Edição 03

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Revista


Durante este período recebemos diversas sugestões que foram de enorme importância para o amadurecimento da revista. Porém, de todas as sugestões, uma foi mais frequente: que a revista se tornasse mais científica. Ser uma revista científica é coisa séria, deve-se ter um corpo docente de nível com uma constante preocupação em pesquisa e uma enorme responsabilidade. Por isso nossa Revista, desde a sua concepção, preocupou-se em ser uma revista de caráter informativo voltada para os interesses dos fisioterapeutas e acadêmicos, não que por isso deixaremos de publicar vez ou outra uma matéria científica de boa qualidade, mas que não sejamos confundidos, como se esse fosse o nosso propósito. Mesmo assim, não há necessidade de nos tornarmos uma revista científica, já que temos a Revista Brasileira de Fisioterapia que desempenha esta função de maneira esplêndida. Com isso nos resta apenas seguir o nosso objetivo inicial de nos tornarmos um veículo informativo. Esperamos que continue gostando e participando, pois sua opinião é fundamental para que a sua revista fique cada vez mais do seu jeito.

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Schedules

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CAPA: Carlos Eduardo de Paula Barros

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Fisioterapia Respiratória

Pós-Graduação

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Perfil

Amputados

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Fisionews

TIRAGEM: 5.000 exemplares

PROJETO GRÁFICO: Oficina Detrês (021) 256-3806 / 256-6474

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Toque

DIRETORIA: Michel de Lacerda Mendes Antonio Amaral João Marcelo S. Gigliotti

JORNALISTA RESPONSÁVEL: Marcos Antônio Alves nº M.T.B. 6036 DRT-MG

Cartas

Cinto de Segurança

DIAGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO ELETRÔNICA Oficina Detrês

OBS: Ainda estamos querendo correspondentes nas faculdades que não temos. Os interessados devem ter acesso a Internet para facilitar a comunicação, caso deseje ser um de nossos correspondentes, passe um e-mail e lhe daremos informações.

Disfunção Temporomandibular

Tui-na

EDITOR PRESIDENTE: Oston Lacerda Mendes

CORRESPONDENTES: Eduardo Retondaro (UNESA Bispo) Dra. Carmem Verônica(UNESA Barra) Fabrício Escudine (IBMR) José Maurício (FRASCE) Dra. Hélia Pinheiro R. Corrêa (CASTELO) Katia Mara Tavares (UNIFENAS) Vanessa de Souza Lara Lima (UNIVERSO-Niterói)

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Até a Próxima ...

PERIODICIDADE Bimestral

PROVEDOR DE ACESSO: INTERNEXUS (021) 512-7030 APOIO: Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (CREFITO 2) COLABORARAM NESTA EDIÇÃO: Jeanne Malheiro Dinesen (Rumo ao tetra), Dra. Solange Canavarro, Glen Danzig, Ian Astbury, Ericka de Mello, Jack Daniel’s, Luiz Carlos (Livreiro), Dra. Anna Christina, Geddy Lee, Neil Peart, Alex Lifeson, Dra. Andrea Alves, Dra. Renata Oliveira, Maria Fernanda Andrade, Dr. Aulo Márcio Prado (Paraguaçu), Dr. Henrique Baumgarth, Dra. Maria Alice Medina, Fernanda Puga(UFRJ).

Gostaríamos de retificar alguns erros que ocorreram na última edição: 

Onde aparece o artigo“FISIOTERAPIA VETERINÁRIA” seria na verdade “A FISIOTERAPIA E A VETERINÁRIA” e a modelo é Babuska, Husky Siberiano de 12 anos de idade criadora Maria Aparecida.

Na matéria sobre 3ª idade, saiu a primeira versão (rascunho) e não a obra finalizada com todas as correções ortográficas feitas e a ilustração correta, porém, a versão saiu correta na Internet, caso você não tenha acesso a rede, escreva-nos e lhe mandaremos uma cópia.

Pra terminar o DR. JACSON NESI é formado pela Sociedade Brasileira de Osteopatia.

Não nos responsabilizamos pelas opiniões, conceitos e sugestões emitidas em artigos assinados, o objetivo é apenas mostrar diferentes formas de atuação entre profissionais Acesse a Fisio&Terapia na Internet através de: http://www.inx.com.br/fisio&terapia e-mail: oston@inx.com.br irc: #fisio&terapia (irc.inx.com.br)

Revista

Este é o nosso 3º número e mais uma vez agradecemos a todos vocês que colaboraram para chegarmos até aqui.


schedules

Mês

Curso/Evento

Local

Período

Junho

II Simpósio Carioca IBAM - Humaitá 14 e 15 Curso Internacional de Hidroterapia Campinas/SP 7 e 8 Londrina – PR 13, 14 e 15 Eletro Foto Termo Terapia OC. US. Laser 28 e 29 Curso internacional de fisioterapia podológica nos distúrbios Centro de convenções do do aparelho locomotor. Hotel Sumatra (Londrina – PR) 27, 28, e 29 Julho Curso de terapia manual-nível 2 Algias e disfunções vertebrais Centro de convenções do e crânio mandibulares. Hotel Sumatra (Londrina - PR) 11, 12, e 13 Fisioterapia em Patologias da Coluna Vertebral UNESA Início no dia 22 (fisioterapeutas e acadêmicos dos dois últimos períodos) Agosto Fisioterapia Pulmonar e Ventilação Mecânica UNESA Início no dia 05 (fisioterapeutas e acadêmicos dos dois últimos períodos) Fisioterapia em U.T.I UNESA Início no dia 05 (somente para graduados) V Semana da Fisioterapia - Universidade Unifenas - Faculdade de Fisioterapia 18 a 22 de Alfenas Outubro Técnica de Desbloqueio Articular UNESA Início no dia 08 Curso internacional de fisioterapia Ortopédica Centro de convenções do 10,11 e 12 Traumatológica e Esportiva. Hotel Sumatra (Londrina - PR) Novembro Como Confeccionar Órteses em Fisioterapia Universidade Gama Filho 17 e 21 Como Prescrever Órteses e Prótese Universidade Gama Filho 24 e 28 em Fisioterapia Confirmação Curso de Pós-Graduação de Fisioterapia Universidade Castelo Branco sábados de turma em Traumato/ortopedia

Inscrições Tel: (021) 594-4570 Tel. (019) 254-5604 Tel. (043) 322-5689 Tel. (0800) 43-7008 (Lig. Gratuita) Tel: (021) 594-4570

(043) 322-4754

(043) 322-4754 Tels: (021) 503.7000 503.7066  503.7067 503-7068 Fax: (021) 503.7227 Tels: (021) 503.7000 503.7066  503.7067 Fax: (021) 503.7227 Tels: (021) 503.7000 503.7066  503.7067 Fax: (021) 503.7227 Tel: (035) 291-4305 Tels: (021) 503.7000 503.7066  503.7067 Fax: (021) 503.7227 (043) 322-4754 Tel (021) 599-7136 Fax (021) 599-7217 Tel (021) 599-7136 Fax (021) 599-7217 Tel: (021) 401-9407 Ramal 232

Aguarde um e-mail avisando novo horário de encontro dos Fisioterapeutas no mIRC (Canal #fisio&terapia) e veja a agenda da página www.fisioterapia.com.br

Revista

SAIU na Revista Realidade Hospitalar, Edição abril/97 ano-2 nº 4, feita pelo

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“A Fisioterapia muitas vezes complementa a intervenção cirúrgica sem ela, mesmo uma cirurgia perfeita não obtêm bom resultado.” Departamento de Marketing da Glaxo Welcome o seguinte: “Fisioterapia amplia áreas de atuação - uma das mais recentes especialidades “A pouco tempo, a idéia de fazer fisioterapia em uma pessoa de UTI era da medicina já conquistou o respeito dos médicos e dos pacientes, mas ainda considerada absurda, mas avançamos muito neste sentido” - Dra. Vera Roncati vem ampliando sua área de atuação.” Nós da Revista Fisio&Terapia gostaríamos de “A Fisioterapia é considerada uma especialidade fundamental para reabilitação parabenizar a Revista Realidade Hospitalar a Glaxo e de pacientes” a Dra Vera Roncati, pelas matérias aqui citadas.


