Edição 12

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Mais um ano se passou e, com ele, muita luta, vitórias, derrotas... mas acima de tudo a consciência do dever cumprido e o aprendizado neste mundo chamado FISIOTERAPIA. Temos certeza de que com vocês não foi diferente. Esperamos ter levado ao longo desse ano através de nossas páginas, informações que tenham contribuído na formação de grandes profissionais dentro do contexto ético e social que requer uma profissão tão importante como a FISIOTERAPIA. Queremos deixar nossos votos de um 1999 repleto de paz, prosperidade e realizações, sendo estes de mãos dadas com a Revista FISIO&TERAPIA. Feliz Natal a todos! Obrigado, Brasil! Atenciosamente; Piá e equipe FISIO&TERAPIA. ASSINATURA Central de Atendimento ao Assinante De 2ª a 6ª das 09:00h às 20:00h. Tel (021) 294-9385 / 528-0000 cód 231754 ou 245724 e-mail: oston@inx.com.br Informações ao Assinante: As assinaturas podem ser feitas através do envio de um cheque nominal a Revista Fisio&terapia no valor de R$30,00 (Assinatura anual - 6 edições) para o endereço da redação, ou depósito bancário. A Revista Fisio&terapia não se responsabiliza por vendas efetuadas por pessoas que não estejam diretamente vinculadas ao expediente da mesma. Não nos responsabilizamos pelas opiniões, conceitos e sugestões emitidas em artigos assinados.

DIRETOR Oston de Lacerda Mendes 528-0000 Cód. 231754 DIRETOR DE PUBLICIDADE Fabiano Moreira da Silva 528-0000 Cód. 245724 DIRETORA FINANCEIRA Jeanne Malheiro Dinesen 528-0000 Cód. 212330 DEPTO DE VENDAS (Assinaturas) Marco Masullo. SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Branca Sant‘Anna JORNALISTA RESPONSÁVEL Marcos Antônio Alves PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO Alexander Panagio Santos ASSESSORIA EM INFORMÁTICA Flávio Branco DIGITAÇÃO E REVISÃO

Kátia Leite de Castro (021) 269-9854 GAROTO PROPAGANDA Piá (nome vencedor da promoção) Contemplado Sr. Jansen Bioset. NOSSO ENDEREÇO Redação e correspondência R. José Linhares, 134 - Leblon Rio de Janeiro - 22430-220 Tel: (021) 294-9385 e-mail: oston@inx.com.br

CORRESPONDENTES DESTA EDIÇÃO Ana Patrícia de Souza Santos - SEFLU Catherine Angélica C. de Farias - UFRN Cezar Roberto L. Ferreira - UNIG Danielly S. Araújo - FAFISC Katia Mara Tavares - UNIFENAS Marcelo Almeida e Fonseca - FAFISIO Vanessa de S. Freitas - PUC Poços de Caldas Vânia M. R. Monaldi - UNIVERSO VISITE NA INTERNET www.inx.com.br/Fisio&terapia

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Janeiro ________________________1999 3 e 8 São Pedro SP Curso Maitland (019) 422-1066 / 433-2321 / 422-1771 11 a 13 Rio de Janeiro Terapia Manual dos Trigger Points (021) 572-0571 25 a 6 de fevereiro Rio de Janeiro XV Curso Nacional de Fisioterapia Respiratória (021) 253-9285 Fevereiro________________________1999 Fev Londrina PR Pós-graduação em Osteopatia e técnicas associadas 043-326-7700 ramal 51 1 a 5 Curso de Podoposturologia SIDAS França (043) 991-4625 / 324-3101 21 a 27 Natal Curso de Osteopatia (019) 422-1066 / 433-2321 / 422-1771 28 e 29 Londrina Internacional de Hidroterapia 0800-437008 / (043) 324-9875 Março________________________1999 1 a 13 Londrina Internacional de Hidroterapia 0800-437008 / (043) 334-2662 4 a 7 Itajaí Curso de ATM + Membros Inferiores (019) 422-1066 / 433-2321 / 422-1771 12 a 14 Natal Curso de Fisioterapia voltada à estética (019) 422-1066 / 433-2321 / 422-1771 20 e 26 Londrina Maitland - Mobilização Lombar 0800-437008 / (043) 334-2662 22 e 27 Londrina Maitland - Mobilização Cervical 0800-437008 / (043) 334-2662 25 a 28 Termas Aguativa - próximo Londrina WhorkPhysio - 99 (043) 328-3403 / 991-9187 Abril ________________________1999 8 a 30 Londrina Hidroterapia - Métodos Halliwick 0800-437008 / 043-334-2662 9 a 11 São Pedro Curso de Ergonomia e Ginástica Laborat (019) 422-1066 / 433-2321 / 422-1771 17, 18, 24 e 25 Biomecânica (021) 719-1201 / 460-1010 cod. 1180102 23 a 25 São Pedro Congresso de Iso Stretching (019) 422-1066 / 433-2321 / 422-1771 24 e 25 Niterói Curso de Fisioterapia no Controle da dor (021) 719-1201 / 460-1010 cod. 1180102 30 a 02 de maio Curso de Iso Stretching (1ª turma) (019) 422-1066 / 433-2321 / 422-1771 Maio________________________1999 30 abril a 16 maio São Pedro SP Iso Stretching (019) 422-1066 / (019) 481-1511 1 e 2 Niterói Curso de Fisioterapia no Controle da dor (019) 422-1066 / 433-2321 / 422-1771 4 a 6 São Pedro Curso de Iso Stretching (2ª turma) (019) 422-1066 / 433-2321 / 422-1771 7 e 8 Universidade Metodista São Bernardo do Campo (011) 766-7600 7 a 9 São Pedro Curso de Iso Stretching (3ª turma) (019) 422-1066 / 433-2321 / 422-1771 08,09,15,16,22 e 23 Niterói Curso Fisiologia Respiratória (021) 719-1201 / 460-1010 cod. 1180102 14 a 16 São Pedro Curso de Iso Stretching (4ª turma) (019) 422-1066 / 433-2321 / 422-1771 14 a 16 Recife Curso LER (019) 422-1066 / 433-2321 / 422-1771 15, 16, 22 e 23 Niterói Biomecânica (021) 719-1201 / 460-1010 cod. 1180102 / (043) 330-8030 19 a 23 Londrina Curso de Cochetagem (019) 422-1066 / 433-2321 / 422-1771 21 a 23 Natal Curso de Iso Stretching ( 5ª turma ) (019) 422-1066 / 433-2321 / 422-1771 23 a 28 Congresso Mundial de Fisioterapia (Inf. Crefito 5 ) (019) 422-1066 / 433-2321 / 422-1771 26 a 29 Fortaleza 2ª Congresso Brasileiro de Queimados ( 085) 268-2052 26 a 30 Curso Internacional em Anatomia Palpatória e Cochetagem Mio-Aponeurótica Piracicaba (043) 324 -5101 / 991-4625 26 a 30 São Pedrro Curso de Cochetagem (019) 422-1066 / 433-2321 / 422-1771 28, 29 e 30 Niterói Curso Prático de Fisioterapia (021) 719-1201 / 460-1010 cod. 1180102 29e 30 Niterói Curso Principais Patologias do Joelho (021) 719-1201 / 460-1010 cod. 1180102 Junho________________________1999 04, 05 e 06 Niterói Curso Prático de Fisioterapia (021) 719-1201 / 460-1010 cod. 1180102 12, 13, 19, 26 e 27 Niterói Curso de Semiologia Cardio-Vascular-Respiratória (021) 719-1201 / 460-1010 cod. 1180102 5 e 6 Niterói Curso Principais Patologias do Joelho (021) 719-1201 / 460-1010 cod. 1180102 4


