Edição 54

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CAPA




Fisioterapia Pós-Graduação - Lato Sensu 1º Semestre 2007 Carga Horária 360h São Paulo Curso:

Dia dos Cursos:

Ergonomia Fisioterapia Dermato Funcional Fisioterapia Dermato Funcional Fisioterapia Traumato-ortopédica Fisioterapia Pediátrica Fisioterapia Reab. Músculoesquelética e Desportiva Fisioterapia Manipulativa Fisioterapia Integrada à Saúde da Mulher Fisioterapia Cardiorrespiratória Fisioterapia Neuro Funcional Fisioterapia Neuro Funcional Fisioterapia Reab. Pré e Pós-cirúrgica Fisioterapia Pneumo Funcional Fisiologia do Exercício (Prescrição do Exercício) Fisiologia do Exercício (Prescrição do Exercício)

Sábado e Domingo Quartas-Feiras/Noite Sábado e Domingo Sábado e Domingo Sábado e Domingo Segundas-Feiras/Manhã Sábado e Domingo Sábado e Domingo Terças-Feiras/Noite Quintas-Feiras/Noite Sábado e Domingo Sábado e Domingo Sábado e Domingo Segundas-Feiras Sábado e Domingo

João Pessoa

Início: 24 e 25//03/2007 21/03/2007 24 e 25/03/2007 24 e 25/03/2007 17 e 18/03/2007 19/03/2007 31/03 e 01/04/2007 17 e 18/03/2007 20/03/2007 22/03/2007 31/03 e 01/04/2007 31/03 e 01/04/2007 31/03 e 01/04/2007 19/03/2007 17 e 18/03/2007

Santos

São José dos Campos

Goiânia

Florianópolis

Início: 24 e 25/03/2007

Juiz de Fora

Cuiabá

Início: 17 e 18/03/2007

Porto Alegre

Campo Grande

Brasília

Campinas

Niterói

Salvador

Joinville

Recife

Natal

Volta Redonda

Início: 17 e 18/03/2007

Fisioterapia Traumato-ortopédica Fisioterapia Cardiorrespiratória

Curitiba

Início: 05 e 06/05/2007 Fisiologia do Exercício (Prescrição do Exercício) Fisioterapia Traumato-ortopédica Fisioterapia Integrada à Saúde da Mulher Fisioterapia Neuro Funcional

Vitória

Início: 05 e 06/05/2007

Fisioterapia Dermato Funcional Fisioterapia Traumato-ortopédica Fisioterapia Cardiorrespiratória Início: 24 e 25/03/2007 Fisiologia do Exercício (Prescrição do Exercício) Fisioterapia Dermato Funcional Fisioterapia Traumato-ortopédica Fisioterapia Pediátrica Fisioterapia Cardiorrespiratória Início: 14 e 15/04/2007 Fisioterapia Reab. Músculoesquelética e Desportiva Fisioterapia Cardiorrespiratória

Início: 31/03 e 01/04/2007 Fisioterapia Reab. Músculoesquelética e Desportiva Fisioterapia Manipulativa Fisioterapia Pneumo Funcional

Início: 31/03 e 01/04/2007 Fisioterapia Dermato Funcional Fisioterapia Reab. Músculoesquelética e Desportiva Início: 14 e 15/04/2007 Fisioterapia Dermato Funcional Fisioterapia Reab. Músculoesquelética e Desportiva Fisioterapia Pneumo Funcional Fisiologia do Exercício (Prescrição do Exercício) Início: 31/03 e 01/04/2007 Fisiologia do Exercício (Prescrição do Exercício) Fisioterapia Dermato Funcional Fisioterapia Pneumo Funcional Início: 05 e 06/05/2007 Fisiologia do Exercício (Prescrição do Exercício) Fisioterapia Dermato Funcional Fisioterapia Traumato-ortopédica Fisioterapia Cardiorrespiratória Fisioterapia Neuro Funcional Início: 24 e 25/03/2007 Fisiologia do Exercício (Prescrição do Exercício) Fisioterapia Dermato Funcional

Início: 24 e 25/03/2007

Fisioterapia Dermato Funcional Fisioterapia Traumato-ortopédica Fisioterapia Pneumo Funcional

Início: 31/03 e 01/04/2007

Fisioterapia Dermato Funcional Fisioterapia Traumato-ortopédica

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Dermato Funcional Traumato-ortopédica Cardiorrespiratória Neuro Funcional

Fisioterapia Dermato Funcional Fisioterapia Traumato-ortopédica Fisioterapia Cardiorrespiratória

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Início: 24 e 25/03/2007 Dermato Funcional Traumato-ortopédica Integrada à Saúde da Mulher Cardiorrespiratória Neuro Funcional

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Belo Horizonte Início: 05 e 06/05/2007 Fisiologia do Exercício (Prescrição do Exercício) Fisioterapia Dermato Funcional Fisioterapia Reab. Músculoesquelética e Desportiva Fisioterapia Cardiorrespiratória

Início: 31/03 e 01/04/2007 Fisioterapia Traumato-ortopédica

Uberlândia

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check-up |

ISSN 1678-0817

| editorial Oi pessoal, esta é nossa primeira edição de 2007 e para começar as edições deste ano em alto nível, entrevistamos o Beto Silva do Casseta e Planeta. Nesta edição também temos alguns artigos selecionados a dedo. Espero que gostem e nos veremos em março. Até a próxima.

| protocolo

12 Entrevista com

07 Cartas 08 Clipping de notícias 09 Frases e Coluna social 10 Coluna do Prof. Luis Guilherme 14 Notícias de Amparo 17 A Reeducação Postural Global 18 A importância do ortostatismo

20 Dores mais freqüentes que

| equipe EQUIPE - VEJA QUEM FAZ A REVISTA QUE VOCÊ LÊ EDITOR - OSTON DE LACERDA MENDES ASSISTENTE - LUCIENE LOPES REDATOR - MARCOS ALVES DESIGN GRÁFICO E WEB DESIGN - MARCIO AMARAL FOTÓGRAFO - JULIO PEREIRA CONSULTOR - ANTÔNIO CARLOS TRUBIANI

o Casseta, Beto Silva

na disfunção neuromotora com seqüela motora grave

acometem os acadêmicos de Fisioterapia 28 Incidência de estresse em gestantes 30 A evasão do ensino superior 32 Tininha 34 Agenda de eventos 38 FisioPerfil

| agradecimentos desta edição Gostaríamos de agradecer a Glaucia Rocha da Toviassu por nos receber em uma sala aconchegante e confortável por um tempo. Ao Junior Parafina por entrar no time com novas idéias muito bem vindas. Ao Zé Alfredo e Chico Bola por nos receber tão bem em Amparo. Ao João, a Cris e Isabela em Campinas. Magda, Patrícia, André e Gabriela em São Paulo, Anne Marie e Jean Pierre em Paris “já vamos voltar” e ian astbury em Londres. E a todos que nos ajudaram nesta primeira revista do ano. Valeu!

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fisioterapia em sua casa. Ligue ou assine pelo site: RJ (21) 3521-6783 / 2294-9385 • ed.54 | jan/fev 2007 • F&T

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turbilhão | cartas - escreva também e leia outras cartas no site. A complexidade do movimento articulações do corpo humano articular no espaço, complementando dessa maneira, o capítulo de Resenha do livro introdução. Ainda, possibilita A primeira edição compreensão detalhada do movida obra intitulada Movimento mento humano facilitando sua Articular – Aspectos morfológicos análise e permitindo conhecer e funcionais, volume I – Membro seus padrões. Superior, de autoria de Paula A partir do capítulo três inicia o Hentschel Lobo da Costa, Stela estudo das articulações propriaMárcia Mattielo-Rosa, Maria mente ditas. A primeira articuJosé Salete Viotto, Lucia Helena lação a ser estudada é o Ombro. Batista, Tânia de Fátima Salvini e Considerada a articulação mais Eduardo Murilo Novak, lançada móvel do corpo humano, caraem 2005 pela editora Manole, cterística essa que a predispõe a aborda os movimentos do mem- inúmeras lesões, é extremamente bro superior com informações complexa e por isso a importândetalhadas sobre o sistema mus- cia de se conhecer seu funcionaculoesquelético. Os autores defin- mento, pois, tanto a prevenção iram uma linha editorial bastante quanto a reabilitação de tais objetiva, com textos resumidos lesões dependem do perfeito que facilitam o entendimento desempenho biomecânico entre do leitor, além de se tornar um as estruturas ósseas. conjunto útil de informações para A articulação do cotovelo é abordada no capítulo quatro que por consulta imediata no dia-a-dia. O livro é dividido em 7 capítulos, ser uma articulação estável é a utiliza a nomenclatura da Termi- chave nos movimentos do omnologia Anatômica Internacional, bro e da mão. Neste capítulo, os que a torna compatível com as autores abordam os movimentos, descrições dos livros de anato- as posições, as estruturas ósseas, mia. Além disso, apresenta figuras ligamentos e músculos desta anatômicas amplas, coloridas articulação. Ainda, ilustra de e com legendas que permitem maneira simples a anatomia palseu total entendimento. Todos patória de algumas estruturas imos capítulos deste primeiro vol- portantes no caso de traumas ou ume da série foram escritos por lesões e explicam a participação docentes da Universidade Fed- dos músculos em atividades com eral de São Carlos, exceto os ref- e sem resistência. erentes ao movimento do punho O capítulo 5, por sua vez, aborda e mão que contaram com a con- especificamente os movimentos tribuição de um médico ortope- de prono-supinação. Segundo os dista e especialista em cirurgia da autores, esses movimentos são mão. Ao final de cada capítulo são de extrema importância e comdisponibilizadas as referências plementam as funções de todo o bibliográficas para consulta com- membro superior. O sexto capítulo é destinado à plementar. O capítulo 1 – Introdução a Bi- articulação do punho. Esta aromecânica, fornece ao leitor as ticulação, juntamente com a da principais informações sobre con- mão, que é abordada no capítulo ceitos e princípios fundamentais 7, apresentam, a anatomia mais da mecânica, importantes para complexa e delicada de todo o facilitar o entendimento dos de- sistema musculoesquelético, seja mais capítulos. São apresentados pelas minúsculas estruturas, ou os objetivos e as aplicações da pela especificidade das funções. Biomecânica, seguidos por breve De acordo com os autores, os revisão da sua evolução. Além movimentos em vários eixos das disso, possibilita a análise do articulações radiocarpal, memovimento humano seja na vida diocarpal e radioulnar distal perdiária, no esporte, na reabilitação mitem que a mão seja colocada em qualquer ângulo, proporcioou no ambiente de trabalho. Denominado Planos e Eixos, o se- nando uma dinâmica perfeita gundo capítulo, descreve os mov- para a execução de tarefas. Enfim, imentos dos vários segmentos e estes dois últimos capítulo são

ilustrados por figuras coloridas e detalhadas, diferentes dos demais capítulos, que evidenciam as estruturas, funções e algumas patologias e fraturas que ocorrem com freqüência nestas articulações. As diversas áreas da saúde que avaliam o movimento humano necessitam de constante aperfeiçoamento. Sendo assim, a proposta deste livro é oferecer um guia, com base teórica fundamentado, também, para a prática clínica, em relação ao movimento humano do membro superior. A obra traz uma linguagem objetiva que contempla tanto profissionais quanto estudantes da área da saúde, pois faz uma revisão atualizada e bem ilustrada. Já é indicado pelos autores a proposta de redação dos volumes II e III, Membro Inferior e Coluna Vertebral, respectivamente. Movimento Articular Aspectos Morfológicos e Funcionais – Volume I Membro Superior Paula Hentschel Lobo da Costa, Stela Márcia Mattielo-Rosa, Maria José Salete Viotto, Lucia Helena Batista, Tânia de Fátima Salvini e Eduardo Murilo Novak São Paulo, Manole, 2005, 321p. R$ 148,00, ISBN 85-204-1493-1 Quélen Milani Caierão Fisioterapeuta, especialista em fisioterapia aplicada a ortopedia e traumatologia e mestranda do curso de Pós – Graduação em Fisioterapia da UNIMEP - SP qmcaierao@unimep.br qcaierao@terra.com.br Faculdade de Ciências da Saúde – FACIS – Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia da UNIMEP

problema foram os erros na publicação deste. Erros estes grotescos, nos quais irão prejudicar minha imagem com os profissionais da área que terão acesso a revista!! Os erros foram: não foi publicado a parte importante que é a referência bibliográfica; a legenda de algumas fotos estão trocadas (misturadas); no final dos parágrafos que possuem os números referentes a referência bibliográficas estão diferentes do que eu mandei (um de cada tamanho) e como não publicaram as referências estes números estão perdidos e sem conexão nenhuma!!! Vocês não fazem revisão das matérias (para evitar estes erros) antes de mandar para a gráfica????? Gostaria de saber como resolver isso, pois não sei se uma simples errata na próxima edição resolverá este grande problema! A publicação e distribuição destes exemplares era muito importante para mim, e conseqüentemente para vocês!!! Me desculpe... mas estou sendo muito sincera!! Fiquei muito decepcionada com o que vi e sinceramente não sei se terei coragem de distribuir para as pessoas os exemplares que recebi!!! Será que não seria o caso de republicar este meu artigo corrigidos na próxima edição??? (a de jan/fev-2007). Aguardo, ansiosamente por uma resposta. Atenciosamente, Maria Flávia Fusetto Pedimos desculpas

Prezada Dra. Maria Flávia Fusetto, infelizmente não deu para publicar seu artigo duas vezes seguidas na revista, não ia ficar legal, mas o artigo original na integra com referencia BibliErramos na edição anterior ográfica e sem erros, foi disponibilizado em nosso site na pagina Prezado editor Oston da edição 53, (edição em que foi Mendes, publicado). meu artigo foi publicado nesta Peço desculpas pelo transtorno última edição da revista nov/dez- causado. 2006, e é sobre Alongamento de tíbia com fixador externo Ilizarov Atenciosamente pós fratura exposta; mas o grande Dr. Oston Mendes


turbilhão | clipping - leia nosso clipping atualizado diariamente no site www.novafisio.com.br Boa dica.

Porrada.

Estresse e dormir mal: perigos para a coluna

Comissão debate profissão de esteticista e fisioterapeuta

O estresse do dia está fazendo com que as pessoas durmam mal. O fisioterapeuta Francisco Miguel, da Escola de Postura Brasil, afirma que isso acaba sendo uma forma de defesa do organismo, já que as pessoas dormem sempre em vigilância, com os músculos retraídos, sem deixar que o corpo relaxe, contribuindo para dores e desconfortos na coluna. Como a função da Escola de Postura é melhorar a qualidade de vida das pessoas, não poderia deixar de lado tratamentos eficazes contra este mal do século, que é o estresse. A maior parte das dores relacionadas ao estresse – dor de cabeça, dor no pescoço, originam da coluna, principalmente se as pessoas estão dormindo mal. E é por isso, que a Escola de Postura está preocupada também com a ergonomia do lar e não somente com os hábitos desenvolvidos nos locais de trabalho, por exemplo. Assim, ao chegar na Escola, o fisioterapeuta Francisco Miguel pede para que façam tudo que fazem diariamente, como deitar na cama, sentar no sofá, utilizar locais para estudo e trabalho. Daí, o fisioterapeuta treina as pessoas de forma a agirem corretamente em seus hábitos diários. Para o melhor desenvolvimento da técnica, a Escola de Postura já desenvolveu todos os acessórios específicos para a prática: travesseiros, rolos ajustáveis, cálcios para joelhos e ombros, todos de acordo com cada tipo físico do paciente. CCJ aprova regulamentação da profissão de quiroprático

A Comissão de Educação e Cultura ouviu em audiência pública representantes do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional sobre o conflito entre a formação universitária e exercício profissional de esteticistas e fisioterapeutas. A proposta de audiência foi feita pela Comissão de Legislação Participativa, atendendo a pedido da Associação de Esteticistas de Niterói. A idéia da realização da audiência surgiu da ação judicial movida pelo Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 3ª Região em 2004, com o objetivo de impedir o funcionamento do Curso Superior emTecnologia de Cosméticos, oferecido pelo Centro Universitário Hermínio Ometto (Uniararas). O Conselho argumenta que o curso invade o campo de atuação dos fisioterapeutas. A Associação dos Esteticistas, do outro lado, argumenta que a formação do profissional do esteticista é bastante diferente da do fisioterapeuta.

