Edição 96

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março/abril 2014

FISIOTudo sobre fisioterapia

#96

nova Editorial|

Olá pessoal, esta é a nossa segunda edição de 2014. Mais uma vez fizemos uma revista com muito amor e carinho e espero que gostem. Aceito sugestões, então quem tiver alguma dica é só me escrever. Bom, não vou me estender muito e vou deixá-los para lerem sua revista. Boa leitura e até a próxima. Oston Mendes - Fisioterapeuta e Editor

Índice|

Leia nesta edição.

06 Cartas e Frases. 08 Entrevista com a atriz Cristiane Amorim. 10 Coluna da Dra. Jullyana Almeida de Sousa - Dor Crônica e Fisioterapia. 12 Coluna do Dr. Valmor Córdova - Vale quanto pesa. 14 Coluna da Dra. Roberta Struzani - Uma técnica feminina milenar e sagrada começa a ser usada com sucesso dentro da fisioterapia. 16 Coluna do Dr. Rodrigo Queiroz - “Follow up” pós alta hospitalar: precisamos melhorar nossos cuidados com os idosos. 18 Coluna do Dr. Geraldo Barbosa - Rememorando fatos históricos. 20 Coluna do Dr. José da Rocha - Formação, valorização e intrusão extra-profissional na Fisioterapia. 22 Direto do Site. 26 Classifisio. 28 Tininha. 38 FisioPerfil com Dr. Levi de Almeida Santa Rosa.

Artigos|

desta edição, leia no site.

01 – Satisfação dos usuários de uma clínica-escola de fisioterapia de Campina Grande. 02 – Revisão de literatura abordagem fisioterapêutica na doença de Paget do osso. 03 – Atuação da equipe de saúde da família no controle da tuberculose em um distrito sanitário. 04 – Humanização em unidade de terapia intensiva. 05 – O Reaprendizado Motor e a Neuroplasticidade como Reabilitadores neurológicos Uma Revisão Bibliográfica. 06 – Fisioterapia No Paciente Amputado. 07 – Incidência de dor em Fisioterapeutas. 08 – O mecanismo de lesão, os principais testes e o exame complementar de escolha, Ressonância Magnética, do ligamento cruzado anterior.

Equipe|

Veja quem faz a revista que você está lendo.

EDITOR CHEFE: Dr. OSTON MENDES oston@novafisio.com.br EDITORA ASSISTENTE: LUCIENE LOPES luciene@novafisio.com.br SECRETÁRIA: NINA LOPES MENDES nina@novafisio.com.br

EDITOR CIENTÍFICO: Dr. RODRIGO PERFEITO ENDEREÇO DA REDAÇÃO: R. JOSÉ LINHARES, 134 LEBLON - RIO DE JANEIRO - RJ CEP: 22430-220 TEL: (21) 4042-6107 CEL: (21) 98577-9908 revista@novafisio.com.br

ASSINAR E ANUNCIAR: A revista NovaFisio é vendida somente por assinatura. A assinatura anual te dá direito a receber 6 exemplares e custa R$100,00. Para assinar visite o site www.novafisio.com.br/assine. Se você deseja divulgar algum produto ou serviço para fisioterapeutas, esta é a revista ideal. Nossos anunciantes além dos anúncios na revista, são divulgados em nosso site. Ligue ou escreva e comece a se divulgar ainda hoje! Temos páginas e faixas (R$1.000,00 e R$200,00 respectivamente). NovaFisio.com.br • 3


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Cartas|

Escreva a sua também, mande para revista@novafisio.com.br e publicaremos na próxima edição.

A Importância do Fisioterapeuta no Trauma e Emergência

Denominam-se primeiros socorros o tratamento aplicado de imediato ao acidentado ou portador de mal súbito, ou seja, são cuidados imediatos prestados a uma pessoa, fora do ambiente hospitalar, cujo estado físico, psíquico e ou emocional coloquem em perigo sua vida, com o objetivo de manter suas funções vitais e evitar o agravamento de suas condições, até que receba assistência medica especializada. Atividade de emergencista ou socorrista é regulamentada pelo Ministério da Saúde, segundo a portaria n° 824 de 24 de junho de 1999. O socorrista deve dispor de um treinamento detalhado sobre toda situação que envolve o trauma. Um bom socorrista deve ter espírito de liderança, compreensão, tolerância e paciência; ser um líder, na concepção da palavra; saber planejar e executar suas ações; saber promover e improvisar com segurança; ter iniciativa e atitudes firmes e ter, acima de tudo o espírito de solidariedade humana. O trauma ou situação de emergência

hoje em dia torna-se uma grande realidade nos centros urbanos, isto deve-se ao fato de que o tempo disponível para deslocamento das pessoas de um ponto ao outro iniciou uma grande corrida contra o tempo e os efeitos colaterais disto passaram a ser as inúmeras ocorrências por acidente automobilísticos ou motociclísticos. Na ocorrência do trauma toda a equipe deve estar atenta aos sinais vitais, capacidade de responsividade, manutenção das vias aéreas afim de garantir uma boa ventilação, dados da cinemática à partir do vetor, mecânica do movimento, e a possibilidade de conservação de energia. Toda a abordagem multidisciplinar tem o fisioterapeuta como importante membro da equipe toda a conduta em tempo real requer posicionamento adequado aos segmentos afetados, cinesiologia aplicada, experiência em adequação e inserção a ventilação mecânica, além de mobilização ao paciente crítico.

intra hospitalar ou extra hospitalar e deve ser abordada em formato de legitimidade social e apresentada aos órgãos representativos, afim de que se torne mais um amplo mercado de trabalho, e mais uma área de especialização legítima ao profissional em fisioterapia. Um grande abraço a todos! Dr. Mariel Patricio Junior Fisioterapeuta Reabilitação Cardiopulmonar e UTI Intensivista HEAT Docente CAP UNISUAM Coordenador do Dept de Emergências da AFERJ Laboratório de Reabilitação Pulmonar HUPE-UERJ E-mail: marieljunior@yahoo.com.br

Dentro de todo este cenário tornase importante a instituição de profissionais em fisioterapia em núcleos emergenciais partindo de um ambiente

Frases|

Mande a sua frase: revista@novafisio.com.br

“A Fisioterapia é a maior profissão do mundo” Dr. Cesar Madureira Bach

“A melhor maneira de tornar os sonhos em realidade é acordando” Paul Valéry

E você? Mande a sua frase com uma foto para: revista@novafisio.com.br e publicaremos na próxima edição. 6 • NovaFisio.com.br



