O Vale do Neiva - Edição 93 janeiro 2022

janeiro 2022 edição 93 Propriedade:

A MÓ • Associação do Vale do Neiva (Cultural, Património e Ambiente) Barroselas Mensal Gratuito Versão digital

Saber mais sobre Lombalgia pág. 8

Presépios na freguesia de Vila de Punhe pág.

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Barroselas e Carvoeiro

Um ano de atividade do Espaço Cidadão da UF de Barroselas e Carvoeiro | pág. 6

Vila de Punhe

Mercadinho de Natal em Vila de Punhe | pág. 5

índice edição 93 janeiro 2022

Vila de Punhe: Mercadinho de Natal

“Ai que me dói as costas!”: Saber mais sobre Lombalgia

Opinião: Os jovens e a tecnologia

página 5

página 8

página 9

ficha técnica

redação:

editorial

edição:

O Canto das Janeiras e dos Reis no Vale do Neiva

diretoria e administração:

Direção de “A Mó” José Miranda Manuel Pinheiro Estela Maria António Cruz 93 – janeiro 2022 colaboradores:

Adão Lima (J.F. Vila de Punhe) Alcino Pereira Américo Santos Ana Sofia Portela; Daniel Basílio Daniela Maciel Domingos Costa Fernando Fernandes Francisco P. Ribeiro José Miranda Manuel Gomes Pedro Tilheiro Pereira da Silva design gráfico:

Mário Pereira paginação:

Cristiano Maciel supervisor:

Pe. Manuel de Passos contacto da redação:

Avenida S. Paulo da Cruz, Edifício Brasília, 3, Fração F 4905-335 Barroselas e-mail:

redacaojornalvaledoneiva@gmail.com periodicidade:

Mensal

formato:

Digital

por José Maria Miranda Presidente da Direção d’A Mó

E

is que está chegado o mês de janeiro, por isso, entendi abordar O Canto das Janeiras e dos Reis.

Era ainda muito novo e posso dizer que o Canto das Janeiras e dos Reis, eram sempre esperados com muita atenção e alegria. Naquele tempo, vivia-se com poucos recursos e era altura para grupos de rapazes (as raparigas não podiam sair à noite) se organizarem, andando de porta em porta para angariarem

uns tostões que, no final, eram repartidos por todos os elementos. Mas o grupo de janeiras mais esperado, era sem dúvida, o que era composto por músicos das bandas locais. As quadras de gosto popular e de rima fácil, variavam conforme a inspiração do solista. A título de exemplo: Ao Patrão Viva o Senhor…

No seu banquinho de prata; Venha dar-nos as janeiras Que está um frio que mata. À patroa Viva a senhora...

Santidade de Belém; Deus lhe dê felicidade E aos seus filhos também.

(Também cantavam aos filhos e às filhas) Depois de cantados os versos à família, aguardavam em silêncio até que a

porta se abrisse, mas se demorava a abrir, ia logo uma cantiga: As janeiras que aqui cantamos As tornamos a descantar; Esta alma do diabo Não tem nada para nos dar. (Terminado o verso era fugir, não viesse alguma vassourada) O Canto dos Reis: Binde, santos moradores, Binde,já expressamente; Binde ver os três Reis-Magos, Os três reis do Oriente.

O nosso Vale do Neiva, possui um riquíssimo manancial de quadras alusivas ao Canto das Janeiras e dos Reis, urge preserva-las, para que se perpetuem por muitos anos.

Bom ano 2022.

distribuição:

Gratuita

Os artigos de opinião são da inteira responsabilidade dos seus autores, podendo ou não estar de acordo com as linhas editoriais desta publicação.

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Jornal Vale do Neiva uma referência na região do Vale do Neiva

Apontamentos Históricos Boletim Autárquico de Durrães: parte XI página 13

Cinema O fim de semana no cinema Dobradinha do Ano Santo Compostelano, em 2022

Mitos e Lendas: Nian

Carta de França: Pequena História da Emigração Portuguesa

página 10

página 15

página 25

página 18

Crónica A nossa viagem página 22

o pulsar da sociedade A Qualidade

por Alcino Pereira alcinop@ipvc.pt

A

imponência da palavra qualidade, traduz se num elemento sine qua non para os nossos modos de vida, porque depois de se ter atingido um padrão de referência, de perfeição, eficácia e deslumbre, ninguém minimamente apreciador e atento, é tolerante ou está recetivo, que esse modus operandi, desça consideravelmente para um nível inferior, pois desanima e melindra as suscetibilidades, de quem está habituado a usufruir desse diapasão, diletante e agradável.

Apesar da necessidade fulcral desse requisito, depois de chegarmos a um patamar elevado, com um aval de reconhecimento autenticado e unânime, será que é uma utopia ou uma quimera indiscritível, man-

termos nos neste vezo corrente de forma consolidada e perene?

Eu acho que em grande parte dos casos, é mesmo uma utopia, porque a manutenção ou até a superação dos índices de qualidade, não é em si, um fator estável e duradouro, está dependente de diversos condicionalismos, porque nem sempre o homem ou um conjunto de indivíduos, estão sempre infalivelmente inspirados. Visto que é possível se notar oscilações a nível físico e mental, ser alvos de bloqueios, competição acérrima, contrariedades e contingências nefastas de cariz endógeno e exogéneo. Podem com o passar dos anos, sentirem se mais flácidos, e a destreza e a eficácia, não ser a mesma, pode inclusive com agiornamento da modernidade e da contemporaneidade, considerar o que era bom às uns anos atrás, agora é classificado como um anacronismo serôdio ou algo paupérrimo, ou até impondo outro género de élans e clichés, que alteram os preceitos instituídos de qualidade, ou então por sinal, com a repetição entediante dos mesmos atributos e procedimentos de

bom nível, gerar um desgaste que conduz á saciedade, entrando num espiral erosivo, perdendo irremediavelmente o desígnio de excelência.

As evidências dessa realidade são várias, é até posso invocar alguns exemplos ilustrativos, quando a nível político se enfatiza sobre “A Qualidade da democracia”, pressupõe que temos um governo, que procure esbater a pertinência das enormes diferenças sociais, fazer tudo que tiver ao seu alcance, para ter um crescimento económico robusto, que temos uma oposição capaz de apresentar propostas alternativas credíveis, com órgãos de soberania e separação de poderes, a funcionar de forma perfeita, bem sabemos que isto nem sempre corre às mil maravilhas, ás vezes uma crise económica e social em grande escala, gerada pela a volúpia dos mercados e da globalização, pode constituir uma mácula fatal para um regime democrático. Vemos também no campo desportivo, quando uma equipe joga muito bem á bola, e ganha vários jogos, com um futebol de encher o olho, proporcionando o júbilo dos seus fans, em

certas alturas acontece que uma derrota traumática, pode deitar tudo a perder, e a equipe pode não voltar a ter o mesmo brilhantismo no seu rendimento. Nas artes cénicas, também é visível numa saga que alberga vários filmes com histórias praticamente similares, os outros que se sucedem normalmente tem menos impacto em termos de êxito como teve o primeiro filme, degradando se de maneira corrosiva, se o número de filmes atingir um acervo descomunal.

Na minha humilde opinião, acho que a qualidade não é em si um valor insofismável, como muitos encartados apregoam, criando conceitos e regras megalómanas, de teor subjetivo, que não passam de engulhos abstrusos e redundantes, burilando essa cosmética como uma destarte abusiva de qualidade.

A qualidade acontece de forma natural, com a imanência da criatividade, da sapiência, do talento, da transcendência e do empenho do homem, criando algo belo, providencial e decisivo, que pode potenciar a satisfação de muita gente, e do natural regozijo do seu autor. jornal

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local » informação autárquica

Presépios na freguesia de Vila de Punhe por Adão Lima Autarquia de Vila de Punhe

P

ara lembrar a festa de Natal, comemorativa do nascimento do Menino Jesus, a autarquia mantendo a tradição dos anos anteriores montou, pelo 15.º ano consecutivo, o presépio no largo das Neves Além deste, outros há pela freguesia incluindo um na Av. Pe. Júlio Cândido da Costa (adro da Igreja) e outro na rua Santa Eulália (Largo do Cruzeirinho), em Milhões.

São alegorias ao significado do Natal que enfeitam e alegram a Freguesia devendo-se ao empenho dos funcionários da autarquia, como também ao trabalho colaborativo de muitos concidadãos.

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local » informação autárquica

Vila de Punhe

Mercadinho de Natal por Adão Lima Autarquia de Vila de Punhe

É

Natal. É o tempo para a realização de eventos natalícios que promovam o significado do momento que se vive: o de paz e o de muita alegria em família. A freguesia de Vila de Punhe, como tem sido seu costume, não se alheou ao momento e promoveu a concretização deste tipo de eventos. Um pouco por todos os espaços de lazer e de convívio da freguesia já se usufrui das iluminações e decorações que aludem ao espírito natalício. No Largo das Neves foi elaborado, pelo 15.º ano consecutivo, o Presépio de Natal, sempre com o mesmo brio e profissionalismo que tem pautado ao longos destas edições. Pelo grupo “Amigos de Milhões” foram realizados presépios junto à Avenida da Igreja e no Largo do Cruzeirinho.