WATSU

UM NOVO MÉTODO NA HIDROTERAPIA Watsu, junção das palavras “water” e “shiatsu”, foi criado em 1980 por Harold Dull, norte-americano, fundador da W.A.B.A. World Aquatic Bodywork Association (Associação Mundial de Terapia Corporal Aquática) na Califórnia em Harbin Hot-Spring. O Watsu foi introduzido no Brasil em 1992, através de cursos de formação montados por terapeutas autorizados pela W.A.B.A.. Estes cursos foram direcionados às formas de terapias em geral, incluindo os profissionais da área de saúde. Contudo, vem-se confirmando a necessidade da utilização do método por profissionais de Fisioterapia, ou por eles supervisionado. Através da prática e estudos do método, a Drª. Maristela Antunes constatou a importância do método para o tratamento das mais variadas patologias, excluindo apenas aquelas que são contra- indicadas para a conduta hidroterapêutica. Neste método várias técnicas podem ser aplicadas, trabalhando-se o paciente através de alongamento músculoesquelético-ligamentar-tendíneo; tracionamento; aproximação e mobilização articular (Maitland ); propriocepção sensório-motora; shiatsu, drenagem linfática etc... Conclui-se, portanto, que para utilizar e beneficiarse deste método, faz-se necessário o conhecimento da anatomia e biomecânica huma-nas, assim como conhecimento dos efeitos físicos e terapêuticos

da água aquecida, uma vez que o tratamento é realizado em piscina aquecida em torno de 36°C. O Watsu também tem como objetivo, através do total relaxamento, trabalhar o emocional do

Poucos fisioterapeutas têm o curso de formação em Watsu. No Esta-do do Rio de Janeiro contamos com a Drª. Maristela Antunes N. de Araujo, que tra-balha e faz pesquisas em Hidroterapia há três anos, e fez o curso de formação em Watsu no primeiro semestre de 1997, aqui no Rio de Janeiro, ministrado pelo professor Mário Jarrara, que há anos mora nos Estados Unidos, e foi o primeiro discípulo de Harold Dull.

paciente, aprofundar-se em sua psique, onde a água morna parece nos acolher, trazendo lembranças do aconchego materno e da vida intra uterina, fazendo com que a nossa criança interior seja trabalhada , remetendo-nos a um lugar dentro de nós mesmo onde podemos meditar e encontrar a nossa harmonia interna. Na visualização de uma sessão de Watsu podemos entender

melhor a beleza do método. Os movimentos são leves, acompanhados de música para relaxamento, o paciente se integra ao meio, homogeniza-se totalmente a água, perdendo noção de tempo e espaço. Finalizando, o método, apesar de novo, tem fundamentos científicos e, na prática, os resultados são excelentes. Temos assim em nossas mãos, e através delas, mais uma forma de reabilitar holisticamente as pessoas que nos procuram. Ainda este ano terá início uma série de cursos com teoria e prática em Watsu, organizado pela SOFITOERJ (Sociedade de Fisioterapia em Traumato-Ortopedia do Estado do Rio de Janeiro). Os associados receberão o folder explicativo em suas residências. 1º CURSO DE WATSU 19 e 20 Dezembro na ACM. Aos interessados é só entrar em contato com a Sociedade pelo Tel: (021) 350-8067 . 5


Prof. Dr. Jones Eduardo Agne (Dep. de Fisioterapia/UFSM); Profa. MS. Liliane de Freitas Bauermann (Dep. Fisiologia/ UFSM);Técnico em Histologia, Sr. Sérgio O. Silveira, Profª. MS. Cristiane C. Kohler (Dep. de Histologia/UFSM); acadêmicas Rachel Casagrande e Cristina H. Romero do Curso de Fisioterapia/ UFSM. Diabetes Mellitus é uma síndrome clínica heterogênea que se caracteriza por anormalidades endócrino- metabólicas que alteram a homeostase no homem. Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), no Brasil a estimativa é que existem 5 milhões de diabéticos (4 a 5 % da população). Sua alta incidência é devida principalmente à predisposição genética e outros fatores como infecções, traumas e processos auto-imunes (MADE, 1997). Essa anormalidade caracteriza-se por uma deficiência insulínica absoluta ou relativa (MACHADO e PEREIRA, 1993). A grande prevalência do Diabetes Mellitus e o aumento de sobrevida dos pacientes diabéticos vem tornando cada vez mais freqüente o desenvolvimento de problemas em seus pés, em uma síndrome conhecida como ¨pé diabético”, a qual constitui a mais freqüente e incapacitante complicação tardia dessa doença (CRAUZAS e COLS, 1988 ; GILMORE e COLS, 1993). O pé diabético e as amputações representam, do ponto de vista físico, social e econômico, o problema mais importante do Diabetes Mellitus. O diabético possui uma extraordinária suscetibilidade 6

à infecção: de uma lesão aparentemente trivial pode surgir um quadro de infecção necrotizante, virulenta, que rapidamente se dissemina. As ulcerações do pé resultam de um conjunto de fatores que se associam como a arteriosclerose acelerada, insuficiência arterial, alterações macro e microvasculares, neuropatia periférica (sensitiva e motora) e alterações da imunidade celular, criando assim um quadro de predisposição para infecções. Além de atuar na prevenção do pé diabético, a fisioterapia poderá auxiliar na lesão já instalada, evitando, dessa maneira, a amputação do membro. DAYTON E PALLADINO (l989), afirmam que a terapia da microcorrente elétrica é, evidentemente, um suplemento efetivo e seguro para tratar casos não cirúrgicos de úlcera recalcitrante. Na década de 60, BECKER demonstrou que uma corrente elétrica é o gatilho que estimula a cura, o crescimento e a regeneração de todos os organismos vivos. As microcorrentes são formas de ondas bifásicas e interferenciais com freqüências variáveis. Seus efeitos referem-se a vasodilatação, calmante, redução do processo inflamatório, efeito sedativo nos processos irritativos (neurites) em sua polaridade positiva e efeitos estimulantes, amacia tecidos por pontos de estimulação, cicatrizes, tecido fibroso (esclerose), estimula a circulação na polaridade negativa. É indicada nos casos de cicatrização de queimaduras, úlceras de decúbito, edema-linfedema, úlceras

varicosas, úlceras hipertensivas como o quadro de Diabetes, fraturas, problemas de locomoção, força (reeducação do músculo) e relaxamento de músculos. Segundo CHENG (1982), o uso de microcorrentes em peles de ratos aumenta a síntese de ATP, síntese de proteínas e o incremento do transporte das membranas, demonstrando também o aumento na geração de ATP 300 a 500 % e um incremento de transporte de aminoácidos da ordem de 30 a 40%. Experimentos com modelo de ferida animal na década de 60, demonstraram que uma intervenção elétrica pode resultar na aceleração da cura nas feridas da pele, com formação mais rápida e mais forte do tecido atingido (CAREY e LEPLEY, 1962; ASSIMACAPOULOS, 1968). EAGLSTEIN e MERTZ (1978), mostraram que feridas úmidas são capazes de cicatrizar 40% mais rápido que feridas expostas ao ar. A estimulação elétrica da ferida também tende a aumentar o crescimento da qualidade de receptores - fatores que aumentam a quantidade de formação de colágeno (FALANGA, 1987). Adicionalmente, nenhum efeito adverso resultante da eletroterapia sobre feridas foram encontradas (WEISS, 1990). As considerações anteriormente expostas, nos tem estimulado a desenvolver uma série de pesquisas referentes à aplicabilidade das microcorrentes em várias patologias. Dentre estes trabalhos, queremos destacar um que está em fase final, porém com os resultados ainda não definidos. Trata-se do uso das microcorrentes em cobaias que apresentam úlceras


