Edição 85

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Foto: Carlo Locatelli


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FISIO Editorial| Alô a todos, mais uma edição fresquinha na mão. muita coisa legal nesta edição e um movimento para resgate da fisioterapia do Dr. José da Rocha na página 12 que não pode deixar de ser lido. Esta edição está ótima mas a Revista vai ficar ainda melhor nas próximas edições porque agora temos um time de representante em todo país que além de nos ajudar com a venda das revistas avulsas, nos passa informações de seus estados. Aproveito aqui a oportunidade para te convidar a ser um colaborador das próximas edições. Me mande agora aí do seu celular um torpedo para 21 8577-9908 inoformando seu e-mail e vou te mandar um e-mail que já tenho pronto com todas as informações de como ser um representante da Revista aí na sua cidade e como você pode ser um representante da sua cidade aqui na revista, mandando informações, fazendo divulgações, etc... Preciso de sua ajuda, me liga ou mande o torpedo! Oston de Lacerda Mendes Fisioterapeuta - Editor

Índice|

Leia nesta edição.

06 Cartas. 08 Entrevista com a apresentadora Talitha Morete. 12 Coluna do Dr. José da Rocha. 13 Frases. 14 Coluna do Dr. André Luiz de Mendonça. 16 Coluna do Dr. Luis Guilherme. 18 Coluna do Dr. Geraldo Barbosa. 20 Coluna da Dra. Jullyana Almeida de Sousa. 21 Caderno Especial de Pilates. 30 Fisioterapia Uroginecológica. 34 Sugestão para inserção de softwares durante a avaliação dos alunos de estúdios de Pilates. 42 Agenda de eventos. 44 Tininha. 45 Classifisio. 46 FisioPerfil com o Dr.

Desta edição.

Cara têm muita gente pra agradecer nesta edição e não cabe neste espaço, então pra não dar briga de colocar uns e esquecer outros, vou deixar pra colcoar todos de uma vez na próxima edição onde vou deixar mais espaço aqui pra eles. Bom, pra não falar que não agradeci ninguém, agradeço a você leitor que comprou este exemplar, a você assinante que recebe a revista em casa, aos representantes que estão dando uma nova cara a revista com informações de todos os cantos e aos nossos anunciantes que tornam tudo possível. Obrigado.

Equipe|

Veja quem faz a revista que você esta lendo.

EDITORES: OSTON MENDES oston@novafisio.com.br & LUCIENE LOPES luciene@novafisio.com.br SECRETÁRIA: NINA LOPES MENDES nina@novafisio.com.br

ENDEREÇO DA REDAÇÃO: R. JOSÉ LINHARES, 134 LEBLON - RIO DE JANEIRO - RJ CEP: 22430-220 TEL: (21) 4042-6107 CEL: (21) 8577-9908 Skype: ostonmendes revista@novafisio.com.br WWW.NOVAFISIO.COM.BR

MARÇO / ABRIL DE 2012

Agradecimentos|

#85

Rodrigo Perfeito.

ASSINAR E ANUNCIAR: Você pode assinar a revista através de nosso site ou comprar um exemplar avulso em um dos pontos de venda. Se você deseja divulgar algum produto ou serviço para fisioterapeutas, nós temos anúncios nesta revista, anúncios em nosso site ou mídias sociais (twitter e facebook) envios de mailling e ainda serviços gráficos desde cartões de visitas, panfletos de todos os tamanhos, adesivos e até plotter gigante. Entre em contato e enviaremos mostruário e valores. NovaFisio.com.br • 5


Cartas|

Escreva sua carta também, mande para revista@novafisio.com.br e publicaremos na próxima edição.

Dr. Edivaldo Fisioterapeuta Edivaldo Vieira de Azevedo, fisioterapeuta, 40 anos, conhecido como Dr. Edivaldo Fisioterapeuta, graduado em fisioterapia pela Universidade Castelo Branco de Realengo no ano de 2000, Pós graduado em Saúde da Família e em Gerontologia, especialista em RPG pelo método – PHILIPPE SOUCHARD, Iniciou a sua trajetória como fisioterapeuta em Janeiro de 2001 no PSF de Campos dos Goytacazes, onde atuou até dezembro de 2004 se dedicando a prevenção e tratamento domiciliar. Quando ainda acadêmico, no terceiro período, organizou o primeiro simpósio de Fisioterapia do Município de Campos (Fisio-Campos) onde reuniu profissionais e acadêmicos de diversos municípios e Estados. Em 2010 se afastou da prefeitura para concorrer as eleições a deputado estadual pelo Partido Trabalhista Cristão (PTC) onde apresentou diversas propostas voltadas a fisioterapia como a inclusão do fisioterapeuta na equipe básica do PSF, vagas em concurso público de acordo com o numero de contratados, inclusão do RPG e ATM na rede SUS, acessibilidade aos deficientes físicos, fisioterapeutas nas UBS etc. Como diretor e como fisioterapeuta, conhecedor das técnicas, começou a perceber que deveria implantar algumas de suas propostas no programa do idoso. Vendo a grande demanda de idosos encaminhados pelos médicos ao tratamento de RPG, fez um levantamento na rede dentro do programa do idoso para buscar fisioterapeutas com capacitação e implantar novas técnicas melhorando o atendimento e proporcionando melhor qualidade de vida. Com isso, buscou dois profissionais com formação em RPG pelo método Philippe Souchard e implantou o primeiro setor com atendimento de RPG gratuito no estado do Rio de Janeiro no Clube da Terceira Idade de Campos dos Goytacazes. Foi implantado também o primeiro programa a prestar atendimento de fisioterapia nas ATM (Articulação Temporomandibular) através de um profissional do programa que é capacitado e foi convidado por Edivaldo Fisioterapeuta a exercer esta nova técnica na rede e a população tem o privilegio de ser o primeiro Município a oferecer este tratamento gratuito. Como diretor do Departamento do Idoso no município de Campos, Dr. Edivaldo Fisioterapeuta tem como meta, valorizar o profissional e promover qualidade de vida aos idosos tanto física quanto emocional.. Devemos incentivar os nossos profissionais a por em pratica as suas capacitações e com isso oferecer a população varias técnicas de atendimentos que ainda não são oferecidas. Devemos promover capacitação aos nossos profissionais para que os mesmos possam atuar diretamente na rede. Saúde é um direito de todos e dever do Estado, do Município e do Governo Federal. Temos que fazer valer o direito de todos. Oferecer condições de atendimento aos nossos profissionais. Tenho o desejo de ampliar esta proposta a todos os programas, levando a população estas técnicas que ainda não são oferecidas: Drenagem Linfatica; Acumpuntura; Pilates e outras. Acontecerá em abril o concurso público para a Prefeitura de Campos com vagas para fisioterapeutas e os aprovados irão substituir os contratados. Sempre defendi mais vagas em concurso público e este ano estou muito feliz com a realização deste concurso porque teremos bastante vagas.

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Cartas|

Escreva sua carta também, mande para revista@novafisio.com.br e publicaremos na próxima edição.

Vou me formar, e agora? Você passou 4 ou 5 anos de noites mal dormidas, dias cansativos, estresse em época de prova, estudava de manhã com estagio à tarde e aula a noite. No começo parecia passar de vagar mais quando pisca os olhos se vê no oitavo período e começa a pensar no que fazer. Quando a gente se forma, percebe que passou do status de estudante para desempregado. E o que fazer? Ou melhor, o que poderia ter sido feito antes disso? Primeiro você aprende bioquímica, depois fisiologia humana e ai você conhece a anatomia e passa a faculdade inteira se preocupando com isso e eis que surge uma matéria que você acaba se perguntando o porquê de se fazer, já que o curso é de Fisioterapia e não de administração. Em muitas vezes é denominada de “formação profissional” ou “administração”. Aí vem a pergunta que muitos fazem. O que a fisioterapia tem haver com isso! A resposta é fácil, entre outros objetivos, é aprender o Branding. A palavra Brand em inglês significa marca, e a tradução literal do termo Branding é marcando. Na pratica, Branding é a imagem percebida que se tem sobre alguma coisa. Aplicando isso no campo profissional temos o famoso Marketing Pessoal, a imagem que os outros percebem de você. Isso tem tudo haver com fisioterapia, durante a formação o estudante precisa trabalhar este Branding Pessoal, e ele se desenvolve através de pequenas atitudes ao longo da formação como demonstrar a vocação. Confúcio filosofo chinês dizia “...escolha um trabalho que você ame e não terás que trabalhar um único dia em sua vida.” Outra atitude é demonstrar interesse em aprender, estudantes que demonstram interesse pela profissão acabam transmitindo as pessoas um objetivo profissional. E a partir desse Branding Pessoal que seu leque de oportunidades começa a surgir, pois seus professores são fisioterapeutas e possuem uma rede de contato. E a partir desta rede surge a oportunidade. Você que deseja terminar a faculdade com uma proposta de emprego comece a se preocupar com a imagem que você promove de si mesmo, pois isto pode ser o diferencial de sair do status de estudante para empregado ao final da faculdade. Thiago Faria Nascimento Acadêmico do 8º período de Fisioterapia da Escola Superior de Fisioterapia Helena Antipoff mantida pela associação Pestalozzi Niterói.

Frases|Mande a sua frase: revista@novafisio.com.br “Só sei que nada sei” (Sócrates) e o que sei compartilharei, porque, com o meu incentivo e a força de vontade do meu paciente, venceremos. [Dr. Gilmar Rodrigues Santos Fisioterapeuta Itabuna-BA.]

