O Vale do Neiva - Edição 110 junho 2023

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junho 2023 edição 110

Propriedade: A MÓ • Associação do Vale do Neiva (Cultural, Património e Ambiente)

Mensal Gratuito Versão digital

Roteiro da Talha: Carvoeiro

pág. 6

Barroselas
Idoso+ativo
de Vila de Punhe pág. 3
Mujães
Atividades da Associação Cultural de Mujães |
pág. 5
Vila de Punhe Abertura das Portas ao Compasso Pascal | pág. 4 |
Tregosa Atividades do Centro Social Paroquial de Tregosa
pág. 8
Património do Vale do Neiva

destaques

edição 110

junho 2023

ficha técnica

diretoria e administração: Direção de “A Mó”

redação:

José Miranda

Manuel Pinheiro

Estela Maria

António Cruz

edição:

110 – junho 2023

colaboradores:

Abel Queirós

Alcino Pereira

Américo Manuel Santos

Ana Sofia Portela

Daniela Maciel

Fernando Fernandes

Francisco Carneiro Fernandes

Francisco P. Ribeiro

Geovana Mascarenhas

J.F. Vila de Punhe

José Händel de Oliveira

José Maria Miranda

Mota Leite

Pedro Tilheiro

design gráfico:

Mário Pereira

paginação:

Cristiano Maciel

supervisor:

Pe. Manuel de Passos

contacto da redação:

Avenida S. Paulo da Cruz, Edifício Brasília, 3, Fração F 4905-335 Barroselas

e-mail:

redacaojornalvaledoneiva@gmail.com

periodicidade:

Mensal

formato:

Digital

distribuição:

Gratuita

Os artigos de opinião são da inteira responsabilidade dos seus autores, podendo ou não estar de acordo com as linhas editoriais desta publicação.

Vamos conhecer os nossos autores: Matias de Barros página 10

editorial

O poder dos alimentos, parte I página 12

Saúde Amigdalite página 13

Crónica O Caminho de Francisco página 15

Mitos e lendas Os visitantes página 19

A crítica e a falta de humildade

e, bombardeiam, a torto e a direito.

Hoje,

vou abordar um tema que, feliz ou infelizmente, está em voga na nossa sociedade. Começo pela critica. Nos dias que correm, há duas classes de críticos: Na primeira, surgem os que nada fazem, mas também, não criticam os que fazem. Para eles, está tudo bem e, não querem chatices seja com quem for. Na segunda classe, há os que não apresentam alternativas, mas estão sempre prontos, para dizerem mal disto ou daquilo. Ainda me referindo à segunda classe, há uma forma de os porem a pensar, senão vejamos: Pedimos-lhe que, assumam uma determinada responsabilidade e, verá que, muito ardilosamente, se recusam, defendendo-se com: não tenho habilidade, não sou capaz, essa tarefa não me parece fácil, nunca fiz, não tenho tempo, etc. etc. Mas para criticar... estão sempre na linha da frente

Não seria mais correto e inteligente, manterem-se calados, visto reconhecerem que, carecem de qualidades, para a execução de determinada tarefa? Pondo isto, passo a colocar um exemplo de uma pessoa humilde, mas muito inteligente, ora vejam: Foi pedido a uma pessoa (que não entra em qualquer tipo de critica fútil), uma determinada tarefa, perante a qual respondeu: Vai desculpar, mas não me sinto com capacidade para a executar, no entanto e, devido à minha experiência de vida, estou ao dispor para ajudar, naquilo que me é

dado saber. Alto sentido de inteligência e humildade que, esta pessoa, demonstrou, sabendo não possuir determinados dotes, mas, pronta para dar ideias, e até, ajudar caso seja necessário.

Então, como lidar com os “bota abaixo”? É fácil! Não os tratar mal, mas não ligar patavina ao que dizem e, com o tempo, se aperceberão que, será melhor não abrir a boca (porque sai asneira). Finalizando: “Sabia que, há muita gente que gosta de criticar e diz que gosta de fazer crítica construtiva, mas é muito chato ouvir critica construtiva de quem nunca construiu nada”.

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Idoso+ativo de Vila de Punhe

Passeio Anual 2023

por Junta de Freguesia de

junta.vilapunhe@gmail.com

Avila de Melgaço foi o destino escolhido para o passeio sénior anual promovido, no dia 28 de abril, pela Junta de Freguesia de Vila de Punhe, em parceria com o projeto Idoso+Ativo.

Rumando pelos Arcos de Valdevez, onde se fez a primeira paragem, seguiu-se para Lobios – Galiza (Espanha) a fim de visitar e sentir as águas quentes das termas locais. Daí, por Entrimo e Castro Laboreiro, chegou-se ao destino para o almoço.

De tarde, em Melgaço, o grupo visitou o espaço Memória e Fronteira (museu dedicado à emigração) e o

Solar do Alvarinho (instalado nos antigos bombeiros para uma breve explicação e prova dos vinhos). O resto da tarde foi para ir à festa do Alvarinho e do Fumeiro.

Foram estes momentos, cheios de amizade e de conhecimento, os que ficaram na conversa de todos os participantes na viagem de regresso. Portanto, o que se pretendia com a realização do passeio foi alcançado deixando, assim, a porta aberta para a sua 7.ª edição.

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local » vila de punhe

Abertura das Portas ao Compasso Pascal

AJunta de Freguesia de Vila de Punhe, nos dias 9 e 10 de abril, abriu as portas ao Compasso Pascal, nomeadamente, as do Forno Comunitário, no domingo, e as do Salão Nobre da Autarquia, na segunda. Agradece-se a todos os que participaram e um bem-haja aos Mordomos deste ano, António Pires e Manuel Pita e suas respetivas famílias.

Desejamos aos mordomos escolhidos para o Compasso Pascal de 2024 as maiores felicidades.

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Junta de Freguesia de Vila de Punhe junta.vilapunhe@gmail.com
local » vila de punhe

Atividades da Associação Cultural de Mujães

Concurso de Maios –Mujães Florida (ver foto)

Procurando perpetuar uma tradição de primavera que apela ao embelezamento das casas e ao brio dos seus habitantes, a ACM organizou um concurso de Maios envolvendo também os comerciantes locais da área da floricultura. Com regulamento próprio e com a originalidade, a estética e a presença de flores campestres como critérios de avaliação, foram a concurso 16 maios da freguesia. O júri composto por um elemento da Junta de freguesia, uma florista e dois elementos da ACM avaliaram os arranjos tendo se verificado que as pontuações globais obtidas foram muito aproximadas. Aos autores dos três maios com melhores classificações foram entregues vales dos estabelecimentos comerciais mujanenses Casa dos Pintos, Vitineiva e Horto Lázaro Silvano.

Passeio ACM Ribeira de Pena (ver cartaz)

No domingo 21 de maio, realizou-se o Passeio ACM a Ribeira de Pena, com visita a alguns dos lugares mais emblemáticos do concelho como o santuário da Senhora da Guia e a ponte de arame

sobre o rio Tâmega. Depois do almoço num dos restaurantes típicos da região, a tarde foi passada no Pena Park Aventuras onde cada um pode disfrutar da paisagem natural e embarcar em atividades com mais, ou menos, adrenalina.