induzidas com quadro de Diabetes. Estamos utilizando ratos Wister que foram submetidos à droga Estreptozotocina, potente agente metilante para o DNA. Esta droga atua como doador de óxido nítrico nas ilhotas pancreáticas , induzindo a morte das células secretoras de insulina, favorecendo um modelo animal de diabetes. Os procedimentos para a obtenção dos resultados seguem um rígido controle glicêmico e análise histológica das úlcerações previamente induzidas nestes

animais. O tratamento proposto pelo trabalho consiste em utilizar diariamente (uma vez ao dia) o aparelho VASCULAR - VK 719 KROMAN – RESTORING CELULAR, de forma bipolar num período de 20 minutos/sessão, numa intensidade de 80 microamperes. Um grupo controle não sofrerá estimulação pelo aparelho, mas o restante dos procedimentos estão sendo idênticos ao grupo experimental. Esperamos, no término do trabalho, poder extrair algumas conclusões que possam ser úteis no tratamento de úlceras

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diabéticas, minimizando estas complicações responsáveis pelas amputações nos enfermos diabéticos. Qualquer sugestão pertinente ao assunto poderá ser feita através de nosso e-mail jones@ccs.ufsm.br ou pelo fone/ fax (055) 220.8018 com o Prof. Jones E. Agne.

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1. INTRODUÇÃO O tratamento hidro-terápico é utilizado na terapia de muitos distúrbios neurológicos. A tepidez e a sustentação da água ajudam a aliviar alguns dos sintomas dos pacientes, e uma progressão graduada dos exercícios é valiosa para os pacientes cujos músculos estão fracos ou paralisados, tanto como dar ao paciente sustentação e liberdade de movimento. A água habilita o Fisioterapeuta a mover o paciente mais facilmente do que em terra, como em outras condições, estes fatores melhoram ao mesmo tempo a confiança e expectativa do paciente. 1.1. Efeitos terapêuticos do exercício na água * alívio da dor e do espasmo muscular; * relaxamento; * manutenção ou aumento da amplitude de movimento das articulações; * reeducação dos músculos paralisados; * fortalecimento dos músculos e desenvolvimento de sua força e resistência; * melhora das atividades funcionais da marcha; * aumento do fluxo circulatório e assim, benefícios aos tecidos; * Beneficio mental, proporcionando ao paciente confiança para alcançar máxima independência funcional. 1.2. Contra-indicações Como em qualquer área da Fisioterapia, há algumas contra-indicações à terapia na água e alguns casos nos quais é necessário 8

precaução. Mas vale ressaltar, sobre outras condições, que não é possível traçar regras rígidas, e o Fisioterapeuta deve confiar em sua avaliação dos dados de exame. Constituem pontos a serem mantidos em mente: * infecções da pele como TINEA PEDIS, TINEA CAPITIS; * feridas abertas ou úlceras podem ser cobertas por meias ou curativos oclusivos impermeáveis; * incontinência fecal e urinária; * pacientes com história pregressa de cardiopatia devem ter um acompanhamento com maior atenção; * pacientes com aversão (medo) à água não têm probabilidade de ter uma boa resposta ao tratamento. 2. PARKINSONISMO É uma síndrome caracterizada por rigidez muscular e tremor que resulta em má movimentação voluntária, postura e equilíbrios prejudicados, rigidez matinal e tremor. Estas características clínicas também são evidentes na condição degenerativa conhecida como doença de Parkinson. O tratamento hidroterápico (na piscina) pode ser muito útil para promover uma liberdade funcional maior ao paciente. A rigidez será reduzida sob os efeitos fisiológicos da água tépida (vasodilatação periférica, relaxamento muscular imediato, aumento do metabolismo) facilitando, desse modo, o movimento

2.1. Objetivos do tratamento * Redução da rigidez; * melhora ou manutenção da mobilidade das articulações; * melhora da postura pelo encorajamento dos movimentos de extensão; * aumento da expansão torácica; * reeducação da marcha. 2.2. Técnicas —> O paciente principia deitado com meio suporte e o Fisioterapeuta rola seus joelhos passivamente, de um lado para o outro, para ganhar relaxamento. Os movimentos devem ser efetuados ritmicamente e à medida que o relaxamento ocorre, a varredura é aumentada até que a amplitude completa é obtida. —> Quando a amplitude quase total foi obtida, o paciente é encorajado a juntar-se ativamento ao movimento. —> A seguir, com o paciente sentado, a rotação do tronco é efetuada mais uma vez. Os braços do paciente são pegos com as mãos fechadas, cotovelos estendidos e ombros em flexão a 90º. O Fisioterapeuta auxilia o paciente a mover seus braços de um lado para o outro, aumentando a amplitude de rotação do tronco e novamente com o paciente aliandose tanto quanto possível, dado que o movimento seja suave e ritmico. —> Com o paciente deitado com o auxílio de flutuadores e o Fisioterapeuta fixando a pelve, a flexão lateral do tronco pode ser realizada passiva, lenta e ritmicamente, com


aumento gradual na amplitude e o paciente aliando-se ativamente. O tronco inferior pode ser movido se o paciente estiver deitado com auxílio dos flutuadores e repouso do pescoço, fixando os cotovelos. As pernas do paciente, então oscilam de um lado para outro. À medida em que a amplitude é aumentada, a rotação do tronco pode ser incorporada, com o paciente instruído para conduzir com seus calcanhares. Se o paciente não colocar seus braços na posição de repouso do pescoço, o Fisioterapeuta, fixa nas escápulas. —> A flexão e extensão do tronco com rotação, também pode ser aplicada. Movimentos do tronco com exercícios respiratórios também são indicados, sempre executando os trabalhos igualmente para ambos os lados.

—> A rotação do tronco também pode ser praticada com o paciente deitado em meio suporte. Ele é instruído para levar uma perna, alternando para cada lado, com o Fisioterapeuta auxiliando.

Fabiano Moreira da Silva * Acadêmico do 7º período (UGF) * Diretor de Publicidade da Revista Fisio&terapia * Representante Fisio&Terapia (UGF)

—> Auxiliar o paciente a caminhar dentro da água devido à resistência imposta pela mesma. Uma maneira alternativa é caminhando na frente do paciente, razoavelmente mais rápido, para que com isto, sua esteira ajude a iniciar a marcha do paciente. —> Muitos pacientes apreciam nadar, o que melhora a coordenação e equilíbrio, devendo ser ensinados o rolar e soprar para fora, na água, quando a face for submergida. A rotação lateral do corpo é alcançada, trazendo um braço ou perna do paciente cruzando o tronco, virando

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O Mecanoplus é composto por uma estrutura em liga leve de alumínio, 10 (dez) acessórios de uso específico para cada obejetivo Cinésico e 4 (quatro) pares de “ There-Band Tubing ” - Resistência Progressiva. Este conjunto oferece ao Fisioterapeuta a grande diversidade de exercícios Cinesioterápicos, os quais poderão objetivar às articulações, músculos, grupos musculares, amplitudes isoladas ou globais, cada qual com uma variedade de resistências.

