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Director: Carlos Machado Silva (CP3022)| ovilaverdense@gmail.com | Ano: XCVII | Número: 939 | MENSAL

GUERRA ÀS MULTAS COMERCIANTES E UTENTES VÃO “INUNDAR” ANSR COM CONTESTAÇÃO

p.2-3

p.5 p.13 DOSSÃOS AVANÇAM OBRAS p.44

PICO REGALADOS MOTOCROSS BATEU TODOS OS RECORDS

p.40 ESQUEIROS TEM NOVO RANCHO

TURIZ: PERIPÉCIAS PASCAIS FORAM A “GOTA-DE-ÁGUA”

ABAIXO-ASSINADO PEDE SUBSTITUIÇÃO DO PADRE 2,5 M€ PARA EDIFICAR ADEGA CULTURAL MERCADO , ESPECTÁCULOS, RESTAURANTES E MUSEU DE TRADIÇÕES

p.4

«PARQUE DE LAZER NO CENTRO É UM DOS OBJECTIVOS» ARCC, ESCUTEIROS E RANCHO DINAMIZAM FREGUESIA

p.36

CERVÃES EM DESTAQUE

PICO SALA MORTUÁRIA, ÁGUA E SANEAMENTO p.38 p.38

PARADA DE GATIM IGREJA RENOVADA VILA DE PRADO SARGENTO RODRIGUES COMANDA GNR VILA VERDE

p.22-27

p.7

p.41

RANCHO INFANTIL TEM NOVA DIRECÇÃO

Quinta-feira 04 MAIO 2017

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SOCIEDADE

Câmara quer anular concessão de estacionamento • Autarquia alega a «diversos incumprimentos» da Sociparque

também dar origem a uma indemnização a favor do Município «superior a um milhão de euros».

Ao jornal “O Vilaverdense”, Vilela explicou que um dos incumprimentos «é a própria fiscalização», que segundo o autarca deveria pertencer exclusivamente à Câmara, estando também em causa «o uso dos lugares de estacionamento para outros fins que não o estacionamento e o facto de a empresa não ter cumprido todas as obras e benfeitorias previstas no caderno de encargos».

De acordo com o Edil, a acção judicial visa a cessação do contrato de concessão para o estacionamento à superfície, celebrado por 25 anos, não abrangendo a concessão do estacionamento subterrâneo, cuja validade é do dobro do tempo.

«Os incumprimentos verificam-se à superfície», frisou.

A Câmara de Vila Verde vai interpor, nos próximos dias, uma acção judicial

com vista à resolução do contrato de concessão do estacionamento pago à su-

perfície, alegando «diversos incumprimentos» da Sociparque, anunciou António

«É com satisfação que vemos Vilela dar-nos razão»

• PS aplaude decisão mas critica “timing” escolhido O líder do PS de Vila Verde, o Vereador José Morais, considera que a decisão de a Câmara avançar com uma acção judicial para “romper” o contrato com a Sociparque «dá razão» ao que os socialistas «sempre» defenderam.

«Durante 10 anos fomos persistentes contra o negócio ruinoso do estacionamento. É com satisfação que vemos Vilela dar-nos razão. Por que será que o Presidente de Câmara

aprovou este negócio de vários milhões de euros, ruinoso para a autarquia, e o defendeu até hoje e só agora, passados 10 anos, a cinco meses de eleições autárquicas, diz que pretende denunciar o contrato?», questiona.

Em comunicado, Morais lembra que o PS opôs, aquando da discussão, em sede de executivo municipal, à concretização do negócio, entre outras razões, «por considerar que se es-

tava a entregar as receitas do estacionamento pago à superfície, de um espaço que é público, a um privado e pelo desrespeito pelo comércio tradicional local e pelos moradores».

Segundo os socialistas, «a concessão mais parecia um negócio feito à medida de um único interesse: o da empresa privada. O negócio acabou por ser aprovado com o voto favorável do Presidente de Câmara e dos Vereadores do PSD».

Vilela. Segundo o autarca, o alegado incumprimento por parte da empresa poderá

Em paralelo, corre uma acção principal tendo em conta a fiscalização do estacionamento à superfície, que

desde Dezembro de 2013 é feita em simultâneo pela autarquia e pela Sociparque, «o que é incompreensível» para o Presidente da Câmara. Esta situação já originou a apresentação, por parte da autarquia, de uma providência cautelar, que o Tribunal Administrativo recusou, permitindo que a Sociparque continuasse a fiscalizar o estacionamento pago.

Um automobilista que não adquira o respectivo título arrisca ser punido duas vezes pela mesma infracção: com um “aviso de incumprimento” de 6,80€ deixado pelos fiscais da Sociparque e com uma contra-ordenação de trânsito, passada pelos funcionários da Câmara, no valor mínimo de 30€.

O jornal “O Vilaverdense” tentou obter uma reacção da parte da empresa concessionário, o que não foi possível até ao fecho desta edição.

Ricardo Costa ovilaverdense@gmail.com

Quinta-feira 04 MAIO 2017

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SOCIEDADE

«Qual das coimas devemos pagar?»

• AEVIVER e comerciantes em protesto pela dupla fiscalização

A AEVIVER – Associação Empresarial de Vila Verde e um grupo de comerciantes vilaverdenses entregaram ao Presidente da Câmara um documento de protesto, com 500 assinaturas, devido à dupla fiscalização ao estacionamento pago. Além de entregue a António Vilela, o documento será agora enviado à Procuradora-Geral da República e à Autoridade Nacional de Segurança Ro-

doviária.

Os subscritores consideram que «é incompreensível a forma como é feita a fiscalização» do estacionamento pago à superfície em Vila Verde, denunciando uma «acção exagerada» por parte dos fiscais, «que nem permitem obter o título em tempo útil», o que «se agrava» quando a máquina mais próxima se encontra avariada.

António Pimenta

«Estou desagrado, porque os clientes não param. Para tomar um café, têm que pagar 20 ou 30 cêntimos no estacionamento. Noto que tenho perdido muitos

Na base do protesto está a existência de duas entidades fiscalizadoras, a Câmara Municipal e a empresa concessionária, a Sociparque, o que os subscritores do documento consideram «incompreensível». «Como é possível, num país democrático como o nosso, um automobilista ser punido com duas coimas pela mesma infracção? Qual das coimas devemos pagar?», questionam.

O líder da AEVIVER, Jorge Pereira, disse que vai solicitar «imediatamente» uma reunião com a Sociparque e pedir um parecer à Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária sobre a dupla fiscalização. «Estaremos sempre ao lado dos comerciantes e de todos os utilizadores dos parques de estacionamento à superfície e subterrâneos em Vila Verde», vincou.

TESTEMUNHOS clientes, as pessoas desviam-se para os locais onde não é preciso pagar. Muito sinceramente não estou a ver solução para este caso».

Júlio Mota

Vilela considera dupla penalização «incompreensível» Para o Presidente da Câmara, António Vilela, «é incompreensível que o mesmo acto dê origem a duas penalizações». «É efectivamente uma situação que não é do nosso agrado, não é do agrado dos comerciantes, nem dos vilaverdenses em geral, pelo que só podemos estar de acordo com o protes-

José Augusto Silva

«Não acho bem que uma pessoa, à mesma hora, possa ter duas multas. As pessoas ficam sem saber o que devem fazer. Na minha opinião, não deveria ser apli-

Carla Martins

«Estou muito desagrado com esta situação. Não é admissível o utilizador pagar duas coimas num só estacionamento, além de ser uma coisa muito prejudicial para o comércio

tradicional de Vila Verde.

Sinto-me revoltado. Este processo está mal desde a raiz. Pelo que me apercebo, o Município “meteu o pé na argola” neste caso».

«Acho que esta é uma situação ridícula. Parece-me que a Câmara deveria recuar no que toca às multas de 30. É impensável uma pessoa pagar uma multa de 6,80€ e outra de 30€. Não vejo nenhuma perspectiva

to», frisou o autarca, depois de reunir com alguns dos subscritores do documento.

O autarca disse ainda que «tem a expectativa de ainda chegar a acordo» com a Sociparque no sentido de «reestruturar» o processo de fiscalização, devido à morosidade dos processos judiciais.

Ricardo Costa ovilaverdense@gmail.com

cada uma multa quando já existe outra relativa àquela hora. Acho que é prejudicial para a nossa Vila».

de futuro para resolver isto, mas é urgente que o façam.

O comércio não aguenta».

Ficha Técnica Director: Carlos Machado Silva (CP3022) Redacção: António Sepúlveda (CP 3055), Carlos Machado Silva (CP 3022), Ricardo Reis Costa (CP 10478), Pedro Antunes Pereira (CP 9420), Lizi Costa (TP) Editor Gráfico: André Malheiro Publicidade: Anabela Silva, Ângela Fernandes e Alexandra Silva Colaboradores: Joaquim Lima (fotografia), Luís Vasconcelos Ribeiro (fotografia), Dominique Abreu Pereira/DAP (fotografia), Martinha Couto Soares, Luís Filipe Silva, Pedro Costa, Álvaro Santos, José Pedro Ferreira , Pedro Silva, Alfredo Pedrosa, Luís Sousa e Salvador Sousa

Edição: Ideiacinco Multimédia, Lda, Rua dos Bombeiros, n.º 256, 1º andar, Fracção J, 4730-752 Vila Verde, Tel.: 253319374, 912306547, 912305709 (Gerência) E-mail: ovilaverdense@gmail.com Propriedade: Alive,Lda (Grupo Ideiacinco) Registo Na ERC n.º 125806 Impressão: Tameiga Pupbilações Tiragem: 2.000 exemplares

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SOCIEDADE

Vila Verde investe 2,5 milhões para transformar a antiga adega

• Adega Cultural vai ser espaço multiusos com mercado, espaço museológico, restaurantes e auditório/pavilhão de espectáculos

O Município de Vila Verde vai lançar nos próximos dias o concurso para a requalificação, ampliação e valorização da zona envolvente à designada Adega Cultural, a antiga adega, que vai fun-

A nova área, ou «nova centralidade», será ainda valorizada com a construção da ciclovia urbana circular a Vila Verde. Um investimento enquadrado no conjunto de candidaturas que o Município apresentou para esta área: um mi-

cionar como espaço multiusos. O investimento programado ronda os 2,5 milhões de euros e terá quatro a cinco valências diferentes: mercado, espaço museológico, área de restauração e

auditório/pavilhão de espectáculos com capacidade para 1000 pessoas em pé.

O investimento será realizado no âmbito da aprovação de uma candidatura a fundos comunitários, do

Ciclovias Urbanas lhão e meio de euros serão investidos na execução de ciclovias urbanas na sede concelhia e na Vila de Prado e na ecovia HomemCávado.

A continuidade da execução do projecto de requalificação das zonas ribeiri-

nhas do Cávado e Homem, também «objectivo do Município de Vila Verde», complementam-se com a preservação e valorização ambiental e paisagística, que inclui a construção de um troço da ecovia Homem-Cávado.

Vila Verde combate a vespa das galhas do castanheiro O Município de Vila Verde vai promover, nos próximos dias, largadas de insectos para combate à vespa das galhas do castanheiro. A praga está instalada e, em articulação com a Direcção Regional de Agricultura, será lançado este parasita que consome a praga, por forma a controlar o desen-

volvimento da vespa da galha.

O projecto “Bio Vespa”, luta biológica contra a vespa das galhas do castanheiro, congrega a Associação Portuguesa do Castanheiro e o Ministério da Agricultura.

Vila Verde aderiu e o Município alia-se às Juntas de Freguesia para promover

largadas de insectos (Torymus Sinensis) que vão combater a praga.

A praga é apontada como «extremamente perigosa» pelos danos provocados à cultura e elevada capacidade de dispersão natural.

Pode atingir reduções na ordem dos 80% na produção.

Portugal 2020. O concurso deve estar concluído no prazo de cinco a seis meses e a obra deverá estar concluída «dentro de um ano e meio a dois anos», revela o Presidente da Câmara Mu-

nicipal, António Vilela.

Em declarações ao jornal “O Vilaverdense”, o autarca abre um pouco o véu sobre aquilo que será o novo equipamento multiusos de Vila Verde: «vamos instalar diversas valências, com destaque para as zonas de mercado, em alvéolos e na envolvente, assim como uma área de espectáculos e actividades culturais diversas (com capacidade para mais de 1000 pessoas em pé). Na mesma área, serão instalados um, ou mais, espaços de restauração típicos, bem como um espaço museológico, associados às tradições e cultura vilavedense, uma área que ainda valorizará o nosso artesanato e os produtos locais».

ZONA ENVOLVENTE O autarca destaca ainda «a valorização de toda a zona envolvente, com mais estacionamento, mais jardins, espelho de água e uma zona

recreativa, de lazer e manutenção física».

Para Vilela, «este investimento representará a abertura de uma nova centralidade em Vila Verde, uma espécie de zona complementar ao centro, onde – recentemente – foram instalados a Casa do Conhecimento, o novo bar e a requalificação/valorização do Centro de Dinamização Artesanal».

Diz que «aquela zona, que já saiu valorizada com a construção do novo quartel da GNR de Vila Verde e a requalificação da antiga cadeia (Casa das Artes), vai ainda ser alvo de uma importante intervenção: a requalificação e instalação de um novo equipamento na antiga escola do 1º ciclo».

Sobre este projecto não quer revelar, «para já, mais detalhes».

Carlos Machado Silva ovilaverdense@gmail.com

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FREGUESIAS

Regresso ao Largo de São Sebastião agrada à Junta e aos feirantes

• Feira semanal da Vila de Prado de volta ao lugar original mais de dois anos depois

Terça-feira, 2 de Maio.

Seis da manhã. Ao Largo de São Sebastião, no centro da Vila de Prado, começam a instalar-se os primeiros feirantes, de um total de perto de 180, que compõem a feira semanal pradense. Dois anos e três meses depois, a feira está de regresso ao seu local original, depois

de concluídas as obras de requalificação do centro da Vila e o processo burocrático de atribuição de lugares – desde Março de 2015 que a feira se estendia pela Rua José Gomes Antunes pelo Loteamento da Botica, nas traseiras do cemitério, a poucos metros do Largo de São Sebastião.

A acompanhar o dia um da “nova feira”, o Presidente da Junta de Freguesia da Vila de Prado, Paulo Gomes, mostrou-se muito satisfeito com a forma como foi feita a recolocação todos os feirantes efectivos. «Demorou o seu tempo, mas fizemos um trabalho prévio que para nós foi crucial e

que fez com a alocação dos feirantes tenha sido um sucesso. Fizemos a articulação do espaço e a alocação de lugares depois de um sorteio completamente transparente com a participação das associações do sector.

Todos os feirantes já sabiam o lugar que iam ocupar», frisou, saudando a forma «extremamente pacífica» como foi feita a instalação dos comerciantes.

«Há sempre situações a que é preciso atender, mas foi feito de uma forma fantástica, completamente cordial de ambas as partes, com os feirantes a colaborarem na perfeição. Houve uma articulação excelente. Pode haver um ou outro sector que não esteja tão agradado, mas no cômputo geral considero que foi um sucesso», vinca o autarca.

Segundo Paulo Gomes, a Junta poderá proceder a «pequenas correcções» na disposição do espaço, nomeadamente nalguns

lugares que possam ser estendidos por mais alguns centímetros desde que não criem qualquer barreira para a passagem. «Não estamos a falar da alteração das medidas de lugares, mas em algumas correcções, sobretudo em espaços “mortos” junto a árvores. Se não é possível abrir a porta de uma carrinha ou se há algum constrangimento, nós somos sensíveis. Estamos aqui para ser parte da solução», assegura.

A Junta de Freguesia decidiu manter a metragem de frente que cada feirante detinha no espaço “antigo” e que está inscrito na ficha de registo de cada um, não atribuir mais do que oito metros de frente, tendo cada feirante apenas direito a um lugar por forma a poder incluir todos os feirantes no espaço agora requalificado.

A profundidade dos lugares é igual para todos, quatro metros, variando apenas a metragem de frente. A au-

tarquia pradense decidiu também colocar algumas actividades diversificadas pela feira, com o intuito de fazer com que as pessoas «circulem mais».

Segue-se alocação de feirantes provisórios Com a instalação de todos os feirantes efectivos, a Junta de Freguesia vai agora avançar para a alocação dos feirantes que tinham o cartão provisório. «Deixamos alguns lugares livres propositadamente, porque a nossa prioridade foi alocar os feirantes efectivos, mas temos ainda os provisórios.

A partir deste momento, vamos tratar desse processo e contactar esses feirantes, dizendo-lhes os lugares que temos disponíveis. Tenho a certeza que toda a gente que vendia na feira de Prado vai continuar a fazê-lo», diz Paulo Gomes.

Ricardo Costa ovilaverdense@gmail.com

TESTEMUNHOS

Ricardo Pires (Barcelos)

Rosa Maria Silva (Apúlia)

José Manuel (Vila Verde)

Alzira Vilas Boas (Martim)

Albertina Duarte (Oleiros)

«A feira agora está mais concentrada e mais unida.

Está impecável, bem estruturada e organizada. A nível de organização, esta mudança foi um exemplo para as grandes feiras. Só tem um senão: os clientes não são muitos [risos]»

«Os lugares são bons. A feira está boa, bem organizada e é cómoda. As pessoas podem circular à vontade.

Depois, vender ou não vender é relativo… Os meus clientes vieram na mesma, como acontecia no outro espaço».

«Ficou como esperávamos. As pessoas estavam a complicar, a fazer muitos filmes, mas a verdade é que ficamos melhor. Damos valor ao Presidente da Junta que pôs tudo cinco estrelas. Há críticas? Deus que é Deus não agradou a toda a gente».

«Acho que a feira ficou bem, que os lugares estão bem distribuídos. Sinceramente, pensei que os feirantes não iam caber todos neste espaço. Claro que nem toda a gente pode ficar bem, mas eu não tenho razão de queixa».

«O local é bom, mas os lugares são pequenos. Só o carro ocupa muito, tira espaço para montarmos a banca. No local anterior, tinha um lugar melhor, porque era das feirantes que estavam na rua e não na terra».

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SOCIEDADE

“Alfinetadas políticas” na comemoração dos 43 anos do 25 de Abril • PS lembra liberdade de expressão, água e saneamento e Vilela apresenta números e «olhos postos no futuro»

A exaltação do poder local, uma das maiores conquistas da revolução de Abril de 1974, e a necessidade de uma reflexão sobre os desafios actuais e de futuro foram marcas transversais nos discursos oficiais das cerimónias em Vila Verde do 43º aniversário da “Revolução dos Cravos”. Cervães acolheu as cerimónias com “pompa, circunstância” e elevada qualidade demonstrada pelos agentes locais.

Mas foram os “cravos” do PS que acenderam a chama: «Em que gaveta foi metido e com quantas chaves foi fechado, em Vila Verde, o Abril da liberdade de expressão, o Abril do abastecimento de água, o Abril do saneamento?». Vilela retorquiu: «Abastecimento de água já atinge os 90% de cobertura; saneamento, em breve, terá uma cobertura de 75% (…). Os valores do 25 de Abril passam pelo respeito peito e fortalecimento das relações democráticas todos os dias».

Os cravos da JS pareci-

am dar o mote às comemorações oficiais do 25 de Abril em Vila Verde, por entre o frenesim das máquinas partidárias que tentam valorizar-se e puxar dos galões.

Coisas de circunstância que foram “ofuscadas” pela “máquina organizativa” da freguesia de Cervães. Com a presença imponente de um tanque e os militares, a juntar às participações da fanfarra dos escuteiros locais e do Centro Educativo, do próprio rancho folclórico e do Grupo Coral Infanto-Juvenil, foram as gentes da terra, o povo, quem mais brilhou.

São as pequenas revoluções, da instrução à participação cívica activa das colectividades cervanenses, que ficam das comemorações.

E Cervães deu um bom exemplo de que o 25 de Abril vale mais que as questiúnculas político-partidárias e muito mais que o (des)governo dos poder(es) que têm puxado dos galões e assumido como suas as conquistas

Cervães assume-se como bom anfitrião

Com o Presidente da Assembleia Municipal ausente, «por razões profissionais», coube a Martinha Soares liderar os trabalhos. «É um orgulho receber aqui as comemorações», começou por dizer o anfitrião, o Presidente da Junta de Cervães, Hélder Forte, que sublinhou o facto de o fazer «em liberdade. Obrigado ao povo de Cervães, obrigado a todos os vilaverdenses».

Paulo Gomes, autarca de Prado e representante dos Presidentes de Junta socialistas, abriu as hostilidades: «Exige-se, hoje, respeito pelas diferenças.

Celebrar o 25 de Abril é

celebrar o Poder Local!».

Com uma linha avançada e bem colocada nas primeiras linhas de cadeiras, o candidato do CDS-PP à Câmara, Paulo Marques, e a sua comitiva não deixaram de sentir o incómodo de se verem representados por Manuel Pereira, um ex-CDS que agora assume independência em ruptura com a estrutura.

«O 25 de Abril perdeu eficácia e pertinência», disse.

«Prestar homenagem à liberdade é celebrar os valores da participação e da intervenção», acrecentou.

da revolução.

Incontornáveis, os sempre demorados (mesmo entedi-

antes) discursos oficiais. Se a exaltação pública da revolução teve direito a cerca

de 30 minutos de prestação, as intervenções políticas viraram maratona. Cerca de

uma hora e meia.

Carlos Machado Silva ovilaverdense@gmail.com

PS questiona “liberdade de expressão” e coloca água e saneamento na “fervura”

Mais cáustico e incisivo, o líder da bancada do PS, Luís Castro, começou por traçar um cenário de «confiança e esperança num futuro melhor», realçando que o país assiste, «pelo segundo ano consecutivo, e pela mão de um governo mais atento às questões sociais, à devolução de rendimentos e de pensões aos mais desfavorecidos, ao aumento dos subsídios sociais, à diminuição da taxa de desempregados, à redução do deficit, e a um crescimento e desenvolvimento económico, já reconhecido pelas instâncias internacionais».

Mas se o quadro nacional está bem florido e com cores vivas, já o Concelho – no entender do PS – é “negro”. As faltas de liberdade de expressão, água e saneamento contribuem para “inquinar” o Concelho, de acordo com Luís Castro.

Ponto um (Liberdade de Expressão): «sempre que

a oposição manifesta um diferente pensamento ou diferente visão quanto à forma de gestão da câmara, ou quando aponta outras soluções de gestão, é sempre apelidada pelo poder local de só fazer política pela negativa. Mas mais grave ainda, sempre que a oposição, leia-se “o partido socialista” apresenta diferentes propostas ou manifesta discordância sobre a gestão camarária, é por esta rotulada de fazer “terrorismo politico”».

Ponto dois (Abastecimento de Água): «Como é possível que, passados 43 anos depois do 25 de Abril de 1974, e sabendo nós que o abastecimento público de água é essencial para aquele mínimo de dignidade e qualidade de vida das pessoas, como é possível que a Câmara permita que um grande número de famílias continue sem que a água pingue nas torneiras das suas casas?».

Ponto três (Saneamento): «43 anos depois, continuamos rigorosamente no mesmo estado em que vivíamos antes de 1974: não há saneamento, e os vilaverdenses continuam a ser obrigados a chamar, periodicamente, o homem da cisterna, para esvazia-

mento das fossas. E isto, com o beneplácito de uma Câmara cujo executivo se mantém há 20 anos, com 20 anos de repetidas promessas do saneamento, e muito em especial em períodos de campanhas eleitorais, promessas que nunca foram cumpridas».

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SOCIEDADE

Vilela responde com “números” e «olhos postos no futuro»

Com a rispidez do discurso socialista a provocar alguma tensão, a intervenção da líder da bancada social-democrata anunciava-se “à altura”. Porém, Suasana Silva – com um discurso já preparado e monocórdico – apenas deixou resvalar que «é legítimo contestar» e «liberdade é também respeito».

Seguiu-se a “tradicional” apologia da obra feita.

Coube, então, ao Presidente da Câmara, António Vilela, rebater – ao seu estilo – com números «e obra feita». De forma ténue e ligeira, lembrou que «só em democracia foi possível estarmos aqui, hoje, a celebrar e a falar abertamente».

Deixou uma palavra aos presidentes de junta e aos agentes de desenvolvimento local, «exemplos de desenvolvimento e de afirmação do poder local».

E, sem nunca demonstrar que respondia directamente à oposição, lá chegou aos números que contrariam a “tese castratrofista do PS”: «Os níveis de cobertura do abastecimento de água já rondam os 90% e, muito em breve, teremos uma cobertura de saneamento de 75%. Vamos investir mais de 7 milhões entre 2017 e 2018. Muitas das obras já estão em andamento».

OLHOS NO FUTURO Vilela não se prendeu muito ao passado e quis «olhar o futuro». Educação, formação e emprego estão na sua linha de actuação, mas lá foi focando «a inovação tecnológica e o conhecimento».

E lá puxou de mais alguns números: «Em três anos, foram criadas 485 novas empresas no Concelho; 165 das quais só em 2016.

Graças a uma política fiscal amiga das empresas e das famílias».

Vilela não quis esquecer mais alguns objectivos: «vamos avançar com a qualificação da rede rodoviária concelhia, a par da regeneração e reabilitação urbana, quer nas Freguesias, quer nos principais centros urbanos do concelho». Guardou ainda uma palavra para as áreas do «lazer, desporto e turismo».

Com a plateia já a entrar em “stress discursal”, rematou a presidente da AM em exercício, Martinha Soares, com elogios rasgados à organização e o discurso escrito do ausente Presidente do órgão, Carlos Arantes, muito a propósito: «Urge ter consciência de que a qualidade dos 43 anos da democracia continue a crescer».

C.M.S.

Sargento Rodrigues Silva assumiu comando da GNR de Prado O 2º Sargento Rodrigues Silva assumiu, no passado dia 1 de Maio, o Comando do Posto Territorial da GNR da Vila de Prado. Aquele graduado substitui o Sargento-Ajudante Rui Rego, que passou há cerca de um

mês à situação de reserva, pelo que a GNR da Vila de Prado estava a ser comandada a título interino pelo Cabo-Chefe Oliveira.

O 2º Sargento José Filipe Rodrigues Silva, da Arma de Infantaria, desempenhava

funções de Adjunto do Comando do Posto Territorial da GNR da Vila das Taipas, no Concelho de Guimarães.

O Posto Territorial da Vila de Prado, da Guarda Nacional Republicana, que se integra no Destacamen-

to de Braga, integra toda a área Sul do Concelho de Vila Verde, uma zona muito populosa e industrializada, com assinaláveis níveis de conflitualidade social.

Joaquim Gomes ovilaverdense@gmail.com

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POLÍTICA

Paulo Marques avança pelo PS em Lanhas para “revitalizar” • PS começa a apresentar os seus primeiros candidatos

As eleições autárquicas estão marcadas para 1 de Outubro e as máquinas partidárias já estão no terreno a angariar aqueles que julgam ser os melhores candidatos às Freguesias. O Partido Socialista de Vila Verde deu a conhecer, por estes dias,

os primeiros nomes. Paulo Marques vai ser o candidato do PS à Junta de Freguesia de Lanhas, nas autárquicas de 2017. «O candidato pautará a sua acção pelo rigor e constante atenção às pessoas», avança a estrutura partidária. Paulo Marques

candidata-se «para trabalhar com o objectivo de revitalizar o comércio e a economia da Freguesia e para apoiar as associações».

Na sessão ficou a garantia de que o candidato se propõe «gerir a freguesia com rigor, para que a Junta seja

sempre um exemplo de boa gestão e com as contas em ordem». Paulo Marques promete «seriedade e trabalho».

Lanhas-Motor do Vale do Homem O líder local do PS e can-

didato à Câmara, José Morais, considera, por seu turno, que «Paulo Marques é uma pessoa que dá todas as garantias para o progresso e para o bem comum da Freguesia». Quanto a Lanhas, entende que «a Freguesia tem que ser entendida à luz

do posicionamento geográfico em que se insere, pelo potencial social e económico que tem para o Vale do Homem». E vai mais longe: «Lanhas tem todas as condições para ser um motor económico desta região do Vale do Homem. Para tal, é preciso melhorar as acessibilidades, com uma variante que está prevista e que termina na parte norte da Freguesia, criar condições para a criação de pequenos clusters empresariais e promover a fixação de jovens agricultores».

Morais defende ainda «maior apoio aos artesãos, em especial os que trabalham o vime, tornando esta arte numa referência nacional pela qualidade dos produtos. Apoiar as associações e instituições, em especial no sector social, que tem sido o grande dinamizador da Freguesia, são outras das apostas já estudadas».

Carlos Machado Silva ovilaverdense@gmail.com

Fábio Cerqueira apresentado como candidato do PS à Junta de Freguesia de Aboim da Nóbrega/Gondomar Fábio Cerqueira será o candidato do PS à presidência da Junta de Freguesia de Aboim da Nóbrega e Gondomar, nas próximas eleições autárquicas. A fixação da população, aposta no turismo e recuperação do património histórico local, a par da melhoria «da eficácia» das redes de saneamento e água, são os objectivos traçados pelo candidato. «A pessoa certa para o desafio de recuperar o dinamismo económico e social da Freguesia», referiu, na ocasião, o líder concelhio do PS e candidato à Câmara, José Morais.

Fábio Cerqueira, que exerceu actividade na ACRM de Aboim da Nóbrega, no Aboim AC e na Associação de Caça da Nóbrega, traçou os objectivos eleitorais:

«apostar forte na revitalização do turismo, aumentando a oferta de emprego na Freguesia, com vista à fixação das famílias e dos jovens, conferindolhes maior qualidade de vida. Para tal, potenciará a recuperação de alguns monumentos com elevado valor histórico, aproveitando também os equipamentos já existentes».

