O Vilaverdense Agosto 2017

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ÁFRICA NO SUCESSO DOS LENÇOS DOS NAMORADOS 3 de Agosto de 2017

Director: Carlos Machado Silva (CP3022)| ovilaverdense@gmail.com | Ano: XCVII | Número: 942 | MENSAL

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VILELA APRESENTA 33 CANDIDATOS À CÂMARA

REPORTAGEM

MARTINHO PELO PS À ASSEMBLEIA MUNICIPAL p.26-27

POLÉMICA

6/16/17 11:37 AM

www.ovilaverdense.com

1,00€

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p.16-17

CONCEIÇÃO PINHEIRO

24 PÁGINAS A CORES NO INTERIOR DO SEU JORNAL

65 CANDIDATOS ÀS JUNTAS DE FREGUESIA

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PAULO MARQUES QUER CONCELHO «MAIS TRANSPARENTE»

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NUNO GUERRA PELA CDU À CÂMARA «Queremos aumentar os eleitos» p.2

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FREIRIZ EM DESTAQUE «TEMOS FEITO MILAGRES»

CASOS DO MÊS

«É UMA PALHAÇADA»

MELÃO “CASCA DE CARVALHO” É REI EM SOUTELO

Malagueta à beira do melão é segredo secular

PRAIA DO FAIAL CONTINUA INTERDITADA

EPATV ENTREGA PISCINAS COM CONDIÇÕES p.13 MUSEU RURAL DA R. p.24 NEIVA AVANÇA EM BREVE

CABANELAS REFORÇA p.31 RELAÇÃO COM A GALIZA 11 ANOS POR VIOLAR p.9 SOBRINHA MENOR

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AUTÁRQUICAS 2017

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FREGUESIA DA LOUREIRA SOCIEDADE

«Temos feito pequenos milagres tendo em conta o actual quadro económico»

• Narciso Gama vai recandidatar-se à Junta de Freguesia de Freiriz

Ricardo Costa ovilaverdense@gmail.com

Membro de executivos da Junta desde 1998, Narciso Gama prepara-se para se recandidatar a novo mandato, pelo PSD, com a intenção de dar continuidade ao trabalho desenvolvido na Freguesia de Freiriz. A construção de raiz de um edifício que venha a apoiar todas as instituições da Freguesia e albergar a sede da Junta é o «projecto de maior envergadura» para o futuro próximo.

Que balanço faz do mandato que está prestes a terminar? O que falta ainda fazer?

O mandato em curso está a ser bastante positivo. Como faço parte do executivo da Junta de Freguesia desde 1998, é evidente que já vi uma maior força de trabalho a ser concretizado num só mandato, no entanto, conhecendo o actual quadro económico, penso que estamos a fazer pequenos “milagres” com os poucos recursos que possuímos.

Claro está que sem o auxílio da Câmara de Vila Verde e do seu Presidente, esses “milagres” seriam apenas “miragens”.

Do que foi feito, em termos de obra, o que destaca?

Como obra feita, destaco o arrelvamento do campo de jogos, que resultou de uma parceria entre a Associação, a Junta e a Câmara Municipal, que se traduziu num bom resultado. Destaco ainda a construção de um parque de “fitness” com aparelhos de ginástica, a melhorias das vias mais importantes da Freguesia e a construção de novas vias.

«Ainda falta uma parte muito considerável em termos de saneamento» Que projectos têm no imediato?

Temos vários projetos em carteira. Posso destacar o de maior envergadura, que é construção de raiz de um edifício que venha a apoiar

todas as instituições da Freguesia e, inclusivamente, albergar a sede da Junta.

No entanto, uma Freguesia como a nossa com cerca de 1400 habitantes nunca tem tudo feito. O desgaste dos pavimentos das ruas é algo que nos preocupa e obviamente que o saneamento será sempre um objetivo.

Além disso, o nosso futuro passará também pela área social e desportiva, sempre com apoio ao nosso clube da terra “Os Regadinhas de

Freiriz”.

Como está a Freguesia relativamente ao saneamento e à água pública?

No que diz respeito à distribuição de água, a Freguesia estará coberta a cerca de 90%. O mesmo não se pode dizer do saneamento, pois falta ainda uma parte muito considerável. Penso que tanto água como saneamento, no próximo mandato, serão alvo de um investimento sério da parte do Município,

até pelas indicações que nos têm sido dadas.

«Temos tido uma relação muito estreita com a Câmara» A recolha de lixo tem sido eficaz?

Neste momento, penso que a recolha tem sido suficiente e eficaz. O maior problema dos pontos de lixo é a enorme falta de civismo das pessoas, que deixam lixo em qualquer lado. Tendo em

conta que se trata de vias de ligação a outras Freguesias, tudo indica que não são pessoas residentes em Freiriz, até pelos relatos que temos de testemunhas que presenciaram este tipo de atitudes.

Que relação manteve com a oposição ao longo deste mandato? E com a Câmara?

Neste mandato, não houve oposição, por isso as coisas foram fluindo normalmen-

te. A nossa relação com a Câmara tem sido excelente, tem havido uma colaboração muito estreita, sendo que isso é base principal para a concretização das obras realizadas.

- Já anunciou a recandidatura. Vai manter a equipa?

A minha recandidatura já foi anunciada e, como é obvio, apoiarei o Dr. Vilela como candidato à Presidência da Câmara.

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SOCIEDADE

FREGUESIA DA LOUREIRA SOCIEDADE

«Queremos aumentar o número de eleitos na Assembleia Municipal e nas Freguesias»

• Nuno Guerra é o candidato da CDU à Câmara de Vila Verde O jovem Nuno Guerra, de 22 anos, é o candidato escolhido pela CDU para encabeçar a lista à Câmara Municipal de Vila Verde, sendo também o número um da candidatura à Junta de Freguesia da Lage. Para a Assembleia Municipal, os comunistas aprovaram o nome de Sérgio Sales.

Partem para as próximas eleições com o objectivo de aumentar a representatividade na Assembleia Municipal e nas Freguesias.«Assumimos uma postura séria e transparente com todos os munícipes, exigindo esse mesmo comportamento do executivo que assumirá funções após as eleições autárquicas de 1 de Outubro», frisa Nuno Guerra.

Por que decidiu encabeçar esta candidatura?

A CDU apresenta-se às eleições autárquicas que se realizam a 1 de Outubro de 2017 assumindo um compromisso sério e de proximidade com as populações e os trabalhadores do Concelho de Vila Verde, após profunda análise e discussão no seio da Organização Concelhia de Vila Verde do PCP e junto dos parceiros da coligação, PEV e Intervenção Democrática. Entendeu o Colectivo avançar com um candidato que cor-

respondesse a um perfil que transmitisse dinamismo e juventude que, fosse ao encontro da necessidade de garantir continuidade na intervenção. Contactado pela Organização, aceitei com orgulho e sem qualquer hesitação.

Quais as linhas principais do programa?

Partimos para esta batalha certos de que, no âmbito programático, assentaremos a nossa intervenção naquilo que entendemos ir ao encontro das expectativas e os principais anseios e preocupações das populações, na defesa intransigente de serviços públicos de qualidade e de proximidade com os munícipes. Assumimos como grande preocupação as políticas de integração e emprego, podendo, nesta matéria, o Município ter uma palavra decisiva e determinante. O melhoramento da rede de transportes, que se verifica ainda muito insuficiente, tal como certos acessos da população concelhia aos meios de saúde são também fundamentais. Temos propostas na área da Educação, Ambiente, Habitação, Acção Social e Economia do Concelho, que colocaremos de forma mais desenvolvida no programa eleitoral a apresentar às populações.

Com que expectativa parte?

Partimos para estas eleições com confiança e acreditando que as populações de Vila Verde acompanharam o trabalho desenvolvido nos últimos quatro anos, quer no âmbito concelhio, quer no âmbito da nossa intervenção através do nosso eleito na Assembleia Municipal. Avançamos com uma candidatura muito rejuvenescida e pronta a assumir aquilo que o povo vilaverdense nos confiar. Acreditamos que é possível aumentar o número de eleitos nas Freguesias.

O que seria um bom resultado para a CDU? A CDU parte para mais esta batalha determinada e acreditando ser possível aumentar o número de eleitos na Assembleia Municipal e nas Freguesias. É para esse objectivo que estamos empenhados e a trabalhar, assumindo desde já o objectivo de conseguir a reeleição de um elemento na Assembleia Municipal.

Como analisa o trabalho autárquico, nomeadamente na Câmara Municipal, que tem sido desenvolvido?

Nesta matéria, pensamos que o actual executivo trabalha muito na imagem e

CDU com candidaturas em quatro Freguesias De acordo com as informações recolhidas pelo jornal “O Vilaverdense”, a CDU vai concorrer a, pelo menos, quatro Assembleias de Freguesia.

O candidato à Câmara, o jovem Nuno Guerra, será também o candidato à

Junta da Lage, onde reside há 16 anos. Em Vila Verde e Barbudo, a CDU candidata José Lima, na Vila de Prado Susana Fernandes Silva e em Soutelo António Ferreira. As candidaturas deverão ser entregues no Tribunal de Vila

Ricardo Costa ovilaverdense@gmail.com

Verde na próxima sexta-feira, dia 4 de Agosto.

pouco em políticas concretas e estruturantes para uma necessária e boa resolução dos problemas de quem reside e trabalha no Concelho.

O descrédito e a desconfiança das populações tem vindo a aumentar, tendo em conta as várias situações plasmadas nas páginas de jornais, que em nada dignificam a gestão autárquica e quem a executou ao longo dos últimos tempos. Assumimos uma postura séria e

transparente com todos os munícipes, exigindo esse mesmo comportamento do executivo que assumirá funções após as eleições autárquicas de 1 de Outubro. É um candidato muito jovem, num concelho predominantemente rural e envelhecido. Como encara isso?

Talvez seja um estímulo e um exemplo para que as pessoas mais novas, como

eu, se interessem pelo tema e não tenham receio de demostrar a sua orientação política, seja a participar nas actividades, seja a deslocarem-se às mesas de voto. Esperamos que nas próximas eleições a taxa de abstenção diminua, principalmente na população mais jovem. O próprio Concelho precisa de gente nova e com ideias diferentes que visem a melhoria em várias áreas.

Bloco sem candidaturas

O Bloco de Esquerda não vai apresentar candidaturas em Vila Verde. Segundo fonte do partido, ouvida pelo jornal “O Vilaverdense”, os bloquistas não apresentarão candidaturas nem aos órgãos municipais nem às Assembleias de Freguesia.

Ficha Técnica Director: Carlos Machado Silva (CP3022) Redacção: António Sepúlveda (CP 3055), Carlos Machado Silva (CP 3022), Ricardo Reis Costa (CP 10478), Pedro Antunes Pereira (CP 9420), Lizi Costa (TP) Editor Gráfico: Ricardo Silva Publicidade: Anabela Silva, Ângela Fernandes e Alexandra Silva Colaboradores: Joaquim Lima (fotografia), Luís Vasconcelos Ribeiro (fotografia), Dominique Abreu Pereira/DAP (fotografia), Martinha Couto Soares, Luís Filipe Silva, Pedro Costa, Álvaro Santos, José Pedro Ferreira , Pedro Silva, Alfredo Pedrosa, Luís Sousa e Salvador Sousa

Edição: Ideiacinco Multimédia, Lda, Rua dos Bombeiros, n.º 256, 1º andar, Fracção J, 4730-752 Vila Verde, Tel.: 253319374, 912306547, 912305709 (Gerência) E-mail: ovilaverdense@gmail.com Propriedade: Alive,Lda (Grupo Ideiacinco) Registo Na ERC n.º 125806 Impressão: Tameiga Pupbilações Tiragem: 2.000 exemplares

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AUTÁRQUICAS 2017

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SOCIEDADE FREGUESIA DA LOURERIA

Vilela formalizou candidatura à Câmara com “Confiança no Futuro!”

• Advogada do Vade e empresário da Ribeira do Neiva em lugares elegíveis O PSD formalizou a lista de candidatos à câmara municipal no início do mês de Agosto. A lista às eleições autárquicas de 01 de Outubro próximo não apresenta novidades de maior. Vilela recandidata os quatro primeiros da actual maioria no executivo municipal, acrescenta o jovem social-democrata Carlos Tiago Alves e reserva os dois outros lugares elegíveis para o Vade e a Ribeira do Neiva (ver caixa), de um total de 33 nomes.

«Apresentamos uma equipa com provas dadas, com trabalho reconhecido em prol do concelho e com disponibilidade para servir Vila Verde», avançou António Vilela, cabeça de lista da candidatura social-democrata, que se fez acompanhar do Mandatário, José da Mota Alves.

«Esta é uma lista de pessoas que representam diferentes sensibilidades do concelho, abrangente a todo o território, de várias áreas profissionais e com contributos extremamente válidos para consolidar o projeto que estamos a desenvolver em prol da afirmação de Vila Verde nos contextos regional, nacional e internacional», acentuou António Vilela.

O candidato vinca que estamos na presença de uma

«equipa de pessoas com provas dadas, gente que ama a sua terra, gente que trabalha, pessoas com experiência, competentes, com ideias, com projetos, com uma grande obra feita. Gente que que não tem outros interesses para além de servir o concelho e as

Advogada do Vade e empresário da Ribeira do Neiva no 6º e 7º lugares A advogada do Vade Anabela Branco e o empresário do ramo automóvel Hélder Oliveira ocupam os 6º e 7º lugares da lista do PSD à Câmara Municipal. São as novidades maiores, por estarem em lugares elegíveis, de uma lista que conta com 33 nomes, que apresentamos pela ordem de formalização da candidatura: António Vilela, Manuel Lopes, Júlia Fernandes, Patrício Araújo, Carlos Tiago Alves, Anabela Branco, Hélder Oliveira, Marta Ferreira,

Cecília Araújo, José Sousa, Armando Machado, Maria Helena Carvalho, António Rodrigues, Anabela Fernandes, Luís Sousa, António Cunha, Liliana Fernandes, Vitória Rodrigues, Júlio Ferraz, Marta Vilarinho, Anabela Rei, Fernando Pereira, Ana Filipa Nogueira, Daniel de Sousa, Maria Jacinta Rodrigues, Adriana Martins, Pedro Cruz, Rui Oliveira, Sílvia Gomes, Marta Antunes, Luís Filipe Pinho, Diogo de Sousa e Cristiana Rodrigues.

suas terras; gente que quer o desenvolvimento do nosso Concelho e, sobretudo, a melhoria da qualidade de vida de todos os Vilaverdenses».

CONFIANÇA No momento da entrega da lista candidata ao órgão

executivo municipal, António Vilela voltou a frisar que «não estamos em altura de correr riscos. Vila Verde não pode parar. Os próximos tempos são cruciais para Vila Verde».

Evidenciou a convicção de que «a equipa que tenho a honra de liderar é a única

Carlos Machado Silva ovilaverdense@gmail.com

capaz de evitar que o concelho se arrisque a enveredar pelos caminhos da aventura e do desconhecido. Hoje, mais do que nunca, o futuro exige equipas experientes, competentes e que conheçam os dossiers, pois só assim se conseguirá aproveitar os fundos comunitários que

estarão disponíveis».

Finaliza ao afirmar que «esta equipa tem provas dadas e obra feita. Estamos preparados. Temos os projetos prontos para que Vila Verde não desperdice oportunidades».

Vilela coloca saneamento como «grande prioridade estratégica»

• Candidatos do PSD apresentaram-se publicamente na Praça de Santo António O recandidato do PSD à Presidência da Câmara de Vila Verde, António Vilela, defende que, caso seja eleito, «a grande prioridade estratégica para o próximo mandato passa por aumentar significativamente a cobertura da rede de saneamento». «Já estão em andamento projectos de mais de sete milhões de euros até 2018.

Avançarão, logo após, mais quatro milhões em novos projectos e não descansaremos até termos uma cobertura significativa», referiu o candidato, no momento de apresentação das candidaturas social-democrata à Câmara Municipal, Assembleia Municipal e Assembleias de Freguesia, que decorreu no início de Julho, na

Praça de Santo António, no centro de Vila Verde.

Vilela deixou ainda a garantia que, «logo que terminada esta fase de implementação dos grandes projectos de saneamento», pretende avançar com a requalificação de todas as vias municipais. A propósito, voltou a reclamar do Governo acerca das «decisões concretas so-

bre as Variantes de Vila Verde ao Parque Industrial de Oleiros pela Vila de Prado».

«Tivemos já as vias orçamentadas e prontas para avançar, mas o Governo tirou-as dos projectos prioritários. Não descansaremos até serem uma realidade», criticou.

AUTÁRQUICAS 2017 Quinta-feira 03 AGOSTO 2017

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FREGUESIA DA LOUREIRA FREGUESIAS

ABOIM DA NÓBREGA - GONDOMAR

VADE

José Martins PSD Diogo Santos Ind. Fábio Cerqueira PS

João Rodrigues Fernandes PSD

SANDE VILARINHO BARROS - GOMIDE

Carlos Cação (ind. Unidos por Vade)

VALDREU

André Lopes CDS

Carlos Machado (ind. Movimento pela R. Neiva)

Joaquim Faria PS

PRADO (S.MIGUEL)

PICO

Germano Faria (ind. Pela R. Neiva)

MARRANCOS ARCOZELO

Joaquim Costa CDS

Bruno Eiras PSD Natália Machado PSD

ESQUEIROS - NEVOGILDE TRAVASSÓS José Antunes PS

FREIRIZ

MOURE

COUCIEIRO

LANHAS

Ricardo Pereira PS

Fernando Silva PSD

SABARIZ

Mauricio Sousa PS

José Manuel Lopes PSD

Manuel Mota Pimenta PSD

Paulo Marques PS

Manuel Soares PS

CARREIRAS

Conceição Alves PS

ESCARIZ

(S. Vicente) Bruno Macedo Ind.

GÊME

Carlos Fereira PSD

Manuel Azevedo PS

PONTE ORIZ

Luís Ferreira PSD

Vítor Mota PSD Manuel Rodrigues PSD

José Araújo PSD

Daniel Paredes PS

Fernando Pimenta PSD

Jorge Oliveira PSD César Cerqueira PSD

Narciso Gama PSD

Vitor Afonso/ Júlio Mota PS

PICO DE REGALADOS GONDIÃES - MÓS

DOSSÃOS

VALBOM PASSÔ João Dias Ind.

RIBEIRA DO NEIVA Rui Malheiro PSD

Joaquim Martins PSD

Carlos Ferraz PSD

Sandra Martins PS

José Luís Faria PSD

TURIZ

Júlio Lima CDU

VILA VERDE

Alberto Lomba Ind. VILA VERDE BARBUDO LOUREIRA

LAGE

Adelino Machado PSD

João São Bento PSD Pedro Rodrigues PSD

António F. Faria PS

ATIÃES

PARADA DE GATIM Dário Pereira PS

Carla Leitão PSD

Filipe Silva PS Nuno Guerra CDU

Alberto Barroso PS Vítor Ramos PSD Carlos Pedro PSD

VILA DE PRADO

Pedro Dias (ind. MIL)

SOUTELO Filipe Silva PS António Ferreira CDU

OLEIROS Hélder Forte PSD Horácio Ferreira PS

CERVÃES Elisabete Martins CDS

CABANELAS António Esquivel PS

Albano Bastos PSD Susana Silva CDU

Manuel Rodrigues PS

Fernando Xavier Ind.

Carlos Cunha Ind.

NOTA: O MAPA AUTÁRQUICO 2017 FOI ATUALIZADO AO FECHO DA EDIÇÃO (03/08/2017)

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AUTÁRQUICAS 2017

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SOCIEDADE

Água e reaproveitar recursos hídricos nas prioridades

Ricardo Costa ovilaverdense@gmail.com

• Manuel Azevedo é o candidato do PS em Carreiras

Levar a rede pública de abastecimento de água a todas as habitações e reaproveitar os recursos hídricos existentes e «flagrantemente desperdiçados nos últimos anos» é uma das apostas prioritárias de Manuel Azevedo e do PS para a União de Freguesias de Carreiras S. Miguel e S. Tiago.

A garantia foi dada na sessão de apresentação do candidato do PS à Junta da União de Freguesias, conduzida por José Morais, candidato socialista à presidência da Câmara Municipal de Vila Verde. «Estamos a falar de uma União com cerca de mil habitantes, que tem sido completamente esquecida e que está parada há muitos anos. A aposta, neste momento, não pode ser outra que não seja a de levar

água e saneamento a todos os habitantes desta comunidade.

Estamos no século XXI e não no século XIX. É um direito fundamental para uma vida condigna», frisou Morais.

A par da prioridade municipal para a União de Freguesias de Carreiras, José Morais assegurou que tudo irá fazer para «dar condições às freguesias e a Carreiras, naturalmente, para que estas possam desenvolver muito do seu trabalho de forma autónoma».

«Já percebi que o Manuel Azevedo reuniu uma equipa com muita força de vontade.

Por isso, será mais do que justo que lhes demos as ferramentas necessárias para tratar de desenvolver a freguesia, com o apoio da comunidade, mantendo-a sempre limpa e

com vias cuidadas», acrescentou.

Limpeza da Freguesia A limpeza da Freguesia foi, precisamente, um dos pontos abordados por Manuel Azevedo, que garante «toda a atenção e o esforço pela aquisição de meios e equipamentos indispensáveis para tal trabalho». «A limpeza dos caminhos, numa União de Freguesias tão grande, dá imenso trabalho, por isso teremos que apetrechar as pessoas das ferramentas certas para o fazer», referiu, manifestando também «preocupação com a fraca e ineficaz sinalética e iluminação pública» de Carreiras.

Quanto aos recursos hídricos existentes na União de Freguesias, Manuel Azeve-

do acredita que estes apenas precisam de «ser controlados e aproveitados com maior efi-

cácia», uma vez que não raras vezes se formam autênticos riachos pelos caminhos das

Freguesias, desperdiçando-se água que «tanta falta faz a tanta gente».

Acessibilidades, vias rodoviárias e saneamento em destaque • Alberto Barroso apresentado como candidato do PS em Turiz

Alberto Gonçalves (Barroso) foi oficialmente apresentado como candidato do PS à presidência da Junta de Freguesia de Turiz. A melhoria das acessibilidades, das vias rodoviárias internas da Freguesia e da rede de saneamento estiveram no centro das atenções. «Quem me conhece sabe que sou uma pessoa de trabalho e vou exigir para Turiz o melhor possível», disse o candidato do PS à Junta de Turiz, garantindo «empenho diário» em prol de «uma Freguesia mais desenvolvida de forma homogénea».

Na sessão, o candidato socialista à Câmara, José Morais,

lamentou o “mau estado de conservação” de algumas estradas e caminhos do interior de Turiz. «É inadmissível que, em 2017, haja casas que são servidas por estreitos caminhos de terra batida, esburacados, onde não vai sequer uma ambulância. Além disso, a estrada municipal que liga a Loureira à Lage, passando por Turiz, bem como a estrada municipal que liga Turiz a Vila Verde estão há anos e anos sem manutenção, cheias de buracos e remendos e só são lembradas pelo atual executivo camarário em época de eleições para servir de promessa eleitoral. É uma situa-

Redacção ovilaverdense@gmail.com

ção lamentável. É preciso que a política esteja ao serviço das pessoas e estas questões são prioritárias para a melhoria da qualidade de vida de todos», apontou.

O saneamento é outra das prioridades estabelecidas por José Morais. «Se, ao nível concelhio, os dados percentuais apontam para uma cobertura média concelhia na ordem dos 35%, em Turiz esse registo é ainda mais baixo. Isto não é digno de um Concelho que se diz moderno. Estamos no século XXI mas a debater problemas que deveriam ter ficado resolvidos no século passado já», diagnosticou.

PS aposta em Sandra Martins para a Junta de Valdreu Sandra Martins foi apresentada como candidata do PS a Presidente da Junta de Freguesia de Valdreu, numa noite em que a sessão contou com cerca de uma centena de pessoas e que acabou animada ao som da concertina.

A Valdreu, José Morais levou uma palavra de comprometimento com as pessoas e o território, assegurando um «novo comportamento» do Município face às necessidades e à potencialidade da Freguesia. «Por um lado, temos que melhorar as vias rodoviárias que nos trazem

até aqui, para conseguirmos combater o isolamento das pessoas que aqui vivem e podermos promover o território», apontou. A promoção turística da zona norte, de Valdreu e de Mixões da Serra em concreto, poderá precisamente muito bem ser, segundo o PS, «o motor do desenvolvimento da Freguesia, capaz de atrair investimento exterior e criar empregos», fixando assim jovens e respectivas famílias.

Redacção ovilaverdense@gmail.com

AUTÁRQUICAS 2017 Quinta-feira 03 AGOSTO 2017

SOCIEDADE

SOCIEDADE

Filipe Silva apresentado como candidato do PS à Junta de Freguesia da Lage «Apesar de ser uma das freguesias mais populosas do Concelho de Vila Verde, a Lage continua com carências graves em áreas fundamentais que implicam directamente na qualidade de vida de todos os lagenses».

O lamento foi feito, na Lage, durante a apresentação de Filipe Silva como candidato do PS aquela Junta. Além de ainda não ter cobertura total de água e saneamento, o candidato do PS à Câmara, José Morais, foi mais longe: «Basta vermos o descuido que existe no plano urbanístico, no tratamento e manutenção dos espaços verdes existentes na Freguesia».

José Morais foi claro ao

apontar a resolução destes problemas de baixo investimento como uma necessidade imperiosa do trabalho quotidiano do executivo da Junta de Freguesia e o fornecimento de água e saneamento a toda a população lagense como uma prioridade absoluta, sem esquecer os habituais problemas da recolha de lixo e higienização dos locais. «Como é que é possível que ainda hoje se comecem a pavimentar ruas, sem se precaver a instalação prévia de condutas que permitam uma futura ligação às redes públicas de água, saneamento ou gás canalizado?», questionou o candidato do PS a Presiden-

te da Câmara Municipal de Vila Verde.

No entender de José Morais, outro foco de preocupação é a qualidade dos espaços de convívio para os mais velhos e a criação de um equipamento desportivo que permita o desenvolvimento salutar das crianças e jovens lagenses. No plano do Emprego, José Morais considerou que a Lage «tem todas as condições» para poder «atrair muito mais investimento» e criar emprego, lançando condições para uma crescente fixação de famílias na Freguesia.

Redacção ovilaverdense@gmail.com

Martinho Gonçalves encabeça lista do PS à Assembleia Municipal • Ex-deputado na Assembleia da República de regresso à vida política ativa

Martinho Gonçalves vai encabeçar a lista do PS candidata à Assembleia Municipal de Vila Verde, nas eleições de 01 de Outubro. O advogado e ex-deputado e ex-vereador regressa, assim, à vida política ativa Martinho Gonçalves, tem 59 anos, é advogado, casado e tem dois filhos. Foi vereador da Câmara entre 1997-2001, membro da Assembleia Municipal de Vila Verde, entre 19851996, e Chefe de Gabinete da Secretaria de Estado do Desporto e da Juventude, nos anos de 2005 a 2011.

Regista passagens pela Comissão Distrital e Nacional do PS, pela Direção do Vilaverdense Futebol Clube, a fundação de colectividades como o Grupo de Escuteiros ou o Rotary Clube de Vila Verde.