Quiropraxia.

Um estudo recente publicado no Journal of the American Medical Association, uma das revistas médicas mais respeitadas no mundo, acaba de espetar profundamente a credibilidade dos praticantes da acupuntura. Por volta de 300 pacientes vítimas de enxaquecas crônicas foram divididos em três grupos: o primeiro grupo foi submetido à acupuntura“autêntica”, o segundo a uma acupuntura“falsa”(onde as agulhas foram aplicadas em pontos do corpo sem relação com os supostos meridianos) e o terceiro grupo, o grupo de controle, não recebeu tratamento nenhum. O resultado? A acupuntura funcionou! Quer dizer, as duas “acupunturas” funcionaram... Tanto a acupuntura“autêntica”quanto a acupuntura“falsa”apresentaram a mesma eficácia, quando comparadas ao grupo de controle. Bob Park, editor da coluna “What’s New” comentou ironicamente sobre os benefícios desta pesquisa: “Isto vai simplificar muito o treinamento dos especialistas em acupuntura. Simplesmente espete a porcaria das agulhas em qualquer lugar”. Em outras palavras, na próxima vez que você quiser um tratamento de acupuntura, faça o seguinte: arrume algumas agulhas e convide alguém que não gosta de você para espetá-las à vontade no seu corpo. Você terá o seu tratamento de graça e ainda vai ajudar ao próximo, dando-lhe alguns momentos de felicidade.

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou o Projeto de Lei 4199/01 A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou o Projeto de Lei 4199/01, do deputado Alberto Fraga (PFL-DF), que reconhece a profissão de quiroprático - técnico de ajustamento ou manipulação da coluna vertebral -, e exige diploma reconhecido para o exercício da atividade. A proposta altera a lei que reconheceu, em 1969, a profissão de fisioterapeuta. O relator do projeto na CCJ, deputado Antonio Carlos Pannuncio (PSDB-SP), apresentou parecer pela constitucionalidade da proposta. Tramitação O projeto havia sido aprovado pelas comissões de Seguridade Social e Família; e do Trabalho, Administração e Serviço Público, e rejeitado pela Comissão de Educação e Cultura. Agora, segue para o Plenário. Agência Câmara

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Agência Câmara

Acupuntura. Um estudo recente acaba de espetar a credibilidade da acupuntura.


turbilhão | frases, coluna social “As associações ou conselhos só podem funcionar se os profissionais participam ativamente, contribuindo e trabalhando. Se as pessoas ficam sentadas esperando que os diretores, que nada recebem, façam tudo por elas, tudo vai desmoronar.”

[Dr. Wu Kwang]

“é ato médico a invasão dos orifícios naturais do corpo, atingindo órgãos internos.” [Diz o PL Ato Médico, no item do § 4º Procedimentos invasivos. Pense nisso hoje a noite!]

“porque sou um cara muito feio a televisão só veio pra mim quando entraram os papeis dos pais onde a beleza não era importante.” “Estude o máximo que puder avaliação, porque tratar é fácil!”

[Ator Ernani Moraes em entrevista para Revista Fisio&terapia]

[Dr. Henrique Baumgarth]

coluna social | lº Congresso Internacional de Terapia Manual - Rio de Janeiro

...e vem aí o segundo!!!

“Se eu não fosse imperador, desejaria ser professor. Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências juvenis e preparar os homens do futuro.” [D. Pedro II (1825-1891)”]

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turbilhão | Coluna Prof. Luis - luisguilherme@novafisio.com.br

Quebrando os paradigmas por

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Prof. Dr. Luís Guilherme Barbosa

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s coisas não mudam, mudamos nós”. Não sei quem disse isso, mas como adoro adágios resolvi incorporá-los à minha vida. “Tudo muda o tempo todo no mundo”, já disse Lulu Santos, mas temos que estar atentos, ou melhor, preparados para as mudanças. E nessa trajetória docente, vou sempre trazendo para minha coluna meus “papos” com meus alunos, prática essa que tem sido muito gratificante. O cenário era um banco e a coisa me foi narrada mais ou menos assim: – O que fazes na vida, meu jovem? Perguntou um senhor simpático, ao meu aluno. – Sou fisioterapeuta, senhor. Respondeu, atencioso, o aluno. E, então, o senhor inquiridor começou a tecer milhões de elogios à nossa profissão. Falou da importância da Fisioterapia na vida de sua esposa, de sua mãe, de sua sogra, de amigos e de tanta gente, que não parava mais. Ora, meu aluno ficou encantado, estonteante falou-me, no dia seguinte: – vê professor, as coisas estão mudando. As pessoas já reconhecem a Fisioterapia! Todo feliz e satisfeito pela brilhante escolha que fez no passado. Mas, não faz muito tempo, as coisas eram diferentes, pois éramos considerados massagistas. Não que eu tenha nada contra o massagista, simplesmente não traduzia a verdade. Hoje estamos sendo considerados profissionais do futuro e, mais uma vez, eu manifesto minhas preocupações com essa questão. Essas preocupações são fundamentadas, entre outras coisas, na idéia que o jovem tem demonstrado ter da vida. Como se já não bastasse a questão do uso do branco, já discutido nesse nosso espaço, surgem aqueles que justificam tudo pelos adágios populares, muitas vezes transformando-os em “verdade de vida” e metendo os pés pelas mãos. Mais uma vez chamo atenção e, lembrando-me do que dizia a Lahna, minha filha mais nova, quando era bem pequena: “- pé tenção!”. Para quem não entendeu o fundamento da coisa, ou acha que não é importante, vamos ao assunto. 1) OS ÚLTIMOS SERÃO OS PRIMEIROS – minha gente, questões religiosas e de indicações políticas à parte, eu nunca ouvi dizer que o último colocado de um concurso tenha sido admitido primeiro; 2) QUEM ESPERA SEMPRE ALCANÇA – isso, não sai daí não, fica sentadinho esperando as coisas acontecerem! Fica esperando os supervisores te chamarem para estágio, ou então deixa seu projeto de trabalho

Fisioterapeuta do Trabalho, Ergonomista, Professor Universitário, Diretor da GESTO-Ergonomia e Saúde no Trabalho Ltda.

dentro da gaveta e você será descoberto por algum “maluco fuçador” das gavetas alheias; 3) QUEM NASCEU PARA SÚDITO NUNCA CHEGA A MAJESTADE – para de ouvir o Caco Anthibys, do Sai de Baixo, porque essa coisa de pobre é para pobres de espírito. Corra atrás, mostre sua competência que as portas se abrirão, nem que demore um pouco. É dentro da linha: “Pobre que nunca comeu melados quando come se lambuza”; 4) A OCASIÃO FAZ O LADRÃO – ladrão que é ladrão não precisa de ocasião, minha gente, está na índole do sujeito; 5) QUEM NÃO TEM CÃO CAÇA COM GATO – ora, ora, não seja inocente, você acha que o gato tem a mesma capacidade para caçar que o cão? Busque fazer a coisa certa, cuidado com as improvisações, elas podem ser perigosas; 6) GATO ESCALDADO NÃO TEM MEDO DE ÁGUA FRIA – meu, gato escaldado morre; 7) CÃO QUE LADRA NÃO MORDE – você vai ficar para conferir? 8) MANDA QUEM PODE OBEDECE QUEM TEM JUÍZO – tem gente que acredita piamente nisso. O que temos visto por aí é que manda, geralmente, quem não pode e, tenha certeza, só obedece, cegamente, quem não tem juízo; 9) A ESPERANÇA É A ÚLTIMA QUE MORRE – errado outra vez, pois a esperança não morre nunca. Não a esperança estática, de ficar esperando, mas aquela que faz a gente tentar sempre outra vez. Não conseguiu, localize os erros, conserte-os e tente novamente com toda esperança. Continuem mandando seus recados, críticas, comentários e sugestões. Falem conosco, dêem sugestões, mas lembrem-se: mantenham o bom humor! E por aí vai: “Cobra que não anda não engole sapo”, Águas passadas não movem moinho”, Em casa de ferreiro o espeto é de pau”, entre tantos outros. É importante estar atento a uma expressão que foi introduzida pela Gerência da Qualidade Total (GQT), muito útil hoje nos tempos de ISO 9001.2000, que diz: “É PRECISO QUEBRAR OS PARADIGMAS”. Quebre seus paradigmas, pense que tudo tem sua hora e que “nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia, tudo passa, tudo sempre passará...”, lembra da música!? LUÍS GUILHERME BARBOSA

FISIOLOGIA HUMANA Data: 03 e 04/03/07 / Sab e Dom das 09:00 às 17:00h / C.H:16h ESTÉTICA CORPORAL PELA ACUPUNTURA Data: 10 e 11/03/07 / Sab e Dom das 09:00 às 17:00h / C.H:16h DRENAGEM LINFÁTICA FACIAL E CORPORAL - PRÉ E PÓS CIRÚRGICO IMEDIATO Data: 16, 17 e 18/03/07 / Sex, Sab e Dom das 09:00 às 19:00h / C.H:30h PEELING TERAPÊUTICO (UTILIZAÇÃO DE ÁCIDOS) Data: 24 e 25/03/07 / Sab e Dom das 09:00 às 18:00h / C.H:18h ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA GESTACIONAL (INTERFUNCIONAL) Data: 13, 14 e 20/04/07 / 6ª e Sab das 09:00 às 18:00h / C.H:27h 10 • ed.54 | jan/fev 2007 • F&T

INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES: R. Figueiredo de Magalhães, 219 Grupo 1.109 Copacabana - Rio de Janeiro - RJ Central de Atendimento:(21) 2255-7635 Celulares (21) 9984-4195 / 7894-1359 / 7894-1361 E-mail: caciaestetica@caciaestetica.com.br site: www.caciaestetica.com.br


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entrevista | Beto Silva Leia também as entrevistas de Herbert Vianna, Lars Grael, Luciana Gimenez, Marcus Menna, Nalbert em nosso site.

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entrevista | Beto Silva

Beto Silva por

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Oston Mendes

N

esta primeira edição de 2007 entrevistamos o simpaticíssimo Beto Silva para começarmos um 2007 pelo menos mais divertido. A todos os leitores, desejamos um 2007 de realizações e boas entrevistas. Fiquem agora com Beto Silva.

BS: Antes de ser o seu Casseta eu trabalhei com informática numa empresa chamada Result e na Price Waterhouse.

Fisio&terapia: Oi Beto, nos fale um pouco sobre você. Seu nome, idade, onde mora, pode ser? Beto Silva: Meu nome é Roberto Adler, tenho 46 anos sou do signo de aquário. Nasci aqui no Rio de Janeiro mesmo, passei minha infância no bairro das Laranjeiras. Estudei até o ginásio no Eliezer Steinbarg em Laranjeiras. O segundo grau fiz no Brasil-América em Botafogo e fiz também faculdade de Engenharia na UFRJ. Atualmente moro aqui no Leblon ao lado da Revista. Boa vizinha. F&T: Você mora só? BS: Não, moro com minha família. Eu sou casado com a Sandra, tenho 2 filhos, Gustavo,12 anos e Beatriz, 7 anos F&T: Legal, agora me fale um pouco do lado profissional, como é trabalhar no Casseta &Planeta? BS: Bem eu sou Casseta & planeta em tempo integral, inclusive nos fins de semana e férias. F&T: Além do trabalho no Casseta & Planeta você escreveu um livro certo? BS: O Casseta & Planeta lançou vários livros: Foram 5 livros de piadas, 3 de pensamentos, o livro do Seu Creysson, e o último de autoajuda: Como se dar bem na vida mesmo sendo um bosta. Eu sou o organizador dos livros do grupo. Além dos livros do grupo lancei também um livro meu, trabalho solo, o romance Julio Sumiu. F&T: Além do programa semanal e dos livros, ainda tem os filmes e “discos de CD” certo? BS: É verdade, tiveram os Filmes: A taça do mundo é nossa e Seus problemas acabaram e os discos: Preto com buraco no meio, Pra comer alguém e The bost of Casseta & Planeta F&T: Onde você já trabalhou antes do Casseta?

“Tédio? Indisposição? Falta do que fazer? Seus problemas acabaram! Compre hoje mesmo “Julio sumiu” um romance policial - de suspense – mistério humorístico de Beto Silva.” F&T: Podemos esperar mais novidades dos Cassetas? BS: Sim, além de todos os projetos de Casseta & Planeta teremos novos livros, novos dvds e o programa de TV sempre firme e forte. Estou escrevendo um segundo romance, quem sabe para este ano. F&T: Diferente lá do Casseta & Planeta, aqui na Revista pode-se fazer merchandise, você quer divulgar alguma coisa para os leitores, não pode ser nada caro porque somos fisioterapeutas e estamos na grande maioria duro. BS: Oba, vamos lá. Tédio? Indisposição? Falta do que fazer? Seus problemas acabaram! Compre hoje mesmo “Julio sumiu” um romance policial - de suspense – mistério - humorístico de Beto Silva. Baratinho. F&T: Jóia, agora vamos falar da fisioterapia na sua vida, como foi o contato com a fisioterapia pela primeira vez? BS: Foi quando quase rompi os ligamentos do joelho. F&T: Foi mais de uma vez?