“Melhor que pedir perdão é não cometer o erro” [Wanderléya Neves Delmuti Acadêmica do 5º semestre de fisioterapia/UNIC] E você? Mande a sua frase com uma foto para: revista@novafisio.com.br e publicaremos na próxima edição 8 • NovaFisio.com.br


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Entrevista com|Talitha Morete Por| Eduardo Tavares Foto| Capa Carlo Locatelli e entrevista Drica Donato

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ormada em jornalismo e atuando atualmente como repórter no Domingão do Faustão, Talitha Morete apresenta o quadro de curiosidades internacionais Giro Domingão, no programa dominical da TV Globo. A morena nasceu em Campinas, interior de São Paulo, e iniciou a carreira como modelo aos 14 anos. Estudou na Austrália e em São Paulo. Em 2008, recémformada, arrumou as malas e na cara e na coragem desembarcou no Rio de Janeiro em busca de melhores oportunidades profissionais. No Rio, trabalhou em uma produtora de televisão e chegou a apresentar, durante um ano, um programa sobre esportes para um canal on line. Talitha também atuou no programa Verão Multishow, sobre turismo, onde mostrava os melhores points em diferentes cidades. Mas foi no início de 2009, que surgiu uma grande oportunidade profissional com a sua aprovação no teste para apresentadora auxiliar no Domingão. Ficou até janeiro de 2011, até viajar mundo a fora como apresentadora do Giro Domingão. Talitha Morete conversou com a Nova Fisio e contou um pouco de sua vida, da carreira e como foi o tratamento através da fisioterapia para curar uma lesão. Você tem artistas ou jornalistas na família? - Não!! Sempre foi extrovertida, nunca teve vergonha de se apresentar em público? - Quando criança, eu não tinha a menor vergonha!! Fazia gracinha e dançava em todas as festas na minha casa. Minha mãe deixava a câmera o dia inteiro ligada e eu ficava dançando e cantando sozinha!! Na faculdade, já fiquei mais tímida. Era difícil apresentar trabalhos na sala de aula... Por isso, resolvi fazer teatro para me soltar um pouco. Hoje em

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dia, eu amo o que eu faço e fico bem à vontade em frente às câmeras! A decisão de se mudar para o Rio de Janeiro foi difícil, você veio na cara e na coragem sem nenhuma oportunidade concreta de trabalho? - Exatamente! Cheguei sem absolutamente nada certo! Decidi morar no Rio porque amo praia e achava que ali poderia ser mais fácil nessa área da televisão. Graças a Deus, em três semanas, consegui fazer um teste numa produtora e comecei a trabalhar no dia seguinte! Aprendi na marra! Já entrei direto como apresentadora de um canal online! Qual foi a situação mais embaraçosa que você viveu na televisão? - No Domingão do Faustão

ao vivo! Eu fazia o merchandising no programa, mas um dia teve um quadro com a atriz Bárbara Paz e eu. O Faustão me chamou no palco para ler um poema que ela tinha escrito! O poema foi tirado da internet, sem pontuação alguma e eu nunca tinha lido antes! Quando ele me chamou, meu coração disparou... Mas no final deu tudo certo! Li o poema todo numa boa e no final vieram os aplausos da platéia!! Um alívio! Mas essa adrenalina é o que me alimenta! E a reportagem mais importante que fez? - Na Turquia! Gravei uma matéria muito bacana na minha estréia com o quadro Giro Domingão! Foi minha primeira


matéria internacional! O mundo da televisão é cruel? A beleza é fundamental para o jornalismo na TV? Com o mesmo nível de conhecimento, quem tem uma melhor aparência sairá sempre ganhando um lugar no mercado? - Acho que a beleza não é fundamental, mas ajuda a abrir muitas portas! Depois, depende do seu trabalho, profissionalismo e talento, porque a pressão só aumenta. Apenas com a beleza você não consegue se manter em lugar nenhum, seja na televisão ou em outra área. Quem são seus ídolos na carreira artística? - Patrícia Poeta, Glenda Koslowsky e meu chefe, Fausto Silva! Onde a Talitha quer estar daqui a cinco anos, e fazendo o que? - Trabalhando na televisão, de preferência apresentando algum programa! O que toca no seu Ipod? - De tudo um pouco! Sou muito eclética... Tem desde sertanejo até Hip Hop!! Qual foi o melhor filme que você viu? - São vários, mas tem um recente que eu amei com o George Clooney: “Tudo pelo poder”. Quais são seus pontos fortes e o que você considera seu maior defeito? - Sou muito determinada e responsável com as minhas coisas e o trabalho! Meu maior defeito é a falta de paciência! Qual o lugar mais bonito do Rio de Janeiro? - Eu amo o Rio de Janeiro!!! São vários lugares... Mas já que tem que escolher um, vou ficar com a Prainha! Qual é o seu maior medo? -

Medo de perder alguém da minha família. Cinco palavras para descrever a sua personalidade? - Determinada, Decidida, Impaciente, Amiga e Divertida. O que te irrita em outras pessoas? - Hipocrisia e lerdeza! Uma frase ou ditado importante para sua vida? - Eu quero, eu posso, consigo, mereço e agradeço! O que você faz para manter a forma? - Musculação, muay thai e tênis! Como é seu treinamento? - Malho duas vezes por semana, com o personal Edson Mesquita e duas vezes com o Airton Senna, meu professor de muay thai! Também faço aulas de tênis no meu condomínio! Às vezes faço Manthus, Drenagem e Power Shape. Tem cuidados com a alimentação? - Eu não faço dieta, mas me alimento muito bem! Gosto muito de salada, verdura e frutas! Eu como o que eu quiser, mas tento evitar frituras! Agora vamos falar da fisioterapia. Quando e como ocorreu sua lesão? - Eu ainda não sei como aconteceu, mas sempre senti dores muito fortes na panturrilha e joelho! Deve ser desde a época do ballet. Qual foi o diagnóstico? - Eu fiz ressonância para tentar descobrir, mas não apareceu nada! Comecei a fazer fisioterapia para fortalecer e solucionar o problema. A lesão te impediu de praticar alguma atividade física ou de fazer algum trabalho artístico? - Sim! Não conseguia correr e nem caminhar muito tempo! Sentia uma dor insuportável! Qual o tratamento você fez? - Me tratei

com um fisioterapeuta na Body Tech! Fazia exercícios duas vezes por semana e ele colocava umas faixas coloridas na minha perna. Deitava numa maca pequena, de fisioterapia mesmo e fazia repetições de exercícios. Vo c ê c u m p r i u c o m d i s c i p l i n a a s sessões? - Sim! Achava um pouco chato porque não gosto de nada muito lento, mas continuei porque percebi os resultados logo no início. Alguma coisa te incomodava na fisioterapia? - A monotonia! Você tem alguma lesão frequente por causa de alguma de suas atividades físicas? - Estou com uma dor constante no joelho, mas ainda não tive tempo de me consultar! Preciso urgente e provavelmente terei que fazer fisioterapia novamente! Durante as sessões, alguma vez aconteceu algo inusitado? - Sempre! rsrs... Eu deitava para fazer os exercícios e me dava sono! Quando eu estava quase dormindo, o fisioterapeuta falava para eu virar! Eu ficava de mau humor e ele sempre respondia: Isso não é massagem Talitha! Que mensagem você deixaria para os fisioterapeutas que estão lendo esta sua entrevista agora? - Deixo minha mensagem de agradecimento! Sem eles, seria impossível treinar e ser 100% feliz! A maioria das pessoas que treina, como atletas, sente dor em algum lugar do corpo e graças a eles podemos solucionar rápido esse

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MOBRASAFI Movimento Brasileiro Para a Salvação da Fisioterapia

É

este mesmo o nome do artigo desta edição. Parece coisa de campanha publicitária ou algo demagógico e apelativo, mas não é. Venho há vários anos levantando a questão da decadência da fisioterapia no seu sentido mais amplo, em relação à qualidade da formação dos novos profissionais, à capacitação docente, ao entendimento pelos alunos sobre o que é realmente a fisioterapia e o conseqüente comprometimento deles com a profissão, à qualidade dos estágios, à falta de políticas públicas voltadas para a reabilitação no sentido de reconhecimento da relevância e o investimento em ações primárias, secundárias e terciárias, à influência restritiva e aviltante dos seguros-saúde , à atuação de profissionais não fisioterapeutas (com nível superior de formação ou não) e, na linha final, a baixíssima remuneração obtida pela grande maioria dos profissionais. Leva-se em conta que, existe um número expressivo de profissionais de excelência distribuídos pelo país, mas não perfazem a maioria nem a necessidade evidente observada em todos os segmentos da sociedade brasileira. Nossa legislação deontológica é avançada, propiciando uma ampla liberdade de ação e autonomia por parte do fisioterapeuta; nosso código de ética, idem. Infelizmente, a grande maioria desconhece os princípios básicos e a proteção garantida por essa legislação. Hoje, a partir do aumento significativo do saber e da abrangência profissional em todas as clínicas, é necessário, com urgência, de ser revisto, tanto o código, quanto o perfil de conduta e atribuições permitidas ou não aos profissionais. Em função disso e mais vários pontos, considero necessário emergencialmente a criação desse Movimento, no sentido de analisarmos nacionalmente todos os itens que influenciam negativamente o crescimento da profissão, assim como, a proposta de soluções de curto, médio e longo prazos, pois não é mais tolerável o achincalhe que a fisioterapia vem sofrendo ao longo, principalmente, dos últimos dez anos. Apesar de legítimos, não adianta realizar movimentos em prol de melhores salários, se há outros pontos mais específicos e prioritários, que vão desembocar consequentemente na melhoria relevante dos salários, assim como na maior respeitabilidade e credibilidade ao profissional e à profissão. Observa-se, ao longo dos últimos anos, um esvaziamento progressivo das salas de aula da graduação. Por que? A resposta é simples e ampla: a fisioterapia continua sendo desconhecida e/ou desvirtuada por quem a procura; não há uma cultura fisioterapêutica implantada que caracterize o que é ser fisioterapeuta, como acontece com a medicina, odontologia, enfermagem, educação física, engenharia, direito etc; no ensino médio não é mostrada a fisioterapia com a relevância e a imparcialidade necessárias, pois os gestores das escolas e dos cursos pré-vestibular só enaltecem os cursos tradicionais, como se somente esses fizessem diferença de qualidade e fossem mais importantes que os outros (essa propaganda interessa financeiramente aos donos dos estabelecimentos e acabam por induzir os alunos de forma parcial); quando pesquisam a respeito do curso, os candidatos se deparam com uma realidade deplorável (salários baixos, poucos concursos públicos, falta de autonomia, desconhecimento por parte de quem informa, pressão de outras categorias, não abrangência do que realmente a fisioterapia pode fazer, uma cultura antiga que confunde o fisioterapeuta com massagista, distorção por parte de pais, professores, parentes e amigos desencorajando o candidato e colocando que essa profissão não é promissora e que outras carreiras são mais atraentes e estáveis). Ao chegar à sala de aula o aluno se depara com um curso bem mais complexo do que imaginava, mas, ao mesmo tempo, encontra docentes despreparados (embora possam ser bons profissionais), sem experiência clínica, ministrando disciplinas sem aderência com a sua formação inicial e outras situações que contribuem para o desinteresse e pouca importância ao aprofundamento necessário para o bom desempenho profissional. Na fase de estágio curricular, outra surpresa desanimadora. Em parte considerável dos locais que