«Martinho Gonçalves foi, com a sua luta, determinante para que se conseguisse, por exemplo, fazer a nova Ponte de Prado, a Variante do Cávado, a Escola Profissional, várias escolas do Concelho (Moure, Pico de Regalados e Ribeira do Neiva), o Centro de Alto Rendimento do Clube

Náutico de Prado, o novo edifício da Casa do Povo da Ribeira do Neiva, ou o reforço de verba para a construção do quartel dos Bombeiros Voluntários de Vila Verde, o Centro Social da Lage, o0cccc arranjo do adro da Igreja Matriz e o polidesportivo de Ponte S. Vicente, entre muitas outras obras e investimentos realizados no Concelho por Governos liderados pelo Partido Socialista», avança o PS, em nota enviada à nossa redacção.

Carlos Machado Silva ovilaverdense@gmail.com

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AUTÁRQUICAS 2017

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SOCIEDADE SOCIEDADE

Diogo Santos lidera candidatura Alberto Lomba avança à independente a Aboim da Nóbrega e Gondomar Junta de Freguesia de Vila Verde e Barbudo

Diogo Santos lidera uma lista independente à Junta de Freguesia de Aboim da Nóbrega e Gondomar. A candidatura já foi formalizada em Tribunal. Terá apresentação pública em breve.

Juntam-se a Diogo Santos, Carla Vieira Alves, Domingos Alves Abreu e Eliana Sousa nos primeiros lugares da lista. «Juntos com Esperança, Aboim da Nóbrega e Gondomar terá um futuro auspicio-

so», garante a candidatura.

E assumem que, «juntos recolocaremos Aboim da Nóbrega e Gondomar no lugar que merece!».

Carlos Machado Silva ovilaverdense@gmail.com

O ex-comandante dos Bombeiros de Vila Verde e ex-sargento do Exército, José Alberto Lomba vai mesmo avançar com uma candidatura independente à Junta de Freguesia de Vila Verde e Barbudo. Promete dar «especial atenção à juventude, uma larga maioria que não vota. Não esquecemos os outros, mas devemos olhar com mais atenção aos anseios e necessidades daqueles que se sentem alheados da vida política».

Alberto Lomba diz que o princípio geral da candidatura passa por ter a Freguesia de Vila Verde e Barbudo «viva e activa. Podem-se fazer muitas coisas pela freguesia de forma diferente».

Não avança, para já, com

questões que enquadrarão o seu programa eleitoral, mas garante que «esta equipa vai

apresentar ideias e projectos que vão surpreender».

C.M.S.

CDS-PP quer saneamento em todo o Concelho até 2027 • Paulo Marques deseja colocar Vila Verde como o Município «mais transparente» do país

Colocar todas as habitações do Concelho de Vila Verde com acesso ao saneamento básico, até 2027, é uma das medidas apresentadas pela candidatura do CDS-PP, liderada por Paulo Marques, tendo em conta as eleições autárquicas do próximo dia 1 de Outubro. No programa eleitoral, que começou recentemente a ser divulgado, os centristas vincam a intenção de fazer com que Vila Verde seja «o Concelho onde qualquer família do país quer trabalhar, viver e educar os seus filhos».

«Vamos avançar com esta “mudança saudável” de rumo para Vila Verde, devolvendo a liberdade de opção e opinião às pessoas, com energia e ideias, seguros dos pilares que defendemos para na gestão da autarquia», diz o candidato, que aponta a duas «grandes

áreas estratégicas», a coesão social e a competitividade do Concelho». Em termos de gestão autárquica, Paulo Marques quer que Vila Verde se torne o Município «mais transparente» do país, assumindo uma política voltada para o munícipe, capaz de «ouvir, sentir e actuar sobre os problemas concretos dos vilaverdenses».

O CDS-PP defende também a meritocracia e a valorização do potencial de cada um dos vilaverdenses, através do investimento nas competências e qualificações das pessoas, «visando o envolvimento e a participação activa de todos numa cidadania plena e consciente», assim como o desenvolvimento de novos “produtos” económicos, culturais e turísticos «que tragam mais trabalho, empresas e turistas a Vila Verde». «O nosso progra-

Candidata à Assembleia Municipal A liderar a lista à Assembleia Municipal, o CDS-PP vai ter uma mulher, «jovem, dinâmica, muito competente e com muita vontade de ajudar Vila Verde», de acordo com uma fonte do partido. O nome da candidata, porém, ainda não é conhe-

cido. Nas Freguesias, os centristas já anunciaram os candidatos a Prado São Miguel (Joaquim Costa), Valdreu (André Lopes) e Cervães (Elisabete Martins), estando ainda em aberto a possibilidade de serem fechadas mais candidaturas.

ma centra centra a família com pilar-base da nossa comunidade, onde todas as medidas têm início e onde todos os resultados devem acabar beneficiando. A família é o epicentro das nossas propostas para o futuro.

O programa do CDS assenta na felicidade da família, na solidariedade, na igualdade de oportunidades, na transparência da gestão autárquica, na realização pelo trabalho e no reconhecimento do mérito», explica Paulo Marques, em comunicado.

No conjunto de medidas já anunciadas, abarcando várias áreas de actuação e tendo diferentes tempos de implementação, o CDS-PP propõe, no imediato, a realização do Cadastro Florestal, com vista a «organizar o território e as actividades, controlando as áreas florestais no combate ao abandono e

desrespeito pelas mesmas, prevenindo fogos e poupando recursos humanos e financeiros». Quer também renegociar «o possível» estacionamento pago em Vila Verde, baixar as taxas municipais de saneamento, lixo e

água com principal incidência nas famílias numerosas.

O CDS-PP entende que a desertificação e o envelhecimento da população são «problemas estruturantes» de Vila Verde, comuns a outros Municípios, que se

revelam «com particular incidência e preocupação» na zona Norte do território vilaverdense.

Desafio aos candidatos para discutirem propostas

Ricardo Costa ovilaverdense@gmail.com

• Paulo Marques quer população informada no momento de votar A candidatura do CDS-PP considera «ser bem mais útil informar do que competir para ver quem coloca mais “outdoors” ou quem faz mais promessas de emprego e de obras», pelo que lança o «repto aos líderes das candidaturas para que apresentem, o quanto antes, os seus respectivos

programas e visões, e que os defendam junto das populações, informando-as».

Em comunicado, Paulo Marques adianta que nos próximos dois meses levará às casas das famílias do Concelho, «pessoalmente e em mão», a «visão» e «compromisso» para o futuro de Vila Verde. «Cabe-

-me informar e esclarecer qual o futuro pelo qual trabalharemos em prol de Vila Verde, sendo, depois disso, responsabilidade directa de cada cidadão ouvir as outras opções e decidir em consciência a orientação do seu voto. Façamos cada um o nosso papel», realça. Por isso, os centristas

propõem também que sejam realizados «debates informativos e de esclarecimento sério» ao longo de todo o período de campanha e um pouco por todo o Concelho, para que os vários candidatos autárquicos, em simultâneo, defendam as suas soluções e propostas para o futuro do Concelho.

Quinta-feira 03 AGOSTO 2017

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POLÍCIA

Apostadora de Vila Verde não consegue receber cinco mil euros de raspadinha Uma apostadora de Vila Verde está há dois meses a tentar receber um prémio de cinco mil euros que ganhou na raspadinha, mas como o bilhete está deteriorado num espaço de dois centímetros, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa tem-se negado a pagar-lhe, por isso vai recorrer da decisão, «porque tenho razão e a esperança é a última a morrer».

Célia Esteves, residente em Gondiães, estava já a contar com os cinco mil euros «para o pé-de-meia e dar algumas coisas aos meus dois filhos, de oito e de cinco anos», segundo disse ao Vilaverdense, após saber que a Santa Casa da Misericórdia,

não quer pagar-lhe, com base no seu regulamento de jogos, para quem deteriorar qualquer bilhete premiado.

Segundo esta vilaverdense, «eu nem queria acreditar quando vi que tive um prémio de 5 mil euros, até por ser a primeira vez que joguei numa raspadinha de 10 euros» comprada no Café Restaurante São José, em Portela do Vade, por onde ali passou casualmente, em finais de Maio, porque «raramente eu jogo, só nas raspadinhas de um ou de dois euros».

Santa Casa explica recusa A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa explicou que a recusa em pagar tem

a ver com o regulamento de jogos, onde «se estabelece que não serão pagos bilhetes sem reunir os requisitos, como não dobrar, cortar, riscar, manchar, alterar ou afetar de qualquer outra forma o bilhete».

«Não estão preenchidos os requisitos para se efetuar o pagamento do prémio reclamado, mas como a apostadora já foi informada, por escrito, esta decisão é passível de recurso junto do Júri de Reclamações, mediante apresentação do bilhete original, este pode depois ser devolvido à apostadora se o pedir», afirmou fonte oficial da Santa Casa.

Célia Esteves não se conforma com a decisão e adian-

tou ao Vilaverdense que, «vou por isso recorrer até ao fim, porque sinto-me de algum modo traída com esta situação, pois a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa

poderá facilmente comprovar internamente que o meu bilhete é premiado, mas, se for mesmo preciso, enviarei a raspadinha para Lisboa».

Joaquim Gomes

Condenado a 11 anos de prisão por violar sobrinha menor • Suspeito apresentou recurso e continua em liberdade

Um homem, de 39 anos, foi condenado a uma pena de 11 anos de prisão, em cúmulo jurídico, pela prática de um crime de violação agravada e de coacção agravada, referente a abusos praticados entre 2009 e 2010, num prédio do centro de Vila Verde. O arguido interpôs recurso e, por isso, continua em liberdade.

O Tribunal de Braga deu como provado que o arguido violou uma sua sobrinha menor, nascida em 1996, pelo menos nove vezes, na garagem e num dos quartos de uma casa do prédio em que ambos viviam, entre a Páscoa de 2009 e Agosto de 2010.

O homem, natural de Carreiras Santiago e residente

em Vila Verde, terá começado a apalpar as nádegas e os seios da sobrinha, por cima da roupa, quando esta tinha 7 anos.

A partir dos 11 anos, à medida que o corpo da menor se foi desenvolvendo, passou a introduzir as mãos por cima da camisola, massajando os mamilos e apertando o rabo da vítima.

Em 2009, depois da Páscoa, em data não confirmada, o arguido foi buscar a sobrinha, então com 13 anos, à escola, levou-a para a garagem da sua casa e violou-a, usando toalhas para lhe prender as mãos e tapar a boca, impedindo-a de resistir e de pedir socorro.

Ameaçou que, caso a menor contasse o que acontecera,

faria o mesmo a uma sua irmã, nascida em 1999.

Segundo o Tribunal, o homem voltou a violar a sobrinha no mesmo ano, tendo ainda repetido os actos em idênticas circunstâncias, pelo menos mais sete vezes, até Agosto de 2010, quando a família da menor se mudou para a zona da Lisboa.

A vítima apenas contou o sucedido em 2014, por já estar a residir longe e por saber que o homem tinha feito uma iniciativa de cariz sexual com outra menor, sua prima.

Sem antecedentes criminais, o arguido é casado desde 2002 e tem um filho, actualmente com 10 anos.

Ricardo Costa ovilaverdense@gmail.com

Vila Verde: um ano e oito meses de prisão por furto de carro e condução ilegal Furtou um carro em Soutelo mas foi detetado pela GNR, em Cabanelas, na estrada nacional 205, que o apanhou, apesar de ter fugido. Como tinha antecedentes criminais foi condenado a um ano e seis meses de prisão por furto e condução sem carta .

António José Barros Barbosa, de 49 anos, seguia num Fiat furtado, quando a GNR de Prado o viu e confirmou a matrícula.

Mandado parar, seguiu

pela estrada em grande velocidade mas foi intercetado.

O Tribunal de Braga condenou-o em cúmulo jurídico, já que tem outras penas, por furto qualificado (duas, em Amares e Ponte da Barca) e por moeda falsa, na Póvoa de Lanhoso.

Continua na cadeia, onde já se encontrava, a cumprir, desde 2008, sucessivas penas de prisão.

Luís Moreira ovilaverdense@gmail.com

Quinta-feira 03 AGOSTO 2017

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POLÍCIA

Roubo a homem na rua dá pena de prisão

• Crime aconteceu junto à Secundária de Vila Verde Está a cumprir pena de prisão na cadeia do Vale do Sousa. Apanhou, agora, mais dois anos e três meses por roubar um homem junto à Escola Secundária de Vila Verde.

Bruno Miguel Costa, de 39 anos, de Vila Verde, atuou com dois comparsas, mas estes nunca vieram a ser apanhados pelas autoridades.

Em dezembro de 2014, um cidadão vilaverdense, João Gonçalves da Mota foi abordado por uma mulher que lhe perguntou onde era a Escola. O homem prontificou-se a acompanhá-la e andou 20 metros com ela. De repente, saíram dois homens duma carri-

nha – um deles o Bruno – que a agarraram, deitando-lhe spray para os olhos. Com a vítima sem poder ver e manietada, roubaram-lhe os 25 euros que trazia e um telemóvel, fugindo na mesma viatura. Antes disso, ameaçaram-na de morte, se chamasse a GNR. O Bruno Miguel veio a ser detido pela GNR e reconhecido pela vítima.

Já tinha quatro ondenações por furto, burla qualificada e coação.

Assim, vai cumprir mais aquele período na prisão.

Luís Moreira ovilaverdense@gmail.com

Sede da EJAH assaltada

A Sede da Eulália Jovem-Associação Humanitária da Loureira foi assaltada.

Ao que apurámos, além

dos prejuízos materiais (vidro da entrada partido e algumas áreas remexidas), «aparentemente»

não há registo de pilhagem. O caso está entregue às autoridades.

Dono de café, na Loureira, agredido em rixa com grupo O dono do café situado na zona de lazer da Ponte Nova, na Loureira, foi agredido depois de alegadamente um grupo ter provocado os funcionários do estabelecimento, acabando por se envolver em agressões. De acordo com o Comando da GNR de Braga, o alerta foi dado para o posto de Vila Verde, que deslocou para o local uma patrulha. Quando os militares chegaram, o grupo já lá não estava, tendo-se então deslocado para Sou-

telo, para a zona de Porto Carrero, onde também houve registos de alguma confusão, embora

sem provocar danos. Os suspeitos continuam por identificar.

Carlos Machado Silva ovilaverdense@gmail.com

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SOCIEDADE

150 mil euros para criar rotunda na Loureira • Infraestruturas de Portugal já lançou o concurso público

A Infraestruturas de Portugal lançou um concurso público para a construção de uma rotunda na Loureira, ao quilómetro 80,650 da Estrada Nacional 101, numa intervenção que visa substituir o actual cruzamento, melhorando as condições de segurança e das acessibilidades rodoviárias.

Com preço base de 150 mil euros, no âmbito da obra serão executados, entre outros, trabalhos de construção de rotunda com um diâmetro de 30,8 metros, pavimentação, adequação do traçado à nova geometria da interseção, melhoria e readaptação da sinalização vertical e horizontal,

Ricardo Costa ovilaverdense@gmail.com

reabilitação do sistema de drenagem existente, tudo isto através da execução de novos coletores, sumidouros e respetivas caixas de vista, implementação de passeios, ilhas e ilhéus direcionais e reformulação da rede elétrica e da iluminação pública existente.

A empreitada terá um prazo de execução de três meses e a sua concretização irá assegurar, de acordo com a Infrastruturas de Portugal, «um importante reforço» ao nível da segurança rodoviária da EN101 em Vila Verde, visando permitir ter um trânsito mais fluído e um percurso mais seguro para o trânsito e para os peões.

Junta regozija-se com obra há muito ansiada A Junta de Freguesia da Loureira mostra o seu «regozijo» com o anúncio da publicação em Diário da República do concurso público para a realização da obra de construção de rotunda, um «luta antiga» daquele executivo. «É com particular satisfação e reconhecimento que a Junta de Freguesia da Loureira vê concretizado o compromisso do Secretário de Estado da Infra-estruturas, Guilherme d’Oliveira Martins, em reunião em Lisboa proporcionada pelo coordenador dos deputados do PS pelo Distrito de Braga, Joaquim Barreto, com a presença do vereador José Morais e dos presidentes de Junta de Freguesia da Lou-

reira e de Soutelo», frisa a autarquia.

Em comunicado, o executivo de Pedro Dias lembra que «está em causa o procedimento legal para assegurar a concretização da solução que esta autarquia, juntamente com os demais instituições locais, Município e diferentes forças partidárias, tem defendido desde 2009 como solução para resolver o “ponto negro” rodoviário que representa o chamado “cruzamento da Loureira”, na intersecção da EN 101 com a via local que liga o centro desta Freguesia à zona oeste do concelho e a Turiz».

Além disso, a Junta sublinha a «necessidade de concretização do projecto já

concursado de requalificação da EN 101 e que prevê a construção de passeios ao longo da via, o recuo da paragem de transportes públicos e a implementação de passadeira com as devidas condições de segurança».

«São obras não contempladas no concurso agora publicado, inscritas no plano de requalificação aprovado e que esperamos venham a poder ser concretizadas a breve prazo, tendo em conta a sua importância para o reforço da segurança da via e da sua utilização pelos moradores, transeuntes e automobilistas, até porque esta é uma zona de grande actividade urbana», frisa.

Ricardo Costa ovilaverdense@gmail.com

Vereador José Morais congratula-se Em comunicado, o Vereador do PS da Câmara de Vila Verde, José Morais, diz que «é com grande satisfação» que vê iniciar-se o processo de resolução de um «grave problema».

«Este é um anseio de todos, mas em especial da Freguesia da Lourei-

ra, que desta forma vê as suas pretensões alcançadas findos mais de 10 anos», refere.

No comunicado, Morais realça que «a política sai dignificada sempre que palavra dada é honrada». «Congratulo-me por uma vez mais constatar que o Governo

do PS tem contribuído para a resolução dos problemas dos vilaverdenses, cumprindo com as promessas efetuadas», finaliza.

Mais tarde, também em comunicado, assinado pelo líder da bancada socialista na Assembleia Municipal, Luís Castro,

o PS deu conta da sua satisfação, sublinhando «mais um exemplo do trabalho que José Morais tem feito junto do poder central e de diversas instituições com capacidade de decisão».

Ricardo Costa ovilaverdense@gmail.com

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AUTÁRQUICAS

OPINIÃO Regresso de João Lobo e Martinho Gonçalves acentuam cenário de grande equilíbrio nestas eleições

Cargo nas Águas do Norte pode impedir candidatura de Filipe Silva

Álvaro Santos A 5 dias da data limite para a entrega das listas autárquicas, Vilela apresentou as principais figuras, Morais avançou apenas com alguns nomes e Marques mantém-se em silêncio.

Vilela resolveu jogar já todas as suas cartas. Para a Câmara e para a Assembleia Municipal nada de novo. Quanto ao Presidente da Comissão de Honra e ao Mandatário Político, aí sim, surgem novidades. Mota Alves, respeitada figura concelhia com trabalho relevante no domínio cultural, afecto ao CDS, aparece como Mandatário Político. João Lobo, depois de ter abandonado há cerca de 2 anos a presidência da Assembleia Municipal em ruptura com o partido, regressa ao projecto do PSD iniciado há 20 anos, agora como Presidente da Comissão de Honra. Vilela, a braços com alguns problemas, com estes dois reforços ganha algum fôlego para as eleições.

José Morais aposta noutra estratégia. Retardou a apresentação das suas principais figuras. Com o tempo a esgotar-se para a entrega das listas, Morais guarda até à última hora a sua equipa para a Câmara e eu apostaria que o Presidente da Comissão de Honra e o Mandatário só os conheceremos em Setembro. Teremos surpresas?!

Entretanto, para candidato à Assembleia Municipal apresenta um dos principais activos políticos do PS. Martinho Gonçalves é um nome com reconhecida competência técnica e política. Promoveu vários investimentos do poder central em Vila Verde e, como esteve afastado quase 20 anos da política local, a sua disponibilidade é uma surpresa e um forte sinal de união inter-geracional do PS, o que ajudará à mobilização das hostes socialistas.

Foquemo-nos apenas nos regressos: João Lobo e Martinho Gonçalves. Sou amigo de ambos há muitos anos e pode fugir-me a pena para o elogio fácil.

Tentarei ser imparcial na análise.

A qualidade do debate político beneficia substancialmente com o aparecimento de João Lobo e Martinho Gonçalves. Une-os a capacidade política, a seriedade e o “amor” à terra. Separa-os a personalidade e os partidos a que pertencem.

João Lobo é dado a poucos confrontos e cultiva a imagem de pacificador e de homem culto (que é).

Já Martinho tem sagacidade política e nunca foge ao confronto político. É um democrata que quase sempre desperta paixões: dificilmente deixa alguém indiferente.

Ambos tendem - e merecem, afirmo eu - a ser respeitados, por apoiantes e opositores, pela qualidade e pelos seus principais traços: Lobo dialogante e Martinho frontal.

Isto tudo reforça a minha convicção de há mais de um ano: a luta entre Vilela e Morais será renhida, até à contagem dos últimos votos.

Negativo: perfis falsos no faceboock e pouca discussão de ideias.

Curiosidade: figuras relevantes nas eleições há 20 anos estão nas candidaturas: António Vilela, João Lobo, Mota Alves e Martinho Gonçalves.

O actual Presidente da Junta de Soutelo, Filipe Silva, pode estar impedido de ser candidato nas próximas eleições autárquicas pelo facto de exercer funções de administrador executivo numa empresa que tem contratos com a autarquia.

A alínea c) do ponto 2 do artigo 7º da Lei Eleitoral dos DIREITO DE RESPOSTA Ao abrigo do Direito de Resposta do presidente da Junta de Freguesia de Soutelo, Filipe Silva, sobre o artigo publicado no website do ‘Jornal O Vilaverdense’, com o título ‘Cargo nas Águas do Norte pode impedir candidatura de Filipe Silva’.

Filipe Silva pode ser candidato!

Ao contrário do que afirmou o Jornal O Vilaverdense, Filipe Silva pode ser candidato nas próximas eleições autárquicas e não há na lei qualquer critério de impedimento ou inelegibilidade para o efeito.

Esta afirmação é sustentada num parecer jurídico legal sobre a matéria, em que juristas independentes se pronunciaram de forma perentória sobre o assunto, concluindo que a questão da inelegibilidade não se coloca.

Senão vejamos. Diz a notícia d’O Vilaverdense que “a alínea c) do ponto 2 do

Órgãos das Autarquias Locais define que não são elegíveis «os membros dos corpos sociais e os gerentes de sociedades, bem como os proprietários de empresas que tenham contrato com a autarquia não integralmente cumprido ou de execução continuada».

Termina no próximo dia 7 de Agosto o prazo para a apre-

sentação de candidaturas aos órgãos autárquicos, cujas eleições decorrem a 1 de Outubro. As listas de candidatos têm que ser apresentadas no tribunal competente até ao 55º dia anterior à data do acto eleitoral. É também até ao dia 7 de Agosto que os partidos, coligações ou grupos de cidadãos que se queiram

artigo 7º da Lei Eleitoral dos Órgãos das Autarquias Locais define que não são elegíveis «os membros dos corpos sociais e os gerentes de sociedades, bem como os proprietários de empresas que tenham contrato com a autarquia não integralmente cumprido ou de execução continuada»”. Ora, neste caso a questão nem se coloca, porque o cargo que Filipe Silva ocupa é de natureza pública e é-lhe aplicável o regime especial decorrente do Estatuto do Gestor Público, sendo à luz desse normativo especial que lhe devem ser interpretadas e aplicadas as normas ínsitas nos artigos 6.º e 7.º, da Lei Eleitoral das Autarquias Locais.

Reafirma-se portanto a total disponibilidade de Filipe Silva para ser candidato autárquico! Uma conclusão a que o Jornal O Vilaverdense teria chegado rapidamente se tivesse algum respeito pelo código deontológico que rege o exercício do jornalismo.

No entanto, revelando uma confrangedora falta de ética profissional, veicula uma notícia de teor jurídico de forma leviana e irresponsável, baseado em fontes “anónimas” e sem consultar a opinião de um especialista na matéria. E, pior do que isso, publica a notícia desprezando totalmente um direito consagrado na lei, o Direito ao Contraditório, que garante à parte visada a possibilidade de argumentar e de se defender. O ‘Jornal O Vilaverdense’ não teve sequer o cuidado de contactar Filipe Silva para ouvir a sua posição sobre a matéria.

A lei prevê apenas que, se for reconduzido no cargo de presidente da Junta de Freguesia de Soutelo, não poderá participar em eventuais votações na Assembleia Municipal relacionadas com a Empresa Águas do Norte. Aliás, como acontece com outros casos de Presidentes de Junta atualmente em funções. No caso de ser eleito para um cargo na

apresentar a sufrágio terão que fazer chegar ao Tribunal Constitucional os orçamentos da respectiva campanha.

De acordo com a Lei Eleitoral dos Órgãos das Autarquias Locais, a campanha eleitoral decorre entre os dias 19 e 29 de Setembro.

Ricardo Costa Câmara Municipal de Vila Verde, terá que optar entre o cargo na Empresa Águas do Norte e o cargo no Município. Em qualquer dos casos, não há qualquer problema de elegibilidade.

NOTA DO DIRECTOR: Observamos e acatamos a vossa exposição/direito de resposta. Cumpre-nos referir que a peça a que alude observou todas as regras do jornalismo de investigação, com toda a amplitude que as mesmas consagram.

A base, efectivamente, partiu de uma informação anónima, mas os pareceres jurídicos consultados reafirmam o teor da notícia. Daí termos avançado com a mesma. E não nos compete a nós decidir, ou fazer juízos, em matéria jurídica. Competirá à Justiça decidir da conformidade, ou não, da referida candidatura.

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SOCIEDADE

Salvaguarda dos trabalhadores e pagamento de dívida como condições • EPATV define duas premissas para antecipar fim da gestão do Complexo de Lazer «Salvaguardar os postos de trabalho existentes e pagar a dívida em curso relativamente a serviços prestados» são as duas «condições de base» definidas pela Escola Profissional Amar Terra Verde (EPATV) para entregar a gestão do Complexo de Lazer de Vila Verde e da Piscina de Prado antes da data prevista. Em declaração ao jornal “O Vilaverdense”, o Director da EPATV, João Luís Nogueira, disse que a escola passará a gestão para a autarquia, antecipando o fim do protocolo, que vigora até 31 de Dezembro de 2017, «na data que a Câmara quiser», desde que sejam cumpridas essas condições.

«A nossa intenção é que em Setembro, depois do período de férias, a Lazer abra já com a gestão da Câmara.

Para isso, teremos que negociar essas duas condições e chegar a um acordo – escrito, não verbal – durante o mês de Agosto», frisou.

Sem esse acordo, acrescentou João Luís Nogueira, a EPATV assumirá a gestão até 31 de Dezembro, dia em que termina o protocolo em vigor.