Falou ainda na necessidade de melhorar «substancialmente a eficácia das redes de abastecimento de água e de saneamento».

E garante que dará «atenção constante e o apoio permanente às coletividades da Freguesia serão outras das traves mestras que pautarão a sua acção».

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POLÍTICA

Vilela diz que a Câmara «tem boa saúde financeira»

• Documentos de prestação de contas aprovados pela Assembleia Municipal com 11 abstenções O Presidente da Câmara Municipal de Vila Verde, António Vilela, considera que a autarquia tem «boa saúde financeira», depois de em 2016 ter reduzido a dívida de longo e médio prazo em 2,5 milhões de euros e a dívida total em 2,3 milhões, de acordo com o Relatório de Contas. O documento de prestação de contas relativo ao ano anterior, já aprovado pela Assembleia Municipal, com 11 abstenções, atesta que a arrecadação global de receitas foi de 29.862.782 euros, tendo as despesas totalizado 29.262.430 euros, o que se traduziu em taxas de execução de 91% e 90%, respectivamente.

O autarca realça, por outro lado, que em 2016 «foi feito um trabalho de base», nomeadamente através do lançamento de diversos procedimentos, para que várias obras «estruturantes» possam ser executadas a partir deste ano com recurso a fundos comunitários. «A 31 de Março, a capacidade de endividamento do Mu-

nicípio era de 14.685,00€», anunciou Vilela, na última Assembleia Municipal, sublinhando a «gestão rigorosa» feita pela autarquia.

«A execução orçamental revela um efectivo controlo do orçamento municipal, demonstrando-se claramente que foi elaborado de forma rigorosa e que a sua execução mostra uma elevada capacidade de intervenção do Município no cumprimento das suas funções e no desenvolvimento de projectos de relevante interesse para todos os vilaverdenses», frisa António Vilela.

PS quer gestão «mais eficiente» Para o PS, a Câmara «tem de ser gerida de uma forma muito mais eficiente». «Gasta-se muito dinheiro mal gasto e perdem-se oportunidades, nomeadamente no que diz respeito a fundos comunitários. Este documento demonstra acima de tudo uma enorme falta de trabalho, uma falta de visão e de estratégia, capazes

de promover Vila Verde e a qualidade de vida dos vilaverdenses», criticam.

Segundo os socialistas, o mais grave é o facto de a dívida «continuar a aumen-

tar», sendo que a autarquia tem, de acordo com o PS, «uma dívida que corresponde a 398,58 euros por habitante», o que a coloca na segunda pior situação

económica e financeira da região do Cávado, a seguir a Terras do Bouro.

«Não se compreende como a autarquia deve tanto dinheiro e como em simultâ-

“Luz verde” à criação de uma Equipa de Intervenção Permanente • Minuta de protocolo já foi aprovada pela Assembleia Municipal

por cinco elementos e resultam de um protocolo entre a Autoridade Nacional de Protecção Civil, a Associação Humanitária de Bombeiros e a Câmara Municipal.

A Assembleia Municipal de Vila Verde aprovou, por unanimidade, a minuta do protocolo para a constituição de uma Equipa de Intervenção Permanente (EIP) nos Bombeiros. O valor base afecto pela autarquia é de 36.125,53€, o que representa o pagamento de sete meses de salários

Ricardo Costa ovilaverdense@gmail.com

e de um subsídio. Nos dois anos seguintes, o valor ascenderá aos 56 mil euros, abrangendo todos os meses.

O protocolo, a celebrar entre a Autoridade Nacional de Protecção Civil, a Câmara e os Bombeiros, regula as condições de contratação, funcionamento e

manutenção, pela Associação Humanitária dos Bombeiros, de elementos que integrarão esta equipa.

A EIP tem a missão de assegurar, em permanência, serviços de socorro às populações, todos os dias úteis, por um período semanal de 40 horas. Estas equipas são constituídas

Críticas do PS O PS votou a favor da minuta de protocolo que possibilita a criação de uma Equipa de Intervenção Permanente, considerando, no entanto, que chega tarde «por culpa em exclusivo do Presidente da Câmara».

«A formalização de uma Equipa de Intervenção Permanente (EIP) é um desejo que já esteve “preto no branco” mas que a Câmara de Vila Verde nunca terá cumprido», critica.

Segundo os Vereadores socialistas, a criação de uma EIP foi protocolada a 2 de Janeiro de 2008 pelo então Presidente da Autoridade Nacional da Protec-

ção Civil, Arnaldo Cruz, pelo então Presidente da Câmara, José Manuel Fernandes, e pelo Presidente dos Bombeiros de Vila Verde, Carlos Braga.

«Passados praticamente nove anos, e após o apelo do presidente da instituição, foram realizadas diligências junto do actual Governo do Partido Socialista, nomeadamente do Secretário de Estado, Jorge Gomes, que autorizou e comunicou formalmente ao actual presidente de Câmara, a 22 de Novembro de 2016, essa autorização para criação da referida EIP», diz o PS. Segundo os socialistas, o assunto foi levado a reunião de Câmara «decorridos cinco meses dessa comunicação formal do Secretário de Estado» e «após pressão pública e jornalística».

Ricardo Costa ovilaverdense@gmail.com

neo continuam a faltar infraestruturas básicas como saneamento, água e infraestruturas rodoviárias», vincam.

Melhorar acessibilidades a zonas industriais

O deputado Filipe Lopes, do PSD, apresentou na última Assembleia Municipal uma moção, que será enviada ao Governo, a reclamar a melhoria nas acessibilidades às zonas industriais de Oleiros, Cervães, Cabanelas e Gême, procurando «dar um impulso ainda maior» ao tecido empresarial. Logo após a apresentação da moção, o autarca da Vila de Prado, Paulo Gomes, pediu para que fosse acrescentada a zona industrial da Veiga de Inço. A sugestão foi aceite e a moção, integrando as localidades de Oleiros, Cervães, Cabanelas, Gême e Vila de Prado, foi aprovada por unanimidade.

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SOCIEDADE

Vilaverdense Álvaro Oliveira revela doença e dá testemunho de «força» • Dia Mundial da Doença de Parkinson

Carlos Machado Silva ovilaverdense@gmail.com

PARKINSON A doença de Parkinson, mal de Parkinson ou paralisia agitante, foi descrita pela primeira vez por James Parkinson em 1817.

A rigidez é uma dificuldade de relaxação dos músculos. Pode atingir qualquer grupo muscular do tronco ou dos membros.

Começa muitas vezes só num membro, pode variar ao longo do dia, pode ser influenciada pelo Assinalou-se em Abril o Dia Mundial da Doença de Parkinson, caracterizada pela rigidez e dificuldade de relaxação dos músculos.

O vilaverdense Álvaro Oliveira, ex-Presidente da Junta de Barbudo e membro de várias colectividades locais, revela ser portador da doença e dá testemunho público: «Aceitar a doença e encará-la de forma positiva é o segredo. Quero

demonstrar à sociedade, sobretudo aos doentes de Parkinson, que podem fazer tudo de forma igual, embora com maior lentidão».

O seu testemunho foi um dos momentos marcantes do programa matinal da RTP “Na Praça”, onde assumiu «uma postura positiva. Não somos seres inferiores. Com a medicação ganhamos estabilidade e faço tudo o que faz um cidadão normal,

só que de forma mais pausada!».

Vida mudou Há cinco anos, Álvaro Oliveira viu a sua vida mudar. «Foi quando me foi diagnosticada a doença.

Olhei sempre para a doença de forma positiva. Aceitei, mas mantive alguma reserva», explica.

Com 44 anos, Álvaro Oliveira diz que faz «tudo.

Integro os escuteiros e várias associações». E diz que o que pretende «é continuar a dar força àqueles que têm a doença e que se deixam abater. Isso é o pior que podem fazer. Dou o meu testemunho para que aceitem e sejam positivos».

E até graceja: «é a doença dos famosos, como o papa João Paulo II e o actor Mickael J Fox».

humor, pelo stress e por medicamentos.

O quadro clínico não se inicia sempre da mesma maneira em todos os doentes. Em 70% dos casos a doença começa por tremor localizado geralmente, a um membro superior que atinge depois o outro membro do mesmo lado. Este tremor pode ficar confinado a metade do corpo durante meses ou anos, só depois se

estendendo ao outro lado.

O tremor ocorre quando os membros estão em repouso e desaparece quando o doente executa movimentos, por exemplo, levar um copo à boca.

Pode localizar-se a outras partes do corpo, como a língua ou os lábios. É importante fazer distinção com o tremor essencial ou benigno, que só aparece durante o movimento e não em repouso.

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ECONOMIA

«Pretendemos projectar a Associação Empresarial para uma dimensão regional»

• Jorge Pereira preside à AEVIVER

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privilegiando o alargamento a outros sectores e a novos territórios».

Como surgiu o regresso à liderança de uma casa que fundou?

Com grande emoção. Na sequência de vários convites de empresários de Vila Verde e porque sempre acreditei neste projecto, era inevitável aceitar.

O arquitecto vilaverdense Jorge Pereira preside à Associação Empresarial de Vila Verde (AEVIVER), desde o passado dia 27 de Abril.

Numa fase de transição, após a saída de José Morais, por opção pessoal, a estrutura representativa do comér-

Para Jorge Pereira, a AEVIVER pode ser uma associação empresarial «pioneira a agarrar o sector da economia social», ao dinamizar e apoiar a sustentabilidade financeira e o trabalho em rede, potenciar a cooperação das IPSS e conceder apoio jurídico e fiscal.

Na Agricultura, o programa de acção para o triénio 2017-2020 inclui a promoção dos produtos locais, a dinamização de estratégias para valorização e escoamento da produção local e o apoio à realização de candidaturas.

Na vertente de comércio e

Projecto de 400 mil euros para ajudar desempregados

cio, indústria e serviços de Vila Verde vai «prosseguir o bom trabalho desenvolvido nos últimos anos, com a tónica no fortalecimento do projecto», avança Jorge Pereira. O novo mandato assenta num «plano de acção abrangente a outras áreas,

Cooperação, parcerias e alargamento territorial e a novas áreas são as traves mestras para o mandato?

Depois das ideias, da formalização e da fundação, existiu um caminho inicial de afirmação da AEVIVER. Hoje, tem que se falar de crescimento e projectar a Associação Empresarial para uma dimensão regional. Penso que o alargamento de actuação territorial aos

Plano de acção

serviços, a AEVIVER quer promover iniciativas sazonais de apoio ao comércio tradicional, como Concursos de Montras (Mês do Romance / Natal / Festas Populares), Vilas Floridas (Maio) e desfiles de moda, além de desenvolver mecanismos de apoio técnico a investimentos na requalificação e promoção das zonas de comércio.

Jorge Pereira anunciou ainda que, na área da indústria, a AEVIVER pretende velar pelo zelo, optimização, dinamização e inovação das zonas e parques industriais, fornecer apoio técnico (consultorias A AEVIVER – Associação Empresarial de Vila Verde viu recentemente aprovada uma candidatura a fundos comunitários para apoiar, através de formação e inclusão no mercado de trabalho, perto de três mil desempregados de

jurídica e fiscal) à actividade industrial e apoiar candidaturas a apoios nacionais e europeus.

A AEVIVER propõe-se a incrementar acções de formação técnica e estratégica para os diferentes sectores, dar apoio logístico e formal na concepção de candidaturas a apoios comunitários e desenvolver acções de formação aprovadas no âmbito do Portugal 2020.

Em termos de internacionalização, a Associação Empresarial quer reforçar as parcerias com Governos, Instituições e Associações Empresariais dos PALOP e outros, apoiar

longa duração. Segundo a estrutura, o projecto vai abranger 2780 desempregados, que poderão beneficiar de um conjunto de iniciativas que vão melhorar as suas competências e ficar em contacto com as empresas. A candidatura

Concelhos de Amares e Terras de Bouro seria bom para todo o Vale do Homem. Ganharemos escala: maior território, mais empresas, mais associados, mais parceiros, maior cooperação bilateral e maior sucesso…O alargamento da nossa ação ao sector da economia social é pertinente, no entanto, iremos continuar a valorizar os sectores da agricultura, indústria, comércio e serviços.

Que mensagem gostaria de passar ao tecido empresarial do Concelho e da região?

Mensagem de grande esperança. Acredito na motivação e persistência dos nossos empresários. Acredito no trabalho em rede e em parcerias.

a actividade empresarial externa, realizar visitas empresariais a países com potencial estratégico e lançar de catálogo trilingue da oferta empresarial local/ regional da área de intervenção da AEVIVER. A associação empresarial vilaverdense viu recentemente aprovada uma candidatura a fundos comunitários para apoiar, através de formação e inclusão no mercado de trabalho, perto de três mil desempregados de longa duração.

tem um montante de 400 mil euros e enquadra-se no Fundo Social Europeu, tendo sido formalizada em Agosto do ano passado.

Visa promover a inclusão social e combater a pobreza e a discriminação.

Equipa reforçada

A constituição da equipa eleita para os órgãos sociais, para o triénio 20172020, assenta, segundo Jorge Pereira, «na base dos órgãos anteriores, numa perspectiva de continuidade do excelente trabalho desenvolvido pelo José Morais e equipa que o acompanhava».

«Destaco, contudo, a entrada de alguns novos elementos como forma de consumar o alargamento as áreas como a agricultura e desenvolvimento rural (caso de Tadeu Alves) e economia social (Porfírio Barbosa/Casa do Povo do Pico de Regalados)», frisa.

No restante, Jorge Pereira diz contar com «uma equipa experiente em áreas como o comércio, a indústria, formação/qualificação, comunicação, contabilidade e fiscalidade, consultoria jurídica e outras». «É uma equipa abrangente a todo o território e com motivação para alargar o projecto a outros territórios e sectores de negócio», frisa.

MESA DA ASSEMBLEIA-GERAL Presidente: Formibérica / Soutelo / João Luís Nogueira Vice - presidente: Grupo Casa Santos / Vila Verde / Lurdes Santos Secretário: Casa Gomes / Vila Verde / João Gomes Supermercados Vilaverdense / Vila Verde / José Costa Neiva Conta / Azões / Joaquim Loureiro Agro Peixoto / Lage / António Peixoto Silvestre B. Martins & Irmãos / Oriz S. Miguel / Silvestre Martins CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Presidente: Atelier / Vila Verde / Jorge Pereira

Vice-presidentes: FERC / Moure / José Manuel Lopes (Director Financeiro) Zenith Automóveis / Esqueiros / Ana Almeida Grupo Ideia Cinco / Vila Verde / Carlos Silva Vogais Foto Felicidade / Vila Verde / Luís Gonçalves Fiscaverde / Loureira / António Loureiro Antunes & Alves Cons.

Assoc / Vila Verde / Tadeu Alves Galerias da Vila / Vila Verde / Fernanda Sá Barros Cervacontas / Cervães / Horácio Ferreira Cuscas Bar / Vila Verde / Glória Lago MarmoPrado / Vila de Prado / Miguel Peixoto Medical Norte / Moure / Renato Magalhães Pedrivalões / Valões / Carlos Cação Madevil / Prado S. Miguel / Porfírio Barbosa ID Maxima / Vila Verde / Fernando Dionísio Taberna Pimenta / Pico S. Cristóvão / José Carlos Vila Verde

CONSELHO FISCAL Presidente: Gabinete Contabilidade /Vila Verde / Manuel Lourenço Peixoto Vice - presidente: DVM Group / Oleiros / Porfírio Sampaio Secretário: JPA - Construtora / Pedregais / António Azevedo Iberinox / Sabariz / António Morais Silva & Pedralva / Freiriz / Pedro Silva ARF - Construções Turiz Francisco Ramos Toldigest / Moure / José Pereira Mandatário: Verdedata / Vila Verde /José Morais

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POLICIA

MP tenta provar corrupção, defesa diz que não há provas • Julgamento das cartas de condução no Centro de Exames

O dinheiro que circulava entre as escolas de condução e os examinadores do Centro de Exames de Vila Verde para ajudar os candidatos a

condutores, ficava em parte nas mãos de instrutores. Esta é uma das conclusões que se pode tirar do julgamento por alegada corrupção nos

exames e que envolve 47 arguidos, entre examinadores, instrutores e donos de escola de Vila Verde.

Enquanto o Ministério

Público tenta demonstrar que houve «ajudas» ilegais a alunos a troco de dinheiro, os advogados de defesa ensaiam a demonstração do seu contrário, a de que não há provas claras de que alguém tenha sido beneficiado nos exames, nomeadamente nos teóricos. É esta, por exemplo, a tese do jurista João Magalhães, para quem não sõ não há provas de ajudas a instruendos, como, a haver dinheiro, não é liquído a que mãos foi parar. «Pode ter havido copianço na parte teórica, mas isso não é crime», defende, Numa das audiências, o proprietário da escola de condução VerdeVila, negou, hoje, ter pedido favores a um examinador de condução do antigo Centro de Exames lo-

cal, para uma instruenda sua que ia fazer exame prático.

Confrontado pelo Tribunal com uma escuta telefónica em que o examinador Joaquim Oliveira, tido como o principal arguido no processo de alegada corrupção nos exames, citava o seu nome, António Gomes Matos negou ter metido uma «cunha» ou que tenha havido qualquer pagamento: «por regra, marcava o exame sem os alunos saberem, para não andarem uns dias nervosos e chumbarem por causa disso».

Disse que conhecia os examinadores do Centro de Exames e negou ter algo a ver com a ida de um casaco do examinador para uma loja do ramo têxtil, para conserto. A loja era de uma

mulher que também aparece nas escutas telefónicas.

Num depoimento favorável aos sete principais arguidos, respondeu a uma pergunta do advogado Miguel Teixeira Brochado dizendo que havia muita gente a aproveitar-se dos alunos, prometendo favores junto de examinadores que depois não existiam e há muita gente a viver à custa dos exames», defendeu.

O julgamento decorre em Braga com 47 arguidos acusados de corrupção nas provas de condução do antigo Centro de Exames de Vila Verde, da ANIECA.

Luis Moreira ovilaverdense@gmail.com

Tribunal de Braga absolveu empresário de Vila Verde acusado de abusar da neta O Tribunal de Braga absolveu o empresário de Braga que foi acusado de abusar sexualmente de uma neta, crime que negou, sempre, de forma veemente. O empresário, de apelido Barros, e com empresa em Vila Verde, foi absolvido pelo colectivo de juízes, que considerou não haver qualquer prova para o incriminar.

O Tribunal valorizou o facto de a criança, hoje com 11 anos, dizer, actualmente,

que o avô não abusou dela e que terá agido por instigação da mãe.

A menina encontra-se internada numa instituição de solidariedade social de Braga, estando a mãe e o avô proibidos de a contactar por ordem judicial.

O advogado do empresário, Paulo Monteiro, alegou, na fase de instrução, que há mais de dez relatórios do foro pedopsiquiátrico em que a menina diz que men-

tiu sobre os alegados abusos sexuais do avô, e fê-lo para agradar à mãe.

O jurista sustentou, depois, no julgamento, que decorreu à porta fechada, que os relatórios, elaborados por peritos da Segurança Social, do Centro de Acolhimento de Santo Adrião e do Colégio João Paulo II, onde a criança anda, têm provas «abundantes e significativas» de que terá sido industriada para acusar o avô.

Para além de ser julgado por este suposto crime, o empresário enfrenta a acusação de que terá, também, violado uma filha maior, facto que também nega de forma perentória, alegando que ela apenas se pretende vingar pelo facto de não lhe ter dado cerca de 700 mil euros, que um casal lhe terá tentado extorquir, a seu pedido.

Carlos Machado Silva ovilaverdense@gmail.com

“Mini-Guardas” alertam comerciantes vilaverdenses para entrada da nova nota de 50 euros A Secão de Programas Especiais (SPE) do Destacamento Territorial de Braga da GNR, juntamente com os “Mini-Guardas”, realizou uma Operação de Prevenção da Criminalidade no Comércio Local, no centro de Vila Verde, com o objectivo de alertar os comer-

ciantes para a entrada da nova nota de 50 euros.

A actividade decorreu no âmbito das “Férias+Iguais”, um Programa enquadrado no Plano Municipal para a Igualdade de Género, promovida pelo Município de Vila Verde e que tem como público-alvo os filhos dos

colaboradores do Município.

No seguimento desta acção de sensibilização, os “MiniGuardas” abordaram vários comerciantes do Concelho, entregando-lhes prospectos com os conselhos da Guarda, relacionados com a entrada em circulação da nova

nota.

Os estabelecimentos comerciais foram ainda alertados para questões relacionadas com a segurança no geral, que pretendem ser mais eficazes no combate dos crimes de que estes possam ser alvo.

Lizi Costa ovilaverdense@gmail.com

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SOCIEDADE

Meio milhar em corrida e caminhada a favor do Centro Comunitário de Prado • Iniciativa permitiu angariar verbas para dar continuidade ao trabalho desenvolvido

Cerca de 500 pessoas participaram na II Corrida/ Caminhada Solidária com o objectivo de angariar fundos para dar continuidade ao trabalho desenvolvido pelo Centro Comunitário de Prado da Cruz Vermelha Portuguesa. «Acima de tudo, pretendemos angariar

verbas, mas esta iniciativa tem também outros fins, nomeadamente a promoção do desporto e do convívio, duas componentes que são muito importantes», explicou o Presidente da Delegação de Braga da CVP, Armando Osório, que integra o Centro Comunitário de Prado.

O bracarense Pedro Martins foi o primeiro a cortar a meta, cumprindo os 10 quilómetros da corrida em 32 minutos e 8 segundos. Em feminino, Laura Silva, com um tempo de 42:01 minutos, foi a corredora mais forte. A iniciativa ficou marcada por alguns problemas na sinali-

zação no percurso, que fizeram com que alguns participantes se tenham enganado no trajecto.

Além da corrida, decorreu também uma caminhada de cerca de cinco quilómetros.

Os dois percursos foram cumpridos na margem direita do rio Cávado. No final, a Praia Fluvial do Faial recebeu um convívio, ao som do DJ EddieThebro.

O Centro Comunitário da Vila de Prado inclui as seguintes actividades: educação e animação sociocultural dirigida a crianças e jovens em idade escolar, animação comunitária dirigida à população activa e atendimento/acompanhamento social de indivíduos e famílias em situação de carência económica, de risco, de dependência, de exclusão e/ou de vulnerabilidade social».

Ricardo Costa ovilaverdense@gmail.com

TESTEMUNHOS

Pedro Martins «O percurso é bom, a vertente de terra batida foge ao normal e as condições meteorológicas ajudaram. Acima de tudo, é bom ajudar os mais necessitados. De registar, negativamente, o facto de a organização não ter posto ninguém na frente da corrida. Eu e o segundo classificado acabámos por fazer o percurso inverso ao da partida, demos uma volta maior do que era suposto».

Laura Silva «Já fui atleta, agora corro a título individual.

Isto agora é um recomeço após uma licença de maternidade. A prova é fantástica, adorei. Só foi pena a falta de informação no percurso. Perdime três vezes! Fiz 500 metros para um lado e 500 metros para o outro, com mais um grupo. Acho que falta mais acompanhamento ao longo do trajecto».

Dossãos cria nova estrada na Travessa do Cortelho A Junta de Freguesia de Dossãos já iniciou os trabalhos de criação de uma nova estrada, num caminho público, na Travessa do Cortelho, para onde já estão aprovados quatro projectos de habitação, de acordo com o autarca Jorge Oliveira.

Numa entrevista recente ao jornal “O Vilaverdense”, o Presidente da Junta já dera conta da vontade de iniciar as obras o quanto antes, por considerar tratar-se de algo «estruturante» para Dossãos, nomeadamente ao permitir fixar população.

Segundo Jorge Oliveira, «no espaço de um mês», arrancarão também as obras para abastecer o Codeçal, o lugar mais populoso da Freguesia, com água pública. «É um sonho antigo que dentro de pouco tempo veremos começar a ser concluído», frisa.

Em curso encontra-se ainda a construção da casa mortuária, num investimento que deverá rondar os 45 mil euros. R.C.

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EDUCAÇÃO

OPINIÃO

Visita do Papa: público e privado sem os mesmos direitos? Álvaro Santos A vinda do Papa Francisco a Portugal levou o Governo a decretar tolerância de ponto para a função pública. Como ponto prévio quero esclarecer que sou católico e funcionário público.

Na prática, os funcionários públicos, independentemente de serem ou não católicos de participarem ou não no evento, terão direito a um dia livre.

Esta decisão gerou uma divisão de opinião na sociedade portuguesa: os que concordam, que usam como grande argumento que sempre que um Papa nos visitou foi dada tolerância de ponto, e os que são contra, que têm como argumento de fundo que o Estado deve ser laico.

Reconhecendo-se a bondade dos argumentos de uns e de outros eles são, contudo, demasiado frágeis.

Por um lado, “sempre se fez assim” não pode ser um argumento central de quem aplaude esta posição. A sê-lo nunca mudaríamos nada e, provavelmente, ainda estaríamos na idade média.

Por outro, “o Estado deve ser laico” não pode impedir que este reconheça a importância social que a religião católica tem em Portugal. Recordo que temos no País diversos feriados religiosos e não me lembro de nenhum partido fazer um levantamento político contra tal facto.

A primeira pergunta a que temos que responder é esta: a visita do Papa Francisco, no centenário e por ocasião da canonização dos Pastorinhos, merece, ou não, que o Estado decida facilitar a vida aos portugueses por forma a “viverem” o acontecimento?

A minha resposta é sim.

De seguida temos que colocar a seguinte questão: de que forma pode o Governo permitir que todos o possam fazer?

A visita do Papa este ano é muito particular: celebra-se o centenário das aparições de Fátima e dáse a canonização dos Pastorinhos.

Este é um dado que o governo da Nação, qualquer que ele seja, tem obrigação de atender.

Mas não me parece justo que alguns portugueses, os funcionários públicos como eu, possam participar e outros, os trabalhadores do privado, não.

Acertado seria proporcionar a todos os portugueses, e não apenas a alguns, a possibilidade de participarem na visita de Sua Santidade.

Considerando as particularidades deste 13 de Maio, a medida correcta, do meu ponto de vista, seria dar oportunidade a todos os portugueses de estarem em pé de igualdade para vivenciar o momento.

Assim, a discussão sobre “o trabalho” no dia 12 de Maio resumir-se-ia apenas a uma de duas medidas: 1. ou seria decretado, este ano, um feriado nacional excepcional no dia 12 de Maio 2. ou seria legislado no sentido de todos os funcionários, públicos ou privados, poderem meter um dia de férias no dia 12, sem que a entidade patronal o pudesse recusar.

O Governo reconheceria a importância do acontecimento perante as características sociológicas do País e dava a mesma oportunidade a todos os portugueses de participar no grande evento.

Câmara abre “cordões à bolsa” para «pagar recuperação de património que é do Estado e não da autarquia» • António Vilela e a requalificação das EB 2/3 de Prado e Vila Verde

“A César o que é de César”.

Esta máxima bíblica traduz o pensamento de António Vilela sobre o papel que o Estado deveria estar obrigado na requalificação das escolas EB2/3 de Prado e EB 2/3 de Vila Verde. «É à Administração Central que cabe a assumir na totalidade a requalificação destes edifícios escolares», diz o autarca, lamentando que seja o município «a investir uma grande fatia na recuperação de património que é Estado e não da autarquia».

O Presidente da Câmara de Vila Verde está, assim, em sintonia com a «posição de princípio» tornada pública pela Associação Nacional de Município Portugueses (ANMP) em Agosto passado: «nos investimentos que são da competência da Administração Central, a

responsabilidade financeira deve ser assumida a 100 por cento pela mesma Administração Central». Por outras palavras: não compete às autarquias abrir os “cordões à bolsa” para pagar obras em equipamentos que não lhe pertencem.

Vilela, a exemplo de muitos outros autarcas, teve que remeter para segundo plano aquela «posição de princípio» da ANMP, em nome da conjuntura económica e financeira que o país ainda atravessa e, sobretudo, para assegurar instalações renovados e rejuvenescidas às comunidades escolares dos dois estabelecimentos de ensino.

«O Estado não tem mostrado capacidade nem disponibilidade para fazer estas intervenções e nós, autarquia, aceitamos com-

participar as obras de requalificação», explica António Vilela, sublinhando que «aceitamos assumir uma parte do investimento, da despesa de requalificação e a gestão directa dos processos porque entendemos que é necessário».

«A melhoria das condições das escolas promovem o bem-estar, uma melhor aprendizagem, que, no futuro, se traduz, na promoção da qualidade de vida dos nossos alunos», explica o autarca.

Fernando Gualtieri

Requalificação Total

As intervenções nas EB 2/3 de Prado e Vila Verde visam a requalificação total das duas escolas, um empreendimento orçado em 1 milhão de euros para cada uma, dos quais 850 mil euros por escola saem do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, no âmbito do Programa Operacional Regional NORTE 2020.

Tudo o que ultrapassar este valor é suportado pelo Município, embora o Estado se

comprometa a entregar 150 mil euros, em duas prestações, à autarquia.

Nas contas de António Vilela, a requalificação da cada escola ultrapassará o milhão de euros, «ficará à volta de 1 milhão e 300 mil euros», o que obrigará a Câmara a abrir ainda mais os “cordões à bolsa” «Acabará por ser a autarquia a investir uma grande fatia na recuperação do património do Estado e

não da autarquia», remata Vilela.