Comemorações do Dia da Criança

À semelhança de edições anteriores, a ACM dinamizou a Festa da Criança nos dias 1 e 3 de junho, em parceria com a Junta de Freguesia de Mujães, o Agrupamento de Escuteiros de Mujães, a Associação

de Colecionismo e Filatelia do Vale do Neiva, e com o apoio da Câmara Municipal de Viana do Castelo. No dia 1 de junho, foi aberta a exposição de Filatelia e Colecionismo e lançado o carimbo e o selo dos Correios de Portugal comemorativos do 30º aniversário da ACM na presença da comunidade escolar do Centro Escolar de Mujães. No sábado dia 3 de junho, entre as 15 horas e as 18 horas, todas as crianças disfrutaram de um conjunto de ateliês de manualidades e de destreza física. Pelas 16. 30h, foram todos convidados a assistir à Hora do Conto com a atuação do ator internacional João Dinis. A Junta de Freguesia proporciona brincadeiras nos insufláveis e o lanche . Consulte as nossas atividades no Facebook AC de Mujães.

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local » mujães

Roteiro da Talha Carvoeiro (Parte 2)

com motivos do Estilo Maneirismo – cartelas de enrolamentos com mascarões – e Proto-Barrocos (Ave Fénix e folha de acanto).

(Continuação do número anterior)

Na ante-Sacristia, lavabo de granito (Figura 5)

Na Sacristia, preciosidades, como a talha do retábulo de São Mauro (Figura 6): “Estilo Joanino” ou “de D. João V” (Segundo Barroco), exemplar característico do 1.º terço do século XVIII, com colunas torsas e rosas nos sulcos das espiras, ditas “colunas salomónicas” do Barroco Romano, em vez das folhas de videira e meninos a re-

colher uvas (alegoria à economia da Salvação através da Eucaristia), pássaros ou aves fénix (símbolo da Ressurreição) em voga no “Estilo Nacional” (Primeiro Barroco); vieiras e atlantes nas mísulas das colunas; baldaquino de cortinados fingidos. NOTA: no “Estilo Nacional”, que antecede o “Estilo Joanino”, o remate dos retábulos é concêntrico, apresentando colunas e

pilastras em arcos de volta perfeita no ático, ou coroamento da composição retabular.

Digno de contemplação, o arquibanco: pintura sobre tábuas – A Virgem Maria com Deus-Menino a entregar o Rosário – no espaldar, enquadrado por volutas contracurvadas, provavelmente do Maneirismo quinhentista (Figura 7).

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Igreja do Mosteiro de Santa Maria de Carvoeiro
crónica » património do vale do neiva
Figura 5 Figura 6

Frontaria em empena recortada; torre sineira rematada em balaustrada encimada por coruchéus chamejantes de perfil bolboso, revivalismos do século XIX e período novecentista (Figura 8).

Talha Neoclássica na sanefa do arco triunfal, nos retábulos da nave postos de ângulo – do Senhor da Cana Verde e da Senhora da Soledade – e no retábulo da Capela-mor com colunas de marmoreado fingido. O Orago figura na edícula do lado do Evangelho e na pintura da nave: Santa Ana Ensinando a Virgem a Ler (Figura 9).

jornal 7 crónica » património do vale do neiva
Capela de Santa Ana Figura 7 Figura 8 Figura 9 (1) Sobre este tema, ver: FERNANDES, Francisco José Carneiro: Talha – Roteiro no Concelho de Viana do Castelo, ed. Câmara Municipal de Viana do Castelo, Janeiro 2019 (208 págs.). Fotografias: Victor Roriz

Atividades do Centro Social Paroquial de Tregosa

Nodia 30 de abril realizamos a Peregrinação ao Santuário de Fátima. Esta iniciativa integra o plano de atividades da instituição, na linha das atividades abertas à comunidade, de forma a proporcionar oportunidade de visita a este local, mas também estreitar laços entre os utentes, família e comunidade. O dia passou-se de forma muito agradável, havendo satisfação por parte de todos os participantes. Além do Santuário de Fátima, fizemos visita aos Valinhos, onde podemos entrar nas casas dos pastorinhos, e conhecer mais um pouco deste local tão importante no contexto destas aparições. No regresso, a paragem foi em Santa Maria Adelaide, onde realizamos um lanche partilhado.

Como manda a tradição no dia 1 de maio, colocamos o nosso Maio. A nossa coroa florida foi colocada na fachada do edifício e contou com a participação dos utentes na sua elaboração.

Maio remete-nos para Mãe e Maria. Para o dia 7 de maio, Dia da Mãe, todos os utentes elaboraram os seus presentes, para felicitar e homenagear as suas progenitoras. Neste dia, realizamos também uma Feirinha, ini-

ciativa também integrante do plano de atividades da instituição. No dia 12 de maio, associamo-nos à procissão de velas promovida pela Paróquia de Santa Maria de Tregosa, embelezando os muros e redes com velas e flores.

Também temos a decorrer o projeto “Espaço Saúde”, havendo regularmente vagas para a fisioterapeuta/ massagista. Lembramos que além deste serviço, também é possível agendar psicologia, psicomotrocidade e enfermagem. Basta recorrer aos contatos habituais da instituição. Zele pela sua saúde!

Queremos também agradecer a todas as pessoas que colaboram connosco nas mais diversas atividades, sendo que neste momento as ofertas e angariações efetuadas são aplicadas para melhores condições do edifício e dos serviços prestados, quer também com o objetivo de começar a angariar fundos para a substituição da carrinha (pois a que temos está a atingir o limite de tempo de circulação com crianças).

Um grande obrigada a todos que nos dão força e coragem neste caminho!

Um grande obrigada a todos que, tal como nós, acreditam que vale sempre a pena lutar pelo melhor em prol da comunidade!

Informamos que decorrem durante o mês de maio as inscrições para a valência de ATL e prolongamento de Jardim de Infância. Para informações: centro_sp_tre-

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local » tregosa
gosa@sapo.pt, tlm 967 691 925 / 258 107 965 ou presen- cialmente nas nossas instalações. Seguimos juntos!
jornal 9
1 n.º 4
Fonte: Jornal O Vale Neiva (impresso) abril 1984
– ano

Vamos conhecer os nossos autores (continuação)

Matias de Barros

Matias Rolo Ferreira e Barros, cujo nome literário é Matias de Barros, nasceu no lugar das Neves no ano de 1935.

Depois de frequentar a Escola Primária matriculou-se na Escola Industrial e Comercial de Viana do Castelo. Mais tarde frequentou o Colégio do Minho da mesma cidade.

Em 1953 emigrou para o Rio de Janeiro (Brasil), todavia, regressa no ano seguinte.

Iniciou a sua actividade jornalística em 1959, no jornal “Notícias de Viana”, do qual viria a ser redactor desde 1967 a 1970.

Fundou e dirigiu (1960 -1961), num estabelecimento hospitalar de Vila Nova de Gaia, “O Nosso Jornal”, cuja duração foi naturalmente diminuta e, após 1970, criou e foi principal redactor do “Boletim de Amizade”, dedicado aos participantes dos Colóquios de Amizade que tiveram o seu fulcro em Vizela e se extinguiram anos mais tarde após o falecimento do seu principal impulsionador, Manuel Alves Machado da Fonseca e Castro, Presidente da Junta de Turismo daquela vila.

De 1970 a 1980, foi redactor do bissemanário “A Aurora do Lima”. Desempenhou as funções de correspondente e delegado dis-

trital, em Viana do Castelo do extinto vespertino “Diário do Norte” (1971) e Diário de Notícias. Colaborou, para a então Emissora Nacional (actual Radiodifusão Portuguesa), no programa “Actividades do Norte” (1972-1973), cujo registo de factos publicou em livro (1973), sob o título “Viana do Castelo - Capital do Alto Minho”.

Em Maio de 1971, em conjunto com outros elementos ligados à actividade cultural e artística da região vianense, contribuiu para a criação do Centro Cultural de Viana do Castelo, que teve vida efémera, em resultado do qual se fundou e mantém em actividade o Coral Polifónico de Viana do Castelo.

