores do mundo, com cinco campos de futebol, parque aquático, academia, salas de reuniões, refeitórios, biblioteca, restaurante, sauna entre outros. A entrega do CT foi uma das principais promessas da gestão de Bandeira de Mello e fundamental para sua reeleição, em 2015, em mandato que durou até 2018. Outro ponto de imenso destaque foi o aperfeiçoamento do departamento médico do clube, que passou a reduzir o tempo de recuperação dos jogadores lesionados e consequentemente o número de atletas


17. 14.

20.

12.

15.

13.

18. 12. Flamengo perde para Palmeiras 2016 13. Time comemora sexto lugar 2016 14. Flamengo perde para Cruzeiro 2017 15. Flamengo perde para Independiente 2017 16. Vinícius Junior vendido em 2017 17. Flamengo eliminado pelo Botafogo 2018 18. Flamengo Campeāo Copa SP Junior 2018 19. Lucas Paqueta vendido em 2018 20. Flamengo Vice-Campeāo do Brasil 2018 21. Rodolfo Landim eleito presidente em 2018

16.

19.

machucados. Nas categorias de base, o clube passou a investir mais e contratou uma empresa especializada no trabalho de aprimoramento de jovens jogadores, retomando uma característica comum do clube nas décadas passadas. Com foco em todas as faixas etárias, do sub-13 ao sub-20, o Fla começou a brigar por títulos em todas elas. E foi campeão das Copas São Paulo de 2016 e 2018 e da Copa do Brasil Sub-17 de 2018. Durante o ciclo do presidente, o Fla alcançou 37 finais nas categorias de base e venceu 24 títulos, um número bastante expressivo. O clube foi também um dos que mais cederam jogadores para a seleção brasileira de base. Durante esse período, o Flamengo voltou a conquistar um título nacional: a Copa do

21.

Brasil de 2013, vencendo o Athletico-PR na final, faturou os Cariocas de 2014 e 2017 e ainda ficou com o vice-campeonato da Copa do Brasil de 2017 (perdeu para o Cruzeiro), da Copa Sul-Americana de 2017 (perdeu para o Independiente-ARG) e do Brasileiro de 2018 (a taça ficou com o Palmeiras).

qual ele passava apuros com eliminações precoces e dentro do Maracanã.

Vinícius Jr. rende ao Fla a 2a maior venda da história do futebol brasileiro Acontece que o Flamengo vivia um período de austeridade que muitos torcedores não entendiam. Não dava para fazer contratações mirabolantes e não pagar depois. As dívidas eram mais importantes. E, para saná-las, os sacrifícios deveriam ser feitos, como vender, em 2018, Lucas Paquetá ao Milan-ITA (por 35 milhões de euros) e Vinícius Júnior ao Real Madrid (por 45 milhões de euros), ambos crias das bases, para aumentar o caixa e reduzir mais e mais as dívidas e construir uma base sólida. Depois de

“Tá sentindo o cheirinho?” No entanto, por mais que brigasse pelos troféus, o Flamengo ainda não tinha a confiança da torcida, que reclamava e protestava por causa dos maus resultados e tropeços em campo. E, mais do que isso, o torcedor não aguentava mais as piadas dos rivais (o famoso “cheirinho”) e a angústia vivida na Libertadores, competição que não era conquistada pelo clube desde 1981 e na 9

Uma década de muitos altos e baixos onde a recuperaçāo do Gigante deu o tom

tudo isso, o clube tinha uma perspectiva extremamente positiva para 2019. Algo que o rubro-negro ansiava há muitas décadas… A formação do time. E alguns percalços O Flamengo terminou 2018 com o amargo vice do Brasileiro. No entanto, o clube manteve em sua base jogadores como o goleiro Diego Alves, o lateral Rodinei, os meias Diego e Everton Ribeiro, o atacante Vitinho e o volante Willian Arão, e partiu em busca de grandes reforços para a temporada 2019 para a disputa da Copa Libertadores, a obsessão rubro-negra. Mas não bastava comprar jogadores apenas por comprar. Era preciso acertar no alvo, trazer atletas realmente tarimbados, que viviam grande fase e pudessem agregar ao elenco. E a diretoria foi brilhante, para dizer o mínimo.


IQUE

BRUNO HENR

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Gols marcados 57 jogos 7 assistências em Goiás 12 gols e em e 2 assistências Wolfsburg 0 gols 17 jogos em 86 e 16 assistências Santos 20 gols jogos

GABIGOL

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Artilharias - 6 gols Copa do Brasil 2014 - 8 gols Copa do Brasil 2015 - 4 gols 8 201 sil Bra Copa do iro 2018 - 18 gols Campeonato Brasile Gols marcados 5 jogos Santos 43 gols em 12

Do Santos, vieram Bruno Henrique e Gabriel Barbosa – este o artilheiro do Brasileirão de 2018. Bruno veio por R$ 23 milhões e Gabriel sem custo, por empréstimo, apenas com o pagamento dos salários, já que ele era jogador da Internazionale. Em seguida, o clube carioca contratou o zagueiro Rodrigo Caio, que não era reconhecido no São Paulo e amargava a antipatia da exigente torcida tricolor.

A formação do time. E alguns percalços Para fechar o “pacote de janeiro”, o Mengo anunciou o uruguaio De Arrascaeta por quase R$ 64 milhões, a transferência mais cara da história do futebol brasileiro, superando a do argentino Carlos Tevez, do Boca para o Corinthians, em 2005, de R$ 60

ARRASCAETA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Títulos Torneio Clausura Uruguai 2013 Copa do Brasil 2017 e 2018 Campeonato Mineiro 2018 Gols marcados Defensor 18 gols e 17 assistências em 65 jogos Cruzeiro 50 gols e 37 assistências em 188 jogos

RODRIGO CAIO

ABEL BRAGA

milhões. Arrasca vinha de uma temporada brilhante pelo Cruzeiro, com golaços e título da Copa do Brasil com gol dele na finalíssima. Com grandes reforços e a sacada de contratar dois jogadores de ataque extremamente entrosados como Bruno Henrique e Gabriel Barbosa, o Flamengo já tinha uma espinha dorsal de respeito. Mas o problema do time ainda era na parte técnica. O treinador do clube naquele começo de ano era Abel Braga – contratado ainda em 2018 pelo presidente eleito Rodolfo Landim -, que não tinha o feitio ousado que aquele elenco exigia. Por mais que tivesse uma história de sucesso e louvável principalmente pelo esquadrão do Internacional que ele comandou em 2006, Abel era da leva de técnicos retrógrados, que abdicavam do jogo ofensivo em prol 10

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Zagueiro Sāo Paulo

do resultado. De início, o time começou vencendo a Florida Cup, torneio amistoso de pré-temporada, após empate em 2 a 2 com o Ajax-HOL e vitória nos pênaltis por 4 a 3, e triunfo por 1 a 0 sobre o Eintracht Frankfurt-ALE. Mas, no Carioca, tropeçou na Taça Guanabara – foi eliminado nas semis para o Fluminense – e só deu a volta por cima no segundo turno, quando venceu o Vasco na final da Taça Rio nos pênaltis e bateu o rival outra vez, mas na decisão do torneio, com duas vitórias por 2 a 0, resultados que garantiram o título estadual ao rubronegro, com Bruno Henrique artilheiro com oito gols, seguido de Gabriel Barbosa, com sete.

Libertadores. E (por que não?) o Brasileiro. Mas o time ainda não demonstrava um futebol que pudesse convencer e indicar que tais taças viriam. E, para piorar, o clube viveu enorme drama em fevereiro após um incêndio – causado por um curto-circuito de um ar condicionado no alojamento de jovens das categorias de base no Ninho do Urubu – matar dez garotos e deixar outros três feridos. O acidente repercutiu mundialmente e foi um baque para a imagem do clube, que adotou um símbolo de luto em sua camisa e iniciou uma intensa batalha na justiça para resolver as indenizações das famílias das vítimas – algo que segue até hoje sem desfecho.

O título foi celebrado, claro, mas não era o que o torcedor queria. E foi só mais um ao invés de ser “o” um. A torcida queria a

Voltando ao futebol, um exemplo de que o time ainda não jogava tudo o que sabia aconteceu na própria Libertadores. Após


. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . LISTA DAS MAIORES FUTEBOL CONTRATAÇÕES DO 18 - 2020 BR ASILEIRO EM 20 1o Gabigol 2o Arrascaeta 4o Gérson

R$ 79 milhões R$ 63,7 milhões R$ 49,7 milhões

7o Vitinho (2018)

R$ 44 milhões

10o Bruno Henr.

R$ 23 milhões

11o Rodrigo Caio

R$ 21 milhões

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

estrear com vitória na altitude da Bolívia sobre o San José por 1 a 0, e vencer a LDUEQU em casa por 3 a 1, o Flamengo perdeu para o Peñarol-URU em pleno Maracanã por 1 a 0, uma equipe de camisa pesadíssima, mas apenas mediana e que poderia ser vencida facilmente. A classificação para as oitavas de final da Libertadores veio sem complicações, após vitória por 6 a 1 sobre o San José, em casa, derrota por 2 a 1 para a LDU (fora) e empate sem gols com o Peñarol no Uruguai, mas o futebol não era de um time que queria ser campeão. Para piorar, no Brasileiro, o Flamengo havia disputado seis jogos, com três vitórias – 3 a 1 no Cruzeiro, 2 a 1 na Chapecoense e 3 a 2 no Athletico-PR -, um empate – 1 a 1 com o São Paulo – e duas derrotas – 2 a 1 para o Internacional e 2 a 1 para o AtléticoMG -, resultados que deixaram o Mengo em

6º lugar. Ninguém entendia como um time com tantos bons jogadores não jogava bem. E como De Arrascaeta ficava no banco! O que era preciso para fazer aquele time deslanchar? Ora pois, um técnico!

JORGE JESUS

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Títulos Benfica Campeonato Po rtuguês 2009-10 , 13-14 e 14-15 Taça de Portugal 2013-14 Taça da Liga 20 09-10, 10-11, 11 -12, 13-14 e 14-15 Sporting Taça da Liga 20 17-18

projeto do Flamengo foi o que mais seduziu Jesus, que gostou da proposta do clube. A diretoria rubro-negra tomou conhecimento da história e também gostou da ideia de contar com um técnico europeu e novos pensamentos. Mas o treinador rubro-negro Abel Braga ficou sabendo da sondagem, e, no final de maio, pediu demissão do Flamengo alegando “traição”. O fato é que a sua saída já era cogitada mesmo com o bom aproveitamento no ano de 70%, pois ele não fazia o time engrenar e já estava cinco pontos atrás do Palmeiras no Brasileirão após a 8ª rodada – e tal diferença aumentaria para oito pontos até a 10ª rodada.

Mais reforços e a chegada de Jesus Antes mesmo da classificação na Libertadores, em meados de abril, circulava nos bastidores que o técnico Jorge Jesus havia sido oferecido ao Flamengo em sua passagem pelo Brasil naquele mês, quando o português, ao lado de dirigentes do Atlético-MG, viu uma derrota do rubro-negro para o time mineiro no Independência. O treinador havia demonstrado interesse em trabalhar no país, e, além do Galo, o Vasco também sondava o treinador. No entanto, o

No dia 1º de junho, enfim, o Flamengo encerrou o mistério e anunciou Jorge Jesus como novo treinador, cujo trabalho iria começar na pausa do Campeonato Brasileiro 11

por causa da da Copa América. O português encheu a bola do clube em seu encontro com o presidente Rodolfo Landim, em Madri (ESP): “O que me convenceu principalmente foi a grandeza do Flamengo. São quatro os clubes mais famosos do mundo: Flamengo, Boca Juniors, Barcelona e Real Madrid. Portanto, foi um dos motivos para eu aceitar, além de ganhar títulos. O Flamengo me dará uma possibilidade de ganhar a Libertadores, de ganhar o Mundial. Fiquei muitos anos no Benfica e ganhei tudo. E esse é o objetivo maior que fez com que eu aceitasse o desafio do Flamengo”. Jesus chegou no dia 08 de junho ao Rio e foi apresentado ao elenco no dia 20.


PABLO MARÍ

GÉRSON

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Zagueiro Mallorca Manchester City La Coruña

Volante Fluminense Roma Fiorentina

Além do técnico, o Flamengo também contratou naquela metade de temporada o zagueiro espanhol Pablo Marí (que estava no La Coruña-ESP), o meia Gerson (ex-Roma-ITA) e as duas contratações mais bombásticas daquela janela de transferências: os laterais Filipe Luís e Rafinha, ambos com ampla experiência no futebol europeu e repletos de títulos em suas carreiras.

Apertem os cintos porque o Flamengo está no mercado De novo, o clube acertava em cheio nas contratações. Reforçou a zaga com um bom jogador, peça que o time tanto precisava. Trouxe Gerson, que torcia na infância para o Flamengo e até citou em sua apresentação a lembrança da eliminação na Libertadores de 2008 para o América-MEX, os gols de Cabañas, e a chance de conseguir acabar com aquele trauma. E, com Rafinha e Filipe Luís,

FILIPE LUÍS

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RAFINHA . . . . . . . . . . . . Lateral direito Coritiba Schalke 04 Genoa Bayern Munique

explorar ainda mais o talento de Gabriel Barbosa e Bruno Henrique, a velocidade dos laterais, a criatividade de Gerson e a habilidade do uruguaio De Arrascaeta, que passaria a ter muito mais chances no time, com Diego entrando mais nas etapas complementares dos jogos. Atuando mais perto do gol, Gabriel Barbosa iria se transformar no mais letal atacante do Brasil, desempenho bem diferente do que ele apresentou na Europa, onde tinha que sair correndo atrás de lateral e jogar longe do gol, totalmente fora de seu estilo de jogo. Na Itália, quando atuava pela Inter, ele era obrigado a marcar, ir para o campo de defesa, ir para o ataque… Aí não tinha como render mesmo! Jesus iria estabelecer um 11 titular e escalá-lo sempre que possível, principalmente em jogos decisivos, para extrair o máximo dos jogadores.

o clube supria uma antiga carência nas laterais e atingia um patamar de respeito no futebol brasileiro. Com ousadia e pensando alto, o clube trazia jogadores até então inimagináveis para os padrões nacionais. E ganhava imensa força para o restante da temporada. A partir dali, o Flamengo seria outro. Era hora da transformação. A pausa na temporada por causa da Copa América foi fundamental para o Mister (apelido que ele ganharia do elenco) Jorge Jesus ver as características de seu elenco e começar a traçar um estilo de jogo. Com os novos laterais, a entrada de Gerson no meio de campo e Marí para a zaga, ele pôde moldar o time que queria para os próximos compromissos do time na Libertadores, no Brasileiro e na Copa do Brasil – o Fla teria o Athletico-PR pela frente nas quartas de final, após passar pelo Corinthians nas oitavas. A ideia era

A estreia do técnico português foi contra o 12

Lateral esquerdo Figueirense Ajax La Coruña Chelsea Atlético Madrid

Athletico, em Curitiba, pela ida das quartas da Copa do Brasil, que terminou com empate em 1 a 1, placar satisfatório e totalmente reversível na volta, no Maracanã. E, justamente no místico estádio, Jesus estreou pelo Brasileirão, no dia 14 de julho, contra o Goiás. E não foi uma estreia qualquer. Foi um espetáculo rubro-negro visto por mais de 65 mil torcedores: 6 a 1, com três gols de De Arrascaeta, dois de Gabriel Barbosa e um de Bruno Henrique. E o placar poderia ser ainda maior se não fosse o goleiro Tadeu, que fez várias defesas

Será que vai pra frente? O jogo marcou a estreia de Rafinha – que em seu primeiro lance no jogo deu dois chapéus e levou a torcida ao delírio – e teve Diego e De Arrascaeta juntos, já que Gerson ainda não podia jogar. O nível técnico apresentado despertou muita expectativa


na torcida. Mas o início teria alguns percalços. No dia 17 de julho, exatos três dias após o show contra o Goiás, o Flamengo recebeu o Athletico no Maracanã com mais de 69 mil pessoas e a torcida já vislumbrava uma vaga fácil para a semifinal. Só que o time paranaense era muito bom. Por mais que Gabriel Barbosa tenha aberto o placar no segundo tempo, Rony empatou e levou o jogo para os pênaltis. Na marca da cal, Diego, Vitinho e Everton Ribeiro perderam suas cobranças e o Athletico venceu por 3 a 1, eliminando os cariocas da competição. Na sequência, o Flamengo empatou em 1 a 1 com o Corinthians, em São Paulo, pelo Brasileiro, e viajou para encarar o EmelecEQU, pela ida das oitavas da Libertadores. E, como se estivesse vivendo um pesadelo sem precedentes, o rubro-negro perdeu por 2 a 0 e ainda por cima viu Diego se machucar gravemente após entrada desleal de um rival. Foi uma noite para esquecer do clube carioca e também do técnico Jorge Jesus, que escalou Rafinha como ponta, colocou dois laterais direitos e Bruno Henrique de armador (?). O temor de outra eliminação precoce já pairava sobre os rubro-negros. Seria preciso

uma virada no Maracanã de pelo menos três gols de diferença no tempo normal ou um placar de 2 a 0 para tentar os pênaltis. Antes, a equipe encarou o Botafogo, pela 12ª rodada do Brasileiro, e venceu de virada por 3 a 2, com gols de Gerson, Gabriel Barbosa e Bruno Henrique, em jogo que manteve o time carioca na terceira posição na tabela, posição que os cariocas ocupavam desde a 9ª rodada, após vitória por 2 a 0 sobre o CSA.

velocidade e jogando no campo do adversário, o Flamengo queria mais, só que o Emelec se fechou com um “ônibus estacionado” na pequena área e dificultou bastante o jogo ofensivo dos brasileiros. Sem alterações, a decisão foi para os pênaltis e o goleiro Diego Alves se redimiu das cobranças que sofria da torcida defendendo o chute de Arroyo para garantir a vitória por 4 a 2 e a classificação carioca às quartas de final, algo que não acontecia desde 2010. Enfim, o primeiro fantasma estava destroçado. Mas havia outro desafio: tentar a ponta do Brasileirão.

É claro que sim! No dia 31 de julho, o Maracanã recebeu o duelo de volta entre Flamengo e Emelec pela Libertadores. Precisando do resultado, o time da casa impôs uma pressão alucinante sobre os equatorianos. E foi recompensado. Gabriel Barbosa marcou duas vezes em menos de 19 minutos e abriu 2 a 0 para o Mengo, que já poderia decidir nos pênaltis se o placar se mantivesse assim até o final. Com

Motores esquentando… Logo após a classificação, o Flamengo voltou a tropeçar: perdeu por 3 a 0 para o Bahia, em Salvador. Jorge Jesus ressaltou após a partida que os oito jogos em 25 dias prejudicaram a questão física dos 13

jogadores. Mas aquele jogo foi a gota d’água para que o treinador mexesse com o brio dos atletas. A partir dali, o Flamengo não iria mais tropeçar. Chega de derrotas, de empates, de sustos. Era hora de mostrar a força do elenco, jogar tudo o que aqueles jogadores sabiam. E, com a normalização de Pablo Marí, Filipe Luís e Gerson no time, o Flamengo começou a engrenar. Na 14ª rodada, vitória categórica por 3 a 1 sobre o Grêmio, no Maracanã, gols de Willian Arão, De Arrascaeta e Everton Ribeiro. Uma semana depois, goleada de 4 a 1 no rival Vasco, em jogo disputado no estádio Mané Garrincha, com dois gols de Gabriel Barbosa, um de Bruno Henrique e outro de De Arrascaeta, além de duas defesas de pênalti de Diego Alves, num “Clássico dos Milhões” eletrizante e histórico. Foi ainda o primeiro jogo no campeonato em que Gabriel usou a plaquinha “Hoje tem gol do Gabigol”, comemoração que viraria uma marca registrada do atacante ao longo do ano – ele estreou tal celebração ainda no Carioca. Essa vitória colocou o Flamengo na vice-liderança pela primeira vez no Campeonato.


Acima à esquerda: Bruno Henrique avança contra o Internacional pela Copa Libertadores. Ao centro: Gabigol marca dois gols contra o Palmeiras no Maracanā. Ao lado, Everton Ribeiro em tarde de gala contra o Santos.

No dia 21 de agosto, as atenções se voltaram para a Libertadores, quando o Flamengo teve pela frente o Internacional, em duelo doméstico pelas quartas de final. Muitos taxavam o Inter como favorito pela camisa mais pesada na competição e o fato de o time gaúcho decidir em casa. Mas o Flamengo construiu um resultado perfeito na ida, no Maraca: 2 a 0, com dois gols de Bruno Henrique, que vivia fase esplendorosa. Foi uma dominância plena do time carioca, que teve 70% de posse de bola e controlou totalmente o jogo. Quatro dias depois, o Fla viajou até Fortaleza e goleou o Ceará em pleno Castelão por 3 a 0, com direito a um golaço espetacular de bicicleta do uruguaio De Arrascaeta, outro que jogava muito naquele time rubro-negro. O gol seria eleito meses depois o mais bonito do Campeonato Brasileiro. No dia 28 de agosto, o Fla foi até Porto Alegre, arrancou um empate em 1 a 1 com o Inter (gol de Gabriel Barbosa) e carimbou a vaga na semifinal da Libertadores, sonhada há mais de três décadas pelo torcedor rubronegro. A Liberta só voltaria em outubro. Com isso, o mês de setembro seria crucial para a

consolidação do time carioca na liderança do Brasileiro, posição conquistada após a vitória sobre o Ceará.

Willian Arão e Gerson; De Arrascaeta, Everton Ribeiro e Bruno Henrique; Gabriel Barbosa.

Os imbatíveis

No jogo seguinte, novo 3 a 0, mas sobre o frágil Avaí, com gols de Pablo Marí, Gabriel Barbosa e Reinier, jovem que ganhava cada vez mais espaço com Jorge Jesus. No último jogo do turno, o Flamengo venceu o Santos – outro que vinha em ascensão no torneio – por 1 a 0, com um golaço de Gabriel Barbosa, e fechou as primeiras 19 rodadas com 42 pontos e na liderança ao fim de um primeiro turno pela primeira vez na história dos pontos corridos.

O duelo da 17ª rodada era uma das “finais antecipadas” daquele Brasileirão. Afinal, o Flamengo tinha pela frente o Palmeiras, líder por várias rodadas, mas em declínio. Felipão armou seu time para tentar arrancar pontos do rival no Maracanã, mas quem arrancou alguma coisa naquela tarde foi o Flamengo. Arrancou gritos de gol de sua torcida. Arrancou várias e várias vezes em direção ao ataque. Arrancou em busca da liderança isolada. E arrancou Felipão do cargo alviverde após o jogo! Foi 3 a 0 Mengo, fora o baile. Gabriel Barbosa, duas vezes, e De Arrascaeta fizeram os gols da vitória inapelável rubro-negra, que impôs ao Palmeiras sua primeira derrota por três gols de diferença desde a volta de Felipão ao comando do alviverde. Foi um jogaço do chamado “11 ideal” daquele time, que seria soletrado por todos os flamenguistas nos meses seguintes: Diego Alves; Rafinha, Rodrigo Caio, Pablo Marí e Filipe Luís;

Nos dois primeiros jogos do returno, mais duas vitórias: 2 a 1 no Cruzeiro, em Minas, e 3 a 1 no Inter, no Maraca, sacramentando oito vitórias seguidas do time na competição. A série só foi interrompida – mas a invencibilidade mantida – com o empate em 0 a 0 com o São Paulo, no Maracanã, único adversário que não seria derrotado pelo Flamengo em toda a competição. Àquela altura, o entrosamento do time era contagiante. O Flamengo espremia seus 14

adversários com intensidade e ataque constante. Mas o que mais chamava atenção era a velocidade. Quando Everton Ribeiro e Bruno Henrique saíam em disparada era o verdadeiro “ai Jesus!”, fazendo jus à famosa estrofe do hino rubro-negro! E não precisava ser Fla-Flu, não! Qualquer adversário sofria um bocado com a qualidade daquele time, que não usava as características do marasmo que perpetuava no futebol brasileiro há tempos. Era ataque puro. Nada de defensivismo e retranca após o 1 a 0. Com Bruno Henrique e Gabriel Barbosa, Jorge Jesus havia resgatado a dupla de ataque, algo quase em extinção por aqui! Os fundamentos do time também eram um primor. Pontaria plena, aproveitamento impressionante de gols, nada de passar em branco. O Flamengo fazia gol em todo jogo! O time atacava em bloco, com vários jogadores para atacar e marcar. Se um não conseguia fazer o gol, apareciam três, quatro em condições! Lateral, zagueiro, volante… E, mais do que tudo isso, o Flamengo jogava bonito. Jorge Jesus provava que De Arrascaeta tinha, sim, lugar no time. De que adiantava ter 70% de aproveitamento como


A FORMAÇĀO IDEAL . . . . . . . . . . . . 1. Diego Alves 13. Rafinha 3. Rodrigo Caio 24. Pablo Marí 5. William Arāo 24. Filipe Luís 7. Everton Ribeiro 8. Gérson 14. Arrascaeta 9. Gabigol 27. Bruno Henrique

Uma noite inesquecível: Flamengo 5x0 Grêmio pela Semifinal da Libertadores

O esquema de jogo de Jorge Jesus no primeiro semestre e não jogar nada? Ser só mais um time? Tinha que jogar futebol, escrever o nome na história. Números são uma coisa. Futebol bem jogado somado a bons números é outra completamente diferente e muito melhor! Jesus cobrava os jogadores sem medir palavras. Dava bronca. Se precisava tirar ainda no primeiro tempo, tirava. Não era fácil lidar com o energético português, mas o time entendeu que ele tinha razão. Ele sabia que o elenco tinha qualidade. Por isso, exigia muito e cada vez mais. E foi assim que o Flamengo chegou ao mês de outubro: líder do Brasileiro, invicto há oito rodadas e pronto para a semifinal da Libertadores, contra o Grêmio do técnico Renato Gaúcho, que dizia que o tricolor era o “melhor time do Brasil”. O duelo era tratado como o “jogo do ano” no futebol brasileiro e cercado de expectativas pelo futebol apresentado pelos dois times, pelo peso das camisas, pelo histórico de decisões marcantes entre a dupla – que começou lá na final do Brasileirão de 1982 – e, claro, por valer vaga na primeira final única da história da Libertadores. Não havia favorito. Bem,

isso é o que todo mundo pensou…

O espetáculo

Lara e tantos outros craques que já vestiram o manto do Imortal. O empate dava a falsa sensação de que tudo estava aberto. Por mais que o Grêmio tivesse mais camisa na Libertadores que o Flamengo, a vantagem era carioca não só por poder jogar pelo empate sem gols, mas pela diferença técnica que tinha. O Flamengo “deitava” até jogando com time misto no Brasileiro, seja em casa, seja fora. O Grêmio, perdia.

A definição de Flamengo e Grêmio como um dos duelos das semifinais da Libertadores ratificou a condição dos times mais competitivos do Brasil em 2019. E o tirateima começou no primeiro duelo entre cariocas e gaúchos, na Arena gremista. Por mais que jogasse fora de casa, o time rubro-negro “amassou” o rival. Trucidou os gaúchos com uma velocidade impressionante, toques envolventes e várias alternativas no ataque. Foram quatro gols. Mas apenas um valeu, de Bruno Henrique, no segundo tempo. Os outros três foram anulados pelo VAR. O Grêmio só conseguiu seu gol faltando três minutos para o fim do jogo, com Pepê.

Nos cinco jogos seguintes do Brasileirão após o empate com o Grêmio, o Fla – mesmo sem De Arrascaeta, que ficaria um mês fora por lesão no joelho – venceu a Chapecoense (1 a 0, fora, gol de Bruno Henrique), fez 3 a 1 no Galo, em casa, com gols de Vitinho, Reinier e Willian Arão, derrotou o Athletico-PR em plena Arena da Baixada por 2 a 0, com dois gols de Bruno Henrique (o Mengo não vencia o Furacão em Curitiba há 45 anos!!), bateu o Fortaleza fora de casa por 2 a 1 (gols de Gabriel Barbosa e Reinier, que permaneceu no time após uma queda de braço com a CBF, que queria o jogador no Mundial Sub-17), e derrotou o Fluminense por 2 a 0, com um

Foi nítida a supremacia do Flamengo, o volume de jogo e as alternativas que contrastavam com a falta de ímpeto e o frágil sistema defensivo gremista, que tinha no goleiro Paulo Victor sua grande debilidade. Ele não inspirava confiança alguma e fazia o torcedor tricolor clamar por Marcelo Grohe, Danrlei, Dida, Mazarópi, 15

gol de Bruno Henrique logo aos 3’ de jogo e outro de Gerson já no segundo tempo, em clássico totalmente dominado pelo Fla, que não deixou o rival ver a cor da bola no Maracanã. Sobrando no Brasileirão, o Flamengo mudou a chave para a Libertadores no dia 23 de outubro. O Maracanã estava efervescente e recebeu quase 70 mil pessoas, que formaram um grande mosaico com os dizeres “Até o fim” e a taça Libertadores em seguida. A Nação acreditava na vitória, mas sabia que o adversário era hostil. Os primeiros minutos seriam fundamentais para a manutenção da vantagem. O Flamengo vinha completo, com sua escalação ideal. Já o Grêmio apostava em André sozinho no ataque e nas investidas de Everton e Alisson pelas pontas, além da marcação de Maicon pelo meio e no entrosamento da dupla Geromel e Kannemann na defesa. O ambiente era maravilhoso. E a expectativa de um grande jogo, o mais esperado da temporada no futebol brasileiro.


Pablo Marí comemorando seu gol contra o Grêmio

Bruno Henrique marca contra o Corinthians

E, quando a bola rolou, o Maracanã presenciou um espetáculo. Uma apresentação colossal. Um estrangulamento. Depois de abrir o placar no final do primeiro tempo em um ataque mortal, o Flamengo matou o Grêmio. Fez quatro gols em apenas 25 minutos. Primeiro, com Gabriel, num chute explosivo. Depois, de pênalti, com o mesmo camisa 9. Em seguida, saiu o quarto, em jogada aérea, repetida minutos depois no quinto gol. O Fla ainda fez outro, mas este acabou anulado por impedimento. Placar? 5 a 0.

partidaça de Bruno Henrique (autor de três gols), em jogo que contrapôs o retranqueiro Fábio Carille (demitido após o jogo) e o ofensivo Jorge Jesus, venceu o Botafogo por 1 a 0 (gol de Lincoln, no finalzinho), e venceu o Bahia por 3 a 1, de virada, no Maracanã, com gols de Reinier, Gabriel Barbosa e Bruno Henrique. Era questão de tempo para o Flamengo ser campeão brasileiro. Mas, como não poderia deixar de ser, o sucesso rubro-negro começou a despertar um outro sentimento nos rivais e em treinadores de outros clubes: a inveja.

Os jogadores do Grêmio ficaram atordoados. Tiveram que se segurar. A Libertadores ganhava uma de suas maiores goleadas em uma fase semifinal na história. Só o Atlético Nacional-COL, nos 6 a 0 sobre o Danubio-URU, em 1989, e o San Lorenzo-ARG, nos 5 a 0 sobre o Bolívar-BOL, em 2014, conseguiram tanto. Estava consolidado o show, a vaga ao rubronegro na decisão após 38 anos e o veredicto: o Flamengo era o verdadeiro dono do melhor futebol do Brasil. Bruno Henrique disse após a partida, em entrevista ao UOL Esporte, que o técnico Jorge Jesus “sempre pede para jogar e desfrutar em campo. Fala sempre isso. Que temos que ter alegria, prazer de jogar futebol diante de uma torcida dessa e um clube tão grande. É isso que sempre fala para gente”. E foi isso que o Flamengo fez naquela noite e fazia desde agosto.

Choque de realidade

Nos cinco jogos seguintes pelo Brasileirão, a equipe venceu o CSA (1 a 0, em casa), empatou em 2 a 2 com o Goiás, fora, goleou o Corinthians no Maracanã por 4 a 1 em uma

as mentes fechadas dos retranqueiros. “Sobre os meus colegas… Vim para o Brasil, sou um treinador como eles. Não vim tirar lugar de ninguém, não vim ensinar a ninguém. Não sou melhor e nem pior do que nenhum. Queria lembrar aos meus colegas que em Portugal já trabalhou um brasileiro: o Scolari. Scolari é acarinhado pelos portugueses. Autuori, Renê Simões, Abel… E muitos outros. Quando estiveram lá, tentamos aprender. Não havia essa agressividade verbal que há comigo. Não entendo essas mentes fechadas. Não me incomoda. Quero que meus colegas cresçam. Não sabem o que é globalização. Que de uma vez por todas tirem os fantasmas da cabeça, porque o Brasil tem grandes treinadores”. Jorge Jesus, em entrevista ao UOL Esporte, 17 de novembro de 2019.

O sucesso do Flamengo tanto em campo quanto fora dele levantou intensos debates sobre o trabalho de Jorge Jesus no rubronegro. Jogar para frente, de maneira intensa, era totalmente o oposto ao que vários treinadores faziam em seus clubes. E, quando esses treinadores começaram a ser questionados sobre a chacoalhada que Jesus estava causando no futebol nacional, esse técnicos ficaram bravos! Oras, mas por quê? Pelo fato de Jesus fazer o que sempre o futebol brasileiro fez, que é atacar de maneira plena e jogar bonito? Por não ser covarde e mandar seu time ao ataque sempre? Por parar com teorias idiotas de ficar poupando jogadores durante várias partidas e minar seus ritmos de jogo? Por acreditar que é possível, sim, vencer Brasileiro e Libertadores na mesma temporada? O português falou exatamente sobre isso em novembro, em entrevista publicada no UOL Esporte, e se mostrou bastante magoado com

E um detalhe: essa fala do português veio logo após uma outra vitória sobre o Grêmio, pela 33ª rodada do Brasileirão, em plena Arena gremista e com o Flamengo repleto de reservas, já na preparação para a final da Libertadores. Antes desse jogo, o time protagonizou outro jogaço na temporada: o 4 a 4 com o Vasco, num Clássico dos Milhões inesquecível. O Fla fez 1 a 0 com menos de um minuto, o Vasco virou para 2 a 1, o Flamengo empatou, o Vasco fez mais um no segundo tempo, o Flamengo virou para 4 a 3 e o cruzmaltino empatou nos acréscimos. Já eram 22 jogos de invencibilidade no Brasileirão. Somando a Libertadores, o número saltava para 26 jogos sem perder. 16

Não havia melhor resposta aos treinadores e rivais. Walter Casagrande, comentarista da TV Globo, também defendeu o português dizendo que os treinadores brasileiros tinham inveja de Jesus. “Têm muito ciúmes, desde quando ele chegou. Com o Sampaoli (técnico do Santos em 2019), foi a mesma coisa. Primeiro, todos eles (técnicos brasileiros) falaram que não são maus treinadores. Realmente, não pode diminuir os trabalhos que os treinadores brasileiros fazem. O Argel (técnico do CSA em 2019) falou que quem trouxe o futebol para cá foi Charles Miller… A seleção de 70 já jogava assim, não é novidade. Então, por que esses times não jogam igual ao do Flamengo? Por que o Argel não põe o time dele para jogar igual ao do Flamengo? O time do Flamengo joga muito melhor do que todos os outros times brasileiros. Ele está resgatando o futebol brasileiro. Então, é isso que tem que pegar. Para de reclamar, trabalha e põe o time para atacar que ninguém vai falar nada”, disse o comentarista no Globo Esporte do dia 19 de novembro de 2019 (leia mais clicando aqui). De fato, a inveja imperava. E o Flamengo sobrava. Azar dos rivais… Mas faltava o grande desafio para aquele time: a final da Libertadores.

A glória continental, 38 anos depois Tirando o contratempo da sede (seria em Santiago, no Chile, mas acabou indo para


A tāo sonhada Glória Eterna

Estádio Monumental de Lima, palco da grande final Disputa entre Gabigol e Pinola durante a final

Lima, no Peru, por causa das manifestações populares ocorridas na capital chilena), a primeira final em jogo único da história da Libertadores não poderia ser mais perfeita. Os dois finalistas eram, de fato, os melhores do continente. De um lado, o Flamengo, que jogaria completo, com De Arrascaeta escalado entre os titulares. Do outro, o River Plate, campeão de 2018, talvez o time mais aplicado taticamente das Américas, comandado com maestria por Marcelo Gallardo e com praticamente o mesmo elenco da conquista sobre o maior rival no ano anterior. Sabe quando um troféu pode ser vencido por qualquer time que ficará em boas mãos? Era isso. O equilíbrio tornava a decisão uma das mais abertas em anos. Mas, claro, as torcidas sabiam da força de seus clubes e confiavam no trabalho apresentado ao longo da temporada para a confirmação final. Havia ainda em jogo a acirrada disputa entre brasileiros e argentinos.

O Flamengo não vencia a Libertadores desde 1981, há 38 anos. Era muito, mas muito tempo. Quase quatro décadas! Gerações de torcedores jamais haviam visto seu time tão perto de algo tão grande. Aquela torcida não aguentava mais o estigma da geração de 1981, de viver órfãos de Zico, Adílio, Andrade, Júnior, Leandro, Nunes, Tita, Lico, Mozer, Raul e todos os craques que compuseram aquele Flamengo sensacional. Era o mesmo pelo qual a torcida do Santos, por exemplo, viveu durante décadas até a

Após a definição de Lima como sede do jogo, os torcedores foram chegando à cidade e, no dia da partida, o maravilhoso estádio Monumental “U” – um dos 20 maiores do mundo – ficou tomado por argentinos, brasileiros, peruanos e vários amantes do futebol. Era um momento diferente, uma final única, aos moldes da Liga dos Campeões da UEFA. Perdia-se aquela coisa do calor das torcidas locais, do torcedor clássico, mas ganhava-se mais tensão e emoção que um só jogo causa. Não havia margem para erro. Era ali ou nunca mais. E o tamanho das façanhas que cada clube poderia alcançar dava ao jogo ares épicos e uma expectativa enorme.

epopeia do título continental de 2011, que não vinha desde 1963 com a geração de Pelé, Coutinho e companhia. Percebe o tamanho da “glória eterna” que o Fla poderia alcançar naquela tarde? E mais: o dia 23 de novembro era a exata data do aniversário de 38 anos da conquista de 1981 sobre o Cobreloa! Percebe?

Marcação sob pressão. Espaços reduzidos. Toques rápidos. Jogadores intempestivos criando mais e mais oportunidades de gols. Os rubro-negros sentiam o calor, a tensāo e o no aplicado pelos portenhos. Aos 14’, Borré deixou o seu. Os minutos se passaram e o River poderia ter feito mais. Acabou o primeiro tempo. E só os argentinos haviam jogado. Onde estava o Flamengo que havia goleado o Grêmio por 5 a 0 nas semis? E Gabriel Barbosa? E Bruno Henrique? E o meio de campo? Eles estavam mesmo ali? Veio a segunda etapa e com ela a esperança de alguma mudança. Zero.

Mas, quando a bola rolou, o equilíbrio que todos esperavam deu lugar a uma dominância do River. O rubro-negro foi amarrado, empacotado e entrelaçado pelos Millonarios. Era chocante. O que o River jogava não estava escrito. Disciplina tática. 17

Caraca, que coisa que é o futebol, não é mesmo? Quem disse? Três minutos depois, bola na área argentina. O zagueiro Pinola, que fungou no cangote de Gabriel o jogo inteiro, testa pra baixo. E deixa a redonda para o brasileiro. Ele enche o pé. E vira. 2 a 1. Aos 46’. Passam poucos minutos. E fim de jogo.

O Flamengo até passou a flertar mais com jogadas ofensivas, mas o River seguia impecável, sem errar passes, ao contrário do Flamengo, que errava de uma maneira jamais vista desde a chegada do Mister Jorge Jesus. Será que todo o trabalho iria ruir justamente naquela primeira final única da história da Libertadores? Mas, a partir dos 25’, o River foi afrouxando o nó que dava no rival. Substituindo jogadores. Diminuindo a pressão. Parecia que eles estavam em contagem regressiva pelo título.

Flamengo campeão da América. Exatos 38 anos depois. Mesma data. Fim do suplício. Fim do estigma. Uma partida épica, histórica e com um roteiro que nem o mais fanático torcedor poderia imaginar. Mas que certamente merecia desfrutar. Era a coroação de um time enorme, que mereceu imensamente o troféu por tudo o que fez naquela competição. Em 13 jogos, foram sete vitórias, três empates e três derrotas, com 24 gols marcados e dez sofridos. Gabriel Barbosa, com nove gols, foi o artilheiro do time e da competição. E Bruno Henrique foi eleito o melhor jogador do torneio, além de ser o maior “garçom” com seis assistências para gols. A propósito: a final contra o River também ganhou um capítulo especial. Leia mais clicando aqui.

O relógio estava prestes a chegar aos 45’. A euforia era millonaria. Mas a raça era rubro-negra. Em uma roubada de bola no campo defensivo, o Flamengo encontrou uma avenida pela frente. O espaço que tanto buscou o jogo inteiro. Foi o suficiente. Bruno Henrique deixou com De Arrascaeta, que cruzou. E Gabriel Barbosa marcou com o gol escancarado à sua frente. 1 a 1. Aos 43’. Haveria prorrogação! Flamengo vivo!

A volta para casa do Fla foi um verdadeiro evento que parou a cidade do Rio de Janeiro. O centro da cidade foi tomado por torcedores, e os jogadores e comissão técnica desfilaram pelas ruas do centro do Rio no domingo, dia 24. Foi uma comemoração histórica para os milhões de rubronegros que não presenciaram o título de 1981 e puderam vivenciar uma conquista inesquecível.


Êxtase e glórias: a Apoteose Rubro-Negra

No mesmo dia, a festa ganhou ainda mais tempero: o Palmeiras perdeu para o Grêmio na rodada do Campeonato Brasileiro e o Flamengo conquistou por antecipação o título nacional, 10 anos após o caneco de 2009. Duas taças em menos de 24 horas! E, naquele fim de temporada, o clube ainda venceu os campeonatos brasileiros sub-17 e sub-20 de 2019, fechando uma “tríplice coroa” junto com o título dos profissionais! O torcedor mais feliz no mundo naquele domingo era flamenguista.

O título dos recordes No dia 27 de novembro, o Flamengo foi recebido com festa por sua torcida (mais de 67 mil torcedores) no Maracanã para o jogo contra o Ceará, pela 35ª rodada. Foi o jogo da entrega da taça e Jorge Jesus mandou a campo um time misto, que levou um susto com o gol do Ceará no primeiro tempo. Mas quem tem Bruno Henrique nunca fica na mão. O atacante marcou três gols no segundo tempo, Vitinho fez outro e o Flamengo goleou por 4 a 1. Quem disse que existe ressaca em póstítulo? O duelo seguinte foi contra o Palmeiras, no Allianz Parque, em jogo cercado de tensão por causa da rivalidade crescente entre os times e até torcida única para “evitar problemas”. Pura bobagem. Em campo, o Flamengo não deixou a pilha de nervos lhe abater e deu mais um show. Logo aos 4’, De Arrascaeta abriu o placar em um gol simplesmente magnífico. Antes do uruguaio completar para as redes após receber passe

Vila. Mas não foi um bom momento para isso. O Peixe, que terminou como vice-campeão, venceu por 4 a 0 e pôs fim à invencibilidade de 29 jogos dos cariocas, sendo 24 jogos no Brasileiro e cinco na Libertadores. Os gols dos alvinegros surgiram da fragilidade do lado direito do Mengo, que teve Rodinei no lugar de Rafinha, e também na tarde infeliz de Filipe Luís, que deu um gol de bandeja para Carlos Sánchez. Enfim, foi um jogo que Jorge Jesus poderia ter colocado só reservas, mas preferiu escalar quase força máxima. Com os jogadores já sem o apetite de antes e um Santos sublime, deu no que deu.

de Gabriel Barbosa, o Flamengo trocou 32 passes durante 1m50s. Isso mesmo. O time ficou quase dois minutos com a bola no pé só esperando o momento exato para dar o bote. Ainda no primeiro tempo, Gabriel Barbosa marcou dois gols e sacramentou a vitória rubro-negra por 3 a 1 (o Palmeiras descontou na segunda etapa), na primeira derrota com tantos gols sofridos pelo time alviverde em sua nova casa. De novo, quem disse que campeão tem que tirar o pé? Poupar jogador? Me poupe de pensamentos retrógrados, isso sim! O Flamengo queria enriquecer ainda mais sua campanha demolidora, quebrar ainda mais recordes. A propósito: Mano Menezes, o retranqueiro técnico alviverde, foi demitido do Palmeiras após a derrota para os cariocas… Foi o segundo técnico demitido pelo clube após derrota para o Flamengo naquela temporada (o primeiro foi Felipão) e o 4º treinador no ano “demitido” pelos cariocas (Fábio Carille, do Corinthians, e Adílson Batista, do Ceará, foram os outros dois).

Mas isso em nada reduziu a campanha do Flamengo em 2019. O Flamengo de 2019 ainda quebrou recordes históricos de outros campeões dos pontos corridos na era de 20 clubes. O Flamengo só não conseguiu a melhor defesa, que ainda pertence ao impressionante São Paulo-2007, que levou apenas 19 gols em 38 jogos e se tornou a melhor defesa da história dos pontos corridos e uma das mais notáveis de toda a história do próprio Brasileirão. O Flamengo levou 37, quase o dobro…

Na penúltima rodada, no último jogo do time no Maracanã e também o último diante de sua torcida antes da viagem ao Qatar, o Flamengo atropelou o Avaí: 6 a 1, em nova noite de festa no Rio. Com quase 70 mil pessoas, o Flamengo terminou o campeonato com uma média de público de 56.025 torcedores, maior que a do próprio torneio e simplesmente marcante. Só na última rodada que o Flamengo relaxou. Foi jogar fora de casa contra o Santos, na

Outro destaque foi a comissão de frente do rubro-negro. De Arrascaeta, Bruno Henrique e Gabriel Barbosa ostentaram números incríveis e melhores do que muito time do torneio. Juntos, eles marcaram 59 gols, mais gols do que 16 times do campeonato inteiro! Isso mesmo: 16 TIMES! Apenas Santos, Palmeiras e Grêmio fizeram mais gols do que o trio! Foi surreal! 18

De fato, o Flamengo sobrou demais no Campeonato. Perdeu apenas um jogo em todo returno. Nadou de braçada. E viu ainda o Santos ser o melhor vice-campeão da história com 74 pontos, pontuação de time campeão, em outro ponto que destaca a grandeza da campanha dos cariocas no torneio nacional. E um detalhe: na seleção do campeonato, nada mais nada menos do que nove jogadores do Flamengo (Rafinha, Rodrigo Caio, Pablo Marí, Filipe Luís, Gerson, De Arrascaeta, Everton Ribeiro, Bruno Henrique e Gabriel Barbosa) mais o técnico Jorge Jesus foram eleitos! Apenas o goleiro Santos e o meio-campista Bruno Guimarães, ambos do Athletico, impediram que o time inteiro do Mengo fosse escolhido pela CBF! Com três taças no ano, o Flamengo treinou mais dois dias no Brasil e viajou no dia 13 de dezembro para o Qatar, em uma longa viagem de mais de 15 horas. Era hora de iniciar a preparação para o último desafio do ano: o Mundial de Clubes da FIFA.

Orgulho rubro-negro Sem problemas de contusões, o Flamengo chegou ao Qatar para a disputa do Mundial com muita esperança. Era um consenso de que havia um certo equilíbrio entre o time brasileiro e o Liverpool, campeão europeu, os favoritos para a disputa da final. Nos últimos Mundiais, sempre o time do Velho Continente dava show em cima dos sulamericanos, isso quando acontecia o embate, pois em 2010, 2013, 2016 e 2018 nem isso teve,


Time Sub 20 posa para a foto antes da final do Campeonato Brasileiro contra o Palmeiras

pois os times da América caíram para adversários de outros continentes. Mas, em 2019, a história era diferente. Pelo futebol que apresentava, o Flamengo podia bater de frente com os ingleses. E nunca uma partida foi cercada de tanta expectativa. A torcida rubro-negra até criou música para embalar seus jogadores, fazendo referência à célebre decisão de 1981: Em dezembro de 81 Botou os ingleses na roda 3 a 0 no Liverpool Ficou marcado na história E no Rio não tem outro igual Só o Flamengo é campeão mundial E agora seu povo Pede o mundo de novo Dá-lhe, dá-lhe, dá-lhe, Mengo Pra cima deles, Flamengo! Dá-lhe, dá-lhe, dá-lhe, Mengo Pra cima deles, Flamengo Mas havia a semifinal. E, como manda a cartilha, teve sofrimento. O adversário do Flamengo, o Al Hilal, da Arábia Saudita, fez um bom primeiro tempo e abriu o placar com Aldawsari. Só no segundo tempo que o Flamengo voltou melhor e empatou logo aos três minutos, com De Arrascaeta, após passe de Bruno Henrique. Minutos depois, Bruno Henrique cabeceou precisamente após cruzamento de Rafinha e virou. BH também participou do terceiro gol, quando tentou servir Gabriel Barbosa na pequena área, mas Albulayhi mandou contra a própria meta e fechou o placar em 3 a 1 para o time brasileiro, em jogo que teve Diego fundamental assim como na Libertadores,

Momentos de Arrascaeta e Bruno Henrique contra Al Hilal e Liverpool pelo Mundial

com o meia participando do lance segundo gol e também do terceiro.

do

No dia seguinte, o Liverpool também suou, mas venceu o Monterrey-MEX por 2 a 1 e garantiu a final dos sonhos e sem zebras. Assim como em 1981, os ingleses iriam de vermelho, e o Flamengo, de branco. Era muito simbolismo, muita coincidência. Mas, quando a bola rolou, o torcedor levou susto atrás de susto com o ímpeto dos europeus, que quase abriram o placar com menos de um minuto de jogo, quando o brasileiro Firmino perdeu um gol feito cara a cara com Diego Alves. As chances continuaram a favor dos Reds, com Keita e Alexander-Arnold, mas o Flamengo encontrou o equilíbrio que precisava e domou a fera. Teve a posse de bola. E viu do lado direito da defesa inglesa o mapa da mina para atacar. Bruno Henrique fez grandes jogadas, criou chances, mas o defensor Gomez salvou o Liverpool em mais de uma vez. Van Dijk, soberano da defesa, não deixava Gabriel Barbosa aparecer. Mas o Flamengo conseguia manter o controle do jogo como há muitos anos um sul-americano não ousava tê-lo em uma final de Mundial. Era um jogo aberto. Só que o Flamengo não conseguiu transformar essa dominância em gol. Faltou criar uma chance clara, mais palpável. No segundo tempo, o Liverpool seguiu o roteiro da primeira etapa e tentou abrir o placar logo de cara, de novo com Firmino, que chapelou Rodrigo Caio, chutou seco, a bola quicou no chão e bateu na trave de Diego Alves. Na sequência, Salah aproveitou um cruzamento de Arnold e quase fez, em sua primeira grande aparição 19

após um primeiro tempo bem abaixo das expectativas. O Flamengo se recompôs mais uma vez e manteve a marcação pressão, o abafa nas saídas de bola do Liverpool, algo que se mostrou muito eficiente e que quase resultou em gol de Gabriel Barbosa, mas o chute foi defendido por Alisson. O famoso trio Mané, Salah e Firmino realmente não brilhava como muitos esperavam. A eficiência do Flamengo na marcação dava gosto de se ver. Mas o gol não saía. Jorge Jesus colocou Diego no lugar de Everton Ribeiro, mas deixou o camisa 10 encaixado na marcação, mais aberto, em posição que ele não rendia muito. Isso minou ainda mais as ações ofensivas do time carioca. Vitinho também entrou, arriscou dribles, mas o gol teimava em não sair. Do outro lado, Henderson obrigou Diego Alves a fazer grande defesa, aos 40’. Até que, aos 47’, Mané recebeu na entrada da área, Rafinha chegou para atrapalhar o chute do senegalês, e o árbitro viu pênalti, além de dar cartão amarelo para o lateral brasileiro. O torcedor rubro-negro emudeceu. Mas o VAR entrou em ação. Após checagem do lance, ficou comprovado que Rafinha foi na bola, sem falta. O árbitro cancelou o pênalti e também o cartão! Será que era sorte de campeão? A igualdade seguiu e o jogo foi para a prorrogação. Aos 5’, Vitinho fez grande jogada pra cima de Alexander-Arnold e cruzou, mas Van Dijk tirou da pequena área. O Flamengo tentava um gol logo de cara, mas o cansaço já era visível nos brasileiros. Uma decisão por pênaltis seria bom negócio àquela altura. Seria… Aos 8’, Mané recebeu,

olhou e tocou para Firmino. O camisa 9 tirou Rodrigo Caio e Diego Alves da jogada com um corte seco e marcou um belo gol, o primeiro do Liverpool em sua quarta final de Mundial: 1 a 0. Foi o começo do fim do sonho. Já sem o vigor físico, o Flamengo não manteve a intensidade. O garoto Lincoln ainda teve a última oportunidade de gol, aos 14’ do segundo tempo, quando recebeu de Vitinho e chutou por cima. Mas não deu. Ao apito do árbitro, o Liverpool conquistou seu primeiro título mundial, a taça que faltava a um clube tão vencedor, tão glorioso. O vice foi dolorido, mas não havia motivo para alarde. O Flamengo perdeu jogando ao seu estilo e provou que era possível enfrentar de igual para igual um poderoso oponente europeu sem jogar “por uma bola”. Os números ao fim do jogo foram um claro exemplo: 18 chutes a gol do Liverpool, 14 do Flamengo. A posse de bola do Flamengo foi de 52%, contra 48% do Liverpool. O rubronegro deu mais passes – 669 contra 601 – e fez menos faltas – 16 contra 22 dos Reds. Claro que muita gente criticou as substituições de Jesus, a falta de chances claras de gols, mas o Flamengo enfrentou o melhor time do mundo. Jogou o que podia e sabia. E foi até onde as pernas de seus jogadores permitiram no 76º jogo do ano (74º oficial), com o detalhe de que o time não era poupado há muito tempo. Qual outra equipe da América do Sul poderia fazer melhor? Talvez o River, vice-campeão da Liberta. E olhe lá! Mesmo triste, o torcedor flamenguista teve muito orgulho de seu time naquela tarde / noite de sábado. Vamos agora voltar no tempo e relembrar cada jogo daquele inesquecível ano. Venha comigo, caro rubro-negro!





FLORIDA CUP . . . . . . . . . . . . . . . . . .

S

olta

o

grito

. . . . . . . . . . . . . . . . . .

garganta,

título, o primeiro vencido pelo clube

Naçāo: É Campeāo! Pressionado

desde o Torneio See, em Kuala Lumpur,

pela falta de títulos desde

Malásia disputado em 1994 contra a

2017, o Flamengo entrou em

Seleçāo da Austrália, o Leeds e, na

campo em Miami para disputar um

final, o Bayern de Munique. O torneio

torneio

grandes

foi disputado pela quinta vez e o

equipes européias, Ajax e Eintracht

Flamengo empatou com o Ajax por 2x2,

Frankfurt. E embora estivesse em início

se classificando para a final contra o

de temporada, com pouquíssimo tempo

Eintracht quando venceu por 1x0 com

de treino e com a chegada e despedida

uma equipe cheia de jovens jogadores

de jogadores que faziam parte do

como Ronaldo e Victor Gabriel. Com dos

time que fechou o ano anterior com o

gols, Uribe terminou como artilheiro

vice-campeonato Brasileiro, o time de

do certame. Foi, sem dúvida, começo de

Abel Braga fez bonito e conquistou o

ano promissor.

amistoso

da

JANEIRO

contra

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


Uribe comemora o seu gol

Q

uase vinte anos depois, o Flamengo voltava a enfrentar grandes clubes europeus em torneios de pré-temporada. Ainda sem contar com os recém-contratados Gabigol e Arrascaeta e com Rodrigo Caio iniciando no banco de reservas, o Flamengo versão 2018 contou com um inspirado Uribe - que fez dois gols - para empatar com o Ajax (HOL) no tempo normal por 2 a 2 e vencer nos pênaltis por 4 a 3, na noite desta quinta-feira (10), na Flórida Cup, em Orlando (EUA), no primeiro teste da equipe na temporada. Pelo regulamento, o empate leva a disputa para a cobrança de penalidades, e o vencedor dela ganha um ponto extra, além do obtido no tempo normal.

Foi apenas o primeiro teste, qualquer conclusão seria precipitada, mas o Flamengo começou bem a temporada Pelo regulamento, o empate leva a disputa para a cobrança de penalidades, e o vencedor dela ganha um ponto extra, além do obtido no tempo normal. Taticamente, o jogo entre Flamengo e Ajax apresentou muitas falhas defensivas, mas para quem gosta de assistir uma partida agitada, com muitos gols e oportunidades de ambos os lados, o duelo foi

na esquerda, chutou, e o baixinho goleiro Lamprou quase tomou um frangaço ao deixar a bola passar debaixo de suas pernas. Por sorte, deu tempo de se recuperar.

prato cheio. Brasileiros e holandeses não se furtaram de atacar, o que proporcionou um confronto cheio de “lá e cá” no Orlando City Stadium. O Rubro-negro teve mais volume de jogo, e o Ajax foi mais objetivo em suas conclusões. No segundo tempo, as equipes fizeram muitas alterações, algo que já era esperado.

Com titulares no primeiro tempo e reservas na etapa final, Rubro-Negro empata por 2 a 2 e vai decidir título da Flórida Cup no sábado, contra o Eintracht Frankfurt Quando o Flamengo já era melhor na partida e criava oportunidades, o Ajax fez uma linda troca de passes na intermediária rubronegra aos 30 minutos, e a bola sobrou para Labyad, que teve tranquilidade para tocar no canto e colocar os holandeses novamente na frente do placar. Aos 42 minutos, Diego recebeu na intermediária e experimentou. O goleiro Lamprou espalmou e deu rebote para Uribe, oportunista, fazer o 2 a 2 em Orlando.

Logo aos 15 minutos, Huntelaar tabelou com Cerny, recebeu nas costas de Pará e tocou no cantinho direito do goleiro Diego Alves, abrindo o placar para o Ajax. O Flamengo chegou ao empate três minutos depois, quando Éverton Ribeiro deu um lindo lançamento para Uribe que, esperto, viu o goleiro adiantado e deu um bonito toque de cobertura. Aos 23, Vitinho recebeu

Primeiro reforço da temporada, Rodrigo Caio fez sua estreia com a camisa do Flamengo entrando no segundo tempo da partida. O zagueiro demonstrou segurança nas vezes em que foi exigido, embora aparentasse ainda estar sem ritmo de jogo, natural em início de temporada. 24

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FICHA TÉCNICA FLAMENGO 2 (4) X (3) 2 AJAX

Hora 22h (horário de Brasília) Árbitro Estaban Rosano (EUA) Auxiliares

Francesco Terranova (EUA) e Anya Vogt (EUA) Cartões amarelos Piris da Motta (FLA); Veltman, De Wit (AJA) GOLS Huntelaar, aos 15 do primeiro tempo (AJA

18 do primeiro tempo (FLA); Labyad, aos

tempo (AJA); Uribe, aos 42 do primeiro

); Uribe, aos 30 do primeiro

tempo (FLA)

FLAMENGO

Diego Alves, Pará (Rodinei), Rhodolfo (Rodr

igo Caio),

Léo Duarte (Matheus Dantas) e Renê (Trau

co); Cuéllar

(Ronaldo), Willian Arão (Piris da Motta) e Diego (Jean Lucas); Éverton Ribeiro (Thiago Santos), Uribe (Henrique Dourado) e Vitinho (Berrío) Técnico Abel Braga AJAX Lamprou, Kristensen, Schuurs (Veltman),

Magallán e Sinkgraven (Bakker); Eiting (Jensen), Grave nberch (De Wit) e Labyad; David Neres (Ekkelenkamp), Huntelaar (Traoré) e Cerny (Lang) Técnico Erik ten Hag . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


25


C

om um gol de Jean Lucas, o Flamengo venceu o Eitracht Frankfurt por 1 a 0 e conquistou a Florida Cup. Apenas a vitória no tempo normal garantiria a conquista para os rubro-negros, que tinham de superar os alemães e o Ajax em pontos. O Flamengo contou com um bom número de torcedores em suas duas partidas da Florida Cup. Antes de a bola rolar, a torcida do Fla fez a festa do lado de fora do estádio do Orlando City. Filho da cantora, Marcelo entrou de mãos dadas em campo com o zagueiro Rhodolfo.

Reservas garantem, Fla bate o Eintracht Frankfurt e conquista a Florida Cup A vitória veio ainda na primeira etapa, quando o técnico Abel Braga mandou a campo uma equipe recheada de jogadores considerados reservas. Apesar da evidente falta de ritmo, o Fla soube se impor e se aproveitou de o fato de o rival ter perdido um jogador expulso ainda no início. Revelado na base rubro-negra, Ronaldo fez uma partida à altura da expectativa depositada em seu futebol. Com muita visão de jogo e precisão nos passes, o volante foi o principal articulador de jogadas do Fla, em especial pelo lado direito. Uma atuação para

e Willian Arão. Principais reforços até o momento, Gabigol e De Arrascaeta sequer viajaram para os Estados Unidos. Com um time sem entrosamento algum e diante de um adversário um tanto quanto preguiçoso, o jogo na etapa inicial foi marcado por muita briga, pegada e bem pouco de bom futebol.

Se a obsessão em 2019 eram títulos, o Flamengo ganhou o seu primeiro na temporada

animar Abel Braga e o torcedor. Além dele, Rodinei e Jean Lucas tiveram participação de destaque. O camisa 19 rubro-negro não teve boa participação enquanto esteve em campo. Lento e pesado, errou praticamente todos os passes que tentou e ainda tirou a velocidade do time. Em uma das poucas chances da primeira etapa, teve a bola para definir, mas foi facilmente desarmado por Rebic.

Com mais força pelo lado direito, o Rubronegro teve nas passagens de Rodinei, Ronaldo e Jean as suas principais jogadas. O Fla apostou nos contra-ataques, mas faltou capricho na hora da definição das jogadas. Dourado recebeu uma bola sozinho, mas deixou o marcador chegar e desperdiçou a melhor chance carioca até então. E foi pelo setor mais ofensivo e ajustado que saiu a jogada do gol. Rodinei, que fez uma boa etapa inicial, atravessou a bola para Jean Lucas. De primeira, o jovem pegou de maneira esquisita, a bola pegou um efeito e matou o goleiro Trapp. Em lance dentro da área, o zagueiro Abraham se enroscou com Piris da Motta, acertou o rosto do paraguaio e foi imediatamente expulso pelo juiz Madcid Coric, aos 24 minutos da

Ao contrário da partida diante do Ajax, Abel Braga iniciou o jogo contra os alemães com o time considerado reserva. Assim, nomes como César, Rodinei, Trauco, Piris da Motta, Ronaldo, Jean Lucas, Thiago Santos e Vitor Gabriel tiveram a oportunidade de iniciar o duelo. Na etapa final, o treinador lançou os rostos mais conhecidos do torcedor, casos de Diego, Vitinho, Everton Ribeiro, Cuéllar 26

etapa inicial. Com um a menos, o Eintracht deu mais espaços e o Fla rondou mais a área alemã e acabou abrindo a contagem e levando a melhor. O técnico Abel manteve apenas César, Rodrigo Caio e Rhodolfo para o segundo tempo. Com oito jogadores descansados e com a vantagem construída, era de se imaginar uma equipe bem mais agressiva em busca de mais gols, mas não foi isso que aconteceu. Se não foi ameaçado em momento algum pelo adversário, que voltou 100% mexido para a etapa final, os rubro-negros até tiveram espaços na defesa alemã, mas o time parece ter sentido a falta de ritmo e de preparo, e só passou a agredir no terço final da partida. Aos 31, Vitinho recebeu uma bola à feição para o chute, mas arrematou muito mal e mandou para fora uma grande chance. Minutos depois, Willian Arão também mandou pelos ares a possibilidade de praticamente liquidar o jogo. Renê e Everton Ribeiro também pecaram na hora da conclusão. Apesar dos gols perdidos, o time conseguiu segurar a vitória e deixou o campo do Orlando City festejando a vitória e a conquista do torneio.


. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FICHA TÉCNICA FLAMENGO 1 x 0 EINTRACHT FRANKFURT

Hora 19h (horário de Brasília) Árbitro Madcid Coric (EUA) Auxiliares Francesco

Terranova (EUA) e Anya Vogt (EUA) Cartões amarelos Jean Lucas, Trauco, Rodrigo Caio (FLA); Rode, Russ (EIN) Cartões vermelhos Abraham (EIN) GOLS

Jean Lucas, aos 39 minutos do primeiro tempo FLAMENGO

César, Rodinei (Pará), Rhodolfo, Rodrigo Caio e Trauco (Renê); Piris da Motta (Cuéllar), Ronaldo (Willian Arão) e Jean Lucas (Diego); Thiago Santos (Everton Ribeiro), Henrique Dourado (Uribe) e Vitor Gabriel (Vitinho) Técnico Abel Braga

EINTRACHT FRANKFURT Trapp (Zimmermann), Abraham, Hasebe (Salcedo) e Falette (N’Dicka); Rode (Gelson Fernandes), Stendera (Willems), Danny da Costa (Fabián), De Guzmán (Tawatha) e Kostic (Hrgota) (Paciência); Rebic (Russ) e Jovic (Haller) Técnico Adi Hütter

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

27



35 CAMPEONATO O

CARIOCA DE JANEIRO A ABRIL

. . . . . . . . . .

O

Flamengo

aumentou

hegemonia

no

. . . . . . . . . .

sua

e venceu por 2 a 1. A final foi em

Campeonato

outros dois jogos contra o Vasco. A ida

Carioca com a conquista do

foi no Engenhão, e o Fla abriu 2 a 0

35º título. Com uma ótima

de vantagem. A volta foi no Maracanã,

campanha desde começo, o Rubro-negro

com novo 2 a 0, gols de Willian Arão e

se

Vitinho.

consolida

como

maior

vencedor

do século no Rio de Janeiro. Na Taça Guanabara o time passou a fase de

Juntando

grupos invicto, com quatro vitórias

semifinais e finais, o Fla jogou 17

e um empate, mas perdeu a semifinal

partidas, venceu onze, empatou cinco

para o Fluminense. O nível foi mantido

e perdeu apenas uma. Foram 33 gols

para a Taça Rio, onde o time teve

marcados e 13 sofridos. Na Seleção

quatro vitórias e dois empates. Na

feita pela Federação de Futebol do Rio

semifinal se vingou do Fluminense, e

de Janeiro, Rodrigo Caio, Renê, Cuéllar,

na final venceu o Vasco nos pênaltis.

Everton Ribeiro, Bruno Henrique e

Na

Gabigol aparecem como os melhores de

semifinal

geral,

o

Flamengo

enfrentou novamente o rival tricolor,

Taça

Rio,

Guanabara,

suas respectivas posições.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


Diego comemora um golaço

O

Flamengo iniciou sua caminhada no Campeonato Carioca neste domingo (20) vencendo o Bangu de virada por 2 a 1, com gols de Diego e Rhodolfo, diante de mais de 46 mil torcedores no Maracanã.

Diante de Maracanã cheio, Rubro-Negro sofre gol relâmpago, mas consegue o triunfo com um jogador a mais em lance irregular O jogo ficou marcado por uma polêmica de arbitragem. No início do lance que originou o gol de empate do Rubro-Negro, a bola teria saído pela linha de fundo, segundo imagens

da TV Globo. Na sequência, foi marcado um pênalti convertido por Diego e o volante Felipe Dias, do Bangu, acabou expulso. No segundo tempo aconteceu outro pênalti para o Flamengo, mas Diego desperdiçou.

rede levando o Flamengo à virada. Aos 18 minutos do segundo tempo, Éverton Ribeiro foi derrubado por Dieyson e sofreu pênalti. Na cobrança, Diego chutou forte no canto direito, mas o goleiro Jefferson fez grande defesa e impediu o segundo tento do meia.