Recorde-se que a requalificação das escolas está inscrita no Pacto de Desenvolvimento Territorial da CIM do Cávado Norte 2020, assinado em 5 de Agosto de 2015, era então o Governo chefiado por Passos Coelho.

O programa agora lançado pelo Governo de António Costa abrange 200 escolas com 2.º e 3.º ciclo

e Secundário e para as intervenções estão disponíveis 200 milhões de euros, a maior parte dos quais oriundos de fundos comunitários. Segundo os últimos números do Tribunal de Contas, a empresa pública Parque Escolar (PE) gastou cerca de 2,3 mil milhões de euros para reabilitar pouco mais de 150 escolas secundárias.

Fernando Gualtieri

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EDUCAÇÃO

PS e PSD trocam acusações abrigo de qualquer quadro comunitário, mas sim de opções concretas tomadas pelo Governo, para intervir no Concelho», sublinha Morais, dando como exemplos «obras como a Variante a Braga, a instalação de uma Escola Profissional e de muitas outras [escolas] espalhadas pelo Concelho, o Quartel dos Bombeiros, entre outros investimentos fundamentais».

Quem não acompanha o ambiente político de Vila Verde pensaria que o anúncio da requalificação das EB 2/3 de Prado e da sede do Concelho pelo ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, seria uma matéria aplaudida por todas as forças partidárias. Não foi o caso. As eleições autarquias de 1 de Outubro estão à porta.

O PS concelhio deu o primeiro passo, ao afirmar, em comunicado, que com os socialistas no Governo «Vila

Verde é priorizada no que a importantes infraestruturas diz respeito».

PS “Amigo de Vila Verde” «É facilmente constatável e inegável que sempre foram os governos do PS que mais contribuíram, no passado, para o progresso do Concelho, no que toca a opções únicas e exclusivas dos governos nacionais», afirmava a “concelhia” socialista, liderada por José Morais, e candidato à Câmara.

«Não falamos de obras ao

«O que é isto?»

O Presidente da autarquia (e candidato às autárquicas de Outubro), o social-democrata António Vilela não gostou. Em declarações ao “O Vilaverdense” reagiu de imediato: «O ministro está a fazer “bluff ” e o PS de Vila Verde está, mais uma vez, a fazer “terrorismo político”».

Vilela historia todo o processo que culminou, em Agosto de 2015, com assinatura do Pacto de Desenvolvimento Territorial da CIM do Cávado Norte 2020, «ainda era Governo o PSDCDS/PP».

«Já aí – acrescentava o autarca- estavam definidos os investimentos nas EB 2/3 de Prado e Vila Verde, com valores e tudo o resto. São verbas que vêm do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, no âmbito do Programa Operacional Regional NORTE 2020. Os municípios assumem a gestão directa dos processos e agora vem o ministro PS

apropriar-se. O que é isto?».

Vilela “deve pedido de desculpas” O PS não perdeu tempo e ripostou. Os socialistas acusam, então, António Vilela de usar linguagem «própria de um radical» para «atacar» o ministro da Educação. E vai mais longe: «pela atitude radical que tomou, Vilela deve um pedido de desculpas público a todos os pais e alunos dessas escolas».

O PS acusa ainda Vilela de não conviver bem «com o facto de este Governo do Partido Socialista estar a prestar uma atenção especial ao Concelho de Vila Verde, procurando resolver problemas que o anterior Governo do PSD não quis resolver, deixando-os na gaveta».

Segundo os socialistas, «e menos bem convive com o facto de esta atenção ser resultado do trabalho que o Vereador do Partido Socialista, José Morais, tem feito junto do Governo, numa tarefa que deveria ser exercida exactamente pelo senhor Presidente da Câmara».

«Perguntarão os vilaverdenses: como pode o Presidente de uma Câmara reagir deste modo a uma boa notícia para o seu Concelho, insultando o membro do Governo que a anuncia?!», questiona a “concelhia” do PS, sublinhando que «não é a primeira vez» que o autarca o faz.

Fernando Gualtieri

Município e Casa do Conhecimento receberam estudantes da Ilha da Madeira

Carlos Machado Silva ovilaverdense@gmail.com

Os Paços do Concelho de Vila Verde e a Casa do Conhecimento foram visitados por um grupo de alunos da Escola Básica e Secundária do Carmo, da Ilha da Madeira. O grupo está a participar numa visita ao Concelho e ao norte do país, realizada no âmbito de um intercâmbio com a Escola Secundária de Vila Verde (ESVV).

“Remar o Atlântico Para Fortalecer Afectos” é o nome do programa de intercâmbio que permitiu a um grupo de 60 jovens, composto por 30 alunos de cada escola, conviverem, partilharem experiências e realidades

culturais diferentes. A acompanhar estes estudantes estiveram dois docentes e um

representante da Associação de Pais e Encarregados de Educação da EB e Secundá-

ria do Carmo e dois docentes da ESVV.

OPINIÃO A participação como um direito contemporâneo das crianças e jovens

Lúcia Martins, Cidadã Eleitora designada pela Assembleia Municipal na CPCJ

A Convenção sobre os Direitos da Criança (1989) aprovada pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) constitui uma viragem história sobre o papel da criança na sociedade atual, encarando-a como um ser de direitos.

Entre os vários direitos reconhecidos à criança, a participação é vista como um direito inigualável e contemporâneo.

A participação diz respeito à capacidade de intervir socialmente. Deste ponto de vista, crianças e jovens, são reconhecidos como cidadãos, quando lhes é dada a oportunidade de se pronunciarem face à sua vida e ao contexto onde vivem, agem e interagem.

Na verdade, a participação na vida cívica estimula as crianças e jovens a serem seres humanos autónomos, dinâmicos, criativos e empreendedores, capazes de contribuir para a resolução ativa dos problemas da sociedade.

Além disso, ao participarem ativamente na comunidade, estão a desenvolver uma conduta de valores no sentido de tornarem-se cidadãos conscientes, críticos, tolerantes, solidários e ativos quer no plano pessoal, quer no plano social e político.

No sentido de promover a participação cívica das crianças e jovens do Município, a 3 de maio, terá lugar, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Vila Verde, a terceira Assembleia de Crianças e Jovens organizada pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Vila Verde.

Esta Assembleia é dinamizada por crianças e jovens pertencentes aos Agrupamentos de Escolas e escolas não agrupadas do Município. À semelhança do funcionamento de uma Assembleia Municipal, as crianças e jovens desempenharão um papel ativo e dinâmico na discussão de temas que afetam a sua vida seja escolar, familiar, política e social.

Esta iniciativa, com periodicidade anual, tem como objetivo sensibilizar as crianças e jovens para o direito à participação que pressupõe, por si só, a consciência sobre esse direito e a intervenção ativa na comunidade.

Paralelamente, esta Assembleia é uma forma de aproximar as crianças e jovens do contexto político, fazendo-os sentir parte integrante na tomada de decisões, em especial, a nível concelhio.

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ENTREVISTA Luís “Barbeiro” é uma das pessoas mais conhecidas da Vila. A sua arte e profissão deu-lhe fama e algum proveito durante quase 60 anos.

O avivar da memória de outros tempos vem associado a uma boa disposição contagiante. A conversa vai andar à volta de tesouras, navalhas, cortes e… calda de sulfato.

Para se entender como Luís “Barbeiro” chegou à profissão é preciso conhecer alguns pormenores da sua infância. Tinha 12 anos quando um tio/padrinho proprietário de uma quinta em Vila Verde o «arrastou para trabalhar lá». O tio não tinha filhos e ser rapaz ajudou ao convite: «sabe como é, promete-se uma tourinha e eu fui nessa. Fazia de mim o que queria, ele gostava da pinga. Tinha cinco vacas mas «eu fazia quase tudo, senão não vais de tarde passear» ameaçava mas Luís lembrase que «aquele trabalho para as costas era terrível».

Entretanto, chega o tempo de sulfatar. Era a tia que fazia a calda e o tio levava um balde em cada mão. «Vez sim, vez não bebia uma garrafa.

Ficou com uma bebedeira tal, eu estava a ajudá-lo e é verdade que aquilo custa.

Numa altura, eu fujo-lhe com a cabeça do cântaro, ele enerva-se e entorna-me o caldo pela cabeça abaixo. A minha tia tirou-me os arreios, ele ainda lhe dá dois encontrões, diz que somos os dois da mesma raça, preguiçosos. Fui para casa e pus-me a pensar na minha vida: “vai ser hoje que fugir para a casa dos meus pais, que era perto”».

A irmã, ao vê-lo, disse: “ó

Hoje dá para ganhar dinheiro Casou aqui em Vila Verde e foi o irmão que estava em Famalicão que lhe cortou o cabelo. «Hoje, os cortes são mais fáceis e bem pagos. Tenho pena de ter esta idade e ter sido operado aos olhos, porque hoje é que dá para ganhar dinheiro. E se não tivesse este problema nos olhos, hoje, ainda trabalhava. Não é para me gabar mas aqui em Vila Verde, quando me estabeleci foi uma limpeza em termos de fregueses. Já havia outros barbeiros mas não eram artistas como eu».

LUÍS, O PRIMEIRO BARBEIRO DOS CORTES MODERNOS Texto: Pedro Antunes Pereira Fotos: Luís Ribeiro Agradecimentos: Barbearia Soares mãe, anda ver o Luís como está, parece que caiu dentro de um poço”. Quando o viu começou a chorar, levou-o para dar um banho. Não havia chuveiros e foi a irmã com um regador que o ajudou a tirar a porcaria.

Arte de barbeiro O irmão mais velho era barbeiro e estava em Famalicão. Ele soube da história, e num Domingo, bate à porta e diz: “ó pá, é só aprenderes a ensaboar e a arranhar umas

barbinhas que eu levo-te logo para onde eu estou».

Falou com o patrão dele e o homem disse para Luís ir.

Esteve lá dois anos.

Entretanto, encontrou uma pessoa amiga de Caldelas que o desafiou a ir fazer as Termas. «Eu disse que sim porque no Hotel Belavista paga-se bem e fiz lá uma época». Casou novito, («um tipo não tem juízo»), e procurou estabilizar. O bisavô do Luís Ribeiro, onde hoje é a livraria, possuía uma

barbearia. «Eu tinha uns fregueses meus porque fazia uns cortes modernos e à navalha, andavam atrás de mim e passei a trabalhar naquela barbearia. Punha-lhe o dinheiro na banca mas ele não o queria: “não senhor, foste tu que trabalhaste, são teus clientes portanto tudo o que fizeres é todo para ti, não quero um tostão”».

Mudou-se para onde hoje é o Palácio da Justiça. Criaram lá uma espécie de bar, uma venda de jornais e Luís mon-

tou a sua barbearia. «Depois, fizerem o projecto do Palácio de Justiça, sai de lá e ainda andei, por aí, aos tombos. Os meus clientes eram exigentes. Os juízes iam à barbearia. Não estavam habituados aos cortes modernos e ficavam contentes. O juiz Baltazar, quando estive adoentado, vinha à minha casa ver como eu estava. Fiz bastantes amigos».

Luís estabeleceu-se por conta própria corria o ano de 1952. Barba e cabelo

custavam cinco coroas, só a barba cinco tostões, um corte de criança dois tostões.

As mulheres também por lá apareciam porque não havia cabeleireiros. Deixou de trabalhar há 10 anos, quase 60 depois por problemas nos olhos. «Antigamente era uma vida dura. Íamos cedo e ao sábado tinha meia dúzia deles que não vinham antes da meia-noite. O sábado era um martírio, de manhã cedo já estavam a tocar à campainha…».

Sócio do Braga «Eu até ao domingo trabalhava. Fui sócio do Braga durante quarenta anos e tinha um amigo, que tinha carro, naquela altura só havia dois ou três automóveis, e esperava por mim. Os jogos eram no Primeiro de Maio, eu ficava do lado do Tribunal. Havia um padre na nossa zona e sempre que insultávamos o árbitro ele disse: «isso isso, chamem-

lhe nomes que eu não posso». Cheguei a ir ao Porto, Guimarães, Riopele, ao Boavista ver jogos do Braga e não tivemos problemas com ninguém. Eu gosto de futebol e sei ver futebol mas estar feito tolo a bater palmas para mim não dá. Os homens têm que se respeitar porque se gosto que me respeitem gosto de respeitar os outros».

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ENTREVISTA A igreja de Vila Verde, naquele tempo, não tinha torre, só os sinos. «Nós estávamos lá na varanda, entretidos, tínhamos jornais e aparece um freguês que ia casar no dia seguinte e perguntou se não estava lá um moço que corta cabelos à navalha. Respondi que era eu. “Não me podes dar um jeito?” Vamos lá e comecei com a navalha como se estivesse a fazer uma barba, quando dou por ela… ele está careca!» Ele vai ter com a noiva que estava ali numa casa de fazendas, para levar umas coisas, «olha para ele, todo lambido, com fixador, e diz-lhe “o barbeiro pôs-te careca! Tu não tens cabelo!”.

Ele apalpa não vê cabelo,

vem desesperado. O varadim dos sinos tinha umas escadas eu só vejo o gajo a subir, eu conheci-o pela careca, lanço-me para o outro lado e foi bonita a brincadeira».

Havia um senhor em Vila Verde com um bigode muito frisado. Luís fixou na ideia que havia de frisar o bigode a alguém. «Um alfaiate costumava cortar a barba. Eu tinha posto a máquina de frisar a aquecer no lugar do ferro e perguntei-lhe se não queria arranjar o bigode. Ele viu que a barba tinha ficado bem feita e disse-me que podia fazer. Amarro no bigode, ponho o ferro, o homem dá dois saltos na cadeira, eu começo a fugir em direcção

O noivo sem cabelo e o alfaiate sem bigode

à casa dos meus pais com restos do bigode presos aos dedos. Andei fugido ao homem, só cumpria horário para comer».

Duas histórias que não ensombram a quantidade de clientes que passaram pelas mãos de Luís. No Verão, vinham franceses passar uns dias, só para descansar. Ficaram clientes e traziam-lhe prendas. Teve clientes brasileiros. «Dei cartas aqui em Vila Verde e fora do Concelho».

Material Vinha de Braga, de um armazém perto do Cardoso da Saudade. Luís ia de autocarro, chegava antes das 14h00, comprava todo o material

que queria e fazia falta. «Tínhamos aqui uma perfumaria onde também ia lá, por

intermédio de um elemento da banda musical e comprava perfumes, cremes, pó de

sabão, pó de arroz e pastas.

Era o único que tinha estas coisas».

O GOSTO DE CORTAR CABELOS ÀS SENHORAS Muitos barbeiros actuais passaram pelas mãos de Luís. «Nem sei fazer as contas». Antigamente, os rapazes saíam da escola e «os pais pediam-me para os pôr a trabalhar na barbearia para não os verem andar na “gândulice” ou irem tomar conta do gado». Alguns dos que ensinou já eram homens e houve mulheres que lhe passaram pelas mãos.

E por falar em elementos do sexo feminino, Luís não tem dúvidas: «eu gostava muito de cortar o cabelo às senhoras. Eu abria-lhes uma risca ao meio, pegava na tesoura e corria-lhes a

cabeça toda. Penteava e ficava todo certinho. Depois era secador e já estava». Numa família de barbeiros, houve um que se especializou em cabeleireiro. «Eu tenho um irmão que aprendeu a arte comigo e depois de ter estado na Rodésia veio ter comigo e disse-me que queria tirar o curso de cabeleireiro.

Tirou o curso, deu artista e montou o seu próprio salão».

Cabo Pinheiro Um dos mais famosos cabos da guarda de Vila Verde, o Cabo Pinheiro, também entra na história

da vida de Luís. Padrinho de casamento, «e porque as pessoas de farda têm respeito uns pelos outros», pediu a um amigo para ilibar Luís da tropa. Disse que era casado e que se queria estabelecer. Luís passou à reserva. E as memórias daquele tempo também estão bem vivas: «saímos de uma ditadura e foi pena deixar estragar isto com liberdade a mais. Não há respeito por ninguém e isso é que foi pena… naquela altura havia muito mais respeito. Naquela altura erase muito mais amigo dos vizinhos do que alguns são, hoje, amigos dos pais».

A CABEÇADA DO “BEGUEIRO”

«O meu irmão estava apurado para ir para tropa para Viana do Castelo.

A nossa moleira trazia uma carga completa para a família. Prendia os burros, os “begueiros” e os detrás ficam libertos mais depressa e ela deixavanos a andar. O meu irmão como estava para ir para a tropa, tinha medo,

só lhe punha a mão. Eu atirava para cima, enganchava-me. Numa altura, ele veio mais depressa mas como a moleira deixou-o laçado, tentou tirar o laço, estava a fumar e deitou a prisca para o chão, eu pego nela meto-a na orelha do burro e deu-se tudo ao mesmo: ao desenlaçar-se do

burro ele deu-lhe uma cabeçada e o meu irmão ficou estendido sem sentidos. O meu pai achou que seria “a dor de prego”, famosa nos burros e só soube dali a uns dias o que se tinha passado. Tivesse sabido antes e não me tinha livrado de uma valente tareia».

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EDUCAÇÃO

OPINIÃO O envelhecimento ativo e a prevenção de quedas

UCC de Vila Verde Na União Europeia ocorrem, em média, cerca de 40.000 mortes por ano de idosos devido a quedas (dados da EUNESE - European Network for Safety among Elderly), para além das situações de dependência que acarretam, muitas vezes consequência de fraturas ósseas. Para além deste enorme custo humano, as quedas geram elevados custos monetários para os sistemas de saúde.

A ausência de atividade física pode conduzir à debilidade e fraqueza aumentando o risco de quedas. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) a atividade física moderada contribui para a redução do risco de quedas através da prevenção de diversas patologias e do declínio da capacidade funcional, na medida em que contribui para o controlo do peso e para a manutenção de ossos, músculos e articulações saudáveis.

Pode ainda aumentar a densidade mineral óssea nas mulheres após a menopausa e nas pessoas com mais de 70 anos.

Os exercícios destinados a melhorar a força, o equilíbrio e a flexibilidade representam a estratégia mais viável e de melhor relação custo/benefício para evitar quedas dos idosos na comunidade. Caminhadas nas ruas ou centros comerciais são apontadas pela mesma organização como a forma mais fácil e acessível de realizar estes exercícios.

O exercício deve ser considerado numa abordagem multifatorial que inclua: • a avaliação dos riscos ambientais e sua modificação – iluminação suficiente (nomeadamente luzes de presença entre o quarto e a casa de banho e nas escadas), pisos antiderrapantes e livres de objetos onde se possa tropeçar, corrimões e barras de apoio…

• tratar problemas dos pés e uso de calçado adequado – sapatos ou pantufas presos ao pé e com sola antiderrapante; • revisão da terapêutica medicamentosa e alteração da mesma sempre que necessário pelo médico assistente; • tratamento dos problemas de visão; • formação sobre os riscos; • tratamento da hipotensão ortostática e de outros problemas cardiovasculares.

A evidência científica aponta para que os programas de exercício colectivos apresentem menor eficácia que os programas individuais prescritos por profissionais treinados, com a excepção de programas coletivos usando o Tai Chi – uma forma de arte marcial chinesa.

Na Segunda Assembleia Mundial sobre o Envelhecimento que decorreu em Madrid, em 2002, os Governos presentes afirmaram que “As potencialidades das pessoas idosas são uma base sólida de desenvolvimento futuro, permitindo que a sociedade conte cada vez mais com as competências, experiência e sabedoria dos idosos para que se aperfeiçoem por iniciativa própria e contribuam ativamente para o aperfeiçoamento da sociedade em geral”.

Em resumo: mexa-se, pela sua saúde!

Projecto eTwinning do Agrupamento de Escolas de Moure e Ribeira do Neiva vence na Alemanha O projecto eTwinning “Europe 4.0 – Beam me to 2027” venceu no concurso “Europäischen Wettbewerb” da agência alemã. Este projecto teve como escolas parceiras do Agrupamento: Gesamtschule Ückendorf, Gelsenkirchen (Alemanha); Amandus-Abendroth Gymnasium, Cuxhaven (Alema-

nha) e Tendring Technology College, Thorpe-le-Soken (Reino Unido). O tema desenvolvido pelos alunos prendia-se com as mudanças na última décadam perspectivando o futuro.

«O que mudou nos últimos dez anos? O que é importante para nós hoje? O que vai mudar nos próximos

dez anos? Política, música, moda, comunicação, escola, vida profissional, viajar, comida, energia, água, pessoas (migração) – como será a nossa vida em 2027?» foram as perguntas que estiveram na base do trabalho.

Pedro Antunes Pereira ovilaverdense@gmail.com

Dia da Terra / Dia Eco-Escolas

Comemoração do dia 25 de Abril

Na comemoração do Dia da Terra e das Eco- Escolas, a Escola Básica de Ribeira do Neiva vestiu-se de verde. Foram colocados ecopontos em vários locais da escola e para uma recolha massiva de electrodomésticos, pilhas, lâmpadas, jornais, revistas, óleo

A Escola Básica de Ribeira do Neiva comemorou o 25 de Abril com uma exposição de trabalhos elaborados pelos alunos do 8º e 9º ano. Esta actividade teve como objectivo não só relembrar a Revolução

alimentar, embalagens, tampas, rolhas e outros materiais recicláveis foi construído um ecoponto gigante. «A iniciativa do Clube Eco-Escolas foi um sucesso graças à participação e colaboração de toda a comunidade educativa», diz a escola.

ERASMUS+ : Estágios internacionais (KA102)

AGENDA – SEMANA DA EUROPA 4/05

9/05

Abertura da Semana da Europa (4 a 11/05)

14h20 “À conversa com a Bragamob...

Testemunhos Erasmus+” (EB de Ribeira do Neiva 10:15 / EB de Moure e Ribeira do Neiva

15h00 Actividade da Agência Nacional Erasmus+ Juventude em Acção inserida na Semana Europeia da Juventude na escola sede do Agrupamento em Moure No âmbito do projecto em funcionamento, relativo a estágios internacionais, foi realizada uma visita preparatória a Jerez de La Fronteira (Sul de Espanha) com o intuito de preparar a estadia de 9 alunos do Curso Vocacional 1B, de 15/06 a 16/07 nessa cidade e país. Com o apoio da Entidade Intermediária

IMOT, foram efectuadas visitas técnicas às empresas de acolhimento, estabeleceram-se as directrizes relativas aos protocolos de estágio, além da complexa logística que envolve estes processos (transportes, alojamento, alimentação, seguros, equipamentos, fardamento, preparação linguística e cultural).

do 25 Abril de 1974 que pôs fim ao Estado Novo e desencadeou o processo de democratização do país mas também estimular o debate democrático, assim como educar para a cidadania.

5/05

10/05

10h15 Hastear de bandeira eTwinning e palestra com o Eurodeputado José Manuel Fernandes na EB de Ribeira do Neiva (10:15)

14h30 Palestra com Mário Ferreira do Centro de Informação Europe Direct de Barcelos EB de Ribeira do Neiva

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EDUCAÇÃO

Centro Escolar de Vila Verde com cinco quadros interactivos

• Vereadora da Educação prometeu a colocação de mais dois até ao final do ano

O Centro Escolar de Vila Verde está apetrechado

com cinco novos quadros interactivos, num esfoço

conjunto da Associação de Pais, Junta de Freguesia de

Vila Verde e Barbudo e Câmara Municipal. Segundo o Coordenador, Joaquim Cerqueira, a ideia inicial é da Associação de Pais que «através de uma candidatura queria equipar o Centro Escolar com quadros interactivos. A Junta de Freguesia e a Câmara Municipal quiseram-se associar-se e assim, foi possível, adquirir cinco quadros». O prémio do Concurso de Acessórios do Namorar Portugal foi, também, canalizado para este fim e os próprios alunos venderam rifas com o mesmo objectivo. A Vereadora da Educação, presente da cerimónia, aproveitou para anunciar que «o Muni-

cípio até ao final do ano irá colocar mais dois quadros interactivos neste Centro Escolar para que tenham a melhor escola do Mundo e sejam os alunos mais felizes do Mundo».

Joaquim Cerqueira aproveitou, ainda, para agradecer à Câmara as obras que estão a ser realizadas ao nível de electricidade, pichelaria, aquecimento e segurança.

O Director do Agrupamento de Escolas de Vila Verde lembrou «alguns desejos» do Centro Escolar, entre eles «melhores tecnologias». Por isso, Alberto Rodrigues saudou a iniciativa conjunta e recordou «outras conquistas do Centro Escolar neste ano

lectivo: melhores acessos, uma nova cobertura, iluminação led e um parque para o pré-escolar, cujas obras começam em breve». Para o futuro, Alberto Rodrigues, pediu melhorias ao nível do arrefecimento das salas e melhores máquinas informáticas. A Presidente da Associação de Pais, Ana Almeida, deixou «um especial agradecimento a todos que fizeram o trabalho mais importante: vender rifas».

Pedro Antunes Pereira ovilaverdense@gmail.com

Centro Escolar Monsenhor Elísio Araújo com mais um quadro interactivo O Centro Escolar Monsenhor Elísio Araújo dispõe de mais um quadro interactivo, a juntar aos quatro que já existem nas salas de aula deste estabelecimento de ensino. Este novo equipamento ficará colocado na biblioteca escolar a fim de tornar as actividades de promoção à leitura e à escrita ainda mais atractivas e enriquecedoras para os alunos.

A aquisição deste quadro interactivo é resultante da verba angariada na venda da história “O menino que dava abraços de chocolate”, recentemente lançada por uma turma desta escola.

A professora Cecília Araú-

jo, responsável por este projecto, agradeceu «a todos os parceiros que se associaram à concretização e divulgação desta obra literária, nomeadamente às Juntas de Freguesia da área de influência do CE MEA, ao Município de Vila Verde, ao Agrupamento de Escolas de Vila Verde e aos encarregados de educação».

A Vereadora da Câmara Municipal, Júlia Fernandes, aproveitou para mais uma vez «elogiar o trabalho dos pequenos/grandes escritores» e lançou o desafio a toda a escola «para a criação de mais projectos motivadores de aprendizagem como este.

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EDUCAÇÃO

OPINIÃO

Eleições são eleições, e são democráticas!

EPATV pôs meio milhar a caminhar pelo Ambiente • Caminhada ambiental para assinalar o Dia Mundial da Terra

Hugo Gonçalves Celebrou-se mais um aniversário do 25 de Abril, momento ímpar da história de Portugal, que constituiu uma realização da vontade do povo português, uma afirmação de liberdade, de emancipação social e de independência nacional, a conquista da liberdade e da democracia.

O 25 de Abril, entre outras conquistas, deu aos portugueses a possibilidade de participarem e intervirem na resolução dos problemas locais, e a capacidade de eleger e ser eleitos para os órgãos das autarquias locais. Sem dúvida que o Poder Local Democrático foi uma enorme conquista, também pelo que representa como espaço de afirmação e realização de direitos e aspirações populares.

A propósito desta efeméride, em tudo o que representa, e da proximidade de mais umas eleições autárquicas, recordei o incompreensível acontecimento em vésperas das eleições legislativas de 2015. Sensivelmente uma semana antes dessas eleições, o Sr. Presidente da Câmara Municipal, apressadamente e com objectivos que apenas se compreendem como eleitoralistas, convidou todos os Vilaverdenses para a inauguração da Avenida Torre de Alvim (uma das avenidas da nova Variante Urbana de Vila Verde).

Até aqui, aparentemente nada de anormal. Podia-se questionar a oportunidade do evento, mas nada que não estejamos habituados. Podia-se questionar a razão do nome atribuído à avenida, mas que prontamente foi esclarecido, justificado por razões históricas facilmente compreensíveis, pois já havia sido atribuído o nome a uma avenida próxima como “Avenida Mesquita Gavião” e faltava ainda “homenagear” também a casa dessa figura pública, a Torre de Alvim e que por sinal ali “existia”.

O que não se compreende é como, após uma decisão aprovada unanimemente pela Assembleia de Freguesia de Vila Verde de atribuição do nome dessa avenida a Álvaro Cunhal, seja atribuído outro nome.

O 25 de Abril trouxe a Democracia. Democracia também deveria ser o respeito pelos eleitos e pelas decisões dos outros órgãos autárquicos.

Esta questão foi levantada nessa altura numa Assembleia Municipal, tendo o Sr. Presidente da Câmara afirmado que teríamos a oportunidade de reconhecer Álvaro Cunhal, figura incontornável da nossa história democrática, atribuindo o nome a uma rua de Vila Verde.

Mas, entretanto, já passou um ano e sete meses e, como disse, brevemente teremos eleições autárquicas. Por isso, sugiro ao Sr. Presidente que desenvolva todos os esforços nestes cinco meses que restam até às próximas eleições autárquicas, e “faça a vontade” aos eleitos da Assembleia de Freguesia que na altura, no pleno gozo das suas competências tomaram essa decisão. É que eleições são eleições, e são democráticas, não vá o Sr. perdê-las e assim não cumprir o que prometeu.

A Escola Profissional Amar Terra Verde (EPATV)

assinalou o Dia Mundial da Terra, que se comemora a

23 de Abril, com uma caminhada e a plantação de

árvores autóctones. A caminhada juntou mais de 500 elementos, sendo que cerca de uma centena de alunos cumpriu o trajecto, entre a escola e a Praia Fluvial do Faial, na Vila de Prado, de bicicleta. A iniciativa incluiu ainda uma paragem na Escola do Penedo, na Lage.

