Edição 88

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#88

setembro/outubro 2012

nova

FISIO Editorial|

Olá à todos. Nesta edição, aproveitando o mês de outubro em que se comemora no dia 13, o Dia do Fisioterapeuta, quero aqui render minhas homenagens a todos vocês. Aqueles que labutam diariamente fora de seus lares, longe de seus filhos na busca de dias melhores. Parabéns à todos e que haja muito mais a comemorar nos próximos anos. Nesta edição trago a vocês uma boa entrevista com a atriz Luciana Malavasi e as colunas de nossos colaboradores, além de grandes eventos, os classificados, artigos e muito mais. Boa leitura a todos Oston de Lacerda Mendes Fisioterapeuta - Editor Leia nesta edição.

Índice|

06 Entrevista com a atriz Luciana Malavasi. 10 Coluna do Dr. Luis Guilherme.12 Coluna da Dra. Jullyana Almeida de Sousa. 14 Coluna do Dr.José da Rocha. 16 Coluna do Dr. Jorge Silveira Brandão. 18 Coluna do Dr. Milton Beltrão. 20 Coluna do Dr. Geraldo Barbosa. 21 Caderno Especial de Pilates. 30. Análise da qualidade de vida de pacientes renais crônicos submetidos à hemodiálise. 34 Estudo correlacional da qualidade de vida em amputados de membros inferiores transfemoral e transtibial. 38 Cartas. 40 Classifisio. 42 Agenda. 44 Tininha. 46 FisioPerfil.

Artigos desta edição|

Os artigos são publicados em nosso site.

01 - Exercícios Resistidos: Influência de dois tempos de execução - Rodrigo Elias dos Santos; Luis Claudio Paolinetti Bossi 02 - Pilates: as diferentes respostas adaptativas ao exercício entre homens e mulheres - Rodrigo Silva Perfeito 03 - Avaliação da qualidade de vida em pacientes com incontinência urinária - Daniele Cordeiro Sena; Angélica Ferreira Santos; Mansueto Gomes Neto 04 - Estudo Correlacional da Qualidade de Vida em Amputados de Membros Inferiores Transfemoral e Transtibial - Ewerton Silva Gomes; Renato Augusto Maciel Coutinho; Karla Maria Pereira Baraúna; Enéias Forte Valetine. 05 - Incidência de escoliose em estudantes nas classes 7 ª e 8 ª do ensino fundamental em uma escola particular em Manaus-AM Tamyres Bindá Dias; Karina Crubellati Sousa; Andrea Janz Moreira 06 - Análise da qualidade de vida de pacientes renais crônicos submetidos à hemodiálise - Carla Danielle Tavares; Mayara Sonaly Lima Nascimento

Equipe|

Veja quem faz a revista que você esta lendo.

EDITORES CHEFE: Dr. OSTON MENDES oston@novafisio.com.br & LUCIENE LOPES luciene@novafisio.com.br SECRETÁRIA: NINA LOPES MENDES nina@novafisio.com.br

EDITOR CIENTÍFICO: Dr. RODRIGO PERFEITO ENDEREÇO DA REDAÇÃO: R. JOSÉ LINHARES, 134 LEBLON - RIO DE JANEIRO - RJ CEP: 22430-220 TEL: (21) 4042-6107 CEL: (21) 8577-9908 revista@novafisio.com.br

ASSINAR E ANUNCIAR: Você pode assinar a revista através de nosso site e receber em casa com todo conforto. www.novafisio.com.br Se você deseja divulgar algum produto ou serviço para fisioterapeutas, esta é a revista ideal. Temos anúncios de vários tamanhos e valores e certamente um deles irá te atender. Além disso, nossos anunciantes são divulgados em nosso site e mídias eletrônicas assim como em envios de e-mails marketing. Ligue ou escreva e comece a se divulgar ainda hoje! NovaFisio.com.br • 5


Entrevista com|

a atriz Luciana Malavasi

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uciana Malavasi atualmente interpreta a Teresa em Máscaras, da Rede Record. Formada em jornalismo, a morena realizou outros trabalhos na televisão como em Beleza Pura e em Malhação, 2005 e 2008, ambas da TV Globo. Em 2010, apresentou o programa Hangar, da TV Claret, de São Paulo, e um ano depois, já estava no ar com a novela Ribeirão do Tempo, da Record. Nos palcos, participou da montagem Um trem para Brecht, na Casa Laura Alvim. Luciana conversou com a NovaFisio e falou da sua carreira e como teve que tratar de lesões na lombar e no joelho.

Luciana Malavasi Por: Eduardo Tavares Fotos: Drica Donato

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Vida pessoal e carreira Onde você nasceu? - Manaus, Amazonas. Você se formou em jornalismo. Por que fez esta opção? - Minha área sempre foi a de comunicação. Primeiro como atriz, nos cursos de teatro e depois com minha formação em jornalismo. Acho que uma coisa completa a outra. Já fiz testes para atriz em que o jornalismo me ajudou e outros de jornalismo que ser atriz foram fundamentais. Uma profissão não anula a outra e sim complementa. Quanto mais conteúdo, melhor.

Em 2013 esta meia página pode ser sua!

Onde você quer estar na sua carreira daqui a cinco anos? - Pretendo continuar atuando. Ainda tenho muito que aprender nessa profissão. Gostaria de estar fazendo teatro, televisão e ter alguma experiência no cinema, pois ainda não tive essa oportunidade. Como está sendo representar a Teresa em Máscaras? - É a primeira vez que faço uma novela inteira. Estou aprendendo cada dia um pouquinho. Estou tendo o privilégio de conhecer e contracenar com atores incríveis. Às vezes, quando estou esperando minha cena, fico no estúdio observando o trabalho dos colegas e absorvendo toda aquela experiência que é fascinante. A maioria das minhas cenas é com a Bete Coelho que é uma excelente atriz. Isso é uma grande escola e uma grande oportunidade pra mim. Quem fez a diferença na sua carreira? - Sou louca pela interpretação do Al Pacino. Toda vez que assisto a algum filme dele fico tentando absorver alguma coisa daquilo tudo. E também a maravilhosa Meryl Streep, que é uma atriz perfeita.

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Quando você teve que lidar com um conflito no trabalho? - Quando tinha 23 anos e estava com minha faculdade de jornalismo trancada. Estava sem conseguir nenhum trabalho como atriz. Resolvi terminar a faculdade para garantir uma profissão e não passar por aquela crise novamente. Nesse momento, eu realmente fiquei preocupada com meu futuro em relação a essa carreira que é muito instável. Já trabalhei como jornalista e sei que me formar foi fundamental. Quais são seus pontos pessoais fortes? - Carinhosa, prestativa e bem humorada. Quais são seus pontos fracos? -Emotiva, impulsiva e teimosa. O que mais te irrita nas outras pessoas, e qual é a sua reação com relação a isso? - Falsidade e inveja. Fico muito triste quando me decepciono com pessoas queridas, mas como sempre falo, sofro por um tempo e depois passa.

Nossa revista tem tiragem de 20.000 exemplares. Distribuição em todo Brasil. Periodicidade bimestral. Todos os anunciantes também ganham banner em nosso site. São 15 anos de sucesso. * Valor mensal do contrato anual com 6 edições de 2013.

Qual é o seu maior medo? - Que aconteça algum mal com as pessoas que amo. Qual foi o seu maior arrependimento e por quê? - Graças a Deus, não sei responder essa pergunta. Que frase você carrega como importante para sua vida? - Seja verdadeiro e fiel a tudo que fizer.

Tire suas dúvidas por telefone ou e-mail. Ligue: (21) 4042-6107 | 8577-9908 revista@novafisio.com.br NovaFisio.com.br • 7


Entrevista com| Saúde e fisioterapia Você tem uma dieta balanceada para manter a forma? - No dia a dia, tento seguir de uma maneira mais saudável, mas nada rigoroso. Gosto de arroz integral, um grelhado ou assado, legumes cozidos no vapor, verduras e às vezes, um feijãozinho, que não tem coisa melhor. Nos finais de semana, como tudo que gosto, inclusive massas e doces. Comer bem é muito prazeroso. Que esporte você pratica? - Estou malhando na academia A!BodyTech, de Ipanema. Estou fazendo aulas com uma personal trainer duas vezes na semana. Faço uma hora de musculação e depois 40 minutos de aeróbico nesses dias. Também gosto de fazer spinning, mas o melhor exercício é mesmo pedalar pela orla de Ipanema ou da Lagoa. Verdade que você também faz boxe? - Tenho feito aulas de boxe com um professor particular que vai à minha casa. Vi algumas aulas do meu noivo com ele e resolvi tentar. Acha que as mulheres estão procurando as lutas marciais como modo de ficar em forma? - Acho que é uma maneira de manter a forma de um jeito mais dinâmico. Ficar só na musculação e na esteira pode ser cansativo e chato. Com a prática das artes marciais, além de adquirir uma silhueta mais sequinha a mulher ainda aprende um pouco de defesa pessoal. Você acredita que a ginástica e o alongamento não possuem a mesma intensidade e não dão o mesmo resultado que as lutas? - Acho que todas as práticas tem um bom resultado. O importante é fazer alguma coisa e não cair no sedentarismo. Já precisou utilizar o que aprendeu nos treinos para se defender de alguma situação? - Nunca. Acho que é um equívoco quem procura esse esporte para brigar por aí. No meu caso, é mais pelo exercício do que pela luta em si. E sobre as lesões que você teve? - Tenho que tomar alguns cuidados na hora da musculação, pois sinto muito a lombar devido a uma lesão. No joelho, tive um problema por causa de esforço repetitivo provocada por exercícios físicos. 8 • NovaFisio.com.br

a atriz Luciana Malavasi

Foi joelho direito ou o esquerdo? - Tive uma lesão no joelho esquerdo por causa do spinning, há dois anos. Foi muito leve, mas fiz um tratamento com a fisioterapeuta Dra. Daiane Pimentel, na clínica de fisioterapia Espaço Reabilitá, para garantir que não teria problemas futuros. Acha que exagerou no exercício? - Na verdade, não foi por excesso e sim, por estar fazendo errado. Segundo a Dra. Daiane ocorreu uma lesão comum, causada por uma alteração da biomecânica articular provocada normalmente por esforço repetitivo durante o movimento de flexão e extensão do joelho. Qual foi o diagnóstico da lesão no joelho? - Segundo a Dra Daiane Pimentel, houve uma tendinite infra patelar. E qual o tratamento realizado? - Foram realizadas sessões de fisioterapia com o objetivo de melhorar a estabilidade articular trabalhando mobilização articular, alongamento e fortalecimento muscular e trabalho proprioceptivo. Com relação a lombar, qual foi o diagnóstico? - Foi diagnosticada uma discopatia lombar além de estar associada a uma alteração postural leve. Foi alguma prática errada de exercício ou postura incorreta? - A dor lombar iniciou sem causa aparente e que piorava conforme eu realizava as minhas atividades normais. Como você tratou desta lesão? - Nesse caso, também realizei sessões de fisioterapia associado com RPG, visando o objetivo de melhorar a minha postura e analgesia. A Dra. Daiane realizou exercícios de alongamento da coluna vertebral, mobilização articular, exercícios na bola suíça e trabalhos respiratórios associados a trabalhos posturais além de técnicas de relaxamento. Em ambos os casos você seguia o tratamento disciplinadamente? - Tive muito a ajuda da minha fisioterapeuta e segui o tratamento corretamente. Fazia sessões duas vezes por semana. Está curada das duas lesões? - O joelho está 100% curado, mas com relação à lombar é preciso tomar alguns cuidados na hora de me exercitar. Preciso