O Flamengo construiu sua virada com certa facilidade, mas alguns pontos foram evidenciados e precisarão de reparos por parte do técnico Abel Braga. O principal deles se refere às jogadas aéreas defensivas, onde a equipe sofreu gol e levou outros sustos durante a partida. Kelvin bateu um arremesso de lateral aos 2 minutos do primeiro tempo e Anderson Lessa subiu mais alto que Rodrigo Caio para, de cabeça, abrir o placar para o Bangu e silenciar o Maracanã.

Diego foi um dos principais destaques da vitória, fazendo gol, finalizando e sendo bem participativo, mas sua atuação não ficou totalmente positiva por ter desperdiçado um pênalti. Se não fosse o goleiro Jefferson Aquino, do Bangu, a vitória do Flamengo seria mais elástica. O arqueiro fez grandes defesas e ainda pegou um pênalti de Diego.

O empate do Flamengo aconteceu rápido, logo aos 12 minutos, mas foi cercado de polêmica. O lateral-esquerdo Renê foi à linha de fundo e, de acordo com as imagens da TV Globo, a bola saiu de campo. Porém, a arbitragem não deu, a jogada seguiu, Diego chutou e o zagueiro Felipe Dias cortou com a mão. O árbitro Bruno Arleu de Araújo anotou o pênalti e ainda expulsou o jogador do Bangu. Na cobrança, Diego converteu com categoria.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FICHA TÉCNICA FLAMENGO 2 X 1 BANGU

Hora 17h (horário de Brasília) Público 43.761 pagantes Árbitro Bruno Arleu de Araújo Auxiliares Luiz Claudio Regazone e Thiago Henrique Neto Corrêa Farinha Cartões amarelos Vitinho, Diego, Thiago Santos (FLA); Dieyson, Michel (BAN) Cartões vermelhos Felipe Dias (BAN) GOLS

Anderson Lessa, aos 2 do primeiro tempo (BAN); Diego, aos 12 do primeiro tempo (FLA); Rhodolfo, aos 8 do segundo tempo (FLA) FLAMENGO Diego Alves, Pará, Rhodolfo, Rodrigo Caio e Renê; Cuéllar, Willian Arão e Diego (Vitor Gabriel); Éverton Ribeiro (Piris da Motta), Vitinho (Thiago Santos) e Uribe Técnico Abel Braga BANGU

Jeferson; Kelvin, Michel, Anderson, Dieyson; Felipe Dias, Serginho (Josiel), Marcos Júnior (Yaya Bañoro); Pingo

Inspirado, Diego quase fez mais um aos 20 minutos, quando cabeceou firme para o goleiro Jeferson Paulino fazer grande defesa. Aos oito minutos do segundo tempo, Éverton Ribeiro cruzou com extremo capricho para Rhodolfo, que se antecipou ao goleiro e, de cabeça, raspou a bola para o fundo da

O Flamengo de Abel Braga se mostrou um time que busca a intensidade durante os 90 minutos mesmo com adversidades, como o forte calor do Rio. O time também valorizou a posse de bola. 30

(Jairinho), Anderson Lessa, Robinho Técnico Alfredo Sampaio.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


Gabigol em açāo

E

m dia de estreias de Gabigol e De Arrascaeta, o Flamengo encarou o Resende e não saiu de um empate por 1 a 1. Joseph abriu o placar para o Alvinegro, mas Henrique Dourado, de bicicleta, deixou tudo igual. A partida evidenciou que o Fla ainda está em fase de ajustes na parte física e tática. Disposto a dar descanso ao elenco, Abel Braga mandou a campo um time completamente diferente daquele que venceu o Bangu por 2 a 1.

Dourado ceifa de bicicleta, Vitinho troca vaias por aplausos, mas Flamengo empata em noite de estreias Contratações mais badaladas até o momento, Gabigol e De Arrascaeta foram o centro das atenções no Raulino de Oliveira. Ainda em início de preparação, a dupla sentiu a falta de entrosamento com os companheiros. Os dois procuraram o jogo, mas o uruguaio foi mais decisivo, visto que teve participação na construção da jogada do gol de Dourado. Fora isso, se mexeu e tentou encaixar um ou outro passe. Gabriel foi um pouquinho mais discreto, mas também foi vítima de um time que demonstrou pouca capacidade de construção. Sem muita colaboração, acabou anulado entre os zagueiros. Os primeiros 45 minutos foram agitados na Cidade do

poder de marcação diante de um rival que tentou a vitória. Abel detectou o desgaste físico e mandou sangue novo a campo, mas Thiago Santos, Cuéllar e Vitinho não transformaram o Flamengo. Este último, no entanto, fez boa jogada individual, cruzou para Dourado, mas o jogador cabeceou para fora e desperdiçou a melhor oportunidade. Além deste lance, buscou muito o jogo e teve boa participação. Não fosse por uma grande defesa de César, Zambi teria dado a vitória aos alvinegros. A partida ficou mais aberta com as mexidas de parte a parte, mas o panorama seguiu igual até o fim. A noite, que tinha previsão de terminar com festa, acabou meio sem graça para os rubro-negros. Com um pouco mais de cinco minutos de bola rolando, parte da iluminação do Raulino de Oliveira caiu. Um disjuntor desarmou e deixou parte do campo às escuras. A situação voltou ao normal após 14 minutos de pausa.

Aço. Bem organizado, o Resende bloqueou os espaços do Flamengo e levou perigo a César. Em duas ocasiões, Maxwell quase surpreendeu o Fla. Mas a boa presença do Alvinegro foi logo premiada após cabeçada de Joseph, que subiu sem marcação e abriu o placar. O Fla não jogava mal, mas tinha dificuldade para penetrar. E foi necessário um lance de rara felicidade para que o Fla empatasse. De Arrascaeta encontrou Trauco, que cruzou para Dourado emendar de bicicleta. O jogo seguiu corrido e a equipe do Sul Fluminense não se intimidou com o barulho da torcida rubro-negra. Em chutes de Vitinho e Filipi Souza, o Resende quase chegou lá. Desentrosado, os jogadores do Flamengo tiveram dificuldades para dialogar em campo, ainda que não tenha faltado disposição. O novo rubro-negro entrou na onda de Henrique Dourado e comemorou à moda “ceifador” o gol do camisa 19. Após o companheiro marcar de bicicleta, Gabriel foi para a galera junto do atacante e fez o gesto da “ceifada”.

O Flamengo teve De Arrascaeta e Gabigol, mas o time que entrou em campo foi formado em boa parte por jogadores criados em casa, casos de César, Léo Duarte, Dantas, Hugo Moura e Jean Lucas. Tradicionalmente, o Raulino de Oliveira não recebe grandes públicos, mas esse panorama mudou no dia das estreias de Gabigol e De Arrascaeta. Com ótima presença rubro-negra, o campo de Volta Redonda recebeu um bom público.

Desentrosamento natural, muita correria, uma pintura e um ponto fraco recorrente. O jogo caiu consideravelmente de ritmo na etapa final, com o Flamengo demonstrando lentidão na saída para o ataque e pouco 31

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FICHA TÉCNICA RESENDE 1 X 1 FLAMENGO

Hora 19h15 (horário de Brasília) Público 14.341 presentes (12.572 pagantes) Árbitro Rodrigo Nunes de

Sá Auxiliares Jackson Lourenço Massarra dos Santos e Carlos Henrique Cardoso de Souza Cartões amarelos

Jeanderson (RES); Jean Lucas (FLA) GOLS

Joseph, aos 18 do primeiro tempo; Henrique Dourado, aos

22 do primeiro tempo RESENDE

Ranule; Filipi Souza, Lucão, Rhayne e Jeanderson; Joseph

(Sabão); Leo Silva, Arthur Faria (Dieguinho) e Vitinho; Maxwell e Zambi (Jackson)

Técnico Edson Souza FLAMENGO

César, Rodinei, Léo Duarte, Matheus Dantas (Cuéllar)

e Trauco; Piris da Motta, Jean Lucas (Vitinho) e Hugo Moura; De Arrascaeta (Thiago Santos), Gabigol e

Henrique Dourado

Técnico Abel Braga . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


Acima: Bruno Henrique comemora seu gol Ao lado: Everton Ribeiro em disputa

C

ontando com o inspirado Bruno Henrique, o Flamengo venceu o Botafogo de virada por 2 a 1 neste sábado, no Nilton Santos. Os donos da casa venciam por 1 a 0 até o intervalo, quando o atacante exSantos entrou na vaga de Vitinho e marcou os dois gols do Rubro-negro. João Paulo havia inaugurado o placar. Com o resultado, o Flamengo chega aos 7 pontos e se mantém na liderança do Grupo C.

Bruno Henrique estreia, muda o jogo com dois gols, e Flamengo bate o agora lanterna Botafogo de virada O Flamengo iniciou o jogo pressionando o Botafogo. Com posse de bola, o Rubronegro chegava bem ao ataque e acumulou bons lances nos primeiros minutos. Em uma cobrança de escanteio, Rodrigo Caio cabeceou firme, mas nas mãos de Gatito. Em outro lance, Vitinho recebeu pela ponta direita e cruzou com força e viu a bola beliscar o travessão. Clássico é decido nos detalhes, como o meio do futebol costuma dizer. E Jean quase sentiu isso na pele. Aos 14min, o volante errou na saída de bola e viu Vitinho receber livre dentro da área e chutar na rede pelo lado de fora. Automaticamente o botafoguense pediu desculpas pelo erro. O

sentiu um desconforto no músculo posterior da coxa direita e preferiu deixar o campo por precaução. Pior para o Botafogo que perde uma das lideranças em campo com jogo ainda indefinido. Ainda no intervalo, o técnico Abel Braga decidiu pela saída de Vitinho. Em seu luigar, Bruno Henrique fez sua estreia com a camisa do Flamengo. Pela ponta esquerda, o ex-jogador do Santos apostou na velocidade e conseguiu bons dribles nos primeiros minutos. Logo aos 2min do segundo tempo, o Botafogo quase ampliou. Apos tiro de meta, Kieza deviou de cabeça e Erik apostou na velocidade em jogada de ponta direita. Ele rolou para trás e o camisa 9 chutou firme na trave de Diego Alves.

Flamengo era quem mais oferecia perigo ao goleiro adversário. O Botafogo, por outro lado, apostava no contra-ataque para chegar a Diego Alves. E na primeira vez que isso ocorreu, o Alvinegro abriu o placar. Aos 24min, Jean recebeu na entrada da área e chutou fraco para dentro da área. Esperto, João Paulo desviou de calcanhar e mandou para as redes: 1 a 0. O Flamengo sentiu o gol marcado pelo Botafogo. Se antes o Rubronegro fazia pressão em busca do primeiro, após o Alvinegro marcar a situação foi

O tempo foi passando e o Flamengo precisava do gol. E ele saiu aos 19min do segundo tempo. Em cobrança de escanteio, Bruno Henrique aproveitou bobeada de Kieza, subiu sozinho e cabeceou firme para empatar o jogo. Visivelmente cansado, o Botafogo passou a se defender para não levar a virada. Enquanto faltava pernas para os donos da casa, sobrava para Flamengo. Principalmente para Bruno Henrique, que entrou no segundo tempo. Após marcar o primeiro gol, Bruno brilhou ainda mais e conseguiu fazer o seu segundo, o da virada: 2 a 1.

diferente. O time de Abel Braga tentou, mas não conseguiu se desvencilhar da marcação adversária. E ainda ficou exposto aos contra-ataques do dono da casa. Alguns cruzamentos viraram a solução, mas não deram certo. Logo após marcar o primeiro gol do jogo, João Paulo pediu para ser substituído. Ele 32

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FICHA TÉCNICA

BOTAFOGO 1 X 2 FLAMENGO

Hora 17h (de Brasília) Público 6.268 presentes

(5.314 pagantes) Árbitro Maurício Machado Coelho

Júnior Auxiliares Michael Correa e Daniel Espírito Santo Parro Cartões amarelo Diego e Bruno Henrique (FLA) e Alex Santana (BOT) GOLS João Paulo, aos 24 do primeiro tempo; Bruno Henrique aos 19 e 25 do segundo tempo BOTAFOGO Gatito, Marcinho, Marcelo, Gabriel e Jonathan (Lucas Barros); Jean (Rodrigo Pimpão), Alex Santana, João Paulo (Alan Santos), Luiz Fernando e Erik; Kieza

Técnico Zé Ricardo FLAMENGO

Diego Alves, Pará, Rodrigo Caio, Rhodolfo, Renê; Cuéllar, Arão, Diego (Piris), Éverton Ribeiro, Vitinho (Bruno Henrique) e Uribe (Gabigol)

Técnico Abel Braga

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


Acima: time comemorando o triunfo Ao lado: Rodrigo Caio avança com a bola dominada em contra-ataque

O

Flamengo venceu o Boavista por 3 a 1 na noite desta terça-feira, no Maracanã. A noite ficou marcada pela boa atuação de Rodrigo Caio, que marcou o gol que fechou o placar - Henrique Dourado e Uribe completaram para o Rubro-negro, enquanto Arthur descontou para os visitantes. Se por um lado o zagueiro se destacou, os badalados e recém-contratados Gabigol e Arrascaeta não tiveram o mesmo brilho. Apenas Bruno Henrique “se salvou” na linha de frente do time da Gávea. Com a vitória, o Flamengo está classificado para a semifinal da Taça Guanabara. O time soma 10 pontos e abriu na liderança do Grupo C. Os centroavantes do Flamengo terminaram o ano questionados, mas iniciaram 2019 com faro de gol em dia. Nesta terça-feira, eles marcaram um gol cada e deram a vitória ao Rubro-negro. Já Rodrigo Caio foi praticamente perfeito na partida. O zagueiro foi bem na defesa e ainda brilhou no ataque ao marcar o terceiro gol. Quem foi mal: Vitinho, Arrascaeta e Gabigol. Arrascaeta e Gabigol, no entanto, não ficaram atrás. Eles estiveram muito abaixo do que podem render, mas ainda têm crédito no novo clube. A torcida do Flamengo está empolgada com os novos reforços. Por outro lado, a implicância com determinados atletas parece insustentável. Exemplo disso

é que antes mesmo da bola rolar, Vitinho e Henrique Dourado foram vaiados quando seus nomes apareceram na escalação do time titular no telão.

domínio e finalizou de canhota para abrir o placar: 1 a 0, aos 39min do primeiro tempo. O Flamengo terminou o primeiro tempo com vitória parcial. Porém, assim como ocorreu contra o Botafogo, o Rubro-negro foi para o intervalo sem convencer. Em alguns momentos, o time, inclusive, chegou até mesmo a ser dominado pelo Boavista. Apesar do gol marcado, a torcida não parecia muito satisfeita com o que foi apresentado. O torcedor do Flamengo estava cabreiro com a atuação do time e ficou ainda mais desconfiado após os primeiros minutos do segundo tempo. É que o Boavista empatou o duelo logo aos 4min. Renan Donizete recebeu na entrada da área e rolou para Arthur. O meia chutou com categoria no canto esquerdo de César e deixou tudo igual: 1 a 1.

Substituições fazem efeito, mistão do Flamengo vence o Boavista e garante classificação Se a situação de Vitinho não é nada boa, o jogador precisará jogar muito para mudar o panorama. E foi o que o atleta deu a entender logo aos 2min do primeiro tempo. Arrascaeta e Gabigol fazem boa jogada pela direita, e Dourado cruza para o camisa 11 se antecipar e tentar a finalização - mandou para fora. O Boavista jogava explorando os contraataques e quase marcou na primeira chance que teve. Lucas recebeu em profundidade nas costas da zaga, mas perdeu tempo ao fazer o domínio. Ele ainda conseguiu fazer a finalização, mas já estava pressionado por Piris e parou em César.

A paciência da torcida com Vitinho está cada vez mais próxima do fim. No lugar dele, Bruno Henrique. Após dois gols contra o Botafogo, o atacante entrou em campo ovacionado no Maracanã. Arrascaeta estava muito abaixo do que se espera. A partir dos 15min do segundo tempo, o uruguaio deu sinal de vida e quase fez o segundo do Rubro-negro. O Flamengo chegou a virada logo após a entrada de Uribe no jogo. O colombiano entrou na vaga de Dourado e se posicionou bem para receber belo passe de Trauco. Gol logo no primeiro toque na

Quem não faz... Minutos depois do susto, o Flamengo teve grande oportunidade e não perdoou. Vitinho recebeu dentro da área e soltou uma bomba. Rafael defendeu e viu a bola explodir no travessão. No rebote, na entrada da área, Henrique Dourado mostrou o faro de artilheiro. Ele limpou a zaga no 33

bola. Gabigol tentou de todas as formas fazer o primeiro gol, mas não estava em dia iluminado. Ele recebeu passe dentro da área, mas furou, Na sobra, Everton Ribeiro ainda acertou o travessão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FICHA TÉCNICA FLAMENGO 3 x 1 BOAVISTA

Hora 21h (horário de Brasília) Público 34.080 presentes (32.650 pagantes) Árbitro Rodrigo Carvalhaes de Miranda Auxiliares Silbert Faria Sisquim e Lilian da Silva Fernandes Bruno Cartões amarelos Gabigol (FLA) e Arthur (BOA) GOLS

Henrique Dourado, aos 39 do primeiro tempo; Arthur, aos 4, Uribe aos 32 e Rodrigo Caio aos 43 do segundo tempo FLAMENGO

César; Rodinei, Léo Duarte, Rodrigo Caio e Trauco; Piris, Jean Lucas, Arrascaeta, Vitinho, Gabigol e Dourado Técnico Abel Braga BOAVISTA

Rafael; Thiago Silva, Elivelton, Rafael Marques e Jean; Douglas Pedroso, Vitor Faísca, Lucas, Renan Donizete; Artur e Dija Baiano Técnico Eduardo Allax . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


Diego comemorando

Diego em pleno voô em seu incrível gol de bicicleta

O

Flamengo venceu a Cabofriense por 4 a 0 no Maracanã pela Taça Guanabara, e ratificou a primeira colocação se seu grupo. Com gols de Willian Arão, Diego, De Arrascaeta e Bruno Henrique, o Rubro-negro fez a festa de sua torcida e agora aguarda o Fluminense, que será o seu adversário na semifinal. Com muita disposição, a equipe de Abel Braga não correu maiores riscos diante da equipe da Região dos Lagos e tem a semana livre até o encontro contra o grande rival.

goleiro George salvou a Cabofriense. De pé em pé, o Fla quase ampliou a contagem com Uribe. Após bela trama de Everton Ribeiro e Diego, o colombiano cabeceou, mas o goleiro George fez ótima defesa.

abriu a contagem com Wilian Arão, que se antecipou à zaga e cabeceou no primeiro pau. O time seguiu dominando as ações e aparentou estar muito ligado no jogo. O Fla abriu a contagem, seguiu pressionando

Com a vantagem na mão, o Flamengo não arrefeceu e foi para cima do rival. Com mais entrega do que bom futebol, o Fla ampliou com Diego, que marcou de bicicleta após belo passe de Willian Arão. Nesta altura, o Maracanã cantava forte e fazia a festa para um time que, se não foi brilhante durante o jogo, demonstrou uma entrega muito grande enquanto a bola rolou. Com o rival entregue, o técnico Abel Braga tratou de manter o rodízio do elenco e fez as substituições necessárias. Aos 40, Bruno Henrique cruzou, e De Arrascaeta marcou seu primeiro gol pelo novo clube.

Flamengo faz festa da torcida no Maracanã, goleia Cabofriense e terá pela frente o Fluminense na semi A equipe não fez uma grade partida sob o aspecto técnico, mas demonstrou uma grande vontade de vencer o adversário, que foi neutralizado diante da superioridade vermelha e preta.Empurrado por um Maracanã repleto de rubro-negros, o Flamengo deixou claro desde o início que não daria muitos espaços para a equipe da Região dos Lagos. Com muito fôlego, o time de Abel impôs o seu ritmo desde o início e sufocou o adversário em seu campo de jogo, deixando muito pouco espaço para que o rival pudesse trabalhar. Com domínio absoluto da partida, o Fla

os alviverdes, mas não criou grandes chances para ampliar, embora a equipe tenha ocupado o campo de ataque em boa parte dos 45 minutos iniciais. Na melhor delas, George fez boa defesa em arremate de Uribe. O meia Everton Ribeiro deu demonstrações de sua categoria contra a Cabofriense. No primeiro tempo, o camisa 7 deu bonito lençol no adversário e só foi parado com falta. Em grande jogada, o Fla quase chegou ao segundo. Em trama de Diego e Everton Ribeiro, o atacante Uribe cabeceou, mas o

Nos acréscimos, Gabigol serviu Bruno Henrique, que deu números finais à goleada. Dever de casa cumprido e muita festa na arquibancada. Não foi dessa vez que o camisa 9 desencantou pelo novo clube. O jogador saiu do banco de reservas, mas substituiu Uribe aos 25 minutos da etapa final. Após cruzamento de Renê, o jogador cabeceou, parou em George e manteve o seu pequeno jejum pessoal. 34

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FICHA TÉCNICA FLAMENGO 4 X 0 CABOFRIENSE

Hora 17h Público 49.365 presentes (46.784 pagantes) Árbitro Alexandre Vargas Tavares de Jesus (RJ)

Assistentes Rodrigo Figueiredo Henrique Corrêa (RJ) e Rachel de Mattos Bento (RJ) Cartões amarelos Manoel

(CAB); Gabriel (FLA) GOLS

Willian Arão, aos 7 do primeiro tempo; Diego, aos 11 do

segundo tempo. De Arrascaeta, aos 40 do segundo tempo; Bruno Henrique aos 46 do segundo tempo FLAMENGO

Diego Alves; Pará, Rhodolfo, Rodrigo Caio e Renê; Cuéllar,

Willian Arão (De Arrascaeta), Diego e Éverton Ribeiro (Ronaldo); Bruno Henrique e Uribe (Gabigol)

Técnico Abel Braga CABOFRIENSE

George; Pedro (Kaká Mendes), Brunno Lima, Roberto Jr.

e Abuda; Manoel, Valderrama (Rincon) Watson; Anderson Rosa e MarcusÍndio (Dudu Pedrotti)

Técnico Luciano Quadros

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


Acima:Emocionante homenagem aos meninos do CT durante apresentaçāo das duas equipes antes do ínicio do jogo Ao lado: Lance quente do jogo

A

lguns dias depois da tragédia no Ninho do Urubu, o Fluminense venceu um fragilizado Flamengo por 1 a 0 pela semifinal da Taça Guanabara, e garantiu classificação para encarar o Vasco na decisão. O gol da vitória foi marcado por Luciano já nos acréscimos do segundo tempo. O empate daria a vaga ao Rubro-negro, que vinha de melhor campanha na primeira fase.

Flamengo viveu exatamente o outro lado da moeda. Sem a bola, o time se posicionou para aproveitar os erros do Fluminense e contraatacar. O Tricolor até conseguiu evitar alguns lances com uma forte marcação para recuperar a bola. Quando o rival encaixava passes, no entanto, levava perigo. Foi assim com Gabigol aos 14 minutos. Ele tocou para Bruno Henrique, que foi travado pela defesa no último instante. O outro lance perigoso do primeiro tempo também foi do Flamengo. Em cobrança de escanteio, Everton Ribeiro cobrou com categoria na cabeça de Rhodolfo. O zagueiro subiu alto e testou firma para grande defesa do goleiro do Fluminense, que tem nome praticamente igual. O primeiro bom lance do Fluminense ocorreu apenas aos 14 minutos do segundo tempo. O Flamengo tentou jogada de ataque e perdeu a bola após passe errado de Renê. Everaldo recebeu no meio de campo e deu arrancada muito veloz até servir Yony González, que chutou firme para defesa de Diego Alves. O Fluminense voltou muito melhor para o segundo tempo. Com o passar do tempo, o time começou a encaixar alguns passes e fez lembrar o time que empolgou a torcida no início do ano. Em uma jogada, Everaldo tocou para Yony, que deixou para Luciano finalizar na rede pelo lado de fora. Luciano marcou o gol da classificação já nos acréscimos do segundo tempo. Caio Henrique roubou bola de Arrascaeta, e Airton tocou para

foi observar nomes para a equipe nacional, mas falou que estava presente em nome da solidariedade. “Infelizmente (minha presença) está ligada ao lado solidário também. É o momento de trazer o que a seleção brasileira traz, que é o de dar forças para a família”, disse. O Fla-Flu marcado pelas homenagens às vítimas do Ninho do Urubu foi também o do recorde de público na atual edição do Campeonato Carioca, já que 54.544

Em jogo marcado por homenagens aos dez jovens que morreram no incêndio no Ninho do Urubu, Tricolor controla as ações e é premiado com gol da vitória no finzinho Como era de se esperar, as referências à tragédia que vitimou 10 meninos do Ninho do Urubu deram o tom antes e durante o clássico entre Flamengo e Fluminense. Em um camarote, Cauan Emanuel, um dos sobreviventes do incêndio, acompanhou a partida e chorou copiosamente junto a familiares. Na arquibancada, bandeiras com imagens dos jovens foram erguidas pela torcida, e um vídeo com gols e jogadas dos jogadores foi mostrado no telão do Maracanã, que também exibiu os rostos de cada um. O técnico da seleção brasileira esteve no Maracanã e acompanhou o Fla-Flu de perto. No intervalo, o treinador disse que

rubro-negros e tricolores fizeram a festa no Maracanã. O Fluminense iniciou o duelo com a posse de bola, como é da característica de seu técnico Fernando Diniz. Porém, o Tricolor não conseguia furar a marcação do Flamengo. Com isso, o time ficou mais com a bola, mas não ofereceu perigo ao Rubronegro, que tinha a vantagem do empate. O 35

Yony González. O colombiano rolou para Luciano chutar de primeira e garantir o triunfo tricolor.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FICHA TÉCNICA FLAMENGO 0 x 1 FLUMINENSE Hora 20h30 (de Brasília) Público 50.211 pagantes Árbitro Rodrigo Carvalhaes de Miranda Auxiliares

Silbert Faria Sisquim e Michael Correia Cartões amarelos Luciano, Everaldo, Digão, Airton (FLU) Cuellar, Gabigol, Everton Ribeiro, Bruno Henrique (FLA) GOLS

Luciano, aos 47 do segundo tempo FLAMENGO Diego Alves; Pará, Rhodolfo, Rodrigo Caio e Renê; Cuéllar, Willian Arão e Diego; Bruno Henrique (Uribe), Everton Ribeiro (Arrascaeta) e Gabigol Técnico Abel Braga FLUMINENSE

Rodolfo; Ezequiel (Calazans), Matheus Ferraz, Digão e Marlon (Caio Henrique); Airton, Bruno Silva e Daniel (Dodi); Luciano, Yony González e Everaldo Técnico Fernando Diniz

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


A

quela quente manhā do dia 08 de fevereiro jamais sairá da memória do flamenguista e do povo brasileiro. Um curto-circuito em um aparelho de arcondicionado provocou a maior tragédia da história do clube e uma das maiores do esporte brasileiro, ceifando precocemente a vida de 10 jovens e talentosos jogadores da divisāo de base que dormiam alheios à tragédia que se desenhava.

“Estamos todos consternados. É a maior tragédia pela qual o clube já passou em 123 anos de história”, afirmou Rodolfo Landim, presidente do Flamengo

hipótese será melhor identificada. Segundo a Prefeitura do Rio de Janeiro, a área onde ficava o alojamento estava previsto que seria transformada em um estacionamento. A Prefeitura apontou que a documentação do Centro de Treinamento informava a existência de um estacionamento no local onde os dormitórios foram construídos, portanto, não havia um alvará para esses quartos nessa região.

Nunes(14); Francisco Alves (15) e Jhonata Cruz Ventura (15), em estado grave. O incêndio iniciou-se por volta das 5h da manhã da sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019, no centro de treinamento do Flamengo, no bairro carioca de Vargem Grande. De acordo com informações do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, a central recebeu comunicação do incêndio por volta das 5h30min, quando as primeiras viaturas foram direcionadas ao local da tragédia.

O time alegou que com a construção do novo e moderno módulo profissional, os garotos do Ninho estavam de férias e se mudariam uma semana depois para a estrutura que abrigou o time profissional nas temporadas anteriores. Os meninos que ali estavam, haviam retornado antes dos demais para participarem de um jogo comemorativo no Maracanã.

Logo no início da sexta-feira, 8 de fevereiro, horas após o incêndio, o governador do Estado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel decretou

O incêndio ocorreu nas primeiras horas do dia 8 de fevereiro de 2019, no Centro de Treinamento George Helal, também conhecido como “Ninho do Urubu”, no bairro carioca de Vargem Grande, na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro. O incêndio no alojamento das divisões de base do Flamengo, em 8 de fevereiro de 2019, vitimou Athila Paixão (14), Arthur Vinícius (14), Bernardo Pisetta (14), Christian Esmério (15), Gedson Santos (14), Jorge Eduardo Santos (15), Pablo Henrique (14), Rykelmo de Souza (16), Samuel Thomas Rosa (15), e Vitor Isaías (15). Outros três jovens ficaram feridos e foram levados inicialmente para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra: Cauan Emanuel

O Ministério Público indiciou oito pessoas, incluindo o então presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, por “incêndio culposo”. O clube havia sido alertado meses antes de falhas graves na instalação elétrica; a Defensoria Pública afirmou se trata de “prova inconteste da responsabilidade do clube”.

luto oficial de três dias no estado em virtude da tragédia. Durante as perícias iniciais, os investigadores levantaram a possibilidade de um curto-circuito no ar condicionado de um dos quartos do Centro de Treinamento ter provocado o incêndio que ceifou a vida de dez jovens. No entanto, a

A tragédia no Rio de Janeiro repercutiu em inúmeros veículos de comunicação nacionais e internacionais, incluindo a BBC e a CNN. Além do Presidente da República Jair Bolsonaro, artistas e ex36

jogadores como Zico, Júnior, Pelé, Lionel Messi e Cristiano Ronaldo expuseram pesar pelo ocorrido nas redes sociais. Vários clubes brasileiros, incluindo os rivais Botafogo, Vasco e Fluminense, publicaram uma mensagem de solidariedade. O Fluminense, chegou a cancelar o treino de sexta-feira devido à tragédia. O clássico Fla-Flu que seria disputado no sábado, 9 de fevereiro, pelas semifinais da Taça Guanabara no Campeonato Carioca de Futebol de 2019, foi adiado. Depois da tragédia, o Flamengo adotou a faixa de luto em seu uniforme durante todo o ano de 2019. Além disso, a torcida criou uma

música para homenagear os jovens atletas falecidos. Essa data entrou de forma triste para o calendário rubro-negro e, desde entāo, e rememorada anualmente com variadas homenagens.


Bernardo Pisetta Athila Paixão

Christian Esmério

Gedson Santos

Jorge Santos

Arthur Vinícius

37

Pablo Henrique Rykelmo de Souza

Samuel Rosa

Vitor Isaías


Vitinho comemora emocionado seu primeiro gol no jogo

D

e volta aos gramados após a eliminação na semifinal da Taça Guanabara, o Flamengo goleou o Americano por 4 a 1, com gols de Vitinho (2), Gabigol e Diego (Espinho descontou). O Fla deixou claro desde o início do jogo que sufocaria o rival assim que a bola rolasse. O Fla marcou no começo dos dois tempos e fez com que o jogo ficasse bem tranquilo para a equipe, que passou pouquíssimo aperto nos 90 minutos.

Gabigol desencanta em dia de Vitinho, e Flamengo goleia Americano sem sustos Antes de a bola rolar, o lateral-esquerdo Renê foi homenageado com uma camisa comemorativa aos seus 100 jogos pelo Rubronegro. Diego balançou a rede uma vez e foi o grande nome do Flamengo contra o time

campista. Com movimentação, bons passes e visão de jogo, o jogador foi o termômetro rubro-negro no setor de criação. A atuação do jogador teve direito até a lançamento de letra. Os jogadores mal se posicionavam

Diego em dividida com jogador do Americano

de decidir. Assim como na etapa inicial, o Americano pouco ameaçou, mas conseguiu seu golzinho de honra. Aos 37 minutos, Espinho subiu mais que todo mundo e testou para o gol após escanteio. Antes que os visitantes se animassem muito, os donos da casa trataram de liquidar a fatura. Berrío cruzou, Diego bateu e decretou o Carnaval antecipado da torcida rubro-negra.

em campo e o Flamengo já abriu o placar. Com um minuto de bola rolando, Pará cruzou para Vitinho, que cabeceou para abrir a contagem. A vantagem construída logo de início facilitou muito a vida para o Fla, que não se acomodou e batalhou para ampliar a vantagem. Atônito, o Americano via o rival trocar bolas, virar o jogo de um lado para o outro e não conseguia entrar no jogo. De cabeça, Arão carimbou o travessão de Luis Henrique. Pouco depois, o goleiro defendeu chute rasteiro de Diego. O Flamengo cochilou por uns minutos e o rival ameaçou Diego Alves pela primeira vez. Aos 44, o camisa 1 espalmou chute forte de Flamel e evitou o pior.

Nem mesmo as dezenas de blocos de Carnaval e as praias lotadas afastaram o torcedor do Maracanã. Neste domingo, 26.405 rubronegros encararam o calor forte e foram em bom número ao Maracanã. O Flamengo estreou sua nova camisa para aquecimento antes dos jogos. Predominantemente vermelho, o uniforme será usado daqui em diante. Já o uniforme

Mesmo em tarde de ótima atuação, o meia Diego teve seu momento de baixa no jogo. Aos 32, o camisa 10 recebeu de Pará, mas furou na hora de finalizar em gol.

afirmou que o Fla faz um trabalho exemplar com os parentes das vítimas e disse que a oferta feita pelo clube como indenização é o dobro do que aponta a jurisprudência em casos similares.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FICHA TÉCNICA FLAMENGO 4 X 1 AMERICANO

Hora 17h (de Brasília) Público 26.405 presentes (24.854 pagantes) Árbitro Marcelo de Lima Henrique Auxiliares

Carlos Henrique Alves de Lima Filho e Daniel do Espírito Santo Parro Cartões amarelos Marcus Vinicius (AME) GOLS Vitinho, 1 do primeiro tempo; Vitinho, aos 3 do segundo

tempo; Gabriel, aos 6 do segundo tempo; Espinho, aos 37 do segundo tempo; Diego, aos 40 do segundo tempo

Assim como no primeiro tempo, o Flamengo começou a todo vapor. Pará acertou novo cruzamento, Gabriel resvalou de calcanhar, mas a bola caprichosamente beijou a trave. Na sobra, Vitinho empurrou para dentro e marcou seu segundo. Mas dessa vez o time não deixou o ritmo cair e liquidou a fatura. Aos 6 minutos, Gabigol festejou seu primeiro gol com a camisa do novo clube. Ele foi servido por De Arrascaeta, bateu forte, a bola resvalou na zaga e matou o goleiro. Alívio e festa para o camisa 9. Ante um adversário vencido, o Flamengo colecionou oportunidades de ampliar ainda mais o placar, mas faltou acertar na hora

FLAMENGO

Diego Alves; Pará (Rodinei), Rodrigo Caio, Léo Duarte e

Renê; Cuéllar, Willian Arão (Henrique Dourado)e Diego; Arrascaeta; Vitinho (Berrío) e Gabigol

Técnico Abel Braga AMERICANO

Luis Henrique; Léo Rosa (Sanderson), Espinho, Junior

de jogo não mais estampou os dizeres “Garotos do Ninho”. Após 16 dias sem uma entrevista coletiva sequer, o presidente Rodolfo Landim veio a público para falar sobre o incêndio no Ninho do Urubu. Ele 38

Santos e Vandinho; Abuda, Leozinho (Gustavo Tonoli), Marcus Vinicius e Flamel; Rafinha e Romário (Matheus

Gama)

Técnico Josué Teixeira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


Ao lado: Gabigol e Bruno Henrique comemorando o segundo gol. Abaixo: Gabigol comemora o terceiro gol imitando o Popeye e que acabou virandosua marca registrada Ao lado: Diego armando jogada de ataque

O

Flamengo venceu a Portuguesa por 3 a 1 com grande atuação de Gabigol. O atacante marcou dois gols e ainda deu uma assistência para Bruno Henrique abrir o placar - PK descontou para os donos da casa. O jogo ficará marcado como o último teste do Rubro-negro antes da estreia na Libertadores nesta terça-feira contra o San José-BOL, em Oruro.

Gabigol deu um show em Volta Redonda. Além de marcar dois gols, deu uma assistência e mostrou muita fome de gol. Acertou trave e até mesmo desperdiçou algumas oportunidades. Já Arrascaeta ainda não conseguiu engrenar no Flamengo. Após falhar de maneira decisiva no gol que eliminou o time diante do Fluminense, ele repetiu erro parecido no gol da Portuguesa.

Bruno Henrique e Gabigol decidem, e Flamengo vence a Portuguesa sem dificuldades em Volta Redonda

O Flamengo não demorou para abrir o placar. Logo aos 4min do primeiro tempo, Bruno Henrique aproveitou cruzamento na medida de Gabigol para subir mais que a zaga da Portuguesa e cabecear firme para vencer Ruan e abrir o placar. A pressão inicial praticamente definiu a vitória para o Flamengo, que ampliou aos 5min. Dessa vez, foi Bruno Henrique que deu bom passe para Gabigol chutar forte e estufar as redes no canto esquerdo do goleiro da Portuguesa. Apesar de muito difícil, o atacante do Rubro-negro estava em posição irregular e viu o gol ser validado mesmo em posição de impedimento. O auxiliar Rodrigo Corrêa passou por uma situação inusitada durante a partida. Aos 18min, ele sentiu um problema muscular e teve que ser atendido pelo departamento médico do Flamengo. Ele tomou um anti-inflamatório e segui na função em um primeiro momento. A vitória de 2 a 0 tem muito a ver com

Após duas rodadas, o Flamengo soma seis pontos e novamente mostra que não terá dificuldade para se classificar para a semifinal de turno. Agora, o Rubro-negro dividirá suas atenções com a Libertadores.

Gabigol, que deu uma assistência e marcou um gol. O problema é que se a partida parou no 2 a 0 também é por culpa do atacante, que perdeu dois gols feitos. Um deles foi aos 5min do segundo tempo, quando não conseguiu mandar para rede um chute de Diego na entrada da área. Mesmo que tenha perdido algumas boas chances, a verdade é que Gabigol fazia uma grande partida. Aos 23min do segundo tempo, o atacante marcou mais um, o terceiro do time, e determinou a vitória do Rubro-negro. Ele recebeu grande passe de Renê e só deslocou o goleiro da Portuguesa: 3 a 0. Mal no jogo, Arrascaeta voltou a falhar e entregar um gol ao

com muito entusiasmo pela torcida.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FICHA TÉCNICA GO PORTUGUESA 1 x 3 FLAMEN 5.496 pagantes lico Púb Hora 21h30 (de Brasília) es Rodrigo iliar Aux tt Árbitro Philip Georg Bene Izaura Maffra de Sá réa And e êa Figueiredo Henrique Corr ) Willian Arão (POR cão Mar e Cartões amarelo Emerson (FLA) GOLS

aos 5 do primeiro tempo; Bruno Henrique, aos 4, Gabigol, ndo tempo segu do Gabigol, aos 23, PK, aos 34 PORTUGUESA André Santos (PK) Ruan; Filippe Formiga, Marcão, (Douglas Eskilo), iz Muin e Zeca; Emerson, Chacal, ho; Tiago Amaral arin Rom Diguinho, Maicon Assis e (Fabinho) Técnico Ailton

adversário. Na semifinal da Taça Guanabara, ele errou saída de bola e viu Luciano fazer o gol da classificação. Nesta quinta o erro se repetiu e o gol foi marcado por PK. O uruguaio segue com moral e foi aplaudido 39

FLAMENGO Rodrigo Caio e Renê; Diego Alves; Pará, Léo Duarte, Arrascaeta; Bruno e río) Cuéllar, Arão, Diego (Ber be) (Uri iel Henrique (Vitinho) e Gabr Técnico Abel Braga . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .



COPA LIBERTADORES DA AMERICA . . . . . . . . .

A

pós

38

Peñarol em Montevidéo no último jogo,

curiosamente o algoz daquela semifinal

no primeiro tempo e vê o River ditar

Rubro-

obtendo 3 vitórias, 2 derrotas e um

e que jogava o melhor futebol segundo

o ritmo do jogo até abrir o placar em

finalmente

empate. Nas oitavas, sufoco inesperado

o mesmo. Em eletrizante jogo com 3

falha coletiva da defesa. No segundo

entalado

contra os equatorianos do Emelec. A

gols seusanulados, o Flamengo segurou

tempo, entretanto, o Flamengo impõe

de É Campeāo do fundo da garganta.

derrota fora por 2x0 obrigou o time

o Grêmio por 1x1 e obteve vantagem

seu ritmo, aperta o River e após

Uma vitória dramática e apoteótica

comandado pelo entāo recém chegado

para a volta. Mas nem foi preciso jogar

entrada de Diego, consegue empatar

nos acréscimos após ter dominado o

português Jorge Jesus a devolver o

por esta vantagem. Após um primeiro

com Gabigol em jogada espetacular de

jogo final mas ter se mantido atrás no

placar, levando a decisāo da vaga para

tempo

Flamengo

Bruno Henrique e virar o placar logo

placar em boa parte do jogo contra o

as penalidades. Após a classificaçāo, o

deslancha no segundo e aplica uma

depois após bola enfiada por Diego

poderoso River Plate, o perigoso e bem

Flamengo enfrentou o Inter, vencendo

goleada histórica, vingando o 5x1 de

e falha do zagueiro Pinola deixando

armado time de Gallardo. O Flamengo

com autoridade no Maracanā por 2x0 e

1984 e se classificando para a grande

Gabigol cara a cara para fuzilar o gol

realizou

altos

empatando no Beira-Rio em 1x1 pelas

final que se realizaria no fatídico 23

e conquistar a tāo desejada taça. Era

baixos até decolar a partir das quartas

quartas de final. O time chegava,

de novembro, coincidentemente, mesma

a Apoteose Rubro-Negra!

de

Internacional.

assim, à sua primeira semifinal desde

data da sua última conquista de 1981.

Terminou a fase de grupos em segundo

1984 e enfrentava o Grêmio de Renato

Em jogāo super disputado no Estádio

lugar, atrás da LDU, após dominar o

Portaluppi,

Monumental de Lima, o Flamengo sofre

final

a

Naçāo

Negra

pôde

soltar

o

uma

grito

campanha

contra

o

anos

. . . . . . . . . .

de

espera,

longos

DE MARÇO A NOVEMBRO

com

um

temido

fantasma,

equilibrado,

o

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

41


Gabigol chua forte para abrir o marcador

O

Flamengo venceu o San José-BOL por 1 a 0 na estreia na fase de grupos da Libertadores. Pode parecer pouca coisa para um dos times que mais investiu em contratações no futebol brasileiro, mas não é: foi o primeiro triunfo do clube na altitude da Bolívia, a partida foi disputada a 3,7 mil metros do nível do mar e o resultado só foi positivo graças a uma atuação heroica de Diego Alves. O goleiro foi o principal destaque do Rubro-negro, que venceu com gol Gabigol em belo passe de Bruno Henrique. Para entender: até hoje, o Fla tinha apenas uma vitória em jogos disputados com mais de 3 mil metros de altura - em 2008, um 3 a 0 sobre o Cienciano, a 3,4 mil metros, em Cusco, no Peru.

Gabriel e Bruno Henrique comemoram

altitude. Alguns erros de passe e corridas em “marcha lenta” deixaram clara a situação. Aos 20min, o Rubro-negro chegou o pela primeira vez ao ataque. Diego recebeu e chutou de muito longe. A bola pegou muita força e saiu com perigo por cima do gol de Lampe. Flamengo assustava nos contraataques. O lance animou o Flamengo, que passou a encaixar boas jogadas de contraataque. Apagado, Arrascaeta fez boa jogada pela direita e acionou Gabigol dentro da área. O camisa 9 chutou firme, mas isolou. Os donos da casa, então, passaram a ser mais incisivos. Se no início do jogo a bola ficou rondando a grande área, mas sem finalização, a situação mudou a partir dos 22min. Fernandez chutou da intermediária e obrigou Diego Alves a fazer grande defesa e salva Flamengo. Aos poucos Diego Alves se transformou no principal jogador em campo. Aos 38min, após grande jogada pela direita, Saucedo recebeu na grande área e chutou firme para grande defesa do goleiro. No lance seguinte, o jogador brilhou novamente, mas em chute de Didi Torrico.

que fazer grandes defesas para manter o time vivo na partida. A missão foi cumprida e Bruno Henrique tratou de colocar uma estrelinha dourada na atuação do time. Sem sentir os efeitos da altitude, deu passe espetacular para Gabigol abrir o placar. Já Arrascaeta ainda não apresentou um grande futebol com a camisa do Flamengo. Nesta terça-feira, na altitude, foi o pior em campo. O técnico Abel Braga percebeu a

Fla vence pela primeira vez na altitude da Bolívia com atuação heroica de Diego Alves Na Bolívia, em quatro jogos na altitude, só um empate, em 2007, 2 a 2 contra o Real Potosí. Nem mesmo o Fla de Zico venceu nessas condições. Em 1983, a 3,6 mil metros do nível do mar, em La Paz, derrota por 3 a 1 para o Bolívar. Foi, também, a primeira vitória do clube na história jogando como visitante em uma estreia na competição internacional. Diego Alves e Bruno Henrique foram fundamentais para a vitória do Flamengo. Diego Alves, desde o primeiro minuto, teve

situação e o substituiu no intervalo por Everton Ribeiro.

O primeiro tempo foi corrido e com diversas oportunidades de gol. Os primeiros minutos da etapa complementar, no entanto, foram de times em ‘marcha lenta’, com pouca objetividade em campo. O jogo ficou preso no meio de campo com muitos toques para o lado. Em jogada de Bruno Henrique, Gabigol abre placar Bruno Henrique era dos raros jogadores que não sentia a altitude.

A pressão inicial dos donos da casa já era esperada. A postura ofensiva, no entanto, surpreendeu. Os laterais Jair Torrico e Segovia eram praticamente pontas e empurravam o Flamengo para o campo de defesa. A bola ficou rondando a área dos cariocas de maneira perigosa, mas nenhuma finalização ao gol foi feita nos primeiros minutos. O Flamengo mostrava sentir a 42

Mesmo a 3,7 mil metros do nível do mar, o atacante parecia flutuar em campo. E o gol do Flamengo não sairia sem passar pelos seus pés. Ele deu assistência perfeita para Gabigol. O camisa 9 deslocou o goleiro e finalizou para fazer 1 a 0, decretando a importante vitória rubro-negra.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FICHA TÉCNICA SAN JOSÉ 0 X 1 FLAMENGO

Hora 19h30 (de Brasília) Árbitro Nésto r Pitana (ARG) Auxiliares Diego Bonfa e Maximiliano del Yesso (ARG) Cartões amarelos Diego, Bruno Henrique, Diego Alves e Léo Duarte (FLA) GOLS Gabigol, aos 14min do segundo tempo SAN JOSÉ Lampe; Segovia, Rodríguez, Toco e Jair Torric

o;

Didí Torrico, Fernández (Gutierrez), Herna

ndéz

(Alessandrini) e Sanguinetti (Marcelo Gome

s); Ramallo

e Saucedo

Técnico Nestor Clausen FLAMENGO

Diego Alves; Pará, Rodrigo Caio, Léo Duart

Cuéllar, Willian Arão e Diego (Ronaldo);

e e Renê;

Bruno Henrique

(Vitinho), Arrascaeta (Everton Ribeiro) e Gabigol Técnico Abel Braga

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


Arrascaeta bate livre contra a meta de Fernando Miguel

O

uruguaio Arrascaeta foi o único titular da formação atual do Flamengo escalado pelo técnico Abel Braga para iniciar o clássico contra o Vasco, hoje, no Maracanã. E seria justamente dele o gol da vitória sobre o maior rival, marcado logo no começo do segundo tempo.

Rubro-Negros marcam com Arrascaeta, mas vascaínos igualam e mantêm invencibilidade. Time de Abel Braga reclama de penalidade marcada nos acréscimos e vê Bruno Henrique ser expulso após o apito final Só que o Cruzmaltino buscou o empate e manteve a invencibilidade em 2019 com um gol de pênalti de Maxi López, aos 50min do segundo tempo. A marcação da arbitragem causou muita discussão após o apito final, com os flamenguistas inconformados e Bruno Henrique expulso. Os cruzmaltinos, por sua vez, comemoraram bastante, já que atuaram com os titulares e estão na segunda posição do grupo B da Taça Rio, com cinco pontos. O Flamengo lidera o grupo C, com sete pontos. Os times agora se concentram em outras competições. Na próxima quartafeira, o Flamengo recebe a LDU, do Equador, no Maracanã, pela Libertadores. Se o Flamengo optou por titulares e escalou apenas

poupar os Arrascaeta

lateral peruano Trauco. A primeira chegou a derrubar Thiago Galhardo. A segunda foi difícil até visualizar. Fernando Miguel defendeu em dois tempos. Depois da parada técnica do primeiro tempo, o clássico caiu. Os times passaram a errar bastante e diminuíram o ritmo. Mas, logo no começo, da etapa final, Arrascaeta colocou fogo na partida novamente. Aos 2min, o trio Everton Ribeiro, Vitinho e o uruguaio funcionou. O primeiro acionou Vitinho, que tirou a defesa da jogada e deixou Arrascaeta em ótima condição para estrufar as redes e correr para a torcida do Flamengo. Como era esperado, o jogo ganhou em emoção após o gol do Flamengo. O técnico Abel Braga colocou Bruno Henrique na vaga de Vitor Gabriel na expectativa de definir o placar em um contra-ataque, já que o Vasco se lançou com tudo na frente. O Rubro-negro, no entanto, errou diversas subidas em velocidade e desperdiçou boas possibilidades. A principal delas com Rodinei, que perdeu um gol feito, já sem goleiro. O Cruzmaltino teve algumas cobranças de falta, porém, o goleiro César neutralizou todas sem dificuldades. Quando não parecia mais possível o empate, o Vasco conseguiu com Maxi López. A arbitragem assinalou pênalti em Marrony, que foi derrubado por Thuler. O argentino bateu com categoria. César pulou no canto certo, mas não conseguiu evitar o gol. Fim de jogo com festa para os cruzmaltinos, que mantiveram a invencibilidade em 2019. O apito final veio com muita discussão e se

inicialmente, o Vasco foi com força máxima na expectativa de bater o rival. Apesar das diferenças, o clássico passou longe da monotonia, principalmente antes da parada técnica. Só nos primeiros 20 minutos de partida foram dez finalizações - cinco para cada lado - e chances claras de gol. O Cruzmaltino apresentou mais organização, ainda que optasse pelos contragolpes e bolas longas para ameaçar o goleiro César.

O Rubro-negro tentou tocar bola ao seu estilo, mas enfrentou dificuldades. O primeiro lance de perigo do clássico foi do Vasco. A torcida cruzmaltina, inclusive, comemorou o gol, já que estava concentrada em maior parte do lado oposto. Logo no primeiro minuto, Pikachu cobrou escanteio. Werley desviou no meio da área e Marrony concluiu na segunda trave. A bola foi na rede pelo lado de fora. O Flamengo respondeu na sequência com duas bombas do 43

estendeu até o túnel dos vestiários. Bruno Henrique terminou expulso.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FICHA TÉCNICA VASCO 1 X 1 FLAMENGO

Hora 19h (de Brasília) Público 29.226 presentes (26.809 pagantes) Árbitro Wagner do Nascimento

Magalhães Assistentes Luiz Claudio Regazone e Thiago Henrique Neto Correa Farinha Cartões amarelos

Thiago Galhardo, Werley, Yago Pikachu e Maxi López (Vasco); Trauco, Everton Ribeiro, Piris da Motta, Bruno

Henrique, Rodinei e Thuler (Flamengo) Cartão vermelho Bruno Henrique (Flamengo) GOLS

Arrascaeta, aos 2 do segundo tempo; Maxi López, aos 50 do segundo tempo VASCO

Fernando Miguel; Cáceres, Werley, Leandro Castán e Danilo Barcellos; Raul (Ribamar), Lucas Mineiro e Thiago Galhardo (Bruno César); Marrony, Yago Pikachu (Rossi) e Maxi López

Técnico Alberto Valentim FLAMENGO

César; Rodinei, Thuler, Hugo Moura e Trauco; Piris da Motta, Ronaldo e Arrascaeta; Everton Ribeiro (Klebinho), Vitinho (Lucas Silva) e Vitor Gabriel (Bruno Henrique) Técnico Abel Braga

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Acima: time posa para foto antes do jogo Ao lado: Gabigol marcado em cima pela zaga da LDU

O

Flamengo dominou a LDU com facilidade hoje no Maracanã tanto que a vitória por 3 a 1 não traduziu o que foi o jogo pela segunda rodada da Copa Libertadores. O Rubro-negro abusou de perder gols em sequência e precisou até que Diego Alves defendesse um pênalti no fim do primeiro tempo para se manter em vantagem no placar. Foram pelo menos cinco chances claras desperdiçadas ao longo dos 90 minutos. No final, não fizeram falta, já que Everton Ribeiro, Gabigol e Uribe garantiram o resultado. Mas deixaram um alerta na competição tão importante e equilibrada.

A tradição dos mosaicos na Libertadores foi mantida. Flamengo manda no jogo e logo abre o placar Ter cerca de 70% da posse de bola, criar oportunidades em sequência e desperdiçálas pode trazer graves consequências. Borja descontou para a LDU já nos acréscimos em nova cobrança de pênalti. O triunfo deixou o Flamengo na liderança do Grupo D da Libertadores, com seis pontos. Na próxima rodada, o Rubro-negro recebe o Peñarol-URU, dia 3 de abril, novamente em um Maracanã lotado. O jogo, inclusive, já pode aproximar o time da vaga antecipada nas oitavas de final. No final da tarde, antes do jogo, a região

embaixo da bola e isolou, completando a sequência de pelo menos três lances claros desperdiçados pelo Flamengo.

do Maracanã foi atingida por um forte temporal. Durante cerca de meia hora, chuva e rajadas de vento tomaram conta de diversos bairros do Rio de Janeiro. O trabalho dos torcedores que passaram boa parte do dia no estádio, no entanto, foi recuperado. A inscrição “Mengão é Paixão” em milhares de peças recebeu o time rubronegro.

No último lance do primeiro tempo, o Flamengo poderia ter sofrido o empate. Diego fez pênalti em Vega. Diego Alves entrou em ação para salvar a pele do companheiro e garantir a vantagem no placar. Aos 44, Intrigado bateu e o goleiro rubro-negro defendeu no canto esquerdo aos 44min. O Maracanã foi ao delírio e comemorou como um gol. Mais gols perdidos no segundo tempo

Desde o início da partida, o Flamengo adotou a conhecida postura dos últimos anos de privilegiar a posse de bola e mandar no jogo em busca de espaços. É verdade que a LDU até arriscou um chute aos 7min, defendido por Diego Alves. E foi só. Aos 8min, os donos da casa construíram bela jogada desde o campo defesa. O giro de Diego para se livrar da marcação no meio de campo e o passe do camisa 10 foram o ponto alto. Com categoria, Everton Ribeiro bateu de chapa no canto do goleiro. Depois do gol do Flamengo, a LDU plantou base na defesa. Mesmo assim, os equatorianos não encaixaram a marcação em nenhum momento. Não é exagero afirmar que o Rubro-negro poderia ter liquidado o placar ainda nos primeiros 45 minutos. Porém, não o fez. E lá na frente quase pagou caro por isso. Aos 16, Gabbarini espalmou cabeceio de Bruno Henrique. Aos 25, Diego jogou por cima do gol uma chance clara. O lance mais claro, porém, ainda estava por vir. E aconteceu aos 28min. Gabigol recebeu e finalizou em cima do goleiro da LDU. No rebote e com o gol aberto, o camisa 9 pegou

O panorama continuou nos 45 minutos finais. Posse de bola do Flamengo e facilidade para criar jogadas. Os gols, porém, não saíam. Willian Arão e Léo Duarte viram a bola passar perto antes mesmo dos 15min. Os cariocas criavam, enquanto os equatorianos quase não passavam do meio de campo. O panorama, no entanto, preocupava a torcida pelo placar apertado. Aos 23min, o grito de gol tão esperado surgiu. Bruno Henrique escorou cruzamento e viu Gabigol encher o pé esquerdo para estufar a rede e correr para a galera. Naquele momento, o Flamengo resolvia a partida e já comemorava a segunda vitória consecutiva na Copa Libertadores 2019. Ainda deu tempo de fazer mais um. E foi do colombiano Fernando Uribe, que voltava de lesão e havia entrado em campo há 20 segundos. Aos 35min, ele girou na área e balançou as redes equatorianas. Nos acréscimos, novo pênalti para LDU. Desta 44

vez, Borja, que jogou na Gávea, não deu chances para Diego Alves e fechou o placar.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FICHA TÉCNICA

FLAMENGO 3 X 1 LDU-EQU Hora 21h30 (de Brasília) Público 62.440 presentes

(58.034 pagantes) Árbitro Germán Delfino (ARG) Auxiliares Diego Bonfa (ARG) e Ezequiel Brailovsky

(ARG) Cartões amarelos Cuéllar (Flamengo); Aguirre e Intriago (LDU) GOLS

Everton Ribeiro, aos 8 do primeiro tempo; Gabigol, aos 23 do segundo tempo; Uribe, aos 35 do segundo tempo; Borja, aos 46 do segundo tempo FLAMENGO

Diego Alves; Pará, Léo Duarte, Rodrigo Caio e Renê (Trauco); Cuéllar (Arrascaeta), Willian Arão e Diego; Everton Ribeiro, Bruno Henrique (Uribe) e Gabigol Técnico Abel Braga SAN JOSÉ

Gabbarini; Quintero, Freire, Rodríguez e Cruz; Intriago (Murillo), Orejuela, Veja, Johan Julio e Ayoví (Ângulo); Aguirre (Borja) Técnico Pablo Repetto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


Acima à esquerda: Arrascaeta passa por 2 marcadores Acima à direita: Marcaçāo dura de Arrascaeta Ao lado: Piris da Motta armando jogada

O

Flamengo escalou um time alternativo para enfrentar o Volta Redonda, pela quarta rodada da Taça Rio, mas o domínio parecia de time titular na noite deste sábado no Maracanã. Soberano na

O trio formado por Arrascaeta, Vitor Gabriel e Uribe incomodou bastante a defesa do Volta Redonda durante boa parte do jogo. No primeiro tempo, a melhor chance chegou aos 32 minutos, quando Douglas Borges fez grande defesa em finalização de Uribe.

Leonardo Gaciba na “Central do Apito”. O Flamengo perdeu a chance de garantir classificação antecipada para a semifinal do Carioca pela pontuação acumulada dos dois turnos, mas segue em situação

Com gol mal anulado no fim, Flamengo empata com Volta Redonda e perde chance de garantir vaga na semi do Carioca

partida, no entanto, a equipe não conseguiu aproveitar as oportunidades e ainda sofreu com dois erros da arbitragem: um pênalti não marcado e um gol de Hugo Moura mal anulado aos 46 minutos do segundo tempo. Placar inalterado e chance desperdiçada pelos rubro-negros de garantirem vaga na semifinal do Carioca por conta da pontuação geral.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FICHA TÉCNICA FLAMENGO 0 X 0 VOLTA REDONDA Hora 19h (de Brasília) Público 26.603 presentes (25.342 pagantes) Árbitro Pathrice Wallace Correia Maia Auxiliares Rachel de Mattos Bento e Fabiana Nóbrega Pitta Cartões amarelos Hugo Moura (FLA) e Gélson (VR) FLAMENGO

Gabriel Batista, Rodinei, Matheus Thuler, Hugo Moura, Renê (Ronaldo), Trauco, Piris da Mota, Arrascaeta, Diego

Na etapa final, o próprio camisa 20 acertou o travessão e o goleiro do Volta Redonda fez boas intervenções em tentativas de Trauco - de falta - e Arrascaeta. Sem falar nos erros da arbitragem...

(Lucas Silva), Uribe, Kleber (Vitor Gabriel) Técnico Abel Braga

tranquila: depende de apenas mais uma vitória nas duas partidas que restam, contra Madureira e Fluminense. Pela Taça Rio, a segunda colocação está ameaçada, já que a Cabofriense pode chegar a 9 pontos neste domingo - joga contra o Vasco - e ultrapassar os 8 dos rubro-negros.

Os lances dignos de reclamação dos rubronegros aconteceram aos 20 e aos 46 minutos da etapa final. Primeiro, Rodinei cabeceou e pediu toque de braço de Luiz Paulo dentro da área. Depois, foi a vez de Hugo Moura balançar as redes após rebote do goleiro e ser flagrado de forma equivocada em posição de impedimento. Dois erros, de acordo com 45

VOLTA REDONDA Douglas Borges, Luis Gustavo, Allan, Heitor, Luiz Paulo, Bruno Barra, Marcelo, Joāo Carlos, Fernandinho (Wandinho), Gélson (Bileu), Alyson (Douglas Lima) Técnico Toninho Andrade

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Na ponta esquerda: Leo Duarte sai jogando sob marcaçāo cerrada Ao lado: Gabigol tenta o arremate contra a meta do Madureira

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Flamengo se classificou para as semifinais do Campeonato Carioca. Ao vencer o Madureira por 2 a 0 no Maracanã, o Rubro-negro garantiu vaga na fase eliminatória por conta da classificação geral. Gabigol foi o nome da partida. O atacante perdeu gols e fez os dois do triunfo - o primeiro em flagrante impedimento. Com 24 pontos somados nos dois turnos, sem semifinais e finais, o Flamengo não pode mais ser alcançado por Volta Redonda ou Bangu na tabela. O Vasco também está garantido, já que conquistou a Taça Guanabara.

um arremate de Diego. Na parte final do primeiro tempo, o jogo se desenvolveu na base dos lançamentos. Faltava meio de campo. O Madureira tentava sair nos contragolpes, e o Flamengo aproveitava os espaços. Em uma dessas jogadas, Diego lançou Gabigol. O atacante ficou cara a cara com o goleiro adversário aos 39 minutos e teve tempo de tudo, até de olhar para o assistente para conferir se estava em posição legal. No fim, bateu em cima de Douglas, que também teve méritos na defesa. O gol perdido não abalou o camisa 9. Aos 44 minutos, ele fez o aguardado tento do Flamengo depois de mais uma blitz. Só que em impedimento. Diego limpou a marcação e chutou forte. Douglas deu rebote, que Arão cabeceou na trave. Na sobra, Gabigol colocou no fundo da rede, ainda que de forma irregular, e abriu o placar. O panorama da partida continuou no segundo tempo. Um Flamengo dominante criou diversas chances e as desperdiçou em sequência. Gabigol, inclusive, foi quem mais perdeu gols. Uma vitória que poderia ser elástica terminou modesta pela incompetência dos rubro-negros em colocar a bola no fundo da rede. Nome do jogo pelas chances desperdiçadas e também pelos gols assinalados, Gabigol fechou o placar aos 33 minutos do segundo tempo. O camisa 9 tirou a marcação com um drible de corpo e bateu cruzado para fazer o segundo gol do Flamengo na partida.

o Madureira. Antes do compromisso, ele recebeu uma camisa comemorativa das mãos do vice-presidente de futebol, Marcos Braz. O início do jogo foi um autêntico ataque contra defesa. O Flamengo criou algumas oportunidades e poderia ter saído na frente logo no primeiro minuto. Júnior Lopes salvou cabeceio de Bruno Henrique em cima da linha. As oportunidades seguiram diante de um Madureira sem forças para avançar e plantado no campo defensivo.

No gingado de Gabigol, Flamengo vence o Madureira e está na semi do Carioca O futuro do Rubro-negro no Estadual agora não depende mais da Taça Rio. Conquistar (ou não) o segundo turno não mudará o dia a dia do clube, que desejava a vaga antecipada para ter margem de preparação para os compromissos importantes na sequência da Copa Libertadores. Pelo Campeonato Carioca, o Flamengo ainda tem pela frente o clássico contra o Fluminense, domingo, no Maracanã. A última rodada do segundo turno também definirá se o time estará nas semifinais da Taça Rio ou se ganhará uma brecha no calendário. O lateral-direito Pará completou 200 jogos pelo Flamengo na partida contra

O domínio continuou sem nenhuma interrupção do Madureira. Dono da posse de bola, o Rubro-negro seguiu criando chances em sequência enquanto o Tricolor Suburbano apenas se defendia. Aos 26 minutos, Marcelo Alves salvou em cima da linha arremate de Willian Arão. E continuou o bombardeio. Douglas defendeu chute de Everton Ribeiro e atrapalhou 46

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FICHA TÉCNICA MADUREIRA 0 X 2 FLAMENGO Hora 19h30 (de Brasília) Público 17.392 presentes (16.548 pagantes) Árbitro Maurício Machado Júnior

Auxiliares DDaniel de Oliveira Alves Pereira e Gabriel Conti Cartões amarelos Everton e Guilherme Bala (MAD); Gabigol e Pará (FLA) GOLS

Gabigol, aos 44 do primeiro tempo e aos 33 do segundo tempo SAN JOSÉ

Douglas; Arlen, Marcelo, Júnior Lopes e Rezende; Rodrigo Dantas, Everton (Alanzinho), Bruno e Luciano Naninho; Derek (Guilherme Bala) e Tássio Técnico Gaúcho FLAMENGO Diego Alves; Pará (Juan), Léo Duarte, Rodrigo Caio e Renê; Ronaldo, Willian Arão (Hugo Moura) e Diego; Everton Ribeiro, Bruno Henrique (Uribe) e Gabigol Técnico Abel Braga

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Acima: Rene marca em cima o jogador do Fluminense Ao lado: Diego, Gabigol e BH comemoram um gol juntos

O

Flamengo venceu o Fluminense por 3 a 2 neste domingo no Maracanã e garantiu a segunda colocação do Grupo C da Taça Rio. O resultado só foi possível porque o milionário ataque do Rubro-negro estava inspiradíssimo. Bruno Henrique, que custou R$ 23 milhões, marcou duas vezes e deu assistência para Gabigol, que tem salário de R$ 1 milhão. Dodi e João Pedro descontaram para o Tricolor. Nas comemorações a dupla mostrou gingado e dançaram ao ritmo de Nego Ney nos três gols da equipe.

Flamengo abre 3 a 0 sobre reservas do Fluminense, vê reação do rival, mas vence o clássico Verdade seja dita, o triunfo parcia ser mais tranquilo após o Fla abrir 3 a 0 no placar. A reaçaõ do Tricolor, no entanto, deixou os minutos finais com clima de tensão. Com os resultados, o Flamengo encara o próprio Fluminense na semifinal da Taça Rio o outro duelo será entre Bangu e Vasco. Ciente que o Fluminense pouparia o time titular, o torcedor tricolor não mostrou muita empolgação com o clássico deste domingo. Isso ficou nítido na presença das torcidas no Maracanã. O estádio recebeu um bom público e teve ocupação maciça de rubro-negros. Devido ao desgasta dos atletas, o técnico Fernando Diniz optou por utilizar um time completamente formado

Alves, mas viu Arão se recuperar e fazer o corte em cima da linha. O Flamengo voltou a pressionar o adversário nos minutos finais do primeiro tempo após o Fluminense equilibrar o jogo. Com rápida troca de passes, o Rubro-negro imprimiu ritmo forte e só não ampliou porque Agenor evitou um golaço de Diego. Após rebatida na área, o camisa 10 emendou uma bicicleta e viu o goleiro espalmar a bola. Assim como ocorreu no primeiro tempo, o Flamengo voltou do intervalo com sangue nos olhos e fez uma blitz nos minutos iniciais. e novamente colheu os frutos. E com Bruno Henrique. Diego arrancou uma assistência de cinema da cartola e o atacante não perdoou: chutou firme no canto direito de Agenor.

por reservas. O Flamengo não tem nada a ver com isso, usou força máxima e partiu para cima do rival. O que se viu foi uma partida de uma só equipe nos minutos iniciais. A pressão era enorme e o gol parecia questão de tempo. E foi. Bruno Henrique chapou no canto esquerdo de Agenor e abriu o placar: 1 a 0, aos 13min. Ele é o personagem mais estourado dos últimos dias. “Cabelinho na régua, bigodinho fininho, tô solteiro”. Nego Ney segue em alta no Flamengo. Neste domingo, ele entrou novamente em campo junto com o time. No último sábado, ele foi a grande estrela na inauguração das vendas do novo uniforme do clube. Após o gol de Bruno Henrique, imagina qual foi a comemoração? “Nego Ney, Nego Ney, Nego, Nego, Nego Ney”.