Dr. José da Rocha E-mail: ze.rocha@oi.com.br 12 • NovaFisio.com.br

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oferecem supervisão, visando o crescimento do futuro fisioterapeuta, observa-se o aluno sendo mãode-obra gratuita, mero executor de prescrição, sem poder realizar procedimentos cinesioterápicos e, muito menos, tendo oportunidade de avaliar amplamente o paciente e idealizar o programa terapêutico a ser realizado. O resultado é a formação de um profissional inseguro, incompetente, sem condições mínimas de assumir uma posição de autonomia e responsabilidade. Daí a estar sub-empregado ou desempregado é um pulo muito pequeno, o levando a aceitar situações vexatórias, contribuindo para colocar a fisioterapia em um patamar sem a importância que lhe é devida. Paralelamente, locais que atendem quantidades irreais de pacientes por dia sem qualidade alguma e com resultados nulos, proporcionam enriquecimento aos seus proprietários. Esses colegas que aceitaram essas condições de trabalho, ao invés de lutar pela profissão, aprofundarem seus conhecimentos e resistirem às ofertas enganosas que se lhe apresentam, preferem desistir e mudar de profissão, buscando carreiras que lhes possibilitem melhores ganhos e estabilidade. E a fisioterapia? Continua aviltada e prostituída, cada vez menos reconhecida e com perda gradual de credibilidade. Hoje é comum esses comentários: “eu faço fisioterapia porque o médico mandou, mas não adianta nada”. Quantos enganos em uma pequena frase! Infelizmente, esse quadro faz parte de uma realidade que queremos e precisamos mudar. De forma interrelacionada, muitos outros tópicos precisam ser debatidos nacionalmente. Propor soluções é o objetivo do MOBRASAFI. Para tal, é necessário o engajamento dos fisioterapeutas do Brasil inteiro. Precisamos ter a mídia ao nosso lado; precisamos levar projetos viáveis às autoridades da saúde (federal, estadual, municipal); é necessária a sensibilização da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a participação efetiva das diversas instituições de seguro-saúde e a negociação de valores dignos para os tratamentos realizados. Precisamos ter a participação e apoio das instituições voltadas para a inclusão de pessoas portadoras de deficiência em todos os níveis; precisamos, enfim, mostrar à sociedade o real mérito da fisioterapia e quanto ela pode ajudar a equipe da saúde (preventiva, curativa e de manutenção e paliativa). Nosso trabalho é importante – somos fisioterapeutas. Vamos nos engajar nessa luta, vamos criar grupos de trabalho, fóruns de discussão pelo Brasil, criar comissões com representantes de todos os estados que possam negociar permanentemente em todas as frentes. Vamos levar ao conhecimento dos políticos do Congresso, Câmara dos Deputados, Câmara de Vereadores e a todas as instâncias e grupos de trabalho; vamos criar condições de discutir esses e muitos outros pontos importantes para a manutenção da nossa dignidade e autonomia profissionais; entretanto, sem a real participação de todos, nossas salas de aula continuarão esvaziadas, o nível de formação continuará deficiente, os concursos públicos continuarão escassos e aviltantes, nossas pós-graduações lato e estrictu senso continuarão pobres e frustrantes. Tudo isso, porque o fisioterapeuta não se uniu e nada fez para mudar. Vamos sair dessa inércia, vamos mudar os rumos da fisioterapia porque o momento está mais do que ultrapassado. Divulguem, espalhem, debatam, discutam, coloquem na rede (facebook, linkedln, twiter, email, telefone) e se juntem a nós. Nós podemos, porque não fazer. Façam contato comigo e enviem email de onde estiverem para que eu possa saber efetivamente com quantos poderemos contar. Já perdemos tempo demais. Até a próxima. Jose da Rocha Cunha – crefito 769F ze.rocha@oi.com.br; joserochacunha@yahoo.com.br

Até a próxima Dr. José da Rocha E-mail: ze.rocha@oi.com.br 14 • NovaFisio.com.br


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Ausculta cardíaca também faz parte da avaliação funcional do fisioterapeuta

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m muitas situações não dispomos de indicadores da função cardíaca para embasar nossa terapêutica, e isso é perigoso, pois poderemos estar ultrapassando os limites fisiológicos para um determinado indivíduo, ou mesmo sendo subterapêuticos. Poderíamos, por exemplo, ter encaminhado precocemente um paciente para uma avaliação cardiovascular mais detalhada em vista de um som anormal percebido em nossa avaliação. Ainda que não seja da nossa prática diária, como a ausculta pulmonar, a percepção dos sons cardíacos pode se tornar uma arma fundamental para sistematizar o raciocínio funcional terapêutico, respondendo várias indagações: qual a origem dessa dispnéia, dessa dor torácica recorrente, o porquê dessa palpitação, ou mesmo evitar um futuro óbito ou evento coronariano agudo de um paciente que passou por você, e você estava com um estetoscópio na mão, mediu a pressão, disse que MV+ s/rad, mas esqueceu de avaliar se o ciclo cardíaco estava normal. - Pronto, já estamos ouvindo (em indivíduos normais, é claro!) dois sons – TUM e TÁ. Rítmicos e alternados, um mais grave (como se fosse um som de zabumba), e um mais agudo, seco mesmo. - Coloque o estetoscópio no seu peito agora, escolha o foco aórtico ou pulmonar, flexione um pouco o tronco para frente, talvez facilite sua ausculta (depois recomendo que assistam ao vídeo sugerido ao final). Bem, você acaba de começar a escutar o funcionamento do principal motor do nosso corpo, que tem que trabalhar de maneira cíclica, pois sua constituição sincicial não permite falhas, se não o sistema entra em colapso (as tão famosas arritmias). - Palpe o seu pulso radial ou carotídeo, existe uma concordância entre o aparecimento do pulso e um som, som este de natureza grave, como se fosse o TUM. Lembre-se que o pulso é a onda de fluxo sanguíneo oriunda da sístole ventricular (contração miocárdica). Assim, o som posterior é mais seco (TÀ). - Perceba que com treino vai ficando mais fácil, feche os olhos...sinta...sinta! A sua ausculta deve ter um ritmo regular, em 2 tempos (TUM e o TÁ) 1° bulha (TUM) – Parece ser de consenso que a origem da primeira bulha cardíaca seja pela desaceleração e fechamento das valvas átrio-venticulares (tricúspide e mitral). Esse evento estetoacústico marca para nós o início da sístole ventricular, ou seja, o influxo de sangue nos ventrículos chegou ao máximo, agora se fecha a ligação entre os átrios e ventrículos (TUM) e simultaneamente, com a sístole ventricular, o sangue é ejetado (surgimento do pulso). 2° bulha (TÀ) – Esse ruído marca o início da diástole ventricular e é caracterizado pelo fechamento das valvas semilunares (aórtica e pulmonar), ou seja, após a contração e ejeção, ocorre o relaxamento ventricular para o início do novo ciclo. Esse conhecimento é fundamental, pois todo paciente possui sua especificidade de nível de treinamento e a função cardiocirculatória é que provê o aporte de substrato energético, então ausculte! Esta em 2 tempos, muito bom mas não é tudo. É regular? Regular é algo que se repete sempre da mesma maneira.