Adriana (Petrópolis).

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Tive a oportunidade de através da Revista Brasileira de Fisioterapia de saber que vocês existem.....parabéns pelas matérias e pela qualidade do trabalho! É realmente muito bom saber que já temos colegas que estão divulgando, via internet, nossa profissão e ao mesmo tempo nos mantendo informadas... com certeza irei visitar periodicamente este endereço! Mais uma vez parabéns!!! Silvana Antonietto. Hoje, por acaso tomei conhecimento da Revista de vocês. Há muitos anos batalhamos para trazer a FISIOTERAPIA no lugar que deve ocupar, e posso afirmar que essa Revista conseguiu, como outros grandes momentos históricos de nossa categoria, fazer ver que a luta COMPENSA! EXCELENTE TRABALHO! EXCELENTE NÍVEL! EXCELENTE e MUITO JUSTA A HOMENAGEM AO DR. COSME GUIMARÃES. Grande a idéia do trabalho fotográfico, fisioterapeuta também deve se inserir na CULTURA. Gostaria de estabelecer contatos. Aproveito para comunicar o “nosso site” www.fisioterapia.com.br Providenciarei um link c/ vocês! Um abraço. Sucesso! Vamos em frente. Dr. E. Figueiredo. É por meio desta que venho parabenizar meus colegas que abriram finalmente uma oportunidade para nós acadêmicos e profissionais do ramo.Vale lembrar que uma tentativa é sempre válida e que delas nascem novos horizontes para nosso campo seja de trabalho ou perspectiva de vida. Um Abraço Fabrício Cara, a revista ficou D+ nesta 2ª edição! Continue com o bom trabalho! Um abraço do amigo e colega

Adhemar A cada dia que passa sinto que a fisioterapia está ganhando o espaço que merece e o respeito dos profisionais de outras áreas, e por esse, e milhões de outros motivos, que a cada dia que passa eu me orgulho mais de ter escolhido essa profissão, pois de mais a mais toda profissão tem seus prós e contras que com um pouco de paciência e garra a gente chega lá. Um abraço! Andrea Ficamos contentes em receber sua Revista e gostaríamos de parabenizá-los pela qualidade que ela apresenta. E por vislumbrar todo enorme potencial de tal meio de comunicação, desde já, agradecemos sua lembrança. Um abraço, Prof. Carlos Faria (EF) Parabéns, pela revista. Mas acho que seria interessante colocar numa coluna da revista, páginas interessantes na Internet. Por exemplo: sites sobre “Fisioterapia”, “Ventilação Mecânica”, e outros assuntos pertinentes a nossa profissão. Taí a sugestão. Abraços! Raquel Gostaria de parabenizá-los pela revista fisio&terapia, pelas reportagem, matérias e assuntos. Sou estudante de fisioterapia, faço 4º período na Universidade Católica de Petrópolis (UCP) em Petrópolis - RJ, e nunca tive acesso a outros tipos de revistas que falassem sobre nossa área. Ganhei o nº 2 por um sorteio na sala e gostaria de receber os outros números e inclusive a nº 1(quero colecionar). O que devo fazer? Qual é o custo? Parabéns vocês estão no caminho certo!

Venho por meio desta me manisfestar pelo seu empreendimento e pela sua dedicação em realizar esta mais nova revista voltada para a fisioterapia. Espero que continue com este formato para revista, ou seja, de cunho informativo. A FISIO&TERAPIA dá um novo prisma para acompanhar o perfil do profissional não só do lado científico, como também o lado social, expectativas profissionais, entrevistas com colegas formados (passando suas experiências) ou recém formados (com suas expectativas), além de discussões sobre temas que dificilmente veremos em uma revista puramente científica. Continue assim, precisávamos de uma revista neste molde, informativa. Informativa sim! Para nós que abraçamos e os que irão abraçar a fisioterapia havia uma necessidade de uma revista informativa na nossa área profissional para mostrar os outros momentos que não fosse somente de forma científica. Quem sabe no futuro teremos uma outra FISIO&TERAPIA exclusivamente voltado sobre o cunho científico, sem deixar de acabar esta, marcando um novo passo para o engradecimento da nossa fisioterapia Um grande abraço, Paulo C. Cotecchia Gostaríamos de agradecer a todos que nos enviaram as cartas, e-mail e qualquer outro tipo de comunicação. Nós podemos responder a todos que puderem acessar o nosso canal (#fisio&terapia Brasirc) e bater um papo on-line. Ficamos felizes e surpresos em saber que nossa Revista já está sendo motivo de sorteio, parabéns pelo prêmio. Infelizmente o primeiro número já esgotou, mas brevemente faremos uma reimpressão. Quanto aos próximos números, veja nesta edição informações para assinar a Revista e recebêla em casa, o custo da assinatura é somente o da postagem e demais despesas, já que a revista é distribuída gratuitamente, assim, quem assinar não precisa de sorteio, além de outras vantagens. Revista Fisio&terapia