O Mercadinho de Natal é o maior acontecimento da quadra, pois é o resultado de uma panóplia de atividades concretizadas ao longo de quatro dias. Assim, no sábado, dia 11 de dezembro, deu-se início à iluminação natalícia, procedeu-se à inauguração do presépio no Largo das Neves e realizou-se a V Milha Santa Eulália.

Este ano, a prova de atletismo organizada em parceria com o Grupo Juvenil de Vila de Punhe, contou com a participação de dez equipas federadas: Grupo Juvenil; Associação Desportiva da Correlhã; Centro Atletismo de Arcos de Valdevez; Ciclones Sanitop; Sira-Sociedade Instrução e Recreio Al-

dreense; Olímpico Vianense; Escola Desportiva Limiana; Associação Desportiva Afifense; Grupo Desportivo Castelense; Grupo Desportivo dos Estaleiros Navais; Centro de Atletismo de Mazarefes; Terapias Alexandra Carvalho e Qualy Química.

De participação gratuita, para além dos troféus e prémios do pódio todos os atletas tiveram uma medalha de participação. No sábado, dia 18, realizou-se o II Torneio de Futebol 5 “Inter lugares da Freguesia” no polidesportivo de Vila de Punhe, com as 6 equipas representando os lugares dos Regos, Neves, Arques, Chasqueira, Outrelo e Milhões, saindo vencedora do torneio a Equipa do Lugar de Arques. À tarde decorreu o Mercadinho de Natal no largo das Neves, que para além das tradicionais tendinhas, contou com a animação de um grupo de concertinas e de bombos. No domingo, dia 19, destinou-se a tarde para os mais novos com a chegada do Pai Na-

tal, em charrete puxada por um pónei, debaixo de uma “queda de neve” oferecendo brindes para as crianças, seguindo-se a fotografia com o Pai Natal. Mais de duas centenas de crianças presenciaram e participaram neste evento.

Nestes tempos que vivemos, de uma convivência

social muito restritiva, é de enaltecer o facto do Executivo da Junta de Freguesia de Vila de Punhe, de várias associações e entidades locais, que trabalharam em parceria, não se terem esmorecido perante tal cenário social, pois muito fizeram para proporcionar a todos momentos de muita alegria. jornal

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local » informação autárquica

Um ano de atividade do Espaço Cidadão da UF de Barroselas e Carvoeiro

por Junta da União de Freguesias de Barroselas e Carvoeiro geral@barroselas-carvoeiro.com

Fez, no passado dia 21 de dezembro, 1 ano que

abriu oficialmente ao público o Espaço Cidadão da União de Freguesias de Barroselas e Carvoeiro.

Neste período, foram efetuados um total de 2510 atendimentos (2235 executados + 275 esclarecidos), fruto da grande procura e comodidade na utilização deste serviço.

No Espaço Cidadão é

possível tratar de vários assuntos num único balcão.

Entre os serviços mais solicitados, estão por exemplo: Alteração e confirmação de morada, Ativação da Chave Móvel Digital, Registo Criminal, Revalidação da Carta de Condução, Obtenção de documentos de pagamento de Imposto Único de Circulação (IUC),

IMI, Obtenção de Cadernetas Prediais, Renovação de Cartão de Cidadão para maiores de 25 anos, Envio de documentos para reembolso da ADSE, Pedido de Agendamento de Vacina e Pedido de Certificado de Vacinação.

Informação adaptada da página do Facebook da Junta da União de Freguesias de Barroselas e Carvoeiro

Morada Rua da Estação, n.º 165 4905-311 Barroselas

Horário Dias úteis das 9h às 13h e das 14h às 17h.

Contactos 300 003 990

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crónica » literatura

Três leituras para descobrir em janeiro

por Daniela Maciel dani18maciel@hotmail.com

J

á escreveu a lista de resoluções para o ano novo?

Proponho que experimente incluir a leitura no seu dia a dia. E que tal desafiar-se a ler um livro por mês?

Neste artigo, apresento-lhe 3 excelentes leituras para descobrir em janeiro.

Julia Power, uma enfermeira que trabalha num hospital sobrelotado. Ela cuida de grávidas que contraíram a gripe e que estão em quarentena.

Este livro decorre ao longo de três dias e é tão intenso que se lê à velocidade de um thriller. O ambiente é aflitivo e não queremos parar de ler. Contudo, por outro lado, alguns leitores precisarão de algumas pausas para digerir o que estão a ler.

O final do livro deixou-me de coração nas mãos.

Esperava tudo menos aquele final. Fiquei triste, depois de uma leitura tão intensa, mas também um pouco esperançosa.

Como conclusão, posso afirmar que foi uma leitura extremamente boa. Alerto apenas para o tema sensível (gravidez e partos) que poderá incomodar alguns leitores.

para os leitores mais românticos.

Quando Simon Bassett, o duque de Hastings, regressa a Inglaterra, as mães casamenteiras da alta sociedade estão doidas por encontrar maridos para as suas filhas. E prometem não largar o atraente Simon.

Daphne Bridgerton é a quarta irmã de uma destas famílias londrinas. A jovem vê-se pressionada pela sociedade em encontrar um pretendente para casar, no entanto, ela sonha com um casamento por amor.

Assim, Simon e Daphne decidem fingir um noivado, o que vai trazer paz e sossego a Simon e transformar Daphne na solteira mais cobiçada da temporada. No entanto, à medida que vão passando tempo juntos, a paixão crescente entre ambos será inevitável.

Esta é uma história que irá conquistar os corações mais românticos. Desde sorrisos à lágrima no canto do

“A Dança das Estrelas” Emma Donoghue 2021

A Dança das Estrelas, de Emma Donoghue, transporta-nos para 1918, para Dublin, Irlanda, na altura em que o país é arrasado não só pela guerra como também pela doença, nomeadamente a influenza, a gripe espanhola.

A história acompanha

“Crónica de Paixões e Caprichos” Julia Quinn 2012

Crónica de Paixões e Caprichos, de Julia Quinn, é um romance de época

olho, este livro proporciona mais do que simples horas de prazer. Este livro envolve o leitor e liberta o seu lado mais sonhador. Oferece uma história que dificilmente será esquecida.

E a boa notícia é: este é o primeiro livro de uma série de 8 livros.

Kentukis, de Samanta Schweblin, apresenta uma temática bem original.

Os kentukis são a mais recente invenção tecnológica. Trata-se de peluches com a forma dos mais diversos animais, e incluem uma câmara incorporada nos olhos. Cada kentuki é manobrado por um utilizador, em qualquer parte do mundo. É um livro que se lê muito bem, mas que apetece ler devagar, saborear cada uma das diferentes histórias. A escrita de Samanta é bonita, muito certinha e cativante; consegue na perfeição transportar-nos para dentro destas páginas.

Kentukis faz-nos pensar na forma como utilizamos a tecnologia. A verdade é que ela está muito presente nas nossas vidas e o que decidimos partilhar e tornar público depende inteiramente de nós. Contudo, estaremos realmente conscientes dos perigos a que nos estamos a expor quando partilhamos a nossa vida privada?

Espero que tenha gostado das minhas sugestões.

Bom Ano e boas leituras!

“Kentukis” Samanta Schweblin 2019

jornal

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saúde » a lombalgia

“Ai que me dói as costas!”: Saber mais sobre Lombalgia

por Ana Sofia Portela enf.anasofia@gmail.com Enfermeira especialista em Enfermagem Comunitária USF Aqueduto – ACES Vila do Conde/Póvoa do Varzim

A

dor na parte inferior das costas, conhecida em termos médicos como lombalgia, é uma causa muito frequente de ida ao médico. Estima-se que cerca de 80% das pessoas terão uma lombalgia ao longo da vida, sendo uma situação muito frequente.

As causas de lombalgia são diversas, mas na grande maioria das situações, as causas são benignas. Relaciona-se muitas vezes com o esforço ou com más posições no trabalho ou nas atividades diárias, estar muito tempo de pé ou levantar pesos de forma repetida. É mais frequente nas pessoas obesas e nas grávidas.

Como prevenir o aparecimento da dor?

Para prevenir o aparecimento de dor nas costas é importante que pratique exercício físico para fortalecer os músculos lombares, como caminhadas, natação ou hidroginástica. Ajudará também a perder peso o que ajuda na lombalgia.

Procure manter uma postura adequada, sobretudo sentado, procurando

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apoiar as costas em linha reta e apoiando os pés no chão. Quando necessitar de pegar em pesos, primeiro agache-se, segure os pesos e só depois levante. Tente não inclinar as costas para pegar em pesos.

várias vezes por dia, pode ajudar a aliviar os sintomas.

Os analgésicos e anti-inflamatórios podem ajudar, mas certifique-se com um médico se poderá tomar estes fármacos. Gradualmente irá recuperar da dor.

O que fazer quando tem dor?