Para a rubrica “Documentário”, da Radiotelevisão Portuguesa (RDP Norte), escreveu e organizou os guiões dos programas “Viana do Castelo, Cidade Velha - Cidade Nova” (1977), “Feiras” (1978), “Comédias de Santo António de Portela Susã” (1978) - publicação (recolha) que serviu de base à difusão televisiva do auto popular com o mesmo nome - e “Auto de Floripes”, das Neves (RTP, 1979).

Em 1978, foi um dos fundadores dos “Cadernos Vianenses”, publicação cultural à qual deu o título e estrutura gráfica que, sob edição da Câmara Municipal de Viana do Castelo, veio a

integrar a equipa orientadora responsável pela sua edição. Colaborar na sua elaboração até ao VII tomo (1978-1984).

Publicou, ao longo dos anos, apontamentos de índole descritiva, informativa e cultural em diversos jornais e revistas, nomeadamente “Cardeal Saraiva” (1975 — 1979), sob o título “Ponte de Lima — Vila Bela de Portugal”, “Voz do Minho”, de Barcelos (referências onde consubstanciou mensagens e aspirações do Cávado, Neiva e Lima), “Notícias dos Arcos”, “Publituris” - Revista de Turismo, “Cruzada de Bem

Fazer” (poesia e prosa dedicada às antigas romagens a Paço de Sousa), na Revista Cultural das Festas das Neves e da de Vila de Punhe e outras publicações.

Diretor do Jornal “O Vianense”, que fundou em 9 de Dezembro de 1979 e cujo primeiro número saiu a público em 15 de Janeiro de 1980.

Foi correspondente distrital do Diário de Notícias (1989-1990).

Pertenceu à Associação Nacional da Imprensa, não diária, (AImprensa), com sede em Lisboa; à Associação Portuguesa da Imprensa Regional (APIR), com sede

edição 110 • junho 2023 10 crónica » literatura

O Nosso Jornal

Nota: Fundou e dirigiu (1960 -1961), num estabelecimento hospitalar de Vila Nova de Gaia 1960

Notícias de Viana

Nota: Redactor desde 1967 a 1970 1967

Diário do Norte 1971

Boletim de Amizade

Nota: Criou e foi principal redactor do “Boletim de Amizade” 1970

Ponte de Lima Vila

bela do Alto Minho

In: “Cadernos Vianenses”: tomo VII, 1981, p. 130-135 1981

Cadernos Vianenses, tomo VII, 1983

Estreia do Grupo Coral Polifónico das Neves dirigido por Severino Barbosa da Costa 1983

Diário de Notícias

Nota: Foi correspondente distrital do Diário de Notícias (1989-1990) 1989

RECOMENDAÇÃO LITERÁRIA

Viana do Castelo, capital do Alto-Minho 1973

Cadernos Vianenses

Nota: Foi um dos fundadores dos Cadernos Vianenses 1978

Comédias de Santo António de Portela de Susã 1978

A saga familiar de duas irmãs, em 1939, na França, no início da Segunda Guerra Mundial.

O Vianense: jornal quinzenário da região de Viana do Castelo 1980

Viana do Castelo Viagem de Milénios

In: “Cadernos Vianenses”: tomo IV, 1980, p. 150-155. 1980

no Porto, tendo subscrito a respectiva escritura de fundação; ao Gabinete de Imprensa de Guimarães (GI); foi representante vice-presidente do Instituto Português da Imprensa Regional (IPIR) com sede em Barcelos.

Titular de Carteira Profissional de Jornalista foi membro da Associação Portuguesa de Genealogia e sócio efectivo da Associação de Jornalistas e Homens de Letras do Porto.

Dimensão nº 5

In: “Cadernos Vianenses”: tomo V, 1981, p. 9-10. 1981

Fiquei muito impressionada com esta história que, apesar de ter como fundo a Segunda Guerra Mundial e, por conseguinte, uma temática dura, lê-se muito bem. A escrita da autora é cativante e agarra-nos desde os primeiros capítulos.

Este livro acaba por nos mostrar o papel das mulheres na guerra, a luta delas, o que elas podem fazer para contribuir neste mundo que geralmente é muito centrado nos homens.

Um livro que nos deixa a refletir, ainda mais devido às circunstâncias atuais da guerra entre a Rússia e a Ucrânia.

34 Poemas de Amor Nota: Coletânea

1999

jornal 11 crónica » literatura

O poder dos alimentos, parte I

Aproposta

do presente e artigo vai na linha do artigo da edição anterior (Longevidade e Qualidade de Vida). O tema prende-se com algo que me é mui querido, comida, e que procuro controlar, apesar de ser difícil, confesso. As perguntas que coloco no início são: (1) se o prazer que a comida dá, tendo em conta as opções (sou vegetariano), contribui para minimizar os riscos de saúde? ou (2) se essas nossas opções melhoram as nossas condições de saúde? Vamos ver.

Sem querer particularizar, mas aqui tenho que fazer o mea culpa, o ser humano tem uma natureza muito prática e de curto prazo, sendo que valorizamos mais o acto de comer, mesmo sabendo que poderá afectar a saúde e bem-estar. Mas temos que seguir os mais velhos que diziam, “é necessário trocar uma porção de prazer por uma porção de bem-estar”, mas o equilíbrio entre saúde e prazer não é fácil. O ideal será descobrir a quantidade certa a ingerir de cada alimento, prevenindo doenças e fortalecendo o organismo. Dessa forma, passamos a “lutar” contra a manipulação do consumismo e ficamos menos dependentes da indústria (farmacêutica e alimentar). O importante é o nosso pró-

prio domínio do tema, com consciência e conhecimento do que ingerimos, sendo que a “fórmula” é única e ajustada a cada um (Taylor made). Em resumo, é necessário perceber o que comemos, quanto e quando comemos. Dentro de uma alimentação saudável, é importante equilibrar a quantidade com a qualidade, conhecer os propósitos e identificar o que nos faz bem e o que nos faz mal. Aqui, o poder de decisão é a chave.

É um facto triste que hoje há mais pessoas a morrer por excesso de comida (colesterol, problemas cardiovasculares, diabetes, etc.) que fome. Irónico e conclui-se que a comida é uma ferramenta poderosa para a cura ou para provocar doenças.

Nos tempos que correm, envelhecimento já não é causa de morte, mas sim ataques cardíacos sim, sabia? Tudo relacionado com o que comemos e o exercício que fazemos (as calorias consumidas e gastas) e grande parte das doenças de hoje estão relacionadas com o estilo de vida, nomeadamente, problemas cardiovasculares (fruto da obesidade, colesterol, hipertensão arterial e falta de exercício físico), cancro (próstata, mama, cólon, estomago, etc.) e doenças respiratórias (no geral). Há quatro recomendações para um estilo de vida saudável, como prevenção das doenças crónicas: (1) não fumar, (2) não ser obeso, (3) fazer exercícios diários equilibrados e (4) optar por uma alimentação saudável com predominância em frutas, legumes, verduras, grão

integral e redução da carne. Esta opção contribui para a redução da diabetes, cardiovasculares e risco de cancro. Um aspecto importante a considerar prende-se com a relação de vida saudável versus uma extensão no número de anos de vida. A relação não é directa e temos que considerar factores exógenos, de que somos alvo. Mas é certo que com uma opção saudável contribuímos para um aumento da qualidade de vida, isso é seguro. Como facto científico, a dieta mais unificadora e que melhor previne ou reduz muitas doenças crónicas é de base vegetal, com alimentos integrais e redução de consumo de carne, lacticínios e alimentos processados. Já em 1903, Thomas Edison previu que “o médico do futuro não prescreve medicamentos, mas indicará os pacientes sobre os cuidados com o corpo, a dieta e a causa e prevenção de doenças”. Temos que fazer do alimento o nosso remédio e para mais informação sugiro a consulta do livro do médico Michael Greger, no site Nutrition Facts(1)