Nos locais de início, de pausa e de fim foram plantadas espécies autóctones, como sobreiros e carvalhos, ornamentadas com os valores da União Europeia, uma vez que a EPATV é uma das escolas embaixadoras do Parlamento Europeu.

EPATV realizou Campanha de Páscoa e entregou 30 cabazes a famílias carenciadas O Grupo de Voluntariado da Escola Profissional Amar Terra Verde (EPATV) conseguiu elaborar um total de 30 cabazes, que foram distribuídos no dia 10 de Abril, por famílias de Vila Verde, Amares e Braga.

Durante o mês de Março e até dia 3 de Abril, este grupo realizou uma Campanha de Páscoa, com cariz solidário, onde alcançou um valor monetário próximo dos 400 euros, através de várias actividades elaboradas pelos jovens voluntários, como a venda da Bolacha Solidária, confeccionada pelo cur-

so de Técnico de Padeiro/ Pasteleiro, da EPATV, para além de angariações de verbas monetárias e bens alimentares junto da comunidade escolar e local.

«As carências não se limitam à época natalícia. Pelo contrário, são um problema que se alonga pelo ano inteiro, pelo que os jovens voluntários do Grupo de Voluntariado da EPATV, cientes dessa problemática, num esforço permanente em minimizar as necessidades de quem mais precisa, promovem, ao longo do ano lectivo, campanhas de

angariação de bens alimentares e verbas monetárias com o intuito de elaborar cabazes a distribuir pelas famílias apoiadas pelo grupo,

com especial atenção pelas situações mais urgentes», referiu a EPATV.

EPATV ostenta «com orgulho» o 1º Selo de Conformidade EQAVET a nível nacional No passado dia 19 de Abril, a ANQEP atribuiu à EPATV o “Selo de Conformidade EQAVET”, a primeira atribuição a nível nacional. Este selo é uma certificação de qualidade concebida para reconhecer a Garantia da Qualidade na Educação e na Formação Profissional, em alinhamento com o quadro EQAVET. «A EPATV considerou desde sempre que um sistema de garantia de qualidade é fundamental para resolver várias dificuldades que os sistemas de ensino e formação atravessam, consubstanciando-se como um

mecanismo de apoio ao ensino e formação. Por este facto assumiu o compromisso pioneiro de se submeter a esta primeira certificação, juntamente com outras setes escolas», referiu a EPATV. Durante o processo de avaliação, foi salientado que a EPATV elege como orientação estratégica a formação de recursos humanos qualificados que respondam às necessidades da comunidade e da região em que se insere, considerando o desenvolvimento integrado do país e a sua inserção no espaço europeu.

«A EPATV surge, assim,

próxima da abordagem centrada no mundo do trabalho. É nesta perspectiva que se situam os dez indicadores de qualidade definidos pelo quadro EQAVET. Nesta escola, pretende-se que a educação e formação profissional corresponda a uma

preparação específica para determinada tarefa e, simultaneamente, a uma preparação alargada que permita aos formandos adaptar-se a outras tarefas e progredir na sua aprendizagem», continuou a escola.

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21 EDUCAÇÃO

OPINIÃO

Alunos da Secundária informaram-se sobre o seu futuro profissional com o “Open space: orienta-te!”

A Escola Secundária de Vila Verde proporcionou uma iniciativa intitulada “Open space: orienta-te!”, com o objectivo de ajudar

os alunos finalistas na decisão do seu futuro profissional. Na parte da manhã, a escola acolheu 12 instituições de ensino superior

para que os alunos finalistas tivessem a oportunidade de recolher o máximo de informação para a tomada de decisão vocacional que se

avizinha. A parte da tarde foi dedicada a testemunhos «mais pessoais», onde vários profissionais de diversas áreas partilharam com os alunos as suas experiências profissionais.

«O objectivo foi proporcionar aos alunos do 9º ano e do 12º ano a oportunidade de contactarem directamente com profissionais de diferentes áreas e percursos para recolher informação alargada para a tomada de decisão vocacional. Nesse sentido, os convidados num espaço individualizado deram a conhecer os principais instrumentos de trabalho que utilizam na sua prática laboral e partilharam a sua experiência profissional com os jovens finalistas», referiu Susana Gomes, psicóloga do Serviço de Psicologia e Orientação da ESVV. Lizi Costa ovilaverdense@gmail.com

Alunos do Centro Escolar decoraram e plantaram árvores na Leiroinha • Iniciativa realizada para assinalar o Dia Mundial da Terra

Os alunos do 3º e 4º anos do Centro Escolar de Cervães participaram numa actividade ao ar livre, no parque de merendas da Leiroinha, que consistiu na decoração dos recipientes de lixo e na plantação de árvores. Esta foi uma das várias iniciativas organizadas tendo em conta a comemoração do Dia Mundial da Terra, que se assinala a 23 de Abril, além da participação do Centro Escolar de Cervães no programa Eco-Escolas.

A actividade de embelezamento do parque de merendas, situado na Leiroinha, foi realizada depois um desafio lançado pela Junta de Freguesia, que cedeu o transporte e os materiais para que os alunos pudessem pintar. Em simultâneo, os alunos do pré-escolar, do 1º e do 2º ano participaram em várias actividades no recinto escolar, que culmi-

naram com a limpeza conjunta do recreio do Centro Escolar.

«Esperamos que estas iniciativas sirvam de exemplo,

porque o mais importante é colocar as crianças em situações concretas que lhes permitam adoptar comportamentos de respeito pe-

Ricardo Costa ovilaverdense@gmail.com

rante o planeta», explicou a coordenadora do Centro Escolar, Júlia Barbosa.

Demagogia & populismo Alfredo Pedrosa Os vocábulos demagogia e populismo pululam, nos nossos dias, crescentemente, sobretudo na retórica políticos e de jornalistas, um pouco por toda a Europa.

Com efeito, enquanto os representantes dos partidos tradicionais, com raízes mais profundas nos sistemas democráticos europeus, habituados a alternar o poder e a liderar os desígnios políticos do velho continente, se deixam cair nas teias de inoperâncias e de escândalos que se sucedem em catadupa e soçobram, caindo de maduros, emergem novas tendência pseudoideológicas e, principalmente, distintos discursos políticos - não raramente inflamados - focados no único propósito de arrebanhar as massas e de as conduzir a votações que satisfaçam ânsias de poder e desideratos de quem, manifestamente, não se revela minimamente preparado para liderar o que quer que seja e muito menos para conduzir o destino de uma Nação.

No Grande Dicionário da Língua Portuguesa, da Sociedade de Língua Portuguesa, pode ler-se que a demagogia diz respeito à “dominação das fações populares no poder” e se prende com a “submissão excessiva da atuação política ao agrado das massas populares”, com o “abuso da democracia” e com “intrigas” e “processos condenáveis para captar o favor popular”. Em poucas palavras fica, aqui, dito o que, na sua essência, encerram as posturas demagógicas e os discursos populistas de uns quantos messias que anunciam a boa nova: um futuro risonho para todos e, porque não, o Céu na Terra, sobretudo para os mais desfavorecidos, para os cidadãos numa situação de maior vulnerabilidade, procurando, assim, capciosamente, captar o voto de protesto dos mais descontentes, daqueles que deixaram de se rever no status quo político instalado.

Foi assim que, embora salvaguardadas as devidas diferenças, no passado, nesta mesma Europa, determinados políticos extremistas, alguns dos quais munidos de um excecional dom da palavra e possuidores de um inegável magnetismo pessoal, lograram instalar-se no poder, colocando os respetivos países nos antípodas dos valores democráticos, atentando contra direitos e liberdades fundamentais e inalienáveis de todos os seres humanos.

Quando candidatos à chefia de Estados e atores e líderes políticos não se coíbem, hoje, de apregoar princípios xenófobos e quejandos, na mira de agradar às massas, não podemos, no mínimo, deixar de questionar o rumo que a política está a seguir. A política que, por natureza, conforme preconizou o grande filósofo da Antiguidade Aristóteles, devia estar unida à moral, na medida em que o fim último do Estado devia ser a virtude, ou seja, a formação moral dos cidadãos, tendo, assim, como missão exclusiva promover o bem comum, (alicerçado em valores fundantes como a liberdade, a igualdade e a justiça social) envereda, em alguns casos, preocupantemente, por caminhos ímpios. Com esta escalada populista que se agiganta e ameaça transformar-se num tsunami político, a democracia degenera em demagogia, pervertendo-se a sua verdadeira essência e os seus nobres desígnios. O antídoto para esta vaga reside em eleitores mais informados e esclarecidos.

Os eleitores não podem também deixar de recusar os tiques demagógicos que surgem numa esfera política mais próxima dos cidadãos. A este nível, o poder tem que ser se exercido com transparência, numa lógica de célere e efetiva resolução dos problemas das pessoas.

O populismo de paladinos da verdade que surgem do nada, nos períodos eleitorais, com passes de magia que tudo resolvem, é, pois, igualmente, inquietante.

Quinta-feira 04 MAIO 2017

22 FREGUESIA DE CERVÃES

«Criar parque de lazer no centro é um dos nossos anseios» • Autarca cervanense Hélder Forte assegura que 80% do manifesto eleitoral foi cumprido em obras, no largo de Nossa Senhora de Lurdes, que representará um investimento de cerca de 15 mil euros.

Temos ainda a candidatura à reflorestação do Alto da Leiroinha e queremos fazer o parque de lazer no centro da Freguesia, atrás do gimnodesportivo e do Centro Escolar.

A criação de um parque de lazer junto ao gimnodesportivo e ao Centro Escolar é um dos principais projectos do executivo de Cervães, liderado por Hélder Forte, que deverá ser iniciado em breve. Na recta final do mandato, o autarca cervanense espera ainda concretizar a criação de um parque infantil no largo da Senhora de Lurdes. A reflorestação do Alto da Leiroinha

é outro dos objectivos, mas está dependente da aprovação de uma candidatura a fundos comunitários.

O actual mandato está prestes a terminar. Que balanço faz?

Penso que foi um mandato positivo. Até à data, conseguimos cumprir 80% do nosso manifesto eleitoral.

Ainda há muitas coisas para fazer, porque uma Fregue-

sia tem sempre por onde crescer, por onde evoluir.

O que espera ainda concretizar?

Contamos fazer algumas pavimentações e dois alargamentos em duas ruas, uma no interior da Freguesia e outra limítrofe com a Freguesia da Ucha, que é a rua Soutelinho-Torre.

Queremos também criar o parque infantil, que já está

Em que pé está a criação desse parque de lazer?

Já temos um esquiço de como as coisas vão ficar e talvez em Maio ou, no máximo, em Junho já vamos começar a desbravar o terreno e a idealizar os caminhos pedonais. É uma obra que quase de certeza vai transitar para o próximo mandato, porque será feita por fases. Penso que em Agosto as pessoas já poderão andar lá.

A ideia é fazer o quê em concreto?

Um parque à semelhança do de Barcelos, que tem caminhos pedonais, alguns trajectos para que as pessoas possam caminhar. Não é muito grande, são dois hectares, mas já dá para ter uma

zona verde com um impacto significativo na Freguesia, até porque fica no centro.

Já tivemos o cuidado de colocar uma extensão com a nossa água para que no futuro possamos fazer um lago.

Qual é o investimento?

Ainda não temos definido, porque, como disse, vai ser feito em várias etapas. A primeira será desbravar o terreno, algo que começaremos a breve prazo. Vamos tentar fazer o máximo possível às nossas custas, com trabalhos locais e funcionários da Junta. O Município também já prometeu que nos vai ajudar. É um dos principais projectos? É um dos anseios, que cresceu neste mandato, juntamente com os meus colegas.

Temos que começar agora a dar-lhe forma.

E na Leiroinha?

No Alto da Leiroinha, concorreremos mais ou menos há um ano a uma candidatura ao PDR 2020 para reflorestar toda aquela área, de cerca de quatro hectares, com a plantação de

carvalhos e medronheiros, junto ao depósito de água.

Esperamos pela aprovação dessa candidatura, porque de outra forma não será possível avançar. Aproveitámos a oportunidade que a candidatura criou. A ideia é reflorestar toda aquela zona, fazendo uma plantação organizada, até para ajudar a prevenir os incêndios.

Há obras pensadas para a envolvente do Santuário do Bom Despacho?

Queremos fazer a pavimentação de uma estrada nas traseiras do santuário, que está ainda em terra batida, assim como o parque de estacionamento que dá para o santuário e para a Quinta de Rosalina. Gostaríamos de fazer esse trabalho ainda antes da peregrinação à Nossa Senhora do Bom Despacho, que este ano vem de Prado para cá. Fizemos o alargamento à volta, porque a estrada é relativamente estreita, mas essa vai ser uma zona atravessada pelo saneamento, pelo que vamos esperar.

Ricardo Costa ovilaverdense@gmail.com

Projecto de alargamento da extensão de saúde «bem encaminhado» • Extensão viveu «um mau bocado» no ano passado devido à falta de profissionais minimamente resolvidos e que a perspectiva é de crescer e melhorar os serviços. Houve uma fase em que não tínhamos nem médico nem enfermeiro.

Apesar de todos os esforços das entidades envolvidas, havia uma limitação. Entretanto, passámos a ter médico e enfermeiro uma vez por semana. Actualmente, temos esses dois serviços, quer medicina, quer enfermagem, duas vezes por semana. O Presidente da Câmara também já disse que iria apostar nesta extensão de saúde, nomeadamente cabimentar verba para obras.

Ultrapassado o «mau bocado» vivido no ano passado, a extensão de saúde de Cervães tem médico e enfermeiro duas vezes por semana, havendo um pré-projecto de alarga-

mento e requalificação das instalações que, segundo Hélder Forte, está «encaminhado».

No ano passado, houve alguns problemas na ex-

tensão de saúde. Estão resolvidos?

No ano passado, passámos um mau bocado relativamente à extensão de saúde. Entretanto, penso que os problemas ficaram

São muito necessárias? O edifício tem muitas deficiências?

Tem algumas, mas não é que não sirva… Simplesmente, os tempos mudaram, evoluíram e hoje em

dia é necessário ter outras infra-estruturas. Isso não quer dizer que não tenha as mínimas condições. Já há um pré-projecto de alargamento, temos a colaboração das outras entidades que estão relacionadas com o salão paroquial. Penso que está tudo encaminhado, mas demora sempre algum tempo, embora nós gostássemos que fosse muito mais rápido.

O pavilhão gimnodesportivo está a ser bem aproveitado? Tem tido uso?

Fez há pouco um ano que o estamos a utilizar. Nesta fase, está ocupado todos os dias à noite. Das 17h00 às 20h00 temos a escola e as associações, a partir das 20h00 há sempre alugueres até à meia-noite. Temos ainda a patinagem ao sábado de manhã e em dois

dias da semana. Para as associações e instituições da Freguesia, o uso do pavilhão é gratuito. No caso de alugueres, o custo ronda os 25€ por hora.

Está a funcionar a 100%?

Sim. Há algumas coisas que vão surgindo, mas têm que ver com a manutenção, como um lâmpada que fundiu ou uma torneia que encravou… Isso é normal, é do uso.

O Centro Escolar foi uma mais-valia?

Sim, temos à volta de 150 crianças e estávamos a precisar de obras. Penso que a carta educativa do Município já referia esta intervenção há muito tempo e felizmente, neste mandato, conseguiu-se concretizar a obra.

R.C.

Quinta-feira 04 MAIO 2017

23 FREGUESIA DE CERVÃES

«Vamos ficar com uma taxa de cobertura de saneamento a rondar os 80%»

Ricardo Costa • Vai chegar primeiro a um lugar que faz fronteira com Barcelosovilaverdense@gmail.com

mensionadas para um estilo de vida que não é aquele que existe actualmente, além de haver escorrimentos para linhas de água.

O anunciado investimento da Câmara Municipal de Vila Verde em saneamento em Cervães, que está actualmente em fase de concurso, vai permitir deixar a Freguesia «com uma taxa de cobertura a rondar os 80%», de acordo com Hélder Forte. Antes disso, porém, a zona dos antigos lugares de Bouça e Penedo, junto a Oliveira, será a primeira a ter

saneamento, beneficiando de uma obra executada pelo Município de Barcelos.

Como está o processo do saneamento?

Está em fase de concurso.

Após a adjudicação, acredito que o início das obras seja rápido. Vem resolver muitos problemas. Neste momento, temos pessoas com fossas colectivas que foram di-

Qual é actualmente a cobertura?

Neste momento, zero.

No entanto, há uma zona da Freguesia que tem uma pendente altimétrica para o lado do Concelho de Barcelos, a zona dos antigos lugares de Bouça e Penedo, junto a Oliveira, em que já começámos a negociar com o Município de Barcelos.

Essa será a primeira rua a ter saneamento, porque já foi aberta e já tem caixas.

Com a obra do Município de Vila Verde vamos ficar com uma taxa de cobertura a rondar os 80%. É um salto significativo, que de todo nos alegra.

A obra da Câmara de Vila Verde que zonas vai cobrir?

Leiroinha, Bom Despacho,

Visage, Fontoura, Cruz, São Bento, Ermida e Cruto.

Em termos de abastecimento de água, há problemas?

Não digo que tenhamos cobertura total, porque a Freguesia está sempre a crescer, há sempre novas casas, há sempre novas extensões de ramal. Há alguns ramais que reconheço que, se calhar, já poderiam estar prontos, mas estamos a falar de coisas pequenas, nem 10% do global. Algumas casas que já existem há muitos anos precisavam de uma vista de olhos. Para lá chegar, o investimento é alto, mas a realidade é que elas existem.

Quais são as outras principais necessidades da Freguesia neste momento?

Atendendo ao “timing” em que estamos, vou-me resguardar relativamente a isso.

Tabu sobre a recandidatura

• Vinca apoio à candidatura de António Vilela à Câmara A poucos meses de terminar o primeiro mandato como Presidente da Junta de Cervães, Hélder Forte não revela se vai apresentar-se novamente a eleições nem se, a fazê-lo, voltará a concorrer pelo partido pelo qual foi eleito, o PSD. O autarca deixa a decisão para o próximo mês, depois de reunir com a equipa que o acompanha no executivo.

Certo é já o apoio «pessoal» ao actual Presidente da Câmara, António Vilela, na corrida à Câmara Municipal de Vila Verde.

Estamos a meses de eleições autárquicas. Já decidiu se vai ser recandidato?

Dentro de mais ou menos um mês, estarei em condições de responder a essa questão.

A recandidatar-se, será pelo PSD? Vamos ver… Fui eleito pelo PSD, não tenho qualquer tipo de mágoa nem nada que se pareça. Há uma coisa que eu posso adiantar, sem

qualquer problema: a nível pessoal, o Dr. António Vilela tem todo o meu apoio. O Dr. António Vilela tem todo o meu apoio.

E o PSD não?

Ele vai pelo PSD. Mas esperava mais do PSD no que toca a Cervães?

Penso que houve um trabalho grande do PSD aqui na Freguesia. Temos o maior núcleo da JSD do Concelho.

Actualmente, existem vários núcleos, pelo que só tenho que dar o mérito aos vários Presidentes da JSD e, neste momento, ao Carlos Tiago, que se empenhou nessa matéria. Não tenho nada contra o partido. Acho que são as pessoas que fazem os partidos políticos e não os partidos políticos que fazem as pessoas.

O que o está a fazer ficar indefinido? O que está em causa?

Sei que neste momento já se falam em candidatos, mas antes de assumir o que quer

que seja tenho que ouvir os meus, aqueles que me têm acompanhado. Só depois é que poderei comunicar o que quer que seja.

Ainda não reuniu com a equipa para tomar uma decisão?

Não. Sei que está a chegar a altura, mas dentro de um mês anunciarei o que decidirmos. Sem o Miguel Vieira e o Jorge Barbosa, que são o Secretário e o Tesoureiro, não conseguiria fazer nada.

São os meus dois braços-direitos. Não podemos pensar que uma Junta é só composta pelo Presidente. Há toda uma equipa atrás dele.

Cervães tem uma comunidade dinâmica, tem associações dinâmicas?

Sinto orgulho em todos eles, porque dignificam da melhor forma a nossa Freguesia. Fazem um grande esforço, não ganham dinheiro com isto, mas empenham-se, abdicam das suas vidas e trabalham em prol da Freguesia. Só tenho que agradecer por tudo o que fazem, que nos ajudam a ser uma comunidade melhor.

Quando é preciso estar unidos e trabalhar, as pessoas de Cervães sabem-no fazer.

São pessoas que gostam da Freguesia.

R.C.

OPINIÃO A INQUIETAÇÃO DA DIREITA EM VILA VERDE André Carvalho Presidente da JS de Vila Verde

Em Vila Verde existe uma clara necessidade de nos vangloriarmos sem motivo aparente.

Fazendo um raciocínio lógico de duas ou três ideias, é possível constatar que existe falta de rigor, de seriedade e desrespeito pelos Vilaverdenses. No início do mês de Abril, em reunião de Câmara, é aprovada a atribuição de bolsas de estudo aos alunos do ensino superior, embora haja residentes em Vila Verde que, efetivamente, se encontram fora da sua residência a estudar. É óbvio que Vila Verde se encontra na linha da frente na preocupação dos seus jovens, bem como na oferta de ensino superior no concelho. Perante a referida ironia, resta a existência de um claro apoio aos jovens estudantes do ensino superior, onde exista transparência na atribuição de bolsas e não um entrave resultante da ocupação ou não de cargos de voluntariado.

Pois, embora seja uma necessidade, existem famílias que não o conseguem fazer e não devem ser prejudicadas. Solução: o montante de bolsas atribuído ser calculado através de uma percentagem em função do montante da Bolsa Anual atribuída pela Direcção-Geral do Ensino Superior. Assim teríamos solução para um dos problemas. Já o ensino superior, onde fica?

Também se falou em Prestação de Contas da Câmara Municipal. A Gestão Camararia é séria, pois existem dinheiros a ser mal gastos, adiamento de dívidas e perda de oportunidades pela clara má gestão do Município. Para a esquerda é evidente, mais grave é o facto de a dívida continuar a aumentar e o seu valor por habitante corresponder a 398,58 euros, o que a coloca na segunda pior situação económica e financeira da região do Cávado. Será que a maioria dos Vilaverdenses têm noção da dívida do Município? Hoje é a altura certa de fazer contas e constatar que é necessário um novo caminho para Vila Verde, só assim nos é possível comparar a Municípios desenvolvidos. Existe escassez de zonas verdes e percursos pedonais, o que acontece na vizinha Vila de Ponte de Lima. Os jovens, naturalmente, gostam de sair à noite e existe uma clara falta de locais abertos até mais tarde, o que acontece por exemplo com o concelho de Amares. São dois pequenos exemplos de recursos que são necessários para Vila Verde. Porque não nos colocarmos como os concelhos vizinhos, pelo menos? Falando pela positiva, um slogan tão usado nos tempos atuais!

Existe uma clara alternativa para Vila Verde.

Conheçam a alternativa para o Concelho, o projeto do Partido Socialista e da Juventude Socialista.

Não à abstenção e sim ao conhecimento!

Quinta-feira 04 MAIO 2017

24 FREGUESIA DE MOURE

Cervães Activo com mais de uma centena de atletas • Futebol, dança, ginástica, patinagem e hóquei no cardápio da Associação

A Associação Cervães Activo foi fundada há sete anos com o intuito de proporcionar às crianças da terra, e também das Freguesias vizinhas, actividade desportiva. No início, o teatro também entrou na ementa da associação, mas actualmente o seu foco está exclusivamente no desporto. Tem três equipas de futebol, que competem nos torneios da Associação de Escolas Portuguesas de Futebol (APEF), duas turmas de dança e ginástica, patinagem artística e hóquei

O hóquei em patins está a dar as primeiras sticadas na Associação Cervães Activo.

Com a orientação dos treinadores Rui Sérgio e José Coutinho, um grupo de 14 atletas está a aprender os primeiros passos na modalidade. O objectivo passa por formar uma equipa de mini-hóquei para competir nos campeonatos da Associação de Patinagem do Minho. «Convidava todos os pais a trazer os filhos aos sábados de manhã ao pavilhão, porque isto é um desporto que movimenta todos os músculos», referiu José Coutinho.

«Estamos a iniciar pela base e não pode ser de outra forma. Daqui a dois anos, pensamos ter uma equipa de hóquei. Mas o mais importante é formar homens para a vida. Trabalhei muito anos no HC Braga e nas equipas onde estive alguns jogadores chegaram aos seniores, mas o que mais me orgulha é que todos se formaram», acrescentou o ad-

Primeiras sticadas em Cervães

Associação vai ter equipa de mini-hóquei Mateus é um apaixonado pelo hóquei em patins e diz que tudo começou quando estava sentando no sofá a assistir a um jogo da Selecção Nacional de Hóquei em Patins.

«Tudo começou quando estava sentado no sofá a ver um jogo da nossa Selecção.

Gostei muito e comecei a procurar saber mais coisas sobre o hóquei em patinas.

Como em Prado não há esta modalidade vim para aqui. Tenho aprendido muitas coisas com os treinadores e espero ser jogador», disse.

Mateus

«Tudo começou no sofá»

em patins. Na totalidade são mais de uma centena os atletas que dão vida ao novo gimnodesportivo que foi construído no centro da Freguesia de Cervães.

«A ideia surgiu para colmatar uma lacuna que a Freguesia tinha, já que tínhamos muitas crianças e pouca oferta desportiva. Por isso, um grupo de amigos, mais dois professores, decidiu avançar para a formação da Associação. Depois, ao longo dos anos fomos aproveitando as oportunidades que foram surgindo. Com

David

«Quero ser jogador de hóquei»

a construção do pavilhão passamos a desenvolver mais as actividades desportivas de pavilhão», referiu o Presidente da Associação Cervães Activo, António Almeida, que está na presidência desde a fundação.

«Temos muitas crianças de Cervães e das Freguesias vizinhas. Estamos contentes com o apoio do Município, da Junta e também do comércio local, que sempre nos tem ajudado dentro das suas possibilidades», frisou.

António Valdemar ovilaverdense@gmail.com

junto de Rui Sérgio «Temos margem para crescer» José Araújo foi um dos grandes mentores e impulsionadores do projecto da patinagem e hóquei na Associação Cervães Activo. No dia 2 de Abril, fez um ano que os primeiros ensaios começaram no pavilhão de Cervães e o projecto tem evoluído de forma «positiva».

«Este é um projecto inovador e único no Concelho e na região. Iniciamos com seis miúdos no hóquei e hoje temos 15. Na patinagem sete meninas já foram fazer provas de nível 1 e 2 e com grande sucesso. Penso que estamos a trabalhar bem, mas isso também se deve aos professores que são muito bons no trabalho que estão a desenvolver. Penso que temos margem para crescer muito mais», disse o coordenador do projecto.

António Valdemar ovilaverdense@gmail.com

David está entusiasmado.

Nos treinos não pára quieto um segundo, patinando de um lado para outro, de frente e de costas, para ganhar equilibrio nos patins. Mas quando recebe das mãos do treinador o stick e a bola o entusiasmo é ainda maior.

«Comecei a ver jogos na televisão e fiquei a gostar do hóquei em patins. Depois surgiu esta oportunidade e vim para aqui jogar. Já aprendi a andar para trás, fazer curvas e travar rápido. Quero jogador de hóquei», disse

Quinta-feira 04 MAIO 2017

25 FREGUESIA DE CERVÃES

«Gosto muito de patinar»

Inês

«Quero ser patinadora»

«Estou na patinagem há um ano e tenho evoluído muito, pois a professora ensina bem e é muito paciente.

Gosto de tudo na patinagem. Gostava muito de ser patinadora profissional».

Gabriela «Gosto muito de patinar. Já fiz o nível dois e as provas correram muito bem. Estamos a aprender devagar pois isto não é fácil. Treinamos duas vezes por semana e gosto muito de andar aqui».

«Poucas escolas têm condições como estas» • Paula Cruz, professora de patinagem artística na Associação Cervães Activo

Paula Cruz foi convidada pela Direcção da Associção “Cervães Activo” para ser a professora de patinagem artística. E desde Setembro

que tem dedicado muito do seu tempo a ensinar as alunas os primeiros passos na patinagem.

«Temos condições fantás-

ticas. Poucas escolas têm um pavilhão em madeira, que é o melhor para treinar patinagem. Estamos a dar os primeiros passos. Temos

de ir com calma, pois é uma modalidade individual que exige muito dos atletas. Não podemos queimar etapas, se não corremos o risco de ter

de começar tudo de novo.

Primeiro, temos de estabiliza bem a patinagem, aprender a deslizar e patinar. Mas o balanço é muito positivo», frisou a professora, explicando depois como funciona esta modalidade.

«A patinagem artística livre divide-se em quatro níveis de iniciação. Cada atleta tem de os ultrapassar com determinados exercícios. Depois há quatro níveis de patinagem livre que já inclui saltos, peões, entre outras coisas. É uma fase mais avançada. Aqui já tenho atletas a treinar o nível três e quatro de iniciação, o que é muito bom», disse.

«Auto-estima em baixo» Paula Cruz sublinha ainda a importância da patinagem

para o crescimento e desenvolvimento das crianças que t~em a «auto-estima muito em baixo».

«As nossas crianças têm a auto-estima e confiança em níveis muito baixos. O lema delas é “não consigo”, “não posso”, “não faço”. Comigo a palavra é: “vou tentar”. Se não conseguirem à décima, vão conseguir à vigésima.

Como é um desporto individual, só depende do esforço delas, da sua superação, trabalho e concentração.

Em termos de capacidades motoras é fantástico. É muito bom para o seu crescimento», vincou.