Nas alturas de crise é importante que tente fazer uma vida normal, evitando apenas os movimentos que agravem a dor. Deve repousar, mas apenas durante poucos dias (geralmente 1-2dias). É aconselhável que se mova e ande, de forma a não enfraquecer os músculos da zona. Evite carregar pesos durante algumas semanas.

A aplicação de calor durante cerca de 20 minutos,

Alertas!

Por vezes, a dor na parte inferior das costas pode relacionar-se com doenças mais graves necessitando de avaliação médica. São causas menos frequentes de dor nas costas, mas devem ser valorizadas. Assim, deve consultar o médico nas seguintes situações: ●● Dor nas costas após queda ou traumatismo; ●● Dor nas costas sobretudo quando está parado, em repouso, na cama, de madrugada, e que vai

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melhorando com a atividade diária ao longo do dia; Dor nas costas que persiste e não melhora, sobretudo se for ao longo de dias; Dor nas costas que o acorda durante a noite; Se houver febre ou perda de peso; Se tiver osteoporose; Se a dor for pela perna abaixo; Se deixar de ter sensibilidade na região retal, genital, virilha ou se deixar de ter controlo de fezes ou urina. Neste caso deverá ser consultado urgentemente.

Se tomar cronicamente medicamentos com corticosteróides (“cortisona”).

Cuide de si!

opinião » tecnologia

Os jovens e a tecnologia

por Daniel Basílio danielhbasílio@gmail.com

A

relação dos jovens com a tecnologia tem sido alterada ao longo dos anos e de forma significativa. Vamos recordar certamente que, antes dos anos 90, os nossos progenitores sabiam manusear todos os eletrodomésticos caseiros como televisões, máquinas de lavar roupa, aparelhagens de som, entre outros.

Eram poucos os exemplos de instrumentos tecnológicos que, os membros mais velhos de uma casa, não sabiam manipular e assim tirar o melhor partido deles.

Nesta altura, as famílias partilhavam o mesmo ecrã televisivo e, por vezes, até o mesmo despertador. Havia quase sempre um exemplar tecnológico que teriam de partilhar como, por exemplo, o telefone fixo.

Agora em 2022, mais de 30 anos passaram desde então e são muitas as diferenças. Vamos começar por analisar as capacidades que os jovens têm em entender de forma intuitiva as novas tecnologias/aplicações. Hoje, com muita segurança, ouvimos os nossos pais ou avós com dúvidas referentes à utilização de uma determinada Rede

Social ou então porque não conseguem conectar uma coluna através de Bluetooth. Ou, de simplesmente enviar ficheiros através de aplicações móveis. Tudo parece complicado. O que mudou significativamente para esta geração estar mais distante da tecnologia?

Depois desta contextualização vamos pensar naquilo que acontecia no passado em que existia um só dispositivo por casa sendo ele televisão, aparelhagem de música ou mesmo telefone. Quem usava e manipulava estes instrumentos eram os nossos pais pois, eles é que sabiam de todas as características e funcionalidades de cada um deles. Eram eles que compravam e se aconselhavam com o vendedor sobre os equipamentos. Os jovens na altura só aprendiam a manusear os equipamentos depois dos seus progenitores. E para isso era preciso ter a autorização destes. Certamente que temos a imagem mental da família reunida à volta da televisão e eram os pais que tinham o comando ou mesmo o melhor sítio da sala para ver televisão.

Hoje, estas dinâmicas familiares são certamente diferentes. Cada pessoa tem à sua disposição o seu ecrã seja ele telemóvel, tablet, computador portátil ou mesmo o smartphone.

Segundo o Digital Anual Report da empresa Hootsuit, 85% da população

Portuguesa tem acesso à Internet e 75% acesso às Redes Sociais. Com estes resultados tão expressivos podemos então acreditar que uma fatia significativa da população tem a sua própria Rede Social e, faz uso da conexão à Internet, quando bem entender sem ter uma aprovação familiar para cada vez que a utiliza. Aqui, confirma-se uma democratização da tecnologia que desde logo está em contacto com a população mais nova. E é aqui que os mais novos começam a sua experiência digital desde tenra idade permitindo-lhes crescer com ela. Manuel Castells vai ainda mais longe quando afirma que os jovens aderem mais facilmente às novas tecnologias e usam-na como fator de superioridade em relação às gerações anteriores, onde existe um gap maior do

que o que normalmente se tem quando se pensa em tecnologia de forma mais ampla ao longo da história.

As relações parentais hoje estão bem diferentes do passado e queremos que todos tenham acesso à tecnologia para que os nossos descendentes possam estar bem integrados na nossa sociedade consumista.

Enquanto Millennial sinto que a geração seguinte teve muito mais contacto com as tecnologias e é normal lembrarmo-nos de crianças de 4/5 anos com tablets a verem vídeos. A tecnologia evolui com tanta rapidez que aqueles que têm uma atividade profissional ou familiar mais fatigante acabam por se alhear mais facilmente desta dimensão que considero essencial para termos as nossas gerações bem interligadas e que se possam ajudar mutuamente.

jornal

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crónica » ano santo compostelano

Dobradinha do Ano Santo Compostelano, em 2022

por Francisco P. Ribeiro fportoribeiro@hotmail.com

E

m artigo de opinião de fevereiro de 2021, foi referido que, em regime excepcional e consequência deste surto mundial do Covid-19, o Santo Papa, Francisco, concedeu, para 2022, prorrogação do Ano Santo Jacobeu. O que se prende dizer, em termos práticos, é que se mantém as celebrações do ano jubilar, com base na decisão de Penitenciária Apostólica, com segurança e distanciamento social, com respeito pela vida.

Em resumo, no Ano Santo Compostelano, também se aplica a 2022, a Porta Santa da Catedral de Santiago estará aberta para todo(a)s o(a)s pere-

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grino(a)s, sendo essa uma tradição que remonta ao séc. XV, segundo informação da Xunta da Galícia.

Nessa altura, será possível solicitar a indulgência ou perdão de pecados (para quem os tem ou carrega), a ser concedido pela Igreja, em qualquer dia.

Segundo o Papa Francisco, devemos “desligar-nos das coisas que nos pesam” considerando, que na vida, não caminhamos sozinhos, sendo necessário “confiar nos nossos companheiros sem suspeitas e desconfianças”.

Regressando ao tema inicial, confesso que para mim é um gosto iniciar o ano com um novo projeto de vida e, neste caso, com uma nova proposta de caminho (com planos e planeamento). Pretendo regressar a novos caminhos, nunca por mim feitos antes, e tenho muita curiosidade. A proposta, para 2022, será fazer o caminho mariano a partir do Sameiro (Braga), direto a Santiago de Compostela (via Mariana luso-galaica). Neste percurso estamos a falar de 302 kms (mais ou menos) até Santiago de Compostela e, se optar por fazer a totalidade do circuito mariano, 382 kms até à Senhora da Barca, em Múxia (Galicia). Esta primeira parte (até Santiago) será um caminho todo novo, para mim, uma vez que não entronca no Caminho Central (via Ponte de Lima,

Rubiães e Valença do Minho) mas a opção indica seguir o Caminho que passar por Trás-os-Montes, conforme imagem abaixo.

Uma proposta a considerar, ainda em curso.

Sobre a motivação para os Caminhos, a partilha que faço agora, prende-se com algumas dúvidas que íntimos me fazem e, em particular, com esta: com tanto quilómetros feitos, se não me sinto já com missão cumprida?. A dú-

crónica » ano santo compostelano

vida é muito legítima, de facto, e com tantos pedaços de terra calcorreados, penso que já poderia ser altura de sentimento de missão cumprida. Mas a resposta também é muito simples, prende-se com a adrenalina resultante dos caminhos. Estes tornam-se aditivos, mesmo, na medida em que, por várias vezes já aconteceu, fazer caminhos e terminar com vontade de continuar (já tive vários casos de pessoas que caminharam e, extraplano, continuaram, enquanto eu regressava aos meus afazeres e ao meu mundo). Quem caminha por gosto, penso que de que, cria a possibilidade de ponderar e de “conversar” com o nosso interior e perdoarmo-nos dos nossos erros e falhas. Nós somos o nosso maior erro e a nossa própria cruz. O caminho permite aligeirar esse aspecto, seja pelo distanciamento dos problemas, pela externalização dos mesmos, seja mesmo pela partilha e, por vezes, por ouvirmos a cruz dos outros

que nos faz, muitas vezes, ponderar a dimensão da nossa dor. Acredito que seja legitima, mas de facto, e não será a primeira vez que me acontece, que na partilha eu termino envergonhado porque resumo que a minha dor é só interior e comparando com outros, eu estaria, e estou, feliz por estar bem.

E assim, criamos gosto pelos momentos vividos, uns de partilha e outros de meditação e reflexão. Por essa razão que repito, não saímos santos, mas saímos aliviados e com outra “visão da coisa”. Afinal, chegamos à conclusão que afinal tudo é possível, o que quer se seja que nos preocupa, e passamos a acreditar mais em nós.

