A Lua Letícia Medeiros dos Santos
Somos de ciclos. Sem nem entender um pingo do mundo, corria a chorar ao colo da Mãe pelas mágoas de brincadeiras de crianças mimadas. Céu limpo e tempestade. Em menos de um dia, iam e vinham pelas conversas deturpadas entre Mãe, filha e Dor. Casa devastada, não sobra nem suspiro daquele lar que habitava. Deserto de águas formado pelas lágrimas, procura respostas entre antepassadas na esperança de desatar nós e conversas quebradas. Ao abraçar de outras Mães, retorna à morada depois de tanto perambular. As mães, avós, tias, primas, irmãs. Retorne para casa e seja o colo que outras mulheres vão precisar. Pois somos de reinícios.
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