O Vale do Neiva - Edição 99 julho 2022

julho 2022 edição 99 Propriedade:

A MÓ • Associação do Vale do Neiva (Cultural, Património e Ambiente) Barroselas Mensal Gratuito Versão digital

Caminhada das cinco fontes pág. 4

Festa do dia da freguesia de Durrães e Tregosa pág.

Vila de Punhe

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Escola de Hotelaria e Turismo de Viana do Castelo visita Vila de Punhe | pág. 5

Vila de Punhe

Caminhada ao Monte de Roques | pág. 6

Tregosa

As atividades do Centro Social e Paroquial de Tregosa | pág. 7

Literatura Três leituras para aquecer em julho página 9

índice

Crónica Chá do Peregrino

edição 99 julho 2022

Benefícios da praia para a saúde

Os E.N.V.C. e os trabalhadores do Vale do Neiva

página 10

página 11

página 12

Mitos e lendas A serpente emplumada página 13

ficha técnica

redação:

editorial

edição:

Rio Neiva junto à Ponte Velha apresenta-se mais asseado

colaboradores:

por José Maria Miranda

diretoria e administração:

Direção de “A Mó” José Miranda Manuel Pinheiro Estela Maria António Cruz 99 – julho 2022

Alcino Pereira Américo Manuel Santos Ana Sofia Portela Associação Cultural de Mujães Daniela Maciel Fernando Fernandes Francisco P. Ribeiro J. F. Vila de Punhe José Händel de Oliveira José Maria Miranda Martinho Cerqueira Pedro Tilheiro design gráfico:

Mário Pereira paginação:

Cristiano Maciel supervisor:

Pe. Manuel de Passos contacto da redação:

Avenida S. Paulo da Cruz, Edifício Brasília, 3, Fração F 4905-335 Barroselas e-mail:

redacaojornalvaledoneiva@gmail.com periodicidade:

Mensal

formato:

Digital

distribuição:

Gratuita

Os artigos de opinião são da inteira responsabilidade dos seus autores, podendo ou não estar de acordo com as linhas editoriais desta publicação.

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edição 99 • julho 2022

Presidente da Direção d’A Mó

A

sala de visitas junto Ponte Velha em Tregosa, é um local privilegiado da natureza. Neste espaço, existe uma praia fluvial e todos os anos realizam-se dois importantes eventos: Festival de Folclore e Arredas FolkFest.

Tanto um como o outro desenrolam-se sobre um palco colocado no leito do rio Neiva. Este ano, o nosso rio Neiva, apresenta-se com várias ilhotas carregadas de vegetação em todo o correr do seu leito (ver foto). Com os já referidos eventos à porta entendeu a Autarquia e (muito bem) que chegou o momento de avançar com uma intervenção de fundo para recolocar este espaço na sua forma original. Dizem os entendidos em questões ambientais que esta situação anormal está inteiramen-

te ligada à falta de cheias pois são elas que varrem todo o curso de água. Não dizemos o contrário, mas, quando a natureza não consegue manter a situação normal (rio limpo), cabe ao homem resolver de imediato a situação.

Rio Neiva antes da intervenção

Rio Neiva intervencionado

Agora sim, com o rio Neiva todo asseado, receberá os respetivos eventos com a dignidade que merecem.

Autarquia atenta, situação resolvida – Os Tregosenses agradecem este carinhoso gesto para com o nosso rio Neiva.

local » durrães e tregosa

Festa do dia da freguesia de Durrães e Tregosa ●● 13h00: Almoço gratuito ●● 14h30: Atuação das

●● por José Maria Miranda Presidente da Direção d’A Mó

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o passado dia 19 de junho, realizou-se a festa do dia da Freguesia que este ano teve lugar em Durrães. Estiveram presentes na Cerimónia: O Sr. Vice-Presidente da Câmara de Barcelos, Domingos Pereira, acompanhado pelo seu Secretário José Luís Dias, Sr. José Dias, Presidente da Junta de Freguesia, acompanhado pela Sr.ª Andreia Castro e Sr. Joaquim Ferros, respetivamente Tesoureiro e Secretário. Dr. Rogério Barreto, Presidente da Assembleia de Freguesia, Reverendo Pároco da Freguesia de Tregosa, Padre Manuel Brito e o Reverendo Padre Lopes Lima, ex. Pároco da Freguesia de Durrães,Estiveram presentes autarcas do Minho bem como figuras ligadas a outras áreas.

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Cantadeiras do Lírio do Neiva 15h00: Atuação do Rancho Folclórico de Moure, Barcelos 15h30: Atuação do Grupo Modilhas das Terras do Neiva 16h00: Atuação do grupo “Amigos de Lijó” 17h00: Atuação do Rancho Folclórico de Tregosa 18h00: Caldo verde (Gratuito)

verendo Padre Lopes Lima ex. Pároco da Freguesia de Durrães. Seguiu-se o almoço que, constava de arroz com feijão e carne de porco assada. Findo o almoço, os grupos presentes animaram a tarde com música variada. Finalmente e para terminar, houve caldo verde acompanhado com uma sande. A população das duas freguesias, aderiu e

era notório, a alegria em conviver novamente, após a pausa de dois anos por motivo de Pandemia. Todos agradeceram à Autarquia e elementos da Organização, pela realização deste evento, cujo o objetivo principal é: criar oportunidade para um salutar convívio entre as duas populações. E o objetivo foi conseguido. Até ao ano em Tregosa.

No Pavilhão Desportivo do Campo de Futebol Daniel Costa Maciel, teve lugar os habituais discursos e homenagem ao Re-

Programa: ●● 11h00: Missa do dia –

Igreja Paroquial ●● 11h45: Romagem ao ce-

mitério – Colocação de coroa de flores Campo de futebol Daniel Costa Maciel: ●● 12h00: Homenagem ao Ex Pároco Sr. José Francisco R. Lopes Lima jornal

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local » mujães

Caminhada das cinco fontes

por Associação Cultural de Mujães acmujaes@hotmail.com

A

Associação Cultural de Mujães tem nos seus maiores propósitos, promover o património e desenvolver hábitos de vida saudável e sustentáveis, pelo que, no domingo 15 de maio, realizou a Caminhada das 5 fontes cujo itinerário integrou paragens pelas principais fontes públicas de Mujães num percurso circular de aproximada-

mente 11 km pela freguesia.