O Fluminense não conseguiu escapar à blitz do Flamengo. Após Bruno Henrique marcar seu segundo gol, ele decidiu fazer a de garçom. O atacante robou bola após erro de Allan e deixou Gabigol na medida para chutar cruzado e fazer o terceiro do Flamengo. Gol e comemoração com direito a Nego Ney. O Fluminense parecia entregue em campo após o terceiro gol do Flamengo. Calazans, no entanto, fez grande jogada pela direita e serviu Dodi. O companheiro teve tranquilidade e categoria para tirar de Diego Alves e descontar para o Tricolor. Clássico é clássico. Se a vitória parecia encaminhada para o Flamengo, a situação mudou em oito minutos. Após Dodi descontar, João Pedo entrou e marcou em seu primeiro

O Flamengo era muito superior ao Fluminense e as oportunidades apareciam em sequência. Tudo levava a crer em uma goleada, mas um jogador impediu a possibilidade. Agenor, que fazia sua estreia pelo Tricolor, realizou defesas milagrosas e manteve o placar apenas em 1 a 0. Sua atuação foi fundamental para manter a equipe competitiva no duelo. Se Agenor manteve o Fluminense no jogo, Willian Arão quase atrapalhou a vida do Flamengo. O volante foi vilão e herói no mesmo lance. Após Rodrigo Caio sair jogando e acionar o companheiro, ele vacilou e viu Daniel roubar a bola na entrada da área e rolar para Caio Henrique acertar a trave. No rebote, Matheus Gonçalves superou Diego 47

toque na bola. Ele aproveitou cruzamento da direita e, de cabeça, recolou o Tricolor na partida mas já era tarde demais.

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FLAMENGO 3 X 2 FLUMINENSE

Hora 16h (de Brasília) Público 48.385 presentes (44.783 pagantes) Árbitro João Batista de Arruda Assistentes

Carlos Henrique Alves de Lima Filho e Diogo Carvalho Silva Cartões Cartões amarelos Renê e Ronaldo (FLA)

Igor Julião, Nino e Daniel (FLU) GOLS

Bruno Henrique, aos 13 do primeiro tempo; Bruno

Henrique, aos 5, Gabigol, aos 12, Dodi, aos 18, João Pedro,

aos 26 do segundo tempo FLAMENGO

Diego Alves; Pará, Rodrigo Caio, Léo Duarte e Renê;

Ronaldo, Willian Arão e Diego; Everton Ribeiro, Bruno Henrique e Gabigol (Uribe)

Técnico Abel Braga FLUMINENSE

Agenor, Igor Julião, Nino, Léo Santos e Marlon; Caio

Henrique, Allan (João Pedro) e Ganso; Matheus Gonçalves

(Dodi), Calazans e Daniel

Técnico Fernando Diniz

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Ao lado: Léo Duarte dividinbo a bola com atacante do Fluminense Na ponta direita: Ganso finaliza sob marcaçāo cerrada de Renê

O

Flamengo garantiu vaga na final da Taça Rio em jogo muito polêmico e que contou com várias participações do árbitro de vídeo. O Fluminense segurava o empate (que o beneficiava) até os acréscimos na semifinal, quando Everton Ribeiro, de pênalti, decretou a vitória por 2 a 1. Renê e Yony González completaram o placar. Logo no primeiro minuto o VAR anulou um gol do Fluminense. A partir desse lance, o jogo ficou bastante quente, com jogadas ríspidas de ambas as partes. No segundo tempo, O Tricolor teve um pênalti em lance revisto pela equipe de vídeo e conseguiu o empate.

Em jogo polêmico, Fla vence Flu com gol no fim e avança à final da Taça Rio Everaldo, atacante do Fluminense foi o grande destaque do jogo. Com jogadas individuais em alto nível, o jogador criou muito problema para a defesa do Flamengo, inclusive no lance do gol, quando sofreu pênalti. O atacante do Flamengo Bruno Henrique viveu seu dia de vilão nesta quarta-feira. Mesmo com a assistência para o gol de Renê, sua expulsão no primeiro tempo poderia ter sido determinante para a eliminação. O Fluminense iniciou o jogo com velocidade máxima e abriu o placar logo no primeiro minuto de jogo. A bola foi cruzada na área e Leo Santos mandou para o fundo das redes. O auxiliar anulou o gol e Marcelo de Lima Henrique pediu ajuda do VAR (Assistente de Vídeo). A demora do árbitro em revisar

e mandou uma bomba para o gol: 1 a 0, aos 29min do primeiro tempo. O Fluminense nem de longe conseguiu mostrar o bom futebol que o credenciou ao título do Carioca. O primeiro tempo foi totalmente do Flamengo, que perdeu algumas boas oportunidades de definir o resultado ainda nos 45 minutos iniciais. A derrota parcial por 1 a 0 saiu barato para o Tricolor que com a vantagem do empate seguia bem vivo na partida. Bruno Henrique foi um dos grandes personagens do primeiro tempo. Caçado em campo, o jogador perdeu a cabeça em algumas oportunidades. Aos 29min ele deu boa assistência para Renê abrir o placar. Ele se encaminhava, portanto, para mais um dia de herói. O problema é que alguns minutos depois ele deixou a sola na coxa de Gilberto em uma dividida e foi expulso. O lance complicou a vida do Rubro-negro, que jogaria o segundo tempo inteiro com um jogador a menos e sem poder empatar. Aos 11min, Everaldo fez grande jogada individual e foi derrubado por Leo Duarte na área. Em cima do lance, Marcelo de Lima Henrique mandou o jogo seguir. Pouco tempo depois, no entanto, ele foi chamado para rever o lance pela equipe do VAR. Com ajuda da televisão, ele reviu a marcação e apontou pênalti. Yony González cobrou com categoria: 1 a 1.

o lance do gol do Fluminense causou apreensão e uma cena curiosa no Maracanã. Como levou mais de cinco minutos para ir até a cabine do VAR, jogadores de Fla e Flu ficaram na linha do campo e todos se irritaram com o tempo gasto. Mais próximos dos televisores, os técnicos Abel e Fernando Diniz tentaram pressionar, e, depois de sete minutos, o árbitro definiu por invalidar a a jogada marcando falta de Matheus Ferraz em Rodrigo Caio. Uma curiosidade marcou a análise do gol anulado do Fluminense: os comentaristas de arbitragem discordaram sobre a anulação. Na Globo, Paulo César de Oliveira considerou que não houve falta de Matheus Ferraz em Rodrigo Caio. Já Sandro Meira Ricci, no SporTV, explicou que o ao acionar o VAR o lance todo é revisto e não apenas o impedimento assinalado pelo auxiliar. Para ele, houve falta do zagueiro do Tricolor. O jogo já prometia ser quente. Com um gol anulado pela arbitragem no primeiro minuto, então... O clima ficou bem quente. Os jogadores discutiam a todo instante com direito a empurra-empurra de tudo que é lado. Os mais revoltados, evidentemente, eram do Fluminense. Sobrou para o preparador de goleiro André Carvalho que acabou expulso pela arbitragem. Falando um pouco de futebol, o Flamengo conseguiu anular o adversário após o lance polêmico. O Tricolor tinha dificuldade de jogar, mas o grande erro era na marcação. Melhor para o Rubro-negro que encaixou boas jogadas e não demorou para abrir o placar. Renê recebeu passe açucarado de Bruno Henrique

Se o Fluminense foi dominado no primeiro tempo, a situação foi completamente o contrário na etapa final. Evidentemente que a expulsão de Bruno Henrique antes do intervalo foi decisiva para o Tricolor comandar as ações. Não só pelo gol, mas o time conseguiu criar boas oportunidades e 48

mudar a cara do jogo. Quando parecia que o Fluminense estava decidido, o Flamengo conseguiu a virada em um pênalti cobrado já nos acréscimos. Lucas Silva foi derrubado dentro da área por Léo Santos e viu Everton Ribeiro cobrar com extrema categoria.

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FLUMINENSE 1 X 2 FLAMENGO Hora 21h30 (de Brasília) Público 24.614 presentes

(21.973 pagantes) Árbitro Marcelo de Lima Henrique Auxiliares Luiz Claudio Regazone e Thiago Henrique

Farinha Cartões amarelos Matheus Ferraz, Airton, Dodi, Everaldo e Luciano (FLU) Diego Alves, Pará, Willian Arão,

Everton Ribeiro, Bruno Henrique e Ronaldo (FLA) Cartão vermelho Bruno Henrique (FLA) e Ganso (FLU) GOLS

Renê, aos 29 do primeiro tempo; Yony González, aos 15, e Everton Ribeiro, aos 49 do segundo tempo FLUMINENSE

Rodolfo, Gilberto, Matheus Ferraz, Léo Santos (Joāo Pedro) e Caio Henrique; Airton (Allan), Bruno Silva (Dodi) e Ganso; Everaldo, Luciano e Yony González Técnico Fernando Diniz FLAMENGO

Diego Alves; Pará, Rodrigo Caio, Léo Duarte e Renê; Ronaldo (Arrascaeta), Willian Arão, Everton Ribeiro e Vitinho (Lucas Silva); Bruno Henrique e Uribe (Vitor Gabriel) Técnico Abel Braga . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


Acima: Time campeāo posando com a taça e as medalhas Na ponta esquerda: Arrascaeta comemorando o gol de empate

M

esmo atuando com reservas e sem o técnico Abel Braga, que se recupera de uma arritmia, o Flamengo venceu o Vasco nos pênaltis por 3 a 1 - após empatar o jogo aos 48 minutos do segundo tempo com Arrascaeta -, no Maracanã e conquistou a Taça Rio. O gol do Vasco no período regular foi marcado por Tiago Reis. Com o resultado, os duelos das semifinais do Campeonato Carioca serão os mesmos que aconteceram na Taça Rio, com o Flamengo enfrentando o Fluminense no sábado, e o Vasco pegando o Bangu no doming. O Rubro-

Negro e o Cruzmaltino jogam com a vantagem do empate.

Arrascaeta marca aos 48 do segundo tempo, Flamengo bate Vasco nos pênaltis e conquista a Taça Rio 2019 O Flamengo entrou em campo com um time formado por reservas e sem Abel Braga à beira do campo. O treinador sofreu uma arritmia na semifinal contra o Fluminense, precisou

garotada da base tanto no time titular quanto nas substituições. Eles oscilaram ao longo da partida.

passar por uma intervenção cirúrgica e está em repouso. O auxiliar Leomir de Souza comandou a equipe. O jogo teve um contraste entre os tempos. No primeiro, sonolento, sem muitas chances de gol e muito truncado, o Flamengo foi um pouco melhor.

Aos 9 minutos do segundo tempo, a estrela do jovem Tiago Reis brilhou de novo. Após escanteio da esquerda, o atacante subiu mais alto que a zaga do Flamengo e raspou de cabeça. César somente olhou a bola entrando no fundo da rede. Foi o quarto gol do jogador em quatro jogos como titular. Deixa o menino jogar! Quando a torcida do Vasco já comemorava a vitória, o Flamengo

Na etapa final, os times se expuseram mais, e o duelo ganhou em emoção, com oportunidades em ambos os lados. Aos 20 minutos do primeiro tempo, o volante Lucas Mineiro proporcionou um lance bizarro cabeceando a bola deitado de bruços no gramado do Maracanã. Ainda no início do jogo, Marrony invadiu a área e caiu pedindo pênalti. O árbitro não deu, e o zagueiro Thuler e o atacante se estranharam. O zagueiro Leandro Castan, com um problema muscular na coxa esquerda, e o volante Bruno Silva, com uma concussão, precisaram ser substituídos ainda no primeiro tempo no Vasco. O goleiro César demonstrou categoria e frieza ao dar um belo drible em Bruno César após uma recuada de bola. Aos 30, após escanteio da direita, o zagueiro Thuler subiu mais alto que a zaga vascaíno e cabeceou com perigo, arrancando um “uhhh!” da torcida rubro-negra. Aos 47, Arrascaeta fez um belo lançamento para Vitinho, que chutou cruzado, com perigo, para grande defesa de Fernando Miguel.

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VASCO 1 (1) X (3) 1 FLAMENGO

Hora 16h (de Brasília) Público 38.787 presentes (34.776 pagantes) Árbitro Rodrigo Nunes de Sá Assistentes

Michael Correia e Silbert Faria Sisquim Cartões amarelos Werley, Bruno César, Lucas Mineiro (VAS); Trauco,

Vinicius (FLA) GOLS

Tiago Reis, aos 9 do segundo tempo (VAS); Arrascaeta,

aos 48 do segundo tempo (FLA) PENALIDADES Flamengo 3 x 1 Vasco

Vitinho (converteu), Rodinei (perdeu), Arrascaeta (converteu), Uribe (converteu) Danilo Barcelos (converteu), Rossi (perdeu), Tiago Reis

(perdeu), Werley (perdeu) VASCO

Fernando Miguel, Raul Cáceres, Leandro Castan (Ricardo

foi ao ataque e, após cruzamento da direita, Arrascaeta subiu sozinho, tocou de cabeça e empatou a partida aos 48 minutos do segundo tempo. Na disputa de pênaltis, o Vasco chamou a atenção pelas cobranças mal executadas. Rossi e Werley chutaram para fora e Tiago Reis teve um chute defendido pelo goleiro César. Somente o lateral direito Rodinei perdeu pelo Flamengo.

Um dos pontos fortes do Vasco, a bola parada novamente foi decisiva hoje. O time tem feito muitos gols na temporada por meio deste fundamento, fruto do trabalho do técnico Alberto Valentim. Interino do Flamengo, Leomir de Souza apostou na 49

Graça), Werley e Danilo Barcelos; Bruno Silva (Raul) e Lucas Mineiro; Rossi, Bruno César (Thiago Galhardo) e

Marrony; Tiago Reis

Técnico Alberto Valentim FLAMENGO César; Rodinei, Rhodolfo, Thuler (Bill) e Trauco; Ronaldo

(Vinicius) e Hugo Moura; Arrascaeta, Vitinho e Lucas Silva (Vitor Gabriel); Uribe

Técnico Leomir de Souza (interino)

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


Na ponta: Bruno Henrique tenta jogada sendo marcado por zagueiro rival Ao lado: Gabigol arrematando

O

Peñarol colocou água no chope do Flamengo nesta quarta. Em noite de recorde público no futebol brasileiro em 2019 (66.716 mil torcedores presentes no Maracanã), foram os uruguaios que saíram com sorriso no rosto: vitória por 1 a 0 e liderança do Grupo D. Além disso, os rubronegros dificilmente esquecerão da atuação de Gabigol. O jogador foi muito mal, perdeu gols e ainda foi expulso de maneira infantil durante o segundo tempo. Após o cartão vermelho, o Peñarol se lançou ao ataque e conseguiu o gol da vitória com Viatri,

já na reta final da etapa complementar. O Flamengo volta a campo pela Libertadores na próxima quinta-feira, quando fará seu último duelo em casa pela competição: contra o San José-BOL.

Gabigol é expulso, Flamengo leva gol no fim e perde jogo e liderança para o Peñarol Pouca inspiração, afobação e a primeira derrota na Libertadores. Na noite de sua pior

atrapalhado pelo rival e desferiu um soco por trás. Em cima, o árbitro mandou seguir e após a definição do lance deu o ‘barato’ amarelo ao colombiano. Membros da torcida organizada que estavam no Leme durante a confusão com rubro-negros foram escoltados para a partida no Maracanã. Eles provaram que não tiveram nenhuma participação no entrevero e conduzidos pela polícia militar ao estádio. Já os uruguaios que foram detidos foram obrigados a dar depoimentos e perderam a partida.

atuação no ano até o momento, o Flamengo perdeu o jogo e a liderança do grupo D para o Peñarol na noite desta quarta-feira no Maracanã. Com poucas chances criadas e um jogador a menos desde os 29 do segundo tempo - Gabigol foi expulso -, os rubronegros sofreram castigo bem perto do fim. O centroavante Viatri precisou de poucos minutos em campo para fazer o gol da vitória. Ele entrou após a expulsão de Gabigol, aos 42, acertou belo cabeceio e deu a vitória aos uruguaios. Já Gabigol viveu noite de vilão nesta quarta-feira, no Maracanã. O centroavante teve um gol anulado, perdeu uma boa oportunidade, mas foi a expulsão que o deixou no posto de pior em campo.

era Gabigol, que gesticulava muito com a arbitragem. Aos 29min, o centroavante perdeu a noção e deu entrada criminosa em Rojo e recebeu o cartão vermelho. O Peñarol, então, partiu para cima e conseguiu o gol da vitória já no fim do duelo.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FICHA TÉCNICA FLAMENGO 0 X 1 PEÑAROL Hora 21h30 (de Brasília) Público 66.716 presentes (61.576 pagantes) Árbitro Patricio Loustau (ARG)

Auxiliares Juan P. Belatti (ARG) e Diego Bonfa (ARG) Cartões amarelos Cuellar, Diego (FLA) González, Rojo,

Formiliano e Rodriguez (PEN) Cartão vermelho Gabigol (FLA)

Ciente da importância da partida para o planejamento, o Flamengo fez o abafa inicial para cima do Peñarol. O gol não saiu, mas os donos da casa mostraram que no Maracanã o rubro-negro é quem ditaria as regras. Gabigol teve a primeira e única chance nos minutos iniciais. Ele recebeu passe de Diego e chutou cruzado pela linha de fundo. Com o passar do tempo, o Peñarol claramente se sentiu à vontade em campo. A pressão do Flamengo já não era a mesma e os contra-ataques se fizeram presentes para os uruguaios, que tiveram a melhor chance do jogo. O fato é que o zero só não saiu do placar porque Diego Alves operou um milagre em chute à queima-roupa de Canobbio, aos 41min. Na reta final do primeiro tempo, um lance chamou atenção. Em contra-ataque do Peñarol, o volante Cuellar do Flamengo foi

GOL

Viatri, aos 42 do segundo tempo FLAMENGO Diego Alves; Pará, Rodrigo Caio, Léo Duarte e Renê; Ronaldo (Arrascaeta), Willian Arão, Everton Ribeiro e

Na volta do intervalo, o Flamengo repetiu a dose e fez nova blitz nos minutos iniciais. O time tentou utilizar os laterais para superar a retranca uruguaia. O objetivo esteve muito próximo de ser alcançado aos 10min, quando Pará cruzou para Gabigol estufar as redes. O centroavante, no entanto, estava em posição irregular e o lance foi anulado. O gol não saía e o nervosismo parecia tomar conta do Flamengo. O clima foi ficando tenso e algumas entradas mais ríspidas ocorreram. Um dos mais exaltados 50

Vitinho (Lucas Silva); Bruno Henrique e Uribe (Vitor Gabriel) Técnico Abel Braga PEÑAROL

Dawson; González, Formiliano, Lema, Hernández; Guzmán Pereira (Viatri), Gargano, Brian Rodríguez (Rojo) e Cristian Rodríguez ; Canobbio e Nuñez (Gastón Rodríguez) Técnico Diego Lopez . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


Acima: Bruno Henrique arrisca de fora. Ao lado: Everton Ribeiro arranca com a bola dominada

O

Flamengo está na final do Campeonato Carioca. O Rubro-negro estava atrás do placar até os 23min do segundo tempo, quando Gabigol, que havia entrado no intervalo, fez o gol que garantiu o 1 a 1 e sua equipe na final - o Fla tinha a vantagem do empate por ter faturado a Taça Rio. Vasco e Bangu fazem a outra semifinal neste domingo. O Flamengo foi melhor no primeiro tempo, mas não conseguiu abrir o placar. Curiosamente, foi o Flu, dominado, quem obteve êxito na missão com Gilberto. No segundo tempo, Abel apostou em Gabigol e na entrada de Arrascaeta para conseguir o resultado que precisava para se classificar.

Luciano teve buscar o jogo muitas vezes no campo defensivo para armar a equipe. Com isso, o Tricolor perdeu em presença de área. Bruno Arleu de Araújo vinha de boas tomadas de decisão na partida, mas cometeu um grave erro aos 35min do primeiro tempo. O árbitro ignorou a não-marcação de Rodrigo Henrique Figueiredo Correia em lance polêmico e assinalou impedimento de Uribe, que havia ficado livre diante de Rodolfo. O colombiano estava em posição legal, mas viu o lance ser anulado pelo árbitro e não pelo auxiliar. Mal em campo, o Fluminense estava mais próximo de sofrer o primeiro gol. Caprichos do futebol, foi justamente o contrário que ocorreu. E no minuto 44 do primeiro tempo exemplificou bem a situação. Gilberto fez corte providencial em chute de Bruno Henrique e evitou o gol do Rubro-negro (vídeo acima). O lance seguiu até que Caio Henrique recebesse pela esquerda e cruzasse na medida para o próprio lateral direita aparecesse como camisa 9 e marcasse de cabeça: 1 a 0. Na volta do intervalo, Abel Braga sacou Uribe e lançou Gabigol. Evidentemente que a torcida não reclamou da substituição, mas bastou alguns minutos para que o real desejo dos rubro-negros ficassem claros. Os reservas foram aquecer atrás do gol e o Maracanã explodiu pedindo a entrada de Arrascaeta. Abel Braga finalmente realizou o desejo da torcida e lançou Arrascaeta na vaga de Diego, que saiu vaiado. O uruguaio ainda se adaptava em campo, mas o Flamengo já se mostrava melhor em campo. Gabigol havia entrado no intervalo e ficou uns bons minutos esperando uma oportunidade.

no goleiro Rodolfo, que errou o soco e viu Arão mandar para as redes. Lance anulado. Minutos depois, o árbitro novamente foi chamado para rever um lance. Bruno Arleu decidiu pelo cartão amarelo em Gilberto e não o vermelho. Polêmicas à parte, o Flamengo fazia melhor partida que o Fluminense. No estilo Diniz, o Tricolor tentava tocar a bola, mas sofria com a forte marcação do rival. Estava difícil manter a posse no campo de defesa, no ataque, então, parecia missão impossível.

Gabigol marca, Flamengo segura empate com o Fluminense e garante vaga na final O camisa 9 é o grande diferencial do time do Flamengo. Expulso na Libertadores, sentiu o gostinho do banco neste sábado. Sua equipe era derrotada até ele entrar em campo e resolver para o Rubro-negro. Já Uribe mostra que ainda não se adaptou ao Flamengo - ou que não tem condições de vestir a camisa. Foi um dos piores em campo e perder boa chance de gol no primeiro tempo. O jogo começou com bastante emoção, como foram os últimos duelos entre as equipes. Muito pegada, a partida teve algumas faltas que levaram perigo ao gol adversário. Em um desses lances, o Flamengo abriu o placar. O problema é que o VAR entrou em ação por causa de uma falta de Léo Duarte

Nesse ponto, o Rubro-negro neutralizou o adversário e conseguia criar boas oportunidades, apesar de não finalizar com precisão ao gol de Rodolfo. A situação era clara: o clube da Gávea estava mais próximo de abrir o placar. Ganso teve que cumprir suspensão automática por causa da expulsão na semifinal da Taça Rio. Sua ausência foi sentida em campo. Não que o camisa 10 viesse de grandes atuações, mas é que sem sua presença em campo, 51

A primeira surgiu aos 23min e ele não desperdiçou. Chutou firme para vencer Rodolfo e estufar as redes: 1 a 1. O gol fez bem ao Flamengo que seguiu em cima do Fluminense. O Rubro-negro teve boas oportunidades para virar e conseguir a vitória, mas a bola não entrou. O empate teve gosto de vitória já que serviu para o Rubro-negro chegar à final do Carioca. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FICHA TÉCNICA

FLAMENGO 1 X 1 FLUMINENSE Hora 19h (de Brasília) Público 46.128 presentes (43.035 pagantes) Árbitro Bruno Arleu Araújo Assistentes Rodrigo Figueiredo Henrique Corrêa e Daniel Parro

Cartões amarelos Willian Arão, Gabriel, Vitinho, Everton Ribeiro e Bruno Henrique (FLA) Gilberto, Nino e Bruno Silva (FLU) GOLS

Gilberto, aos 44do primeiro tempo; Gabigol aos 23 do segundo tempo FLAMENGO

Diego Alves; Pará, Leo Duarte, Rodrigo Caio e Renê; Cuellar, Willian Arão, Diego (Arrascaeta), Everton Ribeiro e Bruno Henrique (Vitinho); Uribe (Gabigol) Técnico Abel Braga FLUMINENSE

Rodolfo; Gilberto, Matheus Ferraz, Nino (João Pedro) e Caio Henrique; Dodi (Calazans), Bruno Silva e Daniel (Allan); Everaldo, Yony González e Luciano Técnico Fernando Diniz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


Na ponta: Arrascaeta arrematando Ao lado: Diego comemorando o primeiro gol

A

inda não foi desta vez que o Flamengo encantou a torcida na Copa Libertadores, apesar de se aproximar da vaga nas oitavas de final. O Rubro-negro superou as vaias no intervalo depois de um primeiro tempo confuso e goleou o San José da Bolívia por 6 a 1, hoje, no Maracanã. Um gol logo aos 2 minutos, expulsão de rival aos 4... tudo parecia caminhar fácil para o Flamengo contra o San José. E foi assim mesmo: os rubro-negros até levaram um susto na primeira etapa, mas deslancharam no fim e aplicaram a maior goleada desta edição da Libertadores até o momento. Os gols foram de Diego, Everton Ribeiro (2), Arrascaeta, Vitinho e Pará - Saucedo fez para o rival. Mesmo com um a mais desde os cinco minutos da primeira etapa, os

cariocas levaram sustos do modesto time boliviano e deixaram a torcida impaciente no intervalo. A equipe de Abel Braga se mostrou desorganizada em diversos momentos, sobretudo defensivamente.

Baile no Maracanã! Flamengo amassa o San José, elimina rival e reassume a liderança do grupo na Libertadores

gol do atacante nos minutos finais da etapa inicial. Diante de um adversário mais fraco, o Flamengo fez o mínimo que se esperava e saiu para o intervalo em vantagem no placar. Aos 31 minutos, o time encaixou rápido contra-ataque com a dupla Everton Ribeiro e Bruno Henrique. Coube ao primeiro tirar do goleiro e deixar o Rubronegro em vantagem. Mesmo assim, a equipe foi para o vestiário vaiada pela torcida presente ao Maracanã. Ovacionado pela torcida, Arrascaeta trouxe a tranquilidade que o Flamengo precisava aos 11 minutos do segundo tempo. Everton Ribeiro deu belo passe para o uruguaio dentro da área. Ele dominou no peito, cortou para o pé direito e chutou forte para delírio dos rubro-negros. Foi o suficiente para obter o resultado desejado. Com o placar resolvido, o Flamengo

No fim, o resultado veio mais pela fragilidade adversária do que por um bom desempenho do time da Gávea. Com o resultado, o Flamengo chegou aos nove pontos no Grupo D e pode se classificar já na próxima rodada. Para isso, basta empatar com a LDU, dia 24 de abril, em Quito. Caso perca, a decisão da vaga ficará para a última rodada, quando terá um difícil duelo contra o Peñarol, fora de casa. Como já se esperava, o Flamengo partiu para cima do San José logo no início da partida e conseguiu rapidamente o que queria. Aos 3 minutos, escanteio foi cobrado pela direita. Bruno Henrique desviou na primeira trave, e Diego cabeceou para o fundo do gol. Festa da torcida no Maracanã, e cenário favorável logo de cara. O panorama melhorou aos 5 minutos. Toco era o último homem e foi expulso por falta em Bruno Henrique. O Flamengo ficou com um jogador a mais diante de um adversário que aparentemente não tinha força para impor qualquer dificuldade.

que o time ainda não exibiu o futebol que todos esperam em 2019.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FICHA TÉCNICA FLAMENGO 6 X 1 SAN JOSÉ

Hora 21h (de Brasília) Público 64.814 presentes (60.955 pagantes) Árbitro Piero Maza (CHI) Auxiliares Christian

Schiemann (CHI) e Claudio Ríos (CHI) Cartões amarelos Willian Arão (Flamengo); Rodríguez (San José-BOL)

Cartão vermelho Toco (San José-BOL) GOL

Diego, aos 3 do primeiro tempo; Saucedo, aos 18 do

primeiro tempo; Everton Ribeiro, aos 31 do primeiro tempo e aos 34 do segundo tempo; Arrascaeta, aos 11 do

segundo tempo; Vitinho, aos 37 do segundo tempo; Pará, aos 43 do segundo tempo FLAMENGO

Diego Alves; Pará, Rodrigo Caio, Léo Duarte e Renê

(Trauco); Cuéllar, Willian Arão e Diego (Vitinho); Arrascaeta, Everton Ribeiro (Lucas Silva) e Bruno

Henrique

Técnico Abel Braga PEÑAROL Lampe; Juárez (Rojas), Rodríguez, Toco e Jair Torrico;

Com um cenário absolutamente favorável, o Flamengo até produziu, mas pouco para o que se esperava por conta das condições. O time teve chances de ampliar o placar e não o fez. Pelo contrário. Tomou o empate aos 18 minutos, em gol de Saucedo (com impedimento na origem da jogada), e quase sofreu outro

teve um pouco mais de tranquilidade para jogar e foi capaz de assinalar mais dois gols. Everton Ribeiro fez aos 34 minutos, e Vitinho, de pênalti, marcou aos 37. Pará ainda marcou aos 43. Festa da torcida no Maracanã pela goleada, mas a certeza de 52

Ovando, Didi Torrico e Gutiérrez; Sanguinetti, Ramallo (Marcelo Gomes) e Saucedo (Alessandrini)

Técnico Miguel Ponce

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


Bruno Henrique confere a bola entrando em seu primeiro gol no jogo

O

Flamengo venceu o Vasco por 2 a 0 em partida disputada hoje, no Nilton Santos, e abriu boa vantagem na final do Campeonato Carioca. O resultado se deve muito à grande atuação de Bruno Henrique, que marcou duas vezes e foi o principal jogador em campo. No próximo domingo o Flamengo poderá até perder por um gol de diferença que ficará com o titulo. Caso o Vasco vença por dois gols, o campeonato será decidido nos pênaltis.

Com dois gols de Bruno Henrique, Flamengo supera Vasco e sai na frente na final do Carioca

Arrascaeta teve grande atuação, não há como negar. Os dois gols marcados por Bruno Henrique, no entanto, foram decisivos para ter o status de melhor em campo. Já Danilo Barcelos, lateral do Vasco, tem feito bons jogos, mas hoje não foi um deles. Ele falhou

no primeiro gol de Bruno Henrique e deixou o time em situação delicada em campo. O técnico do Flamengo, Abel Braga, finalmente deu o braço a torcer e colocou Arrascaeta no time titular mesmo com todas as peças à disposição. Pior para Diego, que parou no banco de reservas. O uruguaio fez sua parte e mostrou bom futebol. Participativo, ele procurava dar velocidade e tornar o jogo mais dinâmico. O Vasco, por outro lado, tinha como objetivo segurar o Flamengo. Se os primeiros minutos foram de toques de bola rápido e de futebol convincente, o Cruzmaltino tratou de equilibrar o duelo e manter o jogo preso no meio de campo. Fora uma chance com Pikachu, a partida ficou bem feia e sem emoção. Sumido do jogo, Maxi López mostrava estar melhor fisicamente. O argentino deu alguns piques em campo que não ocorriam há poucos dias. Apesar da melhora, o atacante não teve grandes participações no primeiro tempo. Ele apareceu bem em um contra-ataque que terminou nas mãos de Diego Alves. Após levar alguns sustos do Vasco, o Flamengo finalmente acordou no fim do primeiro tempo. Assim como ocorreu no início, o time conseguiu trocar passes e chegar ao gol de Fernando Miguel. Em alguns momentos o gol ficou próximo, mas nada ocorreu antes do intervalo. Bruno Henrique foi novamente um dos grandes personagens do clássico. Ele levou 53

um cartão amarelo e ficará de fora da finalíssima. O atacante, então, decidiu colocar seu nome na história da final e abriu o placar. Danilo Barcelos afastou mal e a bola sobrou para o rubro-negro chutar para o fundo das redes: 1 a 0. Aos 25min do primeiro tempo, Bruno Henrique viu a bola sobrar na sua frente, limpa. O atacante mandou para dentro do gol e saiu para comemorar seu segundo gol na partida. O lance, no entanto, foi anulado pela arbitragem, que utilizou o VAR e apontou impedimento do rubro-negro no lance. Curiosamente, minutos depois a cabine do VAR sofreu uma pane elétrica e parou de funcionar. Bruno Henrique poderia ter

Everton Ribeiro pegando de bate-pronto contra a meta do Vasco

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FICHA TÉCNICA

VASCO 0 X 2 FLAMENGO

Hora 16h (de Brasília) Público 10.854 presentes (9.976 pagantes) Árbitro Rodrigo Nunes de Sá Assistentes Silbert Faria Sisquim e Thiago Henrique Neto Corrêa Cartões amarelos ucas Mineiro (VAS) Bruno Henrique (FLA) GOLS

Bruno Henrique, aos 9, e, aos 34, do segundo tempo VASCO

Fernando Miguel; Cáceres, Werley, Castán e Danilo; Lucas Mineiro, Raúl, Bruno César (Lucas Santos), Pikachu e Marrony (Yan Sasse); Maxi López (Tiago Reis) Técnico Alberto Valentim

sentido o momento ao ter o gol anulado. Mas ocorreu justamente o contrário. O atacante não deixou a peteca cair e marcou o segundo dele e do Fla na sequência. Ele aproveitou bobeada na zaga e finalizou firme para vencer Fernando Miguel: 2 a 0.

FLAMENGO

Diego Alves, Pará, Léo Duarte, Rodrigo Caio e Renê; Cuellar, Willian Arão, Arrascaeta (Lincoln) e Everton Ribeiro (Diego); Gabigol (Vitinho) e Bruno Henrique Técnico Abel Braga . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


Gabigol prepara para bater

A

“festa é na favela!”, como canta a torcida do Flamengo. E a história se repetiu mais uma vez. Confirmando o favoritismo que carregava pela superioridade técnica e também pela vitória por 2 a 0 no primeiro jogo da final, no estádio Nilton Santos, o Flamengo venceu o Vasco por 2 a 0 - com gols de Willian Arão e Vitinho - sagrou-se campeão carioca e manteve o longo tabu de 31 anos sem perder para o rival em decisões. O título foi o primeiro com o Rubro-Negro sendo o gestor do Maracanã, que estava com uma ampla maioria de rubro-negros.

Fla é campeão carioca sobre o Vasco e mantém tabu de 31 anos com rival O elenco, porém, terá pouco tempo para comemorar, já que a delegação viaja para Quito (EQU) logo após o almoço de amanhã visando o importante compromisso desta quarta-feira (24), contra a LDU, que pode selar a classificação do Flamengo na Copa Libertadores. Desde o apito inicial do árbitro, o Flamengo se jogou ao ataque para animar os seus torcedores. Mesmo com a vantagem de dois gols do jogo de dia da decisão, os comandados de Abel Braga não recuaram e, aproveitando um Vasco mais defensivo, quase marcaram no primeiro minuto com Arrascaeta. Mas, de modo geral, o clássico foi bem mais equilibrado que o de domingo passado, quando o RubroNegro venceu no estádio Nilton Santos com extrema facilidade por 2 a 0. O Cruzmaltino apresentou uma postura mais corajosa, se

Arrascaeta parte com a bola dominada

Barcelos também chegou atrasado em uma bola cruzada que levou perigo. O goleiro Diego Alves fez uma defesa milagrosa aos 20 minutos do segundo tempo, quando Bruno César cruzou e Maxi Lopez escorou de primeira. Aos 37 minutos do segundo tempo, Diego deu bela enfiada para Vitinho, que em velocidade sai na cara de Fernando Miguel e, com categoria, chutou para o fundo do gol, fechando o caixão e decretando o 2 a 0. O zagueiro Leandro Castan e o atacante Gabigol proporcionaram um duelo à parte no Maracanã desde os primeiros minutos, com muitas divididas e discussões. Ambos, inclusive, receberam cartão amarelo.

lançou ao ataque e criou oportunidades de gol. O time da Gávea, porém, mais uma vez demonstrou superioridade técnica. O gol do Flamengo surgiu após um impedimento de Gabigol não marcado pela arbitragem. Na sequência da jogada, atacante sofreu falta. Na cobrança, Arrascaeta cruzou e encontrou Willian Arão, que cabeceou para o fundo da rede. A curiosidade é que Willian Arão não viu o momento do gol, já que cabeceou e virou de costas. “Eu não vi. Subi junto com o zagueiro, depois só ouvi o grito da galera e saí para comemorar”, disse à TV Globo. Após o gol, o Vasco pareceu sentir o baque e o Flamengo passou a chegar como queria no ataque diante de uma defesa cruzmaltina desarrumada e assustada. Por pouco o RubroNegro não ampliou. O Vasco teve ao menos

Uma polêmica sobre suposto veto da comunicação do Flamengo ao termo “festa na favela” após matéria do jornal “Extra” movimentou o dia anterior à final. Após a conquista do título, o atacante Gabigol pegou com um dos torcedores um cartaz com a frase “Hoje tem festa na favela!!!” e ergueu durante a comemoração. Com a vantagem conquistada no jogo de ida, a torcida do Flamengo compareceu em muito maior peso que a do Vasco no Maracanã, na primeira partida desde que o clube passou a administrar o estádio junto ao Flu. E os rubro-negros fizeram festa desde antes da bola rolar, com um grande mosaico. Durante o jogo, os torcedores gritaram “olé” e “vice de novo” para provocar os rivais. Após o apito do árbitro, explosão nas arquibancadas com o grito de “é campeão”. Após deixar o hospital há poucos dias, Jhonata Ventura, um dos sobreviventes da tragédia no Ninho do Urubu, acompanhou a final. Jogador da base, teve a chance de vivenciar de perto mais uma

três boas oportunidades para empatar. A primeira com Pikachu, que chutou e Renê tirou quase em cima da linha. Em seguida, Lucas Mineiro chutou mal, da altura da marca do pênalti, após um bom passe de Lucas Santos. E o lateral esquerdo Danilo 54

conquista do clube e comemorou o título no gramado, com os atletas profissionais. Ídolo da torcida, o veterano Juan não chegou a entrar na partida, mas teve participação de destaque na festa do título. Capitão do Flamengo quando está em campo, foi ele o escolhido para levantar a taça de campeão. Foi uma forma de homenagear o zagueiro de 40 anos, que está prestes a se aposentar dos gramados. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FICHA TÉCNICA FLAMENGO 2 X 0 VASCO

Hora 16h (de Brasília) Público 47.995 pagantes Árbitro Rodrigo Carvalhaes de Miranda Auxiliares Rodrigo Figueiredo Corrêa e Luiz Cláudio Regazone Cartões amarelos Diego, Gabigol (FLA); Leandro Castan, Danilo

Barcelos, Werley, Raul, Marrony (VAS) Cartão vermelho Werley (VAS) GOLS

Willian Arão, aos 15 do primeiro tempo (FLA); Vitinho, aos 37 do primeiro tempo (FLA) FLAMENGO Diego Alves, Pará, Léo Duarte, Rodrigo Caio e Renê; Cuéllar, Willian Arão, Diego, Éverton Ribeiro (Lincoln) e Arrascaeta (Vitinho); Gabigol (Ronaldo) Técnico Abel Braga VASCO

Fernando Miguel, Raul Cáceres (Bruno Cesar), Werley, Leandro Castan e Danilo Barcelos; Raul, Lucas Mineiro e Yago Pikachu; Lucas Santos (Maxi Lopez), Marrony e Yan Sasse (Ribamar)

Técnico Alberto Valentim . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


Bruno Henrique tenta jogada sendo marcado por zagueiro rival

55


Vitinho tenta jogada sob vigilância atenta da zaga da LDU

A

tuação ruim, virada e decisão das vagas do grupo D adiada para a última rodada da primeira fase. O Flamengo saiu na frente e deu indícios de que se classificaria com uma rodada de antecedência para as oitavas de final da Copa Libertadores. A LDU-EQU, no entanto, mostrou sua força na altitude de 2,8 mil metros de Quito e conseguiu a virada, vendendo por 2 a 1 na noite de hoje, no Casa Blanca. Bruno Henrique abriu o placar ainda no primeiro tempo, mas Anangonó deixou tudo empatado ainda antes do intervalo. No segundo tempo, os donos da casa fizeram pressão e conseguiram a vitória com Chicaiza. Agora, o Flamengo, com 9 pontos, definirá sua vida na última rodada da fase de grupos. O time encara o Peñarol, com os mesmos 9, no Uruguai. Já a LDU, com 7, recebe o lanterna San José-BOL, com 4.

Flamengo joga mal, leva virada da LDU em Quito, mas ainda depende de um empate para avançar na Libertadores Cuellar, o volante do Flamengo fez grande partida. Marcou muito bem, mas não conseguiu o resultado que precisava. Muito porque Chicaiza entrou no segundo tempo e incendiou a partida com o gol da vitória da LDU. Já Léo Duarte perdeu na corrida para Anangonó no primeiro tempo, quando a vitória estava sob controle. O gol deu gás à

Cuellar arrancando com bola dominada

desvantagem no placar, a LDU finalmente passou a atacar o Flamengo. O volume de jogo foi crescendo gradativamente, e o gol não saía porque Diego Alves voltou a ter grande apresentação. Nem a altitude parecia atrapalhar. Aos 31 minutos, Quintero chutou de muito longe e viu o goleiro espalmar bola que entraria no ângulo. A LDU passou a atacar, mas também a dar espaço no campo de defesa. O Flamengo passou a aproveitar essas brechas e criar lances de perigo nos contraataques. Bruno Henrique teve chance, mas finalizou mal. Já Everton Ribeiro, aos 44 minutos, chutou da intermediária e acertou a trave. Quando o primeiro tempo já parecia definido, a LDU surpreendeu o Flamengo com uma bola longa e arrancou empate. Após lançamento da defesa, Anangonó ganhou na velocidade de Léo Duarte e finalizou com força. Diego Alves ainda tocou na bola, mas não conseguiu impedir o gol do adversário.

LDU, que buscou a virada no segundo tempo. O Flamengo se preparou para aguentar a pressão da LDU nos minutos iniciais do jogo na altitude. Porém, os equatorianos mostram um respeito inesperado e não conseguiram levar perigo ao gol de Diego Alves. Melhor para os brasileiros, que puderam se acostumar ainda mais com o peso e a velocidade da bola no início da partida. Um dos destaques do time, Bruno Henrique fazia partida muito ruim. O

Abel Braga estava suspenso, mas o auxiliar técnico Leomir deu mostras de estar em sintonia fina com o treinador. Ele fez exatamente a mesma mexida que o comandante tem feito e sempre irrita a torcida: lançou Diego na vaga de Arrascaeta. A mudança não surtiu o efeito esperado. Pelo contrário. O Rubro-negro passou a ter dificuldade de criar jogadas. A saída do uruguaio, como de costume, não agradou aos torcedores. A LDU partiu para cima do Flamengo e apostou todas suas fichas nas alterações. Mandou

atacante visivelmente não conseguia dominar a bola e era quem mais sofria com a altitude. Porém, aos 18 minutos, ele recebeu cruzamento de Pará e colocou para dentro. A bola bateu no seu braço após ele cabecear e matou o goleiro. O comentarista da Globo, Sandro Meira Ricci, definiu o lance como ilegal. Já Carlos Eugênio Simon, da Fox, considerou tudo normal. Em 56

equipe para o ataque e ficou vulnerável. A coragem foi premiada. Chicaiza, que saiu do banco, fez grande jogada individual e chutou firme no ângulo direito de Diego Alves: 2 a 1. Um jogador em posição de impedimento atrapalha a visão de Diego Alves após chute de Chicaiza. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FICHA TÉCNICA LDU-EQU 2 X 1 FLAMENGO

Hora 21h30 (de Brasília) Árbitro Néstor Pitana (ARG) Auxiliares Hernán Maidana (ARG) e Juan Pablo Belatti (ARG) Cartões amarelos Intriago e Chicaiza (LDU) Rodrigo Caio (FLA) GOLS

Bruno Henrique, aos 18, e Anangonó, aos 47 do primeiro tempo; Chicaiza, aos 27 do segundo tempo LDU-EQU

Gabbarini; Quintero, Guerra (Nico Freire), Rodríguez e Cruz; Orejuela, Intriago, Anderson Julio e Jhojan Julio (Chicaiza); Ayovi (Muñoz) e Anangonó Técnico Pablo Repetto

FLAMENGO Diego Alves (César); Pará, Léo Duarte, Rodrigo Caio e Renê; Cuéllar, Willian Arão e Arrascaeta (Diego); Everton Ribeiro, Bruno Henrique e Gabigol (Vitinho) Técnico Abel Braga

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


Gabigol comemora gol com a torcida no primeiro jogo da Final do Carioca contra o Vasco 57



CAMPEONATO BRASILEIRO . . . . . . . . . .

O

DE ABRIL A DEZEMBRO

. . . . . . . . . .

Flamengo de 2019 não entrou

relaçāo ao Palmeiras, o vice-líder.

coisas, o maior pontuador (90), a equipe

para

O que impressionou em relação aos

com o maior número de vitórias (28) e

ficará marcado na memória

comandados

português

a que tem o melhor ataque (86 gols). No

dos torcedores como um dos

Jorge Jesus, o Mister, não foi só o título,

aspecto individual quem mais brilhou

grandes momentos da história do clube.

mas o desempenho acima da média e a

foi o atacante Gabriel Barbosa, o

Além da Libertadores e do Campeonato

quantidade de recordes quebrados. A

Gabigol, que se tornou o artilheiro da

Carioca, a equipe também se sagrou

equipe da Gávea apresentou um futebol

edição 2019 da competição com 25 gols.

campeã

maneira

moderno, intenso e envolvente que

Em uma edição do Brasileiro disputado

incontáveis

encantou até adversários. Certamente,

por 20 clubes no formato de pontos

competição.

essas serão as marcas principais desse

corridos, o Flamengo é, entre outras

Menos de 24 horas depois de vencer a

time histórico, que aliou o poder

coisas, o maior pontuador (90), a equipe

Libertadores, veio a maior conquista

financeiro

perfeito

com o maior número de vitórias (28) e

nacional. O mais curioso disso tudo

entre o forte elenco com a experiência

a que tem o melhor ataque (86 gols). No

é que o time sequer precisou entrar

e competência do técnico Jorge Jesus.

aspecto individual quem mais brilhou

em

título,

Em uma edição do Brasileiro disputado

foi o atacante Gabriel Barbosa, o

que já estava bem encaminhado pois

por 20 clubes no formato de pontos

Gabigol, que se tornou o artilheiro da

havia uma diferença de 16 pontos em

corridos, o Flamengo é, entre outras

edição 2019 da competição com 25 gols.

campo

história

brasileira

antecipada, recordes

a

de

quebrando dentro

para

à

da

garantir

o

toa

e

pelo

ao

técnico

casamento

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

59


Acima: Arrascaeta arremata para o gol. Ao lado: Marcaçāo cerrada de Cuéllar sobre o time do Cruzeiro

N

o duelo entre o campeão carioca e o campeão mineiro de 2019 deu Rio. Pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro, o Flamengo derrotou o Cruzeiro, por 3 a 1, de virada, neste sábado, no Maracanã. Bruno Henrique, duas vezes e Gabigol marcaram os gols rubro-negros e Pedro Rocha, o da Raposa. Até o jogo deste sábado, o Cruzeiro carregava uma invencibilidade de 22 jogos. Coincidentemente, a última derrota havia sido para o Flamengo no Campeonato Brasileiro do ano passado.

minutos iniciais da segunda etapa foram de pressão dos donos da casa em busca da virada. Gabigol e Bruno Henrique desperdiçaram ótimas chances. O Cruzeiro só teve um lance de perigo, em arrancada de Marquinhos Gabriel, que acabou se enrolando com a bola. E de tanto insistir, o gol rubro-negro, enfim, saiu. Arão tabelou com Gabigol pela direita e cruzou rasteiro para um Bruno Henrique, em noite inspirada, marcar o seu décimo primeiro gol na temporada e levantar o Maraca.

por Everton Ribeiro e Bruno Henrique. Os goleiros de ambas as equipes não fizeram defesas durante quase toda a primeira etapa. O Fla tinha mais posse de bola, mas muitas dificuldades de furar a defesa adversária. Do outro lado, a Raposa esperava a melhor chance de encaixar um contra-ataque, que não vinha. Nos minutos finais do primeiro tempo, a partida ganhou emoção. Aos 39, Fred, o

Com gols de Bruno Henrique e festa para Juan, Flamengo derruba o invicto Cruzeiro A partida marcou a aposentadoria do zagueiro Juan, que antes da bola rolar, recebeu homenagens do clube de coração. Na sequência do Brasileirão, o Flamengo encara o Internacional, na próxima quartafeira, no Beira-Rio. O Rubro-Negro divide a liderança temporária com São Paulo, Chapecoense e Atlético-MG, que também venceram na rodada. Já o Cruzeiro recebe o Ceará, no Mineirão, também na quarta. Os primeiros minutos de jogo deram a falsa impressão de que o Flamengo faria pressão sobre o Cruzeiro. O Rubro-Negro começou explorando o lado direito do ataque, com Arão fazendo cruzamentos não aproveitados

Com a vantagem e pouco ameaçado por um Cruzeiro com dificuldades de criar, o Flamengo apenas administrava o jogo. E com paciência, o terceiro gol veio. Gabigol aproveitou bola defendida por Fábio na finalização de Bruno Henrique e ampliou. Com o resultado construído, Abel finalmente colocou Juan em campo, aos 45 minutos, atendendo aos apelos da torcida. Muito ovacionado, o zagueiro que “joga de terno” pisou pela última vez no gramado do Maracanã, com a camisa do clube de coração e deixou o campo emocionado com as muitas homenagens de antes e depois da bola rolar. Antes do apito final, um susto, Rodrigo Caio caiu desmaiado, após choque de cabeça com Dedé e deixou o campo de ambulância.

melhor em campo pelo time mineiro, acertou belo passe em profundidade para Pedro Rocha entrar cara a cara com César e abrir o placar no Maracanã. A reação rubronegra, no entanto, veio rápido. No minuto seguinte, Everton Ribeiro levantou a bola na área, Fábio saiu mal, Bruno Henrique cabeceou e completou de sola para marcar seu primeiro gol no Brasileirão. Os vinte 60

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FICHA TÉCNICA

FLAMENGO 3 X 1 CRUZEIRO

Hora 21h (de Brasília) Público 35.016 presentes (29.459 pagantes) Árbitro Anderson Daronco (Fifa/RS) Auxiliares Rafael da Silva Alves (RS) e Miguel Cataneo Ribeiro da Costa (RS) Cartões amarelos Pará, Léo Duarte, Gabigol (FLA); Murilo, Lucas Romero, Edílson, Fred (CRU) Cartões vermelhos Murilo (CRU) GOLS

Pedro Rocha, aos 39, Bruno Henrique aos 40 do primeiro tempo e 21 do segundo; Gabigol, aos 44 do segundo tempo FLAMENGO

César; Pará, Léo Duarte, Rodrigo Caio e Renê; Cuéllar, Willian Arão, Arrascaeta (Diego) e Everton Ribeiro (Juan); Bruno Henrique e Gabigol Técnico Abel Braga CRUZEIRO

Fábio; Edílson, Dedé, Murilo e Dodô; Henrique, Lucas Romero (Lucas Silva), Marquinhos Gabriel e Rodriguinho (Thiago Neves); Pedro Rocha (Rafinha) e Fred Técnico Mano Menezes

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


Acima: Renê tenta parar o ataque Colorado Ao lado: Gabigol dividindo a bola

O

Internacional venceu o Flamengo por 2 a 1 na tarde de hoje (1º), no Beira-Rio, pela segunda rodada do Brasileirão. E o jogo teve “lei do ex”, com gol de Paolo Guerrero, em seu primeiro jogo contra o ex-clube. O peruano marcou no início do jogo. De Arrascaeta empatou na etapa final e Sarrafiore definiu o resultado que dá ao Colorado seus três primeiros pontos no campeonato.

tiveram outras chances. Durante a partida, o Flamengo alternou o comando de ataque. Com dois jogadores que podem ocupar este espaço, Abel Braga deu um tempo para Bruno Henrique e outro para Gabigol. Aos poucos, encurralou o Inter no campo defensivo e empatou com De Arrascaeta no início da etapa final. Aos 12 minutos do primeiro tempo, um lance gerou irritação da defesa do Inter. Lançamento de Arão para Gabigol, que estava aparentemente impedido. O auxiliar não marcou e sinalizou com a mão que esperaria o árbitro de vídeo. Gabigol parou em Marcelo Lomba, que defendeu. Após a bola sair para lateral com a sequência da jogada, os jogadores do time gaúcho reclamaram bastante pela não-marcação da irregularidade que anularia o ataque.

contido por Rhodolfo no segundo tempo. A lei do ex não falha. E com Paolo Guerrero foi a mesma coisa. Ao receber cruzamento de D’Alessandro, com quatro minutos de jogo, o peruano, de cabeça, marcou em seu ex-clube. O VAR entrou em cena no Beira-Rio. No primeiro tempo, Rhodolfo teve um gol anulado pelo fato de a bola ter em seu cotovelo no início do lance.

No reencontro com o Flamengo, Guerrero marca e ajuda Inter a vencer O Fla, que havia vencido o Cruzeiro na primeira rodada, também tem três. Pelo Brasileiro, o Inter encara o Palmeiras no próximo sábado, em São Paulo, jogo que terá transmissão do EI Plus, que faz parte do UOL Esporte Clube. Já o Flamengo visita o São Paulo no domingo Sarrafiore havia perdido uma oportunidade cara a cara com o goleiro César ao não concluir um passe de Guilherme Parede. Mas não esmoreceu. De longe, o argentino bateu firme e marcou o 2 a 1 para o time gaúcho. O zagueiro Léo Duarte perdeu uma série de jogadas para Paolo Guerrero. Tanto o peruano teve vantagem sobre o marcador que Abel Braga orientou a troca de quem bateria com o centroavante rival, bem

Numa postura ofensiva mesmo fora de casa, o Flamengo não demorou a começar a criar oportunidades. Pressionando a saída de bola do Inter, o time carioca conseguiu recuperar a bola no campo de ataque e Gabigol entraria cara a cara com Marcelo Lomba não fosse parado com falta por Rodrigo Dourado. Na cobrança, a bola bateu na barreira e voltou para os jogadores do Rubro-Negro, Rhodolfo colocou na rede. Porém o lance foi revisado pelo árbitro de vídeo, que assinalou toque de mão e anulou o gol.

O Internacional mudou sua formação e surpreendeu o Flamengo. Em vez do 4-1-41 habitual, Odair Hellmann centralizou D’Alessandro, o aproximando de Paolo Guerrero pelo centro. O camisa 10 foi pilar de todas as movimentações ofensivas do time da casa. Não demorou para, em uma cobrança rápida, D’Ale encontrar Guerrero, que marcou. E ainda Nico López e Patrick 61

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FICHA TÉCNICA INTERNACIONAL 2 X 1 FLAMENGO

Hora 16h (de Brasília) Público 40.588 presentes (36.010 pagantes) Árbitro Flávio Rodrigues de Souza Auxiliares

Emerson Augusto de Carvalho e Alex Ang Ribeiro Cartões amarelos Rodrigo Dourado, Zeca, Nico López (INT); Renê,

Bruno Henrique (FLA) GOLS

Paolo Guerrero (INT) aos 4 do primeiro tempo; De

Arrascaeta (FLA), aos 14 do segundo tempo; Sarrafiore (INT), aos 31 do segundo tempo; INTERNACIONAL Marcelo Lomba; Zeca, Rodrigo Moledo, Cuesta e

Iago; Rodrigo Dourado, Edenílson, Patrick (Parede), D’Alessandro (Sarrafiore) e Nico López (Nonato); Paolo

Guerrero

Técnico Odair Hellmann FLAMENGO

César; Pará, Léo Duarte, Rhodolfo e Renê; Cuéllar, Willian

Arão (Lucas Silva) e Everton Ribeiro (Lincoln); De Arrascaeta (Diego), Gabigol e Bruno Henrique.

Técnico Abel Braga

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


À esquerda: Matheus Dantas finaliza de cabeça enquanto Thuler observa com esperança. À direita: Diego passa com a bola dominada sob marcaçāo cerrada Tricolor

O

São Paulo teve enorme dificuldade contra os reservas do Flamengo na tarde de hoje, no estádio do Morumbi, e não passou de um empate por 1 a 1. Pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro, o Tricolor foi surpreendido, saiu atrás no placar por gol de Berrío e precisou insistir muito até Tchê Tchê deixar tudo igual nos minutos finais.

Com festival de garotos em campo, São Paulo e Flamengo empatam no Morumbi A presença de Diego como ponta esquerda foi uma surpresa bem pensada pelo Flamengo Por ali ele escapou da marcação de Walce e de Antony para criar o lance do gol de Berrío, aos oito minutos. Daí em diante puxou vários contra-ataques enquanto sua condição física permitiu. Do lado são-paulino, Hernanes entrou antes mesmo do intervalo e tomou conta da armação, organizando melhor as jogadas que antes não eram tão pensadas. Foi dele o cabeceio que rendeu rebote no lance do gol de empate de Tchê Tchê. Cuca surpreendeu ao escalar Walce e montar três zagueiros, mas logo voltou atrás e mudou o time de vez ao trocar um deles por Hernanes antes do intervalo. O São Paulo foi mais insistente durante todo o jogo e chegou com frequência na área adversária, mas errou alguns passes simples e assim foi pego em contra-ataques perigosos. Pressionou muito no segundo tempo e foi melhor, mas teve que chutar muito de fora

gol, a vantagem lhe deu ainda motivos para jogar no contra-ataque. O São Paulo reagiu logo ao gol sofrido e acertou a trave com Antony após jogada ensaiada aos 25 minutos. Melhor nas disputas individuais, o Tricolor insistiu pelos lados e voltou a pressionar, enquanto os visitantes respondiam com faltas duras: Lincoln, Thuler e Ronaldo foram amarelados após pontapés. Um choque pelo alto entre Thuler e Alexandre Pato fez o atacante são-paulino ser substituído ainda no primeiro tempo - ele ainda tentou seguir, mas não se livrou das dores e acabou trocado pouco após a falta, sendo encaminhado para um hospital próximo ao Morumbi para fazer exames. Depois Berrío trombou com Walce e caiu sem se mexer. O árbitro Ricardo Marques Ribeiro não parou o jogo, e os médicos do Flamengo só correram para atender o colombiano ao final do lance. Berrío acabou trocado por Lucas Silva.

da área porque não conseguia furar a retranca. Com time majoritariamente reserva, o Flamengo entrou consciente de que teria que jogar recuado no Morumbi - e assim o fez. Teve dificuldades para marcar, mas nunca deixou de revidar com ataques rápidos e assim sobreviveu à pressão. Abel Braga acertou com Diego na ponta esquerda e, no cálculo dos riscos, o Rubro-Negro se segurou como pôde até Tchê Tchê marcar. O início de jogo tinha a cara do São Paulo, que parecia pronto para abrir o placar a qualquer momento. Em pressão desde o primeiro lance, o Tricolor entrou na área e levou perigo em desvio de Tchê Tchê, depois em chute de Liziero, mas ficou no quase. Quando o Flamengo conseguiu respirar, Diego escapou, acertou ótima enfiada de bola e viu Berrío tabelar com Hugo Moura para fazer o 1 a 0. Sorte do São Paulo que o colombiano não fez o segundo na sequência, em chutaço cruzado.

Um erro inadmissível do Flamengo quase resultou no empate do São Paulo aos dez minutos da etapa final: Matheus Dantas errou passe simples para Thuler e entregou no pé de Toró, que só não marcou porque driblou para o lado errado e foi travado. A esta altura o Tricolor mais uma vez tinha o controle das ações, ainda que as infiltrações já não fossem tão frequentes: Hernanes levou perigo em chute longo, e um passe de Antony cruzou a área inteira sem que ninguém completasse. O empate do São Paulo esteve muito perto de sair em vários momentos da reta final do jogo, incluindo dois chutes longos de Tchê Tchê e Liziero, que saíram por cima do gol de César. A pressão

Todo o mundo esperava o São Paulo com quatro defensores, mas o treinador promoveu a estreia do zagueiro Walce e montou uma linha de três. Só que o Tricolor perdeu a marcação duas vezes em dez minutos, incluindo um gol que nasceu na direita, com Diego escapando da marcação de Antony. Cuca mudou de ideia logo em seguida e mandou Walce para a frente da zaga, enquanto Hudson e Reinaldo voltaram a ser laterais em uma linha de quatro. Se o Flamengo já estava reticente antes do 62

cresceu à medida que o tempo passava, até que Tchê Tchê aproveitou rebote de uma grande defesa do goleiro flamenguista em cabeçada de Hernanes e igualou tudo aos 37 minutos. O 1 a 1 não satisfez o Tricolor, que seguiu muito perto da virada, mas a enorme intensidade acabou sendo insuficiente nos lances finais.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FICHA TÉCNICA SĀO PAULO 1 X 1 FLAMENGO Hora 16h (de Brasília) Público 38.749 pagantes Árbitro Ricardo Marques Ribeiro (MG) Auxiliares Guilherme

Dias Camilo e Sidmar dos Santos Meurer (ambos de MG) Cartões amarelos Anderson Martins e Cuca (SP); Lincoln, Thuler, Ronaldo, Diego, Trauco, Rodinei e Rafael Santos (FLA) GOLS

Berrío, aos 8 primeiro tempo, e Tchê Tchê, aos 37 do segundo tempo SĀO PAULO Tiago Volpi; Walce, Anderson Martins (Hernanes), Bruno Alves e Reinaldo (Helinho); Hudson, Tchê Tchê e Liziero; Antony, Toró e Alexandre Pato (Éverton) Técnico Cuca FLAMENGO

César; Rodinei, Thuler, Matheus Dantas (Rafael Santos) e Trauco; Piris da Motta, Hugo Moura e Ronaldo; Diego, Berrío (Lucas Silva) e Lincoln (Bruno Henrique) Técnico Abel Braga . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


Gabigol finaliza sob atento olhar da zaga do Peñarol

O

Flamengo está classificado para as oitavas de final da Copa Libertadores. Com muitos gols perdidos e sufoco no final do jogo, o Rubro-negro empatou com o Peñarol por 0 a 0, hoje, em Montevidéu, e terminou na liderança do Grupo D. O sofrimento, principalmente depois da expulsão de Pará aos 18min do segundo tempo, foi a companhia do time para exorcizar o fantasma de uma nova eliminação precoce. Os uruguaios ficaram de fora, já que a LDU goleou o San José por 4 a 0 e ficou em segundo lugar na chave. Por ter caído na primeira fase em 2012, 2014 e 2017, o Flamengo entrou pressionadíssimo em campo, já que não consumou a classificação antecipada e dependeu da última rodada para isso. Foram inúmeras chances perdidas e um sufoco interminável. Mas deu certo. Agora, os cariocas aguardarão o sorteio da Conmebol para conhecer o adversário na fase eliminatória. O estádio Campeón del Siglo lotado e a torcida uruguaia que cantava sem parar criaram um ambiente intimidador para o Flamengo em Montevidéu. O Rubro-Negro, entretanto, não se fez de rogado e conseguiu controlar bem a partida, sem levar sufoco do Peñarol, além de criar as melhores oportunidades. Logo no primeiro minuto, Gabigol perdeu um gol incrível, cara a cara com Dawson, após passe açucarado de Arrascaeta. O meia do Flamengo comandou as ações.

tanta pressão inicial, o Flamengo passou a ter posse de bola e comandar algumas ações. O problema é que não traduziu isso em gols. Aos 16min, Everton Ribeiro cruzou na boca do gol, mas Bruno Henrique chegou atrasado. Aos 22min, Gabigol recebeu mais uma boa bola. De perna esquerda, ele chutou da entrada da área. Por cima do gol. Aos 30min do primeiro tempo, o auxiliar José Retamal sentiu uma lesão na perna, foi atendido pelos médicos do Peñarol, mas não conseguiu retomar a função. Ele precisou ser substituído pelo 4º árbitro Cesar Deischler, que não estava treinado para a função.

Foi o responsável por buscar a bola atrás, procurar os companheiros, tabelar e lançar. Inteligente, ele achou sempre um espaço vazio no campo adversário. Foi, sem dúvida, uma das melhores apresentações do camisa 7 pelo Rubro-negro. O lateral-direito do Flamengo ajudava na marcação até que foi punido com um cartão amarelo na primeira etapa. Sem mudança de estratégia, ele permaneceu em campo e acabou expulso. Aos 18min da segunda etapa, fez falta em Braian

O domínio e qualidade do Flamengo não se transformaram em gols. Deu tempo, inclusive, para mais duas oportunidades perdidas. Foram cinco desperdiçadas nos 45 minutos iniciais. Aos 46min, Gabigol fez jogada individual e bateu de bico para defesa de Dawson. Aos 47min, Arão recebeu de Arrascaeta, mas cruzou no alto praticamente em cima da linha. Bruno Henrique, porém, esperava o cruzamento por baixo. O panorama não mudou no 2º tempo. O Flamengo continuou com as melhores chances e perdeu mais duas logo no começo da etapa complementar. Depois de tabela puxada por Everton Ribeiro, Arrascaeta bateu em cima do goleiro do Peñarol, aos 7min. Depois, Gabigol, de perna direita, chutou para nova defesa de Dawson, aos 9min. Se enfileirou chances perdidas, o

Rodríguez e foi para o chuveiro mais cedo. A partir daí, o jogo virou drama para o Rubro-negro. Os cariocas poderiam começar o jogo já em vantagem e tiveram uma chance de ouro para isso. Logo com 1min, Everton Ribeiro puxou o contra-ataque e Arrascaeta deixou Gabigol cara a cara com Dawson. O camisa 9 chutou rasteiro e à direita do goleiro do Peñarol. Diante de um Peñarol que não impôs 63

Arāo cercado por jogadores do Peñarol

Flamengo conheceu o outro lado da moeda aos 18min do segundo tempo. Pará foi expulso após falta em Braian Rodríguez. A partir daí, o Peñarol veio para cima e encurralou os cariocas. Em paralelo, a LDU construía a vitória sobre o San José. Mas os uruguaios não conseguiram marcar e ainda viram Vitinho perder a maior oportunidade do jogo nos acréscimos. Era para ter sido uma classificação tranquila, mas o Rubronegro sofreu tudo o que podia para voltar ao Brasil com a vaga na bagagem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FICHA TÉCNICA

PEÑAROL-URU 0 X 0 FLAMENGO Hora 21h45 (de Brasília) Público Nāo divulgado Árbitro Roberto Tobar (Chile) Auxiliares José Retamal (CHI) e Claudio Ríos (CHI) Cartões amarelos González (PEN); Pará (FLA) Cartões vermelhos: González (PEN); Pará (FLA) PEÑAROL

Dawson; González, Formiliano (Trindade), Lema e Hernández; Pereira, Gargano (Canobbio) e Cristian

Rodríguez; Núñez (Fernández), Braian Rodríguez e Viatri Técnico Diego López FLAMENGO

César; Pará, Léo Duarte, Rodrigo Caio e Renê; Cuéllar, Willian Arão e Arrascaeta (Vitinho); Everton Ribeiro, Gabigol (Diego) e Bruno Henrique (Rodinei) Técnico Abel Braga . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


À esquerda: Vitinho fuzila para abrir o placar no início do jogo À direita: Berrío dominando a bola

O

Flamengo provou que tem elenco forte e ganhou da Chapecoense no Maracanã por 2 a 1 com tranquilidade em jogo que levou o time reserva a campo. A equipe marcou duas vezes no começo de cada etapa, com Vitinho e Lincoln, e foi superior em toda a partida. Nem o pênalti desperdiçado por Diego fez falta. A Chapecoense ficou atrás no placar logo aos 8 miutos de jogo e não conseguiu oferecer perigo aos donos da casa. Nem a postura mais ofensiva no segundo tempo levou a criar oportunidades de marcar. Tanto que o gol surgiu somente em cobrança de escanteio aos 47 minutos do segundo tempo em cabeçada de Gum.