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Revista

ATUAÇÃO FISIOTERÁPICA NA DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR

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A Articulação Temporomandibular (ATM) existe um equilíbrio entre os músculos que movem a constitui uma articulação funcional bilateral, sendo mandíbula e os músculos do pescoço e tronco. considerada uma diartrose e, como tal, apresenta A oclusão dentária é outro ponto importante a ser movimentos próprios (artrocinemática), que irão resultar avaliado pelo profissional que atua na DTM. em movimentos funcionais mandibulares (abertura, O conceito de oclusão implica os diversos movimentos fechamento, lateralização, retrusão e protusão). funcionais que se efetuam entre os dentes superiores e O primeiro movimento articular é a rotação condilar inferiores, sob o controle do complexo neuro-muscular. em torno de um eixo horizontal através de duas cabeças Este supõe uma relação normal e equilibrada com a condilares. unidade crâneo-coluna cervical, o sistema muscular, as O segundo movimento, a translação, é o deslizamento ATMs, a articulação dentária e o periodonto. do côndilo e do disco ao longo do declive da eminência Em função de todo esse possível comprometimento articular, podendo apresentar um componente de e aparecimento de uma sintomatologia por vezes desvio lateral. Assim sendo, quando os movimentos complexa, torna-se de fundamental importância o mandibulares são analisados, o movimento de dobradiça acompanhamento conjunto do paciente por uma equipe é visto como uma combinação de movimentos de multidisciplinar para que o diagnóstico seja o mais rotação e translação. Como se trata de uma preciso e o tratamento realmente eficaz. “O corpo não pode articulação que apresenta todas as ser analisado pela fisioterapia No trabalho que vem sendo realizado na características de qualquer outra Policlínica Geral do Rio de Janeiro sem a cabeça e o dentista não articulação sinovial, a ATM está (P.G.R.J), pudemos comprovar na pode analisar o seu paciente predispostas a sofrer alterações prática a necessidade da atuação do comuns a qualquer articulação sem levar em consideração fisioterapeuta como parte atuante dessa funcional, como processos que esta cabeça está equipe, pois irá auxiliar de forma direta degenerativos e inflamatórios que sobre um corpo” no diagnóstico, prognóstico e tratamento podem limitar e, por vezes, impedir o seu das disfunções crâneo-oro-cervicais. funcionamento normal quando o aparecimento da dor. Desta forma, podemos afirmar que o tratamento Dentre os distúrbios apresentados pelos pacientes, estão fisioterápico da DTM segue as mesmas condutas os processos inflamatórios das estruturas periarticulares estabelecidas para qualquer disfunção músculocomo: tendinites, capsulites, retrodiscites (compressão esquelética e articular, desde que respeitemos suas da almofadilha retro-discal pelo côndilo); os distúrbios particularidades anatômicas, biomecânicas e a sua musculares como mioespasmos, fibromialgia e Síndrome localização próximo à estruturas de face e crâneo. da Dor Miofacial; e os processos degenerativos Baseado na avaliação prévia do paciente, o fisioterapeuta articulares (osteoartroses) e inflamatórios (artrites). poderá lançar mão das técnicas termoeletroterápicas, A sua proximidade com estruturas nobres da face e cinesioterápicas e de massoterapia no trabalho de crâneo leva ao surgimento de uma sintomatologia recuperação funcional e eliminação do quadro diversa, podendo confundir e interferir no diagnóstico álgico de seu paciente. Por fim, é sempre bom frizar e tratamento. Assim, a avaliação postural da cabeça a responsabilidade do paciente, a sua educação e a e pescoço é de suma importância no tratamento das conscientização durante todo o processo terapêutico na Disfunções Temporomandibulares (DTM). busca da sua recuperação. A cabeça por sua posição, forma um bloco extremamente dinâmico com a coluna cervical, representando um Cynthia Monnerat - Fisioterapeuta papel significativo e imediato nas variações do repouso mandibular; este por sua vez está presente quando


Há algumas décadas observamos uma preocupação mundial com o meio ambiente, com a qualidade de vida, com o aumento progressivo da poluição, do stress, das doenças intimamente ligadas a fatores ambientais e tensionais e, com a reserva de oxigênio paulatinamente menor provocada pelo Homem em sua ansiedade por lucros cada vez maiores nem que para isso prejudique a si próprio e ao seu semelhante.

direcionar, não de restringir o seu uso. Tenho consciência das dificuldades de visualização prática através de estágios e o “bloqueio” que o fato provoca nos acadêmicos e profissionais, mas isso não impede que ela seja possível, como o é.

Ao avaliarmos esses restritos pontos, percebemos que tudo passa pela respiração; e constatamos que, de modo geral, não respiramos de forma adequada e, principalmente, não existe uma preocupação direcionada para o tema. O que vemos, então? Um crescente número de pacientes acometidos por patologias respiratórias de origem climática, profissional e alergênica.

O que deve mudar é a visão distorcida e limitada de que a Fisioterapia respiratória só trabalha aspirando secreções brônquicas do paciente. Essa aspiração é importante sim, muitas vezes fundamental para manter o paciente vivo; mas você já pensou que se o Fisioterapeuta trabalhasse profilaticamente à beira do leito esse fato poderia ser evitado ou minimizado?

A Fisioterapia Respiratória hoje acompanha a tendência da Fisioterapia Clínica a atuar profilaticamente em todas as frentes. Faz parte do passado a atuação da Fisioterapia de forma “curativa” com o paciente sequelado e, muitas vezes, sem resposta ao tratamento. O Fisioterapeuta hoje é visto com respeito e importância dentro da equipe multiprofissional de saúde e, para mantermos esse perfil é necessário maior crescimento científico-profissional, ética forte e união de classe. É de suma importância que o profissional de fisioterapia tenha uma visão generalista do processo reabilitativo do Homem. Desta forma, a respiração volta a predominar. É o atleta que necessita maior capacidade ventilatória para melhor performance na sua especialidade; é o paciente espástico que pode abrandar um pouco a hipertonia com respiração associada à cinesioterapia; é o paciente fraturado de fêmur que necessita exercícios respiratórios para maior e melhor tolerância à sobrecarga; é a reeducação postural global que trabalha a postura associada à respiração; é a respiração adequada durante o parto, possibilitando maior tolerância e mais força de expulsão; é o paciente reumático que necessita alterar padrões respiratórios para que sua respiração não sofra intercorrências devido às dores de coluna vertebral, e assim vai. Na realidade, a Fisioterapia Respiratória faz parte rotineira de nossa vida profissional. Quando ela é vista na graduação como Fisioterapia Aplicada a Pneumologia é com a proposta de

O que devemos mudar é a mentalidade que hoje predomina e que conduz o Fisioterapeuta a “especialidades” não reconhecidas e não estruturadas científica e juridicamente como tal.

A mentalidade de que em Terapia Intensiva a Fisioterapia só atua no Sistema Respiratório é totalmente distorcida, como também o é, a meu ver, equipes que atuam só na parte respiratória e outras que trabalham a parte motora. O Fisioterapeuta que trabalha em Terapia Intensiva é um generalista que atua no paciente crítico. É certo que a Terapia Respiratória abriu as portas à Fisioterapia em CTI e, que na maioria das vezes, é prioridade; mas e sem a mobilização de extremidades? Como fica o Sistema Osteo-mio-articular, a metabolização da dieta enteral, entre outros? Estes e tantos outros questionamentos precisam ser levantados e debatidos com urgência. Minha proposta através do artigo é tentar mostrar aspectos mais amplos à profundos da Fisioterapia Respiratória e desmitificar em parte essa frente tão importante de trabalho. Convido você, leitor, a uma reflexão consciente sobre o tema, pois respiração é vida. Se você quiser se engajar nessa discussão instigante aguardo seu contato pelos tel. (021) 246-2514, 587-6211 José da Rocha Cunha é Chefe do Setor de Fisioterapia do HUPE Fisioterapeuta do CTI Geral do Hosp. Univ. Pedro Ernesto - HUPE -UERJ e Professor da Universidade Estácio de Sá - UNESA -Campus Rebouças e Campus Barra.

CURSO DE BIOMASSAGEM Harmonização da energia dos meridianos - equilíbrio do fluxo de energia liberada da musculatura, trabalhando os canais de energia segundo a visão chinesa. A abrangência do método abre caminho para uma praxis capaz de satisfazer as necessidades terapêuticas dos clientes que buscam a massagem como forma de relaxamento e sintonia energética fina, e daqueles com patologia da coluna vertebral, trauma de esforço físico, desequilíbrios posturas e tensões emocionais, viabilizando um processo saúde e transformação criativa do comportamento.