Manter um contacto regular com a natureza tem grandes benefícios para a saúde, quer física quer mental. Num trajeto acessível, com início no polidesportivo de Mujães, os caminhantes partiram seguindo pela Rua Nª Sra. das Neves, em direção ao lugar de Mámua para visitar as Fontes de Mámua (da Macaca) e do Cabouco, prosseguindo pela Costa, com paragem nas fontes do Fundão, da Fonte Nova e do Paço, no lugar do Paço, e por último, na Fonte da Casqueira. Os caminheiros disfrutaram da paisagem e da calmaria da tarde domingueira; ouviram dos mujanenses que integravam o grupo recordações

dos costumes e tradições das idas à fonte, e mesmo, episódios mais insólitos que por ali aconteceram. Retemperaram-se energias com a oferta de um pequeno lanche na sede da coletividade.

Convidam-se os sócios e simpatizantes a aderir às próximas iniciativas, cuja divulgação é feita nos locais públicos e via Facebook Associação Cultural de Mujães.

Festa da Criança em Mujães por Associação Cultural de Mujães acmujaes@hotmail.com

T

endo como parceiros a CSIF do Vale do Neiva e a Câmara Municipal de Viana do Castelo, a Junta de Freguesia de Mujães e a Associação Cultural de Mujães, foram coorganizadores da Festa da Criança no sábado 4 de junho entre as 15 e as 19 horas. A iniciativa pretendeu ser comemorativa do dia Mundial da Criança, reuniu uma série de atividades para os mais pequenos que disfrutaram da utilização de insufláveis; realizaram um circuito de desafios (o Passe da Criança Feliz consistiu

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num conjunto de provas de destreza física e de ateliês de manualidades) e participaram na Hora do Conto dinamizada pela escritora de literatura infantojuvenil Carina Novo. Aproveitando o bom tempo, uma centena e meia de crianças acompanhadas pelos pais, avós ou irmãos mais velhos encheram o amplo e aprazível recinto junto ao Centro Paroquial de Mujães num convívio alegre e enriquecedor. A Associação Cultural de Mujães e a Junta de Freguesia agradecem a todos os voluntários que ajudaram a dinamizar as atividades proporcionadas às crianças bem com a todos os parceiros envolvidos.

local » informação autárquica

Escola de Hotelaria e Turismo de Viana do Castelo visita Vila de Punhe

por Junta de Freguesia de Vila de Punhe junta.vilapunhe@gmail.com

A

s turmas de cozinha, pastelaria, receção e bar da Escola de Hotelaria e Turismo de Viana do Castelo realizaram, no dia 2 de Junho, uma visita de estudo à freguesia de Vila de Punhe.

Os 17 alunos, que estavam acompanhados por três professores, deslocaram-se de Viana do Castelo até Vila de Punhe por comboio, sensibilizando para a importância dos transportes públicos.

Depois de terem visitado o Moinho do Inácio, foram a caminhar até ao Forno Comunitário. Assis-

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tiram à confeção da broa, almoçaram e desfrutaram do espaço verde envolvente.

Por entre os caminhos rurais da freguesia, estabeleceram contacto com o Sr. Fausto e a D. Emília que estavam nas suas atividades agrícolas.

Para o final, ficou a visita ao Museu do Mel e do Caulino, que contou com a apresentação de uma técnica da Câmara Municipal de Viana do Castelo. Uma atividade que muito honrou a

autarquia vilapunhese e que contribuiu, por certo, para entender a multifuncionalidade dos espaços rurais, a importância dos saberes e do património local.

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jornal

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local » informação autárquica

Caminhada ao Monte de Roques

por Junta de Freguesia de Vila de Punhe junta.vilapunhe@gmail.com

E

sta ação insere-se no projeto do Agrupamento de Escolas de Barroselas “Nós e a Serra - Conhecer para Valorizar”, e conta com a colaboração da Junta de Freguesia de Vila de Punhe.

No dia 13 de maio, os alunos das turmas V2A3A e V2B4A, os professores (Titulares de Turma, Apoio Educativo e Professor de Artes Visuais) e o Presidente da Junta de Freguesia realizaram uma caminhada até ao Monte de Roques.

Durante o percurso foi possível identificar flores relacionadas com a produção do mel, árvores autóctones da região, observar locais históricos como o “Cruzeirinho”, local onde esteve implantado o pequeno cruzeiro paroquial do séc. XII,

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as ruínas do secular Castro de Roques, a pegada do Santinho, uma erosão numa rocha com a forma de um “coração de Viana”, inscrições em algumas pedras e ainda a entrada da gruta Boca da Serpe.

Do cimo do monte apreciou-se uma excelente vista para a Ribeira Lima.

Esta caminhada permitiu o contacto com a natureza, fauna e flora, a prática de exercício físico, e mais conhecimento sobre os vestígios históricos locais.

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local » tregosa

As atividades do Centro Social e Paroquial de Tregosa

por Ana Sofia Portela Centro Social e Paroquial de Tregosa

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Centro Social Paroquial de Tregosa, IPSS, está em atividade desde o ano 2000. Esta instituição orienta basicamente a sua missão em três pilares, entre outros: o apoio às famílias, o desenvolvimento de atividades promotoras do desenvolvimento psicomotor dos seus utentes, e, a promoção de oportunidades de conhecimento/sensibilização/lúdico-didaticas à comunidade onde está inserido. Assim, durante o mês de maio e junho foram realizadas várias iniciativas das quais destacamos: “Por uma Mãe Saudável”: no domingo dia 1 de maio, de forma a homenagear todas as mães a Associação Desportiva e Cultural de Tregosa em parceria com o Centro Social Paroquial proporcionaram um dia de atividades. Durante a manhã, no Centro Social houve “Massagem de sons com Taças Tibetanas e Concertos” pela Céu Figueiras e, em simultâneo, decorreu uma Feirinha, que além de ser de angariação de fundos, foi uma partilha gastronómica e de artesanato fantástica.

Desde já o nosso agradecimento a todos quantos colaboraram nesta Feirinha. Na A.D.C.T. houve uma aula de

“Ginástica Localizada” pela professora Marta Maciel e à tarde uma “Caminhada”.