Entrevista

Por | Eduardo Tavares Fotos | Carmen Cavalcanti

im r o m A e n ia t is r C Atriz

A atriz baiana Cristiane Amorim está na novela da TV Globo, “Joia Rara”. Ela interpreta a Zefinha, menina simples do interior, uma personagem de caráter duvidoso. Essa não é a sua primeira aparição na TV. Cristiane já atuou no programa “Sob Nova Direção”, nos seriados “S.O.S. Emergência”, “Ó Paí Ó”, “A Grande Família“, “As Brasileiras” e “As Cariocas” e nas novelas “Cordel Encantado”, com participações em “Cheias de Charme” e “Ti Ti Ti”, todos da emissora carioca. A atriz conversou com a NovaFisio e contou como superou uma lesão na coluna, que a fez passar por uma longa crise de dores em 2010. 8 • NovaFisio.com.br


Você é aqui do Rio de Janeiro? Não, sou de Amargosa-BA, mas estou morando no Rio há 10 anos. Como foi sua chegada ao Rio, teve outros trabalhos antes de atuar? A chegada foi difícil. É complicado abrir mão de um mercado de trabalho onde você já é atuante, deixar uma carreira para trás e recomeçar do zero numa cidade onde ninguém te conhece, onde ninguém conhece seu trabalho. É difícil conseguir moradia, trabalho, tanto na área quanto fora dela. Como tinha que me manter para correr atrás da TV, objetivo maior no Rio, eu tive que trabalhar como garçonete, hostess, recepção de eventos, exposição, fiz pesquisa de campo, etc. Era uma luta diária. Como surgiu a primeira oportunidade como atriz? Minha primeira oportunidade na vida foi logo que entrei na faculdade de teatro em 1992: convite de um colega para integrar o elenco de uma peça. No Rio, participei do filme de Daniel Filho, “Se eu fosse você”. Na TV, foi no programa “Sob Nova Direção”. Que diferenças você aponta entre o Rio e a Bahia com relação à carreira artística? No Rio, você tem campo maior de atuação por conta da televisão. Na Bahia, o carro chefe é o Teatro. Como é representar a Zefinha de Joia Rara. Ela tem referências teatrais? Representar a Zefinha tem sido muito divertido. Na criação da Zefinha temos referências teatrais sim, tanto às autoras Duca Rachid e Telma Guedes, quanto à direção geral, Amora Mautner, estão me dando uma liberdade de criação que você só encontra no teatro. Amora não quer que você chegue com a cena pronta, ela quer que tudo seja criado ali, naquele momento, para ficar mais vivo, mais natural, mais espontâneo. Isso para um ator de teatro é estar em casa. A Zefinha é má na verdade? Você acha que muitas pessoas extrapolam com o objetivo de subir na vida? Não considero a Zefinha uma pessoa má. Ele sente culpa, tem arrependimentos e se preocupa se sua atitude irá prejudicar alguém. Ela é uma menina simples, do interior, tem certa ingenuidade e inocência, passou por muita dificuldade na vida inclusive a fome, viu muitos parentes morrerem por conta da seca do Nordeste de 1940, que castigava bastante… Tudo isso levou Zefinha a achar que o dinheiro é a solução para todos os problemas. Ela tem valores equivocados e, por causa da ambição de crescer na vida, possui uma falha de caráter. Mas ela não vê maldade nas suas atitudes e os vilões da história, no caso Manfred e Benito, se aproveitam

dessa sua ingenuidade, sempre com muita sedução e dinheiro, e acabam conseguindo favores e informações que, futuramente, contribuem para seus planos. Mas, acredito que muitas pessoas, diferentemente da Zefinha, em total consciência, extrapolam o limite e a ética para subirem na vida. Qual a situação mais embaraçosa que você passou durante alguma cena? No caso da novela Joia Rara, vivo de diversões. Estou gravando com atores extremamente generosos, como Carmo Dalla Vechia, Ana Lucia Torre e Zé de Abreu… Eles se divertem com a Zefinha me apoiando até nos improvisos. Sou uma atriz que gosta de arriscar, sem pudores. Na comédia, você não pode ter medo do ridículo. Qual foi o diagnóstico da sua lesão na coluna? Uma pequena protusão e uma hérnia de disco na cervical. Quando e como ela aconteceu? Essas pequenas lesões foram acontecendo ao longo da vida devido à má postura, um pouco curvada para frente, por conta da timidez. Você chegou a ficar inativa, perder compromissos profissionais ou ficar sem levantar da cama? Tive uma crise longa em 2010. Foram seis meses de dor, períodos na cama, outros não, melhorava, piorava… Nessa época, investiguei o caso, descobri o diagnóstico e iniciei o tratamento. Como está sua recuperação? Está totalmente curada? Estou ótima! Melhor impossível! Não estou curada porque esse diagnóstico não tem cura, mas vivo muito bem, sem restrições. Como foi o tratamento com fisioterapia? A fisioterapia foi e é essencial para qualquer tratamento da coluna. É o mais importante. A medicação é paliativa. O que vai te fazer sair da crise, viver bem, sem restrições, é o trabalho da fisioterapia, no meu caso RPG e Pilates. A acupuntura ajudou muito também. O que você fazia para aliviar as dores nos momentos de crise? Na crise aguda, analgésicos, mas eles são paliativos. O verdadeiro tratamento está na fisioterapia, como eu disse no meu caso foi RPG e Pilates. Qual tipo de atividade física você faz atualmente? Pilates. Após a lesão na coluna, você passou a ser mais cautelosa, ficou algum receio em fazer certos movimentos? Passei a ter mais consciência do meu corpo. Com cuidado, mas não com restrições. Hoje em dia já ajo naturalmente, mas fiz um trabalho de reeducação postural e de movimento.

Como é o tratamento? Vo c ê r e e d u c a s e u s m o v i m e n t o s , reaprende a levantar, sentar, deitar, pegar peso, pegar algum objeto no alto, carregar coisas, dirigir, etc. Você utiliza outros músculos para não sobrecarregar a área lesionada, a cervical, no meu caso. No início, você fica se observando, se corrigindo, se vigiando, prestando atenção aos movimentos do dia a dia, mas hoje já ajo naturalmente, não penso antes de agir e não machuco mais a minha coluna. Levo uma vida normal, faço tudo. Qual a importância dos fisioterapeutas que dedicam o trabalho para recuperar pessoas lesionadas? Gostaria de dizer que o trabalho deles é de fundamental importância no tratamento da coluna. O resto, medicação, etc, são temporários. O acompanhamento de um bom fisioterapeuta, para mim, é a solução. Com relação ao tratamento com fisioterapia, qual a maior dificuldade? É um trabalho em longo prazo e, para mim, um trabalho sem fim, para me manter numa rotina saudável, evitando as crises. O RPG é temporário, mas o Pilates é para o resto da vida. Só tem a acrescentar. Você fica mais disposto, mais flexível, com mais mobilidade, força, equilíbrio… Sou apaixonada por Pilates. Uma frase que você carrega como importante para sua vida. Paciência, Perseverança e Disciplina para quem precisa cuidar da sua própria coluna. Só quem passa, para saber o que é. A gente se desespera, acha que aquilo não vai acabar nunca, achamos que não vamos aguentar… Não desanimem! É possível viver bem mesmo com problema na coluna, mas é preciso disciplina. Os tratamentos são em longo prazo e o que vi muito por aí, são pessoas que preferem ficar na medicação a encarar um processo longo de acupuntura ou fisioterapia. O mais importante é o cuidado diário para se evitar a crise. Cuidar para evitar a crise.