A intensidade: Dentro desse contexto básico de ausculta cardíaca, outro fator importante é a caracterização da intensidade do som. Em repouso, sentado em frete à sua revista NovaFisio, seu coração possivelmente está com um som de intensidade normal (normofonético), caso você queira dar um pique até a esquina de sua casa e voltar, perceberá que o som está mais audível, sua freqüência cardíaca aumentou, a amplitude do pulso é maior, a contração cardíaca é mais forte, então a pressão imposta entre a coluna de sangue e as valvas vão produzir um som mais parecido com uma “pancada” - Hiperfonese é o termo, ou bulha hiperfonética. Um paciente com uma pressão arterial baixa, ou se você auscultar alguém dormindo ou em estado de repouso a algum tempo, talvez você tenha a noção de hipofonese das bulhas. Parece ser simples, mas se você, que não era acostumado a fazer ausculta cardíaca de seus pacientes, identificar um som a mais do que nos mencionamos, com uma intensidade alterada, ou um ritmo irregular, e encaminhar para uma avaliação cardiológica mais detalhada, certamente estará prevenindo um possível evento miocárdico/coronariano, que poderia ter acontecido, talvez mesmo até durante a sua terapia. Um bom Artigo: http://www.fmrp.usp.br/revista/2004/vol37n3e4/3ausculta_cardiaca.pdf Assistam ao vídeo: http://mobilidadefuncional.blogspot.com/2009/01/video-fisioterapia-ciclo-cardico.html Participem, divulguem, comentem... Dr. Rodrigo Queiroz Fisioterapeuta Especialista em Terapia Intensiva Professor da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB Autor do blog Mobilidade Funcional (www.mobilidadefuncional.blogspot.com) E-mail: rofisio@gmail.com 16 • NovaFisio.com.br


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A CAPES valorizou, mas Quem comprou a ideia?

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ois então, em Setembro de 2009 eu fiquei todo feliz com a Normativa Nº 7 de 22 de Junho de 2009, dispondo sobre o Mestrado Profissional. Considerei um momento de pura evolução no processo, visto que valorizava mais o pensar e executar do que somente o pensar. Meio que acabava com aqueles papos cabeça, até muito legais, não nego, mas de muito pouca aplicação prática. Precisamos muito disso para desenvolver e reconhecer nossos gênios? Sim e foi fundamental para chegarmos até aqui. Hoje estamos correndo na ponta com países desenvolvidos, pois são muitos os convênios. As Universidades Federais têm ilhas de excelência em pesquisa financiadas por instituições estrangeiras, mas quando chegamos nas patentes perdemos feio porque nossa pesquisa aplicada ainda deixa a desejar. Essa Normativa da CAPES facilita a trilha desse caminho, chama a todos para o enfrentamento de novos desafios, com novos heróis, novos gênios e tudo o mais, mas parece que tá faltando coragem da turma. Quantos Programas de Mestrado Profissional estão estimulando a produção de manuais, de técnicas, de procedimentos novos, enfim trabalhando na aplicabilidade dos conhecimentos. Tenho visto, e naturalmente não me faço o dono da verdade, nem aqui, nem em outro lugar e, portanto posso estar cometendo grande injustiça com alguns, como evolução apenas o abandono da dissertação, passando, como se fosse um salto maravilhoso para o artigo! Repito, não sou dono da verdade e muito menos estou querendo falar de um programa específico. Porque não estimular produções práticas, onde estarão os protótipos, os testes práticos, os manuais de delineamento dos procedimentos, enfim... Estamos tendo mais do mesmo apenas, o que é um tremendo desperdício, uma perda de tempo importante. Não sei se isso se dá porque os doutores responsáveis são originados dos cursos de visão acadêmica, porque na Fisioterapia temos a Profa. Helenice Coury que pode ser um exemplo forte dessa aplicação prática do trabalho científico e que veio do acadêmico! Isso significa que há esperança, e muita esperança, há muito espaço para trabalharmos com esse direcionamento e o fisioterapeuta em especial tem esse perfil prático e a Fisioterapia seria muito beneficiada se fosse desenvolvida nesse caminho. Logicamente, não estou dizendo que devamos abandonar a pesquisa básica, mas precisamos deter um pouquinho essa coisa de fisioterapeuta mestre em algo extremamente específico e sem aplicabilidade na sua profissão. Ainda mais quando esses colegas saem da graduação diretamente para o mestrado, o que não considero necessariamente um erro, porém logo que saem do mestrado veem para as salas de aula ensinar sem vivência profissional, interferindo negativamente no tesão do aluno. Vai ver aluno reclamando das aulas do Henrique, do Palmiro, do Dan, do Prado Junior e tantos outros, que peço desculpas por não ter citado aqui, mas asseguro que foi por pura falta de espaço, e se observarmos são pesquisadores no modelo prático. Dê uma metodologia apropriada a esse pessoal e os resultados fluirão como as águas de Sete Quedas! Mas eu que já participei da construção de alguns projetos de mestrado sei como é difícil isso tudo. Tô junto, torcendo e trabalhando prá dar certo. Um forte abraço ao meu irmão Fabiano Teixeira pela ousadia – to aprendendo muito com esse Garoto; Grande beijo na minha amigona Denise Flávio, na queridíssima Fátima Bussinger e no amigo Reginaldo pela posse da nova diretoria da AFB – estarei lá no dia 30/03. Forte abraço também para o colega Ronysmário e todo o pessoal da IEES, vamos arrebentar! ATENÇÃO: Se sua região precisa de capacitação em Ergonomia, Fisioterapia do Trabalho, Fisioterapia Ambulatorial na Empresa e Empreendedorismo, fale com a GESTO Soluções em Fisioterapia e Ergonomia (gesto@globo.com; luisbarbosa@globo.com; www. gestosolucoes.com.br). Mande seu e-mail. Contribua: críticas, discussões, opiniões e até elogios são bem vindos. Vale repetir a citação, novamente!

“Isto é o que é aprender: você repentinamente compreende algo que você soube durante toda a sua vida, mas de um modo novo.” Doris Lessing Prof. Luís Guilherme Barbosa (ABERGO e ABRAFIT) Fisioterapeuta do Trabalho, Ergonomista, Professor Universitário, Diretor da GESTO-Ergonomia e Saúde no Trabalho Ltda 18 • NovaFisio.com.br

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Considerações a propósito do Código de Ética profissional de Fisioterapia (Parte final)

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capítulo II é dedicado ao exercício profissional, seja na clínica, no consultório, no hospital ou no domicílio do cliente/ paciente. Estão incluídos nesse capítulo os deveres, as proibições específicas, o comportamento diante do tratamento solicitado por outro profissional, o zelo pela pessoa aos seus cuidados e o estrito cumprimento das normas relativas ao uso de substâncias entorpecentes, além das obrigações pecuniárias inerentes ao exercício da respectiva profissão. Destaca-se nesse conjunto, pela sua relevância, o Artigo 7º, que estabelece os deveres do profissional na sua área de atuação. Mas o que são deveres? Para John Stuart Mill, filosofo inglês do século XIX, eles são entendidos como uma virtude humana de índole deontológica. O profissional ao cumpri-los, por ser uma virtude, estará imbuído da compreensão de que assim fazendo exterioriza sua capacidade racional de fazer o bem pelo bem. Nesse capítulo está implícito o que preceitua o Código de Nurembergue, cujo nome deriva da cidade da Alemanha (Baviera), palco das grandes manifestações nazistas a partir de 1933 e que foi sede do Tribunal Internacional, criado para julgar os criminosos da Segunda Guerra Mundial, no período de 1945/1946. A principal preocupação do Código de Nurembergue é com experimentos ou ensaios científicos com seres humanos. Entre outros, são deveres do Fisioterapeuta: “Respeitar a vida humana desde a concepção até a morte; prestar assistência ao indivíduo, respeitados a dignidade e os direitos da pessoas humana; respeitar o natural pudor e a intimidade do cliente; respeitar o direito do cliente de decidir sobre fato sigiloso que tenha conhecimento em razão de sua atividade profissional e, cumprir e fazer cumprir os preceitos contidos no Código de Ética”. As proibições estão elencadas no Artigo 8º e visam proteger o cliente, a saúde pública e a sociedade, dos efeitos nocivos das práticas dos maus profissionais. As obrigações do Fisioterapeuta perante as entidades de classe estão contidas no Capítulo III, cujo Artigo 17 dá a entender o quanto é necessária a participação individual nas associações e sindicatos, contribuindo assim na determinação de condições justas de trabalho e de aprimoramento cultural coletivo. A participação singular foi decisiva nos primeiros anos da implantação/implementação da Fisioterapia no Brasil. Havia naquele tempo uma motivação excepcional, a de “Fazer o caminho caminhando”. Incomodamente tal motivação não ocorre nos dias de hoje. Faz sentido cobrar. O Artigo 18 do Código de Ética dá um reforço determinando como dever profissional, pertencer, no mínimo a uma entidade associativa da classe, seja ela científica, cultural ou sindical. É também um dever profissional apoiar as iniciativas de aprimoramento cultural e de defesa dos legítimos interesses da classe. Esse reforço é importante porque as pessoas não se envolvem, simplesmente delegam aos dirigentes o fazer acontecer e muitas vezes as coisas não acontecem, por falta de sustentação coletiva. As relações interpessoais entre colegas e demais membros da equipe de saúde – relações humanas no trabalho – são objeto de atenção no Capítulo IV. Respeito e urbanidade são preceitos de tratamento preconizados no Artigo 19. Os Artigos 20 e 25 detalham o modo de convivência em diversas situações, levando o profissional a julgar os outros como gostaria de ser julgado, num clima de confiança recíproca, como por exemplo: “O Fisioterapeuta que recebe cliente confiado por colega em razão de impedimento eventual deste, reencaminha o cliente ao colega, uma vez cessado o impedimento”. O Artigo 26 estabelece proibição, como a de “Prestar ao cliente assistência que, por sua natureza incumbe a outro profissional”. Esta é uma situação mais comum no sentido inverso. O Fisioterapeuta é quem vê seu mercado de trabalho ser invadido por outros profissionais de nível superior do setor saúde, ou até mesmo por leigos, como se o exercício da Fisioterapia fosse “terra de ninguém” ou uma zona fronteiriça cinzenta que muitos ousam atravessar, apostando na impunidade. É proibido também: “Criticar depreciativamente colega ou outro membro da equipe de saúde, a entidade onde exerce a profissão, ou outra instituição de assistência à saúde”. A determinação ocorre no sentido da manutenção de um nível elevado de entendimento, evitando disputas pessoais ou judiciais. A questão dos honorários profissionais é tratada no Capítulo V, onde logo de início fica estabelecido que o Fisioterapeuta tem direito a justa remuneração por seus serviços. Infere-se daí como legítima, a reivindicação por melhores salários, por meio do sindicato da categoria. Na fixação de seus honorários o Fisioterapeuta deverá obedecer a parâmetros básicos. Neles serão observadas as condições sócioeconômicas da região onde o serviço é prestado, a natureza da assistência e a complexidade do caso. O profissional ficará liberado de cobrar honorários em casos específicos descritos no Artigo 29 e incluem parentes próximos, pessoas sob sua dependência econômica ou reconhecidamente sem recursos e colegas de profissão. Dentre as proibições do Capítulo V cabe destacar o explicitamente ordenado no Artigo 31: “É proibido ao Fisioterapeuta afixar tabela de honorários fora do recinto do seu consultório ou clínica, ou promover sua divulgação de forma incompatível com a dignidade da profissão ou que implique em concorrência desleal”. Por analogia, aceitar o rebaixamento de valores das tabelas de procedimentos, por imposição das operadoras de planos de saúde, configura concorrência desleal contra aqueles que não se submetem a tais práticas. Até que se tenha implantado e aceito o referencial nacional de honorários profissionais do Fisioterapeuta; em substituição às tabelas vigentes, elaboradas por entidades estranhas à categoria, visando unicamente o lucro corporativo e a saúde financeira das empresas do setor, teremos conflitos nessa área e uma forte ameaça ao que se entende como exercício de profissão liberal autônoma; cujo conceito se esfacela diante do poder econômico que estabelece o quantitativo das sessões terapêuticas a realizar e o valor a ser pago, sempre miserável e aviltante. Aos infratores do Código de Ética aqui analisado e sobre o qual foram tecidas breves considerações, serão aplicadas as penas disciplinares previstas no Artigo 17, da Lei Nº 6.316, de 17 de dezembro de 1975, observados as disposições dos textos complementares aprovados pelo Conselho Federal, instância superior do sistema COFFITO/CREFITO, órgão regulador ético e social da Fisioterapia perante o Estado Brasileiro. Dura Lex, Sed Lex. A lei é dura, mas é a lei. Dr. Geraldo Barbosa E-mail: geraldobarbosa43@yahoo.com.br Blog14-F http://geraldobarbosa43.blogspot.com 20 • NovaFisio.com.br