Poupando titulares, Flamengo abre vantagem sobre Chapecoense, leva gol no fim, mas fica com a vitória no Maracanã

abrindo o placar logo aos 8 minutos, evitando que a Chapecoense conseguisse impor seu sistema defensivo. O lance foi muito bonito com o lateral Trauco trocando de posição com Diego e acertando um passe de trivela do meio de campo digno de camisa 10. A bola caiu nos pés de Vitinho que invadiu a área e rolou rasteiro no canto esquerdo do goleiro Tiepo, que saiu tentando fechar o ângulo. A bola entrou na bochecha da rede e acertou a câmera do Premier. O gol deu tranquilidade ao time da casa que trocava passes e criava chances.

o camisa 10 do Flamengo não conseguiu organizar o time. Não carimbava as bolas na saída de jogo e ficou longe de dar passes para colocar companheiros na cara do gol. Quando ele foi substituído, aos 38 minutos do segundo tempo, houve vaias. É bem verdade que a Chapecoense foi dominada e batida no Maracanã, mas o placar poderia ser catastrófico. O time não volta para Santa Catarina com uma goleada na bagagem porque o goleiro Tiepo pegou pênaltio e fez, pelo menos, duas defesas bastante difíceis. Já o Flamengo viu Vitinho mostrar personalidade. Ele perdeu uma chance daquelas que não podem ser desperdiçadas no jogo contra o Peñarol

A Chapecoense entrou em campo apostando em duas linhas de marcação para segurar o Flamengo. Mas o plano caiu por terra com o gol logo no começo do jogo. Os donos de casa dominaram a primeira meia hora da partida atuando com a bola no chão e trocando passes envolventes. As chances nasceram ao natural, mas o placar não foi ampliado antes do intervalo. Culpa de Diego que desperdiçou cobrança de pênalti nos descontos do primeiro tempo. Do lado da Chape, a equipe começou sendo inferior e sem conseguir criar - tanto que no primeiro tempo teve somente 36% de posse de bola. Mas o Flamengo diminuiu a intensidade nos últimos 15 minutos da primeira etapa e a partida ficou mais equilibrada.

Com o resultado, a equipe está momentaneamente na 12ª posição com quatro pontos. O Flamengo é o 5º lugar com 7 pontos. Na quarta-feira, é a vez dos titulares irem a campo porque o clube pega o Corinthians na Copa do Brasil. Diego era o jogador mais famoso e considerado o de melhor qualidade técnica em campo. Mas ele não entregou o que era esperado na partida. O fato mais marcante foi perder a chance de dificultar, e muito, a vida da Chapecoense nos acréscimos do primeiro tempo. O pênalti que ele desperdiçou levaria a vantagem de 2 a 0 para o vestiário. Na etapa complementar,

pela Libertadores no meio de semana. Mas neste domingo não passou batido. Recebeu belo passe e já dominou colocando a bola em condições de arremate. O chute preciso e deixou claro que tem personalidade. Substituído no segundo tempo, saiu aplaudido pela torcida. O Flamengo teve o começo de jogo dos sonhos

O pedido do técnico Ney Franco aos jogadores era apertar a saída de bola no segundo tempo. Já o Flamengo foi orientado por Abel Ribeiro a forçar os lances pelas laterais. Mas mais uma vez as táticas foram suplantadas pelos fatos. Lincoln marcou aos 64

6 minutos da etapa complementar. A defesa da Chape cochilou e deixou o adversário trocar passes na lateral direita até Ronaldo rolar para o meio da área. O prata da casa Lincoln entrou de carrinho na pequena área para completar e correu na direção da câmera: “mãe, amo você!” A Chapecoense descontou aos 47 minutos do segundo tempo. Escanteio na área e Gum subiu mais que todo mundo e testou para as redes. Mas havia pouco tempo e o placar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FICHA TÉCNICA FLAMENGO 2 X 1 CHAPECOENSE Hora 11h (de Brasília) Público 61.023 presentes

Árbitro Jean Pierre Goncalves Lima (RS) Auxiliares Lucio Beiersdorf Flor (RS) e Leirson Peng Martins

(RS) Cartões amarelos Diego, Ronaldo (FLA) e Bruno Pacheco, Alan Ruschel (CHA) GOLS

Vitinho (FLA) aos 7 do primeiro tempo, Lincoln (FLA) aos 6 e Gum (CHA) aos 47 do segundo tempo FLAMENGO Diego Alves, Rodinei, Thuler, Rodrigo Caio e Trauco; Piris da Motta, Ronaldo e Diego (Everton Ribeiro); Vitinho (Bruno Henrique), Berrío (Bill) e Lincoln Técnico Abel Braga

CHAPECOENSE Tiepo, Bryan, Gum, Douglas e Bruno Pacheco; Marcio Araujo, Augusto e Alan Ruschel (Elicarlos); Régis (Arthur Gomes), Renato (Rildo) e Everaldo Técnico Ney Franco

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


Diego capricha na cobrança de escanteio 65



COPA DO BRASIL . . . . . . . . . .

O

DE MAIO A JULHO

. . . . . . . . . .

Flamengo entrou na 31a Copa

PR já sob o comando de Jorge Jesus.

com que o time caísse de rendimento.

do Brasil direto na fase de

Ambas

em

No segundo tempo, o ritmo seguiu

oitavas por estar disputando

empate por 1x1 mas os paranaenses se

semelhante, com o Flamengo buscando

a Libertadores e, através de

deram melhor obtendo a classificaçāo

impetuosamente o segundo gol sem

sorteio, veio a enfrentar o Corinthians.

através da disputa de penâlties para as

sucesso até que uma falha no meio

Considerado um dos favoritos para

semifinais onde eliminariam o Grêmio

campo permitiu ao Furacāo empatar em

levar a taça, o Flamengo venceu os

e ganhariam a Copa posteriormente ao

rápido contra-ataque, dominar o resto

dois jogos sem maiores dificuldades

derrotar o Internacional. O primeiro

do jogo e levar a decisāo da vaga para

ambos por 1x0. A vitória na Arena

jogo,

foi

os penalties onde se classificou após

Corinthians foi a segunda da história

marcado por polêmica com a anulaçāo

erros nas conversões do Flamengo e

e esta classificaçāo foi o troco pela

de 3 gols do Fura cāo. No jogo de volta,

nas 2 defesas do goleiro Santos. Uma

eliminaçāo na mesma Copa do Brasil

O Flamengo esteve melhor no primeiro

eliminaçāo imprevista que ameaçava

do ano anterior. Na fase seguinte,

tempo, com mais chances e posse bola

o trabalho de Jorge Jesus e deixava

o Flamengo enfrentou o Athletico

mas a saída precoce de Arrascaeta fez

desconfiada a Naçāo.

as

partidas

bastante

terminaram

movimentado,

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

67


À esquerda: Arāo comemorando seu gol À direita: Arrascaeta com bola dominada é vigiado atentamente pela zaga corinthiana

O

Flamengo foi melhor do que o Corinthians nos detalhes na noite de hoje, na Arena em Itaquera, e saiu com a vitória por 1 a 0. No jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil, o Rubro-Negro esfriou o Timão, calculou bem os riscos que correu e contou com belo gol de cabeça de Willian Arão, aos 33min do segundo tempo.

Flamengo segura Corinthians na Arena, vence com gol de Willian Arão e abre vantagem na Copa do Brasil A vitória fora de casa dá ao Rubro-Negro a vantagem do empate para o duelo de volta, marcado para o dia 4 de junho, no Maracanã. Caso o Corinthians vença por diferença de um gol, a decisão vai para os pênaltis não há critério de gol qualificado fora de casa. Antes do reencontro, os times voltam a campo pelo Brasileirão: o Flamengo pega o Atlético-MG no sábado. A atuação de William Arāo, camisa 5, foi de certa forma discreta, mas suficiente para não deixar espaços na frente da área flamenguista. Muito seguro na marcação e nos passes, Willian Arão ainda apareceu como surpresa na área para fazer o gol decisivo. O duelo pelo lado direito do Corinthians foi dominado pelo flamenguista Renê. O Alvinegro usou pouco aquele lado do campo e, quando tentou, não conseguiu criar muita coisa nem com Vital nem com Fagner. Do meia esperava-se maior presença na área e jogadas individuais, mas faltou iniciativa. Não à toa acabou trocado por Pedrinho no segundo tempo. A proposta de

do jogo. A ausência de um segundo volante não gerou tantos problemas ao Corinthians ao longo da partida, mas fez falta quando o flamenguista Willian Arão aproveitou buraco na frente da área para abrir o placar. O Flamengo entrou em campo sem surpresas e assim se manteve. Respondeu bem à formação inesperada do Corinthians e teve a bola meio que por força do hábito, mas faltou ser mais incisivo e criar em maior quantidade e qualidade. O gol de Arão saiu mais pelo vacilo da zaga corintiana do que uma pressão excessiva do time rubro-negro. O Corinthians começou tentando pressionar, mas foi o Flamengo quem pensou melhor seus ataques no primeiro tempo. A primeira chance aconteceu aos 12 minutos, quando Léo Duarte cabeceou com muito perigoso e quase abriu o placar após cruzamento da esquerda (assista acima). Aos 29 a marcação alvinegra vacilou dentro da área e permitiu que Éverton Ribeiro desse dois dribles antes de chutar para defesa de Cássio. A esta altura, os cariocas controlavam a bola (62% no primeiro tempo) e colocavam o Alvinegro sob certo risco, ainda que a única finalização a gol tenha sido aquela de Éverton Ribeiro. Não houve controle absoluto, longe disso, mas o Flamengo cercou a área adversária, foi melhor por alguns detalhes e obrigou o Corinthians a apenas reagir. Se o confronto tinha pouca emoção até então, uma sequência de ataques de ambos os times jogou a temperatura lá em cima no segundo tempo. Danilo Avelar teve duas chances, exigindo a primeira defesa de Diego Alves na partida aos 20 minutos; segundos depois Bruno Henrique só não colocou o Flamengo na frente por detalhe após cruzamento

jogo do Alvinegro ficou clara com poucos minutos, com prioridade à marcação. Com a bola no pé o Corinthians mostrou as mesmas dificuldades de sempre neste ano, mas só a solidez defensiva foi suficiente para equilibrar um confronto que, de outro modo, seria favorável demais ao Flamengo. O jogo morno só melhorou no segundo tempo, mas aí o adversário respondeu com o gol. Em momento algum os visitantes resolveram pressionar o Corinthians na Arena. Passou uma hora inteira sem sofrer sustos e só teve que ajustar a marcação após Pedrinho e Jadson darem maior poder de armação ao time da casa. De modo geral foi uma atuação

confortável do Rubro-Negro, que calculou bem os riscos do jogo. Quando todo mundo esperava Ramiro ou Júnior Urso no Timão titular, o treinador optou por deixar Ralf sozinho na contenção para ter dois meias: Sornoza e Mateus Vital; além de três atacantes, Clayson, Vagner Love e Boselli. A formação pegou o Flamengo de surpresa nos primeiros minutos, mas o time carioca logo se adaptou e tomou o controle 68

perigoso de Pará. O time da casa passou a ter mais qualidade com Pedrinho e Jadson nas vagas de Mateus Vital e Boselli. Mais organizado, conseguiu envolver o Flamengo e quase abriu o placar duas vezes - com Vagner Love, depois Jadson. Os cariocas não perderam tempo e responderam com Renê e Bruno Henrique. No momento em que o jogo estava mais aberto, Bruno Henrique achou cruzamento excelente para Willian Arão entrar sozinho na área e cabecear com consciência para fazer 1 a 0. Daí em diante, o Alvinegro se desesperou e não conseguiu buscar o empate. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FICHA TÉCNICA

CORINTHIANS 0 X 1 FLAMENGO Hora 21h30 (de Brasília) Público 30.693 presentes

Árbitro Anderson Daronco (RS) Auxiliares Guilherme Camilo (MG) e Rafael Alves (RS) Cartões amarelos

Henrique (COR) e Clayson (COR); Éverton Ribeiro (FLA) GOL

Willian Arão, aos 33 minutos do segundo tempo CORINTHIANS

Cássio; Fagner, Manoel, Henrique e Danilo Avelar; Ralf, Sornoza (Júnior Urso), Mateus Vital (Pedrinho), Vagner Love, Boselli (Jadson) e Clayson Técnico Fábio Carille FLAMENGO

Diego Alves; Pará, Rodrigo Caio, Léo Duarte e Renê; Cuéllar, Willian Arão e Arrascaeta (Diego); Everton

Ribeiro (Lincoln), Bruno Henrique e Gabigol (Vitinho) Técnico Abel Braga . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


Bruno Henrique finaliza para marcar o gol de empate sob marcaçāo de Réver

O

Atlético-MG foi valente e obteve vitória importantíssima sobre o Flamengo, hoje, no Independência. Com um a menos desde os acréscimos do primeiro tempo, quando Elias foi expulso após revisão do VAR, o Galo contou com um golaço de Chará e segurou o triunfo por 2 a 1 até o final. Cazares e Bruno Henrique completaram o placar com outros dois belos gols.

Arrascaeta passando por 2 marcadores

e o próprio Rodrigo Caiu e fez o gol dos donos da casa. Nem sequer deu tempo para o Atlético-MG comemorar. Melhor no jogo, o Flamengo empatou logo aos 30min com um belo gol de Bruno Henrique. Após passe de Willian Arão, o atacante fintou Guga e acertou um chute cruzado. Não deu para o goleiro Victor. Elias foi expulso nos acréscimos do primeiro tempo. O jogador do Galo havia sido punido com o cartão amarelo pelo árbitro Paulo Roberto Alves Júnior ao acertar forte carrinho no lateral-esquerdo Renê. O lance causou impacto, pois pegou em cheio no tornozelo do atleta do Flamengo. A falta, então, foi revisada pelo árbitro com auxílio do VAR. Convicto, ele anulou o cartão amarelo dado ao jogador do Galo e o expulsou diretamente para desespero da torcida mineira.

Flamengo, Everton Ribeiro foi protagonista de lance espetacular na partida. Aos 8min, o camisa 7 “entortou” Luan com um lindo drible de corpo e cruzou para Gabigol. Houve o desvio do atacante, mas Victor defendeu. Mesmo sendo visitante, o Flamengo apresentou suas características, cada vez mais evidenciadas nos últimos jogos. O time chegou a ter mais de 70% de posse de bola na primeira etapa e conseguiu o feito de acuar

Em noite de golaços, Victor e superação, Atlético-MG segura a pressão e vence o Flamengo O resultado colocou o Atlético-MG na viceliderança do Campeonato Brasileiro, com 12 pontos. Já o Flamengo segue com sete pontos e ocupa a 7ª colocação. Os times voltam a campo pelo Brasileirão no outro final de semana. No sábado, o Galo encara o Grêmio em Porto Alegre. O Flamengo, por sua vez, recebe o Athletico-PR no Maracanā. O atacante Chará, do Atlético-MG, teve boa atuação e terminou como o grande responsável pela vitória mesmo com um a menos. Ele arriscou um chute improvável e fez o golaço do triunfo atleticano. Já Eilas cometeu falta dura em Renê, foi expulso e prejudicou o Atlético-MG. Além disso, o jogador não fazia boa partida em um Galo que era dominado pelo Flamengo naquele momento. Um dos principais nomes do

Inferior numericamente, o Atlético-MG conseguiu o que queria logo no primeiro minuto da etapa complementar. Chará foi protagonista de um lance improvável. Sem ângulo, ele acertou um chutaço, de primeira, e não deu chances para Diego Alves. Festa no Horto. No desespero, o técnico Abel Braga colocou três atacantes em campo para tentar superar o Atlético-MG. Entraram Vitinho, Lincoln e Berrío. Não deu certo. Mesmo com superioridade numérica, o Rubro-negro abusou dos cruzamentos na área e amargou a derrota. No final, festa de um valente Galo no Horto e decepção de um Rubro-negro que

o Atlético-MG no Horto. Aos 16min, Bruno Henrique chutou cruzado para boa defesa de Victor. O Atlético-MG teve a sua primeira chance apenas aos 25min, quando conseguiu se livrar do domínio rubro-negro. Ricardo Oliveira parou em Diego Alves. Aos 28min, a defesa do Flamengo sofreu uma pane. Diego Alves saiu jogando mal com Renê, que rolou na fogueira para Rodrigo Caio. O zagueiro tentou dar um chutão, mas foi desarmado. Cazares invadiu a área, driblou Léo Duarte 69

tinha tudo para obter importante triunfo fora de casa.

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Cazares (ATL), aos 27 do primeiro tempo; Bruno Henrique (FLA), aos 30 do primeiro tempo; Chará (ATL), a 1min do segundo tempo.

ATLÉTICO-MG Victor; Guga, Réver (Leonardo Silva), Igor Rabello e Patric; Zé Welison e Elias; Cazares (Vinicius), Chará e Luan; Ricardo Oliveira (Adilson) Técnico Rodrigo Santana

FLAMENGO Diego Alves; Pará, Léo Duarte (Vitinho), Rodrigo Caio e Renê; Cuéllar, Willian Arão e Arrascaeta (Lincoln); Everton Ribeiro, Bruno Henrique e Gabigol (Berrío) Técnico Abel Braga

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Gabigol fuzila o gol Athleticano

E

m um jogo emocionante e com um gol aos 50 minutos do segundo tempo, o Flamengo bateu o Athletico-PR por 3 a 2, no Maracanã. pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro. Depois de abrir o placar com Gabigol no primeiro tempo e ver Cirino fazer dois, o time do Rio conseguiu balançar a rede duas vezes no fim, com Bruno Henrique e Rodrigo Caio.

Vira-vira no Maraca: com dois gols no fim, Flamengo vence Athletico-PR e volta ao G-6 Com o resultado, o Flamengo chega a 10 pontos e encosta no pelotão de cima do Campeonato Brasileiro. Já o Furacão, permanece com sete. Na próxima rodada, a de Abel Braga recebe o Fortaleza no Nilton Santos. Com o apoio da torcida, o Flamengo começou melhor e criou boas chances, mas o AthleticoPR, mesmo com um time misto, se mostrou agressivo e conseguiu fazer o goleiro Diego Alves trabalhar. Depois de Gabigol abrir o placar, Cirino marcou duas vezes e o Athletico-PR vencia até os minutos finais, quando Bruno Henrique e Rodrigo Caio, nos acréscimos, garantiram os três pontos para o time da casa. O Flamengo começou a partida buscando comandar o meio de campo e trocar passes no campo de ataque, mas faltava capricho e errou muitos passes. A partir do meio do primeiro tempo, viu o adversário equilibrar as ações e não conseguiu mais se encontrar em campo, levando pouco perigo ao gol de Santos. No fim do jogo, à base do ‘tudo ou nada’, conseguiu balançar a rede duas vezes em cruzamentos para a área e conquistar a vitória. Depois de começar a

chute de Bruno Henrique. Os comandados de Abel Braga buscavam as ações no meio de campo e conseguiram criar chances, mas apresentavam distância grande entre as linhas de marcação, fazendo com que o Athletico-PR tivesse sucesso nas saídas em contra-ataque.

partida pressionado, o Furacão conseguiu achar espaços e explorar os erros do Flamengo, que tinha linhas de marcação bem afastadas. No segundo tempo, praticamente comandou as ações, pressionando o sistema defensivo da equipe carioca e conseguiu a virada. Porém, relaxou nos minutos finais e viu o adversário conseguir uma vitória que parecia improvável. Tanto Flamengo quanto Athletico-PR tiveram mudanças no time titular nesta partida. Pelo lado do time do Rio, com o zagueiro Léo Duarte e o volante Cuéllar sem condições, Abel optou por Thuler e Piris. Além disso, Diego entrou na vaga de Arrascaeta. No Furacão, Tiago Nunes utilizou um time misto, uma vez que a equipe está em meio à disputa da final da Recopa Sul-Americana, contra o River Plate, da Argentina. Na quinta-feira, atua no Monumental de Nuñez, após vitória na

O Flamengo abriu o placar em cobrança de pênalti de Gabigol. O próprio camisa 9 foi quem sofreu a falta na área, ao aproveitar recuo de Madson, avançar sem marcação, tentar driblar Santos e acabar derrubado. Pouco após o árbitro Daniel Nobre apontar para a marca da cal, foi chamado pelo árbitro de vídeo (VAR) para analisar a jogada. Ele olhou as imagens e manteve a marcação de pênalti. O Athletico-PR voltou melhor para o segundo tempo e ganhou espaço, conseguindo ficar mais no campo de ataque que anteriormente. O lado esquerdo da defesa do Flamengo mostrar deficiências e o Furacão, por ali, achou o caminho para empatar o jogo e também virar. Diferentemente do que aconteceu no primeiro tempo, Daniel Bins foi chamado ao VAR na etapa final, mas, desta vez, mudou a decisão anterior. Madson recebeu em velocidade e foi derrubado por Bruno Henrique, mas o árbitro havia mandado o jogo seguir. Porém, após analisar as imagens, voltou atrás e marcou o pênalti para o Athletico-PR. Cirino bateu e fez. Quando a partida caminhava para o final e a vitória do Furacão parecia questão de tempo, o Flamengo foi para o abafa e, desta forma, conquistou um triunfo que fez o Maracanã explodir. Bruno Henrique, aos 44, e Rodrigo Caio, aos 50, ambos de cabeça, garantiram o 3 a 2 a favor da equipe da casa

Arena da Baixada por 1 a 0. A etapa inicial do duelo foi marcada pelas boas defesas de Diego Alves e Santos. Os dois goleiros conseguiram evitar gols adversários em lances difíceis. Para citar exemplos, pelo lado do Fla, Diego Alves pegou uma cabeçada de Erick quase em cima da linha, enquanto Santos afastou o perigo após perigoso 70

e os três pontos. Logo que Cirino empatou o jogo no Maracanã, a torcida do Flamengo começou fortes protestos contra o técnico Abel Braga, com xingamentos. Depois do gol da virada, as críticas foram para a equipe como um todo, com gritos de “Sem vergonha” e pedidos de disposição. Ao apito final, mesmo com a vitória, ainda pôde-se ouvir torcedores insatisfeitos com o que o time apresentou em campo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FICHA TÉCNICA FLAMENGO 3 X 2 ATHLETICO-PR

Hora 16h (de Brasília) Público 49.124 pagantes Árbitro Daniel Nobre Bins (RS) Auxiliares Rafael da Silva Alves (RS) e Jorge Eduardo Bernardi (RS) Cartões amarelos Diego, Bruno Henrique, Pará, Rodtigo (FLA); Santos, Marcio Azevedo e Wellington GOL

Gabigol, aos 31 do primeiro tempo (FLA), Crino, aos 18 do segundo tempo (ATP), Cirino aos 25 do segundo tempo (ATP), Bruno Henrique aos 44 do segundo tempo (FLA) e Rodrigo Caio aos 50 do segundo tempo (FLA) FLAMENGO

Diego Alves; Pará (Rodinei), Rodrigo Caio, Thuler e Renê; Piris (Vitinho), Willian Arão e Diego; Everton Ribeiro, Bruno Henrique e Gabigol (Lincoln) Técnico Abel Braga ATHLETICO-PR

Santos; Madson, Lucas Halter, Léo Pereira e Márcio Azevedo; Wellington, Erick e Matheus Rossetto (Bruno Guimarães); Braian Romero (Paulo André), Marcelo Cirino e Thonny Anderson (Tomás Andrade) Técnico Tiago Nunes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


Abel Braga pede demissāo no final de maio Jorge Jesus posa com Marco Bras

S

em dúvida alguma, um dos acontecimentos mais importantes no Flamengo em 2019 foi a troca de comando do time. A polêmica saída de Abel Braga e a chegada do português Jorge Jesus, em uma aposta ousada do departamento de futebol, marcariam nāo apenas o clube mas o próprio futebol brasileiro.

A CHEGADA DO MISTER Após polêmica saída de Abel, Jorge Jesus desembarcava para iniciar nova era no Flamengo

Abel Braga chegava para sua segunda passagem no final de 2018 como técnico escolhido por Rodolfo Landim, entāo recém-eleito presidente do Flamengo, trazendo anos de experiência e títulos como o Mundial de 2006 pelo Inter em sua bagagem. Abel subsituiria Dorival Júnior que terminou o Campeonato Brasileiro em segundo lugar. O primeiro trabalho de Abel em 2004 ficou marcado pela conquista do Campeonato Carioca em cima da Vasco e pela derrota na final da Copa do Brasil para o Santo André, considerada uma das piores da história do clube.

estréia no Carioca em meados de janeiro e a chegada de jogadores como Rodrigo Caio, Abel estrearia no dia 10 de janeiro disputando um torneio amistoso, a Flórida Cup, empatando com o Ajax e vencendo nas penalidades e disputando a final contra o Eintracht Frankfurt, onde sagrou-se campeāo após vencer os alemāes por 1x0, gol de Jean Lucas.

- “Na vida, seja na minha carreira de jogador ou de treinador, sempre estive preparado para as grandes pressões e os grandes momentos. Sempre me dei bem com isso. E me habituei a encarar esses desafios de cabeça erguida. Mas jamais estive preparado para covardias e articulações. O que não suporto é traição.“ Abel Braga

No Campeonato Carioca, o Flamengo alternou altos e baixos e acabou ganhando seu 35 troféu em cima do Vasco. Foram 17 jogos com 11 vitórias e apenas uma derrota para o Fluminense na semifinal da Taça GB. O Flamengo se classificou em segundo em seu grupo na Taça Rio, venceu o Flu na semifinal e derrotou o Vasco nos penais após empatar no tempo regulamentar. Na fase final, enfrentou novamente o Flu na semifinal, empatando e se classificando para a final por ter vencido a Taça Rio e venceu as duas partidas finais conquistando a taça.

Tendo uma pré-temporada curta visando a

Na Libertadores, conseguiu se classificar com um heróico empate contra o Peñarol

em Montevideo. O começo no Brasileiro também foi decepcionante com resultados e perfomances abaixo do esperado. Mesmo com grandes jogadores, o Flamengo nunca conseguiu demonstrar em campo o futebol vistoso que a torcida e dirigentes esperavam. Basicamente se garantindo na individualidade em lances isolados, o treinador nāo conseguiu implementar um padrāo de jogo ofensivo e coeso defensivamente. A desculpa de nāo de ter pedido por Arrascaeta e nāo ter feito estes jogadores jogarem juntos pesava. E a derrota em particular pesou: que seria normal perder para o Internacional no Sul. A diretoria entāo começou a se movimentar em busca de um nome que pudesse extrair dos jogadores o rendimento esperado por todos. No dia 29 de maio, sentindo-se traído, Abel acabou pedindo demissāo após saber das sondagens dos dirigentes. Foram 32 jogos, 19 vitórias e cinco derrotas, conquistando a Florida Cup, o Carioca e as classificações para as oitavas da Copa do Brasil e da Libertadores. 71

Com isso, a pressāo por um treinador aumentou. Entre alguns nomes especulados, acabou sendo decidido por Jorge Jesus, técnico português com trabalhos nos maiores clubes do país e vários títulos na bagagem. Embora nāo muito conhecido no Brasil, era um nome bem respeitado na Europa e cuja filosofia de trabalho estava em sintonia com as expectativas. Obcecado pelo trabalho e pelo futebol, teimoso e com as ideias no campo, assim é Jorge Jesus, que chega a dar treinos de três horas, com berros e insultos, até os jogadores acertarem no que ele quer. Um dos pontos fortes do treinador é a parte tática, com forte ênfase no posicionamento em busca de um jogo ofensivo enquanto sólido na defesa. Jorge chegava vindo do Al Hillal, onde se despediu no começo do ano, trazendo um cartel de 3 campeonatos e 7 copas portuguesas conquistadas e, principalmente, a esperança de que o Flamengo pudesse construir uma filosofia de jogo diferente e vitoriosa em um curto espaço de tempo.

Jorge Jesus desembarcava no Rio em junho para iniciar nova era no Flamengo Jorge Jesus vai trazer ao todo sete pessoas para sua comissão técnica. Todos chegarão ao Brasil até esta terça-feira. O staff conta com o auxiliar João de Deus, o adjunto Tiago Oliveira, o preparador Mário Monteiro, Marcio Sampaio, que faz um trabalho voltado para prevenção e recuperação de lesões, Rodrigo Araújo e Gil Henriques, analistas de vídeo, além do coaching brasileiro Evandro Mota.


À esquerda: Arrascaeta tenta uma bicicleta À direita: Formaçāo do time titular

N

o primeiro jogo sem o técnico Abel Braga no comando, o Flamengo, que já anunciou o português Jorge Jesus como técnico, venceu o Fortaleza por 2 a 0, com dois gols de Gabigol, um deles uma criação coletiva dos homens de frente. Já o outro só foi confirmado após intervenção do árbitro de vídeo.

Com Gabigol e Arrascaeta inspirados, Flamengo vence o Fortaleza A equipe foi dirigida por Marcelo Salles, que mandou a campo um time muito próximo do titular, já que apenas Renê foi poupado.

agredir o rival e apostou na velocidade para surpreender o Fla. O time se manteve organizado e poucas vezes foi pego desarrumado por um adversário que teve a bola e martelou o tempo inteiro. Apesar da postura e organização, os visitantes sucumbiram ao talento individual e coletivo do rival. Aos 31 minutos da etapa inicial, o meia Diego cobrou falta que beijou o travesão de Marcelo Boeck. Na sobra, Rodrigo Caio cabeceou e o goleiro do Fortaleza fez defesa muito difícil. Em bola adiantada por Everton Ribeiro, Marcinho e Paulo Roberto se chocaram e ficaram estendidos no gramado. Sobrou ainda para o camisa 7 do Flamengo, que foi tocado e

tarde de boas atuações de rubro-negros. Escalado pela direita, o jogador levou vantagem nos confrontos diretos e esteve sempre envolvido nos lances mais perigosos. No lance do gol de Gabigol, um toque de calcanhar desmontou a zaga do Leão. Jogador que nunca teve simpatia irrestrita de Abel, Arrascaeta teve uma espécie de recomeço hoje. Escalado pelo lado esquerdo, o camisa 14 fez ótimo jogo e ainda recebeu o “recado” de que vai ser utilizado em seu setor preferido. Na partida, o uruguaio distribuiu bons passes (inclusive nos dois gols de Gabriel) e quase marcou após voleio, mas viu a bola ser interceptada na direção do gol. O Flamengo foi melhor durante todo o confronto no Nilton Santos. Teve mais posse de bola (63% contra 37%), finalizou mais vezes (21 a 10) e criou 10 chances reais de gol ccontra apenas uma do Fortaleza. O time comandado por Marcelo Salles, o fera, dominou o adversário.

A partida foi marcada por uma boa do quarteto formado por Diego, Ribeiro, Arrascaeta e Gabigol, que participação decisiva para que a fosse construída.

atuação Everton tiveram vitória

Mais uma vez, Everton Ribeiro, o camisa 7 do Flamengo foi o grande nome em uma

criaram as melhores chances do segundo tempo. No fim, 2 a 0 para o Fla, sem sustos no Nilton Santos. O Fla abriu a contagem com Gabigol, que marcou aos 39 minutos do primeiro tempo. Na segunda etapa, o camisa 9 fechou a conta aos 22 minutos, mas o gol só foi confirmado pelo árbitro de vídeo dois minutos depois.

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Hora 16h (de Brasília) Público 35.725 pagantes Árbitro Rodrigo D’Alonso Ferreira (SC) Auxiliares Alex dos

Santos (SC) e Henrique Neu Ribeiro (SC) Cartāo amarelo Léo Duarte (FLA) GOLS

Gabigol, aos 39 minutos do primeiro tempo; Gabigol, aos 22 minutos do segundo tempo

O Flamengo entrou em campo com apetite desde o primeiro minuto. Ligadíssimo no jogo, o time ditou a temperatura da partida e colecionou as melhores oportunidades, que foram criadas por ambos os lados. A equipe chegou com muita frequência ao gol de Marcelo Boeck e poderia ter ganho com ainda mais tranquilidade, mas faltou capricho na hora do toque final. Quem achou que o Fortaleza se encolheria atuando na casa do adversário se enganou. Quando teve a bola, o time tratou de tentar

FLAMENGO

Diego Alves; Pará, Rodrigo Caio, Léo Duarte e Trauco; Cuéllar (Piris da Motta), Arão e Diego (Berrío); Everton

também precisou de atendimento. Assim como na etapa inicial, o Flamengo não deu chances ao Fortaleza depois do intervalo. O time comandado por Rogério Ceni, é claro, saiu um pouco mais de seu campo de defesa e abriu espaços para o Rubro-Negro aproveitar contra-ataques. Foi em jogadas trabalhadas, porém, que os donos da casa 72

Ribeiro (Vitinho), Arrascaeta e Gabigol Técnico Marcelo Salles FORTALEZA

Boeck, Gabriel Dias, Quintero, Roger, Bruno Melo; Paulo Roberto (Dodô), Juninho; Romarinho, Marcinho (Marlon), André Luis (Osvaldo) e Kieza Técnico Rogério Ceni . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


Bruno Henrique finaliza para marcar o gol de empate sob marcaçāo de Réver

O

Flamengo jogou o tempo todo fora de sua zona de conforto na noite de hoje, quando venceu o Corinthians por 1 a 0 para se classificar às quartas de final da Copa do Brasil. No Maracanã, o Rubro-Negro foi pressionado e até surpreendido em certos momentos, mas se ajustou o suficiente para ir às redes com Rodrigo Caio e eliminar o Alvinegro.

no início do jogo, pressionado e obrigado a correr atrás do adversário. Mas aos poucos se acalmou com a bola para tentar esfriar a partida e ditar o ritmo. Faltou capricho no ataque para se aproveitar dos erros do Corinthians, o que deixou a decisão aberta. Em uma das várias disputas aéreas vencidas na área corintiana, o Fla chegou ao gol com Rodrigo Caio e garantiu a classificação.

Flamengo vence o Corinthians de novo e avança na Copa do Brasil

A intensidade foi fundamental para equilibrar o jogo e compensar alguns erros individuais perigosos. O Corinthians esteve perto do gol nos períodos do jogo em que disputou mais, parecendo sempre um passo à frente dos visitantes. Porém, sofreu quando o Flamengo pensou o jogo. Quando partiu para o desespero com três centroavantes,

Classificado, o Flamengo agora aguarda um sorteio para conhecer seu próximo adversário na Copa do Brasil - a definição dos oito sobreviventes acontece nos próximos dias. O Rubro-Negro agora volta as atenções ao Fla-Flu de domingo. O meia Everton Ribeiro foi quem mais acertou na partida e ainda deu a assistência que resultou no gol decisivo de Rodrigo Caio. Éverton Ribeiro ganhou praticamente todas contra Danilo Avelar no lado direito e só não fez o dele porque parou em grande defesa de Cássio. Já Michel e Manoel erraram mais do que acertaram e perderam duelos demais ao longo do jogo. Bruno Henrique nem teve grande destaque por ali, mas Gabigol levou a melhor sempre que caiu por aquele lado. Manoel deu dois sustos com a bola no pé, e Michel foi um dos que erraram no lance do gol flamenguista: Rodrigo Caio saiu de trás e completou a gol sozinho. Lesionado, o titular Fagner fez uma falta enorme para o Corinthians naquele setor. O Flamengo se mostrou desconfortável

só na jogada individual contra Pará, mas também levando os lances para dentro: foi ele quem quase abriu o placar em chute cruzado perigosíssimo aos 16 minutos. O Flamengo geralmente conta com a força de sua torcida para pressionar os adversários no Maracanã, mas não foi o que aconteceu hoje. Surpreendido pela postura corintiana, o time da casa se viu pressionado na metade do primeiro tempo e não soube reagir muito bem a isso. O Fla só foi se acalmar e colocar a bola no chão às vésperas do intervalo, após três chances claras alvinegras. Diego Alves foi quem mais trabalhou no primeiro tempo, mas Cássio também teve destaque. O flamenguista quase foi surpreendido em cobrança de falta de Sornoza, e depois contou com a sorte em chutaço de Ralf que explodiu no travessão (assista acima). Depois, na melhor chance rubro-negra, Cássio voou para espalmar cabeceio firme de Everton Ribeiro. O confronto ficou cada vez mais aberto a partir do intervalo. Vagner Love conseguiu três giros dentro da área e só não abriu o placar por detalhe; do outro lado, Bruno Henrique acertou cabeceio na trave esquerda de Cássio (veja acima). A partida ganhou ainda mais emoção com o avançar do relógio, ainda que o Flamengo tentasse esfriar a decisão. O Corinthians se jogou inteiro ao ataque na reta final, quando Carille acionou Gustavo e Boselli para ter três atacantes de área em campo. A bagunça que virou o sistema ofensivo também desorientou o Flamengo, que perdeu a marcação. Não à toa, o chutaço de Michel Macedo quase balançou a rede após bola sobrar limpa na intermediária. Seria a última esperança alvinegra na partida.

voltou a perder disputa aérea em sua área e sofreu o gol que sacramentou a eliminação. Os primeiros minutos do Corinthians foram de nervosismo, com erro simples de Ralf e susto protagonizado por Manoel, mas aos poucos o time passou a explorar a fragilidade do lado direito do Flamengo. Clayson começou como a peça mais importante, não 73

Quando o Flamengo parecia sufocado e sem alternativas, Éverton Ribeiro levantou falta na área e achou Rodrigo Caio completamente livre para abrir o placar. Tão livre que a arbitragem de campo originalmente marcou impedimento, voltando atrás apenas após Leandro Pedro Vuaden ser corrigido corretamente pelo VAR. Minutos depois, Jadson acertou uma bomba na trave, o que deixou ainda mais claro que não era mesmo o dia do Corinthians.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FICHA TÉCNICA FLAMENGO 1 X 0 CORINTHIANS Hora 21h30 (de Brasília) Público 55.586 pagantes Árbitro Leandro Vuaden (RS) Auxiliares Rafael da Silva Alves e Jorge Eduardo Bernardi (ambos do RS) Cartões amarelos Léo Duarte e Gabigol (FLA) e Michel e Clayson (COR) GOL

Rodrigo Caio aos 42 minutos do segundo tempo FLAMENGO Diego Alves; Pará, Léo Duarte, Rodrigo Caio e Renê; Piris da Motta, Willian Arão (Ronaldo), Éverton Ribeiro (Berrío) e Diego; Bruno Henrique (Vitinho) e Gabigol Técnico Marcelo Salles

CORINTHIANS Cássio; Michel, Manoel, Henrique e Danilo Avelar; Ralf (Régis), Junior Urso (Boselli) e Sornoza (Gustagol); Jadson, Clayson e Vagner Love Técnico Fábio Carille

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À esquerda: Gabriel arranca Abaixo: Vitinho arremata para o gol tricolor

E

mbora o jogo tenha sido movimentado e com muitas oportunidades, Flamengo e Fluminense ficaram no 0 a 0, hoje (9), no Maracanã, pela oitava rodada do Campeonato Brasileiro. A partida teve a presença do novo treinador rubro-negro, o português Jorge Jesus, que assistiu de uma cabine de transmissão ao clássico.

Com o resultado, o Flamengo ficou fora do G4, na quinta colocação, com 14 pontos. Já o Fluminense está perto da zona de rebaixamento, na 16ª posição, com sete pontos.

Fluminense e Flamengo fazem clássico movimentado, mas ficam no empate no Maracanã O resultado de 0 a 0 acabou sendo injusto

meio de campo não conseguiu alimentar os atacantes de maneira eficiente. Um lance que levantou a torcida do Fluminense no primeiro tempo foi quando o volante Allan deu um lindo chapéu em Gabigol, onde chegou a completar. O atacante rubro-negro, aliás, teve uma atuação apagada. Com dificuldades para chegar infiltrando, o Flamengo forçou

na boa partida realizada entre as equipes. O Flamengo chegou mais próximo do gol aos 18 minutos do primeiro tempo com Diego, que chutou forte na trave esquerda após invadir a área tricolor. Já o Fluminense esbarrou numa noite inspiradíssima de Diego Alves, que fez pelo menos três grandes defesas. Ganso, jogador de maior nome no elenco do Fluminense, Paulo Henrique Ganso teve uma atuação discreta no clássico, se limitando a dar passes curtos sem se destacar. Já o goleiro rubro-negro estava em uma noite inspirada e fez grandes defesas tanto no primeiro quanto no segundo tempo, que poderiam ter resultado em uma derrota do Flamengo. Diego, camisa 10 do Flamengo não estava em uma noite inspirada, apesar de ter chutado uma bola na trave. Ele acabou sendo substituído no intervalo.

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FLUMINENSE 0 X 0 FLAMENGO

Hora 19h (de Brasília) Público 42.726 presentes e 38.897 pagantes Árbitro Wagner do Nascimento

Magalhães (RJ) Auxiliares Michael Correia (RJ) e Daniel do Espirito Santo Parro (RJ) Cartões amarelos Allan,

Frazan (FLU); Piris da Motta, Pará, Everton Ribeiro

(FLA)

FLUMINENSE

Agenor; Igor Julião, Frazan, Yuri e Caio Henrique; Allan,

Daniel e Ganso; Brenner (Marcos Paulo), João Pedro e

Luciano

Técnico Fernando Diniz

Marca registrada dos trabalhos de Fernando Diniz, a posse de bola aconteceu com o Fluminense. Por diversos momentos a equipe trocou passes no setor de defesa e demonstrou estar bem treinada pelo comandante, embora tenha causado algumas situações de tensão entre os torcedores. O Flamengo encontrou dificuldades para furar a forte marcação do Fluminense. O interino Marcello Salles tentou dar mais velocidade ao time no segundo tempo colocando Vitinho e Berrío, mas as mudanças surtiram pouco efeito. O

as jogadas de bola aérea explorando seus bons cabeceadores. As torcidas de Flamengo e Fluminense deram um show à parte na entrada das equipes com fumaças com as cores de seus respectivos clubes. O técnico Jorge Jesus acompanhou o clássico de uma das cabines de transmissão do Maracanã junto com auxiliares e dirigentes do Flamengo. 74

FLAMENGO Diego Alves; Pará, Léo Duarte, Rodrigo Caio e Renê; Piris

da Motta, Willian Arão, Éverton Ribeiro e Diego (Berrío); Bruno Henrique e Gabigol (Vitinho)

Técnico Marcelo Salles

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Acima: Gabriel comemora o segundo gol do Flamengo À direita: Arrancada de Bruno Henrique sob atento olhar do zagueiro do CSA

O

Flamengo venceu o CSA por 2 a 0, num estádio Mané Garrincha lotado, em Brasília, sob olhares dos espectadores ilustres Jair Bolsonaro, presidente da República, e Sérgio Moro, ministro da Justiça e Segurança Pública, general Hamilton Mourão, vice-presidente da República, Paulo Guedes, ministro da Economia, e Hélio Lopes (PSL-SP). Com o resultado, o Flamengo foi aos 17 pontos e assumiu a terceira colocação. Já o CSA se manteve na penúltima posição, com apenas seis pontos conquistados.

Flamengo confirma favoritismo, bate o CSA e entra no G4 do Brasileirão O gol de Vitinho foi marcado aos 20 minutos do segundo tempo. Já o de Gabigol foi feito aos 31 minutos do segundo tempo. Um lance

Flamengo ampliou o placar aos 31 minutos do segundo tempo quando Willian Arão invadiu a área, chutou, Jordi espalmou e Gabigol, com oportunismo, pegou o rebote e empurrou para dentro. O árbitro Douglas Marques das Flores (SP) interrompeu a partida entre CSA e Flamengo aos 33 minutos do primeiro tempo para revisar um lance no VAR em que teve um toque no braço de Willian Arão dentro da área. Chamou a atenção, porém, a demora para averiguar a jogada, uma vez que o tempo total de

quando a partida ainda estava 0 a 0 também chamou atenção. O juiz Douglas Marques das Flores (SP) demorou mais de cinco minutos para revisar um lance com a ajuda do VAR e depois de toda a demora manteve a decisão de não marcar pênalti a favor do CSA. Em boa fase no Flamengo, o zagueiro Rodrigo Caio foi um dos jogadores mais ovacionados ao longo da partida no Mané Garrincha e fez uma partida segura, influenciado também pela grande superioridade rubro-negra na questão de posse de bola. Everton Ribeiro, foi o grande articulador de jogadas do Flamengo e também arriscou chutes de fora da área que levaram perigo ao gol do CSA. Já o lateral direito Rondinei não conseguiu ser efetivo no ataque e se mostrou disperso em alguns momentos.

que previa uma multa caso o clube alagoano optasse por utilizá-lo.

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CSA 0 X 2 FLAMENGO Hora 21h30 (de Brasília) Público 37.673 pagantes Árbitro Douglas das Flores (SP) Auxiliares Emerson

Augusto de Carvalho (Fifa/SP) e Miguel Cataneo Ribeiro da Costa (SP) Cartões amarelos Leandro Souza, Didira, Jonathan Gómez (CSA); Gabigol (FLA) GOLS

Vitinho, aos 20 do segundo tempo (FLA); Gabriel, aos 31 do segundo tempo (FLA) CSA

O Flamengo poderia ter uma vida mais fácil na noite de hoje, uma vez que desperdiçou uma série de oportunidades, tanto no primeiro tempo quanto no segundo, principalmente com Vitinho e Bruno Henrique. O CSA até que foi valente durante os 90 minutos, marcando com muita disposição e tentando sair nos contra-ataques, mas sentiu a grande diferença técnica entre as equipes. Após vaias, Vitinho se redimiu aos 20 minutos do segundo tempo quando Everton Ribeiro cruzou e, de cabeça, o atacante encobriu o goleiro Jordi, que saiu mal do gol. O

Jordi; Celsinho, Gerson, Leandro Souza e Carlinhos; Nilton (Patrick Fabiano), Didira, Apodi (Maranhão) e Jonatan Gómez; Victor Paraíba (Gérson Júnior) e Cassiano

análise foi de 5 minutos e 31 segundos. Em seguida, ele manteve a decisão e não marcou pênalti. Aos 29 minutos do primeiro tempo, Rodinei foi cobrar um lateral, mas acabou o executando de maneira errada e a cobrança foi revertida pela arbitragem. Emprestado pelo Flamengo ao CSA, o meia Matheus Sávio não atuou por conta da cláusula contratual 75

Técnico Marcelo Cabo FLAMENGO

César; Rodinei (João Lucas), Thuler, Rodrigo Caio e Renê; Piris, Willian Arão, Everton Ribeiro; Vitinho, Bruno Henrique (Lincoln) e Gabigol (Berrío) Técnico Marcelo Salles

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Acima: Bruno Henrique tenta passar pelo zagueiro À direita: Arrancada de Gabigol

A

thletico-PR e Flamengo empataram por 1 a 1 na Arena da Baixada, no jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil. Os donos da casa saíram na frente do placar, mas viram os visitantes arrancarem o resultado diante de muita polêmica. Leo Pereira, para os paranaenses, e Gabigol, para os cariocas, marcaram os gols da partida. É que o VAR anulou três gols do Athletico (todos em impedimento) e ainda não marcou um pênalti para os donos da casa por conta de uma falta polêmica na origem da jogada - sobre Rodrigo Caio. Além disso, logo aos 10min do primeiro tempo, Diego Alves pegou bola com as mãos fora da área e aumentou o debate sobre uma possível expulsão - por impedir chance clara de gol.

Com emoção e VAR de sobra, Athletico e Flamengo empatam em Curitiba O meio-campista Bruno Guimarāes comprovou a boa fase e foi um dos destaques do jogo. Consciente, quase não erra e tem participação decisiva nas construções das jogadas ofensivas do time, mas sem se descuidar da marcação. Já Willian Arāo se entregou em campo, mas não foi o suficiente. Falhou no lance do gol do Athletico-PR ao desviar a bola e não cortar. Poderia ter tido melhor sorte, mas acabou sendo decisivo para o resultado. O técnico Jorge Jesus enganou todo mundo na sua estréia. Se a expectativa era por Diego na vaga de Willian Arão e Rafinha assumindo a lateral direita, não foi nada disso que ocorreu. Rodinei ficou com a posição nesse primeiro momento, enquanto

jogada, que foi invalidada. O técnico Jorge Jesus mostrou que é daqueles que não param um segundo sequer. O português andava de um lado para o outro e mostrava muita irritação com determinados fatos. Após um erro de posicionamento de Vitinho em um dos gols anulados do Athletico-PR, ele deu uma senhora bronca no atacante, que chegou a reagir - foi contido por companheiros. O Flamengo passou o primeiro tempo inteiro sem levar perigo ao gol de Santos. Logo aos 2min do segundo tempo, a postura parecia diferente. Arrascaeta deu grande passe para Gabigol, que finalizou em cima do goleiro do Athletico-PR. Após perder grande oportunidade com Gabigol, o Flamengo levou o castigo em seguida. Em cobrança de escanteio, Nikão levantou na área e viu Willian Arão tocar levemente na bola, que cruzou toda área e sobrou nos pés de Léo Pereira. O zagueiro completou para as redes e abriu o placar da partida. Após tiro de meta de Santos, Rodrigo Caio e Marco Ruben dividiram bola, que sobrou para Marcelo Cirino. O atacante dominou e ficou de frente com Diego Alves até ser calçado por Renê. Anderson Daronco mandou o lance seguir, mas foi chamado pelo VAR. Ele constatou o toque em Cirino, mas encontrou uma falta no zagueiro do Fla na origem do lance. Nada de pênalti e falta para os visitantes. Quando o jogo parecia que os donos da casa fariam uma pressão enorme par ampliar a vitória, o Flamengo encontrou seu gol. Em cobrança de lateral, Gabigol girou em cima de Leo Pereira e tocou por cobertura na saída de Santos: 1 a 1. Em situação desconfortável, o Flamengo era pressionado pelo Athletico-PR. O técnico Jorge Jesus, então, se mostrou ousado. Sacou

o ex-jogador do Bayern de Munique-ALE ainda não está em plenas condições. Além disso, Diego ficou no banco de reservas e viu o cabeludo volante formar dupla com Cuellar. Após um chutão do Athletico-PR, a bola ficou dividida entre Diego Alves e Marcelo Cirino. O goleiro recuou até achar que estava dentro da área. Ao pegar a bola, no entanto, ele ainda estava fora da demarcação. O comentarista da TV Globo, Paulo César Oliveira, disse que o VAR deveria ter chamado a arbitragem para marcar a falta e expulsar o capitão do time carioca. “Houve uma irregularidade. Diego domina bola fora da área. Como a bola está em disputa e ele comete uma infração, o VAR deveria recomendar a revisão porque ele impede uma situação clara de gol. O jogador do Athletico-PR tinha a possibilidade de dominar a bola. Seu eu fosse o VAR eu recomendaria a revisão para que a falta fosse marcada e o Diego Alves expulso”, disse o comentarista. Em partida bastante movimentada, ambas as equipes faziam questão de buscar o jogo e atacar o adversário. As defesas estavam bem postadas e a primeira chance de gol saiu após um erro na saída de bola do Flamengo. Cuellar recuou errado e Cirino dividiu com Diego Alves, que evitou o primeiro dos donos da casa. Em boa trama de ataque, o Athletico-PR estudou as redes do Flamengo. Marcio Azevedo recebeu belo passe e colocou na medida para Marco Ruben marcar. O lateral esquerdo estava em posição irregular e viu o lance ser invalidado. O argentino chegou a marcar novamente minutos depois, mas dessa vez ele mesmo estava em posição irregular no início da 76

um volante e lançou um apoiador a mais. O time cresceu de produção e equilibrou as ações. Ele manteve o time mais ofensivo até quando decidiu refazer a tática padrão e recolocou um volante. Arrancou empate e segurou o resultado. Os donos da casa pressionaram até o fim, mas o gol insistia em não sair ou ocorrer de maneira irregular. Marcelo Cirino chegou a estufar as redes, mas novamente um companheiro adiantado fez o lance ser invalidado pela arbitragem.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FICHA TÉCNICA ATHLETICO-PR 1 X 1 FLAMENGO Hora 21h30 (de Brasília) Público 22.825 presentes Árbitro Anderson Daronco (RS) Auxiliares Rafael da Silva Alves (RS) e Leirson Peng Martins (RS) Cartões amarelos Leo Pereira (CAP) Rodinei (FLA) GOLS

Leo Pereira, aos 4 do primeiro tempo, e Gabigol, aos 19 do segundo tempo ATHLETICO-PR

Santos; Jonathan, Léo Pereira, Lucas Halter (Robson Bambu) e Márcio Azevedo; Wellington, Bruno Guimarães e Nikão (Bruno Nazário); Marcelo Cirino (Vitinho), Rony e Marco Ruben

Técnico Fernando Diniz FLAMENGO

Diego Alves, Rodinei, Léo Duarte, Rodrigo Caio e Renê; Cuéllar (Diego), Willian Arão, Vitinho (Everton Ribeiro) e Arrascaeta; Bruno Henrique (Piris da Motta) e Gabigol Técnico Jorge Jesus

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À esquerda: comemoraçāo do segundo gol Acima: Bruno Henrique sob cerrada marcaçāo

O

torcedor rubro-negro lotou o Maracanã e viu a estreia do lateraldireito Rafinha, mas quem brilhou foi Arrascaeta. O meia uruguaio comandou o time rubro-negro na goleada por 6 a 1 sobre o Goiás ao marcar três gols e ainda dar duas assistências. A partida contou também com a ‘Lei do ex’, e em dose dupla. Bruno Henrique, que já atuou no Esmeraldino, fez o terceiro do Flamengo, enquanto Kayke, que já defendeu a equipe da Gávea, marcou para o Goiás. Com o triunfo, a equipe do técnico Jorge Jesus foi a 20 pontos, três a menos que o vice-líder Santos e seis atrás do líder Palmeiras.

Com show de Arrascaeta e estreia de Rafinha, Flamengo goleia por 6 a 1 o Goiás no Maracanã Arrascaeta teve uma manhã iluminada e foi o nome da partida. O meia uruguaio balançou a rede três vezes e ainda deu duas assistências - duas para Gabigol. O jogador foi umas das armas da equipe de Jorge Jesus para “quebrar” a linha defensiva que o adversário estava impondo. O meia conseguiu trocar passes e criar oportunidades em triangulações que envolveram, principalmente, Trauco e Bruno Henrique, fazendo a diferença nas jogadas ofensivas. O time todo do Goiás teve dificuldades em conseguir realizar as jogadas e o sistema defensivo se mostrou envolvido pela troca de passes do Flamengo. O zagueiro Yago não esteve no melhor dia e cometeu alguns equívocos na movimentação. O lateral-direito Rafinha, que estava no

acuada e pouco conseguiu avançar ao campo de ataque.

Bayern de Munique, da Alemanha, fez a primeira partida com a camisa do Flamengo. O jogador foi titular e logo no começo do jogo fez uma jogada que levantou a torcida, ao dar dois ‘balõezinhos’ e uma sequência de toques de cabeça. No decorrer da partida, o jogador foi bastante celebrado pelos rubronegros presentes e foi bastante aplaudido ao ser substituído por Rodinei, no segundo tempo.

Em casa, o Flamengo começou a partida a todo vapor, empurrando o adversário para o campo de defesa. Assim, não demorou a balançar a rede. Logo aos cinco minutos, após recuperação de bola e saída rápida, Arrascaeta recebeu na área e bateu no canto de Tadeu. Apesar do domínio rubro-negro, o Goiás não demorou a chegar ao empate. Em uma falha de Rodrigo Caio ao tentar recuar para o goleiro Diego Alves, o atacante Kayke aproveitou e balançou a rede. Enquanto a equipe rubro-negra conseguia ter uma maior posse de bola e atuava no campo de ataque, o Goiás buscava a ligação direta para “sair nas costas” da marcação do Flamengo. E, desta forma, em certo momento, conseguiu dar trabalho, mas desperdiçou as chances que teve. Do outro lado, porém, nada de jogar fora as oportunidades. No fim do primeiro tempo, em uma blitz, os comandados de Jorge Jesus conseguiram fazer três gols em seis minutos. A missão do Goiás, que já era difícil na volta do intervalo, ficou ainda pior quando Gabigol fez o quinto, aos 10 minutos. A partir daí, o que se viu foi o time visitante tentando se achar em campo e evitar que o Fla fosse ao ataque, enquanto o time da casa se mostrava tranquilo e achando espaços. Jorge Jesus tirou Arão, que vinha atuando como primeiro volante, e colocou Cuéllar, que tem mais a característica de marcação. Já Claudinei Oliveira, colocou em campo Marlone e Léo Sena, na tentativa de ter “um novo gás”, mas não teve jeito. O Flamengo ainda conseguiu balançar a rede mais uma vez, a sexta na partida, com Gabigol, em novo

Com Arão de primeiro volante e uma formação ofensiva, o Flamengo comandou o ritmo do jogo. As triangulações pelas alas funcionaram e diversas oportunidades foram criadas desta forma. A equipe apostou no volume de jogo, nas trocas de passes ‘na vertical’ e na marcação pressão para conseguir conquistar os três pontos. O time de Jorge Jesus se encontrou e foi soberano na partida, quase não levando sustos. Por outro lado, ainda faltam ajustes defensivos. A linha de marcação alta causou certos problemas contra um adversário que decidiu atuar mais fechado, explorando a velocidade. Além de uma bola na trave de Michael, houve também o lance em que Diego Alves teve de sair do gol para salvar. A estratégia do Goiás foi explorar a velocidade pelas pontas. O time colocou em prática uma marcação ‘mais povoada’ na intermediária e acionou o trio de ataque, aproveitando a marcação alta do Flamengo. Uma arma para isso também foram as reposições do goleiro Tadeu, que conseguiu achar os atacantes e transformar a saída de bola em chances de gol (em uma delas, Michael acertou a trave). Na volta do segundo tempo, porém, após a vantagem construída pelo time rubro-negro no fim da etapa final, a equipe ficou mais 77

passe de Arrascaeta. Recém-contratados pelo Flamengo, o zagueiro espanhol Pablo Marí e o meia Gerson, cria do Fluminense, estiveram no Maracanã e acompanharam a partida de um dos camarotes do estádio. O Flamengo começou a partida com diversas mudanças no time titular. Além de Rafinha, houve alteração também na lateral esquerda, posição em que entrou o peruano Trauco, e no meio de campo, com Arão como primeiro volante e os retornos de Diego e Everton Ribeiro.

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FLAMENGO 6 X 1 GOIÁS

Hora 11h (de Brasília) Público 60.847 pagantes Árbitro

Caio Max Vieira (RN) Auxiliares Guilherme Camilo (MG)

e Eduardo da Cruz (MS) Cartões amarelos Willian Arão (FLA); Geovane e Leandro Barcia (GO) GOLS Arrascaeta, aos 5 (FLA), Kayke, aos 11 (GO), Bruno Henrique, aos 43 (FLA), Arrascaeta, aos 45 e 49 do primeiro tempo, Gabigol, aos 10 e 35 do segundo tempo GOIÁS

Tadeu, Daniel Guedes, Rafael Vaz, Yago e Jefferson; Yago Felipe, Giovanni Augusto (Marlone) e Geovane (Leo Sena); Michael, Kayke e Leandro Barcia.

Técnico Claudinei Oliveira FLAMENGO

Diego Alves, Rafinha (Rodinei), Léo Duarte, Rodrigo Caio e Trauco; Arão (Cuéllar), Diego, Everton Ribeiro e Arrascaeta; Bruno Henrique (Vitinho) e Gabigol

Técnico Jorge Jesus

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Jogada aérea na grande área do Flamengo

Jorge Jesus orientando o time

O

Athletico-PR está classificado para a semifinal da Copa do Brasil. A equipe comandada pelo técnico Tiago Nunes passou de fase na competição após bater o Flamengo nos pênaltis, hoje (17), no Maracanã, por 3 a 1. No tempo normal, empate em 1 a 1 - Gabigol abriu o placar para os cariocas e Rony empatou, ambos os gols no segundo tempo.

Athletico arranca empate, vence nos pênaltis e elimina Flamengo no Maracanã Gabigol, que já havia balançado a rede no jogo de ida, na Arena da Baixada, teve presença de área e, novamente, deixou a marca no duelo ao abrir o placar no Maracanã. Vitinho substituiu o meia Arrascaeta, mas encontrou dificuldades na criação ofensiva e não teve sucesso nas tentativas de jogadas individuais. A equipe da casa acabou caindo de rendimento e não criando mais tantas chances. Um menção, porém, de que o camisa 11 foi o autor do cruzamento no lance que gerou o gol de Gabigol. Com boa movimentação, Rony foi um dos grandes responsáveis pelas oportunidades criadas, principalmente, no segundo tempo. Ele, inclusive, foi o autor do gol do Athletico-PR. Jonathan conseguiu ser ativo nas investidas ofensivas, mas teve falhas de posicionamento na marcação que ajudaram ao Flamengo avançar pela ala esquerda, sobrecarregando um pouco o zagueiro Bambu. O Flamengo foi para o jogo com algumas mudanças. Além do retorno do lateralesquerdo Renê e do volante Cuéllar à

O primeiro tempo da partida foi bastante movimentado, mas com poucas chances claras de gol. Em casa, o Flamengo começou com um bom volume de jogo, mas o Athletico-PR, aos poucos, conseguiu equilibrar as ações e também ter boa presença no campo de ataque. Nos 10 minutos finais, a marcação ficou mais forte e os times ficaram ‘presos’ entre as intermediárias, tendo um aumento também no número de faltas. Pelo lado do time carioca, Lincoln carimbou a trave aos 15 minutos, depois de cruzamento pela direita. Já na equipe paranaense, Rony foi quem chegou mais perto do gol, aos 29, ao bater de primeira após passe também pela direita.

equipe titular, o técnico Jorge Jesus optou por Lincoln na vaga de Bruno Henrique, lesionado. Desta forma, Gabigol teve um pouco mais liberdade à frente e Lincoln ficou mais como referência. A equipe começou com bastante intensidade e “empurrando” o Furacão para o campo de defesa, mas o meia Arrascaeta sentiu um incômodo muscular na coxa direita cedo e Vitinho entrou, mas o time mudou de característica e perdeu um pouco da movimentação que vinha tendo. A equipe conseguiu manter o ritmo no segundo tempo, corrigindo algumas falhas, e chegou ao gol em uma jogada que deixou explícita a movimentação ofensiva. Assim como nas duas partidas anteriores sob o comando de Jorge Jesus, a equipe ainda encontra algumas dificuldades na marcação com “linha alta”, o que gerou problemas no decorrer do jogo - Athletico-PR empatou em um lance de velocidade nas costas do sistema defensivo.

A etapa final teve um panorama bem parecido. O Flamengo com maior posse no campo de ataque e o Furacão buscando as saídas em velocidade, aproveitando os espaços deixados. Neste cenário, Vitinho, que vinha sendo criticado, conseguiu uma jogada pela esquerda e, após desvio de cabeça na área, Gabigol apareceu “de surpresa” para balançar a rede. Com a vantagem no placar, o Flamengo passou a valorizar ainda mais a posse de bola, mas o Athletico-PR insistiu na fórmula e chegou ao empate. Rony recebeu em velocidade de Bruno Nazário e bateu na saída de Diego Alves para deixar tudo igual. Após o gol, o Furacão conseguiu, pela primeira vez na partida, implantar uma pressão sobre o Flamengo e deu indícios de que poderia virar, mas não conseguiu (Renê fez corte providencial em finalização de Renê). Sem mais alterações no placar, a disputa foi para os pênaltis.

A equipe de Tiago Nunes começou acuada e estava explorando muito os chutões, mas, aos poucos, conseguiu ganhar volume de jogo e ficar mais tempo no campo de ataque. A melhora teve a ver também com o rendimento de Bruno Guimarães, que achou espaços na defesa adversária e conseguiu dar certo trabalho. Na volta do intervalo, o Furacão explorou as jogadas “em profundidade”, principalmente pelo lado direito, com Rony. Porém, quando não esbarrava na zaga do Fla, faltava capricho para completar em gol. Mas foi justamente com esta “dupla” (jogada vertical e Rony) que o Furacão chegou ao empate, quando Bruno Nazário achou o companheiro nas costas da defesa e ele bateu na saída de Diego Alves.

O goleiro Santos se tornou o heroi da 78

classificação do Athletico-PR. Ele defendeu duas cobranças (de Diego e Everton Ribeiro) e foi o nome do Furacão. O Flamengo perdeu três cobranças (além das citadas, Vitinho chutou para fora), enquanto Bruno Nazário despediçou para a equipe paranaense. Pelo Athletico-PR, Jonathan, Lucho González e Bruno Guimarães fizeram, enquanto pelo lado do Rubro-Negro carioca apenas Cuéllar balançou a rede. Ao fim, a torcida do Flamengo vaiou muito a equipe, enquanto os jogadores foram em direção à arquibancada para agradecer o apoio. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FICHA TÉCNICA FLAMENGO 1 X 1 ATHLETICO-PR

(1 X 3 NOS PÊNALTIS) Hora 21h30 (de Brasília) Público 64.844 pagantes Árbitro Wilton Pereira Sampaio (GO) Auxiliares

Alessandro de Matos (BA) e Fabricio da Silva (GO) Cartões amarelos Renê e Gabigol (FLA); Leo Pereira, Bruno Guimarães e Rony (ATH) GOLS

Gabigol, aos 15 (FLA) e Rony (ATH), aos 31 do segundo tempo FLAMENGO

Diego Alves, Rafinha (Rodinei), Léo Duarte, Rodrigo Caio e Renê; Cuéllar, Diego, Everton Ribeiro e Arrascaeta (Vitinho); Licoln (Berrío) e Gabigol Técnico Jorge Jesus ATHLETICO-PR

Santos, Jonathan, Robson Bambu, Léo Pereira e Márcio Azevedo (Lucho González); Wellington, Bruno Guimarães

e Nikão (Bruno Nazário); Marcelo Cirino (Vitinho), Marco Ruben e Rony Técnico Tiago Nunes


Gabigol em comemoraçāo do gol

C

orinthians e Flamengo fizeram jogo de muita transpiração e rara inspiração ne empataram por 1 a 1 na Arena. Pela 11ª rodada do Brasileirão, os times tiveram dificuldades para criar e marcaram bem, o que deixou a maior parte da emoção para o VAR: Clayson fez de pênalti, e Gabigol empatou, em dois lances revistos por muito tempo pelos assistentes de vídeo.