António Valdemar ovilaverdense@gmail.com

Agrupamento de Cervães é o segundo mais antigo e o maior do Núcleo de Vila Verde

Numa altura em que os escuteiros têm vindo a perder elementos, o Agrupamento 346 não tem sido excepção, no entanto mantém-se como o maior do Núcleo de Vila Verde, com cerca de 60 elementos.

Segundo Humberto Duar-

te, chefe do agrupamento, o segredo é procurar novos elementos e continuar o «bom trabalho» com os actuais.

«Não é por ter 100 miúdos que o agrupamento vai ser melhor do que se tivesse 10.

Cada miúdo é um miúdo e vale ouro», frisou.

Para aqueles que continuam e para os que entram, o método é «aprender fazendo», conta Carlos Pereira, chefe dos caminheiros, acrescentando que é assim que todos são activos e responsáveis. Aqui, além dos nós de escuta e das técnicas

de socorrismo, aprendem também a arrumar as suas coisas, a cozinhar e a serem «boas pessoas lá fora».

«A função do escutismo é formar homens para a sociedade e para servir o Mundo», referiu o chefe dos pioneiros, Orlando Azeve-

do.

Todas as secções preparam actividades e pensam em como angariar dinheiro para realizá-las. Vender bolos, porta-chaves e sacos com bolachas são algumas das ideias, mas o agrupamento também contribui, disponibilizando verbas para cada secção.

cipalmente, no Verão, quando decorrem as festas populares.

«A fanfarra acaba também por ser uma fonte de rendimento para o agrupamento, ajuda a manter e a dar condições para que as secções realizem actividades», adiantou Humberto Duarte.

«Já fomos uma das maiores fanfarras das redondezas» Este agrupamento, fundado em 1971, conta ainda com uma fanfarra constituída por 35 escuteiros. «Já fomos uma das melhores fanfarras das redondezas.

Agora ainda temos muitos elementos novos que estão a aprender», referiu Orlando Azevedo, que ainda em caminheiro, passou a assumir a responsabilidade da fanfarra.

Os ensaios decorrem ao sábado, a seguir às reuniões.

As actuações surgem, prin-

Coro é a vertente mais recente do agrupamento O coro dos escuteiros de Cervães conta com 13/14 anos de existência, sendo a vertente mais recente do agrupamento.

O grupo é constituído por 13 elementos, que cantam todas as missas de piedade em Cervães, assim como em comunhões, baptizados, casamentos e bodas de prata/ouro.

Lizi Costa ovilaverdense@gmail.com

Quinta-feira 04 MAIO 2017

26 FREGUESIA DE CERVÃES Pedro Antunes Pereira ovilaverdense@gmail. com

Beneméritos brasileiros contemporâneos em Portugal e no Brasil. Um homem de Parada de Gatim – O Conselheiro Leonardo Caetano de Araújo (1818-1904).

António de Sousa Araújo 4. Uma das valências assumidas pela Caixa de Socorros de D. Pedro V, do Rio de Janeiro, incidia sobre a protecção e custeamento dos estudos a crianças órfãs necessitadas, designadamente filhas de sócios da Instituição. Por exemplo no ano de1874, prestou amparo a 59 educandos de ambos os sexos. Neste ano, o nome que vem mencionado em primeiro lugar é o de uma Ana Luísa, filha de Domingos José da Silva Braga e de Maria Joaquina da Silva, ambos falecidos (Cf. Relatório e Contas do ano de 1874, p. 24).

Ao encontrarmos este nome em documentos fiáveis, mais clara se nos tornou a ideia de que se trataria dum familiar e membro da Caixa, agraciado com diploma de benemérito, pelos serviços nela prestados.

O seu nome já anteriormente o apresentámos. Mas deixemos para próxima oportunidade outras considerações.

Tudo nos parece indicar que o falecido Domingos José da Silva Braga, cuja filha foi protegida nos estudos, em 1874, pela dupla orfandade, deve ser parente (irmão?) de um dos homens que viria a usufruir de plena protecção, confiança e basta herança do Conselheiro e Comendador Leonardo Caetano de Araújo. Trata-se do já referido anteriormente Francisco Carlos da Silva Braga.

As pesquisas e o estudo de documentos a que tivemos acesso, confirmam-nos que ele é, como suspeitávamos, um homem do Minho. E precisam que ele era do concelho de Braga. E mais concretamente ainda, da freguesia de Adaúfe.

Este senhor Francisco Carlos emigrou para o Rio de Janeiro, no estado de solteiro, com 36 anos, e com passaporte datado de Braga aos 29 de Setembro de 1869. Não pesquisámos os Registos de Nascimento de 1833 para apurar a sua filiação e local exacto de nascimento.

Desconhecemos a data do seu casamento com D. Claudina Rosa de Jesus Braga, mas sabemos, por notícias do notável processo de defesa de D. Josefa Maria da Conceição (denominado histórica e academicamente a Questão Josefa), que o casal teve um largo punhado de filhos. Anotámos os nomes dos seus doze filhos, a saber: Francisco Carlos da Silva Braga Júnior, José, Alice Braga Pereira, Maria Luísa, Cecília Braga Pereira, António, Amélia, Luísa, Álvaro, Noémia, João Damasceno, Clotilde.

Assim damos conta de que a família do comerciante Francisco Carlos Silva Braga, que deixou esta vida, sem ver o termo da sua infeliz questão, continuaria a marcar presença, tanto no Rio como noutras partes. Além dum José Avelino da Silva Braga, Comendador em 1874 cujo parentesco não identificámos, e também registado como benemérito da Caixa D. Pedro V, devemos dizer que em 1911, o filho António, tinha 26 anos, era proprietário e residente na rua Domingos Ferreira, 102; a Clotilde, de 19 anos, casou a 2 de Março de 1915, em regime de completa separação de bens, o que comprova perfeitamente que, graças às benesses do falecido Comendador, não ia para tal acto com as mãos vazias.

Em Braga existia um Manuel Inácio da Silva Braga, que falecera a 19 de Fevereiro de 1914. Era pessoa grata na cidade e “que desde há anos vem enchendo generosa e inteligentemente o repertório do Colégio [da Regeneração]” com dramas devidos a textos da sua autoria, destinados às festas de teatro das colegiais e seus amigos e benfeitores. Isto diz Alberto Pinheiro Torres na Memória Histórica do Colégio da Regeneração, na segunda edição (aumentada), editada em 1905, p. 54. Perante isto, não nos admiraria que Manuel Inácio tivesse podido conhecer o Conselheiro Leonardo Caetano de Araújo, grande benfeitor do Colégio. Ernesto Português com o seu recente doutoramento, é quem melhor conhece a história do Colégio da Regeneração e os seus intervenientes. Fala-nos também deste Manuel Inácio, enquanto autor de peças de teatro, como Quem semeia Ventos colhe tempestades e da letra duma ópera A Morte do Lobo, representada pelas internas do Colégio em 28 de Dezembro de 1901 , com música de António Roberto Pacheco (cf . Álvaro Carneiro, A Música em Braga, sep. Theologica, 1959, p. 202).

Poder-se-á mesmo pôr a hipótese de ter havido influência deste simpático Manuel Inácio no espírito do Conselheiro Leonardo para a sua possível colaboração financeira nas obras do referido Colégio, com valores muito superiores às do Governo da Nação e do Governador Civil.

Aí se nos informa que o Colégio em Junho de 1896 mandou celebrar uma missa pelas melhoras do Conselheiro (cf. loc. cit., p. 707) e em Fevereiro de 1901 fez-lhe oferta de um quadro tecido a seda pelas recolhidas do Colégio, com a paisagem do Bom Jesus. Este quadro esteve exposto numa loja da principal rua da cidade de Braga , sendo admirado por todos.

Embora se refira que foi oferecido “a um benfeitor do Rio de Janeiro”, não temos a menor dúvida de afirmar que se trata do Conselheiro Leonardo, tanto mais que o Jornal do Commercio do Rio de Janeiro já havia dado, com data de 29 de Janeiro de 1901, a notícia de que esse quadro foi “oferecido a um respeitável cavalheiro d’esta capital que tem sempre dado provas dos seus generosos sentimentos na protecção despendida àquele Asilo, ao qual se recolhem mulheres que se querem regenerar. É um trabalho que pela sua perfeição e semelhança merece ser apreciado” (cf. loc. cit., p. 713-714).

Desconhecemos de que forma e em que momento foi entregue ao destinatário e qual o rumo que terá levado. Terá ido para a sua Chácara no nº 14, da Estrada Nova da Tijuca? Tê-lo-á oferecido para alguma Entidade cultural ligada aos portugueses, como o Gabinete Português de Leitura, que ele, certamente várias vezes frequentou, ou para a Beneficência Portuguesa do Rio, com sua Biblioteca, que administrou, ou até talvez para a Caixa de Socorros D. Pedro V, que lhe deve a existência e que ele dirigiu no seu turno e ao seu Conselho Administrativo sempre presidiu? Poderia tê-lo dedicado ao seu Jornal do Commercio ou até mesmo à Ordem Terceira do Carmo do Rio, em que exerceu o cargo de Comissário? Não sabemos, como também e embora não se trate de uma peça de arte efémera, não sabemos se ainda existirá… E a existir, desconhecemos onde.

Devemos ainda assinalar aqui que não vimos na citada obra de doutoramento de Ernesto Português qualquer referência ao óbito do Conselheiro Leonardo Caetano, ocorrido no dia 5 de Junho de 1904. Nem sequer decorrido o primeiro aniversário do seu óbito, em que nem uma memória se lhe deve. Certo é que já na edição da monografia Memória Histórica do Colégio de Regeneração. Braga, Tip. J. M. Sousa Cruz, 1904, o Dr. Alberto Pinheiro Torres refere-o como havendo falecido no ano anterior, ou seja, a 5 de Junho de 1903, uma data que nós próprios havíamos adoptado, mas que afinal é inexacta, e se tem de corrigir em face de documentação posterior. Tentaremos compreender e, se possível, a seu tempo, explicar isso melhor.

António Vilela faz visita de trabalho a Cervães O Presidente da Câmara Municipal de Vila Verde, António Vilela, juntamente com o Presidente da Junta de Freguesia de Cervães, Hélder Forte, estiveram em Cervães para analisar “in loco” as próximas empreitadas a levar a efeito na Freguesia, entre elas, as obras de instalação de infra-estruturas de saneamento.

Recentemente o Município de Vila Verde lançou a concurso a realização de obras de instalação de infra-estruturas de saneamento, na Freguesia de Cervães, num investimento cujo montante global se aproxima de um milhão de euros.

O alargamento da rede de tratamento de águas residuais a todas as Freguesias do Concelho e a mais de 70% das habitações concelhias, a aposta na regeneração

urbana e na modernização das vias de comunicação pontuam entre os sectores estratégicos para a alavancagem de Vila Verde e para a sua afirmação como um território «com todas as condições necessárias para atrair investimentos empresariais e novos residentes».

«O Município de Vila Verde está muito atento às prioridades das pessoas e neste caso específico às necessidades e legítimas

aspirações da população de Cervães, por isso, além deste forte investimento em infra-estruturas de saneamento básico e da pavimentação e da criação de passeios em diversas vias de comunicação, que proporcionarão certamente maior qualidade de vida, tudo está a ser feito para garantir as obras de requalificação do Centro de Saúde de Cervães», referiu o Presidente da Câmara.

Lizi Costa

ARCC dinamiza Cervães com actividades para a sociedade

Fundada a 10 de Julho de 1985, a Associação Recreativa e Cultural de Cervães (ARCC) conta actualmente com seis elementos que se encarregam de dinamizar a Freguesia em diversas áreas e promover actividades de convívio para a sociedade.

«Somos uma associação que tem como objectivo fomentar práticas desportivas, organizar excursões e visitas de estudo, criar e desenvolver agrupamentos artísticos, realizar secções musicais e espectáculos de teatro e cinema», referiu Hugo Oliveira, Presidente do Conselho Fiscal.

O grupo é maioritariamente constituído por jovens e já chegou a ter cerca de 10 elementos, mas, segundo o Presidente, por razões profissionais ou de emigração, deixaram de estar tao disponíveis. «No en-

tanto, sempre que possível e necessário, ainda conseguem apoiar em actividades esporádicas», acrescentou.

Segundo Hugo Oliveira, todos os anos é elaborado um plano de actividades onde são delineadas as principais iniciativas que a associação pretende realizar. O público-alvo são os jovens, no entanto realizam actividades para todas as idades, como é o caso do rastreio de saúde gratuito, que é feito anualmente.

«Nesta iniciativa contamos com o apoio de jovens enfermeiros, que efectuam desde medição de tensão arterial até ao cálculo do índice de massa corporal e dão também conselhos gerais sobre saúde e alimentação», reforçou.

As aulas de aeróbica criadas em 2012 é outra das iniciativas da ARCC, e ac-

tualmente composta por 12 participantes. «A aeróbica é a nossa actividade desportiva semanal, surgiu fruto da vontade de disponibilizar uma actividade desportiva regular para o público feminino. Sentimos que realmente fazia falta na Freguesia ter este tipo de oferta», mencionou o Presidente.

Um convívio com jogos de paintball é a próxima actividade que a associação irá realizar em Maio. Em Julho irão comemorar o seu 32º aniversário e prometem «não ficar por aqui».

«Gostaríamos de voltar a ter aulas de inglês, formar uma equipa de futebol de salão e um grupo de praticantes de bicicleta de montanha. Esperemos ver estas iniciativas realizadas num futuro breve», contou Hugo Oliveira.

Lizi Costa

Quinta-feira 04 MAIO 2017

27 FREGUESIA DE CERVÃES

«Sonhamos ter um serviço residencial para idosos e crianças em Cervães»

• Padre José Manuel Fernandes adianta que já tem o terreno e o projecto idealizados

O Centro Social e Paroquial de Cervães, criado em 1998, dispõe actualmente das valências de Serviço de Apoio ao Domicilio (SAD) para idosos, ATL, creche e

cantina para os alunos do centro escolar, mas o pároco da Freguesia, José Manuel Fernandes, já sonha com a criação de um Centro de Dia e uma Estrutura Resi-

dencial Para Idosos (ERPI), assim como um espaço residencial para crianças necessitadas.

«Neste momento estamos a programar criar outras

valências, nomeadamente um Centro de Dia e ERPI. Temos o terreno e o projecto em mente, que é fácil traspor para o papel, falta a questão monetária. Sem comparticipação será impossível realizá-lo», mencionou o padre da Freguesia. «Juntamente a este sonho há também o de criar um espaço para crianças em risco, que passa por reaproveitar uma estrutura que já existe aqui na Freguesia, que é Patronato da Obra de Frei Gil», continuou.

Uma estrutura residencial para crianças é um projecto que já existiu em Cervães, «num passado recente» e que, segundo José Manuel Fernandes, faz falta ao Concelho de Vila Verde, «uma vez que não há nenhum com esse cariz». Assim como a criação de ERPI. «Excluindo Prado e Lage, a

zona mais para Sul do Concelho não tem mais nenhum espaço para idosos e há pessoas a necessitarem», expôs.

Relativamente aos serviços de que actualmente dispõe o Centro Social e Paroquial de Cervães, o padre José Manuel garante terem «as melhores condições». «Há sete anos fizemos umas obras de remodelação total no edifício do Centro Social e Paroquial. A bem dizer, criamos um centro novo.

Remodelamos as instalações da cozinha, das arrecadações, das dispensas, da lavandaria e do salão de actividades», referiu, acrescentando que a obra teve um investimento de quase 300 mil euros.

Neste momento, a instituição tem lotação esgotada no serviço de creche e SAD, com 35 utentes em cada, mais de 60 alunos do

Lizi Costa ovilaverdense@gmail.com

ATL e cerca de 150 alunos no serviço de cantina. Os 27 funcionários da instituição e o acordo com a Segurança Social é o que assegura a existência destas valências.

«A Segurança Social é que nos garante a viabilidade da Instituição, caso contrário era impossível», aludiu o pároco.

Além de todas as valências de que dispõe, o Centro está ainda disponível para a realização de várias actividades sociais, lúdicas e políticas.

«O Centro Social e Paroquial está sempre de portas abertas para receber qualquer tipo de iniciativa e qualquer instituição e a prova disso é a quantidade de vezes que recebemos aqui iniciativas da Câmara Municipal e de várias Instituições, da nossa e de outras Freguesias», adiantou José Manuel.

«O que este rancho tem de melhor é o espírito de grupo»

• Rancho Folclórico de Cervães foi fundado em 1983 e conta com 45 elementos

Maximino Sousa, Presidente do Rancho Folclórico de Cervães desde 1984, abraçou este projecto quando o seu pai, um dos criadores do grupo e Presidente na altura, deixou de conseguir assumir as suas funções e lhe “passou o legado”. Desde então, a sua missão é unir os 45 elementos que formam o grupo e que considera sua família.

«O que este rancho tem

de melhor é o espírito de equipa e cabe-me a mim unir esta gente e proporcionar-lhes bons momentos», referiu Maximino Sousa.

«Já são muitos anos de dedicação a este grupo mas não é graças a mim que ele existe, é graças a todos. Aqui as decisões são tomadas com o consentimento de todos, ninguém decide nada sem perguntar a opinião do outro», continuou.

O Rancho Folclórico de Cervães é constituído por elementos dos seis aos 70 anos, onde a maioria é juventude, o que para o Presidente é «bom», porque ajudará a manter as tradições no futuro, mas também é «mau», porque os jovens têm várias ocupações que os levam, por vezes, a falhar com o rancho.

Outro entrave é a emigração, que tem afectado, ao

longo dos anos, este grupo folclórico. «O maior problema que nos surge é o da emigração, vários dançadores têm saído para ir trabalhar para fora e o grupo sofre com isso», expôs o Presidente. «No entanto, aqueles que vão nunca se esquecem de nós. Se há coisa que me dá alegria é quando recebo chamadas de ex-elementos.

Ligam-me a perguntar se está tudo bem com o ran-

Lizi Costa ovilaverdense@gmail.com

cho e como estão a correr as coisas, isso é a certeza que a passagem deles por este grupo os marcou».

Além da Direcção, Maximino, que era alfaiate, também é responsável pelos trajes dos elementos. Juntamente com a sua mulher, Casimira Sousa, criou os primeiros trajes do grupo e actualmente vão fazendo «pequenas modificações».

«A minha mulher é que trata de pôr toda gente bonita para ir para o palco e eu tenho o cuidado de verificar se os trajes e o calçado estão direitinhos antes das actuações».

Voltando ao passado, Maximino relembra com um sorriso a maior emoção que o rancho já lhe deu.

«Há cerca de 10 anos fomos actuar ao Luxemburgo, a convite de uma associação de emigrantes de Cervães e foi sem dúvida, o momento alto deste grupo. Nunca mais me vou esquecer da entrada em palco, bateram-nos tantas palmas e só se ouvia assobios, foi uma loucura», contou.

Rancho de Cervães promove “Vamos bailar à senhora” no dia 28 de Maio O largo do Santuário do Bom Despacho vai receber, no próximo dia 28 de Maio, a quarta edição de “Vamos bailar à Senhora” que conta com actuação do Rancho Folclórico de Cervães, o Rancho Folclórico da Casa do Povo de Prado, a Ass. Etnográfica e Cultural Rancho Folclórico Da Vila de Prado e o Rancho Folclórico de Ferreiros.

«Esta iniciativa foi uma ideia do padre José Manuel e que desde logo nos comprometemos a organizar. Consiste numa tarde dedicada ao folclore com actuação de vários grupos. Tem corrido muito bem, é um evento que junta muita gente aqui em Cervães», referiu Maximino Sousa.

Quinta-feira 04 MAIO 2017

28 PROTECÇÃO CÍVIL

Secretário de Estado alerta para «fase assustadora» de fogos florestais no distrito • Jorge Gomes afirma que «se não for a bem vai a mal» e pede «mão pesada» à GNR

O secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, alertou, em Braga, para «a fase assustadora de fogos florestais que se vive neste distrito», afirmando que como em todo o país, «este ano se não for

a bem vai a mal», referindose à actividade da GNR em termos de fiscalização, «depois da primeira fase de prevenção e de sensibilização».

Jorge Gomes revelou que no ano passado houve 14.741 fogos florestais e este

ano já tivemos 659 ocorrências, quando em 2016 nesta época tínhamos 52, o que demonstra bem o que estamos a viver neste momento, até porque já temos 2.368 hectares ardidos, contra os 49 hectares ardidos por esta

altura em 2016», uma sessão em que esteve, entre outros, Luís Morais, responsável operacional dos Bombeiros Voluntários de Vila Verde.

Segundo o governante, «o distrito de Braga teve uma média de 1.911 ignições, ao longo dos últimos dez anos, bem como uma área ardida de 8.054 hectares», dirigindo-se aos presentes, como foram o dirigente distrital do ICNF, Jorge Dias e o engenheiro Miguel Gonçalves, que até ao ano passado prestou serviço na Câmara Municipal de Vila Verde.

«Isto se não vai a bem, vai a mal, tem de ser assim, pois os maus comportamentos têm de ser reprimidos, não podemos passar ao lado, vamos fiscalizar cada vez mais, mas não só na área da prevenção, como muito bem tem feito a GNR, que é um dos pilares da protecção

civil, mas que agora terá de fazer agora o mesmo trabalho de excelência na área da transgressão», disse na presença de vários oficiais e graduados da GNR, um dos quais o comandante distrital da Guarda Nacional Republicana, coronel Paulo Soares, a par ainda do responsável pelo SEPNA em todo o distrito de Braga, major André Costa.

Pelo GIPS no Minho estiveram presentes os sargentos-ajudantes Fernando Domingues e António Basto, bem como o primeirosargento Vítor Sousa, todos da sua 4ª Companhia.

Jorge Gomes falava no Auditório do Museu de Arqueologia Dom Diogo de Sousa, em Braga, durante a apresentação pública do Plano de Operações Distrital (PLANOP) de Braga, sobre o Dispositivo Espe-

Joaquim Gomes ovilaverdense@gmail.com

cial de Combate a Incêndios Florestais do Ano de 2017.

No evento, em que estiveram também presença o presidente da Autoridade Nacional de Proteção Civil, Joaquim Leitão e o comandante operacional nacional da Autoridade Nacional de Protecção Civil, Rui Esteves, o governante pediu a «mão pesada» da GNR. «Braga, Viana do Castelo, Vila Real, Porto e Aveiro são as zonas mais problemáticas, sendo que um terço das ignições estão no distrito do Porto, mas este ano vamos posicionar os nossos operacionais nas zonas habitualmente mais atingidas e onde os incêndios são maiores, com equipas oriundas de onde não há incêndios florestais e que em vez de serem chamados quando o caldo já está entornado», destacou Jorge Gomes.

Não ter Comandante distrital destaca maior perigosidade em baixas parte de Vila Verde humanas

«Este ano, tal como já no ano passado, o nosso principal objectivo é termos zero baixas, isto é, que ninguém, mas mesmo ninguém, morra a combater um incêndio, o que é um desígnio nacional», salientou também o secretário de Estado da Administração Interna.

«O que importa é os comandantes sensibilizarem os seus operacionais para atacar os fogos florestais e protegerem as pessoas e os seus bens, mas protegendo-se desde logo a si próprios, porque o que não deverá haver será quaisquer baixas humanas», referiu.

Jorge Gomes destacou «a força de vontade dos nossos bombeiros, do GIPS e da FEB envolvidos na luta muito desigual, em que o inimigo não é conhecido, comportando-se sempre da forma contrária aquela que nós desejávamos», acrescentou.

O comandante operacional distrital da Protecção Civil de Braga, Hermenegildo Abreu, referiu que o dispositivo do combate a incêndios florestais terá em conta que no Distrito de Braga a perigosidade abrange praticamente mais as zonas Norte e Este, em parte do Município de Vila Verde e em Amares, Terras de Bouro (não esquecendo aqui o Parque Nacional da Peneda-Gerês), Vieira do Minho, Cabeceiras de Basto, Celorico de Basto, Fafe, Barcelos e parte de Guimarães e da Póvoa de Lanhoso.

Sobre os números no distrito, o comandante distrital disse «não haver qualquer relação directa entre o número de ocorrências e a área ardida, até porque de 2015 para 2016, existiram de um ano para o outro menos incêndios e uma maior área ardida».

O Comando Distrital de Operações de Socorro

(CDOS) de Braga, através da sua Sala de Operações e Comunicações, em conjunto com os Serviços Municipais de Protecção Civil e as forças integrantes, assegura um acompanhamento permanente, «antecipando situações de risco e privilegiando medidas operacionais de antecipação, já que prevenir é sempre preferível a socorrer», segundo explicou o comandante, Hermenegildo Abreu.

«O dispositivo tem uma monitorização permanente com a detecção precoce através de uma rede de dez postos de vigia – nove de rede secundária – e um de rede primária, na Serra da Cabreira», acrescentou o mesmo responsável.

«O processo de combate a incêndios florestais é por meios aéreos e terrestres, sendo que na sua plenitude assegura um meio de intervenção no local dos sinistros até 20 minutos depois do alerta, logo,

quem está mais próximo intervém primeiro, independentemente da divisão administrativa ou do território», destacou, na sessão apresentada pela segunda comandante distrital, Marinha Esteves.

FASE CHARLIE A Fase Charlie, das cinco fases anuais, em que os objectivos operacionais são entre outros a segurança dos operacionais com zero baixas e área ardida de acordo com as metas do plano nacional da defesa da floresta contra incêndios, para além da redução do número de reacendimentos, terá no distrito de Braga 77 equipas de combate com o total de 373 operacionais, oriundos de várias forças. Com três helicópteros, além de um outro estacionado em Valongo, que poderá também intervir no Distrito de Braga.

Haverá «aposta no reforço especializado, podendo

as Câmaras Municipais que não tenham planos próprios de protecção civil estabelecer contratos com empresas privadas, sendo que as forças poderão agora ser projectadas com veículos mais ligeiros, isto

é, em vez de autotanques, em autocarros disponibilizados pelas Câmaras Municipais de Vizela e de Esposende, bem como pelos Bombeiros Voluntários Famalicenses.

Joaquim Gomes ovilaverdense@gmail.com

Quinta-feira 04 MAIO 2017

29 SOCIEDADE

O Abade de Priscos vai ter “Espaço Interpretativo Gastronómico” em Vila Verde

• «Braga não quer nada com o Abade de Priscos e Vila Verde sempre se mostrou disponível», diz Agostinho Peixoto

Vila Verde reafirma estar «disponível» para acolher o futuro “Espaço Interpretativo Gastronómico do Abade”, «ou algo do género». E parece ganhar a “corrida a Braga”, que chegou a ser equacionada como forte hipótese, uma vez que o Abade, o padre Manuel Joaquim Machado Rebelo, embora natural de Turiz-Vila Verde, foi sacerdote em Priscos-Braga, durante 44 anos.

«Braga não quer nada com o Abade de Priscos», concluiu Agostinho Peixoto, Presidente da Confraria Gastronómica do Abade, que celebrou, no último mês, o 10º Capítulo de Entronização, que se iniciou em Braga, com missa comemorativa, e terminou em Vila Verde, com recepção nos Paços do Concelho e almoço/degustação/provas, num espaço

de restauração do concelho.

«Durante estes anos, tivemos inúmeras intenções e promessas da Câmara de Braga, mas parece não dar indícios de que quer o Museu, ou qualquer espaço de promoção gastronómica associado ao Abade de Priscos», revelou o Presidente da Confraria, Agostinho Peixoto. «Estivemos a conversar até 2014 e a ponderar Braga – Priscos, em particular – e nada aconteceu», referiu.

Ao contrário, assinalou que «Vila Verde sempre mostrou abertura, já do tempo do Engº José Manuel Fernandes. É um orgulho estar nesta terra. Une-nos amizade e admiração. Admiramos o trabalho da Câmara em prol da gastronomia e vinhos».

Por isso, depois de saber

que António Vilela afirmou estar «disponível» e de manifestar esse desejo,

Candidatura de Vila Verde para o Espaço do Abade

Neste contexto, o Presidente da Câmara de Vila Verde, António Vilela, deixa cair a ideia de um Museu, «pois é estanque e tem algumas características que podem não se ajustar ao que se pretende», e lança a hipótese de «uma estrutura física onde possamos mostrar e valorizar o seu espó-

lio, mas também através dos restaurantes e espaços gastronómicos (pastelarias, bares e similares)». Uma espécie de “Espaço Interpretativo Gastronómico do Abade”. E avançou. «Não há local definido. Há hipóteses a serem estudadas.

Depende das nuances da candidatura para finan-

ciamento. Temos que encontrar um espaço que se ajuste às especificidades de uma candidatura na área do turismo de interior». E para que não restem dúvidas, Vila Verde está na frente: «Completamente disponíveis».

Agostinho Peixoto diz que «vamos olhar para esta nova situação como a mais plau-

sível. Nunca nos podemos esquecer de que, apesar de ter paroquiado 44 anos em

Priscos, é de Vila Verde».

Carlos Machado Silva ovilaverdense@gmail.com

Pudim sem água?

À margem, o Presidente da Confraria Gastronómica do Abade, Agostinho Peixoto, lançou algumas críticas sobre o último livro a propósito do famoso pudim Abade de Priscos, lançado com base na tradição oral dos familiares do Abade.

«Respeitamos, mas não

percebemos como é que se faz pudim sem água», assinalou. «Foram anos e décadas de investigação (trabalho do chef Silva, o José Quitério e outros especialistas) e achamos estranho a família vir afirmar que não é bem assim, ou que a receita está incompleta», acrescentou.