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Dor Crônica e Fisioterapia. Quando soube que esta edição da Revista NovaFisio estaria presente no VI Congresso Internacional de Fisioterapia Manual, fiquei muito feliz, não somente pelo fato de trabalhar diariamente com a Fisioterapia Manual, mas principalmente por ver que o número de Fisioterapeutas Manuais e o interesse por esta área vêm crescendo consideravelmente no Brasil. Então, antes de tudo, gostaria de parabenizar a todos que fazem parte deste congresso e animá-los a seguir com investigações e especializações neste campo tão bonito. Aproveito esse momento oportuno para expor um assunto especial, que para mim e para muitos terapeutas manuais vem sendo motivo de grandes mudanças em nossa prática clínica. Estou falando da DOR CRÔNICA a qual convivemos diariamente com milhares de pacientes e que mesmo assim temos tanta dificuldade de lidar. Atualmente entende-se que a dor é uma resposta do Sistema Nervoso (SN) quando o mesmo considera que existe uma ameaça ou lesão. Os processos de sensibilização, tanto central como periférico, facilitam a percepção de ameaças, o que pode provocar a aparição de dores que alteram a capacidade funcional do individuo, sendo fonte de mal-estar e incapacidade. Essa condição deve desaparecer no momento em que já não exista mais esta ameaça. O que acontece com a dor crônica é diferente, passado o tempo de cura e quando já não existe nenhuma ameaça, a dor insiste em permanecer e muitas vezes de forma progressiva e severa. Em definição: A dor crônica é aquela que apresenta muitas vezes um caráter intenso e generalizado, que se mantem no tempo, não se associando, geralmente, a uma lesão nos tecidos. Ela altera a vida do individuo, deixando de ter ação protetora e que, pelo contrário, deteriora a saúde e as capacidades funcionais, convertendo-se em uma fonte de sofrimento e incapacidade. Dor crônica não é um sintoma, é uma resposta do cérebro, sem necessidade de nenhum estímulo proprioceptivo. Este processo de sensibilização gera mudanças ao largo de todo o SN, que se traduz em alterações de sensibilidade, do esquema corporal e de respostas motoras, diminuição da substância cinza no cérebro, atrofia e desorganização cortical, mudanças no cognitivo relacionadas com a dor, entre outras. Em estudos recentes realizados na Espanha com uma amostra de 100 milhões de pessoas, destacou os seguintes dados: * 12% da população espanhola apresentava dor crônica, sendo a maioria mulheres entre 51-57 anos e com duração (tempo de dor) de 6-14 anos; * A dor crônica mais prevalente é a lombar; * 49% são por dor músculo esquelético; * 60% provocam incapacidade laboral permanente; * 60% dos pacientes estão MUITO INSATISFEITOS com os tratamentos recebidos; e * No ponto de vista econômico é uma das grandes sobrecargas do sistema público de saúde, gerando gastos de mais de 240 bilhões de euros ao ano. É importante mencionar que o Fisioterapeuta é o profissional de saúde mais adequado para trabalhar com esses indivíduos, levando em conta que para isso é necessário mudar conceitos, enfoque e terapias de tratamento. Muitas vezes, o tratamento que recebe o paciente depende muito mais da especialidade do clínico que das necessidades e doença que tem o paciente. Não é fácil, mais é necessário mudar essa realidade e tratar de utilizar a prática baseada em evidências para tentar minimizar esse sofrimento. Dor crônico não está nos tecidos e sim no cérebro. É um processo complexo de sensibilização central Outro problema que encontramos é a forma que trabalham os sistemas médicos, conhecido como modelo estruturado. Além disso, é comum ver os profissionais de saúde relacionar todo tipo de dor a uma causa/doença ou relacionar a severidade da lesão com a quantidade de dor que deverá provocar. Nesse momento nos deparamos com os “paradigmas da dor”, que seriam: (1) Paciente apresenta uma radiografia da coluna em ótimo estado e mesmo assim convive a dois anos com fortes dores lombares. (2) Paciente apresenta em sua radiografia escoliose, osteófitos, degeneração de discos e mesmo assim nunca sentiu dor alguma na coluna. Como será a primeira consulta ao fisioterapeuta do paciente 1? Resposta: O Fisioterapeuta buscará as causas dessa dor crônica em músculos, articulações, menisco, nervo, vértebras, fáscia, etc. Ao final não vai relacionar nada com nada, ou até se enganará e criará uma suspeita, onde esta só servirá para diminuir a frustração e guiar um tratamento que será o que para ele for mais cômodo. Reflexão: Essa atitude nada mais é que a reprodução do modelo patomecânico que nos foi e é ensinado na universidade: Dor = Lesão. Mas na hora de manejar pacientes com dor crônica isso tudo muda! Não quero dizer com isso que os tratamentos sejam ineficazes, mais sim que a falta de compreensão sobre a dor crônica tornam difícil à reabilitação desse grande número de indivíduos. O prognóstico e a evolução desse paciente não dependem unicamente de uma doença ou disfunção física, se não também de fatores psicossociais. O contexto social, as crenças e condutas desse indivíduo tem uma participação importante nas manifestações e desenvolvimento desse processo. Então, para trata a dor crônica é necessário utilizar o modelo biopsicossocial, onde deve priorizar a Fisioterapia ativa, baseada em evidências e centralizada na individualidade do paciente. Pontos importantes como estimular mudanças cognitivas e estabelecer câmbios neuroplásticas, educar/informar sobre o que é a dor crônica, auxiliar no manejo de aspectos psicossociais e incentivar a realização de atividades físicas (principalmente a dança), são de ampla relevância. Atenção: tratamentos passivos e/ou terapias alternativas são irrelevantes no tratamento da cor crônica. O papel do Fisioterapeuta vem progredindo na atenção a pacientes com dor crônica, desse modo, centros especializados estão sendo criados em todo o mundo. As investigações em neurociência também têm ajudado muito nesse processo e em poucos anos muitos frutos foram colhidos. Espero que esse assunto tenha lhes chamado atenção e aguçado sua curiosidade em pesquisar e estudar mais sobre ele. Quaisquer dúvidas entrar em contato comigo por e-mail, sempre que possível estarei respondendo a todos. Desejo-lhes um congresso proveitoso. Dra. Jullyana Almeida de Sousa Fisioterapeuta. Reside em Pas de la Casa – Andorra E-mail: jullyanafisioterapeuta@gmail.com 10 • NovaFisio.com.br


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Vale quanto pesa.

