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A PROFESSORA DE BARBUDO QUE TEVE UMA ESCOLA SÓ DELA

CASO EPATV

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ARGUIDOS

OBRAS E REVERSÃO DE PATRIMÓNIO EXPLICAM 1 MILHÃO

NO INTERIOR DO SEU JORNAL

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Director: Carlos Machado Silva (CP3022)| ovilaverdense@gmail.com | Ano: XCVIII | Número: 947 | MENSAL

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Director: António Sepúlveda (CP3055) Janeiro 2018 | Ano: VIII | Número: 94 | Mensal desportivo.valedohomem@gmail.com

JOÃO CARLOS TEIXEIRA “ESPREITA” MUNDIAL

«NUNCA DUVIDEI DAS MINHAS CAPACIDADES» «NESTE MOMENTO ESTOU FOCADO NO BRAGA» «UM DIA GOSTAVA DE VOLTAR A INGLATERRA»

12 13

VILAVERDENSE

2 3

Ricardo Vilaverde de saída deixou cargo de director desportivo

taça ensombrada pela penhora RECEITAS DA TAÇA DEVEM RENDER 50 MIL EUROS

T. BOURO

MARTINHO

7

SURPREENDE NA HONRA «VALERÁ A PENA PASSAR POR ESTE FRIO?» SALÁRIOS EM ATRASO VOLTAM A MARCAR ÉPOCA

PRESIDENTE DA CÂMARA ESTEVE NO BALNEÁRIO

FC AMARES

6

COMEÇA O ANO NA FRENTE MIGUEL SILVA COM PONTARIA AFINADA ZEQUINHA DIZ QUE CAMPEONATO É UMA MARATONA INATEL

18

RICKY QUER SER CAMPEÃO PELO TURIZ

ABOIM

IVO SANTOS

14

CALDELAS

8

GD PRADO

CASO DA “NAVALHADA” SERÁ RESOLVIDO EM TRIBUNAL

4 5

«NÃO TENHO NADA PARA FALAR COM O HÉLDER» AMARES VOLEI CADETES QUEREM TAÇA DA AVB 21

«SERVIU PARA UNIR MAIS O GRUPO»

MOUZINHO REFORÇA DEFESA FALCÃO ACREDITA NA RECUPERAÇÃO

NOVOS BALNEÁRIOS EM JANEIRO

VITINHO: «VOU COM OS JOGADORES ATÉ AO FIM»

DIOGO QUER UM 2018 COM MAIS VITÓRIAS

p.23

PEDEM ACELERAÇÃO DO PROCESSO CAVIVER – COOPERATIVA AGRÍCOLA DE VILA VERDE

CAIU FERNANDO XAVIER …

ASSUME JOSÉ MANUEL “GIDA” p.9

p.24 FUNCIONÁRIOS SOLIDÁRIOS

JUSTIÇA VILA DE PRADO: CORTAM DEDO E INCENDEIAM CAFÉ

POPULAÇÃO PREOCUPADA COM CONTAMINAÇÃO DE CAPTAÇÕES DE ÁGUA E COMPENSAÇÕES

CAÇA AO OURO EM MARRANCOS GERA CONTESTAÇÃO AGRUPAMENTO GARANTE QUALIDADE DAS REFEIÇÕES

ENTREVISTA

OBRAS NA EB 2-3 AINDA SEM DATA PARA INÍCIO

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CORRUPÇÃO CARTAS: DESFECHO DEVE SER CONHECIDO EM JANEIRO p.8

ADERE-MINHO CONTESTA “EXPULSÃO”

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SÉRGIO MIRRA

ATLÉTICO CLUBE DE ABOIM: AGRESSÃO VAI A TRIBUNAL

INSTRUMENTOS TRADICIONAIS COM NOVA VIDA

ADEPTO VILAVERDENSE ACUSADO POR “TOCHA EM ALVALADE”

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GNR IMPEDIU RETIRADA DE MATERIAIS

COMPLEXO DE LAZER REGRESSA À GESTÃO MUNICIPAL COM “POLÉMICA”

p.28-29

p.3

Quinta-feira 04 JANEIRO 2018

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TRIBUNAL

Suspeitos vão pedir à PGR aceleração do processo sobre a venda da EPATV • Deputado do PSD Rui Silva é mesmo arguido em caso por alegada corrupção

Os suspeitos do processo sobre o caso do aumento e da venda de parte do capital social da Escola Profissional Amar Terra Verde (EPATV) vão solicitar junto da Procuradoria-Geral da República (PGR) a aceleração processual dos autos para alegadamente não deixarem que se prolongue demasiadamente no tempo, o que estará a prejudicá-los, pois são todos «pessoas politicamente expostas».

Este será um dos factos que marcarão o arranque do ano judicial, depois do deputado vilaverdense Rui Silva ter sido já constituído arguido, pelo MP de Braga, pelas suspeitas de crimes de corrupção passiva, participação económica em negócio, abuso de poder e favorecimento pessoal no caso em que são também arguidos António Vilela e João Luís Nogueira, o primeiro Presidente da Câmara Municipal de Vila Verde e o segundo director-geral da EPATV, respectivamente, os dois alvo de detenção pela PJ, quase há um ano.

O antigo Vice-Presidente da Câmara Municipal de

Vila Verde e actualmente deputado está indiciado – ainda não foi acusado – de ter favorecido, através de «conluio» e em «plano urdido», com António Vilela, então e ainda o líder da autarquia vilaverdense, o professor João Luís Nogueira, no concurso para o aumento e a abertura de capital da Escola Profissional Amar Terra Verde (EPATV), em meados de 2013, que foi ganho pela cooperativa Val d’Ensino.

Em troca, segundo suspeitam a Polícia Judiciária e o Ministério Público, uma «recompensa», alegadamente prometida e cumprida por João Luís Nogueira, que terá sido um lugar de Direcção, remunerado, na Escola Profissional Amar Terra Verde, depois de Rui Silva ter deixado a Vereação camarária, o que ao ter sucedido, no entendimento do MP, terá sido a «contrapartida» quando Rui Silva, enquanto Vereador da Educação, presidiu ao júri em que a cooperativa Val d’Ensino foi única concorrente a entrar no capital da EPATV, vencendo.

Para o Ministério Público, terá havido informação privilegiada da Câmara de Vila Verde para a EPATV, o que teria favorecido a posição do concorrente, João Luís Nogueira, suspeitas que

«Concurso à medida»?

Para o MP, António Vilela e Rui Silva terão feito um «concurso à medida», a fim de apenas poder ganhar a cooperativa criada para o efeito por João Luís Nogueira, alegadamente tendo introduzido uma cláusula em que era exigível prestar caução autónoma do mínimo de 415 mil euros. O que, ainda segundo o MP, só terá acontecido porque António Vilela e Rui Silva estariam então

«conluiados» com João Luís Nogueira, de modo a este continuar a liderar a escola profissional, passando então a deter 51% do capital social da EPATV, após o que teria contratado o mesmo Rui Silva, nisto consistindo, segundo o MP, os alegados crimes de corrupção, participação económica em negócio, abuso de poder e favorecimento pessoal, que ambos os suspeitos têm vindo

a negar por intermédio dos seus advogados. António Vilela a garante que a PJ não lhe apreendeu «nada de nada», nem documentos, nem quaisquer bens valiosos ou dinheiro, em casa, ou na Câmara Municipal de Vila Verde.

Segundo o MP de Braga, Rui Silva, em 2013, Vereador da Educação de Vila Verde, sendo já o presidente do júri, avalizou, ele próprio, a livrança para

têm sido contestadas pelos arguidos, com a alegação de «ter havido transparência» e de «todas as decisões do processo terem sido sempre publicadas logo no site oficial da Câmara de Vila

Verde».

Durante as investigações da PJ de Braga, o MP considerou também que João Luís Nogueira terá «um património incongruente com os seus rendimentos

o empréstimo de 500 mil euros da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vila Verde, sendo a Cooperativa Val d’ Ensino, de João Luís Nogueira, a vencer assim esse concurso, porque «teriam sido criadas todas as condições para ser a única concorrente», de acordo com várias suspeitas do Ministério Público.

O que efectivamente só sucedeu, porque, ainda segundo o MP, António

Vilela e Rui Silva saberiam antecipadamente que nenhum interessado no concurso teria condições para prestar uma caução autónoma de mais de 400 mil euros, uma tese que ambos terão rebatido já quando foram detidos pela PJ de Braga.

Contactados por O Vilaverdense, nenhum dos três arguidos quis dar a própria versão dos factos em causa, alegando que o seu es-

declarados fiscalmente», o que está igualmente em causa com este processo.

Joaquim Gomes ovilaverdense@gmail.com

tatuto coactivo nunca lhes permitiria, nesta fase do processo, ainda em segredo de justiça, fazer algum tipo de declarações, reservando-se todos para quando houver decisão do MP, no sentido de proferir despacho de acusação ou de arquivamento do processo que teve o início na Delegação da Procuradoria da República de Vila Verde.

Joaquim Gomes ovilaverdense@gmail.com

Ficha Técnica Director: Carlos Machado Silva (CP3022) Redacção: António Sepúlveda (CP 3055), Carlos Machado Silva (CP 3022), Ricardo Reis Costa (CP 10478), Pedro Antunes Pereira (CP 9420) Editor Gráfico: Ricardo Silva Publicidade: Anabela Silva, Ângela Fernandes e Alexandra Silva Colaboradores: Joaquim Lima (fotografia), Luís Vasconcelos Ribeiro (fotografia), Dominique Abreu Pereira/DAP (fotografia), Martinha Couto Soares, Luís Filipe Silva, Pedro Costa, Álvaro Santos, José Pedro Ferreira , Pedro Silva, Alfredo Pedrosa, Luís Sousa, Salvador Sousa e Pedro Nuno Sousa (colaborador)

Edição: Ideiacinco Multimédia, Lda, Rua dos Bombeiros, n.º 256, 1º andar, Fracção J, 4730-752 Vila Verde, Tel.: 253319374, 912306547, 912305709 (Gerência) E-mail: ovilaverdense@gmail.com Propriedade: Alive,Lda (Grupo Ideiacinco) Registo Na ERC n.º 125806 Impressão: Tameiga Pupbilações Tiragem: 2.000 exemplares

Quinta-feira 04 JANEIRO 2018

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TRIBUNAL

Rui Silva responderá por escrito Depois de a 21 de Dezembro ter sido constituído arguido em Braga pelo procurador que está a dirigir a investigação criminal, Rui Silva foi desde logo notificado para explicar por escrito, conforme decisão parlamentar, com todo o pormenor, que tipo de intervenção teve no concurso e quais as suas funções na EPATV, bem como o tipo de relações e há quanto tempo conhece e priva, entre outros, com os dois co-arguidos, António Vilela e João Luís Nogueira.

Rui Silva não quis comentar o caso, mas se-

gundo fonte próxima do deputado, «está com a consciência tranquila e por isso mesmo foi o primeiro a fazer questão de ver levantada a imunidade parlamentar e a apresentar-se voluntariamente no Ministério Público de Braga, quando saíram as primeiras notícias nos jornais, dando conta que era suspeito naquele mesmo processo», conforme foi destacado, em relação às suspeitas existentes. Ainda de acordo com a mesma fonte, «Rui Silva nunca beneficiou, nem foi beneficiado, nesse ou em outro negócio,

“Milhão a mais” Entretanto, o Ministério Público também tem dúvidas sobre o alegado caso do “milhão a mais”, isto é, sobre o facto de António Vilela ter permitido um acordo de pagamento, pela autarquia, de 988 mil euros, à EPATV, quando a contabilidade da Câmara Municipal de Vila Verde reporta apenas a dívida, por vencer, de 40.162 euros, o que teria, igualmente, motivado as detenções.

Tudo porque João Luís Nogueira moveu uma acção judicial contra a Câmara Municipal de Vila Verde junto do Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga, exigindo o pagamento de uma dívida para com a EPATV, já em

Junho de 2014, mas ainda antes que a autarquia tivesse contestado o processo que lhe foi movido, António Vilela fez um acordo, para pagar 988 mil euros, uma situação para o qual o Ministério Público pretende desde logo explicações.

A questão do verdadeiro valor da dívida da autarquia à escola profissional foi na ocasião discutida numa Assembleia Municipal de Vila Verde, quando a EPATV exigiria que lhes fossem pagos valores, pela sua comparticipação intermunicipal no projecto, por obras e a comparticipação social em idosos e crianças por uso de instalações da Lazer Vila

enquanto foi Vereador pela Câmara Municipal de Vila Verde», sendo que o facto de presidir ao júri terá sido por aquela autarquia deter 50%, a de Amares 30% e a de Terras de Bouro 20%.

António Vilela e João Luís Nogueira, quando, em Fevereiro de 2016, foram detidos pela Polícia Judiciária de Braga, declaram-sedesde logo «inocentes», através dos seus dois advogados, Paulo Costa (António Vilela) e Sebastião Marques Quarenta (João Luís Nogueira), quando foi dito que o deputado Rui Sil-

Verde, mas a questão de ter sido passado para a autarquia vilaverdense determinado património daquela escola profissional teria levado a Câmara de Vila Verde a aceitar pagar 988 mil euros quando foi confrontada com a exigência de um milhão e 600 mil.

A Câmara de Vila Verde só reconhecia como «válidas» facturas no total de 40.162 euros, só que a EPATV começaria por exigir 1.900.000 euros, depois terá descido para 1.400.000, 1.2.000.000 e no final já após a negociação, terá então aceitado receber 988 mil euros da autarquia, já perante acordo judicial, alegadamente com

va era suspeito, durante a leitura do despacho de indiciação.

Rui Silva, de 52 anos, natural e residente em São Pedro de Merelim, Braga, é licenciado em Humanidades, com um mestrado em Literatura Portuguesa e a sua profissão é professor, tendo sido Vice-Presidente da Câmara Municipal de Vila Verde, antes de ter trabalhado como administrador-geral da EPATV.

Joaquim Gomes ovilaverdense@gmail.com

base na passagem de algum património, da EPATV para

a autarquia, segundo terá sido concluído aquando da

formalização do acordo.

EPATV pondera agir contra a GNR chamada ao Complexo de Câmara por causa do contrato de Lazer devido à retirada de concessão do Complexo de Lazer materiais • Piscinas e equipamentos internos regressaram à tutela da autarquia no 1º dia do ano

O regresso da gestão do Complexo de Lazer de Vila Verde/Piscinas Municipais ao Município, no âmbito do processo de reversão da concessão à EPATV, com efeitos a partir do dia 31 de Dezembro, pode acarretar novos desenvolvimentos. A queixa apresentada na GNR por alguém ligado à autarquia nos últimos dias do ano, por

alegada retirada “indevida” de equipamentos por parte da ex-concessionária, pode despoletar um processo em tribunal, apurou o jornal “o Vilaverdense”.

Fonte ligada ao Grupo “Amar Terra Verde” refere o incómodo causado pela queixa, numa altura em que aquela entidade ainda era concessionária do espaço. A denún-

cia do contrato de concessão, bem como os termos em que foi feito, está a ser equacionado pela EPATV. Um assunto que parece agitar ainda mais as relações tensas entre a Câmara Municipal de Vila Verde e a empresa detentora da Escola Profissional Amar Terra Verde.

Carlos Machado Silva ovilaverdense@gmail.com

A GNR esteve, nos últimos dias do ano, no Complexo de Lazer de Vila Verde, após uma denúncia que dava conta da retirada de materiais do interior das instalações. Ao jornal “O Vilaverdense”, o responsável pela gestão do espaço, João Luís Nogueira, confirmou a presença da GNR, assegurando, no entanto, que os materiais (bolas, cordas e outros equipamentos didácticos) são

propriedade da EPATV. «Estamos a falar de material usado nas aulas de Educação Física, que já utilizávamos no quartel dos Bombeiros, antes da cedência deste espaço», explicou.

«E temos provas documentais (facturas e outras) que comprovam isso mesmo», vincou.

O Director-Geral da EPATV rematou afirmando que «alguém vai ter que assumir responsabilidades

materiais e morais por tudo isto!».

“O Vilaverdense” tentou, sem sucesso até ao momento, ouvir uma reacção da Câmara de Vila Verde, que – ao que apurámos – estará na origem da queixa feita junto das autoridades.

Recorde-se que o contrato de concessão do Complexo de Lazer e das Piscinas de Prado à EPATV terminou no dia 31 de Dezembro.

C.M.S.

Quinta-feira 04 JANEIRO 2018

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POLÍTICA

Assembleia Municipal entre os apelos à paz e muita tensão • Aprovação do Orçamento – com 15 abstenções – marcou primeira sessão do novo mandato A primeira sessão da Assembleia Municipal do novo mandato começou com apelos à paz viu a tensão subir de tom com o passar dos minutos e acabou interrompida, já a cerca de meia hora da uma da manhã, quando ainda faltavam discutir vários pontos da ordem de trabalhos. Pelo meio, foi aprovado o Orçamento Municipal, cujo valor global ascende aos 36 milhões de euros, com 15 abstenções e críticas do PS, que lamentou não ter sido chamado a contribuir para a elaboração do documento.

De acordo com os socialistas, o executivo social-democrata, liderado por António Vilela, violou o Direito da Oposição, previsto na lei, ao não solicitar contributos dos restantes membros do executivo, assumindo uma postura «arrogante» e «de soberba». «Os contributos da oposição permitiriam ter um orçamento mais rico, porque todos queremos trabalhar em prol dos vilaverdenses. Ninguém sabe tudo nem ninguém é dono da razão», defendeu Pedro Feio Gonçalves, do PS. Os socialistas criticaram

também as «promessas repetidas» relativamente ao saneamento e à melhoria da rede viária, assim como a falta de dotação orçamental para a construção da Variante à EN 101.

Na resposta, o PSD, pela voz de Susana Silva, acusou o PS de ter feito um ataque pessoal ao Presidente da Câmara e de não querer a melhoria do Concelho. «Este é um documento de contenção e rigor, que mostra estratégia e vontade de trabalhar para o desenvolvimento de Vila Verde», apontou.

A intervenção da deputada do PSD originou um pedido de defesa da honra da bancada do PS, feito por Martinho Gonçalves, que inflamou os ânimos e que, num primeiro momento, foi negado pelo Presidente da Assembleia, Carlos Arantes, por entender não ter sido colocada em causa a honra da bancada. «Essa é uma decisão que não é democrática», acusou Martinho.

Falou então António Vilela para frisar que este é um orçamento que coloca o saneamento como prioridade, destina 70% das verbas para funções sociais, define

um conjunto de acções de desenvolvimento do Concelho em vários domínios e prevê «um aproveitamento integral» dos fundos comunitários. «Quando o PS se abstém é porque não quer o saneamento, a água, a melhoria da rede viária, as ecovias e ciclovias e tudo aquilo que defendemos», criticou.

Martinho e o 25 de Abril Ora, depois da intervenção

de Vilela, Carlos Arantes permitiu que Martinho Gonçalves fizesse a defesa da honra da bancada… e o socialista passou ao ataque.

«Estamos numa organização política, em que há tomadas de posição políticas.

Não podemos querer unanimidade em tudo. O discurso do senhor presidente da Câmara é de alguém de antes do 25 de Abril, em que se apelava à união», apontou.

Já com muitos comentários

vindos da Assembleia, Martinho Gonçalves acabou a intervenção a dizer que «pensar de maneira diferente não é nenhuma ofensa».

A abstenção de Carlos Pedro No momento da votação da proposta de Orçamento Municipal, 15 elementos da Assembleia abstiveram-se.

Entre eles, o Presidente da Junta da Lage, Carlos Pedro, eleito pelo PSD, que defen-

Ricardo Costa ovilaverdense@gmail.com

deu que o Orçamento «não reflecte o justificado investimento» para a sua Freguesia. Na declaração de voto, o autarca explicou que a Lage necessita de «infra-estruturas urgentes» e de mais investimento tendo em conta o crescimento demográfico que tem tido, lembrando que os investimentos em água e saneamento, na Freguesia, têm sido sobretudo feitos por privados.

Martinho sugere “acordo de mandato” na governação concelhia • Em temas em que «não existam fortes razões de divergência» política

A Assembleia Municipal de Vila Verde, embora tenha terminado de forma tensa, praticamente começou com Martinho Gonçalves, novo líder da bancada do PS, a sugerir um “acordo de mandato”, nomeadamente em temas em que «não existem fortes razões de divergência», para uma governação concelhia «mais transparente e partilhada», reforçando a importância de uma «oposição positiva»

e que seja ouvida por quem está no poder. Fez, acima de tudo, «um apelo ao diálogo e à cooperação entre todos», «num clima saudável», «porque o confronto ideológico ou de causas não deve criar inimigos».

Martinho Gonçalves defendeu a possibilidade de as sessões da Assembleia Municipal serem transmitidas em directo, “online”, através da página do Município e nas redes sociais a ele asso-

ciadas e a criação de um Código Deontológico de Conduta Ético-Política «pelo qual se deverão reger os membros da Assembleia».

Este é, segundo os socialistas, um acordo que «poderá ser extensivo às outras forças» representadas no órgão deliberativo municipal.

O Presidente da Câmara, António Vilela, mostrou «toda a disponibilidade do executivo, como sempre fez, para colaborar com

todas as forças em prol do melhor para Vila Verde», sublinhando ter «respeito e consideração por todos os eleitos» e mostrando-se «satisfeito» por ouvir o apelo de Martinho Gonçalves.

«Todos os políticos devem ser capazes de ultrapassar as divergências políticas e unir-se em torno de um objectivo comum», frisou.

Mas a Assembleia ainda estava no início – e ainda reinava a paz e a concórdia.

Ricardo Costa ovilaverdense@gmail.com

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POLÍTICA

Ambiente de “guerrilha política” aquece segunda parte

Carlos Machado Silva ovilaverdense@gmail.com

• Assembleia Municipal foi retomada um dia depois e voltou a aquecer

Os processos judiciais que envolvem a Adere-Minho e a Câmara aqueceram a noite fria da segunda parte da primeira sessão da Assembleia Municipal de Vila Verde pós-autárquicas. Em ambiente de “guerrilha política”, em que os diferentes contendores mostraram querer ganhar ascendente e posicionar-se no “campo de batalha”, a “casca da banana” foi lançada pelos deputados socialistas e o Presidente da Câmara “escorregou”. Depois, emendou!

O que pareciam ser reparos circunstanciais dos deputados socialistas Conceição Alves e João Silva sobre os eventuais “incumprimentos” da Câmara em relação à forma como apresenta a informação das contas e o re-

latório de actividades serviu apenas para abrir mais uma frente de batalha político-partidária. Em noite fria de Inverno, João Silva trouxe à “liça” a Adere-Minho e deixou a acha na fogueira.

Vilela aproveitou a deixa e acusou o PS de «mostrar sempre uma preocupação muito grande com a Adere-Minho». E questionou: «ainda não vi ninguém do PS insurgir-se contra o “roubo” que a Adere-Minho quer levar a cabo».

Acabaria por acusar o Vereador José Morais de ter testemunhado contra o Município. Emendou, mais tarde: o que era “querer roubar” passou a ser “querer apropriar-se” e fez um “flic-flac” em relação ao Vereador.

Dívida municipal é de 13,5 milhões Numa sessão em que “apontaram armas” e que se marcou o terreno político, fica ainda o registo para a revelação do Presidente da Câmara sobre o estado financeiro da autarquia. «Temos vindo a reduzir o endividamento da autarquia, que – nesta altura – é de 13,5 milhões, em contratos com institui-

ções financeiras», referiu.

Acrescentou ainda que o prazo médio de pagamento a fornecedores tem vindo a reduzir. «É, nesta altura, de cerca de 15 dias», assegurou. Vilela garantiu que «a Câmara de Vila Verde vive uma situação financeira controlada que permite encarar o futuro com tranquilidade».

Martinho e os “apartes”, Arantes irritado Com o “sangue a ferver”, a Assembleia agita-se, Morais corrige Vilela e Martinho Gonçalves volta a assumir o posto de “comando”. A contragosto, o Presidente da Assembleia Municipal aceita que o líder da bancada do PS fale e os ânimos “explodem”. Martinho pedia «contenção» verbal ao Presidente da Câmara, «em relação aos termos e modos que usa», pedindo-lhe que «evite usar palavras como “roubar”».

No alto da sua “sapiência parlamentar”, por entre reparos de Arantes e algum sururu da bancada PSD, rematou com mais uma “acha incendiária”: «O Dr. João Silva, que até é de Soutelo, também poderia dizer que a Câmara se apropriou de um edifício que é de Soutelo» (referindo-se ao edifício ocupado pela Adere-Minho que a Câmara Municipal quer reaver no início de 2018).

O Presidente do órgão deliberativo municipal, Carlos Arantes, sentiu a questão como mais uma provocação e viu o terreno agitar-se ainda mais. Solicitou o fim

da intervenção, mas Martinho Gonçalves retorquiu: «Os apartes fazem parte do combate político parlamentar». E finalizou: «Discordo da forma como conduz a Assembleia Municipal».

Vilela emenda e João Silva contra-ataca O Presidente da Câmara acabou por sentir a necessidade de esclarecer a matéria.

Emendou a dialéctica, referindo-se ao comportamento da Adere-Minho como uma instituição que se quer «apropriar de património de Vila Verde». «Aliás, estamos proibidos de usar o nome Lenços de Namorados por causa da acção dessa instituição», vincou. Na sua óptica, «é um organismo que quer prejudicar Vila Verde e os vilaverdenses».

Sobre o edifício em questão,

a antiga escola de Soutelo, Vilela referiu que «foi registada em nome do Município de Vila Verde, tal todas as outras escolas, porque decorreu da Lei». O deputado João Silva acabaria por regressar ao púlpito e lembrar que aquele espaço foi construído por um soutelense, no início do século passado.

«A escola era ao lado», assinalou. E Vilela “desdenhou”.

CDS quer reorganização administrativa da Ribeira do Neiva • Centristas defendem que actual modelo «não foi bem aceite pela população»

A líder da bancada do CDS-PP na Assembleia Municipal, Cláudia Pereira, apresentou uma recomendação com vista à reorganização administrativa da União de Freguesias da Ribeira do Neiva. Segundo os centristas, a Câmara deve avançar para uma consulta popular, «no sentido de se informar da realidade concreta em cada uma das Freguesias e da opinião e da vontade das pessoas», propondo um modelo de organiza-

ção administrativa, «mais realista e sério, que tenha o apoio dos cidadãos e que defenda o bem-estar de cada uma das comunidades».

Cláudia Pereira apresentou duas sugestões. Na primeira, Duas Igrejas e Azões numa união de freguesias; Rio Mau, Portela das Cabras e Goães numa União de Freguesias; Pedregais e Godinhaços numa União de Freguesias e ainda a criação de uma Freguesia nova que junte Sobradelo, Gon-

tinho, Bustelo, Leiras, Cháscua, Porrinhoso e Codeçal.

A segunda sugestão do CDS-PP prevê que a Freguesia de Duas Igrejas fica só, mantendo a sua junta de freguesia; Rio Mau e Azões numa união de freguesias; Pedregais e Godinhaços numa União de Freguesias; Portela das Cabras e Goães numa união de freguesias. Esta opção pode também contemplar a criação de uma nova Freguesia, que junte Sobradelo, Gontinho,

Bustelo, Leiras, Cháscua, Porrinhoso e Codeçal.

Na perspectiva dos centristas, a actual configuração não foi bem aceite pela população, não atendeu às características do território e às características demográficas, históricas e sociológicas das FSreguesias, resultou num grande isolamento e dispersão geográfica e não constituiu uma melhoria do serviço público aos cidadãos.

Ricardo Costa ovilaverdense@gmail.com

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TRIBUNAL

Adere-Minho contesta em Tribunal despejo decidido pela Câmara

Luís Moreira ovilaverdense@gmail.com

A Adere-Minho (Associação de Desenvolvimento Regional do Minho) pôs nova ação, contra a Câmara de Vila Verde, no Tribunal Administrativo de Braga, contestando a decisão municipal de dar por concluído, em 2018, o «empréstimo» do edifício – a antiga escola primária - que lhe serve de sede em Soutelo.

A Câmara desvaloriza e vai contestar a ação: «É mais uma, é o mais certo, para a Adere perder», diz o Presidente, António Vilela.

Em Agosto, o Município deliberou, em reunião do Executivo, e com um ano de antecedência e nos termos do contrato em vigor, resolver o protocolo de cedência das instalações, celebrado em 1998 por 20 anos. A deliberação teve os votos contra do PS. O protocolo previa o prolongamento do prazo de 20

anos, desde que as partes não se manifestassem em sentido contrário. O objectivo era o de criar um Centro de Desenvolvimento do Artesanato minhoto, e de incubação de associações/ cooperativas/empresas do sector.

Em concreto, foi cedida uma parte da antiga escola à Adere, ficando a restante para a Junta de Freguesia de Soutelo. O edifício precisava de obras que foram feitas pela Adere, com apoio comunitário. A Associação diz que a Câmara se comprometeu a pagar uma parte, tese que esta negou e que o Tribunal aceitou como verdadeira, rejeitando (ver caixa) a acção da Adere de 584 mil euros.

Na acção administrativa, a Adere vem acentuar que ,em 1999, as partes concordaram na utilização de uma área anexa à da escola,

Relação deu razão à Câmara

Recentemente, o Tribunal da Relação de Guimarães considerou “improcedente” a exigência de pagamento de 223 mil euros mais juros, exigidos pela Adere-Minho, não vislumbrando factos novos ou matéria de direito capazes de inverter a decisão do Tribunal Cível de BragaAceitou, assim, a tese de que ficou provado que o Município nunca se comprometeu a custear quaisquer obras na an-

tiga escola primária da Cruz, em Soutelo, onde a associação tem a sede, a título de empréstimo camarário.