fazer exercício para fortalecimento da lombar durante a musculação e ainda tomar muito cuidado para não fazer nenhum outro exercício errado, pois pode ser muito prejudicial. Em sua opinião, qual é o ponto negativo da fisioterapia? - Não tem ponto negativo, pois tive uma melhora grande em um curto espaço de tempo. E a Dra. Daiane Pimentel sempre muito atenciosa, se preocupava em tornar as minhas sessões sempre dinâmicas e elaboradas. Durante as sessões de fisioterapia aconteceu algum fato curioso? - Em certos momentos da sessão, o tratamento era tão relaxante, que eu dormia e tinha que ser acordada pela doutora. Que mensagem você deixa para os fisioterapeutas que dedicam tempo para recuperar os lesionados? - Que a paciência e o amor que esses profissionais dedicam a seus pacientes são mais que fundamentais na hora de recuperação, pois todo e qualquer tratamento médico mexe um pouco com o nosso emocional também. Espero que todos tenham o mesmo carinho que a Dra. Daiane teve comigo, porque isso faz toda diferença.



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Sem tesão não há solução. Professor cadê você?

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araca Maluco, essa aula tá um ó!” Temos tido notícias de muitos relatos desse tipo. Durante os cursos que temos dado pelo país ouvimos os alunos falarem das aulas na graduação, de modo geral, com certa mágoa, certa dor, tristeza até, talvez arrependimento. Temos vivido um período difícil na nossa profissão e entendo que a origem disso está na falta de comprometimento dos profissionais, pois parece que não SE FAZ O QUE SE GOSTA! Tenho orientado muita gente, que não está satisfeita com a profissão a buscar outra, porque é melhor ser um bom médico, ou enfermeiro, ou engenheiro, ou administrador, ou qualquer outra profissão do que ser um fisioterapeuta frustrado. Infelizmente, ou felizmente, na nossa profissão ou você AMA REALMENTE O QUE FAZ, ou não vai entender o processo e ficará repetindo esses modelos falidos. Naturalmente estamos falando do pessoal formado, mas sou obrigado a falar, novamente, dos formadores. Quem são os professores desse pessoal que sai das faculdades sem prazer em trabalhar? O que eles falam em sala de aula? Qual a postura que eles adotam durante suas aulas práticas? Ora, ora meus amigos, nada como uma boa aula, daquelas que deixa a gente apaixonada pela disciplina, ou pela técnica, ou mais ainda pelo resultado! Aquelas aulas que saíamos sonhando, demorávamos a dormir lembrando as orientações, das dicas, das caras e bocas e até das piadinhas dos professores! Então, onde estão esses caras? Onde esses magos da transmissão do saber, mais, magos da transmissão do TESÃO PROFISSIONAL estão?! Temos no Brasil diversos ícones da Fisioterapia como Nilton Petroni, Helder Montenegro, Odir Carmo, Palmiro, Dan e tantos outros que deveriam ser chamados a falar em Congressos não mais sobre suas técnicas, mas sobre suas paixões pela Fisioterapia. Trabalhei com o Odir, conheço bem o Nilton e conheço de bem perto o Palmiro e o Dan, tenho lido alguns comentários do Helder e vejo nesses comportamentos o antídoto para essa questão. Esses caras tinham que “entrar em sala de aula” apoiando cada colega professor durante as aulas... recuperando o brilho nos olhos da nossa garotada, a vontade de consertar, de prevenir e de promover... recuperando a vontade de estudar, ler, discutir, ouvir e falar... recuperar as perguntas inteligentes para as respostas brilhantes... enfim recuperar a FISIOTERAPIA! “You may say I’m a dreamer, but I’m not only one…” I hope some...! FELIZ DIA DO FISIOTERAPEUTA, MUITO AMOR NO CORAÇÃO, INTELIGÊNCIA NO CABEÇÃO E LEVEZA NA MÃO! Forte abraço à minha querida amiga Denise Flávio e toda a equipe da diretoria da AFB pelo excelente trabalho que estão realizando; ao Palmiro e ao Dan pelo sucesso internacional; Perdoem-me os colegas que não foram citados, mas seria muita gente!

“Um homem que quer reger a orquestra precisa dar as costas à plateia.” James Cook Prof. Luís Guilherme Barbosa (ABERGO e ABRAFIT) Fisioterapeuta do Trabalho, Ergonomista, Professor Universitário, Diretor da GESTO-Ergonomia e Saúde no Trabalho Ltda 10 • NovaFisio.com.br

Mande seu e-mail. Contribua: críticas, discussões, opiniões e até elogios são bem vindos.


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Dicas para estudar fisioterapia na Espanha. (PARTE 2)

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a edição anterior comentei alguns pontos importantes para aquelas pessoas que desejam estudar Fisioterapia na Espanha, dentre eles: as melhores universidades do país; como participar de um intercâmbio e também informações de escolas de idiomas. Hoje continuo a matéria mencionando que aqui na Espanha, como em qualquer outro país, existem algumas áreas específicas da Fisioterapia que são mais aperfeiçoadas que outras. Então, se você vai investir para estudar em outro continente, eu aconselho eleger disciplinas mais prestigiadas e estudadas pelos fisioterapeutas espanhóis. São elas: Fisioterapia manual; traumato-ortopédica; reumatológica; geriátrica; neurológica; desportiva; pediátrica e uro-gineco-obstetrícia. Mas se você gosta ou já trabalha com Fisioterapia dermatofuncional, respiratória, cardiovascular ou UTI os animo a permanecerem estudando no Brasil, onde essas áreas da Fisioterapia estão bem mais desenvolvidas, e logo quem sabe, vir a dar alguns cursos por aqui. Um bom ponto de partida para procurar cursos, especializações, pós-graduações, doutorados ou pós-doutorados, é acessar os sites das seis (6) melhores universidades de Fisioterapia da Espanha (informados na edição anterior) e buscar que tipos de estudos dispõem cada universidade. Assim você já tem a segurança de estar participando de um grupo seleto e renomado, com alguns dos melhores professores da Europa. Se você está decidido, por exemplo, a fazer um tipo especifico de curso, e quer eleger dentre todos os que serão realizados no ano de 2012-2013, então o aconselho fazer uma busca mais ampla e geral. Com a internet tudo se tornou muito mais rápido e fácil, podendo através dela pesquisar o curso que deseja realizar, concretizar todos os processos de seleção, efetuar sua matrícula, etc. Dentre os buscadores de cursos acadêmicos mais conhecidos, cito os 4 melhores para estudantes de Fisioterapia 1 www.emagister.com 2 www.educaweb.com 3 www.aprendemas.com 4 www.efisioterapia.net/cursos. O importante na hora de selecionar um curso é examinar a fundo a instituição que o realizará, de quantos créditos será composto, analisar curriculum dos professores, preços (já fazendo o câmbio da moeda REAL x EURO), certificar o local de realização do curso (presencial, semipresencial ou online) e principalmente saber se é um curso oficial, assim você não terá nenhum problema para convalidar seu diploma no Brasil. Os créditos nada mais são que a carga horária de cada curso. Um (1) crédito corresponde de 10 a 15 horas aula, variando um pouco de universidade a universidade. Assim para saber de quantas horas está composto seu curso, terá sempre que calcular o valor correspondente de CRÉDITOS x HORAS pré-estabelecido por cada instituição de ensino. Selecionada(s) a(s) “modalidade(s)” de estudo que mais lhe agrada(m), leia todos os requisitos para se inscrever na(s) mesma(s). Faça a pré-inscrição para o processo seletivo e vá cruzando o dedo para ir passando por todas as exigências requeridas. Nesse meio tempo em que esperará a(s) resposta(s) de aceitação no(s) curso(s), aproveite para buscar bolsas de estudo. Se você for aceito por mais de uma universidade, estará sendo privilegiado e poderá optar pela que melhor lhe convir. Tenha sempre um pouco mais de paciência e antes de se matricular busque manter contatos, por e-mail, com a secretaria de relações internacionais da(s) universidade(s) e com o seu(s) futuro(s) coordenador(es). Pergunte-lhes se você tem direito a algum tipo de desconto na matrícula, empréstimo, bolsa de estudo, bolsa de alojamento em residência universitária e outros assuntos do seu interesse. Até esclarecer todas as suas dúvidas, não se precipite em matricular-se. Espero ter esclarecido um pouco mais suas dúvidas sobre este assunto. Continue acompanhando estas próximas publicações e enviando-me e-mails. Sua participação nesta coluna é sempre muito importante para mim. Les deseo un maravilloso més. ¡Hasta pronto!