BS: O joelho foi só uma vez, mas as idas ao fisioterapeuta eu perdi a conta! F&T: Como foi que você quase rompeu os ligamentos do Joelho? BS: O motivo foi o mesmo que arrebenta o joelho de 99% dos homens brasileiros de mais de quarenta anos. Futebol! F&T: Quem foi o fisioterapeuta que te atendeu? BS: Foram alguns fisioterapeutas, todos da clínica do Dr. Pedro Ivo. Destaco a Dra. Magali e Dr. Otávio, entre outros. F&T: Como foi o tratamento, o que usou? BS: Teve de tudo, bolsas de gelo, calor, pomadas, e um aparelho que dobrava a minha perna. F&T: Você ficou bom. Deu certo seu tratamento? BS: Sim, fiquei bom, voltei a jogar bola e já estou 100% apto a arrebentar de novo o meu joelho. F&T: Que bom saber! Agora me fala o que mais gostou no tratamento? BS: O final. F&T: O que menos gostou no tratamento? BS: Do tratamento nada especifico, chato é ficar um tempão com a perna dura. Mas aconteceu uma coisa legal, eu continuei gravando mesmo com a perna imobilizada e quase ninguém notou. F&T: Beto, fico feliz que tenha ficado bom, espero que não se machuque novamente embora seja uma boa oportunidade para pedir uma nova entrevista, e agradeço muito pela oportunidade de nos abrilhantar com sua entrevista. Um grande abraço a você e a todos os colegas do Casseta & Planeta. Aproveito a oportunidade para te pedir para ver com os outros se mais alguém teve alguma vez recebido nossos serviços para que seja feito o convite para uma entrevista também divertida como a sua. Obrigado www.novafisio.com.br • ed. 54|2007 • 13


Exemplo de trabalho em equipe

Curtas | Notícias de Amparo e região Dr. Walace Espada Contatos: walaceespada@ yahoo.com.br

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odo inicio de ano, nós da Revista vamos para a cidade de Amparo em SP e algumas outras ali perto como Rio Claro, Piracicaba, Campinas e São Paulo para visitar as mais importantes fábricas de equipamentos de eletroterapia que lá se encontram e assim ficar sabendo de lançamentos, novidades, e rever novos e antigos anunciantes. É sempre uma viagem muito agradável e este ano tivemos a oportunidade de conhecer um médico do Cruzeiro Esporte Clube de Minas Gerais, porque o time estava participando de uma competição e aproveitamos para perguntar um pouco sobre o relacionamento de médicos e fisioterapeutas no clube. Dr. Walace Espada da Silva (pode rir porque nós na hora da entrevista nos divertimos muito também. Ele é o único médico “Espada” que já entrevistamos) é de Conselheiro Lafaiete tem 28 anos e atua há três anos e meio como médico do futebol de base do Cruzei-

ro. É graduado na Universidade Federal de Minas Gerais e pós-graduado pela Universidade Estácio de Sá do Rio de Janeiro em Medicina do Exercício e do Esporte. Fisio&terapia: Você gosta de futebol? Dr. Walace: Sim, sempre gostei muito de jogar e tinha a intenção de ser um jogador profissional. Cheguei a fazer testes, mas não consegui. Então resolvi fazer medicina para trabalhar com esportes, em especial com o futebol que é o meu preferido. F&T: Como é composto o departamento médico do clube? Dr.W: O departamento médico conta com uma equipe multidisciplinar envolvendo médicos, fisioterapeutas, preparadores físicos, enfermeiros, nutricionistas, dentistas e massagistas. F&T: E como funciona a relação entre médico e fisioterapeuta? Dr.W: Funciona muito bem. Parte dos atendimentos são de clínica médica (Patologias infec-

ciosas, por exemplo), mas grande parte é de algum tipo de disfunção osteomuscular ou articular. No primeiro caso, o médico mesmo resolve com medicamentos ou quaisquer outras condutas. Nos demais, após a avaliação e conduta médica, encaminhamos a maioria absoluta dos atletas para receber tratamento fisioterápico, a fim de que o atleta possa iniciar o mais breve possível sua reabilitação. Se já tiverem sido realizados quaisquer propedêuticas ou procedimentos cirúrgicos que contribuam com o diagnóstico e conduta fisioterapêutica (exames de imagem, tipos de cirurgia, etc) os fisioterapeutas são informados. F&T: Quando você encaminha um paciente para o fisioterapeuta você também manda alguma sugestão de tratamento? Dr.W: Não, de maneira nenhuma, porque entendo que cada profissional detém conhecimento para indicar o melhor tratamento a ser realizado em sua respectiva área e,

portanto, o tratamento fisioterapêutico deve ser indicado pelo próprio fisioterapeuta. Acho que as duas profissões se complementam. No caso do Cruzeiro, os departamentos de fisioterapia e de medicina ficam no mesmo setor da Toca da Raposa, separados apenas por uma porta e isso facilita a comunicação entre esses profissionais de saúde. Acho que deve haver interação entre as duas áreas com discussões clínicas e com cada um contribuindo com o conhecimento em sua área. Dessa forma se gera grande benefício para o atleta e, também, grande delta de conhecimento para ambos os profissionais. F&T: Antigamente só existia o médico e o massagista nos clubes, inclusive com muita gente confundido o fisioterapeuta como a evolução do massagista, o que você tem a falar sobre isso? Dr.W: O fisioterapeuta e o massagista são bastante importantes no clube, mas


Curtas | Notícias de Amparo e região ocupam funções completamente distintas. O massagista está o tempo todo com os atletas, pois como são de alta performance necessitam desse profissional para que possam receber massagem de aquecimento (as chamadas massagens esportivas) ou no pós-exercício (as chamadas massagens de relaxamento muscular), além disso, esse profissional auxilia o médico no tratamento de campo. Já os fisioterapeutas têm um trabalho específico de prevenção de recorrência de lesões e, principalmente, na reabilitação dos atletas lesionados, ou seja, é um trabalho mais extracampo. F&T: Algum comentário para os leitores fisioterapeutas. Dr.W: Sim. Percebo que com a presença cada vez mais marcante do serviço de fisioterapia nos clubes, vem diminuindo muito o uso de medicamentos e tratamentos médicos mais agressivos para os atletas. Muitos são os benefícios da fisioterapia, como ex-

emplo gosto de enfatizar a aceleração na recuperação de lesões traumáticas. Dessa forma considero de suma importância esse serviço no âmbito esportivo profissional, e com todos os recursos fisiológicos ou neurais que a profissão dispõe. Posso dizer que a fisioterapia é F&T: Alguma curiosidade ou fato engraçado para os profissionais da medicina esportiva ou dos fisioterapeutas. Dr.W: Após voltar da conquista da Taça São Paulo recebi vários comentários de amigos e parentes falando que ficavam torcendo pra algum jogador precisar de nossos serviços para que dessa forma pudessem nos ver na televisão. É engraçado porque torcemos exatamente pelo contrário: para aparecer o mínimo possível, pois isso é sinal que os atletas estão bem. F&T: Dr. Walace, obrigado pela breve entrevista e parabéns pelo título da Copa São Paulo de Futebol Júnior 2007.

INSCRIÇÕES: revista@novafisio.com.br (21) 3521-6783 / 2294-9385 PREÇO: INSCRIÇÕES SOMENTE ATÉ 05/03/07 - R$200,00 (TODAS AS INSCRIÇÕES GANHARÃO UMA ASSINATURA DA REVISTA FISIO&TERAPIA)

Conhece algum mais jovem?

A

inda nesta viagem, em Amparo-SP, visitamos a IBRAMED, uma das empresas de eletroterapia da região. Nesta visita durante uma reunião, o gerente de marketing da empresa, Jairo A. Wolff pediu licença, pois teria que se retirar para o aniversário do Neto. Até aí tudo bem, nada de mais, apenas um avô compromissado com os deveres familiar, não fosse o fato do avô em questão ser o homem mais jovem na sala. O cara tem 36 anos de idade e estava indo ao aniversário de 2 anos de seu netinho Miguel. Realmente fiquei achando que era alguma brinca-

deira quando ele disse que estava indo a festa do neto, mas depois ele me explicou. Segundo Jairo Wolff, por pouco ele não é o avô mais jovem do Guinness Book (Livro dos Recordes), ele perde apenas para o também Brasileiro Raí. Isso mesmo, o Raí do futebol que foi avô aos 33 anos, apenas alguns meses mais jovem. Jairo me explicou que isso é quase uma tradição da família, porque sua avó teve sua mãe aos 17 anos, Sua mãe o teve também com 17 anos, ele teve sua filha aos 17 anos e sua filha por sua vez, foi mãe aos 17 também. Se continuar assim, não precisa fazer muita conta

Vimos lhe convidar, para participar do 1º Fórum de Debates sobre o Projeto de Lei 7703/06, que pretende estabelecer como atos privativos do médico vários procedimentos que são realizados por vários outros profissionais de saúde. O texto deste Projeto de Lei é muito sutil e ardiloso, e se não for lido cuidadosamente e nas suas entrelinhas, coloca em risco a autonomia de todas as profissões da área de saúde, alijando-as definitivamente do cuidado integral e multidisciplinar ao paciente. Esse recente Projeto de Lei do Ato Médico (PL 7703/06), tenta reservar para si todo e qualquer contato físico entre paciente e o profissional da área de saúde, atingindo desta forma, milhares de profissionais que estarão PROIBIDOS por LEI, de exercerem suas atividades, se o texto desse Projeto de Lei (PL 7703/06), for aprovado como hoje se encontra. Caso isso venha a acontecer, a prática e o exercício das suas atividades atuais, estará sendo tipificada através do Código Penal Brasileiro como PRÁTICA ILEGAL DA MEDICINA, e portanto, todo e qualquer profissional de saúde estará incurso em tal ilícito que poderá, inclusive, culminar com pena de reclusão. Por isso se faz necessário um evento onde se reúna grande número de profissionais de saúde, com palestras elucidativas e planos de pressão pessoal e coletiva junto à classe política. No Fórum haverá:

Jairo Wolff

pra saber que ele pode ser o tataravô mais jovem do Guinness Book, é só torcer. Você aí conhece na fisioterapia algum avô mais jovem que o Jairo Wolff?

- Mesas redondas com Deputados Federais e Senadores; - Palestras com experts e Presidentes dos Conselhos federais e regionais das várias profissões da área de saúde; - Planejamento das ações estratégicas a serem seguidas de forma coletiva; - Estabelecimento de comissões parlamentares uni e multiprofissionais para acompanhar o trabalho dos parlamentares em Brasília; - Interação com os participantes ao longo de todos os debates e mesas-redondas. O será presidido pelo Profº. Márcio De Luna, (fisioterapeuta) incansável em sua luta contra o monopólio do saber e do poder de uma classe profissional em detrimento de outras, e é um ferrenho defensor também dos direitos da própria população, e que com o texto atual desse PL passará a ser refém, definitivamente, dos interesses da classe médica, que todos sabemos não têm condições técnicas para oferecer e atender sozinha eficientemente a população em todas as suas necessidades terapêuticas e de saúde. Compareça, discuta, sugira, pressione, participe; pois somente a união de todas as profissões de saúde será capaz de derrubar esse nefasto Projeto de Lei do Ato Médico. www.novafisio.com.br • ed. 54|2007 • 15


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artigo | Reeducação Postural Global, Philippe Souchard

A Reeducação Postural Global por

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Philippe Souchard - autor do método

A

Fisioterapia, desde o seu nascimento, fez progressos enormes na compreensão da fisiologia do movimento, da coordenação motora etc..., O que afirmou sua reputação. O mesmo não aconteceu, a meu ver, no que concerne a função estática. Nossa morfologia, seja ela boa ou má, depende da tonicidade e da resistência fibro-elástica de músculos cuja função é predominantemente estática, e isto, independente de qualquer contração. Esta vocação se exerce em três direções fundamentais: a ereção, que é assegurada principalmente por músculos extensores (espinhais, por exemplo); a suspensão (do tórax pelos escalenos, os intercostais etc.); e a manutenção dos segmentos ósseos no eixo, em abduçãoadução, flexão-extensão e rotação. É assim que um encurtamento dos adutores do fêmur provoca um genuvalgo, ou que um desequilíbrio de tensões recíprocas dos espinhais fixa a escoliose. Isto traduz toda a importância dos três aspectos da função estática. A segunda originalidade da RPG é afirmar sem trégua que a fisiopatologia dos músculos da estática é a hipertonia, a rigidez e o encurtamento (exceção feita, bem entendido, às patologias neurológicas flácidas). O papel tônico fundamental desses músculos na manutenção da nossa posição ereta, ao qual é preciso adicionar sua função contrátil nos movimentos, proíbe-os de relaxar-se, o que não acontece com os músculos dinâmicos, de atividade ocasional, como os abdominais, por exemplo. Ora, desde sempre nossa profissão esteve obcecada pela noção de fraqueza muscular e, portanto, pela necessidade de exercícios de fortalecimento. Não me parece lógico fazer musculação concêntrica - e assim encurtá-los ainda mais - de músculos já enrijecidos pelo exercício repetitivo de suas funções. Entretanto, a hipertonia, a rigidez e o encurtamento são, na verdade, uma fraqueza…pois um músculo é um elástico vivo e, se ele se enrijece, a pré-tensão, que deve preceder sua contração, fica reduzida, o corpo se deforma, os movimentos são freiados. Um músculo rígido é, então, um músculo fraco, do mesmo modo que os abdominais relaxados de um obeso. O que equivale a dizer que, se um anoréxico é fraco, um pletórico também o é. Porém, seria correto tratá-los da mesma maneira? Evidentemente, não. Em RPG, todos os exercícios aplicados aos músculos da estática se fazem em alongamento. Pode-se imaginar a que ponto isto gerou polêmicas nos anos 80 e como, ainda hoje, representa uma atualidade revolucionária, tão difícil é mudar os hábitos. O terceiro ponto fundamental é que nossos

músculos são organizados em forma de “cadeias musculares”. A expressão satisfaz-me medianamente, pois ela é freqüentemente utilizada e interpretada erroneamente. Na realidade, para satisfazer às exigências da coordenação estática ou motora, nossos músculos não podem agir isoladamente. Como um jogador de futebol, por mais talentoso que seja, não pode jogar ignorando seus companheiros de equipe. Mas esta noção de “cadeias musculares” é prática, para fazer facilmente compreender que um alongamento analítico, de um só músculo da cadeia, se transmitirá automaticamente e se perderá, sob forma de compensação, em um ponto qualquer da cadeia à qual ele pertence. É preciso então, para ser eficaz, proceder a um alongamento total da cadeia muscular. Daí a expressão Reeducação Postural GLOBAL. Como me foi possível identificar essas cadeias? Graças à noção de hegemonia funcional. Certas funções estáticas são mais difíceis de assegurar do que outras, o que determina a necessidade de músculos mais numerosos, mais volumosos e mais tônicos. Assim são os extensores, os adutores e os rotadores internos, por exemplo. Sua identificação permitiu-me elaborar posturas de estiramento global desses grupos musculares hegemônicos ligados entre si pela necessidade de coordenação estática. Como todos os métodos (e contrariamente às técnicas), a RPG tem bases neurológicas. Tratase de um método prorprioceptivo de inibição, o que significa que nossa especialidade é a de liberar o “freio de mão”, para permitir ao carro avançar convenientemente outra vez. Morfologia e movimento são indissociáveis. A retração dos músculos tônicos hegemônicos afeta um e outro, e a RPG procura remediar este inconveniente honestamente. A RPG se aplica aos casos ortopédicos, póstraumáticos, respiratórios, reumatológicos, neurológicos espásticos, e em todos os casos onde esteja indicada fisioterapia. Que me seja permitido enfim atrair a atenção do leitor para o fato de que a RPG é um método complexo, o que significa que sua boa aplicação depende de terapeutas bem formados em RPG original, por mim e por minha equipe, excluindo toda e qualquer pirataria simplificadora, adaptativa ou simplesmente comercial. Para quaisquer informações, peço-lhes que se dirijam a: - Instituto Philippe Souchard (IPSRPG) – Rua Conselheiro Ramalho 516, Bela Vista – SP Tel.: (11) 3266.9133 – E-mail: ipsrpg@rpgsouchardinst.com.br - Sociedade Brasileira de RPG (SBRPG) – Rua Geórgia 210, Brooklin – SP Tel.: (11) 5044.0940 – E-mail: sbrpg@sbrpg.com.br www.novafisio.com.br • ed. 54|2007 • 17


artigo | cognição, ortostatismo, disfunção neuromotora

A importância do ortostatismo na disfunção neuromotora com seqüela motora grave por

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Melissa Szadkoski

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ste trabalho tem objetivo de revelar como a fisioterapia pode contribuir para um melhor desenvolvimento cognitivo de crianças acometidas gravemente pela disfunção neuromotora associando o ortostatismo durante as condutas fisioterápicas. A intenção deste trabalho é revisar os fundamentos teóricos relacionados ao tema proposto. A metodologia implica no levantamento de dados de variadas fontes para melhor conhecimento sobre o assunto. A fisioterapia deve intervir precocemente na reabilitação do paciente portador de disfunção neuromotora acelerando o processo de aprendizagem cognitiva através do desenvolvimento neuromotor próximo do normal. O ortostatismo deve ser proporcionado a fim de favorecer um acúmulo de sensações, considerando que a deficiência não torna a criança um ser com possibilidades a menos, e sim com outras formas de desenvolvimento baseados no seu potencial de funcionamento. 1. INTRODUÇÃO O presente trabalho tem como objetivo esclarecer através de um estudo bibliográfico a importância do ortostatismo na disfunção neuromotora com seqüela grave para a formação da cognição. Cognição é o ato de adquirir conhecimento e está intimamente ligada aos processos e produtos da inteligência, como conhecimento, consciência, inteligência, pensamento e imaginação. A diversidade de sensações favorece novas experiências enviando ao sistema nervoso as informações, atuando no cognitivo da criança e aprimorando seu contato com o meio. A partir daí, nasce o horizonte mental e psíquico da criança e a ampliação deste horizonte ocorre com a evolução da motricidade até assumir a posição de pé. O ortostatismo confere a criança contato visual com objetos e pessoas proporcionando acúmulo de sensações para o próprio indivíduo. O paciente acometido pela disfunção neuromotora apresenta dificuldade em alcançar o ortostatismo, pois a lesão acometeu os estágios de maturação cerebral, interferindo nas integrações necessárias para as mudanças de fases que ocorrem normalmente. Uma pessoa incapaz de interagir com o meio apresentará alterações sensório-motoras que se não forem trabalhadas corretamente através da fisioterapia poderão exacerbar e acar18 • ed.54 | jan/fev 2007 • F&T

retar déficits cognitivos. A fisioterapia atuará facilitando o ortostatismo do indivíduo através da inibição dos reflexos, de um ótimo alinhamento biomecânico e proporcionando movimentos funcionais para que o cérebro da criança assimile de forma correta estes estímulos aferentes e reconheça-os mais tarde quando a mesma postura for adotada.