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Legalização da Punção Seca (PS): Brasil x Espanha Punção Seca, Agulhamento a Seco, Acupuntura Dry Needling ou apenas Dry Needling, são termos utilizados no Brasil para se referir a mesma técnica.

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ocê já conhecia esta abordagem terapêutica da fisioterapia? Alguns já ouviram falar, outros estão tendo contato com o assunto pela primeira vez e poucos trabalham com esta técnica no Brasil. Algo muito diferente do que se passa hoje aqui na Espanha onde já existem leis que legalizam e autorizam a PS como especialidade da Fisioterapia. Seguramente posso dizer-lhes que não existe um único fisioterapeuta na Espanha que não conheça esta técnica, aliás, muitos deles trabalham com ela e a população a reconhece e aceita muito bem. Resumidamente a Punção Seca consiste no emprego de estímulos mecânicos de uma agulha como agente físico para o tratamento da Síndrome Dolorosa Miofascial (SDM). Utiliza-se o adjetivo “SECA” para enfatizar o fato de que esta técnica não emprega nenhuma substancia química e assim diferenciá-la de outras práticas invasivas. Existem várias técnicas de PS envolvendo diferentes critérios. Sua classificação mais habitual esta relacionada com o alcance da agulha em relação ao ponto de gatilho miofascial (PGM). Uma punção superficial é aquela que a agulha se localiza em tecidos subjacentes ao PGM e profunda quando a agulha penetra o PGM. Exemplos da 1ª são as técnicas de Fu e de Baldry, e exemplos da 2ª são técnicas de entrada e saída rápidas de Hong. Em assembléia geral na cidade de Madri-ES, no dia 19 de Dezembro de 2011, foi regularizada e destinada ao Fisioterapeuta à prática e pesquisa da Punção Seca. Exigindo uma formação altamente especifica tanto diagnóstica quanto terapêutica adquiridas na graduação e em pós-graduações. Em alguns estados da Espanha como é o caso de Cataluña, a lei é mais rigorosa e determina que para aplicação desta técnica o profissional necessita de 60h de conhecimento teórico-prático. Há muitos anos este tipo de técnica já é incluída em pós-graduações e cursos na Espanha, além disso, o número de estudos científicos que abordam este assunto é vasto, existindo várias publicações em diversas revistas do país e exterior. Refletindo a situação do Brasil; particularmente vejo que a baixa remuneração dos fisioterapeutas contribui para o escasso interesse do profissional em atualizar-se. Tal fator associado a carência de incentivos a pesquisa científica, formam os maiores motivos para a falta de conhecimento e legalização desta técnica. Concluo que a regulamentação desta e outras técnicas, é de fundamental importância para o desenvolvimento ético-profissional da Fisioterapia, isso nos resguarda poderes, direitos e deveres diante da sociedade e demais profissionais da saúde. Não podemos continuar inativos diante de tantas lacunas nas leis que constituem nossa profissão. Se você gostaria de debater um pouco mais sobre este assunto me envie e-mail. Vamos juntos tentar modificar esta situação!

Dra. Jullyana Almeida de Sousa Reside atualmente na cidade de Madri na Espanha E-mail: jullyanafisioterapeuta@gmail.com 22 • NovaFisio.com.br


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Entrevista|Aparelhos, Fisioterapia, Dermato-Funcional, www.pharmix.com.br

O mercado dos aparelhos portateis em alta. Uma entrevista com Celso Zambon, Diretor Geral da Pharmix. Com

| Simone de Castro Pinheiro Machado Fisioterapeuta Pós-graduanda em Dermato-Funcional

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stes aparelhos passaram a ser muito procurados pelos Fisioterapeutas e em especial pelos que trabalham com Dermato-Funcional em todo país. Já tínhamos triplicado a produção de 2011 e iniciamos 2012 em alta. Quem nos afirma este crescimento significativo do mercado é o Diretor Geral da PHARMIX, Celso Zambon que nos concedeu esta entrevista.

incremento da tecnologia, inovando com os aparelhos home devices, ou seja, os portáteis desenvolvidos para consultórios, cabines de atendimento e em especial para os profissionais que atendem em domicílio, apresentam grandes vantagens e benefícios: são extremamente leves, práticos, modernos no designer e com uma qualidade de desempenho muito alta. Sem falar nos custos!

Manuais de Uso Impressos, completos e com ilustrações didáticas de cada fase da aplicação, mas para facilitar ainda mais o uso, cada aparelho é também acompanhado do seu Manual de Uso Eletrônico, um moderno multimídia com apresentação dinâmica do uso do produto. Também colocamos a disposição de todos os clientes e dos jornalistas para comentários técnicos a Fisioterapeuta Dermato-Funcional Simone Pinheiro Machado

E mais, a tecnologia cientifica é extremamente dinâmica, o que exige uma atualização constante do profissional. E esses aparelhos, pelo investimento, apresentam um custo benefício muito significativo! NovaFisio: Celso quais outras diferenças entre os aparelhos portáteis e os de grande porte?

NovaFisio: Celso, ao que você atribui este crescimento dos aparelhos portáteis? Celso: O segmento da saúde/beleza, é sem duvida um mercado em plena expansão no Brasil. Acompanhamos esse mercado na Europa e Estados Unidos e vimos que é uma tendência mundial. E o Brasil tem um potencial enorme para crescer, pois com o bom momento econômico que vivemos nestes últimos anos, estamos vendo novos consumidores de produtos para a beleza e saúde. Os profissionais do setor estão atualizados e cada vez mais nos procuram, pois o 32 • NovaFisio.com.br

Bem, os aparelhos portáteis além de seguros, potentes e eficientes, não apresentam riscos de lesão e facilitam muito o trabalho do profissional que atua em consultório, pode-se atender em cabines ou espaços menores. A portabilidade é um diferencial no atendimento na clínica e em domicílio. Hoje o profissional se desloca com muita frequência atendendo em vários lugares, e o que sentimos é que muitos profissionais preferem atender na casa ou escritório do cliente, o que permite se isentar dos custos fixos que uma clinica ou consultório exigem: aluguel, estrutura de atendimento, recepção, telefone, internet e outros custos. NovaFisio: A aplicação com esses aparelhos exige treinamento especial para o fisioterapeuta ou pode ser feito por qualquer profissional? Celso: Não há necessidade de um treinamento especial, os aparelhos são simples de manusear e inteligentes, isto proporciona ao profissional a segurança do tempo de aplicação e o tratamento programado. Além dessas facilidades, dispomos de

NovaFisio: Simone, o que representa para um profissional que trabalha com dermato funcional, estes aparelhos? A tecnologia presente em todos os segmentos, e em especial nas áreas da saúde/beleza, representa uma comodidade e segurança bastante significativas. Os resultados observados são muito bons. Quando associamos essas aplicações com ativos, ou seja com cosméticos apropriados, é possível potencializar os efeitos esperados. Em relação aos tratamentos corporais, além dos cosméticos, a alimentação e a prática de atividade física regular, reduzem consideravelmente o tempo de tratamento. NovaFisio: Simone qual aplicação desses aparelhos na estética e fisioterapia?