Dra. Jullyana Almeida de Sousa Reside atualmente na cidade de Madri na Espanha E-mail: jullyanafisioterapeuta@gmail.com 12 • NovaFisio.com.br


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Fisioterapia e Política.

emos visto ao longo dos últimos anos várias iniciativas de sucesso nas diversas especialidades da fisioterapia. Vários colegas de excelência demonstrando a real participação da profissão nos diversos aspectos da saúde, incluindo pesquisa e atualização acadêmica. Nestes três últimos dias de setembro tive a oportunidade de participar da XIII Jornada de Fisioterapia e Terapia Ocupacional do Crefito2 no Rio de Janeiro, no qual os fisioterapeutas apresentaram palestras com temas relevantes, tanto sob o aspecto científico, quanto acadêmico e profissional. Ao conviver com esses momentos de elevação da nossa categoria, temos a impressão de que vivemos um momento de extrema realização e estabelecimento definitivo da fisioterapia. Infelizmente, a realidade de mercado não condiz com essas demonstrações de crescimento e amadurecimento apresentadas nos eventos e periódicos científicos. No campo da graduação, encontramos turmas esvaziadas, alunos sem perspectivas, desinteressados, descompromissados e, em sua maioria, desconhecedores do imenso campo de abrangência da fisioterapia. Professores despreparados, sem aderência às disciplinas ministradas, com titulação em áreas afins somente por uma exigência das IES porque o Ministério da Educação avalia melhor esses cursos sem a garantia de qualidade mínima esperada, currículos fora da expectativa de atualização das novas aplicabilidades da fisioterapia em função das novas perspectivas sociais e das doenças que também vem se modificando. Por sua vez, as universidades que oferecem curso de fisioterapia são, em grande parte, privadas, onde o interesse financeiro e competitivo ultrapassa a aquisição de docentes de bom padrão, o investimento em laboratórios, o incentivo à pesquisa e à educação continuada, mantendo um modelo basicamente informativo, no qual o aluno continua estudando para passar de um período para outro com a garantia de que a evasão ocorra minimamente e esse mesmo aluno não vá para uma instituição concorrente. Nessa disputa vale tudo; a ética e o respeito pelas profissões e seus respectivos representantes ficam em plano secundário. Os cursos de pós graduação lato sensu não oferecem um grau maior de aprofundamento como se esperava; a maioria não oferece treinamento prático nem nivelamento, gerando uma fábrica de “especialistas fictícios”. Aproximadamente, 40% dos cursos strictu senso, no Brasil, são direcionados à fisioterapia, os demais abrangem áreas afins, gerando mestres e doutores não alinhados com as necessidades reais apresentadas pela fisioterapia. Ao observarmos o mercado de trabalho, constata-se uma porcentagem dominante de fisioterapeutas ganhando muito pouco e uma ínfima população de profissionais que alcançam ganhos acima de R$10.000,00 por mês. Nas instituições públicas, manobras tentam exterminar com os profissionais estatutários, com os concursos e com a isonomia salarial, colocando os fisioterapeutas em condições desiguais e injustas, assim como ocorre com outras categorias não médicas. Iniciativas espúrias tentam diminuir o contingente de fisioterapeutas, na contra-mão das necessidades cada vez maiores e oportunidades cada vez menores. Já citei várias vezes em outros textos que, a fisioterapia é uma necessidade real e crescente da sociedade brasileira, principalmente daqueles que não pagam planos de saúde, mais de 140.000.000 de pessoas. O que fazer? E as propostas básicas do SUS? Como atender condignamente doenças com alto índice de morbi-mortalidade, doenças com risco iminente de seqüelas, ao mesmo tempo que, temos que dar atenção às doenças crônicas e, por vezes, progressivas sem deixar e observar a qualidade e as necessidades de cada paciente? E o papel dos planos de saúde que pagam de forma aviltante e não querem sentar para modificar esse panorama que só colabora para denegrir a nossa categoria, pois não há possibilidade de realização de um tratamento digno para essas pessoas, enquanto a mentalidade atual perdurar. A saída, como também já citei em outras ocasiões, é o hospital público com contingente de profissionais de forma adequada, com ganhos dignos e acesso a pesquisa e educação continuada, atingindo desde o ambulatório até as unidades fechadas, passando pela saúde da família e internação domiciliar. Para isso ser possível, é necessário o estabelecimento de políticas públicas honestas, corajosas, que mostrem o problema da forma como realmente ocorre e não maquiado como chega às casas dos brasileiros. Aí entra o aspecto político. Estamos em época de eleições e, novamente, a saúde, o deficiente, a educação, os idosos serão prioridade. As informações desencontradas e contrastante que recebemos dos diversos candidatos, não permitem uma definição real nem a dimensão do tamanho do problema. Uma coisa é unânime: todos vão contratar médicos em quantidade suficiente para atender decentemente a população do Rio de Janeiro (1000, 2000 e por aí vai). E os outros profissionais? Ninguém cita nenhuma outra categoria. Isso demonstra, no mínimo, desconhecimento e pouco caso, pois todos sabemos que o médico não atua sozinho. Se não houver uma equipe multiprofissional alinhada, não adianta o quantitativo de médicos que for, porque o problema não vai ser resolvido. Onde estão os fisioterapeutas que não se apresentam para ocupar o seu espaço? Onde estão os fisioterapeutas candidatos a vereador, deputado estadual e federal? Quantos médicos vemos como candidatos? E professores de educação física e enfermeiras? Vários. Quantos candidatos prometem dar maior incentivo e lutar pela classe médica, esportes, educação física? Vários. E em relação à fisioterapia? Não se ouve falar. É importante ressaltar que, algumas decisões a favor de determinada categoria profissional são tomadas politicamente. Obstruções a iniciativas que prejudiquem uma categoria profissional também são de caráter político. Não há como separar nossas vidas individuais dos aspectos políticos que as regem permanentemente. Todos somos seres políticos, até quando mantemos silêncio frente a determinadas situações, mas isso tem um preço. Devemos perceber melhor o momento de usarmos nossa arma, o voto, de acordo com os interesses individuais e de uma ou várias categorias. É fundamental que percebamos a importância dos aspectos políticos inseridos na nossa luta, pois sem essa percepção não chegaremos a parte alguma. Com união, conscientização, postura e atitude, colocaremos a fisioterapia no seu lugar de merecimento, assim como, resgatar a dignidade dos nossos pacientes, tão necessitados e tão aviltados..

Dr. José da Rocha E-mail: ze.rocha@oi.com.br 14 • NovaFisio.com.br


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Chega de desânimo: Eu posso, você pode e nós podemos vencer como fisioterapeutas.

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ntem me chamou atenção o desabafo temeroso quanto ao futuro da nossa profissão, escrito por um colega fisioterapeuta por quem tenho grande admiração e respeito, no facebook. Hoje logo cedo de manhã, também fui surpreendido por outro colega muito bem sucedido profissionalmente com a seguinte frase na mesma rede social: “Fico muito angustiado por ler tantos textos negativos e desmotivadores da profissão”. Em nosso Blog Fisioterapia e Saúde, no portal do jornal O POVO, de grande veiculação, temos dezenas de comentários que vão de desesperadores e desenganados aos mais cruéis absurdos sobre a Fisioterapia. Me vejo na situação de aprovar todos os comentários, o espaço é publico e todas as ideias ou opiniões devem ser aceitas, desde que respeitosas. Relatei aos dois colegas citados acima: Sou extremamente feliz por ser Fisioterapeuta. Posso garantir a todos, tenho uma exaustiva carga horária de trabalho e me sinto extremamente gratificado, esse é um sinal de credibilidade, moro em uma cidade de trânsito caótico e assim mesmo, dezenas de pessoas enfrentam esse que é apenas um dos obstáculos na busca do nosso serviço, nosso trabalho, do nosso cuidar profissional e só temos a agradecer por isso. Mas não temos a menor dúvida quanto às angustias sentidas pelos colegas e suas reais consequências. Houve mudanças sim, algumas negativas, exemplo disso: a proliferação das faculdades de fisioterapia, basta ter grana para pagar o ensino superior e o cidadão entra na faculdade, temos de lembrar, essa é uma realidade de todas as profissões, bem como a busca insistente de encurtar caminhos na conquista de um espaço no mercado de trabalho, faz parte dos valores de uma sociedade angustiada pelo TER e absolutamente abandonada pela consistência cultural e filosófica do SER. Nunca na história desse país se falou tanto em políticas públicas de saúde, nunca na história das políticas públicas de saúde se falou tanto em Fisioterapia, temos que encarar como conquista, vejo, assisto e ainda publico frequentemente em nosso blog, matérias relacionadas, temos até depoimento do próprio ministro da saúde na abertura do congresso brasileiro de fisioterapia, falando do papel social exercido e essencial do fisioterapeuta junto à sociedade, algo inédito, é ainda muito pouco, mas são pequenos passos, sendo esses, a caminho de um horizonte de vitórias. Outro dos grandes problemas enfrentado está relacionado aos planos de saúde, esse não discuto, tem um ditado popular: “só quero quem me quer”, adotamos ele em nosso serviço, isso não é nem mesmo sugestão, apenas desabafo pessoal, mantemos uns três ou quatros convênios em nosso serviço de fisioterapia, eles correspondem apenas 8 a 10% da nossa receita financeira, o que nos dificulta escrever esse texto, por não querer parecer dono da verdade ou arrogante, apenas ser mais um fisioterapeuta deste imenso Brasil, que vive da sua labuta e sendo fisioterapeuta. Por isso tomamos a coragem de relatar aos leitores uma realidade pessoal, por não ver em mim e nem em nosso trabalho, nada de especial. Posso dizer: se conseguimos ter uma vida honrosa, com ganhos pessoais, financeiros e sociais através da fisioterapia, não temos a menor dúvida, todos podem. Fiz a faculdade com grandes sacrifícios, tive o privilégio de ter bons professores, admiro cada um até hoje, depois de dezoito anos de formado, assisto em nosso país muitos colegas brilharem e serem bem sucedidos, estou falando do lado financeiro, com honestidade e integridade profissional. Pagamos nossos impostos corretamente e mantemos estratégias para oferecer o melhor aos responsáveis pelo verdadeiro sucesso, nossos clientes. Aprendemos desde cedo, não poder contar com ninguém, apenas conosco e com o melhor de nós mesmos. Muitas vezes incompreendidos e tomado pela deslealdade, irritado por vaidades desnecessárias e pela concorrência desonesta, nada foi motivo de desacreditar ou viver além do mundo real, erros, acertos, perdas e ganhos, mesmo assim, busquei acordar todos os dias como no primeiro dia de formado, os mesmos sonhos, os mesmos medos, mas com o coração aberto oferecendo se preciso for a máxima dedicação na resolução de cada necessidade e conquista do sorriso dos nossos clientes, com a cabeça inquieta para aprender cada vez mais métodos, conceitos e o que for necessário nesse constante processo de aprendizagem. Muito nos orgulha na vida servir a sociedade e não sou exceção em nosso país e em nossa profissão. Quanto aos fatos já citados em relação à desenfreada abertura de novas faculdades, muitas vezes sem critérios nenhum, os desgastes em relação aos planos de saúde do qual somos clientes insatisfeitos e não profissionais dependentes, além de muitos outros problemas ocorrentes no Brasil. Ser fisioterapeuta satisfeito, alcançar realizações e reconhecimento da sociedade é não concordar com atitudes que insistem assumir o papel maculador da nossa classe profissional. Dr. Jorge Silveira Brandão Fisioterapeuta E-mail: jorge.s.brandao@hotmail.com 16 • NovaFisio.com.br


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Carboxiterapia. Uma nova proposta de tratamento para lipodistrofia.