As ofertas para as mães elaboradas pelos nossos utentes foram um regalo para todas e como manda a tradição minhota foi feito o “Maio” para dar as boas-vindas ao novo mês.

O mês de junho começou da melhor forma! No dia 1 a lembrar o Dia da Criança realizou-se um pequeno convívio e no dia 4 a “Festa da Criança” juntando a nossa instituição, a ADCT e a Catequese num dia recheado de atividades: durante a manhã houve Pilates e Dança e à tarde um lanche e insufláveis, terminando com a celebração na igreja paroquial às 18h.

No dia 9 de junho, tivemos um grande momento. Realizou-se a Sessão de Esclarecimento do projeto “Procuidador” um projeto dirigido a cuidadores de pessoas com Demência e AVC. Este projeto pretende cons-

tituir-se como uma oportunidade de capacitação dos cuidadores do concelho de Barcelos e a nossa instituição apresenta-se como colaboradora neste projeto.

Deixamos o apelo a quem for cuidador de pessoas residentes no Concelho de Barcelos com estas patologias, ou mesmo quem não for cuidador, mas pretender ter acesso a esta formação, para entrar em contato connosco o mais breve possível, para assim obter mais informações sobre este projeto e garantir ainda sua integração no mesmo.

As vagas do mês de julho “Férias de Verão no ATL” já estão esgotadas, mas ainda temos vagas para Praia, quem pretender, entre em contacto o mais breve possível para garantir ainda um lugar: Para o próximo ano letivo, ainda temos vagas, por isso, convidamos a entrar em contato connosco para saber mais sobre as nossas valências, de salientar que a segunda quinzena de agosto estaremos encerrados.

A todos deixamos votos de férias felizes. Seguimos juntos!

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SOLECRAB | ASOGERT

XXX FESTIVAL INTERNACIONAL DE FOLCLORE "ÁGUAS DO NEIVA" 23 DE JULHO DE 2022 21H00 Abertura com os Tradicionais Arredas 21H30 Fadista Carla Cortez

Grupo Folclórico de Tregosa BARCELOS | TREGOSA

Liga Tari Mahasiswa Krida Budaya INDONÉSIA

Rancho Típico Sambrasense ALGARVE | SÃO BRÁS DE ALPORTEL

Ballet Folklórico del Instituto Tecnológico de Celaya MÉXICO

Ronda Típica da Meadela VIANA DO CASTELO | MEADELA

crónica » literatura

Três leituras para aquecer em julho

por Daniela Maciel dani18maciel@hotmail.com

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ste mês trago-lhe a sugestão de três livros cujas histórias vão aquecer o seu verão… e o seu coração.

“A Casa no Mar Cerúleo” T. J. Klune 2022

«A Casa no Mar Cerúleo», de T. J. Klune, dá-nos a conhecer Linus Baker, um assistente social que leva uma vida solitária e sossegada.

Trabalha para um departamento que cuida e protege crianças com poderes mágicos. Linus vai receber uma tarefa altamente secreta: viajar para o orfanato da ilha Marsyas, dirigido pelo charmoso e enigmático Arthur Parnassus. Nesse local

residem seis crianças com capacidades potencialmente perigosas e Linus terá uma grande decisão pela frente.

«A Casa no Mar Cerúleo» é uma história repleta de seres mágicos, de amor, de gargalhadas, de sol e de um céu muito azul. É uma narrativa adorável, doce, escrita com grande sensibilidade e tão humana que ficará para sempre no coração dos leitores que percorrerem estas páginas.

ções, as suas dores, as suas ânsias.

Adorei completamente a estrutura deste livro, a forma como o autor conta a história, como por vezes se dirige ao leitor. A escrita é simplesmente deliciosa; o autor conta esta história como se nos estivesse a embalar. Só queria ler devagar para apreciar cada palavrinha, cada frase.

«Gente Ansiosa» é original na sua simplicidade.

A história em si não é nada de especial. É uma história simples, com laços entre as personagens, entre o passado e o presente, e tudo acaba por fazer muito sentido no fim.

Gostei tanto, tanto! Vale completamente a pena!

“Gente Ansiosa” Fredrik Backman 2022

«Gente Ansiosa», de Fredrik Backman, é diferente de tudo o que já li. É uma história sobre um assalto a um banco que corre mal, e o assaltante acaba por fazer reféns num apartamento que está à venda e a ser visitado naquele momento. Esta acaba por ser uma história de várias pessoas que se cruzam naquele apartamento, cada uma com as suas vivências, as suas preocupa-

“O Prof” Vi Keeland 2018

«O Prof», de Vi Keeland, conta-nos a história de Rachel e Caine. Eles não se conhecem propriamente da forma mais simpática. Ela

está num bar, um bocado bêbada, confunde-o com outra pessoa e vai insultá-lo rudemente. No dia seguinte, descobre que ele é o professor de uma disciplina em que ela vai lecionar como professora assistente. Um início que logo ali promete momentos bem engraçados!

As interações entre os dois nem sempre são simpáticas, o que naturalmente se traduz em momentos de gargalhadas para o leitor.

Este é um livro que fala sobre perdão, principalmente a capacidade de nos perdoarmos a nós próprios.

Por vezes, acontecem coisas ruins na nossa vida, que deixam marcas, mas em que a culpa não é nossa. Isso deixa-nos com uma grande sensação de culpa mas a verdade é que, se voltássemos atrás, não conseguiríamos mudar a forma como aconteceu. É importante perdoarmo-nos para podermos seguir em frente.

Em conclusão, «O Prof» é uma história bonita, com algum erotismo, muitos momentos engraçados e ótima para intercalar com leituras mais morosas. Para os leitores mais românticos e a precisar de ler qualquer coisa diferente, este livro será uma boa escolha para uma tarde relaxada no sofá!