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Ph. E. Souchard A contração muscular concêntrica – suas conseqüências

Um músculo que se

contrai aproxima suas extremidades. Mesmo quando fazemos um gesto de grande amplitude cuja ação parece voltada para o exterior, o motor é uma

flácidas, nossos músculos anti-gravi-

tática contra uma pequena resistência,

tários reagem através de hipertonia,

permitindo-lhes assim recuperar compri-

acarretando encurtamento e rigidez.

mento, flexibilidade e força ativa.

O paradoxo dos músculos eretores

A fisiopatologia dos nos-

sos músculos é então inversa, segundo se trate de músculos de caráter mais dinâmico ou mais estático.

que achatam

A gravidade é uma força

que se exerce verticalmente de cima

contração muscular concêntrica. Em

Nos dois casos trata-se

para baixo. Para erigir-se, é preciso

posição ereta, a atividade tônica dos

de uma fraqueza. Se existe um exces-

então opor-lhe uma força igual a de

nossos fusos neuro-musculares é

sivo relaxamento, compreende-se logo.

sentido inverso. Para isso precisaríamos

igualmente concêntrica. Não é de se

Mas há igualmente perda de força em

de um músculo externo que se prenderia

estranhar que se desenvolvam patolo-

caso de hipertonia, pois a força ativa de

ao teto e tracionaria a cabeça e o cor-

gias musculares de retrações e rigidez,

um músculo é diretamente proporcional

po para o alto. Se eu me permito esta

e isto principalmente a nível dos grupos

à sua flexibilidade. Um músculo que

brincadeira tola, é para melhor colocar

musculares mais tônicos e mais solici-

se pode estirar menos vai encurtar-se

em evidência que não somente nossos

tados.

menos quando se contrair. A fisioterapia

músculos são internos, quase verticais,

clássica compreendeu isso, em parte,

como também que eles funcionam a

pois ela propõe flexibilizações. Mas es-

partir de pontos fixos inferiores: os pés,

tas não fazem musculação e, quando é

quando estamos de pé; a bacia, quan-

Para garantir a sua

preciso também desenvolver o músculo,

do estamos sentados. É preciso então

função anti-gravitária, nossos músculos

após uma imobilização gessada, por

manter-nos eretos, com músculos cuja

da estática possuem tecido conjuntivo

exemplo, acrescenta-se à flexibilização

ação se exerce no sentido da gravidade!

em forte proporção e um tônus impor-

exercícios de musculação isométrica ou

Isto só é possível graças a alavancas

tante. Os músculos da dinâmica, ao

isotônica concêntrica. Há aí uma contra-

inter-apoio, com a ação dos músculos

contrário, são pouco fibrosos e o seu

dição, pois esses exercícios encurtam o

da estática exercendo-se do lado oposto

tônus é fraco. Compreende-se então

músculo que já está encurtado demais.

ao da força da gravidade.

Músculos da estática – Músculos da dinâmica

que estes últimos possam ser vítimas de relaxamento excessivo e de hipotonia. Os abdominais oferecem, às vezes, um exemplo disso. Em compensação nossos músculos da estática, mesmo quando são agredidos, jamais podem

A única solução que

permite associar o alongamento do mús-

sural mantém a verticalidade da perna

culo além do seu ponto de rigidez e, ao

contra a gravidade que se exerce na

mesmo tempo, o seu desenvolvimento,

frente, graças a um apoio sobre o as-

é a musculação isotônica excêntrica.

trágalo. Os ísquio-tibiais fazem o mes-

permitir-se relaxar. A posição ereta,

função hegemônica, não seria mais

articulações, a REEDUCAÇÃO POSTU-

assegurada. À exceção das paralisias

RAL GLOBAL estira os músculos da es-

10

É assim que o tríceps

Depois de decoaptar as

mo em relação ao ilíaco, por um apoio sobre a cabeça do fêmur. Os espinhais, quanto a eles, apoiam-se sobre o disco inter-vertebral para transformar sua ação


vertical descendente em força anti-gravi-

fibroso coerente, de vocação estática,

tária etc. Isto significa que nossas articu-

que se estende desde o sacro até o

lações que servem de pontos de apoio,

occipital. O caráter inextensível desses

recebem não somente o peso do corpo,

músculos faz com que qualquer tentativa

mas igualmente a ação combinada das

de alongamento da nuca, por exemplo,

Global não é um método paliativo. Efeti-

massas e dos músculos destinados a

se traduza em uma compensação em

vamente, graças à globalidade de seus

lutar contra o seu desabamento.

hiperlordose lombar ou em diminuição

estiramentos, ela permite chegar do

da cifose dorsal. O comprimento tomado

sintoma até a causa do problema. Outra

em uma extremidade é compensado em

de suas características é de aplicar-

outro lugar da cadeia. Pode-se tentar a

se, ao mesmo tempo, aos problemas

experiência inversa, tentando alongar a

lesionais articulares (microscópicos). A

massa comum.

adaptação a cada indivíduo é constante,

Esses mecanismos

complexos geram seu próprio inconveniente: o ponto de apoio encontra-se comprimido ao mesmo tempo pela gravidade e pela própria ação dos músculos

que decorre disso é sempre pessoal. Nós tratamos doentes e não doenças.

O primeiro gesto te-

consiste, portanto, em uma decoaptação articular, com tração no maior sentido do músculo, visando recuperar o espaçamento intra-articular normal.

A Reeducação Postural

o é nos mesmos lugares e a patologia

sos músculos eretores nos achatam.

rapêutico fundamental em fisioterapia

causalidade,globalidade

uma vez que se cada um é rígido, não

anti-gravitários. Paradoxalmente, nos-

Individualidade,

Uma tentativa de estiramento da nuca escava a região Lombar. Inversamente, a correção da escavação lombar agrava a concavidade cérvica.

As posturas

A diversidade das

afecções vai acarretar a necessidade

Isto não é privilégio dos

de diferentes posturas de estiramento

nossos músculos espinhais, mas corres-

isotônico excêntrico para corrigir os

ponde ao comportamento de todas as

problemas músculo-esqueléticos que

nossas cadeias musculares estáticas.

afetam nossas cadeias musculares. Elas

Quando somos confrontados ao encurta-

se agrupam em quatro famílias. Estas

mento de qualquer dos nossos músculos

famílias são as seguintes:

estáticos, a tentativa de alongamento deste provocará compensações à distância que terão de ser impedidas, sob

1 – abertura do ângulo coxo-femural, braços abduzidos

As cadeias musculares

pena de sermos ineficazes. A noção de

2 – abertura do ângulo coxo-femural,

cadeia muscular coloca-nos já no cami-

braços abduzidos

Toda nossa coorde-

nação motora é regida por conjuntos

nho da globalidade.

3 – fechamento do ângulo coxo-femural,

musculares, dinâmicos para o movi-

braços abduzidos

mento, estáticos para a posição ereta (e

4 – fechamento do ângulo coxo-femural,

também para o movimento). Por comodi-

braços abduzidos

dade, esta realidade anátomo-fisiológica é chamada cadeia muscular. O que dá

a melhor ilustração disso, para quem

sidade dos casos clínicos, o terapeuta

aborda pela primeira vez essa noção, é a

vê-se obrigado a insistir sobre a corre-

organização dos nossos músculos espinhais. Trata-se de um conjunto músculo-

Cadeia Mestra Posterior

Cadeia Mestra Anterior

Tendo em conta adver-

ção de um ou outro segmento. Isto se faz sempre, é óbvio, durante uma tração 11


global das cadeias musculares implicadas.

Princípios de aplicação

conquistou seus maiores louros.