Ambos autores, Piaget e Vigotskii mencionam que a criança interage ativamente com o meio externo. Ramires (2003) cita que o desenvolvimento cognitivo permite a criança exercer um papel ativo e dirigido dentro de um contexto afetivo exatamente como no contexto sensório-motor.

2. REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 COGNIÇÃO A cognição está intimamente ligada aos processos e produtos da inteligência, incluindo entidades psicológicas do tipo conhecimento, consciência, inteligência, pensamento, imaginação, criatividade, geração de planos e estratégias, raciocínio. Segundo Fragoso et al (2005), Piaget conduziu um estudo das ações das crianças e a partir daí, surgir uma teoria sobre o nascimento da inteligência, seu objetivo era conhecer do mundo em que vivemos. A partir deste pressuposto no qual a criança desenvolve seu cognitivo através de experiências, podemos entender a importância dos estímulos externos em indivíduos com dificuldades motoras, entre elas crianças com disfunção neuromotora. Somente as fases do desenvolvimento normal, onde a criança acumula sensações, são capazes de proporcionar ao indivíduo interações “inteligentes” com o meio ambiente. Fragoso et al (2005) ensina que Piaget discute também o que é necessário para a criança evoluir para a vida adulta com conhecimento proveniente de trocas entre o organismo e o meio. Na lição de Piaget apud Fragoso et al (2005), não há o desenvolvimento mental da criança com disfunção neuromotora, porém Bobath (1989) vaticina que o desenvolvimento da criança com disfunção neuromotora segue na mesma ordem da criança normal, porém, a acometida pela disfunção neuromota demora mais tempo e tem dificuldade em progredir funcionalmente. Vigotskii e Luria (2001) apresentam uma teoria contrária à de Piaget, onde o conhecimento da criança surge a partir de agentes externos, por exemplo: os adultos, estes servem de mediadores do contato da criança com o mundo. Portanto o cognitivo da criança durante o seu crescimento pode ser trabalhado através de exercícios ativos e também por meio de estímulos produzidos por mediadores.

2.2 DESENVOLVIMENTO MOTOR X DESENVOLVIMENTO COGNITIVO A aprendizagem é um processo global e gradativo, que envolve todas as experiências que a criança adquire desde o nascimento (DIAMENT e CYPEL, 1996). O desenvolvimento estático-motor depende de estímulos que facilitem os elementos tróficos, auxiliando no crescimento de neurônios para que os movimentos motores ocorram normalmente. O processo de aprendizagem está totalmente ligado à criação de sinapses este por sua vez a plasticidade cerebral (BASS, 2004 ; ANNUNCIATO, 1994). De acordo com Burns e Mc Donald (1999), o cérebro se desenvolve continuamente a partir da concepção até o final da primeira década de vida. O desenvolvimento normal da criança se dá no momento em que o sistema nervoso central e periférico faz suas conexões com o restante do corpo, com auxílio de estímulos do meio externo. Passando por todas as fases do desenvolvimento normal, a criança adquire conhecimento cognitivo a partir das experiências com o meio, no caso do indivíduo portador da disfunção neuromotora, essas fases normais não ocorrem e esta criança demora em mudar seus estágios de desenvolvimento e muitas vezes experimenta sensações patológicas devido à persistência dos reflexos. Segundo Flehmig (2000), através da motricidade o homem é capaz de defrontar-se com o meio ambiente. Durante a infância a melhora das capacidades motoras ocorre devido à aquisição da sua independência juntamente à capacidade de adaptar-se a fatos sociais. Um transtorno sensomotor pode ser responsável pela impossibilidade do indivíduo reconhecer corretamente o ambiente. O processo cognitivo está totalmente relacionado com a capacidade do indivíduo se movimentar normalmente, quando a criança passa pelas fases normais do desenvolvimento motor e adquiri organização corporal é ca-


artigo | cognição, ortostatismo, disfunção neuromotora paz de relacionar-se com o meio ambiente, objetos e indivíduos, estimulando assim um desenvolvimento motor e cognitivo próximo do normal. 2.3 DISFUNÇÃO NEUROMOTORA A disfunção neuromotora vai ocorrer quando uma maturação inadequada do sistema nervoso central se dá devido uma lesão permanente e não progressiva do cérebro imaturo, acarretando uma desordem do movimento e da postura permanente, mas não imutável. O desenvolvimento motor estará relacionado com a localização e extensão da lesão, resultando em vários tipos de disfunção neuromotora, assim como sua evolução, prognóstico e tratamento (BOBATH,1992). A lesão vai interferir em todos os estágios da maturação, assim um indivíduo com disfunção não consegue fazer as integrações necessárias para as mudanças de fases que ocorrem normalmente. A criança em geral permanece nos estágios mais baixos de desenvolvimento necessitando de um “bombardeio” de estímulos normais para que o sistema nervoso crie novas conexões. Além dos distúrbios cognitivos presentes, a criança apresentará uma variação de alterações que devem ser tratadas precocemente para não evoluírem e prejudicarem o caminhar da fisioterapia até o posicionamento de pé. 2.4 A IMPORTÂNCIA DA POSTURA DE PÉ A evolução para a postura de pé ocorre a partir do desabrochar gradual das habilidades latentes da criança. O progresso do cérebro infantil principalmente nos cinco primeiros anos de vida acompanha uma capacidade quase previsível da aprendizagem, relacionada à manutenção e a estímulos ambientais. A postura de pé acontece a partir do momento que a criança aprimorou gestos motores, aperfeiçoando movimentos e favorecendo a passagem do plano horizontal para vertical, novas experiências enviando ao sistema nervoso as informações da postura correta. Também é sabido que uma criança com disfunção neuromotora grave, sem possibilidade de marcha, será incapaz de assumir a postura de pé sem auxílio. Associamos essa perda motora ao desenvolvimento cognitivo, que ficará extremamente prejudicado desde que o intelecto se desenvolve a partir de uma riqueza de padrões motores. Podemos citar também os fatores psicológicos, que ficará prejudicado devido às diferenças físicas da criança que não atinge a postura de pé, pois todo ser humano busca em si algo que se assemelhe aos demais, devido ao fato de as diferenças serem notoriamente incômodas. Conclui-se que o processo terapêutico deve

considerar uma seqüência cronológica e funcional, onde as dificuldades do paciente serão observadas e o treinamento inicial parte do aperfeiçoamento de tarefas que antecedem as dificuldades, considerando que o desenvolvimento sensório motor acontece juntamente com outros três processos: uma capacidade que já existe é exercitada; uma função que já é dominada será diferenciada e uma nova tarefa será aprendida. 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES De acordo com as pesquisas realizadas durante a elaboração deste trabalho, concluímos que a fisioterapia deve intervir precocemente na reabilitação do paciente portador de disfunção neuromotora, pois a aprendizagem é gradativa e engloba experiências vividas desde o nascimento, sendo que o desenvolvimento mental do recém nascido ocorre a partir da capacidade dele se movimentar normalmente. O ser humano transforma sua motricidade em razão da carga genética individual, de uma boa maturação do sistema nervoso central integrando-os com as experiências provenientes do meio externo. O homem utiliza a motricidade para defrontar-se com o meio ambiente e a partir daí desenvolver aptidões sensóriomotoras que desenvolverão o aprendizado motor e cognitivo. A cognição influencia no prognóstico motor da criança, pois os processos da inteligência estimulam a vontade do indivíduo se inserir no contexto social ativamente através de movimentos funcionais. É através da cognição que a criança elabora estratégias de movimentos, que se transformarão em aprendizado motor através da repetição e assimilação destes movimentos. Devemos considerar que o desenvolvimento motor e conseqüentemente o cognitivo melhoram com a aquisição da independência da criança durante suas atividades no contexto social. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 1 FRAGOSO, V.; RODRIGUES, D.; VASCONCELOS, L.; RIBEIRO, M.; COSTA, S. A Epistemologia e a Psicologia Genética de Jean Piaget. em: http//www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/seminário/Piaget/desenvolvi.htm. em 14 ago. 2005. 2 BOBATH, B; BOBATH, K. Desenvolvimento motor nos diferentes tipos de PC. 2 ed. São Paulo: Manole, 1989. 3 VIGOTSKII, L.S.; LURIA, A.R.; ALEXIS, N. L. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. 7 ed. São Paulo: Ícone, 2001. 4 RAMIRES, V.R.R. Cognição social e Teoria do Apego: possíveis articulações. Em: http://www.scielo.br/cgi-bin/wxis. exe/iah/. Acesso em 22 ago. 2005. 5 DIAMENT, A.;CYPEL, S. Neurologia Infantil. São Paulo: Atheneu, 1998. 6 BASS, B.L. Plasticidade Neural.Disponível em: http://www. interfisio.com.br.htm Acesso em 18 jun. 2004. 7 ANNUNCIATO, N.F. (1994). O processo plástico do S.N – publicação Temas sobre desenvolvimento.V.3,n. 17,p.4 12. 8 BURNS, Y.R.; MACDONALD, J. Fisioterapia e Crescimento na Infância. São Paulo: Santos, 1999. 9 FLEHMIG, I. Atlas e texto do desenvolvimento normal e www.novafisio.com.br • ed. 54|2007 • 19


artigo | dor, estagiários, fisioterapia neurológica

Dores mais freqüentes que acometem os acadêmicos de Fisioterapia por

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Adriano Luís Fonseca, Fernando Ricardo Barbosa Rodrigues, Kárita Ferreira Trindade e Polyana Matsuoka

D

ores mais freqüentes que acometem os acadêmicos de Fisioterapia, durante o estágio de Neurologia, na cidade de Goiânia.

Resumo Os estagiários do curso de Fisioterapia ficam estressados, decorrente da grande quantidade de tarefas exigidas no último ano; este é um fator que faz com que os mesmos esqueçam da sua auto preservação. O estágio supervisionado representa uma etapa importante na formação profissional dos estudantes, uma vez que se insere como elo entre a vida acadêmica e o mundo do trabalho (JULIANO,2006). Nos estagiários de Neurologia isto não é diferente. O trabalho manual intenso exige um grande desgaste físico devido ao fato dos pacientes serem parcialmente e ou totalmente dependentes. Em conseqüência disto, desenvolvem quadros algicos. Esta pesquisa foi realizada em três Universidades da cidade de Goiânia, no curso de Fisioterapia, em acadêmicos que estão realizando estágio curricular em Neurologia: Universidade Paulista (UNIP), Universidade Católica de Goiás (UCG) e Universidade Estadual de Goiás (UEG). Trata-se de um estudo com o intuito crítico-dialético, baseado em pesquisa de campo com características qualitativas e quantitativas. Foi aplicado um questionário aos estagiários com o objetivo de colher dados sintomatológicos que se fazem presentes nos mesmos durante sua atuação em estágio curricular. Percebe-se, então, a importância da intervenção primária dentro de um trabalho ocupacional, o qual pode minimizar o aparecimento de algias e evitar possíveis patologias. Introdução De acordo com o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional - COFFITO, o Artigo 3º do IV Capítulo da Lei 6.316/75, o estágio supervisionado curricular é um método de ensino promovido por Instituição de Ensino Superior. A realização do estágio dá-se mediante termo de compromisso celebrado entre o estudante e a parte concedente, com interveniência obrigatória da instituição de ensino. O estágio poderá ser ministrado somente por docente contratado pela instituição de ensino que oferece o curso. A supervisão dos estágios curriculares obrigatórios se dará numa relação máxima de seis alunos por docente, fixando uma carga horária de 3.200 horas. Sendo que, a jornada de atividade em estágio a ser 20 • ed.54 | jan/fev 2007 • F&T

cumprida pelo estudante deverá ser compatível com o seu horário escolar e com o horário da parte em que venha ocorrer o estágio. Este trabalho tem como objetivo abordar a aplicação do tratamento dos estagiários com os seus pacientes em sua jornada de estágio, visando somente à área de Neurologia. Além disso, visa correlacionar a eminência de dor limitante ou fator de deficiência para que estes tenham seu desempenho prático prejudicado no estágio de Neurologia, interferindo de forma direta na recuperação dos pacientes. Este trabalho desenvolvido dentro da Neurologia, para a recuperação dos pacientes, requer dos profissionais uma intensa atividade física, com movimentos repetitivos, flexão e extensão de coluna, carga de resistência e intensos movimentos de membros superiores.