Em causa estava uma queixa da Adere-Minho, que acusava a Câmara de não ter honrado um acordo de cooperação em que – alegava – a autarquia se comprometia a pagar as obras de recuperação do edifício.

onde foram criados quatro laboratórios de certificação de artesanato. A cedência – argumenta a Adere – implicava a constituição de um “direito de superfície”, tendo a Câmara ficado de o resgistar. O que nunca fez... O Tribunal da Relação de Guimarães rejeitou o recurso da Adere-Minho no litígio relativo ao pagamento das obras na sede da associação, confirmando a decisão de primeira instância, que deu razão à Câmara de Vila Verde.

Para além deste motivo, a Adere invoca uma suposta “falta de fundamentação” da decisão, por não ter respeitado o Regime Jurídico das Autarquias Locais, e lembra o «enorme valor cultural desenvolvido« pela Adere.

Adere-Minho reclama prejuízos por uso indevido dos Lenços de Namorados Na queixa, a Adere-Minho dá a entender que a Câmara se quer “vingar” por querer repor os alegados prejuízos que teve com a comercialização, pela cooperativa Aliança Artesanal, de Vila Verde, dos Lenços dos Namorados, sem a necessária licença.

O Tribunal proibiu a Aliança de usar uma marca que não lhe pertence. «O departamento jurídico para a protecção das marcas fará tudo para repor os prejuízos causados», diz a Adere.

O eventual pedido de indemnização é mais um passo na guerra entre a Adere e a Aliança, depois de a primeira ter feito queixa à ASAE sobre um alegado uso ilegal da marca Lenços de Namorados. A marca “Lenços do Minho” foi registada pela Adere, por decisão de uma Comissão de

Acompanhamento criada em 1999 para certificar o produto da qual faziam parte a Aliança Artesanal, outras associações regionais e a própria Adere.

A queixa da ASAE chegou ao Tribunal de Braga, tendo o Ministério Público proposto a suspensão do processo, para não haver acusação, mediante o

pagamento pela Aliança de 900 euros a uma IPSS. A dirigente da Aliança, Júlia Fernandes – vereadora no Município - aceitou a proposta do MP, mas pondera a impugnação da posse do registo, já que se reporta a algo que é produzido no concelho desde o século 18. E que a Aliança fabrica há 30 anos. «A Adere prejudica

o Município», sustenta.

Teresa Costa salienta que não há usurpação já que «os registos efetuados através do INPI- Instituto Nacional da Propriedade Industrial foram efetuados segundo o Código respectivo».

Quinta-feira 04 JANEIRO 2018

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SOCIEDADE

Reivindicação antiga da Junta de Soutelo levou a intervenção de melhoria do sistema de escoamento de águas pluviais A Infraestruturas de Portugal levou a cabo uma intervenção no sistema de escoamento de águas pluviais, à saída da via rápida (direcção Braga-Soutelo). A empreitada surgiu depois de vários anos de reivindicações por parte do executivo da Junta de Freguesia de Soutelo, liderado por Filipe Silva, que juntou a sua voz à dos moradores locais na defesa dos melhores interesses da população local.

A tubagem de águas pluviais não estava concluída naquela zona, o que levava a que as águas do parque indus-

trial de Larim e as águas da própria estrada, estagnassem naquela zona causando problemas graves de infiltrações nos terrenos e nas habitações circundantes, causando prejuízos aos proprietários. «É, portanto, com enorme satisfação que a Junta de Freguesia de Soutelo encara este desfecho, assegurando aos soutelenses que vai manter uma postura indefectível na defesa dos seus melhores interesses», refere o autarca.

Redação ovilaverdense@gmail.com

Eleitos da lista JPNT “impedidos” de tomar posse na Assembleia da União de Valbom S. Pedro/ Valbom S. Martinho/Paçô • «Foram convocados, passaram 30 dias e não justificaram as faltas» - justifica o Presidente da AF, António Mota

Foi agitada e polémica a primeira reunião formal da Assembleia de Freguesia de Valbom S. Pedro/ Valbom S. Martinho/Paçô, realizada na noite do passado dia 27 de Dezembro.

Os dois eleitos da lista “Juntos pela Nossa Terra”, João Dias e Adelino Mota Fernandes, dizem ter sido impedidos de tomar posse no órgão.

Ao jornal “O Vilaverdense”, o Presidente daquele órgão, António Mota, é claro: «A posse dos órgãos aconteceu em Outubro, durante a instalação, e passaram os 30 dias de Lei para justificarem as faltas, o que não fizeram, pelo que convoquei para esta reunião os dois membros que se seguiam na lista».

Na versão dos eleitos da lista JPNT, nunca terão sido convocados formalmente para a cerimónia de instalação da Assembleia.

«Não fomos convocados e tem que provar isso», declara João Dias, para quem a postura de António Mota «não é democrática».

Na última noite, ainda foram convidados a presenciar a reunião, «como qualquer outro cidadão o pode fazer», justifica o presidente da assembleia.

Porém, acabaram por sair.

«Vou ver o que a Lei diz e os direitos que nos assistem para tomar uma posição», refere João Dias.

Convocados ou não?

Nas palavras dos dois membros independentes,

nunca receberam a convocatória para a instalação da Assembleia de Freguesia, que decorreu em Outubro. «Têm que provar que nos convocaram», refere João Dias. Posição contrária tem António Mota. «Foram convocados através de carta, entregue em mãos», revela. E diz mais: «tenho testemunhas disso mesmo. Numa terra com 300 pessoas, que todos se conhecem, é preciso fazer tantos filmes. Até parece que andam a gozar connosco!».

Tal como refere a Lei, António Mota terá convocado os outros dois membros que se seguiam na lista derrotada, mas estes também não compareceram à reunião do dia 27

de Dezembro. «Vamos esperar que justifiquem as faltas», declara.

Na última eleição, a 1 de Outubro, a lista “Juntos pela Nossa Terra”, lide-

rada por João Dias, saiu derrotada, com 130 votos (28,63%) contra 314 (69,16%) da lista do PSD, encabeçada por Joaquim Martins. Este garantiu 5

mandatos na Assembleia de Freguesia, contra apenas dois da lista derrotada.

Carlos Machado Silva ovilaverdense@gmail.com

Quinta-feira 04 JANEIRO 2018

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TRIBUNAL

Corrupção das “Cartas de Condução”: Alegações finais terminam em Janeiro

Luís Moreira ovilaverdense@gmail.com

• Sentença deve ser conhecida em Fevereiro O julgamento dos 47 arguidos de um processo por corrupção em exames de condução no antigo Centro de Exames da ANIECA (actualmente, Associação Nacional das Escolas de Condução), em Vila Verde tem as duas últimas audiências marcadas para os dias 4 e 5 de Janeiro.

Ainda na última sexta-feira antes da paragem de fim de ano, estava marcada uma sessão no Tribunal de Braga, em que os advogados dos principais arguidos, os nove examinadores da ANIECA, iriam fazer as suas alegações finais, mas tal não sucedeu devido à ausência – justificada – de um dos juízes do colectivo. Após as alegações, o Tribunal marca a leitura do acórdão, o qual, e dada a grandeza e complexidade do processo, apenas deve ser lido em Fevereiro.

Conforme “OVilaverdense”tem escrito, a generalidade dos advogados de defesa, alegam que o julgamento chegou ao fim sem que se tenham obtido provas concludentes. Nas alegações finais, vários juristas, que defendem antigos alunos de escolas de condução ou instrutores – que terão pago

para serem beneficiados nos exames – sustentaram que não há factos que possam conduzir à condenação dos seus constituintes.

«A prova é zero ou quase.

Houve quem dissesse que o sector cheira a corrupção.

Mas, neste processo, nem perfume há de tal coisa», disse o advogado bracarense João Magalhães, que representa um dos antigos instruendos de condução.

No julgamento, os defensores dos nove principais arguidos, os examinadores da ANIECA, pediram para serem os últimos a alegar, o que lhes foi concedido pelo Tribunal.

O Ministério Público (MP) do Tribunal de Braga pediu, em Novembro, nas alegações finais, a condenação de 45 dos 47 arguidos pela prática de 136 crimes. 77 desses crimes por corrupção passiva para acto ilícito terão sido praticados por nove examinadores. 35 deles por corrupção passiva para acto ilícito, terão sido praticados pelo examinador Joaquim Oliveira, e os restantes 42 pelos outros oito examinadores.

O MP considerou, ainda, que terão sido praticados

30 crimes por seis proprietários e instrutores de escolas de condução da região e por um agente da GNR, este indiciado por três crimes de

corrupção activa. Defendeu a absolvição de dois arguidos, uma instrutora e uma aluna, e a condenação de 29 outros instruendos que

terão pago para serem beneficiados nos exames. Considerou, ainda, que o tribunal deve atenuar a pena a um instrutor, de apelido Rodri-

gues, que colaborou com a investigação.

Incêndio destrói anexo de uma casa no centro de Vila Verde

• Homem foi ao Hospital devido à inalação de fumo O anexo contíguo a uma habitação, num prédio da Avenida Dr. Bernardo Brito Ferreira, em frente ao Hospital, ficou totalmente destruído na sequência de um incêndio urbano. Um homem, funcionário do Talho Meireles, foi transportado para o Hospital de Braga, por precaução, devido à inalação de fumo.

De acordo com o segundo-comandante dos Bombeiros de Vila Verde, Luís Morais, o incêndio ficou confinado ao ane-

xo, «onde havia lenha, electrodomésticos e um pequeno galinheiro», não se alastrando à habitação.

A casa, onde mora um casal, manteve-se habitável, acrescentou o segundo-comandante.

Para o local, os Bombeiros mobilizaram sete operacionais, apoiados por três viaturas. A GNR de Vila Verde registou a ocorrência.

Ricardo Costa ovilaverdense@gmail.com

Quinta-feira 04 JANEIRO 2018

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POLÍCIA

Cortam dedo a proprietário e incendeiam café • Assalto a pastelaria situada em frente ao posto da GNR de Prado Dois ladrões cortaram um dedo ao proprietário de um café da Avenida do Cávado, na Vila de Prado, tendo ainda ateado um incêndio, com o recurso a gasolina, que deixou o espaço muito danificado.

O proprietário, Jorge Silva, de 42 anos, deslocou-se para o café cerca de uma hora antes da abertura ao público, tal como faz diariamente, quando foi surpreendido por dois encapuzados, que estariam armados e lhe exigiram dinheiro.

Ao que “O Vilaverdense” apurou, o homem terá entregue o dinheiro que levava consigo, cerca de 300 euros, algo que não agradou aos ladrões. «Ou dás mais ou in-

cendiamos isto tudo!», ter-lhe-ão dito os agressores, de acordo com o relato da esposa da vítima.

Antes de abandonarem o local, os ladrões cortaram um dedo ao dono do café com uma faca de cozinha e despejaram gasolina para atear um incêndio, que começou nas vitrines do café, tendo ainda empurrado Jorge Silva, que ficou tonto depois de bater com a cabeça no chão.

O homem conseguiu fugir e pedir auxílio no posto do GNR, que fica mesmo em frente à pastelaria “Faial d´Ouro”, que desde Julho está instalada na Avenida do Cávado. Apesar da proximidade da GNR e de haver várias casas na vizinhança,

A eventual exploração / extracção de ouro em Marrancos levanta dúvidas à população. A eventual contaminação de lençóis freáticos, a destruição de património histórico e ambiental e as condições como será feita são algumas das questões colocadas.

O tema deverá ser explorado numa reunião a realizar entre a empresa, o Presidente da Câmara e o representante da população local, o Presidente da Junta, numa reunião a realizar nos primeiros dias do novo ano.

A zona alta da Freguesia, na designada “Cova dos Mouros”, uma ampla área junto ao campo de futebol local,

foi já alvo de prospecção. É a segunda em cerca de 20 anos. Nos últimos dias, a empresa bracarense LusoRecursos, sediada no IEMinho, fez alguns furos em rocha (ver caixa).

Em simultâneo, os proprietários dos terrenos querem saber as condições concretas e acautelar eventuais impactos. O mesmo se passa com a Freguesia, que dispõe de mais de uma dezena de pontos de captação de água no sobsolo.

Questões que a população quer ver esclarecidas.

ninguém se terá apercebido do assalto até ao pedido de auxílio do próprio proprie-

tário.

Jorge Silva foi transportado de urgência para o Hospital

Ricardo Costa ovilaverdense@gmail.com

de Braga para ser submetido a uma intervenção cirúrgica.

O caso está a ser investiga-

do pela Polícia Judiciária de Braga.

Exploração de ouro em Marrancos levanta receios junto da população

Carlos Machado Silva ovilaverdense@gmail.com

LusoRecursos assegura que não haverá impactos ambientais «Não há qualquer perigo ambiental». A afirmação, tranquilizadora, é de fonte próxima da LusoRecursos, a qual, explica que a licença de exploração de ouro em Marrancos «é apenas experimental», limitando-se, por isso, a fazer furos na rocha, sem utilização de químicos ou de

qualquer outro material que possa causar danos nos terrenos.

A mesma fonte sublinhou que, do resultado das prospeções se decidirá se haverá ou não a quantidade suficiente para avançar com a exploração, abrindo uma mina.

Nesse caso – frisou – haverá

que proceder ao licenciamento da exploração, o que implica estudos profundos de impacto ambiental, e outros, garantindo-se, assim, que a riqueza do subsolo cria riqueza para a região e o país.

Com as consequentes contrapartidas para a Freguesia e o Concelho, e, em especial

para os proprietários dos terrenos.

Adiantou que, no começo do ano, a LusoRecursos dará as explicações necessárias sobre o projeto ao Presidente da Câmara, António Vilela e ao Autarca de Marrancos, tranquilizando, assim, as populações, face a eventuais receios.

Quinta-feira 04 JANEIRO 2018

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TRIBUNAL

Agressor de “capitão” do Aboim diz estar «arrependido» das facadas no rosto do colega O futebolista do Aboim Atlético Clube que agrediu à navalhada o “capitão” da equipa confirmou a “O Vilaverdense” toda a ocorrência, mas fazendo questão de afirmar que «eu estou muito arrependido, não sei explicar como é que aconteceu, pois foi muito rápido».

A agressão foi cometida na noite de 13 para 14 de Dezembro, no Campo de Futebol de Fonte Pedriz, em Aboim da Nóbrega, no momento em que Ivo Santos, de 25 anos, um dos três “capitães” da equipa, terá chamado a atenção do seu colega e porque este terá recusado correr à volta do campo por ter perdido A “peladinha” com os colegas de equipa, que tinha sido determinado pelo treinador, Rui GMagalhães.

Segundo Ivo Santos, técnico de instalação de ar condicionado, «aquilo aconteceu depois de eu ter chamado à atenção do Hélder, que a seguir foi ao outro balneário, de repente surgiu-me

por trás, agarrando-me logo pelo pescoço e fazendo-me uma “gravata” com o braço esquerdo deu-me uma facada com a mão direita, isto à frente dos nossos colegas».

Segundo O Vilaverdense constatou depois naquele local, o “capitão” do Aboim Atlético Clube foi golpeado no lado esquerdo inferior do rosto junto ao lábio e o balneário ficou ensanguentado, tendo sido socorrido logo pelo INEM e pelos Bombeiros Voluntários de Vila Verde, que o conduziram ao Hospital de Braga, onde seria suturado com 15 pontos, ficando os dois balneários do Campo da Fonte Pedriz todos ensanguentados, fazendo na altura temer o pior, até por as facadas terem atingido uma zona muito sensível do corpo.

«Arrependido» Hélder Santos, de 25 anos, elemento dos Bombeiros Voluntários de Ponte da Barca, que joga desde o início desta época no Aboim,

da I Divisão da Associação de Futebol de Braga, afirmou que «quando me apercebi, do que tinha acontecido, ainda tentei socorrer o Ivo, mas ele recusou e pediu para eu afastar-me, o que fiz, tendo ajudado a GNR de Vila Verde, a encontrar a navalha no meio do campo de cultivo para onde a tinha atirado depois da confusão nos balneários».

«Naquela noite eu só empunhei a navalha para ter a certeza que ninguém me fazia mal nenhum, pois nunca quis agredir o Ivo, nem mais ninguém, eu estou muito arrependido com a situação que criei e vou falar com o Ivo, para pedir-lhes desculpa», disse.

O agressor confesso justificou a posse da navalha, pois «sendo bombeiro, tenho muitas vezes de cortar a roupa ou o cinto em casos de sinistrados, que tenho de socorrer, não levei nessa noite a navalha para fazer mal a alguém».

Entretanto, logo no mesmo

dia, o Aboim Atlético Clube prescindiu do futebolista, que foi proibido de frequentar as instalações, pela colectividade da Freguesia de Aboim da Nóbrega, apoiando desde logo o seu “capitão” para tudo quando

fosse necessário, até por estar a decorrer um processo criminal contra o suspeito, uma vez que Ivo Santos fez queixa no Posto Territorial da GNR de Vila Verde e foi logo no dia seguinte submetido a uma perícia no

Gabinete Médico-Legal do Cávado, em Braga.

Joaquim Gomes ovilaverdense@gmail.com

Operação “Ano Novo” da GNR apanha condutores por excesso de álcool em Moure

• O Vilaverdense revela todos os números de ocorrências no Concelho de Vila Verde A Operação “Ano Novo” da GNR incidiu também em Vila Verde, tendo apanhado em Moure alguns condutores por excesso de álcool, à saída da festa de uma discoteca à face da Avenida da Câmara, a estrada municipal que liga Moure até ao centro de Vila Verde.

Entretanto, ao nível concelhio, a Guarda Nacional Republicana registou bons resultados, já que entre os dias 29 de Dezembro de 2017 e 2 de Janeiro de 2018, sempre com um elevado tráfego rodoviário, dos onze acidentes ocorridos em Vila Verde, todos os seus sete feridos foram ligeiros.

Nesse mesmo período houve apenas a detenção de um condutor por excesso de

álcool e 29 autos por contraordenações estradais, correspondendo a baixa sinistralidade em Vila Verde à tendência positiva, em todo o distrito de Braga, onde nos referidos cinco dias não houve vítimas mortais, apenas um ferido grave, num universo de 110 acidentes.

Na noite da passagem de ano, como “O Vilaverdense” reportou em directo, os militares da GNR colocaram-se estrategicamente num cruzamento entre as Avenidas da Câmara e dos Moledos, perto do Cemitério Paroquial de Moure, bem como na outra extremidade daquela primeira via, com a presença do capitão Adriano Fortes e do tenente Mário Abreu, responsáveis do

Destacamento Territorial da GNR de Braga, que tem ao seu cargo entre outros superintender nos dois Postos Territoriais em Prado e em Vila Verde.

Sempre debaixo de chuva, a operação decorreu mais em Moure, com vários condutores apanhados em excesso de álcool, mas só num caso com uma taxa que levou à detenção, segundo as regras do Código da Estrada.

Esta acção em Vila Verde, inserida na “Operação Ano Novo” da GNR, a nível distrital e nacional, foi acompanhada permanentemente em todos locais pelo comandante distrital da GNR de Braga, coronel Paulo Soares.

Joaquim Gomes ovilaverdense@gmail.com

Quinta-feira 04 JANEIRO 2017

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TRIBUNAL

Buscas de “equipa especial” da PJ em Soutelo na sede do IEMinho A sede do Instituto Empresarial do Minho (IEMINHO), em Soutelo, foi alvo de buscas, por parte de uma “equipa especial”, da Polícia Judiciária de Lisboa, que investiga a alegada utilização ilícita de fundos comunitários. As buscas da PJ, da sua Unidade Nacional de Combate à Corrupção, visaram documentação relacionada com a prestação de serviços num universo em que estão em causa mais de três dezenas de empresas da zona do Minho e não só.

O processo, que começou com uma denúncia anónima, investiga as acções da

Associação Industrial do Minho (AIMinho) e Instituto de Desenvolvimento e Inovação do Minho (IDITE-Minho), que tal como o IEM/Minho dependem da AIMinho, presidida pelo empresário António Marques que tem vindo a clamar pela «lisura de procedimentos desde sempre», tendo o mesmo «congratulado» com a investigação criminal, «que só peca por tardia».

Luís Moreira ovilaverdense@gmail.com

Jovem adepto vilaverdense apanhado com tocha em Alvalade aguarda decisão judicial O jovem adepto vilaverdense apanhado com uma tocha, no Estádio de Alvalade, antes do jogo com a equipa de Vila Verde, para a Taça de Portugal, afinal não foi julgado em processo sumário, podendo nem ser submetido a julgamento, caso o Ministério Público aceite o pedido de suspensão do processo, até por ser menor, mas ainda não há decisão.

Um requerimento nesse sentido foi apresentado pelo advogado João Silva, a representar o jovem, de 17 anos, estudante, natural e residente em Vila Verde, apanhado com uma tocha na mão, apreendida pela PSP de Lisboa, que deteve o jovem, dado tratar-se de um caso de flagrante delito, pelo que inicialmente seria julgado em processo sumário, pois a posse desse tipo

de artefactos em recintos desportivos é equiparado a uma arma de fogo.

O advogado vilaverdense João Silva, contactado de imediato pela família do jovem, não só requereu um prazo de duas semanas para preparar devidamente a defesa, o que levou, desde logo, a que o menor vilaverdense viesse novamente de camioneta para Vila Verde no fim do mesmo jogo, tendo pernoitado em sua casa, sem quaisquer outros transtornos.

Numa segunda fase, o advogado João Silva pediu ao Ministério Público de Lisboa que a magistrada decrete a suspensão provisória do processo, isto é, espécie de pena suspensa, sem que haja sequer julgamento, de modo a não estigmatizar o jovem, que para além de bom aluno,

não tem nenhum antecedente judicial, o que levou o advogado a afirmar que «aguardo com confiança e serenidade uma decisão que vá ao encontro do que solicitei».

Vilaverdense demarca-se Entretanto, o Vilaverdense Futebol Clube demarcou-se do caso, referindo que «fizemos a nossa acção de sensibilização, com inúmeros reforços, o que infelizmente não surtiu o efeito desejado, lamentando o sucedido, tendo o jovem agido por sua responsabilidade».

De acordo com um comunicado emitido pelo clube vilaverdense, «o grupo denominado de Mancha Verde preencheu cerca de dois autocarros, sendo que antes da viagem, foram devidamente informados

de uma série de recomendações, muito em especial que a posse de engenhos pirotécnicos, de substâncias psicotrópicas ou o estado alterado pelo consumo de bebidas alcoólicas constituem enquadramentos legais que são penali-

zados».

«Foi reiterado, num discurso, junto dos mesmos, por esse responsável, junto ao Edifício do Tribunal, onde os mesmos permaneciam e se organizavam, de que iriam para um contexto, onde as forças de auto-

ridade têm grande experiência e tolerância zero, tendo havido um esforço para deixarem eventuais engenhos em terra», referiu o Vilaverdense.

Joaquim Gomes ovilaverdense@gmail.com

Quinta-feira 04 JANEIRO 2017

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EDUCAÇÃO

«Há uma melhoria significativa da qualidade das refeições escolares» • Alberto Rodrigues «muito satisfeito» com a comida servida nas cantinas do Agupamento O Director do Agrupamento de Escolas de Vila Verde, Alberto Rodrigues, garante estar «muito satisfeito» e tranquilo com a qualidade das refeições escolares servidas no Agrupamento, considerando que, do ano lectivo anterior para este, houve «uma melhoria significativa» do serviço prestado. Segundo Alberto Rodrigues, desde o início deste ano lectivo, houve duas situações reportadas, relacionadas com a existência de espinhas de peixe.

A qualidade da comida tem sido questionada. Há alguma situação reportada?

Ao longo deste ano lectivo, houve duas situações que nos foram reportadas e alvo de relatório, que foram duas espinhas de peixe que duas crianças sentiram na garganta. É evidente que isso foi comunicado ao Município, que pediu à empresa para que essa situação fosse acautelada.

Como avalia a qualidade das refeições?

Ao contrário do que tem sido propalado, há uma melhoria significativa, do ano passado para este, que começa logo pela melhoria dos materiais que são postos à disposição das cozinheiras. A cozinheira que cozinha para a maior parte das escolas do Agrupamento fá-lo na EB 2,3 de Vila Verde, é a mesma do ano passado e não desaprendeu. Aliás, é uma excelente cozinheira.

As reacções têm sido positivas?

Eu próprio almoço com as crianças várias vezes por semana, os professores da Di-

recção também, temos três funcionárias diariamente a provar a comida, todos os dias ouvimos as crianças para saber se a refeição está do gosto deles ou não... Sinceramente, o “feedback” dos alunos tem sido muito positivo.

Está satisfeito com a qualidade das refeições?

Estou muito satisfeito com o serviço e com as actuais profissionais de cozinha das nossas escolas, duas equipas que estão a trabalhar muito bem.

Há uma tentativa em criar algum ruído, por causa de algo que aconteceu numa escola específica em Braga. Não se pode transformar aquilo nem extrapolar, porque cada equipa tem a sua forma de trabalhar.

Como é feita a monitorização?

Temos o Centro de Saúde a fazer análises periódicas, informamos a DGEstE de todas as situações eventualmente anómalas, o Município tem uma técnica diária que vai às escolas verificar essas situações. A comida é analisada antes e depois da confecção por uma empresa externa, portanto em termos de segurança alimentar estamos absolutamente seguros. É evidente que situações como as espinhas, com meninos pequenos, é de evitar.

Sem facilitismo O corpo docente é estável? É bastante estável e experiente. Eu diria que, no 2º e 3º ciclo, temos 12/13 pessoas novas no Agrupamento. No 1º, quatro/cinco, algumas em substituição de pessoas que

estão de atestado médico. Estamos a falar de um total de 150 docentes, mais os técnicos das AEC. O nosso Agrupamento, neste momento, está dotado de número suficiente, através de projectos que apresentámos à tutela. No âmbito do Plano Nacional de Promoção do Sucesso Escolar, temos seis projectos aprovados.

Ou seja, esse Plano dá garantias de terem os recursos necessários?

Exactamente. Temos os recursos necessários para que todos os alunos tenham os apoios e tutorias, sejam assessorias pedagógicas, apoios directos, em grupo, promoção da leitura e escrita…. Por isso, é só mesmo os profissionais estarem focados, trabalharem e, com brio, responsabilidade e dedicação, não teremos problemas, como aliás se vê nos

últimos resultados escolares que tivemos.

Os resultados mostram que estão no caminho certo?

No último ano escolar, tivemos provavelmente os melhores resultados de sempre do Agrupamento nas provas finais de Matemática. Tivemos 25 alunos com nota cinco. Tivemos 87,5% de média no exame de Português no 9º ano. No 1º e 3º ano tivemos 100% de transição.

Trabalham muito para o sucesso?

Nós trabalhamos para o sucesso, o nosso objectivo é o sucesso pleno. Mas não acontece facilitismo.

Era aí que queria chegar, porque muitas vezes as escolas são acusadas de olhar muito para os “rankings”…

Projectos com enfoque nos mais frágeis Num Agrupamento com cerca de 2750 alunos, entre 130 a 140 revelam Necessidades Educativas Especiais, «um número elevado», segundo Alberto Rodrigues, que faz os responsáveis escolares estarem atentos para «mitigar» essa realidade.

Há muitos alunos com Necessidades Educativas Especiais (NEE)?

Ricardo Costa ovilaverdense@gmail.com

Diria entre 130 a 140, mas é um número sempre em alteração, porque os alunos estão em avaliação contínua. É um número que consideramos bastante elevado, mas tentamos ter respostas para todos. E as respostas vêm de onde?

A par dos projectos de que falei, apresentámos também três projectos no âmbito do programa de prevenção do

insucesso da CIM Cávado.

Todos eles têm um enfoque naqueles que são mais frágeis.

Que projectos são?

Um vai ao encontro da integração na vida activa dos alunos com NEE, é o projecto de uma casa para preparar os meninos com currículo específico individual para a vida activa, para que

Aqui, somos acusados precisamente do contrário, de ser demasiado exigentes. Basta dar este exemplo: quando saíram as notas do final do 1º período, tive vários telefonemas de pais a dizer-me que os professores foram muito exigentes nalguns critérios de avaliação dos alunos. Mas é esta a prática neste Agrupamento.

Trabalha-se com qualidade, exige-se muito dos alunos e muito dos professores. O facilitismo não leva a bons resultados. Num exame, o aluno só tem bons resultados se de facto souber a matéria e tiver sido bem preparado.

O reconhecimento externo é um bom sinal. É, claro. A EB 2,3 de Vila Verde e a EB Monsenhor Elísio Araújo foram reconhecidas, a nível nacional, como das melhores do nosso país. Os

saibam cozinhar, passar a ferro, arrumar a casa, além de terem integração na vida activa, através de uma empresa ou na participação num projecto empresarial, com estágios que fazem nesse âmbito.

petências musicais. Este um projecto em que depositamos enorme esperança que se reflicta na modelação de comportamento, na melhoria dos bons resultados que temos e na descoberta de talentos na área musical.

E os outros?

O projecto “Doce Som do Sucesso” vai promover, no 2º e 3º anos do 1º ciclo, com-

E o terceiro?

Vai ser levado a cabo pela nossa equipa de três psicólogos escolares, que foi

resultados foram excelentes em ambas. Isso deixa-nos tranquilos e a pensar que estamos a trabalhar bem. Mas há muitos outros “rankings”, ao longo de um ano lectivo, que as pessoas não vêem.

Como por exemplo?

Como prémios nos concursos da Bienal de Arte Jovem ou na Bienal de Arte na Escola ou ganhar prémios nacionais no Projecto Nacional de Leitura.

Sobre este Projecto, houve 73 escolas ou agrupamentos a quem foi atribuído o “mérito” de poder ter o projecto “Ler+” em 2018. Uma delas é o nosso Agrupamento, o que nos trará uma grande responsabilidade.

outra conquista que conseguimos com muito trabalho, na prevenção das dificuldades de leitura e escrita do pré-escolar, dando essas competências aos alunos.

No 1º ciclo, queremos também mitigar os problemas daqueles alunos que já começam a demonstrar essas dificuldades.