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Revista

Método abrangente, que associa manobras das massagens ocidentais à tradição energética chinesa, abordando: Manobras básicas - trabalho à nível de músculos e articulações, otimizando o tônus muscular e a circulação sanguínea e linfática; Massagem muscular profunda - microalongamento das fibras musculares, eliminando contrações causadas pela exacerbação do tônus; Manobras nos segmentos reichianos - pressões a nível dos segmentos corporais descritos por W. Reich, buscando alívio das tensões emocionais;

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Iniciamos na edição passada e dando continuidade a nossa Dissecação, nesta edição veremos:

TUI-NÁ Tradicional Massoterapia Chinesa

Revista

Tui-Ná foi criado e desenvolvido na China por monges taoístas; mestres chineses que, em prolongados retiros espirituais nas montanhas, buscavam a essência da vida em contato com florestas, os animais e os elementos naturais do planeta: o fogo, a água, a terra e o metal. O taoismo é uma mistura de filosofia e religião desenvolvida por Lao-Tze, pensador chinês nascido a dois mil e seiscentos anos e que resumiu seus ensinamentos em um livrinho constituído de 81 pequenos capítulos, chamado “Tao Te Ching”. O Tui-Ná faz parte de um processo de canalização de energia, ao qual participaram também o Tai Chi Chuan (exercícios físicos praticados lentamente) e o Chi Kung (exercícios respiratórios e de meditação), como práticas preparatórias para o aprendizado da arte do Tui-Ná.

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O Tui-Ná foi incorporado pela tradicional cultura chinesa. Existem registros bibliográficos destas práticas desde dois mil antes de Cristo. Desde então, o Tui-Ná, bem como o Tai Chi Chuan e o Chi Kung, vem sendo transmitido, e aperfeiçoado através das sucessivas gerações, tanto por tradição oral como por textos escritos. A essência do Tui-Ná se relaciona com a compreensão do funcionamento do organismo através de correntes de energia chamadas de meridianos. A existência deste

meridianos já pode ser comprovada cientificamente através de medições de diferenças de potencial elétrico sobre a superfície do corpo. A base filosófica da Tradicional cultura chinesa prescreve que para haver saúde é preciso equilíbrio e integração da energia corporal (chi), através da prática de cinco atividades fundamentais, acupuntura, tai chi chuan, alimentação balanceada, fitoterapia (tratamento através das ervas) e o Tui-Ná. São caminhos diferentes para um mesmo objetivo; manter a harmonia corporal, mental e espiritual. O terapeuta chinês deve dominar todos esses conhecimentos para poder fazer um diagnóstico mais preciso e conseqüentemente tratar com maior eficácia o desequilíbrio interno do paciente. O ritmo acelerado do desenvolvimento humano tem nos levado a especialização e atualmente profissionais trabalham separadamente em cada uma destas áreas buscando a saúde e o alívio dos sofrimentos. Tui-Ná significa a arte de empurrar com as mãos. Os chineses consideram o praticante desta arte um nobre guerreiro, pois o terapeuta precisa de alto equilíbrio e harmonização interior para não se deixar contaminar pelas energias negativas de seus pacientes. O objetivo do tui na é ativar a circulação


energética através de pressões sobre pontos específicos dos meridianos, canais por onde fluem energias corporais. Esta ativação tem por finalidade atingir um estado peculiar de relaxamento, no qual o paciente entra num contato mais íntimo com a totalidade de seu ser. Neste estado o corpo consegue liberar a tensão causada pelo “stress”, aliviando a tensão muscular e as dores, causadas especificamente por problemas posturais oriundos de dificuldades emocionais.

Aprenda mais sobre Tui -Ná Leia: Tui-ná para Crianças Massagem Chinesa Marcos Freire J.

Tui-ná Massagem Chinesa Dr. Y. Manaka

Acupuntura: Introdução ao Tai-chi Chuan Tui-ná Massagem Chinesa

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tâncias de fora, mas sim, das substâncias de dentro (Lao Tze)”

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Vulgo “Anjo da Guarda” quando acionado: não descansa; não reclama; não tem feriado; não deteriora; não tem sindicato! O automóvel quando em movimento forma juntamente com seus ocupantes (passageiros) um único vetor. No momento de um impacto, ocorre o desmembramento desse vetor. As peças soltas formam vetores diferentes acontecendo o fenômeno que nos é mais preocupante: a desacelaração súbita. A parada ou mudança de trajetória do vetor automóvel e a continuação do movimento do vetor passageiro, que ainda não desacelerou, lança-o contra o volante de direção ou ao painel, ou air bag ou até mesmo, ejeta-o para fora da cabine.

choque frontal, o tórax do passageiro será projetado para adiante, onde o apoio da fita fará uma compressão nos arcos costais inferiores, podendo causar luxações, fraturas, pneumotórax e hemorragia interna. A projeção

O cinto de segurança tem como objetivo manter o vetor passageiro unido ao vetor automóvel para que juntos desacelerem, sem permitir que o vetor passageiro choque-se contra os pontos anteriores relacionados.

do tórax fará um movimento de rotação oblíqua que além de permitir o choque da cabeça com os elementos frontais, pode produzir lesões mecânicas tóraco-lombares a nível da coluna.

Para isso, precisamos fixar nosso passageiro em sua poltrona de forma rápida, simples e confortável.

Fita frouxa ou sem pressão de recolhimento: os objetivos físicos não serão alcançados. Haverá a distinção dos vetores causando um choque violento entre os pontos de apoio e a fita, podendo ocorrer fratura de esterno, traumatismo no mediastino, fratura de clavícula lateral em relação ao veículo, compressão dos órgãos baixos abdominais (esses ainda estão

O cinto de segurança apresenta 3 pontos de fixação e o passageiro 3 pontos de apoio: um cruzando obliquamente o esterno (deslizando sobre a clavícula) e outros 2 pontos cruzando perpendicularmente a cintura pélvica, apoiando-se nas 2 cristas ilíacas.

tada fora do seu ponto original de projeto, vai modificar o ponto de apoio, transferindo a força aplicada pela fita oblíqua para um novo ponto, gerando uma lesão na base do pescoço causando uma luxação da articulação esternoclavicular, uma lesão na parte superior do osso esterno e a fita transversal-subabdominalmente se tornará oblíqua, perdendo o ponto de apoio da crista

ilíaca medial em relação ao veículo, produzindo uma compressão dos órgãos do baixo abdômen, levando a lesões internas.