V

ivemos em uma sociedade capitalista, portanto regida por leis de livre mercado. A sociedade valoriza, e consequentemente, dá mais valor monetário aquilo que lhe é importante pagando mais por isso.

A fisioterapia aos poucos começa a ser valorizada pela população, com valorização de profissionais de destaque, exposição na mídia e, principalmente, com demonstração de resultados palpáveis, este último item, é o caminho principal para edificação do valor da fisioterapia no mercado da saúde. Não podemos mais nos limitar a ser reconhecidos como terapeutas do choquinho, em ambiente ambulatorial, ou aspiradores portáteis, em ambiente hospitalar, tal situação é jocosa, vexatória para nossa estima de classe profissional. É preciso evoluirmos em nossa terapia, com avaliações funcionais excepcionais e terapia baseada em evidências e também em resultados, é preciso expor aos pacientes/clientes, familiares, planos de saúde e mídias sociais os resultados conquistados durante a fisioterapia e a diferença que fazemos na qualidade de vida das pessoas. E como posso mostrar resultados? Através de testes funcionais periódicos que lhe ofereçam feedback terapêutico e norteiem seu prosseguimento do tratamento. Apresentando continuamente ao cliente os resultados alcançados para motivá-lo na continuidade do tratamento. Somente através de resultados podemos com provas incontestáveis ter o reconhecimento social devido que merecemos. Através dos resultados, separaremos de uma vez por todas, bons e maus profissionais, sem mais escusas para remunerações pífias, que serão compatíveis com as qualidades profissionais. Por meio dos resultados, teremos profissionais atualizados sempre sequiosos por conhecimentos para tratamento mais eficientes em busca de melhores resultados. Por fim, os resultados estimularão mais pesquisas científicas em fisioterapia. O foco em resultados palpáveis é a mudança que precisamos para uma fisioterapia melhor e digna para nós profissionais e para a sociedade.

Dr. Valmor Arêde Córdova Júnior E-mail: valmor_cordova@yahoo.com.br Especialista em fisioterapia cardiorrespiratória e em fisioterapia na urgência e emergência. Consultor de gestão, empreendedorismo e marketing em fisioterapia. Portal FisioIdeia (www.fisioideia.com.br) soluções inovadoras e criativas para fisioterapeutas. 12 • NovaFisio.com.br



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Uma técnica feminina milenar e sagrada começa a ser usada com sucesso dentro da fisioterapia.

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pompoarismo, técnica milenar utilizada na musculatura vaginal , vem sendo usada com frequência pelas fisioterapeutas ginecológicas como mais uma abordagem lúdica no tratamento das disfunções sexuais e incontinências urinárias, ela é uma excelente ferramenta tanto para os casos de fraqueza muscular, falta de consciência corporal, hipossensibilidade local, quanto para os casos de tensão muscular da MAP. A origem da técnica é milenar cujo o hábito se originou pelas Antigas Sacerdotisas bem antes de Cristo, mas que foi redescoberta, aperfeiçoada e nomeada como pompoarismo (pp) na Índia através do Tantra. O Pompoarismo então consiste na contração e no relaxamento da musculatura circunvaginal (musculatura em torno da vagina -MAP), buscando como resultado o prazer sexual próprio e do parceiro, no entanto dentro das práticas e da filosofia do pompoarismo a mulher aprende a observar o sexo de forma mais saudável e natural o que contribui muito para sua melhora. A filosofia do Pompoarismo nos aponta que até mesmo nos casos de incontinência urinária é preciso nos atentarmos aos possíveis bloqueios psicológicos relacionados ao sexo que podem estar acarretando piora no seu quadro, sendo uma ótima pedida o trabalho do psicólogo associado ao do fisioterapeuta nestes casos. O ideal seria mesmo que todas as instrutoras de Pompoarismo fosse fisioterapeutas ou ao menos que fossem instruídas por fisioterapeutas, já que algumas disfunções da MAP são ocasionadas por tensões musculares, hipersensibilidade e falta de consciência corporal, sendo necessário nesses casos não o fortalecimento de imediato mas as técnicas de consciência corporal, massagem perineal, alongamentos e relaxamento muscular, para depois iniciar com os típicos fortalecimentos do pompoarismo. Normalmente o Pompoarismo é orientado por instrutoras de forma protocolada para todas as alunas sem uma devida avaliação, o que tende a agravar determinados quadros de disfunções sexuais, nas quais nem mesmo a mulher em si tem consciência. Por tanto o ideal é estar avaliando as alunas mesmo que seja de forma verbal para adaptar um protocolo da técnica mais personalizado. Quando o fisioterapeuta adapta a técnica do pompoarismo para cada mulher o resultado é muito mais rápido e satisfatório, melhorando a qualidade de vida sexual e a queixa inicial da paciente.

Dra. Roberta Struzani CREFITO-3/142613-F Fisioterapeuta Pós-graduada em Ginecologia, Obstetrícia e Mastologia pela Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais BH, reside em SP. Atende e da aulas em SP e RJ. 14 • NovaFisio.com.br


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“Follow up” pós alta hospitalar: precisamos melhorar nossos cuidados com os idosos.

O

processo de transição demográfica e epidemiológica trouxe uma nova dinâmica de utilização dos serviços de saúde no Brasil, pois o envelhecimento humano provoca alterações morfológicas, funcionais, bioquímicas e psicológicas, causando maior vulnerabilidade e maior incidência de processos patológicos.

Atrelado ao aumento da expectativa de vida do Brasileiro, há também o aumento da prevalência de doenças crônicas e degenerativas, e, comparado com adultos jovens, a população idosa possui um risco maior de serem acometidos por doenças agudas e de agudização de doenças crônicas. Com isso, os serviços hospitalares são utilizados de maneira mais intensiva neste grupo etário que nos demais, o tempo de internação é mais prolongado, existe maior necessidade de suporte terapêutico e claro comprometimento da capacidade funcional após alta hospitalar. Tratando-se, portanto, de um processo que envolve um enorme custo social. Vários autores apontam que mesmo após 5 anos da alta hospitalar, ainda existem limitações ao exercício, sequelas físicas e psicológicas, diminuição da qualidade de vida. Nesse sentido, a implementação de Atividades de Mobilização Funcional dentro do ambiente hospitalar ganharam força científica nós últimos anos, mas e após a alta hospitalar? Será que as políticas públicas contemplam isso? Não temos representatividade de fisioterapeutas na estratégia de saúde da família, não temos NASF em todas as localidades, nem todo mundo pode recorrer a iniciativa privada. “Follow up” é um conceito que vem crescendo internacionalmente, ou seja, precisamos seguir, acompanhar, saber como está o idoso que saiu do hospital. Ele sai mais fraco do que entrou, isso é uma certeza! Precisamos de mais serviços privados, precisamos de mais fisioterapeutas inseridos nas políticas públicas do nosso país. Precisamos cuidar melhor dos idosos!!!!