Ao jornal “O Vilaverdense”, o vereador da tutela, Patrício Araújo, referiu que o protocolo terminará a na data prevista, «salvo se forem conseguidas condições de acordo para ambas as partes» com vista a uma «transição pacífica e sem sobressaltos». O autarca diz, no entanto, que a EPATV enviou um ofício à Câmara, na passada sexta-feira, «onde reafirma, quer a validade do protocolo, quer

o direito de exploração do Complexo de Lazer de Vila Verde e Piscinas de Prado até 31 de Dezembro de 2017».

Por isso, Patrício Araújo diz que «quaisquer outras considerações são meramente especulativas, até porque o Município também está, por seu lado, apostado em fazer uma transição pacífica, tranquila e sem atropelos das matérias que estão legalmente acordadas entre as partes.

Durante todo o mês de Agosto, o Complexo de Lazer de Vila Verde e a Piscina da Vila de Prado estarão fechados para férias. Reabrirão em Setembro, restando saber com que gestão.

Ricardo Costa ovilaverdense@gmail.com

Câmara de Vila Verde entre as 57 autarquias que reduziram passivo

• Integra grupo de Municípios que saíram do PAEL-Programa de Apoio à Economia Local Vila Verde está entre as 57 Câmaras que reduziram o passivo e que se viram livres do PAEL – Programa de Apoio à Economia Local. O abatimento da dívida municipal em cerca de cinco milhões de euros, em dois anos, conjugado com a redução dos prazos médios de pagamento a fornecedores – actualmente de 22 dias – estão entre as medidas que permitiram ao Município de Vila Verde sair do PAEL, a par do controlo da despesa corrente, apurou o jornal “O Vilaverdense”.

A autarquia vilaverdense tinha aderido a uma forma mais “light” do PAEL, que permitiu a liquidação da dívida de curto prazo, tendo alcançado prazos médios de liquidação a fornecedores de 22 dias.

«Embora não estivéssemos obrigados a reduzir taxas do IMI, mantivemos sempre no mínimo e até avançamos

com a redução de impostos, nas taxas de urbanização, taxas de ocupação do solo e mesmo isenções de taxas para loteamentos industriais», assinala António Vilela, na reacção à notícia.

O Presidente da Câmara de Vila Verde sublinha que «a fase de crise que o país vive levou mesmo o Município a lançar algumas medidas de apoio a famílias numerosas e carenciadas, com isenções e reduções nas taxas de água, lixo/saneamento, entre outras medidas».

O edil vilaverdense faz ainda questão de argumentar que, «apesar de tudo, a Câmara

de Vila Verde investiu – e continua a investir – como nunca». «A boa saúde financeira do Município de Vila Verde é resultado de muito controlo da despesa e de uma gestão dos investimentos muito criteriosa e assente em muito trabalho das equipas municipais, em estreita colaboração com as juntas de freguesias e os agentes de desenvolvimento local. Dou como melhor exemplo o facto de sermos o Município do país que melhor tem aproveitado os fundos comunitários nos últimos anos», frisa.

Ricardo Costa ovilaverdense@gmail.com

O 15º concelho com menor equilíbrio financeiro

Apesar de ter reduzido o passivo e ter-se “livrado” do PAEL, Vila Verde surge como o 15º pior Concelho em equilíbrio financeiro, de acordo com o mais recente Anuário Financeiro dos Municípios

Portugueses, publicado no início da semana. Entre os 308 Municípios, Vila Verde é também o 20 º que mais contraiu novos empréstimos e o 21º com menor resultados líquidos. O Anuário Finan-

ceiro dos Municípios Portugueses apresenta uma análise económicae financeira das contas dos 308 Municípios relativas ao exercício económico de 2016.

Reunião motiva críticas João Luís Nogueira acusa a Câmara de Vila Verde de ter convocado, para esta quarta-feira, uma reunião de trabalho, na autarquia, com «todos os funcionários» do Complexo de Lazer, «incluindo aque-

les que têm contratos com a EPATV». «É uma situação no mínimo insólita. Naturalmente, não dispensei nenhum funcionário, porque não íamos fechar o Complexo para fazer uma reunião», frisa.

Contactado pelo nosso jornal, Patrício Araújo assegura que a reunião existiu, «mas apenas com os funcionários da Câmara» que estão adstritos ao Complexo de Lazer.

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SOCIEDADE

OPINIÃO

FÉRIAS GRANDES...

Janine Ferreira, membro cooptado na CPCJ de Vila Verde O período de férias deveria ser, por excelência, um período com tempo de qualidade entre pais e filhos. Porém, isso nem sempre acontece. Se para os mais novos férias grandes é sinónimo de tempo livre e brincadeira, para os pais, férias grandes significa muitas vezes dores de cabeça e preocupações, pois há que pensar em como ocupá-los em segurança e, se calhar, motivo que às vezes até tem mais peso, em como conciliar horários não letivos com o próprio horário de trabalho.

Não esqueçamos que o período de férias escolares no Verão é significativamente mais longo do que o período de férias que, regra geral, os pais têm na mesma altura.

Para alguns pais, existe a possibilidade de integrar as suas crianças e adolescentes em campos de férias, cada vez mais postos em prática por diversas instituições, com diversas ofertas em atividades lúdicas e de lazer. No entanto, há por outro lado pais que não têm possibilidades financeiras para que tal aconteça, deixando por vezes os filhos em casa sozinhos (quando um deles já é mais velho e responsável por assegurar os cuidados ao(s) mais novo(s)), com familiares ou ao cuidado de terceiros. É certo que esta diferença de oportunidades tem as suas mais valias e menos valias. Assim como, há crianças e adolescentes que também conseguem, por vezes, pôr em prática e fazer valer os seus gostos e preferências perante os pais.

Nada disto me parece mal ou errado pensando nas crianças e adolescentes: passaram o ano a estudar, a dedicar-se, a tentar cumprir os objetivos estabelecidos e, o mais certo, é terem conseguido alcançá-los. Afinal, as férias são sinónimo de tempo livre para as brincadeiras e para dar espaço e largas à imaginação, coisas simples, mas que nem sempre têm tempo para fazer em tempo letivo, dado o corre corre a que estão sujeitos.

Contudo, se no início do próximo ano letivo fossemos questionar como foram as férias, a maior parte irá contar uma série de aventuras e de momentos que marcaram de uma forma ou de outra este período. Mas se questionarmos quantos deles passaram tempo com os pais, em atividades juntos, em passeios, ou em simples jogos, se calhar já obteríamos diferentes respostas.

E é aqui que eu volto ao início deste texto, o período de férias deveria ser, por excelência, um período com tempo de qualidade entre pais e filhos.

Todas as atividades lúdicas e de lazer são importantes para o crescimento e desenvolvimento das crianças e adolescentes; o tempo com outros familiares, normalmente os avós, também são igualmente importantes; o convívio entre irmãos é de igual forma saudável e precioso; mas o tempo passado entre pais e filhos, a família nuclear, com atenção e dedicação especial em relação ao resto do ano por parte dos pais, terá em cada uma destas crianças e adolescentes um impacto muito positivo, com memórias ainda mais vivas e espetaculares daquilo que um dia foram as suas férias grandes.

Vale a pena pensar nisso, pais!

«INCOMPREENSÍVEL»

Ricardo Costa • António Vilela não compreende interdição da Praia Fluvial do Faialovilaverdense@gmail.com

O Presidente da Câmara de Vila Verde, António Vilela, considera que a interdição da Praia Fluvial do Faial, na Vila de Prado, que se mantém desde o passado dia 30 de Junho, «é incompreensível», reiterando que os resultados das análises encomendadas pela autarquia mostram que a água tem «óptimas condições» para a prática balnear.

«Não se percebe como é que o Município faz controlo das águas e até hoje nenhuma análise tenha revelado incumprimento, sendo que uma delas, para que se desfizessem as dúvidas, resultou de uma colheita feita pelo técnico da Autoridade de Saúde, no mesmo local e no mesmo momento. Não é compreensível que a água colhida no mesmo dia possa ter resultados diferentes

nem é compreensível que na margem de Vila Verde seja hasteada uma bandeira vermelha e na margem de Braga, a jusante da mesma praia, haja uma bandeira verde», vincou.

O autarca sugere, por isso, que a Autoridade de Saúde

recorra a um outro laboratório certificado. «O Município continua a fazer a monitorização das águas, todas as semanas. Esperamos que a Autoridade de Saúde faça análises com maior regularidade ou que se socorra de outro laboratório certifi-

cado para aferir que a água tem boa qualidade», frisou.

De acordo com António Vilela, embora a Praia do Faial continue a ser visitada, esta interdição «está a prejudicar, de forma muito grave, a economia local e os comerciantes das redondezas».

ARS Norte sublinha «zelo» e «profissionalismo» Às declarações públicas do Presidente da Câmara de Vila Verde, respondeu a Administração Regional de Saúde do Norte, com um comunicado em que sublinha o «elevado profissionalismo e zelo» do Laboratório Regional de Saúde Pública. «O

LRSP tem 38 parâmetros acreditados pelo Instituto Português de Acreditação ( IPAC), sendo que o parâmetro pesquisa de Salmonella Spp por membrana filtrante está acreditado pelo IPAC», esclarece a Autoridade de Saúde.

O comunicado vinca que no Laboratório Regional de Saúde Pública, situado no Largo Paulo Osório, em Braga, «para a realização dos ensaios laboratoriais, são utilizados métodos normalizados ou métodos internos, validados e devi-

damente documentados».

«Na seleção dos métodos a utilizar, o LRSP tem em conta a legislação nacional e comunitária, as normas internacionais, regionais ou nacionais, e as especificações do fabricante do equipamento», frisa. R.C.

Junta hasteia bandeira preta

O Presidente da Junta de Freguesia da Vila de Prado, Paulo Gomes, hasteou, na Praça Fluvial do Faial, uma bandeira negra, num acto simbólico de solidariedade e a exigir respeito. «É necessário combater a origem do problema e acabar com esta “pirataria silenciosa”.

Não obstante os bons esclarecimentos prestados pela Câmara Municipal de Vila

Verde no que concerne à legislação em vigor, acabam por ser sempre as pessoas que padecem», refere o autarca pradense, em comunicado.

Para Paulo Gomes, esta é uma forma de demonstrar que a Junta está ao lado dos comerciantes locais – «que há um mês vêm acumulando prejuízos» – e dos pradenses e visitantes, «impe-

didos de desfrutar de uma zona pública de lazer altamente concorrida durante a época balnear». «O processo merecia maior celeridade e deviam ter a coragem de explicar o motivo para haver uma praia a jusante com bandeira verde e outra com bandeira vermelha a montante numa curta distância.

Já chega! Merecemos uma explicação!», frisa.

Este foi, no entanto, um episódio que ficou também envolto em alguma polémica, uma vez que a bandeira preta hasteada por Paulo Gomes foi roubada, no mesmo dia em que o autarca a colocou na Praia Fluvial. No dia seguinte, o Presidente da Junta recolocou o pano negro, vincando o protesto.

R.C.

CDS-PP fala em «episódio vergonhoso» e lança questões O CDS-PP de Vila Verde entende que a interdição da praia «é mais um episódio vergonhoso para o Concelho de Vila Verde» e dirigiu um pedido de esclarecimento ao Presidente da Câmara para perceber a acção da autarquia neste campo.

«O que já foi feito para identificar a fonte responsável pela poluição da água? Uma vez que

são inúmeros as fontes que referem a AGERE como provável fonte da poluição, já foi questionada esta empresa sobre este tema? Se sim, qual a resposta?», questionam os centristas.

A estrutura local do CDS-PP quer também saber se «já estão quantificados os custos do impacto negativo que terá na imagem da Freguesia de Prado

e na do Concelho Vila Verde», assim como se «já estão identificados os custos das perdas dos comerciantes locais».

«Uma vez que está situação é já recorrente há anos, o que foi feito nos últimos anos para resolver está situação de forma definitiva?», interrogam.

Em comunicado, a Comissão Política do CDS-PP, liderada

por Paulo Marques, sugere também que a Câmara invista recursos, «com urgência máxima», numa estratégia de animação de verão «forte» para a Praia Fluvial do Faial, para «colmatar, na medida do possível, as perdas verificadas com mais este episódio vergonhoso para o Concelho de Vila Verde».

R.C.

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SOCIEDADE

«Isto é tudo uma palhaçada» • Praia Fluvial do Faial continua interditada mas bandeira vermelha não assusta veraneantes

Já passou mais de um mês desde que a bandeira vermelha foi hasteada na Praia Fluvial do Faial, por ordem da Administração Regional de Saúde do Norte, devido à presença de salmonelas na água. Pelo meio, já foram realizadas várias análises à água – com resultados diferentes – e até já foi colocada uma bandeira preta em sinal de protesto. Por entre a população pradense, cresce a revolta, sobretudo pelo facto de na margem oposta, em Merelim São Paio, estar hasteada uma bandeira verde. «Interesses políticos» e a «inveja pelas óptimas condições da zona» do Faial, o “cartão-de-visita” da Vila de Prado, são dois motivos rapidamente apontados.

«Estou cá há 11 anos e nunca houve uma polémica como esta. Isto só pode ser interesses políticos. Que outra justificação existe para a água daqui estar contami-

nada e do outro lado do rio estar própria para banhos?», questionou um comerciante local, que não se quis identificar.

As dúvidas são unânimes entres os veraneantes e proprietários de estabelecimentos comerciais locais, que não se conformam com as consequências que a situação traz ao negócio. «Isto já não tem ninguém. O negócio está péssimo. Toda a Vila de Prado tem sofrido com isto, desde as pastelarias aos restaurantes, onde as pessoas vão buscar pão e comida para fazerem piqueniques», continuou.

Por estes dias, muitas das pessoas que chegam à zona fluvial acabam por ir embora, quando vêem a bandeira vermelha. Apenas aqueles que conhecem o rio ficam, «porque consideram que tudo não passa de uma palhaçada», diz o mesmo comerciante.

Lizi Costa ovilaverdense@gmail.com

Da mesma opinião é o proprietário do “Le Bordeaux”, o café com esplanada situado na Praia Fluvial. Segundo Alberto Oliveira, que gere aquele espaço há seis anos, nunca durante esse período registou resultados económicos «tão fracos» quanto os deste ano. «O habitual é termos aqui mais de quatro mil pessoas aos fins-de-semana e, desde que estamos nesta situação, as pessoas chegam cá, vêm a bandeira vermelha e vão embora.

Ainda no fim-de-semana passado seis autocarros que vinham para cá acabaram por dar a volta», conta.

O comerciante partilha da revolta gerada por haver dois resultados diferentes das análises feitas à água.

«Deste lado, as pessoas não se podem banhar, mas do outro lado do rio já é permitido. É uma situação triste e vergonhosa», vinca.

Populares organizam actividades lúdicas para atrair a população Um grupo de voluntários, em conjunto com os nadadores-salvadores, uniu-se e preparou diversas actividades, como música, dança, palestras, jogos interactivos e insufláveis, de modo «a entreter as crianças» que visitam

a zona. Num dos dias em que decorreram as actividades, foi também inaugurada uma biblioteca ao ar livre na Praia do Faial, que estará disponível para todos os veraneantes até ao final de Setembro, assim como diversas ac-

Rafael Ribeiro

«Eu sou de Merelim, mas venho para esta zona, que é um paraíso, há 20 e tal anos e nunca tive nenhum problema. Acho ridículo que deste lado a bandeira esteja vermelha e do outro lado da ponte esteja verde. Isto é mais política que outra coisa. Continuo a ir para a água e não me acontece nada. O maior problema é para os comerciantes, que perdem com esta situação»..

Isabel Peixoto

«Há dois anos aconteceu uma situação parecida e, tal como esta, ninguém levou muito a sério.

Continuamos a ir à água, porque é estúpido a bandeira deste lado estar vermelha e do outro estar verde, pois a água é exactamente a mesma. Isto devia ser tratado com mais antecedência para não afectar a época de Verão, que é quando vem mais gente para aqui».

tividades que serão realizadas ao longo destes três meses. «Uma vez que as pessoas não podem ir para a água, pensamos em compensá-las e realizar iniciativas que as divertissem. Ao mesmo tempo, também fazemos com

que esta zona não caia no esquecimento», mencionou o grupo de voluntários. Brevemente será realizada também uma exposição de fotografia e uma exposição de artesanato, realizada pela pradense Fátima Mendes. L.C.

Beatriz Coutinho

«Não venho para cá muitas vezes, mas quando venho vou à água, não vai ser a bandeira vermelha que me vai impedir.

Vim há uma semana e até agora não tive sintomas nenhuns resultantes das salmonelas. E vejo que as pessoas que continuam a vir para cá também não se importam, embora já se note que a praia fluvial começa a perder afluência».

Luzia Ferreira

«Já conheço esta zona há vários anos e quando ouvi falar que a água estava com salmonelas até pesquisei um pouco sobre a gravidade da bactéria, no entanto vejo as pessoas a irem para a água na mesma. Se fosse mesmo prejudicial alguém tinha de as impedir. Eu continuo a banhar-me cá com o meu filho e nenhum de nós teve problemas até agora».

Adelino Dias

Filipe Pinto

Nadador-Salvador

«Nasci aqui e conheço esta praia há 60 anos. Nunca vi uma situação como esta. Não sei qual será a explicação, mas acho estranho que após um mês não se tenha feito nada. Continuo a vir para cá com as minhas netas, mas confesso que fico um pouco reticente em relação aos banhos. É melhor prevenir que remediar.

Gostava mesmo que isto voltasse ao que era».

«A cada semana que passa nota-se menos gente na praia fluvial. As pessoas perguntam o porquê de a bandeira estar vermelha aqui e não estar do outro lado e até brincam com a situação a perguntar se a água é a mesma. Já não levam isto tão a sério e vão para a água, por mais que nós, nadadores-salvadores, as tentamos impedir. Até hoje não apareceu um único caso de alguém que tenha ido para a água e tivesse com sintomas e isso é que é um pouco estranho».

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ENTREVISTA

O papel de África no sucesso dos Lenços dos Namorados • 20 anos em São Tomé e Príncipe marcaram o trabalho de Conceição Pimenta Conceição Pinheiro é um dos nomes incontornáveis da história de Vila Verde. O seu nome irá estar sempre associado aos Lenços dos Namorados. Aos 83 anos, continua a pensar, a reflectir e a ter ideias para que «o seu amor artesanal» continue a elogiar e a atingir outros patamares.

E se a história de vida de Conceição Pinheiro não falar de lenços dos namorados?

A entrevista que se segue fala da “Obra das Mães”, de África e da alegria imensa de viver.

Os três requisitos que levaram os Lenços, a serem a referência que são hoje.

A D. Conceição nasceu em Vila Verde?

Não, eu sou de Vila Verde emprestada e de coração. Eu vim para aqui com 11 anos. O meu pai era Guarda Nacional Republicano, assumiu o comando do posto de Vila Verde e viemos oitos irmãos. Sou a segunda mais velha de dez filhos. Fiz a escola primária em Valongo mas em Vila Verde estudei, mais tarde, por volta dos meus 19 anos, porque nessa altura resolvi que queria estudar. O meu pai não nos dava muita liberdade e eu achava que o mundo não era só este, se bem que eu achava e acho que o meu mundo foi o melhor do Mundo. Tenho recordações da minha infância muito boas e por muito que eu queira dizer que passei fome ou passei frio não sou capaz, porque não me recordo de nada disso. Tive e tenho uma vida alegre, muitos filhos uma barulheira infernal antes dos almoços e dos jantares, porque o meu pai e minha mãe obrigavam-nos a estar à mesa. Havia uma coisa muito curiosa lá em casa que eu herdei, felizmente: na mesa há sempre mais um prato. Não sei para quem nem para quê mas há sempre mais um lugar.

Essa transferência de Valongo para Vila Verde foi difícil?

Não, não foi nada difícil. Eu lembro-me bem do nascimento de uma irmã que já morreu.

Foi na Maternidade do Porto e morávamos numa rua que se a minha mãe, na Maternidade, viesse à uma janela nós víamo-la. Quando viemos todos numa camioneta de carga com a mobília atrás e nós à frente na capota, lembro-me de chegar aqui e ver pessoas da minha idade que eram as filhas da Casa Santos que também eram 11. Isso encantou-me logo. Eu fiquei ligada à Dedé, a minha

irmã Emília à Cila, cada um escolheu o seu par e fomos crescendo felizes da vida. Tanto os meus pais como na Casa Santos as pessoas eram muito familiares, juntavam-se muito.

Por exemplo, no Inverno e no Verão, juntávamo-nos todos à nossa porta, porque era a que tinha luz eléctrica. Éramos meninas de 13/14 anos e os rapazes da vila vinham fazer serão connosco. Os nossos pais sentadinhos nas cadeiras à porta, e nós a cantar, a contar histórias, a falar da vida. O meu pai teve uma coisa, que para a minha juventude era uma inovação e para alguns um certo escândalo, que era deixar as filhas namorar à frente deles. Havia um cantinho fora da casa, onde os namorados se sentavam.

Quando cheguei, por volta dos 19 anos, achava que não havia direito, só por ser rapariga, à sexta-feira, ter que passar a roupa dos meus irmãos. Lá em casa estava tudo muito ordenado por causa da disciplina do meu pai dada pela GNR, uma semana passava um, o outro lavava, outro cozinhava, tínhamos tudo muito bem organizado e eu quando era a minha semana de passar a ferro, estrebuchava e perguntava sempre porque é que tinha que estar a fazer aquilo e os outros a brincar. Tive sempre uma certa ânsia de sair de casa e saí. É o início da história dos Lenços dos Namorados.

Obra das mães Como assim? Não quer explicar melhor?

Havia na altura uma Associação que se chamava “Obra das Mães” que abria a porta a cursos muito bem pensados e delineados para crianças que após a escola primária não pudessem seguir o Liceu em Braga. Criar dez filhos não era fácil e os meus pais puseram-nos na “Obra das Mães” e para mim foi um deslumbramento ter lá entrado.

Comecei a ver o Mundo com uma face diferente. A família não eram só os meus pais, que eu adorava e achava que eram os melhores do Mundo, mas havia mais coisas: podia ler os jornais todos os dias, podia aprender a andar de bicicleta, podia ir para o rio e vestir um fato de banho, podia aprender a nadar. Tudo isto sem deixar de estar em casa, gostar da minha família e viver em família. Sentia-me uma felizarda e por isso, fui uma criança feliz.

Que curso fez na “Obra das Mães”?

Era o curso próprio da “Obra das Mães” que era de três anos onde se aprendia a ser uma boa dona de casa. Era criar as meninas para a “Pátria, Amor e Lar”. Daí que quando houve o 25 de Abril e ter havido uma certa perseguição porque nós tínhamos um lema que não se adequava com a situação que se viveu naquela altura. Lembro-me que quando cheguei de África fiquei chocada quando ouvi a mulher do Mário Soares a dizer mal da “Obra das Mães”. A mim que me tinha feito mulher, me tinha mandado para África, tinha-me tratado como ser humano na parte intelectual. Aprendíamos a cozer, a cozinhar, a limpar o chão, a comer, a receber as pessoas. Era tudo ensinado por fases e devidamente ordenado.

E conversavam sobre tudo?

Tínhamos conversas livres.

Foi na obra das mães que, pela primeira vez, um rapaz entrou numa equipa para irmos ao rio. Na altura, a escola estava dividida em rapazes e raparigas e ali as coisas foram diferentes, todas nós nos habituamos a lidar com pessoas do sexo diferente. A Maria do Céu Vilhena da Cunha e a Susana Lagrifa eram as minhas mentoras e parte fundamental para o sucesso da “Obra das Mães».

Como foi para África?

Lembro-me que me convidaram para ir fazer cursos iguais aos da “Obra das Mães”. Eu já tinha o curso e estava a ser pre-

parada para entrar no domínio da educação rural, através de uns cursos que se faziam em Tenões chamados “Agentes de educação familiar rural” que eram três anos e no final nós estávamos preparadas para ficar à frente das “Obras das Mães”, que foram sendo abertas um pouco por todo o país, sobretudo, em meios rurais.

Fiz o curso porque eu já estava bastante ligada ao mundo rural, já conhecia os Lenços dos Namorados, havia uma biblioteca, tínhamos um médico que nos ensinava as coisas ligadas à higiene, uma senhora que ensinava quem deveríamos pôr, à mesa, a direita e à esquerda, havia quem preparasse festas para os filhos. Havia uma preparação social que nós nem no liceu nem em parte nenhuma tínhamos.

Eram recrutadas para esses centros pessoas que tivessem alguma educação e valia para ensinar as pessoas do campo.

Tinha uma certa elite a escolha para esta missão e depois havia que manter este estatuto daí ter sido criado o tal curso em Tenões, eu fui do terceiro.

Era uma escola um bocado de elite, é verdade, e daí, no 25 de Abril, terem falado disso como um dos problemas. No 25 de Abril tentaram acabar com a “Obra das Mães” mas o que é bom dura sempre.

Toda as “velharias sábias” que nos ensinaram tudo, começaram a sentir falta de pessoas para as substituir e então foram aos grupos que tinham passado pelo Centro para as meter no curso em Braga, que

Pedro Antunes Pereira ovilaverdense@gmail.com

era caro mas as que elas consideravam que mereciam bolsas de estudo elas arranjavam; foi o meu caso. Ainda não tinha acabado o curso, faltava-me o estágio de seis meses, a direcção da escola convidou-me para ir para África. Recordo-me que em Angola, houve a chamada “revolta na cadeia” e nós cinco dias depois estávamos a ser convidadas para ir fazer o estágio para lá, abrindo Centros familiares em Luanda.

Quantos anos tinha?

Tinha 22 anos. África Como foi essa experiência?

Não me pergunte… foi lá que eu abri os olhos para o Mundo, que me tornei mulher, que éramos todos iguais, foi lá que descobri grandes amizades e que me apeteceu voltar a estudar. Andei nos liceus em São Tomé porque queria ser assistente social. Não acabei porque conheci um menino de olhos azuis e casei-me…

A ida para África foi um deslumbramento. Fui para lá convencida que ia conquistar aqueles pretinhos todos e que éramos boas pessoas, porque o éramos, e não havia necessidade de nos andarmos a matar uns aos outros.

O meu pai teve uma reacção “inteligente” quando lhe vieram pedir para ir fazer o estágio em Luanda, ele olhou para mim e disse: “vai, eu não posso ir mas gostava muito de dar uma ajuda a África. Vai,

e faz o melhor que souberes”.

A Susana estava à espera que o meu pai não me deixasse ir, ficou rendida e protegeu-me sempre. Foi uma segunda mãe para mim.

Quando lá cheguei, apercebi-me que aquilo era uma guerra entre irmãos, comecei a fazer amizades com africanas e africanos, comecei a conviver e a perceber a riqueza daquela gente, achei que nós estávamos a querer incutir valores que eles não tinham, tinham outros. Estive em Luanda um ano a fazer os primeiros cursos. Depois, convidaram-me para ir fazer os mesmos cursos para São Tomé e Príncipe.

Chamavam-nos o exército branco que ia ajudar a tropa a fazer um Portugal não dividido, mais unido.

Quanto esteve em São Tomé?

Numa primeira fase, estive um ano em Luanda e dois em São Tomé. Eu lembro-me de um americano dizer que se nós tivéssemos chegado a África 20 anos antes que ninguém nos tirava de lá.

E havia diferenças?