“Provocando nos acadêmicos, ao final de sua jornada estagiária, diversas dores referentes à sua atividade ocupacional.“ A dor nas costas, as deformidades da coluna vertebral, os pés chatos, as articulações dolorosas, os reumatismos, o intestino preguiçoso, as insuficiências respiratórias são como falsas notas que vêm desarmonizar a plenitude de um corpo em plena forma (SOUCHARD, 1992). Provocando nos acadêmicos, ao final de sua jornada estagiária, diversas dores referentes à sua atividade ocupacional. No campo da ciência, os últimos anos viram aparecer algumas abordagens que tomam como objetivo a “realidade cotidiana do trabalho”, procurando entender as questões usualmente tratadas pela sociologia e economia num nível mais próximo da experiência vivida pelos trabalhadores em situação de trabalho e durante a realização de suas atividades. Estas abordagens se desenvolveram, por um lado, a partir do interesse “natural” das disciplinas do homem no trabalho em conhecer o trabalho em todos os seus aspectos, tais como a economia, a sociologia, a psicossociologia, a psicolo-

gia do trabalho e a ergonomia; de outro, pelo interesse crescente pela experiência cotidiana, manifestada pelas disciplinas tradicionais que se voltam, sob influência da fenomenologia, da filosofia analítica, da etnometodologia, do interacionismo simbólico, para o desenvolvimento de uma ciência da experiência vivida e da teoria da ação (LIMA; ARAÚJO; LIMA, 1998, p. 27). De acordo com a citação acima se percebe que houve um desenvolvimento no campo de trabalho exigindo dessa forma vários aspectos para um crescimento profissional. Segundo, SAUPE et al., 2004, observa-se na literatura o crescente interesse em conhecer e avaliar o perfil dos acadêmicos de saúde, que são seres humanos que optaram por cuidar e ajudar outros seres humanos, a nascer e viver de forma saudável, a superar agravos à saúde, a conviver como limitações e encontrar um significado nessa experiência. Materiais e métodos A pesquisa, que possui características quantitativas de corte transversal, baseia-se na elaboração de um questionário com 12 perguntas, aplicadas aos acadêmicos estagiários de três Universidades: Universidade Paulista (UNIP), Universidade Católica de Goiás (UCG) e Universidade Estadual de Goiás (UEG), pois são no momento as únicas instituições que oferecem estágios supervisionados em Neurologia na cidade de Goiânia. Este questionário tem como objetivo principal fazer o levantamento dos dados sintomatológicos dos acadêmicos estagiários durante sua atuação. Este questionário resultou em uma total de 37 entrevistados, sendo 10 acadêmicos da UNIP, 13 acadêmicos da UCG e 14 acadêmicos da UEG. O critério de inclusão para a coleta de dados exigia que os entrevistados estivessem regularmente matriculados em sua instituição, estarem cursando Fisioterapia e realizando estágio curricular em Fisioterapia aplicado a Neurologia. Os questionários foram entregues aos supervisores de estágio em Neurologia para que os mesmos aplicassem aos acadêmicos, respeitando a individualidade dos pesquisadores/colaboradores. Embora esta pesquisa tenha característica quantitativa como relatada anteriormente, faremos uma discussão crítica-dialética, a fim de elucidar ainda mais os resultados obtidos. Fundamentação teórica Segundo UMPHRED, 1994, o cérebro é o que


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artigo | dor, estagiários, fisioterapia neurológica regula o comportamento motor. Diante isso, temos os pacientes neurológicos com alto índice de dependência, devido ao comprometimento na sua cinesia-humana. Desta forma acaba exigindo do profissional fisioterapeuta um maior condicionamento físico, pois este irá impor ao seu organismo posturas, sobrecargas, tensões e estresse, durante todo o atendimento (LIANZA, 1995). O desgaste inerente à tarefa dos profissionais da saúde tem sido motivo de preocupação e de pesquisas há mais de duas décadas, e esta questão tem-se tornado cada vez mais relevante, principalmente pelo grau de importância da função social que estes profissionais exercem em suas comunidades (MACEDO, 2004). Pode-se observar, na prática diária do processo de reabilitação física Neurológica, que estas características adotadas tendem a ser mais intensas do que em qualquer outra área de atendimento fisioterápico, uma vez que se trata de pacientes parcialmente e ou totalmente dependentes, que apresentam distúrbios como: • Falta de controle postural e equilíbrio; • Reflexos anormais; • Déficits de programação motora; • Disfunção cognitiva; • Diminuição de propriocepção; • Diminuição de flexibilidade; • Disfunção da regulação tônica; • Disfunção do trofísmo; • Acinesia, ente outras alterações fisiológicas. Devido a essas alterações fisiológicas, o Fisioterapeuta necessita realizar um esforço físico maior ao executar o tratamento, sendo que este é composto por: • Exercícios passivos, ativos, ativos- resistidos e ativos-assistidos; • Métodos específicos como: Bobath, Frenkel, Kabat, equoterapia e hidroterapia, entre outras técnicas em que o Fisioterapeuta deve quase sempre atuar de forma intensa. É importante lembrar que estas técnicas são realizadas com o paciente na altura do solo, sobre colchonetes, tatames ou bolas. Isto exige que o Fisioterapeuta realize excessivamente os movimentos de flexão e extensão de tronco em oposição à força gravitacional. Nesta circunstância os profissionais que atuam nesta área estão mais propícios a desenvolver quadros sintomatológicos, sendo necessário adotar um programa de prevenção para que minimize o aparecimento de algias. Estes programas incluem alongamento, exercícios de fortalecimento e outros, visando um melhor condicionamento físico. Além disso, “promovem adaptações fisiológicas, físicas e psíquicas por meio de exercícios adequados ao ambiente de trabalho” (LIMA, 2003). Isto possibilita uma melhora no desempenho laboral do profissional, diminuindo a possibilidade de adquirir algumas patologias prov22 • ed.54 | jan/fev 2007 • F&T

enientes do trabalho realizado durante seu atendimento em Fisioterapia Neurológica. Resultados Conforme o levantamento obtido pelos questionários de dados dos 37 acadêmicos analisados, 10 (27,02%) pertenciam a UNIP, 13 (35,13%) a UCG e 14 (37,83%) a UEG. Gráfico 01 Universidades entrevistadas Gráfico 02 Idade dos entrevistados

Verificou-se que 76% dos entrevistados sentem que a dor se agrava durante o atendimento e 24% relatam que a dor não se agrava. Gráfico 08 Região da dor

Gráfico 09 Segmento corporal

A idade dos estagiários foi dividida em dois grupos, sendo que 78% têm idade entre 20-24 anos e 22% têm idade acima de 25 anos. Gráfico 03 Gênero dos entrevistados

Observou-se que, quanto a região de dor, 73% relatam sentir mais a coluna vertebral, 11% sentem ambos os membros e coluna vertebral, 5% membros superiores, 3% membros inferiores, 3% ambos os membros e 5% relataram não sentir nenhuma região de dor. Gráfico 10 Tipo de dor

Observa-se que, quanto ao gênero, a distribuição foi de 31 mulheres (84%) e 6 homens (16%). Gráfico 04 Período de estágio

Nota-se que 54% dos participantes do estudo realizam estágio curricular no período vespertino e 46% realizam o estágio curricular no período matutino. Gráfico 05 Sente dor, atualmente

Quanto à presença de algias, 62% dos entrevistados relatam sentir dor, enquanto 38% relatam não sentir nada. Gráfico 06 Sente dor durante o atendimento

Em relação a sentir dor durante o processo de atendimento ao paciente, 53% disseram sentir dor, enquanto 47% disseram não sentir nada. Gráfico 07 A dor agrava ao atendimento

Sobre o tipo de dor que estes estagiários sentem, foi constatado que 57% relatam sentir uma dor moderada, 30% leve dor, 8% uma dor grave, 5% relataram não sentir nenhum tipo de dor e, quanto a dor incapacitante, não foi relatado nenhum caso. Gráfico 11 Período de latência da dor

No período de latência consta que 32% dos entrevistados sentem mais dor no período vespertino; 27% no período matutino; 19% no período noturno, 8% no matutino, vespertino e noturno; 3% no matutino e vespertino; 3% no vespertino e noturno e 8% disseram não ter um período de latência. Gráfico 12 Localização da dor

Dos dados colhidos do entrevistados quanto à localização da dor, 63% relataram sentir uma dor pontual, 32% relataram sentir uma dor irradiada e 5% diziam não ter uma localização da dor.


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artigo | dor, estagiários, fisioterapia neurológica Gráfico 13 Executa a autoprevenção

Quanto ao fato de executarem a autoprevenção, a grande maioria (86%) disseram não se auto prevenir enquanto apenas 14% disseram praticar a autoprevenção. Gráfico 14 Forma de prevenção

Dentre as formas de prevenção ficou relatado que 86% não se previne de nenhuma maneira, 11% relatam fazer alongamento, 3% praticam exercícios de fortalecimento e não ocorreu relato de nenhuma outra forma de prevenção pelos entrevistados. Gráfico 15 Já recorreu a Fisioterapia para analgesia da dor

Em relação ao fato de já ter recorrido a Fisioterapia para a analgesia da dor, 78% relataram não ter necessitado de uma ajuda fisioterapeutica para a analgesia da dor, enquanto 22% já recorreram a esse tipo de assistência. Gráfico 16 Fatores que provocam as algias

Segundo o que foi relatado pelos estagiários entrevistados quanto aos fatores que provocam as algias, 26% disseram que se deve à má postura adotada durante o atendimento ao paciente, 19% relatam se tratar de pacientes pesados, 14% dizem que essas dores são provenientes da má postura e pacientes pesados, 14% relatam que essas dores se dão pelo fato do sedentarismo e má postura, 11% relatam se tratar da falta de prevenção, 5% relatam que a má postura e o estresse são um dos fatores, 5% citam a má postura e a falta de prevenção como um dos pontos chaves que provocam as dores durante o atendimento em estágio, 3% relatam que estes fatores se devem ao atendimento de pacientes pesados associado a falta de prevenção e 3% não souberam dizer que fatores poderiam estar provocando as algias durante o estágio. 24 • ed.54 | jan/fev 2007 • F&T

Discussão Os estagiários encontram-se em contato direto com o paciente, sendo influenciados por ele e o influenciando. E o fato de serem responsáveis pela segurança de seus pacientes acaba gerando nos estagiários sentimentos como insegurança, estresse, angústia e ansiedade (MACEDO, 2004). Sendo assim, a coleta de dados presente aqui neste trabalho visa demonstrar as dores mais freqüentes que acometem os estagiário de Fisioterapia em Neurologia na cidade de Goiânia, através do levantamento de dados feito durante a pesquisa de campo. Foi observado que o período de estágio se divide em dois turnos (matutino e vespertino), cujo segue as regras a serem obedecidas, onde a cargo horária diária delimita-se em três horas e meia para ambos períodos. Em seguida foi analisado o estado sintomatológico dos estagiários. Concluiu-se que a porcentagem de indivíduos que relatam sentir dor atualmente consta em 62%, enquanto os que relataram não sentir dor em 38%; sendo distribuído da seguinte forma UNIP 70% sente dor e 30% não sente dor; UCG 62% sente dor e 38% não sente; UEG 57% sente dor e 43% não sente dor atualmente. Já em relação a esta dor durante o atendimento, verificou-se que 53% sente dor e 47% não sente, sendo que os estagiários que sentem dor estão assim distribuídos: UNIP 90% sente dor e 10% não sente dor; UCG 100% sentem dor; UEG 86% sente dor e 14% não sente dor durante o atendimento. Isso demonstra que a maioria dos estagiários trabalha de forma inadequada tanto antes, quanto durante e após o atendimento ao paciente. Observou-se também que em 24% dos acadêmicos estagiários, esta dor não se altera ao atendimento ao paciente; porém em 76% esta dor chega a agravar-se, ficando assim distribuído: UNIP 80% relatam agravar a dor durante o atendimento e 20% relatam não sentir diferença, UCG 69% agrava a dor durante atendimento e 31% dizem não agravar a dor, UEG 79% disseram que a dor agrava ao atendimento e 21% disseram não agravar a dor durante o processo de atendimento. Neste caso comprova que os estagiários, ao executar o tratamento, não se posicionam de forma adequada, de modo a evitar a dor e ou patologias concomitantes. Os entrevistados relataram que esta dor pode se encontrar em qualquer parte do corpo, deste os membros superiores (MMSS) aos membros inferiores (MMII). 73% relatou sentir dor em coluna vertebral, 11% sente dor generalizada em MMSS, MMII e coluna vertebral, 5% somente em MMSS, 5% em MMII, 3% em ambos os membros e 5% relatam não sentir nenhuma dor, cujo ficou distribuído de acordo com cada Universidade: UNIP 80% coluna

vertebral, 10% em MMII, 10% relataram não sentir dor em nenhum segmento e nenhum dos entrevistados relatou dor nos MMSS; UCG 76% coluna vertebral, 8% em MMSS, 8% em MMSS e MMII, 8% em ambos os membros e coluna vertebral e nenhum dos entrevistados disseram sentir dor em MMII; UEG 65% coluna vertebral, 21% ambos os membros e coluna vertebral, 7% MMSS, 7% MMII. Fica evidente que a região de dor que mais afeta os estagiários em Neurologia é a coluna vertebral. De acordo com os dados levantados, 29% relatam dor no segmento lombar, devido à excessiva flexão e extensão de tronco, sobrecarga e até mesmo pelo fato do paciente nunca se encontrar à altura ajustável durante o seu atendimento. E, estas dores relatadas pelos entrevistados, quando ao tipo específico de dor, resultou em 57% moderada, 30% leve, 8% grave, 5% não souberam definir e não houve nenhum relato de dor incapacitante, sendo distribuídos da seguinte forma: UNIP 60% relataram sentir dor moderada, 20% leve, 10% grave, 10% não relataram nenhum tipo de dor; UCG 62% dor moderada, 38% leve não houve nenhum caso de dor tipo grave ou incapacitante; UEG 50% têm dor tipo moderada, 29% leve, 14% grave, 7% não possui nenhum tipo de dor e não foi constatado nenhum tipo de dor incapacitante; entende-se que estas dores podem se agravar ao passar do tempo e piorar o seu quadro, se não houverem os devidos cuidados preventivos, sendo comprovado aqui que um pouco mais da metade, 65% dos entrevistados, já se encontram em estado de alerta quanto a dor. Quando questionado o seu período de latência os entrevistados responderam da seguinte forma 32% sente mais dor durante o período vespertino, 27% matutino, 19% noturno, 8% matutino, vespertino e noturno, 3% matutino e vespertino, 3% vespertino e noturno e 8% relataram não ter um período de latência da dor; distribuídos da seguinte forma: UNIP 40% o período de latência se dá no turno matutino; 20% período noturno; 10% período vespertino; 10% período matutino, vespertino e noturno, 10% período matutino e vespertino e 10% não relataram nenhum período; UCG 53% relatam o período matutino como o de latência da dor; 31% período noturno; 8% período matutino e 8% período vespertino e noturno; UEG 36% relatam o período matutino; 29% em período vespertino; 14% período matutino, vespertino e noturno, 7% somente em período noturno e 14% não relataram nenhum período de latência da dor; observando o gráfico 04 e correlacionando com o gráfico período de latência (gráfico11), nota-se que esta dor se torna mais presente durante o seu período de atendimento no estágio. A dor se demonstra de forma irradiada em 63% dos entrevistados, 32% pontual e 5% não relataram nenhuma localização da dor, enquanto os estagiários que


artigo | dor, estagiários, fisioterapia neurológica relataram a localização da dor se distribuem da seguinte maneira: UNIP 50% possui dor pontual, 40% irradiada e 10% não souberam dizer; UCG 63% pontual, 38% dizem ter dor irradiada; UEG 72% a dor e de localização pontual, 21% irradiada e 7% não souberam dizer quanto à localização de dor; o que também comprova com os dados obtidos no gráfico, onde a dor se encontra mais especifico em um único segmento, segundo relato dos dados colhidos. Diante estas perguntas foi questionado aos acadêmicos entrevistados quanto a sua atitude em tentar minimizar este quadro de dores que os acometem durante a atuação em estágio de Fisioterapia Neurológica, uma vez que se já esperava uma porcentagem maior de resultados positivos quanto à queixa de dores, neste tipo de estagiários. Em relação ao fato de se executarem a autoprevenção obteve um resultado de 86% não se previne, enquanto 14% relataram se auto prevenir, sendo que os estagiários que se auto previne estão assim distribuído: UNIP 100% dos entrevistados relatam não se prevenir; UCG 77% não se previne enquanto 23% se faz a auto prevenção; UEG 86% também relatam não se prevenir e 14% relatam se prevenir; demonstrando então, que o grande fator de

patologias ocorridas nos estagiários é conseqüência da falta de prevenção. E, destes que se disseram que autoprevinem, utilizam como forma de prevenção alongamentos relatados em 11% dos estagiários entrevistados, 3% baseia em exercícios de fortalecimento, 86% não utiliza nenhuma forma de prevenção e não nenhuma outra forma de prevenção relatada pelos entrevistados como uma maneira de se autoprevenir; e de acordo com cada Universidade ficou assim distribuída: UNIP 100% dos entrevistados não praticam nenhuma forma de prevenção; UCG 77% não se previne de nenhuma maneira, 15% executam alongamento como forma de prevenção, 8% praticam exercícios de fortalecimento; UEG 86% relatam não se prevenir de nenhuma forma, 14% fazem alongamento e não houve nenhum entrevistado que relatasse praticar exercícios de fortalecimento; podendo verificar um erro por parte dos estagiários, pois muitos não executam formas de prevenção, e dos poucos que realizam alguma forma de prevenção só utilizam uma técnica, não havendo a combinação de mais técnicas, por exemplo: alongamento e fortalecimento; para o melhor desempenho corporal, diminuindo assim, a exigência de seu corpo diante as sobrecargas encontradas durante o trabalho ocupacional.