A duração de uma con-

As posturas são apli-

Mas é imperativo em ca-

sulta de RPG é de cerca de uma hora.

cadas de maneira suave, progressiva

sos de cervicalgias, por exemplo, poder

Na maioria dos casos o fisioterapeuta

e com a participação ativa do paciente.

corrigir com precisão a nuca ou, em ca-

faz praticar duas posturas. A freqüência

O fisioterapeuta praticante da RPG

sos de ciatalgia, poder estirar mais par-

das consultas, nos casos crônicos, é de

encontra maior dificuldade quando não

ticularmente a região lombar. Isto levou-

uma por semana. Nos casos agudos, ela

pode obter uma cooperação suficiente:

me a propor, cada vez que é possível,

pode ser de dois em dois dias.

é o caso de crianças muito pequenas e

várias posturas em cada família. Cada uma delas apresenta possibilidades de

Interesse e limites

correção fina de determinadas cadeias

musculares colocadas em tensão.

com os princípios da reeducação clássica, a Reeducação Postural Global, RPG,

Bases neurológicas

Embora em desacordo

é um método puramente fisioterápico.

A REEDUCAÇÃO POS-

Seu campo de aplicação é então o mes-

TURAL GLOBAL põe em jogo o reflexo

mo: problemas morfológicos, reumatis-

miotático inverso, trata-se então de um

mais, pós-traumáticos e neurológicos.

método proprioceptivo de inibição.

É sem dúvida no domínio da correção das anomalias morfológicas que a RPG

12

pessoas com grande comprometimento psíquico ou intelectual.

Enfim, baseada sobre

o proprioceptivo de inibição, a Reeducação Postural Global é ipso-facto muito limitada nos casos de paralisias flácidas.


No intuito de trazer para vocês o que acontece de mais moderno e inovador no Brasil, fisioterapia foi buscar no francês Ph. E. Souchard um pouco mais da história da RPG (Reedução Postural Global) Fisio&terapia - Qual é a origem da RPG? Souchard - A RPG surgiu em 1980 depois de anos de trabalho na área de biomecânica e postural. O primeiro livro a surgir foi o básico chamado também de “O corpo fechado”, que foi a base da reeducação postural global. Agora já se passaram praticamente 20 anos e já escrevi 10 livros de biomecânica, mas isso só aconteceu depois de anos de pesquisas. Fisio&terapia- Além do Brasil, você ministra o seu curso em outros países? Souchard - Sim, em outros 10 países, atualmente na França, Espanha, Portugal, Suíça, Bélgica, Itália, Canadá, América do Norte, Argentina e no Brasil. Em cada país há uma diferença de indivíduo para indivíduo, por isso possuímos uma equipe que ajuda na parte de sociabilidade e manuseio, para que todos tenham uma boa adaptação nessa área. Os brasileiros e italianos,

latinos em geral não precisam passar por essa adaptação, por possuírem uma sociabilidade e manuseio naturais, sendo assim mais dispostos em relação a RPG. Fisio&terapia- Você mora aqui no Brasil atualmente? Souchard - Não, sou francês e moro na França, mas passo longas temporadas no Brasil por ter familiares que moram aqui e também por ser residente estrangeiro. Considero o Brasil minha segunda casa, o povo brasileiro nos recebe muito bem, dando-nos uma grande abertura em nossa área, além de ter um bom coração. Acho que a disposição das pessoas daqui é maior do que a dos europeus. Fisio&terapia - É possível fazer uma comparação entre os fisioterapeutas dos países em que esteve? Souchard - Em geral o nível desses fisioterapeutas é bom, apesar de não concordar com todos os ensinos da fisioterapia clássica. Mas como meu

curso é voltado para fisioterapeutas que tenham uma boa noção de fisiologia e anatomia, não me preocupo tanto com a parte do ensino, apenas exijo essa noção para que possamos estudar a biomecânica da RPG. Na minha opinião, são os brasileiros e os italianos que possuem maior capacidade de adaptação e manuseio. Fisio&terapia - A respeito da formação básica, é certo afirmar que o Canadá e a Bélgica são bons exemplos de países que dão essa formação? Souchard - O que posso dizer é que e os profissionais formados nesses países terão uma formação clássica de alto nível, mas ao mesmo tempo quadrada. A percepção deles é boa, porém o manuseio e a sociabilidade não são tão bons quanto os dos brasileiros e italianos. Fisio&terapia - Como foi sua experiência de trabalho após ter se formado? Souchard - Eu me formei em 1962, e logo fui para uma pequena cidade da França. É preciso imaginar o que era um dia de mercado em uma pequena cidade, onde todos gritavam: “eu tenho lombalgia”, “eu tenho um filho com escoliose”, “eu tenho diversas coisas”... As pessoas dessa cidade estavam acostumadas com bruxas, que os fizeram 13


pensar que tratar o ombro de um homem era o mesmo que tratar o de uma ovelha, e percebi que seria impossível tratar esses problemas somente com minha formação básica, com fisioterapia clássica. Era preciso aplicar uma nova técnica à fisioterapia. Por isso percebi que precisaria me especializar em alguma coisa como a acupuntura e outras técnicas, algo que oferecesse melhoras na área corporal. Fisio&terapia - Então foi assim que surgiu a RPG? Souchard - Assim surgiu o desejo de saber mais, pois vi que as técnicas utilizadas eram de certa forma incapacitadas. Foi isso que me motivou a fazer diversos cursos e encontrar um método que unisse a morfologia e a anatomia ao mesmo tempo. Com isso criei a RPG, o método que resolveria uma dor, uma lesão articular etc, mas para isso acontecer foi preciso 20 anos de trabalho. Fisio&terapia - Quando surgiu a idéia ministrar seu curso na França e em outros países? Souchard - O meu objetivo nunca foi o de dar aulas, isso aconteceu porque não queria ficar parado, sem fazer nada, queria tratar as pessoas e ensinar a quem queria saber mais sobre o método. Se não me engano, foi em 1980 o primeiro curso com uma iniciativa privada na França. Hoje existem lá cerca de 1600 a 1800 rpgistas, enquanto, que aqui no Brasil, são 1600, mas na época em que o curso começou, quem se interessasse pelo método, precisava vir para a França e estudar através de livros não traduzidos. Fisio&terapia - Mesmo ministrando cursos pelo mundo inteiro, ainda consegue atender seus pacientes? Souchard - Sim, quando estou em meu consultório na França. Além disso o meu diploma é reconhecido em todo mundo. Fisio&terapia - Como consegue uma 14

resposta positiva do método que ensina? Souchard - Através dos tratamentos que faço e também pelos resultados de colegas que formei e que trabalham com meu método. Fisio&terapia -Por que os profissionais que fizeram o curso de RPG se diferenciam dos outros ? Souchard - A diferença vem da aprendizagem, o fisioterapeuta terá o livre arbítrio se irá ou não aplicar as técnicas que ele aprendeu. A RPG é totalmente diferente da fisioterapia clássica, para praticá-la é preciso deixar as terapias paliativas e concentrar-se somente nela. Um bom exemplo é quando uma pessoa tem formação no método Kabat e Bobath, mas é fisioterapeuta, ele pode escolher qual o método que irá adotar. A RPG é assim, pode substitu ir em alguns casos a fisioterapia clássica por ter a capacidade de correção morfológica, nos casos respiratório e outros. Fisio&terapia - A RPG pode dispensar a eletroterapia, hidroterapia e outras, ou elas servem como coadjuvantes em uma melhora mais rápida junto com o seu método? Souchard - Fica a critério do fisioterapeuta se ele quer usar outras técnicas junto com a RPG, apesar dela ser completa. O que digo é que se pode ter um resultado muito bom com a RPG desde que praticada corretamente por RPGistas formados por mim. Fisio&terapia - Você tem uma idéia de quantos profissionais fizeram seu curso e se eles atuam como rpgistas? Eles estão titulados? Souchard - Hoje existem 6000 pessoas registradas. Nós possuímos um diploma que possui a marca registrada da RPG e que defende sua qualidade de ensino. Isso foi preciso porque a RPG é muito complexa e as pessoas que queriam aprender teriam que se dispor a aprender por toda a vida, isso acontece porque a RPG é um método que está sempre em evolução. Então para aqueles que querem realmente