Com VAR protagonista, Corinthians e Flamengo empatam em Itaquera O empate na Arena Corinthians é mais valioso para o Flamengo, que foi aos 21 pontos e diminuiu para cinco a distância para os líderes Palmeiras e Santos. Com exceção de duas escapadas de Gabigol em velocidade, o Corinthians neutralizou o Flamengo muito bem e sofreu poucos sustos. Manoel mostrou certo incômodo durante a partida por deslocar o ombro esquerdo, mas seguiu em campo e ganhou mais duelos do que perdeu. Gil foi limpo demais na cobertura e praticamente irretocável. O atacante Vitinho foi escalado em cima de Danilo Avelar para dar calor no lado esquerdo da zaga adversária, mas não fez mais do que sofrer algumas faltas e cavar um cartão amarelo. Errou alguns domínios e foi desarmado muito mais do que criou lances. Tudo isso no intervalo, pois Vitinho acabou substituído por Berrío após levar entrada dura no campo de defesa e jogar dez minutos no sacrifício. O estreante Gerson teve atuação de bons

Time posando para a foto

de sair atrás no placar que o RubroNegro tentou mudar de postura com Bruno Henrique e Lincoln em campo. O Corinthians controlava o encaixe de forças, mas os cariocas contaram com a sorte para Gabigol pegar o rebote e empatar no fim. O Flamengo quase abriu o placar no primeiro minuto, quando Diego tentou chute longo e parou em Cássio. Pedrinho respondeu fazendo Diego Alves trabalhar aos 9, e as chances foram alternadas: Cássio errou uma saída e viu Willian Arão levar perigo, depois quase se complicou à frente de Gabigol aos 15; do outro lado o Corinthians chegou com força em dois escanteios, com cabeceios perigosos de Pedrinho e Manoel.

números, mas de efetividade baixa. Apesar do encaixe interessante no meio e da frequente participação no jogo, não encontrou muitos passes verticais - foram jogadas do tipo, aliás, que faltaram ao Flamengo. Do outro lado, o volante Gabriel correu para todo canto e limitou bem as ações de Diego, tendo boa apresentação ao herdar a posição do lesionado Ralf. De modo geral o Corinthians conseguiu incomodar o Flamengo e abrir espaço pelos lados do campo, mas faltou um pouco de capricho na hora do passe decisivo. Defensivamente o Alvinegro foi bem, mas na frente encontrou a mesma dificuldade que impôs ao Flamengo. Abriu o placar em pênalti que nasceu no único contra-ataque que encaixou, e a partir daí explorou os erros adversários para controlar o duelo de forma inteligente: cadenciou as jogadas e

O jogo ficou morno na volta do intervalo, mais brigado do que jogado, até que Fagner disparou em contra-ataque e serviu Love, que foi derrubado na área. Clayson converteu o pênalti para abrir o placar aos 16 minutos, após quatro minutos de espera pelo aval do VAR. O Flamengo passou longo período sem incomodar Cássio, e só chegou com perigo aos 35 minutos em jogada pela esquerda, mas Bruno Henrique ainda furou a tentativa de chute de canhota. Pouco depois, em lance difícil para checagem do VAR, Gabigol acabou completando rebote de Cássio e deixando tudo igual. O chute aconteceu aos 41 minutos, mas o gol foi validado só aos 46, deixando o atacante isolado na artilharia do Brasileirão com oito tentos. Carille ainda tinha substituições a fazer e lançou Mateus Vital para tentar recuperar a vantagem no placar. E a esperança corintiana chegou a crescer quando Berrío fez falta dura em Sornoza e acabou expulso. Após mais uma longa paralisação,

segurou a bola. Levou o gol em lance raro já nos minutos finais. A escalação cautelosa, com Cuéllar e Willian Arão em campo, foi refletida no modo de jogar do Flamengo. Os visitantes preferiram sentir a temperatura ambiente antes de se envolver de verdade na partida. Ainda que tenha tido bons momentos no primeiro tempo, foi só depois 79

o jogo seguiu truncado demais e terminou empatado. Quando Gabigol pegou a sobra e balançou as redes corintianas para empatar a partida, o assistente José Eduardo Calza contrariou as recomendações atuais da Fifa e imediatamente levantou a bandeira para marcar impedimento. O jogo ficou paralisado por quase cinco minutos até que a equipe de vídeo avisou o árbitro Leandro Vuaden de que não havia impedimento no lance. Júnior Urson dava condição a Gabriel, para delírio dos flamenguistas, que não fizeram uma boa partida. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FICHA TÉCNICA

CORINTHIANS 1X1 FLAMENGO Hora 16h (de Brasília) Público 34.737 pagantes Árbitro Leandro Vuaden (RS) Auxiliares Jorge Eduardo Bernardi e José Eduardo Calza (ambos do RS) Cartões amarelos Clayson (COR); Rodrigo Caio, Berrío, Diego e Rodinei (FLA) Cartão vermelho Berrío (FLA) GOLS

Clayson (COR), de pênalti, aos 16 e Gabigol aos 46 do segundo tempo (FLA) CORINTHIANS

Cássio; Fagner, Manoel, Gil e Danilo Avelar; Gabriel (Mateus Vital), Junior Urso e Sornoza (Boselli); Pedrinho, Clayson (Everaldo) e Vagner Love Técnico Fábio Carille FLAMENGO

Diego Alves, Rodinei, Rodrigo Caio, Léo Duarte e Renê; Cuéllar (Bruno Henrique), Willian Arão e Diego; Vitinho (Berrío), Gerson (Lincoln) e Gabigol Técnico Jorge Jesus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


Dois lances de Diego sempre sendo vigiado de perto pela zaga do Emelec

Gerson tenta armar jogada

O

Flamengo visitou o Emelec e começou com derrota nas oitavas de final da Libertadores. Com gols de Godoy e Caicedo, os equatorianos venceram por 2 a 0 o duelo disputado no Estádio George Capwell, em Guayaquil. Prioridade do Flamengo em uma temporada de alto investimento em contratações, a Libertadores passou a ficar fortemente ameaçada.

precisam vencer por três gols de diferença para seguir. Os rubro-negros voltam a campo no domingo, quando encaram o Botafogo, 16h, também no Maraca. Gabigol foi uma das poucas boas notícias do Flamengo na noite em Guayaquil. Sem ser municiado, o atacante tratou de buscar a bola e tentou encontrar seus próprios espaços. Foram dele as únicas poucas e reais chances de gol do Fla.

Flamengo joga mal, perde do Emelec no Equador e fica sob risco na Libertadores

O técnico Jorge Jesus utilizou de uma estratégia errada para o início da partida, no Equador. Cuéllar foi barrado, Diego recuado e Rafinha, avançado. O Emelec, perspicaz, soube aproveitar esta fragilidade do Flamengo e não demorou muito para abrir o marcador. Os homens que compõem a defesa do Flamengo estiveram em uma jornada ruim, e o primeiro gol do Emelec traduz isso. A bola viajou da direita para a esquerda até Cabezas cruzar para a área. Entre vários rubro-negros, Godoy recebeu absolutamente sem marcação e bateu para vencer Diego Alves. O gol que fechou o marcador também foi fruto de um contra-ataque que pegou a zaga desarrumada.

Com uma atuação ruim coletiva e individualmente, o Rubro-negro foi uma equipe que pouco perigo ofereceu aos equatorianos. Organizado desde o início, o Emelec, que ainda nāo havia vencido em casa, neutralizou facilmente os brasileiros. Na próxima quarta-feira (31), os times voltam a se enfrentar no Maracanã. Os cariocas

sair com a bola desde trás. Com os homens de meio também em apuros, os atacantes não foram municiados. O resultado disso foi um time incapaz de se impor ao adversário e que não construiu coletivamente. Inferior tecnicamente, o Emelec deixou o Fla ter a bola. O time marcou em cima e deixou que o rival tropeçasse em seus próprios erros de marcação para vencer. Destaque para Guerrero, que atormentou pelos dois lados. O meia Diego sofreu falta e deixou o campo aos 25 do segundo tempo. O jogador foi carregado na maca e, chorando, desceu direto para o vestiário. Se nova baixa se

fez o 2 a 0. O Flamengo entrou em campo com sua camisa tradicional rubro-negra, calção branco e meiões da mesma cor, combinação de uniforme rara no clube. Como o Emelec jogou de azul da cabeça aos pés, foi definido que o Fla não usasse meia vermelha e preta.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FICHA TÉCNICA EMELEC 2 X 0 FLAMENGO

Hora 21h30 (de Brasília) Público 64.844 pagantes Árbitro Wilton Pereira Sampaio (GO) Auxiliares

Alessandro de Matos (BA) e Fabricio da Silva (GO) Cartões amarelos Renê e Gabigol (FLA); Leo Pereira, Bruno Guimarães e Rony (ATH) GOLS

Godoy, aos 10 do primeiro tempo; Caicedo, aos 33 minutos do segundo tempo EMELEC

Dreer, Caicedo, Jordan Jaime, Leandro Vega e Bagüi; Arroyo, Godoy e Queiroz (Mejía); Cabezas (Orejuela),

confirmar, Jesus terá mais um na lista dos jogadores indisponíveis, que já conta com Éverton Ribeiro, Arrascaeta e Vitinho. Godoy abriu o placar aos 10 minutos da etapa inicial. Aos 8 do segundo tempo, Vega chutou o rosto de Rafinha e foi expulso. Aos 25, Diego saiu lesionado e o Fla não tinha mais substituições. Aos 33, Caicedo

Deslocado para compor a segunda linha rubro-negra, Rafinha não se encontrou de forma alguma. Ainda que atuando pela direita, o camisa 13 “trombou” com Rodinei e foi peça nula na construção ofensiva e na parte defensiva. No segundo tempo, voltou para sua posição de origem e foi mais efetivo. O Flamengo teve muita dificuldades para 80

Guerrero (Carabalí) e Angulo Técnico Ismael Rescalvo

FLAMENGO Diego Alves, Rodinei (Lincoln), Léo Duarte, Rodrigo Caio e Renê; Willian Arão (Cuéllar), Diego e Gérson (Lucas Silva); Rafinha, Bruno Henrique e Gabriel Técnico Jorge Jesus

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


Acima: Gabigol tenta jogada Ao lado: Gerson comemorando o gol do empate

O

Flamengo venceu o Botafogo por 3 a 2 neste domingo, no Maracanã. O jogo foi bastante movimentado e polêmico já que a arbitragem decidiu por não expulsar Cuellar e Rafinha em lances que geraram reclamações dos botafoguenses. O Alvinegro saiu na frente com Cicero, mas Gerson e Gabigol viraram. Diego Souza empatou, mas Bruno Henrique deu números finais ao duelo.

Flamengo bate o Botafogo de virada em tarde inspirada de Rafinha O triunfo é importante para o Flamengo que teve que superar vários desfalques. Diego, Vitinho, Everton Ribeiro e Arrascaeta antes da partida, além de Rodrigo Caio e

Lincoln durante o jogo. O Rubro-negro é o 3º lugar com 24 pontos conquistados. Na quarta-feira, o Flamengo tem o jogo da volta com Emelec após ser derrotado por 2 a 0 no Equador, nas oitavas de final da Libertadores. Pelo Brasileiro, o próximo adversário é o Bahia, no domingo, na Fonte Nova. O lateral Rafinha do Flamengo teve

da TV Globo, Sálvio Spínola, considerou a jogada para expulsão. A volta para o segundo tempo apresentou um Botafogo mais ligado. Luiz Fernando quase marcou em jogada individual, mas a melhor chance veio com Pimpão. O atacante recebeu um passe primoroso de Diego Souza, mas finalizou por cima. O Botafogo era melhor na partida, mas foi o flamengo quem conseguiu a virada. Após cruzamento da direita, a zaga afastou mal e Gabigol pegou de primeira para fazer um golaço. Na comemoração ele fez o gesto do ‘chororô’ em frente ao banco do Alvinegro, que nada fez.

grande atuação e desequilibrou a partida nos momentos complicados para o Flamengo. Mesmo que tenha causado polêmica em falta violenta em Luiz Fernando, ele teve atuação sólida e fez a jogada do gol da vitória. Luiz Fernando, por sua vez, foi o grande destaque do Botafogo. Alex Santana, volante do Botafogo tem sido o pior em campo nos últimos jogos. Além de não marcar com efetividade, jogador pouco aparece no ataque. Péssima partida. O departamento médico do Flamengo já estava cheio e ficou ainda mais apertado após poucos minutos de jogo. Rodrigo Caio sentiu uma lesão virilha e fez o tradicional gesto pedindo substituição. Jorge Jesus lançou Thuler ao lado de Pablo Marí. Vitinho, Diego, Everton Ribeiro, Arrascaeta e, agora, Rodrigo Caio.

Os botafoguenses já reclamavam de uma possível expulsão de Cuellar no primeiro tempo por carrinho no tornozelo de Marcinho. No segundo tempo, mais uma polêmica. Já

No mesmo lance em que Rodrigo Caio sentiu a lesão, o Botafogo bateu o escanteio e abriu o marcador. Jonathan bateu com categoria no primeiro pau, e Cícero se antecipou a Trauco e Diego Souza para desviar e estufar a rede: 1 a 0. Após o gol, o Botafogo recuou e viu o Flamengo tomar conta da partida. O Rubro-negro passou a usar bem os seus pontas Gabigol e Bruno Henrique e criava jogadas de perigo em larga escala. Não demorou a sair o empate. Gerson dominou pela direita, driblou Jonathan e bateu com categoria no canto direito de Gatito fernández que nada pôde fazer: 1 a 1. Aos 45min do primeiro tempo, Marcinho tinha bola dominada quando sofreu uma dura falta de Cuellar, que pisou em cima do tornozelo do botafoguense. Apesar do lance pesado, o VAR não chamou o árbitro Raphael Claus para revisar a entrada do colombiano. O comentarista de arbitragem

falta de longe, o camisa 7 soltou uma bomba e conseguiu vencer Diego Alves, que passou a ser vaiado pela torcida do Flamengo. Na comemoração, Barroca repetiu o mesmo gesto de Gabigol para os rubro-negros atrás do banco. O Flamengo não sentiu o gol de empate e voltou a atacar em busca da vitória. A ousadia foi presenteada. Rafinha fez grande jogada pela direita, tabelou com Gabigol e rolou para Bruno Henrique, sem goleiro, completar para as redes: 3 a 2. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FICHA TÉCNICA

FLAMENGO 3X2 BOTAFOGO

Hora 16h (de Brasília) Público 45.622 presentes Árbitro Raphael Claus (Fifa/SP) Auxiliares Marcelo Carvalho

Van Gasse (SP) e Neuza Ines Back (SP) Cartões amarelos Gabriel Barbosa, Cuéllar, Rafinha, Gerson, Trauco (FLA) e Rodrigo Pimpão, Gabriel (BOT) GOLS

Cícero (BOT) aos 13 e Gerson (FLA) aos 34 do primeiro tempo; Gabriel Barbosa (FLA) aos 8, Diego Souza (BOT) aos 21e Bruno Henrique (FLA) aos 28 do segundo tempo FLAMENGO

Diego Alves; Rafinha, Pablo Marí, Rodrigo Caio (Matheus Thuler) e Trauco; Cuéllar, Willian Arão Gerson; Lincoln (Lucas Silva), Bruno Henrique e Gabriel Barbosa (Piris da

com cartão amarelo, Rafinha deu entrada por trás em Luiz Fernando. Raphael Claus marcou a falta, mas não deu novo amarelo. Mais um erro segundo o comentarista de arbitragem da Globo, Sálvio Spínola. Em meio à revolta pela atuação da arbitragem, o Botafogo seguiu firme em busca do empate. E ele saiu em um golaço de Diego Souza. Em 81

Motta) Técnico Jorge Jesus BOTAFOGO

Gatito Fernández; Marcinho, Joel Carli, Gabriel e Jonathan (Lucas Barros); Cícero, Alex Santana e João Paulo (Victor Rangle); Diego Souza, Luiz Fernando e Rodrigo Pimpão (Lucas Campos) Técnico Eduardo Barroca


Diego Alves defende uma das cobranças

C

om muito drama e tensão no Maracanã, o Flamengo conseguiu levar a decisão contra o Emelec (EQU) para os pênaltis, ao vencer no tempo normal por 2 a 0 - com dois de Gabigol - e, com eficiência nas cobranças e uma defesa do goleiro Diego Alves, levou a melhor na disputa (4 a 2) para garantir a heroica classificação às quartas de final da Copa Libertadores, onde enfrentará o Internacional, que eliminou o Nacional (URU).

Fla vence Emelec com drama nos pênaltis e avança na Libertadores. Na partida em Guayaquil (EQU), o Rubronegro havia perdido por 2 a 0. O time, então, entrou em campo pressionado precisando vencer por três gols de diferença para se classificar ou ao menos por 2 a 0 para levar a decisão por pênaltis. Gabigol, porém, tratou de deixar as coisas um pouco mais fáceis ao abrir o placar aos 9 minutos do primeiro tempo, de pênalti, e ampliar aos 18, após concluir cruzamento rasteiro da esquerda de Bruno Henrique. Na etapa inicial, o Rubro-negro ainda criou outras oportunidades e poderia ter saído de campo para o intervalo com um placar maior. No segundo tempo, porém, o time sentiu o nervosismo da partida, e o Emelec passou a se soltar um pouco mais, levando certo susto em alguns momentos. No fim, se retrancou novamente e segurou o resultado até as penalidades. Inspirado, Gabigol chegou aos 22 gols em 33 jogos na temporada pelo Flamengo. O atacante é o artilheiro do Brasil em 2019.

Time comemorando a classificaçāo com Diego Alves, o herói do jogo

O Flamengo teve tempos distintos no Maracanã. Se no primeiro tempo a equipe foi completamente avassaladora, com um show de Gabigol, podendo ter saído com um placar até maior que o 2 a 0, na etapa final deixou o nervosismo tomar conta, algo que também acabou passando para a arquibancada. O Emelec entrou com a proposta de se defender, mas pareceu estar muito assustado no primeiro tempo, sendo completamente envolvido pelo Flamengo e mal conseguindo trocar passes. No segundo tempo o time se acalmou e conseguiu sair um pouco mais para jogo.

Além dos tentos, foi intenso durante os 90 minutos e muito participativo, até quando sentiu uma lesão na coxa direita e precisou ser substituído aos 25 do segundo tempo pelo jovem Reinier. O volante Dixon Arroyo parece não ter aprendido no jogo de ida, quando com uma dura entrada, fraturou o tornozelo direito do meia Diego, que não tem previsão certa de retorno aos gramados. Na partida de hoje, ele novamente fez uma falta com força excessiva, desta vez em Gérson, e foi punido com cartão amarelo. O Flamengo chegou a solicitar a suspensão do jogador à Conmebol, mas teve seu pedido negado. Com um edema ósseo no pé esquerdo, Éverton Ribeiro foi para o sacrifício na partida contra o Emelec e, embora tenha buscado o jogo, pareceu realmente não estar em plenas condições de jogo. O jogador, no entanto, não se furtou do duelo e das divididas, mas precisou ser substituído no início do segundo tempo por Arrascaeta, que também era dúvida. Reinier, de apenas 17 anos, fez sua estreia no profissional do Flamengo ao substituir Gabigol, lesionado, aos 25 minutos do segundo tempo. O jovem tem uma multa rescisória estipulada em R$ 300 milhões e é visto como grande promessa do clube.

Responsável por fraturar o tornozelo direito do meia Diego no jogo de ida no Equador, o volante Arroyo teve um destino cruel no Maracanã ao ser o jogador a desperdiçar a cobrança de pênalti para o Emelec. Em seguida, Queiroz também não foi bem, acertou o travessão e o Flamengo foi classificado. Após a classificação, os jogadores do Flamengo levaram até o centro do gramado a camisa 10 de Diego e posaram para fotos em homenagem ao jogador que ainda não tem um prazo certo de retorno. Vaiado na vitória por 3 a 2 sobre o Botafogo por causa do segundo gol, de falta, de Diego Souza, o goleiro Diego Alves se redimiu contra o Emelec. Apesar da atuação discreta com a bola rolando, defendeu pênalti batido por Arroyo. Arrascaeta, Bruno Henrique, Renê e Rafinha fizeram para o Flamengo, que venceu por 4 a 2. Bryan Angulo e Cortez marcaram enquanto Cortez e Arroyo perderam para o Emelec.

Logo aos sete minutos do primeiro tempo, Rafinha recebeu uma bola em escanteio curto e deu um lindo drible em Bagüí na linha de fundo. O jogador do Emelec o obstruiu com o braço direito, e o lateral caiu. Imediatamente, a arbitragem marcou pênalti para reclamação dos equatorianos. Após uma breve consulta aos auxiliares de VAR por áudio, Néstor Pitana confirmou a infração, convertida por Gabigol.

Técnico 82

da

seleção

brasileira,

Tite

esteve presente assistindo à partida. Na entrada das equipes em campo, a torcida do Flamengo abriu um mosaico no setor leste do Maracanã com a frase: “Jogaremos Juntos!”. Na chegada do ônibus que levou a delegação ao Maracanã, milhares de torcedores do Flamengo recepcionaram os jogadores com uma “rua de fogo”, munidos de sinalizadores vermelhos e bandeiras na Avenida Radial Oeste, onde se situa o portão de acesso ao estádio. O veículo foi escoltado pela Polícia Militar, que abriu um corredor em meio à multidão, o que fez com que ônibus adentrasse o Maracanã sem maiores problemas. FICHA TÉCNICA

FLAMENGO 2 X 0 EMELEC

(4 X 2 NOS PÊNALTIS)

Hora 21h30 (de Brasília) Público 67.664 presentes e

61.602 pagantes Árbitro Néstor Pitana (ARG) Auxiliares Hernán Maidana e Julio Fernández (ambos da Argentina)

Cartões amarelos Bruno Henrique, Cuéllar, Willian Arão (FLA); Arroyo, Mejía, Quintero e Cortez (EME) GOLS Gabigol, aos 9 e 18 minutos do primeiro tempo FLAMENGO Diego Alves; Rafinha, Thuler, Pablo Marí e Renê; Cuéllar,

Willian Arão e Gérson (Berrío); e Éverton Ribeiro (Arrascaeta), Bruno Henrique e Gabigol (Reinier)

Técnico Jorge Jesus EMELEC

Dreer; Caicedo, Jaime (Quintero), Mejía e Bagüí; Arroyo,

Godoy (Cortez), Queiroz, Cabezas; Guerrero (Carabalí) e

Angulo

Técnico Ismael Rescalvo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


Acima: Luis Filipe marcado Ao lado: Arrascaeta tentando arremate

O

Bahia venceu o Flamengo, na Arena Fonte Nova, em jogo que teve a marca de Gilberto. O atacante balançou a rede três vezes e foi essencial no triunfo por 3 a 0. O time Rubro-Negro permanece com 24 e se frustra no objetivo de encostar no Palmeiras, segundo colocado.

Com hat-trick de Gilberto, Bahia atropela o Flamengo na Fonte Nova O atacante Gilberto foi o destaque da partida. Ele fez três gols - todos ainda no primeiro tempo - e foi o nome do triunfo do Tricolor baiano. O jogador, que não balançava a rede há quatro partidas, terminou o jejum em grande estilo. O atacante Artur foi um dos destaques positivos do Tricolor. O jogador se movimentou bastante nas jogadas ofensivas e ajudou também na recomposição do time na marcação, acompanhando os laterais adversários. Foi o autor do passe que gerou o terceiro gol de Gilberto. O time do Flamengo, como um todo, não conseguiu ter boa atuação. Arrascaeta, que no primeiro tempo atuou mais avançado, quando caiu pela esquerda conseguiu dar um certo trabalho à defesa adversária. O atacante Fernandão ficou poucos minutos em campo. O jogador entrou aos 36 minutos, na vaga de Gilberto, e foi expulso aos 44 minutos, após falar algo na direção do árbitro. Na saída de campo, ele alegou que o juiz disse que foi xingado. Titular, o lateral-esquerdo Filipe Luís, de 33 anos, fez a estreia pelo Flamengo. O jogador, que foi apresentado no último dia 26, defendeu a seleção brasileira na Copa América. Ele voltou ao Brasil depois de 15 anos no futebol europeu - neste período,

os espaços do time rubro-negro, que ainda tentava o melhor entrosamento no esquema montado. Em casa, o Bahia começou a partida indo para cima e “abafando” o Flamengo, que afastava da maneira que dava. O time rubro-negro, por sua vez, não conseguia se encontrar na nova formação e encontrava dificuldades, chegando mais perto de balançar a rede nas jogadas aéreas. E foi a partir dos 20 minutos que apareceu o atacante Gilberto. Ele surgiu nas costas da defesa para abrir o placar e, pouco depois, aproveitou falha de Diego Alves para fazer o segundo. No fim da etapa inicial, quando os comandados de Jorge Jesus ensaiavam uma pressão, Gilberto arrematou em um contraataque e fez o terceiro dele no jogo. O placar levou tranquilidade à equipe baiana. Após o intervalo, Jorge Jesus colocou Renê na vaga de Filipe Luis e o jovem Reinier na do volante Piris. Ele entrou para atuar ao lado de Bruno Henrique, quase que no papel que Gabigol exerce normalmente. Com as mudanças, os visitantes tiveram mais posse de bola e presença no campo de ataque, mas sem efetividade - faltava capricho no último passe. Já o Bahia, em vantagem no placar, passou a jogar de forma mais compacta, com as linhas mais próximas, e explorando ainda mais os contra-ataques. Desta forma, esteve próximo de fazer o quarto, mas esbarrou na falta de pontaria ou em Diego Alves. No fim, após passe de Reinier, quase que Berrío consegue fazer para o Fla, mas a bola passou próxima à trave e saiu. Após Gilberto balançar a rede pela primeira vez, a torcida do Bahia teve de esperar quatro minutos para celebrar. O lance, em que a arbitragem apontou impedimento, foi checado pela equipe de vídeo. Durante

defendeu Ajax (HOL), Real Madrid B (ESP), La Coruña (ESP), Chelsea (ING) e Atlético de Madrid (ESP). Ainda se acostumando ao ritmo, deixou espaços e, em um deles, saiu o terceiro gol do Bahia. Foi substituído aos 9 minutos do segundo tempo. Sem poder contar com Gabigol e Licoln, lesionados, Jorge Jesus optou por uma formação diferente, tendo Bruno Henrique como referência e Arrascaeta um pouco mais avançado. O time, porém, não conseguiu se encontrar e teve muita dificuldade de furar o bloqueio do Bahia. As chances mais perigosas do time rubro-negro foram em jogadas com bolas alçadas na área. A movimentação defensiva também foi falha. O Bahia conseguiu achar muitos espaços, principalmente nas jogadas em velocidade.

A equipe de Roger Machado conseguiu “povoar” o meio de campo e explorar os erros do Flamengo, que demonstrava equívocos no posicionamento defensivo. Os avanços de Artur, Nino Paraíba e Moisés foram importantes para esta estratégia. Um dos pontos positivos do time foi o fato de conseguir dobrar a marcação, diminuindo 83

a espera, alguns jogadores dos dois times foram conversar com o árbitro, que fazia o sinal de dois, dando a entender que a análise era em cima do posicionamento de Gilberto e também de Lucca, que estava na jogada e foi em direção à bola. O Flamengo estreou o novo terceiro uniforme no duelo desta tarde. A vestimenta tem um tom cinza e com detalhes em verde limão. O lançamento foi feito na última quintafeira.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FICHA TÉCNICA BAHIA 3 X 0 FLAMENGO

Hora 16h (de Brasília) Público 43.099 pagantes Árbitro Flavio Rodrigues de Souza (SP) Auxiliares Alex Ang Ribeiro (SP) e Miguel Ribeiro da Costa (SP) Cartões amarelos Ramires (BAH) e Rafinha (FLA) GOLS

Gilberto (BAH), aos 20, 30 e 50 minutos do primeiro tempo FLAMENGO Diego Alves, Rafinha, Thuler, Pablo Marí e Filipe Luís (Renê); Piris (Reinier), Arão, Gerson, Everton Ribeiro e Arrascaeta (Berrío); Bruno Henrique Técnico Jorge Jesus BAHIA

Douglas Friedrich; Nino Paraíba, Lucas Fonseca, Juninho e Moisés; Gregore, Flávio, Giovanni (Ramires); Artur, Gilberto (Fernandão) e Lucca (Elber) Técnico Roger Machado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


Acima: Arrascaeta no mano a mano Ao lado: Everton comemorando seu gol com Renê

O

Flamengo fez valer seu maior volume de jogo e venceu o Grêmio por 3 a 1, com gols de Willian Arão, Arrascaeta e Éverton Ribeiro(de pênalti, Galhardo marcou para os gremistas). Em um Maracanã pintado de vermelho e preto, os donos da casa tentaram impor seu ritmo desde o início ante um time rival formado por reservas. Com o triunfo, o Rubro-negro, que chegou aos 27 pontos, ficou a cinco do líder Santos, que perdeu por 3 a 2 para o São Paulo.

Arrascaeta brilha, Flamengo bate os reservas do Grêmio e diminui vantagem do líder Autor do primeiro gol rubro-negro, Willian Arão não apareceu apenas no ataque.

Fundamental na marcação, o jogador foi incansável na perseguição aos gremistas e também esteve bem na saída de bola. Volante acertou passes e até começou bem o jogo, mas no decorrer do primeiro tempo

e acertou uma bomba que explodiu no travessão de Julio César. O camisa 15 lamentou o desfecho do lance, mas levantou a torcida no Maracanã. Em dois lances quase seguidos, Julio César salvou o Grêmio em dois arremates de Arrascaeta, que perdeu duas chances de praticamente liquidar o jogo. O primeiro foi depois de Bruno Henrique fazer ótima jogada individual, que terminou com uma conclusão do uruguaio. Após lindo passe de Arrascaeta, Willian Arão marcou aos 28 minutos do primeiro tempo. Já nos acréscimos, o árbitro consultou o VAR e averiguou pênalti de Marí. Aos 50, Galhardo bateu e empatou. No segundo tempo, Arrascaeta, aos 5 minutos, recolocou o Fla em vantagem, após Bruno Henrique acertar a trave rival. Aos 46 da etapa final, Éverton

caiu de produção e passou a comprometer pelo posicionamento errado. A parceria com Thaciano também deixou a marcação frágil. Capitão gremista na noite de hoje, Léo Moura teve de aturar as vaias da torcida do Flamengo do primeiro ao último minuto. Ex-jogador do Fla, o lateral somou muitas taças pelo antigo clube, mas chateou parte da torcida ao acionar a Justiça em busca de direitos que não teriam sido pagos. Em campo, o jogador teve boa atuação e deu lindo passe para Pepê concluir, mas a arbitragem anotou impedimento. O Fla deixou claro desde o início que tentaria comandar as ações da partida desde o começo. A postura ofensiva do time, algo que já marca esta equipe de Jorge Jesus, tem proporcionado espaços atrás, especialmente quando os adversários apostam em bolas longas em velocidade nas costas dos laterais. Apesar destes ajustes ainda necessários, os rubronegros colecionaram as melhores chances e mereceram o triunfo em casa. O Grêmio deu liberdade a Luan e Luciano no ataque, mas não conseguiu se impor no meio-campo. A dupla Thaciano e Darlan ficou no meio do caminho, com bons passes curtos, mas sem força para brecar a investida pesada do Flamengo. A estratégia também tinha um plano B: apostar na velocidade de Pepê. Nas duas vezes em que ele ganhou na corrida, errou na tomada de decisão. Defensivamente, problemas em série na marcação e também muita falta de atenção. Aos 12 do segundo tempo, o meia Gerson cortou para o meio

Arão e Diego Alves receberam camisas especiais por terem completado 200 e 100 partidas pelo clube, respectivamente. Eles foram homenageados pelo presidente Rodolfo Landim, pelo vice de futebol Marcos Braz, e por Bruno Spindel, diretor de futebol do Fla. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FICHA TÉCNICA FLAMENGO 3 X 1 GRÊMIO

Hora 19h (de Brasília) Público 57.644 presentes e 53.970 pagantes Árbitro Braulio da Silva Machado (SC)

Auxiliares Helton Nunes (SC) e Alex dos Santos (SC) Cartões amarelos Bruno Henrique, Cuéllar, Willian Arão

(FLA); Arroyo, Mejía, Quintero e Cortez (EME) GOLS

Willian Arão (FLA), aos 28 e Galhardo (GRE), aos 50

do primeiro tempo; Arrascaeta, aos 5 e Éverton Ribeiro (FLA), aos 46 do segundo tempo FLAMENGO

Diego Alves, Rafinha, Thuler, Pablo Marí e Filipe Luís

(Renê); Cuéllar (Piris da Motta), Arão, Gerson, Berrío (Éverton Ribeiro) e Arrascaeta; Bruno Henrique

Técnico Jorge Jesus GRÊMIO

Ribeiro trouxe para a perna esquerda e disparou um chute sem defesa para Julio César. O tropeço no Maracanã representou o fim de uma sequência invicta de 10 partidas dos gaúchos. Antes de a bola rolar, Willian 84

Julio César; Léo Moura, David Braz, Paulo Miranda e

Capixaba; Thaciano, Darlan, Galhardo (Éverton), Luan (Da Silva) e Pepê; Luciano (Patrick)

Técnico Renato Gaúcho

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


Acima: Bruno Henrique e Rodinei comemorando Ao lado: Gabigol comemorando

C

onvocado para a seleção brasileira e destaque do Clássico dos Milhões no dia seguinte. Em alta, Bruno Henrique fez um belo gol na goleada do Flamengo por 4 a 1 sobre o Vasco, em Brasília, pelo Campeonato Brasileiro - Gabigol, duas vezes, e Arrascaeta também marcaram, e Castan fez o de honra do Cruzmaltino. Com o triunfo, o rubro-negro chegou aos 30 pontos e passou, momentaneamente, o Palmeiras, alcançando a segunda colocação, dois pontos atrás do Santos. Quem também brilhou foi o goleiro Diego Alves, que defendeu dois pênaltis - os dois no segundo tempo, assinalados com o auxílio do VAR. Um foi cobrado por Pikachu, e o outro por Bruno César.

Com brilho de Bruno Henrique e Diego Alves, Flamengo goleia o Vasco e encosta na liderança do Brasileirão O Vasco conseguiu levar perigo pelo lado direito, quase sempre com a contribuição de Pikachu, que, com os desfalques, voltou a ser utilizado como ponta. Em lance individual, ele chegou a acertar o travessão do gol defendido por Diego Alves. No segundo tempo, perdeu pênalti, mas, logo depois, acabou cobrando escanteio que gerou o único gol cruzmaltino. O atacante Bruno Henrique, convocado para a seleção brasileira, foi um dos destaques do Flamengo no jogo. O jogador conseguiu levar mobilidade ao setor, marcou um belo gol e ainda sofreu o pênalti que acarretou o quarto gol rubronegro. Barba, cabelo e bigode! Jogando como o homem mais centralizado do ataque, Marquinho apareceu pouco e não

presos entre as intermediárias por conta dos erros de passes e as faltas cometidas pelos dois lados. Enquanto o Flamengo buscava marcar pressão e dificultar a saída de bola do Vasco, o Cruzmaltino apostava nos avanços em velocidade pelas pontas. Com os times mais “assentados”, a equipe de São Januário teve um momento melhor no jogo e criou duas chances claras de abrir o placar: uma com Raul, que Diego Alves defendeu, e outra com Pikachu, que carimbou o travessão. Aos poucos, o equilíbrio voltou ao duelo, e o Flamengo passou a criar dificuldades ao adversário. Quando o primeiro tempo caminhava para o fim, Bruno Henrique, convocado por Tite para os amistosos da seleção brasileira, tabelou com Arrascaeta e bateu colocado, fazendo o primeiro gol da partida. O mesmo Bruno Henrique, logo no começo do segundo tempo, iniciou jogada que terminou em gol de Gabigol. Em jogada pela direita, Tiago Reis cruzou, e a bola pegou no braço de Thuler. Após análise no VAR, o pênalti foi marcado. Pikachu foi para a cobrança, e Diego Alves defendeu. Na cobrança de escanteio, porém, enquanto a torcida rubro-negra ainda celebrava a defesa, Castan subiu mais alto que a defesa e fez para o Vasco. Com o gol, o Vasco tentou voltar para o jogo, mas o objetivo foi rapidamente frustrado. Pouco depois, a zaga falhou, e Bruno Henrique cabeceou, obrigado Fernando Miguel a fazer boa defesa. No rebote, Gabigol deixou o dele. Foram três gols em 16 minutos! O Vasco teve outro pênalti assinalado com o auxílio do VAR. Desta vez, quem foi para a cobrança foi Bruno César, mas o resultado final não foi diferente. Diego Alves conseguiu a defesa. No contra-ataque, pênalti para o Flamengo:

conseguiu ajudar. Quando buscou auxiliar o sistema defensivo, se atrapalhou dentro da pequena área e, por pouco, não começou uma jogada que terminou em gol do Flamengo. O zagueiro espanhol Pablo Marí teve alguns erros de posicionamento que, por pouco, não foram cruciais. O defensor deu espaço, e foi pelo setor esquerdo da defesa que Raul e Pikachu quase conseguiram abrir o placar para o Vasco. O técnico Vanderlei Luxemburgo optou por montar um time mais compacto na marcação, no aguardo do Flamengo, para sair em velocidade. Em certo momento do primeiro tempo, a estratégia deu certo, e o Vasco foi superior por uns minutos, mas, aos poucos, a falta de criatividade do meio de campo ficou evidente. Além disso, mesmo “atrás da linha da bola”, o time de São Januário não conseguiu encaixar uma marcação que anulasse os pontos fortes do Rubro-Negro, que trocava passes com facilidade. Após o segundo gol do Flamengo, o que se viu foi um Vasco assustado e desorganizado em campo, tendo de ficar correndo atrás da bola. Jesus optou pela manutenção de Gerson na direita, deixando Everton Ribeiro como reserva. O sistema ofensivo funcionou com a movimentação dele com Arrascaeta, Bruno Henrique e Gabigol, principalmente pelo fato de o Vasco não ser um time de “mordida” na marcação. No segundo tempo, o modo de atuar fez o Vasco ficar acuado. Do outro lado do campo, porém, a defesa voltou a mostrar falhas de marcação, principalmente em jogadas mais velozes. No primeiro tempo, o lado esquerdo sofreu com as investidas do adversário. Na saída de bola, algumas falhas puderam ser apontadas também. O clássico começou “picotado”, com os times 85

Arrascaeta cobrou e fez o quarto do time rubro-negro. Com o placar praticamente definido, a torcida do Flamengo começou a gritar “olé” e pedir mais um gol. Ao apito final, o clima esquentou em campo, e um empurra-empura entre os jogadores foi iniciado. Porém, a turma do “deixa disso” chegou e acalmou os ânimos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FICHA TÉCNICA VASCO 1 X 4 FLAMENGO

Hora 19h (de Brasília) Público 65.418 presentes Árbitro Leandro Vuaden (RS) Auxiliares Kleber Gil (SC) e Jorge

Bernardi (RS) Cartões amarelos Rodinei e Piris (FLA) GOLS Bruno Henrique aos 41 do primeiro tempo, Bruno

Henrique (FLA) aos 5; Leandro Castan (VAS) aos 13, Gabigol, aos 16 e Arrascaeta (FLA), aos 37 do segundo

tempo

FLAMENGO

Diego Alves; Rodinei, Thuler, Pablo Marí e Filipe Luís;

Willian Arão, Cuéllar, Gerson (Everton Ribeiro) e Arrascaeta (Piris da Motta); Bruno Henrique e Gabigol

(Berrío)

Técnico Jorge Jesus VASCO Fernando Miguel, Cáceres (Bruno César), Oswaldo

Henriquez, Leandro Castan e Henrique; Richard, Raul e Lucas Mineiro (Andrey); Yago Pikachu, Talles Magno e

Marquinho (Tiago Reis) Técnico Vanderlei Luxemburgo

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


Na ponta direita: Cuellar protestando Ao lado: Bruno Henrique comemorando um de seus gols Acima: Bruno Henrique arrancando

C

onvocado pelo técnico Tite para a seleção brasileira, Bruno Henrique segue atravessando uma fase iluminada. Após ser o destaque na goleada por 4 a 1 sobre o Vasco no último fim de semana pelo Campeonato Brasileiro, o atacante Bruno Henrique decidiu novamente hoje (21) e fez dois gols na vitória do Flamengo por 2 a 0 sobre o Internacional, no Maracanã, pelo jogo de ida das quartas de final da Copa Libertadores.

chamou mais atenção por reclamações do que por lances em que poderia ter marcado. O Flamengo melhorou no segundo tempo com a entrada de Gerson. A equipe passou a ter mais criatividade e a chegar mais ao ataque. Além disso, mais uma vez os talentos individuais fizeram a diferença. O Internacional iniciou a partida com uma marcação alta, mas com as linhas defensivas muitos espaçadas, algo que estava dando campo para o rubro-negro Everton Ribeiro. Notando esta situação, o técnico Odair Helmann recuou o time e aproximou as linhas, tornando o sistema defensivo mais sólido. No segundo tempo, porém, o Colorado afrouxou novamente a marcação e sofreu os gols. Aos 41 minutos do primeiro tempo, Patrick foi esperto ao roubar uma bola de Rafinha na linha de fundo e rolar para Guerrero. No momento do chute, o peruano foi travado e o Internacional ficou pedindo pênalti. A arbitragem sequer ouviu o VAR e mandou o jogo seguir. Aos 14 minutos do primeiro tempo, Rafael Sóbis chutou uma bola, que bateu no corpo de Gabigol e foi para fora. O jogador colorado vibrou bastante, o rubro-negro não gostou, o encarou e, na sequência, o técnico Jorge Jesus interveio, mas Sóbis ficou nervoso e se estranhou com o treinador, sendo contido pelo quarto árbitro. Dúvidas para a partida, o atacante Gabigol, do Flamengo, e o volante Edenilson, do Internacional, foram confirmados como titulares momentos antes do duelo no Maracanã. Ambos tinham

aconteceu aos 29 minutos e o segundo aos 33. Nos acréscimos, o colorado Nico López ainda perdeu uma grande chance para o Internacional. Bruno Henrique fez dois gols e foi o que mais incomodou a defesa do Internacional, arriscando chutes e fazendo o goleiro Marcelo Lomba trabalhar. Debilitados antes da partida, os meias Arrascaeta, do Flamengo, e Edenilson, do Internacional, tiveram seus desempenhos afetados por conta de seus quadros clínicos.

Bruno Henrique decide, e Flamengo constrói boa vantagem sobre o Inter O primeiro tempo foi muito equilibrado, com o Flamengo tentando implementar uma pressão, mas esbarrando na marcação do Internacional, enquanto o Colorado tentava sair sem muito sucesso nos contra-ataques. Já na etapa final, brilhou a estrela de Bruno Henrique, tendo feito o primeiro gol após belo passe de Everton Ribeiro e o segundo depois de boa jogada de Gabigol, onde o atacante recebeu e chutou no cantinho do goleiro Marcelo Lomba. Agora, no jogo de volta, o Flamengo pode perder até por 1 a 0 que fica com a vaga nas semifinais. Ao Internacional resta vencer por três ou mais gols de diferença ou devolver o 2 a 0 para levar a decisão para os pênaltis. Os gols de Bruno Henrique na partida aconteceram na etapa final. O primeiro

O rubro-negro, por exemplo, precisou ser substituído no intervalo por conta de uma gastroenterite e teve uma atuação apagada. O colorado também teve um rendimento abaixo. Em seu primeiro reencontro com a torcida do Flamengo no Maracanã, o atacante Guerrero não foi perdoado pelos rubro-negros e, a todo o momento, foi vaiado e xingado em coro. Em campo, não conseguiu qualquer vitória sobre a defesa rubro-negra. Preso em meio a Marí e Rodrigo Caio, o peruano 86

problemas musculares na coxa. O rubronegro na da esquerda, e o colorado na da direita. Antes de a bola rolar contra o Internacional, a torcida do Flamengo fez um mosaico no Maracanã com a frase “pela copa”. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FICHA TÉCNICA FLAMENGO 2 X 0 INTERNACIONAL 6 presentes e Hora 21h30 (de Brasília) Público 66.36 (CHI) Auxiliares Tobar to 60.797 pagantes Árbitro Rober (CHI) Cartões Ríos io Claud Christian Schiemann (CHI) e ha e Willian Rafin , (INT) ck amarelos Paolo Guerrero, Patri Arão (FLA) GOLS

Bruno Henrique (FLA), aos 29 e aos 33 segundo tempo.

minutos do

FLAMENGO Marí e Filipe Diego Alves; Rafinha, Rodrigo Caio, Pablo ío) e Arrascaeta (Berr ro Luís; Cuéllar, Arão, Éverton Ribei da Motta) (Piris ique (Gerson); Gabigol e Bruno Henr Técnico Jorge Jesus

INTERNACIONAL o, Victor Cuesta e Marcelo Lomba; Bruno, Rodrigo Moled herme Parede), (Guil ílson Uendel; Rodrigo Lindoso, Eden l Sobis Rafae ); López Patrick e D’Alessandro (Nico ero (Wellington Silva) e Paolo Guerr Técnico Odair Hellmann

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Acima: Gerson armando jogada Ao lado: O gol de placa de Arrascaeta

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Flamengo é o novo líder do Campeonato Brasileiro. O Rubro-negro venceu o Ceará por 3 a 0 e ainda contou com o tropeço do Santos para assumir a ponta. O triunfo ocorreu com brilho de Gabigol, que marcou um gol e foi o grande destaque da partida - Pablo Marí completou o placar.

Flamengo vence Ceará com gol de bicicleta de Arrascaeta e vira líder Arrascaeta ainda marcou um golaço de bicicleta nos acréscimos. A partida foi bem movimentada e teve três gols anulados: dois do Ceará e um do Flamengo - todos acertos do trio de arbitragem. Gabigol infernizou a defesa cearense e poderia ter sido ainda mais decisivo se os companheiros não tivessem desperdiçado possíveis assistências. Com a vitória, o Flamengo chega aos mesmos 33 pontos do Santos, mas fica com a ponta pelo saldo de gols. O Rubro-negro, agora, volta suas atenções para a Libertadores. Após vencer o Inter por 2 a 0 no Maracanã, a equipe visita o Colorado na quarta, no Beira Rio. Em temporada espetacular, Gabigol mais uma vez foi o grande destaque do Flamengo. O atacante mostrou-se interessado no jogo desde o início e teve grande desempenho. Berrio se superou após início ruim e deu duas assistências na partida. O meia Thiago Galhardo vinha de grandes jogos pelo Ceará, mas não conseguiu aparecer contra a boa equipe do Flamengo. Atuação bem abaixa do que vinha apresentando.

o Ceará partiu para cima e quase buscou o empate logo no lance seguinte. Samuel Xavier cruzou e ninguém alcançou. A bola traiu Diego Alvez e ia entrando, mas João Lucas tirou em cima da linha e evitou o gol dos donos da casa. O gol do Flamengo murchou o Ceará. Se antes os donos da casa atacavam na base da empolgação, após Marí balançar as redes a situação mudou. O Rubro-negro dominou as ações e passou a trocar passes no campo ofensivo. Em jogada envolvente, Berrío serviu Gabigol, que acertou uma pancada no ângulo: 2 a 0. Um dos destaques do Ceará, Thiago Galhardo cabeceou com categoria e deslocou Diego Alves para fazer o primeiro do Ceará. O problema é que o jogador estava adiantado em relação aos zagueiros e foi flagrado em impedimento. Gol bem anulado pela arbitragem.

O técnico Jorge Jesus fez mistério. Havia a expectativa que alguns titulares seriam poupados. Antes do jogo, tudo foi revelado. Rafinha, Filipe Luís, Everton Ribeiro e Bruno Henrique ficaram no banco de reservas. Mesmo desgastado, Gabigol começou entre os titulares. O Flamengo precisava de um tropeço do Santos contra o Fortaleza na Vila Belmiro para assumir a liderança. O que parecia improvável aconteceu. O Flamengo iniciou o jogo em cima. Titular, Berrío aparecia como boa opção pelo lado direito. O colombiano, no entanto, mostrou

O Ceará voltou determinado a tentar uma reação. Logo aos 7min, Tiago Alves marcou para os donos da casa, mas novamente a arbitragem acertou ao assinalar impedimento. No minuto seguinte, foi a vez de Gabigol fazer o terceiro do Fla, mas também viu a jogada ser anulada. Leandro Carvalho se chocou de cabeça com Renê aos 12min do segundo tempo. O jogador chegou a ficar desacordado por alguns segundos e, por isso, foi levado para um hospital próximo de ambulância. A partida ficou paralisada por 4min e reiniciou com Mateus Gonçalves na vaga de Leandro. Após a lesão, a partida esfriou e demorou a esquentar novamente. O Ceará só voltou a ter uma boa oportunidade aos 34min, quando Ricardinho quase marcou gol olímpico. O Flamengo

que precisa melhorar a finalização. Ele ficou em condições de estufar as redes em duas oportunidades, mas mandou ambas para fora. A mais clara ocorreu após passe açucarado de Gabigol. O primeiro gol da partida saiu aos 21min em jogada ensaiada em cobrança de lateral. Renê encontrou Rodrigo Caio, que usou a cabeça para jogar dentro da área. Berrío ajeitou e Pablo Marí acertou belo voleio para vencer Diogo Silva e estufar as redes: 1 a 0. Em desvantagem, 87

respondeu com Willian Arão, que quase marcou de cabela o terceiro do Flamengo. A partida individualmente não era nada boa. Sumido nos 90min, Arrascaeta resolveu aparecer nos acréscimos do segundo tempo. E apareceu daquele jeito. Após cruzamento de Rafinha, o uruguaio emendou uma bicicleta e marcou um gol de placa.

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CEARÁ 0 X 3 FLAMENGO Hora 19h (de Brasília) Público 49.986 presentes e 48.986 pagantes Árbitro Wilton Pereira Sampaio (GO)

Auxiliares Fabricio da Silva (GO) e Bruno Pires (GO) Cartões amarelos Samuel Xavier, Felipe Baxola e Valdo (CEA) GOLS

Pablo Marí, aos 21 e Gabigol aos 34 do primeiro tempo; Arrascaeta aos 49 do segundo tempo CEARÁ

Diogo Silva; Samuel Xavier, Valdo, Tiago Alves, João Lucas; Fabinho, Ricardinho, Thiago Galhardo (Felipe

Baxola); Lima (Wescley), Leandro Carvalho (Mateus Gonçalves), Felippe Cardoso Técnico Enderson Moreira FLAMENGO

Diego Alves, João Lucas (Rafinha), Pablo Marí, Rodrigo Caio e Renê; Piris da Motta, Arão, Gerson (Everton

Ribeiro) e Arrascaeta; Berrío (Bruno Henrique) e Gabigol Técnico Jorge Jesus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


Acima: Time posando para a foto Ao lado: Bruno Henrique puxando contra-ataque Na ponta: Gabriel batendo o goleiro do Inter

O

gol de Rodrigo Lindoso [com direito à revisão do VAR], aos 16 minutos da etapa final, deixou o Internacional a um tento de levar a disputa contra o Flamengo para os pênaltis. Aos 39, no entanto, Bruno Henrique serviu Gabigol, que decretou o 1 a 1, enterrou as esperanças rivais e deu início ao carnaval rubro-negro no BeiraRio. Com o resultado, os cariocas avançaram à semifinal da Copa Libertadores, feito que o clube não atingia desde 1984, primeiro ano após a venda de Zico para a Udinese, da Itália.

Flamengo se impõe, empata com Inter e volta à semifinal da Libertadores O Rubro-negro encara o Grêmio por um lugar na finalíssima. Após o 2 a 0 conquistado no Maracanã, os flamenguistas foram para o abafa no início e desperdiçaram chances em série, especialmente com Gabigol. Atônito, o Inter só igualou as coisas na etapa final, quando Odair Hellmann mandou o time para a frente. E foi aproveitando esse desespero que nasceu o contra-ataque iniciado por Bruno Henrique para definir a partida. Esta será a primeira semifinal do Flamengo na Libertadores nos moldes atuais do torneio. Em 1981, quando foi campeão, 1982 e 1984, o time participou de triangulares nesta fase do campeonato. À medida que vai se entrosando com os companheiros, o Pablo Marí melhora seu desempenho. No Beira-Rio, o espanhol esteve bem no combate direto e também nas bolas aéreas. Com bom passe, ajudou o

e Sobis pela direita, segurando Edenilson e Rodrigo Lindoso para povoar o centro de campo e proteger a linha de defesa. Mas o trio de criação pouco produziu. Não deu certo e, com 15 minutos, o treinador abriu mão da novidade, colocou D’Ale pela direita, puxou Sobis para esquerda e refez o tripé central, dando mais liberdade a Edenilson. Mas ainda assim o time gaúcho foi controlado, só concluiu com algum perigo depois dos 30 minutos do primeiro tempo e por pouco não foi vazado. No segundo tempo, o Colorado tratou de empilhar jogadores de frente e passou a pressionar com as entradas de Nico López e Wellington Silva.

time a construir o jogo desde lá de trás. Seu companheiro em Porto Alegre, Rodrigo Caio também foi bem e levou vantagem no confronto com Guerrero. Rafael Sobis perdeu a cabeça em vários momentos do jogo. Brigou com o juiz, com adversários, reclamou de companheiros. Mas com a bola nos pés, o atacante pouco conseguiu contribuir com o time. Muito pilhado, pareceu não estar com os nervos no lugar durante a partida. Cria do Flamengo, o goleiro Marcelo Lomba teve papel de destaque no Beira-Rio. Ante a artilharia pesada do rival, fez defesas difíceis e evitou que o Flamengo deixasse as coisas ainda mais difíceis para o lado vermelho. No início do jogo, cresceu para cima de Gabigol e fez uma defesa que parecia improvável. Ele ainda apareceu em chutes venenosos de Arrascaeta, Filipe Luís e Bruno Henrique. Autor de 25 gols na temporada, o atacante Gabigol não justificava o apelido que lhe acompanha. Em um dos primeiros lances, Cuéllar achou o artilheiro no meio dos zagueiros. Cara a cara com Lomba, que conseguiu resvalar na bola, o atacante desperdiçou. Também na primeira etapa, desperdiçou outra chance ao tocar rente à trave colorada. Além de não ter marcado, desperdiçou bolas simples e tomou algumas decisões erradas. Mas o artilheiro apareceu. Aos 39 minutos da etapa final, Bruno Henrique puxou um contraataque, serviu o camisa 9, que empurrou para o gol vazio e selou o empate.

Quem achou que o Flamengo ia “sentar” na vantagem após a vitória por 2 a 0 se surpreendeu com a postura dos rubronegros, que começaram sufocando o adversário desde o primeiro minuto. Na primeira jogada da partida, Arrascaeta experimentou Marcelo Lomba, que teve de se desdobrar para manter as chances de uma vaga acesas. Com um time muito ofensivo, o Fla trocou a bola sempre em busca do gol. Não fosse Gabigol, que desperdiçou ainda no primeiro tempo as duas oportunidades mais claras, o time teria resolvido a parada logo no começo. Na etapa final, a equipe esperou um pouco demais o Inter e chamou o rival para o seu campo. Sem saída, a equipe se valeu de um contra-ataque que terminou em gol de Gabigol. Logo aos 4 minutos de jogo, Arrascaeta chutou uma bola, que bateu na mão de Cuesta. Os jogadores do Fla pediram pênalti, mas o árbitro de vídeo recomendou que o jogo seguisse. O juiz foi com a decisão da cabine e mandou o jogo seguir. Em uma disputa de bola, Cuéllar e Sobis exageraram

O Internacional tentou mudar a forma de jogar para surpreender o Flamengo. Odair Hellmann começou o jogo com D’Alessandro centralizado, Patrick aberto pela esquerda 88

um pouco na dose de força e o clima ficou mais quente no campo. Uma confusão se formou entre rubro-negros e colorados, mas o juiz tratou de dar um amarelo para a dupla antes que a temperatura subisse demais. Com gol de cabeça de Rodrigo Lindoso, o Inter abriu o placar aos 16 minutos do segundo tempo. Aos 39, Gabigol deixou tudo igual. Torcedores sem entradas para o jogo tentaram invadir o portão 7 do Beira-Rio com o jogo já em andamento.

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INTERNACIONAL 1 X 1 FLAMENGO Hora 21h30 (de Brasília) Público 49.614 presentes Árbitro Patrício Loustou (ARG) Auxiliares Juan Pablo

Belatti (ARG) e Gabriel Chade (ARG) Cartões amarelos Sobis, D’Alessandro, Cuesta, Lindoso (INT) e Cuéllar, Diego Alves, Filipe Luís (FLA) GOLS

Lindoso (INT), aos 16 e Gabigol (FLA) aos 39 minutos do segundo tempo INTERNACIONAL Marcelo Lomba; Bruno, Rodrigo Moledo, Victor Cuesta (Sarrafiore) e Uendel (Wellington Silva); Rodrigo Lindoso, Edenílson, Patrick, D’Alessandro e Rafael Sobis (Nico López); Paolo Guerrero Técnico Odair Hellmann

FLAMENGO Diego Alves, Rafinha, Rodrigo Caio, Pablo Marí e Filipe Luís (Renê); Cuéllar (Piris da Motta), Gerson, Éverton Ribeiro (Berrío) e Arrascaeta; Bruno Henrique e Gabigol Técnico Jorge Jesus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


Acima: Gerson marcado em cima por Felipe Mello Ao lado: Gabriel comemorando um dos gols Na ponta: Time comemorando mais um gol

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Flamengo massacrou o Palmeiras no Maracanã, e venceu por 3 a 0 o confronto direto pela liderança, válido pela 17ª rodada do Campeonato Brasileiro. Pressionando do início ao fim, os comandados de Jorge Jesus anularam os de Luiz Felipe Scolari e construíram o triunfo com gols de Gabigol (2) e Arrascaeta. A vitória, que marca o fim de um tabu que durava mais de cinco anos (e nove jogos) sem o Flamengo se dar bem sobre o Palmeiras, também recoloca o Rubro-Negro na liderança do Brasileirão, empatado em número de pontos (36) com o Santos - e à frente pelo saldo de gols superior.

Flamengo massacra Palmeiras, quebra tabu de cinco anos e reassume liderança Autor de dois dos gols flamenguistas nesta tarde de domingo no Maracanã, com toques de classe tanto para encobrir Weverton quanto para converter uma penalidade, Gabigol chegou à expressiva marca de 28 tentos no ano restando mais de três meses pela frente. O camisa 9 ultrapassou aquele que era até então seu recorde de gols numa mesma temporada na carreira (27, em 2018, pelo Santos). Ainda que o primeiro gol do Flamengo tenha surgido de uma falha individual de Gustavo Gómez, que teve passe interceptado por Arão, o principal responsável pela derrota palmeirense foi Felipão. O treinador não abriu mão de seus três volantes mesmo depois de sair atrás no placar. Ao sacar Gustavo Scarpa da escalação, perdeu poder de criação e deixou um abismo separando os três atacantes do restante da equipe. Somente no intervalo o

recebeu em posição irregular de Matheus Fernandes, foi até a linha de fundo e cruzou para o volante balançar as redes. O gol foi anulado rapidamente (para os padrões brasileiros de arbitragem de vídeo). Aos 10 minutos, o Flamengo respondeu - e sem qualquer irregularidade para o VAR colocar defeito. Gustavo Gómez teve passe interceptado por Arão, que logo encontrou Bruno Henrique pela esquerda. O atacante foi ainda mais veloz e, de primeira, ligou Arrascaeta. O uruguaio se infiltrou na grande área e encontrou Gabigol cara a cara com Weverton. O artilheiro flamenguista bateu com cavadinha na saída do goleiro e marcou um golaço. Mantendo a blitz para cima da defesa palmeirense, o Flamengo não encontrou dificuldade para aumentar a vantagem no placar. Bruno Henrique puxou contra-ataque pela direita e, sozinho, cruzou para Arrascaeta. O uruguaio subiu também sem marcação e cabeceou firme, afundando a bola na meta de Weverton. Ainda no primeiro tempo, o Palmeiras teve novo gol corretamente anulado. Após cobrança de falta e bola alçada na entrada da pequena área, Vitor Hugo, em posição irregular, apareceu à frente dos marcadores para cabecear. Willian faria o tento no rebote, mas o bandeirinha já sinalizava impedimento, que seria confirmado pelo VAR.

treinador promoveu a entrada de Raphael Veiga no lugar de Matheus Fernandes - o que também não surtiu efeito no jogo. Se o Palmeiras sonhava bloquear o ataque flamenguista ao escalar três volantes, acabou “comido” pelas beiradas. O primeiro gol surgiu de uma rápida e envolvente troca de passes pela esquerda. Os outros dois tentos foram construídos a partir de arrancadas pela direita - por lá, aliás, destacou-se Rafinha, que praticamente não teve o que fazer defensivamente e se tornou mais atacante que lateral diante de um “benevolente” rival. Destaca-se também a atuação de Arão como primeiro volante, próximo da dupla de zaga para fechar o cerco e impedir qualquer jogada mais elaborada que pudesse surgir dos atacantes alviverdes. Já naturalmente abalado em termos emocionais devido à eliminação da última terça-feira na Libertadores, o apático Palmeiras não mostrou poder de reação em momento algum desde que, aos 10 minutos de jogo, viu o Flamengo abrir o placar. Cabe aqui destacar: desde que assumiu a equipe, há mais de um ano, Felipão não conseguiu fazer o Verdão virar um jogo sequer no qual tenha saído atrás no marcador. Faltou repertório: ao tomar o gol, a única mudança promovida por Felipão foi inverter os lados de Dudu e Willian. Com três volantes, três atacantes e nenhum armador, a equipe não prendeu a bola nem criou jogadas de ataque.

No segundo tempo, o Flamengo não tirou o pé do acelerador mesmo com a vantagem no placar. Resultado? Infiltração de Rafinha na grande área, e pênalti cometido por Diogo Barbosa. Na cobrança, Gabigol bateu com classe, sem força, deslocando Weverton para um lado e empurrando a bola para

O jogo começou quente. Aos três minutos, o VAR foi acionado para analisar impedimento num lance de ataque do Palmeiras. Willian 89

o outro. Houve tempo ainda para Gustavo Gómez levantar o pé de forma imprudente numa dividida com Bruno Henrique, acertando o flamenguista no ombro com a sola da chuteira: cartão vermelho direto para o zagueiro paraguaio. Campeão da primeira edição da história do Brasileiro Sub-17, os meninos da respectiva categoria do Flamengo deram volta olímpica no Maracanã antes de a bola rolar para o jogo contra o Palmeiras. O título foi conquistado mês passado após duas vitórias sobre o Corinthians nas finais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FICHA TÉCNICA

FLAMENGO 3 X 0 PALMEIRAS

Hora 16h (de Brasília) Público 65.969 presentes e 61.390 pagantes Árbitro Rafael Traci (SC) Auxiliares

Kleber Lucio Gil (SC) e Alessandro de Matos (BA) Cartões amarelos Rodrigo Caio e Bruno Henrique (FLA); Willian e

Bruno Henrique (PAL) GOLS

Gabriel, aos 10, e Arrascaeta, aos 37 do primeiro tempo;

Gabriel, aos 15 do segundo tempo FLAMENGO

Diego Alves; Rafinha, Rodrigo Caio (Thuler), Pablo Marí

e Filipe Luís; Willian Arão e Gérson; Bruno Henrique (Berrío), De Arrascaeta (Piris da Motta) e Éverton

Ribeiro; Gabriel Barbosa

Técnico Jorge Jesus PALMEIRAS

Weverton; Marcos Rocha, Gustavo Gómez, Vitor Hugo

Diogo Barbosa; Felipe Melo, Matheus Fernandes (Raphael Veiga) e Bruno Henrique (Jean); Willian (Gustavo

Scarpa), Dudu e Luiz Adriano

Técnico Luiz Felipe Scolari




À direita: O bordāo consagrado pela torcida Acima: Panorama do estádio Acima à direita: Gabigol comemorando mais um gol À esquerda: Pablo Marí em dura dividida

O

Flamengo não deu qualquer chance para o Avaí e conquistou sua 12ª vitória no Campeonato Brasileiro. O triunfo de 3 a 0 deste sábado, no estádio Mané Garrincha, em Brasília, contou com o brilho de Gabigol e Reinier - Pablo Marí completou o placar.

Com primeiro gol de Reinier e mais um de Gabriel, Flamengo vence o Avaí por 3 a 0 no Mané Garrincha

A dupla terminou o duelo com um gol e uma assistência cada e foi decisiva para o Rubronegro disparar na liderança da competição. Com a vitória, o Flamengo chegou aos 39 pontos e abriu três em relação ao Santos, com 36, que entra em campo neste domingo contra o Athlético-PR, na Vila Belmiro (veja a classificação atualizada do Brasileirão). O Rubro-negro volta a campo no próximo

sábado, quando enfrenta o próprio Santos no Maracanã.

contra o Palmeiras. Neste sábado, Piris recebeu oportunidade.

Artilheiro do Campeonato Brasileiro com 15 gols, Gabigol deixou sua marca novamente e ainda deu uma assistência. Bem, deu muito trabalho ao adversário. Mesma situação de Reinier, que estreou como titular com gol e passe decisivo. Piris da Mota, o volante do Flamengo não teve boa atuação e levou bronca de Jorge Jesus em algumas oportunidades e o centroavante Brenner do Avaí perdeu gol feito quando jogo estava 1 a 0 para o rubro-negro. O Avaí vendeu o mando de campo. Preferiu lucrar ao invés de optar por termos técnicos. Como resultado, o Flamengo se viu jogando em casa em Brasília. Desta forma não demorou para o Rubro-negro abrir o placar. E, claro, com Gabigol. O artilheiro do Brasileirão ganhou na corrida e bateu forte: 1 a 0. Mesmo em desvantagem, o Avaí não se abria. Seguia jogando fechado e explorando os contraataques. Em um desses lances quase empatou. Após cruzamento pela direita, Brenner mandou pro gol e viu Diego Alves fazer uma grande defesa de puro reflexo. O Flamengo era muito superior e o segundo gol parecia questão de tempo. Gerson recebeu de Gabigol dentro da área e fez uma jogada de pura categoria. Deixou Arão em condições de finalizar e viu o chute explodir no travessão. Quase um golaço. Sem Cuellar, o Flamengo vem testando formações para ter alternativas. Arão e Gerson corresponderam

O técnico Jorge Jesus não gostou dos espaços dado ao adversário e deu uma baita bronca no paraguaio - que saiu no meio do segundo tempo para a entrada de Vitinho. O segundo gol parecia questão de tempo. E realmente não teve jeito. Pablo Marí mostrou que realmente é bom na jogada aérea e, de cabeça, ampliou a vitória parcial. Gol que deu tranquilidade ao Rubro-negro em campo. Após um primeiro tempo tímido,

mas sim o cansaço dos jogadores tanto do Flamengo, quanto do Avaí. Willian Arão, aos 33, mandou uma bomba e quase fez o quarto. Nos acréscimos, com o auxílio do vídeo, Gustavo Ferrareis foi expulso corretamente - após deixar o pé em Rafinha. Fim de jogo, vitória do Flamengo por 3 a 0, justa, fazendo os torcedores rubro-negros seguirem na liderança. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FICHA TÉCNICA AVAÍ 0 X 3 FLAMENGO

Hora 17h (de Brasília) Público 47.575 pagantes Árbitro Edina Alves Batista (SP) Auxiliares Emerson de Carvalho (SP) e Neuza Back (SP) Cartões amarelos Pablo Marí e Gabigol (FLA) João Paulo (AVA) Cartão vermelho Gustavo Ferrareis (AVA) GOLS

Gabigol, aos 10 e Pablo Marí, aos 31 do primeiro tempo; Reinier, aos 7 do segundo tempo AVAÍ

Reinier se soltou na etapa complementar. O jovem, que tem multa de R$ 308 milhões, mostrou categoria para fazer o terceiro do Flamengo na partida. Ele tabelou com Gabigol pelo alto e finalizou para vencer Vladimir e estufar a rede: 3 a 0. O jogo, em seus minutos finais, perdeu um pouco a intensidade, com os lances de perigo saindo em menor volume. Não pela falta de vontade, 92

Vladimir; Iury, Betão, Marquinhos Silva e Igor Fernandes; Pedro Castro, Richard Franco e João Paulo (Matheus Barbosa); Caio Paulista, Lourenço (Gustavo Ferrareis) e Brenner (Jonathan) Técnico Alberto Valentim

FLAMENGO Diego Alves, Rafinha, Rhodolfo, Pablo Marí e Filipe Luis (Renê); Piris (Vitinho) Arão, Gerson, Everton Ribeiro e Reinier (João Paulo); Gabigol Técnico Jorge Jesus


No alto à esquerda: Gerson armando uma jogada Ao lado: Gabigol arremata contra o gol do Santos Acima: Bruno Henrique em jogada perigosa na pequena área

N

o jogo tratado como final simbólica do primeiro turno do Campeonato Brasileiro, venceu aquele que já liderava o torneio. Com direito a golaço de cobertura do artilheiro Gabigol na reta final do primeiro tempo, o Flamengo venceu o Santos por 1 a 0 em jogo disputado no fim de tarde de hoje (14) no Maracanã.