Em tudo, fazer certo ou

errado é escolha nossa. No caso das doenças genéticas, considere outro facto, é que as dietas familiares também tendem a passar de geração em geração e, com isso, os maus hábitos. Portanto, as doenças genéticas estão dependentes dos maus hábitos adquiridos. O mesmo acontece nos casos relacionados com a migração de pessoas que passam a adquirir os hábitos locais e, por consequência, a evidenciar doenças semelhantes, com riscos potenciais, igual ao novo ambiente. Foi feito um estudo com gémeos idênticos, separados no nascimento, que têm doenças diferentes de acordo com os hábitos assumidos. Assim, estudos médicos relacionados com a dieta e estilo de vida revelam que este (dieta alimentar) claramente supera os genéticos. O poder passar a estar nas nossas mãos e nos nossos pratos. Fica a partilha e a sugestão para sermos uma parte activa na mudança e na tomada das decisões certas, “pela sua saúde”. Até breve.

(1) https://nutritionfacts.org

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crónica » qualidade de vida

Amigdalite

garganta; amígdalas vermelhas e inchadas.

Neste artigo escrevo sobre a amigdalite, uma infeção cuja propagação é mais frequente no inverno e primavera.

Chamamos amigdalite a uma infeção das vias respiratórias superiores, mais especificamente, nas amígdalas que se situam na parede lateral da garganta, entre o céu da boca e a língua. A amigdalite pode ser provocada por vírus ou bactérias, sendo que as amigdalites virais são mais comuns. Na idade pediátrica as amigdalites bacterianas são mais frequentes entre os 5 e os 15 anos. Os sintomas e sinais mais comuns são vários, sendo os mais frequentes: febre elevada; odinofagia – dor de

A amigdalite pode ser transmitida pessoa-a-pessoa através do contacto direto com secreções da garganta ou do nariz de pessoas infetadas. Existem algumas condições que facilitam a propagação do vírus, nomeadamente, a presença em locais fechados e com grandes grupos, como escolas e infantários. A amigdalite pode evoluir para outras complicações.

Podemos prevenir esta infeção evitando o contacto próximo com indivíduos com amigdalite ou garganta inflamada; adotar etiqueta respiratória – tapar a boca quando se tosse ou espirra; lavar as mãos frequentemente; evitar a partilha de copos, talheres, garrafas de água, entre outros utensílios de uso individual.

O diagnóstico da amigdalite envolve a avaliação de sintomas e observação da garganta. Adicionalmente, pode ainda ser pedido um exame de exsudado orofaríngeo, onde é feita a colheita de secreções da garganta com uma

zaragatoa para análise laboratorial. O tratamento da amigdalite difere consoante a sua causa, se é viral ou bacteriana. No caso de infeção viral, não existe um tratamento específico. Os cuidados mais importantes são: ingestão de muitos líquidos e, se necessário, a toma de medicamentos dirigida aos sintomas causados pela doença, para alívio da dor e febre. Outros cuidados são comer dieta mais mole, comida fria, gargarejar água morna com sal (crianças com mais de 6 anos), bebericar chá morno ou frio com limão e mel (mel apenas em crianças com mais

de 12 meses). No caso de infeção bacteriana, são recomendados os cuidados acima descritos e ainda o tratamento através de antibiótico. Estes são sempre prescritos por um médico e devem ser tomados até ao fim dos dias indicados pelo médico, mesmo que os sintomas já tenham desaparecido. Os episódios de amigdalite podem ser repetidos.

A amigdalite embora seja muito frequente, requer um tratamento específico, por isso, perante os sinais e sintomas descritos contate SNS 24: 808 24 24 24.

jornal 13
enf.anasofia@gmail.com Enfermeira especialista em Enfermagem Comunitária USF Aqueduto – ACES Vila do Conde/Póvoa do Varzim
saúde » amigdalite
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Crianças e adolescentes na internet: como protegê-las dos riscos do excesso de uso de telas

até mesmo manipuláveis.

Vírus, golpes e vazamento de dados são apenas alguns dos riscos da internet. E, embora a maioria deles possa afetar qualquer indivíduo online, alguns são particularmente prejudiciais para crianças e adolescentes.

Em muitos casos, a internet já faz parte da vida de crianças, adolescentes e adultos em todo o mundo. Nós a utilizamos para estudar, trabalhar, conversar e até brincar. Diante dessa presença tão recorrente, é fundamental falar sobre os perigos da internet com as crianças. Isso porque é necessário guiar e conduzi-las, para que façam bons usos das ferramentas digitais.

É comum crianças se interessem por desafios de maneira geral, porque esses desafios aguçam a curiosidade, que é um elemento essencial para as pessoas, isso é natural, mas na infância e adolescência essa curiosidade precisa ser monitorada com cautela pois eles não possuem maturação suficiente, o que leva aos riscos se tornando presas fáceis e

A curiosidade nos leva a desafios, experiências e ao crescimento do nosso repertório. Mas o repertório de informação da criança ainda é muito baixo a intensidade da curiosidade dela tende a ser maior que a de um adulto, e assim se tornam mais vulneráveis a manipulações e riscos.

Todos os perigos vistos hoje, já aconteciam, a questão é que houve um aumento de crianças e adolescentes com acesso mais livre ao celular e as redes sociais sem nenhuma ou quase nenhuma supervisão. Eles são expostos desde muito cedo a estarem nas redes sociais e com isso também aumentou o número de pais que passam muito mais tempo fora de casa. Pessoas mal-intencionadas se aproveitam dessa prevalência para atacar. Infelizmente, muitos pais enxergam apenas o perigo físico e não percebem que o uso indiscriminado das redes sociais pode trazer consequências muito mais graves. Quando estamos em um espaço físico como um parque, um shopping, geralmente aumentamos nossa vigilância pois o externo aciona nosso mecanismo de defesa, mas quando nossos filhos estão dentro de casa, em seus quartos, temos a falsa sensação de segurança. Nessa hora baixamos a guarda e o pior acontece exatamente aí.

Proteger é preparar. Evitar acidentes graves e até fatais e situações de exposição envolvendo desafios na internet vai muito além de criar novas ferramentas de proteção nas redes sociais. É preciso desenvolver o senso crítico da criança e do adolescente, dialogar, explicar e ensinar. Estimular a desenvolver habilidades para trabalhar as informações que recebem, pensar, analisar e com isso aprender a ter estratégias de defesa, como por exemplo, não aceitar determinadas situações, conversar com um familiar, não incentivar outros amigos e assim se auto defender. Famílias que criam vínculo com a criança, escutam ela e pensam sobre o que ela diz, trazendo informações mais precisas, realistas e menos assustadoras, fantasiosas ajudam a criança a desenvolver um pensamento crítico e de defesa.

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Os pais possuem o dever de cuidar, proteger e fornecer informação aos seus filhos, evitando assim que pratiquem infrações e crimes através da internet e que também sejam vítimas deles. O diálogo é fundamental na relação entre pais e filhos. Os pais devem explicar aos filhos o tipo de conteúdo que querem que seu filho tenha acesso e o tipo de conteúdo e pessoas que devem evitar. Além disso, existem programas e recursos nos computadores que permitem o monitoramento dos acessos e, até, do histórico de conversas com outras pessoas.