Espero que estas sugestões de leitura sejam cativantes e que escolha alguma delas para lhe fazer companhia nas férias. Desejo-lhe um mês recheado de bons livros! jornal

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saúde » benefícios da praia

Benefícios da praia para a saúde

por Ana Sofia Portela enf.anasofia@gmail.com Enfermeira especialista em Enfermagem Comunitária USF Aqueduto – ACES Vila do Conde/Póvoa do Varzim

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os meses mais quentes do ano as idas à praia são uma das atividades mais frequentes. Mas será que a Praia faz mesmo bem à saúde? A resposta é simples: claro que sim! Independentemente da idade da pessoa, a praia apresenta vários benefícios para a saúde, os quais podem manter-se a curto como a longo prazo, ora vejamos alguns: A nível físico: A brisa marítima transporta partículas da água salgada do mar, que por sua vez, tem dissolvidas elementos que ajudam na “limpe-

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za” das vias aéreas, por este motivo, permite “respirar melhor”, pois há uma maior mobilização de secreções, fluidificação das mesmas pela humidade marítima, o que pode refletir-se, por exemplo, na diminuição de acessos de tosse, e, na diminuição de exacerbações de doenças respiratórias.

Os passeios a pé na praia, apresentam vários benefícios: são muito positivos para as articulações dos pés, dos joelhos e das ancas.

Caminhar na areia, permite que a pele da planta do pé sofra uma esfoliação por causa da areia que renova a pele de forma natural, o que também se pode manifestar na diminuição de problemas de pele nos pés, como a diminuição de calosidades.

Se caminhar e molhar os pés ainda é melhor! A água é boa para os músculos, só o facto de as ondas baterem nas pernas é suficiente para relaxar, como numa massagem. Dentro de água temos a sensação de que o nosso peso diminui, o que facili-

ta os nossos movimentos.

O retorno venoso torna-se mais eficaz e a drenagem linfática também melhora.

A exposição ao sol permite que o nosso organismo produza vitamina D, essencial para a absorção adequada de cálcio nos ossos.

A nível psicológico: Ir à praia ajuda a diminuir a ansiedade e o stress, isto graças à ativação de determinadas zonas do nosso cérebro que são estimuladas pelo contacto com o mar, por isso, no final do passeio na praia, ao sentar na areia, vem aquela sensação de satisfação, que até pode levar a uma sesta. Isto porque aumenta os níveis de serotonina, um neurotransmissor que regula o humor, o sono e a sensibilidade, e, por consequência, diminui os níveis de ansiedade e leva a descontração e até a um sono reparador.

A nível da relação com os outros: Ir à praia, permite o contato com outras pessoas, numa sensação de partilha “por algo em comum querido a todos”, pode ser uma atividade feita em família, em grupo de amigos, de várias idades, ou seja, permite quebrar o isolamento, o encontro intergeracional, a partilha de experiências, a transmissão de saberes, a descoberta dos recursos naturais e a sua preservação, entre outros.

Em conclusão, as idas à praia, apresentam inúmeros benefícios, por isso, uma boa terapia para este verão: vá à praia! Contudo, não se esqueça do protetor solar, dos horários e das precauções de segurança para evitar acidentes. Tire o melhor proveito da praia, com segurança e muita boa-disposição!

crónica » estaleiros navais de viana do castelo

Os E.N.V.C.e os trabalhadores do Vale do Neiva

por Martinho Cerqueira macerq@gmail.com

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os primeiros anos da década de quarenta do século passado, em plena 2ª guerra mundial, houve em Viana do Castelo, um homem a quem a cidade muito ficou a dever, foi provavelmente o que maior obra deixou entre nós. Chamava-se João Alvares Cerqueira, possuía alguns barcos à vela para a pesca do bacalhau e era um sonhador.

E sonhou como seria importante para a sua empresa, para a cidade e para o país que nesta terra fosse implantado um Estaleiro de

Construção Naval. E porque o sonho comanda a vida, partilhou este sonho com Vasco de Orey e outros amigos …e no dia 3 de junho de 1944, foi assinada a escritura para a criação duma sociedade por cotas com o capital de 750 contos.

A empresa de Pesca de Viana, então com bastante dinamismo, foi a mola impulsionadora para a criação dos ENVC, era a maior empresa da região e tinha nos empresários João alvares Cerqueira e Vasco de Orey os seus principais acionistas.

Contrataram-se homens e mulheres das aldeias vizinhas e das zonas do Vale do Neiva, Vale do Lima, e mesmo Vale do Minho, removeu-se a terra que era transportada por mulheres em gamelas à cabeça para os carros de bois dos carretei-

ros da Abelheira, Meadela Perre e Areosa, começaram a construir-se as docas e as oficinas.

Homens e mulheres dos campos de socos nos pés, invadem a cidade em direção aos estaleiros provocando uma movimentação inusitada por caminhos, ruas e vielas, ao som duma sirene que tocava a espaços e o bater dos socos nas calçadas…e durante muitas décadas os ENVC foram o principal motor de desenvolvimento de Viana do Castelo em todos os aspetos. Económico, Social, Cultural e Político.

Daquela empresa saíram para as várias instituições públicas e associações da nossa região; Dirigentes, Presidentes de Câmara e Vereadores, Presidentes de Junta de Freguesia, Deputados e Ministros, Bombeiros, Árbitros de várias modalidades, Escuteiros e até Empresários. Os ENVC contribuíram assim e decisivamente para a desruralização e para a criação duma indústria de construção e reparação naval de sucesso e ainda para a

criação de outras indústrias complementares.

Foram muitos milhares os homens e mulheres das nossas aldeias que encontraram naquela empresa a fonte de sustento para a família e a motivação para o seu desenvolvimento profissional, social e intelectual. Entre tantos bons e leais amigos que ali conheci, destacaria um trabalhador que do Vale do Neiva, da freguesia de Alvarães, desde o dia 7 de Abril de 1949, data em que começou a trabalhar nos estaleiros, começou a fazer a pé o trajeto Alvarães Viana e Volta. Tinha o pai como companheiro de caminhada e colega de trabalho, saíam de casa pelas 5 da manhã e quantas vezes adormecendo pelo caminho…Em jeito de Homenagem, recordo Baltazar Faria Marques, profissional de uma integridade total, desportista apaixonado pela pesca, poeta e escritor… O Baltazar mais tarde foi viver com os pais e irmãos para Areosa e nos estaleiros trabalhava ele , dois irmãos e o pai em simultâneo.