Quinta-feira 04 JANEIRO 2017

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EDUCAÇÃO

Início de obras na EB 2,3 ainda sem data prevista • Aulas serão dadas em contentores enquanto durar a intervenção

A Escola Básica de Vila Verde vai ser alvo de uma requalificação, embora ainda não esteja definida a data para o início das obras. «Estava programada para iniciar nesta época natalícia, mas porque aguarda o visto do Tribunal de Contas, segundo informações do Município, terá de iniciar provavelmente na Páscoa ou mais perto do final do ano», explica Alberto Rodrigues.

Ricardo Costa ovilaverdense@gmail.com

tável, através da colocação de paredes e de materiais de isolamento, janelas com vidro duplo… Serão também intervencionados os pisos, tectos, as canalizações, a energia eléctrica, as redes de saneamento e de Internet…

Portanto, é no fundo o reformular de todo o interior.

A escola-sede do Agrupamento vai ser intervencionada. Era uma necessidade grande?

Sem dúvida. É uma escola com cerca de 36 anos, que está a necessitar de uma requalificação, embora ainda garanta as condições mínimas de segurança e de conforto para os alunos. É uma intervenção que vem em boa hora. Estamos a falar de uma escola que tem entre 750 e 800 alunos e cerca de 80 professores.

E fora do edifício?

Está prevista a colocação de pisos nos pavilhões, a requalificação dos balneários e a construção de uma biblioteca nova, no rés-do-chão do edifício da escola, com acesso para pessoas com mobilidade reduzida. Em termos de edificação, apenas a biblioteca será nova. Haverá também a construção de algumas casas de banho, mas em espaços que já existem, porque a legislação actual prevê a existência de um certo número de casas de banho “per capita”. Será ainda feita uma pequena reconfiguração na zona administrativa.

A intervenção vai abranger o quê?

O que está previsto em termos de obra é tornar a escola mais quente, mais confor-

Quando arrancam as obras?

Neste momento, há ainda alguma dúvida sobre o início da obra. Estava programada para iniciar nesta época na-

talícia, mas porque aguarda o visto do Tribunal de Contas, segundo informações do Município, terá de iniciar provavelmente na Páscoa ou mais perto do final do ano.

Como vai ser garantida a continuidade lectiva?

Através da colocação de pavilhões climatizados –

vulgarmente chamados “contentores” – na zona do campo de jogos. Com este calendário que agora se propõe, poderá ficar mitigado ou amenizado o impacto que a intervenção terá nas aulas, uma vez que a obra no bloco de aulas poderá até decorrer, na maior parte do tempo, nas férias escolares, de Junho a

Setembro de 2018.

Já haverá uma “escola nova” no próximo ano lectivo?

Não estou muito positivo relativamente a isso, porque há também obra a fazer na zona administrativa e nos pavilhões. O programa prevê que a intervenção fique concluída no prazo de um

ano. Tendo isso em conta, eu diria que o bloco de aulas, sim, poderá ficar pronto até Setembro. Aliás, seria bom que ficasse a tempo do início do novo ano lectivo e esse objectivo deve ser garantido pelo Município.

Apostar em manuais digitais

• Modernização de sistemas informáticos no horizonte A breve prazo, o Agrupamento de Escolas de Vila Verde pretende avançar com um projecto-piloto, porventura numa turma de 5º ano, de substituição dos manuais escolares, em contexto escolar, com a utilização de manuais digitais.

No futuro próximo, o Agrupamento vai ter de decidir uma parte do currículo escolar. Que ideias têm?

Temos no 1º ciclo várias possibilidades para ir ao encontro de todos, desde logo a aposta no empreendedorismo, nas ciências experimentais, na filosofia, na robótica e na programação informática poderá ser a oferta de opções ao dispor dos nossos alunos.

E nos restantes?

No 2º e 3º ciclos, a aposta nas artes e na música, na geome-

tria, no empreendedorismo, na programação associada ao pensamento matemático, no ensino bilingue com a Língua Inglesa (Content and Language Integrated Learning a decorrer experimentalmente na EB Monsenhor Elísio Araújo) são objectivos que nos movem, sem excluir outras propostas dadas pelos próprios, que assim ajudarão na construção de um projecto educativo e de um serviço de educação mais centrado no aluno.

Que outros projectos tem o Agrupamento em mãos?

Neste momento, encontra-se a modernizar os sistemas informáticos. Teremos brevemente uma plataforma de comunicação com as famílias, cuja informação pode chegar ao minuto a casa, se essa for a vontade dos pais.

Esta plataforma vai-nos

permitir também alguma desmaterialização da informação que poderá circular digitalmente com as vantagens ambientais, de fluidez e económicas inerentes.

Há uma aposta forte na modernização…

Sim. E, além do que falei, também a modernização e o reequipamento do parque informático, dos sistemas de projeção ou interatividade terá de ser um objectivo de curto/médio prazo. No 1º ciclo, a substituição do parque informático terá de ser um objectivo no horizonte do próximo quadriénio, porque já começam a sentir essa necessidade.

Há algum projecto com que queiram avançar a breve prazo?

Desde logo, temos também um projeto piloto, que gosta-

ríamos de iniciar no próximo ano lectivo, com um número reduzido de turmas, de substituição dos manuais escolares, em contexto escolar, com

a utilização dos manuais e conteúdos digitais em sala de aula para que os alunos não andem carregados com pesadas pastas ou mochilas.

Para isso, teremos de contar com parceiros externos que estamos a contactar.

Falamos de um Agrupa-

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EDUCAÇÃO mento com 2750 alunos.

Isso implica constrangimentos. É um desafio interessante.

Gerir 19 edifícios escolares, com esse número de alunos, com mais de 250 profissionais, não é um trabalho fácil, exige muita dedicação, muito empenho e uma equipa de Direcção muito comprometida. Não é trabalho de um homem só. É de uma equipa, que se quer coesa, forte, interessa haver um empenho colectivo.

E também de um conjunto alargado de operacionais…

Temos cerca de 90. Devo dizer que temos os melhores e mais atenciosos assistentes operacionais a cuidar dos alunos. Uma coordenadora sempre atenta a todos os

pormenores. Diariamente, vejo com muita orgulho o papel dos pais ser desempenhado inúmeras vezes pelos profissionais da escola. Não merecem, de facto, ser postos em causa.

Envolvimento dos pais Há envolvimento dos encarregados de educação?

Temos uma maioria de pais absolutamente fantástica no acompanhamento dos seus educandos. Possivelmente, temos uma das melhores Associações de Pais do país, com um dinamismo fantástico. A Presidente, Ana Almeida, tem sido uma pessoa absolutamente focada nos problemas que a escola tem, mas que funciona também como um suporte. Tem con-

seguido agregar os pais em torno da escola de uma forma muito interessante. A Associação de Pais teve um papel decisivo no equipamento do pré-escolar e do 1º ciclo. É muito importante o papel dos pais? É fundamental, como também é a valorização da escola. Se um pai se insurge contra a escola não pode esperar que o seu filho valorize e sinta que a escola um local de valorização individual e importante para a sua formação integral. Cada palavra, cada gesto, cada atitude de um pai ou de um educador é interpretado pela criança e vai modelar as suas atitudes perante qualquer situação.

Isso não impede que seja exigente e, num contexto mais

reservado, faça chegar as suas ideias aos profissionais

da escola. Com a sua participação e activa, podem ajudar

a escola a melhorar.

OPINIÃO

«Na vida o mais importante é não sair do carreiro…»

Dulce Filipe – membro cooptado da Comissão Alargada, da CPCJ Vila Verde.

No final deste verão, quando participava numa festa de família, um familiar - a propósito da «dura», mas nobre missão que é a parentalidade e os desafios que a mesma coloca - confidenciou-me: «Recordo, com saudade e admiração, quando o Avô Filipe, sabiamente, dizia: na vida o mais importante é não sair do carreiro…».

Sábias palavras do (saudoso) Avô Filipe!

Transpondo esta verdade incontornável para a parentalidade, efetivamente, na nossa vida o mais importante é não nos desviramos do caminho do afeto, da proteção, do respeito, da segurança, da educação, do bem-estar …

Mas, sabemos muito bem que, nesta matéria, existem muitos desvios…

Contudo, e felizmente, em matéria de proteção de crianças e jovens já foi trilhado um longo e auspicioso caminho.

Com efeito, as Comissões de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) têm desenvolvido um trabalho notável. Procuram intervir, de forma eficiente e eficaz, para mitigar as consequências nefastas do desnorte de uns na vida dos demais, ou seja, dos mais frágeis.

As Comissões de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) são, assim, instituições oficiais não judiciárias com autonomia funcional que visam, precisamente, promover os direitos da criança e do jovem e prevenir ou pôr termo a situações suscetíveis de afetar a sua segurança, saúde, formação, educação ou desenvolvimento integral.

De assinalar que se considera que a criança ou o jovem está em perigo quando, designadamente, se encontra numa das seguintes situações: • Está abandonada ou vive entregue a si própria; • Sofre maus tratos físicos ou psíquicos ou é vítima de abusos sexuais; • Não recebe os cuidados ou a afeição adequados à sua idade e situação pessoal; • É obrigada a atividade ou trabalhos excessivos ou inadequados à sua idade, dignidade e situação pessoal ou prejudiciais à sua formação ou desenvolvimento; • Está sujeita, de forma direta ou indireta, a comportamentos que afetem gravemente a sua segurança ou o seu equilíbrio emocional; • Assume comportamentos ou se entrega a atividades ou consumos que afetem gravemente a sua saúde, seguran-

ça, formação, educação ou desenvolvimento sem que os pais, o representante legal ou quem tenha a guarda de factos lhes oponham de modo adequado a remover essa situação.

De realçar, ainda, que a intervenção das comissões de proteção para a promoção dos direitos e proteção da criança e do jovem em perigo obedece a certos princípios basilares: • Principio do interesse superior da criança - a intervenção deve atender prioritariamente aos interesses e direitos da criança e do jovem; • Principio da privacidade - a promoção dos direitos da criança e do jovem deve ser efetuada no respeito pela intimidade, direito à imagem e reserva da sua vida privada; • Principio da intervenção precoce - a intervenção deve ser efetuada logo que a situação de perigo seja conhecida; • Principio da Intervenção mínima - a intervenção deve ser desenvolvida exclusivamente pelas entidades e instituições cuja a ação seja indispensável à efetiva promoção dos direitos e à proteção da criança e do jovem em perigo; • Principio da proporcionalidade e atualidade - a intervenção deve ser a necessária e ajustada à situação de perigo e só pode interferir na sua vida e na vida da sua família na medida em que for estritamente necessário a essa finalidade; • Principio da responsabilidade parental - a intervenção deve ser efetuada de modo a que os pais assumam os seus deveres para com a criança e o jovem; • Principio da prevalência da família - na promoção dos direitos e na proteção da criança e do jovem deve ser dada prevalência às medidas que os integrem na sua família ou que promovam a adoção; • Principio da obrigatoriedade da informação - a criança e o jovem, os pais, o representante legal ou a pessoa que tenha a guarda de facto têm direito a ser informados dos seus direitos, dos motivos que determinaram a intervenção e da forma como esta se processa; • Principio da audição obrigatória e participação - a criança e o jovem, bem como os pais, têm direito a ser ouvidos e a participar nos atos e na definição da medida de promoção dos direitos e proteção; • Principio da subsidiariedade - a intervenção deve ser

efetuada sucessivamente pelas entidades com competência em matéria de infância e juventude, pelas comissões de proteção de crianças e jovens e, em última instância, pelos tribunais.

A comissão de proteção funciona em modalidade alargada ou restrita. À comissão alargada compete desenvolver ações de promoção dos direitos e de prevenção das situações de perigo para a criança e jovem, nomeadamente: • Informar a comunidade sobre os direitos da criança e do jovem e sensibilizá-la para os apoiar sempre que estes conheçam especiais dificuldades; • Promover ações e colaborar com as entidades competentes tendo em vista a deteção dos factos e situações que afetem os direitos e interesses da criança e do jovem; • Colaborar com as entidades competentes no estudo e elaboração de projetos inovadores no domínio da prevenção primária dos fatores de risco, bem como na constituição e funcionamento de uma rede de respostas sociais adequadas. À comissão restrita compete intervir nas situações em que uma criança ou jovem está em perigo, nomeadamente: • Atender e informar as pessoas que se dirigem à comissão de proteção; • Apreciar liminarmente as situações de que a comissão de proteção tenha conhecimento, • Proceder à instrução dos processos; • Decidir a aplicação e acompanhar e rever as medidas de promoção e proteção, com exceção da medida de confiança a pessoa selecionada para a adoção ou instituição com vista a futura adoção.

Relativamente às medidas de promoção e proteção as Comissões de Proteção podem aplicar as seguintes medidas: apoio junto dos pais; apoio junto de outro familiar; confiança a pessoa idónea; apoio para a autonomia de vida; acolhimento familiar e acolhimento em instituição.

As Comissões de Proteção assumem, pois, o estatuto de um «porto seguro» para as crianças na busca de um caminho, de um carreiro que não lhes roube a infância e lhes reconheça o seu verdadeiro estatuto de sujeito titular de direitos, titular de uma cidadania plena.

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EDUCAÇÃO

Assistentes operacionais de Vila Verde e Pico fazem formação em primeiros socorros Cerca de 25 assistentes operacionais da EB de Vila Verde e da EB Monsenhor Elísio Araújo, de Pico de Regalados, participaram numa formação em primeiros socorros, no âmbito d Plano de Formação do Agrupamento de Escolas de Vila Verde.

Este plano foi definido em articulação com o Centro de Formação do Alto Cávado e em estreita colaboração com o Agrupamento de Centros de Saúde Cávado II-Gerês/Cabreira, dando continuidade às formações ministradas nos anos lectivos anteriores.

Por iniciativa do projecto de Saúde Escolar do Agru-

pamento de Escolas e ministrada pela enfermeira Sílvia Lima Pereira, esta formação pretende actualizar os conhecimentos técnicos já adquiridos em anos anteriores e promover práticas assertivas de actuação em caso de acidente ou doença súbita de algum utente das escolas.

O Plano será ainda complementado com formação, levada a cabo pelo Município de Vila Verde para os assistentes dos vários estabelecimentos de educação e ensino dos Agrupamentos do Concelho, pela formação ministrada pelo Instituto de Emergência Médica e

deram num mês», realçando a «qualidade dos resultados alcançados pelos alunos na pretérita avaliação interna e nas provas finais externas do ano lectivo que findou» e recordou «todos os prémios conquistados pela escola nas Artes, no Desporto, na Escrita e em Projectos na área das Tecnologias».

Esta foi, segundo a organização, «mais uma noite marcante e gloriosa que trouxe à vista de todos os resultados de qualidade da

Estou constipado….

E agora?

João Rodrigues Ribeiro Mestre em Medicina pela Escola de Medicina da Universidade do Minho Medicina Geral e Familiar Especialista Pós-Graduação em Cuidados Paliativos e Cuidados Continuados Colaborador na Escola de Medicina da Universidade do Minho

Bombeiros Voluntários de Vila Verde aos alunos do 9.º ano e pelo o Plano de Formação 2017-2018 da ATAHCA a ser frequenta-

do por profissionais deste Agrupamento de Escolas.

Ricardo Costa ovilaverdense@gmail.com

Escola Básica Monsenhor Elísio Araújo realiza noite de mérito e excelência Foi com a tradicional criatividade e dinamismo dos alunos e professores da Escola Básica Monsenhor Elísio Araújo que esta Unidade Educativa, pertencente ao Agrupamento de Escolas de Vila Verde, comemorou o Mérito e a Excelência dos seus alunos. A adesão da comunidade escolar foi massiva, desde pessoal docente e não docente, ao parceiros e amigos da escola, mas sobretudo dos alunos e das suas famílias.

A cerimónia foi aberta pelo discurso, desde a Finlândia, do Coordenador da Escola que enalteceu os alunos premiados «sem esquecer aqueles que, muitas vezes com grande mérito não o vêem reconhecido nesta cerimónia» e destacou o trabalho dos profissionais da escola e dos parceiros que com ela caminham.

O Director pôs a tónica do seu discurso «no balanço do trabalho de enorme qualidade realizado pela escola e na constante evolução dos resultados escolares» e, «olhando para o futuro», destacou a qualidade dos profissionais do Agrupamento que, no seu entender, «não desapren-

OPINIÃO

escola no ano lectivo 20162017». Foram, assim, reconhecidos o mérito de cidadania, o mérito desportivo e mérito académico a mais de seis dezenas de alunos dos 4.º, 5.º, 6.º, 7.º, 8.º e 9.º anos. O “Prémio de Mérito e Excelência”, que distingue os melhores alunos no final de cada ciclo, foi entregue aos alunos Gonçalo Rodrigues, Luísa Silva, Maria Fernandes, Rodrigo Alves e Simão Pires, do 4.º Ano de Escolaridade, à aluna Carolina Lomba, do

6.º Ano de Escolaridade, e à aluna Catarina Azevedo do 9.º Ano. A animação musical esteve a cargo do Coro dos alunos do 2.º e 3.º Ciclos da Academia de Música de Vila Verde, dirigidos pela professora Raquel Fernandes, que encantaram os presentes com a qualidade da sua actuação. No final, aconteceu o tradicional convívio onde a boa disposição foi a tónica dominante.

Pedro Antunes Pereira ovilaverdense@gmail.com

Com este frio vem o tempo de começar a espirrar, a pingar do nariz, a ter dores no corpo… Lenços e mais lenços gastos, falta de forças para sair de casa, xaropes para a tosse, tudo se gasta e tudo se faz neste tempo… Mas afinal, o que é isto da gripe e a que temos que estar atentos?

Existem alguns conceitos a esclarecer: 1) A gripe dá febre! Sim, é verdade. A gripe dá febre alta, ao contrário da constipação vulgar, onde pode surgir febre, mas mais baixa e não provoca tanto desconforto.

2) A gripe faz doer o corpo: SIM! E muito… é uma moedeira em todos os músculos do corpo, parece literalmente que corremos uma maratona 3) A gripe só se cura com antibióticos: NÃO!!! Não tome antibióticos para tratar a gripe. Só vai criar resistências e provocar mau estar. A gripe é uma infeção VÍRICA, pelo que se tratam só os sintomas (baixar a febre, tratar as dores e o pingo no nariz) 4) “A vacina para a gripe deixou-me pior”: Pode haver uma reação com sintomas semelhantes a gripe. No entanto, a vacinação continua a ser aconselhada para certos grupos Quem deve tomar a vacina para a gripe?

A Direção Geral da Saúde aconselha fortemente a vacinação com especial atenção nos seguintes grupos: pessoas com idade igual ou superior a 65 anos, grávidas, doentes crónicos e imunodeprimidos a partir dos 6 meses e profissionais de saúde.

ATENÇÃO: avise o seu médico se for alérgico às proteínas do ovo (Não é brincadeira, pessoas alérgicas a proteína do ovo pode contraindicar a vacina da gripe) Em caso de dúvida, consulte o seu médico para melhor orientação

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ENTREVISTA

«A minha primeira casa ficava em cima de uma corte de vacas»

Pedro Antunes Pereira Fotos Luís Ribeiro ovilaverdense@gmail.com

• Lígia Lago e as histórias de uma professora que teve uma escola só dela Mais de mil alunos passaram pelas mãos de Lígia Lago, uma das professoras primárias mais conhecidas de Vila Verde. Histórias há muitas, num Norte de Portugal muito atrasado, miserável e pobre. Tudo começa em Regadas, Fafe e acaba numa escola comprada pelos familiares, em Barbudo onde Lígia esteve 37 anos a leccionar. Sem transportes públicos decentes, e muitos quilómetros nas pernas, a professora viveu em cima de um curral de vacas, deu aulas numa fábrica e namorou desde cedo. Hoje, a escola de Lígia está transformada na Casa do Brinquedo e da Brincadeira, onde foi realizada esta entrevista A D. Lígia é natural de Vila Verde?

De Barbudo. Nasci na casa onde, actualmente, funciona a ATAHCA. Foi lá que eu nasci, que vivi, que sai para casar até ir para a minha casa que fica em frente.

Por que decidiu ser professora? Os seus pais incentivaram-na?

Fui para professora porque gostava. Eu perdi o meu pai muito nova. Adoeceu quando eu tinha nove anos e, depois, durou quatro anos, morreu tinha 38 anos. Veio uma vez a Vila Verde, ele trabalhava no Caramulo, constipou-se, apanhou tuberculose e morreu. A minha mãe tinha dificuldades, não queria que eu fosse estudar para

Braga, a andar todos os dias numa camioneta porque era muito pequenina. Havia só uma carreira entre Vila Verde e Braga que depois fazia o percurso inverso. Então, a minha tia de Braga ofereceu-se para me hospedar e fiquei lá sete anos: cinco no liceu e dois no Magistério Primário.

Portanto, foi em Braga que fez o curso.

Sim, foi. Na altura chama-se Escola Normal de Braga.

Tinha quantos anos, quando acabou o curso?

Tinha 18 anos.

E foi com essa idade que começou a dar aulas?

Acabei o curso em Agosto e concorri, à toa, para todo o Distrito de Braga porque o que eu queria era trabalhar. Comecei a trabalhar, logo, em Outubro, no dia 24, numa das aldeias mais atrasadas na altura, em Fafe, mais concretamente, em Santo Estevão de Regadas que ficava a 15 quilómetros de Fafe e a 15 de Felgueiras.

Como foi para lá?

Para não ir a pé, fui de táxi.

Numa primeira vez, fui ver o ambiente, depois é que fui de vez. Vi que não tinha condições nenhumas, não tinha água, não tinha luz, não havia casas para alugar, não havia lojas para comprar seja o que for. O costume era ir ter com o padre que, na altura, já era muito

Professora rígida Era muito rígida como professora?

Era muito exigente. Ensinei os meus filhos também... O meu filho era preguiçoso e a companheira de carteira ajudava-o muito. Eu estava sempre a tomar conta dele porque senão ele andava sempre distraído. Antigamente, os alunos tinham dificuldades em ver porque os pais nunca os levavam ao oftalmologista e nós na

escola é que dávamos por ela, avisávamos as mães. A minha filha tinha estigmatismo e eu não sabia, ela escrevia fora das linhas, um dia estava a ralhar com ela, a chegar-lhe a roupa e estava aqui o Inspector Caridade que me pergunta o que se passava. Eu: “é um caderno de duas linhas e mesmo assim não escreve direito”, eu dava-lhes nas mãos. Ele pediu-me pa-

velhinho. Volta e meia, ia visitar-me à escola e levava-me rebuçados.

Procuramos saber onde ele morava, ele atendeu-nos e ficou de ver se nos arranjava um local para ficar. Falou com um casal de certa idade que dispensou uma sala num primeiro andar, uma espécie de salão que não tinha nada, nem casa de banho, que era fora, num buraco de madeira. A minha mãe dispensou-me uma afilhada que tinha em casa e fomos a duas para lá, com 18 anos.

míamos muito mal porque as vacas batiam nos chifres umas nas outras, para além do cheiro insuportável. Naquela semana, adoeci, não me lembro como comuniquei, mas sei que foi um táxi buscar-me mas não era nada, eram saudades. O senhor padre é que me foi emprestando umas coisas, uma cama de ferro, uma mesa, uma cadeira e era assim que vivíamos à espera que vagasse uma casa. Cerca de dois meses, ficou uma casa livre para onde nos mudamos.

Mas como era essa sala, esse salão?

Ficava em cima da corte das vacas. Nós, de noite, dor-

E a escola como era?

Quando cheguei à escola havia muitos rapazes, mais de 80 e havia à volta de 50 ra-

ciência, que era menina e estava nervosa mas não era nada. Levei-a ao médico e era estigmatismo.

Não deixei o meu filho ir fazer o exame da quarta classe porque achei que não estava preparado. Eu tinha filhos dos guardas-republicanos e esses é que eram rígidos para os filhos, que me pediam para os castigar.

Mas saíam da escola? Fa-

ziam passeios?

Fazíamos um passeio anual onde os pais também podiam ir, era um ambiente muito bom. Os pais iam connosco visitar castelos ou museus e ficavam caladinhos, queriam aprender. Se fosse agora, perguntavam que graça tinha ir a um museu ou a um castelo. Ainda hoje, há pais que vêm ter comigo e fazem queixa dos filhos.

parigas. A escola tinha duas salas. A minha parte eram duas classes com 40 e tal alunos, só que os outros miúdos estavam todos tristes porque não tinham aulas. O Director escolar passados oito dias, mandou-me um ofício para ir à Direcção Escolar.

Ele, sempre com muito jeitinho, perguntou-me se eu tomava conta deles, ficava com 40 e tal de manhã e 40 e tal de tarde e assim fiz. Não havia quem quisesse ira para aquela escola. Até que passado um mês e meio, veio uma regente escolar, que tinha os seus 50 anos, já fazia de minha mãe e foi o que me valeu. Entretanto, fica pronta uma casinha, acabada de construir, e mudámos para lá. Havia lá um tasco que não tinha nada, nem pão. Só vendia vinho.

Os tempos eram outros...

Naquele tempo, não havia sacas plásticas e a gente levava, quando vinha a casa, dúzias de pão em sacos de pano. A minha mãe emprestou-me uma máquina de petróleo, onde passamos a cozinhar, tínhamos lareira na cozinha mas não tínhamos lenha. Tínhamos que cozinhar à vez, isto é, se fizéssemos a sopa não podíamos fazer outra coisa,.

Como a rapariga que tinha

ido comigo estava em casa, ia fazendo. Entretanto, é-me apresentada uma família muito conhecida em Fafe, os Summavielle, cujo um dos elementos foi Presidente da Câmara muito tempo. A minha mãe estava tão atrapalhada comigo porque eu era tão nova e nunca tinha saído de casa. Um vizinho meu que era de Fafe veio para Vila Verde e a minha mãe arranjou-lhe uma casinha.

Esse vizinho, um excelente músico, tinha um irmão que era ajudante de notário e disseram-lhe para ficar sossegada porque me iam arranjar uma estadia, que mais não era do que uma noite.

Isso ajudou?

Eu ia ao domingo à tarde, tinha a camioneta para a Póvoa de Lanhoso, às 15h00 chegava a Fafe passado duas horas, a esposa estava à minha espera, dava-me jantar, dormida e no outro dia chamava-me cedo. Ela tinha falado com um industrial que tinha a única fábrica da Freguesia, de tecidos, que me levava até lá. A fábrica não ficava perto da escola, tínhamos que subir e descer um monte para ir para a escola.

Ao sábado, havia aulas toda a manhã, saía, fazia o percurso inverso e eles traziam-me para o centro de Fafe. Ia

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ENTREVISTA directa para a estação, havia uma automotora que me trazia para Guimarães onde me encontrava com outras colegas. Comíamos qualquer coisa e esperávamos pela camioneta para vir para Braga.

Quando chegava a Vila Verde, a tarde já ia adiantada.

Não estava em casa 24 horas. Foi um ano lectivo intei-

ro nisto. A regente, como era de Fafe, vinha comigo mas ficava com a família. Tinha uma filha com dez anos e o marido a trabalhar em Fafe, mas como queria ganhar dinheiro sujeitou-se a ir para Regadas dar aulas.

Depois de Fafe, foi para onde?

Depois de Fafe, concorri já a medo, com cuidado, e fiquei em Serzedelo que é a quatro quilómetros de Pevidém e a quatro quilómetros de Riba d’Ave e para mim já foi um céu. Estava com duas professoras, alugámos uma casa, arranjámos empregada e eu só trabalhava com uma classe, dava aulas de tarde.

Serzedelo era muito industrial e já estava desenvolvido.

Era mais fácil chegar a Vila Verde...

Sim, só fazia quatro quilómetros a pé para Pevidém, onde apanhava a camioneta para Braga e depois para Vila Verde.

Quanto tempo esteve em Serzedelo?

Estive só um ano porque, entretanto, foi nomeada efectiva em Vila Verde. A minha mãe via a tristeza da minha avó com a minha ausência. Em Serzedelo, eram duas escolas, uma só para meninas, com quatro professores, com bastantes

alunos. Havia um edifício que tinha primeiro andar só com rapazes que eram mais do que as raparigas.

Quanto ganhava na altura?

Quando estava em Regadas ganhava 800 escudos, o que dá na moeda de hoje 4 euros. A viagem era cara e era a minha mãe que pagava.

«A minha mãe e os meus tios no Brasil conseguiram 120 contos para comprar a Escola de Barbudo»

• Edifício, transformado em Casa do Brinquedo e da Brincadeira, ainda mantém muitas memórias da professora A fama de professora rígida até os filhos apanhou: «não deixei o meu filho ir fazer o exame da quarta classe porque achei que não estava preparado». Os alunos faltavam muito pouco porque «os pais insistiam para eles vierem à escola» e trabalhavam na lavoura a seguir às aulas. Mas a pobreza, essa, esteve sempre. As famílias tinham sempre muitas crianças: «era raro haver casais só com dois filhos». Outros tempos, portanto.

Como vem parar a Vila Verde?

Numa altura, estava aqui em Vila Verde um tio meu que estava no Brasil e a minha mãe soube que estava a ser construída uma escola em Vila Verde. Ela foi-se informar na Câmara e disseram-lhe que eu poderia ficar aqui se comprasse a escola.

A minha mãe falou com esse meu tio brasileiro, que falou com os outros quatro manos que estavam lá e todos juntos conseguiram 120 contos para comprar a escola. A condição que existia para a concretização do negócio era a possibilidade de poder

indicar uma pessoa. Claro que quando a minha mãe assinou a papelada era para eu ficar aqui e a minha avó ficou num “sino”, até porque passei a chegar a casa, ao sábado, muito mais cedo e estava o domingo todo.

Ficou efectiva?

Sim, fiquei efectiva, a ganhar um conto e 200 e já não era preciso ajudarem-me! Vim para aqui em 1954, tinha 60 e muitos alunos com quatro classes, em regime normal, isto é, aulas de manhã e de tarde. Como morava aqui perto dava, perfeitamente, para ir almoçar a casa.

O que se lembra dessa altura? Aqui à volta da escola não existia nada...

Era tudo muito difícil.