Com golaço de Gabigol, Flamengo vence o Santos no Maracanã e termina o primeiro turno na liderança O embate também marcou o encontro “dos Jorges”, os únicos técnicos estrangeiros da Série A - melhor para o português. Com o resultado, o Flamengo de Jesus foi para 42 pontos, abriu cinco de vantagem para o então vice-líder Santos, está a três do novo vice Palmeiras e confirmou o título simbólico do primeiro turno. Das 16 edições já finalizadas na era dos pontos corridos, apenas quatro vezes o time que iniciou o returno na liderança não terminou campeão - Grêmio (2008), Internacional (2009), Atlético-MG (2012) e São Paulo (2018). O Santos, por sua vez, fecha o turno em maré de maus resultados. Nas últimas seis exibições, apenas uma vitória para o Peixe. Estacionado com 37 pontos, o time de Sampaoli ainda foi ultrapassado pelo Palmeiras por conta da vitória alviverde sobre o Cruzeiro. Artilheiro do Flamengo na temporada, Gabigol não perdoou nem seu ex-clube. O camisa 9 rubro-negro foi o autor do

estava praticamente proibido sair jogando com chutão. Defensivamente, a equipe foi bastante eficiente com recuos até mesmo de seus atacantes. É bem verdade que houve abuso no número e na intensidade das faltas. Ainda assim, o Santos por pouco não foi premiado, haja vista o domínio da partida em alguns momentos do primeiro tempo. Conforme os “motorzinhos” Soteldo e Marinho sentiram o desgaste físico, a equipe caiu de produção. E aí faltaram alternativas efetivas para recolocar a equipe no jogo - tanto em termos ofensivos quanto defensivos. Um duelo de muita marcação e poucas chances claras de gol; ainda assim, muito bem jogado, com ambas as equipes buscando marcar presença no campo defensivo adversário. A combinação desses fatores gerou uma partida truncada, bem ilustrada pelo alto número de faltas (19) e cartões amarelos (cinco). Gol mesmo foi só um no primeiro tempo. E que golaço: Éverton Ribeiro interceptou passe errado de Eduardo Sasha e ligou Gabigol ao ataque. O artilheiro rubro-negro, frente a frente com Gustavo Henrique, percebeu Everson adiantado e deu apenas uma cutucada na bola, da entrada da área, para encobrir o goleiro e correr para o abraço.

golaço que rendeu a vitória sobre o Santos. Muito bem marcado principalmente quando ficava de frente com Lucas Veríssimo, o centroavante enfrentava dificuldade para se infiltrar na área santista em condições de incomodar Everson. Sem problema! A solução encontrada pelo goleador foi acertar chute de cobertura, de média distância, por cima do goleiro alvinegro. Em jogo de marcação muito forte de ambas as equipes, passes precisos e concentração alta para evitar erros pareciam itens cruciais a qualquer um dos 22 jogadores em campo. Pois faltaram tais ingredientes à atuação de Everson no Maracanã. O goleiro do Santos, em um primeiro momento, quase complicou sua equipe quando errou passe em uma das tentativas alvinegras de sair jogando com a bola no chão. Pouco depois, se adiantou no lance em que acabaria encoberto por chute de Gabigol. O Flamengo ostentou calma no Maracanã. Com muito mais posse de bola que o adversário, não se desesperou ao sentir dificuldade em avançar pelo bem postado sistema defensivo do Santos. As subidas de Rafinha e Filipe Luís mostravam-se alternativas a um ataque aparentemente limitado. Aparentemente. Em jogo no qual as infiltrações falhavam, brilhou a criatividade e o talento de Gabigol, combinado à excelência no toque de bola de Éverton Ribeiro. Conforme o Santos sucumbia fisicamente, o Flamengo apertava o pé no acelerador. Mostrou time e postura de campeão - ao menos do primeiro turno do Brasileirão. Sampaoli bancou seu estilo de jogo mesmo na casa do melhor time do campeonato:

Percebendo o Flamengo mais próximo do segundo gol do que o Santos de empatar, Sampaoli mexeu aos 19 minutos do segundo tempo e lançou o centroavante Uribe no lugar do zagueiro Luan Peres, recuando seus dois alas e jogando com apenas dois atletas originalmente de meio de campo Alison e Sánchez. O Flamengo seguiu mais incisivo. Cueva e Felipe Jonatan entraram 93

para tentar reanimar o ataque santista. Sem fazer uma substituição sequer, o time rubro-negro continuou mandando em campo principalmente pela superioridade física, que externou de vez a diferença técnica entre as equipes. Nos minutos finais, restou a Jesus promover alterações simples e apenas terminar de incendiar a festa que já se desenrolava nas arquibancadas. Fim de jogo ao som de “olê, olê, Mister, Mister!”. Nem o Jorge de Tite, nem o Jorge Sampaoli. Quem se deu bem foi Jorge Jesus. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FICHA TÉCNICA FLAMENGO 3 X 0 PALMEIRAS Hora 16h (de Brasília) Público 65.969 presentes e

61.390 pagantes Árbitro Rafael Traci (SC) Auxiliares Kleber Lucio Gil (SC) e Alessandro de Matos (BA) Cartões amarelos Rodrigo Caio e Bruno Henrique (FLA); Willian e Bruno Henrique (PAL) GOLS

Gabriel, aos 10, e Arrascaeta, aos 37 do primeiro tempo; Gabriel, aos 15 do segundo tempo FLAMENGO Diego Alves; Rafinha, Rodrigo Caio (Thuler), Pablo Marí e Filipe Luís; Willian Arão e Gérson; Bruno Henrique (Berrío), De Arrascaeta (Piris da Motta) e Éverton Ribeiro; Gabriel Barbosa Técnico Jorge Jesus PALMEIRAS

Weverton; Marcos Rocha, Gustavo Gómez, Vitor Hugo Diogo Barbosa; Felipe Melo, Matheus Fernandes (Raphael Veiga) e Bruno Henrique (Jean); Willian (Gustavo Scarpa), Dudu e Luiz Adriano Técnico Luiz Felipe Scolari


Acima: Gabigol cabeceando Ao lado: Arrascaeta comemorando gol

O

Flamengo visitou o Cruzeiro e deixou o gramado do Mineirão ainda mais líder do Brasileiro na tarde de hoje (21). Com os 2 a 1 sobre o rival, o Fla abriu seis pontos para o Palmeiras, que encara amanhã o Fortaleza. Os mineiros seguem abrindo a zona do rebaixamento.

Flamengo vence no Mineirão, segue isolado na liderança e aumenta a crise do Cruzeiro Gabigol abriu o placar, Thiago Neves, de pênalti, deixou tudo igual, mas Arrascaeta

fez valer a “lei do ex”, e garantiu os três pontos do Rubro-negro, que chegou aos 45. A partida foi disputada em ritmo intenso, e os rubro-negros tiveram muita dificuldade para bater os donos da casa, que venderam caro o resultado. Ainda que bem posicionado em campo, o Cruzeiro foi vítima de um time que resolve os jogos na individualidade de seus jogadores quando o coletivo não

Acima: Gabigol comemorando Ao lado: Arrascaeta puxando contra-ataque

e sufocando o rival em seu campo. O gás, no entanto, acabou rápido, e o adversário igualou as coisas. Quando a partida estava completamente aberta, Arão cruzou, Gabigol fez um corta-luz e Arrascaeta bateu sem chances para Fábio. Em um dia não tão bom do coletivo, o brilho individual fez a diferença para o Fla. Com menos posse de bola e uma postura mais defensiva, o Cruzeiro resgatou o que era usado no período em que Mano Menezes esteve na Toca da Raposa II. A equipe passou a jogar por contra-ataques para chegar ao setor ofensivo. A velocidade de David e Pedro Rocha foi bastante usada

funciona tão bem. A partida foi cheia de alternativas, e as equipes colecionaram chances perdidas de lado a lado. Gabriel não se destacou apenas pelo gol que abriu o placar no Mineirão. Além do cabeceio sem defesa para Fábio, o camisa 9 do Fla não parou de batalhar e pressionar os zagueiros cruzeirenses. Com muita disposição, foi quem mostrou mais vontade nos momentos de baixa da equipe. Com um corta-luz, deixou o caminho livre para Arrascaeta sacramentar o triunfo. Escolhido para substituir Éverton Ribeiro, Vitinho teve atuação ruim em Belo Horizonte. Lento e aparentemente sem ritmo de jogo, o atacante perdeu bolas fáceis e tomou diversas decisões erradas. Após se recuperar de uma cirurgia no joelho, essa foi a primeira partida do camisa 11 como titular com Jorge Jesus. Após os 45 minutos abaixo da média, foi substituído por Piris da Motta ainda no intervalo.

inicial, Thiago Neves cobrou pênalti e deixou tudo igual. Aos 21 da etapa final, Arrascaeta desempatou. Aos 24 minutos do primeiro tempo, Bruno Henrique acertou o braço no rosto de Henrique, que caiu no gramado. O choque gerou um corte profundo abaixo do olho do cruzeirense, que ficou com o rosto e a camisa ensanguentados. No intervalo, os médicos deram quatro pontos no atleta. O rubro-negro foi advertido com o amarelo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FICHA TÉCNICA CRUZEIRO 1 X 2 FLAMENGO l Árbitro Hora 17h (de Brasília) Público Indisponíve (SP) e Neuza Raphael Claus (SP) Auxiliares Danilo Manis Henrique e Ines Back (SP) Cartões amarelos Bruno Rafinha (FLA); Orejuela e Fred (CRU) GOLS

, aos 37 do Gabigol (FLA), aos 6 e Thiago Neves (CRU) do segundo primeiro tempo; Arrascaeta (FLA), aos 21

Ex-jogador do Cruzeiro, Arrascaeta não teve uma recepção cordial no Mineirão. A cada toque do rubro-negro na bola, vaias dos cruzeirenses ecoaram pelo estádio. Ainda magoada com a saída do jogador para o Fla, a torcida expressou sua insatisfação com o meia durante os 90 minutos. Apesar do ambiente hostil, o uruguaio ampliou a dor de cabeça dos donos da casa ao sacramentar a vitória carioca. O duelo contra o Cruzeiro esteve longe de ser um dos melhores momentos da equipe no Brasileiro. O início foi até promissor, com o time marcando muito forte

tempo CRUZEIRO

no primeiro tempo do confronto. A dupla, no entanto, não foi tão feliz na conclusão de jogadas. Quando esteve em desvantagem no placar, o time voltou a tentar propor o jogo, mas encontrou dificuldades na forma de atuar do Flamengo, bastante compacto na recomposição. Após cruzamento de Gerson, Gabigol cabeceou e abriu a contagem aos 6 minutos do primeiro tempo. Aos 37 da etapa 94

; Henrique, Fábio; Orejuela, Cacá, Fabrício Bruno e Egídio (Ezequiel); Éderson (Dodô), Robinho e Thiago Neves Pedro Rocha (Fred) e David Técnico Rogério Ceni

FLAMENGO Marí e Filipe Diego Alves, Rafinha, Rodrigo Caio, Pablo olfo); Luís; Willian Arão, Gerson e Arrascaeta (Rhod Vitinho (Piris da Motta), Gabriel Barbosa Henrique (Berrío) Técnico Jorge Jesus

e Bruno


Na ponta esquerda: Everton disputando jogada com Patrick Ao lado: Trio comemorando mais um gol Acima: Bruno Henrique tocando para o gol vazio de Lomba

O

Flamengo segue na ponta da classificação do Brasileiro. No Maracanã, o time rubro-negro bateu o Inter por 3 a 1. Com um enervado Paolo Guerrero e Bruno expulsos já no primeiro tempo, o Colorado acabou vítima fácil pela 21ª rodada da competição.

Com dois jogadores a mais, líder Flamengo vence o Internacional e segue 100% no Maracanã Gabigol, Bruno Henrique e De Arrascaeta marcaram pelo Fla. Edenilson fez o gol do Inter. Foi a oitava vitória seguida do Flamengo no Brasileiro, igualando marca somente obtida pelo Cruzeiro na era dos pontos corridos. Desde o início de agosto, o time de Jorge Jesus só vence. Há apenas uma derrota nas últimas 16 partidas. E ainda, chegou aos 100 gols na temporada (em jogos oficiais). Com 48 pontos, o Fla lidera o campeonato. Já o Colorado está 12 pontos atrás, com 36, em quarto. O jogo foi tumultuado. A primeira expulsão saiu em pênalti de Bruno em Gabigol. A segunda foi por reclamação de Paolo Guerrero. E mesmo com dois a menos em campo chegou a empatar no segundo tempo. Mas durou pouco e acabou perdendo. Gabigol foi decisivo. Quando o jogo estava 0 a 0, com 11 para cada lado, foi dele a jogada que acabou em pênalti de Bruno (que foi expulso). Na cobrança, ele deslocou Marcelo Lomba e marcou seu 18º gol no Campeonato

criando um novo cenário no jogo. O Flamengo já era superior mesmo antes da sequência de acontecimentos que encaminhou o jogo. Tinha quase 80% de posse de bola, trocava passes, mas não tinha criado chances claras. Rondava a área do Inter atrás de um espaço, que insistentemente não aparecia. Mas jamais esteve ameaçado. Depois do gol, com um a mais em campo, o Rubro-Negro sobrou. Empilhou oportunidades e se já pouco precisava se preocupar com o adversário com 11 contra 11, depois então, o rival mal passava da linha do meio. De tão confortável, ainda mais quando ficou com dois jogadores a mais pela expulsão de Guerrero, o Fla relaxou. Por isso, sofreu o empate no início da etapa final. Mas demorou sete minutos para estar na frente de novo. Antes do fim da partida, o time da casa era tão superior que marcou mais uma vez.

Brasileiro. Paolo Guerrero esteve menos de 45 minutos em campo. E sua participação na partida não foi pautada por chances de gol, conclusões, passes ou algo do tipo. Mas pela reclamação. Irritado ao ver um pênalti não ser marcado, transtornado após uma dividida com Rodrigo Caio e Arão, da qual saiu com o rosto sangrando. Depois, xingou o árbitro e levou cartão vermelho. São cinco tópicos que resumem o início do jogo. Com 20 minutos de bola rolando tudo isso já tinha acontecido. A sequência começou com a lesão de Rodrigo Moledo ao

O Internacional entrou em campo repleto de volantes. Com quatro jogadores de características defensivas no meio, o time de Odair Hellmann até suportava bem o jogo e estava bem posicionado na frente da área até a sequência fatídica de acontecimentos para os gaúchos. Com um a menos Odair Hellmann tirou o único jogador criativo do meio, Nico López, e colocou Zeca. Em seguida, o time seguiu sendo vítima fácil, e ainda aos 43 da etapa inicial, Paolo Guerrero foi expulso. Descontrolado, com muita confusão, o peruano deixou o campo e o apito que encerrou o primeiro tempo mostrou um time totalmente perdido. No segundo tempo,

afastar uma bola aos 10 minutos. Klaus foi o escolhido para entrar. Alguns minutos mais tarde, um giro de Gabigol contou com falha do defensor, que permitiu a passagem. Cara a cara com Marcelo Lomba, o atacante driblou o goleiro, foi puxado por Bruno, que acabou bloqueando o chute, caído. O árbitro marcou pênalti, expulsou o jogador do Inter, Gabigol bateu e abriu o placar, 95

porém, com dois a menos, o Colorado buscou o empate. Com gol de Edenilson, igualou a partida. Mas a alegria durou exatos sete minutos, e foi encerrada com gol marcado por De Arrascaeta. Até o fim foi vítima fácil. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FICHA TÉCNICA FLAMENGO 3 X 1 INTERNACIONAL Hora 21h30 (de Brasília) Público 64.548 presentes e 60.244 pagantes Árbitro Luiz de Oliveira (SP) Auxiliares Danilo Manis e Miguel da Costa (SP) Cartões amarelos William Arão (FLA), Edenilson (INT) Cartões vermelhos Bruno (INT) e Guerrero (INT) GOLS

Gabigol (FLA) aos 20 do primeiro tempo; Edenilson (INT) aos 3, De Arrascaeta (FLA) aos 10 e Bruno Henrique (FLA), aos 29 do segundo tempo

FLAMENGO Diego Alves; Rafinha, Rodrigo Caio, Pablo Marí e Filipe Luís; Gerson, William Arão (Reinier), De Arrascaeta (Vitinho), Everton Ribeiro e Bruno Henrique; Gabigol (Berrío) Técnico Jorge Jesus PALMEIRAS

Marcelo Lomba; Bruno, Rodrigo Moledo (Klaus), Victor Cuesta e Uendel; Rodrigo Lindoso, Edenilson, Nonato

(Guilherme Parede), Patrick e Nico López (Zeca); Paolo Guerrero

Técnico Odair Hellmann . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


À direita: Gabriel tenta o cabeceio cercado pela zaga Ao lado: Filipe Luis tenta se desvencilhar de marcaçāo cerrada Acima: Gerson dominando a bola

O

Flamengo e São Paulo se enfrentaram no estádio do Maracanã, em partida válida pela 22° rodada do Campeonato Brasileiro, e apesar de fazerem um jogo elétrico e intenso durante quase os 90 minutos, não conseguiram balançar as redes adversárias.

Na estreia de Fernando Diniz, São Paulo segura o Flamengo no Maracanã Com o resultado, o time carioca continua na liderança do torneio nacional, com 49 pontos, porém pode ver a diferença para o Palmeiras, vice-líder com 45 pontos, diminuir caso o Verdão consiga vencer o Internacional.

gol com Pablo e Luan. No entanto, o São Paulo perdeu fôlego rapidamente e viu os donos da casa controlarem a partida por completo, tanto na posse de bola como na imposição de jogo. A equipe paulista não atuou da maneira que o técnico Fernando Diniz costuma jogar — com muita posse de bola e controle de jogo —, porém a estratégia montada pelo treinador foi um retrato da importância do São Paulo de pontuar e ganhar confiança para o restante da temporada.

— entrando Gerson, Rafinha e Filipe Luís —, porém a equipe rubro-negra não conseguiu mudar a situação do jogo e a forte marcação no meio continuou sendo a “pedra no sapato” dos donos da casa no jogo deste sábado. Atuando em casa e com o apoio da torcida, o Flamengo fez o que costuma fazer quando joga no Maracanã: criar jogadas e atacar. Contudo, a forte marcação do São Paulo e a falta de pontaria dos jogadores de frente do clube carioca fizeram com que as duas equipes fossem para o vestiário com o placar zerado. Na segunda etapa, o time carioca conseguiu criar um pouco mais graças às entradas de Gérson e Rafinha, porém a forte marcação do São Paulo e a entrega

O jogo começou com o São Paulo pressionando a saída de bola do Flamengo, dando pouco espaço para o adversário e chegando com perigo na meta defendida pelo goleiro Diego Alves. No entanto, a primeira grande chance da partida aconteceu a favor dos donos da casa, que ficaram muito perto de abrir o marcador primeiro com Gabriel, depois com Willian Arão, que teve seu chute desviado por Bruno Alves. Depois de alguns minutos de muita disputa no meio-campo, os donos da casa começaram e ter mais o controle da posse de bola, chegando a passar dos 70% em determinados momentos do embate. Com isso, as chances começaram a ser criadas e, aos 17 minutos, Willian Arão teve uma nova oportunidade, desta vez de cabeça, porém Volpi fez grande intervenção. Os primeiros 45 minutos foram marcados também por um número excessivo de faltas, já que foram assinaladas 26 infrações, sendo que a média no Campeonato Brasileiro é de 28, apenas duas a mais do que as intervenções de metade do jogo deste sábado. Além disso, a forte chuva dificultou o ritmo da partida. Na volta do intervalo, o técnico Jorge Jesus resolveu colocar em campo

O goleiro do São Paulo teve mais uma grande atuação com a camisa tricolor e foi um dos motivos para que a equipe saísse do Maracanã sem deixar o Flamengo balançar as redes, algo inédito nesta edição do torneio nacional. O grande momento do arqueiro foi no meio do segundo tempo, quando apareceu duas vezes, em chutes de Rafinha e Gérson. Sem a presença de Gerson no primeiro tempo, o time carioca teve muita dificuldade para criar jogadas e deixar o trio formado por Gabriel, Bruno Henrique e Arrascaeta na cara do gol. A bola passava sempre pelos pés de Willian Arão, jogando neste fim de semana de maneira mais adiantada do que o normal e a boa marcação de Tchê Tchê e Hernanes dificultou muito a vida do volante. No segundo tempo, o técnico Jorge Jesus chegou a fazer as alterações esperadas

dos jogadores tricolores em campo fizeram com que o ataque rubro-negro saísse do Maracanã sem anotar ao menos um gol pela primeira vez nesta edição do Brasileirão. O time comandado pelo técnico Fernando Diniz tomou uma postura ofensiva nos minutos iniciais, surpreendendo a equipe do Flamengo e criando chances claras de 96

tanto Gerson como Rafinha, dois titulares que foram poupados no início devido ao desgaste físico de outras partidas. Filipe Luís entrou ainda mais tarde. No entanto a mudança não surtiu muito efeito. O Flamengo seguia tomando a iniciativa, mas tinha exatamente chances claras de gol, o que fez com que o placar terminasse inalterado no Maracanã lotado. Como já é de costume nesta edição do Campeonato Brasileiro, a torcida do Flamengo não decepcionou e levou mais de 60 mil pessoas para o Maracanã, sendo que a massa rubro negra apoiou a equipe desde o início e deu um ânimo a mais para o primeiro jogo da 22° rodada do Brasileirão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FICHA TÉCNICA FLAMENGO 0 X 0 SÃO PAULO Hora 19h (de Brasília) Público 67.051 presentes Árbitro Rafael Traci (SC) Auxiliares Henrique Neu Ribeiro (SC) e Alex dos Santos (SC) Cartões amarelos Everton Ribeiro, Gabriel e Rafinha (FLA); Hernanes, Reinaldo, Pablo e Liziero (CRU) FLAMENGO Diego Alves; Rodinei (Rafinha), Rodrigo Caio, Pablo Marí e Renê (Filipe Luís), Willian Arão, Piris da Motta (Gerson) e Arrascaeta, Everton Ribeiro, Gabriel e Bruno Henrique Técnico Jorge Jesus

SÃO PAULO Tiago Volpi; Juanfran, Bruno Alves, Arboleda e Reinaldo; Luan, Tchê Tchê (Vítor Bueno), Hernanes (Hudson) e Daniel Alves; Antony (Liziero) e Pablo Técnico Fernando Diniz

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .



O

Flamengo dominou o Grêmio, se impôs dentro da Arena tricolor nesta quarta-feira, chegou a balançar as redes adversárias quatro vezes - três delas anuladas pelo VAR, mas não conseguiu a vitória que parecia se desenhar no jogo de ida da semifinal da Copa Libertadores da América.

Grêmio arranca empate no fim e segura vantagem do Fla na semifinal Após sair na frente com Bruno Henrique, o Rubro-negro viu os gaúchos arrancarem um empate por 1 a 1 com Pepê aos 42 minutos do segundo tempo e segurar uma vantagem carioca que poderia ser ainda maior. Os times se encaram no duelo de volta no próximo dia 23, no Maracanã. Com a regra do gol qualificado fora de casa, o Flamengo ainda tem uma vantagem e ficará com a sonhada vaga na final em caso de empate por 0 a 0 no Rio de Janeiro. Empate com gols dá a classificação ao Grêmio. Um novo 1 a 1 leva a decisão para os pênaltis. Em caso de vitória, o ganhador estará na decisão em Santiago (Chile). Antes de avançar para a história do jogo diante de mais de 51 mil pessoas em Porto Alegre, é preciso lembrar: o duelo de declarações nas semanas que antecederam o confronto criaram o clima de embate dos melhores times do país. Confiantes em suas características e personificados na figura de seus treinadores, Renato Gaúcho e Jorge Jesus. No campo, o Flamengo mandou às favas o fator local e chegou ao pico de 73% de posse de bola no primeiro tempo. O dado do Footstats também demonstra como o Grêmio foi obrigado a violentar sua maneira de jogar para manter o duelo nivelado. Sem a bola, o time de Renato tentou fechar espaços e recorrer a lançamentos longos para velocidade de Everton ou Alisson. 98

Para efeito de comparação, o Grêmio tem média de 56% de posse de bola em jogos da Libertadores. Com a atuação diante do Flamengo, o índice caiu para 42%. “O Flamengo foi muito melhor que a gente. O Grêmio não viu a bola no primeiro tempo”, resumiu Renato Gaúcho depois do jogo. Após o intervalo, o Grêmio foi mais agressivo. Na marcação e com a bola. Ao reter a posse, o time gaúcho equilibrou o jogo e criou duas boas oportunidades que pararam nas mãos de Diego Alves. Por intervenção do VAR, os cariocas tiveram dois gols de Gabigol e outro de Everton Ribeiro anulados. Apesar do protagonismo do árbitro argentino Néstor Pitana e do árbitro de vídeo, o Fla teve o domínio de maior parte da partida e esteve bem mais perto de marcar do que os donos da casa, que chegaram ao empate aos 42 minutos do segundo tempo. Luan, assim como toda a equipe do Grêmio, demorou a entrar na partida, mas, principalmente no segundo tempo, conseguiu fazer o time se movimentar e girar bem a bola no meio de campo. Bruno Henrique foi, novamente, decisivo em uma partida eliminatória desta edição de Libertadores. O atacante, de cabeça, abriu o placar em um momento que o Grêmio se mostrava melhor em campo e foi o protagonista rubro-negro em Porto Alegre. O lateral-direito Rafael Galhardo não esteve em uma boa noite. O jogador demonstrou equívocos no sistema defensivo - setor que o Flamengo conseguiu explorar - e, quando foi ao ataque, não conseguiu avançar nas trocas de passes. Pelo lado rubro-negro, Arrascaeta esteve abaixo do que vinha apresentando. Mesmo quando o Flamengo se mostrava com mais posse de bola, o camisa 14 não se mostrou tão ativo. Ex-Fla, o goleiro Paulo Victor não teve uma boa noite. Mal em reposições de bola, o gremista foi mal nos lances dos


gols anulados de Everton Ribeiro e Gabigol. No primeiro, saiu errado no lance. Já no segundo, colaborou decisivamente para que a bola do rubro-negro entrasse. No gol de Bruno Henrique, o tricolor caiu atrasado e não evitou a bola na rede. O primeiro tempo do Grêmio foi diferente. A estratégia clara era explorar a bola longa, rápida, em Everton e Alisson. Um contra-veneno para a pressão do Flamengo e linhas fechadas à frente da área defendida por Diego Alves. Só que o plano não deu certo e os gremistas ficaram longe do gol. Sem nenhuma chance até o intervalo. Na etapa final, com mais agressividade e retomando o jogo por baixo e com toques curtos, o Grêmio ganhou metros de campo e gerou boas oportunidades. Em ambas, Diego Alves salvou. Durante toda a partida, o fio condutor da atuação tricolor foi empenho máximo. Com pitada a mais de pegada do que na comparação com o desempenho médio na ‘era Renato’. O Flamengo entrou em campo com uma proposta de manter a “marcação alta” que vem fazendo sob o comando do técnico Jorge Jesus. E, desta forma, conseguiu empurrar o Grêmio para o campo de defesa e comandar o primeiro tempo, criando boas oportunidades - dois gols foram anulados. Na volta do intervalo, a equipe rubro-negra teve um momento que perdeu um pouco de presença no meio de campo, vendo o Tricolor gaúcho melhorar -, mas Diego Alves apareceu bem. Sob pressão, o Fla conseguiu ter calma para colocar a bola no chão e chegou ao gol. Ao mesmo tempo, na defesa, ainda havia espaços e o Grêmio aproveitou rara falha. Após uma jogada que quase resultou em um gol do Grêmio, Willian Arão e Filipe Luís se estranharam, trocaram empurrões e a coisa quase esquentou ainda mais. A dupla foi contida e resolveu o desentendimento na base do papo. Aos 21 minutos do 1º tempo,

Everton Ribeiro marcou, mas o juiz foi ao VAR e verificou falta de Gabigol na jogada. Dois minutos depois, o auxiliar assinalou impedimento em gol de Gabigol. A equipe que fica na cabine referendou a decisão de campo. Já aos 39, o juiz consultou o árbitro de vídeo para rever falta de Michel em Gerson. Após a checagem, o gremista foi punido com o amarelo. Aos 23 minutos do segundo tempo, Bruno Henrique abriu o placar. Aos 34, novo gol de Gabigol foi invalidado. Pepê empatou aos 42 da etapa final. Do lado de fora, no entanto, cenas que não combinam com o esporte. Na chegada ao estádio, o ônibus do Flamengo foi alvo de objetos arremessados por gremistas. Não houve maiores danos ao veículo e os jogadores saíram ilesos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FICHA TÉCNICA GRÊMIO 1 X 1 FLAMENGO Hora 21h30 (de Brasília) Público 47.947 presentes e 51.406 pagantes Árbitro Nestor Pitana (ARG) Auxiliares Juan Belatti (ARG) e Hernán Maidana (ARG) Cartões amarelos Rodrigo Caio (FLA); Kannemann, Michel e Diego Tardelli (GRE) GOLS

Bruno Henrique (FLA), aos 23 e Pepê (GRE), aos 42 minutos do segundo tempo GRÊMIO

Paulo Victor; Galhardo, David Braz, Kannemann e Cortez; Michel (Maicon) e Matheus Henrique; Alisson (Pepê), Luan e Everton; Diego Tardelli (André) Técnico Renato Gaúcho FLAMENGO Diego Alves; Rafinha, Rodrigo Caio, Pablo Marí e Filipe Luís (Renê), Willian Arão, Gerson (Piris da Motta) e

Arrascaeta, Everton Ribeiro, Gabriel e Bruno Henrique (Vitinho) Técnico Jorge Jesus


À direita: Reinier arrisca chute bem marcado. Ao lado: BH arrematando

P

or, pelo menos, mais uma rodada, o Flamengo mantém a vantagem na liderança do Campeonato Brasileiro. A equipe rubro-negra foi à Arena Condá encarar a Chapecoense e, em partida em que soube se impor, venceu por 1 a 0, com gol de Bruno Henrique. O atacante balançou a rede ainda no primeiro tempo. Com a vitória, o time da Gávea chegou aos 52 pontos. Já a Chape, permanece com apenas 15, ocupando a lanterna da competição.

Com gol de Bruno Henrique, líder Flamengo bate lanterna Chapecoense e supera recorde O atacante Bruno Henrique teve a missão

de ocupar a vaga de Gabigol, artilheiro do Brasileiro. O camisa 9 estava suspenso para este jogo, mas, em breve, estará à disposição da seleção brasileira. Bruno Henrique foi bem e fez o gol que abriu o caminho para o triunfo rubro-negro, mostrando que pode fazer a função de “homem-gol” quando necessário. Gerson foi um dos nomes do Flamengo na partida. O jogador, que pareceu

se multiplicar em campo, comandou o meio rubro-negro e conseguiu ditar o ritmo da equipe, que imprimiu muita intensidade. Já o lateral-direito Bryan não teve uma atuação vistosa. O jogador teve algumas falhas na marcação e na saída de bola - em uma delas, quase que o Flamengo chegou ao gol -, e, nas poucas vezes que conseguiu ir ao ataque, não foi muito efetivo. Apesar de jogar em casa, a Chapecoense teve uma atuação apagada. Acuada no campo de defesa, a equipe demonstrava certa desorganização do meio de campo, o que dificultou a saída de bola e, consequentemente, fez com que pouco chegasse ao campo de ataque. Quando saiu do campo de defesa, o time falhou no “último passe”. No segundo tempo, com algumas mudanças, o time melhorou e esteve um pouco mais tempo no campo ofensivo, aproveitando também que o adversário diminuiu o ritmo. Porém, ainda assim, falhou na construção das jogadas. O técnico Jorge Jesus colocou em campo um time com mudanças, uma vez que não podia contar com o lateralesquerdo Filipe Luis e o meia Arrascaeta, lesionados, e o atacante Gabigol, suspenso. Renê atuou na ala, Reinier no meio e Vitinho no ataque, com Bruno Henrique passando a ser referência. A equipe começou com muita intensidade, marcando forte no campo de ataque e “mandando” no jogo. Na etapa inicial, principalmente, o setor ofensivo funcionou e diversas chances de gol foram criadas. No decorrer do segundo tempo, apesar de manter a superioridade, o time diminuiu um pouco o ritmo e viu a Chape chegar um pouco mais ao ataque, mas

conseguiu assegurar o triunfo. Mesmo fora de casa, o Flamengo soube se impor diante da Chapecoense e a etapa inicial foi quase um “ataque contra defesa”. Com os setores bem posicionados, a equipe do técnico Jorge Jesus pressionava a saída de bola e praticamente não deixava os donos da casa jogarem. Com mais posse de bola e conseguindo trocar passes, as oportunidades de gol foram aparecendo, principalmente com Bruno Henrique, que ocupou a vaga do suspenso Gabigol como referência no ataque. E foi justamente ele - que já havia carimbado a trave - quem abriu o placar ainda no primeiro tempo. O camisa 27 aproveitou

pelo lado direito, conseguiu chegar ao ataque e, em um lance que terminou em finalização de Régis, quase chegou ao empate. O Flamengo também mudou, alterou a cara do time e não viu o entrosamento se repetir na reta final do duelo. O zagueiro Pablo Marí ainda carimbou a trave, ao aproveitar cruzamento pela direita. Com a partida se caminhando para o apito final, a Chape se lançou ao campo de ataque como pôde e tentava aproveitar os espaços deixados pelo Fla. Uma cabeçada de Everaldo até fez a torcida ter expectativa, mas Diego Alves fez a defesa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FICHA TÉCNICA CHAPECOENSE 0 X 1 FLAMENGO tes Árbitro Hora 11h (de Brasília) Público 12.152 pagan Carvalho de son Emer iares Vinicius Araújo (SP) Auxil Elicarlos elos amar es Cartõ (SP) e Rodrigo Manis (SP) (CHA) GOLS

Bruno Henrique,(FLA), aos 34 do primeiro

cruzamento e, de cabeça, balançou a rede. No começo do segundo tempo, o panorama não mudou muito e o Flamengo continuava “em cima” da Chape, criando chances. Porém, apesar de as substituições feitas pelo técnico Marquinhos Santos não terem surtido efeito logo de imediato, aos poucos, acarretaram em melhora, mesmo que tímida. A Chape, principalmente usando a velocidade

100

tempo

CHAPECOENSE to; Márcio Tiepo, Bryan, Douglas, Rafael Pereira e Rober elli) Locat (Vini o anhar Camp Araújo, Elicarlos, Gustavo r Kayze o Renat e ldo e Régis (Arthur Gomes); Evera (Camilo) Técnico Marquinhos Santos FLAMENGO Caio e Renê; Diego Alves, Rafinha, Pablo Marí, Rodrigo r (Berrío) Reinie e o Ribeir on Willian Arão, Gerson e Evert que Henri Bruno e ) (Lucas Silva); Vitinho (Piris Técnico Jorge Jesus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


Ao lado: Vitinho puxando contra-ataque Acima: Gerson armando jogada

O

Flamengo venceu o Atlético-MG por 3 a 1 pela 24ª rodada do Campeonato Brasileiro 2019. Vitinho, o nome do jogo, fez um gol e deu assistência para Willian Arão marcar. Reinier completou para o líder no Maracanã. Nathan descontou para o visitante. Com o resultado, o Fla chega a 55 pontos conquistados e fica oito à frente do Santos, novo vice-líder da competição.

Mais uma vítima: Flamengo vence o Galo no Maracanã e aumenta para oito pontos a vantagem na ponta Substituto de Gabigol no setor ofensivo, Vitinho fez ótima partida contra o Atlético.

Ele atuou pelo lado esquerdo do ataque e foi quem mais levou perigo à defesa do adversário. O camisa 11 deu assistência para Willian Arão marcar de cabeça no primeiro tempo e, na volta do intervalo, marcou um golaço após driblar Patric na ponta esquerda e bater de chapa, em chute preciso e cruzado. Com o gol, Vitinho encerra um jejum de quatro meses. Seu último

gol havia sido diante do CSA, na vitória por 2 a 0 fora de casa, pela nona rodada do Brasileiro. O atacante foi muito mal e acabou substituído ainda no intervalo. De volta à equipe por causa da convocação de Guga para a seleção brasileira sub-23, Patric cometer mais falhas que resultaram em gols do rival. Ele tomou um drible de Vitinho no lance que ocasionou o segundo gol do Flamengo e não conseguiu afastar a bola na jogada que terminou com celebração do jovem Reinier. O volante Willian Arāo só cresceu de rendimento sob o comando de Jorge Jesus. Titular absoluto do time desde a chegada do português ao Rio de Janeiro, coroou a boa fase com um gol de cabeça para abrir o placar. Ele aproveitou escanteio cobrado por Vitinho e mandou para o fundo da rede de Wilson. É o primeiro do jogador após dois meses sem estufar as redes. O último tinha sido contra o Grêmio, em 10 de agosto passado. Escalado como volante na ausência de Jair, lesionado, Nathan marcou pela segunda partida seguida no Brasileiro. Ele já havia deixado sua marca contra o Palmeiras, no fim de semana, e hoje voltou a balançar a rede. Ele aproveitou passe de Vinícius e fez bela jogada individual para estufar a rede adversária no Maracanã, deixando o goleiro Diego Alves no chão. Em que pese a vitória do Flamengo sobre a Chapecoense no fim de semana, o garoto Reinier tomou uma bela bronca de Jorge Jesus após o jogo na Arena Condá. No entanto, teve uma nova oportunidade entre os titulares. Contra o Galo, levou perigo por muito tempo. Aos 30 minutos da etapa final, foi premiado com um gol.

O Flamengo foi superior ao Atlético-MG durante praticamente os 90 minutos. Com o time quase todo no campo ofensivo, o RubroNegro criou várias boas chances de marcar. Vitinho, Bruno Henrique e Éverton Ribeiro tiveram muita dificuldade para criar por baixo e precisaram forçar o jogo aéreo, mesmo com o adversário escalando três zagueiros altos - todos com mais de 1,90m de altura. A equipe da casa, ainda assim, levou mais perigo em lances deste tipo. Reinier, Willian Arão e Bruno Henrique assustaram o goleiro Wilson. Os chutes de longa distância também foram um artifício. A proposta de jogo com três homens na zaga fez o Atlético jogar todo atrás da linha da bola. Os comandados de Rodrigo Santana

Oliveira e, sem uma referência no ataque, os mineiros criaram mais que na etapa inicial.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FICHA TÉCNICA FLAMENGO 3 X 1 ATLÉTICO-MG tes Árbitro Hora 20h (de Brasília) Público 58.788 pagan Bruno Wilton Pereira Sampaio (Fifa/GO) Auxiliares nho da Silva Raphael Pires (Fifa/GO) e Fabricio Vilari Santos (Fifa/GO) Cartões amarelos Maidana e Fábio (ATL) GOLS

, Nathan Willian Arão (FLA) aos 36 do primeiro tempo r (FLA) aos 30 (ATL) aos 5, Vitinho (FLA) aos 15 e Reinie do segundo tempo FLAMENGO e Renê; Willian Diego Alves; Rafinha, Rhodolfo, Pablo Marí (Vinícius Souza); Arão, Gerson, Everton Ribeiro e Reinier Bruno Henrique e Vitinho (Lucas Silva) Técnico Jorge Jesus

apostaram em contra-ataques. No primeiro tempo, o time ficou muito fechado, sem alternativas para armar sua transição Ricardo Oliveira ficou isolado no setor ofensivo. Por isso, os mineiros tiveram 28% de posse de bola contra 72% dos mandantes. Na volta do intervalo, a situação mudou, e o Galo passou a jogar mais adiantado. Marquinhos entrou na vaga de Ricardo

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ATLÉTICO-MG na e Fábio Wilson; Patric, Igor Rabello, Léo Silva, Maida Santo); (Di es Santos; Elias (Bruninho), Nathan e Cazar Vinícius e Ricardo Oliveira (Marquinhos) Técnico Rodrigo Santana

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


Na ponta direita: Bruno Henrique comemorando Ao lado: Gol de Bruno Henrique Acima: Gerson e Vitinho em jogada

Q

ual o limite para o Flamengo de Jorge Jesus? Não foi a tão temida Arena da Baixada. Em mais uma atuação consistente e convincente, o Rubro-Negro venceu o Athletico por 2 a 0, em Curitiba, neste domingo, pela 25ª rodada do Brasileirão, quebrou um tabu de 45 anos e voltou a abrir oito pontos para o Palmeiras (58 a 50), novo vice-líder do Brasileirão.

Bruno Henrique brilha, Flamengo quebra tabu, e vence o Athletico na Baixada O triunfo deste domingo se torna ainda mais representativo se levado em conta a pedra

no sapato que o Athletico é para o Flamengo historicamente no Brasileirão. Desde 1974, com um 2 a 1 no Couto Pereira, gols de Zico e Paulinho, os cariocas não venciam o Furacão como visitante pela competição. Na Arena da Baixada, o feito é inédito. Até então, o Flamengo tinha vencido apenas um jogo: 1 x 0, em 2011, pela Copa Sul-Americana,

gol de Ronaldinho. Na ocasião, os dois times usaram times reservas.

sistema defensivo do Fla, o camisa 10 pouco produziu e foi figura apagada em Curitiba.

Um jogo de inteligência, e o Flamengo demonstrou no decorrer dos 90 minutos que foi mais maduro e consciente de suas ações que o Athletico-PR. Em duelo de dois times bem arrumados, os cariocas souberam suportar o ímpeto ofensivo dos donos da casa e neutralizaram sua marca registrada: a saída de bola. Os cariocas abriram a contagem e conseguiram suportar a pressão dos donos da casa, que tiveram a maior parte das ações em campo, mas não conseguiram sair da armadilha dos visitantes, que se armaram para defender e sair em velocidade quando a bola era retomada. No fim do jogo, Bruno Henrique liquidou a fatura.

Ante um adversário que tentou o gol, o Furacão não fugiu de suas características e foi para cima, tornando o jogo disputado. Os paranaenses tentaram sair com velocidade, especialmente com Rony, que foi um terror para a defesa carioca. Em desvantagem no placar, Tiago Nunes mandou seu time para a frente, pressionou o adversário, mas não conseguiu transformar as chances em gol. Contra uma equipe que também batalha pela vitória, o Fla fez um duelo franco ante o rival e levou a melhor. A equipe conseguiu suportar a pressão e aproveitou as brechas

Não apenas pelo gol que abriu o placar na Arena da Baixada, Bruno Henrique foi o grande destaque do Fla em Curitiba. Ligadíssimo em campo, o atacante foi um pesadelo para a zaga atleticana e levou perigo o tempo todo. Mesmo quando o Fla foi mais pressionado, o atacante foi a melhor válvula de escape. Após a atuação decisiva contra o Atlético-MG, o atacante Vitinho esteve apagado na partida. O jogador colaborou na hora da recomposição, mas foi nulo na hora da construção ofensiva. Ante muitas baixas, a tendência é que o camisa 11 atue na próxima quarta-feira contra o Fortaleza, na Arena Castelão. Ex-jogador do Flamengo, Marcelo Cirino, uma das principais armas do Furacão, teve atuação discreta na Arena da Baixada. Preso entre o

revisão do lance e o catarinense voltou atrás de sua decisão. Aos 18 do primeiro tempo, Lucas Silva caiu na área. O juiz marcou o pênalti, o árbitro de vídeo chamou, e a penalidade foi invalidada. Aos 44 minutos, Bruno Henrique abriu a contagem. Bruno Henrique marcou aos 45 minutos do segundo tempo e liquidou o jogo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FICHA TÉCNICA ATHLETICO PR 0 X 2 FLAMENGO

Hora 16h (de Brasília) Público 25.473 presentes Árbitro Braulio da Silva Machado (SC) Auxiliares Helton Nunes

(SC) e Éder Alexandre (SC) Cartões amarelos Everton Ribeiro, Renê, Jorge Jesus, Bruno Henrique (FLA);

Citadini, Rony, Thiago Heleno (CAP) GOLS

Bruno Henrique (FLA), aos 44 do primeiro tempo e aos 45

do segundo tempo

ATHLETICO PR Léo; Madson, Leo Pereira, Thiago Heleno e Márcio

Azevedo (Adriano); Wellington, Lucho González (Marco Rúben) e Léo Cittadini; Rony, Thonny Anderson e Marcelo

Cirino

para sair com velocidade. Quando esteve pressionado, o time se postou e manteve o desenho tático. Mesmo com a pressão contra, a equipe conseguiu suportar a pressão e manteve o resultado. Aos 18 do primeiro tempo, o árbitro Braulio da Silva Machado deu pênalti para o Fla após Lucas Silva ser derrubado na área. O VAR chamou para a

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Técnico Tiago Nunes FLAMENGO

Diego Alves; Rafinha (João Lucas), Rhodolfo (Thuler),

Pablo Marí e Renê; Willian Arão, Gerson, Lucas Silva (Piris da Motta) e Everton Ribeiro e Vitinho; Bruno

Henrique

Técnico Jorge Jesus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


Na ponta direita: Rodrigo Caio saindo com bola dominada Ao lado: Time comemorando vitória Acima: Gabigol chutando para marcar o gol de empate

E

m um jogo de muita correria e com intervenção decisiva do árbitro de vídeo, o Flamengo venceu o Fortaleza por 2 a 1, no Castelão. O Leão abriu a contagem com Bruno Melo, de pênalti. Gabigol, também de pênalti (que foi confirmado após intervenção do VAR), empatou. Aos 43, de cabeça, Reinier virou. O Fla perdia a partida até os 33 minutos da etapa final.

Fla sofre com o Fortaleza, sai atrás, mas vira na marra com Gabigol e Reinier

Repleto de desfalques, a equipe arrancou o resultado mesmo ante muitas dificuldades para a montagem da equipe que foi a campo. Assim como na vitória sobre o Athletico, o goleiro Diego Alves foi uma grande figura em campo. Em cobrança de falta de Bonilha, voou e evitou o gol. O camisa 1 também

apareceu bem em arremate de André Luis, e esteve presente sempre que preciso. Famoso por pegar pênaltis, o goleiro foi bem na bola, mas não evitou o gol de Bruno Melo. Substituto de Rafinha, João Lucas não esteve bem no Castelão. Sem efetividade no apoio e falho na defesa, o jogador foi alvo de investida constante dos tricolores. Como o titular se recupera de uma cirurgia na face, as opções disponíveis para Jesus são João Lucas e Rodinei. Pivô de um imbróglio entre Flamengo e CBF, o meia Reinier teve atuação apagada no Ceará. Sem diálogo com os homens da frente, pouco apareceu e foi facilmente anulado pelos rivais. Aos 43 minutos do segundo tempo, a estrela do camisa 19 apareceu. Ele aproveitou cruzamento e cabeceou para o fundo da rede. Em casa, a equipe tricolor conseguiu impor algumas dificuldades aos visitantes e tirar o time de Jorge Jesus das características. Os comandados de Rogério Ceni tiveram boa presença no meio de campo e, no ataque, exploraram as jogadas pelas alas. O Fortaleza começou bem, conseguindo, de certa forma, “empurrar” o Flamengo para o campo de defesa, mas, ainda assim, faltava capricho para concluir. Mesmo sem sofrer muito na parte defensiva, Paulão, no fim da etapa inicial, evitou que o rubronegro abrisse o placar. No segundo tempo, o panorama não teve muita alteração e o Fortaleza continuou criando boas chances. Conseguiu abrir o placar em cobrança

de pênalti, mas recuou e permitiu que o Flamengo ganhasse espaço, fazendo pressão. Assim, a equipe do Rio empatou e, nos minutos finais, virou o jogo. Mutilado por desfalques e suspensões, o Fla foi um time irreconhecível. Características marcantes do time de Jesus, a marcação sob pressão e a troca envolvente de passes não se fizeram presentes. Ante um rival com muito gás e disposição, o que se viu foi um Fla incapaz de superar suas deficiências e impor o seu estilo. Sem inspiração, o Rubro-negro abusou de bolas cruzadas na área e esteve longe de ameaçar Felipe Alves. No fim, Reinier salvou.

gramado. Aos 15 minutos do segundo tempo, Pablo Marí abriu o braço dentro da área e o juiz marcou pênalti. Bruno Melo bateu bem e converteu. Aos 33, Quintero colocou a mão dentro da área e, após revisão do VAR, Paulo Roberto Alves Junior anotou o pênalti. Aos 37, Gabigol bateu e marcou. Aos 43, Reinier virou. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FICHA TÉCNICA FORTALEZA 1 X 2 FLAMENGO Hora 20h (de Brasília) Público 50.101 presentes Árbitro Paulo Roberto Alves Junior (PR) Auxiliares Ivan Carlos Bohn (PR) e Rafael Trombeta (PR) Cartões amarelos João Lucas e Gabigol (FLA), Nenê Bonilha (FOR) GOLS

Bruno Melo (FOR) aos 15; Gabigol (FLA) aos 37 minutos e Reinier aos 43 do segundo tempo FORTALEZA Felipe Alves; Tinga, Quintero, Paulão e Bruno Melo; Araruna, Nenê Bonilha (Juninho) e Marlon; Felipe Pires,

O primeiro tempo marcou uma coincidência entre os dois times. Aos 15 minutos, Lucas Silva arrancou e sentiu uma fisgada na parte posterior da coxa. Sem condições, foi substituído por Piris da Motta. Aos 29, André Luís sentiu problema similar e seguiu. Mas minutos depois, em choque com Rodrigo Caio, o camisa 97 machucou o joelho e deixou o

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Kieza (Osvaldo) e André Luís Técnico Charles Hembert

FLAMENGO Diego Alves; João Lucas (Rodinei), Rodrigo Caio, Pablo Marí e Renê; Willian Arão, Gerson (Vitor Gabriel), Lucas Silva (Piris da Motta) e Reinier; Vitinho e Gabigol Técnico Jorge Jesus

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Na ponta esquerda em cima: Cabeceio de Pablo Marí Na ponta esquerda embaixo: Gabigol provocando Acima: Bruno Henrique comemorando mais um gol Ao lado: Jorge Jesus instruindo os jogadores

O

Flamengo não tomou conhecimento e venceu o Fluminense com tranquilidade por 2 a 0 neste domingo. A partida no Maracanã foi o quinto triunfo consecutivo do Rubro-Negro no Campeonato Brasileiro. Bruno Henrique abriu o placar e Gerson ratificou o resultado que faz o time partir embalado para o duelo decisivo com o Grêmio pela semifinal da Copa Libertadores na quarta-feira.

Com direito a “olé”, Fla bate Flu e chega à 5ª vitória consecutiva e 10 pontos de vantagem

A atuação do Flamengo foi tão superior que a partida estava definida já no meio do segundo tempo. A torcida, então, passou a provocar o adversário, cantando “olé” a cada passe da equipe. Os poucos tricolores que foram ao estádio apenas observavam seus

atletas correrem atrás do rival, sem muito o que fazer. Com a vitória, o Flamengo chegou aos 64 pontos e abriu ainda mais na liderança do Campeonato Brasileiro. O Palmeiras empatou com o Athletico Paranaense em Curitiba e agora está dez pontos atrás. Já o Santos foi derrotado pelo AtléticoMG em Belo Horizonte e está com 51. Bruno Henrique marcou o primeiro gol e foi um dos principais jogadores do Flamengo ao lado de Gerson, que definiu a vitória contra o clube que o revelou. Pelo lado do Fluminense, Muriel fez grandes defesas. Ganso foi novamente vaiado pela torcida tricolor durante uma atuação apática. Vitinho, mesmo com a vitória, foi muito mal em campo, destoando do nível apresentado pelos seus companheiros. O jogador ainda lida com altos e baixos pelo time rubronegro. O Flamengo não deu qualquer chance para o Fluminense gostar do jogo. Em um Maracanã tomado por rubro-negros, o time de Jorge Jesus precisou de apenas 3min para abrir o placar. Rodinei cruzou na medida para Bruno Henrique, que subiu mais que a zaga do Tricolor para testar firme e vencer Muriel: 1 a 0. Após sofrer o gol, o Fluminense tentou uma reação imediata. O time se lançou à frente e até criou boas oportunidades com Wellington Nem, que não

conseguiu finalizar com qualidade. Após alguns minutos, o Tricolor não conseguiu manter o ritmo e viu o Flamengo tomar as rédeas da partida. Com ampla superioridade na posse de bola, o Flamengo era agressivo quando chegava no campo de ataque. O que se viu foram várias chances criadas e que levaram perigo ao gol de Muriel, grande destaque individual da partida até o momento. Gabgiol, Everton Ribeiro, Rodrigo Caio pararam no paredão tricolor - fora as oportunidades que tiraram tinta da trave. O Fluminense até ameaçou o Flamengo no primeiro tempo, mas voltou muito mal na etapa complementar. Apenas se defendendo,

técnico Marcão decidiu reforçar a marcação. Sacou Ganso e Nenê para entrada de Lucão e Yuri. O camisa 10 vive péssimo momento e voltou a ser vaiado pela torcida do Fluminense, assim como ocorreu em derrota para o Athletico-PR.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FICHA TÉCNICA FLAMENGO 2 X 0 FLUMINENSE o Hora 20h (de Brasília) Público 47.496 pagantes Árbitr Alves Silva da Rafael res Auxilia (RS) o Daronc on Anders e Elio Nepomuceno (RS) Cartões amarelos Piris, Pablo Mari (FLA); Ganso, Caio Henrique, Frazan (FLU) GOLS

Bruno Henrique, aos 3 do primeiro tempo e Gerson do segundo tempo

aos 20

FLAMENGO Luís Diego Aves, Rodinei, Rodrigo Caio, Pablo Marí e Filipe e Ribeiro n Everto Arão), n (Willia Gerson Piris, ; (Renê) Vitinho (Reinier); Bruno Henrique e Gabigol Técnico Jorge Jesus

o Tricolor viu o rival dominar os jogos e cercar a meta de Muriel. De tanto forçar, o Rubro-Negro ampliou o placar. Gerson recebeu bom passe de Reinier, driblou a marcação e chutou firme para fazer o segundo: 2 a 0. Após sofrer o segundo gol, o

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FLUMINENSE Muriel, Gilberto, Nino, Frazan e Caio Henrique; Allan, e Daniel, Ganso (Lucão) e Nenê (Yuri); Yony González Nem ton Welling Técnico Marcão

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


O

Flamengo está na final da Copa Libertadores da América após 38 anos de espera. E de maneira incontestável. O Rubro-Negro transformou o Maracanã em um palco nesta quarta-feira (23), dando um verdadeiro show de futebol para golear o Grêmio por 5 a 0, fazer 6x1 bi agregado e confirmar a vaga na grande decisão do próximo dia 23, em Santiago (Chile), contra o River Plate-ARG.

Flamengo faz 5 a 0, atropela o Grêmio no Maracanã e vai à final da Libertadores O Grêmio tentou igualar as ações no primeiro tempo após um duelo de ida onde já assistira a um Flamengo superior. Durou 41 minutos. Foi quando Bruno Henrique aproveitou rebote de Paulo Victor em chute de Gabigol para fazer 1 a 0. Até aí parecia um jogo normal. Parecia. Mas os quatro gols em 25 minutos na volta do segundo tempo trataram de colocar a partida na galeria das inesquecíveis para o time carioca. Gabigol (duas vezes, para se tornar também artilheiro do torneio continental), Pablo Marí e Rodrigo Caio completaram os gols da vitória histórica. O ataque do Flamengo foi o grande diferencial na partida. Com muita velocidade e intensidade, Gabigol e, principalmente, Bruno Henrique infernizaram a defesa do Grêmio e foram decisivos para o resultado ao marcarem os três gols do duelo. O goleiro tricolor não parece estar à altura do time. Paulo Victor não foi bem na partida e motivou muitas reclamações da torcida do Grêmio nas redes sociais depois de soltar 106

a bola do primeiro gol. Quem também não esteve em noite iluminada foi Michel. O volante falhou no lance do primeiro gol do Flamengo e teve atuação apagada. Depois de muita expectativa em relação às condições médicas de Rafinha e Arrascaeta, o Flamengo divulgou a escalação com força máxima. O lateral direito foi a campo com um capacete após uma cirurgia na face devido a uma fratura, fruto de um choque no jogo com o Athletico-PR, pelo Brasileiro. Já o apoiador uruguaio recuperou-se de uma artroscopia realizada justamente depois do primeiro duelo com o Grêmio, em Porto Alegre - estava fora desde então. Momentos antes de a bola rolar, a alegria dentro do estádio contrastou com a tensão nos arredores do Maracanã. Um grupo de torcedores tentou invadir o estádio em duas oportunidades, uma na Rua Eurico Rabelo e outro próximo à rampa da UERJ. A PM, porém, conseguiu agir rapidamente e impedir entradas irregulares ao local do jogo. A escalação deu o sinal e os primeiros minutos confirmaram. O Grêmio entrou diferente em campo, com marcação intensa e fechando espaços. Armado para o contraataque, o time gaúcho conseguiu criar grande oportunidade que Maicon desperdiçou antes dos 20 minutos, para defesa de Diego Alves. Dali em diante, a estratégia foi sendo anulada pela evolução do Flamengo. A equipe gremista passou a errar muitos passes e levou gol ao provar do próprio veneno. O começo de jogo não foi como a torcida do Flamengo esperava. A pressão inicial não ocorreu e o Grêmio ainda deu trabalho ao


sistema defensivo. O jogo só começou a mudar para o lado rubro-negro a partir dos 25min, quando Bruno Henrique quase abriu placar de cabeça. A partir desse lance, os donos da casa passaram a pressionar os gaúchos e exigir boas defesas de Paulo Victor, como em chutes de Arrascaeta e Gabigol. Um dos melhores jogadores em campo, Bruno Henrique abriu o placar para o Flamengo. Na jogada Maicon recebeu passe de Michel e viu o atacante rubro-negro roubar a bola. Ele acionou Gabigol, que chutou cruzado para defesa parcial de Paulo Victor. Ele soltou nos pés do próprio camisa 27: 1 a 0. O Flamengo voltou fulminante do intervalo. Disposta a “matar” o adversário e assegurar o quanto antes a classificação para a final. Gabigol marcou logo no primeiro minuto. O camisa 9 voltou a deixar sua marca, dessa vez de pênalti, aos 10min. Os demais gols ocorreram em jogadas de bola parada. Pablo Marí, aos 21min, e Rodrigo Caio, aos 25min, levaram o Maracanã à loucura. Artilheiro do Grêmio no ano, o camisa 11 fez um jogo voltado ao auxílio na marcação. O sacrifício de Everton cobrou seu preço: o time gaúcho ficou longe do gol. Cebolinha, tão decisivo em jogos fora de casa na Libertadores, foi só mais um no Maracanã, enquanto seus companheiros de seleção brasileira brilhavam. Diego voltou aos gramados nesta quarta-feira, quando a fatura já estava liquidada. Ele entrou na vaga de Gerson e foi muito festejado pela torcida. E também pelos companheiros. Everton Ribeiro, por exemplo, cedeu a faixa de capitão para o camisa 10 assim que ele entrou em campo.

Os quase 70 mil torcedores que foram ao Maracanã fizeram uma festa digna da importância deste jogo para a história do Flamengo. Além de um mosaico com a frase “até o fim”, os rubro-negro de outras partes da arquibancada ergueram faixas vermelhas e pretas e fizeram uma “chuva” de bobinas de papel.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FICHA TÉCNICA FLAMENGO 5 X 0 GRÊMIO 7 presentes Hora 21h30 (de Brasília) Público 47.94 au (ARG) e 51.406 pagantes Árbitro Patrício Loust Chade (ARG) Auxiliares Diego Bonfa (ARG) e Gabriel emann e Cartões amarelos Rodrigo Caio (FLA) Kann Everton (GRE) GOLS

; Gabigol aos 1 Bruno Henrique aos 41 do primeiro tempo 25 minutos do e 10, Pablo Marí, aos 21 e Rodrigo Caio, aos segundo tempo FLAMENGO Caio e Filipe Diego Alves; Rafinha, Pablo Marí, Rodrigo on Ribeiro, Luís; Willian Arão, Gerson (Diego), Evert que (Vitinho); Arrascaeta (Piris da Motta) e Bruno Henri Gabigol

Técnico Jorge Jesus GRÊMIO

emann e Paulo Victor; Paulo Miranda, Geromel, Kann n (D. Tardelli) e Cortez; Michel, Matheus Henrique, Maico ) Alisson (Thaciano); Everton e André (Pepê o Gaúch o Renat co Técni . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .




Acima: Arrascaeta parte com bola dominada Ao lado: Gabigol arrisca de fora da área

Q

uatro dias depois de golear o Grêmio e ir à final da Libertadores, o Flamengo voltou ao Maracanã e venceu mais uma vez. Usando o que de melhor tinha à disposição, o Rubro-Negro bateu o CSA por 1 a 0 em partida válida pelo Campeonato Brasileiro. Arrascaeta fez o gol da vitória que fechou a 28ª rodada e marcou novo recorde de público pagante na competição: 65.649 pessoas. Com o resultado, o Flamengo segue em situação confortável no topo do Brasileirão: são 67 pontos, dez a mais que o vice-líder Palmeiras.

Líder sem show: Flamengo sofre, mas vence o CSA em noite de Diego Alves

Arrascaeta foi o melhor em campo no primeiro tempo. No fim das contas, fez um gol e perdeu um dentro da área, livre. Mas foi quem mais se movimentou e levou perigo pelo time da casa. Diego Alves, por sua vez, fez três importantes defesas. Na primeira,

espalmou um chute de Apodi. Na segunda, fez uma defesaça, no puro reflexo, para evitar o empate. A bola ainda tocou o travessão. Na última, já na etapa final, desviou chute cruzado de Warley. João Carlos defendeu inúmeras bolas, mas um erro no começou dificultou as coisas e custou caro para o time visitante. Aos nove minutos do primeiro tempo, ele aceitou chute fraco de Arrascaeta e levou o gol. O CSA foi valente, tentou de toda forma buscar o empate, mas o lance acabou sendo decisivo. No fim, o VAR encontrou posição irregular, mas Apodi ficou muito perto de empatar. Antes de a arbitragem anotar a infração, quem salvou o Flamengo foi Rafinha. No lance, o jogador visitante se livrou de Diego Alves e, com o gol aberto, chutou. O lateral flamenguista acompanhou a jogada e bloqueou a bola. Como era o esperado, o Fla teve o domínio do jogo neste domingo. Com a bola e mostrando bastante objetividade, a equipe de Jorge Jesus exibiu o variado repertório que vem encantando o país, mas pecou nas finalizações. Só no primeiro tempo, Bruno Henrique, Gabigol e Arrascaeta desperdiçam uma chance cada. Na etapa final, o time deu sinais de cansaço e voltou a perder oportunidades. Na zona de rebaixamento, o CSA foi ao Maracanã fechadinho, esperando o rival. Mas engana-se quem pensa que foi só isso. O time de Argel Fucks partiu em contra-ataque diversas vezes e levou muito perigo. Por detalhe, não conseguiu igualar o marcador, em ambos os tempos. Dominante, o

Flamengo nem precisou insistir muito para abrir o placar. Aos 9, Arrascaeta recebeu passe de Everton Ribeiro, deixou o marcador no chão e finalizou. João Carlos aceitou, e a bola morreu no fundo das redes. Aos 22, Gabigol teve duas chances de ampliar. Ele cabeceou e obrigou o goleiro a fazer boa defesa. No rebote, ele controlou a bola, se livrou da zaga e fez novamente o rival trabalhar com um chute no canto. O CSA chegou com Apodi, que recebeu em diagonal e finalizou no canto. Diego Alves defendeu. Um minuto depois, a resposta: Gabigol arrancou e bateu cruzado, mas a bola saiu pela linha de fundo. O primeiro tempo seguia agitado, e Diego Alves salvou os mandantes do empate. Dawhan recebeu, tirou Thuler e bateu. No

Flamengo. Sem chances muito claras e mal no último passe, o time carioca viu o CSA assustar novamente. Aos 34, Warley recebeu cruzamento e chutou forte. Novamente o camisa 1 espalmou e afastou o perigo. Aos 40, Alecsandro se antecipou aos marcadores, cabeceou e passou muito perto de empatar.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FICHA TÉCNICA FLAMENGO 1 X 0 CSA

Hora 19h (de Brasília) Público 69.846 presentes e 65.649 pagantes Árbitro Rodolpho Toski Marques

Auxiliares Bruno Boschilia e Victor Hugo dos Santos Cartões amarelos Gerson (FLA) e João Carlos e Apodi (CSA) GOLS

Arrascaeta (FLA) aos 9 minutos do primeiro tempo FLAMENGO Diego Alves; Rafinha, Rodrigo Caio, Thuler e Filipe Luis; Arão, Gerson e Arrascaeta (Vitinho); Everton

Ribeiro (Reinier), Bruno Henrique e Gabigol (Vinícius Souza) Técnico Jorge Jesus

susto, o goleiro carioca espalmou. A bola ainda tocou o travessão. O troco veio em dose dupla com Bruno Henrique, de cabeça, e Arrascaeta. Por um detalhe, o chute colocado do camisa 14 não entrou. Na etapa final, novas chances desperdiçadas pelo

110

CSA

João Carlos; Celsinho, Alan Costa, Luciano Castán e Carlinhos (Alecsandro); Nilton (Jean Kléber),

Dawhan e Jonatan Gomez (Euller); Warley, Apodi e Ricardo Bueno Técnico Argel Fucks . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


Ao lado: Rodrigo Caio comemorando seu gol Acima: Bruno Henrique cabeceia sob forte marcaçāo

C

om um gol de Michael aos 49 minutos do segundo tempo, o Goiás buscou um empate por 2 a 2 contra o líder Flamengo, que agora está a oito pontos do Palmeiras. O Rubro-negro abriu 2 a 0 hoje (31) no Serra Dourada, com gols de Gabigol e Rodrigo Caio, mas viu o time da casa reagir.