Em São Tomé, havia uma guerra aberta, mortos, víamos nas ruas estilhaços humanos vindos da roça, mulheres sozinhas porque perderam os maridos ou porque estavam nos hospitais. Fui para um lar de irmãs com uma equipa de três pessoas do Norte, com os custos assumidos pela Escola portuguesa. Entretanto, casei-me…

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ENTREVISTA arranjou logo emprego e eu não. Fui à Segurança Social e disse que “estava feita criada em casa, a levar meninos à escola e não estou habituada a isso, eu quero trabalhar”.

Estava à frente da Segurança Social a Almerinda Rebelo que conhecia o meu trabalho de África através de uma professora universitária que ia, todos os anos, a SãoTomé fazer exames para trazer estudantes para a Universidade, disse logo, “ó Conceição, eu não a perco de jeito nenhum” e num dia 1 de Abril telefona-me a dizer que não era mentira e a contratar-me para a Segurança Social.

O casamento, mais 16 anos de África e o regresso O casamento em Vila Verde, o regresso para mais 16 anos de África e a necessidade de dar uma «melhor escola» como motivo para a vinda definitiva. Conceição Pinheiro continua a desfiar um novelo, grande, brilhante e com uma vivacidade única. E de Lenços dos Namorados só um cheirinho…

Casou em África?

Não, vim casar a Portugal porque queria que o Adelino conhecesse a minha família. Ele tinha uma profissão muito superior à minha e isso preocupava-me.

Achava que a família dele

ia pensar que eu era assim “uma coisinha ali do Norte”, que vinha armar-se. Então, eu disse-lhe que só me casava se fosse em Vila Verde, para conhecer um pouco a minha família e assim foi.

Isto ainda foi antes do 25 Abril. Eu soube da revolução quando estava a ensaiar uma peça, no Teatro Nacional de São Tomé e Príncipe em que metia todas as províncias ultramarinas.

Cada uma delas tinha uma dança já típica e eu estava a ensaiar o bailinho da Madeira quando alguém entra no palco e diz: “há uma revolução em Portugal”. Eu fui muito bem tratada e se não fosse pela educação escolar

dos meus filhos tinha lá ficado.

Veio casar a Vila Verde e ficou por cá?

Não… estive depois 16 anos em São Tomé. O meu marido era médico e tinha lá lugar. Casámos, estivemos cá um ano de férias porque ele tinha direito a férias graciosas. Fomos para São Tomé já eu estava grávida do meu filho mais velho e tive lá quatro filhos, a minha filha nasceu cá. Houve a revolução e nós ficamos mais dois anos porque pediram ao Adelino que ficasse. A sogra do Presidente da República, que era vicentina comigo e fazíamos umas bonecas que

O Sisaleiro lá de casa

Mal se chega à casa de Conceição Pinheiro somos recebidos por um sizaleiro único. «Descobri-o há pouco tempo quando o vi a crescer imenso. Pesquisei e percebi que tem seis mil anos de existência, vindo desde os tempos da Mesopotâmia». Entre os 10 a 30 anos de vida dá flor uma vez na vida e depois morre.

O que está no quintal tem cerca de 30 anos e está a florir. O sizal é uma fibra grossa e dura mas que depois de tratada fica muito bonita. «Aos 83 anos ainda fico surpreendida de onde vim, o que fui buscar, o que me apareceu pela frente (um sisaleiro no fim da vida) dizendo que podemos durar muito tempo».

nos dava o dinheiro para mandar para as nossas tropas, intercedeu por nós. No fim dos dois anos os meus filhos já estavam em idade escolar, comecei a aperceber-me que a escola deixava muito a desejar. Metemo-nos no avião e viemos para cá. No dia da Independência foram levar-nos duas lagostas enormes a casa para festejarmos. Sentia-me protegida e nunca mais trabalhei oficialmente, porque eles não quiseram e mantiveram-me sempre como uma espécie de conselheira.

Como foi regressar a Vila Verde?

Viemos embora, o Adelino

Que trabalho é que começou a fazer?

Puseram-me na “Obra das Mães” que era o sítio mais adequado para as minhas funções. Já trabalhava lá, a minha irmã Alice, que tinha o meu curso. Eu era mais velha e era uma espalha-brasas, já ela era a ordem em pessoa, o senso. Eu sentia-me como um peixe em água porque, por exemplo, quando comecei a ver o que havia para fazer exposições, ela é que marcava tudo, reunia com as pessoas e eu senti um apoio sem limites dessa minha irmã. Ela colaborou imenso comigo. Complementávamo-nos uma à outra: enquanto eu ia para todo o lado, para a televisão, ela estava na retaguarda a organizar tudo.

Foi também o início do trabalho de recolha que culminou depois neste fenómeno que são os lenços dos namorados?

Uma vez, estava eu de férias

de São Tomé, convidaram-me para ver uma exposição, em Ponte de Lima, que mostrava Portugal através de trabalhos em linho. Quando regressei de vez, aquela exposição não me saía da cabeça e pensei se não poderia andar também por Vila Verde a fazer a recolha deste tipo de material. Falei com o Presidente da Câmara da altura, o António Cerqueira, que me pagou a gasolina e eu, no carro do meu pai, com o Daniel como choffeur, fui descobrindo que Vila Verde tem um património maravilhoso. Eu passei a ser o rosto desse trabalho mas não imagina a quantidade de gente que estava por detrás: eram os médicos que me davam apoio para os cursos, os Presidentes de Junta que conheciam as Freguesias como ninguém, era o cidadão anónimo que tinha artesanato em casa… tudo contribuiu para a seriedade com que esse trabalho passou a ser encarado.

Dava também primazia à valorização da mulher…

Sim, aliás conseguimos os três primeiros cursos, com fundos europeus, em bordado dos lenços do artesanato, costura e comércio. Fui à televisão falar dos lenços dos namorados e correu muito bem e tudo começou a ganhar volume e contexto. Foi um trabalho sem guião, sem ordenação, mas tive o apoio de muitas gentes, de associações, dos Presidentes de Câmara… a partir daqui a história é conhecida.

Inovação nos Lenços

Falar sobre Lenços dos Namorados com Conceição Pinheiro dá direito a estudo universitário.

Por isso, fiquemo-nos pela impressão que tem sobre o caminho que o produto por excelência de Vila Verde deve seguir. «Os Lenços têm que entrar no caminho da inovação, o mais depressa possível. Inovação, criando novos motivos, criando quadras para momentos especiais. Sair daquilo que está protocolado e ir ao encontro do que as pessoas querem», afirma para depois desabafar: «o artesanato é arte. Se pagamos a um artista muito dinheiro por um quadro, também o trabalho artesanal deveria ser pago na justa medida».

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EDUCAÇÃO

OPINIÃO

Workshop: Violência doméstica Projecto CHEGA No âmbito da atividade Conselho Consultor do projeto CHEGA, realizou-se no passado mês um workshop denominado “Violência Doméstica: Um retrato atualizado para boas práticas profissionais” com entidades e instituições chave do concelho de Vila Verde e que decorreu nas instalações da Escola de Psicologia da Universidade do Minho em Braga.

O workshop nasceu da necessidade sentida pelos parceiros pertencentes ao Conselho Consultor no que se refere à intervenção realizada junto das vítimas de violência doméstica, no sentido de otimizar as respostas existentes ao nível da articulação entre técnicos e entre instituições. Assim sendo, a agenda de trabalho do workshop debruçou-se sobre conteúdos relacionados com a realidade dos números da violência doméstica a nível nacional e local, associada às dinâmicas inerentes a este tipo de problemática, e ainda na valorização da necessidade de uma intervenção eficaz e concertada junto das vítimas. Foi também focada a questão da tramitação criminal e das respostas judiciais e legais no âmbito dos processos de violência doméstica, finalizando com a abordagem acerca dos fatores de risco e importância de uma avaliação atempada dos mesmos no sentido de orientar a vítima na adoção de estratégias adequadas que garantam a sua segurança pessoal.

O evento foi ministrado pela Professora Doutora Marlene Matos, doutorada em Psicologia com especialização em Psicologia da Justiça, exercendo funções de professora auxiliar do departamento de psicologia aplicada da Escola de Psicologia da Universidade do Minho (UM) onde também é diretora do mestrado em psicologia aplicada.

Numa avaliação final do workshop os participantes consideraram que o mesmo proporcionou um bom momento para a atualização dos conhecimentos e uma oportunidade para fortalecer laços de cooperação inter-instituicional para uma mais eficaz intervenção no âmbito da violência doméstica. Foi salientada ainda a importância da reflexão do atual contexto que caracteriza a problemática e a potenciação de uma intervenção conjunta e complementar, assente nas boas práticas já efetuadas pelos/as técnicos/as presentes e instituições.

A atividade Conselho Consultor tem, entre outros objetivos, partilhar/discutir diferentes perspetivas, conhecimentos, oportunidades e dificuldades nas formas de atuação de cada uma das entidades e prevê ainda, ao longo da execução do seu plano de trabalho, a dinamização de sessões que abordem outras dimensões temáticas associadas ao fenómeno da Violência de Género.

O Projeto CHEGA é co-financiado pelo Programa Operacional Inclusão Social e Emprego - POISE, Portugal 2020 e União Europeia, através do Fundo Social Europeu – FSE, sendo a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG) o Organismo Intermédio e é dinamizado em parceria com o Município de Vila Verde.

Para mais e melhores informações: chega.sopro.org.pt| email: chega@sopro.org. pt| www.facebook.com/projetochega/| Telm: 963667175

EPATV apoia projecto “Aprendizagem sobre Rodas-Orçamento Participativo Portugal” a desenvolver em Vila Verde, Amares e Terras de Bouro Os Concelhos de Vila Verde, Amares e Terras de Bouro têm a votação um projecto na área temática da Educação e Formação de Adultos, sendo esta a única proposta submetida a pensar especificamente nesta região minhota. Trata-se do projecto Aprendizagem sobre Rodas (proposta 375), submetido por Susana Oliveira, residente no Concelho de Vila Verde e colaboradora da EPATV, que pretende levar às populações das zonas mais rurais dos três Concelhos oportunidades de educação e promoção de forma sistemática, nomeadamente, nas áreas da Alfabetização e desenvolvimento de competências TIC. O lado mais inovador desta proposta prende-se com o facto de pretender adaptar um autocarro, tornando-o numa sala de formação itinerante, mas também atrac-

tiva e equipada com todo o material necessário para serem desenvolvidas oficinas de aprendizagem a pensar nas pessoas. «Aprendizagem sobre Rodas” será de particular relevância para as comunidades locais pois permite alcançar uma prática necessária, reduzindo o problema do difícil acesso à informação e oferta (de transportes, de formação, etc), aumentando a sua sustentabilidade e empregabilidade, mas sobretudo o seu bem-estar pessoa».

A EPATV, enquanto entidade promotora e defensora da Aprendizagem ao Longo da Vida, apoia esta proposta, por considerar que «esta concorre directamente para aumentar a motivação da população adulta para outros processos de aprendizagem e, consequentemente, contribuir para uma região mais coesa e desenvolvida».

“Aprendizagem sobre Rodas (proposta 375)” foi submetida ao abrigo do Orçamento Participativo Portugal, uma iniciativa única do Governo português e que se encontra a votação até 10 de Setembro.

Qualquer cidadão pode votar uma vez numa proposta nacional e noutra de âmbito regional. Se quer conhecer esta e outras propostas, poderá fazê-lo em www.opp.pt.

Redacção

EPATV procura competências adicionais na Europa para o seu staff A EPATV candidatou-se a fundos europeus mediante um projecto ERASMUS+ chamado “Upskilling for Upscaled European Defies” - destinado a formação. A candidatura foi aprovada e a EPATV terá fi-

nanciamento para o envio de alguns membros do staff no sentido de obterem formação em diversas áreas no estrangeiro, designadamente: educação não-formal na escola; prevenção de abandono esco-

lar; metodologias inovadoras no ensino de línguas; gestão de conflitos e prevenção do bullying; aplicações (Apps) para uso em sala de aula.

A partir de Setembro divulgar-se-ão, mediante os canais

habituais, mais pormenores aos docentes, relativamente à forma como se podem candidatar e beneficiarem deste financiamento para formação, assim como os critérios que assistirão à selecção.

Alunos da EPATV em Missão Internacional JRA e com Menção Honrosa Os alunos André Campos e João Louro, do curso Técnico de Multimédia, participaram na missão internacional de Góis, no nordeste do Concelho de Coimbra, numa zona conhecida pela sua biodiversidade. Durante esta missão, os jovens visitaram vários pontos de sustentabilidade local, ligados à flora e fauna, onde tiveram oportunidade de conhecer a recuperação de aldeias antigas e eco-aldeias sustentáveis.

Os alunos da EPATV contacta-

ram com jovens de outros países, conheceram as Aldeias do Xisto e a economia da região, na vertente de turismo sustentável. Nesta missão, os alunos tiveram mais uma vez a oportunidade de desenvolver as várias competências de investigação, escrita e trabalho de grupo. O contexto foi ainda favorável à prática de línguas estrangeiras e ao convívio intercultural.

Entre as várias visitas e entrevistas, os jovens repórteres do ambiente conheceram Góis, as

espécies arbóreas autóctones da Quinta dos Maias, a praia fluvial da Peneda, o Eco-Museu Tradições do Xisto, a Mina de Volfrâmio e a Central Hidroe-

léctrica. Nesta missão, a fotografia do aluno André Campos recebeu uma menção honrosa no concurso internacional JRA.

EPATV recebeu visita de professores da Turquia A EPATV recebeu a visita de onze professores oriundos da Turquia. Esta visita teve como principal propósito conhecer o Programa Qualifica, implementado no Centro Qualifica, que tem como objectivos principais contribuir para a melhoria dos níveis de qualificação da população e a melhoria da empregabilidade dos indivíduos.

Nesta visita, foi apresentada a metodologia de funcionamento dos Centros Qualifica, com principal ênfase nos processos de reconhecimento, validação e certificação

de competências. Este grupo pretende adquirir mais informação sobre o sistema português, para aperfeiçoar o sistema que têm implementado na Turquia. Esta visita insere-se num programa mais alargado para também aprofundar o seu conhecimento do ensino profissional/vocacional na Europa.

A visita à EPATV surge do convite pela Bicminho e Bragamob que são as entidades responsáveis pelo desenvolvimento do projecto de formação do grupo de professores Turcos. Os professores eram

provenientes de três cidades turcas: Kocaeli, Bursa, Mugla e de onze escolas diferentes, sendo que entre eles estavam presentes três directores de escola.

A formação base destes professores centra-se nas áreas

de informática, electrónica, automação e metalurgia.

Redacção ovilaverdense@gmail.com

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EDUCAÇÃO

Agrupamento de escolas de Moure e Ribeira do Neiva entrega cerca de 90 diplomas a adultos e alunos do vocacional Foi uma noite de festa aquela que se celebrou no Agrupamento de Escolas de Moure e Ribeira do Neiva com a entrega de diplomas a adultos que frequentaram cursos de inglês, TIC e EFA e alunos do curso vocacional. Com a presença do Presidente da Câmara, António Vilela, e da representante da ANQEP, Regina Almeida, a cerimónia começou com um beberete. Antes da entrega dos diplomas, o Director do Agrupamento, Armando Machado lembrou que «enquanto a Educação e Formação de Adultos (sobre)viver aos solavancos, em função de relógios financeiros, qualquer revitalização dificilmente sairá das páginas de um qualquer Diário da República, dado que os apoios financeiros deviam ser muito maiores que aqueles que se divulgam», alertou o Director para depois acrescen-

tar: «a Educação (de Adultos, inclusive) é também um direito, devendo ser pensada a partir dos espaços e dos projectos pessoais e do Ser, do Estar e do Fazer em comunidade».

Aos alunos deixou um desafio: «foram dois anos muitos intensos, com imensas experiências, aprendizagens, desafios e oportunidades únicas. Espera-vos agora o ensino secundário profissional e a aprendizagem de uma qualificação que vos torne agentes de mudança e transformação de um futuro melhor para o nosso país».

António Vilela O Presidente da Câmara saudou os que frequentaram os cursos e concluíram os vários níveis de formação: «espero que seja o pontapé de saída para novos desafios e sempre com a perspectiva de que somos capazes de superar os

obstáculos».

Regina Almeida enalteceu «uma escola que dá resposta à comunidade e por isso, preocupa-se com os adultos.

Voltar a aprender é a melhor coisa que vos pode acontecer até porque vos dá ferramentas para pensarem pela vossa cabeça», acrescentando que «mesmo no tempo em que a educação de adultos não era uma aposta, esta escola não desistiu e apostou nesta área».

No total foram entregues 21 diplomas aos frequentadores do curso de inglês iniciação, 20 para inglês continuação, 15 na formação de TIC, 14 do curso EFA e 17 do curso vocacional.

Pedro Antunes Pereira ovilaverdense@gmail.com

Cinco Projectos “Erasmus + aprovados O Agrupamento tem já cinco projectos aprovados em 2017, que abrangem todos os ciclos de ensino, desde a Educação Pré-Escolar à Educação de Adultos. Envolvem crianças, alunos, pessoal docente e não docente, pais e comunidade envolvente.

Cyberbullying Quatro professores do Agrupamento participaram, num evento de formação em Rzeszów (Polónia), com o objectivo de desenvolver competências sobre a prevenção do cyberbullying.

Estágios internacionais Eras-

mus+ Os nove alunos que participaram «nesta experiência inesquecível» já concluíram com sucesso os seus estágios internacionais em Jerez de La Frontera (Espanha), tendo também concluído com bom aproveitamento o Curso Vocacional. «Estes estágios,

à semelhança do ano lectivo anterior, continuam a proporcionar oportunidades únicas de desenvolvimento de competências técnicas e relacionais aos nossos jovens, com impacto directo na sua vida futura», referiram os professores responsáveis.

Patinagem do desporto escolar “on fire” nos nacionais Os Campeonatos Nacionais do Desporto Escolar do escalão de iniciados realizaram-se em Lagoa, no Algarve. O Agrupamento de Escolas de Moure e Ribeira de Neiva foi representado pelos alunos Fátima Vilela e Carlos Oliveira na modalidade de Patinagem, categorias de Velocidade e Destrezas. O Agrupamento ganhou a medalha de ouro pelos “pés” da aluna Fátima Vilela na categoria de Destrezas e um honroso 3º lu-

gar (medalha de bronze) na categoria de Estafetas com

Perseguição (Velocidade).

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EDUCAÇÃO

OPINIÃO

“OURO NEGRO” André Carvalho Presidente da JS de Vila Verde

Atualmente é sentido algum ouro preto no concelho, o qual é colocado em “buracos” para simplesmente mostrar algum trabalho, numa tentativa falhada de arranjar estradas. Por outro lado é pertinente falar de saneamento e estamos em 2017, mas parece que se anda a abrir alguns “buracos”, simplesmente eleitorais, o objetivo é puramente e uma vez mais enganar os Vilaverdenses. Mesmo com a história dos “buracos” a população encontra-se atenta, perante o “buraco” do cadastro, em Vila Verde é necessário pensar de forma inteligente e estratégia! Os caminhos estradas não ficam melhores com um simples alcatrão é sim necessário pensar além, ser irreverente e criar novos e melhores acessos. O saneamento não fica resolvido sem uma visão estratégica, que comece por exemplo dos ramais das freguesias/ lugares mais altos do concelho para zonas mais baixas. A enorme mobilização e presença verificada nas apresentações dos candidatos as juntas de freguesia do Partido Socialista são factos que me levam afirmar mais hoje que nunca que existe uma preocupação em mudar e não estar acomodados.

Um respeitoso ex-presidente de junta de freguesia disse no passado fim-de-semana que teve um vez para ser impedido de ser candidato, o motivo era uma dívida a terceiros no montante de 5.000€ e em nome da sua empresa…. é de refletir.”

Grupo de jovens franceses de Ivry recebidos na Câmara Municipal Um grupo de jovens franceses de Ivry foi recebido no Salão Nobre da Câmara Municipal, pela Vereadora da Educação, Cultura e Acção Social, Júlia Fernandes.

Estes jovens estiveram em Vila Verde no âmbito de um protocolo inter-cultural estabelecido com a Quinta do Saber e a cidade de Ivry, com o objectivo de promover um intercâmbio luso-francês/Vila Verde- Ivry, nos meses de Julho e Agosto. Segundo os promotores este foi o primeiro grupo que acolheram, o qual participou nas actividades das férias de verão da Quinta do Saber, e no período de 8 a 11 de Agosto, irão receber um segundo grupo de jovens. A Vereadora da autarquia vilaverdense deu as boas-vindas

aos jovens e falou-lhes sobre o concelho de Vila Verde, a sua cultura, a sua geografia,

o seu artesanato, em especial dos Lenços de Namorados, as suas tradições, o

seu património entre outros temas de interesse.

Redacção

“Viagem ao Centro da Terra” do Centro Escolar de Vila Verde na Feira de Ciência na Hungria O Centro Escolar de Vila Verde esteve em Debrecen, na Hungria, a participar na Feira de Ciência a nível Europeu, Science on Stage, uma plataforma Europeiade partilha de conhecimentos e boas práticas, para Professores. Fez-se representar pela docente Liliana Fernandes, que participou com o Projecto “Viagem ao Centro da Terra”.

O projecto “Viagem ao Centro da Terra” foi implementado no ano lectivo transacto, na turma A do 3º ano. No presente ano lectivo ,deu-se continuidade com a mesma turma, já de 4º ano de escolaridade, aprofundando-se alguns desafios e pesquisas, bem como introduzindo a componente de robótica e drones, na aula de Programação e Robótica, em regime de AEC. Os alunos partem da leitura da Obra “Viagem ao Centro da Terra”, escrita por Júlio Verne (versão adaptada à infância), na aula de Português. Da leitura da obra vem a primeira questão, o que é real e o que é ficção?

Partindo da leitura, capítulo a capítulo, os alunos são desafiados a cumprir uma série de desafios, com elevada incidência na pesquisa autónoma e consequente partilha de conhecimentos (metodologia de Inquiry).

Os desafios funcionam numa perspectiva interdisciplinar, tendo os alunos

que cumprir tarefas relacionadas com as expressões, Português, Matemática e Estudo do Meio, bem como Programação e Robótica.

As tarefas compreendem actividades como a construção de fantoches das personagens, tendo por base os retractos físico e psicológico feitos pelo narrador, à pesquisa da dieta alimentar dos países nórdicos, passando pela evolução dos meios de transporte, planificação

e construção de protótipos de meios de transporte adequados a esta viagem, pesquisas acerca da vida no tempo dos dinossauros e construção de maquetes alusivas. No âmbito da programação e robótica, os alunos construíram modelos de teste, recorrendo a robots LEGO We Do 2.0, e testaram soluções de transporte e pesquisa utilizando mini-drones Parrot (hydrofoil e Jumping Sumo), pro-

gramando-os com a APP da marca e com recurso ao Tynker.

Ao longo do projecto privilegiou-se a utilização de materiais reciclados sempre que foi possível, como forma de promoção de atitudes de protecção da natureza.

Participaram neste evento cerca de 400 professores da Europa, Canadá, Marrocos e Egipto para partilharem as boas práticas de cada país.

Redacção

Quinta-feira 03 AGOSTO 2017

21 EDUCAÇÃO

Vila de Prado vai ter pólo da Biblioteca Municipal A Vila de Prado vai ter um polo da Biblioteca Municipal. A revelação foi feita pela Vereadora da Educação e Cultura, Júlia Fernandes, na cerimónia de abertura das II jornadas Interconcelhias de Bibliotecas Escolares, que decorreram no Centro de Artes e Cultura e que juntaram professores dos Concelhos de Amares, Vila Verde e Terras de Bouro. «Queremos que a leitura e os livros cheguem mais longe no nosso Concelho, descentralizando os nossos serviços.

Por isso, vamos abrir, muito em breve, um pólo da Biblioteca Municipal na Vila de Prado. É um trabalho de coordenação excelente, feito pelas escolas, que sairá reforçado nestas jornadas», referiu a Vereadora antes da assinatura do protocolo que renova a rede de bibliotecas concelhias.

Este protocolo vem refor-

çar «ainda mais o trabalho que os Agrupamentos e a Escola Secundária estão a fazer na promoção do livro e da leitura» e foi assinado por todos os Directores dos Agrupamentos de Escolas do Concelho. A Vereadora elogiou, ainda, o trabalho dos professores que, «das pedras que encontram no caminho vão construindo castelos de conhecimento que ficam para toda a vida dos nossos jovens».

Antes, coube à represente da Rede de Bibliotecas Escolares, Teresa Santa-Clara, apresentar o perfil futuro do aluno que acaba o 12º ano: «que saiba apresentar as suas ideias e ouvir a dos outros cruzando, depois, com o seu trabalho». Para isso, «é importante o reforço do trabalho articulado, na coordenação de esforços, porque ninguém resolve nada sozinho. E pelos últi-

Fim do estado de graça governativo ?!...

“Não há mal que sempre dure, nem bem que se não acabe” Alfredo Pedrosa

mos acontecimentos, percebemos que mais do que falar é necessário aprender e praticar a articulação de esforços.

O Director de Serviços da Direcção-Geral dos Livros, Bibliotecas e Arquivos, Bruno Eiras, elogiou «a iniciativa que junta três Concelhos em regime colaborativo, num trabalho diferente com

partilha de ideias que a Direcção Geral também está a estender ao resto do país».

No ano, em que a rede de Bibliotecas celebra 30 anos, a aposta será, primeiro, na edificação e depois para a articulação: «muitas vezes olhamos para os buracos em vez de olhar para os nós que unem esses buracos».

Pedro Antunes Pereira ovilaverdense@gmail.com

Vila Verde presente na Expofacic até 6 de Agosto

O Município de Vila Verde está presente, até 6 de Agosto, na Expofacic (Cantanhede), uma das feiras de maior expressão do país ao nível do sector agrícola, artesanato, gastronomia, comércio e indústria. O desafio foi lançado pela Organização do certame à Câmara Municipal de Vila Verde, em Janeiro de 2017, com o objectivo de se associar através da dinamização de

duas exposições temáticas: uma dedicada aos produtos da Cooperativa Aliança Artesanal, complementada com todos os produtos inspirados no Lenços dos Namorados e associados à marca Namorar Portugal.

Para o efeito, foi disponibilizada uma tenda de 200m2, na qual estão presentes, diariamente, as bordadeiras da Aliança Artesanal, bem como os diversos promoto-

OPINIÃO

res dos produtos Namorar Portugal, desde o artesanato, agro-alimentar, calçado, vestuário, acessórios de moda, merchandising, têxtil-lar, decoração, entre outros.

Uma segunda exposição, localizada numa tenda de 64m2, dedicada ao ciclo do linho, às diferentes fases e utensílios associados desde a plantação até ao processo de tecelagem. Esta mostra

contou com o envolvimento e participação do responsável do Museu do Linho de Marrancos, Abílio Ferreira.

«Uma parceria interessante e promissora com a Câmara Municipal de Cantanhede e a INOVA.EM que culmina numa excelente acção promocional do concelho de Vila Verde, das suas tradições e potencialidades«, defendeu a Vereadora da Cultura, Júlia Fernandes.