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Entrevista|Aparelhos, Fisioterapia, Dermato Funcional Simone: Podem ser utilizados para tratamento de algumas afecções, como por exemplo: acne, discromias, linhas de expressão, calvície, eliminação de pêlos e prevenção dos sinais do tempo, melhorando a qualidade da pele/cabelos, promovendo o equilíbrio ou estilando funções biológicas fundamentais ao organismo e permeação de ativos. NovaFisio: Celso você pode nos falar sobre alguns desses aparelhos portáteis utilizados na estética ou fisioterapia? Celso: O DERMABRITE para a o tratamento da pele é um que podemos destacar. Ele é utilizado em vários países com muita aceitação, porque tem um mecanismo de ação fundamentado na fototerapia por leds, ou seja Diodos Emissores de Luz, terapia muito aceita profissionalmente, porque atinge as camadas mais profundas da pele, transportando energia para as células, através de irradiação eletromagnética de baixa frequência. O aparelho DERMABRITE possui tecnologia de 03 Leds individuais, que promovem um resultado gradativo, seguro e indolor no rejuvenescimento, prevenção e combate a Acne e Discromias. NovaFisio: Simone você pode nos falar sobre os efeitos biológicos benéficos desse tratamento?

Simone: Os efeitos biológicos benéficos são a Fotoestimulação, a Fotoregeneração e a Dermotonificação; efeitos promovidos pela irradiação das luzes vermelha, azul e amarela. A LUZ VERMELHA – possui efeito bioestimulante, regenerador e antiinflamatório. Essa energia aumenta a capacidade de produção dos fibroblastos, promove maior regeneração de colágeno, reativa as células, aumenta sua permeabilidade e a dermotonificação cutânea. Favorece o rejuvenescimento facial, a tonicidade da pele, minimiza linhas de expressão e melhora a qualidade da pele. A LUZ AZUL – tem ação bactericida, oxigenante e cicatrizante. Na acne ativa, tem efeito fotodestruidor da bactéria propionibacterium acnes, age diretamente na produção excessiva de gordura, inibe o excesso de secreção sebácea, auxilia na oxigenação e na regeneração do tecido. A LUZ AMARELA – tem propriedades drenantes e desintoxicantes, promovendo a melhora da circulação sanguínea e linfática, a minimização de edemas, e ainda tem efeito calmante nos casos de vermelhidão, causada por rosácea. NovaFisio: A prevenção a calvície ou os cuidados com os cabelos também faz parte desses cuidados especiais dos aparelhos Pharmix?

Celso: Sim e isso é fundamentado em estudos clínicos realizados por 18 anos, que comprovam e recomendam o uso do laser no couro cabeludo, o Hair Dens foi desenvolvido dentro desta tecnologia e tem proporcionado aos profissionais uma aplicação segura, extremamente prática e eficiente. O Hair Dens é um bom exemplo de aparelho inteligente, ele possui um sinal sonoro que indica sua ativação para iniciar a aplicação e disparos a cada 4 segundos, para que você possa reposicionar o aparelho e controlar com segurança a aplicação em toda a cabeça. NovaFisio: Simone, qual o mecanismo de ação? Simone: Associar à LLLT - terapia a laser de baixa frequência, há 20 anos reconhecida, à LED – luz emitida por diodo. Utiliza os princípios da foto-bioestimulação, que devolve a qualidade e aparência aos cabelos. Os excelentes resultados alcançados pela LEDT têm sido utilizados por dermatologistas em renomadas clínicas mundiais. O tratamento é inovador, porque combina essas duas reconhecidas terapias, de forma segura e sinérgica. NovaFisio: Celso, fale um pouco da Pharmix e de onde vem esta tecnologia? Celso: A Pharmix tem 35 anos no Brasil, sempre atuando com produtos para saúde e bem estar e tem se especializado na introdução de aparelhos voltados para a saúde e beleza, que possam agregar à capacidade profissional e ao talento de cada especialista, a tecnologia e a inovação. A linha Pharmix atual possui 10 produtos, dentro deste conceito e a tecnologia buscamos sempre nos maiores centros mundiais. Por isso, investimos na atualização constante, estando presentes com nossos profissionais nas grandes feiras e congressos internacionais, para lançarmos estes produtos no Brasil, sincronizados com o avanço tecnológico.

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Entrevista|Coluna vertebral, disco intervertebral, hérnia discal, mobilização neural

A atuação da mobilização neural no tratamento da hérnia discal cervical Com

| Edna Silva Boy Drumond

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coluna vertebral é o pilar de sustentação do corpo, responsável, ao mesmo tempo por suportar enormes cargas e conservar grande flexibilidade. A coluna é um complexo estrutural cuja principal função é proteger a medula espinhal e transferir cargas entre cabeça e membros. O disco intervertebral, devido a esforço aumentado ou mesmo por desgaste, pode protundir-se e promover compressão do saco dural e conseqüentemente da raiz nervosa. A hérnia discal é a herniação do núcleo pulposo através do anel fibroso, constituindo-se como uma das principais causas de dores. Surge como resultado de diversos pequenos traumas na coluna que vão, com o passar do tempo, lesando as estruturas do disco intervertebral, ou pode acontecer como conseqüência de um trauma severo sobre a coluna. A técnica da mobilização neural tem por objetivo restaurar a mobilidade natural do sistema nervoso como método alternativo e eficaz para a cura de diversas patologias musculoesqueléticas, possibilitando o funcionamento normal. O objetivo do presente estudo foi verificar o efeito da mobilização neural no tratamento da hérnia discal cervical. O método de pesquisa foi um estudo de caso de um paciente do sexo masculino, 37 anos. O paciente foi submetido a uma avaliação onde alguns recursos foram utilizados. Após a realização das sessões de fisioterapia o paciente apresentou melhora do quadro álgico e uma melhora da amplitude de movimento. Após analise dos dados a mobilização neural mostrou-se um valioso recurso terapêutico no tratamento da hérnia discal.

A coluna vertebral serve como uma coluna de sustentação para o corpo humano. É formada por várias vértebras que estão ligadas através dos discos intervertebrais, discos constituídos de material fibroso e gelatinoso que suportam o peso, reduzindo os impactos, dando dinâmica à movimentação espinhal. (MOORE; DALLEY, 2007). Estima-se que 2 a 3 % da população sejam acometidos por esse processo, cuja prevalência é de 4,8% em homens e 2,5% em mulheres, acima de 35 anos. (NEGRELLI, 2001). A coluna cervical é um complexo de bioengenharia que promove forte, flexível e duradouro suporte, além de proteger os elementos neurais (DANTAS et al, 1999). Hérnia discal é a herniação do núcleo pulposo através do anel fibroso, constituindo-se como uma das principais causas de dores. A hérnia de disco surge como resultado de diversos pequenos traumas na coluna que vão com o passar do tempo lesando as estruturas do disco intervertebral. Das hérnias de disco cervicais, observa-se o seguinte: 2% em C4-C5, 19% em C5-C6, 69% em C6-C7 e 10% em C7-T12 (AUSIELLO; GOLDMAN, 2005). A técnica de mobilização neural é realizada através de movimentos oscilatórios ou através de movimentos mantidos e direcionados aos nervos periféricos e/ ou medula espinal. A mobilização neural tem como objetivo restaurar a mobilidade natural do sistema nervoso como método alternativo e eficaz para a cura de diversas patologias musculoesqueléticas, possibilitando o funcionamento normal (MARINZECK, 2004). Esta pesquisa justifica-se pelas grandes queixas no Brasil de doenças músculoesqueléticas, principalmente com predomínio das doenças da coluna, pois é uma das primeiras causas de pagamento 36 • NovaFisio.com.br

de auxílio-doença e a terceira causa de aposentadoria por invalidez. ANATOMIA DA COLUNA VERTEBRAL A coluna vertebral é o pilar de sustentação do corpo, responsável por suportar enormes cargas e conservar grande flexibilidade. É um complexo estrutural cuja principal função é proteger a medula espinhal e transferir cargas entre cabeça e membros. É formada por 33 vértebras divididas em cinco regiões: cervical, torácica, lombar, sacral e cóccix. A coluna tem quatro curvaturas, duas lordoses e duas cifoses, que vão garantir a maior estabilidade e resistência da coluna vertebral (DÂNGELO; FATTINI, 1998). Os elementos anteriores formados na coluna vertebral são os responsáveis pela função de sustentação, enquanto os elementos posteriores dos arcos neurais e articulações da coluna são responsáveis pela movimentação do corpo (HERBERT, 1998). A coluna é formada por uma série de ossos que se articulam entre si, permitindo desempenhar sua função de, ao mesmo tempo, ser eixo de suporte do organismo e o apoio responsável por todos os movimentos do corpo (KNOPLICH, 2002). As vértebras apresentam uma estrutura básica, sendo constituída por um anel ósseo que circunda o forame vertebral, o qual aloja a medula espinhal. (LATARGET; RUIZ, 1993). BIOMECÂNICA DA COLUNA CERVICAL A coluna cervical é uma importante região da coluna, pois ela funciona como suporte do crânio e biomecanicamente fornecem mobilidade para inúmeras atividades da vida diária (GREENMAN, 2001). É formada por sete vértebras, elas são menores e possui os processos espinhosos bifurcados.