Outra justificação que encontro, prende-se com o yoga que faço que me ajuda a ter um espírito mais jovial e a acreditar mais no potencial pessoal. Por essa razão, e como já referi antes, a parte mais difícil da peregrinação (ou do caminho) inicia-se quando este termina e inicia-se

por Américo Manuel Santos americosantos1927@gmail.com

POEMA JANEIRO

Negro olhar Com o teu negro olhar E os teus negros cabelos Que eu gosto de venerar É uma delícia só de vê-los Eu Quero ver o teu sorriso Que escondes do meu olhar Eu Quero ser o teu paraíso Eu Quero contigo sonhar se eu tivesse teu amor Perto do meu coração Eu afogava a minha dor No mar da tua paixão

o período de vacatura, ou de preparação, para o próximo caminho.

Em termos de experiência pessoal, sinto que no Caminho somos “assaltados” por um turbilhão de sentimentos, todos eles baralhados, sendo possível partilhar com quem já fez o caminho, ou quem tem interesse e motivação para o fazer, conforme já referi em artigos anteriores. De outra forma, não faz sentido o que sentimos e tudo parece incoerente.

A proposta de 2022 será fazer os referido 302 quilómetros em quinze

dias, cerca 12 dias o que dá uma média de 25 quilómetros diários. Próximo passo, ser os albergues no percurso, estudar o mesmo (reajustar as distâncias) e iniciar sua preparação.

Sendo este mais um caminho que farei comigo, apenas, será um percurso de entrega interior e de grande Fé. A quem pensar fazer algo semelhante, apenas posso desejar Bom Caminho (Ultreya).

jornal

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história local » rio cávado

Barcelos e a navegabilidade do rio Cávado, num passado longínquo, parte III

por Domingos Costa domingosdacunhacosta@gmail.com

E

m resultado, o engenheiro João Luís Lopes, considerou importante: “levantar a planta do Porto e rio Cávado na escala de 1 por 2.500 em Esposende e de 1 por 5.000 até Barcelos; fazer o nivelamento dos pegos e rápidos; medir a velocidade da corrente, empregando um flutuador e o tacómetro; colocar escalas hidrométricas na barra de Esposende, barca de Lagos, Barcelos, Furada e Ponte do Prado, fazendo diariamente vistorias.”

Considerado é de acrescida importância, que se respeite estes condicionantes e apelado que o conselho se

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reúna. Também é necessário completar os dados necessários e adicionar ao “nivelamento longitudinal do leito do rio, os perfis transversais nas condições de navegação difícil, descrição da natureza do fundo do rio, corrosibilidade e direção da corrente em máximas e médias cheias”.

O conselho diz que é pouco importante se a navegação for só até Barcelos.

Teria utilidade se fosse até à Ponte de Prado, quer dizer “às cercanias de Braga que é ao centro do Minho”.

Uma nota que pesa para que não seja navegável o rio Cávado: A possibilidade de o leito do rio ficar salgado, não descurando ainda, os obstáculos impostos para negar a navegação do rio. É, com ênfase assinalado, que por ignorância, mas com interesse de forças vivas que se aproveitam de algo lucrativo oferecido pelo rio, pondo em causa a estabilidade da navegação,

e ainda, indevidamente se apoderem de uma coisa pública, atropelando “…o bem direito e regulamentos administrativos”.

De acordo com o referido, acrescenta que o resultado das causas naturais, bem como os abusos praticados, levou ao estado atual do Cávado, perdendo-se a sua navegação.

Faz alusão que a maré em tempos idos, chegou a Maresses muito perto de Barcelos. Ainda de encontro ao suprarreferido é alertado que “a demolição e mesmo o rompimento dos açudes do Cávado facilita desde logo o ingresso da água do mar, principalmente se poder aprofundar o leito; repõe, quanto possível, a corrente no seu estado primitivo e natural. Se esse estado comporta a navegação, é claro que a navegação deve ser completa; se pelo contrário a não admite, importa definir o sistema de obras de arte mais ade-

quado, porque em tal caso o problema complica-se e assume gravidade”.

Todavia o conselho e o engenheiro João Luís Lopes, também não estão muito seguros sobre o rasgar dos açudes, por poder resultar em rápida e arriscada navegação no verão, assim como nas águas médias.

O conselho – mantém-se prudente, por isso – coloca muitas reservas sobre as dificuldades de construção. Simultaneamente, põe em evidência o montante a dispor.

Considera também os nefastos contratempos advindos, e não considera consensual com o sucesso do que se pretende efetuar no rio Cávado.

Reforça ainda, que o mesmo foi instalado no Douro, sendo este “…um sistema imperfeito, tosco e forçado ao duplo emprego da água na navegação, e na indústria mecânica”.

Se nada obstar, a rúbrica terá continuidade na próxima edição.

autarquia » apontamentos históricos

Durrães na vanguarda autárquica: parte XI

Boletim Autárquico de Durrães

por Domingos Costa domingosdacunhacosta@gmail.com

C

ontinuação do artigo anterior sobre a comunicação do Sr. Presidente da Assembleia de Freguesia António Luís Pinheiro.

Cita, - porque achava pertinente - a preponderante importância da Assembleia de Freguesia como órgão fiscalizador, devendo, como é óbvio, colaborar quando necessário numa ação benéfica para os dois órgãos.

Merecidamente faz destaque, que a qualidade de qualquer elemento da Assembleia, não é medida pelas intervenções que a qualquer momento executa, sobretudo do domínio crítico, podendo muitas vezes, levá-lo ao exagero ao ponto de se considerar negativo.

Faz menção que em fre-

guesias pequenas, como o caso de Durrães, os elementos da junta de freguesia, tem a seu cargo um desgastante trabalho. Exemplifica: “o trabalho do dia a dia, a resolução dos múltiplos problemas, a preparação de projetos e a sua concretização”.

Diz, que hoje, final do século XX, muita coisa mudou em relação ao dos nossos antepassados. São sinais próprios do progresso.

Quando em alocução, o tema direcionou.se em considerações sobre a eficácia dos presidentes de outrora e dos atuais, sem receio, põe a nu uma arrojada intervenção ocorrida em finais de 1960 e início da década de 70 pelo Sr. Presidente de Junta Sr. Manuel Gonçalves.

Em face da era em que ocorreu a intervenção, considera que o Sr. Manuel Gonçalves assumiu uma arrojada intervenção. Distingo a ousada frase: O Sr. Manuel Gonçalves não entendia o atraso de uma verba já oficializada

destinada a obras da freguesia. Então, insatisfeito, dirigiu-se à Câmara de Barcelos numa audiência com o Presidente da Câmara da altura, e disse: “Durrães nada deve ao Estado Novo.

Temos as fontes que a natureza nos deu. Se os nossos pais quiseram ensinar-nos a ler, edificaram uma escola. Se a Igreja não chegava para albergar todos os fiéis, construímos uma nova. Se necessário, levamos a cabo também esta obra”!

Em consonância o Sr. Presidente da Assembleia, António Luís Pinheiro, antes de finalizar a sua intervenção, recorda que os presidentes de junta atuais, reúnem capacidades ideais para dialogar com a população, bem como com as entidades camarárias.

Por sua vez, as câmaras, encontram-se mais sintonizadas com as freguesias, e será ótimo que tenham em consideração as freguesias mais afastadas da sede de Concelho. Porque, enquanto as limítrofes sem grande

dificuldade ou nenhuma, se deslocam à sede de Concelho, ou seja: facilmente, rápido e sem custos. Outros, com poucos custos e ainda outros – mais distantes -, com custos gradualmente acrescidos, tendo como é óbvio, sérias dificuldades, dado perderem meio dia de trabalho, considerando ainda com acrescidas despesas de transporte nas indissociáveis deslocações.

A finalizar, deixa pertinentes interrogações à plateia: “Será que há necessidades comuns às freguesias do vale do Neiva?

Será que deveríamos pensar na coordenação de projetos para desenvolvimento desta região?”

Finaliza definitivamente a sua intervenção sensatamente e com orientação diplomática: “Pode ser que o alerta seja motivo para que este encontro não seja único”.

No próximo número, farei referência a outras comunicações.

jornal

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história » caminhos de ferro

Regulamentos dos serviços de transportes em Portugal

Regulamento para a Fiscalização da Construção de Caminhos de Ferro

por Domingos Costa domingosdacunhacosta@gmail.com

I

nicio por assinalar, que à exceção da 5ª. secção da linha do Norte, não houve no país caminho de ferro construído por companhias particulares de 1866 a 1878.

Apresento de seguida os seguintes contratos: Troço de via da 5ª. secção da linha do Norte entre Vila Nova de Gaia e Porto, foi realizado através de carta de lei de 26 de fevereiro de 1875; o contrato do princípio do ramal de Cáceres, foi atribuído por decreto de 19 de abril de 1877 e o caminho de ferro de via reduzida do Porto à Póvoa do Varzim e Vila Nova de Famalicão, entre o Porto e Fontaínhas.

Um pouco mais tarde, a 3 de agosto de 1878, foi estabelecido contrato com a Societé Financiere, para a construção e exploração do caminho de ferro da Beira Alta, contudo a construção só iniciou no fim do ano.