Os primeiros tempos de governação socialista, suportada por bancadas parlamentares mais à esquerda, foram, em boa medida, bafejados por uma espécie de estado de graça. Os índices de popularidade do líder do Governo cresceram e os indicadores económico-financeiros e sociais (crescimento económico, equilíbrio orçamental, diminuição do desemprego…) faziam crer que tudo ia de vento-em-popa.

Dias felizes para quem segurava o leme da governação com ventos favoráveis e aproveitava para desancar nos malefícios da austeridade da governação da coligação PSD-CDS, apregoando sensibilidade social e políticas repositoras de poder de compra e de alento nas dinâmicas e na confiança económicas.

Dias difíceis para quem, depois de ter acorrido ao descalabro da governação socialista que quase lançara o país na bancarrota e de ter governado em tempo de vacas magras, ainda que com inegáveis excessos de austeridade, navegava agora contra ventos adversos no exercício da difícil missão de fazer oposição em tempo de vacas aparentemente gordas para quem, in extremis, agarrou as rédeas do poder e já se vangloriava de ter a panaceia para todos os males.

Tristemente, para todos nós, portugueses, as coisas não são assim tão fáceis e lá parece estar a prevalecer, pelo menos para já, a máxima popular “não há mal que sempre dure, nem bem que se não acabe”.

O crescimento do défice voltou a ensombrar a governação e as mais recentes catástrofes trouxeram a lume velhos problemas. Ao insuficiente investimento na prevenção, ao défice de ordenamento florestal, às disfuncionalidades do SIRESP e à descoordenação que inúmeras vozes, de todos os quadrantes, não se coibiram de denunciar, acrescentou-se a incontrolável inclemência de condições atmosféricas extremas para ditar uma tragédia sem precedentes.

Assunto muito sensível e de extrema gravidade que não pode, em circunstância alguma, ser usado no jogo político, mas que fez, uma vez mais, despertar as consciências e principalmente os pensadores e os decisores nesta matéria, para a necessidade de encontrar um efetivo e consequente norte no que ao planeamento e à gestão florestal diz respeito.

O assalto em Tancos, independentemente também dos resultados das averiguações em curso, foi um acontecimento gravíssimo e inédito que não deixou de abalar a confiança nas forças armadas e de suscitar perplexidade ante a fragilidade e a desproteção existente no seio de uma instituição de quem todos esperam vigor, organização, disciplina, elevado sentido do dever e capacidade de proteger o país de ameaças internas e externas.

Anteontem, a imprensa publicava que o valor das dívidas fiscais que prescreveram no decurso de 2016 se cifrou em 306,3 milhões de euros, mais do dobro do que os 136,5 milhões de euros registados em 2015.

A situação da banca, depois de muitos milhares de milhões de euros dos contribuintes injetados neste vulnerável setor, parece continuar algo titubeante, não cessando de se levantar vozes de preocupação, por exemplo, ainda, relativamente à questão da capitalização de um ou outro bancos.

A tensão social (greves, manifestações…) está aí e com tendência para se acentuar. A remodelação governamental também não se faz esperar.

Enfim, num ápice, uma governação que se apresentava como imaculada sofreu uma série de reveses reveladores de que nem tudo está bem no reino da governação de esquerda e de que, se não houver rigor e parcimónia, a seguir à bonança, pode voltar a tempestade (invertendo o ditado popular). Para bem de Portugal e de todos nós, esperemos que os vaticínios menos favoráveis não se confirmem.

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23 SOCIEDADE

Bombeiros com Equipa de Intervenção Permanente a partir de Setembro • Protocolo de constituição da EIP já foi assinado em Lisboa A Autoridade Nacional de Protecção Civil, a Câmara de Vila Verde e a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários já assinaram, em Lisboa, o protocolo para a criação de uma Equipa de Intervenção Permanente (EIP) em Vila Verde.

A equipa deverá estar no terreno em Setembro, depois de os candidatos serem submetidos a um conjunto de exames.

Na sessão, o Presidente da Associação Humanitária, Carlos Braga, mostrou-se muito satisfeito por ver cumprido «um anseio» da Direcção que lidera, ao constituir uma EIP, que terá a missão de assegurar, em

permanência, serviços de socorro às populações, todos os dias úteis, por um período semanal de 40 horas.

O Presidente da Câmara, António Vilela, e o Secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, trocaram elogios, nomeadamente pelo «empenho» demonstrado pelas duas entidades para que Vila Verde seja contemplada com uma Equipa de Intervenção Permanente.

Estas equipas são constituídas por cinco elementos e resultam de um protocolo entre a Autoridade Nacional de Protecção Civil, a Associação Humanitária de Bombeiros e a Câmara Mu-

nicipal.

Braga pede apoio para Base de Apoio Logístico Carlos Braga pediu o apoio da Câmara e do Governo para que a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Verde possa criar uma Base de Apoio Logístico (BAL), num terreno em Coucieiro.

A infra-estrutura da Base de Apoio Logístico é uma plataforma de apoio e suporte directo nas operações de protecção e socorro de âmbito regional, que pode receber as equipas de operacionais destacadas para o combate directo a incêndios florestais.

R.C.

Antiga escola primária de Esqueiros vai ser requalificada e ampliada A antiga escola primária de Esqueiros vai ser requalificada e ampliada. As obras já arrancaram e deverão ficar concluídas no primeiro trimestre de 2018. A empreitada é realizada por administração directa da câmara de Vila Verde, através de protocolo de cooperação com a Junta de Freguesia local.

De acordo com os dados fornecidos, além da requalificação total do velho edifício, a obra contempla uma ampliação e a valorização dos espaços exteriores. O novo equipamento vai ficar dotado de mais salas de aulas, cantina e zona de refeitório, uma nova sala para actividades pós-pedagógicas, uma casa de banho mista e zona de recreio melhorada, entre outros espaços.

«Vai permitir juntar o jardim-de-infância ao primeiro ciclo, evitando o incómodo de andar a transportar as crianças na hora do almoço», revela Vítor Mota, o actual Presidente da Junta.

O autarca assinala que «esta União de Freguesias sempre se destacou pela atenção e pelo investimento que coloca na educação das nossas crianças. Já temos “fama“ de

ter professores e uma equipa educativa, aliada aos pais e seus representantes, das mais activas e dinâmicas da região. Com isto vamos dar um salto qualitativo muito grande. Com novas instalações, vamos, seguramente, puder ir mais longe na qualidade do ensino que temos».

Carlos Machado Silva ovilaverdense@gmail.com

OPINIÃO

Cuidados Paliativos/Medicina Paliativa: Um mundo por descobrir João Rodrigues Ribeiro Mestre em Medicina pela Escola de Medicina da Universidade do Minho Medicina Geral e Familiar Especialista Pós-Graduação em Cuidados Paliativos e Cuidados Continuados Colaborador na Escola de Medicina da Universidade do Minho “Cuidados Paliativos? Mas isso não é só quando as pessoas estão a morrer?”

Esta á uma das questões que mais nos devolvem quando falamos desta área ainda tão desconhecida da Medicina. O mito de que os Cuidados Paliativos servem só para a pessoa em fase terminal tem estado enraizado de tal forma que se tornou já quase uma “falsa verdade” na cabeça de grande parte da população, que com eles nunca teve oportunidade de contactar.

Mas afinal, o que são estes cuidados? Quando podemos falar do recurso a uma Medícina Paliativa?

A Medicina Paliativa e Cuidados Paliativos são, na sua verdadeira essência, das mais vastas e abrangentes áreas no campo da saúde. Segundo a OMS, trata-se de uma medicina especializada em “melhorar a qualidade de vida dos doentes e suas famílias, que enfrentam problemas decorrentes de uma doença incurável e/ou grave e com prognóstico limitado através da prevenção e alívio do sofrimento, com recurso à identificação precoce e tratamento rigoroso dos problemas não só físicos, nomeadamente a dor, mas também dos psicológicos, sociais e espirituais”. São cuidados que afirmam a vida, mas também aceitam a morte como um processo natural e que englobam não só o doente, mas também toda a família. É uma área com recurso a uma ampla variedade terapêutica (tanto farmacológica como também aceita a medicina natural e alternativa) que atua com um objetivo final: o bem-estar do doente, sendo que este assume o papel principal e central numa consulta de Medicina Paliativa. Todo o poder de decisão está nas mãos daquele que padece do problema de saúde e que com ele partilha o seu dia-a-dia.

Mas então, em que campos atuamos?

A Medicina Paliativa pode estender o seu campo de atuação desde Unidades de Internamento até Visitas Domiciliárias, onde o doente é visto no conforto do seu lar. Toda a minha formação foi feita principalmente em Unidades de Internamento, onde muito se aprende acerca desta visão inovadora sobre o utente. Ultimamente, tenho exercido a minha atividade enquanto paliativista sobretudo a nível de consulta, onde iniciamos um projeto pioneiro a nível nacional, através da criação de uma consulta de Medicina Paliativa nos Cuidados Primários em Cabeceiras de Basto.

Tenho constatado que a descoberta de uma Medicina que, mais importante que o diagnóstico e tratamento, procura o conforto e o bem-estar dos utentes, leva a que estes se sintam finalmente compreendidos quando dizem que apenas querem estar confortáveis e não querem mais exames nem tratamentos invasivos. O facto dos cuidados se alargarem à família, mesmo após a possível morte de um utente, torna esta Medicina mais que uma ciência, mas uma pequena “família improvisada” entre médico-utente-cuidador. O familiar/cuidador pode continuar a beneficiar do acompanhamento do médico que acompanhava o seu ente querido e a quem já tanto se acostumou.

O que precisa um doente para poder ser seguido por Cuidados Paliativos?

Sendo um doente com uma doença progressiva incurável e/ou grave e com prognóstico limitado (mas NÃO NECESSARIAMENTE TERMINAL), a vontade do utente é sempre mandatória. Ou seja, estando em pleno das suas capacidades facultativas, pode sempre optar por este tipo de cuidados. O nosso parecer clínico deve ser dado, mas a opinião de quem sofre da doença deve sempre ser mais do que ouvida: deve ser escutada!

O que podemos então concluir?

A Medicina Paliativa é uma área ainda em crescimento, mas que tem muito a oferecer. Enquanto médico, generalista ou paliativista, mas acima de tudo enquanto pessoa, posso afirmar que não há nada mais compensador do que ver os nossos “doentes” (coloco entre aspas porque, acima de tudo, são PESSOAS mas com uma fragilidade) surgirem à nossa frente com um novo bem-estar e uma nova alegria de viver que há algum tempo referiam não ter. Recuperar/dar dignidade e qualidade de vida a um ser-humano torna a prática desta Medicina algo fascinante.

Poder ainda alargar estes cuidados à família e contribuir para converter aquele olhar exausto do cuidador em olhos de paz e de aceitação realça a Medicina Paliativa como uma área realmente compensadora, tanto para quem os recebe como para quem os pratica.

Em jeito de conselho: Não deixem chegar ao último minuto de vida para se receber/aceitar estes cuidados! Sem medo! Afinal, com um minuto de vida, temos já 60 segundos de atraso e os Cuidados Paliativos/Medicina Paliativa procuram dar vida aos dias e não dias à vida!

Quinta-feira 03 AGOSTO 2017

24 SOCIEDADE

Médico vilaverdense inicia projecto pioneiro na área dos Cuidados Paliativos

• João Ribeiro tem o “sonho” de criar a consulta em Vila Verde O.M. tem 87 anos e “vive” com uma insuficiência cardíaca de grau IV com difícil controlo sintomático. Antes de conhecer “o Dr. João”, «estava sempre com falta de ar, sempre a ir ao hospital fazer exames e a darem-me medicamentos e mais medicamentos... Já só queria ficar em casa sozinho». Foi quando se cruzou com João Ribeiro, médico vilaverdense com especialização em cuidados paliativos e cuidados continuados e percursor de uma consulta em medicina paliativa, no Centro de Saúde de Cabeceiras de Basto.

«Encontrei o Dr. João que me tratou e me olhou de forma diferente. A partir daí, consigo estar com os meus netos e andar na rua sem sentir falta de ar. Voltei a ter vontade de passear pela aldeia e falar com os vizinhos. Até já consigo comer e não precisei mais de ir ao hospital». A ideia começou a ser pensada há cerca de

um ano e concretizada no início de 2017. «Pensamos em dar qualidade de vida, conforto, a doentes crónicos, numa zona rural, mais distante dos grandes centros», começa por explicar o médico.

«São doentes que já não querem fazer exames, não querem mais consultas, querem é estar confortáveis», revela ainda o jovem João Ribeiro, que criou a primeira consulta deste género no país. «É uma consulta sem dia nem hora marcada, com um profissional fixo, neste caso um médico, e alguns doentes têm o telemóvel do médico», explicou Os doentes ganham confiança e João Ribeiro vai «gerindo os sintomas, dou-lhes a dignidade que merecem porque muitas vezes precisam de conversar. Há doentes oncológicos, com dor ou doenças progressivas e, nesta altura, estou a acompanhar cerca de 20

pacientes». Tem como sonho criar uma consulta de cuidados paliativos em Vila Verde. «Já vou seguindo alguns doentes mas queria que Vila Verde tivesse uma consulta deste tipo».

Avaliação Os doentes são referenciados pelos médicos de família, que articulam com João Ribeiro a primeira consulta.

«Temos casos que tiveram a primeira consulta no dia seguinte mas são os doentes que escolhem o horário que melhor lhes convém para virem à consulta». Também as consultas são diferentes do que é normal: «aqui o doente é o centro, falam do que querem e daquilo que querem fazer. A mim compete-me atenuar a dor, muitas vezes sem medicamentos, alterando a alimentação e, por vezes, recorrendo a outras alternativas».

Pedro Antunes Pereira ovilaverdense@gmail.com

Consulta de Apoio ao Luto «O Dr. João fez o seguimento da minha mãe quando ela estava na fase mais difícil da doença.

Ela estava em sofrimento, mas o Dr. fez com que ela partisse serena. Nesta fase, sentia-me completamente exausta e não estava a conseguir cuidar da minha mãe. Não conseguia dormir, não tinha paciência para a família, descarregava no meu marido e isso estava a afectar a nossa relação», conta M.C, de 25 anos. Os cuidadores também têm uma consulta de apoio, seja durante a vida do doente, seja depois do seu falecimento.

«Quando me contaram da possibilidade deste seguimento, confesso que fiquei surpreendida, mas foi reconfortante ter uma consulta só para mim, onde eu

recebia ajuda para tratar os meus problemas e das dificuldades que passava enquanto fui cuidadora.

Quando a minha mãe partiu, foi bom saber que existia esta consulta de Apoio ao Luto onde podia ser cuidada por alguém que acompanhou e ajudou neste difícil processo. É como um porto de abrigo. Tem atenuado muito o meu sofrimento».

O jovem médico reconhece que «tem sido um desafio porque é uma consulta contrária ao que aprendemos porque estamos habituados a curar. Aqui é fazer com que o doente se sinta bem com a doença, é tirar o que lhe está a incomodar.

Com isso, conseguimos também ajudar os cuidadores». Por isso, João faz um «balanço muito positi-

vo» destes primeiros meses da experiência pioneira.

Investigação João Ribeiro tem vindo a ser convidado para participar em fóruns e seminários em Portugal e no estrangeiro, onde recebeu algumas distinções e já teve trabalhos publicados em algumas revistas e sites de referência. «Muita da minha experiência é vertida para esses trabalhos científicos e isso tem vindo a criar interesse na comunidade médica, até porque nos Centros de Saúde não existe nada deste género.

A própria comunidade local, sejam médicos, sejam as outras pessoas, vai ouvindo, vai-se interessando pelo trabalho que se desenvolve na consulta e a adesão tem vindo a cres-

cer».

Quinta-feira 03 AGOSTO 2017

25 SAÚDE

Rota das Colheitas 2017 concentra 35 iniciativas de Agosto a Novembro

• «Uma rota de cheiros e sabores da nossa infância»

Carlos Machado Silva ovilaverdense@gmail.

De Agosto a Novembro, Vila Verde volta a cumprir mais uma “Rota das Colheitas”. São 35 as iniciativas que vão ser desenvolvidas neste período, tendo por base «a promoção do território, das actividades rurais e agrícolas, de promoção turística, uma forma de gerar mais-valias económicas e sociais no Concelho», avança o presidente da Câmara Municipal, António Vilela, na projecção do programa.

O dia da Freguesia de Freiriz, as noites temáticas do Pico de Regalados, a malhada de centeio de Aboim da Nóbrega e “Saborear Lanhas” marcam o arranque de mais uma edição, no primeiro fim-de-semana de Agosto. Cervães é a nova freguesia a incluir uma iniciativa no programa de 2017.

O ponto alto volta a ser a realização da 26ª edição da Festa das Colheitas, de 4 a 8 de Outubro.

«CHEIROS E SABORES DA NOSSA INFÂNCIA» O programa de 2017 segue a matriz de anos anteriores.

Repete a maioria das iniciativas, sendo que se destacam, desde logo, o Arraial do Melão Casca de Carva-

lho de Soutelo, a Agridoce de Cabanelas (11, 12 e 13 de Agosto), o Arraial do Emigrante da Loureira (12 a 15 de Agosto), a Agridoce de Cabanelas (1, 2 e 3 de Setembro), a Festa do Caldo

do Pote de Sabariz (16 de Setembro), Festa de Santo Isidro de Vila Verde (22 a 24 de Setembro), a Festa das Colheitas de Prado (22 a 24 de Setembro), a Festa das Colheitas de Escariz S.

Martinho (23 e 24 de Setembro), os Sabores da Terra de Escariz S. Mamede (14 e 15 de Outubro), as Feiras Novas do Pico (27 a 29 de Outubro) e Fim de Semana Gastronómico “Vila Verde –

Capital do Pica no Chão (24 a 26 de Novembro).

«São momentos únicos e irrepetíveis, uma verdadeira rota de cheiros e sabores da nossa infância», sublinha a vereadora da tutela, Jú-

lia Fernandes. Esta destaca ainda «o envolvimento das escolas, das nossas crianças, que contactam com as actividades ancestrais, uma forma de perpetuar a memória do passado».

Rede de Museus de Vila Verde enquadra futuro “Museu Agrícola da Ribeira do Neiva” O Museu Rural e Agrícola da Ribeira do Neiva vai estar enquadrado na rede de museus que o Município de Vila Verde quer projectar para a região, para o país e para o Mundo. O projecto será desenvolvido pela Junta

de Freguesia e «terá apoio da Câmara Municipal naquilo que for necessário», refere o Presidente da edilidade, António Vilela.

«O Museu Rural e Agrícola da Ribeira do Neiva faz parte desta rede de museus

que hoje Vila Verde já tem: o museu de Terras de Regalados (dedicado à arte sacra) e o Museu do Linho, em Marrancos», avança o edil.

António Vilela esclarece, no entanto, que «a Junta de freguesia da Ribeira do Nei-

va é responsável pela implementação do museu agrícola e rural. Terá e tem a nossa colaboração e é um projecto que está a ser desenvolvido e vai ser implementado a curto prazo». De resto, vinca que «já há condições para

neste momento na própria Freguesia, isso aconteça. Sei que a Junta está a desenvolver todos os esforços para o instalar e desenvolver a obra no mais curto espaço de tempo possível. Portanto, significa que a Ribeira

do Neiva terá um museu agrícola, uma aspiração e um sonho já antigo daquelas populações que contará com a colaboração do Município e também com o empenho da Junta de Freguesia».

Tradição agrícola e mercado no futuro Centro de Artes e Espectáculos A recuperação do antigo edifício da adega cooperativa, o futuro Centro de Artes e Espectáculo de Vila Verde, vai contar com um espaço interpretativo e de exposições das actividades rural, agrícola e artesanal do Concelho. «É um espaço que, em tempos, serviu a activida-

de económica associada à Agricultura, o vinho, que vai ser agora reconfigurado para satisfazer várias necessidades do Concelho», avança António Vilela.

«Num primeiro aspecto, vamos aproveitar aquele espaço para um multiusos, onde podem ser organizadas feiras temáticas e grandes

eventos», acrescenta.

«Em paralelo, terá também um mercado diário para os produtos locais, incluindo no mesmo espaço uma componente museológica associada à tradição vilaverdense. Não só a tradição agrícola, mas tudo aquilo que poderá estar associado a esta actividade e que tem já

raízes e um passado que importa salientar, o património associado àquilo que foram as actividades agrícolas do passado e designadamente tudo aquilo que está hoje associado aos produtos Namorar Portugal, que tiveram na sua origem os lenços de namorados», remata.

Vilela vinca, por fim, que

«será um edifício que contemplará um conjunto de dimensões que vão valorizar não só a parte agrícola, mas também a parte do Turismo e do lazer. Associado a esse edifício estará também um parque da vila, ou seja, um espaço dedicado ao desporto, ao lazer e à atratividade das pessoas. Porque não é

só o espaço da adega, mas é toda a envolvente que hoje já tem uma dinâmica económica interessante. Significa uma nova centralidade e uma grande mais-valia para o nosso concelho, mas, sobretudo, para a valorização da actividade turística e económica do concelho.

Quinta-feira 03 AGOSTO 2017

26 SOCIEDADE

Os melões que não podem estar muito tempo ao sol

Pedro Nuno Sousa ovilaverdense@gmail.com

• Zona do Alívio concentra muitos produtores e vendedores de melão casca de carvalho Por estes dias, quem passa pela zona do Alívio, mais concretamente na Estrada Nacional 101, que atravessa a Freguesia de Soutelo, apercebe-se de imediato de uma coisa: as bancas dos produtores e vendedores de melões, que ali esperam pelo próximo cliente, de “sombrero” bem aberto, para que o melão repouse tranquilamente à sombra.

São de variedade casca de carvalho e, diz o saber antigo, são cultivados à beira de malaguetas, para que o sabor explosivo e picante se destaque.

«Por muitas malaguetas que se ponha à beira do melão a pimenta é sempre a mesma», diz João Gonçalves, residente na Freguesia de Coucieiro e produtor há 30 anos. «O que diferencia este melão dos outros é a espécie e não as malaguetas estarem próximas», explicou. Quando levantada a questão da tradição de plantar melões e malaguetas lado a lado, João Gonçalves foi objectivo. «Com isto não quero dizer que não coloco as malaguetas junto… Tradição é tradição», completou, com um sorriso na cara.

Ora, afinal, o que diferencia estes melões dos das outras variedades. A resposta foi peremptória. «A grande diferença, com a excepção do sabor, é a sua frescura», asseverou João Gonçalves.

Bem perto, estava Manuel

Sampaio, também ele produtor de melões há sensivelmente três décadas e natural do Pico de Regalados, que atestou as palavras do seu colega de profissão. «Apesar de hoje haver mais condições para conservar a comida, este melão não deve ser aberto se não for para comer logo. O suposto é ser consumido no momento, aí sim reside o seu segredo», frisou.

O segredo de escolher os melhores Entre vários segredos que este melão esconde, existe um que não está ao alcance de todos. “Como escolher?”, pergunta-se, a fim de descortinar a magia, onde os mais sábios têm uma importante palavra a dizer. Entre eles, encontrámos José Oliveira, de 42 anos, produtor há três e genro de Maria de Lurdes, com 65 anos, que apesar de se ter dedicado a esta prática mais recentemente vem de uma família onde esta colheita é já quase centenária.

«Se quiser mesmo saber se um melão é bom ou não, tem de o colocar dentro de água. Se for ao fundo, já sabe que tem muita febra pelo meio», expressou Maria de Lurdes. Um pouco mais à frente, em direcção ao Santuário do Alívio, encontrava-se Nélson Fernandes, de 66 anos, dos quais 50 foram dedicados à pro-

dução e venda de melões. É natural de Coucieiro e gosta do que faz e acrescentou algumas informações na hora da escolha. «Às vezes, o melão engana-nos a nós pró-

Nélson Fernandes «Tinha 14 anos quando comecei a fazer isto. Já são muitos anos. Este fruto em particular só existe nesta zona, com este sabor e estas características. Plantar uma malagueta ao lado não é obrigatório, mas cumpro a tradição».

prios. O método mais fiável é o da água, mas se não tiver como o fazer pode apalpar-se, com cuidado, é claro, porque a fruta estraga-se», realçou.

Para último lugar, ficaram as perguntas relativas ao negócio propriamente dito.

«Não está muito bem… Este ano, as colheitas também não foram as melhores, pois

o tempo foi demasiado incerto. O sol em demasia estraga a colheita», diz Nélson Fernandes, numa opinião partilhada pelos restantes produtores.

José Oliveira «Estou nisto há três anos, a minha sogra (Maria de Lurdes) é que está há mais tempo, pois já era um negócio de família que ela seguiu. Agora cabe-me a mim também acompanhar. A questão das malaguetas eu acho que é lenda, mas mesmo assim cumprir essas tradições é sempre o melhor».

Maria de Lurdes

João Gonçalves

«Estes melões são únicos, principalmente pelo sabor. São plantados à beira de umas malaguetas de longe a longe, porque a abelha que as vai polinizar traz o pólen para o melão, fazendo com que ele o absorva. Tradição ou não, esta pode ser a explicação. A terra tem de ser boa para aguentar o melão e deve -se trocar de sítio de dez em dez anos».

«Está a ser um ano fraco. Podia estar a correr melhor, mas o clima também não ajudou. Relativamente à produção, com ou sem malaguetas por perto… Tradição é tradição».

Manuel Sampaio «Este ano, a produção não foi a melhor. Não se tem vendido tanto. Ainda por cima, este melão não espera. Se está maduro é para se comer. Se não houver quem compre nós não podemos atrasar o amadurecimento. Uma coisa é certa: quando as pessoas não sabem escolher tento vender sempre o melhor que tenho».

Quinta-feira 03 AGOSTO 2017

27 SOCIEDADE

Soutelo em festa de 11 a 13 de agosto com o VIII Arraial do Melão Casca de Carvalho A Freguesia de Soutelo volta a receber os emigrantes e a brindar a população local com um arraial típico da região do Minho.

A gastronomia regional, a música popular, o vinho, a animação e a alegria, tão característicos dos convívios minhotos, são apenas alguns dos atractivos do VIII Arraial do Melão Casca de Carvalho, que este ano decorre de 11 a 13 de agosto, na zona do Ténis, em Soutelo.

Repetem-se algumas iniciativas emblemáticas dos últimos anos, como o passeio a cavalo, o Moto Melão (passeio de motorizada) e o encontro de folclore. As actividades desportivas, mega aula de zumba e a caminhada (organizadas pelo ginásio Let’s Go), são uma das novidades deste ano e vão ajudar os participantes a desgastar calorias e a terem a consciência tranquila na hora de degustar as iguarias da cozinha minhota (porco no espeto, sardinha assada…) que estão ao dispor dos visitantes durante os três dias de festa. Naturalmente, uma nota de destaque também para o famoso Melão Casca de Carvalho, que dá nome ao evento e que projecta o nome de Soutelo e do Concelho de Vila Verde por todo o país.

Gastronomia e desporto A animação musical continua a ser uma das imagens de marca do Arraial do Melão Casca de Carvalho e o primeiro dia arranca às 21h00 com uma aula de Zumba. Uma hora mais tarde, a música ao vivo toma conta do recinto com a música de baile do Grupo Arco-Íris.