Flamengo sai na frente, tem goleiro expulso, vê Goiás reagir e empatar no fim O time não esteve em seus melhorias dias, mas ainda assim esteve perto de construir a vitória no segundo tempo. Com algumas mexidas em relação ao time considerado ideal, a equipe não apresentou o mesmo

ritmo de outras tecnicamente.

vezes

e

não

brilhou

Com a opção por Piris da Motta, coube a Arão fazer o papel que cabe em geral a Gerson, que começou no banco. Em uma noite na qual Everton Ribeiro e Arrascaeta não estiveram

bem, o camisa 5 foi o mais regular do meio campo e tentou conduzir o time ao ataque. Ainda que não tenha sido brilhante, ele deu boa dinâmica ao time e tentou aprofundar as jogadas. Um dos jogadores mais regulares do Flamengo, Everton Ribeiro não teve uma boa jornada em Goiânia. Impreciso nos passes e sem inspiração, o camisa 7 apareceu bem apenas nas bolas paradas. Com um de seus principais jogadores em noite ruim, a bola pouco chegou em boas condições no ataque. Reserva de Diego Alves, o goleiro César tentou aproveitar a brecha deixada pelo titular, que se recupera de entorse no joelho, e se complicou no Serra Dourada. O jogador até foi bem em arremates de fora da área de Michael e Rafael Moura, mas saiu mal do gol, quase entregou no fim e ainda foi expulso. Gabriel Batista entrou aos 40 do segundo tempo e levou o gol de empate. A exibição do Fla em Goiânia esteve longe dos melhores momentos da equipe na temporada. Ainda assim, a equipe se valeu dos seus talentos individuais para quase liquidar a fatura. O time começou em ritmo lento, “aceitou” com certa facilidade a marcação do Goiás, e pouco assustou o rival. De volta ao segundo tempo, o técnico Jorge Jesus não fez alterações de imediato, manteve Piris da Motta e Rodinei, que substituíram Gerson e Rafinha, e acelerou o jogo para ganhar. Gabigol, aos 9, e Rodrigo Caio, aos 17, selaram o triunfo e o Fla e tentou dosar forças até o apito final. Com o gol de Rafael Moura e a expulsão de César, o time teve de se

desdobrar na marcação para garantir os três pontos, que estiveram na mão até os acréscimos. O Goiás cumpria à risca o desenho proposto por Ney Franco: com linhas bem ajustadas e muita velocidade na hora de sair no contraataque, a equipe ia levando o jogo em uma temperatura que era conveniente aos donos da casa. Com os rubro-negros em noite não tão inspirada, os esmeraldinos conseguiam cozinhar a partida até Gabigol, que tinha sido parado uma vez por Tadeu, marcar e derrubar a muralha verde. A cabeçada de Rodrigo Caio foi o balde de água fria em uma equipe que fazia um jogo disciplinado até então. Apesar da desvantagem, luta

carimbou a trave e Bruno Henrique levou perigo em bola alçada na área. Rodrigo Caio também assustou Tadeu. De tanto insistir, o time chegou lá. Quando o placar estava 1 a 0, o zagueiro subiu mais alto e marcou. A torcida do Fla marcou forte presença no Serra Dourada e levou mais torcedores do que os donos da casa para o estádio. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FICHA TÉCNICA

GOIÁS 2 X 2 FLAMENGO Hora 20h (de Brasília) Público 38.345 presentes e 35.170 pagantes Árbitro Ricardo Marques Ribeiro (MG) Auxiliares Guilherme Dias (MG) e Sidmar dos Santos Meurer (MG) Cartões amarelos João Lucas e Gabigol (FLA), Nenê Bonilha (FOR) GOLS

Gabigol (FLA), aos 9; Rodrigo Caio (FLA), aos 17; Rafael Moura (GOI), aos 31 e Michael, aos 49 minutos do segundo tempo GOIÁS

Tadeu; Yago Rocha (Breno), Fábio Sanches, Rafael Vaz e Jefferson (Alan Ruschel); Gilberto Jr., Yago Felipe e Léo

não faltou em momento algum. Aos 31, Michael criou um bom lance e Rafael Moura diminuiu. Aos 49, Michael fez o gol da alegria esmeraldina. Um justo prêmio para uma equipe batalhadora. O Flamengo tem feito muitos gols em bolas altas e voltou a usar essa arma ontem. No primeiro tempo, Marí

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Sena (Thalles); Michael, Rafael Moura e Leandro Barcia Técnico Charles Hembert FLAMENGO

César; Rodinei, Rodrigo Caio, Pablo Marí e Filipe Luis; Willian Arão, Piris da Motta, Arrascaeta (Gerson), Everton Ribeiro (Vitinho) (Gabriel Batista), Bruno Henrique e Gabigol Técnico Jorge Jesus


Ao lado: Everton Ribeiro armando jogada No meio: Bruno Henrique comemorando um gol Na ponta direita: Arrascaeta partindo com bola dominada

O

Flamengo goleou o Corinthians por 4 a 1, no Maracanã, pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro, com três gols do atacante Bruno Henrique e um belo gol de Vitinho. Mateus Vital fez o “gol de honra” do Timão. A vitória mantém a liderança do Fla com folga na competição. A vantagem para o Palmeiras é de oito pontos: 71 contra 63.

Flamengo goleia o Corinthians, mantém vantagem na liderança e derruba Carille Se o Fla mantém a boa fase, o Corinthians se afunda na crise. Agora são oito jogos sem vencer. Além disso, o técnico Fábio Carille, apesar de não assumir publicamente, “perdeu

o grupo”. A goleada complicou ainda mais a situação do treinador corintiano, que foi demitido do clube momentos após a derrota. O jogo taticamente foi como a maioria esperava: ataque contra defesa. O Timão, com sua retranca demasiada, suportou até o fim do primeiro tempo, quando sofreu

dois gols de Bruno Henrique: aos 45 e 46 minutos. Se não bastasse, o atacante do Fla fez o terceiro logo no primeiro minuto do segundo tempo. Após mais uma vitória, o Flamengo tem clássico contra o Botafogo no próximo jogo. O atacante Bruno Henrique brilhou ao marcar três gols no duelo contra o Corinthians. Além da boa pontaria, ele se deslocou bastante para criar jogadas e “quebrar as linhas” do ferrolho corintiano. O zagueiro Bruno Méndez, que substitui Manoel, ficou perdido com a velocidade do Flamengo. Além disso, o uruguaio demonstrou deficiência em relação ao posicionamento. Pressionado, Fábio Carille modificou um pouco esquema para o duelo contra o Fla. Do rotineiro 4-1-4-1, ele escalou o time no 4-41-1, com a segunda formada por Ramiro, Ralf, Junior Urso e Mateus Vital. Já Pedrinho atuava próximo a Gustavol no comando do ataque. No posicionamento defensivo, ele atuava atrás do camisa 19, mas quando o time atacava, ele se deslocava para o lado direito, ao lado do centroavante. O problema é que a postura continuou a mesma, com a segunda linha muito próxima a primeira e, inclusive, até dentro da área. Por conta disso, o Flamengo teve trabalho para entrar na área do Timão, mas invertidas de bola e lançamentos em diagonais tentavam “quebrar as linhas” do do Corinthians. Em uma delas, Everton Ribeiro saiu na cara de Cássio, que fez pênalti e resultou no primeiro gol e, em outra, Gerson “achou” Bruno Henrique livre. O ex-santista tocou na saída de Cássio, com cavadinha, para fazer 2 a 0 no fim do

primeiro tempo. O Flamengo enfrentou muitas dificuldades para quebrar o ferrolho corintiano no jogo e só conseguiu em um pênalti que gerou muita reclamação do adversário. Com o Corinthians atuando com as duas linhas na frente da área, o time carioca “rodava” a bola para tentar furar o bloqueio. A estratégia foi abusar das jogadas diagonais, tanto por baixo, como por cima. Foi assim que o Fla encontrou os seus gols no primeiro tempo. No entanto, o primeiro deles, Arrascaeta foi derrubado por Cássio em saída rápida do goleiro. Os corintianos alegam que o goleiro pegou a bola antes da trombada. O juiz não quis saber e marcou o pênalti. Bruno Henrique bateu, Cássio defendeu, mas

O camisa 7 não deixou sua marca, mas foi o grande responsável pela dinâmica da equipe. Com bons passes e deslocamentos constantes, o camisa 7 deu opções para a equipe e foi una das principais armas do time na construção. Ao lado de Rafinha, infernizou o lado esquerdo de defesa do rival. Tão logo o Flamengo marcou o quarto gol, uma confusão teve inicio na torcida do Corinthians. Dezenas de policiais militares chegaram ao setor dos visitantes e conseguiram acalmar os ânimos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FICHA TÉCNICA FLAMENGO 4 X 1 CORINTHIANS

Hora 16h (de Brasília) Público 64.985 presentes Árbitro Jean Pierre Lima (RS) Auxiliares Peng Martins (RS) e

José Eduardo Calza (RS) GOLS

Bruno Henrique aos 45 e 46 do primeiro tempo e ao 1 do

segundo tempo, Mateus Vital (COR) aos 6 e Vitinho (FLA) aos 21 do segundo tempo; FLAMENGO

Diego Alves; Rafinha (Rodinei), Rodrigo Caio, Pablo Marí

e Renê; Willian Arão, Gerson e De Arrascaeta (Diego); Everton Ribeiro, Bruno Henrique e Reinier (Vitinho)

no rebote o atacante pegou o rebote e abriu o placar, aos 45. Um minutos depois saiu o segundo gol, também marcado por Bruno Henrique, que tocou na saída de Cássio após belo lançamento de Gerson. Se não bastasse, o camisa 27 marcou mais um logo no primeiro minuto do segundo tempo. O Timão descontou com Mateus Vital, aos seis da segunda etapa.

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Técnico Jorge Jesus CORINTHIANS

Cássio (Caique); Fagner (Michel Macedo), Bruno Méndez,

Gil e Carlos Augusto; Ralf, Júnior Urso e Pedrinho; Ramiro (Janderson), Gustavo e Mateus Vital

Técnico Fábio Carille

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


Ao lado: Gabigol arrisca finalizaçāo No meio: Jorge Jesus instruindo Gabigol Na ponta direita: Bruno Henrique fortemente marcado

C

onfusões, muitas faltas e gol no fim. O Flamengo sofreu, mas venceu o Botafogo por 1 a 0 e manteve a diferença na liderança para o Palmeiras em oito pontos. O Rubro-Negro teve um jogador a mais durante todo o segundo tempo após a expulsão de Luiz Fernando e só conseguiu superar o Alvinegro nos minutos finais. O garoto Lincoln marcou o gol da vitória.

Flamengo vence clássico quente com gol no fim e põe Botafogo na zona da degola O resultado foi importante para o Flamengo, que não permitiu o Palmeiras encostar na

liderança após vitória sobre o Vasco na última quarta, em São Januário. O time de Jorge Jesus chega aos 74 pontos e volta a campo recebendo o Bahia, no Maracanã. O clássico teve clima nada ameno ainda fora do estádio, com confusões e polícia agindo para dispersar o tumulto. E isso

tudo foi transferido para dentro de campo. Foram ao todo 29 faltas durante a partida inteira, com sete cartões amarelos para o Botafogo (dois só para Luiz Fernando, que, por isso, recebeu o vermelho) e três para o Flamengo. Até os técnico Alberto Valentim e Jorge Jesus saíram amarelados. O árbitro Leandro Vuaden precisou parar o jogo a todo momento por causa de bate-bocas e troca de empurrões. Jogando no Nilton Santos e com sua torcida em maioria, o Botafogo mostrou uma pegada que não vinha sendo vista nos últimos jogos. Com marcação forte, o time criava boas oportunidades com contragolpes após roubadas de bola. Igor Cássio quase abriu o placar após aproveitar cruzamento da direita. Ele driblou Rodrigo Caio e finalizou em cima de Diego Alves. O Flamengo, por sua vez, não mostrava a mesma inspiração de todo o campeonato. Mesmo sem apresentar um futebol envolvente, o time não deixava de ser perigoso. E Bruno Henrique era sempre uma grande opção. Com muita velocidade, o atacante criava oportunidades e dava muito trabalho à defesa do Botafogo. Por característica, o Botafogo tem criado pouco no Brasileiro. Contra o Flamengo, no entanto, duas chances claras de gol foram geradas. Luiz Fernando teve a melhor delas. O apoiador recebeu na entrada da área e driblou Rodrigo Caio. No momento em que faria o gol, o espanhol Pablo Marí deu carrinho salvador e impediu o primeiro. A partir dos 35min do primeiro tempo, o Flamengo cresceu e passou a

jogar um futebol mais parecido ao que seu torcedor se acostumou neste campeonato. Com muita troca de passes e virada de jogo, o Rubro-Negro encurralou o Botafogo e ficou mais próximo de abrir o placar. Os donos da casa se seguraram e levaram o empate para o intervalo. O segundo tempo iniciou bastante pegado e um fato mudou o rumo da partida. Aos 8min, Luiz Fernando errou passe no ataque e aramou contraataque. Ele tentou marcar o adversário e cometeu falta. Levou segundo amarelo e foi expulso. No mesmo momento passou a chorar copiosamente até deixar o gramado. Com menos um em campo, o Botafogo ficou ainda mais defensivo. Luiz Fernando fazia

absurdo e fez a defesa. O Flamengo martelou o Botafogo até os minutos finais em busca da vitória. Lincoln, que havia entrado no segundo tempo, foi o responsável por dar mais três pontos ao time. Ele fechou no primeiro pau e aproveitou cruzamento de Bruno Henrique para estufar as redes.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FICHA TÉCNICA BOTAFOGO 0 X 1 FLAMENGO

Hora 20h (de Brasília) Público 23.092 presentes e 20.958 pagantes Árbitro Leandro Vuaden (RS) Auxiliares Rafael da Silva Alves e Lúcio Beiersdorf (RS) Cartões amarelos Fernando, Joel Carli, Gabriel e Luiz Fernando (BOT) Rafinha e Pablo Marí (FLA) Cartão vermelho Luiz Fernando (BOT) GOLS

Lincoln (FLA) aos 43 minutos do segundo tempo BOTAFOGO

Gatito; Fernando, Carli, Gabriel e Yuri; João Paulo, Cícero e Alex Santana (Jean); Luiz Fernando, Leo Valência (Lucas Barros) e Igor Cássio (Victor Rangel)

boa partida e era boa opção para desafogar o time. Sem ele, o time viu o adversário dominar completamente o jogo e pressionar em busca da vitória. O Flamengo quase abriu o placar em jogada ensaiada. Rodrigo Caio cabeceou para dentro da área e viu Pablo Marí completar de dentro da pequena área. Gatito Fernández mostrou reflexo

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Técnico Alberto Valentim

FLAMENGO Diego Alves, Rafinha, Rodrigo Caio, Marí e Renê; Arão, Gerson (Lucas Silva), Everton Ribeiro e Vitinho (Lincoln); Bruno Henrique e Gabigol (Piris da Mota) Técnico Jorge Jesus

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


Acima: Filipe Luis em açāo Ao lado: Gabigol comemorando seu gol Na ponta abaixo: Cabeceio de Bruno Henrique Na ponta em cima: Gerson bem marcado

O

Flamengo sofreu, mas bateu o Bahia de virada por 3 a 1 e deu importante passo rumo ao título do Campeonato Brasileiro. Agora, faltam apenas três vitórias para ele não ser mais alcançado pelo Palmeiras e ficar com a taça. O time ampliou a diferença para dez pontos. Willian Arão, contra, abriu o placar, mas Reinier, Bruno Henrique e Gabigol decretaram o triunfo.

É campeão? Flamengo vira sobre o Bahia, e torcida se empolga no Maracanã O resultado é perfeito para o Flamengo que se isolou ainda mais na liderança do Brasileiro e já passa a fazer contas para

garantir matematicamente o título após o Palmeiras empatar com o Corinthians. O Rubro-negro volta a campo em 3 dias, quando encara o Vasco, em jogo antecipado do torneio. Artilheiro do Campeonato Brasileiro, Gabigol foi o grande destaque do time. Ele

deu duas assistências e ainda conseguiu deixar sua marca no fim do duelo. Já Vitinho não teve boa atuação no primeiro tempo e viu time ser derrotado parcialmente. Deu lugar a Reinier e o Flamengo virou para 3 a 1. O Flamengo precisou de poucos minutos para manter sua forma de jogar no Campeonato Brasileiro. O problema é que, aos poucos, a defesa dos times adversários estão aprendendo a marcar. O Rubro-negro até tentou, mas esteve longe de ser aquele rolo compressor de outras vezes. Contra o Bahia, cercou o rival, mas não conseguiu criar chances claras de gol. O Bahia passou grande parte do primeiro tempo apenas se defendendo. A proposta de Roger Machado, evidentemente, não era apenas essa, mas buscar também o contra-ataque. O problema é que o Flamengo estava ciente da situação e não permitia: sempre que perdia a bola tratava de parar o lance ou recuperar a bola. Empacado, o Flamengo tentou de tudo para passar a oferecer perigo ao Bahia. Vitinho e Everton Ribeiro trocaram de lado. Bruno Henrique tentou se aproximar de Gabigol. Nada disso, no entanto, deu resultado na prática. O Rubro-negro não conseguia furar a retranca do Tricolor. O Bahia não conseguia encaixar sua transição ao roubar a bola do Flamengo. Isso mudou no fim do primeiro tempo, quando os donos da casa não conseguiram matar a jogada. Nino cruzou para Elber cabecear em cima de Diego Alves. No rebote, o próprio atacante bateu pro gol e viu Arão colocar para dentro ao tentar afastar: 1 a 0. O Flamengo decidiu mudar no intervalo. Mal no jogo, Vitinho

foi substituído por Reinier. O jovem que acabou de renovar seu contrato com o Flamengo precisou de poucos toques na bola para buscar o empate. Gabigol cruzou na medida para ele cabecear e deslocar Douglas: 1 a 1. Mesmo com o Flamengo com nova postura, muito mais agressivo, o Bahia seguia apostando nos contra-ataques. A diferença que as jogadas passaram a levar perigo ao gol de Diego Alves. Jogo aberto e com resultado indefinido. Muito bem no jogo, Reinier mudou a cara do Flamengo. Chegando bem na grande área, ele passou a ser mais uma real opção ofensiva. Após marcar o primeiro gol, ele teve a chance de assinar o segundo. Ele recebeu toque de Bruno Henrique e driblou

postura no intervalo. O Flamengo definiu a vitória com gol do melhor jogador em campo. Gabigol, após dar duas assistências, deixou sua marca. Ele aproveitou rebote em cobrança de falta de Arão e estufou as redes. Na comemoração, a torcida gritou pela primeira vez: “É campeão”!

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FICHA TÉCNICA FLAMENGO 3 X 1 BAHIA

ntes e Hora 18h (de Brasília) Público 65.930 prese (RN) Vieira to 60.961 pagantes Árbitro Caio Max Augus o Marci Jean e (ES) Auxiliares Fabiano da Silva Ramires que Henri Bruno e dos Santos (RN) Cartões amarelo Piris (FLA) GOLS

tempo; Reinier Willian Arão (contra), aos 38 do primeiro ol aos 42 do Gabig e (FLA) aos 8, Bruno Henrique aos 26 segundo tempo FLAMENGO e Filipe Luís; Diego Alves, Rodinei, Rodrigo Caio, Marí o (Reinier); Vitinh e Arão, Gerson (Piris), Everton Ribeiro Bruno Henrique (Diego) e Gabigol o suspenso Técnico João de Deus (interino, substitui

Douglas ao dominar. Na hora de estufar as redes, mandou para fora. A dupla voltou a funcionar. Gabigol já havia dado assistência para Reinier no primeiro gol, voltou a ser decisivo. O camisa 9 recebeu passe de Filipe Luis e mandou na medida para Bruno Henrique completar para as redes. O Rubro-negro chegou ao 2 a 1 após mudar de

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Jorge Jesus)

CORINTHIANS ho e Moisés; Douglas; Nino Paraíba, Lucas Fonseca, Junin , Élber e Artur Flávio, Gregore e João Pedro (Guerra); Gilberto (Arthur Caíke) Técnico Roger Machado

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


Acima: Arremate de Gabigol Ao lado: Gabigol comemorando seu gol Na ponta abaixo: Jorge Jesus orientando Na ponta em cima: Comemoraçāo

A

nota aí: sete gols a favor, um contra, duas viradas, 11 cartões... Não perca a conta: pênalti, confusão, provocações... Num dos melhores e mais eletrizantes jogos do Campeonato Brasileiro de 2019, Flamengo e Vasco empataram em um 4 a 4 histórico. O resultado acabou adiando a possibilidade de título brasileiro para Rubro-Negro já neste domingo (17).

Que jogo foi esse? Em clássico de oito gols e duas viradas, Flamengo e Vasco empatam Os gols foram de Bruno Henrique (2), Everton Ribeiro e Danilo Barcelos (contra) para o Fla; e de Marrony, Yago Pikachu, Marcos Júnior

e Ribamar, aos 47 do segundo tempo, para o Vasco. Com o resultado, o Flamengo chegou aos 78 pontos. com 11 de diferença para o vice Palmeiras, mas também com um jogo a mais. Quem achou que o Vasco iria somente se defender, se enganou. Jogando de forma franca e leal, mesmo tecnicamente inferior, o Cruzmaltino

dificultou a vida do Flamengo, mesmo depois de o Rubro-Negro ter feito o 1 a 0 com 38 segundos de jogo. Apesar de não se expondo tanto, o Cruzmaltino se lançou de forma organizada ao ataque e construiu seus gols ao se aproveitar de espaços na defesa adversária. Já o Flamengo, nas vezes em que balançou a rede, demonstrou a qualidade individual de seus jogadores. Bruno Henrique, novamente, foi destaque em um clássico. O jogador, que não fez um bom primeiro tempo, conseguiu mudar a história do jogo na etapa final. Ele comandou o sistema ofensivo de sua equipe e empatou o jogo, quando o placar apontava 3 a 2 para o Vasco, e, depois, fez o quarto do time rubro-negro, garantindo o empate do time comandado por Jesus. Não deu nem tempo do torcedor se acomodar na arquibancada ou no sofá de casa. Após bela jogada individual pela esquerda, Reinier foi ao fundo, cruzou, ninguém do Vasco cortou e Everton Ribeiro chegou fuzilando para abrir o placar aos 40 segundos do primeiro tempo. O Vasco chegou ao empate aos 33 minutos do primeiro tempo após Rossi cruzar para a área, Raul ajeitar de cabeça e Marrony fuzilar para o fundo do gol rubro-negro. A virada vascaína aconteceu três minutos depois, quando Yago Pikachu fez linda jogada individual, deu canetas em Pablo Marí e Rodrigo Caio e sofreu pênalti. O próprio polivalente jogador assumiu a cobrança e, chutando forte, colocou o Cruzmaltino na frente do placar. Fazendo uma partida quase no seu limite, o Vasco foi castigado no fim do primeiro tempo. No último lance do primeiro tempo o Flamengo chegou ao empate, após Gabigol optar por rolar a falta para Rafinha ao invés de cobrar direto e o lateral direito cruzar direto. No meio

do caminho, Danilo Barcelos tentou cortar, a bola desviou para enganar Fernando Miguel e foi morrer no fundo da rede. Num primeiro momento, a arbitragem indicou que daria o gol para Rafinha. Porém, no intervalo, decidiram por assinalar como gol contra de Danilo Barcelos, apesar da “reivindicação” do lateral direito. “Tem que ser meu (o gol)”, disse ao Premiere na saída do primeiro tempo. Logo aos seis minutos do segundo tempo, Pikachu deu um lindo passe para Rossi. O veloz atacante foi ao fundo e cruzou para achar Marcos Júnior livre. O volante tocou com categoria no canto para colocar o Vasco novamente na frente. Após o Vasco perder uma grande chance com Richard, o Flamengo engatou um contra-ataque

buscou a igualdade. Ribamar mostrou força física e oportunismo aproveitando saída atrasada de Diego Alves para cabecear para a rede.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FICHA TÉCNICA FLAMENGO 4 X 4 VASCO

Hora 21h30 (de Brasília) Público 52.75 7 presentes e 47.838 pagantes Árbitro Wilton Pereira Sampaio (GO) Auxiliares Fabricio Vilarinho da Silva (GO) e Bruno Raphael Pires (GO) Cartões amarelos Gabig ol, Rafinha, Filipe Luís, Willian Arão (FLA); Richard, Rossi (VAS) GOLS Everton Ribeiro (FLA) aos 40 segundos;

Marrony (VAS) aos 33; Yago Pikachu (VAS) aos 36; Danil o Barcelos (contra - FLA) aos 39 do primeiro tempo ; Marcos Júnior(VAS) aos 6 ; Bruno Henrique (FLA) aos 20 e 34; Ribamar (VAS) aos 47 minutos do segun do tempo VASCO

Fernando Miguel; Yago Pikachu, Oswaldo

Henríquez, Ricardo Graça e Danilo Barcelos; Richard, Raul (Gabriel Pec), Marcos Júnior (Bruno César) e Guarí n; Rossi, e Marrony (Ribamar) Técnico Vanderlei Luxemburgo

fulminante com Bruno Henrique, que tocou para Arrascaeta. O uruguaio, com muita lucidez, devolveu para o atacante empurrar para a rede e empatar novamente. Essa foi a dinâmica de um jogo realmente eletrizante. Bruno Henrique faria o quarto do Flamengo após bela jogada de Vitinho pela ponta direita, acertando um sem-pulo indefensável. Nos acréscimos, porém, o Vasco

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FLAMENGO

Diego Alves; Rafinha, Rodrigo Caio, Pablo

Marí e Filipe Luís; Willian Arão, Gerson (Vitinho) e Evert on Ribeiro (Piris da Motta); Reinier (Arrascaeta), Bruno Henrique e Gabigol

Técnico Jorge Jesus

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


Na ponta direita: Reinier armando contra-ataque No meio: Reinier marcado por Geromel No meio: Jorge Jesus observando o jogo Acima: Gabigol comemora mais um gol

O

Flamengo ficou muito próximo do título do Campeonato Brasileiro após a rodada deste fim de semana. Jogando com apenas três titulares em campo, o time de Jorge Jesus venceu o Grêmio em Porto Alegre por 1 a 0. O gol da partida válida pela 33ª rodada foi marcado por Gabigol, de pênalti — o atacante acabou expulso no segundo tempo ao ironizar o árbitro Raphael Claus.

Flamengo segura pressão do Grêmio, vence na Arena e fica mais perto do título brasileiro Com o placar, o time rubro-negro pode ser campeão já no próximo domingo, dia 24, sem precisar entrar em campo. Com o empate em 1 a 1 entre Palmeiras e Bahia, o Flamengo chegou a 81 pontos. São 13 pontos de vantagem sobre o rival paulista. Como o time palmeirense tem apenas mais

cinco partidas até o fim do torneio, se apenas empatar com o Grêmio, no domingo (24), poderá no máximo chegar aos mesmos 81 pontos do Fla. Os cariocas, porém, já levam vantagem no número de vitórias, o primeiro critério de desempate do Brasileirão. Na

próxima rodada, o Flamengo não entra em campo. O rubro-negro antecipou o duelo com o Vasco (4 x 4) pois entra em campo no sábado (23) contra o River Plate pela final da Libertadores. A decisão será em Lima, no Peru. O dia também foi de recordes. O Fla chegou a 25 vitórias, um recorde em uma única edição nos pontos corridos, e Gabigol fez seu 22º gol no campeonato, ultrapassando Zico como maior artilheiro rubro-negro em uma edição de Brasileiro. A partida na Arena do Grêmio ainda teve polêmica pelo pênalti a favor do Flamengo. A arbitragem assinalou penalidade sem margem de dúvida, não consultou o VAR e gerou revolta nos donos da casa. A vitória do Fla termina com o 100% de aproveitamento do Grêmio desde o confronto entre os clubes na semifinal da Libertadores, que terminou com o fatídico 5 a 0 no Maracanã. O Grêmio acumulava cinco vitórias seguidas, mas mesmo em casa não conseguiu fazer frente. O Flamengo teve as melhores chances e foi mais incisivo. Arrascaeta foi o nome do jogo: distribuiu passes longos desde o início do jogo e foi o maestro do Flamengo. Um dos poucos titulares em campo, o camisa 14 não se omitiu mesmo às vésperas da final da Libertadores. Já o atacante Diego Tardelli finalizou pouco, errou muitos passes e não conseguiu encaixar estratégia de alternar com Luciano o papel de jogador mais avançado. Foi sacado no intervalo para entrada de Pepê. O personagem do jogo em Porto Alegre foi óbvio. Gabigol chegou a 22 gols no Brasileirão de pênalti, deslocando Paulo Victor. Foi ele quem protagonizou a

jogada que originou o pênalti. E também foi ele que se envolveu em bate-boca com Bruno Cortez, no intervalo. O lateral do Grêmio reclamou das pedaladas do camisa 9. No segundo tempo, Gabriel Barbosa reclamou da arbitragem três vezes e acabou expulso pelo segundo amarelo. Na saída de campo, ele provocou os torcedores gremistas. Mesmo com escalação diferente em relação ao jogo no Maracanã, que terminou com goleada do Fla e eliminação, o Grêmio foi dominado de novo. A maior posse de bola não garantiu ao time gaúcho contundência e muito menos controle do adversário. Fechou o primeiro tempo sem nenhuma chance real de gol e ainda viu a defesa sofrer depois de erros do meio-campo. Na etapa final, Pepê entrou no lugar de Diego Tardelli e depois vieram André e Felipe Vizeu. O time gaúcho terminou a partida com incríveis seis atacantes (os que entraram no segundo tempo e ainda Luciano, Everton e Alisson). Ainda assim,

ganhar o setor. Depois do intervalo o Fla passou a controlar a partida a partir dos espaços. Ou seja, deu campo ao Grêmio e esperou erros para avançar. A expulsão de Gabigol fez o time gaúcho avançar e a defesa rubro-negra se compactou mais para resistir. Aos 34 minutos, Gabigol aparece na esquerda e tenta cruzamento rasteiro para trás. Bola bate no braço de Léo Moura e arbitragem marca pênalti. Aos 37, o próprio Gabriel Barbosa cobra e faz 1 a 0 para o Flamengo. Aos 28 minutos do segundo tempo, Gabriel reclama da arbitragem e leva amarelo. Segundo tempos, bate palmas ironicamente e recebe novo amarelo para ser expulso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FICHA TÉCNICA GRÊMIO 0 X 1 FLAMENGO

Hora 16h (de Brasília) Público 30.980 prese ntes e 28.541 pagantes Árbitro Raphael Claus (SP) Auxil

Danilo Manis (SP) e Anderson Coelho (SP)

Cartões

iares

amarelos Alisson (GRE); Piris da Motta e Rodinei (FLA) Cartão vermelho Gabigol (FLA) GOLS Gabigol (FLA) aos 37 minutos do primeiro

tempo

GRÊMIO

Paulo Victor; Léo Moura (Felipe Vizeu), Gerom

el, David

Braz e Bruno Cortez; Maicon, Michel (Andr

Diego Tardelli (Pepê) e Everton; Luciano Técnico Renato Gaúcho

sem pontaria. Apenas três titulares foram suficientes para referendar os conceitos de jogo do time. O Flamengo se manteve atento, com pressão alta e verticalidade. A defesa avançada tirou espaços do ataque gremista e o meio-campo aplicou intensidade para

116

é), Alisson,

FLAMENGO

Diego Alves; Rodinei, Thuler (Rodrigo Caio),

Renê; Piris, Diego (Vinícius Souza) e Lucas

Ribeiro); Arrascaeta, Reinier e Gabigol Técnico Jorge Jesus

Rodholfo e Silva (Everton

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


Decolou! Multidão se despede do Flamengo que parte rumo a Lima para a final da Libertadores

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planejamento da diretoria do Flamengo era que o avião fretado com jogadores e comissão técnica decolasse nesta quarta-feira do Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, rumo a Lima, no Peru, onde jogará no sábado a decisão da Copa Libertadores contra o River Plate, às 15h30. Mas nada disso aconteceu e, com muito atraso, a aeronave só saiu do solo às 16h28. O motivo? A festa de milhares de torcedores que se aglomeraram desde o início da manhã no portão de entrada do Terminal de Cargas do aeroporto, por onde o ônibus do clube tinha que passar. O mar de rubro-negros dificultou a saída do veículo, que abria caminho com o auxílio de batedores da Polícia Militar e seguranças do clube. O dia do Flamengo começou no Ninho do Urubu, onde o técnico português Jorge Jesus comandou pela manhã o último treinamento em solo brasileiro antes da viagem ao Peru. Por volta de 12h30, a delegação embarcou no ônibus rumo ao aeroporto e logo no portão do CT uma multidão, fazendo muita festa, quase impediu que ele passasse pelas ruas do bairro na zona oeste do Rio de Janeiro. Ultrapassada a barreira de torcedores, o ônibus pegou vias expressas da capital carioca, como a Linha Amarela e a Linha Vermelha, para chegar ao Galeão. Logo nos primeiros metros do trajeto, ainda numa parte mais estreita da rua do Ninho do Urubu, torcedores acabaram passando por cima e pisoteando um carro preto, que ficou com o seu teto amassado. Outros se penduraram no para-choque do veículo, que por conta do número de pessoas, andava em ritmo lento. De dentro do ônibus, os jogadores e o técnico Jorge Jesus acenavam para a multidão, que ía ao delírio. Após

cerca de 40 minutos de trajeto, o veículo se aproximou da entrada do Terminal de Cargas e teve de atravessar, bem devagar e com muita cautela, um “mar de torcedores” o “Aero Fla” - que se espremiam para tentar ficar perto do ônibus e dar algum aceno aos jogadores. Para percorrer cerca de 300 metros e entrar na área reservada do aeroporto, sem muita ajuda da Polícia Militar e das autoridades de trânsito do Rio de Janeiro, o ônibus gastou quase uma hora. Até um alambrado do local caiu com tantas pessoas em um pequeno espaço, mas não há informações sobre feridos. Depois da entrada do ônibus, uma confusão aconteceu no local onde estavam os torcedores. Policiais militares jogaram bombas de gás lacrimogênio para tentar dispersar a multidão e muita correria foi vista, também sem notícia de pessoas feridas. Já sem a presença de torcedores, a delegação do Flamengo embarcou para Lima, onde nesta quinta-feira fará o primeiro treino no CT da seleção peruana. Na sexta, as atividades do dia serão o reconhecimento do gramado do estádio Monumental, palco da decisão, e a entrevista coletiva do técnico português Jorge Jesus e de um jogador, ainda não definido. O jogo no sábado terá início às 17 horas (de Brasília). De acordo com a Polícia Militar, cerca de dez mil pessoas estavam reunidas no momento da saída do ônibus rumo ao Galeão. Foi um verdadeiro show da torcida e que vai ficar na história do clube, que retorna à decisão do torneio continental após 38 anos.

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Flamengo arma ‘bunker’ em Lima para se preparar para final da Libertadores

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ebaixo de muito calor e por quase duas horas, o Flamengo realizou o primeiro treino em Lima, no Peru, em preparação para a final da Libertadores contra o River Plate. O trajeto do Rio de Janeiro até Lima na última quarta durou aproximadamente seis horas. Ao desembarcar, a delegação rubro-negra se dirigiu direto para o hotel, onde recebeu o carinho de um bom número de torcedores. O treino, mantido sob sigilo em uma espécie de bunker, se deu na Villa Deportiva Nacional, CT da Federação Peruana de Futebol, cujo centro de treinamento foi cercado de lonas pretas para evitar qualquer tipo de espionagem desde casas vizinhas ao CT.

los cantos do campo.

Para dar maior privacidade aos atletas e comissão técnica, o campo de treino do La Videna foi cercado com tapumes, que impedem a visão das casas e prédios ao redor do CT usado pela seleção principal do Peru. Para a imprensa, a estrutura é mínima, com os jornalistas protegendose do sol de Lima embaixo de tendas na arquibancada. Com a segurança reforçada no La Videna, os jogadores não terão qualquer contato com a torcida no CT. Contudo, um grupo de torcedores do Flamengo deu um jeito para dar apoio ao time. Esse nível de sigilo jamais havia acontecido sequer na seleção do Peru, que sempre se fez exposta aos olhares dos vizinhos curiosos, cujas casas e apartamentos estão a poucos metros do campo principal. Das varandas de um edifício próximo, apareceram somente alguns torcedores rubro-negros, que decoraram as casas rudimentares das redondezas com bandeiras com as cores do clube. Entretanto, o desejo de assistir à atividade comandada por Jorge Jesus foi frustrado mas os jogadores puderam ouvi-

O camisa 10 atuou na equipe sem colete na vaga de Arrascaeta, ao lado de Arão e Gerson. Everton Ribeiro, Bruno Henrique e Gabigol completaram o ataque. A defesa não sofreu alteração.

Sem problemas médicos no elenco, o técnico Jorge Jesus promoveu um coletivo fechado para a imprensa. Nele, colocou dois times em campo e observou o meia Diego entre os titulares durante um tempo. Outras trocas também foram testadas para o decorrer do jogo. Apenas os 15 minutos iniciais, com corrida no gramado e trabalho de aquecimento, puderam ser acompanhados pela imprensa. Neste tempo, viu-se que o clima entre os atletas, apesar de concentrados, era de tranquilidade. Os 30 jogadores relacionados estavam à disposição do treinador para a decisão.

A tendência, no entanto, é que a equipe entre em campo com Arrascaeta, que sofreu torção recente no joelho e voltou a atuar de forma plena no domingo, contra o Grêmio. O jogador foi um dos entrevistados ao fim da atividade e disse que estará “100%”. O treinamento contou ainda com algumas jogadas O treinamento contou ainda com algumas jogadas ensaiadas, em que as movimentações dos blocos de ataque e defesa foram testadas. Por fim, os jogadores treinaram penalidades máximas com os goleiros Diego Alves e Cesar. No dia seguinte, véspera da grande final, a equipe realizou outro treino na parte da manhā e à tarde fez o reconhecimento do campo do Estádio Monumental.

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Samba e funk dominam as ruas de Lima na véspera da grande final

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tranquilidade habitual de Lima mudou repentinamente com a chegada dos torcedores do Flamengo para a final da Copa Libertadores contra o River Plate, marcada para este sábado. Ao som da batucada e do funk urbano carioca, os dias que antecederam a decisão foram uma festa incontrolável. A invasão rubronegra surpreendeu a todos e contagiou a capital peruana, que assistiu fascinada pela explosão de tanta paixão.

Torcida do Flamengo faz bandeiraço em Lima na véspera da decisão da Libertadores Por onde se olhava nos principais pontos de concentração da capital peruana, a superioridade numérica era toda rubronegra. Em Miraflores, principal reduto turístico da capital peruana, a “vitória” rubro-negra era visível. A supremacia dos brasileiros também se notava no aeroporto e em outros bairros centrais. Na Praça do Barranco, instrumentos musicais, cartazes e bandeiras de todos os tamanhos marcaram a festa da torcida do Flamengo na véspera da final que reuniu milhares de torcedores do clube. A confraternização dos flamenguistas começou durante a tarde da sexta-feira, 22, e invadiu a noite peruana. Neste ponto, a mudança de sede de Santiago (CHI) para Lima (PER) foi extremamente benéfica para o Fla, que viu os “hermanos” ficarem geograficamente mais distantes do palco do jogo. Se o local fosse mantido, os argentinos teriam mais meios de deslocamento. Os mais de 20 mil torcedores que chegaram de avião e pela estrada ao Peru transformaram as ruas do distrito

turístico de Miraflores em um epicentro de pagodes pitorescos. Grupos de amigos e famílias incentivados pela aventura vieram de vários Estados do Brasil como São Paulo, Rio de Janeiro, Acre, Tocantins, Paraná e principalmente do Nordeste brasileiro. Embora eles também tenham chegado de terras distantes como a Suíça, os Estados Unidos e até a Austrália. Não há distância quando se trata de amor ao Flamengo. As saídas das duas delegações já deram um pouco da medida do envolvimento dos fãs dos dois lados. Se o Ninho do Urubu foi tomado pela euforia absoluta de uma multidão, a vinda do rival rubro-negro para o Peru não gerou tanta mobilização dos torcedores. Apesar deste triunfo aparente, a tendência era que o clássico fora das quatro linhas fosse mais equilibrado embora a venda de ingressos, contudo, indicava maioria vermelha e preta no Monumental de Lima, já que o Brasil foi o país que mais adquiriu tíquetes para o setor do meio de campo. A torcida do River Plate, entāo campeão da Libertadores, se reuniram na região de San Isidro, e prepararam uma festa para apoiar a equipe, que estava hospedada em um hotel no distrito. Embora fosse visívela. Superioridade númerica rubro-negra, os argentinos estavam em bom número e nas rodas de torcedores do River, havia a expectativa que um número enorme chegasse ao Peru entre sexta e sábado. Com ambos países mergulhados em dificuldades econômicas, o tamanho da “Nação” pesou bastante a favor dos cariocas neste balança. Além de alguns xingamentos aqui e ela e de atos racistas por parte dos torcedores dos Milllionarios, brasileiros e argentinos conviveram em paz sem haver um registro sequer de confusão.

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primeiro ônibus a sair do Rio de Janeiro com torcedores do Flamengo chegou em Lima no dia anterior à Grande Final. A parada final do grupo aconteceu às 7h (horário local, 9h de Brasília), após 145 horas de viagem. O trajeto, que começou 7 dias antes, percorreu 6.030 km. A descida do ônibus foi acompanhada por gritos de “Dá-lhe, dá-lhe, dá-lhe, Mengo. Seremos campeão (sic)”, injetando animação em torcedores que já sentiam o peso das mais de cem horas sentados na estrada que atravessou a Cordilheira dos Andes. Os últimos quilômetros, em especial, foram marcados pelo cansaço extremo, reforçado pela pela apreensão pela chegada. Ao longo dos seis dias, o ônibus com 19 flamenguistas atravessou seis estados brasileiros: Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia e Acre. No Peru, passou por sete departamentos, incluindo as cidades de Puerto Maldonado, Cusco e Nazca. Foram 35 pedágios e 21 paradas. Os passageiros tiveram de enfrentar alguns imprevistos em diversos momentos da viagem. No Mato Grosso do Sul, o arcondicionado do ônibus da empresa Ormeño apresentou problemas e teve de passar por uma manutenção na cidade de Sonora. Em Vilhena, Rondônia, o veículo ficou cinco

horas em uma mecânica para nova inspeção no sistema de ar. Na noite de segunda-feira, o ônibus enfrentou uma tempestade tropical em Rondônia, que rendeu infiltrações. A água chegou até a molhar bagagens dos passageiros. O problema chegou a ser previsto pela Ormeño, e foi cogitada a troca do veículos, mas após a segunda manutenção no ar-condicionado a empresa mudou de ideia. As paradas inesperadas ajudaram a atrasar a chegada do grupo em quase 30 horas. Além disso, buracos na BR 364, entre Rondônia e Acre, influíram no ritmo da viagem, e a passagem pela fronteira ocorreu apenas na madrugada de terça para quarta-feira. No Peru, uma parte da Interoceânica estava interditada perto de La Pampa, ocasionando em mais 20 minutos de parada. Depois de enfim superar a Cordilheira dos Andes e vencer uma parte perigosa da estrada, já perto de Nazca, o ônibus chegou ao litoral. O trajeto até Lima, incluiu passagens por Ica, Pisco e San Vicente de Cañete. Do grupo de torcedores, oito embarcaram no Rio, enquanto seis subiram no ônibus em São Paulo. Dois entraram na parada de Cuiabá e outros três na de Rio Branco. Havia também 26 viajantes e cinco jornalistas no veículo, que foi conduzido em revezamento por dois motoristas.

Uma ação da patrocinadora de material esportivo do Flamengo “veste” de rubronegro o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, na noite da sexta-feira. A personalização ocorreu na véspera da final da Copa Libertadores e emocionou quem passava pelas ruas da cidade. A imagem do ilustre cartão postal “vestido” com a camisa do time correu o Brasil e o mundo e foi mais uma evidência do clima de incentivo e expectativa que tomou conta da cidade e, principalmente, dos torcedores rubronegros esperançosos com mais uma vitória.

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lém da grande concentração de torcedores em Lima, a torcida também invadiu outro tradicional estádio. Não havia ninguém no gramado, mas o Maracanã Fun Fest, evento organizado pelo Flamengo para transmitir a final no estádio, começou com a torcida cantando como se conseguisse incentivar os jogadores em Lima, no Peru. Bombas, batucada e os cânticos da torcida ecoavam enquanto a bola rolava nos oito telões instalados em frente às arquibancadas. Antes da entrada, torcedores já apostavam na vitória do time, que vinha sem perder havia 25 partidas. “Sou meio cautelosa, então acho que vai ser 2 a 1”, disse Kezia Rodrigues, 31, que levou ao estádio o filho Emerson, 5, fantasiado de mini-Gabigol. “Vai ser emocionante como se eles estivessem em campo”, afirmou Severino Neto, 27, que apostava em 2 a 0. O evento tinha ingressos entre R$ 30 e R$ 640, este último com direito a bufê e open bar de cerveja. Até sexta, cerca de 40 mil ingressos haviam sido vendidos -o Flamengo ainda não confirmou o público presente. Antes do jogo, houve shows de funk, com apresentações de artistas como Ludmilla, DJ Marlboro,

Buchecha, Ivo Meirelles e MC Poze agitaram torcida. Após o gol do River Plate, porém, a festa, deu lugar a um clima de impaciência com a dificuldade do Flamengo para quebrar a defesa do adversário. Muitos gritos a cada bola perdida e advertências aos jogadores, como se estivessem no campo.

o fim do jogo, havia gente de joelhos e às lágrimas. As caixas de som começaram a tocar funk, transformando o estádio em um grande baile -que só foi interrompido por alguns momentos para a transmissão da entrega do troféu. “Bi-campeão”, gritava a torcida sobre o pancadão.

No segundo tempo, com a melhora do time, a torcida voltou a cantar e as bombas voltaram a estourar - em quantidade maior do que em jogos normais, o que levava a segurança a fazer rondas constantes no meio da torcida. Antes dos gols, já com a proximidade do fim do jogo, uma torcedora fica de joelhos como que rezando. O dentista Bruno Salarini, 43, anda de um lado para o outro sem parar, cabeça baixa, assistindo a partida com o canto dos olhos. Muitas críticas a Gabigol, pelas bolas perdidas antes de desencantar e marcar os dois gols da virada. “Tomei até remédio para pressão”, confidenciou Salarini, após a vitória. “Mas pelo volume de jogo do time, eu nunca deixei de acreditar”, comemorou. Com cinco anos na época do primeiro título, em 1981, ele diz que só se lembra da festa, mas não tem recordações daquela partida. Quando o árbitro apitou

Nāo foi apenas no Rio de Janeiro que a torcida fez a festa. Em diversas partes do país e do mundo, torcedores se reuniram para assistir e vibrar. Em Belém do Pará, a torcida da capital acompanhou o jogo no Estádio do Mangueirāo. Em Brasília, cerca de 50 mil pessoas compareceram para torcer no estádio Mané Garrincha. O local teve shows do sambista Diogo Nogueira, DJ’s e o grupo Se Joga. Em São Paulo, também rolou uma exibição especial da final da Libertadores. O Museu do Futebol, no estádio do Pacaembu, com telão e uma lista de atrações ao longo do dia, com exibição de camisas de futebol e torneios de futmesa, atraindo vários torcedores A Arena Pantanal, em Cuiabá, foi outro ponto em que a torcida rubro-negra se reuniu.

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ofrimento até ao fim. No roteiro que se desenhou para a grande final, não faltou emoção no jogo entre o Flamengo e o River Plate, perante 60 mil torcedores nas bancadas do Monumental de Lima e milhões pela televisão. Mas a verdade é que a Conmebol trabalhou duro para que não fosse assim. O título pelo qual o Flamengo lutava há 38 anos veio e apagou os momentos de dificuldade que nós torcedores passamos para chegar até o palco da decisão. E eles não foram poucos. A começar, é claro, pela demora em mudar a cidade-sede. Desde a classificação de Flamengo e River Plate para a final, um mês antes, estava óbvio que Santiago não teria condições de abrigar a partida. Por que, então, não mudaram logo e ajudaram a torcida que, depois, teve que se virar de tudo quanto é jeito (e preço) para chegar a Lima? Ouvi o relato de um torcedor que disse ter enfrentado 36 horas de viagem, sendo 12 delas de barco! Sob um forte sol e um clima seco que castigou desde a manhā, o torcedor rubronegro que se espremeu nos degraus da arquibancada enfrentou uma longa lista de obstáculos que tornaram a conquista ainda mais memorável. O primeiro grande desafio foi chegar ao estádio. São apenas 16 km do centro da cidade mas com o trânsito caótico de Lima (onde os trabalhadores não param no fim de semana), houve quem

falasse até em 3 horas de deslocamento. Detalhe que não há transporte público direto. Era preciso pegar duas conduções, recorrer ao transporte individual ou usar os ônibus disponibilizados pela Conmebol, que, contudo, não saíam do centro. Depois de desembarcar, outro obstáculo: encontrar a entrada. As ruas em volta do estádio são muradas. Por isso, é preciso andar muito para ir de um ponto a outro da arena. Até aí tudo bem, é normal andar muito em grandes eventos, ainda mais em caso de estradas fechadas e pontos de bloqueio. O que pegou aqui foi a desinformação completa. Absolutamente ninguém sabia informar para onde se deveria ir para conseguir entrar no palco da final. Foram pelo menos uns 5 km de caminhada. Além disso, a abertura dos portões atrasou cerca de 20 minutos. Na entrada, outro susto: a polícia nāo permitiu a entrada de faixas, bandeiras e instrumentos musicais, que ficaram empilhados em um canto. Uma vez dentro do estádio, os torcedores encontraram banheiros imundos e torneiras sem água. Filas enormes para comprar lanches ou bebidas nos poucos bares disponíveis. Nas arquibancadas, os torcedores de Flamengo e River dividiram o estádio, concentrando principalmente atrás dos gols. Havia uma nítida maioria flamenguista que cantava

sem parar desde cedo. Os habituais cânticos do Maracanā foram entoados no Monumental também. Antes da bola rolar, show de Anitta, Gabriel Pensador do lado dos brasileiros e Fito Páez, Tini e Sebastián Yatra do lado platino, incendiando as respectivas torcidas. Logo depois, uma cena pitoresca, soldados Stormtroopers escoltavam a copa que era apresentada ao estádio em êxtase. Com a bola rolando, o natural nervosismo atingiu o clímax após o gol do River. A torcida do Flamengo sentiu momentaneamente o golpe mas rapidamente refez-se e voltou a apoiar o time. A música de 1981, trilha sonora da campanha era cantada a plenos pulmões e tamanho apoio fez diferença no empate, quando o jogo estava para acabar. Uma explosāo rubro-negra contagiante que fez todos os torcedores a duvidarem do empate conquistado duramente. E, enquanto ainda celebravam cantando novamente a música de 81, o gol da virada veio de forma quase inesperada. Uma espécie de silêncio se espalhou brevemente: os argentinos duvidavam de seus olhos e os flamenguistas ainda recuperavam o fôlego. Instantes depois, a explosāo de alívio e júbilo! Todos se abraçavam e gritavam emocionados, muitos chorando, outros sem forças para ficarem em pé. A partir daquele momento, era aguardar o apito final e comemorar o resultado mais importante das nossas vidas!

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primeira final em jogo único da história da Copa Libertadores terminou com uma vitória épica do Flamengo sobre o River Plate por 2 a 1. Em Lima, capital do Peru, os brasileiros saíram perdendo por 1 a 0 no primeiro tempo com gol de Borré e pareciam derrotados até os minutos finais da etapa final, quando Gabigol marcou duas vezes, virou o jogo e deu o bicampeonato da Libertadores ao Flamengo. Trinta e oito anos depois da geração campeã de Zico, o clube rubro-negro voltou a erguer a taça mais importante da América do Sul nas mãos de Diego Alves, Everton Ribeiro e Diego. Inacreditável a virada. A atuação do Flamengo foi distante demais de tudo o que se viu na era Jorge Jesus. O final, mais incrível ainda. Porque com dois gols depois dos 43 minutos do segundo tempo, o minuto mítico de Petkovic contra o Vasco,

terminou nos acréscimos, como se fosse o gol de Valido, no primeiro tricampeonato em 1944. Mas, diferente de tudo o que já se viu, porque não foi num estadual, mas na Libertadores. O clube carioca entrou no jogo como favorito, na esteira de uma espetacular sequência invicta de 26 jogos. Mas, jogando sua primeira final da Libertadores desde 1981, a equipe do técnico Jorge Jesus pareceu aquém do River Plate, que não dava sinais de abrir mão da liderança conquistada ao superar um a um rivais menos experientes. O Flamengo sofreu com a ótima marcação do River Plate e demorou para se encontrar no jogo. Quiseram os roteiristas desta história que o time de Jorge Jesus crescesse nos minutos finais e que o jogador que fosse mudar o rumo da decisão fosse Diego Ribas. A virada lembrou a final épica da Liga dos Campeões de 1998/99, quando o Manchester 125


A rígida marcaçāo do River impedia o jogo do Flamengo de fluir. O time estava sufocado em uma pressāo avassaladora onde o calor, a falta de espaço para criar e o nervosismo desestabilizaram os jogadores

United arrancou uma virada impossível do Bayern de Munique nos acréscimos. O ponto é que o Flamengo de Gabigol, Arrascaeta, Bruno Henrique e (principalmente) Diego Ribas nos mostrou que o jogo só acaba quando termina. E isso é pra vida toda. A decisão - cujo início foi antes da bola rolar, com o favoritismo sendo dado ao Flamengo por parte dos argentinos começou como a atmosfera no Monumental: tensa. O respeito mostrado pelo River antes da final significou uma marcação

O gol do River, surgido em falha da defesa, abalou ainda mais os nervos da equipe

intensa, dificultando a saída de bola com Arão e Gerson, sempre pressionados. O River Plate tinha os cinco anos de trabalho de Marcelo Gallardo, a confiança do título de 2018 vencendo na final o maior rival, Boca Juniors. Passado os primeiros minutos, o River pôs em prática seu jogo, diferente do time da Gávea. Não por nervosismo, mas ter sido marcado e atacado como não costuma ser diante dos rivais nacionais. Mais do que isso, sofreu atrás. Foi em uma dos avanços laterais que Nacho Fernandéz cruzou para a área e, em uma combinação

de falhas individuais e coletivas na defesa rubro-negra – Filipe Luís, Willian Arão e Gerson, Borré finalizou rasteiro, venceu Diego Alves: 1 a 0.

Era um jogo de pernas e nervos, onde ambas as equipes ofereciam poucos espacos principalmente em funçāo da boa atuação do River Plate que conseguia segurar e anular boa parte das tentativas dos Flamengo O time de Gallardo, especialmente com De La Cruz, foi ao ataque outras vezes, mas não criou chance claras de gol. Com a vantagem, dobrou a aposta na pressão sobre a bola e aproveitou a força mental para tirar o Flamengo do jogo. Entretanto, faltou contundência na frente para encaminhar o título. Sobrou também a preocupação em “picotar” o jogo, ganhar tempo com faltas seguidas e também tocando curto para tirar velocidade. Mas os destaques dos primeiros 45 minutos estavam todos no time de Gallardo: Pinola, Enzo Pérez, Palácios e De La Cruz. No Flamengo, o erro era tentar dominar e girar para passar. Não havia espaços. A bola mal chegava a Everton Ribeiro e Arrascaeta, os condutores da equipe, e o Flamengo foi ao intervalo sem ameaçar a meta defendida por Armani. Só no início, com alguns espaços, mas finalizou apenas uma vez, com Bruno Henrique de longe. Além 126

A Mítica Libertadores de 1981 Estádio Centenário, Montevidéu, 23 de novembro de 1981. Exatamente 38 anos, o Flamengo conquistava a América pela primeira vez, ao bater o Cobreloa, do Chile, por 2 a 0, com dois de Zico, em um

confronto histórico, violento e repleto de boas histórias. O Flamengo, entāo campeāo brasileiro, deu, literalmente, o sangue pela conquista da Libertadores de 1981. Na primeira fase, o time superou os paraguaios Olimpia e Cerro Porteño e

o Atlético-MG, em duelos marcantes e controverso. Em seguida, pelas semifinais, o time eliminou o boliviano Jorge Wilstermann e o colombiano Deportivo Cali. Na decisão diante do Cobreloa, o Rubro-Negro teve como maior adversário a truculência rival. Venceu no Maracanã por 2

a 1 e perdeu por 1 a 0 em Santiago, forçando o terceiro jogo em campo neutro, na capital uruguaia. Além dos gols de Zico, o título veio com uma doce vingança sobre o capitão chileno Mario Soto após soco de Anselmo. Sangue, suor e lágrimas em uma campanha vitoriosa com 8 vitórias, 4 empates e apenas 1 derrota em

13 jogos, marcando 28 gols e sofrendo 13. Zico, autor dos dois gols na final, consagrou-se ainda artilheiro do torneio com 11 gols marcados. Essa memorável conquistava credenciava o clube a disputar o Mundial INterclubes em Tóquio semanas depois. Enfrentando o Liverpool, temido campeāo europeu, o Flamengo realizou uma das

maiores exibições ao surrar os ingleses por 3x0 em um baile que entrou para o imaginário coletivo da Naçāo. Era o apogeu do Esquadrāo de Ouro, que venceria ainda os brasileiros de 1982 e 1983, e eternizaria-se como o maior time da história do clube.


Aberto pela esquerda, Bruno Henrique tentava esporadicamente puxar contra-ataques

E assim foi o primeiro ato. O Fla procurando espaços, o River colocando muita intensidade e correria. O Flamengo acertou menos de 70% dos passes. O time argentino força mesmo esses erros, mas para além disso o Fla não fazia um bom jogo individualmente. Assim que roubava a bola, o River buscava imediatamente as costas da defesa do Fla, sempre com passes longos e rápidos. Foram 9 tentativas de lançamento só nos primeiros 15 minutos. disso, Rafinha sofria com as descidas dos jogadores do River às suas costas e Filipe

Luís parecia desligado da partida, errando passes bobos. Todo o time sentia a final da Libertadores. A volta do intervalo mostrou um Flamengo um pouco mais intenso nas suas transições, mas que ainda sentia a decisão e o tamanho da partida. O River Plate seguia dominando os espaços no meio-campo e colocando muito mais intensidade nas transições e na pressão em cima do homem da bola mas ainda sem força ofensiva suficiente para definir. Piorou com a entrada de Lucas Pratto na vaga de Borré. O atacante, nitidamente fora de forma, encontrou espaços generosos com o avanço descoordenado do rival, mas não foi às redes para definir. Deu chance para a falta de sorte. E o acaso começou a proteger o Flamengo de uma maneira improvável. Gerson, sufocado pela marcação de Palacios, saiu lesionado para a entrada de Diego Ribas, justo o jogador que havia ficado de

fora dos gramados por conta de uma grave lesão e que estava marcado por erros em jogos decisivos. E foi justamente o camisa 10, a camisa que um dia fora de Zico, quem ajudou a equipe rubro-negra a acalmar os nervos, colocar a bola no chão e trabalhar as jogadas com a calma e a qualidade já conhecida dos torcedores do Flamengo. Dando a dinâmica e soltando rapidamente a bola como nunca fizera em sua passagem pelo Fla. Aproveitando também o desgaste natural do adversário depois de 65 minutos de intensidade máxima. De uma forma desorganizada, mas persistente, o Flamengo foi empurrando o então campeão sulamericano para trás. Poderia ter empatado com Everton Ribeiro em uma “blitz” na área argentina, em jogadas que começaram a ser construídas por Gerson, que, por duas vezes, conseguiu superar as linhas do River. Na

O Flamengo tentava quebrar a forte marcaçāo do River sem sucesso

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primeira, Gabigol não concluiu a jogada.

A partir dos 20 minutos do segundo tempo, três coisas aconteceram: o River começou a cansar; o Flamengo começou a se espalhar mais no campo e torcida rubro-negra entrou no jogo. Era agora ou nunca. Depois, Bruno Henrique invadiu a área e, ao invés de chutar, tocou para trás. As finalizações do camisa 9 e de Everton Ribeiro pararam na defesa argentina. Contudo, Gerson sentiu e deixou o jogo com dores. A partir disso, foram cerca de 25 minutos de controle absoluto do River Plate, por mais que não tenha ameaçado o goleiro Diego Alves. Vale destacar a gigante atuação de Pinola e Martínez, implacáveis na marcação de Gabigol e Bruno Henrique. A derrota parecia inevitável.


Porém, com os dois times mais espaçados no campo e os argentinos cansados, o Flamengo conseguia colocar a bola no chão, manter a posse e jogar. Os zagueiros argentinos passaram a ficar ainda mais expostos. É exatamente assim que sai o gol. Ao roubar a bola, Arrascaeta poderia ter buscado o lado direito, que tinha superioridade numérica. m vez disso, acionou BH, que teve muita calma para atrair toda a atenção e servir. Mas não era isso que os roteiristas dessa história estavam preparando para nós,

amantes do futebol bem jogado. Jesus entao arriscou tudo trocando Arão por Vitinho. Era tudo ou nada diante de uma equipe copeira e bastante acostumada a jogar a Copa Libertadores. Aos 43 minutos da segunda etapa, Lucas Pratto (em seu melhor momento Diego Souza) perdeu a bola na intermediária e o Flamengo armou o contraataque. Bruno Henrique deixou 2 marcadores do river para trás, achou Arrascaeta dentro da área e passou a bola. O uruguaio cruzou rasteiro e achou Gabigol livre para empatar a partida. Delírio e incredulidade na metade rubro-negra do estádio. Os hinchas millionários olhavam incredulos. O River ainda lamentava o gol sofrido quando levou a virada histórica em um ataque com zero construção. Três minutos depois do empate,

o zagueiro Pinola (que vinha de atuação soberba na decisão) hesitou após chutão de Diego para a área e ela sobrou na canhota de Gabigol. O camisa 9 não perdoou e fuzilou, virando o jogo para os rubro-negros. Era o gol do título. O gol que demorou 38 anos para ser comemorado novamente. Existem coisas que não se explicam com tática, números ou desenhos. O futebol é para ser sentido. Ainda antes do apito final, Palacios chutou Bruno Henrique na lateral do campo e levou cartão vermelho. Na confusão, Gabriel também acabou expulso. O apito final deu ao Flamengo o segundo título de sua história no torneio sul-americano. A torcida mundo afora nao conseguia acreditar no que estava

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testemunhando, algo apenas comparável em termos de “roteiro de filme épico” com a virada do Manchester United sobre o Bayern de Munique na final da Liga dos Campeões 1998/99. A pior atuação do Flamengo depois de Jorge Jesus estruturar a equipe e iniciar uma série invicta que agora chega a 26 partidas teve um desfecho inimaginável. Para colocar o “meteoro” de cinco meses na eternidade. Em outra decisão mais mental que técnica ou tática. O River foi racional e inteligente, mas o Fla transformou a emoção em gols quando o rival baixou a guarda. E “Gabigol” entra para a lista de ídolos rubro-negros. Há como se falar que Marcelo Gallardo errou nas mexidas (o que


O gol de empate surgiu de uma roubada de bola por parte de Arrascaeta na intermediária Flamenga, passando pelos pés de BH em jogada de mestre ao atrair a marcaçāo de 4 defensores do River, tocando de volta para Arrascaeta cruzar para Gabigol marcar o gol salvador

de fato aconteceu) e que as saídas de Nacho Fernández e Borré precisam ser explicadas pelo treinador do Millonarios. Por outro lado, como não exaltar as mexidas de Jorge Jesus? Como não se emocionar com a redenção de Diego Ribas, jogador que quase saiu do clube e que sofreu de uma lesão que quase o tirou dos gramados? E como não se exaltar com o torcedor rubro-negro? Seja em Lima, no Rio de Janeiro, em Brasília, em Lisboa, em Marte ou nos confins do universo. Como dizia Nelson Rodrigues, “o Flamengo tornouse uma força da natureza e, repito, no Flamengo venta, chove, troveja, relampeja”. E não foi nenhum pouco diferente na decisão da Libertadores. O Flamengo de Jorge Jesus transcendeu a tática. Tal como fizeram outras grandes equipes da história do Mais

Querido do Brasil. Como em 1981 (guardadas as devidas proporções) esse time joga um futebol bonito, ofensivo e envolvente. Se o Fla que superou o Cobreloa há exatos 38 anos em três partidas igualmente emocionantes, Éverton Ribeiro, Diego Ribas e companhia precisaram de noventa e poucos minutos para conseguir uma das viradas mais fantásticas da história da Copa Libertadores da América. Mas se tem uma coisa que os roteiristas do velho e rude esporte bretão detestam é quem comemora antes do apito final. Talvez esse tenha sido o grande erro de Marcelo Gallardo. Ao trazer sua equipe pra trás, ele deu o campo que o Flamengo tanto queria para jogar. Detalhes que vencem partidas. Detalhes que fazem grandes equipes levantar taças. Assim como o cada vez mais

impressionante Flamengo de Jorge Jesus. O time que não desistiu em nenhum momento. A equipe que entrou de vez no imaginário de todos os amantes do velho e rude esporte bretão. O campeāo rubro-negro voltaria no dia seguinte ao Rio de Janeiro que parou para homenagear os jogadores e comissao técnica e festejar o tāo aguardado título da libertadores e, tambem, a conquista do Campeonato Brasileiro que se deu após a derrota do Palmeiras para o Grêmio em Porto Alegre. O “milagre” de Lima não será esquecido tão cedo.

FICHA TÉCNICA FLAMENGO 2 X 1 RIVER PLATE

Hora 17h (de Brasília) Público 30.980 prese ntes e 28.541 pagantes Árbitro Roberto Tobar (CHI) Auxiliares Christian Schiemann (CHI) e Claudio Rios (CHI) Cartões amarelos Pablo Marí e Rafinha (FLA); Casco , Suárez e Enzo Pérez (RIV) Cartão vermelho Gabig ol (FLA) e Palacios (RIV) GOLS Borré (RIV) aos 14 do primeiro tempo; Gabig

aos 46 minutos do segundo tempo Gabigol

ol, aos 43 e

RIVER PLATE Armani, Montiel, Quarta, Pinola e Casco

(Paulo Díaz); Enzo Pérez, Nacho Fernández (Julián Álvar ez), Palacios e De la Cruz; Borré (Lucas Pratto) e Matía s Suárez Técnico Marcelo Gallardo FLAMENGO

O gol da virada surgiu três minutos depois em bola lançada por Diego procurando Gabigol que, marcado por 2 defensores, conseguiu escapar e encontrar a bola livre para fuzilar no gol de Armani e decretar a conquista Rubro-Negra

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Diego Alves, Rafinha, Rodrigo Caio, Pablo

Filipe Luís; Willian Arão (Vitinho), Gerso

Marí e

n (Diego), De

Arrascaeta (Piris da Motta) e Everton Ribeir o; Bruno Henrique e Gabigol.

Técnico Jorge Jesus


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O desfile dos campeões em carro aberto pelo centro reúne multidāo enlouquecida Diz o clichê que o Rio de Janeiro é futebol e carnaval, e o que aconteceu neste domingo no Centro foi exatamente esta união. Centenas de milhares de flamenguistas se aglomeraram na avenida Presidente Vargas para receber o elenco do Flamengo campeão da Copa Libertadores. O time chegou ao Rio de Janeiro no fim da manhã, menos de 24 horas após derrotar o River Plate de forma histórica em Lima e foi direto ao encontro do seu extasiado torcedor. Logo após a dispersão dos atletas, a nota negativa ficou para uma confusão, primeiro entre torcedores e, depois, com intervenção da Polícia Militar, o que acabou dando fim à comemoração de vez. O atacante Gabigol, autor de dois gols na decisão e artilheiro da Libertadores, foi também o mestre de cerimônias extraoficial da festa rubro-negra. Mesmo com todo o elenco em cima de um trio elétrico, foi o atacante quem mais se dispôs a empunhar o microfone e inflamar a torcida, principalmente repetindo os cânticos comuns nas arquibancadas do Maracanã. Sobrou também provocação para os rivais, mesmo de outros estados, como quando o Gabigol falou que “o Palmeiras não tem Mundial”. A fala fez o torcedor rubro-negro vibrar - o time paulista é o principal rival do Fla no Brasileirão nos últimos anos. A festa pela conquista da Copa Libertadores iniciou pouco antes das 13h, com três horas de atraso ao que estava previsto. O avião fretado que trouxe a delegação do Flamengo teve escolta de caças da Força Aérea Brasileira (FAB) ao chegar ao Rio, e pousou às 11h no aeroporto do Galeão. O elenco só deixou o local uma hora depois. O trajeto entre o aeroporto e o Centro da cidade foi rápido, graças a um forte esquema de segurança. Motociclistas com camisas e bandeiras do Flamengo que seguiam logo

atrás do comboio trataram de garantir que o percurso de 15 quilômetros fosse principalmente de festa. À beira da via ou em cima de viadutos, centenas de pessoas gritavam pelo time. A comemoração atraiu flamenguistas de todas as idades, que entoaram gritos de guerra e canções que exaltavam a equipe. A vontade de comemorar o título da América 38 anos depois da primeira conquista fez com que nem mesmo a dificuldade de caminhar detivesse o entusiasmo do aposentado Ciro Corrêa, de 71 anos. Ele acompanhou o desfile do time de coração com a ajuda de uma muleta. Após os festejos que entraram pela noite de sábado, o casal de estudantes Letícia Souza, de 18 anos, e Allan dos Santos, de 23 anos, fez questão de levantar cedo para continuar as comemorações pelo título. “Vamos ficar até o fim (da festa), com certeza”, garantiu Allan. “Pena que choveu ontem, mas fomos comemorar na chuva mesmo. Fiquei toda molhada. Hoje nem passei maquiagem para não borrar na chuva”, lembrou Letícia. As irmãs Eliane Martins, de 59 anos, e Eni Nascimento, de 55 anos, também foram à Presidente Vargas. “Foi uma festa maravilhosa, de muita alegria, tudo muito pacífico, muitas famílias por aqui”, comemorou a professora aposentada Eliane. “A emoção foi enorme quando a taça passou no caminhão”, completou a torcedora. Teve também quem aproveitou para tirar uma casquinha da festa. A ambulante Andressa Viana, de 30 anos, vestiu o uniforme do Flamengo para participar da comemoração, embora nem seja muito fã de futebol. “Hoje todo mundo tem que ser flamenguista”, justificou Andressa, prevendo conseguir um bom faturamento vendendo bebidas ao longo do dia. Foi de fato uma tarde memorável que jamais sairá das mentes e dos corações dos rubro-negros.