De assinalar que o Engenheiro da fiscalização da construção, achou que o arti-

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Fotografia de Fernando Abel (CP)

go 4 do decreto de 31 dezembro de 1864 não estava regularizado e o regulamento de 5 de dezembro de 1860 ser insuficiente. No sentido de colmatar a inobservância, concebeu um regulamento, sendo o mesmo submetido a aprovação superior a 30 de junho de 1879.

A menos de um ano, foi solicitado a 3 de fevereiro de 1880, - em consideração com a força de lei de 31 de dezembro de 1864 -, ao engenheiro Sr. Joaquim Simões Margiochi para criar um regulamento direcionado à fiscalização da construção dos caminhos de ferro, assim como alterações convenientes no regulamento de exploração de 11 de

abril de 1868.

Com empenho e dever de responsabilidade por uma causa importante, o engenheiro minuciosamente efetuou – considerado pelos superiores - um trabalho “completo, que muito honra o ilustrado engenheiro”.

O importante trabalho, elaborado com a justa crítica, foi superiormente apresentado à comissão.

Faço um parenteses para dar a saber a extensão da linha férrea construída no País, sem considerar as linhas particulares: Há em exploração 1.480 quilómetros de via larga. 90 quilómetros de via estreita.

Estão ainda em construção por conta do Estado 175

quilómetros de via larga, devendo ficar concluídos este ano.

Encontram-se em estudo e posteriormente em construção por conta de companhias, cerca de 450 quilómetros de via larga e 100 de via estreita. Metade destas vias férreas, abrirão ao serviço público no decorrer deste ano.

Há ainda em estudo, o complemento ao norte do Mondego.

Em março do ano de 1888 encontra-se em exploração 670 quilómetros por conta do Estado, por conta de companhias 1.002 quilómetros e cerca de 144 quilómetros de via estreita por conta de companhias.

conhecimento » mitos e lendas

Nian

por Fernando Fernandes fjfernandes1975@gmail.com

R

eza a lenda diz que, há muito tempo, havia um monstro chamado que habitava os céus da China chamado de Nian. Com uma aparência feia e muito feroz, atemorizava quem conseguia colocar-lhe a vista em cima. No primeiro dia do ano, o monstro descia das montanhas para aterrorizar caçar pessoas, segundo consta, conseguindo engoli-las de uma vez só. Devastados pelo medo, trancavam as portas muito cedo, antes do pôr do sol, nos dias que antecediam a sua chegada. Porém, em vão, pois, a criatura deixava sempre um rasto de caos e destruição.

Numa pequena aldeia nu lugar remoto, havia um velho sábio cuja sabedoria levou-o a pensar que era o pânico nas pessoas que dei-

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xava o monstro tão ousado e furioso ao ponto de todos os anos repetir as suas investidas. Como tal, o velho pediu às pessoas que se organizassem com o objetivo de acabarem com o suplicio de uma vez por todas. Um pouco antes da chegada do monstro, pediu que batessem energicamente tambores e gongos, que queimassem bambu e acendessem

fogos de artifício com o propósito de continuamente fazerem barulhos ensurdecedores para ameaçarem o monstro odioso. Além disso, deveriam colocar fitas vermelhas nas portas e janelas e vestirem roupas da mesma cor. Num ápice, todos os habitantes da aldeia concordaram. Afinal, não tinham nada a perder em tentar.

Foi então que na noite fria e sem luar do primeiro dia do ano, Nian apareceu ameaçador nos céus da aldeia. No momento em que se preparava para começar o banquete, os aldeões em simultâneo começaram com os barulhos assustadores ao mesmo tempo que lançavam coloridos fogos de artificio para o ar. Sem contar com toda esta azáfama, Nian ficou tremendamente baralhado e, foi forçado a recuar perante a insistência das pessoas em

continuarem com o espetáculo. Sem ter a possibilidade de parar de voar, e vencido pela exaustão e, Nian afastou-se no horizonte e nunca mais foi visto desde então.

Desde então, as pessoas mantêm a tradição de fazerem barulho com tambores e gongos e de lançarem fogos de artifício no primeiro dia de cada ano para afastarem os maus presságios e possíveis monstros imaginários que possam sulcar os céus em busca de uma refeição fácil.

Hoje em dia, os chineses desejam Xīnnián kuàilè ou 新年快樂 que pura e simplesmente significa, Feliz Ano Novo. São estes os sinceros votos para toda a equipa do Jornal, e os nossos estimados leitores para este 2022. Sobretudo, muita saúde nestes tempos difíceis e mantenham-se seguros. jornal

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crónica » a estupidez

Estupidez, o que fazer com ela

por Francisco P. Ribeiro fportoribeiro@hotmail.com

A

proposta de tema de artigo de opinião desta edição, seguramente não irá ofender ninguém pois as pessoas visadas neste artigo, seguramente, não se dão a este trabalho de ler e de estudar. O tema prende-se com algo que me aflige muito (possivelmente, também a outros) e que procuro informação suficiente para defesa pessoal. Juntei à minha biblioteca um livro de Maxime Rovere, 2020, da Quetzal Editores, que levanta uma questão pertinente, “O que fazer dos estúpidos” e junto a esta questão à reflexão pessoal: será que sou a única pessoa que tem este problema? Quem nunca teve esta dúvida? Considero o título é excelente (daí o investimento), já o conteúdo deixo ao critério individual.

Sem fazer juízos de valor, o autor refere aspectos que, seguramente todos nós sabemos, que temos bem enraizados, sendo muitas vezes esquecido. No epílogo, o autor refere que “Os estúpidos (…) estão-se nas tintas para a verdade, não desejam a verdade!”, fazendo todo o mal possível a ter-

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ceiros (se nós deixarmos, subscrevo este preceito).

De forma avulsa, retido do livro retiro frases que considero serem conhecimentos interessantes. O autor começa dizendo que (p.11) “só (…) compreende a estupidez quando se deixa de ser estúpido” e que (p.12) “o problema não é a estupidez, são os estúpidos” e nessa senda, muitas vezes somos levados na onda e agimos com natural estupidez (quando me acontece fico danado). O autor refere (p.20-24) “somos sempre o palerma de alguém; (…) e o principal estúpido está dentro de nós próprios” (não gosto de admitir, mas assumo a minha culpa). Considera (p.14) que “mesmo no melhor dos mundos e com a

melhor das vontades possível, encontraremos sempre e necessariamente estúpidos no nosso caminho” sendo estes muito resilientes e opõe-se cegamente a tudo o que possa melhorar uma situação – incluindo a deles. Nesse cenário, encontramos (p.22) “os estúpidos sentados nas suas certezas, que se recusam a duvidar; os que recusam tudo e que duvidam até mesmo da verdade; e os que se estão nas tintas para tudo.” O autor refere, e subscrevo, (p.24) que “os estúpidos fazem-nos ir ao fundo” e alerta para o facto de (p.28) “a maior parte desses comportamentos são em si mesmos sintomas de problemas profundos.” Considera, e bem, que (p.29) “uma so-

ciedade doente produz estúpidos”, sendo essa uma verdade incontornável que é necessário lutar contra, e argumenta (p.33) que não somos professores de estúpidos e a solução imediata passa por tentar mudar a situação e não por tentar mudar as pessoas. Facto (p.40) que “na maioria das vezes os estúpidos prejudicam-se a si próprios” e, indo na onda, somos nós os prejudicados. Devemos não ser envolvidos, mas inverter a situação. Considera, como alarme, (p.47) que “entre os estúpidos, há aqueles que se vingam nos outros pelas frustrações acumuladas, (…) que vos afogam em maledicência, que se deixam fascinar por todo o mal”. Refere que a nossa participação (passi-

crónica » a estupidez

va ou activa) tem impacto nas ações de estupidez na qual somos envolvidos, de forma intencional ou não.

Defende que (p.48-50) “a estupidez não tem espectadores, mas cúmplices”, e devemos agir contra. Alerta para o facto que (p.51) “os estúpidos estão sempre na origem dos conflitos” e (p.65) que estes tornam os acidentes inevitáveis.

Por fim, (p.82) refere que as pessoas estúpidas desvalorizam os outros, por natureza e em proteção própria (dos estúpidos).

Outro livro excelente é de Carlo Maria Cipolla, de 1998, editora Grafia, intitulado “As Leis Fundamentais da Estupidez Humana”. Cipolla foi historiador de economia, na Universidade de Berkeley e Escola Normal Superior de Pisa (Itália). No seu trabalho refere (p.58) que “os estúpidos pertencem a um grupo que não está organizado, (…) mas conseguem agir em sintonia perfeita, como se fosse guiado por uma mão invisível”. Para defesa, identifica cinco níveis de cautela, nomeadamente, a primeira (p.59) que subestimamos o número de estúpidos em circulação, a segunda (p.63) é

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idêntica a percentagem de pessoas estúpidas, seja em grupos amplos ou restritos, a terceira (p.70) a pessoa estúpida causa dano a terceiros sem retirar vantagem ou mesmo sofrendo prejuízo com isso, agindo com incoerência e influenciando os outros (para não se sentirem sós) e que o poder político ou burocrático aumenta o potencial de nocividade das pessoas estúpidas, a quarta (p.84) desvalorizamos o potencial nocivo das pessoas estúpidas, sendo que essas pessoas, infalivelmente, trazem consequências pelas quais pagamos muito caro e, por fim, a quinta (p.85) a pessoa estúpida é mais perigosa que o um bandido, causando dano a terceiros sem vantagem para si ou, muitas vezes, até com prejuízo pessoal.