No sábado, 12 de Agosto, o dia começa com uma caminhada por alguns locais da Freguesia. As actividades regressam ao serão. Às 22h00, sobe ao palco o conjunto Coração Minhoto, uma hora mais tarde, tempo para actuação de Maria do Sameiro. A festa continua noite dentro com o After-hours.

Passeio a cavalo, de motorizada e animação No Domingo, 13 de Agosto, o programa é bastante preenchido e convida os interessados a ficarem e almoçarem por Soutelo, já que há iniciativas a decorrer durante todo o dia Da parte da manhã, destaque para duas actividades emblemáticas do Arraial, a Concentração de Motorizadas Antigas (50cc) e o Passeio a Cavalo pela Freguesia. No período vespertino, a animação é garantida pelo encontro de folclore, entre as 17h00 e as 19h00. Às 21h30, sobe ao palco o grupo musical Tukanos, com um espectáculo que vai permitir à plateia apreciar temas minhotos, folclore nacional e estrangeiro com arranjos próprios, bem como temas originais. Às 23h00, o grupo 4 FUN convida toda a gente a cantar e dançar a participar directamente na festa som de música diversificada. O VIII Arraial do Melão Casca de Carvalho é organizado pela Junta de Freguesia de Soutelo e está inserido na programação alargada Na Rota das Colheitas, do Município de Vila Verde.

Pedro Antunes Pereira ovilaverdense@gmail.com

Quinta-feira 03 AGOSTO 2017

28 SOCIEDADE

OPINIÃO

Curso de bordados e tecelagem da Aliança Artesanal acaba em projecto solidário

• “Polvos do Amor” é uma iniciativa voluntária que ajuda bebés prematuros através de polvos feitos em croché

A República do cesto das trutas João Azevedo Nunca escutei tantas queixas por falta de trutas nos rios do Norte do Pais, como durante todo este ano.

Apontam-se sempre as mesmas causas: poluição; construção de barragens sem qualquer equipamento de apoio ao trânsito de peixes migratórios; pesca embarcada excessiva e não controlada; pesca furtiva durante a época de defeso e ainda o aparecimento de novos predadores. Mas outros problemas existem, em especial a falta de fiscalização, problema que dificilmente será resolvido; a redução drástica de repovoamentos por parte da administração responsável, devido sobretudo ao encerramento de viveiros e também o desaparecimento dos antigos viveiristas, que utilizaram o programa de rescisões amigáveis dos funcionários do Estado, e consigo levaram o saber adquirido ao longo de décadas.

Por outro lado, não parece lógico, num país com um período de defeso da truta de rio tão alargado, 7 meses, não existirem populações maiores nos diferentes cursos de água que retalham o norte de Portugal.

Mesmo em alta montanha, onde existem rios ainda em estado selvagem e sem espécies exóticas, as populações piscícolas autóctones são cada vez mais escassas, devido, sobretudo, à captura excessiva. Mesmo em zonas onde é possível capturar e encestar um determinado numero de trutas, os limites impostos raramente são respeitados.

Apesar de algumas Concessões de Pesca Desportiva gerarem polémica, estas têm conduzido a limitações de acesso ao recurso, implicando uma distribuição mais racional de pescadores dentro da área de concessão, reduzindo consequentemente a pressão de pesca. As zonas livres ou com proibição total de pesca, como o caso concreto da maior parte dos cursos de água do Parque Nacional da Peneda Gerês, continuam a ser as mais dizimadas, mesmo em época de defeso. Devem aqui ser impostas medidas, que obriguem à pesca sem morte em todos o cursos de água ditos livres, sem exceções.

Nos últimos anos muito se tem falado da pesca às trutas sem morte. Trata-se de um desporto onde, depois de capturado, o peixe é devolvido à água nas melhores condições possíveis. A opção voluntária pela pesca sem morte, como forma de gestão dos nossos rios truteiros, é presentemente uma necessidade inquestionável, mais ainda nos cursos de água selvagens de montanha. Neste cenário a pesca à pluma surge como técnica de eleição, proporcionando aos pescadores um tipo de pesca mais estimulante e que exigirá dos mesmos uma capacidade técnica mais desenvolvida, apurada e gratificante.

A par de outros desportos de natureza a pesca desportiva atrai milhares de aficionados que deverão ter presente que os recursos piscícolas não são inesgotáveis.

Devemos todos ajudar a mudar a mentalidade dos pescadores, adotando medidas que protejam de verdade as trutas de rio, bem como a tuta marisca e mesmo o salmão. Uma bonita fotografia de pesca não é um cesto cheio de trutas, mas sim a cara de felicidade de um pescador com um bom exemplar nas mãos, antes de o libertar novamente no seu habitat.

Não devemos esquecer que o Minho é um lugar onde se pode pescar, em rio ou albufeira, ir à praia, comer bem, dormir bem, tudo com muito sol e num só dia. A pesca desportiva é um potencial turístico que não devemos desaproveitar.

Um curso de bordados e tecelagem da Aliança Artesanal foi o motor do desenvolvimento de um projecto chamado “Polvos do Amor”.

Foram 15 formandos que durante 100 horas estimularam a criatividade através dos professores Cristina Lopes e Fernando Rei. A união do grupo fez com que decidissem juntar-se uma vez por semana para porem em prática o que aprenderam e continuarem a conviver.

Cláudia Lima, mãe de prematuros e conhecedora do projecto “Polvos do Amor” desafiou Johanna Cunha para confeccionaram polvos em crochê para bebés prematuros. «Abraçamos a ideia com todo o gosto porque assim continuaríamos a estar juntas todas as semanas», revela Johanna.

Com 13 polvos feitos e prontos para serem doados, as duas amigas esperam motivar mais pessoas para a confecção destes “brinquedos” que depois são colocados dentro da incubadora, junto aos bebés prematuros.

«Supõe-se que os tentáculos do polvo remetam o bebé ao útero materno porque se assemelham ao cordão umbilical e isso, está provado, acalma-os».

A feitura dos polvos obedece a um determinado protocolo: as linhas são 100%

algodão, sem aditivos, funcionando como «um dispositivo médico». As linhas foram compradas por elas, mas a Associação, entretanto criado, oferece o material a quem se quiser voluntariar. «Em média, um polvo demora 2/3 horas a fazer e para quem souber fazer malha não tem dificuldades acrescidas».

Polvos com B.I. Os polvos ,depois de doados, são fotografados e a cada um é dado uma espécie de Bilhete de Identidade com um número de série que permite aos voluntários

irem acompanhando o crescimento do bebé e no fim de quatro anos pode inclusive conhecê-lo. De acordo com relatos de pais e profissionais de saúde de UTI’s neonatais, o uso do polvo de croché parece acalmar os pequenos, ajudando a normalizar a respiração e os batimentos cardíacos e evitando que eles arranquem fios de monitores e tubos de alimentação.

Os polvos são uma ideia que nasceu na Dinamarca e se tem vindo a estender por toda a Europa e pelos serviços de Neonatalidade dos hospitais. A equipa

dinamarquesa afirma que ainda não há estudos científicos sobre o uso dos polvinhos para os prematuros.

Contudo, salientam que os polvos de croché têm sido usados como brinquedos desde 2013 na Dinamarca e em alguns países da Europa sem nenhum relato de infecções ou danos à saúde dos bebés, pelo contrário: a cascata de efeitos positivos mencionados começa a ser observada sempre que um novo amiguinho é posicionado dentro da incubadora com o bebé.

Pedro Antunes Pereira ovilaverdense@gmail.com

Serviço de Psicologia da Junta de Prado já está em funcionamento O serviço de psicologia já está em funcionamento na sede da Junta de Freguesia da Vila de Prado. As consultas são ministradas pelo psicólogo pradense Miguel Cerqueira, com preços bastante acessíveis (que podem ser ainda mais reduzidos no caso de pessoas com baixos rendimentos) e estão abertas a toda a população sem qualquer restrição geográfica.

«Pradenses e visitantes passam a usufruir de um serviço especializado de relevância cada vez maior nas sociedades modernas, em que a vida é vivida a um ritmo quase vertiginoso», refere o Presidente da Junta, Paulo Gomes. O atendimento vai funcionar todas as quartas-feiras, a partir das 10h00, e os interessados podem efectuar a inscrição na sede da Junta ou no website, no separador ‘Formulá-

rio de Serviços’.

Com uma história familiar ligada ao apoio social (o avô fundou na Vila de Prado a primeira farmácia comercial do país, que na prática era farmácia, número de emergência, ‘segurança social’…), não faltou motivação ao psicólogo Miguel Cerqueira na hora de firmar com a Junta de Freguesia da Vila de Prado uma parceria «em que se procura proporcionar à comunidade um apoio psicológico e um maior conforto, ainda há muito sofrimento escondido».

Miguel Cerqueira prosseguiu referindo que as consultas são de âmbito geral, direccionadas tanto para o combate de patologias (depressão, distúrbio do sono) como para o melhoramento das capacidades pessoais (diminuição dos níveis de ansiedade, aumento da con-

fiança…). O psicólogo está determinado e tem outros projectos em carteira para breve, com destaque para as sessões relacionadas com o sono, em que se pretende explorar potenciais distúrbios e soluções para melhorar o período de descanso da população.

Por sua vez, o Presidente da Junta de Freguesia da Vila de Prado, Paulo Gomes, não escondeu «a satisfação por disponibilizar nas instalações da Junta mais um serviço de apoio à comunidade».

Redacção ovilaverdense@gmail.com

Quinta-feira 03 AGOSTO 2017

29 SOCIEDADE

OPINIÃO

Projecto de acompanhamento a vítimas de AVC a partir de Setembro

• Programa será desenvolvido em todo o ACES Gerês/Cabreira

Fátima, sempre foi, já é e será sempre mais (3) Salvador de Sousa, professor

O Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Cávado II – Gerês/Cabreira, vai implementar a partir de Setembro, em toda a sua área de abrangência, um projecto de acompanhamento das vítimas de Acidente Vascular Cerebral (AVC). O anúncio foi feito pelo Director-Executivo do ACES Gerês/Cabreira, Nuno Oliveira, em Amares, no âmbito da entrega do prémio da Missão Sorriso, do Continente, ao projecto desenvolvido pela Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados deste ACES.

«Este projecto, o “+Vida”, tem como população alvo os nosso utentes com sequelas de AVC que, transitoriamente ou de forma mais permanente, terão dificuldades no regresso à vida activa, nomeadamente em mobilidade», explicou. Segundo Nuno Oliveira, através da criação de um Centro de Recursos, «este projecto visa, por um lado, minimizar a falta de autonomia e, por outro, promover a mais rápida reabilitação das pessoas no retorno à vida normal».

Já a partir de Setembro, os

utentes diagnosticados terão acompanhamento individualizado, nas suas próprias casas, que inclui também um diagnóstico de AVC aos familiares e cuidadores, numa lógica de trabalho em rede, de acordo com a coordenadora do projecto, Marta Coelho.

Mais projectos para candidatar No âmbito da candidatura à Missão Sorriso, o projecto “+Vida” recebeu o donativo de 17.501€, entregue pelo Director do Continente de

Braga, Luís Filipe Pereira.

Nuno Oliveira adiantou que o ACES Gerês/Cabreira tem já «em carteira» outros projectos para se poder candidatar a este programa, visando «a melhoria dos cuidados de saúde prestados», nomeadamente na área da literacia em Saúde. O ACES Gerês/Cabreira abrange os centros de saúde de Amares, Terras de Bouro, Vila Verde, Vieira do Minho e Póvoa de Lanhoso.

Ricardo Costa ovilaverdense@gmail.com

Perto de 4 mil euros para Pedrógão Grande

• Concerto solidário do padre Sandro juntou quase duas mil pessoas

O concerto solidário do padre Sandro Vasconcelos, realizado na Ribeira do Neiva no passado dia 22, juntou 3617.17 euros, que serão agora entregues às vítimas de Pedrogão Grande. Durante mais de duas horas, o pa-

dre cantor apresentou o seu reportório e uniu as quase duas mil pessoas presentes no apoio àqueles que sofreram com os grandes incêndios do centro do país. «Não houve quem dissesse não.

O resultado foi uma noite

fantástica. Uma enchente de gente que quis ajudar. A causa merecia», referiu Sandro Vasconcelos. O concerto decorreu nas piscinas municipais da Ribeira do Neiva, na área envolvente ao complexo desportivo local. Apoiaram

esta acção o GD Ribeira do Neiva, os escuteiros de Duas Igrejas e movimentos paroquiais da Freguesias sob tutela do padre Sandro Vasconcelos, além de algumas empresas privadas, da Câmara e da Junta.

Continuo a partilhar convosco algumas passagens que vou lendo na grande obra “Fátima Altar do Mundo”, como referi na crónica publicada, neste jornal, no dia 22 de junho, pois há muito a dizer, desde tempos remotos, sobre a devoção a Nossa Senhora em todos os cantos e recantos deste espaço peninsular e não só… É uma maneira de dar a conhecer, a quem não tem acesso à obra, os grandes enigmas, ao longo dos séculos, ligados à devoção a Nossa Senhora. Os padres do 10º Concílio de Toledo no dia 1 de dezembro de 656 e em que assistiram também “os bispos Cesário de Lisboa, Zózimo de Évora, Potâmio de Braga, Frutuoso de Dume e Flávio do Porto”, testemunham a primeira festa em honra da Virgem Maria na Península. Os muçulmanos, que invadiram a Península a partir do ano de 711, perseguiram e tentaram derrubar os fiéis em Cristo, mas muitos refugiados e não só… sobretudo nas Astúrias, mantiveram viva e fortalecida a devoção a Santa Maria, não se extinguindo, mesmo, onde o Alcorão dominava, mantendo-se cidades dedicadas a Santa Maria, como Albarracin, Santa Maria do Oriente, (Espanha), governada por Ibne Razine e Faro (Portugal) governada por Ibne Hárune (Sancta Maria da Faron, palavras de um cruzado, no séc. XII, em passagem pelo Algarve). Na Reconquista, os cristãos aliaram-se, continuamente, a Nossa Senhora. Logo na primeira vitória de Pelágio, em Covadonga, ergueu-se logo um Santuário dedicado à Virgem Maria. Em 745, o rei D. Afonso I afastou os muçulmanos da cidade de Lugo e, de imediato, restaurou a catedral dedicada a Santa Maria e assim sucessivamente à medida que a reconquista cristã ia sendo bem-sucedida ao longo dos reinados, ficando todo o nosso território, desde o Minho ao Algarve, denominado “Terra de Santa Maria”, pois a Mãe de Deus foi sempre a aliada celeste e a força em todas as conquistas.

Do resto da Europa surgiram cristãos fervorosos (cruzados) que vieram auxiliar no alargamento e na derrota definitiva dos invasores, alistando-se nos exércitos. Por exemplo, D. Afonso VI, rei de Leão e Castela, privilegiou muitos fidalgos concedendo-lhes regalias e doando-lhes terrenos, entre os quais D. Henrique de Borgonha que casou com D. Teresa, sendo-lhe doado o Condado Portucalense em 1095. Nessa altura, estavam já restauradas as catedrais de Santa Maria de Braga (pelo bispo D. Pedro em 1070), que sofreu variadas modificações ao longo dos tempos, e a de Santa Maria Colimbriense, além de tantas igrejas, montes e castelos com o nome de Santa Maria. D. Henrique, antes da sua morte em 1112, fez a doação, em conjunto com a sua esposa, do couto de Braga ao arcebispo D. Maurício, vincando que “era em homenagem à gloriosíssima Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria em cuja honra estava fundada em Braga a igreja metropolitana”. Nessa altura, foi restaurada a diocese do Porto, sendo nomeado o bispo D. Hugo, sendo-lhe doado, por D. Teresa, o denominado burgo portucalense, afirmando “que o fazia para honra e glória de Nosso Senhor Jesus Cristo e à honra e louvor da Bem-aventurada Virgem Maria”. Diz-se que era, ainda, uma pequena igreja e que D. Teresa iniciou a construção da catedral que foi concluída por D. Mafalda, esposa de D. Afonso Henriques. A cidade que, como se diz, deu origem ao nome “Portugal” incluiu “na sua heráldica de nobreza a imagem de Maria com o Menino ao colo entre duas torres e a legenda Civitas Virginis”. Como estamos a constatar, de uma maneira mais pormenorizada, é antiga a entrega, a confiança, a fé e a contínua crença na intercessão de Maria das nossas gentes, dos nossos reis e rainhas… nas suas caminhadas, no sucesso dos seus exércitos, sempre gratos pelos feitos pelas vitórias atribuídas. Uma grande sementeira foi crescendo, foi deixando os seus frutos, multiplicando-se, sempre mais, até Nossa Senhora escolher um local desconhecido, mas já, com certeza, reservado para se manifestar e revelar, na Cova da Iria, a grande Mensagem de um Deus de paz, de amor e de perdão e que é um grande centro de devoção mariana para onde converge gente de todo o mundo, fruto, como já vimos, de haver prósperos e fecundos terrenos e assinaláveis cultivadores que sempre souberam aproveitar a riqueza das raízes valorosas que jamais se desvanecerão.

Quinta-feira 03 AGOSTO 2017

30 SOCIEDADE

Juntas de Soutelo, Palmeira e Lago reforçam vigilância na Ponte do Bico As três Juntas de Freguesia que integram as zonas de lazer da Ponte do Bico, Lago (Amares), Soutelo (Vila Verde) e Palmeira (Braga), investiram no reforço do número de nadadores salvadores aos fins-de-semana e feriados.

Em comunicado, as Juntas de Freguesia explicam que esta é uma medida que visa tornar esta zona «ainda mais segura e atractiva», tendo em conta a elevada afluência que aquela zona regista, sobretudo aos fins-de-semana.

«Não há muitas praias de rio com estas condições.

Temos tudo o que precisamos, até uma embarcação a remos para patrulha e/ ou auxílio de salvamento», refere João Macedo, um dos nadadores salvadores.

Com 12 anos de experiên-

cia no sector, João Macedo não esconde que é necessário continuar a trabalhar para mudar algumas mentalidades e para que os utentes tenham mais consideração pelas recomendações destes profissionais.

Garante, no entanto, que nos últimos anos «as pessoas estão mais sensibilizadas», o que significa que «tem havido uma evolução muito positiva neste capítulo».

As Juntas de Freguesia pretendem manter e reforçar esta união, com o intuito de continuar a melhorar as condições da zona da Ponte do Bico, «para que se continue a afirmar como um dos maiores pólos de atracção turística da nossa região».

«O feedback dos vera-

neantes tem sido muito positivo, já que o aumento da segurança permite desfrutar da zona de lazer em toda a sua plenitude», refere o Presidente da Junta de Lago, Delfim Rodrigues. Os três autarcas envolvidos (Lago, Palmeira e Soutelo) falam a uma só voz na hora de apontar este investimento «como uma enorme mais-valia para a segurança dos banhistas, contribuindo, em simultâneo, para valorizar e promover o território. As Juntas de Freguesia pretendem manter e reforçar esta união, com o intuito de continuar a melhorar as condições da zona da Ponte do Bico, para que se continue a afirmar como um dos maiores pólos de atracção turística da nossa região».

Redacção

Quinta-feira 03 AGOSTO 2017

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FREGUESIAS

Cabanelas fortalece relações com Município galego de Carballiño • Momento marcou arranque da Semana Cultural promovida pelos “Amigos de Cabanelas”

A participação da Escola de Gaitas de Carballiño (Galiza) e a presença do alcaide local e da localidade galega homóloga/irmã de Cabanelas, ambas da província de Orense, marcaram o arranque da Semana Cultural, uma iniciativa da responsabilidade da Associação Cultural e Recreativa “Amigos de Cabanelas”.

Não faltaram as distribuições de oferendas entre Municípios e Freguesias, numa cerimónia marcada ainda pela inauguração das exposições dos artistas Aires Fumega e Joana Fernandes, dois cabanelenses que «projectam o nome de Cabanelas

no país e além-fronteiras».

Foi com um apelo a «uma maior participação» das gentes de Cabanelas a este tipo de iniciativas que o Presidente da Junta local, António Esquível, fez notar «a importância deste evento para enriquecer uma Freguesia com tanta actividade». Já antes, o Presidente da Câmara Municipal, António Vilela, se congratulava «por assistir a tanta dinâmica na Freguesia de Cabanelas. É uma terra de gente dinâmica e empreendedora».

Carlos Machado Silva

Uma semana dedicada à cultura Entre os dias 23 e 29 de Julho, a Freguesia de Cabanelas recebeu a Semana Cultural, promovida pela Associação Cultural e Recreativa “Amigos de Cabanelas”, que integrou diversas iniciativas de índole cultural.

Ao longo da semana, decorreram actividades como uma demonstração de zumba, a actuação dos grupos corais

de Cabanelas (Igreja, Capela, Escuteiros e Nova Chama), a palestra “O desafio de educar filhos: chaves para o sucesso”, espectáculos de ilusionismo e magia, com Karter Mendes, Niké Bás e Edi e Jojó.

Houve ainda missa em Santa Ana, lanche e convívio para os idosos e um concerto musical, com a Orquestra Cordas Ensemble, Elsa

Isenção total para quem requerer água pública nos primeiros 30 dias A Câmara de Vila Verde aprovou a proposta para a isenção total do pagamento dos encargos referentes aos ramais e tarifas de ligação para os consumidores que requeiram a contratação do serviço público de abastecimento de água nos 30 dias seguintes à publicação do respectivo aviso. Na perspectiva da maioria social-democrata, que apresentou a proposta, esta medida é «um estímulo para que se produza uma desejável adesão e universalização do acesso» a este serviço.

«Não obstante os esforços

do Município para que se caminhe para essa desejável universalização dos serviços, verificou-se, ao longo do tempo, a existência de diversos casos em que, nas novas áreas abrangidas pela rede pública de água, os consumidores, talvez por razões de ordem económica, não aderiram à prestação deste serviço», frisam. Por essa razão, o executivo PSD entende ser «útil e socialmente recomendável» que seja concedido, aquando da construção de novos ramais, a isenção do pagamento dos encargos, por um período de 30 dias.

Meneses (canto lírico) e Matilde Araújo (violino). Os últimos dias foram reservados ao fado, interpretado pelas fadistas pradenses Teresa Baixo e Isa de Castro, e ao teatro, com a representação de uma peça pela Nova Comédia Bracarense.

Convívio paroquial de Cabanelas junta duas centenas de pessoas A Freguesia de Cabanelas recebeu o convívio paroquial, que juntou mais de 200 pessoas numa «tarde muito animada».

Várias famílias juntaram-se e realizaram um piquenique convivio.

A animação ficou a cargo de Jorge Loureiro e Naty, que arrancaram muitas gargalhadas ao público com cantares ao desafio.

Lizi Costa

Quinta-feira 03 AGOSTO 2017

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SOCIEDADE

Há mais de 40 anos a contar a história de Vila Verde

• Serra Nevada escreveu 23 livros sobre o Concelho e está actualmente a trabalhar na obra “Baralho de notas históricas”.

Foi em 1975, após estar emigrado em África 13 anos, que Serra Nevada regressou a Vila Verde e encontrou a sua terra «quase mais atrasada» do que a deixou.

«Culturalmente nesta terra não havia nada», adiantou. Foi nesta altura que decidiu contar a história do Concelho, através da escrita. Ainda hoje escreve e assevera que só o deixará de fazer «no dia em que morrer».

João José de Almeida Lopes, mais conhecido por Serra Nevada, nasceu na Freguesia de Esqueiros mas vive em Gême há 42 anos.

«Adoptei Gême como sendo a minha terra e gosto tanto de Gême como gosto de Vila Verde», confessou.

Foi registado a 30 de Janeiro de 1937, mas só após 40 anos de vida é que descobriu que nascera um mês antes. «O primeiro mistério da minha vida é a minha data de nascimento. Ainda hoje não sei, ao certo, o dia em que nasci, por desleixo do meu pai a registar-me», contou.

Considera-se um «escritor serôdio» e tem apenas o 4º ano de escolaridade mas isso não o impediu de se lançar no mundo da escrita. «Dava cada calinada no português que nem era bom. Mas consegui ser escritor e qualquer pessoa o consegue, basta que queira», expôs.

Um pouco antes da escrita, Serra Nevada pas-

sou pela rádio. Não era «propriamente o que tinha idealizado» mas, após uma nega do irmão para o ajudar na escrita do seu primeiro livro, resolveu «ir por outros caminhos».

«O meu irmão não se quis juntar a mim e eu, como achava que não tinha condições literárias, deixei a escrita na prateleira por mais alguns anos e decidi principiar pela rádio. A ideia era alugar um tempo de antena na radio Voz de Neiva, em que eu e o meu irmão falaríamos durante uma hora, só que o meu irmão acabou por não ir e como eu já tinha o acordo feito com a rádio tive que arranjar uma solução e convidei a minha sobrinha para fazer o programa comigo», recordou.

O programa chama-se “O Progresso e o Homem”, falava sobre a história de Vila Verde e esteve no ar cerca de três anos, em três estações de rádio diferentes.

«Após isso, resolvi voltar a ideia do livro. Como não tinha dinheiro comecei por pedir ajuda ao Presidente da Câmara da altura, mas sem sucesso. Então, resolvi mandar imprimir o que já tinha escrito e usei o nome de algumas firmas de Vila Verde, que me pagaram por isso, era uma espécie de publicidade», referiu.

Foi nesta altura que Serra Nevada começou a ter leitores assíduos e patrocinadores. Escreveu 12

fascículos que saíam todos os meses. «Era a chamada leitura de cordel, deu um total de 500 e tal páginas».

Tudo o que o escritor vilaverdense sabe e escreveu aprendeu por ele próprio, investigou «muito», com métodos seus. «Este homem que está aqui traba-

lhou noite e dia sem ganhar um tostão para ver enaltecido o património vilaverdense. Só Deus e eu sabemos qual foi o meu sofrimento quando saí daqui.

Eu sou filho nato desta terra que me ensinou, foi aqui que eu me fiz», contou, emocionado.

A sua mais recente obra, publicada em 2015, chama-se “Gême, Terra de Vila Verde”, mas o autor já está neste momento a escrever “Baralho de notas históricas” para o boletim cultural de Vila Verde.

«Eu não escrevo nada propriamente novo. Li-

mito-me a dar pistas, tal como também eu segui pistas para escrever alguma coisa. E não faço nada de especial, faço aquilo que ninguém tomou a iniciativa de fazer», rematou.

Lizi Costa ovilaverdense@gmail.com

«Se assinasse com o meu nome próprio ninguém ia ler os meus livros» João José de Almeida Lopes adoptou o pseudónimo de Serra Nevada porque achou que esta seria a forma de as pessoas lerem os seus livros.

«Eu tinha fama de louco.

Se assinasse com o meu nome próprio ninguém ia ler os meus livros. Assim como aparecia Serra Nevada julgavam que era outra pessoa. Quando descobriram ficaram todos de boca aberta», contou.

Na justificação do seu pseudónimo, Serra Nevada compara-se aos lo-

bos. «Quando cai neve e o alto da serra fica coberto de branco, o lobo, que é feroz, desce e torna-se mansinho porque lhe falta alimento. Eu sou Lopes e Lopes vem de lobo. E tal como o lobo, eu considero que também tenho duas personalidades.