Em 22% dos entrevistados disseram já ter recorrido a Fisioterapia para a analgésia da dor que o perturba, sendo 78% não ter necessitado da intervenção fisioterapeutica para analgesia da dor; ficando distribuídos da seguinte forma: UNIP 60% relataram não ter recorrido a Fisioterapia para analgesia da dor, 40% já tiveram que recorrer a Fisioterapia para a analgesia da dor; UCG 100% nunca recorreu a Fisioterapia para a analgesia da dor; UEG 71% relataram não ter recorrido a Fisioterapia e 29% relataram ter recorrido a Fisioterapia para analgesia da dor; onde se percebe que estas dores que acometem os estagiários pode vir a influenciá-los durante o atendimento caso se agrave mais, já que alguns obtêm uma dor mais intensificada, necessitando, então de uma intervenção fisioterapeuta para analgesia desta síndrome algica. Segundo estas queixas de dores relatadas pelos estagiários durante a sua atuação em Fisioterapia Neurológica, se dá mediante a alguns fatores que ficaram distribuídos em: 26% relatam má postura, 19% pacientes pesados, 14% má postura e pacientes pesados, 14% sedentarismo e má postura, 11% falta de prevenção, 5% má postura e falta de prevenção, 5% má postura e sedentarismo, 3% pacientes pesados e falta de prevenção, 3%

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artigo | dor, estagiários, fisioterapia neurológica não relatou nenhum fator; sendo demonstrada por cada Universidade da seguinte forma: UNIP 50% pelo fato de se tratar de pacientes pesados, 20% má postura adotada durante o atendimento, 10% falta de prevenção, 10% pacientes pesados e falta de prevenção, 10% má postura e pacientes pesados; UCG 39% se deve a má postura, 23% falta de prevenção, 23% má postura e falta de prevenção, 15% pacientes pesados; UEG 37% sedentarismo e má postura, 21% má postura, 14% má postura e estresse, 14% má postura e falta de prevenção, 7% pacientes pesados e má postura, 7% não souberam relatar. Isto demonstra com nitidez que os próprios estagiários percebem que as dores ocasionadas se devem a falta de sua autoprevenção, reconhecendo também que, pelo motivo de se tratarem de pacientes parcial e ou totalmente dependentes, o trabalho ocupacional torna se mais sobrecarregados, o que serve para confirmar que o estagiário deve se prevenir de todas as formas possíveis. O estágio supervisionado nas áreas de saúde pode ser considerado como um conjunto de atividades de aprendizagem social e profissional, proporcionadas pela participação em situações reais de vida e trabalho realizado junto à comunidade (FRANCISCO, 2003).

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Conclusão A elaboração deste trabalho fez com que tivéssemos uma visão clara das atividades dos estagiários de fisioterapia em neurologia durante os seus períodos de estágio, principalmente em relação aos riscos que correm durante a realização de seus atendimentos. A partir dos dados coletados percebemos que os estagiários podem ser acometidos por algias em diversas partes do corpo, devido a excessiva repetição de exercícios e a má postura durante o atendimento a seus pacientes. Isto pode interferir diretamente na recuperação destes, uma vez que os estagiários tendem a ter dificuldades para realizar os atendimentos de forma adequada. É fundamental que os estagiários possuam uma consciência corporal própria, construída a partir da aquisição de conhecimentos fisiopatológicos das alterações posturais e das técnicas de reabilitação. Estes conhecimentos deveriam fazer com que os estagiários utilizassem as referidas técnicas como forma de autoprevenção. No entanto, isto nem sempre acontece. Muitas vezes os acadêmicos não realizam este tipo de prevenção e nem procuram profissionais para promover sua reabilitação e correção postural.

Referências bibliográficas BRASIL. Resolução Nº 14, de 11 de setembro de 2004. Entidades de fiscalização do exercício das profissões liberais. Diário Oficial da União – N º 229, Brasília 30 de nov. de 2004. JULIANO, S.S. Avaliação da qualidade de vida em estagiários de Fisioterapia da ESEFEGOUEG através do SF-36. Goiânia, 2006. Monografia (Graduando em Fisioterapia). Universidade Estadual de Goiás. LIANZA, S. Medicina de Reabilitação. Rio de Janeiro, 1995. ed. Guanabara; 2ª edição. LIMA, M.E.A; ARAÙJO, J.N.G; LIMA, F.P.ª. LERDimensões Ergonômicas e Psicossociais. Belo Horizonte, 1998. ed. Saúde Ltda; 2ª edição. MACEDO, M.C.P. Avaliação da qualidade de vida em residentes de medicina da UNIFESPEPM. São Paulo, 2004. Dissertação (Mestrando em Ciências da Saúde)- Departamento de Pósgraduação em Saúde Mental. LIMA, V.Ginástica Laboral- Atividade Física no ambiente de trabalho. São Paulo, 2003. ed. Phorte. SAUPE, R. et al. Qualidade de vida dos acadêmicos de enfermagem. Ver. LatinoAmericana de Enfermagem, junho-agosto. 2004, vol12, n.4, p.636-642. SOUCHARD, P. Esculpindo seu corpo - Auto posturas de endireitamento. São Paulo, 1992. ed. Manole. UMPHRED, D.A. Fisioterapia Neurológica. São Paulo, 1994. ed. Manole; 1ª edição.


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artigo | estresse, gestantes, fisioterapia

Incidência de estresse em gestantes por

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Fabíola Zucco

O

Estresse é a atitude biológica necessária para a adaptação do organismo a uma nova situação. Em medicina entende-se o Estresse como uma ocorrência fisiológica global, tanto do ponto de vista físico quanto do ponto de vista emocional. As primeiras pesquisas médicas sobre o Estresse estudaram toda uma constelação de alterações orgânicas produzidas no organismo diante de uma situação de agressão (BALLONE, 2000). Fisicamente o Estresse aparece quando o organismo é submetido a uma nova situação, como uma cirurgia ou uma infecção, por exemplo, ou, do ponto de vista psico-emocional, quando há uma situação percebida como de ameaça. De qualquer forma, trata-se de um organismo submetido a uma situação nova (física ou psíquica), pela qual ele terá de lutar e adaptar-se, conseqüentemente, terá de superar. Portanto, o Estresse é um mecanismo indispensável para a manutenção da adaptação à vida, indispensável pois, à sobrevivência (BALLONE, 2000). A gravidez é uma ocasião de intensas alterações musculoesqueléticas, físicas e emocionais e ainda assim uma condição de saúde (KISNER, 1998). Deste ponto de vista, muito o fisioterapeuta pode fazer para proporcionar uma gestação tranqüila à grávida. LIPP (1996) afirma que toda mudança gera um nível de estresse, e a gestação é um momento de mudança na vida da mulher, e esta sendo agradável ou não, acaba muitas vezes gerando um certo estresse e então, o organismo reage. Para LIPP(1994) o estresse é resultado e uma interação entre a pessoa e o mundo em que ela vive, e quando esta se sente ameaçada ou em perigo, seu organismo entra imediatamente em estado de alerta e se prepara para agir: lutar ou fugir. De acordo com MOREIRA (1992) apud FILGUEIRAS (1999) o termo estresse compreende um conjunto de reações e estímulos que causam distúrbios no equilíbrio do organismo, freqüentemente com efeitos danosos. Quando a gestante se encontra nesta situação de estresse, acaba atingindo o feto. Desde o começo da gestação, os sentimentos e os humores maternos afetam o bebê, que está exposto aos mesmos hormônios que a mãe. A angústia, ansiedade, depressão e nervosismo são transmitidos quimicamente por hormônios (BURGIERMAN, 1998). Preocupada em acompanhar as diferentes fases que a mulher passa durante a sua vida, a fisioterapia vem se aperfeiçoando em métodos e técnicas para garantir o bem-estar 28 • ed.54 | jan/fev 2007 • F&T

da gestante e do seu bebê. Devemos sempre lembrar que estamos trabalhando com dois seres: a mulher e a criança que está no seu ventre (PEIXOTO, 2000). Contextualização Atualmente a mulher vem ocupando um novo papel na sociedade, não apenas de mãe e esposa, mas também de profissional. O papel da mulher na sociedade mudou radicalmente nos últimos cem anos, em especial nas cidades (HINDLE, 1999). Com o passar do tempo a mulher está cada vez mais requisitada a participar da vida pública (trabalho, profissão, posições no governo e compromissos políticos), e isto acaba causando um conflito para a mulher, conciliar casamento, filhos e profissão (AVERBUCH, 1995). À medida que assumem cada vez maiores fatias do mercado de trabalho, elas acabam julgadas pelos mesmos critérios e enfrentam o mesmo estresse que os homens. Porém, as mulheres sofrem ainda mais pressão devido ao conflito entre tarefas fora e dentro de casa (HINDLE, 1999). Mesmo para as mulheres que exercem atividades, as mais diferentes possíveis, a maternidade ainda se caracteriza como a atividade mais sublime de suas vidas (GRISCI, 1995). As mulheres apresentam-se condicionadas a esse papel desde a infância, mas não somente nela, todo seu desenvolvimento é norteado para esse condicionamento, mesmo que ela nunca chegue a ser mãe (GRISCI, 1995). De acordo com LIPP (1996), toda mudança gera certo nível de stress e a gestação é um momento de mudança na vida da mulher, do companheiro, dos filhos, enfim, da família. Essa mudança, sendo agradável ou mesmo complicada, muitas vezes não deixa de gerar certo stress, e conseqüentemente o organismo reage. As reações produzidas pelo organismo, diante da situação de stress, são idênticas independentemente desta situação ser positiva ou negativa. A gestação é uma etapa especial da vida da mulher, quando se está gerando um novo ser, e seu bem-estar físico, emocional e social deve ser mantido. Stress pra gestante (LIPP, 1996): - Se ela trabalhar fora - Não tiver companheiro - Difícil situação econômica Características de estresse: -diminuição do libido -pensar em um só assunto -irritabilidade excessiva -sensibilidade emotiva excessiva -irritabilidade sem causa aparente

-cansaço excessivo -angústia -dificuldades sexuais e sociais -sensação de estar flutuando -insônia -tristeza excessiva -baixa auto-estima As mulheres, durante a gestação, tornam-se mais sensíveis, em processo de restruturação e reajustamento, instáveis emocionalmente, desta forma, estariam naturalmente mais suscetíveis à tensão, à pressão, à ansiedade, às expectativas, aos medos e outros fatores internos que podem funcionar como fontes estressoras. As crianças ( bebê que ela está esperando) irracionalmente também podem ser consideradas fontes de estresse. De acordo com um teste citado ( Teste de Holmes e Rahe – em anexo) por ZILLIG (1998) o fator gestação se encontra em décimo segundo lugar na lista de situações de estresse. De acordo com Yali e Lobel (1999) numa pesquisa realizada com 167 gestantes de risco todas apresentaram alguns sintomas de distresse. Porém de acordo com as autoras, estes sintomas são considerados comuns e não há possibilidade de por em risco a criança. Metodologia Esta pesquisa se caracteriza por uma coleta de dados. A amostra são gestantes atendidas em uma Clínica de Fisioterapia Particular na cidade de Gaspar -SC, no período de 2004 a 2006. As gestantes desta pesquisa foram selecionadas para tornar a amostra mais homogenia e logo a pesquisa mais fidedigna. Foram atendidas no total 11 gestantes, entre a idade de 25 a 32 anos, primeira gestação, fator econômico bom, começando entre o quarto e quinto mês de gestação a drenagem linfática manual. Nenhuma apresentou complicações gestacionais durante os 9 meses e sem histórico de aborto. Para a obtenção de dados foi aplicado um teste de sinais e sintomas de estresse citado por ZILLIG (1998) no primeiro dia e último dia


artigo | estresse, gestantes, fisioterapia

de atendimento. O teste segue abaixo: Dados da Primeira avaliação: Nos sintomas físicos as 10 gestantes apresentaram pelo menos 3 sintomas dos 12 especificados, sendo os mais comuns a fadiga e má digestão. Sendo que os assinalados foram considerados D – mais que uma vez por semana. Nos sintomas psicológicos as 10 gestantes apresentaram pelo menos 5 sintomas dos 12 mencionados sendo os mais comuns a facilidade de se irritar e impaciência, sendo considerados E- frequentemente. Nos sintomas comportamentais as 10 gestantes apresentaram 3 sintomas dos 12 mencionados sendo que o fator come mais que o normal foi o mais mencionado, sendo estes considerados D- mais que uma vez por semana. Dados da Avaliação Final: Nos sintomas físicos as 10 gestantes apresentaram pelo menos 8 dos 12 sintomas mencionados, sendo relatado por 100% a dor nas costas. Outros relatados pela grande maioria foram dor no pescoço, fadiga, suor nos pés e mãos. A grande maioria dos sintomas foi dita freqüente ou mais que uma vez por semana. Nos sintomas psicológicos os 11 sintomas foram assinalados, sendo que estes forma mais presentes no final da gestação de acordo com as gestantes e considerados D – mais que uma vez por semana. A dificuldade para dormir e pensamentos ansiosos foram considerados E – freqüentemente. Não foi relatado o sentimento de pensamentos competitivos. Nos sintomas comportamentais permaneceu os dados da primeira avaliação. Conclusão e Discussão dos Dados De acordo com os dados colhidos é possível confirmar o fato do teste de Holmes e Rahe que coloca uma gestação em uma das principais causa de estresse. Foi possível observar que ao passar dos meses os sintomas de estresse foram se intensificando, exclusivamente

em sintomas físicos e psíquicos. É importante lembrar que muito dos sintomas físicos relatados são decorrentes da própria gestação, como a dor nas costas e pescoço que são comuns pelo aumento da barriga e por fim alteração postural. Outros sintomas como pensamentos ansiosos também são comuns, pois quanto mais perto do nenê nascer mais a mãe fica ansiosa para vê-lo. Mesmo sendo característicos da gestação, estes sintomas geram estresse. Apesar de vários sintomas relacionados ao estresse estarem presentes desde o início da gestação até o final, é possível notar em cada gestante que o bem de estar esperando um nenê é muito superior a todo esse desequilíbrio emocional e alterações corporais, e que é possível levar uma gestação tranqüila apesar dessa mudança, considera única, para toda REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA KISNER, Carolyn e Colby, Lynn Allen. Exercícios Terapêuticos: Fundamentos e Técnicas. 3a ed. São Paulo: Manole, 1998. KRUSE, Wilson e Abeche, Alberto Mantovani. Assistência Pré-Natal. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 1992. REZENDE, Jorge de. Obstetrícia Fundamental. 6a ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1992. CUNHA, Sérgio Pereira da e Duarte, Geraldo. Gestação de Alto Risco. Rio de Janeiro: MEDSI, 1998. MALDONADO, Maria Tereza. Psicologia da Gravidez: Parto e Puerpério. 14aed. São Paulo: Saraiva, 1997. GANDHA, Ma Anand. Yoga e Maternidade. São Paulo: TAO Editora, 1983. GEISSMANN, Pierre. Os métodos de relaxação. São Paulo: Loyola, 1970. ALEXANDER, Gerda. Eutonia: Um caminho para a percepção corporal. 2aed. São Paulo: Martins Fontes, 1991. MÜLLER, Gunna Brieghel. Eutonia e Relaxamento: Relaxamento corporal e mental. São Paulo: Manole, 1987. TARANTINO, Mônica. Gravidez de Risco: Como conviver. Revista Mãe, São Paulo, anoVI, n.61, p26-27, março,1999. RODRIGUES, Maria José. Musicoterapia: Elemento integrador entre o corpo e a mente. Revista Fisioterapia da PUC-PR, Curitiba, v.III, n.1, p10-13, abril-set,1990. BARRETO, Sidirley de Jesus. Psicomotricidade: Educação e Reeducação. Blumenau: ODORIZI, 1998. ARTRAL, Raul, Wiswell, Robert A. e Drinkwater, Barbara L. O exercício na gravidez. 2ª ed. São Paulo: Manole, 1999. POLDEN, Margaret e Mantle, Jill. Fisioterapia em obstetrícia e ginecologia. São Paulo: Santos, 1993. BURGIERMAN, Denis Russo. O feto aprende. Revista Super Interessante, São Paulo, ano12, n.7, julho, 1998. YALI, A.; LOBEL, M. Coping and distress in pregnancy. Journal of psychosomatic and gynecology, v. 20, mar, 1999. BACCARO, Archimedes. Vencendo o estresse: como detectá-lo e superá-lo. 2º ed. Petrópolis: Vozes, 1991. DO RIO, Rodrigues Pires. O Fascínio do stress: vencendo desafios num mundo em transformação. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1996. LIPP, Marilda Novaes e cols. Como enfrentar o stress. 4º ed. São Paulo: Ìcone, 1994. ZILLIG, César. Dose o stress: tempere a vida. Blumenau: EKO, 1998. BOAS, João Vilas. Stress: você pode ser o próximo: Previna-se. 2ºed. São Paulo: SILFAB, 1996 WILLIAMS, Stephen. Administrando a pressão