Segundo o autor, quando estamos perante alguém que nos causa danos pessoais, de forma directa ou indirectamente, com proveitos para o(a) próprio(a), estamos perante uma pessoa sem escrúpulos, na linha de bandido(a). Por outro lado, se a situação se inverte e a perda é do(a) outro(a), reverte-se num ganho nos-

so, estamos perante um(a) imbecil. O equilíbrio está quando o proveito é repartido entre as partes envolvidas, revelando estar perante alguém inteligente, mas esse não é “normal” (vide imagem 1). Cipolla considera que (p.70) “uma pessoa estupida pode causar dano a outra pessoa, ou a grupo de pessoas, sem retirar qualquer vantagem para si, podendo até ter prejuízo”. Refere que até os gregos diziam que “contra a estupidez, também os deuses lutam em vão” (evidência factual).

Também Albert Einstein, físico teórico alemão, mundialmente conhecido, defendia haver duas coisas infinitas: o universo e a estupidez humana. Dessas, quanto ao universo, no seu estudo, não conseguiu obter a certeza absoluta, do resto sim. Por fim, Erasmus de Rotterdam, entre 1467 e 1536, escreveu um tratado de “Elogio à Estupidez”, um livro interessante, mas já ultrapassado e disponível em espanhol.

Há várias opções possíveis que abordam este tema, que tanto nos pode preocupar.

Em conclusão, este artigo de opinião não pre-

tende ser uma “mea culpa” nem um elogio à estupidez, mas e apenas, uma mera compilação de experiências, para não sentir sozinho na luta, que é de todos.

No meio destes exemplos, seguramente encontram uma ou outra situação que já vivenciaram. Quem não tem pessoas que se incomodam apenas porque estamos bem e procuram destruir?

Desta constatação de factos, reúno elementos para autodefesa e tomada de consciência deste mal que aflige, que existe e que devemos lutar contra, não deixando levar pela enxurrada de ideias estupidas, não sermos arrastados pela estupidez, nem engolidos por ela. Como solução, é necessário aumentar a nossa resiliência à estupidez, fazer aumentar a nossa autoconfiança e acreditar um pouco mais em nós. Fica a partilha.

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jornal

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cinema » sugestão ao leitor

O fim de semana no cinema

por Alcino Pereira alcinop@ipvc.pt

O

s dias previamente definidos pela ancestralidade, para o gratificante descanso ou então destinados á persecução das nossas atividades lúdicas, na qual nos revemos na generalidade, são vinculados pela sétima arte, numa ótica abrangente e criativa, em que todo o tipo de vicissitudes tangíveis ou utópicas, servem para dotar as narrativas condizentes com esta semântica, numa lógica entretida e cativante para o espectador.

Não existindo um cardápio avultado de filmes, na qual se atribui ao fim de semana uma significativa importância, sendo visível em grande parte dos filmes, o negligenciar dessa referência, mesmo assim quando se dá prevalência a esse prisma, todos os géneros de filmes se coadunam com esses divinais dias, desde do foro romântico, á espontaneidade da comédia, na asserção á aventura, ao sintagma criminal, entre outros, pela simples razão que é no fim de semana, onde o ser humano tem o ensejo de potenciar a sua liberdade e com ganas, dar azo á sua fruição, ao enlace amoroso, aos seus anseios e ao convívio frutuoso.

Nos filmes que vos indico, é notório um retrato fidedigno acerca dessas premissas, sufragado pela concretiza-

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ção imprescindível e ousada do ser humano, assente em e peripécias tonitruantes, em conformidade com o agudizar dos seus sentimentos, emoções e vibrações.

Um fim de Semana alucinante de (1972) é uma obra prima do cinema, que nas entrelinhas enaltece o espírito de aventura e adrenalina, como modalidade acutilante e desafiante, para se desfrutar de um fim de semana em pleno. Contudo no caso concreto deste filme, os intervenientes da história ao enveredarem por um trajeto desconhecido e sinuoso, por conta e risco, vão ser confrontados com uma experiência desagradável e trágica, que vai deixar marcas acirradas para toda a vida, nos sobreviventes.

Num fim de semana inédito, quatro amigos decidem em conjunto atravessar as ingremes corredeiras do Rio

Cahulawassee, antes que se procedesse á construção de uma barragem. Chegando, entretanto, perto do local onde se inicia a empreitada, entusiasmados e claramente confiantes, peroram a uns autóctones de aspeto arisco, que lhes aluguem umas jangadas, apesar da relutância destes, lá conseguem essa cedência para avançar rumo ao objetivo. Percorrendo o percurso, enfrentam com atitude e engenho as intempestivas correntezas do rio, alcançando o destino, com contentamento e presunção nas suas capacidades de exploradores. Porém não fazendo a mínima ideia que por terra, estavam a ser seguidos por dois indivíduos de má índole, com intenções leoninas, o grupo dos quatros amigos ao separarem se circunstancialmente, na sua caminhada pelos meandros da montanha, usufruindo

das efluías potencialidades da natureza, dois destes são atacados por os tais seres imundos. Ed e Bobby ao serem surpreendidos, por esses dois sujeitos, Bobby num ápice é molestado por uma sodomização impensável, enquanto Ed assiste aterrorizado á cena, preso numa árvore. Com os crocitos pungentes de Ed, os outros seus amigos Lewis e Drew, rapidamente vão no auxílio dos colegas, com Drew a lançar duas flechas do seu arco, bem direcionadas e certeiras, tirando a vida aos dois gandulos. Perante o quadro dantesco, ambos entendem fugir imediatamente do sinistro, regressando através do rio, com um pendor angustiante e histriónico. Todavia a situação suscita mais apreensão, quando Lewis perturbado com o episódio na floresta, joga se precipitadamente pelas profunde-

cinema » sugestão ao leitor

zas do rio, porque achava que se devia ter alertado as autoridades, em vez de escapulirem, e posteriormente por Drew ser inusitadamente abatido, com alguma gravidade, por supostos comparsas das vítimas mortais, que os perseguiam por terra, tornando este fim de semana, num autêntico pesadelo.

Um fim de semana com o morto (1989) é um filme de género comédia, bastante popular e sue generis para a época, que se coaduna com um cenário em que uns jovens abarcam num suposto fim de semana idílico, num local aprazível de praia, com mulheres bonitas, bebidas e alimentação de borla, mas por sinal são inospitamente afrontados com a morte da pessoa que os convidou, e justamente desesperados com o infortúnio, ocultam a toda a gente presente nesse evento, que o mesmo faleceu, com receio de serem acusados de um crime que não cometeram. Esta situação atípica e estultamente hilariante

despoleta se, no seguimento de um desfalque detetado, por dois prodigiosos colaboradores duma reputada empresa de seguros, Larry e Richard, que reparam que a despesa foi efetuada através de um mecanismo fraudulento, reportando imediatamente essa moscambilha, ao peralvilho e incontestável patrão Bernie Lomax, que os felicita pela descoberta desta grave anomalia, e os incita a passar um fim de semana, na sua casa de praia em Hamptons, Nova York, onde vai decorrer uma festa com pompa e circunstância organizado pelo proprietário. Estes galvanizados com o reconhecimento do todo o poderoso Bernie, e encantados por aproveitarem um fim de semana, divertido, para gozar á grande e á francesa, desconhecem por completo, que aquele festim, não passa de uma armadilha, para Bernie os atrair para uma cilada, e os aniquilar á primeira oportunidade, por estes terem o

desplante de descortinar a inconcebível falcatrua. Todavia essa pretensão de Bernie, caí em saco roto, devido às ligações obscuras que este sedimenta com o mundo do crime, acabando por ser assassinado pela máfia, com os jovens incrédulos a visionar o fulminante e lúgubre acontecimento. Atrapalhados e obdurados com a morte de Bernie, e com receio de represálias infundadas, o enredo descamba para uma série de enleios, com os dois amigos a xurdir de todas as maneiras, omitindo às pessoas que vão chegando em catadupa para a festa, que Bernie tombou fatalmente por causa de um atentado, fingindo que a inércia de Bernie, é fruto do cansaço ou do álcool. Essas manobras castiças, encenadas por Larry e Richard, sempre executadas com enorme inquietação, são também verificadas pelo marginal que matou Bernie, que ao reparar estupefacto que este ainda se encontra vivo, re-

incide no crime, apesar de percecionar que o alvo ateima em não falecer, mas não obstante estas vicissitudes descomunais, para os dois heróis da contenda, só existe um desejo impertinente, é que esse fim de semana, termine rapidamente, com intuito de se livrarem daquele ónus tremendo.