E foi mais longe: «A família fala que a receita leva 18 gemas e 2 ovos completos, mas sem água, o que é impossível, pois a calda do pudim leva 4 dl litros de água, 500 gramas de açúcar, pau de canela e limão».

Conclui: «Respeitamos, mas vamos seguir o nosso caminho».

Quinta-feira 04 MAIO 2017

30 SOCIEDADE

CSVH assinala Dia do Trabalhador com actividade no Gerês para colaboradores

Para comemorar o Dia do Trabalhador (1 de Maio), o Centro Social Vale do Homem (CSVH) proporcionou, aos seus colaboradores e membros da Direcção, um dia «agradável e cheio da aventura» na serra do Gerês, com direito

a caminhada de orientação, escalada e slide.

«Tendo por base o espírito de equipa, cooperação e compromisso, o objectivo destas actividades é acima de tudo contribuir para o bom relacionamento interpessoal entre os elementos

da equipa, aliando a competição saudável a novas experiências, num convívio directo com a natureza», adiantou o CSVH, acrescentando que a tarde terminou com um lanche convívio.

Redacação

CSVH participa no projecto “Café Memória” em Braga

A Directora Geral do Centro Social Vale do Homem (CSVH), Zélia Lopes, a Directora Técnica do Centro Social, Andreia Costa e a psicóloga, Eva Castanheira, participaram na Acção de formação do projecto “Café Memória” de Braga.

A entrega de certificados contou com a presença do Vice- Presidente da Câma-

ra Municipal de Braga, Firmindo Marques.

«Sensibilizado para a relevância crescente do tema das demências, o Centro Social do Vale do Homem pretendeu, com esta participação, dotar os seus técnicos de ferramentas necessárias no cuidado com a pessoa com demência e seus cuidadores», referiu o

CSVH. De notar que a instituição tem em desenvolvimento, novos projectos na especialização na área de demências – a Casa da Citânia e o Lar de Demências.

Redacção

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SOCIEDADE

OPINIÃO

Vila Verde aposta no envelhecimento activo e projecta apoios para pessoas com demências Andreia Antunes, Psicóloga Estagiária na Santa Casa da Misericórdia de Fão.

Mestrado em Psicologia Clínica e da Saúde na Universidade Católica de Braga.

A aposta no envelhecimento «activo» e o “abraço” aos novos projectos que surgem para apoio a pessoas com demência estão na primeira linha de intervenção do município de Vila Verde. Em entrevista ao Jornal “O Vilaverdense”, a vereadora que tutela a acção Social, Júlia Fernandes, descreve a situação do concelho em termos de população “mais velha” e revela os projectos de apoio e as preocupações com as pessoas portadoras de demências.

Como caracteriza o concelho em termos de população e, em especial, da sua faixa etária mais velha? Quantos idosos há? E desses, quantos vivem sós ou com o cônjuge da mesma idade?

A população de Vila Verde, em 2014, contabilizava 47 546 pessoas, das quais 22 794 são homens e 24 752 mulheres, sendo a faixa populacional dos 24 aos 64 a mais representativa com

28 801 pessoas. Esta faixa é a que contabiliza a população activa, o que demonstra, ainda uma grande dinâmica económica e social do território. No que respeita à população com mais de 65 anos e, segundo dados do INE (2011), foram contabilizadas 8301 pessoas, destas 1247 vivem sozinhas ou com o cônjuge da mesma idade.

Está o Município bem servido de instituições de solidariedade social, lares, centros de dia e outras? E essas estruturas estão bem servidas de técnicos e de equipamentos?

O Concelho está muito bem servido de instituições de solidariedade, tendo uma boa taxa de cobertura, comparativamente, com concelhos limítrofes e com o país, Os técnicos das instituições trabalham em articulação com os vários serviços para dar melhores respostas às populações que servem e fazem-no com entrega total e um profissionalis-

mo muito para além daquilo que lhes é exigido.

Temos equipamentos de excelente qualidade e as respostas adequadas às necessidades, apesar de alguns precisarem de obras de melhoria e alargamento.

O que faz a Câmara em termos de apoio social, nomeadamente nesta área?

Actuamos numa lógica de proximidade, procurando modalidades flexíveis de intervenção, através de uma rede de equipamentos sociais, orientada para a manutenção das pessoas no seu meio natural e habitual de vida, mesmo aquelas que se encontram em situação de dependência. Neste âmbito, são de realçar respostas sociais como: serviço de apoio domiciliário e centros de dia, enquanto alternativas à institucionalização e respostas às situações de isolamento, solidão e insegurança. Além disso, existe o Apoio à Auto Construção a Munícipes

e Famílias Carenciadas que realiza melhorias nas habitações, nas condições de habitabilidade e salubridade, diminui barreiras arquitectónicas ou adapta os espaços às pessoas com pouca mobilidade, permitindo que as pessoas se mantenham nas suas casas. Outra preocupação é o combate ao isolamento e a promoção de estilos de vida saudáveis e, nesse sentido, implementamos há 10 anos o Projecto Seniores Activos com actividades lúdicas e desportivas, adequadas às necessidades dos maiores de 65 anos, enquadradas por profissionais qualificados em estreita relação com a Rede Social, as Juntas de freguesia e as IPSS. Neste momento, conta com 500 pessoas, que praticam actividade física em 22 centros, além de usufruírem uma vez por semana das piscinas municipais. Considerando que o combate ao isolamento é uma das nossas prioridades temos, desde 2011, o projecto Idade Maior – Intervenção em Rede que surgiu da necessidade sentida por um grupo de vários parceiros, de dar continuidade a um trabalho levado a cabo pelas forças policiais de levantamento do número de idosos isolados.

Estes parceiros sentiram que se deveria ir mais além para melhorar a qualidade de vida e a promoção do envelhecimento activo.

Para sua concretização serão realizadas actividades como a criação de uma base de dados, interactiva e disponível para os parceiros do projecto para acompanhamento e vigilância das situações; a criação de uma equipa/piquete para acompanhamento das situações identificadas, com o encaminhamento para as diversas instituições de acordo com as necessidades detectadas pelo Centro de Saúde de Vila Verde, Bombeiros Voluntários e Protecção Civil. Neste momento, está a ser pensada uma nova Plataforma para dar uma resposta mais efectiva a este projecto.

A Associação Alzheimer Portugal está a tentar criar um Centro Cuidar Melhor, em Braga, uma estrutura que serviria de apoio a instituições, técnicos e cuidadores de pessoas com problemas de memória, vulgo demências. A mesma poderia ter âmbito intermunicipal, através de um projecto da CIM, Comunidade Intermunicipal do Cávado (CIM-Cávado).

A Câmara apoiaria uma

estrutura deste género?

Apoiará sempre projectos que dão resposta à população. Aliás, os problemas da saúde mental e das demências são uma das preocupações que foram espelhadas no Plano de Desenvolvimento Social aprovado em 2015, devido ao facto de termos conhecimento que as perturbações psiquiátricas e os problemas de saúde mental se tornaram uma das principais causas de morbilidade e que segundo a Academia de Psiquiatria da Infância e Adolescência e a própria OMS - Região Europeia, uma em cada cinco crianças apresenta evidências de problemas de saúde mental. Nesse sentido, foi desenhado o projecto Health-Mente para realizar um diagnóstico da situação actual no território, uma vez que não existem dados. E proporcionar aos doentes com patologia, respostas adequadas ao seu contexto e às suas necessidades. Criar e alargar a capacidade de respostas às pessoas com patologia mental e/ou demências e, por fim, capacitar as instituições e a comunidade para o apoio e intervenção junto das pessoas com patologias mentais e/ou demências.

Crianças e idosos de Freiriz juntaram-se para pintar ovos da Páscoa A primeira oficina intergeracional alusiva ao tema “Tradições e Costumes” decorreu na EB1 de Freiriz, com os alunos daquela escola e os idosos do Centro Social de Freiriz.

A pintura dos ovos, tradição associada à Páscoa, foi o mote desta oficina e os mais velhos ensinaram os mais novos as suas técnicas para cozer os ovos

da Páscoa e torná-los mais ornamentados, com cores distintas, utilizando simplesmente alguns produtos da terra para o efeito.

Para além disso, aproveitaram para contar a história associada a esta tradição. A actividade encerrou com um lanche-convívio.

Ricardo Costa ovilaverdense@gmail.com

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SOCIEDADE

«Esta associação é para todas as pessoas que tenham interesse em actividades culturais» • A Bullire é uma das associações culturais e recreativas de Vila Verde

Há cerca de nove anos, um grupo de amigos juntouse numa esplanada de café e teve a ideia de criar uma associação cultural para colmatar a falta de oferta lúdica para jovens no Concelho. Foi assim que, um ano depois, nasceu a Bullire. «Na altura surgiu a ideia da criação desta associação, porque a oferta de actividades culturais era pouca e ainda agora é limitada. Queríamos fazer coisas que não há em Vila Verde e não ser só uma associação recreativa», referiu a Presidente da Bullire, Paulina Lira.

«Oito anos depois, os objectivos iniciais mantêm-se e a cada ano vamos definindo algumas prioridades.

Inicialmente era formar a associação, fazermos algumas actividades e arranjarmos sócios, depois foi a questão logística de arranjarmos uma sede», acrescentou. Entretanto, uma parceria com a Câmara Municipal garantiu-lhes a sede que «tanto» queriam e em 2014 mudaram-se para um espaço na antiga adega cooperativa de Vila Verde.

«Quando fomos para lá a nossa actividade reduziu

OPINIÃO Câmaras Municipais dão um grande exemplo no apoio às paróquias Vila Verde não foge à regra Salvador de Sousa - Professor Tenho percorrido paróquias da diocese de Braga e não só… e constato que tem havido um apoio inquestionável na valorização de todo o seu património, algo que louvo convictamente e presto homenagem àquelas personalidades que, ao longo do tempo, o têm feito: templos restaurados, adros requalificados, implantação e conservação de jardins adjacentes, construção de capelas mortuárias, centros paroquiais conservados e valorizados e tantos outros recintos que servem as comunidades.

Fala-se tanto na quebra acentuada de valores, mas, graças a Deus, ainda temos a gerir as nossas Câmaras Municipais, associações e outras entidades públicas, pessoas que sabem olhar à volta, estando atentas às necessidades dos seus munícipes, dos seus concidadãos…

Apoiar as paróquias é contribuir para a valorização do nosso património, é fazer crescer a nossa terra, enriquecendo-a, tornando-a mais acolhedora e atrativa turisticamente, ajudando a fixar as suas

um pouco, porque estivemos quase um ano parados por questões logísticas, mas com o tempo as coisas foram-se compondo e melhorando. Num primeiro ano de sede conseguimos fazer 24 iniciativas, dava uma média de duas por mês, o que é muito bom», expôs Paulina Lira. «Agora voltamos a ter “uma queda” devido à redução de recursos humanos. Temos sofrido bastante com a questão da emigração, muitos dos sócios emigraram e perdemos algumas pessoas essenciais, além de que menos sócios também significa menos quotas», continuou.

A Bullire é sustentada economicamente pelo apoio anual que a Câmara Municipal concede às associações, pelas quotas anuais de 12 euros por sócio e pelas iniciativas que realizam de angariação de fundos. «O saldo destes oito anos é positivo, mas gostávamos de ter mais pessoas activas. Sabemos que para isso é preciso cativar um pouco mais

mas por vezes temos que limitar as actividades ao nosso orçamento», contou.

Todos os anos, a Bullire está presente nas festividades do S. António em Vila Verde, com uma barraquinha de bebidas, mais uma iniciativa que ajuda a associação economicamente.

Relativamente às actividades culturais, promovem iniciativas de reunião de várias artes num espaço, fazem um Rally Paper anual, que percorre os caminhos do Concelho e arredores, realizam os chamados “Trilhos da Primavera”, sessões de cinema na sede, assim como conversas com figuras emblemáticas e organizam visitas aos museus, «com o objectivo de tirar as pessoas de casa e juntá-las em momentos de convívio».

“Rock no Espeto” De dois em dois anos, a associação Bullire organiza um festival intitulado de “Rock no Espeto”, que trás até Vila Verde vários artistas de rock, mas que, segundo

populações, a incrementar os variados setores primários, secundários e terciários. Requalificar uma igreja, uma capela, um adro ou qualquer outro recinto de culto, de assistência ou de recreio é ajudar as populações que não teriam capacidade financeira para tal tarefa e que, caso contrário, assistiriam, com muito constrangimento e mágoa, à degradação de todo um património deixado pelos seus antepassados. Tudo o que é das paróquias é para servir e apoiar as suas gentes, apenas com uma gerência por entidades privadas, mas num sentido público, complementando todas as outras ofertas que dão vida e dinâmica às nossas regiões. Pessoas que tudo fazem, sem quaisquer recompensas, ocupando parte do seu tempo a trabalhar, a gerir, doando-se completamente à sua terra, abeirando-se de tudo e de todos para que possam concretizar os seus projetos.

Em Vila Verde, a Câmara tem sido incansável neste tipo de apoio, sendo bem visível, percorrendo todos os cantos das terras vilaverdenses, o enorme avanço, concretamente no enriquecimento, na valorização, na criação de zonas de atração turística e na requalificação de todo um património que se deseja digno para servir sempre melhor as suas comunidades. O seu Presidente tem sido muito recetivo, sabendo estar ao lado dos seus munícipes.

A paróquia de Vilarinho, Arciprestado de Vila Verde, por exemplo, é a prova de todas essas requalificações, tendo a Confraria dos Santos Pas-

Lízi Costa ovilaverdense@gmail.com

Paulina Lira, «não é fácil as pessoas aderirem porque este é um Concelho que ainda está muito ligado à etnografia, folclore e colheitas».

«O festival começou por ser uma coisa muito arcaica, realizado numa escola, com um palco feito de carteiras das salas de aula. A seguir fomos para o rio da Ponte, onde fizemos duas edições, já com um apoio maior da Câmara e na edição seguinte decidimos alargar o festival para dois dias porque realmente estava a crescer bastante», contou. «Este vai ser o quinto ano de “Rock no Espeto”, mas vamos ter que baixar um pouco a fasquia, até porque o panorama está um pouco complicado. Só aqui na região já surgiram três festivais novos e isso torna-se complicado em termos de datas e até para termos um cartaz diferente», adiantou a Presidente, acrescentando que este ano o festival terá apenas um dia e está agendado para 30 de Setembro. O cartaz e o local ainda não estão definidos.

No passado dia 23 de Abril a Bullire realizou mais uma edição de “Trilhos de Primavera”, desta vez com o percurso no Gerês, com direito a escalada na fenda da Calcedónia, com a participação de cerca de três dezenas de pessoas. «Foi muito interessante porque tivemos um grupo muito animado e unido», mencionou a Presidente, Paulina Lira.

sos do Senhor e de Santa Luzia, em parceria com a Câmara Municipal, ATAHCA e Junta de Freguesia, levado a efeito, nos últimos tempos, grandes obras com resultados bem visíveis, inclusivamente, no incremento turístico que já começa a dar sinais da sua presença.

Termino com as palavras de uma meritosa personalidade vilaverdense, o Prof. Mota Alves, Presidente da ATAHCA, um homem que soube sempre estar ao serviço do seu concelho e de tantos outros, dignificando-os com a sua total entrega e, falando do exemplo de Vila Verde, refere: «De facto o concelho de Vila Verde tem crescido... Vila Verde tem instituições que orgulham o concelho, pessoas com um trabalho exemplar em prol da comunidade a que pertencem... O concelho de Vila Verde é um excelente exemplo de crescimento sustentado em políticas estratégicas transversais a diversas áreas da economia, da cultura, da educação e da área social.

Existe diálogo aberto, contrariamente àquilo que se diz através da comunicação social. O concelho poderá crescer mais e mais rapidamente, se existir coesão e se todos, sem exceção, “remarem” no mesmo sentido. Vila Verde tem condições para continuar a crescer, para fixar a população jovem, para desenvolver a agricultura, para fixar novos investidores, para reduzir o despovoamento das freguesias mais a norte do concelho…»

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NAMORAR PORTUGAL

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FREGUESIAS

Vilaverdense com mãos quinhentistas

• Maria Pimenta é natural de Vila Verde e faz peças em couro há mais de 30 anos

Natural de Vila Verde e artesã «de ocupação», Maria Pimenta trabalha com o couro há mais de 30 anos e reproduz «fielmente» peças dos tempos quinhentistas. «Nasci com o dom do artesanato. Desde que me lembro sempre gostei

de trabalhar este tipo de coisas e aprendi tudo sozinha», conta a vilaverdense, que recentemente também começou a trabalhar com cortiça, embora em menor escala.

Botas e sandálias, sacos de cintura e de mão, aven-

«Não acho justo o valor que pedem aos artesãos munícipes para participar na Feira Quinhentista»

Entre os dias 19 e 21 de Maio, Vila Verde vai acolher a Feira Quinhentista “Sá de Miranda Por Terras de Vila Verde” e apesar de esta ser a sua “praia”, Maria Pimenta garante que não vai participar.

«Eu não vou participar

porque não fui convidada e só tive conhecimento das inscrições poucos dias antes de terminarem, além disso não acho justo o valor que pedem aos artesãos munícipes por um lugar para expor os artigos», contou.

tais com algibeira, chapéus, carteiras, porta-moedas, luvas e bancos são alguns dos objectos que Maria Pimenta, de 53 anos, constrói manualmente com peles, com o auxílio de agulhas, alicates, tesouras, martelos, linhas de sebo, fio do norte

e «muita paciência».

Nas mãos da artesã vilaverdense, as peles de animais transformam-se em arte e contam a história «longínqua dos nossos antepassados». «Sobretudo as peças e adereços quinhentistas que reproduzem fiel-

mente outras que acompanharam a realeza, nobres, burgueses e a plebe de antanho», expôs. Às peles de coelho, vaca, vitela, cabra, e, em menos uso, raposa, Maria agrega, por vezes, pequenas armações de madeira, canas e, particularmente, flores, com que reproduz as tiaras semelhantes, às que há seculos atrás, «se entrelaçavam nos cabelos das donzelas em dias festivos».

Também as carpetes, a que Maria dedica muitas horas de trabalho, são o resultado da junção de pequenos pedaços de peles quadrangulares e rectangulares cozidos. «Tenho carpetes tão lindas e vistosas, que para mim tem um valor inestimável, tal é a enormidade da mão-de-obra consumida na sua confecção», referiu a artesã.

O trabalho que vem produzindo ao longo do tempo é mensalmente mostrado e vendido na Feira das Velha-

rias e na Feira do Artesanato de Vila Verde, na Feira de Artesanato de Ponte de Lima e, uma vez por ano, na Braga Romana, em Maio.

«Já perdi a conta às presenças que tenho feito em eventos, um pouco por todo o Minho. E sinto que o meu trabalho é devidamente apreciado e reconhecido por muita gente», mencionou.

Maria Pimenta tem «a ilusão e as dificuldades» de todos os que se dedicam à arte de reprodução de peças que fizeram parte integrante da vida das pessoas de antigamente. Para a artesã, a “obra acabada” nem sempre tem um valor que pague os seus custos efectivos.

«Acredito que a arte, os artistas e a obra que das suas mãos nasce a cada instante, hão-de triunfar de vez para perdurar, entre nós, através dos tempos», rematou a vilaverdense.

Pedro Antunes Pereira ovilaverdense@gmail.com

«Os artesãos vilaverdenses não têm o apoio do Município para nada»

Maria Pimenta dedicase ao artesanato de «alma e coração» e assevera que quem também o faz devia ser «mais reconhecido e apoiado pelas entidades competentes».

«Nunca tive o apoio do Município de Vila Verde para nada, assim como nunca fui convidada para participar em alguma actividade relacionada com o artesanato, e sei que outros artesãos vilaverdenses passam pelo mesmo», expôs.

Já é habitual a artesã expor e vender os seus artigos em Ponte de Lima, onde pertence à Associação de artesãos e em Braga, e sente que fora do seu Concelho a «história já é outra. «Sinto total apoio dos outros Municípios, que me ligam sempre a convidar para participar em tudo o que estiver relacionado com o artesanato ou a época quinhentista».

O Concelho de Vila Verde é reconhecido por ser um Concelho que mantém vivas as suas tradições e o

seu artesanato, no entanto, para Maria Pimenta, «não é o que tem vindo acontecer». «Não faço parte da família Namorar Portugal, nem quero, porque já cheguei a apresentar um casaco em pele com os motivos dos Lenços dos Namora-

dos gravados à mão e nunca foi reconhecido o meu trabalho», expôs.

«Dizem que o Namorar Portugal é para artesãos mas para mim um artesão é aquele que pega no material tal como o encontra, trabalha-o e transforma-o

num artigo, todo feito com as próprias mãos. Não é aquele que compra, por exemplo, um casaco já pronto e aplica-lhe umas decorações alusivas aos Lenços dos Namorados», reforçou a artesã.

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FREGUESIAS

«Este livro é inspirado nos meus pacientes»

• Luísa Silva é hipnoterapeuta e escreveu a obra “As conversas que tenho contigo”

OPINIÃO

Prestar contas Martinha Couto Soares

Como diz o ditado “onde se está bem é que é a nossa casa” e este é o caso de Maria Luísa Silva, que nasceu em Fafe mas mudou-se para a Loureira, Vila Verde, praticamente desde que nasceu. É este Concelho que considera ser a sua terra e onde, no mês passado, apresentou a sua recente obra “As conversas que tenho contigo”.

«Este livro é inspirado nos meus pacientes. Eles diziam-me sempre para eu escrever aquilo que falava nas entrevistas clinicas e eu aventurei-me a reunir um conjunto de consultas, que vão no fundo focar alguns assuntos importantes da sociedade», acrescentou a autora.

Maria Luísa Silva tem formação em psicologia e é hipnoterapeuta. «Ac-

tualmente faço consultas de hipnoterapia. Foi nesta área que me especializei em Londres, onde estive a estudar», referiu, acrescentando que foi a sua profissão que lhe deu inspiração para escrever um livro.

“As conversas que tenho contigo” é uma obra fictícia, baseada em factos reais, onde são retratados temas que, segundo a autora, ainda suscitam algumas dúvidas, como o racismo, a homossexualidade e a sexualidade. «Eu nunca quis escrever algo para se seguir, tudo o que escrevi foi para que as pessoas reflectissem».

«Falo muito sobre o amor, sobre as relações, não só conjugais como parenteis, sobre o casamento e o divórcio e sobre a vida sexual nos idosos, porque noto

que é um tema um pouco esquecido na sociedade.

As pessoas acham que os idosos já não têm vida sexual, que é algo que pertence exclusivamente aos jovens e não é verdade», contou Luísa Silva. «Muito suavemente “toquei” também no tema da violência doméstica, assim como nas redes sociais, porque noto que há muita dificuldade em saber o que expor na internet», contou.

Luísa Silva fez o lançamento da obra em Fafe e a apresentação em Vila Verde. Criou uma página no facebook para o livro e iniciou as vendas online.

Em menos de um mês obteve mais de 16 mil “likes” na página e as vendas online «têm disparado de dia para dia».

«O que mais me tem sur-

preendido é a receptividade do público, tenho recebido muito carinho, mesmo de pessoas desconhecidas. Inicialmente era uma história para amigos e pacientes, nunca pensei que tivesse tanto sucesso», expôs, orgulhosa, a autora.

Neste momento, Luísa Silva já tem apresentações do livro agendadas para Braga, Porto, Aveiro, Figueira da Foz, Lisboa e Madeira. Ainda não pensou sobre uma segunda obra, mas a acontecer será de forma natural. «Se eu escrever quero obviamente apurar outros temas mas de forma natural não quero que seja nada forçado, com o tempo logo se verá», continuou.

Pedro Antunes Pereira ovilaverdense@gmail.com

Biblioteca Municipal encheu para apresentação do livro “As conversas que tenho contigo” A Biblioteca Municipal de Vila Verde recebeu a apresentação do livro “As conversas que tenho contigo” de Maria Luísa Silva, que contou com “casa cheia” e muitos aplausos do público.

O lançamento da obra foi feito em Fafe e, segundo a autora, «tem sido um sucesso pelo qual não estava nada à espera». «A primeira edição já está quase esgotada», referiu Luísa Silva, acrescentando

que já tem apresentações agendadas pelo país inteiro.

A sessão de apresentação, em Vila Verde, contou com o discurso do Presidente da Câmara, António Vilela e da Vereadora, Júlia Fernandes, assim como do candidato à Câmara, Paulo Marques, que é amigo da autora e do Presidente da Junta da Loureira e afilhado da autora, Pedro Dias.

A prestação de contas é uma das obrigatoriedades das instituições públicas.

O último relatório de atividades e prestação de contas relativo ao ano de 2016 da Câmara Municipal é revelador da capacidade de cumprimento do plano estratégico de executivo municipal, apesar dos constrangimentos financeiros, económicos e sociais que todos conhecemos.

A Câmara Municipal revelou uma capacidade excecional em conseguir desenvolver o seu plano de gestão estratégica, mantendo um efetivo controlo do orçamento, pautado pelo rigor e com elevada prudência quer na sua preparação quer na sua taxa de execução da receita e despesa corrente.

Ao ponto de em 2016 o Município de Vila Verde consolidar as suas finanças e firmar a sua soberania financeira, sem colocar em causa o que considera fundamental: a satisfação e os interesses próprios das populações.

A prestação de contas apresentada revela a gestão rigorosa, eficiente e eficaz do município.

O documento mostra que as receitas foram de 29.862.782 euros, tendo as despesas totalizado 29.262.430 euros, o que se traduziu em taxas de execução de 91% e 90%, respetivamente.

Assim o Município reduziu a dívida de longo e médio prazo em 2,5 milhões de euros e a dívida total em 2,3 milhões.

O trabalho realizado em 2016, mostra a capacidade do município planear a médio e longo prazo, com um aproveitamento exemplar dos fundos comunitários (que nem sempre estão disponíveis quando nós queremos), lançando diversos procedimentos, para várias obras estruturantes, que terão a sua concretização já a partir deste ano.

O planeamento estratégico e responsável, não se compadece de uma agenda eleitoral que não pode, nem deve, comprometer o decurso normal de cada etapa de desenvolvimento programada.

Promessas eleitorais de quem não conhece a realidade do concelho, não podem ser levadas a sério.

A palavra não chega. É preciso que as provas dadas e o conhecimento efetivo da realidade concelhia sirvam de base a um verdadeiro e sustentável desenvolvimento, no respeito por todos e cada um dos vilaverdenses.

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SOCIEDADE A CRÓNICA POLÍTICA!

POLIEDRO Introdução Com o nosso amigo “Pirata das Caraíbas” a navegar em águas distantes (com a promessa de que o Jack Sparrow vai voltar em breve), entregou a pasta ao seu amigo de longa data, o Gargamel.

Em tom irónico, com algum sentido de oportunidade, o autor fará uma espécie de balanço/ projecção da actividade política e social concelhia.

Uma nova realidade!

Autárquicas 2017 - O FRENESIM DAS ESCOLHAS NAS FREGUESIAS O PSD diz ter os proces-

sos de escolha de candidatos bastante adiantado. É bem possível que 70% das escolhas até sejam fáceis de fazer e de concluir, com alguns independentes ainda no limbo…à espera de ver como “param as modas”.

E Prado? E a Ribeira do Neiva? E Soutelo? E Cabanelas? … Dizem que estão as escolhas feitas, mas – a avaliar pelo que corre na praça – ainda nem tudo é tão líquido assim!

O PS de Morais já começa a fazer “bandeirada” com a apresentação oficial das primeiras candidaturas às Juntas. Aboim da Nóbrega/Gondomar deu

o mote…seguir-se-ão Cabanelas (o nó foi desatado a muito custo), Lanhas…

Prado (confirma-se mesmo Adriano) e outras. Não é fácil gerir este processo, que revela alguns flic-flacs e alguma (im)paciência dos diferentes intervenientes!

A procissão ainda vai no Adro… mas adivinha-se tarefa hercúlea para Morais e os seus negociadores!

O CDS-PP DE Paulo Marques já apresentou Joaquim Costa a Prado S. Miguel. Será que vai manter-se? E quantas mais juntas fechará a estrutura centrista? Pelo andar da

carruagem, os outdoors vão perder a cor até às autárquicas!

FACEBOOK – os perfis “falsos” da campanha A campanha também se faz nas redes sociais. Em ano eleitoral proliferam os novos intervenientes da fofoqueira local. Sempre a coberto de um qualquer nome mais ou menos convincente, mas de carácter duvidoso!

E disparam em todos os sentidos; uns em defesa da Casa Branca vilaverdense, outros voluntários dos bombeiros, outros a atirar em cima do Morais, outros a derreter o Vilela e outros a opinar

sobre tudo!

Para além da cobardia, todos mostram que de ética e verticalidade são piores que “ratos de esgoto”! Divertem-se entre eles…pois o efeito sobre a opinião pública é simples: desprezo!

PÁSCOA POUCO CATÓLICA EM TURIZ A Páscoa de Turiz foi pouco católica. Mordomos e padre zangaram-se e trocaram as voltas uns aos outros. É certo que o padre Marcelino tem um “feitio especial” e um currículo de desavenças já apreciável…mas nem na Páscoa há um pouco de serenidade e cabeça fria?

Como seria de esperar, uns defendem o padre, outros atacam-no! Com a bênção de Deus e de Cristo Ressuscitado, esperemos que iluminem as suas mentes!