Quem organizou geograficamente, aquilo a que se designou como lugar do Monte, estendeu-se até ao lugar do Castelo e houve pais, no Lugar dos Eidos, muito longe da escola que não deixavam os filhos vir. Então, falaram com o Director, que veio cá e foi a pé para se certificar que era verdade e dispensou-os desta escola e foram para

Amante de viagens Actualmente, como passa o seu tempo?

Este ano, ainda não estou matriculada na Universidade Sénior. Tenho viajado um bocado, mas já não vou para muito longe. Fui ao Brasil que gostei muito.

Concretizei o meu sonho de ir à Madeira e aos Açores. Visitei Espanha, Bélgica, Luxemburgo, Holanda, Noruega, Malta, Turquia, gosto muito de Budapeste, onde já fui algumas vezes.

A minha segunda paixão é a Póvoa, onde passo dois meses. Leio muito, faço

palavras cruzadas todos os dias ou outros passatempos.

Como vê a escola hoje daquilo que vai ouvindo?

As professoras têm hoje um ambiente complicado, onde os pais não ajudam muito mas, no nosso tempo, era tudo muito mais miserável. Veja lá que para ir uma vez por semana à feira de Fafe andávamos quilómetros para ir e depois para vir. Para nós era uma festa porque podíamos ter produtos frescos.

a de Real-Barbudo. Havia muita fome, muitas dificuldades. Os filhos dos lavradores tinha como lanche um bocado de broa mas como só coziam pão de quinze em quinze dias ficava azedo, eles traziam aquela côdea no bolso das calças. Era muita miséria.

Quantos anos esteve em Barbudo a dar aulas?

Estive 37 anos, mais os dois que estive fora. Aposentei-me em 1992.

Mas esteve esse tempo todo sozinha ou tinha outra professora?

A partir de certa data, desdobrou-se: eu tinha duas classes e vinha outra colega de tarde. Eu geralmente, trabalhava de manhã. Tive curso de adultos até ao 25 de Abril. Mesmo em Serzedelo fui obrigada a tomar conta de um curso de adultos na fábrica de tecidos. Naquele tempo era mesmo assim, não perguntavam nada, só mandavam.

Aprendia-se melhor nessa altura?

Os miúdos tinham mais difi-

culdade porque não tinham ajuda em casa. Os pais eram quase todos analfabetos.

Não havia pré-primária e eu quando apanhei miúdos que vinham da pré notei uma diferença enorme.

Estamos a falar antes do 25 de Abril...

Sim, sim. No 25 de Abril tinha eu o curso de adultos, foi o último ano.

Como soube do 25 de Abril?

Não soube de nada. O curso era das 21h00 à meia noite.

Quando saí de casa, já estava a dar no noticiário qualquer coisa. Mas só fiquei a par do que se passou pelo meu marido.

Portanto, não se sentiu a revolução...

Aqui não. Só senti no Outubro seguinte, porque viemos trabalhar no dia 5 de Outubro, um domingo. Estivemos aqui com os alunos, a jardinar. Como era liberdade já podíamos falar. Lembro-me que quando estava em Braga, veio o General Carmona e o Dr. Oliveira Salazar. Houve um desfile na Avenida Central e a minha tia não nos

deixou ir sozinhas, éramos três. Tinham umas grades à volta da Avenida e a nossa tia à nossa beira e dizia para nós não dizermos nada porque “está tudo cheio de polícias que não estão fardados”.

O Carmona passou muito simpático, risonho mas o Dr. Salazar não, ia mais sério.

O irmão da minha mãe foi preso político, sem nunca ter percebido nada de política.

Onde é que conheceu o seu marido?

Conheci o meu marido em Braga, apresentado por uma amiga. Namorei seis anos e comecei estava eu em Regadas. Namorávamos por carta, que demoravam tempo a chegar. A vida era apertada, quase ninguém tinha automóvel, não havia telefone, era difícil.

Quando andou de carro pela primeira vez?

Eu tinha uma tia, irmã da minha mãe, que era muito rica. Casou com um senhor que estava no Brasil onde viveu muitos anos. Depois mudou-se para onde hoje é a ATAHCA. Ela tinha bons carros com motorista e eu desde cedo comecei a andar com ela.

Em termos de ensino, tinham indicações do que deveriam ensinar?

Não, nós comprávamos os livros e dávamos por ali.

Mais tarde, vieram umas professoras que andavam pelas Freguesias, a ensinar métodos novos para ler e contar e isso foi muito bom.

Eu aprendi muito com elas, eram professoras que vinham de Angola a explicar um método moderno que nós não conhecíamos aqui.

Passaram-lhe pelas mãos muitos alunos...

Mil e muitos e com adultos nem se contam. Quando eu cheguei aqui e tive 40 e tal foi muito bom porque eu vinha habituada a 60 e muitos. Entretanto, a população foi diminuindo... Eu ensinei uma família que tinha 11 filhos, foram todos meus alunos.

Ter sete filhos era normal, pouca gente tinha dois filhos...Encontro hoje alunos meus com cabelos brancos, que tiveram umas mães heroínas.

Mas faltavam muito para ajudar os pais, por exemplo?

Os pais eram muito mais cuidadosos do que agora.

Insistiam para que eles viessem para a escola. Tinha muitos filhos de lavradores que esperavam que a escola acabasse, e não acabava tarde, para depois irem com o gado pastar.

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EDUCAÇÃO

OPINIÃO

Projectos Erasmus trouxeram centenas de alunos e professores estrangeiros ao Agrupamento de Escolas de Moure e Ribeira do Neiva

Pedro Antunes Pereira ovilaverdense@gmail.com

GAM – Grupos de Ajuda Mútua Projeto CHEGA O modelo de terapia em grupo tem assumido lugar de destaque na intervenção junto de vítimas de violência doméstica nos últimos tempos. Inicialmente, o surgimento deste tipo de intervenção em grupo dirigida a mulheres maltratadas começou por ser implementado nas casas abrigo, uma vez que nestes contextos as mulheres viviam em comunidade, surgindo assim a necessidade de intervir num formato grupal. Refira-se, aliás, que a experiência de intervenção psicoterapêutica em grupo decorre da intenção, habitualmente manifestada pela vítima, de partilhar a sua experiência com outras mulheres com trajetos de vida semelhantes.

Este tipo de intervenção é inovadora no sentido em que pode fornecer vários benefícios potenciais. Por um lado, pode permitir que os/as participantes validem sua experiência de vitimização, oferecendo-lhes incentivo, apoio e informação. Por outro lado, as vítimas que participam nesta forma de intervenção reduzem seu isolamento social (um problema comum a esta população) potenciando assim uma nova rede de apoio e suporte relacional.

São abordados alguns temas comuns no âmbito da violência de género que servem como linhas orientadoras para a intervenção nesta problemática, tais como a negação e/ou minimização da violência, que por vezes algumas vítimas apresentam, e que necessitam de ser identificadas, reconhecidas e trabalhadas de forma apoiante, através da educação acerca das dinâmicas violentas. A par disso, a vítima precisa também de explorar as razões que a levaram a permanecer numa relação violenta, de forma a reduzir o seu sentimento de culpa. Nesse sentido, muitos grupos abordam a forma como as crenças relativas aos papéis tradicionais masculino e feminino legitimam a violência na intimidade. Igualmente, é importante permitir à vítima sentir e expressar raiva por ter sido vitimizada, bem como proporcionar um espaço para esta lidar a perda da esperança que tinha na relação e, nalguns casos, ajudá-la a fazer o luto da relação que terminou. Ainda de realçar que o sentimento de isolamento é atenuado se a vítima desenvolver laços fortes que possam evoluir para redes de suporte informais que sobrevivam ao grupo. Destaca-se ainda, como principal vantagem da terapia em grupo, o empoderamento que esta concede à vítima ao dotá-la de competências para tomar as suas próprias decisões e fazer escolhas.

Sendo assim, os GAM têm por objetivos proporcionar informação sobre o fenómeno da violência de género na intimidade e o seu enquadramento social, cultural e político e promover a desconstrução de discursos de género conservadores e legitimadores da violência contra as mulheres. Procura ainda incentivar a reflexão em torno dos significados e dos impactos das histórias pessoais de vitimação motivando para a ação, no sentido do empoderamento e da capacitação pessoal e social, com vista à prevenção da revitimação e à promoção do bem-estar.

Para mais informações: www.chega.sopro.org.pt |www.facebook.com/projetochega | chega@sopro.org.pt | 963 667 175

• Primeiro período marcado pela participação em diversos projectos financiados por fundos europeus Vila Verde recebeu a primeira reunião transnacional do projecto “Europe includes YOU”, coordenado pelo Agrupamento de Escolas de Moure e Ribeira do Neiva, com organizações da Alemanha, Itália, Macedónia, Roménia e Turquia.

A Agência Nacional Erasmus+ Educação e Formação esteve representada por Ana Alves. O projecto tem a duração de 3 anos e vai mais além na temática da Inclu-

são, pois engloba questões importantes como raça, género, pobreza, etnia, fé, dificuldades educacionais, necessidades educativas especiais e saúde mental.

Assim, todas as acções são inspiradas na redução das disparidades nos resultados de aprendizagem dos alunos dentro do alcance do projecto e na operacionalização do seu sucesso educacional.

Projecto “Recycling is cycling on nature’s wheels” O Agrupamento esteve representado por duas professoras na primeira reunião transnacional deste projecto em Paphos (Chipre), país coordenador. O projecto tem ainda escolas parceiras da Bulgária, Grécia, Itália, Polónia e Roménia e está focalizado na temática do Ambiente. «O encontro decorreu de uma forma muito

positiva, dando lugar a um excelente ambiente de trabalho e de partilha de experiências e práticas. O plano de trabalho estipulado foi cumprido e os objectivos alcançados. O país anfitrião foi incansável na recepção e acompanhamento dos participantes», referiram as professoras.

P.A.P.

“Eco-friendly practices at schools”

“No Cyberbullying at the School”

O Agrupamento esteve representado por duas professoras na primeira reunião transnacional em Denizli (Turquia), país coordenador. O projecto tem ainda escolas parceiras da Itália, Lituânia e Polónia e está focalizado na temática do Ambiente. A agenda de trabalho foi preenchida, todavia destacaram-se as seguintes actividades: os alunos turcos presentearam os participantes com uma apresentação de danças típicas folclóricas; visita às instalações da escola

Roma recebeu mais uma reunião transnacional e onde o Agrupamento esteve representado pelo seu Director, acompanhado pelo coordenador local deste projecto. Além da formação relativa à temática do Cyberbullying foi possível analisar as ferramentas legislativas aprovadas recentemente na Itália e discutir com professores

coordenadora com um Eco-toy Show; visita a uma escola profissional cujos alunos têm Necessidades Educativas Especiais, desde o pré-escolar até a idade adulta, onde desenvolvem competências de inserção no mundo do trabalho desde jardineiros, agricultores, entre outras profissões. O logótipo português foi o seleccionado para representar o projecto; entrevista com a televisão local e actividades culturais, incluído património da UNESCO. P.A.P.

italianos estratégias de intervenção nas escolas.

Foram também desenvolvidos aspectos relacionados com o orçamento do projecto, cronograma de actividades e preparação do próximo evento de formação em Portugal já neste mês de Janeiro.

P.A.P.

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EDUCAÇÃO

Pavilhão da Ribeira recebeu Festa de Natal da Escola Básica A festa de Natal da Escola de Básica de Ribeira do Neiva teve duas sessões. Começou com a entrega de um presente bem docinho a todos os alunos, pela Associação de Pais e Encarregados de Educação. De seguida, a comunidade educativa assistiu a um espectáculo onde não faltou música, magia, palhaços e danças. À noite, no Pavilhão Municipal de Ribeira do Neiva, decorreu a já tradicional festa de Natal abrilhantada

pela participação das crianças, jovens e pais da Ribeira do Neiva. No final, o Director, Armando Machado, deixou ficar «os agradecimentos à Associação de Pais e Encarregados de Educação, à União de Freguesias da Ribeira do Neiva e à União de Freguesias de Marrancos e Arcozelo que contribuíram para um espectáculo diferente».

Portugal é o país da UE que mais aumentou a proporção da população adulta com conhecimento de línguas estrangeiras na última década, com 70% dos portugueses a afirmarem que sabem outra língua além da

materna, segundo o INE. É neste contexto, que a AE Moure e Ribeira do Neiva tem contribuído com a aposta contínua de Cursos de Educação e Formação de Adultos e nomeadamente desde o ano lectivo anterior,

OPINIÃO

Autárquicas de 2021: a decisão começa já em 2018! Álvaro Santos

P.A.P.

Curso de inglês para adultos na oferta de cursos modulares de inglês. Inicia-se já no próximo dia 9 de Janeiro, em horário pós – laboral (19-22h) uma nova turma de formação Modular de Inglês – Iniciação com a duração de 50 horas, na escola

sede do Agrupamento em Moure. Caso esteja interessado(a) ainda há vagas para este curso e para o Curso de Educação e Formação de Adultos – 12º ano.

P.A.P.

Associação de pais de Moure faz balanço «positivo» de primeiro período de actividades O último trimestre do ano que agora findou foi repleto de actividades para a Associação de Pais de Moure.

Esta Associação promoveu desde meados de Novembro de 2017, uma recolha de roupa e brinquedos an-

gariados com as campanhas solidárias “Aconchega-me com AMOURE” e “Brincar no Natal com AMOURE”.

A APE Moure marcou presença na reunião da CPCJ (Comissão de Protecção de Crianças e Jovens) de Vila

Verde, tendo sido eleito como representante da Associações de Pais do Concelho, o Presidente desta associação - Bruno Almeida que «tudo fará para estar à altura da confiança depositada».

A grande surpresa de Natal da APE Moure para a crianças, foi a peça “ O Natal da Carochinha”, com entrada gratuita, na escola sede do Agrupamento, com a actuação da companhia de Teatro TIN.BRA. P.A.P.

Apesar da distância, 2018 será determinante, quer no PSD quer no PS, para o que acontecerá nas eleições autárquicas de 2021.

Partindo das eleições autárquicas findas, dos processos judicias e da acção dos diversos protagonistas, tentarei identificar as principais expectativas políticas no Concelho para 2018.

1. Os processos judiciais em que se encontra envolvido o presidente de câmara serão arquivados ou passarão para a fase de acusação?

Consoante a resposta que obtivermos, assim ficará determinado o futuro do PSD em Vila Verde, tanto mais que há a impossibilidade de Vilela se recandidatar em 2021 (regressarei a este tema numa crónica futura).

Reflitamos, então, sobre as consequências que haverá para o PSD de Vila Verde face ao emaranhado, e enredado, processo judicial em que o partido se encontra envolvido.

Se os processos passarem para a fase de acusação, então toda a estrutura de governança autárquica dos últimos anos do PSD ficará frágil e aparecerá uma nova geração a querer renovar o grupo de dirigentes, os quais determinam a vida do PSD local há 20 anos. Correndo o risco de deixar alguns de fora (alguns bem importantes), só a título de exemplo, poderia apontar alguns nomes determinantes desta renovação: Carlos Cação, Hélder Forte, Mara Alves, José Manuel Lopes, Miguel Peixoto…

Porém, se os processos judicias forem arquivados, então a liderança antiga e tradicional tem aberto o caminho para continuar a decidir o futuro do partido. Júlia Fernandes, Manuel Lopes e Carlos Tiago farão, garantidamente, parte do núcleo que decidirá o futuro do PSD e serão eles a compor as listas autárquicas de 2021.

Rui Silva poderá ser a grande surpresa consoante o resultado das eleições internas nacionais e Jorge Pereira, com muito trabalho na área social e económica, poderá ter um papel importante.

2. Apontaria como segunda expectativa política em Vila Verde, para 2018, o que vai acontecer no Partido Socialista.

Ficou claro, na última eleição autárquica , que o PS de Vila Verde estava dividido em duas correntes. Uma liderada por José Morais, e que foi a votos. A outra, simbolizada por Luís Filipe Silva, que se manteve longe do processo eleitoral.

Ora, o PS terá eleições para a Comissão Política na entrada deste ano e é tempo de uma clarificação. Este será o tempo de acerto de contas. E por isso é expectável que surjam duas listas concorrentes às eleições do PS. Dentro em breve saberemos qual das duas facções tem efectivamente o apoio dos militantes socialistas. O futuro de PS em Vila Verde passa por José Morais ou por Luís Filipe Silva?

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EDUCAÇÃO

Centro Qualifica EPATV e Agrupamento de Escolas de Moure e Ribeira Neiva na promoção da qualificação O Centro Qualifica da EPATV certificou onze colaboradores do Agrupamento de Escolas de Moure e Ribeira do Neiva em duas das áreas de Serviço de Apoio a Crianças e Jovens, mais especificamente, Técnico de Acção Educativa e Acompanhante de Crianças. Através deste processo de certificação profissional, o Centro Qualifica da EPATV, de acordo com a sua Coordenadora Rosa Vieira, enquanto entidade que valoriza a aprendizagem ao longo da vida, pretendeu «potenciar neste grupo a tomada de consciência/ reconhecimento das competências profissionais ad-

quiridas através das várias experiências e desafios ao longo do tempo de serviço na área. Paralelamente, este processo visa estimular uma atitude receptiva à contínua adaptação às exigências educativas do presente, isto é, reforçar a importância da actualização e reciclagem de conhecimentos e boas práticas ao longo da vida, para deste modo assegurarmos a eficiência profissional e o bom ambiente de trabalho numa organização».

A Direcção do Agrupamento apoiou todo este processo de valorização dos seus colaboradores promovendo a educação de adultos em parceria com o Centro Qua-

lifica da EPATV. Na sessão de júri de certificação, que se realizou na Escola - sede em Moure, estiveram presentes três formadores com experiência nas áreas em certificação, assim como um representante da entidade sindical, Federação Nacional da Educação, Jorge Martins e uma representante de uma entidade patronal, Manuela Soares, Directora-Técnica da Casa do Povo de Ribeira do Neiva. Todos os formandos obtiveram a sua certificação profissional tendo concretizado com sucesso a tarefas propostas.

Cabazes de Natal EPATV As turmas da EPATV fizeram recolha de bens alimentares para as famílias dos alunos mais carenciados desta instituição. A iniciativa levada a cabo pelos alunos e docentes, resultou em 50 cabazes que irão certamente alegraram o Natal destas famílias. A EPATV juntou-se também ao espírito solidário, com a habitual oferta de um bacalhau para cada cabaz.

Associação de Estudantes também reuniu cabazes O espírito de Natal motivou a Associação de Estudantes da EPATV a reunir vários produtos alimentares, em 7 cabazes que foram entregues ao Centro Social de Vila Verde. Esta iniciativa mostra que os alunos da EPATV e, neste caso, os seus representantes, têm bem presente o sentido de solidariedade, não só neste tempo natalício, mas durante todo o ano.

EPATV debate refugiados em videoconferência com Amnistia Internacional A EPATV, no âmbito do projecto Erasmus+ FREE - Female and Racial Equality Ever , participou numa videoconferência com a responsável pela área dos Refugiados em Itália da ONG Amnistia Internacional, Ilaria Massara. A palestrante descreveu a acção da sua organização, o seu papel, um panorama da situação dos refugiados na Europa e dispôs-se a

responder às questões colocadas pelos alunos assistentes.

A turma de Técnico de Geriatria, assim como as outras turmas de escolas parceiras no projecto (Turquia, Espanha e Itália), preparou com antecedência 7 perguntas, colocadas à palestrante que respondeu, tecendo considerações acerca das implicações da origem

do problema e das consequências presentes e futuras da movimentação de refugiados no continente europeu, assim como do papel que as diferentes nações europeias têm tido, têm e que idealmente deveriam apresentar neste contexto, na perspectiva da Amnistia Internacional.

Esta iniciativa permitiu aos alunos aprofundarem

as questões da Igualdade entre os nativos e os estrangeiros, mais especificamente refugiados, compreender, estudar e questionar o processo e a origem da movimentação de refugiados para a Europa e melhorar as suas competências no que diz respeito à Língua Inglesa.

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21 EDUCAÇÃO

Alunos de Prado simularam audiência em Tribunal A turma PIEF (Programa Integrado de Educação e Formação), do Agrupamento de Escolas de Prado, constituída na sua maioria por jovens de etnia cigana, participou na simulação de um julgamento, actividade no âmbito do projecto“Justiça para Tod@s“, que pretende promover os valores democráticos, colocando a Educação para a Justiça e o Direito, em especial os Direitos Humanos, direitos das minorias e não discriminação, como ferramenta cívica fundamental num Estado, de Direito.

Segundo os promotores do projecto, a ideia é «dar particular atenção a grupos desfavorecidos, grupos de risco e grupos sujeitos a discriminação, designadamente, jovens com medidas tutelares educativas, imigrantes, etnias minoritárias, reclusos, ex-reclusos, jovens em risco». O programa assenta na realização de acções de sensibilização, divulgação,

workshops e jogos de simulação de um caso em Tribunal, dirigidas a jovens, entre os 12 e os 25 anos.

Graça Fernandes, professora na Escola Básica 2/3 de Prado e Directora de turma do PIEF, explicou o trabalho desenvolvido em contexto de sala de aula: «aderimos este ano a um projecto nacional chamado “Justiça para Tod@s”, em que traba-

Objectivos O projecto pretende promover valores democráticos por reforço da compreensão do funcionamento do Estado de Direito, reforçar o valor da participação cívica activa, informada e responsável, criar canais eficientes de aproximação que proporcionem uma comunicação saudável entre jovens cidadãos e o sistema judicial, despertar a consciência para a importância de analisar e compreender

vários pontos de vista e promover soluções comprometidas com os Direitos Humanos, permitir, através de uma fórmula alternativa, introduzir no portfólio de aprendizagens básicas a educação para a Justiça e os Direitos Humanos e por último ajudar a perceber como a lei pode promover a coesão social e provocar mudança social.

lhámos um caso e depois se fazia um julgamento. Todos os alunos da turma participaram e tivemos a ajuda da advogada e tutora Juliana Cruz, que nos aconselhou e ajudou a tratar do processo e a desenvolver o projecto».

Juliana Cruz, realçou que «foi dada uma série de crimes com várias opções para os alunos escolherem. A partir daí desenvolvemos todo o processo em si, o chamado processo formal.

Escolhemos as testemunhas, o juiz e o procurador, ou seja, todos tinham a sua função e um papel. Tudo o que se passou aqui na sala de audiências foi muito trabalhado na escola e partiu deles. Nós somente orientamos».

A advogada, envolvida no

desenvolvimento do projecto com a turma do AE de Prado foi um pouco mais longe, ressalvando que «a orientação apontava para que os alunos desenvolvessem um pouco a sua imaginação relativamente a estes assuntos, dando a entender que a justiça também não é só de um lado. Pretendemos demonstrar outra perspectiva, era esse o objectivo».

Diana, aluna do PIEF que participou nesta iniciativa com o papel de procuradora, disse sentir-se «orgulhosa, pois não é todos os dias que que temos este papel. Gostei muito de participar. Nunca tinha entrado no tribunal e a primeira vez que entrei foi como procuradora».

Pedro Nuno Sousa ovilaverdense@gmail.com

OPINIÃO Espera-se mais do Estado Alfredo Pedrosa Após o segundo conflito à escala planetária, a mais demolidora e mortífera de todas as guerras, emergiu com particular acuidade, principalmente no continente europeu, um modelo de desenvolvimento que tinha como premissa essencial a construção do Estado de Bem-estar, também conhecido como Estado-Providência.

Entre os principais objetivos deste modelo que, pelo menos na sua essência e nos seus princípios basilares, não perdeu atualidade e pertinência (pelo contrário), pontua a salvaguarda da segurança e do efetivo bem-estar de famílias e pessoas individualmente consideradas, ajudando-as a fazer face a situações de especial vulnerabilidade, como a doença, a velhice, a pobreza e catástrofes de diversa ordem. É também e sobretudo para isto que a população ativa paga as suas contribuições e impostos ao Estado.

Nesta altura especialmente propícia à realização de balanços relativos a mais um ano civil que chegou ao fim, é natural a tendência para cada um, à sua maneira, de acordo com a sua sensibilidade e em função de convicções muito próprias, como é legítimo, colocar em cada um dos pratos da balança os prós e os contras desse mesmo ano.

No prato dos prós, não é raro ler-se e/ou ouvir-se os ditos fazedores de opinião pública a colocarem o acento tónico na recuperação económica do país, de resto, na esteira e beneficiando da mais favorável conjuntura económica internacional, principalmente no seio da União Europeia, assim como feitos individuais e coletivos dignos de registo. Sobressaem, a este nível, entre outros, os títulos e recordes de Cristiano Ronaldo, a vitória no Festival Eurovisão da Canção, medalhas em competições desportivas internacionais, a eleição do Ministro das Finanças para a presidência do Eurogrupo e a inédita atribuição a Portugal, pelos World Travel Awards (espécie de óscares do turismo), do prémio de melhor destino turístico do Mundo.

Considerou o Presidente da República, na sua habitual mensagem de Ano Novo, que “se o ano tivesse terminado a 16 de junho (ou se tivesse sido igual por mais seis meses), podíamos falar de uma experiência singular, constituída quase apenas por vitórias”, referindo-se, por exemplo, à visita do Santo Papa a Fátima, à estabilidade social e política e à recuperação económico-financeira alcançadas. Só que o ano durou ainda outros seis meses, os quais ficaram indelevelmente marcados pelas falhas nos trágicos incêndios florestais, pelo desaparecimento de armas de Tancos e pelo “espectro da seca”. Às situações trágicas podiam igualmente juntar-se os casos de legionella. O Chefe de Estado deixou, ainda assim, uma mensagem de esperança, enfatizou que é necessário reinventar o “ano que hoje começa” e advertiu que “nos momentos críticos as missões essenciais do Estado” não podem falhar.

Esperam agora, os cidadãos, que 2018 traga ventos de mudança no que à execução da missão do Estado concerne. Aprender com os erros. Investir mais no planeamento, na articulação e na coordenação de recursos. Sobrepor a prevenção à reação. Apostar na agilização, na eficiência e na eficácia dos serviços. São recomendações que se podem ouvir nas avisadas vozes que se levantam nos mais díspares quadrantes da vida portuguesa e que todos consideram serem condições fulcrais para se edificar uma sociedade de bem-estar na qual, além de estarem coletivamente asseguradas as necessidades essenciais de todos os cidadãos, se possam igualmente elevar os níveis de segurança e de conforto de todos e de cada um dos portugueses.

Espera-se mais do Estado. Espera-se que o Estado recupere o capital de confiança que perdeu naquela série de acontecimentos em relação aos quais revelou uma capacidade de resposta muito aquém do que era e é, muito legitimamente, exigível.

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22 SOCIEDADE

Fernando Oliveira - o “vidente” de Cervães que recusa “bruxedos” Natural de Freiriz, residente em Cervães, com consultório de atendimento na Vila de Prado e em casa, Fernando Oliveira é um vidente muito procurado por pessoas em estado de grande aflição, as quais diz ajudar em nome de Deus.

Por vezes, essa ajuda, recorda, resume-se a «uma palavra amiga capaz de retirar do meu cliente um cansaço psicológico».

Noutros casos, mais sérios, Fernando Oliveira, também apelidado na praça pública por “Bruxo de Cervães”, afirma valer-se do seu dom de vidência para descobrir o que de errado se está a passar com quem o procura.

Caso do remédio dos ratos «Ficaria aqui uma eternidade a contar casos curiosos que me vão aparecendo», refere, enquanto aproveita para retirar do dedo um grande anel de ouro.

«Queres um exemplo?» - perguntou ele com um sorriso de satisfação estampado no rosto. Um dia entrou no meu consultório um sujeito carregado de dívidas com uma empresa na falência e uma casa com família em dificuldades.

Mandei-o esperar um bocado enquanto fiz o meu trabalho.

Pedi-lhe, então, para ele colocar nas minhas mãos o remédio dos ratos que estava dentro da sua bolsa, o qual tinha comprado para se suicidar!

Fui eu, através do meu dom, que consegui descobrir o que ele trazia no saco».

Após alguns segundos de silêncio, o vidente, fixando-se no olhar de quem o entrevistava, acrescentou: «o homem ficou de boca aberta por eu ter descoberto aquilo. Ajudei-o a seguir em frente e hoje é uma pessoa feliz junto da sua família».

De Vila Verde para todo o Mundo Graças à sua boa forma de trabalhar e à propaganda efectuada de boca em boca, Fernando Oliveira passa boa parte do seu tempo em consultas no estrangeiro. São, muitas vezes, problemas nos seios familiares que o levam a viajar além-fronteiras, onde diz prestar um serviço digno

de confiança, quer para portugueses emigrantes, quer para estrangeiros, usando, neste ultimo caso, o recurso a um tradutor.

Acabado de chegar dos Estados Unidos da América, diz viajar frequentemente para França, Espanha, Inglaterra, Suíça, Alemanha, Canadá, Bélgica, Holanda, Noruega, Luxemburgo, entre muitos outros.

Homem de fé e de praticar o bem Vindo de uma família de 9 irmãos, garante sentir-se diferente de todos os seus familiares em todos os aspectos e mostra-se um homem com muita fé, afirmando trabalhar sempre em nome do Senhor.

Devoto acérrimo do Sagrado Coração de Jesus, Santa Rita e S. Bentinho, apresenta-se, segundo ele, na rua de cara levantada, não tendo nada a esconder. «Isso é possível porque eu trabalho com total profissionalismo e confidencialidade, nunca revelando a ninguém o nome a quem faço trabalhos. Presto, constantemente, serviços a adultos e crianças com doenças e, nesses casos, remeto-os imediatamente para um profissional de saúde, quando, se eu fosse oportunista, podia ganhar muito dinheiro com isso», informou.

Dinheiro não é tudo Seguindo a doutrina de Deus, Fernando Oliveira opta, sempre que possível, por praticar o bem, ajudando os mais necessitados.

«Uma senhora, divorciada e com dois filhos, trazia consigo um quadro de parede valioso para me pagar. Recusei, não lhe levei nada e ainda lhe ofereci um frango, arroz e 20 euros. A senhora ajoelhou-se aos meus pés a rezar», recordou.