Um fim de semana diferente (2016) é um filme claramente ilustrativo acerca das preocupações e um certo estigma que as crianças denotam por serem filhos de pais divorciados, espelhado pelos constrangimentos que se compaginam, no quotidiano desses meninos, tornando face a essa realidade, o fim de semana como um fator mais imprescindível e semântico, para felicidade e bem-estar dos mesmos, em comparação com outras que convivem diariamente com os seus progenitores. No caso específico desta história, o menino Anthony de 8 anos, muito dado á traquinice e ao deboche, não encara com jornal

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bons olhos, a possibilidade de passar o fim de semana com o seu Pai, ao qual é notório que o rapaz não nutre grande empatia e afeto por Walt, um homem instável e frequentemente em bolandas, pouco importado com a imagem confrangedora que transmite para o seu filho.

Mas não se vislumbrando outra solução pundonor, pois desta vez a sua mãe está decidida a deliciar se com um hipotético fim de semana de sonho, com o seu amante, não querendo ter por perto nenhum empecilho, que a atrapalhe na aquiescência aos devaneios das lides românticas, Anthony acaba contrafeito por ser entregue ao seu pai. Com uma postura pragmática, e desprovido de qualquer gesto calorento com Anthony, Walt junta se ao miúdo intencionalmente mergulhado nos seus interesses, do que propriamente em dar algum prazer e carinho, ao filho, essencialmente por causa da sua vida periclitante. Todavia, ambos não estariam certamente a imaginar, que nesse fim de semana as coisas se patenteassem com uma tração atribulada e suscetível de acontecer várias ocorrências iníquas. Essa catadupa de cariz dissonante e de mau prenúncio, começa logo no primeiro sítio onde eles se deslocam, com o vulgado roubo das ferramentas de Walt, num bar, depois quase a seguir o seu carro dá o berro, com a avaria do motor, e para somar a este rol de conjugações lamentáveis, Walt é alijado da sua residência alugada, por falta de pagamentos, tendo que regressar os dois para a casa da sua ex-mulher, além de com a ajuda de um amigo, Walt e o seu filho andarem de porta em porta, no alcance do putativo suspeito que usurpou as ferramentas

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deste, absolutamente fundamentais para o seu oficio. Contudo e apesar destes acasos inesperados, vem á tona o ditado “há males que vêm por bem”, pois a partir desse fim de semana, Pai e filho, almejaram obter um diapasão mais congregador e amistoso.

Um fim de semana entre irmãos (2019) é um típico filme de comédia romântica, que se escuda no âmbito flexível e desanuviador do fim de semana, como elemento propício e catalisador para familiares e amigos desavindos, visarem nocautear as diferenças e traumas do passado, e com isso reatar o elo que os uniu, e pondo uma esponja sobre os atritos versados anteriormente. É precisamente nesses moldes, que os dois irmãos que por curiosidade festejam o seu aniversário no mesmo dia, mas com uma décalage de 5 anos, e com evidentes divergências de carater e personalidade, não se falando á imenso tempo, fruto de uma zanga incisiva e irredutível, casualmente ao aparecerem nessa efeméride, os dois na casa de férias da família, em simultâneo, acompanhados das respetivas companhias

femininas, com esse enlace a entroncar numa viragem mais profícua e canora, no relacionamento entre estes, apesar da fratricida turbulência. Com essa celebração dupla, a calhar auspiciosamente num sábado, Anthony e Olivia são o primeiro casal a estugar esse precioso momento, pousando os pés e as bagagens nessa residência, convictos que vão se deleitar imbuídos numa mantra de erotismo, relaxe e aventando as faculdades logísticas de entretenimento, existentes nas imediações, tendo como o pano de fundo, a congregação resplandecente dos 30 anos de Anthony. Mas não estava com certeza nos planos de Anthony, que o seu irmão Sammy, um cabotino com a mania que é engatatão, ao qual ninguém tinha noção exata acerca do seu paradeiro, optasse por essa casa, naquele inolvidável dia, para proceder a um enxuto ato sexual, com Ema, por sinal irmã de Olivia, após uma sedução bizarra e sibilina, fomentada através de um bar. Assim sendo, Anthony e Olivia, intrigados com o som estridente, vindo da sala, sorrateiramente interrompem o coito alarvado

dos seus dois irmãos, com Anthony inequivocamente incomodado, com a presença do seu irmão Sammy, não obstante este transigir numa ótica apaziguadora, mas também por outro lado Emma, não evitando uma reprimenda da sua irmã, por desvelar se facilmente às mãos dos homens. Contudo, com os quatros já devidamente alojados, ambos a muito custo e com uma saliente relutância de Anthony, resolvem coligir num fim de semana e num aniversário em ex aequo coligados, dando de caras nesse ínterim com um colega de Anthony, que com um comportamento estranho e laivos de acefalia, vai destabilizando atabalhoadamente o grupo, pondo os de candeias às avessas.

Todavia e apesar da visível pesporrência e sobranceria, que Anthony trata o seu irmão mais novo, nas críticas retumbantes que emite regularmente, a cada passo, paulatinamente este condensa a sua consciência, para a simbolismo e os laços fraternais da irmandade, aderindo a uma metamorfose sublime, e logrando fazer as pazes com Sammy, num fim de semana singularmente especial.

viana do castelo » agenda cultural de janeiro

Museu de Artes Decorativas Largo de S. Domingos

Museu do Traje Praça da República

exposição permanente

exposições permanentes

A coleção de faiança, mobiliário e azulejaria do Museu de Artes Decorativas

Trajar: memórias no tempo Amadeu Costa – Centenário do nascimento Sala do Ouro

até qui 31.03

Estuques e estucadores de Viana do Castelo: entre o passado e o futuro

exposições

org. Câmara Municipal de Viana do Castelo

até qui 31.03

Antigos Paços do Concelho Praça da República

até dom 9

Natividade – 3ª edição de presépios de artesanato em Viana do Castelo org. Câmara Municipal de Viana do Castelo

Memórias de um povo – O traje popular vianense 1925 – 1960 org. Câmara Municipal de Viana do Castelo

crónica » viajantes

A nossa viagem

por Manuel Gomes Colaborador Convidado

P

ara viajar basta existir, é essa viagem que todos nós fazemos, sobre esta terra em que vivemos, somos simples viajantes, com um destino incerto e errante, podemos viajar sobes nós mesmo, de carro ou de comboio, de avião ou de barco, mas a nossa maior viagem é sobre as ruas e praças aonde caminhamos no nosso dia-a-dia, podemos fazer uma longa viagem, mas nunca teremos a certeza quando termina essa viagem da nossa vida. Toda a nossa viagem é feita de sorrisos e de tristezas sempre com os nossos rostos iguais a qualquer outro viajante desta vida em que vivemos.

Há coisas que devemos fazer pela nossa viaje, é tra-

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balhar sempre de forma a poder proporcionar a essa nossa viaje, um futuro lindo e risonho, para que a nossa viagem na terra não seja só de tristezas e amarguras da vida. Podemos fazer da nossa viagem uma linda e bela viagem, embalada por uma linda canção de amor e carinho fraterno uns pelos outros viajantes, que viajam na mesma viagem em que nós próprios estamos a viajar.

Como sabemos é uma viagem de dias calmos e de dias em alta correria, mas é a nossa viagem do nosso dia-a-dia. Podia falar de outra viagem, aquela viagem longa e muito longa, e que será para sempre e eterna, todos nós viajantes deste planeta terrestre, um dia faremos a mais longa de todas as nossas viagens. Ao fazermos essa viagem jamais voltaremos, para podermos contar aos nossos familiares e amigos viajantes que ainda viajam neste planeta terrestre, aquilo que fomos encontrar nessa viagem infinita. Há como

A Viagem Queridos Pais!

Já fizeram a viagem...

Mais longa da vossa vida; Deixaram meu coração partido: E meu rosto em lágrimas.

Queria voar até ao Céu…

Para vos poder encontrar; Queria ser um beija-flor: Para esta flor vos poder levar.

Queria voar e voar até ao céu...

Queria ver e saber se estavam felizes; Nessa nova vida junto de Deus: Mas para ter essa certeza, Queria ver com os olhos meus: Mas apenas vos digo adeus...

Porque um dia vou encontrar-vos; Quando partir desta vida: E viajar para juntos de vós e de Deus. eu gostaria de saber se essa viagem será a mais linda e mais bela, e o que irei encontrar lá do outro lado deste planeta, será que é a viagem mais bela da nossa vida? Esta resposta, eu não sei dar, apenas sei dizer, que um dia essa viagem

eu vou fazer. Mas agora só queria ser um beija-flor, para esta flor, eu vos poder levar, seria uma viagem longa linda e serena só para vos poder beijar e abraçar.

Já fiz várias viagens, mas em nenhuma delas eu vos pude encontrar.

religião » biografia

Extratos da vida da Irmã Maria da Conceição Pinto Rocha

Homenagem do centenário de nascimento de Maria da Conceição Pinto Rocha, a “Serva de Deus”

por Domingos Costa domingosdacunhacosta@gmail.com

E

m face dos existentes registos, variadas vezes foi desmistificado como evoluiu a santidade de Maria da Conceição a “Serva de Deus”.