praticar bem o método, eles poderão retornar sempre à reciclagem e isso é um direito dos profissionais, pois ela é feita gratuitamente. Fisio&terapia - O curso de RPG também sofre com o problema de cursos que dizem ser do mesmo método? Souchard - Sim, existem cursos que dizem ser de RPG e não são, isso me preocupa muito. O que acontece é que essas pessoas que não tem qualificação, elas não aprenderão nada sobre RPG. Por isso registrei o curso, não é por eu ser o criador da RPG, mas para defender sua qualidade. Eu sempre estarei a disposição da fisioterapia e dos fisioterapeutas, pois a RPG não foi criada para se tornar um comércio, mas sim para ficar a disposição dos fisioterapeutas em benefício dos pacientes. Fisio&terapia - O método funciona 100%? Souchard - Ele funciona se for administrado por pessoas credenciadas e qualificadas. Aqui no Brasil eu tenho 10 pessoas na minha equipe que são sensacionais, todos fisioterapeutas. No Brasil são cerca de 1600 fisioterapeutas que praticam a RPG e que se agruparam no seio da Sociedade Brasileira de RPG. Fisio&terapia - As pessoas que dão o curso junto com você são ex-alunos? Souchard - Sim, tenho uma equipe muito capacitada , de 10 professores e monitores brasileiros.


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* ABORDAGEM FISIOTERÁPICA NA SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ Trabalho Vencedor do V Gamafisio da Universidade Gama Filho - RJ 1 - Definição A síndrome de Guillain-Barré ou polirradiculoneurite aguda é uma doença do sistema nervoso periférico, 2º neurônio ou neurôniomotor inferior, portanto flácida e hipotônica, onde há uma inflamação generalizada ou um comprometimento funcional de várias raízes nervosas (raízes espinhais), caracterizada por:

* exame do líquido cefalorraquidiano.

6 - Prognóstico Devido a Síndrome de Guillain-Barré ser considerada uma neuropraxia, a neuropraxia é observada através do eletrodiagnóstico, onde o músculo e o nervo responde a 2 tipos de corrente: corrente Farádica e a corrente Galvânica. Porém se esse nervo e se esse músculo responderem a corrente farádica, já irá ser o suficiente, pois é ela que está mais próximo do fisiológico.

* déficits motores;

Sendo assim, a S.G.B é benígna, possui um bom prognóstico, podendo ou não ser recuperável e podendo deixar seqüela. Mas, neste caso, por ela ser considerada como uma neuropraxia, essa seqüela é temporária.

* parestesias (alterações de sensibilidade);

7 - Evolução

* alterações reflexas como hipo ou arreflexia (diminuição ou ausência de resposta aos reflexos osteotendinosos);

* dor a compressão das massas musculares;

* aumento de proteínas no líquor.

2 - Incidência É alta, atinge homens e mulheres em qualquer faixa etária, mas principalmente nas faixas de 16 a 25 anos e de 45 a 65 anos de idade.

1

A síndrome de Guillain-Barré é de etiologia desconhecida, não tem causa, pode ser possivelmente imunológica, mas não há nada comprovado. 4 - Fisiopatologia A nível fisiopatológico não ocorre uma reação inflamatória nem do S.N.C e nem do S.N.P; o encéfalo e a medula não são afetados, mas as lesões ocorrem nos gânglios espinhais, raízes anteriores e posteriores e nervos periféricos mistos (cranianos e raquianos), provocando: edema, tumefação (inchaço) e a degeneração da bainha de mielina das raízes e nervos. 5 - Diagnóstico

* deve ser baseado em dados clínicos;

* eletrodiagnóstico;

* eletroneuromiografia; 16

3 4

Na S.G.B há 4 fases:

1fi 1ª fase: Fase da instalação da doença Há a presença de sinais e sintomas gerais, como febre, cansaço, dor no corpo, fadiga, vômito, mal-estar em geral. 2fi 2ª fase: Fase das manifestações neurológicas, alteracões motoras Pode durar mais ou menos 10 dias.

3 - Etiologia

2

É simétrica, bilateral e ascendente.

A S.G.B inicia-se pelos membros inferiores, tronco, membros superiores e a face, ou seja, a sua instalação é no sentido do caudal-proximal. Então conseqüentemente a recuperação desse paciente será de proximal para distal, ou seja, das grandes articulações para as pequenas articulações, tanto a nível de membro superior quanto a nível de membro inferior. Quando a S.G.B atinge o tronco, pode haver a paralisia do diafragma, que é inervado pelo nervo frênico, levando a esse paciente a um quadro de insuficiência respiratória, onde ele necessitará ser ventilado, artificialmente. E quando sai do respirador, ainda poderá apresentar algum défcit respiratório, necessitando então do tratamento da Cinesioterapia Respiratória mais a Cinesioterapia Motora, onde o Fisioterapeuta deverá realizar a movimentação passiva das articulações desse paciente no leito; a mudança de decúbito à cada 2 horas, onde o Fisioterapeuta deve orientar a enfermagem, alguém da família sobre a importância dessa mudança de decúbito e o posicionamento correto desse paciente no leito. Tudo isto, para evitar maiores complicações, como: - edema; - escaras; - trombose


venosa profunda; - dor, que pode ser aumentada, exacerbada, principalmente se esse paciente ficar parado por muito tempo no leito sem se movimentar. OBS: Esse tratamento de Cinesioterapia Respiratória associada a Cinesioterapia Motora, é na fase inicial, aguda da doença, estando este paciente internado dentro de um CTI, por exemplo. A nível de face, a S.G.B pode causar a Paralisia Facial, comprometendo as duas hemifaces, havendo então a diplegia facial. 3fi 3ª fase: Fase do Plateau Pode durar mais ou menos 2 semanas. Essa fase é muito interessante, pois ocorre a estabilização dos sintomas, que iniciam e param em algum lugar, e esse paciente pode apresentar:

- alterações motoras reflexas (hipo ou arreflexia);

- alterações de sensibilidade (afetando a parte sensitiva e nervosa);

- dor nos músculos e articulações;

- déficit ou perda da propriocepção.