Revista

Lembramos que, os cintos modernos tem um sistema de travamento mecânico que não deixam desenrolar evitando a projeção anterior e, os mais modernos, com recolhimento à vácuo, além de impedir a projeção anterior, aumenta a firmeza do passageiro na poltrona. Fita oblíqua passando sob o braço e sobre os arcos costais inferiores, laterais em relação ao veículo: num

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sujeitos a lesões internas), retroversão do quadril produzindo lesões lombares posteriores. Fita embaraçada: a disposição espiralada da fita não fará a distribuição ideal do peso sobre a trama do tecido, exercendo uma concentração de peso maior onde a área de contato da fita é menor (quanto menor a área maior a pressão), produzindo lesões de compressão de tecido onde a fita toma menos contato, escoriação, queimadura por atrito. Engate incorreto: a fivela do cinto de segurança enga-

Considerando tudo que foi exposto, observamos que o uso incorreto do cinto de segurança produz lesões traumáticas constantemente identificadas, podendo causar danos letais. Esclarecemos que tais fatos foram observados tendo sempre em evidência o posicionamento correto da poltrona. Acreditamos que tais observações poderão fornecer subsídios para um tratamento fisioterápico específico e adequado reduzindo o tempo de recuperação do paciente. Prof. Henrique Baumgarth- Professor Titular da UNESA - Fisioterapeuta Isis Castro - Acadêmica de Fisioterapia da UNESA


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1ª Etapa: 28/6 a 4/7 Introdução, Coluna Lombar e Dorsal 2ª Etapa: 20/9 a 26/9 Coluna Cervical, Sacroilíacas 3ª Etapa: 15/11 a 21/11 Ombro, Revisões e Exame

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OSTEOPATIA E A SOCIEDADE

Revista

O primeiro curso de formação em Osteopatia no Brasil foi promovido corajosamente pela AFERJ (Associação dos Fisioterapeutas do Estado do Rio de Janeiro) em 1984 sob a presidência do nosso amigo Dr. Farley Campos. Convidamos o Dr. Bernard Quef do MRO.E, professor do maior colégio de osteopatia da Europa, o IWGS-Instituto Williams Gardner Sutherland atualmente o SCOM-Sutherland College of Osteopathic Medicine, para a difícil tarefa de formar os primeiros osteopatas do Brasil. esses alunos pioneiros, dez ao todo, completaram a formação e resolveram fundar a Sociedade Brasileira de Osteopatia - S.Br.O - , que tem por objetivo divulgar, difundir, zelar pelo ensino e o exercício da profissão e, pela pesquisa na área de osteopatia, assim como defender os interesses dos osteopatas. Desde então, esta sociedade vem divulgando, difundindo e zelando pelo ensino e o exercício da profissão, como também, vem promovendo cursos regulares de osteopatia em São Paulo e Porto Alegre, e irá promover em outubro deste ano, no Rio de Janeiro; até o ano de 1994, esta Sociedade promoveu o curso em Londrina - PR. No intuito de dar continuidade aos cursos, a Sociedade Brasileira de Osteopatia (S.Br.O) mantém um grupo de estudo a cada 15 dias na sua sede, organiza revisões e reciclagem para os alunos dos cursos por ela promovidos, bem como para seus sócios. Deverá ser aberto em breve um ambulatório de Osteopatia num hospital, possibilitando o atendimento à sociedade, no sentido amplo da palavra, permitindo aos estudantes praticar a osteopatia sob a supervisão e orientação dos professores. A S.Br.O não é órgão fiscalizador, mas ela tem uma visão e uma proposta de Qualidade. Para tanto, seus membros brasileiros devem ser formados e diplomados em osteopatia. Os alunos depois de concluírem o curso, terão ainda uma franquia de um ano e meio, durante o qual eles continuarão a gozar dos benfícios da S.Br.O, até apresentarem-se ao exame final, e caso seja aprovados, irão obter o diploma. Os osteopatas estrangeiros são bem vindos à nossa sociedade 12

desde que sejam M.R.O. no seu país de origem, isto quer dizer: Membro do Registro Oficial - equivalente no mundo inteiro ao nosso registro CRF do CREFITO; Ex: M.R.O.E - Membro do Registro Oficial do Europeu; M.R.O.F - Membro do Registro Oficial Francês e outros. Seguindo a mesma conduta em relação ao registro, a S.Br.O mantém em seus arquivos informatizados o nome de todos os alunos que participam dos cursos de Osteopatia, assim como àqueles que foram aprovados nos exames finais do curso primeiro para criar o Registro Oficial Brasileiro - MRO.Br. Afim de defender os interesses dos osteopatas no exercício da osteopatia e de nossos pacientes, esta Sociedade se propõe a enviar anualmente aos órgãos pagadores de prestação de serviço de saúde (seguradoras e convênios), a listagem dos profissionais MRO; desta maneira, os nossos pacientes poderão ser reembolsados de suas consultas em osteopatia, e as seguradoras terão certeza que o atendimento por elas pago, foi realizado por um profissional de qualidade e diplomado. Evidentemente esses compromissos assumidos pela S.Br. O tem outro objetivo final, muito mais abrangente: nossa proposta é a de qualificar profissionais de alto padrão, que poderão prestar serviços osteopáticos em benefício de toda sociedade. O osteopata tem em suas mãos o diagnóstico e a cura de muitas disfunções incapacitantes, que acometem boa parte da sociedade. O nosso anseio é o de colocar à disposição destes pacientes, os melhores profissionais, oferecendo a estes últimos, as melhores condições de estudo e acesso às últimas informações e às pesquisas atualizadas em nossa área. Dr. Philippe Pailhous - CRF 2738 F. Fisioterapeuta Osteopata DO - Correspondente do Brasil Junto ao Registro Europeu. Presidente da S.Br.O.


PATIA O CURSO O curso será ministrado pelos professores que são os fundadores do ensino de osteopatia no Brasil: Dr. Bernard Quef - França Osteopatia D.O. - M.R.E.O. Diplomado em Ciência Humanas Vice-Presidente do Colégio Sutherland - França Ex-Presidente da Academia Francesa de Osteopatia Dr. Philippe Pailhous - Brasil Fisioterapeuta Osteopata DO - Correspondente do Brasil Junto ao Registro Europeu. Presidente da Sociedade Brasileira de Osteopatia.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Dois seminários de dez dias cada um, especialmente destinados a fisioterapeutas e acadêmicos dos dois últimos períodos, com aulas teóricas e práticas: - Conceitos osteopáticos - Técnicas tradicionais osteopáticas aplicadas ao sistema músculo esquelético:  estrutural direta;  energia muscular - Mitchell;  reequilibração recíproca ligamentar - Sutherland;  técnica de Jones.

Um terceiro seminário de dez dias para o estudo das técnicas viscerais e cranianas estará aberto aos estudantes que terminarem os dois primeiros seminários.

PROGRAMA DOS SEMINÁRIOS 1º SEMINÁRIO Bacia (ilíacos, sacro, púbis e cóccix) coluna lombar, coxo-femural, joelho, tornozelo e pé. 2º SEMINÁRIO Coluna cervical, coluna torácica, costelas, esterno, ombro (escápula e clavícula), cotovelo, punho e mão. A Sociedade Brasileira de Osteopatia organiza regularmente revisões e reciclagem para os estudantes que participam dos cursos de osteopatia.