jornal

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crónica » chá do peregrino

Chá do Peregrino

por Francisco P. Ribeiro fportoribeiro@hotmail.com

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proposta de tema para o presente artigo de opinião versa sobre o Chá do Peregrino, promovido pela Associação dos Amigos do Caminho de Santiago (AACS Viana) de Viana do Castelo. Esta é uma das muitas iniciativa da AACS Viana, algumas já referidas em artigos anteriores. A mais recente foi a III excursão a Santiago de autocarro, no passado dia 28 de maio, sábado, tendo sido aqui divulgada, bem como as iniciativas de reforço da sinalização do caminho, com a repintura das setas (este ano já se fizeram 3 ações destas), também aqui referidas. Hoje destaco o Chá do Peregrino, uma iniciativa que ocorre todos os dias 25 de cada mês, em locais diferentes (vide o site da AACS Viana, ou página do Facebook, para mais informação). Porquê dia 25? Simples, porque a 25 de julho é celebrado o dia de Santiago e tomou-se essa data como marco. Assim, todos os dias 25, e com o propósito dessa iniciativa pretende-se promover o convívio alegre entre peregrino(a)s e motivar a partilha múltipla de experiências. De igual forma, é um espaço adequado a novos/ potenciais peregrino(a)s se aproximarem e partilha-

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Fotografia retirada do Facebook da Associação dos Amigos do Caminho de Santiago de Viana do Castelo

rem as suas dúvidas e incertezas, levantar questões sobre o Caminho e reunirem mais elementos para o seu projecto. Ganhamos todos, ao nível da partilha do conhecimento e de novas amizades.

Posso adiantar que, no último chá (dia 25 de maio), que teve lugar no albergue da Casa do Sardão, em Carreço, o tema escolhido versou sobre o acolhimento a peregrino(a) s. Um tema interessante e que potencia múltiplas partilhas de experiências, todas muito individualizadas e todas elas, também, muito próprias. São vivências que vamos fazendo de aprendizagens interessantes e que nos ficam para a vida.

Esses chás também refletem o multiculturalismo dos peregrinos, uma vez que reúnem-se pessoas de diferentes nacionalidades.

Aliás, essa é mais uma das muitas versatilidades da AACS Viana, as diversas nacionalidades de hospitaleiros voluntários que a associação reúne e que permite que prestem a sua boa ação ao serviço da comunidade de peregrino(a)s, em ação voluntária de hospitaleiro(a) no Albergue de Caminha, da responsabilidade da AACS Viana. O povo português é conhecimento pela sua hospitalidade e versatilidade nas relações e esse facto está a ser devidamente utilizado, em prol dos caminhantes que chegam absolutamente derreados. Caminha, hoje em dia, é uma zona fronteira do caminho pois há duas opções, ou o caminho junto ao rio minho ou o caminho junto ao mar da Galícia, atravessando de barco para A Guarda.

Assim, na proposta de hoje sugere-se a participa-

ção nos próximos Chás de Peregrino, promovido pela AACS Viana. Para mais informação, deve optar por recolher a mesma ou no site da associação ou na página do Facebook, conforme já havia sido referido, e onde pode, também, aproveitar para espreitar as diversas iniciativas promovidas, com reportagem fotográfica. Afinal, a eterna dúvida de todos sobre qual é o nosso papel no mundo e no momento passa, também, pela entrega ao nosso semelhante e pelas ações praticadas (sem juízo de valor). Todos os meses, em cada dia 25, temos um Chá de Peregrino, todos com temas e propostas diferentes, assim como diferentes são os espaços escolhidos para o efeito, abrindo horizontes a novas partilha e esclarecimento de dúvidas.

Fica o desafio e a proposta para refletir.

crónica » mitos e lendas

A serpente emplumada

por Fernando Fernandes fjfernandes1975@gmail.com

U

m simples nome foi o suficiente para o florescimento gigante da civilização Maia antes da chegada dos Europeus. E um dos destinos mais visitados a nível Mundial nos dias de hoje faz jus à sua omnipotência.

Uma pirâmide majestosa localizada em Chichen Itza foi construída e dedicada àquele, que segundo reza a lenda, ensinou a estes povos todas as artes. Seu nome: Kukulkan, a Serpente Emplumada. O extraordinário desta pirâmide é que se observarmos o fenómeno natural que ocorre durante os equinócios nesta região, a sombra que advém do brilho do sol na escadaria, forma um sinuoso corpo de uma gigantesca serpente, terminando numa cabeça magnificamente esculpida na base dessas mesmas escadas. O seu nome significa; Kukul, sagrado e Kan, serpente. Na península do Yucatán, as referências à divindade Kukulkan são confundidas com referências a um indivíduo cujo nome era semelhante ao do deus. Por causa disso, a distinção entre os dois foi misturada ao longo dos tempos Segundo relatos, este indivíduo parece ter sido um governante ou sacerdote em Chichen Itza que apareceu pela primeira vez por volta do século X. Pese embora

Kukulkan tenha sido mencionado como uma pessoa histórica pelos escritores maias do século XVI, os textos anteriores do século IX em Chichen Itza nunca o identificaram como representações humanas e artísticas o identificaram-no sempre como uma Serpente da Visão entrelaçada em torno das figuras dos nobres. Esta seria uma descrição condizente com a civilização Maia. Sobre os ventos fortes das terras maias cavalga a serpente emplumada, Kukulkan. Impressionante e terrível de se ver, majestoso e sinistro, Kukulkan encarna o perigo e a beleza de uma espada de dois gumes. Sobre

os ventos fortes das terras maias cavalga a serpente emplumada, Kukulkan. Impressionante e terrível de se ver, majestoso e sinistro, Kukulkan encarna o perigo e a beleza de uma espada de dois gumes. O tempo desgastou o conhecimento deste Deus como a brisa sobre a pedra. Talvez Kukulkan prefira isso. Ele é conhecido por muitos nomes e usava o rosto de homem e animal - e adorado com o tipo de reverência nascida do medo.

Pontilhadas pelas vastas florestas das terras maias estão grandes pirâmides com sua semelhança serpentina, perfeita para captar a luz e trazer à vida aquelas

estátuas de pedra escorregadias. Pintados em sangue, sacrifícios foram feitos nesses locais para apaziguar Kukulkan. Ele é o senhor da morte e do renascimento.