Dr. Rodrigo Queiroz Fisioterapeuta Especialista em Terapia Intensiva Professor da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB Autor do blog Mobilidade Funcional (www.mobilidadefuncional.blogspot.com) E-mail: rofisio@gmail.com 16 • NovaFisio.com.br


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Rememorando fatos históricos.

F

atos notáveis, relativos à história da Fisioterapia aconteceram entre os anos de 1964 e 1971, sob os olhos atentos da Associação Brasileira de Fisioterapeutas – ABF e de suas filiadas estaduais, respaldadas pela eficácia de seus líderes e representantes. O período em foco é muita luta; porém com rebatimento favorável na categoria e deve ser considerado como da maior importância para a compreensão e o entendimento do modo como a Fisioterapia adquiriu, a duras penas, o caráter de instituição. Tal período antecede a criação do Conselho Federal e dos Regionais. O surgimento desses Conselhos pode ser considerado como um divisor da história da profissão, o antes e o depois; não somente pela característica atribuída de órgão regulador ético e social, devido à incumbência estabelecida no Art. 1º da Lei Nº 6.316, de 17 de setembro de 1975, qual seja, a de fiscalizar o exercício das profissões definidas no Decreto-Lei Nº 938, de 13 de outubro de 1969. A partir daí, um novo paradigma se estabelece, contribuindo para o crescimento profissional e consequentemente para que novos capítulos da história sejam escritos. Voltando ao período em estudo, verifica-se que a Associação Brasileira de Fisioterapeutas, fundada na década de 50, promoveu e realizou entre os dias 12 e 14 de novembro de 1964, na Cidade do Rio de Janeiro o primeiro Congresso Brasileiro de Fisioterapeutas. Em 1968, atuando como precursora na ação política da categoria, elaborou anteprojeto que foi transformado em Projeto de lei pelo Deputado Gastone Righi (PL Nº 1265/68), visando instituir a Fisioterapia como profissão. Esse projeto foi arquivado, em conformidade com o regulamento interno da Câmara dos Deputados, quando do advento do Decreto-Lei Nº 938/69. A história particular do Decreto-Lei Nº 938/69 necessita ainda ter desvendados os meios e os caminhos percorridos, que culminaram na sua promulgação. Por outro lado, no livro Aurora, o filósofo Nietzsche ressalta: “O historiador não tem que se ocupar dos acontecimentos como se passaram na realidade, mas somente como se supõe que tenham ocorrido; de fato, é assim que produziram seu efeito”. Existem pelo menos três versões para o episódio, tendo como pano de fundo a doença do Presidente Costa e Silva; todas sem a devida comprovação em documentos, registradas, porém, pela tradição oral. Primeira versão: Um paciente do alto escalão da República, possivelmente um Ministro de Estado, submetia-se a tratamento no maior centro de reabilitação de Brasília e teria comentado com os Fisioterapeutas que o assistiam – “O nosso Presidente adoeceu e agora está precisando de um Fisioterapeuta. Vocês têm um projeto de regulamentação profissional no Congresso que ainda não foi aprovado. Acho que é o momento...” Dizendo isso, referia-se ao PL Nº 1265/68. Segunda versão: No lugar do ministro figurava como paciente do centro de reabilitação a sua esposa, que sensibilizada com o tratamento recebido e ciente da luta dos Fisioterapeutas pela regulamentação profissional, pediu com insistência ao marido para intervir a favor da categoria. Terceira versão: O Fisioterapeuta responsável pelo tratamento do Presidente Costa e Silva ficou encarregado de entregar o documento da regulamentação profissional para os ministros da Junta Militar que governava o País. Pouco tempo depois, mais precisamente no dia 23 de junho de 1971, um substitutivo ao Projeto de Lei Nº 2.090-A/70 é encaminhado às Comissões de Constituição e Justiça, Saúde e Legislação Social da Câmara dos Deputados, com a pretensão de revogar o documento inicial da Fisioterapia, ou seja, o Decreto-Lei Nº 938/69. Mais uma vez entra em cena o protagonismo das lideranças das associações, promovendo uma mobilização sem precedentes no âmbito da categoria. O resultado foi equivalente ao esforço despendido: “Quase dois anos após a promulgação do DL Nº 938/69, num clima de tenso de confronto de interesses, a Comissão de Constituição e Justiça opinou unanimemente pela inconstitucionalidade e injuridicidade da Emenda do Plenário ao Projeto de Lei Nº 2.090-A/70”. Era o fim de um conturbado período da história da profissão, porém, com desdobramentos para o futuro.

Dr. Geraldo Barbosa Fisioterapeuta. E-mail: geraldobarbosa43@yahoo.com.br http://geraldobarbosa43.blogspot.com 18 • NovaFisio.com.br


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Formação, valorização e intrusão extra-profissional na Fisioterapia.