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Ao lado: Rodinei preparando o arremate No meio: Bruno Henrique comemorando gol Na ponta direita: Arrascaeta bem marcado

J

á campeão do Brasileirão, o Flamengo foi a campo com um time misto para encarar o Ceará. Com um Maracanã em clima de festa, o time rubro-negro venceu por 4 a 1, de virada, com três gols de Bruno Henrique e um de Vitinho (Thiago Galhardo abriu o placar para os visitantes). O resultado fez o Fla chegar aos 84 pontos.

Noite de festa! Flamengo sai perdendo, mas pressiona e goleia o Ceará pós-títulos

e conseguiu chegar à virada. A equipe comandada pelo técnico Adilson Batista optou por uma formação precavida, com a qual “aguardou” o Flamengo. O time ficou mais no campo de defesa e apostou nas saídas em velocidade. Foi assim que conseguiu levar certo trabalho à defesa adversária. Na etapa final, com o recuo, tentou do jeito que pôde bloquear os ataques adversários, mas não conseguiu evitar os dois gols de Bruno Henrique e deixou o campo com nova derrota.

Bruno Henrique foi um dos jogadores mais ativos do Flamengo durante toda a partida. Com boa movimentação, o atacante, que atuou na vaga de Gabigol, mais centralizado, foi quem criou mais chances. Acabou premiado com três gols no segundo tempo, foi ele quem garantiu os três pontos para a equipe de Jorge Jesus. Vitinho fez o quarto do time. Com uma vitória por 1 a 0 ao fim do primeiro tempo, o técnico Adilson Batista mudou e voltou para a etapa final com um zagueiro na vaga de Thiago Galhardo, que vinha atuando como referência no ataque e tinha sido o autor do gol. A substituição “chamou” o Fla para o campo de ataque e, depois de muitas tentativas, o time da casa chegou à virada.

O Flamengo começou a partida no mesmo estilo que vinha mostrando ao longo do campeonato, com uma marcação alta, pressionando o adversário e com maior presença no campo de ataque. Porém, no

A equipe da Gávea manteve o estilo e impôs um ritmo de jogo intenso, tendo bastante presença no campo de ataque, mas esbarrava na forte marcação e nos próprios erros, que faziam o técnico Jorge Jesus ir à loucura. No segundo tempo, com um Ceará recuado, o time foi presença constante no campo de ataque

primeiro tempo, encontrou dificuldades de furar o bloqueio adversário. Já o Ceará, optou por uma marcação mais forte na intermediária e saída em velocidade. Apesar de o Fla ter mais a posse de bola, quem abriu o placar foi o Vozão, com Thiago Galhardo, que balançou a rede após boa

jogada de Felipe Silva pela esquerda. Bruno Henrique, com um chute da entrada da área, quase empatou, mas o Fla passou em branco na etapa inicial. Com um primeiro tempo apagado, o jovem Reinier foi um dos alvos das broncas do técnico Jorge Jesus. Insatisfeito com a atuação do jogador, o comandante rubronegro realizou uma substituição ainda no primeiro tempo, colocando Vitinho em campo. Na volta do intervalo, o técnico Adilson Batista tirou Thiago Galhardo e colocou o zagueiro Tiago Alves. A mudança fez com que o Ceará perdesse um pouco de volume quando ia ao ataque, ao mesmo tempo que criou uma barreira maior ao Flamengo. Sem presença do Ceará na frente, o segundo tempo virou um jogo de ataque contra defesa, com o Flamengo buscando o gol e o time alvinegro tentando afastar da forma que podia. O gol rubro-negro parecia questão de tempo e acabou acontecendo com Bruno Henrique, que aproveitou toque de cabeça de Lincoln e se antecipou ao goleiro, igualando o placar. E não demorou para a virada acontecer. Novamente, Bruno Henrique foi quem fez a alegria da torcida. Desta vez, aproveitando levantamento de Arrascaeta. Pouco depois do segundo gol, a torcida do Flamengo passou a gritar ‘É campeão’ e também deu um recado ao Liverpool, da Inglaterra, possível adversário na final do Mundial de Clube. Os presentes cantaram o já tradicional “Liverpool, pode esperar, a sua hora vai chegar”. Quando a partida caminhava para o fim, Everton Ribeiro avançou e foi derrubado por Samuel Xavier

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na entrada da área. O jogador do Ceará foi expulso. Na cobrança de falta, Arrascaeta mandou no canto, Diogo Silva espalmou e Bruno Henrique aproveitou. Terceiro dele no jogo! Já nos acréscimos e com o triunfo assegurado, Vitinho ainda fez o quarto. A torcida celebrou de maneira efusiva o gol e o título. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FICHA TÉCNICA FLAMENGO 4 X 1 CEARÁ

Hora 21h30 (de Brasília) Público 67.539 presentes e 61.246 pagantes Árbitro Caulo Roberto Alves (PR)

Auxiliares Bruno Boschilia (PR) e Rafael Trombeta (PR) Cartões amarelo Rodrigo Caio, Vitinho (FLA); Valdo

(CEA) Cartão Vermelho Samuel Xavier (CEA) GOLS

Thiago Galhardo (CEA), aos 26 do primeiro tempo; Bruno

Henrique (FLA) aos 19, 28, aos 40 e Vitinho (FLA) aos 46 minutos do segundo tempo FLAMENGO

Diego Alves, Rodinei, Rodrigo Caio, Rhodolfo e Renê; Arão,

Diego (Lincoln), Arrascaeta (Gerson), Everton Ribeiro e Reinier (Vitinho); Bruno Henrique

Técnico Jorge Jesus CORINTHIANS

Diogo Silva, Samuel Xavier, Valdo, Eduardo Brock e João

Lucas (Leandro Carvalho); Fabinho, Ricardinho (Mateus Gonçalves), Pedro Ken, Chico e Felipe Baxola; Thiago

Galhardo (Tiago Alves) Técnico Adilson Batista

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Acima: Gabigol comemorando gol Ao lado: time comemorando outro gol de Gabigol Ao lado acima: Arrascaeta armando jogada Ao lado: Gabigol comemorando gol de Arrasca

C

ada vez mais parece não haver limites para o Flamengo de Jorge Jesus, que segue quebrando recordes e tabus. Mesmo jogando fora de casa e sem a presença da torcida, o Flamengo confirmou o favoritismo e derrotou o Palmeiras com tranquilidade. Sem jogar com a mesma intensidade de sempre, o Rubro-Negro conseguiu a sua primeira vitória na história do Allianz Parque no duelo entre o campeão brasileiro da última edição e o atual.

Em tarde de recordes, Fla passeia no Allianz, faz 3 a 1 no Palmeiras e bate mais recordes Jogando no Allianz Parque, o campeão do Brasileiro dominou as ações desde o início do confronto e ganhou do Alviverde por 3 a 1. Ainda no primeiro tempo, Arrascaeta e Gabigol marcaram. Na etapa final, o artilheiro do nacional fez outro. Matheus Fernandes descontou. Irritado, o público vaiou bastante a equipe, a diretoria e o técnico Mano Menezes, que completou cinco jogos sem vencer e ficou bastante pressionado. Com o título já garantido, o Flamengo apenas cumpriu tabela nas últimas rodadas. Com o resultado desta tarde, o time passou a somar 87 pontos na tabela. Campeão desde o domingo anterior, o Flamengo seguiu quebrando recordes. Após conseguir a maior pontuação da era de pontos corridos, o Rubro-Negro chegou a 80 gols e passou a ter o melhor ataque desde que a competição passou a ter 20 clubes em 2006. Gabigol também se tornou o maior goleador em uma edição, neste período. Nervoso, o Palmeiras foi dominado durante a

maior parte do jogo. O Flamengo, avassalador, já fazia dois gols no primeiro tempo. Na etapa final, logo no começo, Gabigol fez mais um. Depois, os cariocas diminuíram o ritmo, e permitiram um esboço de reação e o tento de honra dos anfitriões. O clima era quente entre as duas equipes antes mesmo de a bola rolar. Campeões nacionais e da Libertadores, os rubro-negros provocaram os alviverdes durante os festejos, ao cantarem “o Palmeiras não tem mundial”. Como consequência, o Ministério Público de São Paulo determinou partida com torcida única, medida criticada pelos cariocas. O técnico do Palmeiras, Mano Menezes, fez questão de ir ao vestiário do Flamengo para cumprimentar o português Jorge Jesus. A atitude do comandante alviverde foi bastante elogiada pelos cariocas.

Mesmo em casa, o Alviverde se apequenou. O time foi completamente dominado pelo Flamengo e não tomava as decisões certas quando chegava ao ataque. Tranquilo, o time carioca soube aproveitar o nervosismo e os vacilos do adversário. Preciso, o Flamengo passeou no Allianz Parque. A partida começou

em ritmo acelerado. O Flamengo chegava com muita facilidade na área do Palmeiras, que pouco conseguia fazer, e obrigou Jailson a fazer boas defesas. Dudu tentou surpreender o goleiro adversário e arriscou um chute logo no início. O Flamengo, por sua vez, aproveitou o vacilo de marcação palmeirense e abriu o placar ainda aos 3 minutos. Gabriel recebeu sozinho e tocou para Arrascaeta, que só mandou para o fundo das redes. O árbitro anotou impedimento, mas depois de rever o lance, confirmou o gol rubro-negro. Em desvantagem, o Palmeiras buscou o empate e partiu para o ataque. No entanto, a equipe errava na hora de dar o último passe ou faltava um pouco mais de capricho na finalização. O Flamengo, nos contragolpes, levou perigo, como em cabeçada de Vitinho aos 32, com defesa incrível de Jaílson. No finalzinho do primeiro tempo, os cariocas ampliaram. Aos 46, Gabigol recebeu na área e bateu sem chance para o arqueiro. O atacante ainda comemorou no local onde ficaria o público visitante. Irritada com o placar, a torcida começou a xingar o técnico Mano Menezes e a chamar o time de “sem vergonha”. Outro fato que chamou a atenção foi a comemoração de dois flamenguistas, que estavam infiltrados no estádio. A atitude gerou revolta de alguns palmeirenses, que tentaram agredi-los. A Polícia Militar retirou os rubronegros do local. No início da segunda etapa, o Flamengo não diminuiu o ritmo e ampliou. Vítor Hugo errou mais uma vez a saída de bola, Gabigol não perdoou e acertou um belo chute. O atacante celebrou o gol bem na frente da torcida rival. No restante do jogo, os cariocas passaram a administrar mais o resultado e permitiram a

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reação, como no chute de Bruno Henrique que parou na trave ou no tento anulado de Willian, que estava impedido. Perto do fim, o Palmeiras fez o seu com Matheus Fernandes, que recebeu na área e mandou para o gol.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FICHA TÉCNICA PALMEIRAS 1 X 3 FLAMENGO Hora 16h (de Brasília) Público 22.219 presentes Árbitro Ricardo Marques Ribeiro (MG) Auxiliares Guilherme Dias Camilo (MG) e Sidmar dos Santos Meurer (MG) Cartões amarelos Rafinha e Vitinho (FLA) GOLS

Arrascaeta aos 3 minutos e Gabigol aos 46 do primeiro tempo; Gabigol aos 2 minutos e Matheus Fernandes (PAL) aos 38 do segundo tempo PALMEIRAS

Jaílson; Marcos Rocha, Luan, Vitor Hugo e Diogo Barbosa; Felipe Melo (Matheus Fernandes), Bruno Henrique, Lucas Lima (Willian) e Ramires (Gustavo Scarpa); Dudu e Luiz Adriano Técnico Mano Menezes FLAMENGO Diego Alves; Rafinha (Rodinei), Rodrigo Caio, Rhodolfo e Filipe Luis; Arão, Gerson, Arrascaeta e Vitinho (Piris da Motta); Bruno Henrique (Diego) e Gabigol Técnico Jorge Jesus

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Ao lado: Gerson bem marcado Ao lado acima: Gabigol arrematando Ao lado abaixo: Diego puxando contra-ataque Na ponta: time comemorando mais um gol

I

nsaciável. Assim pode ser definido o Flamengo de Jorge Jesus e fez o que dele se esperava nesta quinta-feira. Na despedida do Maracanã no ano, o time misto superou o temporal com uma chuva de gols e bateu o Avaí: 6 a 1.

No jogo das faixas, Flamengo se despede da torcida com goleada sobre o Avaí Arrascaeta foi o grande nome do jogo. Além de abrir o placar, ele participou diretamente de outros dois gols do Rubro-Negro com passes para Gabigol e Lincoln. Diego e Reinier (duas vezes) completaram o placar. E a goleada foi desenhada por um time misto do Flamengo, já que o técnico Jorge Jesus

decidiu poupar seis titulares: Diego Alves, Rodrigo Caio, Filipe Luís, Willian Arão, Gerson e Bruno Henrique. Com a vitória, o time chegou aos 90 pontos além de ter ampliado o recorde de melhor pontuação em um Brasileiro e maior número de vitórias.

Arrascaeta foi o grande destaque do jogo. Além de deixar sua marca, ele também deu duas assistências e foi o mais decisivo entre os atletas. Gabigol não ficou atrás e foi um dos que mais deram trabalho ao time do Avaí. Reinier também se destacou: entrou no fim do jogo e marcou duas vezes. Já Piris, não é que o volante tenha jogado mal, mas é o jogador que destoa no meio de campo. Diego entrou na vaga de Gerson e deu conta do recado, mas o paraguaio representa uma queda em relação a Willian Arão. Participou apenas da marcação. O técnico Jorge Jesus optou por poupar seis titulares e, mesmo assim, o Flamengo era muito superior em campo. Com Gabigol e Arrascaeta muito ligados em campo, o Rubro-negro pressionou desde os primeiros minutos e o gol parecia questão de tempo. O gol, de fato, não demorou a sair. E ocorreu com o dedo do técnico Jorge Jesus. Em falta da intermediária, Arrascaeta optou por jogada ensaiada e acionou Rafinha na direita. O lateral direito cruzou para Lincoln, que só rolou para o uruguaio chutar de primeira e estufar as redes: 1 a 0. O Flamengo não era só o melhor na partida. Era, na verdade, muito superior em campo. Não parecia sentir a ausência de meio time titular e seguia na pressão em busca do segundo. Arrascaeta perdeu uma chance após grande jogada de Gabigol. Everton Ribeiro, por sua vez, acertou o travessão em cobrança de falta. O jogo se desenhava para mais uma fácil goleada para o Flamengo. Mas futebol tem dessas coisas. Os donos

da casa perdiam chances, enquanto o Avaí empatou o duelo em seu primeiro chute a gol. Lourenço chutou da entrada da área e viu a bola beijar a trave antes de bater nas costas de César e entrar: 1 a 1. Apesar do empate, o Flamengo em nenhum momento parecia preocupado e tinha a certeza de que a vitória chegaria. E o segundo gol saiu dos pés de Diego. O camisa 10 dominou na entrada da área e colocou a bola onde a coruja dorme. Golaço: 2 a 1. Não poderia faltar o dele na despedida do Flamengo do Maracanã em 2019. Gabigol buscava o tempo todo e deixou sua marca aos 38min. Ele recebeu passe de Arrascaeta e chutou de fora da área. Mais um golaço: 3 a 1. Em busca do gol desde os primeiros minutos, Lincoln conquistou seu objetivo logo no início do

Diego, o jovem atacante deslocou Vladimir e deixou sua marca. Minutos depois, recebeu cruzamento de Rafinha para decretar o placar final: 6 a 1. Não precisou nem de acréscimos. Foi o suficiente para a torcida fazer a festa e até uma previsão: ‘Liverpool, pode esperar, a sua hora vai chegar”.

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Hora 20h (de Brasília) Público 69.090 presentes e 64.648 pagantes Árbitro Jefferson Ferreira de Moraes

(GO) Auxiliares Bruno Raphael Pires (GO) e Leone Carvalho Rocha (GO) Cartāo amarelo Lourenço (AVA) GOLS

Arrascaeta (FLA) aos 10; Lourenço (AVA) aos 21; Diego

(FLA) aos 37 e Gabigol aos 38 do primeiro tempo; Lincoln aos 11 e Reinier aos 38 e aos 43 do segundo tempo FLAMENGO

César; Rafinha, Thuller, Rhodolfo e Renê; Piris, Diego,

Everton Ribeiro (Willian Arão) e Arrascaeta (Gerson); Lincoln (Reinier) e Gabigol

Técnico Jorge Jesus AVAÍ

segundo tempo. Após bela troca de passes, Arrascaeta encontrou o centroavante, que fuzilou a meta: 4 a 1. Com a goleada já definida, Jesus mandou atletas descansados a campo. Um deles foi Reinier, que entrou com fome de gol. Após linda tabela com

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Vladimir, Lourenço, Kunde, Marquinhos e Igor Fernandes;

Luanderson (Gabriel Lima), Ramon Pereira, Wesley e Richard Franco; Jonathan e Caio Paulista (Vinicius

Araújo)

Técnico Evando Camilatto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


Ao lado: Gerson armando jogada Acima: lance de Everton Ribeiro

Ao lado: Luis Filipe arrancando Em cima: Diego Alves batendo tiro de meta

N

a última rodada do Campeonato Brasileiro, o Santos recebeu o Flamengo na Vila Belmiro e carimbou a faixa dos campeões. Com gols de Marinho, Sánchez (2) e Sasha, o alvinegro praiano goleou por 4 a 0 e terminaram a competição com o vicecampeonato. Com o triunfo, os alvinegros quebraram uma sequência invicta de 29 jogos do Rubro-negro, sendo 24 deles no torneio nacional.

Santos goleia e põe fim à invencibilidade e carimba faixa do Flamengo Os donos da casa foram melhores durante todo o jogo e venceram com autoridade. Com muita

aplicação e bom futebol, a equipe se sobrepôs ao oponente e mereceu o resultado do início ao fim. O volante Carlos Sánchez comandou a goleada santista sobre o campeão Flamengo. O meiocampista uruguaio marcou o segundo e o quarto

gols do fim de tarde. No lance do primeiro tento de Sánchez, ele aproveitou recuo errado de Filipe Luís; no do segundo, acompanhou veloz contraataque santista do início ao fim, se infiltrou na grande área e bateu de primeira após cruzamento rasteiro. Titular na Vila, Rodinei foi vencido no duelo particular com o venezuelano Soteldo, que levou vantagem em todas as jogadas pelo lado direito do ataque santista. Ante a marcação falha do camisa 2, o meia deitou e rolou sobre o rubro-negro. No lado esquerdo, Filipe Luís teve tarde para esquecer também. Com passes e escolhas erradas, o jogador foi muito mal contra os santistas, que se criaram pelo setor do jogador com muita facilidade. O artilheiro do Brasileiãro voltou ao gramado da Vila Belmiro, palco que o projetou para o futebol, e, assim como todo o time do Flamengo, teve atuação para lá de apagada na última rodada. O goleador pouco se mexeu e teve apenas uma chance mais clara de gol, mas foi parado por Éverson. O início do duelo na Vila Belmiro foi como uma exibição artística, e Santos e Flamengo tinham muito o que mostrar. Fazendo jus às suas temporadas, as equipes buscavam o gol a todo momento. Antes dos cinco minutos, Soteldo e Gabigol, após bonitas tramas de ataque, já haviam conseguido chances claríssimas. Com o andar do relógio, o clima de férias se instaurou no Flamengo, enquanto o Santos continuo ligado no 220v e o que se viu acabou sendo um verdadeiro baile na Vila Belmiro. Ante os campeões da competição, os donos da casa impuseram um ritmo frenético e não

deram chance para os cariocas. Com Soteldo, Marinho e Sánchez inspirados, os mandantes jogaram com muita aplicação e não deram chances de reação. A equipe demonstrou enorme dedicação e abusou das tabelas e triangulações. Campeão da Libertadores e do Brasileirão, o Flamengo cumpriu seu último compromisso antes do embarque para o Mundial. Diante de um adversário interessado, o time sucumbiu e mostrou estar com a cabeça bem longe. Sem a intensidade habitual, a equipe foi presa fácil e pouco ameaçou o rival, que demonstrou muito mais apetite durante os 90 minutos. Aos 14 minutos, Marinho abriu o placar. Sanchéz ampliou aos 22 minutos. Aos 17 minutos da

sensaçāo de que será difícil algum outro time conseguir superar tal performance. E, para o torcedor rubro-negro, um esquadrāo que jamais será esquecido. Afinal, nunca fomos tāo felizes!

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Hora 16h (de Brasília) Público 13.310 presentes Árbitro Paulo Roberto Alves Júnior (PR) Auxiliares Bruno Boschilia e Victor Hugo Imazu dos Santos (ambos do PR) Cartões amarelos Gabigol, Filipe Luís, Rodinei (FLA) GOLS

Marinho aos 14; Sánchez aos 22 do primeiro tempo; Sasha aos 17 e Sánchez aos 39 minutos do segundo tempo SANTOS

Everson; Victor Ferraz, Lucas Veríssimo, Gustavo Henrique e Jorge; Alison (Jobson), Carlos Sánchez e Diego Pituca; Marinho, Soteldo e Eduardo Sasha Técnico Jorge Sampaoli

etapa final, Sasha cabeceou e fez o terceiro. Aos 40, Sánchez liquidou a fatura. Assim terminava a melhor campanha dos pontos corridos e a melhor da história do Flamengo. Um campeonato marcado por grandes jogos, grandes goleadas, gols inesquecíveis, exibições marcantes e a

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FLAMENGO Diego Alves; Rodinei, Rodrigo Caio, Marí e Filipe Luís; Arão, Gerson, Everton Ribeiro e Arrascaeta (Diego); Bruno Henrique (Vitinho) e Gabigol Técnico Jorge Jesus

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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . CAMPANHA

15 Jogos | 9 V | 5 E | 1 D | 37 GP | 17 GC Finais Flamengo 2 x 1 Corinthians Corinthans 3 x 4 Flamengo Semifinais São Paulo 0 x 0 Flamengo (3x4 Penalties) Flamengo 2 x 2 São Paulo Quartas de Final Flamengo 3 x 0 Athletico PR Athletico PR 1 x 3 Flamengo Primeira Fase 9 Jogos | 4 V | 3 E | 1 D | 23 GP | 10 GC Artilheiro Lázaro (FLA) - 14 gols . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

O

Flamengo conquistou o título do Campeonato Brasileiro sub-17 de 2019 em 17 de agosto. Jogando no estádio Kleber Andrade, em Cariacica (ES), o time rubro-negro venceu o Corinthians por 2 a 1, graças aos gols de Lázaro e Ryan Luka, e levantou a taça. No jogo de ida das finais, no último sábado (10), o Fla já havia vencido no Pacaembu por 4 a 3. Assim, assegurou seu primeiro caneco com a vitória por 6 a 4 no placar agregado.

Luka ampliou para o Flamengo. O próprio Ryan Luka ainda teve a chance de ampliar, mas parou no travessão do Corinthians.

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Com gol relâmpago de Lázaro, Flamengo vence e é campeão do Brasileirão Sub-17

No segundo tempo, já com a vantagem no placar, o Flamengo diminuiu um pouco o ímpeto fazendo com que o Corinthians crescesse no jogo e diminuisse: aos 22, Cauê dominou e girou para acertar um bonito chute, fazendo 2 a 1. O time paulista ainda pressionou, mas parou nas boas defesas de Bruno. Na comemoração, o Flamengo dedicou o título às vítimas do incêndio no CT do clube - Rykelmo, um dos dez mortos, pertencia ao time sub-17 do clube.

O primeiro gol do jogo de hoje saiu logo aos 4 minutos do primeiro tempo. Após falta cobrada por Caio pela direita, Lázaro apareceu na área e desviou para as redes. O gol-relâmpago do camisa 10 do Flamengo tornou o jogo um pouco mais tranquilo para o Rubro-Negro. Mais tarde, aos 34, Marcos Felipe recebe de Lázaro na direita, foi à linha de fundo e cruzou; de cabeça, Ryan

Lázaro (Flamengo) e Cauê (Corinthians) foram dois dos três jogadores que marcaram na final deste sábado, mas não aparecem aqui só por causa disso. O camisa 10 da Gávea e o 9 do Timão foram os principais jogadores de suas equipes durante toda a competição. O garoto do Ninho do Urubu, inclusive, foi o artilheiro da competição, com 14 gols. Olho neles!

Bruno; Marcos Felipe, Gabriel Noga, Otávio, Caio; Dhouglas, Daniel Cabral, Carlos Daniel, Lázaro, Pedro

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FLAMENGO 2 X 1 CORINTHIANS Hora 11h (de Brasília) Local Estádio Kléber Andrade,

em Cariacica, ES Árbitro Dyorgines de Andrade (ES) Auxiliares Fabiano Ramires (ES) e Katiuscia Mendonça (ES) GOLS

Lázaro aos 4 e Ryan Lukas (FLA) aos 34 do primeiro tempo e Cauê (COR) aos 22 do segundo tempo FLAMENGO

Arthur; Weverton Técnico Philipe Leal CORINTHIANS

Donelli; Julio, Bruno, Belezi, Bryan; Riquelme, Pedrinho, Matheus Araújo; Keven, David, Cauê Técnico Gustavo Almeida


. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . CAMPANHA

25 Jogos | 16 V | 6 E | 3 D | 48 GP | 21 GC Finais Flamengo 3 x 0 Palmeiras Palmeiras 1 x 0 Flamengo Semifinais Corinthians 0 x 0 Flamengo Flamengo 2 x 1 Corinthians Quartas de Final Flamengo 2 x 1 Fluminense Fluminense 0 x 3 Flamengo Primeira Fase 19 Jogos | 12 V | 5 E | 2 D | 38 GP | 18 GC Artilheiro do time - Vice-artilheiro do torneio Yuri César - 11 gols . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

O

torcedor do Flamengo tem mais motivos para comemorar. Afinal, o Rubro-Negro conquistou o Campeonato Brasileiro Sub-20, ao bater o Palmeiras por 3 a 0, no Estádio Kléber Andrade, em Cariacica, com gols de Yuri César, Wendel e Guilherme Bala. Assim, o Flamengo unifica os títulos brasileiros, pois também ganhou com o time principal e o sub-17. Precisando da vitória após perder o primeiro jogo por 1 a 0, o Flamengo foi melhor durante todo o jogo e não deu chances para o Verdão. Em desvantagem após perder por 1 a 0 no primeiro jogo, o Flamengo partiu para o ataque diante do Palmeiras em Cariacica. O Rubro-Negro dominou as ações e criou as melhores chances. Aos nove minutos, Yuri César avançou pela esquerda, limpou a marcação e chutou cruzado, muito próximo ao gol do Verdão. Depois, aos 24, foi a vez de Matheus França levar perigo, mandando uma bomba em direção ao goleiro Magrão, que se esticou para espalmar para escanteio. A pressão da equipe carioca seguiu e, aos 28, a rede balançou. Yuri César chutou da entrada

da área, a bola desviou em Helderson e enganou Magrão: 1 a 0. O Palmeiras não esboçou reação, e o Fla ainda ficou perto de ampliar. Aos 42, Yuri tabelou com Luis Henrique, invadiu a área e finalizou cruzado. Vitor Gabriel não chegou a tempo e desperdiçou a boa chance. No segundo tempo, o Flamengo seguiu ditando o ritmo da partida. Aos dez minutos, Luiz Henrique cruzou, Natan subiu bem e cabeceou para fora, mas muito perto da trave direita do adversário.Aos 24, após Ramón ser derrubado na área por Kaique, Wendel cobrou pênalti com categoria e ampliou para o Rubro-Negro: 2 a 0. Já nos minutos finais, o Palmeiras passou a buscar o gol para tentar levar a decisão para os pênaltis. Depois, após cruzamento na área, a bola sobrou para Vanderlan, que finalizou e viu Guilherme Vieira desviar de letra e Hugo Souza fazer a defesa. O Flamengo segurou a pressão alviverde nos minutos finais e ainda marcou mais um. Aos 49, Lázaro tocou de letra para Guilherme Bala, que limpou a marcação e finalizou com força para definir a partida: 3 a 0.

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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FICHA TÉCNICA FLAMENGO 2 X 1 CORINTHIANS

Hora 11h (de Brasília) Local Estádio Kléber Andrade, em Cariacica, ES Árbitro Rodrigo Miranda (RJ) Auxiliares Lilian Bruno e Andrea de Sá (RJ) GOLS

Guilherme Bala, Wendel e Yuri César FLAMENGO

Hugo Souza; Matheus França, Gustavo, Natan (Otávio) e Gomes (Matheus Alves); Ramon, Richard (Yuri Oliveira), Luiz Henrique e Vitor Gabriel (Rodrigo Muniz); Yuri (Lázaro) e Wendel (Guilherme Bala) Técnico Diego Souza CORINTHIANS

Magrão; Vitor Ricardo (Fabrício), Kaique Mafaldo (Henri), Helderson (Lucas Cordeiro) e Patrick de Paula; Nogueira (Vanderlan), Danilo (Ramon), Gabriel Merino e Gabriel Silva (Guilherme Vieira); Alan e Anguis Técnico Wesley Carvalho


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ob um forte esquema de segurança, o Flamengo embarcou para Doha, no Catar, onde vai disputaria o Mundial de Clubes. Diferentemente do que foi visto na ida da delegação para Lima, no Peru, rumo ao título da Libertadores, não houve aglomerações e situações de risco para os flamenguistas no decorrer do trajeto entre o Ninho do Urubu a o aeroporto do Galeão. Mesmo com ruas fechadas em Vargem Grande, centenas de torcedores estiveram na porta do Ninho do Urubu e fizeram festa quando o ônibus com os jogadores deixou o centro de treinamento. Já no terminal de cargas do Galeão, houve uma presença maior de rubronegros, que levaram diversas bandeiras e cantaram diversas músicas de arquibancada. Porém, sem o mesmo volume de pessoas que estiveram no “Aero Fla” anterior. Próximo ao Galeão, houve certa correria dos torcedores, que cercaram o ônibus, mas rapidamente a segurança entrou em ação e não houve problemas maiores. Vale lembrar que, desta vez, além de ser um dia útil, o Flamengo e a Prefeitura do Rio de Janeiro desenharam um esquema especial de segurança, com ruas fechadas em Vargem Grande e acessos à Ponte Velha do Galeão, na Ilha do Governador, bloqueados nos dois sentidos. A ideia foi não repetir o que aconteceu há pouco menos de um mês. No dia 20 de novembro, feriado, o Rubro-Negro viajou para Lima e a festa terminou em grande confusão, tendo, inclusive, pisoteados. Pouco depois, houve

confronto entre torcedores e policiais militares, que lançaram bombas de efeito moral para dispersar a multidão. A campanha para comparecer no adeus ao time se arrastou por toda semana nas redes sociais. Com a hashtag “AeroFla”, os flamenguistas combinaram de realizar uma grande festa na despedida da equipe. O clube fez um planejamento de segurança junto às

autoridades do Rio de Janeiro para evitar confusão. Teve reforço de policiamento na saída do ônibus da delegação, no Ninho do Urubu, até a entrada do Terminal de Cargas do Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, na Ilha do Governador. A prefeitura também anunciou um esquema especial de trânsito para assegurar que o deslocamento da delegação do Flamengo pudesse acontecer de forma organizada. O objetivo era evitar um grande tumulto ao longo do trajeto. No

embarque da delegação rubro-negra para Lima, no Peru, quando o Flamengo viajou para a final da Copa Libertadores, uma multidão já havia ido às ruas do Rio para acompanhar a saída do time. Na ocasião, os milhares de torcedores chegaram a derrubar uma grade de segurança no aeroporto. O Flamengo chegou a pedir que os torcedores não se aglomerassem nas imediações do Ninho do Urubu e do Galeão, alegando que qualquer interferência nas vias poderia atrasar o deslocamento da delegação e também a programação dos atletas antes da viagem. Os torcedores rubro-negros compareceram em grande número, tanto no Centro de Treinamento quanto no aeroporto, debaixo de um forte calor na cidade do Rio de Janeiro. O torcedor Fábio Lúcio Santos de Souza, 44 anos, se fantasiou de Homem de Ferro para ver a saída do time rubronegro. “Sempre me visto de super-herói no Carnaval. Aí esse ano fui no Maracanã em um jogo com o Madureira, todos gostaram da roupa e desde então tenho ido direto”, contou o torcedor, que não vai ao Qatar acompanhar a equipe por falta de verba. “Mas estou providenciando uma roupa nova de Homem de Ferro toda rubro-negra”, contou ele, que veio de Duque de Caxias. Já o comerciante Bruno Freitas, 26, aproveitou a folga no trabalho para se despedir da equipe. “Não tinha como não vir”, disse o flamenguista, que mora na zona norte do Rio de Janeiro.

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epois de horas de viagem, de assistir in loco à vitória do futuro adversário Al Hilal e descansar, o Flamengo fez seu primeiro treino em Doha, no Catar, na manhã deste domingo. De olho na estreia do Mundial, os jogadores do Rubro-Negro trocaram seus quartos pela academia e pelo gramado. Agora, é só deixar a bola rolar. Por volta de 10h (horário local, 4h de Brasília), a delegação do Flamengo chegou ao Estádio Abdullah bin Khalifa, em Doha, para o primeiro treino antes do jogo contra o Al Hilal, pela semifinal do Mundial de Clubes da Fifa. A atividade inicial, como de costume, foi na academia. Em campo, os jogadores tiveram pela primeira vez contato com a bola que será utilizada no Mundial de Clubes, diferente da com a qual eles estão acostumados no futebol brasileiro. Campeão mundial pelo Flamengo em 1981,

Leandro, ex-lateral-direito, acompanhou o treinamento e, como nos velhos tempos, falou sobre a expectativa para a estreia. O ídolo rubro-negro é o chefe da delegação no Catar. - Estou aqui me sentindo honrado pelo convite de toda a diretoria. É um sentimento muito bacana, que mexe com a gente. Tenho lembranças de 1981. Podemos terminar com o segundo título diante do mesmo adversário. Esse é o espírito que queremos passar para eles - disse. Apenas 15 minutos da primeira atividade do Flamengo em Doha foram abertos aos jornalistas. Neste período, todos os jogadores foram a campo e apenas correram. Depois, já com os portões fechados, deram sequência à preparação para a estreia no Mundial, marcada para terça-feira, às 14h30 (de Brasília), contra o Al Hilal.

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Flamengo está na final do Mundial de Clubes. Assim como na decisão da Libertadores, o time teve que buscar a virada para entrar na história. Foi com menos drama, é verdade, mas a vitória por 3 a 1 sobre o Al-Hilal não deixou de ter seus momentos de dramas no Estádio Internacional de Khalifa, em Doha.

Bruno Henrique brilha, Fla vira sobre o Al-Hilal e vai à final do Mundial Salem abriu o placar no início do primeiro tempo e deixou os corações dos rubro-negros apertados até a volta do intervalo. É que o segundo tempo foi completamente diferente. O Flamengo empatou com Arrascaeta e viu Bruno Henrique brilhar com o gol da virada e a jogada do terceiro, marcado contra por Al-Bulayhi. O time enfrentaria o vencedor da outra chave, Liverpool, da Inglaterra, e Monterrey, do México, na decisão do Mundial. O segundo tempo do Flamengo foi decisivo. Bruno Henrique participou dos três gols da equipe e foi o grande destaque. Rafinha ficou um pouco atrás. O lateral participou ‘apenas’ de dois gols: iniciou a jogada do empate e ainda deu assistência para a virada. O lateral-esquerdo não vem em uma boa sequência no Flamengo. A torcida do Flamengo esteve em ampla maioria no Estádio Khalifa. Apesar dos rubro-negros em

maior número, a pequena e barulhenta torcida do Al-Hilal não deixou por menos e fez a sua festa no Mundial do Qatar. Com bandeiras e faixas, os sauditas curtiram o jogo diante dos brasileiros. Lembra do primeiro tempo em Lima? Pois é. Os primeiros 45 minutos da semifinal do Mundial foram parecidos. Um Flamengo sem intensidade, em baixa rotação, com muitos erros e, acima de tudo, assustado. Fora de sintonia, o Rubro-Negro esteve irreconhecível e foi presa fácil para o Al Hilal. Pablo Marí e Filipe Luís começaram muito mal. Os árabes, por sua vez, lembravam os bons momentos do Flamengo, com toque de bola rápido e envolvente. Acostumado a jogar com a bola nos pés e fazer forte marcação para recuperar a bola do adversário, o Flamengo parecia um outro time nos primeiros minutos de jogo. O AlHilal apresentou postura agressivas e passou a acumular escanteios em série. Em um deles, Giovinco recebeu passe curto e invadiu pela lateral e finalizou para boa defesa de Diego Alves. O primeiro ataque do Flamengo ocorreu apenas aos 14min. Em cruzamento pela esquerda, o goleio Al-Muaiouf saiu mal e socou a bola sem tanta força. Atento, Gerson, na intermediária, tentou toque de cobertura, mas a mira não estava das melhores e mandou para fora. Pouco para o que o Rubro-negro mostrou na temporada. Enquanto o Flamengo parecia assustado e até mesmo surpreendido com a postura do adversário, os árabes se mostravam tranquilos em campo. Mais que isso. Organizados, o Al-Hilal chegava com certa frequência ao ataque. O gol poderia ter saído aos 15min, mas DIego Alves

salvou e Gomis, na sequência, perdeu gol incrível, já sem goleiro. O gol parecia questão de tempo tamanha a predominância dos árabes em campo. E foi justamente o que aconteceu. Aos 17min, o Al-Hilal teve trama rápida e envolvente pelo lado direito. Salem recebeu de frente e fuzilou. A bola ainda desviou em Marí para vencer Diego Alves e estufar as redes. A partir do gol sofrido, o Flamengo tentou ainda mais dominar a partida, mas a situação não estava nada fácil. O Al-Hilal manteve a postura agressiva mesmo em vantagem no placar, mas o Rubro-negro não conseguia aproveitar. Pelo contrário. Quem chegava com perigo eram os árabes. Após uma atuação ruim no primeiro tempo, o Flamengo voltou diferente para a etapa final. O time precisou de apenas três minutos para conseguir o empate. Apagados até então o trio do Rubro-negro funcionou. Gabigol deu passe primoroso para Bruno Henrique, que deixou Arrascaeta, sem goleiro, para guardar: 1 a 1. Ainda que sem uma grande atuação, o Flamengo jogou o necessário para conseguir a virada. Mais ofensivo, o time passou a ter chances, o que não ocorreu no primeiro tempo. Aí vale citar a final em Lima novamente. Lembra que Diego entrou no lugar de Gerson e mudou o jogo contra o River Plate? Pois é. Aconteceu novamente. O camisa 10 levou o time para frente e iniciou a jogada do gol da virada, com belo passe na direita para Rafinha que cruzou na cabeça de Bruno Henrique, que se antecipou à zaga e fez o segundo do Rubro-negro: 2 a 1. A virada levou os árabes à lona, e o Rubro-

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Negro aproveitou para nocautear e não demorou a assegurar a vaga na final. Quatro minutos após a virada, Bruno Henrique voltou a ser decisivo. Ele entrou pela esquerda e cruzou para área. O zagueiro Al-Bulayhi tentou cortar, mas fez contra: 3 a 1. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FICHA TÉCNICA

FLAMENGO 3 X 1 AL-HILAL

Hora 14h30 (de Brasília) Árbitro Ismail Elfath (EUA) Auxiliares Kyle Atkins (EUA) e Corey Parker (EUA)

Cartões amarelos Bruno Henrique, Pablo Marí, Diego (FLA); Giovinco, Al-Bulayhi, Al-Dawsari (ALH) Cartāo vermelho Carrillo (ALH) aos 37 do segundo tempo GOLS

Al-Dawsari (ALH) aos 17 do primeiro tempo; Arrascaeta aos 3; Bruno Henrique aos 32 e Al-Bulayhi (contra) aos 36 minutos do segundo tempo FLAMENGO

Diego Alves; Rafinha, Rodrigo Caio, Marí e Filipe Luís; Arão, Gerson (Diego), Everton Ribeiro e Arrascaeta (Piris); Bruno Henrique (Vitinho) e Gabigol Técnico Jorge Jesus AL-HILAL

Everson; Victor Ferraz, Lucas Veríssimo, Gustavo Henrique e Jorge; Alison (Jobson), Carlos Sánchez e Diego Pituca; Marinho, Soteldo e Eduardo Sasha Técnico Razvan Lucescu


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ia 21 de dezembro de 2019. Uma data marcante. O dia com o qual todos nós sonhamos por décadas e décadas havia finalmente chegado. Aquela estranha sensaçāo, uma mistura de medo e angústia, confiança e esperança, tomava conta. Praticamente quarenta anos depois, era chegado o dia em que poderíamos reviver o extraordinário feito de conquistar o mundo com uma equipe que incorporava todos os maiores valores rubro-negros: jogo ofensivo e bonito aliado à uma inesgotável vontade de vencer. Naquela dia, ironicamente,

voltamos a jogar contra o Liverpool em duelo pela supremacia mundial. Dessa vez, nāo no mítico National Stadium de Tóquio, mas no exótico e moderno Khalifa Stadium em Qatar. O grande Liverpool de 2019, vicecampeão europeu de 2018 e campeāo em 2019 tendo enfrentado e derrotado equipes como o Paris Saint Germain, Napoli e Bayern além de ter eliminado o Barcelona nas semifinais de forma apoteótica, aplicando um 4x0 depois de sofrer 3x0 no jogo da ida e, finalmente, derrotado com autoridade o Tottenham na final. Era, sem dúvida, uma

tremenda equipe que ainda conquistaria o campeonato inglês em 2020; um adversário à altura para desafiar aquele histórico Flamengo. E enquanto o time entrava em campo para o jogo do ano, passava pela cabeça do flamenguista o filme de nossas vidas enquanto torcedor: uma profusāo de imagens, de jogos memoráveis, de heróis e vilões, de tardes no Maracanā e nos estádios do mundo afora, debaixo de chuva ou sob o sol escaldante do verāo, de gols impossíveis e derrotas vergonhosas. Toda essa experiência de vida, todo esse carrousel de

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emoções, convergia em uma energia elétrica que tomava de assalto o corpo de todos nós e nos deixava em um estado de euforia e nervosismo. Lágrimas corriam pelos olhos. Arrepios. Coraçāo batendo a milhāo. Estávamos em campo também. 40 milhões de flamenguistas entraram em campo, posaram para a foto, trocaram flâmulas e desafiaram os ingleses para o jogo do ano. Foram 40 anos aguardando por esse momento tāo especial. Impossível nāo lembrar das tardes debaixo de sol no Maracanā. Enfim, seria o jogo das nossas vidas.


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ampeão da Libertadores, Brasileiro e Carioca em 2019, o Flamengo foi a Doha para “buscar o mundo” para seu povo e coroar um ano que já havia entrado para a história. Chegou perto. Em uma grande final, encarou o poderoso Liverpool, campeão da Liga dos Campeões e líder da Premier League de igual para igual, chegando a ser superior em diversos momentos do jogo. Mas, no fim, não resistiu. Vitória inglesa por 1 a 0, com gol do brasileiro Roberto Firmino aos 8 minutos do 1º tempo da prorrogação.

Com gol de Firmino na prorrogação, Liverpool vence o Flamengo e é campeão mundial pela primeira vez Diferentemente da semifinal contra o Monterrey, quando poupou titulares, desta vez o técnico Jürgen Klopp escalou a força

máxima que estava a sua disposição. Mas o Liverpool não manteve o ritmo alto o tempo todo e viu o Flamengo complicar o jogo em vários momentos. Tanto Alisson quanto Diego Alves, aliás, fizeram defesas importantes. O Liverpool começou o jogo em alta intensidade na marcação e pressão sobre o adversário. Com bolas roubadas no ataque, trocas rápidas de passe e lançamentos, o time perdeu duas chances cristalinas com Roberto Firmino e Keita, que ficaram de frente para o gol, mas finalizaram por cima. Mas o Flamengo equilibrou o jogo depois dos 15 minutos e chegou até a ser mais perigoso, apesar de não criar chances claras, chegando inclusive a controlar mais a posse de bola e demonstrar sua qualidade habitual, com os laterais acvhando espaço para construir jogadas e Bruno Henrique 154


muito perigoso nas costas da zaga inglesa. Faltou, porém, acertar o último passe para criar oportunidades mais claras contra Alisson. Na marcação, o Fla também fez o jogo de sempre e dificultou várias vezes a saída de bola do Liverpool. O Flamengo cumpriu à risca o plano tático de Jorge Jesus, no primeiro tempo. Quando o treinador português alertou para o fato de que Jurgen Klopp faz o mais especial sistema 4-3-3, em sua entrevista pré-jogo, estava falando da agressividade com que os três atacantes pressionam a saída de bola do adversário. Segundo Jesus, nem Guardiola faz isso tão bem quanto o alemão. O alerta para seus jogadores foi para o cuidado na saída de bola — e William Arão entregou de

bandeja uma bola a Henderson, no primeiro tempo. Foi também sobre o espaço que sobra, quando o adversário do Liverpool o induz a fazer Firmino perseguir o líbero, com a bola. Neste caso, Henderson ultrapassa a linha dos volantes para marcar o meia rival. Abre-se o espaço atrás do meio-decampo, à frente dos zagueiros. É o que se convencionou chamar de entrelinha. Jesus queria Éverton Ribeiro e De Arrascaeta entre as linhas e conseguiu fazer isso em grande parte da decisão do Mundial de Clubes. O primeiro tempo terminou com superioridade rubro-negra, cinco finalizações, 51% de posse de bola. Verdade que Firmino perdeu gol frente a frente com Diego Alves no primeiro minuto. Que o Liverpool controlou os primeiros quinze

Campeão da Libertadores, Brasileiro e Carioca em 2019, o Flamengo foi a Doha para “buscar o mundo” para seu povo e coroar um ano que já havia entrado para a história. Chegou perto. Em uma grande final, encarou o poderoso Liverpool, campeão da Liga dos Campeões e líder da Premier League de igual para igual, chegando a ser superior em diversos momentos do jogo. Mas, no fim, não resistiu. Vitória inglesa por 1 a 0 na prorrogação 155

minutos. Mas o Flamengo jogou, tentou atacar, não se intimidou, não se amedrontou diante do campeão da Champions League. Tinha até um pequeno Maracanã situado à esquerda das tribunas. Se dos 45 mil lugares a maioria estava ocupada por torcedores asiáticos do Liverpool (a Embaixada calculou 12 mil brasileiros), a torcida mais barulhenta era, disparadamente, do Flamengo. Cantando sem parar, apoiando e empurrando o time, revivia a simbiose tradicional entre time e torcida. E cantou mais ainda alto depois de Gabigol obrigar Alisson a fazer grande defesa, na primeira bola chutada no alvo, início da segunda etapa. Gabriel também chutaria a segunda,


Do lado esquerdo: lances do jogo. No alto à direita: lance do gol do Liverpool. Acima, Firmino comemorando o gol. Na outra página, Diego Alves e Diego Ribas recebendo suas medalhas de vice-campeões. Abaixo: jogadores do Liverpool erguem a taça e vibram com a conquista

com uma linda meia bicicleta, aos 23. Era incrivelmente um 0 x 0, com apenas duas finalizações certas e, ao mesmo tempo, um partidaço. Duelo de estratégia. Entretanto, o segundo tempo seguiu roteiro parecido: Liverpool melhor no início, perdendo chances, e Flamengo nivelando depois, mas caindo após as substituições de Jorge Jesus. Arrascaeta estava apagado, mas não era o caso de o trocar por Vitinho, aos 31. Diego não entrou tão bem no lugar de Everton Ribeiro que também não estava sendo o de sempre, aos 36. Lincoln por Gerson, 4 minutos depois do gol, se entende. Berrio por Arão faltando um minuto para o apito final, não. Klopp deu bronca em Alexander-Arnold

depois de perder duas jogadas para Bruno Henrique. Arnold joga muito. O que Klopp talvez não soubesse é que Bruno Henrique, também. Quando Chamberlain caiu machucado, aos 29, Klopp chamou Firmino e bronqueou também. Não estava feliz com o desempenho de sua equipe. O Flamengo estava melhor. O Liverpool tinha Salah em seu melhor momento na temporada. Quatro gols e duas assistências nos últimos cinco jogos, antes da decisão. Chegou a marcar, em completo impedimento, mas a rigor era quem levava perigo para Rodrigo Caio e Pablo Marí. Foi quem começou a jogada mais perigosa, oferecendo passe a Firmino e deste para Mané, em jogada que o VAR

salvou o árbitro. O país que mais reclama do árbitro de vídeo no planeta viu seu campeão escapar da injustiça pela revisão. Então veio a prorrogação de uma equipe com 76 partidas no ano, 74 delas oficiais, contra o Liverpool em seu vigésimo nono jogo em 2019/20 e o de número 55 no ano, de janeiro a dezembro. São 19 partidas a mais, o que ficou evidente na queda de Gabriel, com câibras, no segundo minuto do tempo extra. O Flamengo criou duas oportunidades, poderia abrir o marcador mesmo com o cansaço de Gabriel, que seguiu em campo, e de Gérson, que precisou ser substituído. Até o contra-ataque com lançamento perfeito de Henderson — que atuação! — para Mané

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servir Firmino. Que frieza teve o atacante brasileiro para marcar. Lincoln ainda perdeu gol fácil, aos 14 do segundo tempo da prorrogação. Passe de Vitinho. Um pecado, pela atuação rubro-negra e pela estratégia traçada por Jorge Jesus. O Liverpool venceu, porque os europeus hoje mandam no futebol mundial com seleções multinacionais. Mas o Flamengo saiu do Catar com a vitória de ter mostrado ser possível ter uma equipe, na América do Sul, que encare frente a frente o campeão da Europa. Mas o sonho continua. Voltaremos à Tóquio, a Dubai ou em qualquer outro lugar e seremos campeões do mundo novamente. Fé em Deus!


Jogar contra o campeão europeu é tarefa complexa, especialmente quando este também é o melhor time do momento, caso deste Liverpool que perdeu apenas uma das 56 últimas partidas. Foi contra esse adversário que o Flamengo se impôs por boa parte dos 90 minutos. Teve a posse, jogou bola, amassou. Mas nāo foi o bastante. O fato é que o time inglês mereceu vencer. No entanto, viu-se que é possível desafiar equipes poderosas da Europa. Para vencê-las, porém, encarando-as, saindo para o jogo, como fez o Rubro-Negro, é necessário avançar mais, chegar a um estágio mais alto.

N

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o dia 13 de dezembro de 1981, há 40 anos, o Flamengo vencia o Liverpool por 3 a 0, no Japão, e se tornava campeão do Mundo. Nunes, duas vezes, e Adílio marcam os gols, ainda no primeiro tempo, e botaram os ingleses na roda. O Liverpool havia conquistado três edições da Liga dos Campeões nos cinco anos anteriores e era o grande time da Europa no momento, mas contra o Flamengo não foi capaz de segurar a qualidade técnica e o toque de bola dos brasileiros. O Liverpool havia conquistado três edições da Liga dos Campeões nos cinco anos anteriores e era o grande time da Europa no momento, mas contra o Flamengo não foi capaz de segurar a qualidade técnica e o toque de bola dos brasileiros. Ao começar o jogo, a torcida japonesa resolveu apoiar a representação brasileira, pois o Flamengo praticava o puro futebol-arte, o que encantava os japoneses. Logo aos treze minutos de jogo, Zico deu um lançamento sensacional a Nunes, que viu a saída do goleiro Grobbelaar e, ainda fora da grande área, o encobriu para abrir o placar. Nunes saiu para comemorar antes mesmo de a bola

FICHA TÉCNICA LIVERPOOL 1 X 0 FLAMENGO

Hora 14h30 (de Brasília) Árbitro Abdulrahman Al Jassim (Qatar) Auxiliares aleb Al Marri e Saoud Ahmed Almaqaleh (Qatar) Cartões amarelos Mané, Salah, Firmino e Milner (LIV); Vitinho e Diego (FLA) GOL

Roberto Firmino (LIV) aos 8 minutos do primeiro tempo da prorrogação LIVERPOOL

Alisson; Alexander-Arnold, Gomez, Van Dijk e Robertson; Henderson, Oxlade-Chamberlain (Lallana) e Keita (Milner); Salah (Shaqiri), Roberto Firmino (Origi) e Mané Técnico Jürgen Klopp FLAMENGO Diego Alves; Rafinha, Rodrigo Caio, Pablo Marí e Filipe Luís; Willian Arão (Berrío), Gerson (Lincoln), Everton Ribeiro (Diego) e De Arrascaeta (Vitinho); Gabigol e Bruno Henrique Técnico Jorge Jesus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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entrar. Além de enfrentarem toda a equipe rubro-negra, os Reds tinham pela frente um Zico fazendo a melhor partida de sua vida. Aos 34 minutos, McDermott derrubou Tita na entrada da área e Zico se encarregou da cobrança da falta. Veio a bomba, que Grobbelaar apenas rebateu. Na sobra, Lico bateu e o zagueiro Thompson cortou — mas não impediu o gol do oportunista Adílio, que estufou a rede e colocou o 2 a 0 no placar. O Liverpool sentiu o golpe. E viu que o jogo estava definitivamente perdido ainda aos 41 minutos do primeiro tempo. Zico protagonizou um lance parecido com o do primeiro gol: lançou novamente Nunes, que avançou e bateu friamente na saída do goleiro. Antes mesmo do intervalo o Flamengo vencia por 3 a 0. O segundo tempo serviu apenas para os torcedores rubronegros em todo o mundo se prepararem para a festa que se seguiria ao apito final. Os craques do Flamengo tocavam a bola de pé em pé, humilhando os ingleses e esperando o tempo passar, mostrando sua inegável superioridade. Final de jogo e festa flamenguista no Brasil.


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e havia alguma dúvida de que o Flamengo poderia fazer um jogo parelho contra o Liverpool, a pulga atrás da orelha se transformou em considerável otimismo logo após os primeiros 45 minutos de partida. Na etapa inicial, o time carioca foi melhor que os ingleses, que, apesar de desperdiçarem duas oportunidades de abrir o placar, encontraram dificuldades para encaixar a marcação em cima de um adversário disposto a atacar. Embora tenha perdido o título na prorrogação, a equipe de Jorge Jesus saiu do Catar com uma das melhores atuações de representantes brasileiros no Mundial de Clubes. O nível de futebol apresentado apenas comprova a direção acertada para um plano ambicioso do clube mais popular do país: ser notado e comentado muito além da América do Sul.

Sempre existiu certo desdém dos times europeus pelo torneio mundial. Nem a mudança no formato da competição, antes conhecida como Copa Intercontinental, agregando campeões de outros continentes, foram capazes de mobilizar potências do naipe de Barcelona, Real Madrid, Bayern de Munique e Liverpool, que, sobretudo pelo calendário apertado de compromissos na Inglaterra, segue valorizando mais suas disputas locais. Para eles, o ápice de uma temporada é levantar a taça da Champions League, ao contrário dos sul-americanos, que nutrem carinho maior

pelo Mundial. É verdade que o técnico Jürgen Klopp usou força máxima, entre os jogadores à disposição, para enfrentar o Flamengo. Mas, preocupado com os três jogos em uma semana pela frente no Campeonato Inglês, sofreu para eliminar o mexicano Monterrey nas semifinais após poupar parte de suas estrelas. O eurocentrismo do futebol nasceu não só pela concentração das riquezas. Seus grandes clubes se converteram em empreendimentos multinacionais. Fazendo valer sua grandeza, assumiram as rédeas dos campeonatos organizados em ligas, não por federações parasitárias, como acontece no Brasil.

Antes de sonhar com dimensão mundial, clubes brasileiros precisam consolidar hegemonia regional e jogar como o rubro-negro diante do Liverpool O abismo socioeconômico entre países sulamericanos e europeus acentua a diferença de poderio financeiro. Apesar de ter investido mais de 200 milhões de reais em contratações somente este ano, o elenco do Flamengo vale oito vezes menos que o do Liverpool, que gastou 330 milhões de reais em 2017 somente para incorporar o zagueiro Van Dijk. O clube brasileiro encerra 2019 com faturamento recorde, de quase 1 bilhão de reais. Mais rico do mundo, o Barcelona também flerta com a marca de 1 bilhão (porém, de euros, o equivalente a 4,5 bilhões de reais). De país do futebol a maior exportador de jogadores do mundo, o Brasil não vê um time sagrar-se campeão mundial desde o Corinthians, em 2012. O último finalista havia sido o Grêmio, há dois anos. Perdeu para o Real Madrid pelo mesmo placar do Flamengo diante do Liverpool. Entretanto, com uma ressalva significativa: não chegou perto de incomodar seu rival. Contra os ingleses, o rubronegro trocou mais passes, teve mais posse de

bola e, pelo menos, um tempo de superioridade sobre o adversário. As substituições de Jesus, motivadas por um inevitável cansaço no segundo tempo, não funcionaram e expuseram limitações do elenco para um embate de tamanha exigência. Mas, sem renegar sua vocação ofensiva, encarou de igual para igual um time recheado de craques. A diferença em campo não foi proporcional à enorme distância no investimento em jogadores. Obviamente, outros times brasileiros já caíram de pé ou, no mínimo, com a mesma dignidade do Flamengo, no Mundial. Casos de Vasco e Palmeiras, em 98 e 99, respectivamente. No entanto, o clube da Gávea encara uma perspectiva de soberania que nenhuma equipe alcançou. Para chegar a esse patamar, foi preciso reorganizar as

finanças, controlar —ainda que a duras penas— o endividamento e, enfim, se reforçar com os melhores jogadores disponíveis no mercado dentro da realidade sul-americana. Um processo certamente desconhecido pelo lateral Andrew Robertson, que, antes da final, afirmou —e não deixa de ter razão— que o Flamengo não tem a mesma dimensão mundial do Liverpool. Porém, pelo tamanho de sua torcida, a envergadura financeira e a filosofia moderna que guia seu desempenho em campo, o melhor time da América tem tudo para subir à prateleira dos clubes

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globais nos próximos anos. Muitos marqueteiros falam sobre a necessidade de os clubes brasileiros internacionalizaram suas marcas. Mas não há melhor ferramenta de promoção que títulos conquistados e, principalmente, futebol bem jogado. O Santos se tornou mundialmente conhecido porque todo time vislumbrava a chance de enfrentar e vencer Pelé, o atleta do século. Depois, ocorreu algo parecido com o argentino Independiente, o Rei de Copas, que hoje tenta se restabelecer depois de bater à porta da falência. O São Paulo, que, assim como o Flamengo de 81, também já derrotou o Liverpool, faturou o bicampeonato mundial nos anos 90 com exibições de encher os olhos, sob a liderança de Telê Santana. Na década de 2000, foi o Boca Juniors quem chegou mais perto de atingir o grau de potência intercontinental. O Flamengo, campeão brasileiro e da Libertadores no mesmo ano, deu o primeiro passo. Já garantido no Mundial com formato mais encorpado a partir de 2021, que terá 24 participantes, se depara com uma janela de oportunidade para ampliar de vez seu alcance. Ainda é inimaginável que, tal qual o Santos de Pelé, os rubro-negros mantenham em seu elenco o melhor jogador do mundo, já que craques potenciais embarcam cada vez mais cedo para a Europa. Por outro lado, o fato de nomes como Rafinha, Gerson e Filipe Luís escolherem defender suas cores, indiferentes a ofertas para permanecer no futebol europeu, sinaliza que é possível desenvolver mecanismos de concorrência com o mercado internacional. Na era em que o dinheiro define quem são as superpotências da bola, o Flamengo dá mostras de que tem cacife para entrar no jogo. O próximo desafio é consolidar uma hegemonia regional de médio prazo. E provar, ano após ano, que é capaz de competir dentro das quatro linhas ostentando a mesma agressividade que exibiu neste dezembro de 2019 contra o Liverpool.


A

inda que não tenha sido exatamente um jogo “pau a pau”, Flamengo sai feliz de Doha e mostra que a injusta e financeira disparidade frente aos europeus pode sim ser equilibrada. Dentro das muitas ferramentas de análise de jogo, o Attack Momentum é aquela que mostra o quanto um time atacou e defendeu durante uma partida. A análise da final do Mundial, entre Liverpool e Flamengo, revela um jogo com várias trocas de domínio nos 90 minutos e com total superioridade do campeão mundial na prorrogação, justo o momento no qual saiu o gol. Somando tudo, vemos que a vitória do Liverpool nada mais foi do que justa.

diferente de Éverton Ribeiro e Diego não foi bem numa função diferente da que está acostumado a entrar. Dentre as muitas coisas de orgulho para o Flamengo, uma delas é o mapa de passes abaixo. O desenho dos 732 passes dados no jogo é aquele desenho de sempre, com o modelo já conhecido pela nação: Arão faz a saída de três, os laterais se projetam e o quarteto ofensivo se movimenta por dentro para receber a bola e chegar na área. Em nenhum momento o Fla abdicou de seu modelo. Quando teve a bola, se impôs e criou. Em muitos momentos, saía da pressão do Liverpool e acionava Bruno Henrique, que deu pelo menos três passes perigosos ao ataque.

Números deixam o cenário mais cristalino. O Liverpool construiu 14 chances de gol com 49% da posse de bola, e em sete dessas ocasiões finalizou a gol. Foram três grandes defesas de Diego Alves, sinal da eficiência que o Flamengo não teve, com apenas três conclusões no gol - uma grande defesa de Alisson e a bola de Lincoln para fora. O Liverpool ainda perdeu chances na cara do gol e claramente dosou o ritmo. Aqui é preciso um cuidado especial: dosar ritmos é o que o time de Klopp faz brilhantemente na Premier League, muitas vezes vencendo jogos que não faz bem. Nâo um sinal de que “não ligam para o Mundial”. Faz parte do modelo de jogo de Klopp - o Liverpool dosa ritmo justamente para estar inteiro quando chega. Não foi exatamente um jogo “pau a pau”, mas também não foi um massacre do europeu contra o sul-americano. O Flamengo fez um grande jogo. Nos momentos que atacou, impôs dificuldades e quase chegou ao gol. O que torna a atuação gigante é conseguir criar problemas ao Liverpool. Levar o jogo para a prorrogação e impor grande esforço aos ingleses mostra o quanto o Flamengo é um time sólido e eficiente, e o cansado da prorrogação é um reflexo do desnível que não podemos comparar - o Fla jogou 74 jogos na temporada, não poupou o time, é claro que iria cansar. As alterações tiraram o poder de criação da equipe - Vitinho é

Jogar o que sempre joga é uma escolha. Mas nenhuma escolha é completa. São Paulo e Inter fizeram a escolha de serem times mais defensivos e apostarem nos contra-ataques e ganharam. O Flamengo fez a escolha de manter seu modelo e perdeu. Não é a escolha que ganha ou perde, mas sim a execução do que um time se propõe a fazer em campo. Uma delas é Henderson. Volante cada vez mais completo, foi dele o passe que conectou Mané para a projeção de Firmino no lance do gol. O passe é fantástico, mas o que torna brilhante é que ele faz esse passe duas vezes, sendo que na primeira vez ele está pressionado por Bruno Henrique, que diminui o ângulo e o espaço para tocar a bola. O Flamengo conseguiu fazer grandes jogos com adversários menos preparados, e com adversários mais duros teve algumas dificuldades quando não tinha espaço (River, Al-Hilal, Vasco e Santos). Gérson não foi bem nesses jogos, muitas vezes não saía dessa pressão. É justamente o que Henderson fez brilhantemente. É por isso que, dentre tantas coisas, o Liverpool ganhou. Todo fim de ano é uma oportunidade para pensar a respeito do real desnível entre o futebol sul-americano e o futebol europeu. Os grandes trabalhos de Jorge Jesus e Sampaoli trouxeram esse debate para o âmbito dos técnicos, que nesse

ano já teve pérolas como “O Real não ganharia a Série B” e “Bruno Henrique é do mesmo nível de Cristiano Ronaldo”. São bravatas que nos afastam de entender que o desnível não está na qualidade individual, no trabalho dos técnicos ou em qualquer outra coisa que não seja o financeiro. Com as premiações pelo Brasileiro, Libertadores e vice-Mundial, o Flamengo estima que chegará ao faturamento de R$ 850 milhões em 2019. É um valor recorde na história do futebol brasileiro, algo nunca visto antes. Numa sociedade capitalista (se é bom ou ruim é outro papo), dinheiro é tudo. Significa maior salário a jogadores, estrutura mais ampla de trabalho, contratação dos melhores técnicos e possibilidades logísticas que melhoram o jogo. O auge do Flamengo, hoje, corresponderia apenas ao 20º maior faturamento do mundo. É como se o Flamengo financeiramente fosse o Leicester, vice-colocado da Premier League que fez um jogo excelente contra o Liverpool - e saiu derrotado (aliás, jogo parecido com a final do Mundial). O faturamento dos Foxes é de R$ 816,27 milhões de reais, maior do que qualquer clube brasileiro já arrecadou na história. Sul-americanos, quando estão no seu auge histórico, no máximo que podem chegar, conseguem equilibrar o jogo por uns momentos e nem coçam de competir financeiramente com o mais alto escalão europeu. Essa injusta diferença de condições para trabalhar começa em 1995, quando europeus passam a não ter limite de jogadores estrangeiros em seus elencos e se organizaram financeiramente para tirar os melhores jogadores do futebol latino, que até então tinham qualidades parecidas e ganhavam o Mundial Interclubes como o São Paulo ganhou duas vezes. No começo dessa era, quando não havia uma discrepância tão imensa, duas atuações de times brasileiros são realmente equilibradas, sem o fator financeiro: Vasco e Palmeiras. Foram melhores que Real Madrid e Manchester United e perderam por individualidades - o golaço de Raul e a falha de Marcos. Em 2005, o patamar

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financeiro já era parecido com o igual e a FIFA cria o Mundial Interclubes como um novo marco no futebol mundial. É o ano em que a Champions League passa a ser vista de outra maneira, como o maior campeonato do planeta. A vitória do Barcelona em 2006, o brilhante time de Guardiola e a piora do jogo na América Latina com a fuga dos craques globaliza o jogo e desequilibra totalmente a disputa. A boa notícia é que dá, sim, para equilibrar o jogo. E só há uma única coisa que irá ajudar o futebol brasileiro e latino a sair dessa neocondição de histórica: planejamento. Seja ele por tempo ou por dinheiro. Em 2012, o Corinthians escolheu o tempo como fator: a manutenção de uma mesma ideia de jogo desenvolve jogadores, estabelece novas estratégias ao técnico e investimentos pontuais reforçam a equipe. Foi assim que o Timão montou seu time, com revelações do Bragantino, jogadores de mercados menores e a chegada de Guerrero. A escolha do Flamengo é a do dinheiro: reajuste fiscal e de investimento entre 2013 e 2016 para gerar novas receitas e permitir a montagem de um grupo forte. Jorge Jesus ganha cerca de 300 mil euros por mês, maior salário pago a um técnico na América Latina. O clube tem a maior folha salarial do mundo e contratou dois jogadores de Seleção Brasileira, além de um zagueiro de nível europeu e do melhor jogador da terceira folha do país, o Cruzeiro. Não é só apenas técnico, só jogador ou só dinheiro: é a combinação de tudo que faz a diferença. O Flamengo sai maior de Doha. E o futebol brasileiro e latino-americano precisa aprender a deixar o grandioso passado que permitia abrir 3 a 0 em 35 minutos de jogo como em 1981. Isso não existe mais. Para jogar pau a pau hoje é preciso de muito mais do que um técnico estrangeiro ou um grande craque, é preciso de gestão, modernidade, planejamento e racionalidade no que se quer fazer. Como o Flamengo faz na sua gestão administrativa (não de futebol) desde 2013.


E AGORA SEU POVO PEDE


E O MUNDO DE NOVO


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