O ideal é que o computador usado pela criança esteja em um local de passagem, de fácil visibilidade para os pais. Quando a criança estiver acessando a internet, os pais ou algum responsável, devem estar presentes, participando e observando o que ocorre durante a navegação.

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crónica » neuropsicopedagogia

O Caminho de Francisco

Aproposta

de hoje relata a experiência pessoal, em Itália, no caminho de São Francisco de Assis, feito em Abril e Maio. Esta experiência começou na vila de La Verne e seguiu-se até Assis (total de 231,9 kms), num percurso de 8 dias. Segundo a pesquisa prévia, confirmado in loco, este caminho prende-se com a decisão de São Francisco de Assis, filho de comerciantes abastados, decidir seguir a via religiosa, iniciar a ordem para ajudar pessoas doentes e regressar a casa de seus pais (Assis). Este percurso, de La Verne a Assis e terminando em Roma, não pertence à Via Francigena, sendo um percurso caminho distinto.

Este percurso era algo que tinha em mente fazer em 2020, mas com as fronteiras fechadas, tive que aguardar oportunidade. Não sei explicar, mas este ano senti o chamamento e, em boa hora, tomei a decisão. Trata-se de um percurso que cruza zonas lindíssimas, na Toscânia (La Verne) e Umbria (Assis).

A viagem iniciou-se em Viana do Castelo (autocarro), para apanhar o avião até Roma, onde me dirigi ao Vaticano. Posteriormente, utilizei o comboio e táxi para La Verna, num total de 2 dois dias de viagem extenuantes e, no mosteiro de La Verna, iniciei o meu ca-

minho de interior, sempre em mosteiros e conventos e, quando não havia possibilidade, recorri ao Booking (Hostel).

De forma sucinta, o mosteiro de La Verne é no alto de um monte (a 1.268 metros de altura) e no 1º dia de caminhada, até Pieve de Santo Stefano, fiz 14,9 kms com subidas até aos 1.300 metros acima do mar, com uma vista esmagadoramente bela. A paz, a tranquilidade e a meditação eram uma presença constante, só interrompida pelo cantar dos passarinhos, pelo vento e pela chuva. No 2º dia, com 36,8 kms (já doía) até ao Sansepolcro (uma pequena vila), fiquei no convento de Santa Maria dei Servi, um espaço enorme com cama para descansar. No 3º dia, foram 31,3 kms até à Città di Castello, sob umas planícies lindíssimas. O problema prendia-se com o facto que, entre vilas e cidades, há montes e vales que tiveram que ser atravessados e estes 3 primeiros dias foram de solidão. No 4º dia foram

30,6 kms até Pietralunga, no alto de uma serra, tendo ficado no Refugio Bethania (do padre Francesco), com uma vista esmagadoramente bela e onde já se encontram peregrinos. No 5º dia foram 27,5 kms até Gubbio, tendo ficado no Convento di San Francesco, uma cidade muralhada, completamente medieval, lindíssima, que recomendo a visita. Já no 6º dia foram 37,2 kms, até Valfabbrica (uma aldeia pequena), tendo ficado no convento da Casa Betanhia, de irmãs capuchino. No 7º dia foram 28 kms, até Peruggia (conhecida pelos chocolates). Escolhi este desvio pelas razões óbvias que considero ter valido a pena, pois trata-se de outra cidade muralhada, no alto de um monte, lindíssima, com uns gelados e chocolates maravilhosos, e recomendo. Por fim, no 8º dia, foram 25,6 kms até Assis (aí, doeu mesmo), através de planícies, vales e montanhas. A cidade (lindíssima) fica no sopé de uma montanha e a entrada foi um ar-

raso. Fiquei dois dias, para recuperar e conhecer toda a cidade. Em bom rigor, Assis é dividida em duas, numa a cidade muralhada, de altos e baixos, completamente medieval, e a segunda, dista de 2,2 kms da primeira, fica Santa Maria degli Angeli, onde há terminais de autocarros, táxis e comboio, de e para Roma (onde regressei). Percorri toda a cidade velha e confesso que faz sentido este “chamamento”, amei tudo e tive sorte pois cheguei no momento das celebrações da cidade medieval.

Terminando, só posso dizer que não manifesto os meus pensamentos pessoais pois, como o falecido meu pai sempre me dizia sempre “o pessoal não se partilha”. As lágrimas e os sorrisos guardo para mim e só posso adiantar que este investimento de tempo e dinheiro fez todo o sentido, ficando a recomendação. Os restantes dias foram em Roma e Vaticano, a passear e rever espaços que faço questão, pois o difícil é regressar à vida “normal”.

jornal 15
crónica » caminho de francisco

A avaria

juntos musicais e artistas amadores.

Fora

uma tarde de intenso labor. Só me apercebi que era quase noite quando o Vigilante entrou no meu gabinete – em que trabalho sempre de porta aberta – perguntando-me se precisava de alguma coisa, pois já fechara a porta da secretaria, visto que todos os funcionários tinham saído. Resolvi, então, regressar a casa, sobraçando uma volumosa pasta, com o planeamento que tinha feito para um espectáculo de fim-de-semana e que queria rever antes de me deitar. Se é certo que o romancista britânico Charles Dickens, que viveu de 1812 a 1870, dissera que: “Qualquer coisa que faça muito barulho é satisfatório para a multidão”, eu procurava que os espectáculos que promovia, tivessem uma qualidade aceitável, mesmo tratando-se de con-

Ainda não tinha percorrido mais de cinquenta metros na Avenida, quando deparei com uma bonita senhora, cujos jeans e a blusa justa, davam realce à sua elegância e que não teria mais de 35 anos, à volta do automóvel em que se se deslocava. Quando eu ia a passar, ela perguntou-me se eu percebia alguma coisa de carros. Disse-lhe que já conduzia há muitos anos e que sabia o trivial. Fixando-me bem com os seus lindos olhos verdes, disse-me que o carro deixara de travar, pelo que me pedia ajuda. Sem hesitar, sentei-me no lugar do condutor e constatei que o travão não apresentava tensão. Perante isto, da sua admirável boca, saíram palavras de aflição, pois ainda tinha várias voltas a dar. Concordou que eu levasse o carro vagarosamente para o parque de estacionamento do meu Serviço, o que fiz cautelosamente e sempre a segurar o travão de mão. Apesar do trânsito, a pequena viagem correu sem incidentes e estacionei com facilidade. A jovem senho-

ra disse-me que se chamava Célia e era professora de inglês numa Escola Secundária de Braga. Reparei que nos longos dedos das suas bonitas mãos, usava apenas um anel universitário com uma pedra azul-escuro, sinal de que era licenciada em Letras. Eu disse-lhe que era o Andrade e ser o Responsável por aquele Serviço de promoção do Desporto, da Cultura e do Turismo. Sugeri-lhe que eu chamasse o meu mecânico de confiança, sugestão que aceitou com muitos agradecimentos pelo que estava a fazer por ela. Liguei ao Sr. Filipe que estava disponível e não tardou mais do que 20 minutos a aparecer.

Enquanto esperávamos, a Célia disse-me que dentro de poucos dias, iria a Inglaterra com um grupo de alunos, em visita de estudo. Sugeri-lhe que, se pudesse, fossem visitar a Casa-Museu do grande compositor alemão, naturalizado inglês em 1726, Jorge Frederico Händel e que fica no nº 23 da Brook Street, em Londres. Mais lhe disse que conhecia em Braga, um sujeito que se julga descendente daquele ilustre compositor, músico, chefe de orquestra e empresário que me tem contado muitos episódios do inspirado autor da oratória “O Messias”, com a parte divinal “Aleluia”. Acrescentei que faleceu em 14 de Abril de 1759 e está sepultado na Abadia de Westminster, no Canto dos Poetas, como era seu desejo.