DATAS 1º MÓDULO - 30.09.97 a 10.10.97 2º MÓDULO - Abril de 1998

Tel/Fax (021) 205-5782 Rua das Laranjeiras, 536 - Laranjeiras Rio de Janeiro - Cep.: 22245-002

Tel: (021) 288-8920 - Fax: 278-3050 Rua Almte. João Cândido Brasil, 120 Rio de Janeiro - Cep. 20511-000

Revista

INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES

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Na legislação, existem duas modalidades de Pós-Graduação: 

Revista

Stricto Sensu Lato Sensu

A Stricto Sensu, o mestrado, por força de legislação exige que 100% do seu corpo docente tenha o título de Doutor. Esta, segundo nosso entendimento, é a razão fundamental, pela inexistência de cursos de mestrado em Fisioterapia (especificamente) no nosso país, pois o tempo mínimo de formação de tal titulação é de 4 anos. A Lato Sensu, a nível de especialização, com o objetivo de formar especialistas, exige na composição de seu corpo docente 75% com título de mestre e 25% com nível de especialização. Com a degradação da Educação no País, entenderam algumas Universidades e Faculdades, que os cursos de Pós-Graduação, deveriam proliferar, como forma de complementar o índice inadequado de informações de graduação, fugindo de propostas filosóficas de que é a Pós-Graduação a porta de entrada do profissional na ciência, tecnologia e pesquisa, especializando-os seja por área de conhecimento, seja qualificando-os para o exercício do magistério. Todos os cursos de Pós-Graduação Lato Sensu, devem pois, seguir na legislação a Portaria 12/83 do MEC, que os regulamenta na composição do corpo docente, carga horária, duração do curso, metodologia de avaliação dos trabalhos finais (monografia) e providencia sua divulgação como meio de produção científica. Cursando mestrado, em áreas correlatas, existem, no Município do Rio de Janeiro, diversos

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fisioterapeutas que se encontram em fase final de conclusão de Tese, titulando-os para ser professor titular de diversas disciplinas específicas em Fisioterapia (LDB). A Universidade Estácio de Sá, oferece no momento, 3 cursos de Pós-Graduação em Fisioterapia, atendendo à legislação da Resolução 12/83, iniciados em 1995, sendo que da primeira turma, sete profissionais já cumpriram todas as exigências didático-pedagógicas, produzindo um livro em fase de editoração, como atividade de produção científica. Como forma de Educação Continuada, a Pró Reitoria de Extensão, aprova dois cursos de aperfeiçoamento, com carga horária de 150 horas cada um e, quatro cursos de extensão com carga horária de 48 horas cada um, dentro da política e filosofia de iniciação à ciência e à pesquisa, de forma a contribuir para o engrandecimento profissional de cada um de seus participantes e, como visão coletiva de beneficiar a categoria como um todo. Todos os cursos tiveram seu corpo docente avaliado pela CQD (Comissão de Qualificação

NEAT

PÓS - GRADUAÇÃO

O QUE É ? POR QUE FAZER ?

de Docente), análise de orientadora pedagógica e supervisão do MEC. Prof. Edgard Meirelles Coordenador de Pós-Graduação e Extensão em Fisioterapia UNESA

BREVE !


Logo, concebo a mente e o corpo físico como uma unidade que recebe e envia estímulos reciprocamente. São dois pólos de um mesmo espaço e que compartem necessidades iguais.. As técnicas terapêuticas não se resumem em fontes de melhoria física por si só. Sem dúvida, no resultado esperado, deve ser levada em conta a proximidade, o tocar de mãos e o envolvimento, pois isso tudo faz parte da técnica. Nós, terapeutas, é que as separamos e não destacamos sua real importância. A cultura tecnicista ocidental impediu o profissional de se preparar para ser “humano” na sua forma de “tratar”. Esse profissional manipula um segmento corporal que tem um valor, um código dentro da sociedade. Por isso deve compreender que a pessoa de quem está tratando, mais do que um paciente, é um indivíduo que faz parte de um corpo social e que cuja identidade sofre severas alterações depois de instalada determinada enfermidade. O mundo atual não faz apologia ao toque, nem seria compreensível se o fizesse. Vivemos em uma sociedade capitalista, onde o afastamento do ser humano das coisas mais simples (devido a concorrências, tempo de trabalho, necessidade de consumo...) é muito grande. O individualizmo sem sujeito expressado por algumas pessoas com certeza não é benéfico quando colocamos em questão a doença, pois traz consigo um embotamento emocional significativo, tornando a aproximação e o toque do terapeuta algo estranho e possivelmente desconhecido. Nesse sentido é preciso não somente tocar, mas também aprender a fazê-lo. DAVIS (1991) nos revela que cada toque “diz” a intenção do sujeito em relação ao “objeto” tocado.

Apesar de não haver meios para corroborar empiricamente essa afirmação acredito que o toque com respeito e mimo não deve ter sinonímia com sexo, sensualidade ou erotismo. O relacionamento terapeuta/paciente não difere da relação interpessoal de trabalho, familiar... É por isso que o terapeuta deve buscar o livrar-se de qualquer pré-conceito. Assim, essa relação será para ambos uma estimulação gratificante e o toque será aprazível e não invasivo. Um paciente com sequela neurológica em membros inferiores devido a AIDS, por exemplo, está sujeito a sensações que podem fugir ao seu controle emocional. Por mais que ele não sinta a manipulação pelo terapeuta, com certeza haverá uma profusão de sensibilidade que fugirá à percepção desse profissional. Desta forma é imperativa a capacitação dos que lidam com o corpo no tocante às suas manipulações e a repercussão destas no subconsciente do doente tratado. Ao desenvolvermos nossas atividades devemos estar imbuídos da responsabilidade da recuperação seja total, seja parcial, seja somente emocional. Tratar de pacientes não é somente aplicar técnicas, é passar energias pois, seguramente, eles delas necessitam. A abordagem que damos ao paciente é também nossa porta de entrada. Além de formar uma opinião do paciente em relação ao profissional, vai influenciar no tratamento que se seguirá. “(...) Léo, 42 anos, 18 de internação, 14 sem visitar a família, removido para uma enfermaria de base. Durante as nossas primeiras visitas de avaliação, Léo apresentava-se hipobúlico, evitando o cumprimento de mãos, alegando estar doente e somando queixas generalizadas com uma fala perseverante (insistindo a todo momento que fazia uso de toda a medicação). Nós conseguimos, nos primeiros encontros, que permanecesse por 5 minutos, preferia ficar no leito, demorando-se pouco nas atividades externas (...) Durante os nossos cumprimentos, passamos a prolongar o toque das mãos tentando de forma suave diminuir a sua aflição e, também, porque deveríamos despertar, naquele corpo ignorado, o desejo de reconhecimento da existência”. (FERREIRA, p 82-83) Esse trecho aborda tratamento, doença e humanidade. A autora nos fala que passaram a “prolongar o toque das

mãos” para “despertar naquele corpo ignorado, o desejo de reconhecimento da existência”. É esse desejo que devemos estimular para que, como ocorreu com Ferreira, haja um feedback positivo entre nós e o paciente. Lidamos desta forma, não só com a estimulação de células nervosas e musculares, mas também com a estimulação de emoções que podem trazer mais alegria a esse paciente. DAVIS também nos traz essa idéia quando narra a experiência de dois médicos norte americanos que prescreveram abraços e mimos para seus pacientes neo-natais. Obtendo assim, um resultado muito positivo e internações mais breves. Avaliar e prescrever é um exercício e para ele devemos estar desprendidos de nossas raivas, frustrações e medos para que nada interfira negativamente nas atitudes e procedimentos a serem tomados. objetivando sempre a harmonia da unidade “Corpomente” do nosso paciente. O organismo humano está intimamente ligado à mente. O corpo não deve ser tratado sem dar ênfase ao lado emocional, deve-se sempre criar condições favoráveis para compreender a expressão individualizada, a sensibilidade do paciente a cada momento em que estiver lidando com ele. É importante que o terapeuta, ao tratar um paciente, torne a sessão uma forma de aproximação constante. Não é difícil depararmos com um paciente que pense em seu corpo como algo maculado. Penso que é a partir desse tipo de reação que devemos refletir o quanto nossa profissão é “invasiva” e o quanto devemos ser mais terapeutas-humanos do que tecnicistas. Uma mobilização articular não pode ser encarada somente como um movimento, a falta de um órgão não quer dizer somente debilidade fisiológico-funcional. Tratamos de corpos e mentes que fazem parte da construção da identidade do paciente. É necessário parar e refletir sobre o que queremos e o que vamos dar em troca da informação que recebemos dentro de uma faculdade, pois é preciso humanizar a técnica para não sermos meros seguidores do progresso da nossa profissão. Rogerio Santos Marins. Estudante de Fisioterapia do Instituto Brasileiro de Medicina de Reabilitação (IBMR) e Bolsista de Iniciação Científica do CLAVES/ENSP/FIOCRUZ.