Num outro acontecimento, num restaurante em Braga, o vidente afirma ter matado a fome a um mendigo. «Tinha acabado de me sentar com a minha esposa, quando entra na porta daquele estabelecimento um homem todo roto e sem qualquer tipo de higiene. Enquanto os empregados o tentavam colocar dali para fora, eu levantei-me e pedi-lhes para pararem, levando o

mendigo para a minha mesa onde comeu quanto quês. É isso que Deus manda fazer…», afirmou.

Homem de sorte Para além do sucesso alcançado na sua profissão, Fernando Oliveira é um homem de sorte ao jogo. Foi duas vezes à Roda dos Milhões – tendo ganho cem mil euros da primeira vez e dois mil e quinhentos euros da segunda vez – conseguiu um excelente prémio no Café Recreio, em Vila Verde, e dois prémios – um no Euromilhões e outro no Totoloto – num café em Cervães. «A gente dá e Deus recompensa-nos», proferiu.

Pedem-lhe para fazer bruxedos «Há pessoas que me procuram só com o intuito de fazere mal a outras pessoas. Isso eu recuso porque confio em Deus e não no diabo, embora o diabo seja tentador. Há muitos casos de famílias que não se entendem e pedem-me para eu fazer bruxedos aos seus familiares. A esses clientes, eu mando-os para casa reflectirem e rezar a Deus», confidenciou.

No seu consultório, na Vila de Prado, onde estivemos à conversa com Fernando Oliveira, há uma frase para a qual o vidente afirma apontar diversas vezes: “O Sofrimento aproxima-nos de Deus”.

Numa nota final, Fernando Oliveira garante sentir-se feliz com a vida que tem, tendo amigos que o respeitam em todo o Mundo, embora com a noção de que não consegue agradar a todos, mas isso não o incomoda porque «Deus que é Deus não conseguiu agradar a toda a gente».

Porque garante sofrer com os problemas dos seus clientes, vai, frequentemente, por vezes de madrugada, ao alto de um monte e ao mar, onde, sozinho, descarrega a dor e aproveita para falar com o Divino.

Redacção ovilaverdense@gmail.com

Quem sou eu?

«Sou um mensageiro de Senhor para o ajudar a encontrar a paz, o caminho, a verdade e a vida..

Em todas as culturas, desde os mais remotos tempos, sempre houve pessoas com habilidades psíquicas especiais que as permitiam descobrir coisas a respeito do futuro, ver factos do passado e enxergar claramente coisas do presente, mesmo a grandes distâncias. Estas pessoas pelos seus conhecimentos extrassensoriais são conhecidas como videntes e eu sou um vidente e posso atestar este meu conhecimentos através de todas as pessoas que ajudei..

E quem é que nunca teve um pressentimento que algum tempo depois veio a tornar-se real, quem é que nunca teve um sonho que depois aconteceu? Estes eventos acontecem diariamente na vida de muitas pessoas e caracterizam pequenos dons de vidência que todos possuem desde o momento que nascem.

Eu muito cedo, ainda criança, tive sinais de vidência que me levavam muitas vezes a fugir para o monte, onde me isolava e no silêncio ouvia a mensagem do Senhor a pedir-me que ajudasse todos os que necessitavam de conforto,

de ajuda espiritual e lhes iluminasse o caminho certo para uma vida sem obstáculos.

Com o decorrer do tempo percebi que sendo este o meu destino teria de dar cumprimento aos apelos do Senhor e a Ele pedi coragem, força e muita fé para poder ajudar os que necessitam encontrar o caminho da verdade e da felicidade, a definir a linha do horizonte, a percorrer caminhos árduos e a tomar decisões difíceis.

O Senhor é a minha força. o meu chão....»

Marcação de consultas: 918 107 601

Quinta-feira 04 JANEIRO 2017

23 SOCIEDADE

José Manuel “Gida” avança Quatro demissões na Direcção para a presidência da Caviver provocam eleições antecipadas José Manuel “Gida” deve avançar para a presidência da direcção da Caviver-Cooperativa Agrícola de Vila Verde. As eleições devem ser marcadas nos próximos dias, na sequência da demissão de quatro membros da direcção liderada por Fernando Xavier (ver peça ao lado).

O candidato fazia parte da anterior direcção. Aliás, foi um dos membros que apresentou demissão devido a divergências com o presidente.

«Provavelmente, deverei avançar», revela ao jornal “O Vilaverdense”, deixando garantias de que «a Caviver está bem e recomenda-se».

José Manuel “Gida”, natural de Atiães e residente em Escariz, parece ser uma solução “consensual”. Tudo indica que manterá a quase totali-

dade dos órgãos anteriores.

A sua prioridade «é continuar a arrumar a casa».

Carlos Machado Silva ovilaverdense@gmail.com

Decorriam os últimos dias do “ano velho” quando quatro elementos da Direcção da Cooperativa Agrícola de Vila Verde (CAVIVER) manifestaram a intenção de se demitir. As posições foram oficializadas logo após.

A decisão dos quatro membros estará relacionada com discordâncias com o presidente, Fernando Xavier. Ao que apurámos, foi o único dos cinco elementos efectivos que se manteve na Direcção.

Esta tomada de posição originou, de imediato, o início de um processo para marcação de eleições antecipadas,

numa altura em que a Cooperativa tinha conseguido estabilizar financeiramente.

XAVIER: «Pessoas falsas e traidoras» Numa primeira reacção ao jornal “O Vilaverdense”, Fernando Xavier diz que

está «de consciência muito tranquila», assegurando ter cumprido o trabalho a que se propôs. «É algo que só se justifica com uma campanha política. Não pensava que as pessoas fossem tão falsas e tão traidoras», frisa.

PS de Vila Verde aplaude novo estatuto para a pequena indústria familiar

Ricardo Costa ovilaverdense@gmail.com

• «Terá impacto positivo no Concelho» A Concelhia do PS considera que o novo Estatuto para a Pequena Agricultura Familiar, que entra em vigor neste novo ano, «terá um impacto positivo no Concelho de Vila Verde». O novo estatuto consagra direitos como o acesso prioritário a fundos comunitários e um regime fiscal “mais favorável” para estes agricultores.

Para o PS de Vila Verde, esta medida tem um «impacto social muito superior à importância económica, pois destina-se a população rural, que ocupa os territórios, cujo despovoamento se tem acentuado nas últimas décadas». Além disso, «a pequena agricultura terá acesso

prioritário às medidas de apoio da União Europeia, seja no investimento, seja outras medidas de apoio ao rendimento».

Traduz também um «regime específico no que diz respeito às normas de higiene e segurança alimentares nas pequenas leitarias, salsicharias, queijarias, que seja mais simples do que aquele que é exigido à indústria em geral». Permitirá, segundo o PS, «facilitar o acesso aos mercados locais e introduzir medidas de apoio nesse sentido, já que a comercialização dos produtos é o problema principal dos pequenos agricultores».

Nos últimos 20 anos, de

acordo com o Governo, tem desaparecido um elevado número de pequenas explorações, fixando-se actualmente em cerca de 284 mil explorações qualificadas como familiares, que representam 93% do número total de explorações e 49% da superfície agrícola útil.

«O mundo rural vivo exige pessoas e para que as pessoas nele vivam têm de ter condições dignas. E é através deste estatuto que queremos melhorar um pouco as condições de vida deste segmento tão importante da nossa agricultura», afirmou o Ministro da Agricultura, Capoulas Santos.

Vila Verde isenta taxa de derrama municipal a micro e pequenas empresas e a entidades que criem, em 2018, três ou mais postos de trabalho A Câmara Municipal de Vila Verde aprovou relevantes isenções na taxa de derrama municipal sobre o lucro tributável sujeito e não isento de imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas (IRC).

Reconhecendo a relevância das micro e pequenas empresas no tecido económico e social Vilaverdense, nomeadamente na criação e manutenção de empregos, e uma vez que também compete ao poder local estimular a ins-

talação de novas empresas no território concelhio, geradoras de novos postos de trabalho, os vereadores social-democratas do Executivo Municipal avançaram com a isenção da taxa da derrama para os sujeitos passivos com um volume de negócios no ano anterior que não ultrapasse os 150 mil euros e uma outra isenção, por um período de cinco anos, para as empresas que, durante o ano de 2018, se instalem no território

concelhio e criem três ou mais postos de trabalho.

A proposta subscrita pelo Presidente da Câmara, António Vilela, refere que «a política fiscal do executivo municipal está concentrada no objectivo de alavancar a competitividade territorial do município através da captação de investimento, dando, assim, continuidade a uma política de redução/isenção de taxas que visa incentivar a instalação de novas empresas com reflexos

no mercado de trabalho».

O mesmo documento sublinha que «os investimentos realizados e a levar a bom porto na modernização e manutenção da rede viária, nas infra-estruturas de saneamento, de abastecimento de água e de electricidade, nos equipamentos escolares, culturais e desportivos, na requalificação urbana e na valorização do património natural e cultural, assim como na criação e infra-estruturação de zonas em-

presariais, reclamam elevados recursos financeiros dos quais também são beneficiárias as empresas instaladas no Concelho».

Assim, a Câmara Municipal assume, «através dos seus investimentos e dos apoios que presta às populações, um papel crucial no desenvolvimento local e uma função redistributiva da riqueza criada na área da sua influência, reclamando, também, para tal, a contribuição solidária das em-

presas que apresentam lucros tributáveis». Neste sentido, a proposta social-democrata preconiza o lançamento da derrama municipal, a liquidar e cobrar em 2018, através da aplicação da taxa de 1,5% sobre o lucro tributável sujeito e não isento do imposto sobre o rendimento de pessoas colectivas (IRC) com um volume de negócios no ano anterior superior a 150 mil euros.

C0arlos Machado Silva ovilaverdense@gmail.com

Quinta-feira 04 JANEIRO 2017

24 SOCIEDADE

Funcionários municipais surpreendem em “Agenda/ Calendário Solidário” para ajudar famílias carenciadas Os funcionários e as funcionárias municipais de Vila Verde e colaboradores do Município acabam de lançar a “Agenda/Calendário Solidário”, que se insere num projecto social de apoio às famílias vilaverdense que mais precisam e com maior vulnerabilidade social. Os lenços de amor/namorados dão cor e mais brilho à produção de 2018.

«O desafio foi lançado aos colaboradores e colaboradoras do Município de Vila Verde que não hesitaram em participar e, assim contribuir para esta grande causa social», explica a Vereadora Júlia Fernandes.

A Aliança Artesanal cedeu os coordenados Namorar Portugal premia-

dos ao longo dos últimos anos de forma a divulgar a cultura e a tradição vilaverdenses.

«As vendas angariadas com a Agenda/Calendário Solidário revertem integralmente a favor das Lojas Sociais de Vila Verde que apoiam as famílias em risco de exclusão social», acrescenta a Vereadora.

A Agenda/Calendário Solidário pretende criar uma onda de solidariedade. Pode ser adquirida na Câmara, na Loja de Turismo de Vila Verde, no Espaço Namorar Portugal e no Espaço do Cidadão na Vila de Prado.

Carlos Machado Silva ovilaverdense@gmail.com

Quinta-feira 04 JANEIRO 2017

25 SOCIEDADE

Associação dos Amigos de São João Baptista ajuda vítimas dos incêndios de Tondela • Depois de campanha realizada em Couceiro e nas Freguesias vizinhas Alguns elementos da Associação dos Amigos de São João Baptista, de Coucieiro, partiram rumo a Tondela, onde entregaram um conjunto de bens, sobretudo de primeira necessidade, às vítimas dos incêndios. A campanha solidária teve início nos dias 4 e 5 de Novembro, na Festa do Sarrabulho, estendendo-se depois às Freguesias vizinhas, aos domingos, no final das missas.

«Angariámos milho, feno, cebolas, batatas, ração para cães, gatos, dinheiro, entre outras coisas. O valor

monetário foi aplicado em ração para frangos, porcos, coelho, milhos e algum feno, num valor total de 925€», explica Clara Pimenta, da organização.

A Associação agradece a todos aqueles que se envolveram e colaboraram nesta causa.

«Foi um dia em cheio...

Sentimos a necessidade de alimentos para os animais.

Tondela ainda precisa de nós...», assegura.

Ricardo Costa ovilaverdense@gmail.com

“LETRA” e “RAPADA” lançam campanha solidária com a cerveja RENASCER • Objectivo é reflorestar as zonas afectadas pelos incêndios

As cervejas ”LETRA” e “RAPADA”, em conjunto com outros parceiros, vão realizar uma campanha solidária com o objectivo de ajudar na reflorestação das zonas mais afectadas pelos incêndios que assolaram o País nos últimos tempos. Neste contexto, surge a cerveja artesanal RENASCER, que será comercializada num pack solidário composto por uma garrafa de cerveja do estilo American Amber

Ale e uma pequena árvore.

Esta campanha iniciou-se no passado dia 20 de Dezembro e termina a 31 de Janeiro e por cada 1000 garrafas vendidas desta edição limitada, as duas cervejeiras comprometem-se a plantar cinco árvores (sobretudo espécies autóctones) nas zonas mais afectadas pelos incêndios.

Recorde-se que o ano de 2017 ficará marcado na história do país como um dos anos mais

negros por causa de diversos incêndios que assolaram Portugal e destruíram largos hectares de floresta.

No total, o pack com a cerveja e uma árvore para plantar tem o custo de 5 euros, um valor que será usado directamente na compra de árvores para plantação. Esta cerveja está disponível na “LETRARIA” em Vila Verde e na página do Facebook da cerveja RENASCER.

Pedro Nuno Sousa ovilaverdense@gmail.com

Quinta-feira 04 JANEIRO 2017

26 SOCIEDADE

“Aldeia Natal” em Cervães com muitas de actividades Marcar os 20 anos com a renovação da frota automóvel • Centro Social Paroquial de Cervães comemora 20º aniversário este ano e recriações para assinalar a quadra natalícia

A “Aldeia Natal”, em Cervães, prometeu e está a cumprir. No que toca às actividades que assinalaram esta quadra festiva que passou, nenhuma falhou, proporcionando vários momentos de enorme partilha, união e tradição. O Natal em poucas palavras.

A realização das Novenas de Natal, entre os dias 16 e 24 de Dezembro, a representação do Édito do Imperador César Augusto,

pontuada pela celebração litúrgica, a representação da chegada de José e Maria a Belém, a missa celebrada para assinalar o nascimento do Menino Jesus e as Loas ao Menino, pelas vozes do coro infanto-juvenil, foram alguns dos momentos da programação natalícia de Cervães, que preencheram o advento da melhor forma.

Merecedor de uma visita é o Presépio movimentado

do Santuário do Bom-Despacho, que estará exposto no local de culto até dia 15 de Janeiro, podendo ser visitado somente aos domingos.

Por último, está agendado para o dia 7 de Janeiro o Concerto de Natal pela Banda Musical de Vila Verde.

Pedro Nuno Sousa ovilaverdense@gmail.com

A aquisição de duas carrinhas, uma de apoio à equipa de Serviço de Apoio Domiciliário e uma adaptada para cadeiras de rodas, é um dos principais objectivos definidos pelo Centro Social Paroquial de Cervães para 2018, ano em que a instituição comemora o seu 20º aniversário.

«Queremos que os 20 anos sejam marcados com a renovação do parque automóvel», sublinha o Presidente do Centro, o pároco de Cervães, José Manuel Fernandes, que destaca também a vontade de «congregar todas as valências» no mesmo edifício, onde existe o Salão Paroquial.

«Neste momento, temos a creche a funcionar numa outra estrutura da igreja, que é a antiga residência

paroquial, mas queremos concentrar tudo no mesmo espaço. Recentemente, investimos cerca de 35 mil euros para fazermos obras na parte de baixo do edifício, nomeadamente em termos de segurança, com a colocação de luzes de emergência e de portas corta-fogo, entre outras coisas», explicou.

Prioritário alargar acordos O padre José Manuel Fernandes considera «prioritário» alargar os acordos com a Segurança Social, tendo em conta o facto de o Centro Social Paroquial de Cervães neste momento «exceder, quase para o dobro, aquilo que está protocolizado». «Temos o sonho e o anseio de criar um lar residencial para os idosos, mas para já é apenas isso.

Utentes juntos em Festa de Natal As crianças e os idosos foram as “estrelas maiores” da Festa de Natal do Centro Social Paroquial de Cervães, uma iniciativa que decorreu ao longo do dia e que terminou com

um momento lúdico-recreativo. A missa, pela manhã, deu o mote. Seguiu-se o recheado almoço natalício e a tarde recreativa, onde brilharam as crianças da creche, jardim-de-in-

Não podemos dar passos concretos enquanto não for revista esta política de comparticipação», assegura.

Para o futuro, a instituição garante que estará «atenta às necessidades», procurando dar as respostas adequadas para servir as populações. «Com a comparticipação dos nossos utentes e da Segurança Social, conseguimos ter uma gestão equilibrada, só que não nos permite acalentar ou podermos projectar mais coisas para o futuro sem estarmos dependentes de terceiros, nomeadamente as instituições que vão colaborando connosco», frisa. O orçamento do Centro Social Paroquial de Cervães ronda o meio milhão de euros.

Ricardo Costa ovilaverdense@gmail.com

fância e ATL. Verdadeiras estrelas de Natal, com pais, irmãos, avós e amigos a acotovelarem-se para registar o momento para a posteridade.

Escuteiros de Vila Verde distribuíram a Luz de Belém no Santuário do Bom Despacho Os Agrupamentos de Escuteiros do Núcleo de Vila Verde do CNE partilharam na noite de 22 de Dezembro, no Santuário do Bom Despacho, em Cervães, a Luz da Paz de Belém, um projecto que decorre a nível mundial e que consiste na partilha de uma luz que é acesa em Belém, uma semana antes do Natal, assim

como a sua mensagem de paz.

Este projecto partiu de Escuteiros Austríacos e consiste em acender uma vela na Igreja da Natividade, em Belém, para depois ser espalhada em conjunto com a sua mensagem de paz pelo maior número de pessoas possível. Todos os anos é acesa a Luz da Paz

por uma criança austríaca no local de nascimento de Jesus. A população é desafiada a manter a chama acesa até ao Natal e a dar continuidade à iniciativa através da partilha da luz e da sua mensagem com a família e amigos. Anualmente são percorridos milhares de quilómetros desde Belém até à Áustria e

daí é partilhada para vários países em todo o Mundo.

António Lemos, chefe do Núcleo de Escuteiros de Vila Verde, afirmou que o momento assinalado na Igreja do Bom Despacho, «tem muita importância para o Concelho», acrescentando que foram «buscar a luz à distribuição regional, Porto d’ Ave,

Póvoa de Lanhoso. Para a distribuição pelos Agrupamentos e estes nas suas paróquias».

O Chefe do Núcleo de Escuteiros de Vila Verde disse ainda que «a luz simboliza paz, alegria, amizade, amor, fraternidade, tudo aquilo que nos faz lembrar o Natal. As famílias juntam-se e a luz é um sím-

bolo dessa mesma união.

No fundo é passar também uma mensagem dos escuteiros. O escutismo é alegria, união, amizade e fraternidade».

Pedro Nuno Sousa ovilaverdense@gmail.com

Quinta-feira 04 JANEIRO 2017

27 SOCIEDADE

Com os olhos postos «no futuro», foi inaugurado o Lar das Termas Foi com o olhar posto «no futuro» que decorreu, no dia 9 de Dezembro, a inauguração do Lar das Termas, em Sequeiros (Amares), um equipamento orçado em mais de 1,3 milhões de euros que acolhe 31 utentes de Lar e 30 de SAD. «Acreditamos no futuro e já estamos a avançar com os projectos da Casa da Citânia (apoio especializado nas áreas da demências e saúde mental), em Ponte S. Vicente-Vila Verde, e o Felizmente Lar, em Gualtar-Braga», assinalou o Presidente do Centro Social Vale do Homem, Jorge Pereira, durante a cerimónia presidida pelo Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva, à qual se juntaram os autarcas do Vale do Homem.

«Damos hoje mais um passo para ampliar a rede de respostas sociais às nossas populações», vincou, na ocasião, o presidente

do Município de Amares, Manuel Moreira, «um dos homens que acreditaram no projecto, juntamente com o autarca da União de Freguesias de Caldelas, Sequeiros e Paranhos», vincou Jorge Pereira.

«Conte com as nossas capacidades de trabalho e apoie-nos a desenvolver os nossos projectos», referiu, na altura, o autarca de Amares, Manuel Moreira, em nome da «rede» de respostas sociais já instaladas no Vale do Homem.

O Ministro Vieira da Silva fez a apologia do trabalho desenvolvido pelo actual Governo PS, tendo deixado garantias de «reforço de novos acordos de cooperação» com as IPSS´s em 2018, «tal como já aconteceu e 2017».

Carlos Machado Silva ovilaverdense@gmail.com

LAR DAS TERMAS

O “Lar das Termas” vai ao encontro dos objetivos assumidos pelo Centro Social do Vale do Homem: «alargar as suas respostas sociais em territórios socialmente desfavorecidos, colmatando necessidades emergentes diagnosticadas nos diferentes instrumentos de planeamento concelhios».

A área de abrangência da resposta social é a zona do Vale do Homem, correspondente aos Concelhos de Amares, Vila Verde e Terras de Bouro. O edifício foi construído na União de Freguesias de Caldelas, Sequeiros e Paranhos, mais precisamente na antiga Escola Básica de Sequeiros, cedida pela

Câmara Municipal de Amares, tendo capacidade para 31 utentes de Lar e 30 utentes de SAD (Serviço de Apoio Domiciliário), numa localização privilegiada – a confluência dos três concelhos de actuação.

Aberto desde Junho de 2017, esta infra-estrutura pretende «reforçar o apoio e interacção com a comunidade, através da prestação de cuidados a idosos e suas famílias e da dinamização do mercado de emprego, contribuindo para revitalizar uma região que sente os efeitos da desertificação».

Quinta-feira 04 JANEIRO 2017

28 ENTREVISTA

«O Mundo precisa que as pessoas olhem umas para as outras»

Pedro Nuno Sousa ovilaverdense@gmail.com

• EJAH: seis anos a «ajudar os outros» Há seis anos que Vila Verde conhece na Eulália Jovem Associação Humanitária, (EJAH), uma Associação que dinamiza o Concelho de forma ímpar e única.

O seu curioso nome serve como homenagem a um antigo grupo de jovens da Loureira, do qual faziam parte os seus fundadores.

São «criativos, gostam de ajudar e tudo o que fazem, fazem-no pelos outros».

Marcam, essencialmente, pela sua identidade, e apesar de desenvolverem vários projectos em parceria, não têm qualquer tipo de ligação a qualquer instituição.

Como afirma o Presidente, Daniel Sousa, «a EJAH não se rege por política, religião, nem gostos ou benefícios pessoais.

Simplesmente EJAH». Foi este o princípio base que permitiu avançar para esta associação «que luta pelos objectivos e princípios que defende». «Ajudar os outros», diz.

Que balanço faz do ano que passou e que perspectivas têm para o futuro? É uma questão complicada porque se prende com o inverso da nossa existência.

As pessoas fecharem-se em casa é um problema. Tínhamos um cartaz nosso há um tempo que dizia, “sai do sofá e vem para a EJAH”.

Há quatro anos começámos a notar que as pessoas nem sempre abraçam a ideia como esperaríamos. Para a maior parte, como não dá dinheiro o interesse desvanece. É triste, pois é esta a educação que passam para os filhos. Aqui funciona a escola da vida. Não forma-

mos ninguém, nem damos educação, mas fazemos ver que é bom ajudar os outros, que não custa nada fazer uma caminhada ao domingo de manhã com os idosos, ou recolher alimentos num supermercado para dar a pessoas que estão a precisar.

Se toda a gente fizer, com o pouco contributo que seja, as coisas mudam.

A nossa grande tristeza é não conseguir prever o futuro. Principalmente no que diz respeito à adesão.

Estamos cá! Precisávamos de mais gente que abraçasse isto como nós abraçamos.

Gente nova e que não tivesse vergonha de colaborar.

Temos cerca de 90 associados em todo o lado, desde Barcelos até à Suíça. Nem todos pagam as quotas mas o grande parte sim. A nossa grande dúvida para o ano é se vamos ter pessoas novas, ou pelo menos que não se perca gente. Torna-se mais difícil fazer certas actividades à medida que as pessoas desistem.

Quanto às vossas actividades, o que consideram acerca do impacto que têm no Concelho?

Fizemos coisas exclusivas em Vila Verde. Há pessoas que interpretam isso um bocado mal, mas a realidade é essa, não temos vergonha nem medo de afirmar isso. A EJAH revolucionou e qualquer pessoa vê isso.

Fez mexer muita coisa, muitas associações e muita gente. Temos facilidade em chegar às coisas porque lutamos por elas e as procuramos. As festas não se fazem a carregar num botão e já está! Ou contratar uma

Dia da Criança «Criámos um Dia Mundial da Criança, que já existia em todo o Mundo, mas soubemos marcar a diferença. Conseguimos um espaço gratuito, que disponibilizava lanche e onde as pessoas contribuíam com 1,5 euro. Mesmo assim foi difícil conse-

guir algum dinheiro. No primeiro Dia da Criança que organizámos os números eram de trezentas e tal pessoas, agora são quase 4000. A Associação cresceu brutalmente!

Numa actividade nossa participarem à volta de 4000 pessoas é fantástico.

empresa, que monta tudo, paga-se e pronto. Não fazemos as coisas assim. É preciso estar lá e fazer as coisas.

Vedar o recinto e preparar toda a festa. Jogos tradicionais, decoração. São muitas horas de trabalho. As empresas confiam em nós.

O nosso único lucro é a divulgação, o facto de as pessoas comentarem. Há pessoas que infelizmente acham que fazemos estas coisas por protagonismo.

Não. É precisamente o inverso. Já fazemos as coisas desde um tempo em que

Houve um dos anos em que doamos uma verba a uma outra associação em Vila Verde, a CONVIVER. A iniciativa foi nossa e o dinheiro revertia todo para eles. Foram 600 e tal euros no total».

isso não acontecia. Fazíamos por fazer e porque gostamos de ajudar. Assim continuaremos.

Mas sentem o apoio por parte da população, dentro e até mesmo fora do Concelho?

Não muito. O pessoal da Freguesia, por exemplo, não adere muito. Mas para as outras freguesias é semelhante. Infelizmente, reflecte-se em quase todas as actividades que fazemos.

As pessoas, às vezes, confundem as coisas e pensam que é a Junta de Freguesia que organiza. Não pode ser assim. Só para ai há dois anos atrás é que começaram a perceber que não era a Junta a fazer as actividades. Era a EJAH! Às vezes, a cooperação das instituições também não é a melhor.

Porque é que não se adequam as coisas? Boa pergunta, gostava de poder responder mas não consigo…

Só não há mais, porque a adesão por vezes não é as-

sim tão grande…

Os cartazes são um óptimo exemplo. Um dia só se vai ver cartazes quando vier cá o circo. Não vale a pena fazer. As pessoas estão tão conformadas com a tecnologia que acabam por ver tudo no Facebook.

A tecnologia está a tornar-se numa prisão, não há rua, nada. Enquanto as pessoas não se mentalizarem que precisam de sair de casa, as coisas não mudam.

Em tudo o que fazemos é isso. Pretendemos promover o convívio e as relações entre as pessoas.

As pessoas da Freguesia deviam mesmo apoiar a EJAH e aparecer em força!

Para nós isso seria um alento. Infelizmente, não acontece isso. Cada vez as pessoas aparecem menos.

Gostávamos, essencialmente, que as pessoas da Freguesia nos ajudassem mais, participassem mais, se envolvessem. Temos actividades que precisam de apoio.

Ao menos haveria muita

gente que não passava o dia em casa, estavam aqui e sentiam-se úteis. Divertiam-se e conviviam. Todos os que cá estamos somos amigos. Acabamos por estar sempre juntos por causa da EJAH. Já não conseguimos viver sem isto. O bom era que dessem mais valor, não a nós, à Associação. Isto não é para benefício de ninguém. Nada disso. O que precisámos mesmo é que as pessoas venham, ajudem a montar, participem. Precisamos da sua presença.

Todas as actividades são criadas por nós. Quando não é A opta-se por B. E vai ficar bonito. Nós conseguimos fazer uma ginástica do dinheiro, mas ainda não conseguimos fazer clones.

Com mais gente conseguíamos fazer mais e criar uma EJAH mais forte ainda. Se assim não for, não se consegue. O Mundo precisa que as pessoas olhem umas para as outras.

E quanto aos apoios?

Quinta-feira 04 JANEIRO 2017

29 ENTREVISTA

Angariamos dinheiro com as quotas dos Associados e contamos com o subsídio anual da Câmara. São essas as verbas que entram e são certas. Fora estas instituições, temos sempre patrocinadores que nos vão ajudando. Uma forma de funcionarmos é nunca pedirmos ao mesmo, raramente o fazemos. Até nisso pensámos para não pedir sempre aos mesmos. Há três, quatro anos pedíamos um apoio e eram 100/150 euros sem problema nenhum, agora dão 10/20, é uma diferença brutal! Agora precisas de 10 diferentes para ter esse valor.

Achamos, que a distribuição do dinheiro deveria ser ajustada a cada caso.

A EJAH não é igual a uma associação que faz uma actividade por ano e só com um interesse próprio. Fazemos para os outros e muito. Se calhar, se pegarmos numa balança e pesarmos, a EJAH precisa de um apoio maior comparado a outras Associações. O caso da Rural Race é interessante. 10 Euros para a Rural Race representa o quê? É um valor ridículo. Sem o apoio da Câmara e da Junta era quase impossível.

Fora os apoios já mencionados, os associados e até mesmo os patrocínios desenvolvem alguma actividade com o

Sede

«A nossa sede não está bem localizada. A sede da Junta é mesmo por baixo e a nossa acaba por ficar escondida. Se ainda tivesse a porta virada para a estrada seria melhor e com sinalização ainda ajudava mais.

Se estivéssemos no centro de Vila Verde seria perfeito. Aí, a localização também jogava a nosso favor.