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ovos horizontes estão se abrindo para o fisioterapeuta especialista em Dermato-Funcional. O COFFITO, no dia 16 de julho de 2012, aprovou por unanimidade a normatização das técnicas e recursos próprios (Carboxiterapia, Laser-Baixa e Média, Luz Intensa Pulsada, Radiofreqüência e Peeling´s Físico e Químico – Muito Superficial e Superficial) da Fisioterapia Dermato-Funcional. Desta forma, ampliando cada vez mais, o poder de ação deste profissional que tanto é solicitado pelo mercado de trabalho, porém agora, sobre o respaldo dos Conselhos Regionais e Federais. A carboxiterapia é uma técnica na qual o gás carbônico é injetado no tecido subcutâneo utilizando-se uma agulha fina (agulha – insulina ou 30G), melhorando a circulação e oxigenação dos tecidos, promovendo a diminuição da celulite, gordura localizada, flacidez, estrias, olheiras, rugas, micro-vasos entre outras disfunções estéticas. Hoje o mercado brasileiro, dispõe de excelentes equipamentos nos quais preconizam minimizar ao máximo o desconforto durante terapia. O Carbtek Advanced® – ESTEK (www.estek.com.br), é um equipamento que possui um sistema de conforto exclusivo – MMCD (Múltiplo Mecanismo de Controle da Dor), através do aquecimento do gás, fluxo progressivo e fluxo intermitente (pulsado), além de possuir um sistema de segurança para esgotamento de ar – equipo e o inovador fluxo micro-controlado de 150 ml/min. Segundo o COFFITO, este procedimento deve ser realizado por profissionais habilitados e capacitados através de cursos de aprimoramento, no qual esteja incluso o curso de Primeiros Socorros. Em São Paulo, há algumas instituições que promovem este tipo de curso como o Departamento de Aprimoramento em Fisioterapia Dermato-Funcional (Beltrão Esthetic – www.beltraoesthetic.com.br). É possível notar o resultado, com poucas aplicações, a pele fica mais saudável, enrijecida, e tem redução de medidas. O tratamento inclui de 10 a 30 sessões, divididas em uma ou duas vezes por semana e as sessões duram em média de 15 a 30 minutos. A carboxiterapia pode ser associada com drenagem linfática manual, dietoterápia, radiofrequência, tratamentos a laser, isotônia – corrente russa entre outros procedimentos, a critério do profissional, com a finalidade de acelera os resultados. Vale salientar que esta é uma terapêutica segura, registrada nas normativas da comunidade Européia desde 2002 (CE 0051), aprovada pelo FDA (Vigilância Sanitária Norte Americana) e pelo Ministério da Saúde Brasileira (ANVISA), além de haver inúmeras publicações cientifica que atestam a segurança e sua eficácia. O Anidro-Carbônico (CO2) é um gás atóxico, não embólico presente normalmente em nosso corpo como intermediário do metabolismo celular, sendo este (CO2 medicinal) utilizado em cirurgia videolaparoscópica (para promover a dilatação abdominal) histeroscopia e como contraste em arteriografias. Os possíveis efeitos colaterais limitam-se a dor durante o procedimento, pequenos hematomas decorrentes a punção e sensação de crepitação no local. É possível retornar às suas atividades normais ao fim de cada sessão. De um modo geral, todas as pessoas podem desfrutas dos efeitos da carboxiterapia, com exceção de gestantes, cardiopatas e paciente que não estejam hemodinamicamente estáveis. Mas muita atenção! Embora, não apresente riscos aparentes, é aconselhado que a técnica seja aplicada por um profissional capacitado e habilitado. É ele quem vai garantir a eficácia do tratamento.

Dr. Milton Beltrão Jr Esp. Fisioterapia Dermato-Funcional – FMU-SP Bacharel Fisioterapia – Centro Universitário São Camilo-SP Sócio e Diretor Clínico – Beltrão Esthetic – SP Docente – Projeta Cursos Profissionalizantes – SP Docente – Universidade Gama Filho, Qualifica, Grupo Posture, Physio Studio, Consultor Técnico – Onodera Brasil. Palestrantes dos seguintes temas Aprimoramento no Tratamento de Estrias e Rugas, Pré e Pós-Operatório em Cirurgia Plástica, Carboxiterapia, Peeling Químico e Físico, Radiofreqüência, Ultracavitação e Laser - Diodo e Luz Intensa Pulsada; Tel. (11) 5528-0727 / 6990-0057 www.beltraoesthetic.com.br E-mail: fisiobeltrao@yahoo.com.br 18 • NovaFisio.com.br


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A consolidação da identidade profissional.

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o início era a Constituição Federal de 1946 que estabelecia: "É garantido o direito de associação para fins lícitos", a Constituição seguinte, de 1967 garantiu: "É livre a associação profissional e sindical". Nesse sentido, tendo como amparo legal a Constituição de 1946 foi criada a Associação Brasileira de Fisioterapeutas – ABF no dia 15 de agosto de 1959, estando já em funcionamento duas escolas de Fisioterapia no País: a Escola de Reabilitação do Rio de Janeiro (ERRJ) e o Instituto Nacional de Reabilitação (INAR) em São Paulo. Nesse contexto surgiu a identidade, ou seja, o conjunto das características próprias e exclusivas da Fisioterapia brasileira, cuja consolidação tornou-se real no período compreendido entre os anos de 1968 e 1971. Segue a cronologia dos acontecimentos desse período histórico: 20.03.1968 – Inicia a tramitação na Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados, o Projeto 1.265/68, do Deputado Gastone Righi, apresentado pela Associação Brasileira de Fisioterapeutas – ABF, propondo a criação da profissão de Fisioterapeuta, anexado ao Projeto Nº. 3.768/66, tendo como Relator o Deputado Jalder Albergaria. 13.10.1969 – É promulgado o Decreto-Lei Nº 938, que assegura o exercício da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional em nível superior. 23.06.1971 – Substitutivo ao Projeto de Lei 2.090-A/70 propondo a revogação do Decreto-Lei Nº. 938/69 é encaminhado às Comissões de Constituição e Justiça, Saúde e Legislação Social. 26.07.1971 – A Associação dos Fisioterapeutas de Brasília – AFIBRA encaminha para a Câmara e o Senado o documento intitulado: “Apreciação do Substitutivo ao Projeto de Lei 2.090-A/70, cuja argumentação visava preservar o Decreto-Lei Nº. 938. 28.07.1971 – Fica a cargo do Deputado Élcio Álvares, Relator da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, a defesa da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional.. 03.08.1971 – O Diário do Congresso Nacional publica pronunciamento do Senador José Esteves, favorável aos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais. 06.08.1971 – Memorial contendo pontos básicos a contestar no Substitutivo ao Projeto de Lei 2.090-A/70, é divulgado pela Associação Pernambucana de Fisioterapeutas - APERFISIO e entidades congêneres. 11.08.1971 – A Assessoria para Assuntos Parlamentares do Ministério de Educação e Cultura - MEC encaminha ao Secretário da Comissão de Constituição e Justiça, parecer do Departamento de Assuntos Universitários, assinado pelo Dr. Newton Sucupira, que defende a injuridicidade do Substitutivo ao PL Nº. 2.090-A/70. 30.08.1971 – A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados presidida pelo Deputado José Bonifácio e tendo como relator o Deputado Élcio Álvares, opina unanimamente pela inconstitucionalidade e injuridicidade da EMENDA DE PLENÁRIO AO PROJETO Nº 2.090-A/70. Fonte: Herdeiros de Esculápio - História e organização profissional da Fisioterapia (Edição do Autor - Recife 1969).

Dr. Geraldo Barbosa E-mail: geraldobarbosa43@yahoo.com.br Blog14-F http://geraldobarbosa43.blogspot.com 20 • NovaFisio.com.br

Texto publicado originariamente no livro Herdeiros de Esculápio – História e organização profissional da Fisioterapia – Recife 2009











Artigo|Qualidade de vida; Hemodiálise; Insuficiência renal crônica; WHOQOL-bref:

Análise da qualidade de vida de pacientes renais crônicos submetidos à hemodiálise. | Carla Danielle Tavares; Mayara Sonaly Lima Nascimento

Por

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doença renal crônica consiste em lesão renal e perda progressiva e irreversível da função dos rins .(glomerular, tubular e endócrina). Em sua fase mais avançada (chamada de fase terminal de insuficiência renal crônica – IRC), os rins não conseguem mais manter a normalidade do meio interno do paciente (JUNIOR, 2004), o que prejudica essencialmente todos os outros sistemas do organismo (BARBOSA, 2000; BASTOS, 2004). As principais causas da IRC são a hipertensão arterial e o diabetes mellitus (JUNIOR, 2004). A doença renal crônica constitui hoje em um importante problema médico e de saúde pública. No Brasil, a prevalência de pacientes mantidos em programa crônico de diálise mais que dobrou nos últimos oito anos. De 24.000 pacientes mantidos em programa dialítico em 1994, alcançamos 59.153 pacientes em 2004. A incidência de novos pacientes cresce cerca de 8% ao ano, tendo sido 18.000 pacientes em 2001. O gasto com o programa de diálise e transplante renal no Brasil situa-se ao redor de 1,4 bilhões de reais ao ano A diálise é utilizada para remover substâncias tóxicas e detritos orgânicos, excretados normalmente pelos rins sadios. É indicada nos casos em que o tratamento conservador não é considerado suficiente A hemodiálise é um procedimento no qual o sangue é removido do corpo e circulado através de um aparelho externo denominado dialisador. Exige o acesso repetido à corrente sanguínea, geralmente realizado através de uma fístula arteriovenosa (conexão artificial entre uma artéria e uma veia) que é criada cirurgicamente. Os acessos ainda podem ser designados fisicamente por cateteres, shunts artério- venosos, enxertos e próteses vasculares Para permanecerem saudáveis, a maioria dos indivíduos com Insuficiência Renal Crônica necessita de hemodiálise três vezes por semana (BARBOSA, 2000). A doença renal crônica acarreta uma série de questões que marcam a vida do indivíduo logo a partir do diagnóstico, sendo comuns as manifestações psíquicas que promovem alterações na interação social e desequilíbrios psicológicos, não somente do paciente como também da família que o acompanha (ADRETE, 2005). A doença renal e as complicações decorrentes do tratamento afetam as habilidades funcionais do paciente, limitando suas atividades diárias (BITTENCOURT, 2003). Esse paciente durante hemodiálise é conduzido a