Para o mundo, ele trouxe os quatro elementos, mas do vento ele mantém o controle. Diz-se que uma grande gema, usada em seu pescoço sinuoso, é a fonte de todo o ar. Para o povo, ele trouxe o calendário. Aquele disco de pedra glorioso e portentoso, que conta o tempo para um futuro distante, apenas para parar abruptamente e com uma finalidade horripilante. Para o campo de batalha, ele traz um legado de poder e dominação. Os sacrifícios feitos para seu favor eram medidos em sangue, mas o sangue mortal é fraco. Parece que, para o apaziguamento final de Kukulkan, é necessário o sangue de um Deus.

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crónica » segredos de fátima e rússia

Segredos de Fátima e Rússia

por Francisco P. Ribeiro fportoribeiro@hotmail.com

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proposta deste artigo, escrito no início de junho, sugere a introspeção no sentido da reflexão sobre o título e a forma de tentar encontrar uma relação plausível para os factos. Assim pergunto, haverá alguma razão, mais forte que a Fé, que tenha levado a imagem de Fátima à Ucrânia? Qual?

O início da minha reflexão prende-se com os segredos de Fátima, recorda-se?

Inicialmente, falava-se em três segredos, mas na verdade, o segredo é único, dividido em três partes (dá no mesmo). A 13 de julho de 1917, os pastorinhos Lúcia, Francisco e Jacinta tiveram a visitação, na Cova de Iria, de Nossa Senhora que lhes revelou um segredo (o tal), que viria a ser o segredo de Fátima.

A primeira parte desse segredo é a visão do inferno, com um mar de fogo que emergia debaixo da terra. A segunda parte, a devoção do imaculado coração de Maria e a conversão da Rússia. Depois de revelar o inferno, Nossa Senhora apela à conversão deste país (agora muito falado, mas pelas piores razões).

A referência à Rússia faz-se, não só pela questão política (regime pró-comunismo se não, assumidamente comunista) mas também pela sua dimensão estratégica e peso/ impacto mundial. A terceira

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parte diz respeito ao bispo (que poderá ser o Papa), vestido de branco, segundo revelação manda ser desvendada, no início deste milénio, por papa João Paulo II (era a parte mais misteriosa do segredo).

O que é um facto é que a chegada da réplica de imagem de Nossa Senhora de Fátima, a “peregrina”, à Ucrânia trouxe, à recordação, as aparições na Cova da Iria, em 1917. Este exemplo flagrante é revelado pela CNN e pela Fox News (ambos canais de televisão americanos) que deram maior visibilidade à mensagem do segredo de Fátima que, propriamente, à chegada da imagem. Os meios de comunicação portugueses não manifestaram interesse nesse facto, por mero desinteresse (tal como Salazar fez, um silêncio estratégico de impacto político). E a esta recordação cola-se o cenário de guerra devastadora. Nós, em Portugal, tivemos um agnóstico convicto, João Soares (ex presidente da CM de Lisboa e filho do ex presidente e ex primeiro ministro de Portugal) que afirmou, em entrevista, ser sua convicção que se o Papa fosse à Ucrânia, a atitude de Putin mudaria radicalmente. Leva a pensar no propósito da intensão.

Se formos prestar atenção à mensagem da virgem, a 13 de julho de 1917, além de referir que “Para impedir a guerra virei pedir a consagração da Rússia ao meu Imaculado Coração”, refere que a Rússia iria promover perseguições à Igreja, com a martirização dos bons e assassinato dos representantes da Igreja. Segundo os pasto-

rinhos, o “bispo vestido de branco”, antes de chegar à Rússia, teria que passar por cidades em ruínas (poderá ser representado pelo actual situação da Ucrânia), onde orava pelas almas das vítimas que encontraria no seu caminho (os actuais milhares de mortos), com final tenebroso, prefiro não pensar.

Mas é um facto que a actual situação geopolítica sugere reflexão.

Na minha Fé, se tinha dúvidas, agora encontro certezas. Assim como, nos meus caminhos, este ano e no futuro, irei mais seguro de mim e das minhas convições, pois a dúvida é própria do Homem (até Santo António teve um momento de dúvida, que ficou célebre com a imagem do santo, com o Bíblia na mão, no momento de incerteza, e

com o Menino sobre a mesma sugerindo a leitura). Não sou santo nem para lá caminho. Caminho, e isso sim, para Fátima e Santiago. Fica a partilha e o desafio, como proposta para reflexão.

POEMA JULHO

Mulher Perfeita És mulher com perfeição Tu és a razão de viver Emocionas o coração A luz do amanhecer a beleza do teu olhar e o teu belo sorriso vontade de te amar és pedaço de paraíso a imagem de perfeição que sacia o meu desejo a ver-te perco a razão por querer sentir teu beijo por Américo Manuel Santos americosantos1927@gmail.com

crónica » religião

Milagre da multiplicação dos pães

por José Händel de Oliveira jhandeloliveira@gmail.com

D

e 14 a 26 de maio decorreu em Ponta Delgada, S. Miguel, Açores, as celebrações atípicas das festividades em honra do Senhor Santo Cristo dos Milagres, tendo a Veneranda Imagem percorrido o circuito dos antigos Conventos da cidade.

A procissão em honra do Senhor Santo Cristo dos Milagres foi uma iniciativa da Madre Teresa da Anunciada, natural da Ribeira Seca, na Ribeira Grande e que no dia 25 de Novembro completa os 365 anos do seu nascimento – 1658. Estão a ser preparados diversos eventos

comemorativos que poderão constituir um importante impulso para o processo de beatificação daquela freira do Santo Cristo.

Eu que já participei na majestosa procissão que tem lugar durante aquelas festas, posso dizer quanto mostra a religiosidade e a fé de um Povo que acorre das nove ilhas dos Açores, mas também do Continente português, dos Estados Unidos, do Canadá, das Bermudas e de muitas outras terras para as quais emigraram açorianos.

A tradição dá conta do milagre da multiplicação dos pães que reza assim: Em 11 de Abril de 1698, achava-se aquela serva de Deus no Convento sem pão para o jantar dos operários que trabalhavam na construção de uma pequena capela destinada à Imagem do Senhor Santo Cristo dos Milagres.

Pediu que o fossem buscar às padarias da cidade de Ponta Delgada, mas em vão, pois havia grande carência daquele bem. Então, pôs-se de joelhos aos pés da Santa Imagem, em fervorosa oração. Pedindo a graça para que aquela falta fosse colmatada. Quando se levantou, foi ao armário em que se costumava guardar aquele alimento e ao abri-lo, caso prodigioso, o achou cheio de 35 pães, alvo e fresco. Sem demora, foi agradecer ao Senhor tão estupendo benefício.