Relativamente ao material,

intuito de angariar dinheiro?

Não somos uma Associação que faz isso. Já nos aconselharam mas nunca o fizemos. Nós fazemos para trazerem alimentos. Não dinheiro. E como conciliamos? Como faríamos tudo o resto? Antigamente vendia-se bolos e limonadas…

Era mais uma coisa para fazer... Não acho que seja fundamental. Há Associações que têm uma sede onde vendem café, cerveja e têm o bar aberto todos os dias.

Aí, o dinheiro está sempre a entrar. Aqui temos a sede aberta durante a semana e quem quiser tomar um café pode vir e não paga nada.

Todas as actividades que fizemos durante os seis anos de vida da Associação têm um cariz solidário. O nosso objectivo passa sempre por ajudar.

Falando na Rural Race, foi notório o impacto que teve não só ao nível concelhio mas até outro patamar. Existem condições para continuar?

Em todas as actividades tentamos incentivar as pessoas a dar um pouco mais.

Em seis anos de história, a grande actividade que realizamos mais recentemente, com dois anos, é o Rural Race e é preparada durante o ano inteiro. Já estamos a pensar em fazer a próxima.

Na altura dissemos que iría-

mos fazer de dois em dois anos, pois engloba coisas que nos ultrapassam muito, em termos monetários e em mão de obra. É uma actividade que já precisava de uma ajuda externa porque já precisa de muita gente e muito investimento. A Câmara Municipal tem sido fantástica, só temos a dizer bem deles porque em tudo o que a gente pediu e no que concerne a grandes investimentos eles cumpriram sempre. Fizeram obstáculos que são caríssimos. De outra forma não conseguíamos fazer, não tínhamos hipótese. Como correu bem, as pessoas exigem mais.

Sentem que existe capacidade e dinâmica do outro lado. Temos de ter coisas novas, se assim não for as pessoas desmotivam. Para o ano, temos de ter os pés assentes na terra. Os investimentos que isto envolve e, principalmente, as pessoas. Não somos os seis ou sete que estão a trabalhar, somos 90. É uma actividade que envolve muita gente e que precisamos de muita ajuda.

Este ano a Prozis já nos contactou com antecedência para perguntar! «vocês vão fazer a Rural Race novamente? Queremos estar dentro disso». Ouvir e sentir isto é qualquer coisa.

Fomos o 5º evento a entrar no site deles na plataforma de inscrições online. É bom

sinal perceber que já começamos a chamar a atenção.

O caso da Prozis é somente um exemplo do reconhecimento do nosso trabalho.

E ao nível da gestão como tem corrido?

Temos feito uma gestão fantástica. Nenhum de nós é contabilista e nenhum de nós tinha experiência nisto. Temo-nos safado bem.

Poupamos nesta actividade, nesta e em outras para dar

por exemplo, as coisas estão espalhadas pela nossa sede e pela casa de pessoal associado. Se não fosse assim seria impossível. É como uma empresa que monta palcos, se não tiver onde os colocar, como é que faz? Onde é que os guarda. Começamos a ficar com a corda no pescoço…».

Combate ao conformismo

«Acerca do facto de termos “acordado Vila Verde”, as pessoas sabem que é verdade.

Muitas associações fazem duas actividades por ano, nós fazemos 20, se não forem mais. Não estou a entrar em competição com ninguém, mas realmente é verdade. É preciso reconhecer e dar valor a isso. Interessava-nos, sim, que as pessoas viessem para nos ajudar. Viemos destabilizar, mas ainda não o suficiente».

para outra coisa. De 100 conseguimos fazer 200.

Como se processa a vossa ajuda na prática?

Como fazem a distribuição, colaboram com alguma instituição?

Não somos ninguém para julgar quem vamos ajudar. Isso é muito complicado. Não é fácil de definir e não temos essa responsabilidade nem condições para saber ao certo quem precisa. Decidimos, internamente, a partir de uma altura, em falar com o apoio social.

São as pessoas responsáveis e que estão a frente do Município. Nessa parte solidária trabalhamos sempre com eles. Quase sempre são alimentos comprados com as verbas que conseguirmos e depois doamos à Loja Social, sendo eles responsáveis pela distribuição, consoante a necessidade e abordagem já realizada.

A Loja Social é que possui o registo das pessoas carenciadas e que efecti-

vamente necessitam de ajuda em Vila Verde, ou seja, não existe ninguém melhor do que eles para ajudar. Não cabia na cabeça de ninguém sermos nós a fazer essa selecção, nem na Freguesia quanto mais lá fora.

Posso depreender pela conversa que são um grupo bastante unido?

Sim, muito. Somos todos amigos. Dentro do grupo temos um chamado SOS. Se está a chover e é preciso que a árvore de Natal esteja pronta para o dia a seguir ela fica. Esse grupo de cinco ou seis pessoas está sempre presente. As coisas correm bem porque nós temos uma boa relação e somos altamente criativos.

Resume-se, no meu entender, ao ser boa pessoa e ser criativos. Nem sempre o Mundo vê mas as coisas acontecem.

Definição como associação «A Associação foi criada no sentido de haver mais apoio, senão ninguém acredita num grupo de pessoas. Foi criada nesse sentido, ser credível.

Como é que fazíamos se assim não fosse? Não

passávamos recibos? Não pode ser! Ter a Associação justifica as coisas. Iria ser muito difícil se não fôssemos Associação. Nunca poderíamos ser somente um grupo de jovens ou um grupo de amigos que

faziam estas coisas. Era impossível. Empresas que contratamos para fazer aluguer de coisas, perguntariam “mas é para quem, que número de contribuinte?” Pois...»

Quinta-feira 04 JANEIRO 2017

30 SOCIEDADE

Vila Verde recebeu viatura para Sapadores Florestais A primeira equipa de Sapadores Florestais da Associação Florestal do Cávado (AFC), criada há 17 anos, em Vila Verde, recebeu uma nova viatura, pelas mãos do Presidente da AFC, Carlos Cação. A viatura, devidamente equipada e com um custo a rondar os 100 mil euros, foi entregue ao Presidente da Câmara de Vila Verde. Para António Vilela, «devem ser canalizados todos os meios disponíveis para a prevenção e combate aos incêndios», lembrando que «os sapadores tinham uma viatura em fim de vida que vem agora ser substituída por uma com muito melhores condições que irá permitir continuar a aposta na prevenção minimizando os efeitos dos incêndios».

António Vilela louvou ainda o trabalho dos sapadores dando um exemplo: «para o mesmo número de ignições temos uma menor área ardida, o que prova a qualidade do trabalho que

está a ser feito, porque para além do trabalho permanente de prevenção, são também muito importantes nos incêndios».

Vila Verde é o único Concelho que integra a Associação Florestal do Cávado com três equipas de Sapadores, duas sob a dependência da AFC. Para o Presidente da Associação, «a renovação da frota é sempre importante e um factor de motivação para os homens que andam no terreno». Depois de ter conseguido duas viaturas para Concelhos da sua área de abrangência, Carlos Cação espera que «em breve, possamos substituir as viaturas de Amares, Terras de Bouro e Barcelos», prometendo «ficar atento» a abertura de novas candidaturas. O Presidente da AFC agradeceu, ainda, «a parceria com a Câmara de Vila Verde, a primeira de todo o Cávado, que leva 17 anos de existência. É sinal da excelente

colaboração entre as duas partes».

Cerimónia de entrega A viatura havia sido entregue, numa cerimónia na Lousã, pelo Primeiro-Ministro, António Costa, ao Presidente da Associação Florestal e onde o Ministro da Agricultura também marcou presença. «É um orgulho e o reconhecimento do trabalho que a Associação tem vindo a desenvolver na prevenção e combate em incêndios em todo o Cávado. Um trabalho que não seria possível sem o apoio e colaboração de todos os Municípios da área de influência da Associação Florestal», referiu Carlos Cação, no fim da cerimónia. Na altura, o Primeiro-ministro prometeu criar, no próximo ano, mais 200 equipas em todo o território nacional, envolvendo cerca de mil homens.

Pedro Antunes Pereira ovilaverdense@gmail.com

OPINIÃO Fátima, sempre foi, já é e será sempre mais (8) Nossa Senhora da Conceição, Padroeira de Portugal Salvador de Sousa, professor

Estou cada vez mais convencido de que fomos sempre apaixonados e fervorosos de Nossa Senhora perante a reflexão que vou fazendo com a leitura da obra “Fátima Altar do Mundo”, base destas minhas crónicas.

Estamos no mês da festa (8 de Dezembro) da Imaculada Conceição, doutrina que teve o seu auge de maior desenvolvimento, neste nosso espaço peninsular, nos séculos XVI e XVII, com Filipe II, 1598 – 1621, (o Pio pelo seu sentimento religioso) a reforçar na Santa Sé um sentimento maior para a definição do dogma da Imaculada Conceição, Nossa Senhora concebida sem pecado original, cheia de graça desde o primeiro momento da sua existência. A concretização destes anseios veio a acontecer, mais tarde, com o Papa Pio IX, a 8 de dezembro de 1854, proclamando o que sempre fervilhou no coração de toda a cristandade.

Em 1858, Maria declara-se, em Lourdes, a Bernardette Soubirou, dizendo «Eu sou a Imaculada Conceição.» Esta aparição, num espaço de quatro anos da proclamação do dogma, vem, como que a confirmar, esta verdade (dogma) que o cân. 749 do Direito Canónico diz ser «o pronunciamento definitivo e infalível de verdades da fé e da moral como reveladas, feito pelo supremo magistério de Igreja.» Realça-se que Filipe II, terceiro de Espanha, para fundamentar o seu pedido, já referido, fez movimentar Universidades e teólogos da Península para aprofundarem e revelarem o seu sentir no que concerne a esta já tão enraizada convicção da Conceição Imaculada nestas terras de Maria.

Há documentos, segundo a obra que estou a ler e não só, que relatam, desde essa altura, o surgimento de um maior número de reflexões, sobretudo na Universidade de Coimbra, demonstrando a doutrina da Conceição Imaculada.

Sermões escritos proclamados, com eloquência, por lentes das diversas faculdades na festa do dia 8 de Dezembro. Dou, como exemplo, o Dr. Fr. Egídio de Apresentação, um grande teólogo e Vice-reitor da Universidade de Coimbra, que, em 1617, escreve:« Há 60 anos que conheço esta nossa florentíssima universidade; pois em todo este lapso de tempo nunca nela conheci ninguém, que defendesse a opinião contrária a este privilégio de Maria, não só publicamente nas escolas, mas nem mesmo em palestras particulares.» O próprio Filipe II de Portugal comunica à Universidade de Coimbra que enviou a Roma uma embaixada para pedir ao Santo Padre a declaração do mistério da “puríssima Conceição da Virgem Nossa Senhora”. No dia 9 de dezembro de 1617, o reitor, lentes das faculdades, deputados e conselheiros reuniram para agradecer ao rei todo o empenho no abraço desta causa e, logo, no dia 16 de dezembro, escreveram ao Papa a dar conhecimento da sua convicção, apoiando a iniciativa do monarca. O rei retribuiu, incentivando e dando autorização para que, por todo o reino, se espalhasse esta doutrina, colocando lápides em todos os concelhos a dizerem: « A VIRGEM MARIA NOSSA SENHORA FOI CONCEBIDA SEM PECADO ORIGINAL. » A nível do clero, faz-se o juramento na defesa da doutrina da Conceição de Maria, em 30 de setembro de 1634, no sínodo diocesano da Guarda (Bispo D. Fr. Lopo de Sequeira Pereira); em Braga, a 14 de junho de 1637 (Bispo D. Sebastião de Matos de Noronha) e em Coimbra (Bispo D. Joane Mendes de Távora), em 8 de março de 1639.

D. João IV, assistiu, pela primeira vez, como rei de Portugal na capela real, à festa da Imaculada Conceição e o orador, franciscano Fr. João de S. Bernardino, além de vincar toda a tradição da fé em Maria dos seus antecessores, exortou-o a agradecer todos os feitos e a implorar a proteção da Virgem, concluindo com estas palavras: «Seja assim, Senhora, seja assim, e eu vos prometo, em nome de todo este reino, que ele, agradecido, levante um troféu a Vossa Imaculada Conceição que, vencendo os séculos, seja eterno monumento da restauração de Portugal.» Esta promessa foi cumprida por D. João IV, proclamando no ano de 1646, em Vila Viçosa, a Virgem Santíssima como Padroeira do reino de Portugal com o título “ Imaculada Conceição”. Desde essa data, os reis de Portugal nunca mais colocaram a coroa na cabeça. Em sessões oficiais, era colocada, numa almofada, no seu lado direito.

Na Universidade de Coimbra, o reitor, cumprindo as ordens régias, fez saber que a fórmula dada a todos os graduados começasse pela declaração de «defender sempre e em toda a parte que a Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe de Deus, foi concebida sem a mancha do pecado original.» Esta fórmula vigorou para que obtivessem o respetivo grau académico até à definição da Imaculada Conceição de Maria como dogma de fé, como já foi referido, pelo Papa Pio IX, a 8 de dezembro de 1854.

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SOCIEDADE

Bombeiros benzeram duas novas ambulâncias em dia dedicado à padroeira

• Comemorações do dia 8 de Dezembro A bênção de duas novas ambulâncias de transporte de doentes, recentemente adquiridas, foi um dos principais momentos das comemorações do Dia da Imaculada Conceição, a padroeira dos Bombeiros de Vila Verde. «Investimos cerca de 66 mil euros nestas viaturas e até Maio, sensivelmente, vamos comprar mais três ambulâncias, para renovar a nossa frota», explicou o Presidente da Direcção, Carlos Braga. Até ao final deste ano, a corporação espera a chegada de um veículo florestal de combate a incêndios, depois de aprovada uma candidatura a fundos comunitários.

Este dia especial para os Bombeiros arrancou com o hastear da bandeira e a deposição de uma coroa de flores no Monumento junto ao quartel. Seguiu-se a colocação de insígnias aos 11 novos recrutas de Bombeiros, um momento que antecedeu a bênção das duas novas ambulâncias e a missa, celebrada na Igreja Matriz, pelo padre Artur Gonçalves. A romagem ao cemitério e a colocação da coroa de flores em homenagem aos bombeiros falecidos encerrou a manhã.

A tarde integrou nova missa, seguida de procissão. A transmissão da Cruz da Páscoa encerrou o programa.

Ricardo Costa ovilaverdense@gmail.com

António Vilela destaca importância dos Bombeiros O Presidente da Câmara, António Vilela, considera que os Bombeiros de Vila Verde são «uma instituição fundamental na protecção de bens e no socorro às pessoas», que «esperam muito deles». «É motivo de grande satisfação para nós vermos que

está a desenvolver esforços para ter cada vez mais e melhores meios, porque isso é sinal que a nossa população pode estar mais segura e tranquila», frisou.

OPINIÃO Gestão Financeira da sua empresa - O que mudar para 2018 António Araújo Com 2018 prestes a começar é altura de refletirmos sobre aquilo que queremos corrigir e melhorar nas nossas empresas de forma a atingirmos um bom desempenho nos nossos negócios. Saber gerir as nossas empresas é uma tarefa complicada, e torna-se mais difícil se não houver uma boa gestão financeira, planeamento e controlo de gestão. Na prática existem muitas empresas com dificuldades financeiras, e na maioria das vezes são causados por problemas de gestão de tesouraria, ou então pela falta de gestão. Veja alguns erros comuns nas nossas empresas a evitar em 2018: Desconhecimento sobre a origem dos recebimentos e pagamentos: existem muitas empresas que não conhecem a sua tesouraria e por isso não sabem o quanto recebem e quanto gastam, muito menos sabem que lucro estão a gerar. Preço de venda desajustado: um agravante que coloca em grande risco o lucro da empresa, ocorre na maioria das vezes pela falta de conhecimento dos custos e despesas dos seus produtos ou serviços. Retiradas irrefletidas: pensar que a empresa ser sua lhe dá o direito de retirar dinheiro para fins pessoais sempre que achar necessário é um grande erro e que acontece frequentemente em muitas empresas. Falta de planeamento entre as contas a pagar e as contas a receber: o equilíbrio da tesouraria de uma empresa acontece quando estes dois indicadores trabalham em sintonia, é um erro não fazer a programação devida entre eles. Uma coisa que também acontece frequentemente é efectuar compras para pagamento no mesmo dia dos salários, gerando grande quebra ou mesmo ruptura de liquidez. Ausência de sistemas de informação: grande parte das micro e pequenas empresas são especialistas em apagar incêndios, mas não percebem onde o fogo começou. Organização de documentos: sabe aquela fatura de compra de três dias atrás? Se não souber onde ela se encontra, pode ser sinal de sérios problemas de organização.

Algumas dicas simples para fazer uma boa gestão financeira: 1. Estipule um vencimento fixo e alinhado com a realidade da sua empresa, não procedendo a utilização pessoal da liquidez da sua empresa.

2. Mantenha um controlo permanente das despesas fixas, procurando mantê-las compatíveis com a capacidade da empresa 3. Antes de formular o preço de venda, estude, pesquise e peça conselhos para formular um preço adequado ao mercado e que gere lucro.

4. Evite os excessos de compras, e mantenha os stocks em níveis compatíveis com os volumes de vendas; 5. Evite os desfasamentos de prazos entre os pagamentos de compras com os recebimentos das vendas; 6. Adopte critérios seguros e adequados para conceder crédito nas vendas, diminuindo as dívidas incobráveis; 7. Fuja sempre que possível de desconto de cheques pré-datados e letras, evitando assim o aumento das despesas financeiras; 8. Faça publicidade, analisando o custo/benefício da mesma para a empresa; 9. Planeie adequadamente, criando sistemas de informação que permitam avaliar, medir, controlar e executar acções que melhorem os resultados, mas não esqueça de realizar um acompanhamento dos processos e resultados.

10. Tenha tudo registado, não importa o meio utilizado, seja através de um sistema informatizado, ou até mesmo em papel. É fundamental ter todos os registos escritos de maneira organizada e, além disso, avaliar os dados, prever os acontecimentos, reduzir riscos e obter melhores resultados.

Conclusão É indispensável o planeamento financeiro e execução de uma gestão financeira eficiente para evitar erros que na maioria das vezes colocam em risco a continuidade empresarial.

Cabe ao empresário a constante busca de informações para garantir a prática de uma boa gestão financeira e a evolução dos seus negócios.

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SOCIEDADE

André Lima C. Ferreira lança primeiro livro aos 16 anos • “Pensamento de um adolescente” foi apresentado na Biblioteca Municipal Com apenas 16 anos, o jovem André Lima Correia Ferreira, com raízes em Parada de Gatim actualmente radicado em Alcobaça, acaba de lançar o seu primeiro livro “Pensamento de um adolescente”, em que procura provocar a reflexão dos leitores sobre aquilo que são e o que querem ser. Ou, por outras palavras, «levar a nostalgia de criança aos adultos e mostrar aos adolescentes o quanto é bom sê-lo».

«A ideia de lançar este livro surge quando o pensamento tem de ficar em papel e não apenas vaguear na mente e correr o risco de perder-se.

Quando se juntam várias ideias, juntam-se também os papéis e nasce o livro», explica.

Com o “Pensamento de um adolescente”, André procura mostrar a importância de valores como o amor, a família, a amizade e a

compreensão, comentando assuntos do quotidiano, retirados da sociedade, «dando-lhes o ponto de vista de um adolescente do século XXI. «Através das interrogações, pretendo transmitir o papel preponderante de reflectirmos e planearmos as nossas acções e as nossas vidas. Vivemos num mundo imperfeito onde cada um procura o seu paraíso», assegura.

O livro foi apresentado publicamente no dia 9 de Dezembro, na Biblioteca Municipal Professor Machado Vilela, em Vila Verde. Além de intervenções da Vereadora Júlia Fernandes e de José Machado, que apresentou o livro, a sessão contou com testemunhos do avô – António Correia – e do irmão do autor– Sandro Lima.

Ricardo Costa ovilaverdense@gmail.com

O retrato do autor – visto pelo próprio André Lima C. Ferreira é um miúdo de 16 anos que deixa a subjectividade, a poesia e a magia das letras, por breves instantes, tomarem conta de si enquanto escreve e, depois, volta à

normalidade para ser um adolescente como todos os outros. Quando não escreve (é muito o tempo) pratica desporto, nomeadamente correr com uma bola nos pés, dar aos pedais enquanto

desce em cima de duas rodas, correr à frente da polícia («estou a brincar, sou um civil civilizado») e também, como não podia deixar de ser, faz asneirices de adolescentes. Para felicidade dos

pais, é um aluno aplicado – na escola, como é óbvio.

Gosta do seu nome André, embora seja, vulgarmente, chamado por Lima. Por fim, considera-se boa pessoa («dentro dos possíveis»).

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MÚSICA

«O grande objectivo deste projecto é divulgar a música tradicional portuguesa» • “Sérgio Mirra” junta três músicos em volta dos cantares e dos instrumentos tradicionais A vontade de querer divulgar a música tradicional portuguesa, dando-lhe um cunho pessoal e uma nova roupagem, fez com que Sérgio Mirra tenha desafiado os músicos Luís Pinho e Hervê Freire para a criação de um novo projecto musical, que está agora a dar os primeiros passos e que tem precisamente o nome do seu mentor – “Sérgio Mirra”.

«Eu e o Luís Pinho já nos conhecemos há muito tempo, damos aulas na Escola de Música de Prado e a verdade é que as coisas funcionam muito bem entre os dois.

Só que sentimos que faltava mais qualquer coisa e decidimos procurar um percussionista, embora não seja fácil encontrar alguém que toque percussão tradicional. Daí o convite ao Hervê Freire. Acho que a junção foi perfeita, porque trabalhamos muito bem os três», explica Sérgio Mirra.

O projecto surge, por isso, «da grande paixão pela música tradicional portuguesa e da vontade de passar às gerações vindouras este tesouro riquíssimo que é

a música tradicional e os instrumentos tradicionais portugueses». «A identidade dada às músicas é muito própria e muito pessoal, com uma mistura de ritmos muito diversificados, tentando torna-las bastante apelativas e contagiantes para quem as ouve», assegura.

Em Vila Verde, o trio já actuou no Dia do Município e nas tomadas de posse dos novos executivos das Juntas de Freguesia da Vila de Prado e de Oleiros. O “feedback” positivo fez aumentar a motivação, ganhar mais capacidade de trabalho e avançar para estúdio para gravar quatro temas e lançar vídeos promocionais, que têm sido disponibilizados nas redes sociais.

«As primeiras actuações permitiram-nos perceber que estávamos no bom caminho e a partir daí decidimos ir para estúdio, porque é importante ir pondo trabalho a circular. A aceitação tem sido muito boa e temos passado nalgumas rádios da zona Norte. Os comentários que nos vão chegando encorajam-nos a continuar», frisa

Sérgio Mirra.

O grupo já gravou quatro músicas tradicionais, com arranjos feitos pelos próprios: “O que levas na garrafinha” (Alentejo), “Ciranda” (Trás-os-Montes), “Bravo” (Açores) e “São Gonçalo” (Amarante). «Vamos continuar a trabalhar e, sobretudo, a divulgar a música tradicional portuguesa, que é o nosso objectivo. Eu sou um apaixonado pela música tradicional portuguesa e pelos instrumentos tradicionais portugueses», vinca o mentor.

CD na forja Nesta fase inicial, o projecto está numa fase de «amadurecimento», mas Sérgio Mirra projecta já a intenção de editar um CD. «Estas músicas que já gravámos pretendem fazer a promoção do projecto e, ao mesmo tempo, são já a preparação para que, quando chegarmos aos 11/12 temas, possamos avançar para a gravação de um CD nosso», explica Sérgio Mirra. Numa fase seguinte, o trio poderá também incluir no espectáculo originais de cavaqui-

«A música portuguesa tem que ser mais valorizada» • Instrumentos tradicionais com nova vida Sérgio Mirra considera que os instrumentos tradicionais estão a viver «uma nova vida» actualmente, num tempo em que «as pessoas perderam um bocadinho a vergonha daquilo que é a música tradicional e os instrumentos tradicionais».

«Tivemos a grande febre da concertina há alguns anos e neste momento penso que os cordofones tradicionais estão com uma força bem maior. Vemos o cavaquinho em todo o lado, muitas crianças a querer aprender. São instrumentos que estão muito na moda. Todos os

dias consumimos música sem qualidade e a música portuguesa tem que ser

Ricardo Costa ovilaverdense@gmail.com

muito mais valorizada e acarinhada», frisa.

nho, embora «seja mais difícil» chegar ao mercado com temas originais. «O mercado

é que vai ditar aquilo que precisamos. Vamos experimentando, colocando cá fora

e vendo a aceitação das pessoas», frisa.

Quem é Sérgio Mirra?

• Perfil do músico

Músico multi-instrumentista de cordas, a quem a música tradicional portuguesa desde muito cedo conquistou. Licenciado em Educação Musical, começou os seus estudos musicais no Centro de Cultura Musical nas Caldinhas, em Santo Tirso, tendo o violino como instrumento principal. Mais tarde, ingressou na Escola Profissional de Música de Viana do Castelo, onde concluiu o curso profissional de instrumento.

Fez a sua licenciatura no Instituo Piaget em Canelas (Gaia) e a profissionalização em serviço na Universidade do Minho.

Como músico, começou o seu percurso no grupo de cavaquinhos “Seara Nova”, de Ronfe, Gui-

marães, onde esteve seis anos. Durante 16 anos fez parte do Grupo Musical Pedra D’Água, de Joane, Famalicão, tendo realizado centenas de espectáculos por todo o país.

Seguiu-se o projecto Augusto Canário & Amigos, onde esteve oito anos.

Esteve também durante um ano nos Minhotos Marotos, de Guimarães, onde foi músico, letrista e compositor.

Sendo violinista de formação é principalmente aos instrumentos tradicionais que se tem dedicado com mais afinco, nomeadamente o cavaquinho, o bandolim, a gaita de foles, a viola braguesa e a viola amarantina, mas também a outros instrumentos como o ukulele, a

guitarra portuguesa ou as flautas de Bisel. Natural de Guimarães, reside actualmente em Oleiros, na zona Sul do Concelho de Vila Verde.

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SOCIEDADE

OPINIÃO

Desejos para 2018 Martinha Couto Soares É inevitável que no início de cada ano se faça um conjunto de planos, se formulem vários desejos do que gostaríamos que fosse o nosso futuro. E essas formulações são sempre polvilhadas de uma certa utopia e idealismo. Mas se nem no início de um novo ano fossemos otimistas, que seria de nós?

Pois bem, eu desejava tanto que os debates em política fossem serenos e aprofundados e que nada fosse mais importante do que a busca da justiça social e do fim das desigualdades.

Que em vez da má política se fizesse uma boa política, ou seja, em vez de ignorar a realidade, a tivéssemos realmente em conta. Em vez da manipulação dos dados e da falta de informação das pessoas, tivéssemos a estimulação do debate e das soluções viáveis. Muito acima de qualquer vaidade, de interesses mesquinhos ou jogos de poder.

Que o jornalismo, importantíssimo, se faça com ética, para que a verdade chegue a todos os portugueses.

Que os cinco princípios da democracia sejam reinventados: liberdade, igualdade, solidariedade, diversidade e participação. Sem a participação nenhum dos outros princípios se concretiza.

Uma participação aberta a todos e assumida nas suas mais variadas formas: na vida da família, da aldeia, do concelho, do distrito, do país. De igual modo no trabalho, na escola, na universidade, nas diversas associações civis, culturais, económicas, políticas. Podemos fazê-lo de forma individual ou integrando grupos e instituições. Todas são participações válidas. Só a ampla participação promove condições para o pleno exercício da liberdade e da cidadania, tendo em vista a construção de uma sociedade verdadeiramente democrática.

O meu desejo de que as pessoas e a sua qualidade possam estar cada vez mais disponíveis para fazer sempre cada vez mais e melhor, de que as associações se concentrem cada vez mais em criar cidadãos intervenientes e participantes na construção de soluções viáveis para as suas comunidades. Porque o desenvolvimento do país começa nos municípios e em Vila Verde esse desenvolvimento vai no bom sentido, com o futuro a construir-se dia a dia, com empenhamento e com muita vontade!

Confiança é também a palavra que desejo impere em 2018, confiança num futuro melhor!

2018 será um ano marcante para Vila Verde, com a criação de mais emprego, mais postos de trabalho, e pela concretização e arranque de várias obras estimulantes para o concelho, fruto do trabalho do anterior mandato.

Hoje Vila Verde é um concelho dinâmico, resultado da estratégia do nosso executivo municipal.

Continuemos, juntos, a fazer Vila Verde!

Um excelente ano 2018 para todos!

População do Vade incentivada a reciclar óleo alimentar Um garrafão por família foi distribuído pela Junta da União de Freguesias do Vade, na Festa de Natal, com o objectivo de reciclar óleo alimentar usado. Por cada litro entregue, a Junta de Freguesia irá plantar uma árvore num baldio da União de Freguesias. No total, foram entregues 100 garrafões de cinco litros e os pontos de recolha estão espalhados por todos os edifícios das Juntas da União de Freguesias.

Segundo o Presidente da Junta, Carlos Cação, «esta é uma iniciativa inédita na Freguesia em que apelamos às pessoas para reciclarem o óleo alimentar. Nesta altura do ano, há um aumento do consumo dos óleos alimentares que normalmente são despejados pelas pias da cozinha. Ao entregarmos os garrafões estávamos a pe-

dir às pessoas que tenham uma consciência ecológica, que coloquem lá os óleos e que, depois, os entreguem nas sedes de Junta». Car-

los Cação acrescenta que «com esta acção ecológica, a União de Freguesias fica a ganhar, porque por cada litro entregue iremos plan-

tar uma árvore nos nossos baldios».

Pedrp Antunes Pereira ovilaverdense@gmail.com

700 pessoas juntam-se para celebrar o Natal na União de Freguesias O tradicional almoço de Natal promovido pela Junta da União de Freguesias do Vade juntou, no Pavilhão Gimnodesportivo, 700 pessoas das Freguesias de Atães, Codeceda, Covas, Penascais, Valões. A festa foi abrilhantada por um auto de Natal protagonizado pelas crianças do Jardim de Infância e da EB/1 com a colaboração dos idosos do Centro Social de Covas.