Neste meio tempo chegou o mecânico Filipe que inteirado da situação se meteu debaixo do carro com uma lanterna e uma chave inglesa. Saiu pouco depois daquela incómoda posição e com um ar triunfante disse

que o problema estava resolvido, pois tratava-se apenas de um cabo solto, aconselhando a senhora a, no dia seguinte, passar numa oficina, para verem se estava tudo em ordem. A Célia, contentíssima, depois de fazer contas com o Filipe, meteu-se no carro, agradeceu-me, mais uma vez e prometeu dar notícias em breve.

E assim aconteceu. Na tarde do outro dia apareceu-me no Serviço, elegantíssima, primorosamente penteada e com um vestido comprido que lhe ficava muito bem. Convidou-me para tomar um café no “Canoa”, ali bem perto. Depois de trocarmos algumas impressões, vieram à baila os Açores e eu, com entusiasmo, falei-lhe das belezas de S. Miguel. Ouviu com toda a atenção, mas dizendo saber do Acordo entre Portugal e os E.U.A para utilização da Base das Lages, na ilha Terceira, pediu-me para que lhe falasse daquela ilha. Fi-lo com muito gosto, lembrando-lhe que Angra do Heroísmo era uma cidade Património da Humanidade. Fora destruída quase completamente pelo terrível terramoto de 1 de Janeiro de 1980, estava eu em S. Miguel, mas a coragem e determinação dos açorianos e também a solidariedade regional e nacional, bem depressa permitiram a sua reconstrução. Falei-lhe da Memória, dos belos jardins, do porto de Angra, do palácio dos capitães donatários, da Sé reconstruída depois de um pirónomo a ter incendiado, do Forte do Monte Brasil onde esteve prisioneiro o régulo moçambicano Gungunhana que ali morreu. Depois da Independência de Moçambique, os seus restos mortais voltaram para aquele país.

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crónica » literatura
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Falei-lhe ainda do Cabo da Praia e de S. Mateus onde comi, pela primeira vez, cavaco, uma espécie de lagosta, com um fabuloso pão caseiro, barrado com manteiga e para o que nos trouxeram um pacote de 250 gramas! Não esqueci a Praia da Vitória, terra do famoso professor e escritor Vitorino Nemésio, falei-lhe da Base arrendada aos americanos e do grandioso porto.

Para seu espanto disse-lhe que de 1580 a 1583 Portugal independente, fora só na ilha Terceira, dada a valentia do fervoroso apoiante ao trono português, D. António Prior do Crato, o Corregedor Ciprião de Figueiredo, natural de Alcochete, que ainda tinha sido mandado para os Açores pelo rei D. Sebastião e que recusou as benesses que lhe eram oferecidas, se ele se rendesse. Escreveu uma carta a Filipe II de Espanha, monarca que haveria de morrer em 13 de Setembro de 1598, recusando a entrega da ilha Terceira e da qual consta a célebre frase: “Antes Morrer Livres do que em Paz Sujeitos”, frase essa que figura agora do Brasão de Armas da Região Autónoma dos Açores. Descrevi-lhe a Batalha da Salga, verificada em 1581. Os valentes defensores da Baía da Salga, onde os invasores desembarcaram, em que se destacou uma jovem e formosa terceirense, de nome Briolanda Pereira que juntando várias mulheres fizeram frente aos castelhanos que, no entanto, apoiados pela artilharia dos seus navios, continuavam a avançar. Foi então que um religioso de nome Frei Pedro que lutava ao lado dos defensores da Baía, se lembrou de mandar reunir uma grande manada de gado bravo que

apascentava nas proximidades e depois foi só preciso espantar os bois em direcção ao inimigo. Apanhados de surpresa, os castelhanos ou foram esmagados pelos animais ou trespassados pelas armas lusas, sendo que muitos morreram afogados ao tentar fugir nos batéis, pois as armaduras não os deixavam nadar.

Passados alguns meses, uma poderosa esquadra de Castela, atacou Angra, conseguindo lavar em sangue a humilhação sofrida. Parte dos vencidos foram logo enforcados na Praça Velha e outros levados para Vila Franca do Campo, em S. Miguel, onde tiveram o mesmo destino.

Emocionada, a Célia agradeceu a lição de história e despediu-se dizendo que depois me contactava. E cumprindo o que disse, quase todos os dias me telefonava pelo que passamos longos minutos em conversa agradável e muitas vezes, recheadas de expressões carinhosas que me faziam sonhar. Até que numa certa tarde me disse que no dia seguinte, à noite, embarcaria para Inglaterra e fazia muito gosto que eu, pelas 20H00, fosse jantar a casa dela, de que me deu a morada.

Fiquei radiante, Escolhi o meu melhor fato, camisa, gravata e sapatos, a condizer. Tomei um banho demorado. Salpiquei-me com uma água-de-colónia de boa qualidade. Voltei a barbear-me e suavizei a pele com um after shave de odor agradável e refrescante. Passei pela florista, comprei um vistoso ramo de flores e à hora marcada, toquei à campainha da casa da Célia. Ela veio-me abrir a porta, saudou-me com dois

beijos aveludados, pediu-me desculpa de estar de avental, aliás de muito bom gosto, dizendo-me que estava a terminar os preparativos para o jantar. Agradeceu as flores de que aspirou o perfume e mandou-me entrar, pois tinha duas pessoas para me apresentar. Fiquei surpreendido pois julgava que era o único conviva. Já na sala de estar apresentou-me um cavalheiro, de nome Mário e que era o seu marido. Apertei-lhe a mão e o meu poder de encaixe não permitiu que se apercebessem da minha decepção. Afinal era casada! Entretanto a Célia chamara pelo Carlitos que apareceu correndo. Era um miúdo encantador, de três anos de idade e que não se fez rogado em dar um beijinho ao amigo da mamã, como lhe fui apresentado.

Depois de uns minutos de conversa em que o Mário

me agradeceu a ajuda que tinha dado à esposa quando o carro dela avariara, fomos para a mesa onde nos deliciamos com um gostoso assado acompanhado de batatinhas louras e de vegetais muito apropriados. Bebemos um vinho maduro alentejano de muita categoria. Escondendo o meu desgosto, contei-lhes até uma história que muito os fez rir.

E chegou a hora das despedidas. Desejei boa viagem à Célia que me assegurou que ia tentar visitar a Casa-Museu do Händel. O Mário e o Carlitos, sempre bem comportado, também se despediram com evidente amizade.

E lá regressei eu a casa. Imaginara uma noite romântica e acabara num alegre convívio. Do mal, o menos. Afinal o Povo é que tem razão quando diz:” Muito se engana quem cuida!”.

POEMA JUNHO

Deixa-me gritar

Deixa-me apenas gritar

Só para aliviar tensão

esquecer o que estou a passar

Para aliviar o meu coração

Deixa-me apenas gritar

Para aliviar esta revolta

Eu Já me sinto a afogar

Revolta em mim á solta

Deixa-me apenas gritar

Pela meia vida que perdi

Por não ter a quem amar

E coisas que não esqueci

jornal 17 crónica » literatura

O thriller psicológico

Adenominação

“Thriller psicológico”, é uma das expressões mais citadas nas artes cénicas, devido á tensão e agitação, que essa característica impele para o grande ecrã, inflacionado pelo processo mental agudo e sinistro, dos intervenientes do enredo.