A

migos leitores, pelo título nos parece que esse é um tema bastante explorado e repetitivo, mas, na verdade, se ele continua sendo reiterado é porque é atual e necessário. Essas três palavras-chave são indissociáveis e, se queremos entender a situação da fisioterapia no cenário brasileiro de hoje, é indispensável que analisemos as três situações em conjunto, pois uma está ligada obrigatoriamente à outra. É comum os profissionais reclamarem bastante do mercado de trabalho, baixos salários, abertura de poucas vagas para concursos públicos, menos valia em relação aos outros colegas de categorias diversas e assim por diante. Vamos, então, analisar ponto a ponto. Onde se inicia o fortalecimento e a solidificação de uma profissão? Na formação. Quando afirmo “formação”, não é somente a qualidade acadêmica dos cursos de fisioterapia, mas, sim, o conjunto que envolve esse contexto. Primeiro ponto: é necessário um trabalho de conscientização a respeito da profissão; seus aspectos éticos, deontológicos, políticos, sociais e interdisciplinares ou, pelo menos, multidisciplinares, ao longo de todo o curso. Não adianta inserir essa discussão no início da graduação somente, pois o acadêmico não tem maturidade suficiente para alcançar determinados aspectos. Também não tem serventia introduzir todos eles no final do curso, pois o discente já passou por várias situações diferenciadas nos estágios, em sala de aula e nas relações interprofissionais e teve dificuldade para entendê-las e resolvê-las, pois, certamente, nas disciplinas direcionadas a estágio supervisionado, ética e deontologia a maioria dos problemas não foi discutida. Por isso, defendo, aliada a uma formação acadêmica de alto nível, com docentes de qualidade comprovada na experiência clínica (não basta ser mestre ou doutor se não tiver vivência nas disciplinas teórico-práticas), comprometidos com o curso e com a profissão, éticos e imparciais, a introdução dos aspectos que mencionei acima durante toda a graduação de forma progressiva o que contribuirá, com toda a certeza, para a concretização do que rezam as Diretrizes Curriculares: um profissional de formação generalista, crítico-reflexivo e humanista. Sem esses alicerces não é possível pensar em formação real do fisioterapeuta e do cidadão. Vamos ao segundo ponto. O acadêmico que tem uma formação consistente e abrangente, vai lutar com muito mais embasamento, consciência e garra pela valorização profissional, pois ele sabe do bom nível da sua evolução acadêmica e está convicto da relevância da fisioterapia nos seus mais amplos aspectos (primário, secundário e terciário) para a sociedade brasileira. A população do país necessita, cada vez mais, do fisioterapeuta, mas se ele não mostra isso, quem vai mostrar? Se ele não se apresenta, não se expõe, não ocupa o lugar que lhe é merecido, quem vai fazer isso por ele? Por isso, é fundamental entender que o profissional não se forma quando acaba o curso, mas, sim, quando inicia o mesmo. Esse futuro fisioterapeuta precisa pensar assim e entrar visceralmente na graduação com a noção de que ele está ali para aprender a exercer uma atividade que exige dele compromisso, empenho e dedicação plenas, pois temos a recuperação de pessoas nas nossas mãos, literalmente; e isso é muito sério. É necessária uma mudança radical de mentalidade, a criação de uma cultura fisioterapêutica como existe em outras categorias, o orgulhar-se de ser fisioterapeuta, postura e atitude de quem sabe exatamente porque escolheu essa belíssima profissão. Na prática, é isso que acontece com a maioria dos profissionais? Sabemos que não – e esse “enfraquecimento” começa daí, da falta desse embasamento sólido da formação do profissional aliado ao cidadão. Em função de toda essa deterioração progressiva o que observamos? Uma quantidade crescente de fisioterapeutas buscando formação em medicina, farmácia, nutrição, enfermagem, educação física etc ou, então, se submetendo a sub-empregos, baixos salários, se prostituindo profissionalmente porque não tiveram uma formação forte e, como consequência, baixa auto-estima, desinteresse e desvalorização da categoria. Com isso, a academia não se fortalece, pois pouco se investe em formação adicional, cursos de extensão e, quem faz pós-graduação lato sensu ou stricto sensu não encontra o retorno esperado em função da qualificação realizada. Foi possível perceber que os dois pontos iniciais são interdependentes e, a partir deles, fica fácil entender o terceiro ponto – a intrusão interprofissional. Nossa deontologia é clara, avançada, abrangente, assim como nosso código de ética. Entretanto, se o fisioterapeuta não se impõe pela qualidade da sua formação e não se valoriza como profissional porque não tem competência, postura e atitude para tal, o que acontece consequentemente? A profissão fica desguarnecida e, com isso, outros profissionais de outras categorias da saúde passam a abranger áreas específicas da fisioterapia, levando a uma grande interrogação: o que nos cabe fazer? Quais são os limites de cada profissão? A culpa é só das categorias que “invadem”? Não, também é da nossa que permitiu. Por que? Pela falta de uma formação forte, consciente e abrangente e a consequente desvalorização. Qual é a premissa básica do fisioterapeuta? Recuperação funcional. Qual é a ferramenta fundamental para que isso seja possível? O movimento terapêutico – a cinesioterapia. O que vemos hoje é essa especificidade sendo colocada em planos secundários ou não realizada. Como é possível pensar a fisioterapia sem cinesioterapia? Se o fisioterapeuta não faz, não se interessa, não defende seus espaços, não se apresenta como responsável único pela cinesioterapia, outros estão assumindo claramente e nada está sendo feito para que isso seja evitado e/ou interrompido. Várias especialidades da fisioterapia estão passando por esse problema – a situação é grave, insustentável e inadmissível. Quem pode reverter esse quadro? Nós; com postura, ética e atitude como mencionei acima, somos os únicos interessados e com poder para isso. A fisioterapia alcançou um patamar de importância tal, que é impossível conviver com esse estado de coisas. Por outro lado, é necessário refletirmos sobre outro aspecto igualmente grave e sério – o fisioterapeuta também está “invadindo” áreas que não são dele; está deixando os seus cuidados específicos e atuando de forma incorreta e perigosa em outras searas, nos conduzindo a uma reflexão bastante ampla e complexa a respeito dos limites de cada profissional da equipe de saúde. Se tivéssemos uma mentalidade interdisciplinar amadurecida, isso seria uma situação menos significativa; como não a temos, passa a ser um quadro muito delicado e com consequências inimagináveis. Sugiro às entidades e instituições competentes e representativas das diversas categorias um fórum permanente de discussão a respeito das atribuições e limites da cada uma, pois como está o cenário atual, não pode continuar. Até a próxima. Dr. José da Rocha E-mail: ze.rocha@oi.com.br 20 • NovaFisio.com.br


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Posts mais recentes de nosso site

Osteopatia e Infertilidade A terapia hormonal e clínica de infertilidade podem ser a única solução, do ponto de vista médico, disponível para casais que lutam com problemas de fertilidade. Estes, por vezes, pode ser rico em efeitos colaterais para as mulheres. Na mesma linha, um estudo da Osteopatia em infertilidade secundária conduzida por G. Kermorgant em 2006 mostrou que 72% dos participantes do estudo eram capazes de conceber após duas sessões de osteopatia e 10% após cinco sessões, para um total de 82% de sucesso na criação de tratamentos de Osteopatia. Estes resultados são estatisticamente significativos e cientificamente posto em contraste com os resultados obtidos em uma clínica de fertilidade. Note-se que este estudo analisou 25 mulheres com infertilidade secundária por mais de um ano, ou seja, as mulheres que estiveram grávidas no passado e se tornar infértil depois. Entre os problemas mais comuns encontrados em infertilidade, contém disfunções hormonais, encontramos problemas pélvicos e da coluna lombar de vascularização e inervação do sistema pélvico. E mais frequentemente uma má posição do útero torna a possibilidade de concepção muito mais difícil. Deve também notar-se que apenas as mulheres foram tratadas no estudo de G. Kermorgant (2006), enquanto que 40% da infertilidade é encontrado em seres humanos. Nós também obtemos excelentes resultados em Osteopatia também tratam as disfunções da pelve e da próstata em deficiência de espermogramas. É por isso que nós sempre tratamos o casal com Osteopatia quando há problemas para engravidar e, assim, chegamos a obter resultados onde há algumas falhas e finalmente, retire o rótulo tão pesado para carregar , a infertilidade. Para mais informações, consulte um Osteopatas especializados.

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Novo teste de urina para câncer de próstata pode estar disponível em 2015

grau muito pequeno da doença, que não era clinicamente significante.

Um novo teste para diagnosticar o câncer de próstata de forma mais rápida e prática do que os exames disponíveis atualmente pode chegar ao mercado no ano que vem. Ele consiste em identificar, na urina do paciente, a presença de uma proteína chamada engrailed-2, ou EN2, que é produzida por células cancerígenas da próstata.