Por tal motivo, não é demais dizer, que Deus se preocupou moldar todo o coração – e envolvência - da “Serva de Deus” como também a sensibilizou da - contínua e - nefasta vida pecaminosa da humanidade.

Consoante fisicamente crescia, crescia com mais fervor o seu intelecto na aproximação a Deus. Com Deus, tinha o que necessitava a nível geral, e, em particular, a Espiritual.

A sua aproximação a Nossa Senhora, facilitou a sua missão na caminhada - que se propôs concretizar -, ocorrida levemente na infância, com mais firmeza na adolescência, atingindo a plenitude em adulta sempre direcionada ao fervente “amor de misericórdia de Jesus”.

Quando necessitava ter uma comunicação franca e serena com Nossa Senhora, só a obtinha junto do altar.

Para a concretizar aguardava a altura em que a igreja se encontrasse vazia ou com o menor número de devotos, para, desta forma, lhe confessar os seus “segredos de amor”.

De relevar que o caminho de Maria da Conceição para o altar, é inquietante e demorado. Não é de estranhar, foi de igual modo a sua vida terrena, inquietante pela incapacidade de atender todos os problemas que a humanidade carecia; demorada a consumação de conversão no mundo e a sua santificação. É manifestamente notável a forma como Maria da Conceição “cresceu vinculada ao Divino”, e firme para corresponder à Sua vontade.

Sabia quão difícil é entrar no mundo Espiritual, só que, também sabia que o “Amor Gera Comunhão”; promove Força; fixa a Espiritualidade; ama o Amor; concretiza o “Eterno desejo de ser de Deus”.

Por consequência, reuniu forças para abraçar e dar continuidade a um projeto desta dimensão. Logo, é legitimamente digno louvar todos os que lutaram e consumaram o caminho do altar/Céu. Seguramente que muitos de nós já tivemos – só em pensamentos – vontade em seguir o desígnio de Deus. Todavia, esses pensamentos desvaneceram precocemente.

A nossa força anímica é ténue, é ténue para superar as tentações mundanas.

Concretamente não chegamos a recuar, somos vencidos antes da partida. Porque, percorrer o espinhoso caminho do Altar, é como que, impossível.

Maria da Conceição Pinto da Rocha a “Serva de Deus”, com as suas identificadas fraquezas, venceu sucessivas e rigorosas contendas para dignamente servir o Deus de todos nós.

Temos a certeza, que a vida Evangélica a agraciou. Ela, em contrapartida,

trabalhou afincadamente alcançando uma atitude de “determinada determinação”. Sabia onde estava e para onde ia, tal como diz Santa Teresa de Ávila: “Não cedeu, não quebrou os laços do amor, não pactuou com a traição ao projeto Divino”.

Finalizo com uma frase dirigida a Deus de Maria da Conceição: “Ele dava-me muitos afetos e ternura, para Lhe dedicar todo o meu coração, e eu dizia-Lhe que, apesar de ser muita criança, O havia de amar sempre”. jornal

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religião » profissão perpétua

Profissão Perpétua de Adão Chaves cmf (Filho do Coração de Maria)

por Domingos Costa domingosdacunhacosta@gmail.com

A

24 de outubro de 2021, o Adão Chaves natural da freguesia de Mujães - Viana do Castelo, concretizou na igreja de Santa Maria, Paróquia de Nossa Senhora da Consolação de Agualva,

24 edição 93 • janeiro 2022

a sua Profissão Perpétua.

A liturgia foi presidida pelo Provincial dos Missionários Claretianos Província de Fátima, Padre Carlos Candeias. Na concelebração participaram sacerdotes procedentes de Espanha, Lisboa, Carvalhos, Tondela, Fátima, Agualva-Cacém e de outras localidades do país.

A concelebração decorreu como previamente definida, ou seja, de afetuosa comunhão e vivida pela comunidade paroquial de Agualva, bem como fami-

liares e amigos mais próximos do Adão, todos desejaram assistir neste momento marcante da vida religiosa despertada no Adão.

Estou certo que o sim do Adão a Deus, assim como a sua entrega à Congregação, de certa forma motivou os presentes a seguir Deus ainda com mais devoção.

Finalizo apresentando um pequeno testemunho do Adão alusivo aos seus Votos Perpétuos: “Onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração” (Mt 6,21).

“Com esta frase a única coisa que eu quero para a minha vida é a graça de ter sempre o meu coração em Deus e não nos bens terrenos.

Quero seguir o exemplo de Cristo e a sua plena humanidade.

Desejo viver sempre da sua palavra e poder leva-la por todo o mundo.

Peço a Deus a graça de o seguir e a vós jovens e irmãos que rezeis por mim para que eu seja fiel à vocação missionária Claretiana toda a minha vida”.

história » emigração portuguesa

Carta de França = abril de 1987 Pequena História da Emigração Portuguesa, no Passado e no Presente por Pereira da Silva Colaborador Convidado

C

aros leitores do Jornal Vale do Neiva Quero falar-vos daqueles que se ausentaram, porque um dia por necessidade ou com a ideia de melhorar a sua vida e a dos seus, tomaram a decisão de partir.

Sim, partir, um pouco à aventura, com o pensamento e desejo bem vincado de encontrar aqui ou acolá um trabalho mais certo e mais bem remunerado, assegurando assim um acesso a melhor nível de vida.

Todos aqueles que tomaram realmente esta decisão, tinham, contudo, a ideia de voltar à terra que os viu nascer logo que possível, mas a coisa foi-se

complicando no decorrer do tempo. É certo que em todo o tempo percorrido, muitas coisas mudaram e melhoraram para cada um de nós: Casa, Nível de Vida, Enriquecimento Profissional e Cultural, algum dinheiro no Banco etc.

No entanto, outras complicações sucederam e vão surgindo atualmente: desemprego, racismo, filhos a crescer e mil e uma coisa, provocando uma situação complexa.

Há muitas coisas que vós sabeis por dedução ou informação, alguns mesmo por experiência, mas há certamente tantas outras que vos escapam.

Sendo a região Minhota o berço de muitos emigrantes e o nosso vale

do Neiva muitos deles viu nascer, gostaria de vir nos próximos números deste jornal falar-vos um pouco do nosso passado, do presente e perspetivas do fu-

Agência Funerária

Tilheiro

Tel: 258 971 259 Tlm: 962 903 471 www.funerariatilheiro.com Barroselas

turo, seus benefícios e suas complicações.

Confiante na vossa paciência nos próximos números, aqui estarei para vos maçar um pouco.

86 anos AGRADECIMENTO

José Maria Miranda da Costa Tilheiro Barroselas – Viana do Castelo Sua Família, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral e missa de 7.º dia, bem como aquelas que de alguma forma os acompanharam na sua dor.

A Família

jornal

25

necrologia

88 anos

75 anos

70 anos

AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO

Maria Salomé Ballester Ramos

Jorge Martins Miranda

Aleixo de Sousa Carvalho

Barroselas – Viana do Castelo

Alvarães – Viana do Castelo

Durrães – Barcelos

Sua Família, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral e missa de 7.º dia, bem como aquelas que de alguma forma os acompanharam na sua dor.

Sua Família, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral e missa de 7.º dia, bem como aquelas que de alguma forma os acompanharam na sua dor.

Sua Família, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral e missa de 7.º dia, bem como aquelas que de alguma forma os acompanharam na sua dor.

A Família

A Família

A Família

86 anos

91 anos

87 anos

AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO

José Bento Lopes Fernandes Carvalho

Armindo Alves Coutinho

Américo Gonçalves Pereira

Carvoeiro – Viana do Castelo

Aborim – Barcelos

Aldreu – Barcelos

Sua Família, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral e missa de 7.º dia, bem como aquelas que de alguma forma os acompanharam na sua dor.

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A Família

A Família

A Família

79 anos

85 anos

90 anos

AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO

Adelino Gonçalves de Sousa

Maria Correia do Rego

José Maria Gonçalves Pereira

Poiares – Ponte de Lima

Quintiães – Barcelos

Tregosa – Barcelos

Sua Família, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral e missa de 7.º dia, bem como aquelas que de alguma forma os acompanharam na sua dor.

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A Família

A Família

A Família

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necrologia

88 anos

88 anos

91 anos

AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO

Raúl Dias da Costa Mendes

Prazeres da Silva Ferreira

Maria Madalena de Miranda Maciel

Barroselas – Viana do Castelo

Cossourado – Barcelos

Barroselas – Viana do Castelo

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A Família

A Família

A Família

83 anos

89 anos

77 anos

AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO

Manuel de Araújo Ferreira

António da Costa Pereira

Manuel António da Rocha Fernandes

Aguiar – Barcelos

Barroselas – Viana do Castelo

Ardegão – Ponte de Lima

Sua Família, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral e missa de 7.º dia, bem como aquelas que de alguma forma os acompanharam na sua dor.

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A Família

A Família

A Família

34 anos

45 anos

96 anos

AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO

Sónia Filipa Laranjeira de Barros

Camilo Cândido Machado Pereira

Emília dos Santos Silva

Forjães – Esposende

Balugães – Barcelos

Forjães – Esposende

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A Família

A Família

A Família

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