Parafraseando essa combinação, entre a palavra “Thriller” e a vertente psicológica, o filme numa fase inicial pode surgir com uma aparência periclitante e sombria, sem estar implicitamente associado á degradação ou esgotamento mental. Contudo com o decorrer pressuroso do argumento, o filme, de seguida, concentra todas as atenções, na parte psicológica, pois o comportamento catatónico duma determinada pessoa, atinge o clímax, alicerçando á ação da história, um caudal tremendo e enfático.

Gizando-se através de emoções e sentimentos inflamados, prestado pelas personagens chave da trama, a preponderância desse pleito, normalmente representa-se tolhido por variadíssimas disposições, como a perturbação, a perversão, a obstinação, o ressentimento ou a amargura, dependendo do caso em si, mas originando um sintagma compatível, com os filmes que vos indico.

Misery: o capítulo final (1990): considerado um ex-líbris do suspense, o filme aborda uma contenda tumultuosa e angustiante, entre um escritor, vítima duma ocorrência trágica, e uma mulher solitária, que o acudiu, após esse infortúnio. Paul Sheldon o autor do famoso romance “Misery”, paralisado das duas pernas, é cuidado com desvelo, por Anne, que o leva para a sua residência. Todavia esta ao reparar na identidade do sujeito, resta-se radiante, por tratar.se do criador da sua obra predileta. Contudo ao aperceber-se que Paul, quer findar com essa novela, com a provável morte da heroína “Misery”, Anne indigna-se duma forma desproporcional, prendendo na sua casa, o desditoso Paul, que não vislumbra outra alternativa, senão elaborar uma nova compilação, mantendo “Misery”, como eixo fundamental da aventura. Completamente de mãos atadas, Paul terá que forçosamente arranjar uma solução, para alijar-se definitivamente da obsessiva Anne.

Cisne Negro (2010): sub-

metido a uma incomensurável carga psicológica, este filme debruça-se sobre as expectativas obduradas, duma jovem bailarina, chamada Nina, pupila duma companhia de bailado de Nova Iorque. Notando-se logo no introito, que a bela Nina, brota um perfil perfeccionista e demasiado focado, na sua vocação artística, esta paulatinamente incoa numa cadência degenerativa, a nível mental, por se perfilhar como candidata a bailarina principal, dum evento de grande monta. Além desse desafio, esse tormento de Nina, agudiza-se, provocado pelo cariz ambíguo do seu treinador, e a competição que se corrói no grupo.

Fratura de (2019): esta narrativa empolgante e simultaneamente desesperante, para a figura capital da história, é despoletado por um acidente, que envolve um casal e a sua filha, com esta, remetida a um estado grave. Deslocando-se num ápice para o hospital mais próximo, o pai, Ray, carreia a sua viatura, com denodo, alcançando o destino. A miúda ao dar entrada na urgência,

na companhia da mãe, a certa altura, elas desaparecem, sem rastro, com os funcionários desse serviço a retorquirem que não existe indícios dessas pessoas. Ray atarantado, vira o hospital do avesso, á procura da sua família, mas com o desenrolar aflitivo da sua busca, fica-se com a sensação, que este pode estar confuso e deturpado, por causa duma ferida que detém na cabeça.

As Linhas Tortas de Deus (2022): este argumento de pendor frenético e imprevisível, refere-se a um internamento num hospício, duma mulher paranoica, que por sinal labora como detetive. Ao alegar essa patologia, que teve como epilogo, a tentativa de assassinato do seu marido, Alice Gould, esconde do diretor dessa instituição, que pretende se infiltrar nesse local, para investigar um crime, que tirou a vida a um cliente. Porém Alice ao introduzir-se nesse manicómio, comete despautérios de toda a ordem, deixando na dúvida, se realmente endoideceu de vez, ou se essa atitude, não passa duma encenação.

edição 110 • junho 2023 18
crónica » cinema

Os visitantes

Para quem gosta, como eu, de ver programas que nos levam a imaginar o inimaginável, existe um tema em particular do qual teríamos a infinita possibilidade de escrever lendas e mitos de forma ininterrupta. Como uma das civilizações mais proeminentes da Antiguidade, o Egito é fértil em fornecer-nos o mais variado tipo de material que se enquadra perfeitamente dentro desta conjuntura. Também as culturas Mesoamericanas, como os Incas e os Maias, deixaram-nos artefactos, construções que aos olhos de hoje e aliando-os à mais avançada tecnologia, deixam-nos boquiabertos de como tal foi possível ser construído sem o recurso às ferramentas atuais.

Mas falarei em concreto

de um templo construído pelos egípcios em Abidos. Considerado o mais importante local de adoração do Alto Egito, sobressaía com grande pompa e circunstância o templo de Seti I. Considerado com um dos mais belos e bem preservados, contrariou a norma dos enterros faraónicos, dado que a múmia não foi encontrada no túmulo, mas sim escondida com a do seu filho Ramsés II num esconderijo criado para várias múmias reais localizado em Deir Elbari, junto à cidade de Luxor. Ou seja, afastado do templo. Mas,

apesar de ser um dos mais notáveis faraós da civilização Egípcia, o que ressalta à vista dos olhares de hoje é um hieróglifo específico sobre o qual os eruditos e estudiosos partilham as mais diversas opiniões sobre o seu significado, mais concretamente, de alguns dos desenhos cravados na pedra. É denominado por hieróglifo do helicóptero, e presumo que já entenderam o porquê. Além de imagens que representam moscas, e outros que eram comuns representações da época, saltam de imediato à vista, as de um helicóptero, a que parece representar um avião bem como a de um submarino. Estudos recentes dizem que apesar de realmente darem a entender tratar-se de tecnologia moderna, foi conotada a visualização destas imagens como um exemplo de pareidolia; ou seja, a capacidade que temos de vermos determinados padrões ou objetos que não existem. Por exemplo, quando olhamos para uma nuvem e vemos o delinear de um

pássaro ou de um carro. Os cientistas afirmam que era prática comum a sobreposição de gravuras de acordo com os acontecimentos da época. Daí, ressalvarem que esse efeito levou a que estes supostos artefactos modernos, surjam no nosso imaginário.

Sem dúvida, que é um tema que continuará a dividir opiniões entre os cientistas e aqueles que tentam encontrar evidências de que já fomos visitados no passado por seres de outros Planetas. Mas, como cada um é livre de pensar o que quiser, não sou eu que vou dizer que os egípcios não andavam de helicóptero, de avião ou de submarino. Ou que de facto de deve à erosão ou sobreposição de gravuras. Até porque, se pensarmos bem, o Nilo é sobejamente conhecido pelas suas cheias, daí que um submarino…

jornal 19
crónica » mitos e lendas
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O pulsar da sociedade O voluntarismo

Quandoalguém se disponibiliza para ser voluntário, de algo em concreto, supostamente destinado ao bem comum e ao serviço público, certamente entronca nesse desafio por lazer, filantropia, interesse direto ou por mera ocupação. Antes de especificar os quatros tipos mais correntes de voluntarismo, convém frisar que essa prática solidária, permite ao ser humano, aderir aos diversos pleitos da atividade cívica, procurando uma intervenção na sociedade, tendencialmente progressista, coesa e eclética, acarretando por aquiescência, algum benemérito e projeção, diante dos médias.

Portanto para uma pessoa se oferecer como voluntário, de modo gratuito e sem contrapartidas imediatas ou tangíveis, os motivos associados tem que ser de tal ordem incisivos, que a leva a enveredar por uma determinada causa, numa dedicação que se prevê profícua e salutar.