Segundo Guimarães, isso pode evitar procedimentos invasivos e tratamentos desnecessários em pessoas que têm a doença, mas que não apresentarão sintomas clínicos ou terão a saúde prejudicada. Essa é uma vantagem sobre o PSA, que costuma dar resultados falsamente positivos. “Dois terços dos pacientes submetidos à biópsia após o PSA indicar suspeita de câncer não possuem a doença”, diz o médico.

Em anúncio feito nesta semana, pesquisadores da Universidade de Surrey, na Grã-Bretanha, onde o exame EN2 foi desenvolvido, revelaram uma parceria com o laboratório britânico Rodox, que vai passar a fabricar e comercializar o teste a partir dos estudos desenvolvidos pela universidade. Para que possa ser aplicado na prática clínica, porém, o exame ainda precisará ser submetido à aprovação das agências reguladoras de cada país em que ele for utilizado. Atualmente, o diagnóstico do câncer de próstata é feito principalmente pelo exame de PSA (proteína presente no sangue que, em altos níveis, pode indicar a doença) e o de toque retal. Um exame não exclui o outro – o ideal é que o paciente seja submetido aos dois testes. Isso porque, enquanto o PSA fornece informações como a progressão da doença e as chances decorrência do câncer, o exame de toque pode dizer qual é a extensão do tumor e ajudar o médico a escolher o melhor tratamento para cada caso. Se derem positivo, os resultados de ambos os exames precisam ser confirmados por uma biópsia. Precisão — Um estudo mostrou que o teste de urina que mede a proteína EN2 detecta o câncer de próstata com uma precisão aproximadamente duas vezes maior do que a do exame de PSA. “Enquanto o novo teste parece diagnosticar entre 60% e 70% dos tumores na próstata, o PSA, sozinho, identifica cerca de 30% a 40%”, diz Gustavo Cardoso Guimarães, cirurgião oncologista e diretor de urologia do Hospital A. C. Camargo, em São Paulo. Além disso, a mesma pesquisa indicou que ele praticamente não oferece falsos diagnósticos positivos. Segundo os resultados, o teste de urina deu o diagnóstico correto a 90% dos pacientes que não tinham câncer de próstata. Os outros 10% apresentavam um

Características: O novo teste de urina também parece dar informações sobre a extensão da doença, ou seja, o quão a próstata está comprometida com o tumor, segundo um estudo publicado em 2012. No entanto, o exame não diz qual é a gravidade da doença e nem prevê se haverá recorrência do tumor – o que pode ser detectado com o PSA. Além disso, diferentemente do exame de toque retal, não possibilita que o médico identifique o volume da próstata, o tamanho dos tumores locais ou o melhor tratamento para o paciente. Por isso, o exame de urina, se for provado eficaz em pesquisas maiores e mais relevantes, não eliminaria a necessidade de o paciente passar pelos exames de PSA e de toque, mas sim serviria como um complemento não invasivo e mais prático para um diagnóstico mais preciso. “É um teste extremamente promissor, mas ainda precisa ser submetido a pesquisas maiores para que receba a aprovação das agências reguladoras. Se for comprovado, sem dúvidas trará um enorme benefício aos pacientes”, afirma Guimarães. “Esse teste pode levar a um diagnóstico mais rápido, o que ajudaria a salvar milhares de vidas, além de ter o potencial de reduzir os custos com a doença”, diz Hardev Pandha, professor da Universidade de Surrey que coordenou as pesquisas sobre o novo exame.


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Tininha |

Humor - passa-tempo - game - novidades - música - cinema - moda - TV - tendências - automóvel - compras

Olá pessoal, nesta edição resolvi escrever um pouco, espero que gostem. Já sobre as charges, eu recebi um “quilo” delas do colega André Torres do Rio de Janeiro (Valeu André, adorei!) e acho que tenho para as próximas duas edições. Se você também tem alguma coisa legal ou se você receber ou ler algo legal no Facebook, mande pra mim, tininha@novafisio.com.br irei publicar aqui e por seu nome como colaboradora. Então até a próxima e boa leitura! Beijos, Tininha.

ANATOMIA

O nome das estruturas do corpo humano sempre me causaram imensa curiosidade e por isso nesse artigo vamos falar exatamente sobre isso. É sabido que a nomeclatura anatômica surgiu com os homens das cavernas. Cada um dizia algo que tinha visto em um animal e se repetia em outro ou e que era diferente em outros surgindo assim as primeiras observações sobre o sexo e idade... Na idade Média, em 1543, um professor belga escreveu o livro chamado De Humani Corpus Fabrica, mas com a escassez de um meio de comunicação em massa cada centro científico procurava excrever o seu livro. Assim nomes foram sendo criados e acumulados em diferentes partes da Europa e aceitas ou não. Cinco anos depois da II Guerra Mundial um grupo de ingleses se reuniram em Oxford, eles achavam que se o mundo tinha mudado e as ditaduras haviam desaparecido, ou quase, havia a possibilidade de usar uma linguagem só para o mundo anatômico. Então, em 1955, o grupo apresentou uma lista no 28 • NovaFisio.com.br

Congresso Mundial de Anatomia de Paris, entretanto, como as outras tentativas, a Nomina Anatômica Parisiensis foi bem aceita entre os anatomistas, mas também houve muitos que a desconsideraram. Na verdade, em toda a história sempre houve controvérsias, por um motivo ou por outro quanto à uniformização dos termos anatômicos. De cinco em cinco anos havia reunião, havia discussão, havia sugestões para modificar, criava-se uma nova lista, uma lista atualizada e as pessoas continuavam usando a nomenclatura à revelia da própria Nomina, ou melhor, à revelia do interesse comum. Em agosto de 1997, em São Paulo foi apresentada uma nova lista: a Nomina Anatômica de São Paulo. Essa comissão teve representantes de anatomistas de todos os continentes por isso acreditase que a partir dessa data haja uma globalização da nomeclatura. Seguem agora alguns exemplos de nomes que poderiam ter tornado minhas aulas na faculdade muito mais divertidas e interessantes: Fáscia – do latim Fascia, faixa, cinta, Fascis, feixe. A palavra Fascia em latim tinha diversos significados, todos com a idéia de atadura. Assim podia dar nome às faixas que seguravam os cabelos, cinto feminino etc. Os Fasci eram feixes de varas atados por uma faixa larga, e de um machado numa das extremidades. O termo Fáscia para designar estruturas largas e fibrosas é recente, antes do século XV, todas as expansões de tecido conjuntivo eram chamadas de aponeuroses. Glúteo – do grego Gloutós, anca, nádega. Para Hipócrates, a palavra designava qualquer estrutura saliente arredondada, mas posteriormente o termo passou a ser usado apenas com referência à área e à musculatura das nádegas. Inflamação - Do latim In, dentro e Flamma, chama. Na inflamação os tecidos “estão em chamas”.