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conviver diariamente com uma doença incurável que o obriga a uma forma de tratamento dolorosa, de longa duração e que provoca, juntamente com a evolução da doença e suas complicações, ainda maiores limitações e alterações de grande impacto, que repercutem tanto na sua própria qualidade de vida quanto na do grupo familiar (CAIUBY, LEFÊVRE, PACHECI-SILVA, 2004). Durante a diálise, os pacientes ficam em estado de alerta e tensão, o que desencadeia reações de ansiedade, devido à constante exposição a situações estressantes como dietas, transplante e a permanência frequente em ambiente hospitalar, alterando, portanto, a qualidade de vida. Dentre as manifestações psicológicas estão o humor depressivo persistente, auto-imagem prejudicada e sentimentos pessimistas. As queixas fisiológicas incluem distúrbio de sono, alterações de apetite e peso, ressecamento da mucosa oral e constipação e diminuição do interesse sexual (DAUGIRDAS, BLAKE, ING, 2003). O termo qualidade de vida (QV), recentemente, tem sido muito usado como um conceito necessário na prática dos cuidados e pesquisa em saúde. A Organização Mundial de Saúde (OMS), em 1948, definiu saúde como não apenas a ausência de doença ou enfermidade, mas também a presença de bem-estar físico, mental e social (MINAYO, HARTZ, BUSS). Na conceituação recente adotada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a QV foi definida como “[...] a percepção do indivíduo sobre a sua posição na vida, no contexto da cultura e dos sistemas de valores nos quais ele vive, e em relação a seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações” (SEIDL e ZANNON, 2004). Levando isso em consideração o objetivo desse estudo foi analisar a qualidade de vida de pacientes renais crônicos submetidos à hemodiálise no hospital da Fundação Assistencial da Paraíba (FAP) de Campina Grande, PB. Métodos Foi realizado um estudo transversal e descritivo, de abordagem quantitativa. Este estudo foi desenvolvido no setor de hemodiálise do Hospital da Fundação Assistencial da Paraíba (FAP) da cidade de Campina Grande - PB. A amostra foi selecionada de forma aleatória, sendo composta por 8 pacientes, de ambos os gêneros, que recebem hemodiálise três vezes por semana, durante quatro horas. A coleta de dados foi obtida através de uma entrevista após a assinatura do Termo

de Consentimento Livre e Esclarecido por parte dos sujeitos. Quanto aos instrumentos para coleta de dados, primeiramente, caracterizou-se os dados sociodemográficos e clínicos. Logo após foi aplicada a escala WHOQOLbref para avaliar a qualidade de vida desses indivíduos que se trata de uma versão abreviada do WHOQOL-100, o Instrumento de Avaliação de Qualidade de Vida da Organização Mundial de Saúde (KLUTHCOVSKY e KLUTHCOVSKY, 2009). Esse instrumento foi validado no Brasil por Fleck, em 2000. Contém 26 questões, das quais as duas primeiras são genéricas e não entram no cálculo dos escores de nenhum dos domínios, as demais questões são distribuídas em quatro domínios: físico, psicológico, relações sociais e meio ambiente (FLORIANO e DALGALARRONDO, 2007). Cada domínio é composto por questões cujas respostas variam entre 1 e 5, possuindo quatro tipos de escalas de resposta, a saber: intensidade, capacidade, frequência e avaliação. Essas escalas são do tipo Likert, sendo que a escala de intensidade varia de nada a extremamente; a escala de capacidade varia de nada a completamente; a escala de avaliação de muito insatisfeito a muito satisfeito e muito ruim a muito bom e a escala de frequência varia de nunca a sempre. As questões de número 3, 4 e 26 apresentam os escores invertidos em função de 1=5, 2=4, 3=3, 4=2 e 5=1 (MICHELONE e SANTOS, 2004; ZANEI, 2006). A escala não possui uma classificação numérica quanto à qualidade de vida, e sim uma escala analógica de 0 a 100, sendo o critério utilizado a comparação: quanto maior o escore, maior é a qualidade de vida, e quanto menor o escore, menor será a qualidade de vida. Os dados foram analisados através do software Graph Pad Prism, versão 4.0, sendo expressos na forma de porcentagem, média e desvio padrão da média. Resultados Relacionado aos dados sociodemográficos e clínicos o estudo foi composto por 8 pacientes, com idade variando entre 29 e 59 anos e média de 41,1 ± 9,7 anos. Quanto ao sexo, evidenciou-se que a maioria da amostra foi do sexo feminino (62,5%), predominantemente com ensino fundamental incompleto (50%) (Tabela 1). Com relação ao estado civil, a maioria relatou ser solteiro (62,5%) e considerando-se a profissão 37,5% relataram ser domésticas, equivalendo-se aos que são aposentados (37,5%) (Tabela 2 na próxima página).


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Tabela 1- Distribuição sociodemográfica segundo o sexo e nível cultural de pacientes que recebem hemodiálise. Fonte: Dados da pesquisa (n=8)

Tabela 2- Distribuição sociodemográfica segundo o estado civil e a ocupação atual de pacientes que recebem hemodiálise. Fonte: Dados da pesquisa (n=8)

Tabela 3- Escalas de valores de 0 a 100 para mínimo, máximo e médio, considerando os domínios físico, psicológico, social e meio ambiente. Fonte: Dados da pesquisa (n=8)

No que diz respeito à qualidade de vida, segundo a WHOQOL-bref, observou-se, de acordo com a escala de valores (0 100) que, quando analisado o resultado nos valores mínimos, o domínio relações sociais recebeu o menor escore (25,0), quando comparado aos demais domínios; o psicológico obteve 50,0; o meio ambiente, 45,0 e o físico, 52,5. Em contrapartida, quando foram analisadas os valores máximos, há predominância no domínio psicológico (100); relações sociais com 82,5 e os aspectos físico e meio ambiente, com 70,0. Portanto, na média entre domínios, no aspecto relações sociais os pacientes vivenciam melhor as questões, quando comparadas aos outros domínios (físico, psicológico e meio ambiente) como se observa na Tabela 3. 32 • NovaFisio.com.br

Quanto ao valor médio e desvio padrão, o domínio social obteve 75,0, o domínio psicológico 72,5, o domínio meio ambiente 65,0 e por último, o domínio físico, com 60,0 indicando, portanto, que o domínio físico, que obteve os menores escores e que compreende a dor, o desconforto, a energia, a fadiga, o sono e o repouso, é o que mais influencia a qualidade de vida do sujeito submetido à hemodiálise. A qualidade de vida geral obteve valor mínimo 50,0, valor máximo 87,5 e valor médio 56,0. Discussão O modo como cada paciente vive e se relaciona com a doença renal crônica depende de vários fatores como o perfil psicológico, as condições ambientais e sociais e o apoio familiar, sendo por isso, visto de forma única e pessoal (PEREIRA et al, 2003). A forma de enfrentamento da doença é influenciada pelas percepções da qualidade de vida de cada indivíduo: as positivas estão mais relacionadas a estratégias racionais, como traçar uma meta ou conhecer mais sobre a doença, enquanto as negativas relacionam-se a estratégias evitativas, como negação da doença, agindo como se ela não existisse (PEREIRA et al, 2003). A média de idade do presente estudo está em concordância com estudo de Martins et al. (2003), o qual teve amostras com a média de idade de 53,1 anos, variando entre 18 e 81 anos. Quanto ao sexo, esse estudo apresentou predominância do sexo feminino, dado esse que corrobora com estudos de CHEPP (2006), no qual foi encontrada prevalência do sexo feminino (60,6%), em relação ao masculino (39,4%). Observando-se o grau de instrução desses pacientes, verificou-se que estudos de Bittencourt et al. (2004) encontraram resultados semelhantes aos nossos ao estudar uma população de transplantados renais, onde 40,4% dos pacientes possuíam 1º grau incompleto, que corresponde hoje ao ensino fundamental incompleto. Um outro estudo realizado por Abreu (2005), buscando avaliar a qualidade de vida de pacientes em hemodiálise no Paraná, mostra que 69% possuíam nível fundamental incompleto. Em relação à situação conjugal, observouse a prevalência de pacientes solteiros entre a população estudada, dados estes que estão em discordância com os achados de Bittencourt (2003), quando constatou

ao trabalhar com pacientes renais, que 580 (58%) se declaravam em união estável seguidos de 390 (39%) solteiros. O mesmo ocorreu com a pesquisa realizada por Silva (2003) onde 13 (61,9%) eram casados e 8 (31,8%) solteiros. Quanto à variável ocupação, a maioria da população declarou-se como categoria aposentada, assim como, do lar, sendo visto esta expectativa laboral em estudo de Martins et al. (2003), no qual foi verificado que 52,8% dos pacientes estão inativos (aposentadoria ou licençasaúde); situação esta, que, segundo os autores, deteriora os aspectos físicos desses pacientes quando suas atividades laborais são reprimidas. Neste sentido, deve-se ressaltar que, no processo de adoecer, algumas pessoas manifestam ser mais confortável e menos comprometedor atribuir a outras pessoas a capacidade de lhes promover a saúde, assim, os renais crônicos permitem esta dinâmica psicológica, em que o diagnóstico se torna sinônimo de incapacidade, interrompendo seus trabalhos ou mesmo a busca para melhorar suas condições de vida (DINIZ, 2007). Quanto à qualidade de vida, esse estudo apresentou o domínio social com valor mínimo, dado esse que não corrobora com estudos de HIGA et al. (2008), que mostram o domínio físico com valor mínimo (25). O mesmo foi observado para o valor médio, que no presente estudo, foi o domínio social e em estudos de HIGA et al. (2008), correspondeu ao domínio psicológico (76,4). Com relação ao valor máximo existe uma concordância entre esse estudo e o de HIGA et al. (2008), que apresentaram os domínios psicológico e social (100) com valor máximo. Com relação ao valor médio da qualidade de vida, esse estudo corrobora com os estudos de HIGA et al. que demonstraram o domínio físico com o menor valor médio, sendo, portanto, o que mais influencia a qualidade de vida do sujeito submetido à hemodiálise. Considerações finais Observou-se que os pacientes em hemodiálise apresentaram valores médios acima de 60 em todos os domínios do WHOQOL-bref. No entanto, os melhores resultados foram nos domínios social e psicológico (médias: 75,0 e 72,5, respectivamente). A maioria dos sujeitos encara o tratamento como uma modalidade dolorosa, sofrida, angustiante, com limitações físicas, sociais e nutricionais, dificultando, muitas vezes, a interação paciente-sociedadefamilia. Consideram-se vulneráveis à morte, diariamente, sendo os riscos numerosos, desde a periodicidade da condução aos centros de hemodiálise até o decorrer das sessões. Verificou-se, a partir disto, que o domínio que mais influencia na qualidade de vida é o domínio físico, o que obteve menor pontuação média (60,0).


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Artigo|Amputação, qualidade de vida, Questionário SF-36:

Estudo correlacional da qualidade de vida em amputados de membros inferiores transfemoral e transtibial. | Ewerton Silva Gomes; Renato Augusto Maciel Coutinho; Karla Maria Pereira Baraúna; Enéias Forte Valetine.