Porque fui um galdério dos diabos e no entanto, tenho uma sensibilidade única».

«No fundo, não gosto de fazer mal a ninguém e procuro fazer o melhor que posso aos outros», rematou.

L.Z.

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SOCIEDADE

Álvaro Rocha reeleito Presidente da AISTI

O vilaverdense Álvaro Rocha foi reeleito, na Universidade de Vigo, em Espanha, Presidente da AISTI - Associação Ibérica de Sistemas e Tecnologias de Informação, para o triénio 2017-2019. Os objectivos principais da AISTI para o novo triénio são «o aprofundamento da cooperação com os países da América Latina e os países Africanos, não esquecendo outras regiões do mundo, como por exemplo a Rússia, o incremento dos apoios concedidos a bolsas de mestrado, de doutoramento e de pós-doutoramento e o incremento dos apoios concedidos a apoios relacionados com publicação de livros técnicos e publicações científicas por editoras de relevo».

Lizi Costa ovilaverdense@gmail.com

Morada LARGO DA PONTE NOVA 4730-273 Vila Verde Contactos Tel.:253 321 405

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MÚSICA

«Somos uma banda casamenteira» • Mitos Urbanos anima celebrações religiosas há mais de 10 anos Andreia Gomes, Cristiano Macedo, Esmeralda Ferreira, Fernando Vilaça e Susana Ferreira vêm de locais diferentes e têm vidas profissionais distintas, mas há algo que os une: a música.

Juntos formam a banda “Mitos Urbanos”, que anima celebrações religiosas há mais de uma década.

Foi através do Movimento Jovens em Caminhada, da Lage, que os elementos do grupo se conheceram e começaram a cantar juntos.

«Dentro do próprio movimento haviam os Festivais da Canção, onde nos começamos a juntar para cantar.

As pessoas gostavam tanto de nos ver que nos impulsionaram a criar a banda», expôs Fernando Vilaça.

Inicialmente, começaram por ter um maior número de elementos, mas «devido a motivos pessoais alguns foram saindo». Já lá vão 10 anos que se mantêm assim, Fernando Vilaça como guitarrista e o resto dos elementos como vocalistas.

Apesar de terem iniciado este projecto sem nenhuma experiência na área à medida que o tempo foi avançando, os elementos foram fazendo diversas formações.

«Todos nós temos uma formação musical mínima, mas são as vozes únicas das vocalistas que nos distinguem», contou Fernando.

Segundo o guitarrista, o grupo ficou conhecido através do “passa a palavra” e actualmente é convidado para actuar em casamentos, baptizados, bodas de prata e ouro e festas da aldeia, através da sua página no facebook. «O primeiro trabalho

que fizemos foi o casamento do meu irmão, a partir daí, as pessoas que nos viram foram falando de nós e começaram a surgir vários convites», revelou.

«Há um casal que nos convidou para cantar umas bodas de prata, há muitos anos, e desde aí já actuamos em mais de 20 festas da mesma família», referiu Esmeralda, acrescentando que essa é a

prova de que as pessoas ficam satisfeitas com o trabalho que realizam.

A banda disponibiliza três serviços de festa, consoante o pedido do cliente, canta nas eucaristias, anima as festas através de música ao vivo e gravada e ainda tem um serviço de Dj. «Nós fazemos qualquer tipo de animação, no entanto, aquela para que somos menos solicitados

é para animação depois da igreja, porque hoje em dia as quintas já têm animação musical incluída no valor do serviço, o que acaba por ser mais económico», contou Fernando.

O reportório musical é «extenso», os Mitos Urbanos cantam desde música litúrgica, a pimba, e ainda dão, ao cliente, a possibilidade de escolherem músicas per-

sonalizadas. «O que deixa os noivos mais satisfeitos é o facto de saberem que não vão ouvir aquilo em mais nenhum lado», mencionam.

Em relação às eucaristias, todas as músicas que cantam são escritas e elaboradas pela banda, que evita cantar em inglês. «Todas as letras que cantamos são nossas e adequadas à igreja. Não só cantamos, como declama-

«Cada casamento que cantamos é único e especial» Quando questionados sobre o número de casamentos em que já actuaram, a banda revelou não saber «ao certo», mas garantiram que nenhum deles resultou em divórcio.

«Acreditamos que funcionamos como uma espécie de bênção para o casal. Para nós, cada casamento é único e não apenas mais um, por

isso fazemos de tudo para que seja perfeito», mencionou Esmeralda Ferreira.

«Todos os casamentos que faço sinto o mesmo frio na barriga, como se fosse o primeiro, porque quero sempre que corra bem e seja especial», continuou Susana.

mos aquilo que dizemos e isso é um factor que nos diferencia. As pessoas estão a ouvir-nos e a associar ao momento», indicou Susana Ferreira.

Lizi Costa ovilaverdense@gmail.com

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MÚSICA

Jovens vilverdenses criam «festival alternativo» em Vila Verde • Green Fest decorre de 11 a 12 de Agosto na Praça de Santo António Não estão ligados à área de eventos, nem percebem «nada de logística», mas são apaixonados pela cultura e pela música e isso foi o suficiente para que Thomas Pinto e Tiago Dias criassem um festival de música em Vila Verde.

A primeira edição do Green Fest, que decorre nos dias 11 e 12 de Agosto, tem entrada gratuita e oferece diferentes géneros musicais. «Tentamos fazer com que o festival fosse o mais acessível possível e por isso vamos ter um solo de guitarra clássica, rock progressivo, rock com influências psicadélicas e metal», referiu um dos organizadores, Thomas Pinto.

«Quando decidimos realizar o festival, pensamos no que fazia falta ao Concelho e inspiramo-nos nos nossos gostos musicais. Vila Verde já tem demasiados eventos de folclore e música e isso não cativa a juventude. Precisamos de algo novo», continuou.

Inicialmente, a ideia de Thomas Pinto era utilizar a Casa do Conhecimento para realizar actividades culturais, a nível musical e teatral e sessões de cinema. «Mas, em conversa com a Vereadora Júlia Fernandes, percebi que a Casa do Conhecimento não é para esse tipo de fins, mas sim para pesquisas científicas e estudos de teses», contou Thomas, acrescentando que foi nessa altura que surgiu a criação

do Green Fest.

«Com este pequeno festival vamos “juntar o útil ao agradável“: promover a cultura em Vila Verde e fazer com que os jovens vilaverdenses não tenham de sair do Concelho para se divertirem», continuou Tiago Dias.

Toda a organização do festival foi preparada pelos dois vilaverdenses, inclusive a imagem do evento, a contratação das bandas e a procura de verbas financeiras. Ambos confessam que encontraram «algumas dificuldades», ao longo de seis meses

de trabalho, mas que «tudo se consegue com esforço e ambição». «É difícil preparar tudo porque somos apenas dois, sem nenhum tipo de experiência nesta área, então tivemos que ter as ideias todas, arranjar contactos e bater porta à porta. A câmara deu-nos imenso apoio, assegurou que trataria do palco e do som. A nível logístico foi fundamental. Se não fosse a câmara isto seria impossível», contam.

A menos de um mês para a realização do festival, os

Banda vilaverdense é cabeça de cartaz A Praça de Santo António vai ser o palco da actuação da banda vilaverdense Near Skara, que vai estar no Green Fest no dia 11 de Agosto.

O festival começa no dia 10, sexta-feira, pelas 22h00, com um solo de guitarra clássica, por O Mau Olhado, seguin-

do-se a actuação de Monera, às 23h30, e encerra com o Dj Mladec.

O segundo dia, 11 de Agosto, está reservado à actuação de Near Skara, às 22h00, seguindo-se Slavecrowd às 23h30 e encerra com o DJ Cerci, às 01h00.

OPINIÃO “Para jornalista ver e publicar” Martinha Couto Soares

jovens vilaverdenses mostram-se «confiantes e com boas expectativas». Já estão a pensar organizar a segunda edição, no próximo ano.

«Temos recebido feedback muito positivo das pessoas.

Dizem-nos que Vila Verde já precisava de uma iniciativa destas. Esperemos que corra tudo bem e possamos continuar a realizar o evento, de preferência com mais apoios para o cartaz ser mais diversificado».

Lizi Costa ovilaverdense@gmail.com

Todos concordam que a Estrada Nacional 101 constitui uma via estruturante que atravessa o território de Vila Verde, de Norte a Sul, sendo um dos principais eixos rodoviários nos fluxos de trânsito entre a cidade de Braga, Vila Verde e Alto Minho.

Numa posição institucional, a Câmara Municipal de Vila Verde emitiu um relatório/parecer, em 2015, em reunião com os Presidentes de Junta de Freguesia dos territórios que integram o traçado destas vias, resultado da discussão do projeto de requalificação do traçado da EN101 e interseção com a EN 205 (km 83+460) elaborado pelas Infraestruturas de Portugal, SA (IP) e por ela solicitado. As diferentes sugestões dos vários autarcas foram então enviadas para a I.P. em 13 de julho de 2015. Relembre-se que a I.P tinha incluído a sua requalificação no Plano de proximidade 2015/2019 onde se previa o lançamento do procedimento em 2016 e dispunha de uma dotação financeira de 1.100.000,00€.

Em outubro de 2015 a I.P. responde ao município dando nota do acolhimento das diversas sugestões enviadas.

Após várias informações contraditórias, “para jornalista ver e publicar”, surge uma publicação em diário da República do dia 28 de julho, nº 145, II série, da abertura de um concurso público, anúncio de procedimento nº 6514/2017 da empresa I.P, SA com a seguinte designação do contrato: E.N., Km 80+650 ROTUNDA DA LOUREIRA – E – Contratos 5010033579.

A Câmara Municipal não tem conhecimento do Projeto Final, não podendo pois apreciá-lo. Refira-se que esta obra se situa num ponto de interceção de várias estradas municipais que provavelmente terão de sofrer alterações na sua configuração ou mesmo alterações na circulação do trânsito. A participação do Município é, pois, imprescindível.

Várias dúvidas ainda se colocam, pois, o caderno de encargos prevê que a Consignação venha a ocorrer em junho de 2018. (ponto 13.3. Prazo de execução da empreitada”) – dizendo concretamente: “ O prazo de execução da empreitada é máximo de 90 (noventa) dias e no mínimo de 85 (oitenta e cinco) dias a contar da data de conclusão da consignação total ou da primeira consignação parcial ou ainda, da data em que o dono da obra comunique ao empreiteiro a aprovação do plano de segurança e saúde, nos termos previstos na lei, caso esta última data seja posterior. Prevê-se que a Consignação venha a ocorrer em junho de 2018”.

Então, a execução será só daqui a um ano? Ou será este anúncio “para jornalista ver e publicar”?

Numa posição institucional, a Câmara Municipal de Vila Verde solicitou informação relativa ao planeamento previsto para a requalificação integral desta via.

E continuará a lutar pela sua requalificação integral e ainda por uma Variante a Vila Verde e correção do traçado da E:N. 101 a norte de Pico de Regalados.

O que a Câmara de Vila Verde quer, fazendo eco do que todos os munícipes querem, é que a execução das referidas obras aconteça o mais breve possível para que Vila Verde possa continuar no caminho do progresso e do desenvolvimento, Para jornalista ver (MESMO) e publicar!

Juntos continuaremos a FAZER VILA VERDE!

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SOCIEDADE

ATAHCA certifica mais um grupo de pessoas O Centro Qualifica da ATAHCA certificou mais um grupo de pessoas com o nível secundário. O momento foi o culminar de um percurso formativo que iniciou com a certificação profissional de Técnico/a de Acção Educativa e que terminou com a obtenção da equivalência do 12º ano para um grupo de colaboradoras do Centro Escolar de Vila Verde, da Escola Secundária de Vila Verde e do Centro Social e Paroquial de

Cervães, ao abrigo dos protocolos de colaboração vigentes entre estas entidades.

«Este é mais um contributo da ATAHCA no aumento dos níveis de escolaridade do território e na implementação de uma estratégia de qualificação da população adulta da região», referiu na entrega dos diplomas, o responsável máximo da ATAHCA, Mota Alves.

Redacção ovilaverdense@gmail.com

Certificação em Geriatria O Centro Qualifica da ATAHCA certificou mais um grupo de candidatas com o nível básico.

Este momento vem no seguimento do percurso formativo de dupla certificação, com o processo profissional de Agente em Geriatria. O respectivo processo foi desenvolvido com colaboradoras do Centro Social e Paroquial de Cibões, Centro Social e Paroquial de Chorense e Centro Social e Paroquial de Covide ao abrigo dos protocolos de colaboração vigentes entre estas entidades. Desta forma a ATAHCA continua a sua missão no aumento dos níveis de escolaridade do território.

Redacção

Oficina Intergeracional “A costura” realizada Casa do Povo de Escariz O CLDS de Vila Verde realizou uma oficina intergeracional dedicada à costura, na Casa do Povo de Escariz. Esta oficina contou com a presença de três idosas que ensinaram as crianças a costurar. Com tecidos, linha e agulha e sob o olhar atento de quem estava a ensinar, as crianças criaram alguns porta-chaves que levaram como recordação desta actividade. A actividade culminou com um lanche de convívio, que intensificou a relação entre estas duas gerações.

Redacção

CLDS 3G realiza sessão sobre “Estratégias de Mediação Familiar” Realizou-se nas instalações municipais do serviço de Acção Social, o workshop de estratégias de mediação familiar, com a dinamização de Carla Mucha, mediadora de Conflitos –Jurista, mediadora em diversos Julgados de Paz e mediadora dos Serviços de Mediação Familiar e do Sistema de Mediação Penal do Ministério da Justiça.

Esta iniciativa, destinada a técnicos/as, teve como objectivo abordar as estratégias direccionadas para a mediação dos conflitos familiares, em articulação com as equipas que intervêm com as famílias e/ou as

suas crianças.

«O mediador familiar tem como papel fundamental ajudar as famílias a gerir conflitos e a tomar decisões responsáveis face a novos contextos relacionais. Este deve ser resistente, paciente e neutro: não julga, ouve

com abertura, dá atenção aos medos, anseios e preocupações. A sua presença serve para construir pontes, separando as “pessoas” dos seus problemas», referem os promotores.

A participação neste workshop foi gratuita e con-

tou com a participação de 15 técnicos/as onde estes tiveram oportunidade de colocar dúvidas, questões e experienciar a pré mediação através da dinâmica roleplay.

Redacção

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SOCIEDADE

Rafael Ibarra expôs “Litosfera do Âmago” na Biblioteca Municipal

OPINIÃO A sociedade de hoje à luz das redes sociais

Lizi Costa ovilaverdense@gmail.com

Luís Sousa - Médico É inegável que vivemos num mundo onde a generalidade das pessoas é mais informada.

A notícia surge em qualquer canto ou esquina, ora pelos jornais, ora pela televisão ou telemóvel. A Internet, nomeadamente através das redes sociais, democratizou o acesso ao conhecimento e tornou-se num veículo de difusão de notícias e opiniões que facilmente se generalizam e chegam a um espectro mais alargado de público. Esta massificação da notícia, da informação, do conhecimento e da opinião é, sem dúvida, positiva, pois dá voz e público alvo a um conjunto muito mais alargado de pessoas.

O artista mexicano Rafael Ibarra apresentou a exposição “Litosfera do Âmago”, na Biblioteca Professor Machado Vilela, onde esteve disponível até ao final do mês de Julho. O mais recente trabalho do artista é uma série de quarenta pinturas abstractas realizadas com diversos materiais projectados sobre a tela.

Durante o seu processo

criativo, Rafael Ibarra construiu mapas, cartografando todas as linhas e caminhos que percorreu ao executar cada uma das obras de Litosfera.

Segundo o autor, «o título desta apresentação pictórica faz referência às texturas e pigmentações que encontramos na litosfera do nosso planeta». «Na minha pintura não existem muitos

objectivos de significação.

Apenas me inspirei nas características e texturas da região de Portugal. Trabalhei com muitos materiais naturais como os granitos e ferrugem», contou.

Durante a inauguração da exposição, Júlia Fernandes, Vereadora do Município vilaverdense felicitou o artista mexicano e mencionou que a Câmara está «sempre

aberta» para este tipo de iniciativas. «Vila Verde tem sabido acolher os novos talentos e reconhecê-los, por isso é que o Rafael teve oportunidade de expor este belíssimo trabalho aqui na biblioteca».

Rafael agradeceu ainda ao Município por todo o apoio que lhe tem sido concedido, desde que se mudou para cá.

Do México para Vila Verde Rafael Ibarra nasceu no México em 1982, mas reside em Vila Verde há três anos. É mestre em Artes Visuais pela Universidade Nacional Autónoma do México e licenciado em Direcção Gráfica pelo Centro de Comunicação CADEC. Trabalha nas áreas do cinema, ilustração e produção de arte visual. Como artista já participou em exposições colectivas e individuais no México, Estados Unidos, Espanha, Inglaterra e Portugal.

Em 2015, foi o Director artístico do “Festival Internacional Vila Verde, Vila Criativa”, o 1º intercâmbio cultural México-Portugal. E no ano a seguir, foi também director do Festival “Semana do México Jovem em Braga”,

integrado na Capital Ibero-americana da Juventude.

Já são várias as participações de Rafael Ibarra em iniciativas vilaverdenses,

como é o caso da 8ª Bienal Internacional de Arte Jovem (2014), em que foi distinguido com uma menção honrosa pela sua instalação La niña inmó-

vil e da 9ª Bienal de Arte Jovem, que se realizou em Vila Verde em 2016.

As redes sociais são, na verdade, um campo de estudo extremamente fértil para uma análise sociológica dos tempos modernos.

Começando pelas caixas de comentários que surgem no contexto de qualquer notícia difundida nestas redes. É incrível a falta de respeito das pessoas e a capacidade com que, assentes na tolerância que o nosso contexto social permite, se manifestam completamente intolerantes em relação a opiniões ou visões contrárias, distintas. É incrível, a forma como as redes sociais democratizaram a nossa capacidade de injuriar. Seguramente não era bem esta a ideia de liberdade que movia Salgueiro Maia e outros que fizeram abril há pouco mais de 40 anos.

Mas, ao mesmo tempo que tudo se pode dizer, vivemos, parece-me, igualmente amordaçados pelo politicamente correto, por correntes reinantes que facilmente sentimos como dominantes. Há um ideal que predomina e parece querer impor-se como norma vigente onde se aplaudem os cordeirinhos que seguem esse caminho e se atiram pedras aos poucos que, ousados, se mostram defensores de um pensamento divergente desses modelos de pensamento. É fácil saber o que dizer para arrancar aplausos e é igualmente fácil entender o que não dizer para evitarmos ser trucidados pelos pregadores do politicamente correto.

Mas o que mais me preocupa no mundo dos media atual é a facilidade com que uma informação, sobretudo as menos positivas, sejam elas uma difamação, um “diz que disse” ou uma mentira correm os meandros das redes sociais, tornando-se, em poucos minutos, numa verdade insofismável difícil de refutar.

De facto, o ser humano tem uma apetência brutal, talvez inata, para partilhar o mau em detrimento do que é bom. Não é por acaso que o Correio da Manhã é lido diariamente por mais de 1 milhão de leitores. Um dia, ouvi um apelo de um Sacerdote, mesmo no final da celebração da Eucaristia a que presidiu, para que, durante a semana, só abríssemos a boca para dizer algo que cumprisse três premissas: ser verdade, útil e bom! Ao mesmo tempo, e em jeito de provocação, terminou dizendo que, naquela semana, provavelmente, íamos andar mais calados. E talvez não se tenha enganado!

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SOCIEDADE

Nasceu a Associação Empresarial do Vale do Homem • Mota Alves preside ao Conselho Consultivo Acaba de nascer a Associação Empresarial do Vale do Homem, um organismo que congrega o tecido empresarial e comercial dos concelhos de Amares, Terras de Bouro e Vila Verde.

O primeiro acto que marca o arranque do projecto alargado ao território do Vale do Homem decorreu em Amares, no passado mês de Julho, com a instalação do Conselho Consultivo, presidido por José da Mota Alves, presidente da ATAHCA e um dos principais interventores na área do desenvolvimento rural do território em apreço. Selaram esta união os Municípios do Vale do Homem, também membros do novo órgão.

Os contactos estabelecidos no tecido empresarial de Amares, Terras de Bouro e Vila Verde coincidiram no sentido da agregação territorial num projecto «comum, igual para todos, equilibrado na representação e pujante nas dinâmicas que se querem empreender», referiu o presidente do

Conselho de administração em funções, Jorge Pereira.

«A instalação do Conselho Consultivo marca o princípio de uma nova etapa para os tecidos empresariais dos três concelhos», assinala aquele responsável. «Com esta fusão, depois de garantidas as parcerias dos municípios de Amares, Vila Verde e Terras de Bouro, bem como de outros empresários e organismos de desenvolvimento local dos três concelhos, estão dados passos consequentes para pôr em marcha a Associação Empresarial do Vale do Homem (AEVH)», vinca.

O organismo, que já possui o certificado de admissibilidade devidamente registado pela Agência para a Modernização Administrativa, deverá estar formalmente instalado «até final do Verão. Depois, Amares, Vila Verde e Terras de Bouro passarão a ter mais força na representação empresarial, do comércio à indústria, ao desenvolvimento rural/ florestal, à economia social, ao turismo/lazer, entre ou-

Vale do Homem unido

No primeiro acto oficial de criação da Associação Empresarial do Vale do Homem a instalação do Conselho Consultivo, marcaram presença os três Municípios do Vale do Homem (Manuel Moreira/Amares, Joaquim Cracel/Terras de Bouro e Manuel Lopes/Vila Verde), representantes das entidades e organismos que o integram (ver abai-

xo) e empresários que representam o tecido empresarial de Amares, Terras de Bouro e Vila Verde.

Todos os presentes vincaram a mais-valia da união de esforços e o impulso que o novo organismo pode dar na economia e dinâmicas sociais do território do Vale do Homem.

tras áreas. O apoio técnico (jurídico, fiscal, elaboração de candidaturas, etc), a formação, a captação de investimentos, a criação de

emprego, o acesso a fundos e apoios nacionais e europeus, o apoio à internacionalização, a realização de eventos e projectos co-

muns ao território do Vale do Homem, a valorização e promoção sectorial das diferentes áreas de negócios e produtos locais, entre ou-

tros, estão na base do projecto».

Carlos Machado Silva ovilaverdense@gmail.com

CONSELHO CONSULTIVO O Conselho Consultivo é criado mediante deliberação da assembleia geral e é constituído pelo presidente e os três vice-presidentes do conselho de administração eleitos e em funções; pelos presidentes da mesa da assembleia geral e do conselho fiscal em funções; pelo presidente e os três vice-presidentes, membros do Conselho de Administração em funções; pelo representante de associações de desenvolvimento regional; pelos presidentes dos Municípios de Amares, Terras de Bouro e Vila Verde; pelo representante de uma instituição financeira/bancária da região do Vale do Homem; pelo representante de instituições de ensino superior; pelos provedores das Misericórdias do Vale do Homem; por um representante, de uma IPSS de cada concelho; pelos arciprestes do Vale do Homem; por associados, no máximo de doze, para efeito

convidados pelo conselho de administração.

O primeiro Conselho Consultivo é, assim, presidido por José da Mota Alves.

Compete ao conselho consultivo emitir pareceres acerca de assuntos que envolvam os objectivos e as políticas estratégicas da associação.

AEVH - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DO VALE DO HOMEM A associação tem por fim a representação e defesa dos interesses comuns de todos os seus associados, a promoção e defesa das actividades, empresariais e associativas, nomeadamente, a prossecução e desenvolvimento de atividades que os seus órgãos tiverem por mais adequadas, nelas se incluindo a Agricultura, Indústria, Comércio, Serviços e Economia Social, a prestar aos seus associados e a representação dos interesses

da comunidade empresarial junto do poder político e da administração pública; o estudo dos seus problemas que sejam de interesse para o desenvolvimento da economia dos concelhos abrangidos, nomeadamente Vila Verde, Amares e Terras de Bouro; contribuir para um bom entendimento e cooperação entre associados, assim como para o desenvolvimento das empresas associadas; procurar a defesa dos seus associados contra

as práticas de concorrência desleal; prestar à comunidade empresarial a organização de feiras, certames, colóquios, conferências e congressos; prestar aos seus associados informação e apoio técnico; promoção de negócios e investimentos, incluindo a possibilidade de realização de missões empresariais; ensino e formação profissional.

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SOCIEDADE

Mais de nove milhões de euros em duas unidades turísticas • António Vilela anunciou que estão a ser licenciados projectos em Moure e em Soutelo O Presidente da Câmara de Vila Verde, António Vilela, anunciou recentemente que estão neste momento em fase de licenciamento «dois grandes projectos» turísticos no Concelho, onde serão investidos, no global, mais de nove milhões de euros.

O projecto mais adiantado, já aprovado pela Assembleia Municipal, que está agora em fase de aprovação da arquitectu-

ra, é a construção de um «hotel de charme», em Moure, cujo investimento rondará os sete milhões de euros e será feito por um empresário vilaverdense.

Em Soutelo, um grupo de investidores francês, em articulação com o actual proprietário, vai investir cerca de dois milhões e meio de euros para requalificar uma unidade de turismo rural já existente,

ampliando-a e tornando-a de «excelente qualidade», de acordo com António Vilela.

A Câmara está também à procura de parceiros para investir num hotel urbano, em Vila Verde ou na Vila de Prado. Prado. «Há boas perspectivas que isso venha a acontecer a curto prazo», disse o Presidente da autarquia.

Ricardo Costa ovilaverdense@gmail.com

Associação Comercial de Braga lança guias de promoção turística • Roteiros estão divididos nas áreas de Natureza e de Património A Associação Comercial de Braga (ACB) lançou dois roteiros turísticos do Concelho de Vila Verde, que pretendem complementar o projecto “I Shop Vila Verde”, lançado em Março. «São roteiros que dizem ao turista como chegar a Vila Verde, o que podem visitar e fazem a divulgação da oferta em termos de alojamento, gastro-

nomia e comércio em geral», explicou Macedo Barbosa.

Segundo o Presidente da Associação Comercial de Braga, «com estes roteiros, os turistas ficam na posse de toda a informação relevante» acerca do Concelho.

A ACB produziu dois pequenos livros: o Guia Natureza/ Lazer – com 23 pontos de interesse – e o Guia Patrimó-

nio/Cultura – que apresenta 36 sugestões aos turistas.

«Em ambos os guias, essa informação é complementada com outros dados, como festas e romarias, identificação das lojas comerciais que participam no projecto e referências à gastronomia e ao alojamento», esclareceu o Director-Geral da ACB, Rui Marques.

Para o Presidente da Câmara, António Vilela, estas acções funcionam como «complemento da acção do Município», no sentido de fazer com que «Vila Verde seja cada vez mais um destino de turismo». Os guias estarão disponíveis em papel – em vários espaços de Vila Verde – e em formato digital, na página ishopvilaverde.com.

R.C.