AEVIVER – 400 MIL PARA FORMAÇÃO Morais saiu e Jorge Pereira entrou. A AEViVer tem novo presidente. E que herança: entra com 400 mil euros para gerir em formação para desempregados de longa duração.

Vai ter pela frente uma tarefa complexa, de afirmação de um projecto que ainda é um bebé!

Como será?

Abaixo-assinado para mandar o padre embora

• Documento já tem 500 assinaturas e pretende a substituição do pároco Marcelino Silva Circula na Freguesia de Turiz um abaixo-assinado, já subscrito por cerca de 500 pessoas, a pedir a substituição do padre Marcelino Silva, apurou o jornal “O Vilaverdense”. As relações entre o sacerdote e a comunidade paroquial nem sempre têm sido pacíficas, tendo-se agudizado nos últimos dias. Os subscritores do documento esperam fazer chegar o abaixo-assinado à Arquidiocese de Braga.

Um dos últimos episódios, ocorrido no dia de Páscoa, deixou o pároco e os mordomos da cruz de costas voltadas. Ao contrário do que é prática habitual nos últimos anos, em que costumam sair três cruzes em três percursos diferentes, os mordomos deste ano decidiram fazer o compasso pascal apenas num grupo, o que desagradou ao pároco Marcelino Silva, que pretendia que o grupo se dividisse em três.

Água benta e recolha Ao jornal “O Vilaverdense”, um popular acusa o padre de não ter deixado os mordomos levar água benta para o compasso e também de não ter participado no acto de recolher das cruzes na Igreja. O sacerdote nega as acusações, assegurando que os mordomos indicaram que a recolha da cruz seria feita pelo padre da Lage, Constantino Sousa.

Acusa ainda os mordomos de se terem recusado a in-

cluir os Escuteiros no compasso.

Já antes disso, na sexta-feira Santa, o pároco não participou na Via Sacra, que, segundo o mesmo popular, não terminou na Igreja por imposição do padre, que também não terá cedido as cruzes para a encenação. O padre Marcelino Silva nega totalmente as acusações.

Carlos Machado Silva ovilaverdense@gmail.com

Empreitada da rede de saneamento de Turiz lançada a concurso A Câmara de Vila Verde lançou a concurso a empreitada da rede de saneamento da Freguesia de Turiz. O investimento de 808.5 mil euros vai permitir o reforço da rede de saneamento, indo assim ao encontro de uma das principais prioridades de desenvolvimento desta Freguesia que apresenta já um considerável cariz urbano.

«As obras em curso no âmbito do saneamento básico obedecem a um rigoroso planeamento que prevê que, depois de concluído o

processo de construção das infra-estruturas, se inicie uma outra fase de forte investimento na requalificação das vias de comunicação intervencionadas», refere o Presidente da Câmara. Em algumas situações, estão já realizadas as intervenções necessárias para o alargamento das vias de comunicação, caso da via que liga a Loureira, Turiz e Lage, e, depois de definitivamente instaladas as infra-estruturas do saneamento básico, terão lugar as respectivas obras de pavimentação.

António Vilela esclarece que «o Concelho está a ser transformado num impressionante estaleiro de obras que contempla todas as Freguesias e Uniões de Freguesias, em resultado de uma visão estratégica tendente a promover o desenvolvimento harmonioso do território, em função das necessidades devidamente diagnosticadas e daquelas que são as legítimas aspirações das populações e das Juntas de Freguesia que estão também muito empenhadas em continuar a participar activamente neste

projecto de crescimento sustentado de Vila Verde».

O edil vilaverdense finalizou frisando ainda que «Vila Verde é um Concelho que não desperdiça recursos e fruto de todas as candidaturas apresentadas atempadamente, os anos de 2017 e 2018 representarão um elevado volume de obras, mais de seis milhões de euros, na rede de saneamento básico que levará o saneamento a milhares de residências concelhias».

Redacção ovilaverdense@gmail.com

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SOCIEDADE

Escola do Penedo recebeu homenagem aos combatentes vilaverdenses da I Guerra Mundial

OPINIÃO

Conhecer Portugal Luís Sousa - Médico

A D’Arte- Associação de Artistas de Vila Verde realizou mais uma “Conversa no Penedo”, na Lage, desta vez para recordar e homenagear os militares vilaverdenses que há um século, integrados no Corpo Expedicionário Português (CEP), partiram rumo a França para combater na I Grande Guerra Mundial.

Durante a sessão foram apresentadas as biografias dos nove combatentes lagenses (António Fernandes,

António José Dantas, António Lopes, Francisco Sousa, João Martins, José António Costa, José Manuel de Castro, Manuel Augusto Pereira e Manuel Joaquim da Silva), que embarcaram ao serviço do CEP, no dia 22 de Abril de 1917, em direcção à Flandres francesa, o que originou uma conversa e partilha de informações entre os oradores e familiares presentes.

A Palestra iniciou-se com a intervenção de Joaquim

Cecília e Agostinha Castro, netas de José Manuel Castro «O nosso avô era uma pessoa com o coração muito grande e muito avançado para a época dele. Era muito conhecido na Freguesia porque, como era das pessoas mais instruídas, tratava das partilhas de muita gente e não levava dinheiro. Foi um dos únicos militares que teve oportunidade de falar com a irmã Lúcia. Em relação

à guerra, ele contava que, como estava ferido numa perna, acabou por ser privilegiado. Gostava muito de armas e dizia que um dia ia voltar a França para conhecer a filha que deixou lá.

Graças a esta iniciativa ficamos a saber exactamente a data em que ele nasceu e morreu, pois não consta na sepultura dele».

Gomes, professor e historiador, que abordou a génese, causas e consequências da guerra. Seguindo-se a apresentação dos militares, por Francisco Vale, professor, e Jorge Oliveira, jornalista, e foi moderado por Maciel Cardeira, Presidente da D’ Arte.

Esta “Conversa no Pendo”, abordou também outras guerras em que estiveram militares do Concelho e foi «enriquecida» com uma exposição de postais da I

Guerra Mundial, textos, fotografias e boletins militares de cada um dos combatentes da Lage.

«A D’Art pretendeu, desta forma, prestar tributo aos que, em condições por vezes sub-humanas, se bateram nos campos de batalha da Europa e de África, na defesa da sua Pátria e em prol da Liberdade», referiu a organização.

Lizi Costa ovilaverdense@gmail.com

Rosa Machado, neta de Manuel José dos Santos

«Eu conheci muito bem o meu avô, vivi com ele até aos meus 23 anos.

Era uma pessoa muito bem-disposta, não chateava ninguém, era fantástico. Lembro-me dele dizer que quando saiu de casa, para ir para a guerra, não disse nada a ninguém e que durante a viagem de barco para França enjoou e só voltou a comer quando lá

chegou. Ele contava que teve muita sorte na guerra porque nunca chegou a estar nas trincheiras, como estava impedido por um médico de combater, passou o tempo todo nas tendas da cruz vermelha a ajudar. É de louvar esta ideia de relembrar estes heróis, espero que voltem a realizar este tipo de iniciativas».

Se iniciarmos uma viagem a partir do rio Minho e terminarmos em Vila Real de Santo António, onde desagua o rio Guadiana, facilmente percebemos que somos, de facto, um país de reduzidas dimensões. Começamos por ser um pequeno Condado, o Portucalense, doado por D. Afonso VI de Castela ao Conde D. Henrique, pai do emblemático Conquistador, o D. Afonso Henriques e nosso primeiro rei. Tornamo-nos país independente em 1143 e, fruto da ambição deste homem, e de outros que a ele sucederam, não paramos de crescer em território, ao longo dos séculos seguintes, com a conquista do Algarve aos Mouros, por D. Afonso III, e com a descoberta dos arquipélagos da Madeira e dos Açores já no século XV, ao qual podemos acrescentar todo um império colonial construído por esse mundo fora que hoje (e ainda bem) são pertença dos povos colonizados mas que nos permitiram deixar um legado português nos quatro cantos da Terra, através de um vasto património histórico, cultural e religioso, do qual destaco a nossa língua portuguesa que hoje é a quinta mais falada em todo o mundo.

Somos cerca de 10 milhões espalhados por um território de 92 mil quilómetros quadrados. Consideramo-nos pequenos em tamanho e somo-lo. É um facto. No entanto, felizmente, a grandeza de um país não se mede ao metro quadrado e por isso, apesar de sermos um país de “palmo e meio,” podemo-nos orgulhar do enorme património que fomos edificando no território ao longo da nossa história. Não é por acaso que Portugal recebe, de ano para ano, cada vez mais turistas. Segundo dados da Organização Mundial do Turismo, em 2015, acolhemos 1 184 milhões de turistas internacionais, um acréscimo de 4,4% face ao ano anterior. Por isso, também já não me surpreendem títulos de jornais como “Nunca Portugal teve tantos turistas” (Jornal de Negócios, 16/08/2016) ou outros semelhantes. Se centrarmos as nossas atenções no norte do país, percebemos bem o peso que tem o turismo em cidades como o Porto ou Guimarães. A primeira foi até, em 2017, considerada o melhor destino europeu do ano e, a segunda, tem conhecido um incremento notório de visitantes, demonstrando uma vocação turística cada vez mais pujante e para a qual, pareceme, o sucesso demonstrado na organização da Capital Europeia da Cultura, em 2012, terá contribuído marcadamente.

Quando vejo tantos estrangeiros a valorizarem o que é nosso, pergunto-me se nós, Portugueses, temos noção daquilo que somos e do que temos em termos de património histórico, natural, religioso e cultural. Pergunto-me, aliás, se nos interessamos devidamente por esse mesmo património. Sinto que, sobretudo nas gerações mais novas, a vontade de conhecer o mundo para lá das nossas fronteiras supera o gosto por explorar o nosso rico país. E assim, vamos esquecendo e deixando de lado cidades e vilas que transpiram história e cultura como Ponte de Lima, Braga, Guimarães, Porto, Viseu, Lisboa, entre muitas outras espalhados por este país “à beira mar plantado”.

Há dias, sentado na emblemática Praça da Oliveira em Guimarães, onde a memória da fundação da cidade está bem presente, senti vontade de fazer como os milhares de visitantes que por ali passam diariamente e tornar-me mais um turista na cidade. A ideia era conhecer melhor um pouco da história da urbe que escolhi para viver e que, como todos sabemos, tem origem nas próprias origens de Portugal ou não fosse ela, considerada, o berço da nacionalidade. Tive o privilégio de calcorrear alguns dos seus principais pontos turísticos, sob a orientação do sapiente Professor Fernando Capela Miguel, desde a medieval cidade alta, onde está o Castelo de Guimarães, a Igreja de S. Miguel e o Paço dos Duques até ao coração do centro histórico, a antiga cidade baixa, onde se ergue o Padrão do Salado e a Igreja e Colegiada de Nossa Senhora da Oliveira. Pelo meio, ficou a recordação de um dia de grande enriquecimento acerca da cidade e do seu património que abriu o apetite para continuarmos a conhecer melhor o que é nosso. Afinal de contas, para quê ir tão longe se, aqui bem perto, temos tanto por explorar!

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SOCIEDADE

Pico S. Cristóvão inaugurou Sala Mortuária

Carlos Machado Silva ovilaverdense@gmail.com

• Junta traçou novos «desafios» e pediu água e saneamento A Paróquia de Pico S. Cristóvão inaugurou a sua Sala Mortuária, «uma enorme felicidade» para as gentes locais, como fez questão de sublinhar o autarca local, José Luís Araújo. Com um objectivo cumprido, aproveitou para fazer «novos pedidos: saneamento e água para a zona alta da freguesia. Estamos com 80% de cobertura de água, mas faltam esses 20%».

A comunidade cristã de Pico S. Cristóvão fez-se representar em grande número na cerimónia de inauguração do novo equipamento, obras custeadas pela câmara municipal e junta de freguesia, um investimento a rondar os 40 mil euros.

«Este é mais um bom exemplo de boa cooperação entre as Igreja e as autarquias locais», sublinhou o pároco Fernando Senra.

Este deixou ainda uma «palavra de agradecimento às duas autarquias (Câmara e Junta), sublinhando tratarse de «uma mais-valia para a paróquia».

No mesmo tom, o presidente de junta, José Luís Araújo, assinalou «o empenho pessoal do presidente da câmara. É um bom exemplo da união de esforços que permite valorizar o legado dos nossos antepassados».

Vilela: «Os vossos objectivos são os nossos objectivos» O presidente da Câmara, António Vilela, vincou a aposta da autarquia «na requalificação e valorização do património. Faz parte do nosso plano e posso revelar que grande parte do património das freguesias está requalificado. Falta apenas

um Adro (Azões), resultado da união de esforços das Fabriqueiras, Juntas e Câmara».

No que concerne aos pe-

didos agora feitos pela junta local, Vilela foi claro: «os vossos objectivos são os nossos objectivos. Já adjudicamos uma parte da rede

de saneamento para a freguesia, junto à via principal e vamos estar ao vosso lado para concluir a rede de água, na zona alta da fre-

guesia. Fiquem tranquilos, pois estamos a consumar o plano para atingir a cobertura que desejam».

Arcebispo de Braga inaugurou novo interior da Igreja de Parada de Gatim A inauguração do novo interior da igreja de Parada de Gatim foi realizada na celebração do Domingo de Ramos, numa eucaristia presidida pelo Arcebispo de Braga e Primaz das Espanhas, D. Jorge Ortiga, em conjunto com o ex-Arcebispo de Beja, D. Vitalino Dantas.

O interior da igreja sofreu, recentemente, obras de remodelação, orçadas em cerca de 100 mil euros.

Segundo o pároco da Fre-

guesia, Dayakar Thumma, «foi feito um restauro das madeiras, nomeadamente, dos altares, incluindo o altar-mor, além do polimento do chão, do conserto do tecto, da pintura total das paredes, do arranjo dos bancos e da substituição de toda a parte eléctrica e de alguns candeeiros».

Durante a missa de inauguração, o Arcebispo elogiou e agradeceu aos fiéis da Freguesia que «tanto contribuíram» para que fosse pos-

sível a realização desta obra.

«A última vez que aqui entrei, e já lá vai algum tempo, reparei que a igreja estava a precisar de uma intervenção», referiu. «É de louvar a atitude desta comunidade, que se uniu em prol de um objectivo», continuou. Esta obra foi subsidiada, «quase na totalidade», pela comunidade paroquial, que realizou várias iniciativas de angariação de verbas.

Lizi Costa ovilaverdense@gmail.com

Quatro amigos vilaverdenses oferecem 700 kg de arroz à Loja Social Quatro amigos vilaverdenses juntaram-se e ofereceram um donativo de 700 kg de arroz à Loja Social de Vila Verde. A iniciativa partiu de Jorge Soares, que congregou mais três amigos - Carlos Oliveira, Pedro Cerqueira e Fernando.

«Conseguimos não só

atingir o objectivo a que nos propusemos, que eram 500 quilos de arroz, como ultrapassamos a barreira adquirindo os 700. Gostaria de deixar uma palavra de agradecimento a todos aqueles que nos ajudaram e felicitar a pessoas da Loja Social pelo trabalho desen-

volvido e por se dedicam a esta causa nobre», adiantaram os quatro amigos. Esta foi mais uma manifestação de solidariedade por parte da comunidade vilaverdense, que se associou a esta causa social.

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SOCIEDADE

António Vilela acompanha requalificação da envolvente da Igreja Paroquial de Carreiras S. Tiago O Presidente da Câmara de Vila Verde, António Vilela, acompanhado do Pároco Domingos Mendes e restantes membros do Conselho Económico realizou uma visita de acompanhamento das obras de requalificação da zona envolvente à Igreja de Carreiras S. Tiago. Depois de realizadas as obras de remodelação do adro da Igreja, estão agora a avançar em bom ritmo as obras de arranjo de toda a zona envolvente a este espaço central e de importância na vida cívica e religiosa desta paróquia que integra a União de Freguesias de Carreiras S. Miguel e Carreiras S. Tiago.

No âmbito desta obra estruturante para a União de Freguesias de Carreiras S. Miguel e Carreiras S. Tiago,

estão a ser executados um muro de suporte e a requalificação com pavimentação em calçada de acessos, passeios pedonais e de outros espaços públicos. António Vilela enfatiza «a continuidade da implementação de um plano integrado de investimentos em obras fundamentais para a modernização das freguesias, visando a melhoria substancial das condições de vida das pessoas e o aumento da atractividade de todo o território concelhio».

O autarca reitera que «Vila Verde é, hoje, um Concelho moderno e apelativo, recheado de infra-estruturas e equipamentos modernos e funcionais, graças ao extraordinário espírito de missão das Juntas de Freguesia, das várias Instituições con-

celhias e, particularmente no que se refere à requalificação de adros de Igreja e outras áreas envolventes,

das Comissões Fabriqueiras das paróquias, que não regateiam quaisquer esforços quando se trata de realizar

melhorias em espaços e património relevantes na vida das comunidades». proporcionado espaços e

equipamentos funcionais e de elevada qualidade», segundo o Município.

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FREGUESIAS

União de Freguesias de Esqueiros, Nevogilde e Travassós já tem rancho folclórico

Lizi Costa ovilaverdense@gmail.com

Criado em Janeiro deste ano, o Grupo Folclórico União de Tradições é o rancho pioneiro da União de Freguesias de Esqueiros, Nevogilde e Travassós, que já conta com mais de 50 elementos.

«Desde que houve a união de Freguesias formámos uma espécie de grupo para participar no desfile etnográfico e nas rusgas do S. António e várias vezes se falava em formar um rancho mas ninguém se chegava à frente. Finalmente, no início deste ano, resolvi juntar o grupo e propor a criação de um rancho folclórico», contou Vítor Cruz, ensaiador e criador do grupo.

Vítor Cruz faz parte do Grupo Folclórico do Vale do Homem, do Rancho Folclórico de S. Martinho de Moure e do Rancho de Prado São Miguel, mas o seu sonho era mesmo pertencer a um rancho da sua Freguesia.

«Quando decidi criar este

grupo nunca pensei ter tanta receptividade, as pessoas aderem e estão muito entusiasmadas. É uma alegria para mim», expôs.

Actualmente, o grupo é formado por elementos da União de Freguesias mas também de Freguesias vizinhas, com idades compreendidas entre os cinco e os 70 anos, onde a maioria são jovens-adultos. «Temos muitos elementos que já andavam noutros grupos, mas 60% do grupo não fazia ideia do que era um rancho folclórico», adiantou Vítor Cruz, acrescentando que está a ser «um pouco complicado» gerir o grupo porque devido «à falta de experiência», tem de ensinar tudo aos elementos, «desde o uso do traje, à formalidade de entrar e sair do palco».

Para o ensaiador, “os ensinamentos” começam em casa, quando se veste o traje. «A partir do momento em que se pega no traje já

Inês Pereira

«Praticamente desde que nasci que estou ligada ao mundo do folclore. Andava noutro grupo mas mudei-me para este porque me convidaram. Gosto de andar no rancho, porque, quando danço, liberto os meus sentimentos e depois fico mais feliz. Acho que sou boa dançadora».

se está a preparar a actuação. Há pequenos detalhes que fazem a diferença. Por exemplo, as mulheres têm que levar o cabelo bem apanhado e os homens a barba feita».

Neste momento, o grupo folclórico já tem bandeira e placa de identificação e os elementos já têm os trajes, que ficaram ao gosto e encargo de cada um. «Optámos por cada pessoa comprar ou fazer seu traje, por questões financeiras que o grupo não consegue suportar. Nós demos a coordenadas e dentro disso cada um escolheu o seu», disse o ensaiador.

«O nosso grupo é um pouco diferente dos outros do Concelho porque não representa apenas os usos e costumes de Vila Verde, abrange também outros lugares do Alto Minho, de onde a nossa Freguesia tem raízes, por isso, o nosso traje tem muitas cores e é bastante

José Martins

«Eu andava no Grupo Folclórico do Vale do Homem há cerca de dois anos e vim para este, porque tenho cá as minhas irmãs e outras pessoas que já conhecia.

Gosto muito de dançar, de cantar e do ambiente do rancho, já fiz muitos amigos aqui, com quem também brinco».

festeiro», continuou.

Relativamente aos ensaios, estes têm sido bissemanais e realizados na sede do grupo, que fica no segundo piso da escola primária da Nevogilde, um espaço cedido pela Junta da união de Freguesias.

«A ideia é fazer dois ensaios por semana, um só para quem quer ingressar no grupo pela primeira vez ou quem ainda necessita aprender mais e outro para toda gente: dançadores, cantadores e tocadores», sugeriu o ensaiador.

Nas palavras de Vítor Cruz, o apoio a este rancho tem sido «incrível». «Temos recebido muito incentivo da

comunidade da Freguesia, assim como ajuda de vários ranchos, já para não falar no contributo da Junta de União de Freguesias. Mostrou-se sempre receptível à ideia e ajuda-nos em tudo, inclusive com o transporte dos elementos para os ensaios e actuações».

O próximo passo será pertencer à Associação de Folclore e realizar o primeiro festival de ranchos. «Estamos a tratar do processo para pertencer à Associação e esperemos que muito brevemente esteja concluído, porque já estamos a pensar realizar, no final do Verão, o nosso primeiro festival», rematou Vítor.

Próximas actuações 7 de Maio – Mós 18 de Junho – Revenda 25 de Junho – Ponte da Barca 2 de Julho – São Pedro de Esqueiros e Carvalheira (Terras de Bouro) 23 de Julho – Prado São Miguel e Santa Marinha (Nevogilde) 30 de Julho – Goães

3 de Setembro – Prado São Miguel 3 de Dezembro – Prado São Miguel

Grupo recebeu baptismo e actuou pela primeira vez

O Grupo Folclórico União de Tradições actuou, no passado dia 30 de Abril, pela primeira vez, no Santuário do Bonfim, em Goães e assinalou o seu baptismo com os Ranchos de Cabanelas e Prado São Miguel, que apadrinharam o novo grupo.

A tarde começou com o desfile dos três grupos folclóricos, seguido das actuações de cada um e ainda houve direito a congratulações, por parte do Presidente da Junta de Freguesia da União de Freguesias de Esqueiros, Novegilde e Travassós,

Margarida Malheiro

«Havia pessoas que não se conheciam e, graças ao rancho, gerou-se uma amizade.

Aos poucos vamo-nos tornando numa família pequena, que partilha muitas emoções. Aqui nem se nota a diferença de idades, a conviver somos todos iguais, há muitos abraços e carinho».

Vítor Mota, que elogiou o grupo pela «sua determinação e coragem» em seguir com esta ideia avante.

Os maiores agradecimentos foram para Vítor Cruz, o impulsionador da criação deste rancho pioneiro na Freguesia.

Vítor Mota

«Como Presidente da Junta demonstrei, desde o primeiro momento, total apoio para com o grupo, porque sempre tive o sonho de ter um rancho folclórico na minha Freguesia. Como membro estou a adorar esta nova experiência, o grupo é espectacular e há muita união».

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SOCIEDADE

Rancho Típico Infantil com nova Direcção e disponível para actuar «onde for preciso»

• Solução para a Casa da Botequina passará sempre por um consenso com a autarquia

CURIOSIDADES DA LÍNGUA PORTUGUESA Chamadas de atenção Incorreto

Suou o sino com o toque para a missa.

Soou muito com aquele Suou muito com aquele trabalho. (Lat. sudare, trabalho. suar, transpirar) Não exageres na doze de açúcar.

Já tenho dose anos de experiência no trabalho em culinária.

Na cozinha, tenho apenas uma mezinha, pois somos só dois.

A mesinha está preparada com a dose apropriada.

Tenho sem escudos.

Estou cem dinheiro.

Gostei muito daquela sena, ontem, no teatro.

O Rancho Típico Infantil de Vila Verde tem nova Direcção, liderada por Alberto Malheiro, mas o “velho” sonho continua a ser o principal objectivo: requalificar a Casa da Botequina.

A aposta é de continuidade porque «acreditamos na equipa que tínhamos mas, em todos os mandatos, há pequenas mudanças com a entrada de novos elementos», começa por justificar Alberto Malheiro que reconhece: «parece que as pessoas têm medo de se candidatarem. Nos últimos três mandatos houve, sempre, só uma candidatura. Nós acreditamos no projecto do Rancho Típico Infantil».

Compostos exclusivamente por elementos activos do grupo, os órgãos sociais mantiveram, praticamente, os mesmos rostos, sendo na Direcção onde as mudanças foram mais significativas, com a mudança de Presidente: «o anterior Presidente saiu por iniciati-

va dele. Achou que não deveria continuar e nós aproveitamos para restruturar a Direcção com a entrada do António Ribeiro. A Márcia Costa é a tesoureira e para além de mim, temos ainda o Bruno Ribeiro». Uma das “filosofias” do Rancho é «dar responsabilidades aos elementos do grupo».

Com 40/45 pessoas, o grupo está disponível para actuar em romarias. «Também participamos em Festivais mas só por permuta».

O Festival do Emigrante, a grande actividade do grupo, já tem data marcada, 12 de Agosto e terá a presença de ranchos infantis vindos de Porto, Arouca, Braga e «possivelmente iremos conseguir trazer um grupo composto por emigrantes».

Para organizar o Festival «precisamos de pedir como cegos e se não fosse o apoio da Câmara, da Junta de Freguesia, da EPATV e da Caixa de Crédito Agrícola e de pequenos comerciantes não

conseguíamos levar por diante o Festival». Alberto Malheiro reconhece que há uma mudança de paradigma na forma como o grupo se mostra à sociedade: «se no passado, a ideia é para limitar as actuações, com esta nova Direcção estamos disponíveis para actuar onde nos quiserem, e este ano, já estivemos no S. José, na Portela do Vade».

para o Rancho. «Temos mais dificuldades em recrutar rapazes mas vamos realizar uma iniciativa que julgamos nos irá trazer mais miúdos para o grupo». A iniciativa passa por «levar o folclore para a escola. São as nossas tradições que devem ser conhecidas desde cedo.

Iremos promover aulas com um par devidamente trajado».

Problemas com o ensaiador?

«Nunca tivemos problemas com o ensaiador. Tanto o anterior como o actual participam no ensaio. Há, portanto, um bom relacionamento entre eles e entre a actual Direcção». Os ensaios, abertos a toda a comunidade, realizam-se às sextas-feiras a partir das 21h00 na EB 2/3 de Vila Verde. Na forja está o desenvolvimento de actividades junto do Centro Escolar para angariar «miúdos novos, sobretudo, rapazes»,

Finanças Em termos financeiros, Alberto Malheiro reconhece que «a Associação está muito mal. O rancho resolve muitos problemas com a roupa e os próprios trajes custam muito dinheiro. Temos uma gestão apertada e rigorosa e não há comparação com o que tínhamos há alguns anos». No entanto, «o nosso grande projecto continua a ser a nossa sede.

Vamos agendar uma reunião com a Câmara para se decidir, uma vez por todos, o que se vai fazer».

Solução para a Casa da Botequina

Restauro ou permuta.

São as duas opções que estão em cima da mesa para resolver o problema da Casa da Botequina. «Serão sempre os sócios a decidir qual a melhor solução», revela o Presidente, Alberto Malheiro. O projecto está orçado entre os 170 mil e os 200 mil euros e a in-

tenção «é criar um espaço de ensaio, de brincadeira e de apoio escolar. Os vilaverdenses não têm ideia das dificuldades das nossas crianças. Por isso, a criação de uma sala de estudo está nos nossos planos». A verdade é que a Associação não tem dinheiro e «se não houver ajuda da Câmara

não conseguimos concretizar a obra». Daí a Câmara ter «sempre» a palavra final.

Alberto Malheiro recorda as iniciativas já realizadas: «leiloamos concertinas, demos um carro como prémio numas rifas, mas o dinheiro que está em caixa não é suficiente para arran-

car com a obra. Se tivéssemos metade da verba já poderíamos pensar em começar». O edifício «aguenta-se, para já» mas se continuar a ter infiltrações pode haver derrocadas mas a Direcção «está convencida que com a Câmara vamos encontrar uma solução».

Correto

Soou o sino com o toque para a missa. (Lat. sonare, emitir som)

Não exageres na dose de açúcar.

Já tenho doze anos de experiência no trabalho em culinária.

Na cozinha, tenho apenas uma mesinha, pois somos só dois.

A mezinha (remédio caseiro) está preparada com a dose apropriada.

Tenho cem escudos. (Não confundir quantificador numeral com a preposição.)

Estou sem (preposição) dinheiro.

Gostei muito daquela cena, ontem, no teatro.

Tenho apenas a cena de paus.

Tenho apenas a sena de paus.

Dê-me, por favor, quatrocentas gramas de fiambre

Dê-me, por favor, quatrocentos (sempre género masculino no sentido de peso) gramas de fiambre. No feminino, diz respeito a grama, por exemplo, de jardim.

Salvador de Sousa, professor Consultas: gramáticas, prontuários e outras fontes.

ASSINATURAS COMERCIAIS

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DESPORTO

Trail Antonino corre-se no dia 18 de Junho

• Prova vai integrar Taça de Portugal

António Valdemar ovilaverdense@gmail.com

Inscrições

As inscrições para o II Trail Antonino podem ser feitas através do site: w w w.c yclonessp or ts. com. Até ao dia 31 de Maio tem o preço de 10 euros (trail curto) e 12 euros (trail longo. Do dia 1 de Junho até ao dia 9 as inscrições aumentam dois euros.