As duas primeiras vértebras são diferentes (JACOB; FRANCONE; LOSSOW, 1990). Pode ser dividida nos segmentos atípicos do complexo cervical superior e nas vértebras cervicais típicas, que vão de C3 a C7. O complexo cervical superior, que consiste do aspecto occipitoatlantal (C0 -1), atlantoaxial (C1-2) e superior de C2, funcionam como unidade integrada (GREENMAN, 2001). A coluna cervical é constituída para a proteção da medula espinhal tanto na função dinâmica quanto na estática, tem uma mecânica descendente. Na função dinâmica, seu papel é de orientação no olhar; na função estática, de equilíbrio da cabeça, sustenta a cabeça onde estão os centros nervosos vitais permitindo o controle da visão, direção, audição e dos nervos olfatórios, controlando as funções neuromusculares conscientes (BIENFAIT, 1995). HÉRNIA DISCAL CERVICAL A hérnia de disco é um prolapso do núcleo pulposo para fora do anel fibroso do disco intervertebral. Geralmente, a hérnia de disco ocorre póstero-lateral em virtude da falta de ligamentos que sustentem o disco nessa região. Além disso, a hérnia de disco pode apenas fazer uma saliência na parede do disco ou pode sair dando vazão à grande parte do conteúdo nuclear (MERCÚRIO, 1998). Segundo Ausiello e Goldman (2005) hérnia discal é uma das principais causas de dores, às vezes as dores são sentidas em locais distantes da herniação do disco. A hérnia de disco surge como resultado de diversos pequenos traumas na coluna que vão, com o passar do tempo, lesando as estruturas do disco intervertebral, ou pode acontecer como conseqüência de um trauma severo sobre a coluna (AUSIELLO;


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Entrevista|Coluna vertebral, disco intervertebral, hérnia discal, mobilização neural GOLDMAN, 2005). Um fator bastante relacionado à degeneração do disco intervertebral é a diminuição no conteúdo de proteoglicanos no disco, sendo estes os principais responsáveis pela hidratação do núcleo pulposo. Com a diminuição da pressão de embebição do disco, maior pressão é transmitida às fibras do anel, o núcleo perde suas propriedades hidráulicas, de amortecedor das pressões e as fibras do anel tornam-se mais predispostas à ruptura (HERBERT, 1998). A hérnia de disco é considerada uma patologia extremamente comum, que causa séria inabilidade em seus portadores, constitui um problema de saúde pública mundial, não fatal. Estima-se que 2 a 3 % da população sejam acometidos por esse processo, cuja prevalência é de 4,8% em homens e 2,5% em mulheres, acima de 35 anos. (NEGRELLI, 2001). Entre os 30 e 50 anos de idade a fase de degeneração discal é mais comum ocorrer à hérnia, outro fator causal pode ser a postura ereta adotada pelo homem durante a evolução (MAGEE, 2005). As hérnias de disco cervicais afetam muitas vezes as raízes espinhais, podendo as hérnias volumosas resultarem em lesões discretas da medula espinhal, manifestando-se geralmente pelo comprometimento do primeiro neurônio motor. Os problemas oriundos dessa afecção têm sido as razões mais freqüentes de dispensa do trabalho por incapacidade. (HOPPENFELD, 2005). CAUSAS DA HÉRNIA DE DISCO Os discos intervertebrais estão sujeitos a cargas crônicas, especialmente nas inclinações e torções, durante trabalho braçal pesado. Essa pressão crônica acelera a degeneração do disco, contribuindo significativamente para o surgimento de hérnias discais (VERDERI, 2004). A hérnia de disco é uma combinação de fatores biomecânicos, alterações degenerativas do disco e situações que levam a um aumento de pressão sobre o disco, cujas causas estão relacionadas a traumatismos, deformidades da coluna, rigidez corporal em indivíduos sedentários, obesidade, hipotonia e flacidez muscular. Fatores psicológicos como depressão e estresse também contribuem para desencadear um quadro de hérnia de disco (HERBERT, 1998). Segundo Maitland e Corrigan (2005) a hérnia de disco pode surgir devido a estresses diários, quedas, má alimentação, tabagismo, má postura, forças excessivas e esforços repetitivos. Esses fatores podem causar mini-traumas na coluna vertebral, sobrecarregando o corpo e pressionando os discos intervertebrais. SINTOMATOLOGIA DA HÉRNIA DE DISCO 38 • NovaFisio.com.br

A sintomatologia da hérnia discal está relacionada com a situação do disco, com sua localização e com a pressão que o material herniado exerce em estruturas sensíveis como, por exemplo, as raízes nervosas (MERCÚRIO, 1998). Os sintomas de dor surgem devido à pressão da protrusão contra estruturas sensíveis à dor (MAGEE, 2005). Com isso, há uma diminuição da amplitude de movimento do segmento vertebral afetado. As protrusões de discos intervertebrais da região cervical resultam em dor no pescoço, ombro, braço e na mão (MOORE; DALLEY, 2007). MOBILIZAÇÃO NEURAL Nos últimos 35 anos, a técnica de Mobilização Neural teve um grande desenvolvimento, desde que autores como Grieve, Maitland, Elvey e Butler publicaram seus estudos relativos ao conhecimento da função mecânica do sistema nervoso. Posteriormente Shacklock criou o termo neurodinâmica, revelando a importância em integrar a mecânica do Sistema Nervoso com a fisiologia, explicando como elas se relacionam entre si e são integradas à função músculo-esquelética (SHACKLOCK, 2007). A Mobilização Neural pode ser conceituada como um conjunto de técnicas que tem como objetivo impor ao sistema nervoso maior tensão, mediante determinadas posturas para que, em seguida, sejam aplicados movimentos lentos e rítmicos direcionados aos nervos periféricos e à medula espinhal, proporcionando melhora na condutibilidade do impulso nervoso (MACHADO; BIGOLIN, 2010). Essa técnica procura restaurar o movimento elástico ao sistema nervoso, o que promove o retorno as suas funções normais, foi desenvolvida a partir da aquisição de novos conhecimentos como neurobiologia, biomecânica e fisiopatologia do tecido neural e da aplicação dos princípios das terapias manuais a esse tecido. Estas duas situações irão inevitavelmente co-existir, embora uma predomine e dê prioridade ao regime de tratamento (PINHO et al, 2003). Este recurso da terapia manual é utilizado tanto para diagnóstico como para tratamento de patologias que diminuam a mobilidade dos nervos (BUTLER, 2003). O objetivo proposto por esta técnica é melhorar a neurodinâmica e restabelecer a fisiologia do fluxo axoplasmático, restabelecendo a homeostase dos tecidos afetados nas síndromes compressivas (PINHO et al, 2003). MATERIAIS E MÉTODOS O método de pesquisa escolhido foi um estudo de caso, realizado na clínica Ortopedia Carlos Nascimento, que se

localiza na Rua Alex Novelino, n° 79, Vila Nova, Cabo Frio. O paciente U. L. N., sexo masculino, 37 anos (trinta e sete anos). Chegou à clínica de fisioterapia com diagnóstico médico de hérnia discal cervical. No dia 10/05/2011 foi submetido a uma avaliação, onde foi relatado na história atual que há mais ou menos 1 ano e meio começou a sentir algia na região da cervical irradiando para membro superior direito, com parestesia principalmente no polegar direito, há 8 meses com quadro álgico intenso. Nega todas as patologias de base e não possui relatos de cirurgia. Na história social, informou que pratica esporte JiuJítsu e trabalha como segurança. No exame físico constatou algia a palpação em região de trapézio superior; algia a palpação em processos transversos e espinhosos de C2 a C6; algia com diminuição de ADM para todos os movimentos da coluna cervical, principalmente rotação e inclinação à esquerda. Foi realizado um teste de escala de dor analógica (EVA), onde constatou grau 10. A Escala Visual Analógica de dor (EVA.), consiste de uma linha horizontal com 10 cm de comprimento e, nas extremidades, as expressões: sem dor, à esquerda e correspondendo ao zero e, muita dor, à direita e correspondendo a 10 (MASSELLI et al, 2007). O teste foi realizado da seguinte maneira: foi solicitado ao paciente que assinalasse a área em que apresentava dor no momento da avaliação e que quantificasse a intensidade dessa dor em cada área por meio de Escala Visual Analógica na qual 0 correspondia à ausência de dor e 10 à pior dor já experimentada. Foi feito a goniometria para verificar a amplitude de movimento do paciente no inicio do tratamento. As medidas foram: flexão cervical 40 graus, normal até 65 graus; extensão cervical 25 graus, normal até 50 graus; inclinação lateral direita 25 graus e esquerda 20 graus, normal até 40 graus; rotação direita 40 graus e esquerda 35 graus, normal até 55 graus. O objetivo do tratamento com a mobilização neural foi diminuir o quadro álgico do paciente, melhorar a amplitude de movimento fazendo com que retorne as suas atividades diárias. As sessões de fisioterapia duravam aproximadamente 30 minutos e eram feitas regularmente 3 vezes por semana. RESULTADOS O tratamento inicial proposto foi de 10 sessões, no dia 17/05/2011 o paciente relatou uma pequena melhora do quadro álgico e da parestesia. No dia 24/05/2011 foi realizado o teste de escala de dor analógica (EVA) onde o paciente relatou