Maléolo - Diminutivo do latim Malleus, martelo. Masseter – do grego Maseter, mastigador, Masaomai, eu mastigo. A palavra em latim deveria ser escrita com apenas um s, dada sua origem grega, e ter pronúncia oxítona. Provavelemnte houve confusão com o grego Massein, amassar, triturar. Cotovelo – do latim Cubitus, forma corrupta de Cubitellum, diminutivo de Cubitum, coto, cotovelo. Cubitus era o nome antigo do osso Ulna que também designava todo o antebraço. A palavra deve ter–se derivado do latim Cubare, reclinar, deitar. Porque era comum em Roma antiga os indivíduos se reclinarem para fazer as refeições, apoiando-se nos cotovelos, isto é, reclinado. Designava também o leito próprio para a ceia e uma medida de comprimento (em português, côvado), que podia variar de 45 a 56 cm, dependendo da região. Considero o assunto tão interessante que continua na próxima edição. Até breve! Tininha

VOU CONTAR UMA HISTÓRIA, Ah......SHIII.


economia - turismo - esporte - Facebook e muito mais.

PROFESSOR?

ERREI, QUE FALO AGORA?

PRATICIDADE

O QUE DIRIA A FISIO?

PROTESTO DE MÉDICOS

VAI ACREDITANDO EM TUDO QUE VOCÊ VÊ!

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Dr. Levi de Almeida Santa Rosa

FISIOPerfil

Quem é, o que fez e faz pela fisioterapia.

Fui Fisioterapeuta da ABBR (até 1995); Prof do IBMR (durante 10 anos); fundador do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário da Cidade (UniverCidade) e Coordenador de lá desde 2001 até 2011 - extinto em 2013; Sou Prof da UFRJ (o primeiro docente fisioterapeuta do Curso) desde 1995; Fui Coordenador da Fisioterapia da UFRJ eleito por dois mandatos consecutivos. 1998-2002 (o primeiro docente fisioterapeuta a Coordenar o Curso); Sou Vice-coordenador de Extensão da Faculdade de Medicina da UFRJ - primeira vez na História da Faculdade de Medicina da UFRJ que na Diretoria estão dois docentes não-médicos. A Diretora de Extensão é a Prof. Ângela Garcia (fonoaudióloga) e eu sou o Vice. Estou com dois projetos em fase de finalização, um na área de saúde da família e o outro na saúde do trabalhador da UFRJ; Faço parte do Comitê técnico-acadêmico (CTA) da CPST/UFRJ (coordenação de políticas de saúde do trabalhador); Sou Mestre em Ciências da Saúde pela UFRJ; O doutorado tá chegando... faltando afinar o projeto... Qual ano e em qual faculdade que se formou? Me formei em 1989 IBMR no Rio de Janeiro. Qual foi a melhor coisa que fez na vida? O Concurso para docente da UFRJ. Qual foi a pior coisa que fez na vida? Ainda não ter feito o doutorado. O que você mais gosta na profissão? A sua abrangência, ou seja, são muitas as possibilidades de atuação. Está em franca expansão. Ainda há muito campo a ser explorado. O que você odeia na profissão? Falta de corporativismo dos profissionais, pois necessitamos de união para valorizar a Fisioterapia. E esta valorização não consegue avançar por causa de muitas disputas entre os profissionais. Que qualidade mais admira nos profissionais que te cercam? A vontade, a garra e a perseverança no crescimento e valorização da profissão. Que qualidade mais detesta nos profissionais que te cercam? A dificuldade de aceitar algumas mudanças na profissão. Qual sua maior virtude? Humildade. Qual seu pior defeito? Ser sentimental.

de um contexto. Serei breve: digo aos alunos que é fácil ser fisioterapeuta para incentivá-los, mas logo a seguir afirmo que só depende deles mesmos e de sua dedicação aos estudos. Qual o fato mais inusitado em sua carreira? Um presente recebido de uma senhora de 72 anos... meus alunos sabem desta história... A Sra. depois de algum tempo me perguntou se eu havia gostado do presente e se havia ficado bem em mim... Putz, você não falar qual foi o presente foi cruel. Agora vamos todos ficar curiosos. Quem sabe na próxima edição você revele? Vamos aguardar! Por falar nisso, tem algum aluno do Dr. Levi lendo esta entrevista que possa nos contar? Qual fato foi o mais cômico? O assédio de uma mãe de uma criança que eu avaliei no Projeto saúde do escolar da FM/UFRJ do qual participei por dez anos. Qual seu maior arrependimento? De ainda não ter feito o doutorado. Qual objeto de desejo? Criar uma linha de pesquisa específica em Fisioterapia. Qual sua aquisição mais recente? Curso de Fisioterapia Analítica - Sohier. Qual dica daria aos colegas? Dedicação e perseverança sempre!!!

Se pudesse mudar algo, o que seria? A forma de encarar certas situações na profissão, como a falta de corporativismo.

Qual seu maior sonho? Ver a Fisioterapia da UFRJ conquistar uma Unidade própria, ou seja, ser uma Faculdade de Fisioterapia.

Diga um desafio? Unir a Fisioterapia no Rio de Janeiro e no Brasil.

Qual seu maior pesadelo? Ver que a Educação de qualidade ainda é privilégio para poucos no Brasil.

Qual maior mentira já contou? Que é fácil ser Fisioterapeuta, mas dentro 30 • NovaFisio.com.br

Que talento mais gostaria de ter? Ter um dom artístico para associar ao fazer

fisioterapêutico, como por exemplo tocar um instrumento musical... Se não fosse fisioterapeuta seria o quê? Musicista, porque a música faz a alma levitar... e torna a vida muito melhor... E qual profissão jamais queria ter? Nenhuma fora da saúde ou educação. Um livro? Didático - Magee, David - Avaliação musculoesquelética. Literatura - O despertar da águia Leonardo Boff. Qual pergunta esqueci de fazer ou você desejaria? A quem gostaria de prestar uma Homenagem? Ao Dr. Luiz Claudio Ferreira Pinto, pela sua contribuição à Fisioterapia e por ter possibilitado os primeiros passos na Docência na Fisioterapia e por seu meu amigo. Quer fazer alguma divulgação? Sim, Pós-Graduação em Fisioterapia em Traumato-Ortopedia cuja aula inaugural será dia 26 de Abril na Cidade de Cataguases - MG (Faculdade SUDAMERICA - estará sob minha coordenação). Para qual colega você tira o chapéu e porque? Tiro para vários profissionais, a quem devo muito da minha formação. Mas vou escolher uma. Professora Suely Nogueira Marques - falecida - Foi minha professora, coordenadora de curso, minha chefe na ABBR e quem me deu a primeira oportunidade na profissão e na docência. À ela minha estima consideração e agradecimento. Foi muito dedicada e perseverante. Qual a contribuição que você pode dar para valorizar ainda mais a Fisioterapia? Levar seu bom nome por onde eu for. Valeu!


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