4fi 4ª fase: Fase da Regressão dos Sintomas 8 - Tratamento Como seria o tratamento de um paciente com a S.G.B, não mais internado no hospital, mas em sua casa ou em algum Centro de Reabilitação? significando que esse paciente já melhorou, evoluiu um pouco. A primeira forma de se tratar esse paciente, seria de uma forma convencional, bastante conhecida, complexa e importante, onde o Fisioterapeuta deve realizar nesse paciente o Teste Muscular Manual (T.M.M) que é a base de tudo e informa ao Fisioterapeuta como ele irá tratar esse paciente de acordo com o seu grau de força muscular. Baseado nos graus de força muscular, se por exemplo, o paciente apresentar o músculo com grau 2: significa que esse músculo se contrai sem a ação da gravidade e sem resistência. Aplicaria então a Cinesioterapia Ativa Assistida (C.A.A). O músculo com grau 3: significa que esse músculo se contrai contra a ação da gravidade, mas não suporta nenhum tipo de resistência. Aplicaria então a Cinesioterapia Ativa Livre (C.A.L). O músculo com grau 4: significa que esse músculo se contrai contra a ação da gravidade, mas suporta uma resistência média ou mais ou menos uma resistência. Aplicaria então a Cinesioterapia Contra Resistência Progressiva (C.C.R.P), com o objetivo de fortalecimento e aumento do trofismo. Pode-se enfatizar também aí a Mecanoterapia, como por exemplo: Pulley; roda de ombro. O paciente com o músculo com grau 4, também já não tem mais dor e estando a partir daí realmente em boas condições, o Fisioterapeuta pode treiná-lo para a marcha, onde ele necessitará de um bom equilíbrio, de uma boa força na musculatura abdominal, glútea, íleo-psoas e quadríceps.

por sinal muito bonita, abrangendo uma nova visão fisioterápica, seria através do Método Kabatt (TÉCNICA DE FACILITAÇÃO NEUROMUSCULAR PROPRIOCEPTIVA). O método Kabatt é uma técnica global, ou seja, o seu princípio fundamental é o globalismo, que tem por objetivo principal dar uma maior autonomia e independência ao indivíduo. É uma técnica bastante motivante e facilitadora da contração muscular, pois, trabalha com o fenômeno da Irradiação, ou seja, a contração de um músculo leva a contração de músculos vizinhos, fenômeno este conhecido como OVERFLOW, que significa a necessidade mecânica que os músculos possuem de se contrair para compensar um desequilíbrio osteo-articular. Então o Fisioterapeuta deve primeiro trabalhar o lado bom do paciente, as partes mais fortes para que irradie para as partes mais fracas. Este fenômeno da Irradiação ocorre através dos Interneurônios ou neurônios de Associação, ou também através do contato dos dois hemisférios cerebrais no corpo caloso. No método Kabatt os movimentos são realizados na diagonal-espiral, envolvendo um eixo rotatório, que dá força ao movimento e alonga as fibras musculares. Aí o Fisioterapeuta faz o contato manual nas extremidades do corpo do indivíduo; realiza o comando verbal (que é um dos pontos fundamentais na técnica); realiza movimentos amplos e conseqüentemente os músculos; articulações, pele; visão e audição, são exigidos pelas mãos do Fisioterapeuta com os seguintes objetivos: - coordenação; - fortalecimento muscular; estabilização articular; - ganho de arco de movimento; - controle neuromuscular após cicatrização de estruturas lesadas. Toda a estrutura, músculos do nosso corpo é em espiral e nós temos 2 padrões:

* Padrão Flexor (dentro do útero)

* Padrão Extensor (fora do útero)

padrões:

Sendo assim, o método Kabatt, trabalha com 2

* Padrão Flexor - Ocorre a tração, ou seja, há o afastamento das superfícies articulares e fisiologicamente atua nos receptores dos ligamentos, que são os corpúsculos de Ruffini. * Padrão Extensor Ocorre a aproximação, ou seja, há a aproximação das superfícies articulares e fisiologicamente atua nos receptores da cápsula sinovial do tipo Paccini. * Reflexo de Estiramento É o alongamento muscular mais breve , rápido e fisiologicamente atua sobre os fusos neuromusculares e corpúsculos. Ele é facilitador da contração muscular, pois, no momento em que o Fisioterapeuta dá o Reflexo de Estiramento no paciente, há o aumento do impulso de estímulos das fibras 1A, esses impulsos, descargas de estímulos através das fibras 1A, entram pela coluna posterior da medula, chegam até o corno anterior da medula, que faz sinapse com o motoneurônio alfa produzindo então a contração muscular. * Estímulo de Estiramento

É apenas o alongamento sem o movimento.

Agora, uma outra forma de se tratar esse paciente, 17


Na prática, dentro das técnicas da Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva trabalhando com esse tipo de paciente o “padrão de marcha”, a medida que ele faz força, esta irá irradiar-se para tronco e membros inferiores.

Enfim, ele dá preferência aos movimentos funcionais e qualifica o indivíduo a adquirir vários engramas sensoriais.

- COSTA, Jaderson C, SILVEIRA, Maria G.C. Neuropatias Periféricas. Porto Alegre: Acta Med, 1984.

Pode-se então trabalhar com esse paciente:

* Movimentos de quadril na diagonal para frente, onde há o trabalho dos músculos extensores de membro inferior. E para trás, onde há o trabalho dos músculos flexores de tronco inferior e quadril. Nesses movimentos o Fisioterapeuta coloca uma resistência na espinha ilíaca antero superior do paciente com as mãos em concha.

10 - Bibliografia

- DOWNIE, Patrícia A. Cash. Neurologia para Fisioterapeutas. São Paulo: Editora Médica Panamericana, 4ª edição, 1987. - FREITAS, M.R.G., NEVARES, M.P. Revista Brasileira de Neurologia, 23(3):75-81, 1987.

Paciente em posição ortostática, deve apoiar bem os pés no chão, pois, no S.N.C melhora toda a atividade reflexa e automática da postura e do equilíbrio Trabalho de controle de joelho, onde há o trabalho de equilíbrio, transferência do peso de um membro inferior para outro e automaticamente a preparação deste paciente para a marcha.

- FREITAS, M.R.G., NEVARES, M.P. Revista Brasileira de Neurologia, 29(5):131-135, 1993.

Paciente em posição ortostática, pés apoiados no chão, segurando na barra paralela. Quando ele dobrar o joelho, o Fisioterapeuta coloca uma resistência na patela e quando ele estender o joelho, o Fisioterapeuta coloca uma resistência na interlinha articular do joelho. Depois, há o trabalho alternado do joelho, onde o paciente dobra um joelho e estende o outro e o Fisioterapeuta vai trocando de mão.

- MERRITTI. Tratado de Neurologia. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 9ª edição, págs 486-488/493-519, 1997.

9 - Conclusão: A mente humana, o cérebro, o córtex cerebral não conhecem músculos, mas conhecem funções como por exemplo: sentar, levantar, tomar banho etc... E o método Kabatt trabalha uma atividade funcional como um todo, de membros superiores e membros inferiores e não especificamente um determinado grupo muscular.

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- GUYTON, Arthur C. Fisioterapia Orgânica, Estrutura e função do Sistema Nervoso. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 1974.

- SANVITO, W.L. Síndromes Neurológicas. São Paulo. Atheneu, 1997. - YOSS, Dorothye E., Knoot, Margarett. Facilitacion Neuromuscular Proprioceptiva - Patrones y tecnicas - Método Kabatt. Editorial Médica Panamericana, 1980. Roberta Ferreira Passos. Acadêmica do 7º período de Fisioterapia - U.G.F