O Presidente da Câmara de Vila Verde, António Vilela, não quis faltar à festa e ainda testemunhou «a imensa alegria» do Presidente da União de Freguesias. Carlos Cação agradeceu «a participação de todos, porque esta é uma festa para vocês.

Enquanto formos Junta iremos continuar a organizá-la porque queremos uma União de Freguesias ainda mais unida, a trabalhar com todos e para todos».

Pedro Antunes Pereira ovilaverdense@gmail.com

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SOCIEDADE

Associação Empresarial do Vale do Homem com espaço para criar sede em Vila Verde

Ricardo Costa ovilaverdense@gmail.com

A Associação Empresarial do Vale do Homem (AEVH) recebeu, das mãos da Câmara de Vila Verde, um edifício, situado no centro da vila, que funcionará como uma das sedes da associação, que abrirá também espaços físicos, a breve prazo, nos Concelhos de Amares e de Terras de Bouro. À margem da assinatura do protocolo entre as duas entidades, o Presidente da AEVH, Jorge Pereira, disse que a instalação física é um dos primeiros grandes objectivos do Conselho de Administração a que preside.

«Vai-nos permitir ter mais proximidade e desenvolver

um conjunto de serviços de apoio aos empresários dos três Concelhos», explicou.

Neste caso, o edifício encontra-se degradado e necessita de obras de requalificação, cujo financiamento deverá passar, segundo Jorge Pereira, pela apresentação de uma candidatura. Na sessão de assinatura do protocolo, o Presidente da Câmara de Vila Verde, António Vilela, garantiu que o Município vilaverdense «está disponível para colaborar» nessa requalificação. O edifício situa-se na Avenida Bernardo Barbosa Brito Ferreira junto ao Hospital da Santa Casa da Misericórdia.

AEVH e Sociparque assinaram protocolo

• Estimular o comércio local através de descontos no estacionamento subterrâneo A Associação Empresarial do Vale do Homem (AEVH) e a Sociparque assinaram um protocolo que permite que os utilizadores do parque de estacionamento subterrâneo de Vila Verde, concessionado por aquela empresa, tenham um desconto de 50% desde que façam compras de pelo menos 10 euros no comércio local.

«Este é um protocolo que surge no sentido de estimular o comércio local. Fizemos alguma força junto da empresa concessionária para que fosse assinado

agora, até tendo em conta a época natalícia. Para beneficiar do desconto, basta apresentar o talão do estabelecimento», disse o Presidente da Associação Empresarial, Jorge Pereira, à margem da assinatura do protocolo com a Sociparque.

Em termos concretos, os automobilistas que deixem o carro no parque de estacionamento durante 12 horas pagarão apenas 2,50 euros, em vez dos cinco euros definidos por tabela.

«Se estacionarem durante uma hora, pagarão apenas

27 cêntimos, o que é irrisório. Estamos a falar de um parque com excelentes condições, que permite que os automóveis fiquem resguardados, quer no Verão, quer no Inverno», acrescentou Jorge Pereira.

De acordo com o Presidente da AEVH, há também a possibilidade de futuramente o protocolo permitir que os comerciantes possuam avenças para poder estacionar no parque subterrâneo, com preços idênticos aos pagos pelos funcionários da Câmara Municipal.

«Queremos ser um parceiro estratégico das dinâmicas empresariais no Vale do Homem» • Presidente da Associação Empresarial quer sedes nos três Concelhos Os associados da Associação Empresarial do Vale do Homem aprovaram, por unanimidade, a proposta do Conselho de Administração liderado pelo arquitecto Jorge Pereira de criação de três sedes da associação nos três Municípios da área de abrangência, Amares, Terras de Bouro e Vila Verde.

Na mesma reunião magna, os associados anuíram à criação de uma estrutura de apoio administrativo abrangente aos três Concelhos, como forma de «consoli-

dar a AEVH como parceiro estratégico das dinâmicas empresariais no Vale do Homem, através de uma presença próxima e activa junto dos diferentes actores e agentes do território».

Numa AG liderada por João Luís Nogueira, onde já marcaram presença os novos órgãos eleitos no passado mês de Outubro, o Presidente do Conselho de Administração, Jorge Pereira, traçou o caminho para 2018 e anos seguintes: «constituir-se como agente primei-

Ricardo Costa ovilaverdense@gmail.com

ro no apoio aos diferentes sectores da actividade empresarial do Vale do Homem assume-se como outra importante etapa a cumprir em 2018, assente na prestação de serviços e realização de actividades que cumpram esse desiderato».

Com os olhos postos «no futuro», o novo Conselho de Administração viu sufragado o alargamento dos fins da associação empresarial à defesa dos sectores da Agricultura, Indústria, Comércio e Serviços para o da

Economia Social, «assente na promoção dos Produtos Locais, Artesanato, Gastronomia, Restauração, Turismo, Património Imaterial, Natural e Religioso; na criação de parcerias e protocolos de cooperação bilateral com Municípios, Associações de Desenvolvimento Local, Entidades Financeiras, estabelecimentos de ensino Profissional e Ensino Superior, Instituições da Economia Social; o lançamento de uma Feira-Mostra da actividade empresarial».

Carlos Machado Silva ovilaverdense@gmail.com

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SOCIEDADE

Número de activos a descontar para a Segurança Social aumenta 4,3% em três meses na região do Cávado O crescimento do número de activos a descontar para a Segurança Social aumentou 4,3 % no Cávado no último trimestre face ao período homólogo de 2106. Os dados, ainda “sujeitos a actualização”, constam do relatório Norte Conjuntura da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N).

Este crescimento “particularmente acentuado” na sub-região do Cávado é superior ao registado, no mesmo período, em toda a região Norte.

As sub-regiões Alto Minho, Ave, Tâmega e Sousa, do Alto Tâmega e da Área Metropolitana do Porto registaram, segundo a CCDR-N, variações entre 3,4% e 3,7%. Já o crescimento nas sub-regiões do Douro e Trás-os-Montes a variação foi de 3,2% e de 1,6%, respectivamente.

«A Área Metropolitana do Porto voltou a ser de-

terminante, assegurando um contributo que, por si só, explica quase metade do crescimento observado em toda a Região», explica o relatório.

Mais mulheres com emprego O documento conclui ainda que o emprego em toda a região cresceu 3,5% no terceiro trimestre de 2017 e a taxa de emprego atingiu os 71,9%, o valor mais elevado dos últimos 15 anos.

O relatório avança igualmente que o aumento do emprego foi impulsionado sobretudo pela indústria transformadora, cujo nível de emprego registou o crescimento mais acentuado dos últimos sete trimestres, a par do alojamento, restauração e similares.

Contudo, há menos pessoas empregadas no sector primário e na construção, que perderam, respectiva-

mente 22,2% (28 mil pessoas) e 6,4 % empregos.

Emprego em crescimento O aumento global do emprego na região traduz-se em mais de 57 mil pessoas empregadas, um valor inferior ao registado na primeira metade de 2017 mas que ultrapassa os resultados de 1999 a 2016 .

O Norte Conjuntura avança que, “em termos homólogos, o crescimento do emprego na região Norte no terceiro trimestre de 2017 explica-se sobretudo pelo aumento do número de mulheres empregadas, que passaram a ser mais cerca de 47 mil do que um ano antes, uma variação de 6,1%, face aos homens (1,2%).

Fernando Gualtieri ovilaverdense@gmail.com

Apostou dois euros e ganhou 20 mil na raspadinha • António Silva teve prenda de Natal antecipada

Uma raspadinha que custou dois euros, comprada no café do “Mercado Misto”, em Atiães, deu a António Silva, residente naquela localidade, um prémio de 20 mil euros, que servirá para ajudar a família e reparar a casa. «Foi uma prenda de Natal que chegou mais cedo. Vai-me servir para arranjar o telhado da minha casa e, claro, vou também distribuir pelos meus filhos e pelos meus netos», conta o contemplado.

No “Mercado Misto”, a satisfação foi geral, por a sorte ter premiado um cliente habitual, quer do café, quer do supermercado. Esta foi o prémio mais alto alguma vez dado por aquele espaço de Atiães, que no passado já tinha visto seus clientes obterem cinco mil e dois mil euros.

Ricardo Costa ovilaverdense@gmail.com

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SOCIEDADE

EDP Comercial aumenta tarifas da luz em média 2,5% em 2018 A EDP Comercial vai aumentar em média o preço da electricidade em 2,5% em 2018, devido à subida do preço da energia do mercado grossista no último ano na ordem dos 24%.

Em declarações à Lusa, Miguel Stilwell de Andrade adiantou que o fornecedor de energia em mercado livre, do grupo EDP, «procurou privilegiar as famílias, com maiores consumos», com tarifa simples, que terão uma redução na compo-

nente de consumo e um aumento na potência, o que permite «uma tarifa igual ou ligeiramente abaixo» à regulada.

As tarifas de electricidade no mercado regulado descem em 0,2% para os consumidores domésticos a partir de 1 de Janeiro.

«O importante é olhar para o conjunto das duas coisas para poder comparar”, defendeu o administrador do grupo EDP, realçando que a componente variável (consu-

mo) - que descerá - representa cerca de 75% da factura.

Já no caso da tarifa bi-horária, os preços da EDP Comercial serão entre 1% e 3% mais altos do que os praticados aos consumidores que ainda têm tarifa regulada: «Efectivamente no caso da tarifa bi-horária não vai ser possível termos preços competitivos», admitiu.

Fernando Gualtieri ovilaverdense@gmail.com

Alteração à Lei do Tabaco proíbe cigarros aquecidos em espaços fechados Entre as novas alterações à lei do tabaco, em vigor no dia 1 de Janeiro, consta a proibição de fumar tabaco aquecido (IQOS) em espaços fechados, como já acontecia com os cigarros tradicionais e os cigarros electrónicos.

A lei n.º 63/2017 passa a “abranger no conceito de fumar os novos produtos do tabaco sem combustão que produzam aerossóis, vapores, gases ou partículas inaláveis”.

Mais: a lista dos espaços onde é proibido fumar aumenta, passando a ser incluídos “os locais destinados a menores de 18

anos, nomeadamente infantários, creches e outros estabelecimentos de assistência infantil, lares de infância e juventude, centros de ocupação de tempos livres, colónias e campos de férias, parques infantis, e demais estabelecimentos similares”.

A nova lei obriga também à existência de espaços para fumar no exterior de estabelecimentos de saúde, como hospitais ou clínicas, e instituições de ensino, qualquer que seja a idade dos alunos e o grau de escolaridade.

A alteração à Lei do Tabaco prevê ainda que “os ser-

Junta da Loureira promove Almoço de Reis no dia 14 A EB 2,3 de Vila Verde recebe, no próximo dia 14 de Janeiro, a partir das 12h00, o tradicional Almoço de Reis, organizado pela Junta de Freguesia da Loureira, com o apoio da EJAH –

Eulália Jovem Associação Humanitária. As inscrições decorrem até ao dia 11. A organização assegura transporte gratuito para os interessados.

Ricardo Costa

ovilaverdense@gmail.com

viços de saúde ocupacional devem promover nos locais de trabalho acções e programas de prevenção e controlo tabágico, disponibilizando informação concreta sobre as consequências do consumo de tabaco e da exposição ao fumo de tabaco aos trabalhadores, e devem apoiar ou referenciar os trabalhadores que pretendam iniciar o tratamento de cessação tabágica para o médico de família ou para as consultas de cessação tabágica”.

A lei inclui ainda uma alínea que proíbe “qualquer discriminação dos fumadores no âmbito das rela-

ções laborais, designadamente no que se refere à selecção e admissão, à ces-

sação da relação laboral, ao salário ou a outros direitos e regalias”.

Fernando Gualtieri ovilaverdense@gmail.com

Augusto Sousa completou 102 anos Augusto Sousa mantém-se em forma e continua a ser notícia pela sua longevidade. Natural e residente em Nevogilde completou, a 28 de Dezembro último, 102 anos de vida. Voltou a reunir família e amigos.

Redação ovilaverdense@gmail.com

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SOCIEDADE

Natal Solidário da JS de Vila Verde A Juventude Socialista de Vila Verde conseguiu, em parceria de pastelarias do Concelho, «fazer sorrir várias dezenas de famílias», patrocinando um Natal mais doce, oferecendo doces típicos de Natal como Pães-de-ló, Bolos Rei entre outros doces da época. Segundo o líder, André Carvalho, «esta recolha foi um verdadeiro sucesso, superando qualquer perspectiva que este grupo tinha em relação ao número de donativos por parte das entidades».

Foram arrecadados quase duas centenas de doces e

«pode-se afirmar até que todas as pastelarias envolvidas mostraram-se bastante solidárias e empenhadas nesta recolha. Agradecemos com particular destaque às pastelarias: Cristo Rei, Vilaverdense, Pedro, Pão d´oiro, Letícia, Luena, Sininho, Padaria Cabanelas, Confeitaria Marques, S. Salvador, Babá, Cunha, Doce Prado, DaVila, Lage d´oiro, Alívio, Pão da Ló e Doce Pimenta, por nos ajudar a proporcionar um sorriso a várias famílias carenciadas do nosso Concelho e fazer acreditar a elas e a nós que ainda existe uma onda solidária em Vila

Verde».

André Carvalho acredita que «esta iniciativa foi bem concedida e trouxemos mais alegria às famílias mais carentes do concelho, pois a solidariedade é o sentimento que melhor manifesta o respeito pela dignidade humana. Temos certeza que vamos continuar com esta “missão sorriso” natalícia, contudo esperamos também que o número de famílias carenciadas do Concelho diminua ao longo dos anos».

Redação ovilaverdense@gmail.com

Pedro Silva substitui Cláudia Pinto como Vereador do PS • Socialista pede mais apoio para “Os Regadinhas” de Freiriz Pedro Silva, natural de Freiriz e licenciado em Fiscalidade, tomou posse, no dia 18 de Dezembro, como Vereador do PS, no seguimento do pedido de substituição momentâneo formalizado pela Vereadora Cláudia Pinto.

Na sua primeira acção, Pedro Silva apresentou uma recomendação, subscrita por José Morais e Luís Castro, pedindo ao Município apoio para a renovação e ampliação dos balneários e restante espaço envolvente da Associação Desportiva e Cultural “Os Regadinhas de Freiriz”, solicitando ainda uma revisão positiva ao financiamento deste tipo de instituições e associações.

«A Associação Desportiva e Cultural “Os Regadinhas

de Freiriz” tem tido nos últimos anos um crescimento desportivo considerável, contando já com mais de uma centena de jovens atletas afectos à prática de futebol», refere o documento.

Na recomendação, o PS diz que «esse crescimento deve-se à melhoria das condições levada a cabo no passado, nomeadamente aquando da colocação de relvado sintético, mas sobretudo do notável trabalho desenvolvido pela Direcção» do clube.

No entanto, defendem os socialistas, «a Associação encontra-se no presente condicionada pelas actuais instalações», uma vez que «os balneários e restantes anexos são insuficientes para garantir aos jovens

atletas as condições necessárias e dignas para a prática desportiva».

«O crescimento sustentado que se tem verificado de ano para ano, relevado pelo aumento significativo do número de atletas, justifica uma intervenção que se ajuste à actual realidade da entidade, mas que essencialmente não limite o seu crescimento futuro», frisam.

Por isso, o PS defende que «a Câmara Municipal deve desenvolver um conjunto de parcerias que permitam estrategicamente dinamizar e incentivar as actividades culturais e desportivas, seja por exemplo através do investimento em equipamentos desportivos ou pelo apoio à formação desporti-

va».

Esta recomendação vem no sentido das tomadas de posição feitas no passado, em que o PS tem pedido «mais

atenção» para os clubes desportivos do Concelho, referindo os casos do GD Cabanelas e do Aboim AC, «pedindo também uma di-

ferenciação financeira positiva para todos os clubes que apostem nas camadas jovens.

R.C.

PS diz que apoio financeiro aos clubes e colectividades é tardio e pouco abrangente O PS entende que a proposta para comparticipação da actividade desportiva dos clubes e colectividades concelhias deveria ser mais abrangente, merecendo «uma maior valorização todos os clubes concelhios que apostem vincadamente no desporto de formação, nas camadas jovens e que

potenciem outras modalidades desportivas para além do futebol. E de fora não podem ficar os atletas de modalidades desportivas alternativas, devendo o Município criar regras de apoio claras, justas e transparentes, além de promover condições para treino e prática desportiva,

sem esquecer o apoio em deslocações nacionais e internacionais», referiram os Vereadores socialistas.

Os socialistas acrescentam ainda que «se o Município de Vila Verde se quer apresentar como parceiro destas instituições deve acompanhar as suas necessidades e atempadamente

proceder à ajuda quando os clubes e colectividades mais precisam, ou seja, no início da época desportiva.

Sabemos que muitos clubes estão com sérias dificuldades financeiras porque a comparticipação camarária ainda não foi paga vários meses depois do início da época.

Para os Vereadores a proposta apresentada «surge desgarrada de uma estratégia global que deveria assentar em princípios de equidade, o que não acontece, já que ao longo do ano há clubes que são apoiados nas suas actividades e outros não. Mas há mais, se este ano se vão atribuir

25.000 euros aos clubes, fica-se sem entender quem vai receber e quem não vai receber este apoio municipal, e quais os motivos para atribuir este ano a verba a uns e não atribuir a outros».

Carlos Machado Silva ovilaverdense@gmail.com

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SOCIEDADE

Autarcas “surpreendidos” com “aumento desproporcional” de portagem na A3 O Presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Cávado estar “estupepfacto e surpreendido” com o “aumento desproporcional” de 20 cêntimos na portagem da A3, que liga o Porto a Valença. O Eixo Atlântico considera que o aumento não afecta a cooperação Norte de Portugal e Galiza.

Em declarações à Lusa, Ricardo Rio, que é também Presidente da Câmara Municipal de Braga, referiu entender que haja “ajustes” no preço das portagens,

alertando que um aumento daquele valor vai interferir na economia da região, embora tenha dito acreditar que “não vai causar uma diminuição directa” da actividade económica dos Concelhos abrangidos por aquela auto-estrada.

Recorde-se que Brisa anunciou os novos tarifários para a rede de auto-estradas que gere, sendo que na A3 verifica-se o quarto maior aumento no preço de portagens, de 20 cêntimos, passando a custar 9,95 euros percorrer a au-

to-estrada que liga Porto a Valênca, segundo o sítio da internet do Automóvel Clube de Portugal.

A CIM do Cávado agrega os Concelhos de Braga, Amares, Barcelos, Esposende, Terras de Bouro e Vila Verde.

EIXO ATLÂNTICO Entretanto, o secretário-geral do Eixo Atlântico, Xoan Mao, considerou que o aumento de 20 cêntimos da portagem na A3, que liga o Porto a Valença, não irá afectar a cooperação entre

o Norte de Portugal e a Galiza.

Também em declarações à Lusa, Xoan Mao disse que o “mais importante” para aquela cooperação seria a abolição de portagens, nos dois lados da fronteira, numa “área pendular” de 60 a 70 quilómetros, nomeadamente para quem todos os dias cruza o rio Minho para ir trabalhar.

Fernando Gualtieri ovilaverdense@gmail.com

Rendas anteriores a 1980 já podem ser actualizadas Os factores de correcção extraordinária para o ano de 2018, aplicáveis aos contratos de arrendamento anteriores a 1980, foram já publicados em Diário da República. O artigo 11.º da Lei n.º 46/85, de 20 de Setembro determina que «as rendas dos prédios arrendados para habitação anteriormente a 1 de Janeiro de 1980 podem ser objecto de correcção extraordinária durante a vigência do contrato, através da aplicação de factores referidos ao ano da última fixação da renda».

Assim, para este novo ano,

os factores da correcção extraordinária das rendas, actualizados nos termos do n.º 1 do artigo 12.º do mesmo diploma, traduzem-se na aplicação do coeficiente 1,0112, o qual deve guiar os senhorios que tenham contratos anteriores a 1980 e que pretendam continuar a actualizar as rendas.

Importa ressalvar que esta actualização não tem aplicação nos contratos já revistos no âmbito da nova lei das rendas, os quais só podem ser actualizados findo o período transitório de 10 anos.

Redação ovilaverdense@gmail.com

OPINIÃO

O papel dos jornais locais Luís Sousa - Médico É consabido que a comunicação social é, nos dias de hoje, de extrema importância na dinâmica de uma sociedade. Dificilmente vivemos alheios à realidade que nos é transmitida pelos órgãos de comunicação social, através da televisão, dos jornais, da Internet ou outros.

Por isso, é-nos fácil reconhecer o papel de grande relevância que é desempenhado por estes meios de comunicação, sobretudo na actual sociedade da informação que constantemente, minuto a minuto, procura saber o que se vai passando no país e no mundo.

Hoje em dia, é fácil ficar informado. Através de um simples computador, facilmente temos acesso às principais notícias do dia, muitas vezes, poucos minutos após a sua ocorrência, seja no interior do país, seja no outro lado do globo. Há, de facto, uma produção em massa de notícias, o que nos permite ter acesso fácil e rápido à informação. No entanto, quando falamos daquilo que vai acontecendo pela nossa terra, seja cá dentro, nos concelhos vizinhos, ou na região, obviamente o acesso à notícia, embora possível, não é tão facilitado.

Percebe-se que assim seja, pois a produção da notícia ao nível local não é tão massificada como acontece com acontecimentos de âmbito nacional, onde surgem inúmeros meios de comunicação social interessados em dar a notícia. É por isso que penso que os meios de comunicação locais, sejam os jornais, as rádios ou outros, são, sem dúvida, um complemento deveras importante aos outros meios de comunicação na divulgação daquilo que se vai passando bem perto de nós.

Neste sentido, apraz-me registar o papel do jornal “O Vilaverdense” que celebrou, no passado mês de dezembro, oito anos após o seu ressurgimento nas bancas. Após alguns anos de ausência, voltou com nova vitalidade e dinamismo, facto que me deixa satisfeito pois contribui, sem dúvida, para me manter a mim e às gentes deste concelho dentro da atualidade concelhia.

Há oito anos, aquando do renascimento deste mensário, o seu diretor escreveu que «um dos objetivos é fazer com que a próxima edição seja melhor do que a anterior» e, de facto, assim tem sido. De então para cá, foi crescendo e ganhando, justamente, o seu espaço na nossa sociedade. Fazendo um balanço de oito anos ao serviço em prol do concelho (sim, porque informar é também prestar serviço público), recordo as excelentes entrevistas realizadas às principais figuras e forças vivas do concelho, autoridades eclesiásticas e dirigentes de outras instituições e entidades com responsabilidades ao nível local e regional. Além de informar Vila Verde sobre os mais diversos assuntos, o jornal “O Vilaverdense” tem tido um papel fundamental na divulgação das principais tradições e acontecimentos que marcam o panorama do concelho, como, por exemplo, o Namorar Portugal e a Rota das Colheitas, entre muitas outras.

Resta-me desejar que toda a vitalidade do jornal continue a marcar e a pautar a sua conduta, honrando, dessa forma, todos aqueles que a 19 de março de 1956 colaboraram para o nascimento deste jornal local. Um desses colaboradores foi o Padre Salvador Araújo de Sousa, meu tio-avô, que deu o seu contributo na redacção deste periódico, na altura propriedade da Confraria de Nossa Senhora do Alívio à qual este meu familiar também pertenceu. Pela qualidade do jornalismo praticado e pelos laços familiares que me vincam às origens deste mensário, é também, para mim, uma honra colaborar com este prestigiado jornal. Parabéns ao Vilaverdense e a todos os seus profissionais pelo empenho e dedicação na divulgação de tudo aquilo que vai ocorrendo por terras de Vila Verde.

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DESPORTO

Vilaverdense Rui Birralho lidera clube de fãs do piloto Miguel Oliveira A Turma 44, um clube de fãs do piloto português de Moto 2 Miguel Oliveira, é liderada por um vilaverdense, Rui Birralho. Acompanha o piloto de Lisboa para todos os circuitos internacionais, com uma caravana cheia de marketing, merchandising e muitas histórias sobre a carreira e a vida do piloto.

Nos dias 27 e 28 de Ja-

neiro, a caravana estará instalada em Esposende, no 2º Salão de Motos de Competição, onde pode apreciar, entre outras coisas, as luvas das últimas três vitórias do português no último campeonato e adquirir algum “souvenir” do piloto.

Redação ovilaverdense@gmail.com

Meio milhar a correr na São Silvestre

• Mihail Lalev e Joana Fernandes venceram a segunda edição da prova O atleta búlgaro Mihail Lalev, do SC Braga, venceu a segunda edição da São Silvestre de Vila Verde. Em feminino, a vilaverdense Joana Fernandes foi a primeira a cortar a meta. Uma semana depois de ter conquistado a Extreme Gerês Marathon, pela quarta vez, Lalev gastou 34 minutos e 38 segundos para percorre os cerca de 8,5 quilómetros da prova vi-

laverdense.

O vencedor do ano passado, Bruno Carvalho, a correr a título individual, ficou na segunda posição, com 35:22 minutos, enquanto Óscar Mendes, do Águias de Alvelos, fechou o pódio, com 37:04 minutos.

Em feminino, Joana Fernandes foi a primeira, levando 44 minutos e 56 minutos a cumprir a prova. Marta Marques

(Maia Runners) foi a segunda classificada (46:45 minutos) e Adriana Gomes (Minho Aventura) a terceira (47:41 minutos).

A prova, organizada pela Associação Vila Verde a Correr, reuniu cerca de meio milhar de participantes. Parte do valor das inscrições reverte para a Loja Social de Vila Verde.

Ricardo Costa ovilaverdense@gmail.com

GD Prado ajuda famílias carenciadas Regatas de Natal no CN Prado • Torneio Solidário reuniu muitos alimentos O GD Prado organizou, no dia 30 de Dezembro, o I Torneio Solidário com o intuito de juntar alimentos para as famílias mais carenciadas.

As equipas de infantis e benjamins dos Amigos de Urgeses, Academia do Sporting de Lomar e Bairro da Misericórdia aliaram-se a este gesto solidário dos pradenses e contribuíram com vários alimentos, que, posteriormente, foram distribuídos pela Delegação da Cruz Vermelha de Prado por várias famílias carenciadas.

«As pessoas preocupam-se muito com a solidariedade pela altura do Natal,

mas depois depressa se esquecem que é preciso ajudar todo o ano. Os miúdos jogam, divertem-se e trazem alimentos para ajudar as pessoas», disse Nuno Oliveira, coordenador da formação do GD

Prado.

No final, a organização ofereceu uma medalha a todos os atletas presentes no primeiro no torneio.

António Valdemar ovilaverdense@gmail.com

O CN Prado organizou, no dia 16 de Dezembro, as Regatas de Natal, que contaram com 150 canoístas provenientes dos clubes como o Darque Kayak Clube, Gaia Kayak Clube, CDCR Gemeses e CN Prado.

As Regatas para os escalões de menores, infantis, iniciados e

cadetes iniciaram-se às 10h00 da manhã com muito publico a assistir nas margens do rio Cávado. A equipa da casa dominou a prova na categoria de cadetes, vencendo também em infantis.

António Valdemar ovilaverdense@gmail.com

Resultados dos atletas do CN Prado K1 menor 3.º Rodrigo Pereira 3.º Beatriz Boavista K1 iniciados 3.º Afonso Pereira 3.º Daniela Gonçalves C1 infantil 2.º Fernando Boavista 1.ª Clara Sousa K1 infantil 2.º Ana Brito K1 cadete 1.º Bruno Macedo 2.º Gonçalo Gomes K1 cadete 2.ªMaria Brandão 3.ª Maria Gomes C1 cadete 1.º Miguel Caravana 2.º Marco Oliveira 3.º Gonçalo Gomes C1 cadete 1.ª Daniel Braga 2.ª Francisca Martins

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SOCIEDADE

Sociedade Columbófila de Prado encerrou a campanha 2017 com entrega de prémios e jantar convívio

Carlos Machado Silva ovilaverdense@gmail.com

A Sociedade Columbófila da Vila de Prado reuniu a “família” para encerrar com chave de ouro a campanha de 2017. O serão juntou cerca de oitenta pessoas, entre associados e familiares, num jantar de convívio e confraternização, que incluiu também a cerimónia de entrega de prémios aos vencedores das competições internas organizadas pela colectividade. A sessão contou também com a presença do Presidente da Junta de Freguesia da Vila de Prado, Albano Bastos, do Secretário da Junta, Higínio Castilho, e do Vereador do Desporto do Município de Vila Verde, Patrício Araújo.

A campanha de 2018 arranca já durante este mês

de Janeiro e estende-se até Novembro do mesmo ano, com um total de 18 provas, divididas em três categorias distintas. São seis provas de Velocidade (até 250 quilómetros de distância), seis provas de Meio Fundo (300 a 450 quilómetros de distância) e de Fundo (500 a 1000 quilómetros de distância). Distâncias impressionantes, que atestam de forma categórica a capacidade de resistência e o enorme sentido de orientação destas aves, meticulosamente treinadas pelos amantes da arte antiga da columbofilia.

A Sociedade Columbófila da Vila de Prado comemorou este ano o 35º aniversário, apresentando-se como uma associação

com história e pergaminhos na Vila de Prado, no Concelho e em toda a região, com participações em várias provas nacio-

nais e internacionais. A columbofilia é um desporto que já viu melhores dias a nível nacional (já teve mais praticantes),

CURIOSIDADES DA LÍNGUA PORTUGUESA CHAMADAS DE ATENÇÃO Incorreto

Correto

Mal e porcamente

Deve dizer-se: “mal e parcamente”. Geralmente, deseja-se transmitir que se fez mal e, ao mesmo tempo, que se fez pouco e não no sentido de porco, nojento…

Tirar as impressões digitais

Deve dizer-se: “colher as impressões digitais”. A pele não se tira. As impressões digitais podem colher-se sempre que houver necessidade. Se fossem tiradas, nunca mais se podiam colher!