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esumo: A amputação de um membro inferior caracteriza em uma mudança no estilo de vida de forma abrupta nos indivíduos. Assim a qualidade de vida desses indivíduos pode apresentar alterações consideráveis, as condições do coto ou alterações da clinica geral do paciente podem agravar ainda mais seu quadro clinico. Objetivo: verificar e correlacionar a Qualidade de vida em amputados de membros inferiores transfemoral e transtibial. Metodologia: Realizada no centro de reabilitação do estado do Amapá (CREAP) e no centro clinico de reabilitação SEAMA compreendido entre Julho e Agosto de 2010. Os voluntários foram submetidos a uma palestra educativa aos amputados com o intuito de fornecer-lhes orientações, finalizando com a aplicação do questionário de qualidade de vida SF36. Resultados: Não apresentou diferencia significativa nos domínios de capacidade funcional (p=0,69); limitação por aspecto físico (p=0,32); EGS (p= 0,12) nos grupos estudados. No entanto, ao comparar a DOR (p= 0,002) e a VITALIDADE (p=0,012), verificou-se de forma estatisticamente significativa que os amputados transfemoral obtiveram melhores escores nesses domínios que os amputados transtibial. Nos domínios AS (p= 0,000); LAE (p= 0,002) e SM (p=0,012) o grupo de amputados transtibial obtiveram de forma significativa melhores escores que o grupo de amputados transfemoral. Conclusão: Se analisou o objetivo inicialmente definidos para o presente estudo pode-se concluir os indivíduos amputados de nível transtibial tem melhor qualidade de vida quando comparados com os amputados de nível transfemoral. Introdução: As amputações de membros inferiores são procedimentos cirúrgicos que acontecem desde os mais remotos tempos da humanidade, nas quais deixam sequelas irreversíveis (CARVALHO, 1999). Nos Estados Unidos a prevalência de amputados encontra-se entre os 300.000 e 500.000, onde se incluem os de origem 34 • NovaFisio.com.br

congênita e adquirida numa proporção de 2:1 (KREMENTZ, 1992). De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem mais de 466.937 mil brasileiros sem um membro ou parte dele. Os dados são referentes ao Censo de 2009 e envolvem amputados e pessoas que já nasceram sem um membro. No Brasil, segundo estatísticas da ortopédica Catarinense, as principais causas das amputações de MMII são os acidentes automobilísticos, acidentes de trabalho, problemas vasculares e tumores malignos. Acredita-se que aproximadamente 85% de todas as amputações sejam de MMII, as amputações de extremidades inferiores são cada vez mais frequentes em pessoas com diabetes mellitus, tornando-se importante problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Seja qual for sua origem, a cirurgia de amputação é sempre uma experiência traumática que afeta definitivamente a vida das pessoas (CARVALHO, 2003). Na saúde do amputado a prótese ocupa um papel de destaque na qualidade de vida desses indivíduos, estudos revelam que quanto maior a adaptação em manejar a prótese, maior a liberdade segurança para realizar atividades de vida diária em casa e participar de eventos sociais (CARVALHO, 2003). As próteses são dispositivos destinados a complementar a ausência de um membro (superior ou inferior) ou parte dele. A complementação visa substituir função, composição e sustentação corporal, quanto na marcha, dependendo do nível de amputação, dos componentes utilizados e do alinhamento da prótese durante a confecção e treino, podendo a marcha ser completamente normal (LIANZA, 1995). Após a amputação, a utilização de uma prótese oferece uma imagem corporal normal, ajudando o individuo a desenvolver maior confiança, habilidades físicas e melhorando sua qualidade de vida (QV) (BILODEAU, 2000). Cada vez mais a avaliação da QV tem sido usada como uma ferramenta na área da saúde, permitindo avaliar o estado de saúde das pessoas. Atualmente, não cabe apenas aos profissionais de saúde determinar a

QV dos pacientes através do estudo dos resultados das intervenções médicas, mais sim ao próprio doente percepcionar o seu estado de saúde e consequentemente QV relacionada com a saúde (DEMET et al., 2002; GODOY et al., 2002). Tradicionalmente, as medidas de QV utilizadas nos amputados concentravamse na medição do estado funcional, porém, vários autores consideraram esta abordagem insuficiente, acrescentando que a função não deve ser tratada de forma isolada de aspectos gerais da QV (DEMET et al., 2002). Relativamente a estudos efetuados em amputados, alguns autores discutem fatores que influenciam de alguma forma a QV, contando-se entre eles a idade dos indivíduos, o tempo que decorre após a amputação e o nível de amputação (DEMET et al., 2002; CARVALHO, 2003). Desta forma, o objetivo deste estudo foi verificar e correlacionar a QV de amputados de MMII, que consiste em um importante assunto a ser abordado e identificar se existirão diferenças na QV e na satisfação com a vida em amputados de MMII de nível transfemoral e transtibial, contribuindo assim para a elaboração de instrumentos e projetos adequados para serem repassados para esses indivíduos no intuito de obter independência e possível satisfação em relação à vida. Metodologia Pacientes e Métodos Foi realizado um estudo do caráter transversal, em um período compreendido entre Julho e Agosto de 2010. A coleta de dados foi realizada no Centro de Reabilitação do Estado do Amapá (CREAP), na cidade de Macapá – Amapá. Com uma amostra de 32 indivíduos, sendo 13 do sexo feminino e 19 do sexo masculino, com idade entre 20 e 60 anos. O tamanho da amostra foi tomado com referência a Pasquali (2003), que afirma que amostras com número superior a 30 indivíduos são consideradas grandes. Dos 32 participantes deste estudo, 17 possuíam amputação a nível transfemoral e 15 a nível transtibial. Das amputações vinte e três (71,87%) apresentavam como causa


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Artigo|Amputação, qualidade de vida, Questionário SF-36: vascular o motivo da amputação; 5 (15,62%) como causa traumática e 4 (12,50%) como causa infecciosas. Os critérios para exclusão do estudo impossibilitaram a participação de indivíduos com amputação de membros superiores, indivíduos amputados ao nível de desarticulação do quadril ou nível de amputação abaixo da desarticulação do tornozelo, indivíduos que tivessem idade inferior a dezoito anos ou superior a sessenta e cinco anos, e que não tivessem capacidade de responder o questionário. Todos os pacientes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Questionário de Qualidade de Vida - SF-36 O instrumento utilizado para avaliar a qualidade de vida foi o questionário genérico de qualidade de vida SF-36, traduzido e validado no Brasil por Ciconelli et al. (2000). A aplicação do instrumento foi realizada após a palestra realizada no (CREAP), com o tema; “qualidade de vida em amputados de MMII”. O SF-36 é composto por 36 itens, fornecendo pontuações em oito dimensões da QV: Capacidade Funcional (CF), Aspectos Físicos (AF), Dor, Estado Geral de Saúde (EGS), Vitalidade (VIT), Aspectos Sociais (AS), Aspectos Emocionais (AE) e Saúde Mental (SM). O resultado é expresso por uma pontuação que varia de 0 (mais comprometido) a 100 (nenhum comprometimento). A validade do SF-36 é confirmada e demonstrada através do uso em pesquisas de diversas nacionalidades e distintas patologias, permitindo assim comparações de um grupo com um modelo populacional ou entre diferentes enfermidades (LOPES et al., 2007).

Na tabela 2 estão sendo apresentados os domínios referentes à QV, referente ao grupo de amputados de nível transtibial.

Análise Estatística O programa estatístico utilizado foi BioEstat versão 5.0. Para a verificação das possíveis relações envolvendo a variável qualidade de vida adotou-se a correlação de Pearson (r). Com o propósito de manter a cientificidade da pesquisa, o presente estudo admitirá o nível de significância de p < 0,05, isto é, 95% de probabilidade de que estejam certas as afirmativas e ou negativas denotadas durante as investigações, admitindo-se, portanto, a probabilidade de 5% para resultados obtidos por acaso. Resultados e discussão Durante a pesquisa foi possível obter através da aplicação do questionário de QV, respostas na qual mostrou como é visível a inter-relação do cotidiano de um individuo amputado de MMII com a QV que este vive e almeja. Com isso, foram alcançados resultados diretos que refletem os aspectos de maior relevância para o meio de atividade de um amputado de MMII, como na tabela 1 onde descreve os domínios referentes à QV no grupo de amputados transfemoral. Na análise descritiva dos domínios referente à QV no grupo de amputados transfemoral pode-se observar na tabela 1, que em média, os indivíduos amputados de nível transfemoral pontuaram melhor no domínio de dor apresentando uma média aritmética 36 • NovaFisio.com.br

de (53,4), com desvio padrão de (5,4), já os transtibiais pontuaram na média aritmética (44) e desvio padrão de (16,3). De acordo com Carvalho (2003) o coto do amputado transfemoral tende a apresentar uma maior quantidade de tecidos moles no ponto medial e lateral da coxa diminuindo sua dor por evitar o contato direto sob áreas de alivio que são saliências ósseas, na extremidade da tíbia e cabeça da fíbula. Já a amputação de nível transtibial é uma secção da pele fáscia e musculatura látero-anterior realizada em nível de secção óssea, favorecendo assim a dor. Na dimensão de vitalidade, inclui os níveis de energia e de fadiga, permitindo captar melhor as diferenças de bem-estar. Verificou-se de forma estatisticamente significativa melhor escores que os amputados de nível transtibial, com média aritmética de (62,5), e desvio padrão de (15,1) o grupo transtibial pontuou em Md (45, e s (17,2). avaliação da QV dentro do domino capacidade funcional, encontra-se correlação com a dimensão vitalidade, com média aritmética de (65), e desvio padrão de (24), o grupo transtibial obteve na Md (65) e no s (19,8). A dimensão limitação por aspecto físico esta relacionada com a dimensão capacidade funcional e aspecto geral de saúde, esses domínios não apresentaram uma diferença significativa, LAF com média aritmética de (62), e com o seguinte desvio padrão (32,7), já os transtibiais pontuaram na Md (100), e s (38). Estes resultados já eram esperados, uma vez que do ponto de