grau 5. No dia 31/05/2011, o paciente foi submetido a uma reavaliação onde descreveu sua queixa principal novamente, relatando melhora do quadro álgico e da parestesia, foi realizado o teste de escala de dor onde relatou grau 2. Em relação à escala de dor analógica, podemos dizer que ao longo do tempo houve uma diminuição significativa da dor comparando o grau obtido no inicio do tratamento e após as 10 sessões. Os resultados obtidos foram observados durante as sessões e através dos relatos do paciente. Na Reavaliação observou-se melhora significativa em todas as amplitudes de movimento mensuradas, permitindo maior mobilidade ao exercer algumas de suas atividades diárias. DISCUSSÃO A hérnia discal é uma protusão do núcleo pulposo do disco intervertebral que pode comprimir uma ou várias raízes nervosas, dando lugar à sintomatologia radicular sensitivomotora (MERCÚRIO, 1998). O paciente com protusão discal na cervical apresenta dor intensa geralmente sentida no pescoço, na escápula e no membro superior, mas no inicio pode sentir apenas na distribuição segmentar do nervo (MAITLAND; CORRIGAN, 2000). Segundo Shacklock (2007), a mobilização neural desempenha nos dias atuais um papel essencialmente coadjuvante no tratamento de diversas desordens músculo esqueléticas. Estudos recentes demonstram a efetividade da técnica de mobilização neural em diversos tipos de patologias do sistema nervoso, pois o tratamento de mobilização como uma técnica conservadora capaz de diminuir a compressão, restaurar o fluxo sanguíneo e normalizar o fluxo axoplasmático. Segundo Butler (2003), a mobilização neural é sem dúvida um eficaz método de tratamento, pois procura restaurar seu movimento e elasticidade, promovendo assim o retorno de suas funções normais, já que o comprometimento do sistema nervoso pode resultar em outras disfunções nele próprio ou em estruturas músculo-esqueléticas que recebem sua inervação. Os dados acima observados condizem com o resultado observado nessa pesquisa, pois mostra que a mobilização neural como meio de tratamento em pacientes com hérnia discal cervical obteve resultados positivos. CONCLUSÃO A hérnia de disco é uma patologia de alta incidência, a hérnia é um prolapso do núcleo pulposo para fora do anel fibroso do disco intervertebral. A sua simtomatologiada está relacionada com a situação do disco, com a sua localização e com a pressão que o material herniado exerce em estruturas sensíveis. A degeneração do disco intervertebral pode estar relacionada com a diminuição no conteúdo de proteoglicanos no disco, sendo estes os principais responsáveis pela hidratação do núcleo pulposo. Entre os 30 e 50 anos de idade a fase de degeneração discal é mais comum ocorrer à hérnia, outro fator causal pode ser a postura ereta adotada pelo ser humano durante a evolução. A mobilização neural é eficaz, pois restaura o movimento, a flexibilidade e mobilidade, promovendo melhoras na sintomatologia. A partir dos resultados apresentados ao final deste trabalho, conclui-se que a mobilização neural promoveu alivio da tensão neural do membro superior, respondendo assim os objetivos propostos pela pesquisa. O paciente apresentou melhora do quadro álgico, melhora da amplitude de movimento, permitindo assim seu retorno as suas atividades.

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REFERÊNCIAS As referências deste artigos se encontram no site da revista. NovaFisio.com.br • 39


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Fortaleza – CE www.fisioterapiamanual.com.br Cuiabá – MT 0800 400 7008 Novo Hamburgo – RS (51) 3065-6520 Novo Hamburgo – RS (51) 3065-6520 Curitiba – PR (41) 3078-8815 Balneário Camboriu–SC (51) 3065-6520 Belo Horizonte – MG (31) 3286-0984 São José dos Campos–SP (12) 3943-2921 Bento Gonçalves – RS (51) 3065-6520 Santos – SP 0800 282 0624 Goiânia – GO 0800 282 0624 Rio de Janeiro – RJ (21) 3528-6405 Várzea Grande – MT (65) 3029-2377 Rio e São Paulo – RJ SP (21) 3123-8550 Belo Horizonte – MG 0800 6445 565 Porto Alegre – RS (51) 4063-9397 Belo Horizonte – MG (31) 3286-0984 São José dos Campos–SP (12) 3943-2921 Uberlândia – MG 0800 400 7008 Campinas – SP (19) 3241-2761 São Paulo – SP (11) 2714-5678 São José dos Campos -SP (12) 3942-5772

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DIA MAIO 15 18 e 19 18 e 19 18 e 19 19 19 19 19 e 20 19 e 20 19 e 20 19 e 20 19 e 20 19 à 21 22 à 25 22 25 e 26 25 à 27 25 à 27 26 26 e 27 26 e 27 30 e 31 JUNHO 01 à 03 02

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Tininha | Humor - passa-tempo - game - novidades - música - cinema - moda - TV - DVD Para Nossa Alegria o Facebook ta aí

Olá pessoal, que saudades, na edição passada eu estava viajando e não pude preparar minha página, mas nesta estou de volta. Bom, para nooooossssa alegria o facebook e o youtube estão aí com novidades quase que diárias e como não dá pra postar vídeos aqui na revista, vou descartar o youtube e ficar apenas com o facebook. Nesta edição fiz um apanhado do que recebi de mais legal e coloco aqui pra vocês. Aproveito para pedir para quem receber alguma coisa legal no facebook, compartilhe com a revista para que eu possa colocar aqui. Um beijo a todos, espero que gostem e até a próxima.

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Eu devo ter Alzheimer! Porque as pessoas vivem dando opinião em coisas que eu não me lembro de ter perguntado.

PRA GALERA DA ANATOMIA

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tendências - automóvel - compras - economia - turismo - esporte

Se você tem medo de morrer na solidão, mude seu plano de saúde de quarto individual para quarto coletivo!


FisioPerfil Com Lais Cristina Almeida info@osteopatia.com.br

Fui docente da graduação da Faculdade de Ciências Medicas de Minas Gerais. Atuando na prática clínica desde de 1982 nas seguintes áreas: Obstetricia, RPG/ Reposturase - Reeducação Postural Global e Sensoperceptiva, Osteopatia, onde também fui coordenadora destes cursos na especialização lato sensu pela mesma Faculdade. Fui ministrante de disciplinas em cursos em pós-graduação inclusive dos cursos de RPG/Reposturarse e Osteopatia da Escola Brasileira de Osteopatia e Terapia Manual - ebom. Autora de livros: Reeducação Postural e Sensoperceptiva - Fundamentos Teóricos e Práticos - Editora Medbook-RJ, e O Tiro da Bruxa - Editora Saraiva-SP. Colaboradora dos capítulos 3 e 15 do livro: Fisioterapia Aplicada à Obstetrícia, Uroginecologia e Aspectos de Mastologia - Elza Baracho Ed.Guanabara Koogan-RJ. Orientadora de artigos científicos, mestrado em ciência do desporto - Portugal, palestrante em congressos nacionais e internacionais. psicoterapeuta. Tradutora de livro e cursos de língua francesa . Criadora e coordenadora da Escola Brasileira de Osteopatia – ebom.

Qual ano e em qual faculdade que se formou? 1977 em fisioterapia pela Faculdade de Ciências Medicas de Minas Gerais e de psicologia em 1981 pela Universidade Federal de Minas Gerais - Belo Horizonte.

Se pudesse mudar algo, o que seria? Fazer com que a fisioterapia se torna-se uma classe unida.

Qual foi a melhor coisa que fez na vida? Ser Professora.

Qual fato foi mais inusitado em sua carreira? Receber uma bolsa da CAPES para estudar na França e criação da Escola Brasileira de Osteopatia e Terapia Manual - ebom.

Qual foi a pior coisa que fez na vida? Não ter lido mais. O que você mais gosta na profissão? Contato com os alunos, poder transmitir através da minha experiência, o respeito ao profissional a ética valorização da profissão e do saber técnico. O que você odeia na profissão? A desvalorização da profissão, a falta de ética, o marquetismo, e o não saber técnico. Que qualidade mais admira nos profissionais que te cercam? O saber técnico e humano e a ética. Que qualidade mais detesta nos profissionais que te cercam? Falta de ética e o marquetismo. Qual sua maior virtude? Honestidade. Qual seu pior defeito? Impaciência, principalmente com pessoas que vivem de aparência e não da competência. 46 • NovaFisio.com.br

Qual maior mentira já contou? Não Posso Revelar.

Qual fato foi o mais cômico? Em atendimento, pedi para um homem levar a respiração até o períneo, ele surpreso respondeu - que e isso doutora! homem não tem períneo não, quem tem é mulher. Qual seu maior arrependimento? Aquilo que poderia ter feito e não fiz. Qual dica daria aos colegas? Fazer aquilo que deseja, aprofundar os conhecimentos na direção escolhida, respeitar seus colegas, certamente o sucesso será alcançado. Qual objeto de desejo? Crescer sempre mais e fazer de cada dificuldade um motivo para avançar. Diga uma frase para por em nossa seção de frases. “existem apenas duas maneiras de se ver a vida: Uma é pensar que não existe milagre e outra é que tudo é milagre” Albert Einstein.

Qual sua aquisição mais recente? O curso de osteopatia visceral do Instituto Barral, apresentação de trabalhos científicos no Congresso Europeu de Biomecânica em Bruxelas e o Mestrado. Qual seu maior sonho? Viver em harmonia comigo mesmo e com as pessoas que eu amo. Qual seu maior pesadelo? É a mediocridade. Que talento mais gostaria de ter? Escrever livros literários. Se não fosse fisioterapeuta gostaria de ser o que? Bióloga para trabalhar com a preservação das espécies animais. E qual profissão jamais queria ter? Profissão em ciências exatas. Diga um desafio? Tornar-me cada vez melhor em tudo. Um livro? A Insustentável Leveza do Ser - Milan Kundera Quer fazer alguma divulgação? Acessem www.ebomescola.com.br Qual pergunta esqueci de fazer ou você desejaria responder? Não é uma pergunta, apenas gostaria de agradecer a oportunidade de participar da Revista NovaFisio que conheço a mais de 10 anos e sou fã e assinante.


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