CEARÁ INOVA EM POLÍTICAS ESTUDANTIL Os acadêmicos de Fisioterapia do Estado do Ceará vêm a algum tempo se organizando, nas áreas política, Social e Cultural, organização essa que já rendeu o ECAF (Encontro Cearense de Acadêmicos de Fisioterapia), que em Abril desse ano estará na sua terceira edição. O ECAF deu-se inicio no ano de 2005 e vem crescendo a cada ano, a novidade desse ano e que será um marco para Fisioterapia do Estado, pois está marcado a assembléia geral para a formação da ACAF (Associação Cearense de Acadêmicos de Fisioterapia), a mesma é a entidade representativa dos estudantes de Fisioterapia do Estado do Ceará, instituída sem fins lucrativos, apartidária, de duração indeterminada, e reger-se-á por um estatuto e as normas adotadas, será exercida em âmbito de todos os seus poderes. O Estatuto proposto já está pronto e durante os meses de Fevereiro e Março do ano vigente será discutido em reuniões em cada Faculdade que atualmente no ceará são sete no total, e as sínteses das alterações serão discutidas na assembléia geral que será durante o evento. A ACAF tem vários objetivos dentre eles podemos ressaltar alguns como: Congregar, representar e defender os estudantes de fisioterapia, Promover formas de ampliação da concepção em Fisioterapia como um instrumento de transformação social e Lutar em defesa da saúde da população, buscando intervir nas políticas públicas de saúde e educação. A formação da ACAF tem o apoio de diversas entidades não só do estado, mais também nacionais como: ACEFISIO (Associação Cearense de Fisioterapeutas), CREFITO 06 (Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional), COFFITO (Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional), SBF (Sociedade Brasileira de Fisioterapia), dentre outras.

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clipping | evasão, educação superior, graduação.

A evasão do ensino superior por

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Antonio Gois da Folha de S. Paulo

A

nualmente, milhões de jovens no Brasil comemoram a entrada na universidade. Uma parcela expressiva deles, no entanto, ficará no meio do caminho. Um estudo feito a partir do Censo da Educação Superior pelo Instituto Lobo para o Desenvolvimento da Educação, da Ciência e da Tecnologia mostra que somente metade dos alunos que ingressam anualmente no sistema consegue, quatro anos depois, se formar. Para estimar a evasão no ensino superior brasileiro, o instituto comparou o número de concluintes com o de ingressantes quatro anos antes. Essa relação é chamada de taxa de titulação. No caso do Brasil, ela foi de 51% em 2005, já que 718 mil estudantes se formaram naquele ano, número bastante inferior ao 1,4 milhão que, em 2002, entrou no sistema. Os 49% restantes representariam, portanto, o contingente estimado que evadiu do sistema. Comparações feitas pelo instituto mostram que a taxa é alta quando comparada com países desenvolvidos ou em desenvolvimento. No Japão, apenas 7% dos alunos não concluem o curso após quatro anos. No México, esse percentual chega a 31%. O patamar brasileiro é próximo do da Colômbia (51%). Uma outra forma de avaliar a evasão é estimando isso anualmente. Nesse caso, os dados do Censo da Educação Superior calculados pelo Instituto Lobo mostram que a taxa em todo o sistema foi de 22%. Isso significa que 750 mil alunos deixaram de estudar em 2005. Essa taxa, no entanto, é maior na rede privada (25%) do que na pública (12%). Ao longo dos últimos cinco anos, tanto a taxa de evasão anual quanto a evasão em quatro anos ficaram estáveis. Para Oscar Hipólito, um dos autores do estudo coordenado pelo consultor e ex-reitor da USP Roberto Lobo e realizado em parceria com Paulo Motejunas e Maria Beatriz de Carvalho Lobo, as instituições de ensino superior precisam adotar novas estratégias para evitar que o aluno deixe de estudar, em vez de apenas se preocuparem em atrair estudantes. “De 2004 para 2005, o número de matrículas no ensino superior aumentou em 290 mil. O número de alunos que evadiram do sistema, no entanto, foi muito maior [750 mil]. A perda desses alunos causa prejuízos tanto para a rede pública quanto para a privada, já que você mantém toda uma estrutura para receber aquele aluno, mas ele não está mais estudando.” Na avaliação dele, o principal fator a explicar a evasão não é econômico, mas sim de qualidade do ensino: “Acreditava-se muito que a questão financeira era a vilã da história, mas percebemos em vários estudos que há várias outras razões. A principal delas talvez seja o desestímulo com o curso ou a falta de conhecimento prévio sobre a carreira escolhida no vestibular. Se o ensino for de qualidade e houver bons professores, no entanto, ele fará de tudo para 30 • ed.54 | jan/fev 2007 • F&T

continuar estudando”. Escolha precoce O presidente do Conselho Nacional de Educação, Edson Nunes, concorda com a análise de Hipólito. “Acho até surpreendente que a taxa de desistência não seja maior, já que muitos cursos têm a mesma cara que tinham no século 19 e não são atraentes para os jovens. São visões antigas de mundo, que oferecem pouco do ponto de vista de uma formação mais sólida. Hoje, nossas universidades oferecem, na verdade, apenas um ensino tecnológico metido a besta.” O reitor da Universidade Federal de Mato Grosso e presidente da Andifes (associação dos reitores das federais), Paulo Speller, cita também como explicação o fato de a escolha da carreira ser feita muito cedo no Brasil. “O jovem faz muitas vezes uma escolha não acertada e acaba optando por trocar de curso numa mesma universidade ou até por voltar a fazer um novo vestibular”, diz. Felipe Thomé da Silva, 23, foi um dos milhares a ter se desiludido com sua escolha. Ele fez dois anos de jornalismo, mas desistiu. “Vi que não era a minha área e tranquei o curso”, conta. Ele decidiu fazer um novo vestibular, desta vez para direito. “Eu até estava gostando do curso, mas tive que trancar a matrícula por não ter como pagar. Em 2007, no entanto, tenho planos de voltar a estudar.” João Marcelo, 21, estudava fisioterapia mas depois de migrar de uma universidade para outra no intuito de conseguir mensalidades mais baratas acabou também trancando sua matricula. Assim como Felipe pretende voltar este ano. Cálculo Como não há dados que permitam acompanhar com precisão a trajetória de todos os alunos que entram no ensino superior em determinado ano, a estimativa da evasão total é feita levando em conta o tempo médio esperado para conclusão de um curso, que é de quatro anos. Mesmo se a taxa brasileira fosse calculada levando em conta um intervalo maior, de cinco anos (existem cursos com essa duração e muitos estudantes podem demorar mais do que quatro anos para se formar), os dados, ainda assim, mostrariam que uma parcela expressiva de estudantes ficou no meio do caminho, uma vez que os 718 mil concluintes em 2005 representam apenas 60% do 1,2 milhão de ingressantes em 2001. No caso da evasão a cada ano, a taxa é calculada tendo em vista o número de alunos que já estavam no sistema no ano anterior e o número de estudantes que permaneceram estudando no ano seguinte. Por: ANTÔNIO GOIS


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tininha | humor - passa-tempo - novidades - tv - música - cinema - automóvel - compras - m

tininha

Oi pessoal, eu já estava com saudades de vocês, mas foi bom descansar ns férias, a gente precisa né?! Eu acho que este ano vamos ter muita coisa boa, porque tenho recebido e-mails de todos os lugares do Brasil com muitas historinhas, piadinhas e informações importantes que sempre irei selecionar e por aqui as melhores. Se você sabe de alguma, me escreva, não esqueça de mim não hein! Meu e-mail se você ainda não sabe é tininha@novafisio.com.br. Beijão a todos e fico esperando seus e-mails. Tchau.

Este tema foi tocado em uma comunidade do ORKUT, (COMUNIDADE: FISIOTERAPIA) onde se discutia “estágios” extra-curriculares. O colega Jefferson Catunda achou interessante esta relação e resolveu divulga-la, no intuito de ampliar o debate... SEXO X EMPREGOS Incrível como todo adolescente sonha com a primeira relação sexual e com o primeiro emprego não? Adaptando estes sonhos para a FISIOTERAPIA teremos: SEXO = ESTÁGIO FILHOS = EMPREGO CASAMENTO = CONTRATAÇÃO ABORTOS OU CONTRACEPÇÃO = DESEMPREGO Desta forma, quanto mais sexo (estágio) sem filhos (empregos), menos contratações (casamentos). SIMPLES ASSIM!...

...Ia esquecendo:

SEXO PAGO, SEM COMPROMISSO = PROSTITUIÇÃO. prostituição de uma categoria profissional é igual a desacreditação pública das reais necessidades não dos seus serviços, mas das “qualidades” de quem os fornece. Dr. Jefferson Lemos Catunda.

PROJETO DE LEI Nº 4.199, DE 2001. (Do Sr. Alberto Fraga) Dá nova redação aos arts. 1º, 2º, 5º e 12º e acrescenta o art. 4º-A e os incisos IV e V no art. 5º, todos do Decreto-Lei nº 938, de 13 de outubro de 1969, e dá outras providências. EMENDA DE PLENÁRIO Nº O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Esta lei dá nova redação ao Decreto-Lei nº 938, de 13 de outubro de 1969, com a seguinte redação: “Art. 1º Inclua-se onde couber no Decreto-Lei nº 938, de 13 de outubro de 1969 o seguinte artigo: Art. ..... As técnicas de quiropraxia e osteopatia são especialidades das profissões de que trata o presente Decreto-Lei.” Art. 2º Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogando as disposições em contrário. Sala das sessões, em dez de 2006. 32 • ed.54 | jan/fev 2007 • F&T

FISIOTERAPEUTA RECEM FORMAD A FISIOTERAPEUTA NOVATA Após seu longo curso de fisioterapia, a nova doutora abre seu consultório e já no primeiro dia alguém bate na porta. Para marcar aquela presença, ela pega o telefone e pede para a pessoa entrar e esperar. Fica uns 30 minutos fingindo uma conversa: - Sim, claro! Pode ser esporão de calcâneo! Ou ainda fascite plantar. O homem olha para ela com uma cara desconfiada... - Não é espondilite anquilosante não, fica tranqüila, é só eu fazer minha avaliação cinesio funcional e começaremos a tratar, você vai ficar ótima!!! (e assim ficou enrolando...) Quando desligou, após aquela “longa conversa”, toda educada pergunta: - Pois não, cavalheiro, em que posso ajudá-lo? O homem respondeu: -Sou da telefônica, vim instalar sua linha.

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moda - economia - turismo - esporte - culinária - curiosidade - arte - mais... PARA VOCÊ QUE É FISIOTERAPEUTA, MAS NÃO CONSEGUE FICAR LONGE DO COMPUTADOR. DITADOS POPULARES NA ERA DA INFORMÁTICA * A pressa é inimiga da conexão! * Amigos, amigos, senhas aparte. * Antes só do que em chats chatos! * Arquivo dado não se olha o formato! * Para todo bom provedor uma senha basta. * Não adianta chorar sobre o arquivo deletado. * Em terra de off-line, quem tem 486 é rei! * Hacker que ladra, não morde! * Mouse sujo se limpa em casa! * Melhor prevenir que formatar. * O barato sai caro e lento... * Programa velho é que faz site bom... * Quando a esmola é demais, o santo desconfia que veio algum vírus anexado! * Quando um não quer dois não teclam! * Em briga de namorados virtuais, não se mete o mouse! * Mais vale um arquivo no HD do que dois baixando... * Em casa de programador, o espeto é de par trançado! * Quem ama um 486, Pentium 4 lhe parece! * Quem clica seus males multiplica! * Quem com vírus infecta, com vírus será infectado! * Quem envia o que quer, recebe o que não quer! * Quem não tem banda larga, caça com linha discada! * Quem nunca errou, que aperte a primeira tecla! * Quem semeia e-mails, colhe SPAM! * Quem tem dedo vai a Roma.com! * Um é pouco, dois é bom, três é chat! * Vão-se os arquivos e ficam os back-ups! * Não deletei, não sei quem deletou e tenho raiva de quem deleta! * O back-up morreu de velho! * É nos menores chips que se encontram as melhores informações! * Diga-me qual a sala de chat que você freqüenta e te direi quem és! * Vírus no winchester dos outros é refresh! “Sentar direito” pode fazer mal às costas O antigo aviso para sentar com as costas retas pode ser prejudicial à coluna, segundo revela um novo estudo, divulgado. As informações são da revista Live Science. Pesquisadores analisaram diferentes posturas e concluíram que a postura reta pode levar a problemas crônicos nas costas. Com o auxílio de imagens de ressonância magnética, os cientistas estudaram a postura de 22 voluntários. Eles sentaram curvados, retos e formando um ângulo de 135º com base da cadeira enquanto suas colunas eram escaneadas. “A posição em 135º é melhor biomecanicamente, ao contrário da de 90º, considerada a melhor pela maioria das pessoas”, explicou Waseem Amir Bashir, da Universidade de Alberta, no Canadá, que é o coordenador do estudo. “Sentar errado pode levar a problemas nas costas como dor crônica e deformações na coluna”, alertou. De acordo com o médico, a estrutura do ser humano não foi feita para ficarmos sentados durante muitas horas, mas a vida moderna exige que grande parte das pessoas trabalhe desta forma. “Por isso, uma posição próxima da deitada é melhor”, concluiu. O estudo foi divulgado na reunião anual da sociedade radiológica da América do Norte. FONTE Ultimo Segundo Ciência e Saúde 07:50 30/11

contando suas histórias e sugestões.