Artigo|Amputação, qualidade de vida, Questionário SF-36: vista físico pressupõe que os amputados de nível transfemoral sejam indivíduos com menor facilidade para movimentação, menos independentes, sendo mais comum a apresentarem mais dificuldades a se adaptarem a uma prótese que os amputados transtibiais. Os estudos de Helm et al (2000) e Peters et al (2001), concordam com os achados dos resultados, na medida que referem que a amputação transfemoral e as amputações em níveis mais proximais estão mais associadas a uma redução da função. Acrescentam, que a capacidade de deambular nos amputados de nível transfemoral esta estreitamente relacionada com o nível de amputação, sendo pior nos amputados bilaterais e amputados Transfemoral. Conforme já demonstrado por vários autores (GAUTHIER et al, 2000a; 2000b; LEUNG et al, 2000; NISSEN et al, 2000; GAILEY et al, 2002; TRABALLESI et al, 2002; CHAMLIAN e MASIERO, 2003), o nível mais proximal de amputação, a demora no início do tratamento e da protetização aliados aos aspectos psico-sociais (baixa escolaridade e desemprego) estão relacionados aos piores prognósticos de reabilitação e, conseqüentemente, na percepção da QV. No domínio aspecto geral de saúde, os amputados de nível transfemoral obtiveram na média aritmética (44), com o desvio padrão de (20,8), como dito anteriormente o resultados os scores apresentados não apresentam uma diferença significativa estatisticamente, sendo os resultados obtido pelo grupo transtibial, Md (40) e s (2,4). A saúde mental dos amputados de nível transfemoral foi inferior aos escores obtidos pelos amputados de nível transtibial, apresentando média aritmética de (40), e desvio padrão de (13,8), já os transtibiais obtiveram na Md (48), e no s (5,8). No presente estudo a Saúde Mental foi preenchida de forma positiva pelos pacientes transtibial, esses obtiveram melhores escores que os transfemorais, os domínios Aspectos Sociais e Limitação por Aspecto Emocional acabam interferindo na Saúde Mental. De acordo com (BOCOLINI, 2000), existe uma maior probabilidade de que o amputado transfemoral apresente sinais de depressão quando comparados com o amputado de nivel transtibial, devido a muitas vezes nao apresentar uma marcha normal, acreditase que as pessoas ao redor do paciente transfemoral poderão perceber sua deambulação de forma alterada. Este fato gera transtornos psico-sociais para o amputado transfemoral, o mesmo preferindo muitas vezes ficar confinado em sua residencia reprimido e com medo sobre a opiniao das outras pessoas. Em ASPECTOS SOCIAIS, o resultado da média aritmética nos amputados de nível transfemoral é de (50), apresentando o desvio padrão de (15,6), já foi alcançado pelos transtibiais na Md (100), s (6,5). Na tabela 2 a dispersão dos dados para os domínios AGS, AS, LAE e SM apresentaram dentro da normalidade. Para os domínios CF, LAF, VIT e DOR observou-se uma alta dispersão. Tal fato nos levam a optar pela mediana como medida de tendência central para os domínios com alta dispersão. Através do teste de normalidade da amostra apenas a variável AGS e SM na tabela 1 apresentou uma distribuição normal, os demais domínios tanto nas tabelas 1 e 2 apresentaram uma distribuição

não-normal. Assim, o modelo estatístico inferencial adotado para a comparação das variáveis em questão foi um teste nãoparamétrico. O gráfico 1, apresenta resultados da análise descritiva dos dados amostrais envolvendo medidas de tendência central e de dispersão e desvio padrão para variável QV. O gráfico 1 apresenta a comparação de médias entre os grupos de amputados transfemoral e transtibial. O teste não paramétrico Mann – Whitney não apresentou diferencia significativa nos domínios CF (p=0,69); LAF (p=0,32); AGS (p= 0,12) nos grupos estudados. No entanto, ao comparar a DOR (p= 0,002) e a VITALIDADE (p=0,012), verificou-se de forma estatisticamente significativa que os amputados transfemoral obtiveram melhores escores nesses domínios que os amputados transtibial. Nos domínios AS (p= 0,000); LAE (p= 0,002) e SM (p=0,012) o grupo de amputados transtibial obtiveram de forma significativa melhores escores que o grupo de amputados transfemoral. Durante a pesquisa foi possível obter através da aplicação desse questionário, respostas na qual mostrou como é visível a interrelação do cotidiano de um individuo protetizado com a QV que este vive e almeja. Com isso, foram alcançados resultados diretos que refletem os aspectos de maior relevância para o meio de atividade de um protetizado, na tentativa de contribuir de forma considerável para os que já se fazem eficientes. A escassez de trabalhos sobre qualidade de vida em indivíduos amputados de MMII ressalta a importância do estudo e dificulta a comparação e discussão dos dados com a literatura. Com a importância de conscientizar e comprovar cientificamente, ao amputado acerca do tema abordado, mostrando a sociedade suas dificuldades e desafios enfrentados para a superação da deficiência, a reabilitação desse tipo de paciente não se resume a colocá-lo de pé e fazê-lo locomover-se, significa também integrá-lo ao convívio social, a carreira profissional e as práticas esportivas e recreativas, buscando melhor qualidade de vida aos prejuízos que forem observados. Considerações Finais Se analisar os objetivos inicialmente definidos para o presente estudo, pode-se concluir que os indivíduos amputados de nível transtibial têm melhor QV quando comparados com que os amputados de nível transfemoral.

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A fisioterapeuta Angela Moura iniciou sua trajetória de sucesso quando conheceu a cura através das mãos. Nos anos 90 realizou o curso de Reeducação Postural Global Souchard e a especialização em Osteopatia pela Faculdade de Ciências Médicas de Belo Horizonte, através da Escola Brasileira de Osteopatia. Desde então, não parou de se aperfeiçoar nos métodos de terapia manual. Estudou RPG na Université Saint Mont – França, DLM MEDICAL em Bruxelas, se aprimorou no Centre Medico-Chirurgical Des Massues – Lyon, França, entre outras renomadas escolas da Europa e do Brasil.

Nesta época, observou que não havia muita oportunidade para os fisioterapeutas se especializarem em terapias manuais em Pernambuco. Com o objetivo de fomentar o estudo científico e divulgar o método para os profissionais da área de saúde e a população em geral, passou a organizar em Recife os cursos avançados de RPG 38 • NovaFisio.com.br

Souchard e, posteriormente, a Formação em Osteopatia da Escola Brasileira de Osteopatia - EBOM. Em 2004 firmou uma importante parceria com a empresa Metacorpus para trazer cursos de pilates e venda de equipamentos de qualidade para o Nordeste, facilitando a abertura do mercado para os profissionais de fisioterapia. Naquele ano abriu seu primeiro Studio, uns dos pioneiros na divulgação do método em Recife. Desde então, tem formado o maior número de instrutores de pilates e facilitado a abertura de Studios da região. Em 2009, tornou-se a única fisioterapeuta em Pernambuco a obter máxima titulação em Osteopatia – Osteopata D.O, reconhecida após apresentação de trabalho científico aprovado perante banca examinadora internacional com participação da World Ostheopathic Health Organization. Em 2012 criou o conceito Physio Reference, mais que uma escola, um centro referência no estudo de patologias que comprometem nervos, músculos, articulações, membranas que recobrem a musculatura do corpo todo e órgãos. Este centro é resultado dos anos de dedicação da fisioterapeuta Angela Moura em realizar parcerias com renomadas escolas de formação profissional, visando oferecer aos fisioterapeutas a oportunidade de aprofundar seus conhecimentos e disponibilizar o espaço para promoverem cursos, eventos e reuniões.

Gostaria de indicar aos colegas e acadêmicos de fisioterapia. O livro MIX (manual, técnico e prático) FISIOTERAPIA GERAL UMA EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL. Baseado na experiência de 28 anos de profissão de um fisioterapeuta. Relata a fisioterapia tradicional de forma clara e objetiva, no âmbito domiciliar, hospitalar e etc. Detalhando casos reais, que ocorrem na vida diária do profissional e os cuidados que devem ser tomados para um bom exercício da profissão. Leitura agradável, simples e de fácil assimilação. Livro independente, não vendido em livrarias. Venda com autor somente por e-mail: AOS INTERESSADOS atila-caldellas@bol.com.br Fisioterapeuta e Ortodontista unem conhecimento e apontam a importância da prevenção de lesões em atletas.

O D r. Ro d r i g o F a b i a n o F e r r e i r a é Fisioterapeuta graduado UNIT – Centro Universitário do Triangulo, se formou no final de 1999. Hoje trabalha em Nova Serrana cidade do interior de Minas Gerais,


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em seu consultório o atendimento é voltado para área de ortopedia, prótese e ortese com ênfase em palmilhas ortopédicas sob medida e uma loja ortopédica. Dedica boa parte de seu tempo a tarefa estudar e desenvolver produtos ortopédicos. Com a experiência acumulada em anatomia do pé, ele desenvolveu a palmilha SoftPalm, um produto inovador de alta tecnologia e baixo custo. Dr. Cornelis Springer é Cirurgião Dentista e único especialista em Odontologia do Esporte de Minas Gerais. Pós Graduado pela UP Curitiba e aperfeiçoado pela USP São Paulo, Cornelis é fundador e diretor científico da Bioforce, empresa mineira que confecciona protetores bucais personalizados e customizados para atletas. Os Protetores Bioforce são vendidos em todo país e já são utilizados no exterior pelo atleta do UFC Rich Franklin. Além de Rich, utilizam Bioforce os atletas Cezar Mutante (UFC), Toquinho (UFC), Mike Moura (BMX), Renan Ribeiro (Goleiro Seleção Olímpica), Serginho (Vôlei Cruzeiro SADIA) e outros grandes nomes do esporte. Esses profissionais da saúde tem o mesmo objetivo, educar o atleta sobre a importância de um treinamento saudável, e preventivo para evitar lesões. Melhorando assim seu desempenho potencial e fisiológico e minimizando suas ausências em treinos e competições. Sabe-se que um atleta lesionado sofre serias consequências, como perda de temporada esportiva, danos psicológicos, fisiológicos e despesas. “O atleta é um indivíduo que precisa de uma atenção especial quando se trata de vestuário, calçados e em particular as palmilhas e protetor bucal.” Diz Dr. Rodrigo Na corrida, caminhada e qualquer treinamento, dependemos da locomoção onde temos como o principal propulsor o pé que tem a função de receber o peso do corpo, promover o equilíbrio, movimento e ajustar a qualquer superfície. São compostos por 28 ossos, 34 articulações, 107 ligamentos e possui uma densidade muito grande de neurosensores (baroreceptores) que captam as variações de pressão e deslocamento e as enviam instantaneamente para o sistema nervoso central. Responsável por receber 1,6 vezes o peso no corpo durante uma caminhada lenta, 5 a 6 vezes o peso do corpo na corrida, e até 12 vezes o peso em atividades que precisa de salto como por exemplo basquete, vôlei e outros. Toda essa forca aplicada do solo contra

do Sul) e UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Os protetores Bioforce não atrapalham a respiração e a fala dos atletas. Não causa aumento da salivação e nem ânsia de vômito. São feitos a partir da moldagem (cópia) perfeita dos dentes dos atletas por um Dentista credenciado nas cidades brasileiras. Um estudo feito em 2009 por Almeida ET AL mostrou que pessoas que utilizam palmilhas tiveram reduções dos níveis de sintomas na coluna e pé, e um estudo realizado nos EUA pela Associação Dental Americana (ADA) em setembro de 2011, revelou que quem utiliza protetores bucais personalizados corre mais rápido e salta mais alto. “Uma interação entre uma palmilha fisioterápica e um protetor bucal personalizado, pode ter resultados surpreendentes, nosso objetivo é oferecer esta interação aos atletas” relatam os dois especialistas. o pé se dissipa para as articulações do tornozelo, joelho, quadril, coluna e consequentemente na ATM, formando um ciclo que se repete milhares de vezes durante o dia. Esse esforço repetitivo somando ao impacto articular podem causar lesões, ou dores musculares. Ocasionando varias patologias como, por exemplo, esporão de calcâneo, fasceites plantares, calos, tendinites, problemas joelhos, coluna, arcaria dentaria e ATM. È aí que entra a inteiração com o protetor bucal. Todo o esforço de um atleta para fazer um movimento resulta em um apertamento bucal momentâneo. “ não adianta um atleta utilizar alta tecnologia para as articulações e musculatura do corpo sendo que ele se esquece da articulação da boca, a ATM. A Bioforce produz protetores capazes de absorver a energia levada até a ATM causada pelo impacto do exercício. Desenvolvemos um produto para dar conforto e impedir que desordens como Bruxismo e Apertamento Dental afetem a performance dos atletas.” Diz Dr. Cornelis Springer Por isso a importância do uso destes dois dispositivos, pois eles tem como função prevenção dessas lesões e conforto, quem usa a palmilha SoftPalm nota a melhora considerável no equilíbrio, e na distribuição de carga de peso, pois ela é uma palmilha com 60% absorção de impacto, nota 9 em conforto, não encharca de água, antibactericida e ecológica, aprovada pelas normas ABNT Associação Brasileira de Normas Tecnicas), pelo SENAI (Laboratorio de Biomecanica