Prémios Curto

1º 75 euros 2º 50 euros 3º 30 euros Trail longo O II Trail Antonino vai fazer parte do circuito da Taça de Portugal. A novidade foi dada por João Graça na apresentação da prova, no no dia 8 de Abril, no Salão Nobre do Município de Vila Verde, que contou com a presença do Vereador do Desporto, Patrício Araújo, e Ana Almeida, representante da empresa Zenit, principal patrocinadora da prova.

«Este convite que a Asso-

ciação Trail Running Portugal (ATRP) nos fez para incluir o circuito da Taça de Portugal é o reconhecimento do nosso trabalho e também o reconhecimento que reunimos as condições geográficas para desenvolver este tipo de iniciativas.

Por isso, quem vier participar na prova não se vai arrepender», disse o Presidente da Associação Vila Verde a Correr, que organiza a pro-

va, com o apoio da Câmara e da Junta de Freguesia de Vila Verde e Barbudo.

O Trail Antonino corre-se no dia 18 de Junho em duas vertentes: curta (16km) e longa (35km).

João Graça espera que o trail longo atraia atletas de renome nacional e o curto permita a iniciação à modalidade de mais atletas.

«O trail longo, de 35 quilómetros, onde esperá-

mos que venham atleta de renome nacional, é uma prova mais dura devido ao nível de dificuldade pelo acumulado positivo que apresenta de mais de 1200 metros. Esperemos que atraia muitos atletas de renome nacional.

No entanto, outro dos nossos focos é que cada vez mais apareçam mais atletas para a modalidade e nesse sentido a trail curto é o ideal».

O Presidente da Asso-

ciação Vila Verde a Correr espera, pelo menos, ter o mesmo número de atletas (710) da prova do ano passado. «Sabemos que não vai se fácil superar esse número, porque existem mais provas nesse dia, mas vamos trabalhar nesse sentido, até porque as equipas que inscreverem mais de 10 atletas oferecemos duas inscrições», rematou.

1.º 120 euros 2.º 80 euros 3.º 50 euros Equipas

1º 250 euros 2º 150 euros 3º 75 euros

«Concelho tem condições ímpares para este desporto» • Vereador do Desporto Patrício Araújo elogiou trabalho da Associação

Patrício Araújo, Vereador do Desporto do Município de Vila Verde, elogiou a organização da prova». «Este tipo de provas é um indicador de que o nosso Concelho tem condições ímpares para a prática de desportos ao ar livre. Esta adesão de mais de 700 participantes é ilustrativa da importância que a prova alcançou em tão pouco tempo. A Federação Portuguesa da modalidade ao incluir a prova na Taça de Portugal, é o reconhecimento da capacidade de organização e também do potencial do desporto denatureza do Concelho», disse o autarca.

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DESPORTO

«Não queremos fazer concorrência a ninguém» • «Não queremos fazer concorrência a ninguêm»

Está oficialmente constituída, desde o dia 30 de Abril, a Associação Desportiva de Vila Verde, uma nova colectividade que pretende actuar nas áreas desportiva, cultural e recreativa, procurando identificar e preencher as lacunas existentes no Concelho. A nova associação pretende ser «abrangente» e aberta aos vilaverdenses, com o objectivo de «projectar o nome de Vila Verde» nas mais variadas áreas.

«Tentaremos fazer algo de diferente, procurando ser uma mais-valia, porque há muitas áreas a explorar.

A nossa ideia é dar uma maior oferta a toda a gente.

Não queremos fazer con-

corrência a ninguém, pelo contrário, até porque vamos procurar trabalhar em sinergia com as associações já existentes», explicou o recém-empossado Presidente, Luís Pereira, que terá Paulo Gomes como líder da Assembleia-Geral e Nuno Ribeiro a presidir ao Conselho Fiscal.

Apontados ao voleibol feminino Nesta primeira, «as baterias vão estar apontadas» para o voleibol feminino, porque, de acordo com Luís Pereira, «há potencial e gente interessada» para que a modalidade possa ser implementada, à semelhança no que acontece no Conce-

lho de Amares.

«Temos uma página criada no “Facebook”, chamada “Vólei Vila Verde”, onde já fomos contactados por um grupo de jovens da Escola Secundária, que já jogam voleibol no Desporto Escolar há alguns anos, que se mostraram interessadas em jogar num clube federado.

Já fizemos alguns treinos com elas para avaliarmos o potencial. Se virmos que temos um projecto forte, que tenha continuidade e possa dar frutos, vamos avançar», frisa.

O responsável assegura que também existe «interesse» no andebol masculino, embora nesse caso ainda não exista nada estruturado.

«Precisamos de fazer esse estudo», vinca.

Segundo Luís Pereira, todos os passos dados pela recém-criada Associação Desportiva de Vila Verde serão devidamente pensa-

dos. «Não vamos fazer as coisas apenas porque nos apetece, sem estudo prévio.

Tem que haver um conjunto de premissas que nos digam com certeza que determinado projecto tem potencial e

pode ser dar certo. Sem as sinergias com as entidades e com as associações já existentes dificilmente teremos sucesso», assegura.

Ricardo Costa ovilaverdense@gmail.com

«Biclas&Borgas bateu todos os recordes» • «Somos os embaixadores do território vilaverdense»

O passeio de BTT “Biclas & Borgas” reuniu, no dia da Liberdade, mais de 300 betetistas que percorrem vários trilhos de 14 Freguesias do Concelho de Vila Verde nos dois percursos (25km e 45km). Com partida e che-

gada no Parque de Jogos do Faial, em Prado, os participantes ainda tiveram direito a saborear uma bifana no pão oferecida pela organização.

«O balanço é francamente positivo. Não só pelo facto

de termos tido o privilégio de ter passado em locais idílicos -Monte do Castelo, Monte de S. Julião e margens dos rios Homem e Cávado, assim como pelo trabalho que efectuámos, quer na abertura de novos trilhos, assim como na construção de alguns passadiços, que atribuíram ao percurso um valor, um encanto e muita piada adicional.

O feedback dos participantes revela que o nosso esforço valeu a pena. Durante a manhã do Dia da Liberdade, foi com enorme orgulho que fomos ouvindo rasgados elogios e reconhecimento, o que atesta que o nosso esforço e empenho valeram a pena», frisou Manuel Gonçalves, membro da organização.

Manuel Gonçalves realçou ainda o crescimento do passeio anual do Biclas&Borgas e enumerou alguns dos aspectos que têm contribuído para este sucesso. «Estávamos de facto à espera de um aumento considerável no número de participantes.

Tal sucedeu pelo trabalho desenvolvido ao longo dos anos. O Biclas&Borgas al-

cançou já um estatuto que o distingue no seio dos eventos desta natureza. O facto de nos mantermos fiéis à nosso origem não competitiva e a preocupação em querer proporcionar um evento que divirta os amantes deste desporto, faz de nós “únicos”. Com efeito, ano após ano, temos a preocupação de “engendrar” situações de carácter lúdico, diria até cómico! Este ano, por exemplo, proporcionámos aos participantes a passagem pelo interior de uma vacaria de produção leiteira», revelou.

Manuel Gonçalves referiu ainda que este passeio vai perpetuar-se no tempo. «Temos já “clientes habituais”.

O Biclas & Borgas está já, automaticamente, adicionado no calendário anual dos participantes. Para fazer jus a esse detalhe, este ano, por exemplo, um dos brindes a que os participantes tiveram direito foi precisamente um calendário alusivo ao Biclas & Borgas, que inicia e acaba no dia 25 de Abril (oferta Tipoprado). Este ano, elevámos de facto a fasquia.

Então, quando brindámos

(literalmente) os nossos “convidados”, com a Cerveja Artesanal LETRA, num momento e locais completamente inesperados, o espanto foi generalizado», frisou, acrescentando. «Tive oportunidade de referir no

briefing inicial aos participantes que o Biclas& Borgas assumiu um papel de embaixador do potencial do território vilaverdense, para os desportos de natureza».

António Valdemar ovilaverdense@gmail.com

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DESPORTO

«Foi a melhor edição de sempre»

• Motocross do Pico superou todas as expectativas «Foi a melhor edição de sempre». É assim que o Presidente da Junta de Freguesia do Pico de Regalados, Gondiães e Mós, César Cerqueira, faz o balanço da edição de 2017 da prova picoense, disputada no passado dia 1 de Maio.

«Superou todas as melhores expectativas», assinala o autarca, que vinca a «grande impressão que provocou nos responsáveis da Federação de Motociclismo de Portugal. Ficou impressionado, pelo número de pessoas, a qualidade da pista, o número de pilotos inscritos e todas as dinâmicas geradas».

RECORDE DE PILOTOS E VISITANTES

A prova bateu o recorde de pilotos de todas as edições do Troféu Norte (109). E mais de 3 mil pessoas voltaram a dar cor e brilho a mais uma edição.

Numa tarde de emoções e muita vibração, mais de uma centena de pilotos nacionais e espanhóis deram show em mais uma prova pontuável para o Troféu Norte, sob supervisão da Federação de Motociclismo de Portugal.

Mais um evento com a chancela da Junta de Freguesia do Pico, Gondiães e Mós, com o envolvimento do movimento associativo e recreativo local.

«Quero deixar, naturalmente, uma palavra a todas as pessoas que estiveram envolvidas na organização, no apoio e nos diferentes postos», refere César Cerqueira. Refira-se que o staff de apoio reuniu mais de uma centena de pessoas.

Carlos Machado Silva ovilaverdense@gmail.com

CN Prado é Vice-Campeão Nacional da Taça de Velocidade

• Canoístas pradenses com quatro medalhas de prata e duas de bronze

O CN Prado sagrou-se vice-campeão nacional na Taça de Portugal de Regatas em Linha (Velocidade), que se disputou nos dias 22 e 23 de Abril, no CAR de Montemor-o-Velho. Os canoístas pradenses não trouxeram nenhuma medalha de ouro, mas trouxeram para Prado quatro segundos lugares e dois terceiros. O atleta olímpico Hélder Silva ficou na segunda posição, em C1,

1000m, atrás de Nuno Barros (CN P. Lima) é à frente de Filipe Dias Vieira (Sporting). Em destaque esteve igualmente a jovem Márcia Faria ao conquistar dois segundos lugares na distância de 200 e 500m, em C1. Também em canoas, a júnior Ana Quintão foi terceira na distância de 200m. Maria Brandão, em k1, conquistou o segundo lugar e Bruno Macedo (k1) o terceiro, na

distância de 500m.

Nos kayaks masculinos, o grande destaque vai para Fernando Pimenta (CN P. Lima), que, no escalão sénior, venceu os 1000 e os 500 metros em K1, seguido de perto por João Ribeiro (SL Benfica) e por Emanuel Silva (SC Portugal), em ambas as distâncias.

A Taça de Portugal de Velocidade, que contou com perto de 600 atletas, atri-

buiu um total de 31 pódios individuais, incluindo as categorias de sub-23 e consagrou o Clube Náutico de Ponte de Lima como vencedor do evento, pela décima vez consecutiva, com um total de 3444 pontos, seguido do Náutico de Prado com 2352 pontos e do de Crestuma com 932 pontos.

António Valdemar ovilaverdense@gmail.com

Resultados 2º Hélder Silva (C1 Seniores 1000m) 3º Ana Quintão (C1 juniores 200m) 2.ª Márcia Faria (C1 juniores 200m) 2.ª Márcia Faria (C1 Juniores 500m) 2.ª Maria Brandão (K1 Cadetes 500m) 3.º Bruno Macedo (k1 Cadetes 500m)

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PÁSCOA

Moure cumpre tradição das “três cruzes” Compasso pascal percorreu Como já é habitual, no dia de Páscoa há “três cruzes” que percorrem a Freguesia de Moure, “dividindo-a” em parte de cima, centro e parte de baixo. Este ano, “a cruz de cima” foi acompanhada pelo pároco da Freguesia, Sandro Vasconcelos.

Os chamados “mordomos da cruz” fizeram a visita pascal às casas da Freguesia, para dar o compasso pascal a beijar aos habitantes e benzer as casas, desejando uma “Boa Páscoa” a todos os presentes.

Páscoa na Lage À semelhança de todos os outros anos, o dia de Páscoa foi vivido com alegria e intensidade na Lage. O compasso andou de casa em casa e foi recebido com alegria por todos os lagenses. Mais de 600 famílias deitaram flores ou fizeram um tapete de flores à sua porta e abriram as suas casas a Cristo Ressuscitado.

Este momento alto da vida de cada católico culminou com a tradicional “Missa de Recolha da Cruz”. As várias cruzes que calcorrearam a Freguesia encontraram-se no Lugar do Sobreiro, junto à Casa da Capela, e seguiram em procissão até à Igreja da Lage, onde foi celebrada a missa de recolha da cruz pelo pároco Constantino Sousa.

habitações de Atães e cumpriu tradição O compasso pascal de Atães voltou a cumprir a tradicional visita às habitações da localidade situada a Norte do Concelho de Vila Verde. Recém-chegado à paróquia, o padre Miguel Soares Tulumba liderou o compasso e, acompanhado do mordomo e restante comitiva, anunciou a ressurreição de Jesus Cristo.

Visita do Compasso na Vila de Prado No Domingo de Páscoa, o compasso passou nas várias famílias da Vila de Prado que abriram as suas portas a Cristo Ressuscitado.

A anunciar a chegada do compasso, iam à frente pelas ruas da vila os meninos das campainhas a tocarem alegremente. Assim, quando o compasso chegava as famílias já estavam prontas para o receber da melhor maneira. As famílias pradenses, fiéis à tradição, colocaram flores ou fizeram tapetes de flores à sua porta, para dizer que queriam que Cristo Ressuscitado entrasse em suas casas.

Vilarinho recebeu procissão Procissão dos Passos

Centenas de fiéis juntaram-se em Vilarinho, para assistir à Procissão do Passos.

Entre os figurantes estavam crianças e adultos e a Procissão, que assinalou as celebrações pascais, foi

aberta pela fanfarra de escuteiros.

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AGENDA

ACRD de Vilarinho comemora Dia da Mãe com actividades e espectáculos

Este ano, o Dia da Mãe comemora-se a 7 de Maio e a ACRD de Vilarinho já

começou os preparativos para a comemoração desta data, que será no parque desportivo de Vilarinho, com um cartaz recheado de actividades.

A programação inicia-se às 16h00 com animação musical do Grupo Sétima Vaga, segue-se às 17h00 uma surpresa pelas “mães dos jogadores” do clube e às 18h00 é a vez da actuação de Carlos Ribeiro e Cristiana Antunes. Durante o evento, haverá porco no espeto.

Esqueiros recebe caminhada solidária contra o cancro da mama no dia 7 de Maio

Inscrições para passeio a Santiago de Compostela terminam a 16 de Junho

Passeio de motas em Duas Igrejas no dia 7 de Maio Duas Igrejas recebe no próximo dia 7 de Maio o primeiro passo de motas de Santo António e São Sebastião, destinado a todo o tipo de motociclos.

A concentração está agendada para as 8h30, no parque da Igreja. O passeio arranca meia hora depois, estando o final previsto para as 13h00, no Senhor do Bonfim, em Goães, onde decorrerá o almoço.

Durante a tarde, haverá animação com jogos tradicionais, concertinas e «grandes surpresas», pro-

mete a Comissão de Festas de Santo António e São Sebastião, que organiza o evento.

Praça do Município recebe Exposição de Maios

A Freguesia de Moure recebeu a terceira acção de limpeza das margens e do leito da Ribeira de Febros, organizada pela Câmara Municipal de Vila Verde.

Este conjunto de acções, que têm sido realizadas em várias Freguesias do Concelho, pretendem desobstruir os cursos de água, retirando o lixo que é despejado

pontualmente para a ribeira, desde resíduos sólidos como roupa, plásticos e embalagens, a material vegetal, como ramos ou folhas.

Esta foi a vez da Freguesia de Moure “meter mãos à obra” e contou com ajuda dos Escuteiros de Moure e de Prado, da JSD de Moure e vários voluntários de Freguesias vizinhas.

A Junta de Freguesia de Vila Verde e Barbudo está a organizar um passeio a Santiago de Compostela, com visita de barco em Grove, que se realizará no dia 24 de Junho, com partida às 6h00

junto à igreja de Vila Verde.

As inscrições terminam no dia 16 de Junho.

Vila Verde assinala Dia Nacional contra a obesidade com caminhada no dia 20 de Maio

O jardim da Praça do Município de Vila Verde recebe, nos primeiros dias de Maio, a tradicional Expo-

sição de Maios, promovida pela Junta de Freguesia de Vila Verde e Barbudo e pela Associação Cultural e Re-

creativa de Barbudo. Este ano, foram produzidos 36 exemplares diferentes. A cada um dos participantes,

a organização ofereceu um prémio de participação.

«Vamos caminhar juntos para semear saúde» é o mote da caminhada “Prósaúde”, organizada pela Junta de Freguesia de Vila Verde e Barbudo, que se realiza no dia 20 de Maio, para assinalar o Dia Nacional contra a obesidade.

As inscrições já estão abertas e podem ser feitas na Junta de Freguesia ou na secretaria da USF Pró-Saúde.

Quinta-feira 04 MAIO 2017

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SOCIEDADE

Notário Rodrigo António Prieto da Rocha Peixoto Cartório Notarial Largo Barão de S. Martinho, nº 13, 4º,- 4730-306 – Braga Tel. 253265216 – Telem. 918374897 – Fax 253265215 Notariorodrigorpeixoto@sapo.pt JUSTIFICAÇÃO ____ CERTIFICO, para efeitos de publicação, que por escritura outorgada hoje, lavrada a folhas 40 e seguintes, do livro 237E, deste Cartório, a cargo do Notário Lic. Rodrigo António Prieto da Rocha Peixoto, que ANTÓNIO DE FREITAS FERNANDES, NIF 123 129 230, C.C. nº 05871654 8ZZ5 válido até 5/5/2018 e mulher, MARIA CELESTE RODRIGUES, NIF 123 129 273, C.C. nº 07497983 3ZZ0 válido até 7/4/2018, casados no regime da comunhão de adquiridos, ambos naturais da freguesia Sobreposta, deste concelho, nela residentes na Rua da Fábrica, nº2, declaram: ________ ___________________________________________________________ Que são, actualmente e com exclusão de outrém, donos e legítimos possuidores do prédio rústico composto por eucaliptal, com a área de cinco mil e setenta e oito metros quadrados, sito no lugar de Além de Cima, freguesia de Carrazedo, concelho de Amares, a confrontar do Norte com herdeiros de José Graça, do Sul e Nascente com caminho público e do Poente com a Estrada Nacional, omisso na Conservatória do Registo Predial de Amares, inscrito na matriz sob o artigo 438, com o valor patrimonial tributário de 500.00 €, a que atribuem igual valor. ____________________________________________________ ________________________ Os justificantes adquiriram o imóvel, já como casados, por compra que dele fizeram a Josefa Arantes Rodrigues e marido, Abel Pereira, residentes no lugar da Ribeira, freguesia de Barbudo, concelho de Vila Verde, no ano de mil novecentos e oitenta e seis. _______________ _________________________________ Tal contrato não foi reduzido a escritura pública, e os então vendedores são já falecidos. __________________________ ______________________ ___________ Então assim os justificantes há mais de vinte anos na detenção e fruição do prédio. _______________________________________________________________________ Essa detenção e fricção foram adquirida sem violência, e exercida por eles em seu próprio nome e interesse, sem interrupção, ocultação ou oposição de quem quer que fosse, de modo a poderes ser conhecidas por todo o interessado em contrariá-las. ________________________ _____________________________________ Tal posse, assim mantida e exercida, foi-o sempre em nome e no interesse exclusivo deles, traduzindo-se nos factos correspondentes a uma normal utilização do prédio, plantando e cortando árvores, aproveitando a madeira, procedendo a sua manutenção e limpeza, e pagando os interesses impostos. ______________ ______ É assim tal posse pacifica, púbica, continua, tendo durado mais de vinte anos, pelo que lhes faculta a aquisição do prédio por usucapião. ________________________ Nestes termos, e para levar ao registo o seu direito, vem proceder à sua justificação, invocando a usucapião. ___ _____________________________________________ ESTÁ CONFORME O ORIGINAL NA PARTE TRANSCRITA. ____________________ Braga, vinte e sete de fevereiro de dois mil e dezassete. _______________ O notário, _______________________________________________ Factura/Recibo nº 294/001/2017-2

Perto de uma dezena de ginásios e espaços de actividade física do concelho de Vila Verde uniram-se em torno do projecto “Activar Vila Verde”. O mote foi a comemoração do Dia Mundial da Actividade Física, no passado mês de Abril. Foi a primeira actividade de uma série de outras acções a dinamizar até Junho, no âmbito do projecto “Vila Verde Activa”, promovidas pelos Serviços de Acção Social e Desporto do Município e os seus parceiros.

Cronograma das actividades 4/5 - Movimento Orientado, Vila Verde 11/5 - Let´s Go, Loureira 14/5 – Feira do Desporto, Vila Verde 18/5 - Clube Náutico de Prado, Prado 21/5 – Feira de actividades com todos os parceiros, Vila Verde 17/6 – Festas de Prado, demonstração (a confirmar)

Todas estas actividades serão abertas a toda a população de forma gratuita e pretendem que a população possa experienciar nos próprios espaços as actividades desenvolvidas pelos respectivos parceiros.

NOTÁRIA

NOTÁRIA

MARIA TERESA JÁCOME DE SOUSA AMORIM CORREIA

MARIA TERESA JÁCOME DE SOUSA AMORIM CORREIA

AVENIDA DA LIVERDADE, Nº 682, 1º ESQº, BRAGA ______ Certifico, para efeitos de publicação, que a folhas 79 e seguintes do livro de notas nº 163-A deste Cartório, sito na Avenida da Liberdade nº 682, 1º, esqº, da cidade de Braga, se encontra exarada uma escritura de justificação notarial, outorgada hoje, na qual: ______________________ _______________________ _________ JOSÉ DE SOUSA CACHETAS, NIF 167 567 217, casado com Aida da Conceição sob o regime da comunhão de adquiridos, natural da freguesia de Oleiros, do concelho de Vila Verde, residente na Residência do Paço, Rua José Sarmento, nº 13, 3º dtº, da cidade de Braga, titular do Cartão de Cidadão número 031309798ZY8 válido até 14/03/2022, declarou: __________________________ ______ Que é dono e legítimo possuidor, como exclusão de outrem, do seguinte imóvel: _____________________________________________________ ______ ________ Prédio rústico denominado “Leira na Veiga” ou “Leira da Veiga”, sito no lugar da Veiga, freguesia de Oleiros, do concelho de Vila Verde, composto por terreno de cultivo com videiras, com a área de dois mil trezentos e vinte metros quadrados, a confrontar do norte com José Rodrigues, do sul com António Leitão da Cunha, do nascente com Rosa Dias e do poente com caminha da Veiga (público), descrito na Conservatória do Registo Predial de Vila Verde sob o número MIL DUZENTOS E SESSENTA E DOIS – OLEIROS, inscrito na respetiva matriz, em nome do requerente, sob o artigo 719, com o valor patrimonial tributário, e atribuído, para efeito deste ato, de sessenta e sete euros e cinquenta cêntimos. __________ ______________________________________ _____ Que a aquisição do imóvel está registada na Conservatória a favor de Matilde da Silva Gomes, casada com José Domingues, residente no lugar da Igreja, da dita freguesia de Oleiros, pela inscrição da apresentação três, de dezoito de outubro de mil novecentos e vinte e quatro. _____________________ _______ Que a titular inscrita e o seu marido são os avós maternos do justificante, tendo o referido imóvel sido adjudicado À filha Maria Gomes de Sousa, mãe do justificante, em partilha das respetivas heranças efetuada, com os demais interessados, por escritura lavrada por volta do ano de mil novecentos e sessenta. _____________________________________________________ ____ _______ Que a mencionada Maria Gomes de Sousa foi casada em primeiras e únicas núpcias de ambos e sob o regime da comunhão geral com Manuel Augusto Cachetas, ambos já falecidos, com última residência habitual no lugar da Aldeia, na dita freguesia de Oleiros. __________________ ________________________ _______ Que o justificante adquiriu o aludido prédio por adjudicação no Inventário facultativo número trinta e cinco/ oitenta e um, atualmente no arquivo com o número nove mil e vinte e quatro, a que se procedeu por óbito do aludido Manuel Augusto Cachetas, seu pai, cujos autos correram os seus termos no Tribunal da Comarca de Braga – Vila Verde, Unidade Central, Primeira Secção, tendo a partilha sido homologada por sentença de vinte e um de outubro de mil novecentos e oitenta e um, transitada em julgado em doze de novembro do mesmo ano.

O imóvel objeto desta justificação está ali identificado sob a verba dezoito. _________________________________________________________ _ ______ Que, com vista à localização da escritura de partilha que titulou a transmissão da titular inscrita para a citada Maria Gomes de Sousa, fez várias diligências no Cartório Notarial de Vila Verde, nos dos concelhos limítrofes e no Arquivo Distrital de Braga, mas sem obter qualquer resultado positivo. ________ _______ Que, nos termos expostos, assim fica justificado o direito de propriedade que detém sobre o mencionado prédio, com vista ao reatamento do trato sucessivo no registo predial. ______________________________________ ________ ESTÁ CONFORME O ORIGINAL. _______________________________ ________ Braga, 11 de abril de 2017. ___________________________________ ________ A Notária, Emitido recibo da conta registada sob o n.º

Vila Verde junta ginásios e promove actividade física

AVENIDA DA LIBERDADE, Nº 682, 1º ESQº, BRAGA _____ Certifico, para efeitos de publicação, que a folhas 83 e seguintes do livro de notas nº 163-A deste Cartório, sito na Avenida da Liberdade, nº 682, 1º, esqº, da cidade de Braga, se encontra exarada uma escritura de justificação notarial, outorgada hoje, na qual: _____________________ ________________________ _______ JOSÉ DE SOUSA CACHETAS, NIF 167 567 217, natural da freguesia de Oleiros, do concelho de Vila Verde, e mulher, AIDA DA CONCEIÇÃO, NIF 155 645 994, natural da freguesia de Frechas, do concelho de Mirandela, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, residentes na Residência do Paço, Rua José Sarmento, nº 13, 3º dtº, da cidade de Braga, titulares dos Cartões de Cidadão respetivamente números 03130979 8 ZY8 válido até 14/03/2022 e 3189379 1 ZZ3, válido até 07/01/2021, declaram: _____________ Que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do seguinte imóvel: __________________ ____________________ Prédio rústico denominado “Leira do Mato em Baltar” ou “Leira Chamada de Baltar”, sito no lugar de Baltar, freguesia de Oleiros, do concelho de Vila Verde, composto por terreno de mato, com a área de trezentos e cinquenta metros quadrados, a confrontar do norte e nascente com António Fernandes, do sul com Joaquina da Costa e Filhos, e do poente com António Leitão, descrito na Conservatória do Registo Predial de Vila Verde sob o número MIL DUZENTOS E SESSENTA E SETE – OLEIROS, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 443, com o valor patrimonial tributário de €2,26. __________ Que adquiriram a totalidade daquele prédio por compra que fizeram com dinheiro de ambos, a Manuel Pimentel e mulher, Maria da Conceição Loureiro, ao tempo residentes no lugar de Carregosa, freguesia de Prado (Santa Maria), do concelho de Vila Verde, titulada por escritura lavrada em trinta e um de agosto de mil novecentos e oitenta e três, a folhas vinte e duas verso e seguintes do livro de notas número quinhentos e setenta e quatro – B do extinto Cartório Notarial de Amares. __________________________________________________________ Que as confrontações do imóvel mudaram relativamente à descrição predial por alteração superveniente às mesmas. ___________________________________ Que se encontra registada na Conservatória do Registo Predial a aquisição de metade indivisa do imóvel a favor de António Gomes, casado, residente no lugar de Paúl, da dita freguesia de Oleiros, pela inscrição da apresentação dois, de oito de agosto de mil novecentos e doze, sem haver qualquer registo de aquisição quanto à restante metade indivisa. _______________________ Que, com vista à localização de algum título comprovativo da transmissão do titular inscrito, bem como do proprietário da restante metade indivisa, para os mencionados vendedores, fizeram várias diligências no Cartório Notarial de Vila Verde, nos dos concelhos limítrofes e no Arquivo Distrital de Braga, mas sem obterem qualquer resultado positivo. ________________ Mas desde aquele ano de mil novecentos e oitenta e três eles, justificantes, estão na posse do mencionado prédio, roçando o mato, gozando todas as utilidades por ele proporcionadas, com ânimo de quem exercita direito próprio, pagando os respetivos impostos, sendo reconhecidos como seus donos por toda a gente, fazendo-o de boa fé por ignorarem lesar direito alheio, pacificamente, porque sem violência, contínua e publicamente, à vista e com o conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém – e tudo isto por um lapso de tempo superior a vinte anos. ____________________________ ______ Que dadas as enunciadas características de tal posse, adquiriram o identificado prédio, na sua totalidade, por usucapião, o que invocam para efeito de estabelecimento de novo trato sucessivo quanto à metade indivisa registada e registo de todo o imóvel em seu nome. _______________________________ ____ Que, nos termos expostos, assim fica justificado o direito de propriedade que detêm sobre o mencionado prédio, a que atribuem o valor de mil euros. ________________________________________________________ _________ Que são casados sob o regime da comunhão de adquiridos e não sob o regime de comunhão geral, como, por lapso, consta na aludida escritura de compra e venda. _________________________________________________________________ ESTÁ CONFORME O ORIGINAL. ___ ____________________________________ _______ Braga, 11 de abril de 2017. ____________________________________ _______ A Notária, Emitido recibo da conta registada sob o nº

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