Um dos protótipos dessa adesão ao voluntarismo, se processa através do lazer e do prazer, invocando o meu exemplo, como cronista de jornais regionais, para fundamentar esse

atributo voluntário. O facto de redigir regularmente para um órgão de comunicação social, sem qualquer remuneração, acerca de uma eventual reflexão ou um assunto qualquer, deixa-me obviamente regozijado e orgulhoso, mas ao mesmo tempo presto um humilde papel, para paulatinamente reduzir o absentismo literário, além de satisfazer os habituais seguidores.

Outro género de voluntarismo, muito em voga, é a denominada filantropia, assente numa predisposição intrínseca de ajudar o próximo, especialmente direcionada para os mais oprimidos e vulneráveis. Nesse contexto verificamos muitas pessoas a alinhar com o banco alimentar, solicitando a cedência desses bens de primeira necessidade, a quem frequenta os supermercados, ou então acolitando no serviço de refeições, saciando a fome dos mais desfavorecidos.

Uma das manifestações menos inequívocas do voluntarismo, é do interesse direto, que requer a envolvência de um individuo, em prol de uma organização, ocasionado pela presença dos filhos ou familiares, numa instituição. Essa espécie de voluntarismo concretiza-se quando um sujeito faz parte da Associação de Pais de uma Escola pública ou privada, pugnando juntamente com os restantes elementos dessa equipe, por uma melhoria substancial da aprendi-

zagem e do bem-estar dos alunos, e simultaneamente promovendo sessões de esclarecimento e iniciativas de convivência mútua, para toda comunidade escolar.

Por último elenca-se uma necessidade premente de Voluntarismo, que porventura pode acontecer, por falta de ocupação, designadamente quando alguém se sente privado de uma função encorajadora e entretida, e justamente por isso, entrega-se ás lides do voluntariado, como forma de evidenciar a sua utilidade. Na linha desse registo, verificamos a colaboração de muitos idosos e reformados, em associações de voluntariado, em Hospitais do S.N.S., fornecendo apoio de cariz informativo e logístico, aos transeuntes que por ali estão de passagem, ou então assistindo animicamente pacientes com patologias graves.

Não obstante estes formatos massificadores, todos nós no nosso quotidiano, ás vezes somos confrontados e impelidos para uma ação digna e nobre,

de voluntarismo espontâneo, bastando proceder de modo singelo, instintivo e decidido, acudindo a quem precisa, seja numa situação benigna, vulgar, abracadabrante ou trágica. Essas momentâneas ações são suscetíveis de acontecer, quando na rua, amparamos uma pessoa com deficiências físicas consideráveis, ajudando-lhe a atravessar uma estrada, á pinha com imenso trânsito, ou por sinal num âmbito mais drástico e resoluto, enfrentando com intrepidez, um sujeito que possesso de raiva, agride violentamente uma pessoa mais fraca, sem qualquer possibilidade de defesa.

Para a pessoa se voluntariar, não é absolutamente essencial que embarque num projeto de grande envergadura, só para se gabar, do feito e do alcance que atingiu em termos de notoriedade e reconhecimento. Pela simples razão, que o voluntariado não se rege por dimensões ou pela popularidade do projeto, mas sim pelo simbolismo e a intenção do ato.

edição 110 • junho 2023 20
crónica » o pulsar da sociedade

Org. Associação RelaxArt

10 de junho 10h–12h

Caminhada Solidária: 6º aniversário RelaxArt

“É PRECISO TER LATA”– Caminhada Solidária, cada participante tem de contribuir com um produto enlatado a reverter para a Cáritas Diocesana de Viana do Castelo. Seguido de Convívio/Piquenique e sessão de relaxamento.

Inscrição Obrigatória

Local: Partida do Espaço RelaxArt, Rua Arquiteto Ventura Terra nº. 1 r/c Monserrate Viana do Castelo

Org. Associação RelaxArt

16 de junho 21h–22h

Concertos meditativos com cristais, taças tibetanas e gongos

Concertos Terapêuticos ou Meditativos ou com Cristais e Mantras, são utilizadas várias Taças Tibetanas, Gongos e outros instrumentos harmônicos de forma a fazer uma terapia coletiva, relaxante e harmoniosa, ajudando os intervenientes a tratar do seu equilíbrio, seja ele Emocional, Mental, Sentimental e Energético.

Inscrição Obrigatória

Castelo do Neiva

24 de junho 09h

Caminhada “Passos de Memória”: Trilho do Castro de Moldes | PR13

Este percurso situa-se na freguesia de Castelo de Neiva, no concelho de Viana do Castelo e revela a riqueza paisagística, ambiental, patrimonial e arqueológica desta freguesia à beira-mar plantada. Inscrições limitadas. A participação na caminhada é gratuita, mas sujeita a inscrição

Distância: 11,2 km

jornal 21 agenda cultural » viana do castelo

AGRADECIMENTO

92 anos Manuel da Costa Gomes

Subportela – Viana do Castelo

Sua Família, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral e missa de 7.º dia, bem como aquelas que de alguma forma os acompanharam na sua dor.

A Família

Agência Funerária Tilheiro

Tel: 258 971 259

Tlm: 962 903 471

www.funerariatilheiro.com

Barroselas

78 anos

AGRADECIMENTO

Maria Albertina Rocha da Cunha

Vitorino dos Piães – Ponte de Lima

Sua Família, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral e missa de 7.º dia, bem como aquelas que de alguma forma os acompanharam na sua dor.

A Família

96 anos

AGRADECIMENTO

Albina Pires Meira

Subportela – Viana do Castelo

Sua Família, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral e missa de 7.º dia, bem como aquelas que de alguma forma os acompanharam na sua dor.

A Família

91 anos

AGRADECIMENTO

Domingos da Rocha e Melo

Freixo – Ponte de Lima

Sua Família, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral e missa de 7.º dia, bem como aquelas que de alguma forma os acompanharam na sua dor.

A Família

44 anos

AGRADECIMENTO

Carlos Jorge Montes Dias

Aldreu – Barcelos

Sua Família, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral e missa de 7.º dia, bem como aquelas que de alguma forma os acompanharam na sua dor.

A Família

AGRADECIMENTO

86 anos José Barbosa Azevedo Fragoso – Barcelos

Sua Família, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral e missa de 7.º dia, bem como aquelas que de alguma forma os acompanharam na sua dor.

A Família

51 anos

AGRADECIMENTO

Sílvia Maria da Silva Pinto

Subportela – Viana do Castelo

Sua Família, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral e missa de 7.º dia, bem como aquelas que de alguma forma os acompanharam na sua dor.

A Família

edição 110 • junho 2023 22
necrologia

88 anos

AGRADECIMENTO

Torcato Correia Rodrigues Meira

Subportela – Viana do Castelo

Sua Família, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral e missa de 7.º dia, bem como aquelas que de alguma forma os acompanharam na sua dor.

A Família

57 anos

AGRADECIMENTO

Maria da Conceição Rodrigues Miranda

Durrães – Barcelos

Sua Família, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral e missa de 7.º dia, bem como aquelas que de alguma forma os acompanharam na sua dor.

A Família

75 anos

AGRADECIMENTO

Maria Angelina Fernandes da Silva

Barroselas – Viana do Castelo

Sua Família, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral e missa de 7.º dia, bem como aquelas que de alguma forma os acompanharam na sua dor.

A Família

jornal 23
necrologia
22H00 M 6 21H30 M 6 16H00 | 18H00 M 3 16H00 M 6 21H30 M 6 16H00 M 4 21H30 M 12 22H00 M 6 22H00 M 6 16H00 M 3 22H30 M 6 21H30 M 12 21H30 M 12 10H00 | 12H00 M 6 aos 36 meses 21H30 | 14H30 M 12 21H30 M 6
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