AOS INTERESSADOS www.bioforce.com.br Dr Cornelis Springer 31 2535 1558 Bioforce_BR Twitter Dr. Rodrigo Fabiano Ferreira 37 88260098 Palmilha SoftPalm www.palmilhasoftpalm.com.br Fisioterapia, uma das profissões mais propensas a levar o casal ao divórcio. Você sabia que a carreira que escolheu pode influenciar a sua vida amorosa e, em alguns casos, causar um divórcio? Levantamento feito pelo site Separados de Chile, especializado em rompimentos matrimoniais, aponta as profissões mais propensas a levar o casal ao divórcio. Segundo o site do jornal El Clarín, para elaborar o ranking, foram analisados 1.150 casos de casais cujo relacionamento não deu certo. A área de saúde foi a que registrou o maior número de casos fracassados, que terminaram com a separação do casal. Em segundo lugar do ranking aparecem as profissões das áreas de comunicação, como jornalistas, diretores e produtores de TV. Segundo os autores do estudo, essas profissões são mais arriscadas por estarem associadas ao contato permanente e direto com o público, além de exigirem longa jornada de trabalho. Segundo o levantamento, como esses profissionais se relacionam com muita gente, há maiores chances de estar exposto a ”tentações”: é preciso se levar em conta que a infidelidade é a causa de 66% dos divórcios. NovaFisio.com.br • 39


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22 a 27 Curso de Pilates na Conduta Cinésioterapêutica São Paulo - SP (21) 2565-7690 / 0800 282 0624 www.dedpilates.com.br ou gerencia.cursos@dedpilates.com.br 22 a 27 Curso de Pilates na Conduta Cinésioterapêutica Vitória - ES (21) 2565-7690 / 0800 282 0624 www.dedpilates.com.br ou gerencia.cursos@dedpilates.com.br 23 e 24 Globalidade Osteomuscular na Terceira Idade Curitiba – PR (41) 3078-8815 www.tanbrazyl.com.br ou tadeu@tanbrazyl.com.br 23 à 25 Pilates Matwork – PhysicalMind Institute/DeMarkondes Pilates São José dos Campos- SP (12) 3942-5772 / (41) 3568-1918 www.demarkondespilates.com.br ou demarkondes@demarkondespilates.com.br 23 à 25 Pilates na Conduta Cinesioterapêutica Teresina – PI (21) 2565-7690 / 0800 282 0624 www.dedpilates.com.br ou gerencia.cursos@dedpilates.com.br 23 à 25 Curso de Terapias em SPA/DLM, Celulite 3D, Coco Massage Foulari São Paulo – SP (11) 3079-0925 / 3168-2592 www.loricestetic.com.br ou lorice@aclnet.com.br 23 46º Curso – Pilates sob a Ótica das Cadeias Musculares Rio de Janeiro – RJ (21) 2268-6997 / 2208-2877 24 e 25 Introdução à Terapia CranioSacral Sorocaba – RJ (21) 8860-1234 24 e 25 Introdução à Terapia CranioSacral Sorocaba – RJ (21) 8860-1234 www.upledgerbrasil.com ou cursos@upledgerbrasil.com 29 Atualização em Fisioterapia Respiratória com Guy Postiaux Recife – PE (81) 9684-7174 www.caisrecife.com.br ou cais.cursos@yahoo.com.br 30 I Simpósio Brasileiro de Fisioterapia em Terapia Intensiva São Paulo – SP (11) 8249-5649 efti.sobrati@gmail.com 30 Pilates na Conduta Cinesioterapêutica Teresina – PI (21) 2565-7690 / 0800 282 0624 www.dedpilates.com.br ou gerencia.cursos@dedpilates.com.br DEZEMBRO 01 Funçöes Nervosas Superiores e seus distúrbios Sao Paulo – SP (11) 2376-2071 www.neda-brain.com ou cursos@neda-brain.com 05 à 07 Neurorehabilitación: Control Neuromotor según Brondo Sao Paulo – SP (11) 2376-2071 www.neda-brain.com ou cursos@neda-brain.com DIVULGUE SEU CURSO GRATUITAMENTE NO SITE WWW.NOVAFISIO.COM.BR E VEJA TAMBÉM NOSSA AGENDA COMPLETA

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Tininha | Humor - passa-tempo - game - novidades - música - cinema - moda - TV - DVD Olá pessoal, dia 13 de outubro está chegando e por isso gostaria antes de tudo parabenizar a todos pelo seu (nosso) dia. Eu sei que a vida não anda fácil para muitos e que fica até difícil pensar em comemorar a nossa data, mas nas colunas desta mesma revista vemos exemplos e conselhos de vários colegas que mostram que a Fisioterapia vale a pena sim. Levanta a cabeça e bola pra frente pois a solução é só uma, trabalho e trabalho, e os resultados irão aparecer. Força pra todos e vamos comemorar sim. Agora pra alegrar um pouco, o melhor do facebook. Beijos Tininha!

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Q

uando comecei a trabalhar com a Dermato Funcional, me deparei com muito pouco material bibliográfico e por este motivo, resolvi colocar no papel todo o meu conhecimento adquirido em anos de clínica. Escrevi um livro e acredito que meu livro venha acrescentar muito conhecimento teórico aos fisioterapeutas dermato funcional.

Qual ano e em qual faculdade que se formou? Em janeiro de 1991. Pontifícia Universidade Católica do Paraná - Curitiba. Qual foi a melhor coisa que fez na vida? O curso de especialização em Fisioterapia Dermato Funcional no IBRATE - PR. Qual foi a pior coisa que fez na vida? Logo que me formei, queimei uma paciente com a Corrente Galvânica. Naquela época, usava-se muito a corrente galvânica para tratamento de gordura localizada e tratamento da celulite, colocava na paciente mais de 10 placas. Eu era inexperiente. Foi uma queimadura mínima, mas o suficiente para me sentir o pior profissional do mundo. O que você mais gosta na profissão? Os desafios da profissão. A fisioterapia Dermato funcional é relativamente nova e tem muito para ser estudado sobre as patologias que ela trata e como aplicar os recursos eletroterápicos da melhor forma. O que você odeia na profissão? A desvalorização da fisioterapia diante dos convênios, a qual obriga os profissionais da Reabilitação atender cinco ou mais pacientes ao mesmo tempo para poder sobreviver! Que qualidade mais admira nos profissionais que te cercam? A persistência dos colegas que trabalham com a Reabilitação, a força de vontade em continuar remando, trabalhando duro e recebendo miséria dos convênios. Que qualidade mais detesta nos profissionais que te cercam? Hoje nem tanto, mas num passado remoto, a discriminação de alguns colegas diante dos fisioterapeutas que trabalha com a área da estética. Qual sua maior virtude? Ajudar minhas colegas. Toda hora tem uma me mandando e-mail pedindo socorro! Elas me sugam! hihihihi. Qual seu pior defeito? Sou imediatista. Gosto de resolver tudo na hora e quem trabalha comigo, tem que entrar neste ritmo. 46 • NovaFisio.com.br

Se pudesse mudar algo, o que seria? A dependência de um médico. Anos trabalhando com cirurgião plástico e infelizmente muitos pacientes só realizam um pré ou pós-operatório se o médico indicar. Qual maior mentira já contou? Difícil!!! Não tenho este costume. Qual fato foi mais inusitado em sua carreira? Em 2002, pela primeira vez vi uma necrose de pele em um pósoperatório de face. Fiquei assustada com o quadro. Dias depois, eu não acreditava que tinha conseguido recuperar o tecido necrosado. Qual fato foi o mais cômico? Em 1998 fui para Cancun e naquela época era de costume mandar cartão postal. Fui num posto de correio lá e pedi ao balconista se tinha COLA para os selos. Fui um riso só! Todos os funcionários riam de mim e eu sem entender nada. Mais tarde fui saber o verdadeiro significado da palavra COLA em espanhol! Melhor não colocar aqui! Qual seu maior arrependimento? Não me arrependo de nada! Qual dica daria aos colegas? Persistencia! Vejo muitos alunos(as) recém formados que no ano seguinte desistem da profissão. Qual sua aquisição mais recente? Foi a publicação do meu livro “Drenagem Linfática Manual no Pós-Operatório das Cirurgias Plásticas”. Qual objeto de desejo? Tenho um livro sobre a Fisioterapia Dermato Funcional aplicada na Cirurgia Plástica, que já esta na editora Andreoli. Coloquei nele toda a minha experiência de anos trabalhando ao lado de cirurgiões plásticos, atuando nas necroses, seromas, hematomas, fibroses, e descobrindo aos

poucos e sozinha como melhor proceder. Qual seu maior sonho? Viajar pelo mundo! Qual seu maior pesadelo? Tenho LER no meu punho esquerdo. Desencadeado por tanto fazer drenagem linfática manual. Morro de medo de que um dia me impeça de trabalhar. Que talento mais gostaria de ter? Gosto muito de música. Já tentei trocar alguns instrumentos, mas não nasci para isso! Se não fosse fisioterapeuta gostaria de ser o que? Não penso nisso, mas seria com certeza na área da saúde. E qual profissão jamais queria ter? Qualquer uma na Informática! Acho horrível ficar o dia todo diante de um computador, sentado, parado, sem ter com quem conversar! Diga um desafio? Criar a minha filha. Um livro? O Meu! “Drenagem Linfática Manual no Pós-Operatório das Cirurgias Plásticas”. Quer fazer alguma divulgação? Sim. Para quem trabalha com pacientes de cirurgia plástica, principalmente no pósoperatório, tenho certeza que o conteúdo do meu próximo livro será de grande valia. Aguardem!


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