Usocapião

Escreve-se: Usucapião (lat. usucapione) - Adquirir pela posse prolongada

Verosímel

Escreve-se: verosímil (plausível, crível…).

Vitrine

Escreve-se e pronuncia-se em conformidade: Vitrina. O feminino francês – vitrine – cabine – gabardine - bobine… O feminino português – vitrina – cabina – gabardina - bobina…

Virtualidade (virtuoso, que tem virtude)

Virtualidade, vem de virtual – que se pode fazer, realizar… Não confundir com virtuoso, que tem virtude (lat. Virtus, virtutis).

Há anos atrás era uma grande festa.

Há anos, há meses, há dias, há tempos… era uma grande festa. Está tudo dito sem aplicar o vocábulo “atrás”. Não dizemos: passados anos voltados…

Gosto de fazer as coisas direitas

Gosto de fazer as coisas direito (adv – palavra invariável), de uma forma correta

Aquelas pessoas são Aquelas pessoas são direitas ou aqueles indivíduos são direitos (neste caso, já é uma direita ou aqueles palavra variável - adj.) indivíduos são direito.

Vou fazer flhoses para Vou fazer filhós para a noite de consoada (sing. Filhó e filhós no plural: nó de corda, a noite de consoada nós de corda; café, cafés…). Não confundir com o plural de noz – nozes; voz – vozes. (revisão).

Distinguir também nós, dependendo do contexto – 3ª pessoa do plural (pronome pessoal) e nós – plural de nó (nome).

Comprei duzentas gra- Comprei duzentos gramas de farinha para as filhós. (Grama, neste caso, é uma unidamas de farinha para as de de massa (género masculino) e não erva rasteira. filhós (revisão).

Salvador de Sousa, professor Fontes documentais: gramáticas, prontuários e outras fontes

mas que mantém na Vila de Prado um núcleo sólido de amantes da arte e a associação está de pedra e cal na Freguesia. Tem a

sua sede em instalações cedidas pela Câmara Municipal de Vila Verde na antiga escola de Francelos.

ASSINATURAS COMERCIAIS

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NATAL

Casa do Povo da Vila de Prado celebrou Natal com decoração especial A Casa do Povo da Vila de Prado assinalou a quadra natalícia decorando toda a Instituição. Para tal, todos participaram, pais, encarregados de educação, crianças e toda a comunidade educativa. «Este ano, privilegiamos os materiais reciclados, o Presépio foi realizado com pneus e as ovelhas com restos de cartão. A árvore no interior é suspensa e é também com restos de cartão,

foi decorada com anjos, feitos com cápsulas de café e pendentes de papelão», referem os responsáveis. No exterior, surpreenderam o Presidente da instituição com a elaboração de uma árvore no recreio.

A Casa do Povo da Vila de Prado, também realizou a sua festa de Natal. Esta teve lugar em Cervães, no Centro Paroquial, onde as crianças que frequentam a instituição

foram as estrelas da tarde.

Ouviram-se histórias, criaram-se danças, cantaram-se canções alusivas à quadra natalícia e ainda algumas peças de teatro. Para tal, estiveram presentes os pais e familiares das crianças, a direcção da Casa do Povo, o Presidente da Junta, o Padre João Correia e alguns representantes das associações da terra.

Ricardo Costa ovilaverdense@gmail.com

Grupo Coral Assanes e Ensemble Cant’arte cantaram e encantaram na Igreja da Vila de Prado A Igreja Matriz da Vila de Prado (vulgo Igreja Velha ou Igreja da Vila) recebeu um espectáculo musical de grande qualidade, protagonizado pelo Grupo Coral Assanes, da Vila de Prado, a que se juntou também um quarteto de artistas do grupo vimaranense Ensemble Cant’Arte.

Os temas da quadra natalícia predominaram, oscilando entre temas mais conhecidos e outros mais eruditos, re-

sultando numa combinação, que cativou os espectadores do primeiro ao último minuto e granjeou aplausos por parte da plateia. Entre os graves pronunciados e os agudos de cortar a respiração, os artistas interpretaram o espírito da época e transportaram consigo todos os presentes numa viagem pelo imaginário da quadra natalícia.

Para finalizar, a Junta de Freguesia da Vila de Prado

deixou o repto a todos os pradenses, para que, «dentro das suas possibilidades, se continuem a envolver nas actividades das associações da Freguesia. A presença de todos é fundamental para imprimirmos uma nova dinâmica em Prado e trilharmos os caminhos da evolução e do progresso que todos ambicionamos para a nossa terra».

Pedro Nuno Sousa ovilaverdense@gmail.com

Intermarché de Vila Verde distribuiu 25 cabazes por famílias carenciadas do Concelho O Intermarché de Vila Verde promoveu durante a tarde do dia 19 de Dezembro uma iniciativa de cariz solidário, através da realização e entrega de cabazes de Natal a algumas famílias carenciadas do Concelho. No total, foram preparados 25 cabazes no valor aproximado de 40 euros cada um.

José Cepa, administrador do Intermarché de Vila Verde, explicou como foi realizada esta iniciativa: «Os cabazes, tal como temos feito em anos anteriores, são oferecidos em função da listagem e do

levantamento que o Arcipreste Carlos Lopes faz ao longo do ano».

O responsável realçou também o facto de existirem «outras associações» a quem são oferecidos cabazes, sublinhando que a «intenção é continuar a fazer este género de iniciativas».

«Já dura há alguns anos e esperemos continuar por muitos mais», frisou.

Carlos Lopes, Arcipreste de Vila Verde, afirmou que esta iniciativa já existia antes do seu envolvimento.

«Nestas ocasiões há muitas equipas e muitas instituições que distribuem várias

coisas e às vezes corre-se o risco de no meio desta rede haver alguém que, por diversas razões, fica de fora e não beneficia deste tipo de auxílios», disse.

«Neste sentido, o José Cepa lançou-me o desafio, para ver se ao longo do ano as pessoas têm alguma necessidade, para que assim se consiga detectar alguns casos. No geral, é a tal pobreza envergonhada», expôs.

Pedro Nuno Sousa ovilaverdense@gmail.com

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NATAL

Câmara distribuiu prendas de Natal aos alunos do 1º ciclo e jardins-de-infância

Pedro Antunes Pereira ovilaverdense@gmail.com

A Vereadora da Educação da Câmara de Vila Verde, Júlia Fernandes, esteve junto dos alunos Vilaverdenses, de forma a presenciar in loco a recta final do primeiro período lectivo, aproveitando para presentear as crianças nesta época natalícia. A Vereadora considerou que «é sempre com grande satisfação que a Câmara Municipal se associa à época natalícia nas nossas

Escolas. Estar presente, junto dos alunos Vilaverdenses nesta época festiva reforça a política de proximidade e de intervenção no domínio social promovida pelo Município de Vila Verde».

Júlia Fernandes acrescentou que «a educação tem vindo a ser um sector prioritário na estratégia de modernização e desenvolvimento do concelho, conforme se comprova com a fatia média de

mais de 35% do orçamento municipal anual a ser sucessivamente destinada para este objectivo e assim vai continuar, pois uma sólida educação das nossas crianças e jovens é um insubstituível factor de competitividade e de atractividade do território Concelhio».

A Vereadora reforçou que «estas visitas para além de permitir comprovar que todas as crianças frequen-

tam edifícios escolares que oferecem as melhores condições físicas para que usufruam de um ensino de elevada qualidade que as prepare para os desafios e oportunidades do futuro, têm também por objectivo levar a alegria e o espírito de natal a cada criança e tornar esta época ainda mais alegre e intensa para estes jovens».

Festa de Natal abrilhantou a quadra no Centro Escolar de Soutelo Como já vem sendo habitual por esta altura do ano, a magia do Natal instalou-se no Centro Educativo de Soutelo. A tão aguardada Festa de Natal concretizou-se durante uma manhã recheada de actividades a pensar nos mais novos. A iniciativa foi organizada pelo estabelecimento de ensino, com o apoio da Junta de Freguesia de Soutelo, que todos os anos faz questão

de contribuir e de ajudar a trazer ainda mais alegria ao quotidiano das crianças.

A festa arrancou com uma performance do palhaço de serviço, que arrancou sorrisos rasgados e muitas gargalhadas à jovem plateia. De seguida, começou a peça de teatro, baseada num conto da nossa infância, que captou as atenções do público do primeiro ao último minuto. No entanto,

o momento mais esperado estava reservado para o final. A chegada do velhinho de barbas brancas, mais conhecido por Pai Natal, com um pequeno presente que não poderia faltar para dar um colorido e um sabor especial à ocasião.

O executivo da Junta de Freguesia de Soutelo, liderado por Filipe Silva, aproveita o simbolismo da época para deixar «um sentido agrade-

cimento a toda comunidade escolar, pelo empenho, determinação, competência e afinco com que trabalham diariamente para garantir o melhor acompanhamento educativo e apoiar a formação integral das nossas crianças».

Redação ovilaverdense@gmail.com

Presépio de Atiães surpreende Academia de Música de Vila Verde realizou as audições finais pela criatividade e pela Arte de 1ºPeríodo Pedro Nuno Sousa ovilaverdense@gmail.com

A Academia de Música de Vila Verde realizou as audições finais de 1ºPeríodo das Classes de Canto, Cordas, Sopro, Teclas e Percussão, na Sala Polivalente e na Sala 11 do Centro de Artes e Cultura de Vila Verde. Com uma assistência bem composta, as audições vieram comprovar a genialidade dos pequenos artistas que a frequentam.

É um caso de engenho, arte, persistência e grande criatividade. É assim o presépio ao vivo da freguesia de Atiães, Vila Verde, apresentando a celebração do nascimento de Jesus, figura central do Cristianismo, aos habitantes locais e aos muitos curiosos que deman-

daram aquela freguesia do concelho de Vila Verde.

As próximas apresentações ao vivo estão marcadas para 7 de Janeiro, no largo central da freguesia, actividade promete preencher a quadra natalícia da freguesia de forma muito original. Estão representados sete quadros

bíblicos, com a representação de gentes da terra. Esta iniciativa é organizada pela comissão de festas e pretende angariar verbas para as festas em honra de S. Tiago e Sta. Marta em 2018.

Carlos Machado Silva ovilaverdense@gmail.com

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NATAL

Aboim ergueu árvore de Natal Manhã de temporal não demoveu de 13 metros com presépio feito fiéis de Santa Luzia da Ribeira de com muita arte Penela

Carlos Machado Silva ovilaverdense@gmail.com

Carlos Machado Silva ovilaverdense@gmail.com

É um dos destaques da época festiva de fim de ano no Minho. A árvore de Natal de Aboim da Nóbrega, com 13 metros de altura, devidamente ornamentada com um presépio feito à base de troncos de árvores e outros elementos em madeira, decorado com materiais recicláveis.

Não faltam cor, brilho, engenho, criatividade, audácia e muita arte das gentes das terras da Nóbrega.

A inauguração decorreu na tarde do dia 23 de Dezembro, com a pompa que se impunha. Não faltou a actuação da Banda Musical de Aboim da Nóbrega, os orgulhosos aboinobrenses e os obreiros de tão magnífica apresentação natalícia.

Antes, na igreja paroquial, decorreu o concerto de música da banda local.

Nem a chuva intensa, o vento forte e as condições climatéricas adversas impediram a realização das cerimónias religiosas em honra de Santa Luzia, de Ribeira de Penela, em Azões, na União das Freguesias da Ribeira do Neiva.

Protegidos da chuva, sobre a capela e zonas cobertas do espaço envolvente, os devotos de Santa Luzia prestaram o tributo à santa virgem e mártir cristã.

Presépio movimentado em Carreiras São Miguel assinala época festiva

Redação ovilaverdense@gmail.com

Missa de Natal na paróquia da Lage

A comunidade paroquial da Lage reuniu-se em grande número para a Missa Solene de Natal, onde se cumpriu a tradição de dar o Menino Jesus a beijar. A organização das celebrações esteve a cargo de movimentos da paróquia como a Catequese e o grupo Jovens em Caminhada que fez uma representação do Presépio ao vivo. Os paroquianos puderam também apreciar o Presépio exposto em frente ao altar-mor. Na homilia da Missa de Natal, o pároco da Lage

exortou os fiéis a escutarem e a seguirem a Palavra do filho de Maria, Jesus, que «é a Luz que ilumina a Humanidade».

O padre Constantino Vilela de Sousa pediu ainda aos paroquianos que procurem fomentar a adoração ao Santíssimo Sacramento e convidou-os a participar nos momentos de reflexão durante o Sagrado Lausperene, que acorrerá nos dias 6 e 7 de Janeiro na igreja paroquial da Lage, por altura da festa do padroeiro, S. Julião.

A Missa de Natal foi solenizada

pelo Grupo Coral da Lage. Na Missa de Ano Novo tomaram posse os novos membros da Confraria do Santíssimo Sacramento. Esta associação de fiéis, uma das mais antigas de Vila Verde - celebra 280 anos em maio de 2018 - dinamiza, anualmente, diversas iniciativas religiosas como a Festa do Santíssimo Sacramento, com o tríduo e adoração, e a festa do padroeiro S. Julião, a 7 de Janeiro.

Pedro Antunes Pereira ovilaverdense@gmail.com

Já está montado e em funcionamento o Presépio Movimentado do Grupo de Jovens de Carreiras S. Miguel 2017, que pode ser visitado pela última vez no dia de Reis. Todo o trabalho é realizado pelo Grupo de Jovens de Carreiras São Miguel. A estrutura que sustenta o Presépio, a pintura, a costura, a decoração ou a parte eléctrica, são algumas das situações que envolveram o processo de montagem, mas também a «criatividade, imaginação e habilidade de cada um».

Tiago Gonçalves, um dos elementos do Grupo de Jovens de Carreiras São Miguel, afirmou que este já é «o sexto ano» que se realiza este Presépio, no qual perderam «muitas noites» até chegar ao produto final. No que concerne ao seu funcionamen-

to, Tiago esclareceu que «o Presépio funciona através de um motor, que faz funcionar e mexer todas as figuras. É uma adaptação nossa depois de algumas tentativas falhadas. Adoptámos o sistema que achámos melhor.»

São muitos os elementos e momentos que podem ser observados no Presépio Movimentado de Carreiras São Miguel como expôs Tiago Gonçalves, «primeiro o Nascimento, que é fundamental, depois temos as actividades que se faziam nas freguesias antigamente. Os madeireiros, os lenhadores, pessoas a lavar a roupa, o pescador.

No fundo, todas as actividades que achamos que deviam estar aqui representadas e que remetessem à época e ao tema».

Por último, Tiago Gonçalves

acrescentou que os fundo angariados «servem para manter o Presépio e, se possível, para fazer outras actividades lúdicas».

Na edição deste ano, o Presépio Movimentado é dividido em vários quadros e em figuras em constante movimento. Dos quadros bíblicos à vida quotidiana da lavoura, estão representados vários momentos animados.

Num quadro superior, destaca-se a gruta do menino e a chegada dos Reis Magos. No lado oposto, surge a grande muralha, o movimento dos soldados e um pequeno acampamento militar. No quadro inferior são visíveis as representações dos ofícios como a pedreira, a vinha, os lenhadores, os agricultores e as feiras.

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Quinta-feira 04 JANEIRO 2017

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NATAL

Ceia de Natal reuniu à mesa famílias de São Martinho e São Mamede Escariz

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As famílias de Escariz S. Martinho e S. Mamede anteciparam a Ceia de Natal.

Organizada pela junta de freguesia, como habitual, à mesa juntou-se o “fiel amigo”

(bacalhau) e os doces típicos da época preparados pelos habitantes locais.

“Amigos de Penascais” reúnem população em Jantar Natalício Cerca de 80 pessoas marcaram presença no jantar de Natal promovido por um grupo de amigos de Penascais, um repasto-convívio gratuito para a população local. Um momento que contou com a participação de todos na oferta de géneros e com trabalho voluntário.

«O objectivo da organização foi criar um momento de confraternização entre a população, uma vez que muitos dos habitantes são idosos que

não estão juntos frequentemente», explica a organização. Pretendeu igualmente «demonstrar que a freguesia continua unida quando se trata de organizar este tipo de eventos, onde praticamente todas as pessoas, cada uma à sua maneira, ajudam com o que podem, umas tratando da preparação do espaço, outras do tradicional bacalhau e das batatas e ainda outras pessoas preparando as deliciosas entradas

e as não menos apetecíveis sobremesas».

A festa contou ainda com animação, músicas tradicionais e ainda as já habituais sobremesas. «Depois do “feedback” positivo, não só deste ano, mas também já dos anos anteriores, a iniciativa vai continuar a repetir-se nos próximos anos», garante a organização.

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Mais de uma centena em almoço de Natal na Vila de Prado «Amizade, boa gastronomia e boa música» marcaram o almoço de Natal, promovido pela Junta de Freguesia da Vila de Prado, que reuniu mais de uma centena de pessoas «em ambiente de paz, fraternidade e muita alegria». O convívio, a gastronomia e a animação musical foram os predicados maiores do almoço/convívio, priori-

tariamente destinado aos reformados da Freguesia, a que não faltou bacalhau cozido com todos, o bom vinho da região, a doçaria de época e mesmo um copo de champanhe para fazer o brinde.

A iniciativa contou com as actuações musicais do projecto Sérgio Mirra, composto por professores da Escola de Música da Freguesia, que le-

vou à plateia a magia da música tradicional portuguesa.

O Presidente da Junta de Freguesia da Vila de Prado, Albano Bastos, desejou que «os valores de amizade, solidariedade e união, tão característicos da quadra natalícia, nos possam acompanhar ao longo de todo o ano».

Pedro Nuno Sousa ovilaverdense@gmail.com

Utentes da APPACDM deram corpo à festa de Natal O Centro de Actividades Ocupacionais de Vila Verde da APPACDM realizou a sua habitual Festa de Natal.

O auditório da Escola Profissional Amar Terra Verde voltou a servir de palco para a festa, que teve momentos de

música, dança e teatro, numa iniciativa que reuniu utentes, familiares e amigos.

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NATAL

Ceia de Natal em Soutelo reuniu a «família soutelense» num bom momento de convívio A Junta de Freguesia de Soutelo organizou a tradicional Ceia de Natal, juntando cerca de 400 pessoas numa noite de muita amizade e convívio. A iniciativa decorreu no Centro de Dinamização Empresarial de Soutelo e teve início, após uma missa celebrada na igreja paroquial de Soutelo. No final da Ceia, a animação esteve a cargo de Pedro Soares, que provocou muitos sorrisos aos presentes alegrando este convívio numa época tão especial.

Filipe Silva, Presidente de Junta da Freguesia de Soutelo, explicou que esta

Ceia «é uma festa da família Soutelense» e que já se assumiu como «tradição em Soutelo». O autarca realçou que «é um momento de paz e reunião das famílias da Freguesia. É um momento de reflexão, ao qual nós atribuímos um conjunto de valores, tornando-se numa festa única, com uma beleza e um espírito muito agradável, num dia de paz e de convívio».

Quanto ao objectivo, o Presidente de Junta afirmou que «o objectivo é juntar as pessoas e fazer com que elas convivam.

Recordar aqueles que

já não estão entre nós e que dariam tudo para estar aqui. É também para recordar os nossos emigrantes, que vão por esse Mundo fora ganhar a sua

sustentabilidade para a vida e para a família».

Filipe Silva destacou também que «há muita gente da comunidade envolvida, que durante sema-

nas e semanas permite montar este espaço com estas condições, para que seja um espaço agradável e que cheire a Natal». O Presidente de Junta, res-

salvou o papel importante de todos os que estiveram envolvidos na realização desta iniciativa.

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Amizade, gastronomia e boa música no almoço de Natal da Junta de Freguesia da Vila de Prado O espírito da quadra natalícia continua bem vivo na Vila de Prado, como se pôde constatar pela forte afluência ao almoço de Natal promovido pela Junta de Freguesia. O convívio juntou mais de uma centena de pessoas em ambiente de paz, fraternidade e muita alegria.

O convívio, a gastronomia e a animação musical foram os predicados maiores do almoço/convívio, prioritariamente destinado aos reformados da Freguesia. Não faltou o bacalhau cozido com todos, o bom vinho da região, a doçaria de época e mesmo um copo de champanhe para fazer o

brinde. A iniciativa haveria de ganhar um brilho especial com as actuações musicais do projecto Sérgio Mirra, composto por professores da Escola de Música da Freguesia, que encantou a plateia com a magia da música tradicional portuguesa.

O Presidente da Junta de Freguesia da Vila de Prado, Albano Bastos, desejou que «os valores de amizade, solidariedade e união, tão característicos da quadra natalícia, nos possam acompanhar ao longo de todo o ano», aproveitando também para desejar um santo e feliz Natal a todos os pradenses. Também esti-

veram presentes o secretário Higínio Castilho, o Vice-Presidente da Câmara Municipal Manuel Lopes e a Vereadora Júlia Rodrigues. O pároco João Alberto, dividido entre outras iniciativas, juntou-

Rancho Folclórico de Prado S. Miguel reuniu “família” na tradicional Ceia de Natal Foi em ambiente festivo e com espírito natalício que decorreu, no passado mês de Dezembro, a tradicional Ceia de Natal do Rancho Folclórico de Prado S. Miguel. Membros, familiares e amigos juntaram-se ao evento, que reuniu mais de uma centena de pessoas.

-se à festa durante a sobremesa.

«Uma tarde de amizade e convívio que cumpre um duplo propósito. Por um lado, é uma forma de a Junta de Freguesia agraciar a comunidade sénior

com um evento preparado para trazer mais calor e alegria a esta quadra natalícia. Por outro, o evento assume-se como um palco privilegiado para o encontro de velhos amigos e longas conversas,

para fortalecer os laços de amizade e o espírito de união e companheirismo no seio da comunidade», referiu o autarca.

Redação ovilaverdense@gmail.com

Ceia de Natal juntou comunidade de Moure A Junta de Freguesia e a Associação Juvenil de Moure organizaram a habitual Ceia de Natal, numa iniciativa que tem o objectivo de celebrar o espírito natalício em comunidade.

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AGENDA

Igreja Matriz recebe concerto da Banda Musical de Vila Verde No dia 14 de Janeiro, pelas 15h, a Banda Musical de Vila Verde vai realizar o tradicional concerto de Ano Novo, que terá lugar na Igreja Matriz de Vila Verde e tem entrada livre.

Sob a direcção do professor e maestro, Óscar Gonçalves, a Banda Musical de Vila Verde vai interpretar um reportório completamente novo, acompanhado pela voz da solista e professora Ana Rute Rei, conjuntamente com o Coro Stella Matutina.

Este concerto, mais do que um evento cultural, constitui uma oportunidade para assistir ao excelente desempenho dos músicos da Banda Musical de Vila Verde e conta com o apoio do Município de Vila Verde.

BANDA A Banda Musical de Vila Verde é constituída por 60 elemen-

tos, na sua maioria jovens residentes no Concelho de Vila Verde e Concelhos vizinhos.

Tem um vasto reportório desenvolvido ao longo dos anos e tem como objectivo contribuir não só para a formação cultural, como para a fidelização e criação de públicos. A aposta realizada por parte da direcção

executiva e artística tem sido, maioritariamente na promoção e divulgação do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido no âmbito nacional e internacional.

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Presépio em homenagem às vítimas dos incêndios para ver até 8 de Janeiro A Câmara tem patente ao público, até 8 de Janeiro, na Ala da Presidência, uma exposição de presépios realizados por cada divisão do Município e um do Executivo. Nesta mostra a Divisão do Ambiente e Obras, apresenta um

presépio muito especial dedicado às vitimas dos incêndios deste Verão, onde expressa uma mensagem de esperança no futuro.

Refira-se que na exposição são apresentados treze presépios originais, de elevada criativida-

de, realizados por cada divisão do Município e um do executivo, construídos com elementos da acção de cada divisão e com recurso a materiais que normalmente identifica os serviços e as actividades do dia-a-dia.

Notária MARIA DO ROSÁRIO DA COSTA GOMES Porto Rua Sá da Bandeira, nº 706 – 1º Esquerdo Telefone 22 207 46 90 Fax 22 207 46 99 Nif 172 439 655 CERTIFICADO Lic. Ângela Maria Cardoso Correia de Sousa, trabalhadora devidamente autorizada pela Notária Maria do Rosário Costa Gomes(nos termos do rtigo 8º do Estatuto do Notariado, aprovado pelo Decreto-Lei número 26/2004, de 4 de Fevereiro, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei número 15/2011, de 25 de Janeiro, e nos termos da Portaria número 55/2011, de 28 de Janeiro:____________________________________________ ____ Certifico, para efeitos de Publicação, que por escritura pública de Justificação, lavrada no dia sete de Dezembro do ano dois mil e dezassete, a folhas noventa e quatro e seguintes, do livro de Notas Para Escrituras Diversas número Cento e Setenta e Dois-J, perante a Licenciada Maria do Rosário da Costa Gomes, Notária com Cartório sito na cidade do Porto, à Rua Sá da Bandeira, número 706, 1º andar, lado esquerdo, compareceram: Isolina Emília da Conceição Almeida, viúva, residenteno Porto, à Rua Alfredo Keil, número 211, habitação12; Maria Adriana da Conceição Almeida, solteira, maior, residente em Matosinhos, à Rua de Damão, número 18, 5º andar, lado esquerdo e Arminda da Conceição Almeida, viúva, residente em Matosinhos, à Rua Joaquim Pinto, número 218, 2º andar, lado esquerdo. Que elas, declarantes, são donas, com exclusão de outrém, dos seguintes bens imóveis, todos situados na união das freguesias de Carreiras (São Miguel) e Carreiras (São Tiago), do Concelho de Vila Verde: Prédio rústico constituído por terra de cultivo, denominado Leira da Veiga, inscrito na matriz predial rústica competente sob o artigo 1.151; prédio rústico constituido por terra a mato, denominado Bouça do Rio Bom, sito ao Lugar de Rio Bom, inscrito na matriz predial rústica competente sob o artigo 392 e prédio urbano constituído por uma casa de um piso e logradouro, destinada

5 de Janeiro é o prazo limite para as Inscrições no XV Concurso Internacional de Criadores de moda O período de inscrições para o XV Concurso Internacional de Criadores de Moda está na recta final. Os interessados podem inscrever-se até dia 5 de Janeiro através dos endereços electrónicos www.namorarportugal.pt, www.aliancaartesanal.pt ou facebook.com/ namorarportugal, onde encontrarão o regulamento e as fichas de inscrição disponíveis.

O Município de Vila Verde e a Cooperativa Aliança Artesanal voltam a desafiar os designers e estilistas para conceberem peças contemporâneas de moda, subordinadas ao tema “Lenços Namorar Portugal: escritas de amor”, inspiradas numa tradição genuína que remonta ao séc. XVIII. No dia 14 de Fevereiro, Dia dos Namorados, todos os caminhos vão dar a Vila Verde, com a realização do XV Concurso Internacional de Criadores de Moda, no Parque Industrial de Gême, local escolhido para a realização do Desfile de Moda Gala Namorar Portugal.

Estarão presentes no coração do Minho várias celebridades do panorama nacional e internacional da moda, juntando estes a centenas de casais enamorados numa noite de elegância e sofisticação.

Ao prestígio de verem os seus coordenados como estrelas maiores de uma iniciativa de renome no panorama nacional, acrescentam-se seis prémios bastante atractivos, os quais, (1º, 2º e 3º Lugares, Jovem Revelação, Público, Impacto Visual e Best Fit),

que perfazem uma totalidade de 2.750 euros em numerário para os vencedores.

Esta iniciativa integra uma vasta e diversificada programação turístico-cultural, de “Fevereiro – Mês do Romance”.

Pedro Nuno Sousa

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a habitação, sito ao Lugar de Leiras Covas, inscrito na matriz predial urbana competente sob o artigo 60. Que nenhum dos caracterizados imóveis se encontra descrito na Conservatória de registo Predial de Vila Verde sendo que os mesmos estão inscritos, nas matrizes prediais competentes, em nome Magna da Conceição Que a partir da data em que se operou a tradição material dos referidos prédios, a primeira, segunda e terceira declarantes, exerceram posse, com exclusão de outrém, em nome próprio, de forma pacifica, continua e pública, sobre cada um dos referidos imóveis, sendo oposição de quem quer que seja, e praticada à vista de todos e sem interrupção, usufruindo, assim, os pussuidores, todas as utilidades dos ditos prédios, procedendo às obras de conservação necessárias do referido prédio urbano e utilizando os referidos prédios rústicos, semeando-os, plantando árvores, amanhando a terra, e colhendo os seus frutos, bem como pagando todas as contribuições e impostos devidos, na convicção de exercerem um direito próprio. Que, no entanto, elas, primeira, segunda e terceira declarantes não conseguem fazer registo dos referidos prédios a seu favor, dado que não têm documento que lhes permita fazer prova, como se referiu, da transmissão daquela Maria Rosa Cerqueira, para aquelas Magna da Conceição e marido, Adelino de Almeida, transmossão essa pelo acto de doação acima jé referido e do qual acto não chegaram a celebrar a escritura pública. Que, deste modo, a posse exercida sobre os caracterizados imóveis tem as caracteristicas impostas por Leri para que possa ser invocada a aquisição do direito de propriedade por via de susucapião. Que, assim, vêm, elas, primeira, segunda e terceira declarantes, invocar a aquisição do direito de propriedade sobre os referidos imóveis caracterizados sob as verbas um, dois e três, pela via de usucapião, modo este de adquirir que invocam portanto não lhes é possivel fazer prova do seu direito através de meios extrajudiciais normais, dada a falta de docuemnto bastante._________________________ ____ Está conforme original na parte transcrita e certificada.________________________ Porto, Sete de Dezembro do ano dois mil e dezassete.

A Técnica do Notário: (Lic. Ângela Maria Cardoso Correia de Sousa, trabalhadora devidamente autorizada pela Notária Maria do Rosário Costa Gomes) Conta registada sob nº. 2017001/1238

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POLÍCIA