Ao lado esquerdo de quem entra no Convento da Nossa Senhora da Esperança, ergue-se uma estátua da Madre Teresa da Anuncia-

da, bem perto do banco de madeira, já não será o mesmo, que em 11 se setembro de 1891, o grande escritor, poeta, filósofo e político açoriano Antero de Quental, se suicidou, cerca das 20H00, com dois tiros de pistola. Tinha 49 anos.

Pensa-se na colocação de uma nova estátua no adro

do Convento. Sendo, depois, a actual retirada e colocada no jardim onde aquela clarissa procurava ter momentos de intimidade espiritual, louvando a Deus pelas maravilhas da criação e onde ainda hoje se cultiva, com todo o carinho, a roseira por ela plantada.

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crónica » o pulsar da sociedade

O pulsar da sociedade

Eu quero ir para a ilha

por Alcino Pereira alcinop@ipvc.pt

C

om um desejo indómito muita gente exalta com o grito de Ipiranga, a expressão “Eu quero ir para a Ilha”, provavelmente desgastados com as peripécias do seu quotidiano, originado pelo burnout laboral, as imprevisíveis contrariedades, a atrição física e mental, as condições climatéricas desagradáveis, a expectável saciedade originada pela rotina diária, ou então esse crocitar está consideravelmente ligado á opulência ou vida faustosa.

Aquele sideral pedaço de terra, denominado de Ilha, pode ser uma tábua de salvação, para quem pretende usufruir de umas férias prometedoras, ao qual absolutamente nada pode falhar e que não esteja sujeito a entraves de qualquer espécie, de preferência num local vulgado com o rótulo de idílico.

Para atingir esse escopo, é impreterível ter praias paradisíacas, como uma temperatura amena, seja em terra ou no mar, polvilhada por uma animação noturna divertida e transversal a todas as faixas etárias, comércio abundante com todo o género de artigos, seja de confeção, artesanato, confeitaria, bebidas alcoólicas ou espirituais, a preços cómodos e apelativos,

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pacotes e atrações turísticas de entretenimento, que revelam o manancial intrínseco do seu território, e ainda se possível com tudo incluído, já pago antecipadamente ao estilo panótico, para dispor á grande e á francesa.

Essa feérica utopia pode muito bem se concretizar, nas Ilhas que já tive o privilégio de ter visitado, apesar de eu e a minha mulher com um rendimento, nada sumptuoso, lá chegamos a bom porto, com uma gestão parcimoniosa e uma intencionalidade mitra, aproveitando as vantajosas promoções no cair do pano, ou efetuando uma aquisição com uma décalage temporal distante, obtendo uns descontos avultados.

A Ilha de Palma de Maiorca, é aquela que eu destaco como ex-líbris, na linha com as ambicionadas férias de sonho, e com esse fim evidenciamos uma série de atributos que confere esses inolvidáveis requisitos. Verificando uma excelente conjugação de paisagens com sensação indescritível, indicamos o Cabo de Formentor, com uma vista soberba sobre o Mediterrâneo, auxiliado pelos seus desfiladeiros e íngremes montanhas, como também a estância piscatória de Cala D`Or, munida de baías e enseadas de beleza irresistível. Dotada de praias de ótimo calibre, areia fina reluzente e água

do mar morna para deliciosos banhos, e imbuída numa perceção etérea, destacamos as fabulosas praias de Santanyí, que poem qualquer um, em estado ébrio. Se pretender zonas turísticas bem apetrechadas com imensos recursos, surge como opção barda e aparatosa, a localidade de Magaluf, preenchida com lojas e tendas, a vender ao publico parafernálias de utensílios e material de merchandising de vários feitios, complementado com equipamentos recreativos de lazer para crianças e jovens, bares e restaurantes com serviço de qualidade e várias especialidades, musica ao vivo e discotecas a funcionar á vontade do freguês, até ás tantas da madrugada, hotéis confortáveis e com serviço de refeições com uma panóplia lista que não deixa insatisfeito, o individuo mais cético e talvez nem sequer o mais verdugo dos clientes.

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Querendo fazer uma perninha, para outras paragens mais urbanas, temos a cosmopolita cidade de Palma, que é impressionante e acolhedora, na simbiose perfeita entre o paladino centro histórico, estratificado pelas ruelas sinuosas, aliando-se às categóricas praças, arquitetonicamente expansivas e portentosas, aglomerando um naipe de esplanadas, cafés, mercados e shoppings, que enchem as medidas dos turistas, tendo como pano de fundo a magistral e somática, Catedral Gótica.

Não menosprezando as veleidades das restantes congéneres, que suscitam o apanágio dos veranistas, designadamente as que frequentei, como a Madeira, Ibiza, Gran Canária, Tenerife e Djerba, acho que a Ilha de Palma, no meu entender posiciona-se no pelotão da frente, devido á sua concludente heterogeneidade.

cinema » sugestão ao leitor

Os filmes sobre irmãos

por Alcino Pereira alcinop@ipvc.pt

C

omo adepto de cinema, tenho verificado que o cinema atribui um considerável valor á ligação que se giza entre irmãos, evidenciando as vicissitudes que se compaginam, face ao meio social, ao qual estão inextricavelmente inseridos.

Contudo as artes cénicas, preferem dar prevalência a argumentos, que transmitem uma maior complexidade, controvérsia e densidade, a essa conexão, justamente por esse tipo de formato sublinhar uma vertente mais inaudita e enfática, claramente cativante para o grande público.

Na linha desse registo, indico três filmes que demonstram essa volatilidade, acicatada pelas contingências avultadas da vida, que arrastam e envolvem os irmãos, numa encruzilhada sem limites.