SOBE... Parabéns Dra. Kauara Vilarino Santana de Rio Verde-GO pela matéria vinculada no programa Brasil TV ao levar para população, a importância da atuação do fisioterapeuta na saúde ocupacional. SOBE... agora em 2007 o estado do Acre será contemplado com um curso de fisioterapia na Faculdade Barão do Rio Branco UNINORTE, onde formará mais 200 profissionais em 4 anos. As aulas iniciam no dia 12 de fevereiro. SOBE... A fisioterapeuta Dra. Teresa Cristina Alvisi, da PUC-Poços de Caldas participou do Programa Globo Repórter dando explicações sobre a Hidroterapia e divulgando nosso trabalho. Obrigado e parabéns Dra. Teresa Cristina. ...DESCE Foi interrompido o convênio da SOBRAFISA com a Secretaria Municipal de Saúde de Uberlândia com objetivo de prestar assistência em Acupuntura no PSF. ...DESCE O site do crefito 4 MG ainda está fora do ar. Alguém de Minas Gerais conhece um webdesigner para indicar? ...DESCE A Associação Fluminense de Reabilitação (AFR) estava recrutando acadêmicos de fisioterapia do 5º ao 7º período para estagiar em diversos setores. Acontece que Estágio desvinculado do projeto pedagógico do curso de fisioterapia é exercício ilegal da profissão! Acadêmicos do 5º período não podem realizar estágio intervindo diretamente no paciente. www.novafisio.com.br • ed. 54|2007 • 33


agenda | cadastre o seu e-mail em nosso site e receba informativos de todos os cursos. DESC DATA CURSO CIDADE UF TELEFONES OU SITE MARÇO Em Mar Formação no Método Pilates Rio de Janeiro RJ (21) 2572-1862 Em Mar Massoterapia Oriental Curitiba PR (41) 3019-2828 / 9973-0610 Em Mar Conceito Maitland - Sérgio Marinzeck - Mód. III Rio de Janeiro RJ (21) 3087-4653 / 2259-3347 2 Maitland São Paulo SP (11) 4524-4571 02 a 04 Curso Internacional Iso Stretching - Turma G Guarujá SP 0800 724 2800 02 a 04 VII Ciclo de Fisioterapia Dermato-Funcional - Mód. I Belo Horizonte MG (31) 3241-2978 03 e 04 Fisiologia Humana Rio de Janeiro RJ (21) 2255-7635 / 9984-4195 Esp. 03 e 04 Massoterapia - Mód. II Rio de Janeiro RJ (21) 2530-8294 / 9984-2190 Esp. 03 e 04 Curso de Crochetagem - Mód. II Juiz de Fora MG (21) 2530-2850 / 9984-2190 03 e 04 Curso de Massaterapia Desportiva - 70% prático Rio de Janeiro RJ (21) 2485-1949 / 9941-2615 Esp. 03 e 04 Pilates Plus - Solo e Bola Rio de Janeiro RJ (21) 2530-8294 / 9984-2190 07 e 08 I Fórum Brasileiro de Debates sobre o PL 7703/2006 (Ato Médico) Brasília DF (21) 3521-6783 / 2294-9385 07 a 11 Formação em Osteopatia - Mód. I São Paulo SP (11) 6886-4504 / 9341-0923 07 a 12 Curso de Formação em RPG / RAL - Mód. I Curitiba PR (41) 3019-2828 / 9973-0610 08 e 09 Mobilização Neural - Toby Hall (Austrália) Rio de Janeiro RJ 0800 400 7008 / (43) 3325-7656 09 e 10 AGIR - Alongamento Global Isométrico Reeducativo Rio de Janeiro RJ (21) 2287-2994 / 2287-3100 10% 09 a 11 Curso Mat Pilates (solo e acessórios) Niterói RJ http://stretch.ubbihp.com.br 10 IX Curso de Pilates Aplicado à Fisioterapia Salvador BA (71) 3347-5313 / 9928-7979 10 e 11 Estética Corporal pela Acupuntura Rio de Janeiro RJ (21) 2255-7635 / 9984-4195 10% 10 e 11 Reabilitação do Joelho - Prof. José Roberto Prado Junior Rio de Janeiro RJ (21) 2223-0587 10% 10 e 11 Curso de Fisioterapia em UTI Prática Rio de Janeiro RJ (21) 2223-0587 10% 10 e 17 Anatomia Aplicada por Imagem Niterói RJ (21) 2718-2413 / 2705-0517 12 e 13 Mobilização Neural - Toby Hall (Austrália) São Paulo SP 0800 400 7008 / (43) 3325-7656 14 a 18 Atualização de Cursos da Physio Pilates / Polestar Salvador BA (71) 3261-8000 15 a 20 Curso de Pilates D&D Brasília DF (61) 3568-5892 / 9698-9534 16 Formação em Osteopatia - Mód. I Rio de Janeiro RJ (21) 2508-7240 16 a 18 Curso Internacional Iso Stretching - Turma H Campo Grande MS 0800 724 2800 16 a 18 Drenagem Linfática Facial e Corporal Rio de Janeiro RJ (21) 2255-7635 / 9984-4195 16 a 24 RPG - Sistema Australiano São Paulo SP 0800 4007008 / (43) 3325-7656 17 e 18 Curso de Técnicas de Alongamento - 70% Prático Rio de Janeiro RJ (21) 2485-1949 / 9941-2615 Esp. 17 e 18 Pilates Plus - Solo e Bola Rio de Janeiro RJ (21) 2530-8294 / 9984-2190 19 a 31 RPG Souchard - 1ª fase Brasília DF (27) 3349-0799 / (61) 3338-8695 21 Formação em Osteopatia - Mód. I Rio Branco AC (68) 3222-8680 / 9205-9698 21 a 24 Curso de RPG/RDM - Mód. I Rio de Janeiro RJ (21) 2415-6768 22 a 25 Ayurveda - Técnica da Massagem e Fundamentos da Terapia Corporal São Paulo SP (11) 3078-6203 / 3168-5742 23 a 25 VII Ciclo de Fisioterapia Dermato-Funcional - Mód. II Belo Horizonte MG (31) 3241-2978 23 a 25 Curso de Auriculoterapia Chinesa Poços de Caldas MG (12) 3674-2544 23 a 30 Pilates Sob a Ótica das Cadeias Musculares Rio de Janeiro RJ (21) 2268-6997 / 2288-8131 25 Curso Extensivo Formação no Método T.M.S Campinas SP (19) 3252-5656 / 9743-5244 25 a 02 RPG - Sistema Australiano Porto Alegre RS 0800 400 7008 / (43) 3325-7656 Esp. 28 Drenagem Linfática Manual Rio de Janeiro RJ (21) 2530-8294 / 9984-2190 28 Formação em Osteopatia - Mód. I Florianópolis SC (47) 3349-1363 / 8409-9767 28 a 30 Terapia Manual nas Disfunções Mec. da Cintura Pélvica e Coluna Lombar Recife PE (81) 3423-7803 28 a 01 Curso de RPG/RDM - Mód. II Rio de Janeiro RJ (21) 2415-6768 30 a 01 Curso Internacional Iso Stretching - Turma I Belo Horizonte MG 0800 724 2800 30 a 05 Pré-Formação em GYROKINESES® Rio de Janeiro RJ (21) 2511-3388 Esp. 31 e 01 Anatomia Palpatória Curitiba PR (21) 2530-8294 / 9984-2190 31 a 08 Curso Internacional de Hidroterapia (Dr. J. Lambeck) São Paulo SP (21) 3478-1700 ABRIL Esp. 06 e 07 Mobilização Neural Manaus AM (21) 2530-8294 / 9984-2190 Esp. 07 e 08 Fricção Transversa Profunda - Mód. I Rio de Janeiro RJ (21) 2530-8294 / 9984-2190 09 a 15 Curso Internacional de Hidroterapia (Dr. J. Lambeck) Rio de Janeiro RJ (21) 3478-1700 10 a 12 I Congresso Internacional de Fisioterapia Fortaleza CE (85) 3094-0464 13 a 15 Curso Internacional Iso Stretching - Turma J São Paulo SP 0800 724 2800 13 a 15 VII Ciclo de Fisioterapia Dermato-Funcional - Mód. III Belo Horizonte MG (31) 3241-2978 13 a 16 Pilates Clínico Internacional São Paulo SP 0800 400 7008 / (43) 3325-7656 10% 14 Aspectos Atuais da Avaliação e Intervenção Neonatal Niterói RJ (21) 2718-2413 / 2705-0517 Esp. 14 e 15 Curso de Crochetagem - Mód. I Rio de Janeiro RJ (21) 2530-8294 / 9984-2190 DIVULGUE SEU CURSO GRATUITAMENTE AQUI! VEJA NOSSA AGENDA COMPLETA NO SITE WWW.NOVAFISIO.COM.BR

34 • ed.54 | jan/fev 2007 • F&T


agenda | cadastre o seu e-mail em nosso site e receba informativos de todos os cursos. DESC DATA CURSO CIDADE UF TELEFONES OU SITE ABRIL 10% 16 a 20 Curso de Fisioterapia em UTI Prática Rio de Janeiro RJ (21) 2223-0587 18 a 20 Curso Internacional (França) - Bricot M1 - “Posturologia” Recife PE 0800 774 2070 19 a 22 Curso de Podoposturologia Rio de Janeiro RJ (21) 2415-6768 20 Hibrido (Studio e Rehab) Rio de Janeiro RJ (71) 3261-8000 Esp. 21 e 22 Curso de Crochetagem - Mód. II Rio de Janeiro RJ (21) 2530-8294 / 9984-2190 Esp. 21 e 22 Fricção Transversa Profunda - Mód. II Rio de Janeiro RJ (21) 2530-8294 / 9984-2190 10% 21 e 22 Reabilitação do Joelho - Prof. José Roberto Prado Junior Rio de Janeiro RJ (21) 2223-0587 21 e 22 Pilates Internacional - Saúde da Mulher São Paulo SP 0800 400 7008 / (43) 3325-7656 22 a 24 Curso Internacional (França) - Bricot M1 - “Posturologia” Porto Alegre RS 0800 774 2070 23 a 26 Pilates Clínico Internacional com Chloe Lorback Porto Alegre RS 0800 400 7008 / (43) 3325-7656 24 a 07 Formação em GYROTONIC ® Rio de Janeiro RJ (21) 2511-3388 27 a 29 Curso de Escoliose Tridimensional Rio de Janeiro RJ (21) 2415-6768 27 a 29 Curso de ATM Santos SP (12) 3674-2544 10% 28 e 29 Theraband “Balance, Bolas e Bandas”- Prof. José Roberto Prado Jr. Rio de Janeiro RJ (21) 2223-0587 28 a 01 42º ENAF - Encontro Nacional de Atividade Física Poços de Caldas MG (35) 3222-2344 28 a 01 Congresso Brasileiro de Hidroterapia e Terapias Aquáticas São Paulo SP (11) 3691-0859 Esp. 30 e 01 Mobilização Neural Timóteo MG (21) 2530-8294 / 9984-2190 30 e 01 I Simpósio Multidisciplinar no Tratamento de Feridas Jequié BA www.uesb.br 30 a 11 Curso Livre Básico de RPG Philippe Souchard - Turma A - 1º Módulo Salvador BA (71) 3331-6272 / 3331-8905 MAIO 02 a 05 III Simpósio de Fisioterapia da UESB Jequié BA www.uesb.br 10% 3 Curso de Reabilitação Cardíaca Rio de Janeiro RJ (21) 2223-0587 03 a 06 VII Ciclo de Fisioterapia Dermato-Funcional - Mód. IV Belo Horizonte MG (31) 3241-2978 4 Hibrido (Studio e Rehab) Belém PA (71) 3261-8000 DIVULGUE SEU CURSO GRATUITAMENTE AQUI! VEJA NOSSA AGENDA COMPLETA NO SITE WWW.NOVAFISIO.COM.BR

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36 • ed.54 | jan/fev 2007 • F&T


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FisioPerfil | sempre uma breve entrevista de quem tem uma longa história

Prof. Luís Guilherme Barbosa Onde e quando se formou? 1991 aqui no Rio de Janeiro Qual foi a melhor coisa que fez na vida? Foi sair da Engenharia para a Fisioterapia. Qual foi a pior coisa que fez na vida? Acreditar em Universidades particulares e investir pesado nelas. O que você mais gosta na profissão? O resultado. É muito bom ver uma pessoa sem dor e recuperar sua função laborativa, sentir-se útil na sociedade em que vive. Poder retomar suas atividades de vida diária. Isso porque é muito triste ver alguém derrotado pela incapacidade de realizar alguma coisa. O que você odeia na profissão? A fofoca e a inveja. Essa coisa do fisioterapeuta jogar MAU-MAU (ou CAN-CAN), falar mal de colegas sem conhecer a verdade é muito irritante. Que qualidade mais admira nos profissionais que te cercam? O respeito pelas pessoas. Trabalho com um pessoal que é muito consciente das coisas. Que qualidade mais detesta nos profissionais que te cercam? Como eu trabalho em muitos lugares lido com pessoas que são muito fofoqueiras, invejosas e não respeitam a capacidade dos outros. Qual sua maior virtude? Ser chato, persistente. Qual seu pior defeito? Sou observador demais e acabo vendo e percebendo coisas que não devia. Se pudesse mudar algo, o que seria? Teria muitas coisas para mudar, mas posso te dizer que gostaria de mudar a visão dos dirigentes das Universidades particulares em relação a área de saúde, principalmente, e a relação entre alguns professores e alunos. Qual maior mentira já contou? Que sou irmão do Paulinho do Roupa Nova, porque o pessoal diz que sou parecido com ele, então já dei autógrafo e tudo para algumas fãs menos atentas. Qual fato foi mais inusitado em sua carreira? Ter saído da PETROBRAS num programa de demissão voluntária para poder viver exclusivamente da Fisioterapia. Muitos dizem que sou louco, tem vezes que eu concordo, principalmente quando lido com pessoas e instituições menos sérias. Qual fato foi o mais cômico? Uma vez dando aula, caí da carteira em sala. Apoiei a coxa e meia banda na parte que é para apoio dos cadernos e soltei o peso. Não deu tempo, “estabaquei” no chão como uma pedra. Não havia o que fazer ou dizer. Meus alunos foram muito gentis. Riram pouco na minha frente. Qual dica daria aos colegas? Respeitem-se, trabalhem juntos e estudem muito. Lembrem-se de que tem muita gente precisando do nosso trabalho, mesmo que eles ainda não tenham consciência disso. 38 • ed.54 | jan/fev 2007 • F&T

Quem é | Prof. Luis Guilherme Barbosa

luisbarbosa@globo.com Foi um dos primeiros fisioterapeutas a falar em Fisioterapia do Trabalho no Rio. Em 1995, foi um dos primeiros fisioterapeutas a fazer mestrado em engenharia de produção na COPPE/UFRJ. Atualmente se dedica a docência, a sua empresa, a GESTO Ergonomia e Saúde no Trabalho e ao CICERO, Centro de Inovação, Qualificação, Ergonomia e Educação Continuada de Rio das Ostras.

Qual seu maior sonho? No campo profissional, ver a GESTO crescer e minha equipe poder viver bem de Fisioterapia. Se não fosse fisioterapeuta gostaria de ser o que? Cantor E qual profissão jamais queria ter? Mergulhador de plataforma de petróleo. Diga uma frase para por em nossa seção de frases. Quem disse que Fisioterapia é lenta?! Nem a Homeopatia é lenta porque a Fisioterapia seria! Diga um desafio? Fazer com que fisioterapeutas trabalhem juntos e se respeitem mutuamente. Quer fazer alguma divulgação? Quero falar do Mestrado da UNEC, em Caratinga, é uma luta que estamos travando em benefício da Fisioterapia. Outro fator importante é o espaço que os fisioterapeutas estão tendo no Mestrado em Saúde da Família da UNESA.

Indique um profissional com uma longa história para ser nosso próximo entrevistado


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