Apoio: Revista

Revista

O crescente interesse pelo desenvolvimento de tratamentos corporais em associação com o bem-estar mental trouxe à tona reflexões sobre essa temática, tendo como ponto de partida o conceito de que tudo o que afeta a mente traz conseqüências corporais e vice-versa. Muitas áreas da ciência biomédica estão rendendo-se ao poder e à repercussão de técnicas que tratam do corpo e da psique como uma só unidade. No decorrer deste texto buscarei trazer à tona o assunto da privacidade do corpo e o quanto lidar com essa privacidade merece tato, pois apesar de tantos progressos tecnológicos o corpo e a mente continuam quase invioláveis.

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PERFIL Fale um pouco de você. Ao completar o curso de fisioterapia, em 1990, pela FRASCE Faculdade de Reabilitação, me identifiquei muito com a área desportiva. Procurei com isso me aperfeiçoar através de vários cursos ligados a esta área. Ainda como estudante realizei um estágio (em 1989) no Clube de Regatas do Vasco da Gama. Depois de formado, trabalhava na Fisiobarra, no Hospital Geral de Nova Iguaçú, lecionava na Frasce, além do C.R. do Flamengo, quando fui chamado em 1993 através do Dr. José Luís Runco, para iniciar e desenvolver o serviço de fisioterapia no Departamento Médico do Clube de Regatas do Flamengo. Permaneci no Clube no período de março de 1993 até o final de janeiro de 1995, quando o diretor técnico do Kashima Antlers F. C., (cargo exercido pelo Zico até hoje), me convidou para realizar o mesmo trabalho que eu havia feito no Flamengo, ou seja, organizar e desenvolver o serviço de fisioterapia do atual campeão da liga japonesa de futebol de 1996 (J. League). Permaneci no Japão de fevereiro de 1995 à dezembro de 1996, quando retornei ao Brasil. Durante meu trabalho no Brasil, passei pela difícil tarefa de conciliar a oportunidade de contribuir para a divulgação da fisioterapia desportiva tendo que desenvolver um trabalho de nível num clube, assumindo paralelamente outros compromissos.

Revista

Como foi sua passagem pelo C. R. F ? Cheguei ao Clube da Gávea em 22 de março de 1993. Encontrei dificuldades normais de um clube que não possuía um profissional específico para exercer a função. Entretanto recebi apoio dos médicos do Clube para que pudesse executar o meu trabalho com tranqüilidade. Posso considerar minha passagem pelo Flamengo muito produtiva. Mesmo sendo do quadro do futebol profissional, prestava atendimento fisioterápico às categorias juvenil e júnior além de auxiliar nos outros esportes como Volley e Basquete. Com isso pude conscientizar aos mais jovens da importância do fisioterapeuta no dia-a-dia do Clube e das suas vidas.

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Também tive a oportunidade de conhecer através de experiências com grandes profissionais dentro e fora de campo fatos que contribuíram também para o meu desenvolvimento profissional, como o Zico que, conhecendo meu trabalho me fez o convite para trabalhar no Kashima Antlers F.C.

No K.A como foi o seu trabalho? Tiveram algumas diferenças. O idioma, a cultura, o clima entre outros fatores. Precisei me adaptar. Porém, eu era exclusivo do Clube e assim tinha todo o tempo para me dedicar ao trabalho. Fui o primeiro fisioterapeuta a atuar no futebol profissional japonês. Ainda em 1995, ao longo do ano chegaram outros. Os japoneses não tem muita experiência na área da medicina desportiva, pois não é de costume a presença do médico no dia-a-dia do Clube. Isto fez com que eu aprendesse bastante. Já a tecnologia dispensa comentários. Eles possuem todos os recursos que precisamos para desempenhar um excelente trabalho, desde o U.S. às bandagens funcionais. Aos poucos fui conhecendo cada jogador e podendo elaborar programas de tratamentos preventivos, curativos e de manutenção quando necessário. Fico feliz em ter conquistado cada atleta do ponto de vista profissional e também pessoal. Eles, aos poucos, foram confiando e percebendo que a fisioterapia era capaz de lhes ajudar muito. Este trabalho sério, juntamente com os demais membros da comissão técnica, culminou ao final de 1995 com a conquista da liga japonesa da aspirantes e em 1996 com a última conquista da liga japonesa de profissionais (J. Leaghe) o grande campeonato japonês. E disso me orgulho muito, já que foi a primeira J. Leaghe conquistada pelo K. A. em sua história. Na verdade o que mais me deixa feliz é ter iniciado, organizado e desenvolvido o serviço de fisioterapia desportiva, tornando-a bem compreendida e respeitada por todos.

Como é a fisioterapia no Japão?


Fábio Teixeira

Como foi sua relação com os japoneses e com os demais profissionais lá no Japão? Como disse no início, foi um pouco difícil. Tudo é muito diferente do Brasil; o clima, a alimentação, o idioma, a cultura... mas eu tinha um objetivo a cumprir. Quando fui convidado pelo Zico, tinha uma missão de iniciar e desenvolver a fisioterapia no Kashima Antlers F.C. tarefa que me custou dedicação, seriedade, eficiência e paciência; já que como disse, não há fisioterapia na terra do sol nascente. Contei com o entendimento e a colaboração de vários jogadores mais experientes e do grupo de profissionais

brasileiros que trabalhavam para o Clube. Aos poucos, através dos resultados obtidos, os japoneses foram creditando em mim, confiança e respeito. Até que o espaço tinha sido conquistado, foi necessário muito trabalho, mas acho que atingi e completei todos os objetivos. Assim como ocorre no C.R.Flamengo, o fisioterapeuta que for trabalhar no Kashima F.C. já encontrará as portas abertas, o nome da fisioterapia bastante divulgado e a confiança e respeito não só da comissão técnica, mas também da diretoria e dos jogadores. O caminho está aberto.

Como você analisa a fisioterapia no Brasil? Está crescendo cada vez mais, conquistando seu espaço com muita luta, dedicação e, principalmente, trabalhos com excelentes resultados. Lembro que quando comecei a trabalhar no C.R.F. no início de 1993, os clubes do RJ, por exemplo, não dispunham de fisioterapeutas no Departamento de Futebol que exercessem a devida função de acompanhamento do trabalho, no dia-a-dia do jogador. Hoje cada clube tem pelo menos 2 profissionais integrando o departamento de saúde do futebol, por exemplo. Sem dizer que as outras modalidades de esportes também já contam com o trabalho do fisioterapeuta. Fato que não ocorria no meu início de carreira. No que diz respeito aos profissionais que atuam na área desportiva, não há diferença, penso que há um equilíbrio; assim como existem vários profissionais que não tiveram a oportunidade de mostrar seus trabalhos, e que são extremamente competentes. Acho que todos estão no mesmo nível. O que ocorre na realidade é que o profissional que trabalha exclusivamente no clube, pode e deve se dedicar 24 horas por dia à recuperação do atleta. Fato fundamental que contribui no processo de reabilitação acelerada.