Encontro de Irmãos (1988) é um filme sui generis, que se debruça sobre um determinado estereótipo de irmãos, que por vários motivos, não se conhecem ou não se veem há muito tempo, e que por casualidade ou por algum evento especial, são contemplados com um encontro inusitado. Imbuído nessa faceta, o protagonista Charlie, fica perplexo com a existência de um irmão autista, chamado Raymond,

devido a uma herança, que o falecido Pai, os brindou, mas com uma distribuição desproporcional. Indignado Charlie, com o veredicto do testamento, que estipula uma fortuna colossal a Raymond, e um montante residual a ele, entende transportar consigo o seu irmão, até Los Angeles, para junto do seu advogado, tentar arrecadar parte significativa dessa verba. Porém ignorando os meandros afetos à patologia de autismo de Raymond, Charlie é surpreendido pela enorme dependência, que este impreca aos seus hábitos rotineiros, além da capacidade espantosa, para decorar e calcular dados incríveis, tornando essa viagem, uma caixinha de surpresas, no que concerne ao relacionamento entre ambos.

Os Irmãos Inseparáveis (1988) é um filme sinistro, que aborda o quotidiano soturno, de dois gémeos idênticos e cúmplices, que por sinal destacam-se como dois reputados ginecologistas. Não obstante Beverly e Elliott, patentearem duas personalidades distintas, eles são bem-sucedidos na forma, como gerem uma clínica, regendo-se de pacientes da alta sociedade, que confiam nas suas faculdades.

Porém ao receberem no seu consultório, a atriz Claire Niveau, eficazmente atendida por Elliott, anuncia-se o princípio do fim, no que toca a estabilidade emocional dos dois. Esse agudizar paulatino, proporciona-se quando Elliot decide seduzir Claire, aproveitando a fragilidade momentânea desta, acabando esta por cair irremediavelmente na malha

Jeremy Irons e Geneviève Bujold em Irmãos Inseparáveis (1988)

sedutora de Elliot. As coisas, entretanto, descontrolam-se, quando Elliot sugere a Beverly, a sórdida ideia de alternar com ele, amiúde, nos enlaces sexuais que se lavram na residência de Claire, sem esta, estar ciente dessa combinação macabra. Detetando algo estranho, Claire mais tarde descobre que Elliot tem um irmão gémeo, e que estava a ser clamorosamente usada, pelos dois. Notoriamente desmascarados, os dois irmãos desmoronam-se mutuamente, através duma escalada insana e alucinante.

Pela minha irmã (2009) é uma história paradigmática e insólita, que relata as incidências pungentes de duas irmãs, que por razões diferentes, lutam contra um destino tendencialmente nocivo.

O cerne deste dilema, sucede-se quando um casal, opta

por conceber um filho, por inseminação artificial, provido de sangue genético, com o intuito de salvar a vida, da sua filha Kate, que sofre de leucemia, garantindo assim um dador compatível. O enredo de modo inteligente mostra, o historial, desta funesta realidade, salientando o desespero e a resiliência dos pais, em manterem viva, uma filha desejada, mas extremamente debilitada. Só que ao negligenciarem constantemente a outra filha, Anna, que foi tecida, para colmatar as necessidades fisiológicas de Kate, a certa altura, farta de ser relegada para um plano utilitário, Anna recusa disponibilizar mais órgãos para Kate, achando que esse procedimento contínuo, é prejudicial para a sua saúde, pondo o ambiente familiar em polvorosa.

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necrologia

Agência Funerária

Tilheiro

92 anos AGRADECIMENTO

Conceição Martins de Sousa

Tel: 258 971 259 Tlm: 962 903 471

Palme – Barcelos

www.funerariatilheiro.com Barroselas

Sua Família, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral e missa de 7.º dia, bem como aquelas que de alguma forma os acompanharam na sua dor.

A Família

74 anos

97 anos

71 anos

AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO

Maria da Conceição Carvalho Batista

Maria Cruz de Castro

Abel Martins Pereira

Aldreu – Barcelos

Durrães – Barcelos

Navió – Ponte de Lima

Sua Família, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral e missa de 7.º dia, bem como aquelas que de alguma forma os acompanharam na sua dor.

Sua Família, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral e missa de 7.º dia, bem como aquelas que de alguma forma os acompanharam na sua dor.

Sua Família, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral e missa de 7.º dia, bem como aquelas que de alguma forma os acompanharam na sua dor.

A Família

A Família

A Família

85 anos

84 anos

92 anos

AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO

Joaquim Maciel Machado

Maria Laurinda da Cunha

Maria Vanda Ruth Rocha Pereira Lacerda

Durrães – Barcelos

Subportela – Viana do Castelo

Carvoeiro – Viana do Castelo

Sua Família, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral e missa de 7.º dia, bem como aquelas que de alguma forma os acompanharam na sua dor.

Sua Família, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral e missa de 7.º dia, bem como aquelas que de alguma forma os acompanharam na sua dor.

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A Família

A Família

A Família

18 edição 99 • julho 2022

necrologia

90 anos

88 anos

51 anos

AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO

Maria Joaquina Martins Esteves

Maria do Sameiro de Sá Gonçalves

João Cândido Rodrigues Alves

Barroselas – Viana do Castelo

Aldreu – Barcelos

Aguiar – Barcelos

Sua Família, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral e missa de 7.º dia, bem como aquelas que de alguma forma os acompanharam na sua dor.

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A Família

A Família

A Família

51 anos

68 anos

76 anos

AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO

João Carlos de Sá Martins

Avelino António Gonçalves de Amorim

José António de Sá Miranda

Fragoso – Barcelos

Barroselas – Viana do Castelo

Barroselas – Viana do Castelo

Sua Família, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral e missa de 7.º dia, bem como aquelas que de alguma forma os acompanharam na sua dor.

Sua Família, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral e missa de 7.º dia, bem como aquelas que de alguma forma os acompanharam na sua dor.

Sua Família, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral e missa de 7.º dia, bem como aquelas que de alguma forma os acompanharam na sua dor.

A Família

A Família

A Família

68 anos

98 anos

87 anos

AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO

Casimira Meireles Fernandes

Aurélio Torres da Costa

Fernanda de Carvalho Moreira

Balugães – Barcelos

Palme – Barcelos

Carvoeiro – Viana do Castelo

Sua Família, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral e missa de 7.º dia, bem como aquelas que de alguma forma os acompanharam na sua dor.

Sua Família, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral e missa de 7.º dia, bem como aquelas que de alguma forma os acompanharam na sua dor.

Sua Família, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral e missa de 7.º dia, bem como aquelas que de alguma forma os acompanharam na sua dor.

A Família

A Família

A Família

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