A Fisioterapia é utilizada em animais há vários séculos, contudo, o seu maior desenvolvimento teve início na década passada. No Reino Unido, em 1985, a “Chartered Society of Physiotherapy” (CSP) criou um grupo específico de interesse na área da Fisioterapia em animais, a “Association of Chartered Physiotherapy in Animal Therapy” (ACPAT). Esta associação tem cerca de 100 membros, que estão distribuídos por 3 categorias: Categoria A – membros da CSP com 2 anos de experiência clínica com humanos, que freqüentaram um curso de três dias cobrindo a anatomia básica, fisiologia e biomecânica de cavalos e cães, e aos quais foi atribuído um certificado de competência passado por dois médicos veterinários. Categoria B – membros da CSP autorizados a tratar animais apenas sob a supervisão de um médico veterinário ou de um membro da classe. Categoria C ou “membros associados” – estudantes de Fisioterapia ou profissionais de outras áreas (osteopatas, médicos, veterinários etc.). Nos Estados Unidos, apesar de técnicas de Fisioterapia serem utilizadas na medicina veterinária há alguns anos, os fisioterapeutas só começaram a desempenhar um papel ativo na avaliação e tratamento de animais na década de noventa, altura em que começaram a desenvolver relações de colaboração com médicos veterinários no tratamento de lesões do foro músculo-esquelético, reumatológico e neurológico. Há ainda países, como o Brasil, em que a Fisioterapia só pode ser aplicada em animais por profissionais que acumulem as profissões de médico veterinário e de fisioterapeuta. O objetivo da aplicação de técnicas de Fisioterapia em animais é o regresso à função normal dos elementos anatômicos

ou do animal atingido. Segundo Taylor (1991), “Muito freqüentemente, a cura cirúrgica de uma lesão muscular, tendinosa ou ligamentar , ou a estabilização cirúrgica de uma fratura, não constituem mais do que a fase inicial da reabilitação do animal”. Sempre que não é efetuado um seguimento adequado, há, invariavelmente, uma diminuição das capacidades físicas ou diminuição da performance atlética do animal. Na Fisioterapia em animais as técnicas de eleição são a eletroterapia , mobilização passiva, hidroterapia, natação, estimulação neuro-muscular, exercício, lazer, crioterapia e manipulação. Segundo Calder (1970), apesar dos animais diferirem em tamanho, forma e características do ser humano, os seus ossos, músculos, nervos e veias, não diferem em natureza ou função dos do ser humano. Muitas das funções fisiológicas são também semelhantes. Segundo Carvalho (1997), uma grande vantagem dos animais em relação aos humanos é o tempo de resposta ao tratamento ser muito mais rápido, provavelmente devido a um metabolismo bem mais acelerado que o do homem. A Fisioterapia em animais é principalmente aplicada em cavalos, cães, gatos e animais de quinta (vacas, ovelhas, cabras etc.), contudo há registros da aplicação de Fisioterapia em elefantes e, (imagine-se!), em cobras. A prática da Fisioterapia em animais está em crescimento e em desenvolvimento em vários pontos do globo, mas para que este crescimento se dê de forma saudável, é necessária a realização de estudos e de investigação. Dra. Inês Braga – Escola Superior de Saúde de Alcoitão – Portugal.

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ASMA Sinônimo de bronquite e broncoespasmo, a asma brônquica é uma doença inflamatória crônica dos pulmões e brônquios, que ocorre comumente em indivíduos com predisposição genética, e que pode ser precipitada por influência de fatores ambientais (pó doméstico, ácaro, mofo, mudança brusca de temperatura, fumaça de cigarro, odores de perfumes, detergentes, infecções virais, pêlos de cão ou de gato, ar frio etc... ). A asma brônquica é uma doença comum na população ( em torno de 10% nos jovens ). Os fatores familiares e hereditários também são importantes. O sexo masculino é mais afetado que o feminino, mas esta diferença tende a diminuir nos pacientes com mais idade. Também de grande importância no asmático é o fator psicológico, que pode exacerbar uma crise de broncoespasmo ou iniciá-la. A asma profissional é um capítulo que tem ganho espaço. Em muitas profissões os trabalhadores entram em contato com o alérgeno que provoca o broncoespasmo. É o caso de químicos que trabalham com cloro, flúor, amônia; operários de indústria têxtil e, com algodão; e vários outros que trabalham com corantes, antibióticos, proteínas e enzimas animais e vegetais. Quando o broncoespasmo ( chiado ) ocorre, o paciente deve fazer uso da medicação prescrita pelo seu médico

( Pneumologista ). Tão importante quanto a medicação, é o controle ambiental do paciente asmático. Os cuidados gerais em relação a eles ( pó, mofo, ácaros, poluição, etc... ) devem ser constantes para melhorar o prognóstico do paciente. A Fisioterapia Respiratória contribui muito para melhorar as condições respiratórias do asmático. Após o paciente aprender em serviço especializado, fica apto a fazer os exercícios em casa, não só nos intervalos, mas também em uma crise de broncoespasmo, de modo que esta reabilitação é importante auxiliar no seu tratamento. Apesar de todos estes conhecimentos que surgem continuamente a respeito da doença Asma Brônquica, sua incidência está aumentando, bem como sua gravidade, caracterizada por maior número e crises ( graves ), maior número de hospitalizações e mais óbitos. Para finalizar, como toda doença crônica, o desafio é enorme, siga corretamente o tratamento prescrito pelo seu Pneumologista e faça Fisioterapia Respiratória. A sua qualidade de vida vai melhorar. Dr. Jaime Luiz Nunes de Aguiar Fisioterapeuta e-mail: jaime.aguiar@usa.net

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Prof. luís Guilherme

APRESENTAÇÃO Prezados(as) colegas de profissão, alunos(as) e a quem mais interessar possa, é com prazer que quero comunicar a todos vocês: FUI DESCOBERTO ! Isso significa que além de mulher, filhos, sogra, papagaios, cães e gatos, eu tenho editor – (azar o dele!)... É com grande alegria que estamos inaugurando na Revista Fisio&Terapia,

que veio para ficar, um pequeno espaço regular, a convite do Oston (o tal editor que citei há letras passadas), com o objetivo de discutir temas, sempre importantes, da nossa profissão e da vida, mas com bom humor. Não estamos para escrever e/ou ler “cascalhos, borrachas e abóboras”, entretanto é preciso desfazer a idéia de que tudo que é sério e importante é chato e que pensar cansa, pelo contrário é uma das poucas coisas boas da vida que não engordam. Assim sendo, estaremos aqui, bimestralmente, trazendo informações, e ficarei imensamente feliz se vocês quiserem participar dando o “mote”, criticando, comentando, e, até mesmo, enviando seus “artigos de quartinho” (cantor amador é cantor de banheiro, logo...) para discutirmos, com a máxima seriedade, sem perder o bom humor. Fique à vontade, pois do mesmo modo

que digo aos meus alunos – isto é só uma prova !!! – , digo a vocês – não temam, esta é só uma oportunidade de discutir alguma coisa !!! Estarei esperando. Poderei ser localizado da seguinte maneira: 1) oston@inx.com.br 2) guiom@docente.ugf.br 3) Prof. Luís Guilherme Barbosa. Caixa Postal 15 557 CEP: 20 132-970, Centro - Rio de Janeiro, RJ. 4) Pager 528-05 28 Cód. 112 95 73 5) Pessoalmente na UGF e/ou na UNIG “Se a luz é a soma dos raios que a compõe, a fartura começa no grão.”(Anônimo) Até lá! Prof. Luís Guilherme Barbosa

Oferece a você, Fisioterapeuta, a oportunidade de reciclar-se através de cursos ministrados por profissionais Internacionais. Atualize-se conosco ! Cursos Internacionais 99 Internacional de Hidroterapia Peggy Schoedinger -USA (Fevereiro/Março) Método Maitland: Lombar-Cervical John Seivert-USA (Março) Método Halliwick-Hidroterapia Johan Lambeck-Holanda (Maio) Método Bad Ragaz - Hidroterapia Lynette Jaeminson -USA (Junho/Julho) Sistema Rath - Algias da Coluna Wayne Rath-USA (Agosto) Hidroterapia-Relaxamento Aquático Integral Peggy Schoedinger-USA (Setembro/Outubro) 22

Método Feldenkrais - Reeducação Postural Frank Wildman-USA (Novembro)

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