Revista

Lá não existe faculdade de fisioterapia. Se algum japonês quiser frequentar o curso tem que sair do país. Geralmente eles vão para os EUA ou Europa, mas não são muitos. No Japão existe um curso de massoterapia que dura cerca de 2 a 3 anos que engloba as técnicas orientais de recuperação, inclusive a acupuntura. Existe também uma reavaliação profissional através de provas anualmente para testar a atualização e a capacidade profissional. Não posso generalizar, porque não tive muitos contatos com estes profissionais fora do clube. Sei que nos clubes funcionam assim. Os médicos são os responsáveis e confiam responsabilidade aos massagistas. Penso que daqui a algum tempo essa estrutura deverá mudar, pois já existe uma certa cobrança dos próprios atletas no sentido de terem profissionais qualificados cuidando de sua saúde durante as 24 horas por dia. Atualmente eles observam a fisioterapia como um grande trunfo e ponto de equilíbrio entre o Departamento Médico e os demais integrantes da comissão técnica, além da credibilidade no nosso trabalho. Posso dizer também , sem nenhuma dúvida que os japoneses passaram a pensar que o fisioterapeuta é um profissional indispensável ao quadro de profissionais do clube. que tenho a dizer é que consegui conquistar com muito trabalho, dedicação e seriedade, o nosso espaço também no futebol japonês.

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Tratamento Fisioterápico no Amputado de Membro Inferior no Período de Internação Hospitalar Causas de Amputações : Segundo Palmear & Toms (1988) amputação é o procedimento cirúrgico mais antigo. A amputação de uma mão ou pé era punição comum em muitas, assim chamadas, antigas civilizações e ainda hoje levada a cabo em algumas culturas. As guerras resultaram em muitas amputações. Evidências arqueológicas sugerem que, mesmo entre os povos pré-históricos, havia um pequeno número de amputações tanto nos casos de portadores de anomalias congênitas esqueléticas dos membros, quanto nos casos de sobreviventes à perda da extremidade por trauma. A maioria das amputações é atualmente realizada por doença vascular periférica: arteriosclerose, combinada ou não com diabetes, ou algum outro tipo de patologia vascular. Esta indicação é mais frequente em pessoas idosas, porque tanto o diabetes melito como as doenças vasculares, são muito comuns nesta faixa etária. A gangrena em um membro, devida a arteriosclerose, é em geral mais difícil de tratar na presença de diabete melito, porque têm uma cicatrização pior e são mais susceptíveis à infecção. A segunda indicação mais comum para amputação é o trauma, sendo que nos adultos com menos de 50 anos de idade acontece sua maior incidência. O traumatismo que requer amputação é mais frequente entre os homens e mais comum nos membros inferiores. Um traumatismo agudo é causa de amputação quando o suprimento sanguíneo do membro em questão é irreparavelmente destruído, ou quando o membro é tão firmemente danificado que qualquer reconstrução razoável é impossível. Atualmente a amputação pode ocorrer por várias causas, podendo ser por doenças vasculares, traumáticas, queimaduras, infecções (osteomielite), tumores malígnos, má formação congênita e outros. Recuperação Funcional Após a Amputação no Período de Internação : Segundo Bella (1993) quanto mais precoce o início da fisioterapia, maior o potencial de sucesso. Quanto maior o retardo, mais provavelmente haverá o desenvolvimento de complicações secundárias como contraturas articulares, debilitação geral e um estado psicológico deprimido (in Sullivan e Susan, 1993). O tratamento fisioterápico deve ser iniciado de forma precoce para sua recuperação funcional, pois tem o propósito de acelerar o retorno às suas atividades e à protetização, fazendo com que o paciente entenda de uma maneira geral sua patologia e o processo de reabilitação. Assim sendo tentaremos enfocar de uma forma geral

as intervenções, considerando cada item dos objetivos de tratamento fisioterápico. Neste artigo são destacados os objetivos no período de internação: 1) Melhorar a capacidade respiratória:  Conscientização diafragmática com respiração profunda e lenta; realizar terapia de relaxamento para aumentar a capacidade vital e diminuir a tensão;  Realizar movimentos auto-passivos de flexão, extensão e circulação, coordenando a respiração. 2) Melhorar a força muscular geral e localizada :  Realizar cinesioterapia ativo-resistidos para todos os movimentos de membros superiores e inferiores, exceto na área acometida dependendo do quadro álgico instalado;  Realizar ponte com o membro inferior sadio, caso amputação unilateral;  Fortalecer adutores, rotadores internos e extensores de coxa, quando abaixo do joelho, o quadríceps. 3) Educar o paciente sobre a sua convalescência e reabilitação :  Orientar quanto as dores de pós-operatório e sensação fantasma;  Orientar sobre cada fase do tratamento até protetização. 4) Instruir sobre os padrões de marcha pós-operatória :  Prescrever e instruir quanto ao uso de muletas mostrando o tipo de marcha a ser utilizado;  Reeducar a musculatura que será usada em cada tempo de marcha. 5) Orientar quanto ao posicionamento adequado no leito :  Evitar o posicionamento inadequado no leito de flexão, abdução, rotação externa de coxa e flexão de joelho quando amputado de perna (transtibial);  Manter o membro inferior alinhado; Não colocar travesseiro em baixo do coto e entre as pernas pois   Evitará contraturas musculares;  Evitar ficar na cama com o coto fletido;  Evitar flexionar o joelho em amputações transtibiais quando estiver sentado;  Não apoiar o coto sobre a muleta. Obs: Na próxima edição continuaremos com o tratamento ambulatorial do amputado de membro inferior. Antonio Vital Sampol - Fisioterapeuta Professor das Universidades Gama Filho, Castelo Branco e Seflu

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Revista

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POSITIONAL RELEASE THERAPY Um conceito de tratamento para anomalias somáticas

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Apresentado por

Kerry D’Ambrogio, BS, PT Fisioterapeuta de renome nos Estados Unidos e Europa na área de Terapia Manual

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Assistido por

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Cristiana Kahl, MA, PT

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Revista

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Inscrições: Marta Chacel MCC Unidade de Fisioterapia Tels: (021) 493-2130 (8:00 às 19:00) (021) 493-5455

 

Aumento da frequência respiratória Perda da coordenação dos movimentos Hipertonia de origem extrapiramidal Dor torácica por doença da musculatura intercostal Diminuição do número de batimentos do coração Perda da noção de distância Fome excessiva com ingestão de grandes quantidades de comida

   

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Dificuldade de deglutição Perda do tônus muscular Sensibilidade vibratória Eliminação de fezes líquidas semilíquidas ou pastosas com frequência maior do que o habitual Coloração azulada da pele e mucosas Aptidão para realizar movimentos complexos e com alguma finalidade Respostas na Internet

Fisioterapeuta de New York, treinada em Terapia Manual por Mr. D’Ambrogio, e especializada em Reabilitação Neuromuscula


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