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EDUCAÇÃO

Aliança Artesanal paga 600 euros por «violação e uso ilegal» da marca Lenços de Namorados • Em causa uma queixa da Adere-Minho contra a Cooperativa e Júlia Fernandes

A Cooperativa Aliança Artesanal e a Vereadora Júlia Fernandes aceitaram pagar 600 euros à APPACDM de Vila Verde, para desactivar o site “aliancartesanal.pt” e retirar do Facebook e das embalagens a designação “Lenços de Namorados”, com vista à suspensão provisória de um processo em que, quer a Vereadora, quer a Cooperativa, estavam acusadas, pelo Ministério Público, de «violação e uso ilegal» da marca e da indicação geográfica “Lenços dos Namorados do Minho”, que pertence à Adere-Minho.

«O processo de que fomos alvo está suspenso por um período de sete meses, depois de cumpridas as injunções, o que consequentemente determinará o seu arquivamento», explicou Júlia Fernandes.

A acusação do Ministério Público surge na sequência de uma queixa-crime feita pela Adere-Minho à ASAE

– Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, sobre o que considera ser um «uso indevido e abusivo» da marca e da indicação geográfica Lenços de Namorados do Minho.

Segundo o despacho do MP, a Vereadora, na qualidade de responsável pela gestão/ administração e os destinos da Aliança Artesanal e dos fundos/receitas por ela gerados, estava ciente de que a utilização dos dizeres “Lenços dos Namorados” e “Lenços dos Namorados de Vila Verde” «era manifestamente susceptível – devido à semelhança do seu grafismo, fonética e conceito – de ser confundida, pelos clientes/consumidores que ali se deslocassem, com os lenços decorativos certificados, denominados “Lenços dos Namorados do Minho”».

Para o Ministério Público, Júlia Fernandes agiu «visando aproveitar o prestígio da denominação protegida em causa para obter maiores

proveitos económicos», «bem sabendo que a sua conduta era proibida e punida por lei». Foi acusada, em

autoria material, na forma consumada, de um crime de violação e uso ilegal de denominação de origem ou de

indicação geográfica. À cooperativa Aliança Artesanal, o MP imputa um crime de violação e uso ilegal de de-

nominação de origem ou de indicação geográfica, na forma consumada.

Ricardo Costa ovilaverdense@gmail.com

Júlia Fernandes acusa Adere-Minho de perseguição

• Vereadora diz que Aliança Artesanal vai manter trabalho de promoção dos lenços A Vereadora Júlia Fernandes entende que «não há conflito» com a designação “Lenços de Namorados do Minho”, como alega a Adere Minho, que tem essa marca registada. «Não vejo como é que se pode deixar de chamar “Lenços de Namorados” aos lenços que promovemos e que são

nossos», frisa. A autarca acusa a Adere-Minho de «tudo fazer» para prejudicar Vila Verde, «perseguindo a Aliança Artesanal e os parceiros Namorar Portugal, apresentando queixas à ASAE e enviando processos para Tribunal».

Segundo a Vereadora, que é a Presidente da Aliança Ar-

tesanal, a Cooperativa vai «continuar a defender» o património vilaverdense «e a honrar o trabalho de todas as mulheres que recolheram e valorizaram» os lenços.

«Tudo farei para defender os Lenços de Namorados e a Aliança Artesanal. Lutarei contra todos os oportunistas que tudo fazem para

prejudicar o nosso concelho e impedir que os Lenços de Namorados e projectos como o Namorar Portugal, que valorizam e promovem o nosso território, não possam ser desenvolvidos», vinca.

Em comunicado, Júlia Fernandes diz que «a Aliança Artesanal foi fundada em

1988 e sempre trabalhou com Lenços de Namorados». «Grandes mulheres vilaverdenses como a Prof.

Carmo Rocha e a D. Conceição Pinheiro, entre muitas outras, fizeram um trabalho notável de recolha e promoção destes belíssimos exemplares e permitiram que eles chegassem

aos nossos dias, tal como se faziam em finais do século XVIII. Hoje, a marca Namorar Portugal, inspirada nos motivos dos Lenços de Namorados, comercializa milhares de produtos permitindo a criação de emprego e a promoção do nosso território», finaliza.

Deputado Rui Silva diz que acção parlamentar «vai muito além» das intervenções no plenário • É um dos 10 deputados que não intervieram no Parlamento ao longo do mandato O deputado vilaverdense Rui Silva reagiu com indignação ao facto de o Jornal de Notícias e o Correio da Manhã o terem colocado numa lista de dez deputados que nunca intervieram na Assembleia da República ao longo deste mandato, considerando que se trata de uma forma de «desvalorizar» o trabalho realizado, uma vez que a acção par-

lamentar «vai muito além» das intervenções no hemiciclo.

Consultando a actividade do deputado vilaverdense do PSD, no “site” do Parlamento, surge a informação de que Rui Silva integrou grupos parlamentares que apresentaram 13 iniciativas (que resultaram em projectos de lei e projectos de resolução discutidos em plenário) e

duas perguntas ao Governo (ambas relacionadas com o Concelho de Guimarães).

Tem ainda três nomeações como autor de pareceres e uma nomeação como relator no âmbito de iniciativas europeias, além de integrar a Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas, a Comissão de Defesa Nacional, a Comissão de Assuntos Eu-

ropeus, a Comissão de Educação e Ciência e, como suplente, a Comissão de Ambiente, Ordenamento do Território, Descentralização, Poder Local e Habitação.

Rui Silva é deputado à Assembleia da República desde Novembro de 2016, quando substituiu o antigo Ministro do Ambiente do Governo de Pedro Passos Coelho, Jorge Moreira da Silva.

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SOCIEDADE

AJ Moure com nova Direcção e novo coordenador para a formação

• Campo de futebol de 11 é a prioridade

CURIOSIDADES DA LÍNGUA PORTUGUESA Chamadas de atenção Incorreto

Aquele homem tem o cabelo russo.

Correto

Aquele homem tem o cabelo ruço.

Aquele homem é ruço. Aquele homem é russo. (da Rússia).

Cassaram muitos coelhos.

Caçaram muitos coelhos.

Caçaram a licença.

Cassaram ( anularam…) a licença.

Houve uma sessão da minha parte para que não houvesse problemas.

Houve uma cessão (cedência, concessão…) da minha parte para que não houvesse problemas.

Houve uma cessão muito animada.

Houve uma sessão (reunião, assembleia…) muito animada.

Fiz um lasso na corda.

Fiz um laço (nó) na corda. Fiz uns laços (nós) na corda.

Esta corda está muito laça.

Esta corda está muito lassa (não está esticada, frouxa).

Os noses da corda não Os nós (nome) da corda não são necessários. são necessários.

As nós são saborosas.

As nozes (nome – fruto) são saborosas.

Noz somos irmãos.

Nós (pronome pessoal) somos irmãos.

Salvador de Sousa, professor Consultas: gramáticas, prontuários e outras fontes.

ASSINATURAS COMERCIAIS João Lopes é o novo Presidente da Associação Juvenil de Moure e Adriano Ramos vice-Presidente, mas não foi apenas a direcção que mudou, também o projecto de futebol infantil sofreu alterações. Os pequenos atletas já se encontram a treinar e prometem «ser mais fortes» na época que se avizinha.

Após a saída de Domingos Fonseca, impulsionador do projecto e ex-coordenador, foi Francisco Marques quem

assumiu as funções de coordenador e Frederico Lira de treinador. Também os horários dos treinos foram alterados, para quarta às 18h30, e já não há equipa de iniciados de futebol de 11.

«Achamos que estava na altura de uma mudança radical. As coisas não estavam a correr bem e tanto as crianças como os pais estavam a ficar desmotivados e não podia continuar assim», mencionou Adriano Ramos.

«Fizemos alterações a nível logístico e terminamos com o futebol de 11, porque infelizmente, não temos condições para os atletas treinarem. Mas isto não é definitivo, neste momento já temos o projecto de um novo campo adjudicado, que brevemente estará pronto para ser utilizado», continuou.

A época ainda não começou mas os atletas continuam a treinar. Segundo a Direcção,

«é uma forma de os manter activos nas férias de Verão, de fazer com que não se descuidem da forma física e de os entreter com uma actividade que eles tanto gostam».

Todas as crianças, entre os três e os 13 anos, que gostem de futebol, já se podem inscrever para a próxima época, em que se esperam «melhores resultados».

Lízi Costa ovilaverdense@gmail.com

Fiéis de pedregais honraram S. Bento e S. António em procissão Foi com fé e devoção que os fiéis participaram nas celebrações religiosas de Pedregais, com a celebração da eucaristia em honra de São Bento e sermão em honra de Santo António, seguidos da procissão. As festividades começaram no sábado, dia 8 de Julho e terminam no dia 11, com um Festival Folclórico.

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SOCIEDADE

Capela de S. Frutuoso em Sande inaugurada em ambiente de festa e de «orgulho»

Lízi Costa ovilaverdense@gmail.com

Foi inaugurada a Capela de São Frutuoso e toda a sua área envolvente, em Sande, após seis meses de obras de requalificação. A intervenção, que ronda os 70 mil euros, englobou a capela e as infra-estruturas da zona de lazer adjacente, nomeadamente o parque de merendas, passeios, escadaria e acessos. «É com muito orgulho que inaugurámos este espaço maravilhoso. Era um anseio de há muitos anos da Freguesia e que não foi concretizado mais cedo porque haviam outras necessidades», mencionou Carlos

Ferraz, Presidente da Junta da União de Freguesias de Sande, Vilarinho, Barros e Gomide.

«Finalmente temos um local com condições para receber, não só as pessoas da Freguesia, como as de fora, que queiram realizar convívios e passar um dia agradável», continuou. As obras resultam de uma parceria entre a Câmara Municipal, a Junta de Freguesia da União de Freguesias de Sande, Vilarinho, Barros e Gomide, a Fábrica da Igreja de Sande e a Comissão de Festas de S. Frutuoso.

Comunidade Paroquial e Freguesia de Coucieiro festejaram os 100 anos da Zinda da Quinhas Foi com ar jovial e sorridente, bem-disposta e a “andar pelo seu pé” (com apoio apenas de uma bengala), que a

Zinda da Quinhas se juntou à cerimónia de celebração do seu centenário. Os 100 anos celebrados na presença

dos seus 6 netos, 11 bisnetos e 2 tetranetos, irmão, muitos amigos e toda a comunidade da Freguesia de Coucieiro.

Horário 9:00-12:30 14:00-19:00

O teu solário de confiança!

Morada: Praça da República, nº 155 Vila Verde | Contactos: 253 323 212 - 969 394 493 (SUSANA CERQUEIRA CABELEIREIROS)

A celebração iniciou-se com a realização de uma eucaristia solene, presidida pelo ex-pároco local, o padre João

Oliveira, na igreja paroquial da Freguesia. Seguiu-se um lanche-convívio, na sede da Junta local, iniciativa dina-

mizada pelo executivo da Junta de Freguesia liderado por José Pimentel.

EJAH entregou cheque de 600 euros da acção solidária do Dia da Criança aos serviços sociais A Eulália Jovem /Associação Humanitária - EJAH entregou, recentemente, 600 euros aos Serviços de Apoio Social do Município de Vila Verde para ajudar as famílias com crianças que estão a precisar de apoio. Foi o apuro da iniciativa solidária enquadrada na festa do Dia da Criança de 2017, que decorreu junto à Ponte Nova, na freguesia da Loureira. «O prometido é devido e fomos entregar um fantástico cheque de 600 euros», refere o organismo no espaço que

dispõe nas redes sociais.

«Agradecemos a todos os que tornaram este gesto possível, a todos os que nos visitaram no recinto e con-

tribuíram. Será bem empregue a vossa ajuda e iremos alegrar as crianças uma vez mais», rematam.

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SOCIEDADE

Barbudo celebrou Santa Ana com “pompa e circunstância” Mais de uma dezena de andores e uma centena de figurantes deram cor e brilho à procissão em honra de Santa Ana de Barbudo, que decorreram no último fim-de-semana de Julho. Nem o sol quente abrandou a fé dos muitos que acorreram a um dos actos marcantes das festividades.

C.M.S.

Festival Folclórico Internacional com representações da Sérvia e Argentina O rancho Típico Infantil de Vila Verde brilhou na apresentação no Festival Folclórico Internacional de Vila Verde 2017, que congregou ainda representações da Sérvia e Argentina, na Praça de Santo António. Para além do grupo anfitrião, marcaram presença o Abrasevik Folk Ensemble, da Sérvia, e a Asociación Folklórica “Estampas Nortenas”, da Argentina.

C.M.S.

Marrancos acolheu XIV Festival Folclórico da Ribeira do Neiva Decorreu, no passado mês de Julho, na zona envolvente à Igreja Paroquial de Marrancos, o XIV Festival Folclórico da Ribeira do Neiva, com a presença de cinco Ranchos Folclóricos vindos de diversos pontos do país. Uma organização da Associação Recreativa e Cultural de Marrancos.

Além do grupo anfitrião, juntaram-se o rancho de

Cabreiros-Braga, a Ronda de Vila Chã (Esposende), o Rancho das Cantarinhas Mocidade da Castanheira (Coimbra) e o Rancho de Biscainho (Ribatejo).

«Este evento visa divulgar a autenticidade da vida rural, a genuinidade das tradições e a riqueza da cultura popular de diferentes regiões do país», referiu a organização.

C.M.S.

Nevogilde honrou Santa Marinha com majestosa procissão Em tarde quente, a fé fez mover os cristãos da paróquia de Nevogilde, Vila Verde, que participaram activamente na procissão em honra da padroeira Santa Marinha. A cerimónia foi presidida pelo pároco local, padre Domingos Mendes, acompanhada pela Fanfarra dos Escuteiros de Moure.

No final, actuaram o Rancho Folclórico de Santa Maria de Turiz e o Grupo Folclórico União de Tradições, da União de Tradições das Freguesias de Esqueiros, Nevogilde e Travassós.

C.M.S.

Do alto do monte celebra-se Santa Ana e S. Joaquim em Passô No alto do concelho de Vila Verde, com o vale do Homem a mostrar-se no máximo do seu esplendor, com paisagens ricas em fauna e flora, onde o homem ainda mantém actividades tradicionais e a fé cristã está bem enraizada, o alto de Santa Ana do Monte – agora espaço de lazer com infra-estruturas únicas – acolheu, no último fim-de-semana de Julho, as tradicionais festas de Santa Ana e São Joaquim.

A manhã de Domingo foi o momento alto das celebrações, com a realização da procissão

entre a igreja paroquial e o local de culto instalado no alto do monte. Um momento sempre belo e penoso pela 1h30 de

caminho sempre em ascensão, mas gratificante para aqueles que caminham em nome da fé.

C.M.S.

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MÊS EM REVISTA

Praça de Santo António recebeu Festa de Verão

Lízi Costa ovilaverdense@gmail.com

A Junta de Freguesia de Vila Verde e Barbudo realizou, pelo segundo ano consecutivo, a Festa de Verão, que juntou dezenas de vilaverdenses na Praça de Santo António. A iniciativa contou com espectáculos de dança protagonizados pelas alunas da Escola de Ballet e Dança Contemporânea de Vila Verde e Barbudo, com a actuação do Grupo dos Ami-

gos da Concertina e do Rancho Típico Infantil de Vila Verde, com uma Mostra de Talentos, em que participaram 11 jovens e finalizou com uma “after party”, ao som de DJ Tito.

«A ideia de realizarmos este evento foi um aspecto positivo do ano passado e que teve o maior sucesso, por isso decidimos voltar a realizá-lo. O objectivo é que

ela seja um marco de Verão para todos os vilaverdenses e que eles gostem e se divirtam», mencionou José Faria, Presidente da Junta de Vila Verde e Barbudo. «Este ano tivemos o cuidado de oferecer espectáculos, todos eles protagonizados por talentos vilverdenses também para se mostrar o que se faz de bom aqui», acrescentou.

XVI Festival Folclórico Internações encheu Praça de Santo António A Praça de Santo António foi o palco do XVI Festival Folclórico Internações, que contou com as actuações dos georgianos do Folk Dance Ensemble Tblissi University, dos mexicanos da Compañia Mexicana de Danza Folklórica e do grupo organizador, o Grupo Folclórico de Vila Verde.

Segundo a organização, a iniciativa pretende trazer, a Vila Verde «povos e culturas de todo o Mundo e afirmar-se como uma referência dos espectáculos de Verão no Concelho».

Lízi Costa ovilaverdense@gmail.com

Dois mil seniores do Concelho participaram em passeio a Penafiel A XIX Festa Concelhia Sénior, organizada pelo Município, juntou dois mil idosos Vilaverdenses em Penafiel.

Este evento decorreu em dois dias distintos. No primeiro dia participaram os idosos da zona norte do território concelhio e, no segundo, foi a vez dos idosos da zona sul desfrutarem da festa. «Esta Festa Concelhia da Pessoa Sénior proporciona, uma vez mais, a todos os participantes, excepcionais momentos de salutar convívio e de grande animação».

A visita teve início com a celebração de uma Missa, no Mosteiro do Bustelo, um belo e muito relevante

exemplar da arquitectura românica, seguindo-se um almoço-convívio complementado com animação ao longo da tarde. O Presidente da Câmara Municipal, António Vilela, que também participou no evento, considerou que «esta iniciativa propicia uma muito significativa confraternização entre pessoas de todo o território concelhio, motivo de grande alegria para todos e representa também um factor de união e a oportunidade de criar e cimentar amizades».

António Vilela fez, assim, um balanço extremamente positivo desta Festa, adu-

zindo que «a população sénior tem uma importância fundamental nas dinâmicas de promoção da coesão social no Concelho, sendo de todo necessário saber valorizar o muito que fizeram e continuam a fazer pelo desenvolvimento de Vila Verde e também reconhecer e atribuir a devida relevância aos seus ensinamentos, seguindo os seus excelentes exemplos de vida».

O edil sublinha, assim, o papel activo e empenhado do Município «na elevação da qualidade de vida destes Vilaverdenses, proporcionando-lhes momentos de felicidade, de alegre descon-

tracção e, principalmente, fazendo tudo o que está ao

seu alcance para que sejam respeitados, valorizados e

muito dignificados».

Redacção

Vila Verde em directo para o Mundo através da RTP A RTP esteve nas Piscinas Municipais de Vila Verde para realizar o programa “Mais Perto”, com transmissão em directo para todo o Mundo. O programa, que iniciou às 10h e terminou às 18h00, foi apresentado por Jorge Gabriel, Sónia Araújo e Hélder Reis e contou com vários convidados vilaver-

denses. As bordadeiras da Aliança Artesanal, Abílio Lopes (que trabalha com o Linho), a Associação Espaço Jacobeus, Fernando Rei (tecelão), João Lourenço (oleiro) e Glória Barros (artesã) foram alguns dos artistas que participaram no “Mais Perto”. Recorde-se que, inicialmente, o progra-

ma estava previsto para a Praia Fluvial de Prado mas a manutenção da interdição para banhos por parte da entidade competente alterou o local da transmissão para as piscinas municipais, com entrada gratuita.

Lízi Costa ovilaverdense@gmail.com

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AGENDA

MOURE: Festas em honra de S.Bento e Sto.André de 8 a 13 Agosto A Freguesia de Moure prepara-se para receber as festas em honra de São Bento e Santo André, que decorrem de 8 a 13 de Agosto.

No primeiro dia de festa decorre o levantamento do arco e na quarta-feira é a vez da actuação de Zé Amaro. A quinta-feira está reservada à procissão de velas, às 21h00, seguida da actuação dos Sons do Minho. Na sexta a festa começa com a actuação do grupo Tekos e segue-se a after party com os DJ’s Los Bravos, à 00h30.

O sábado está reservado ao momento alto da festa, com a actuação dos The Gift, às 22h00 e segue-se a after party com os Dj’s P*ta da Loucura. As festividades encerram no domingo, com a procissão às 16h30 e o festival de folclore, agendado para as 21h00.

GÊME: Festividades em honra do Senhor de 11 a 13 de Agosto

De 11 a 13 de Agosto, a Freguesia de Gême, em Vila Verde, recebe as festividades em honra do Senhor. O programa inicia na sexta-feira, dia 11, às 20h00, com a entrada dos Amigos das Concertinas de Arcos de Valdevez e continua no sábado com actuação de Jorge Loureiro e a sua Banda, com início marcado para as 22h00. O domingo está reservado à missa cantada, às 16h00, seguida da procissão em honra do Senhor. Às 18h00 está agendada a actuação de vários Ranchos Folclóricos.

OLEIROS: Festa de Nossa Senhora dos Anjos de 02 a 07 Agosto A actuação da cantora Maria Lisboa, na noite de sábado, 5 de Agosto, é um dos principais destaques da festa de Nossa Senhora dos Anjos, em Oleiros, que se estende entre os dias 2 e 7.

No dia 2 de Agosto, uma quarta-feira, haverá missa solene em honra de Nossa Senhora dos Anjos e a actuação da Escola de Música de Oliveira – Barcelos. No dia 3, destaque para o levantamento do arco de São Sebastião e para o Festival de Ranchos Folclóricos, com os ranchos de Santa Eulália de Cabanelas, Infantil de S. Tiago de Atiães, Cervães e de Nossa Senhora da Pena – Carreiras S. Miguel.

Na sexta-feira, será levantado o arco de Nossa Senhora dos Anjos e haverá ainda a actuação do grupo Ciklone. O sábado abre com ofício exequial pelos irmãos da Confraria e confesso e a entrada dos Zés Pereiras de Atiães. À noite, actua Maria Lisboa. O “after party” fica a cargo da “Dupla Mete Cá Sets”. No domingo, os principais destaques são a missa solene em honra de São Sebastião seguida de procissão

até à Igreja (9h30) e a missa solene em honra de Nossa Senhora dos Anjos (16h30), seguida de sermão e procissão, com escolta a cavalo. À noite, actua a Orquestra

Continental. O último dia, segunda-feira, tem missa pelas obrigações e intenções dos emigrantes e o som da dupla de DJs “P*ta da Loucura”.

PARADA DE GATIM: Festa de Nossa Senhora do Amparo de 13 a 15 de Agosto

FREIRIZ: Convívio de Verão de 4 a 6 de Agosto O espaço junto à Igreja Paroquial de Freiriz recebe, entre os dias 4 e 6 de Agosto, um Convívio de Verão, que inicia na sexta-feira, pelas 15h00, com a abertura do bar e música gravada. Nesse mesmo dia, há a actuação de Veiguinha da Viola (21h00) e o “Festival do Vinil” (22h00), com música dos anos 70, 80 e 90. A tarde de sábado terá insufláveis à disposição das crianças.

Depois do jantar, o tradicional porco no espeto, actuam as Concertinas de Freiriz, pelas 20h30.

A noite reserva ainda uma aula de zumba (22h00) e um “after party” com o DJ Tito Lopes (23h00).

No domingo, o campo de jogos recebe um encontro de futebol de solteiros contra casados, às 10h30.

A freguesia de Parada de Gatim festeja Nossa Senhora do Amparo, entre os dias 13 e 15 de Agosto, com um programa variado, que se estende entre domingo e terça-feira. Na noite do primeiro dia, destaque para a

actuação do grupo da casa, “Os Amigos da Paródia”.

Na segunda, sobe ao palco a “Bandalux”, prometendo animar a noite, em véspera de feriado. O dia 15 fica marcado pelas cerimónias religiosas que começam às

16h00 e pelo Festival Folclórico, pelas 18h00.

As Festas são organizadas pelo Grupo Folclórico das Lavradeiras de Parada de Gatim.

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AGENDA

PICO DE REGALADOS: III Festival de Folclore no dia 5 de Agosto

Malhada do Centeio em Aboim da Noites temáticas na Vila de Pico Nóbrega no 5 de Agosto de Regalados de 4 a 6 de Agosto

A Vila de Pico de Regalados prepara-se para receber, no próximo dia 5 de Agosto, o III Festival de Folclore, com início marcado para as 21h30.

A iniciativa vai contar com a actuação do Rancho Folclórico da Casa do povo de Valongo do Vouga-Águeda, do Rancho Infantil da Praça das Rendilheiras de Vila do Conde e do Rancho anfitriãoRancho Infantil e Juvenil da Vila de Pico de Regalados.

A Freguesia de Aboim da Nóbrega vai receber a Malhada do Centeio no próximo dia 5 de Agosto, pelas 17h00.

A iniciativa é inserida na Rota das Colheitas e organizada pela Junta de Freguesia local.

Entre os dias 4 e 6 de Agosto a Vila de Pico de Regalados vai ser palco das Noites Temáticas.

A iniciativa, que tem inicio marcado para as 21h30, conta com dança, fados, teatro, poesia, folclore e música.

LAGE: Festas em honra de S. Helena de 17 a 20 de Agosto A Freguesia da Lage recebe, de 17 a 20 de Agosto, as festas em honra de Santa Helena, em que se espera «muita animação e surpresas».

O dia 17 (quinta-feira) está reservado à actuação do grupo Textura e a sexta-feira ao espectáculo de Johnny Abreu.

O momento alto das festividades decorre no sábado com a actuação de Leandro.

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AGENDA

Noite de Fado na Praça do Município a 13 de Agosto Festa de São Geraldo em Lanhas de 4 a 6 de Agosto A Noite de Fado, que irá realizar-se no 13 de Agosto, na Praça do Município, é mais uma iniciativa da

Câmara Municipal de Vila Verde, que contará com nomes como Isa de castro, Carla Cortez, Miguel Xa-

Covas recebe actuação de Mike da Gaita no dia 4 de Agosto A Freguesia de Covas prepara-se para receber, entre os dias 2 e 6 de Agosto, as festividades em honra de Nossa Senhora das Neves.

A programação do dia 3 conta com o concerto do Grupo Musical Novo Império, pelas 22h30 e na sexta-feira decorre o «momento alto» da festa, a actuação de Mike da Gaita, às 22h30.

O sábado está reservado à missa cantada, que decorre às 16h30, à actuação de ranchos folclóricos, com início marcado para as 21h00 e à actuação de Pedro Cachadinha e Lobo de Felgueiras, às 23h00.

vier, Miguel Silva, Lino Lobão e Luís Pinho.

A Freguesia de Lanhas recebe as festividades em honra de São Geraldo nos dias 4,5 e 6 de Agosto.

O primeiro dia de festa está

reservado à tradicional sardinhada, com início marcado para as 21h00. No dia 5 haverá actuação de ranchos folclóricos e encerra no dia

6, com a missa campal, às 10h30, a procissão solene, às 17h30 e a actuação do grupo Ecos do Povo, às 22h00.

Festividades em honra de S. Bartolomeu de 24 a 27 de Agosto em Escariz S. Mamede A Freguesia de Escariz S. Mamede recebe, nos dias 24, 26 e 27 de Agosto, as festividades em Honra de S. Bartolomeu.

As festividades comelçam na na quinta-feira com Missa na Capela em Honra de S. Bartolomeu, às 20h30. No sábado o programa contempla a a procissão de velas, às 21h30, seguindo-se, depois, o espectáculo musical do Grupo Donna Marta, com acuta-

ção prevista para as 10 da noite.

No domingo, às nove da manhã cacelebra-se a Missa Campal em honra do santo padroeiro .

Depois, da parte da tarde sai á rua a procissão, acompanhada com a actuação da Banda Musical de Aboim da Nóbrega, qu com início marcado para as 17h30.

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